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19 ANO XV / N ANO XV / N ANO XV / N ANO XV / N ANO XV / N 0 27 27 27 27 27 19 uma realidade brasileira OBUSEIRO AUTOPROPULSADO M-109 A3 Expedito Carlos Stephani Bastos 1 In http://www.exercito.gov.br/01inst/armas/Artilhar/ indice.htm A Artilharia de Campanha tem por missão geral apoiar a força pelo fogo, destruindo ou neutralizando os alvos que ameacem o êxito da operação e é de vital importância para o Exército num país de dimensões continentais como é o caso do Brasil, daí a importância estratégica em manter e modernizar não só os meios como também todo o setor de produção. A Arma de Artilharia, no Exército Brasileiro, é dividida em Artilharia Antiaérea e Artilharia de Campanha, assim definidas: A Artilharia de campanha é o prin- cipal meio de apoio de fogo da Força Ter- restre. Suas unidades e subunidades podem ser dotadas de canhões, obuses, foguetes ou mísseis. Tem por missão apoiar as armas básicas pelo fogo, destruindo ou neutrali- zando os alvos que ameacem o êxito da ope- ração. A Artilharia antiaérea, componente terrestre da defesa aeroespacial ativa, rea- liza a defesa antiaérea de forças, instala- ções ou áreas. Suas características são a pre- cisão e a rapidez, para destruir ou neutra- lizar as instalações, os equipamentos e as tropas inimigas localizadas em profundi- dade no campo de batalha.” 1 Sua classificação é quanto ao tipo, calibre e transporte. Quanto ao tipo, classifica-se em Artilharia de tubo e Artilharia de mís- seis ou de foguetes, sendo que a de tubo compreende canhões, obuseiros e mor- teiros, que são assim definidos: Canhões – Têm tubo relativamen- te longo e grande velocidade inicial, ope- rando em pequenos ângulos de elevação; Obuseiros – Têm tubo de compri- mento médio e velocidade inicial média, podendo operar com grandes ângulos de elevação; Morteiros de 120mm – Têm tubo de comprimento médio e velocidade ini- cial reduzida, operando com grandes ângulos de elevação. Quanto ao calibre, classifica-se em; Leves – até 120mm, inclusive;

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19ANO XV / NANO XV / NANO XV / NANO XV / NANO XV / N00000 27 27 27 27 27 19

uma realidadebrasileira

OBUSEIROAUTOPROPULSADO

M-109 A3Expedito Carlos Stephani Bastos

1 In http://www.exercito.gov.br/01inst/armas/Artilhar/indice.htm

A Artilharia de Campanha tempor missão geral apoiar a força pelo fogo,destruindo ou neutralizando os alvos queameacem o êxito da operação e é de vitalimportância para o Exército num país dedimensões continentais como é o caso doBrasil, daí a importância estratégica emmanter e modernizar não só os meioscomo também todo o setor de produção.

A Arma de Artilharia, no ExércitoBrasileiro, é dividida em ArtilhariaAntiaérea e Artilharia de Campanha,assim definidas:

“A Artilharia de campanha é o prin-cipal meio de apoio de fogo da Força Ter-restre. Suas unidades e subunidades podemser dotadas de canhões, obuses, foguetes oumísseis. Tem por missão apoiar as armasbásicas pelo fogo, destruindo ou neutrali-zando os alvos que ameacem o êxito da ope-ração. A Artilharia antiaérea, componenteterrestre da defesa aeroespacial ativa, rea-liza a defesa antiaérea de forças, instala-ções ou áreas. Suas características são a pre-cisão e a rapidez, para destruir ou neutra-

lizar as instalações, os equipamentos e astropas inimigas localizadas em profundi-dade no campo de batalha.” 1

Sua classificação é quanto ao tipo,calibre e transporte.

Quanto ao tipo, classifica-se emArtilharia de tubo e Artilharia de mís-seis ou de foguetes, sendo que a de tubocompreende canhões, obuseiros e mor-teiros, que são assim definidos:

Canhões – Têm tubo relativamen-te longo e grande velocidade inicial, ope-rando em pequenos ângulos de elevação;

Obuseiros – Têm tubo de compri-mento médio e velocidade inicial média,podendo operar com grandes ângulos deelevação;

Morteiros de 120mm – Têm tubode comprimento médio e velocidade ini-cial reduzida, operando com grandesângulos de elevação.

