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EMBARCAÇÕES MIUDAS

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Page 1: UNI II - EMBARCAÇÕES MIUDAS

EMBARCAÇÕES MIUDAS

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Generalidades Pelo nome de embarcações miúdas, ou somente

embarcações, designam-se todas as construídas para serem transportadas a bordo dos navios e usadas para salvamento ou em diferentes serviços.

Os tipos de construção das embarcações miúdas dependem do fim a que elas se destinam a bordo, mas suas características principais, especialmente as dimensões e o peso, são condicionadas também à facilidade de sua arrumação no convés e às manobras de içar e arriar.

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O número de embarcações depende da classe do navio. Nos navios mercantes, a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar exige um número suficiente de embarcações de salvamento para todos os passageiros e tripulação.

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Tipos:Lanchas São embarcações a motor, exigindo portanto

maior porte, construção mais resistente e casco reforçado para suportar o peso e o esforço de propulsão dos motores. As lanchas recebem nome especial conforme o tipo de serviço a que se destinam:

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Embarcações de casco semi-rígidoAs embarcações de casco semi-rígido são de

introdução mais recente em nossa Marinha. Apresentam vantagens significativas em relação às embarcações tradicionais. Com casco em fibra de vidro e flutuadores de borracha infláveis, foram introduzidas a bordo com o propósito de contribuir para reduzir pesos altos a bordo e permitir o emprego de aparelhos de carga menos robustos e mais leves. Apresentam as seguintes vantagens quando comparadas às embarcações tradicionalmente encontradas a bordo:

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- são de manuseio mais rápido e fácil (são rapidamente retiradas do berço e colocadas na água);

- podem operar em condições piores de mar;- desenvolvem velocidades superiores à maioria das

lanchas tradicionais; e- apresentam boa manobrabilidade, além de conferirem

ao patrão um amplo campo de visão em torno da embarcação.

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EscaleresSão embarcações, a remo ou a vela, de proa fina e popa

quadrada. Possuem de 3 a 6 bancadas, podendo ser de voga (dois remos por bancada) ou de palamenta (um remo por bancada). São particularmente úteis para os serviços leves no porto

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Escaler de voga

Baleeira de palamenta

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BaleeirasSão embarcações, a remo, a vela ou a motor, com

a proa e a popa mais ou menos iguais, finas e elevadas, com grande tosamento a meia-nau.

Diferenciam-se do escaler por esta forma de popa, são em geral menores do que ele e são mais leves que o escaler de mesmas dimensões. As de remo podem ser de voga ou de palamenta, estas últimas com 10 ou 12 remadores.

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Em razão de sua forma, são muito seguras para o mar, têm geralmente boa marcha tanto a remo como a vela, e são as mais próprias para aterrar numa praia, investir na barra de um rio etc. Todas as baleeiras têm forquetas usualmente levam ainda uma forqueta a ré para a esparrela. São as embarcações mais usadas como salva-vidas, podendo neste caso ser a motor .

Leme de esparrela: consiste num remo, ou similar,colocado lateralmente no bordo de sotavento

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Baleeiras

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Baleeiras

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Botes São escaleres pequenos, mas de formas cheias, isto

é, têm uma grande boca em relação ao seu comprimento. São embarcações de voga e comumente guarnecidas por dois remadores; destinam-se aos trabalhos leves no porto.

Chalanas São embarcações de proa e popa quadradas, borda

baixa e fundo chato; servem para os serviços de pintura e limpeza da linha-d’água e do costado do navio. Possuem forquetas, mas usualmente são impelidas por um remo livre.

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BalsasAs balsas são usadas quase exclusivamente para

salvamento. Em razão de seu pequeno peso facilidade de arrumação e de manobra, tiveram uso intensivo na última guerra, principalmente nos navios de combate.

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Balsas

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Balsas salva-vidas infláveis

Muito usadas atualmente, as balsas infláveis são lançadas pela borda, podendo ser utilizadas pelos náufragos em poucos segundos. São acondicionadas no convés, em valises de lona ou em cofres plásticos, ficando assim protegidas da ação do tempo e dos borrifos do mar.

São infladas por força de CO2 contido numa pequena ampola presa ao fundo.

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Existem diversos modelos, que variam conforme o fabricante. A maioria é para 15 pessoas, existindo algumas maiores (para 20 ou 25 pessoas).

