uma visão sobre a sustentabilidade energética nas cidades20vis%e3o%20sobre%20a%20... · cidades e...
TRANSCRIPT
1
Uma Visão sobre a Sustentabilidade Energética nas Cidades
Eduardo de Oliveira Fernandes Professor da FEUP Presidente da AdEPorto
1
Net Zero-Energy Buildings Conference Lisboa, 25 de Junho de 2012
índice
explicação
racional do enfoque nas cidades
antecedentes
potencial
oportunidades
prioridades, agora e aqui
conclusão
2
explicação
“Amigo de Platão mas mais amigo da verdade” Aristóteles • Não há edifícios ‘zero energia’ • A designação é cientificamente errónea • É uma expressão do colonialismo tecnológico • Favorece o consumo porque valoriza a ‘produção’ da parte de quem
consome • É completamente espúria no país do RCCTE original • Não é politicamente eficaz por ser ‘misleading’ • Obnubila expressões como ‘edifícios de baixa energia’ • Só é aceitável em Portugal se explicitamente dirigido a edifícios de serviços sem afetar a valorização do ‘consumo’ efetivo.
3
CTO- Casa laboratório INETI/FEUP (1980-…)
NZEB ou dois sistemas disjuntos e uma (só) carteira
Sistema FV
Parque de estacionamento
Fonte: http://www.prweb.com/releases/2012/4/prweb9417100.htm .
Radiação Solar
Eletricidade (energia)
IN
OUT
4
Eletricidade (energia)
IN
OUT
Iluminação Ventilação Outros
explicação
exterior
interior
Edifício residencial
bioclimático em Lisboa
O polígono das condições
climáticas e conforto
Temperatura e
Humidade Relativa no
exterior e interior do
edifício em Janeiro de
2001.
O desafio: edifício “melhor” do que o clima
6
MONITORIZAÇÃO DA TORRE VERDE
explicação
Energias finais
Edifício de Habitação Social em Vila do Conde (1988 - …)
Fonte: Plea88 7
20%(!) vem do Sol
explicação
Sistema de iluminação (natural!)
Caderno de encargos Tecnologia Arquitetura
Igreja da Santíssima Trindade, Fátima, 12 de Outubro de 2007 8
explicação
9
racionalidade do enfoque nas cidades
Organização no espaço >70% da população nos países da
OCDE
>50% da população mundial
Novo paradigma energético descentralização,diversificação,
proximidade, gestão da procura
11
Industry
Utilities
Construction Companies
CITY
…
City as an actor
Stakeholders
Partnerships
City-wide Policy Action
Citizens
Transport Companies
racionalidade do enfoque nas cidades
12
100
120
140
160
180
200
220
240
260
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
TOTAL
EDIFÍCIOS DO ESTADO
DOMÉSTICO
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
INDÚSTRIA
(1994=100)
A responsabilidade da sustentabilidade nos usos da energia nos
• Edifícios • Transportes • Indústria
via o CO2 equivalente
racionalidade do enfoque nas cidades
Climaespaço network at EXPO‘98 Lisboa
electricity – heating - cooling
Source: EXPO’98/CCE/DGTREN
CHP with district heating and cooling
14
racionalidade do enfoque nas cidades
antecedentes
• A Sustentabilidade (Rio 92)
• Agenda 21 Local (Cidades)
• Rio +20
• Concerto
• Convenant of Mayors
• Smart Cities
• 3 S
15
antecedentes
caminho de rio 92 para rio +20 – a Agenda 21:
1992 Conferência da UN sobre o Ambiente e o Desenvolvimento – “Earth Summit” Rio 92:
Capítulo 28 da Agenda 21: apelo ao poder local – Agenda 21 Local:
Plano de acção local para atingir a sustentabilidade,
desenvolvido através de um processo consultivo
promovido pelas autoridades locais, envolvendo
cidadãos e representantes de grupos relevantes.
16
antecedentes
rio+20 - 7 áreas Prioritárias:
• emprego dentro de uma economia “verde” e inclusão social
• acesso global, eficiência e sustentabilidade na energia
• segurança alimentar & agricultura sustentável
• gestão sustentável dos recursos hídricos
• cidades sustentáveis
• gestão sustentável dos oceanos
• resiliência aos desastres naturais
17
18
antecedentes
and Strategy
Commitment
More than 4.066 cities signed
voluntary agreement with CoM
SEAP: Strategic Energy Action Plans
19
antecedentes
“Smart Cities Initiative”:
No contexto do SET Plan: Ações específicas em torno das Cidades designadas de ‘smart’, uma outra designação que envolve um ‘preconceito’ tecnológico e desvia da ideia mais rica de ‘cidades sustentáveis’ que respondem melhor aos desafios de conceitos como Aquecimento global e Pegada ecológica.
