uma visão além do tipo
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Uma análise do comportamento Emo.TRANSCRIPT
Uma Visão Além do Tipo....
Uma visão além do tipo....
Análise do comportamento do modelo Emo
-Olha a faca!
Esta frase gritada em falsete seguida de choro ecoa pelos lares brasileiros nas noites de sábado. A
imagem do personagem na telinha é de uma atipia tão peculiar que merece descrição. Trata-se de
um jovem de fala melosa, gosto por coisas delicadas e trejeitos que comporiam facilmente o
estereótipo de um homossexual, não fora os repentes de valentia e demonstração de força e a
presença de um primo que alardeia a virilidade e a coragem do nosso jovem aos amigos e lhe
vocifera: “tu é macho”, apresentando como lembrete a palavra macho afeminadamente tatuada
em seu antebraço. Chama a atenção o contraditório da delicadeza afeminada com os atos rudes
de macho, o gosto por ursinho de pelúcia com a ameaça do uso da faca e a coragem com o visual
de “franjinha”. De onde teria vindo a inspiração para a criação daquele ser tão raro pela produção
da emissora? Cremos que a inspiração venha de um modelo cada vez mais popular dentre os
adolescentes: o jeito EMO de ser. A palavra Emo deriva de “Emotional Hardcore”, um gênero
musical vertente derivativa do Punk que combina sons pesados (hardcore) com letras românticas e
introvertidas. Provavelmente Emo é a corruptela de Emocore, uma abreviação de Emotional
Hardcore. Há quem defenda que o termo EMO foi ouvido pela primeira vez durante um show da
Banda “Rites of the Springs”, dito por um fã que teria gritado ao vocalista:”you’re emo”. Seja como
for, o termo Emotional Hardcore apareceu pela primeira vez na revista “Skate Thrasher” nos anos
80 para descrever o estilo da bandas como “Rites of Spring”, “Gray Matter”, “Embrace”, “Dag
Masty” e “Fire Party”. O Emotional Hardcore, com sua batida romântica e melancólica criou em
seus admiradores um estilo de ser, que ficou conhecido por EMO.ser Emo significa pertencer a
uma tribo que mescla características contraditórias, ama e defende a natureza, é sentimentalista,
não curte drogas nem violência e, como os Hippies, crêem no amor como a grande saída para a
humanidade. Vale a pena refletir um pouco acerca do contraditório que mencionamos acima.
Características antagônicas podem ser encontradas no mesmo indivíduo, coexistindo em perfeita
harmonia. Assim, os padrões “de macho” e “de fêmea” podem ser igualmente encontrados nele e
nela.os meninos usam rosa como as meninas ou camisetas e adereços com motivos e ícones
infantis ou femininos, como a figura da bonequinha Hello Kitty. Piercings, brincos grosseiros,
correntes, bonés e tatuagens mais comuns aos garotos completam o visual de ambos os sexos. O
que haverá por trás deste movimento? Apenas mais uma forma pela qual os adolescentes podem
se identificar e apenas mais uma tribo de jovens? Pensamos que definitivamente não! Antes de
expormos nosso ponto de vista, exploremos mais algumas características dos Emos. As letras das
músicas tratam de temas como amores perdidos ou a rejeição doa pais e levam a estados
depressivos por sua melancolia. Um Emo é dado ao choro fácil e se emociona por qualquer coisa,
como a beleza de uma flor ou um animalzinho abandonado na rua. Manifestações explícitas de
carinho são comuns e meninos e meninas se beijam, se abraçam em público, seja com pessoas do
sexo oposto, seja do mesmo sexo. Aliás, a regra é aceitar a opção sexual do outro sem
preconceitos. É comum comportamentos homossexuais ou bissexuais. Usar cabelos lisos com
enormes franjas no rosto de um lado é marca do grupo e ao mesmo tempo sinal de ambigüidade
sexual. As meninas se tratam por “maridas”. Criticar pessoas violentas é marca comum, assim
como é reprovável qualquer forma de agressão. É comum o gosto por escrever diários, poesias e
músicas e o tom marcante da linguagem é o diminutivo. Na internet, o veículo oficial de
comunicação Emo, é comum o encontro de linguagem no diminutivo atropelando a ortografia com
um “internetguês” típico. Lutar por um mundo sem violência, pregando o amor e a livre expressão
das emoções é a marca maior desta tribo. Em nossa concepção, e este é a base espiritual do
movimento, ser Emo é personificar o cidadão da Nova Era ou nos preparar para aceita-lo. O
contraditório representa o equilíbrio entre as forças contrárias: negativo e positivo, bem e mal,
preto e branco, o delicado e o viril, o macho e a fêmea. Segundo a Nova Era, o bem e o mal são a
mesma coisa, apenas são vibrações altas ou baixas. Assim, Deus e lúcifer se completam, pois as
forças opostas são parte da mesma perspectiva divina (yin e yang). Alvin Toffer, em seu livro “A 3a
Onda”, a sociedade ao longo do tempo determinou dois modelos familiares e um terceiro que está
por vir. Estas “ondas de modelos” seriam o seguinte: grandes famílias agrupadas em torno do
senhor feudal na idade média, dos patriarcas nos tempos antigos e de comunidades agrícolas num
tempo mais recente. Nestas comunidades os parentes apresentavam grande apego entre si e
acabavam por conviver proximamente. A segunda onda trouxe o modelo que ora conhecemos. A
família nuclear (pai, mãe e filhos se sobrepõem em relação aos demais familiares. Finalmente, virá
a terceira onda com um modelo familiar bem diferente do nosso, com “casais” de lésbicas ou
homossexuais. As crianças serão criadas em crechas. Aborto será prática corriqueira. O casamento
como instituição desaparecerá. O sexo livre será guiado pelo prazer e se dará entre quaisquer
sexo. Aliás os padrões de homem-macho e mulher-fêmea desaparecerão em nome de um modelo
único e ambíguo (androginia). É neste contexto que surgem movimentos como os Emo, de carinha
bonita, social e politicamente corretos, mas cujo interior é carunchado pelo inimigo. Cristãos,
alcemos voz contra ondas como estas que afastam cada vez mais nossos jovens e crianças de
Deus. Gritemos: “só Jesus Cristo salva”.