Quanto ao calibre, classifica-se em;Leves – até 120mm, inclusive;

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Anatomia do M-109 A3 em uso no 15o GACAP, Lapa – PR.(Foto: Adaptação do autor sobre foto do 15º GACAP)

Obuseiros M-109 A3 sendo modernizados na Sabiex International S/A, na Bélgica, antesde virem para o Brasil. (Foto: Sabiex)

Médios – acima de 120 até 160mm,inclusive;

Pesados – acima de 160 até 210mm,inclusive, embora os morteiros de 120mmsejam considerados pesados;

Muito pesados – acima de 210mm(não usados mais, na atualidade).

A Artilharia de mísseis ou de fogue-tes compreende os lançadores de mísseise os lançadores múltiplos de foguetes.

Quanto ao transporte, a Artilhariade Campanha classifica-se em autorre-bocada, quando tracionada por viaturas,e autopropulsada, montada permanen-temente sobre reparo constituído pelaprópria viatura.

Pode ainda ser transportada pormeios não orgânicos, em rodovias, ferro-vias ou aquavias; quando transportadapelo ar, classifica-se em Helitransporta-da, transportada por helicópteros e co-locada no terreno de forma que permitaseu emprego imediato, e aerotranspor-tada, possui capacidade de ser transpor-tada por aviões até seu destino ou lança-da em paraquedas.

No período compreendido entre1999 e 2001, a Artilharia no Exército Bra-sileiro foi reforçada e modernizada pelaaquisição de 37 Viaturas Blindadas de

Combate Obuseiro Autopropulsada M-109 A3 (versão modernizada do M-109A1), denominadas VBCOAP M-109A3, oriundas de excedentes do ExércitoBelga e modernizadas pela empresa belgaSABIEX INTERNATIONAL S/A.

Com esta aquisição, a Artilharia so-bre lagartas deu o grande passo para a suamodernização. Até então, contava com osantiquados Obuseiros AP M-108 de cali-bre 105mm, recebidos no final dos anos de1960, num total de 72 exemplares.

Pelo fato de esses novos ObuseirosAutopropulsados serem de calibre 155mm,com alcance de tiro a uma distância de23,5km, a artilharia sobre lagartas noExército ganhou uma grande mobilida-de e alto poder de fogo.

A origem do M-109 remonta à dé-cada de 1960, idealizado para propor-cionar apoio às unidades mecanizadas eblindadas, mantendo as mesmas carac-terísticas de mobilidade e deslocamentodaquelas unidades, utilizando-se lagar-tas. Para uma maior proteção da tripu-lação e para diminuição de peso, optou-se por uma blindagem de alumínio.

O Obuseiro M-109 foi, por muitasdécadas, a base da artilharia autopropul-sada na maioria dos exércitos ocidentais,

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Obuseiro M-109 A3 quando na então EsMB, no Rio de Janeiro, em 2008,usado como meio de instrução para chassi e torre. (Foto: autor)

Detalhe da culatra aberta do M-109 A3 de 155mm. (Foto: autor)

Obuseiro M-109 A3 na máxima posição de elevação do canhão de155mm. (Foto: autor)

Vista traseira do M-109 A3 do 15º GACAP. Notar as portas deacesso e o depósito de munições na torre. (Foto: autor)

sendo usado até os dias atuais em suasdiversas versões que foram sendo apri-moradas, participando inclusive nasGuerras do Golfo (1991 e 2003), com asforças americanas em sua versão A6 Pa-ladin, bem mais moderna do que o mo-delo adquirido pelo Brasil.

A estrutura do chassi é de alumí-nio soldado, o que protege a tripulaçãocontra fogo de armas leves. O motoristafica sentado à esquerda, na frente dochassi, tendo à direita o motor. Os ou-tros cinco membros da tripulação, co-mandante, atirador e três municiadores,ficam na torre e na parte posterior dochassi. Uma larga porta traseira permiteo remuniciamento. Existem, ainda, duasportas laterais e uma na traseira da tor-re, bem como duas escotilhas no teto.Sua suspensão é do tipo barra de torçãoe utiliza sete rodetes intermediários como rodete do motor na frente e o rodetetensor na lateral traseira, não existindoassim rodetes fixos.