Normalmente, são acondicionadas em casulos de fibra de vidro, de forma a ocupar reduzido espaço a bordo, o que facilita seu emprego e instalação mesmo em navios de pequeno porte.

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Dotação- Luz sinalizadora- Pilhas ativáveis por água- Um par de remos - Bujões de vários diâmetros Bomba manual (para

recompletar o ar)- Coletores de água - Manta térmica- Âncora flutuante- Material de primeiros socorros

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- Refletor radar- Esponjas (para remoção de água do interior da balsa)-Pirotécnicos (foguetes estrela vermelha com pára-

quedas, fachos manuais vermelhos e fumígenos laranja)

- Ração líquida e sólida, para três dias- Instruções para sobrevivência e utilização do kit da

balsa- Espelho sinalizador diurno - Kit para pesca- Facas (com ponta arredondada, para evitar danos à

balsa)- Tabela de sinais de salvamentob (para orientar a

utilização dos pirotécnicos)

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Refletor Radar Âncora Flutuante

Kit de Pirotécnicos

Pilhas Ativáveis por Água

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Luz SinalizadoraFacho Manual Pirotécnicos

Faca Flutuante

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Construção do casco

Costado liso:Constituído por tábuas dispostas em fiadas, da

roda de proa ao cadaste, sem se sobreporem, de modo que a superfície se apresente lisa (construção a topo). As costuras são calafetadas com estopa de algodão ou linho.

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Se as tábuas forem finas demais para agüentar o calafeto faz-se correr sobre as costuras, pela parte interna, um sarrafo estreito; neste caso, só haverá calafeto nas costuras das tábuas do resbordo e nas extremidades das fiadas do forro.

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Costado em trincadoDeste modo as fiadas de tábuas são cavilhadas às

cavernas e umas às outras, onde elas se sobrepõem. A bainha inferior de cada fiada fica sempre por cima da fiada imediatamente abaixo.

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Vantagens deste sistema

1 - mais resistente que o liso, pois as tábuas se suportam umas às outras nas bainhas; isto permite maior espaçamento entre as cavernas; e

2) as costuras não precisam calafeto, pois a inchação das tábuas faz com que elas se adaptem bem às outras.

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Desvantagens:

1 - as tábuas fendem-se mais facilmente pelas costuras;

2 - qualquer reparo no costado torna-se mais difícil, pois tem-se que retirar mais de uma tábua para reparar uma só; e

3 - para manter as condições de estanqueidade, este tipo deve ser posto na água com maior freqüência, ou, se isto não for possível, deve-se molhar de vez em quando com uma mangueira.

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Costado em diagonal

As tábuas são dispostas em diagonal, da quilha para a borda, fazendo um ângulo de 45° com a quilha. Há dois forros superpostos, cruzando-se as fiadas de tábuas, e entre os dois forros é colocado um tecido impermeável à água; há poucas cavernas. O forro interior é inclinado da quilha para vante, e o exterior da quilha para ré.

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Esta construção é forte, porém pesada e de reparo mais difícil em caso de avaria; é empregada somente nas embarcações de maior porte,por exemplo, as grandes baleeiras dos navios mercantes.

Pode-se combinar os sistemas, liso e diagonal, ficando também a embarcação com duas espessuras de forro, a interior em diagonal e a exterior a topo.

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Palamenta das embarcações miúdasÉ o conjunto dos objetos usados no serviço comum

da embarcação.Os principais itens de uma palamenta são:Leme Peça de madeira, utilizada no governo da

embarcação; é geralmente constituído de uma só tábua, e as suas partes principais são madre, cabeça e porta do leme. É a porta que oferece resistência à água; cabeça é a parte de cima, onde emecha a cana do leme; madre é a parte mais a vante, onde ficam as governaduras.

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RemosHastes de madeira leve, que servem para

movimentar a embarcação, quando impulsionados por remadores. São constituídos por três partes, quais sejam: punho, que é a parte cilíndrica mais fina, onde os remadores apóiam as mãos; pá é a outra extremidade, larga e achatada, que trabalha na água durante a remada; haste é a parte compreendida entre estes dois extremos.

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REMO COSTADO EM TRINCADO

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Forquetas– Peças de metal, em forma de forquilha, colocadas

nas toleteiras para servir de apoio aos remos

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Croque – Gancho de metal com cabo de madeira,

servindo para segurar uma embarcação atracada e auxiliá-la

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Bartedouro ou vertedouro – Peça de madeira em formato de colher

destinada a retirar água do fundo da embarcação.

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