Expo’98: almost (!) an example of urban sustainability (energywise – CO2)
EXPO’98 total CO2 emissions EXPO’98 total primary energy
21
potencial
Ad
apte
d f
rom
: “En
ergy
Tec
hn
olo
gy P
ersp
ecti
ves,
Sce
nar
ios
& S
trat
egie
s to
20
50
”, IE
A, 2
00
6
Technology expression (CO2 reduction)
22
potencial
Potential for improvements
Estimated economic mitigation potential by sector and region, using technologies and practices expected to be available in 2030. The potentials do not include non-technical options such as lifestyle changes.
Source: http://www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/syr/en/figure-4-2.html
23
Potencial
Reabilitação - CRUARB (Ribeira – Porto)
Natural
lighting
Natural
Ventilation
Backup
Systems
Iluminação e ventilação natural
24
potencial
Collective transport energy intensity better than
any type of individual car
Person Capacity per Lane-Equivalent # of people crossing a 3.5 meter-wide space in an urban environment during one hour period
25
potencial
Transportes e mobilidade
• Urbano
• Mobilidade
• Centros de Produção
Distâncias
Meios/Custos
Industrial
Negócios
Acessibilidades
Infra-estruturas
Mobilidade
Desenho urbano
Edifícios
Energia nas cidades: Planeamento
26
prioridades, aqui e agora
27
PAES-P
– 45% redução de CO2
• 21% - mix elétrico nacional
• 24% - acção local – 29% - Mobilidade e transportes
– 55% - Edifícios (incl. renováveis)
– 16% - Outros
• 20% redução de energia final
• 35% de penetração de renováveis
• (6% local + 29% nacional)
prioridades, aqui e agora
PAES-Porto MEDIDAS POLÍTICAS
INTERVENÇÕES
Oferta na Cidade
•‘Shift’ Vector energético
• Gás Natural vs Electricidade
• Solar térmico vs electricidade ou GN
• Cogeração e Trigeração
• Solar Térmico
•Água Quente Solar & Conforto Ambiente
•Na Reabilitações e Novos Edifícios
• Produção Local Electricidade
• Solar Fotovoltaico
• Valorização Resíduos Urbanos
Oferta Nacional
•Mix eléctrico mais ‘verde’
• Incorporação de Biocombustíveis
Procura na Cidade
• Parque Edificado
• Reabilitações
• Novos Edifícios
• Electrodomésticos mais Eficientes
• Mobilidade e Transportes
•Transporte Colectivo
• Transporte Individual e Comercial
• Veiculo Eléctrico
• Ciclovias
• Percursos Pedonais
28
prioridades, aqui e agora
PAES-P : Intervenções 2004 - 2020
Acções
Resultados na redução de emissões em 2020
(tCO2/ano)
Eficiência
energética
Incorporação
Biodisel 10%
Mix eléctrico
Nacional 2020 Total
Lo
ca
l
Mu
nic
ipa
l
Edifícios Municipais: Novos, Grandes Reabilitações e outros 4 750 5 270 10 020 - 0,7%
Água Quente Solar na Habitação Social 3 600 3 600 -0,3%
Iluminação Pública + Semaforização 6 380 5 160 11 540 -0,8%
Rede Urbana Térmica 30 700 30 700 -2,2%
Pistas Cicláveis e Porto Gravítico 6 050 4 100 10 150 -0,7%
Sta
ke
ho
lde
rs
Edifícios Privados: Novos, Grandes Reabilitações e outros 94 800 222 900 317 700 -23,1%
Penetração do gás natural 13 200 13 200 -1,0%
Cogeração e incineração 51 800 51 800 -3,8%
Smart Metering, electrodomésticos e outros 25 400 15 600 41 000 -3,0%
Renováveis: Água quente solar e PV 13 800 13 800 -1,0%
Transportes colectivos (GN na STCP e novas linhas Metro) 69 530 4 400 6 100 119 230 -8,7%
Transportes individual (Privado e mercadorias) 27 340 39 200 27 340 -2,0%
Acréscimo do consumo energético previsto -21 960 -24 740 +1,8%
Total
322 610 43 600 259 130 625 340 -45%
29
prioridades, aqui e agora
Guia dos Termos de Referência para o Desempenho Térmico-Ambiental na Reabilitação no Centro Histórico (Património Mundial)
adequacy to the
nowadays
standards of
comfort and
habitability while
preserving the
architectonic and
cultural identity and
values
prioridades, aqui e agora
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jul 07 - Jun08
Jul 08 - Dec09
Total
Residential Buildings – Heating performance compared to baseline
0 - 25 % 25 - 50 %
50 - 75 % 75 - 100 %
• Não poderá haver plano de e.e. sério sem o envolvimento das cidades e das entidades ‘agilizadoras’ que, ao seu nível, podem ser as Agências de Energia, as ESCOs e as Agências públicas com tutela do edificado e dos transportes (ex. AMTs), profissões.
• As cidades têm instrumentos relevantes de intervenção se, para tanto, houver a sensibilidade da articulação das instituições Centrais (IHRU, QREN, ON2, …)
• Os Laboratórios do Estado e Universitários devem ser envolvidos institucionalmente para assegurar a qualidade científica e técnica que não se tem verificado em casos estruturantes (Parque Escolar, Revisão dos Regulamentos, …).
31
conclusão
Obrigado