O obuseiro de 155mm tem eleva-ção de +75º, depressão de –3º e a torrepossui giro de 360º, motorizada, muitoembora exista um controle manual paraemergências. Sua cadência é de 4 tirospor 3 minutos, seguidos de um tiro por

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Alguns dos 16 M-109 A3 do 15o GACAP, Lapa – PR. (Foto: autor)

Obuseiro M-109 A3 do 15o GACAP efetuando disparo de munição 155mm HE.(Foto: 15o GACAP)

Quatro obuseiros M-109 A3 do 15o GACAP em exercício de tiro. (Foto: 15o GACAP)

minuto para a hora seguinte. Transpor-ta um total de 28 obuses e 500 cartu-chos .50 e, dependendo da munição em-pregada, seu alcance pode ser de até23,5km.

É capaz de vadear cursos de águacom profundidade máxima de 1,82m,embora algumas versões possuam umkit especial anfíbio, que consiste emnove sacos de ar infláveis, sendo quatromontados de cada lado do chassi e umà frente, permitindo assim ao veículodeslocar-se na água a uma velocidadede 69km/h. Ao que tudo indica, esteacessório não acompanha a versãoadquirida pelo Brasil.

Nos Exércitos da América do Sul,apenas o Brasil, Chile (24 M-109 KA-WEST, 12 M-109 A3 e 12 M-109 A5+)e o Peru (12 M-109 A2 com canhão M-185) operam versões deste modelo.

Chegaram ao país em quatro lotes,a saber:

1o lote: 06 VBCOAP M-109 A3 –chegada ao Brasil em 6 de outubro de1999.

2o lote: 12 VBCOAP M-109 A3 –chegada ao Brasil em 26 de maio de2000.

3o lote: 12 VBCOAP M-109 A3 –chegada ao Brasil em 24 de outubro de2000.

4o lote: 07 VBCOAP M-109 A3 –chegada ao Brasil em 23 de abril de2001.

Foram desembarcados nos portosdo Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande (RS)e Paranaguá (PR), e, a seguir, foram as-sim distribuídos: 12 para o 15o Grupode Artilharia de Campanha Autopro-pulsado, na cidade de Lapa (PR), 12 para

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Impressionante momento do disparo de uma munição 155mm HE.Notar a granada logo à frente da bola de fogo. (Foto: 15o GACAP)

Vistas traseira e frontal do protótipo do M-108 convertido em veículo municiador que iráacompanhar os M-109 A3+BR e A5+BR ainda em fase inicial no PqRMnt/5 deCuritiba, PR, em novembro de 2015. (Fotos: autor)

o 16o de São Leopoldo (RS), 12 para o29o de Cruz Alta (RS) e 01 para a entãoEscola de Material Bélico – EsMB, no Riode Janeiro (RJ). Este foi, anos mais tarde,transferido para o Centro de Instruçãode Blindados General “Walter Pires”, emSanta Maria (RS).

Dando continuidade ao ProjetoEstratégico do Exército (PEE), denomi-nado de Capacidade Plena, foram rece-bidas mais 40 viaturas M-109 A5, doa-das pelo Exército Americano, através doForeign Military Sales (FMS), conformepublicado nos Boletins do Exército 12 e26, o primeiro de 22 de março de 2013 eo segundo de 28 de junho de 2015.

Destes, seis servirão como doado-res de componentes, podendo ainda serusados no treinamento da guarnição, fi-cando dois deles para serem utilizadoscomo simuladores. Os 32 restantes serãomodernizados para a versão M-109A5+BR, recebendo, por exemplo, equi-pamentos de navegação inercial GPS esistema de pontaria eletrônico comcomputador de tiro, o que contribuiráem muito na precisão e agilidade quan-do de sua entrada em posição para exe-cutar o primeiro tiro, proporcionandoainda capacidade de se proteger contrao fogo inimigo. Terá, ainda, um medidorde Velocidade Inicial (VO–Muzzle Velo-city Radar System), além de sistema derádio Falcon III, da Harris americana.O tubo continuará a ser o M284, com re-paro M182, sistema hidráulico e patimda lagarta T154.

Vale ressaltar que toda tecnologiaagregada ao modelo A5+BR será chama-da no Brasil de Sistema Digitalizado deArtilharia de Campanha (SISDAC),

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Protótipo do M-109A3+BR. Notar o novo

trem de rolamento,com novos patins e

almofadas amovíveise roda tratora dentada.

Este veículo possuibarras de torção da

versão A6 que serãousadas em todos os

modelos existentes enos recém-adquiridos.

(Foto: 15o GACAP)

Obuseiro M-109 A-3 do Centro de Instrução de Blindados “General Walter Pires” (CIBld)em Santa Maria, RS, em 2011. (Foto: autor)

proporcionando uma maior interaçãoentre os equipamentos de busca de al-vos, controle de apoio de fogo, com ascentrais de tiro e as linhas de fogo, pos-sibilitando simultaneidade na execu-

ção das missões de tiro através da mes-ma linha de fogo, o que elevará emmuito a capacidade da Artilharia deCampanha brasileira.

Toda a modernização estará acargo da BAE Systems e será realizada

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nos Estados Unidos, a um custo deaproximadamente U$110 milhões dedólares. O cronograma previsto era que16 M-109 A5+BR seriam entreguesainda em 2016, ficando os demais para2018.

Como fruto desta nova aquisição,está previsto ainda que todos os 37 VB-COAP M-109 A3 serão modernizadosno país, no Parque Regional de Manu-tenção da 5a Região Militar (PqRMnt/5),em Curitiba – PR, e receberão a deno-minação de M-109 A3+BR, tanto quejá existe um protótipo em testes, utili-zado pelo 15o Grupo de Artilharia deCampanha Autopropulsado, na cidadede Lapa (PR), cujos integrantes parti-ciparam deste trabalho.

Inicialmente, está prevista a mo-dernização do trem de rolamento, mu-dando os patins, almofadas amovíveis,polia dentada e barras de torção, poisestão usando a versão existente no M-109 A6, que serão as mesmas emprega-das na versão A5+BR, como forma depadronizar a logística, muito emboraexistam estudos para a parte eletrônicaainda em fase inicial.

Outro ponto importante foi o de-senvolvimento de um protótipo para umVeículo Remuniciador, a partir do apro-veitamento do obuseiro AP M-108, chas-si e torre, com a retirada de todos oscomponentes da torre, o que veio dar umamplo espaço interno, onde serão trans-portados os paletes de munição de155mm, estas ainda importadas. Estes,devido ao calibre (105mm) e tempo deuso, aos poucos, estão sendo substituídos

pelos M-109 A3 e A5+BR. Essa ideia sur-giu no Parque Regional de Manutençãoda 5a Região Militar, em Curitiba, PR –PqRMnt/5 – e se encontra na fase inicialcom a elaboração de um protótipo que,se aprovado, dará uma grande mobili-dade à artilharia autopropulsada bra-sileira, pois terá um veículo similar, coma mesma logística e os mesmos com-ponentes dos M-109 que atuarão emconjunto.

Vale aqui, ainda, o registro de que,na segunda metade dos anos de 1980, aVEROLME EQUIPAMENTOS PESA-DOS S/A, da cidade do Rio de Janeiro,em associação com a inglesa VSEL – VI-CKERS SHIPBUILDING & ENGINEE-RING LIMITED, assinou um contrato deintenções em que se previa a produçãono país do AS-90, denominado MALLET,um obuseiro autopropulsado de 155mmque estava sendo desenvolvido pelos in-gleses sobre o chassi do carro de comba-te Challenger e que, no Brasil, seria deoutro blindado, que não chegou a serescolhido em razão do cancelamento doprojeto, em 1989.

Este obuseiro, muito moderno paraa época, atenderia muito bem, mas res-trições impostas na transferência detecnologia por parte da VSEL e, princi-palmente, os reflexos negativos da situa-ção econômica financeira do país sobre aVerolme e sobre a nossa Indústria de Ma-terial de Defesa que, nos dez anos seguin-tes, foi reduzida, perdendo não só este,mas muitos outros projetos inovadorese significativos para uma grande inde-pendência na área de defesa.

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Capa do catálogo do Obuseiro autopropulsadoAS-90 Mallet de 155mm previsto pela Verolme

Equipamentos Pesados S/A, nos anos de 1980.(Foto: Coleção do autor)

OBUSEIRO AUTOPROPULSADO M-109 A3FICHA TÉCNICA

Tripulação: 6 homensPeso total: 25 toneladasComprimento total: 9,12mAltura: 3,28mLargura: 3,15mMotor: Detroit, 8 cilindros, modelo DDC 8V – 71t, dieselTransmissão: Allison, modelo XTG 411 2 AArmamento: Um obuseiro calibre 155mm, uma metralhadora .50 Utiliza munição 155mm do tipo HE, Iluminativa e FumígenaAlcance máximo do tiro: 23,5kmElevação: -3º a + 75ºVelocidade máxima: 56km/hAutonomia: 344kmVau: 1,07mRampa máxima: 60%Inclinação máxima: 40%Optrônicos: Visão noturna para o motorista e chefe da peça.