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uma publicação mensal da FEA-USP p.03 p.06 p.11 p.12 FEA FUNCIONÁRIOS FEA PROFESSORES FEA CCInt FEA MIX PAINEL FEA ALUNOS E AINDA... p.02 p.04 p.08 A missão do Instituto Carlos e Diva Pinho Programa treina pós-graduados para docência Preconceito e discriminação nas escolas Mais do que um título máximo, o reconhecimento ano 06_edição 53_agosto_2009 FEA X FEA A reunião extraordinária da Congre- gação da FEA em 19 de agosto será espe- cial: uma sessão extraordinária e solene foi convocada para outorgar títulos de Professor Emérito a três nomes indicados pelos Departamentos de Economia, Ad- ministração e Contabilidade e Atuária e aprovados, conforme determina o Estatu- to da Universidade de São Paulo, por dois terços dos componentes da Congregação da Faculdade. A concessão do título má- ximo de Professor Emérito é feita a pro- fessores aposentados que se destacaram pelas atividades didáticas e de pesquisa ou que contribuíram, de modo notável, para o progresso da Universidade. Por essas razões, os Conselhos dos Departa- mentos não tiveram dúvidas em indicar os nomes dos professores Diva Benevides Pinho, Sérgio Baptista Zaccarelli e Eliseu Martins para receber o título de Profes- sor Emérito da FEA. Mais do que o títu- lo máximo da instituição, eles receberão nessa sessão solene o reconhecimento da Universidade e a homenagem dos seus pares, alunos, funcionários e amigos.

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Page 1: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

uma publicação mensal da FEA-USP

p.03

p.06

p.11

p.12

FEA FUNCIONÁRIOS

FEA PROFESSORES

FEA CCInt

FEA MIX

PAINELFEA ALUNOS E AINDA...

p.02 p.04 p.08

A missão doInstituto Carlose Diva Pinho

Programa treina pós-graduadospara docência

Preconceitoe discriminaçãonas escolas

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títu

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áxim

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imen

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ano 06_edição 53_agosto_2009

FEA X FEA

A reunião extraordinária da Congre-

gação da FEA em 19 de agosto será espe-

cial: uma sessão extraordinária e solene

foi convocada para outorgar títulos de

Professor Emérito a três nomes indicados

pelos Departamentos de Economia, Ad-

ministração e Contabilidade e Atuária e

aprovados, conforme determina o Estatu-

to da Universidade de São Paulo, por dois

terços dos componentes da Congregação

da Faculdade. A concessão do título má-

ximo de Professor Emérito é feita a pro-

fessores aposentados que se destacaram

pelas atividades didáticas e de pesquisa

ou que contribuíram, de modo notável,

para o progresso da Universidade. Por

essas razões, os Conselhos dos Departa-

mentos não tiveram dúvidas em indicar

os nomes dos professores Diva Benevides

Pinho, Sérgio Baptista Zaccarelli e Eliseu

Martins para receber o título de Profes-

sor Emérito da FEA. Mais do que o títu-

lo máximo da instituição, eles receberão

nessa sessão solene o reconhecimento da

Universidade e a homenagem dos seus

pares, alunos, funcionários e amigos.

Page 2: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

#02

FEA X FEA

“Os recursos públicos jamais serão suficientes. O Instituto pode ajudar a conscientizar a sociedade sobre a necessidade de retribuir um pouco do que recebemos.”

A r

eali

zaçã

o d

e u

m s

onh

o

FALTAM APENAS ALGUNS DETALHES JU-

RÍDICOS PARA QUE O INSTITUTO CAR-

LOS E DIVA PINHO SE TRANSFORME EM

REALIDADE E INICIE SUA MISSÃO: APOIAR

FINANCEIRAMENTE AÇÕES E INICIATIVAS

DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA

FEA-USP.

O Instituto é um sonho dos profes-

sores Carlos Marques Pinho e Diva Be-

nevides Pinho, que foram titulares do

Departamento e casados por 61 anos.

“Resolvemos destinar nossos recursos

pessoais para financiar

um trabalho inicial. A

proposta é apoiar alu-

nos da Faculdade com

bolsas de estudo e ini-

ciativas voltadas para

infraestrutura que deem continuidade ao progresso

tecnológico da faculdade”, explica a professora Diva

que, com o falecimento do seu marido, em abril, está

dando andamento ao projeto.

A meta é que o Instituto comece a funcionar ain-

da em 2009 com o lançamento de um prêmio des-

tinado a reconhecer a melhor monografia produzida

pelos formandos de Economia. A concessão de bolsas

de estudo para alunos vindos de escolas públicas é

uma das ações realizadas no âmbito da Associação

dos Amigos do Departamento de Economia da FEA-

USP (AMEFEA), na qual a professora Diva trabalha

como voluntária, que será transferida ao Instituto.

A iniciativa – pioneira no âmbito da FEA – foi

muito festejada no Departamento de Economia.

“Em países da Europa e nos Estados Unidos, esse

tipo de iniciativa é comum. São as chamadas cáte-

dras ou cadeiras que apoiam as atividades acadêmicas visan-

do a qualidade da educação e que ajudam na formação de

pensadores e pesquisadores. A sociedade pode e deve cola-

borar. A própria AMEFEA foi criada para incentivar a parti-

cipação de ex-alunos”, afirma o professor Joaquim Guilhoto,

chefe do Departamento.

Essa sempre foi a visão compartilhada pelos professo-

res Carlos e Diva. “A USP cresceu muito e oferece serviços

complexos. Os recursos públicos jamais serão suficientes. O

Instituto pode ajudar a conscientizar a sociedade sobre a ne-

cessidade de retribuir um pouco do que recebemos”, diz a pro-

fessora Diva.

Por quase 30 anos, Carlos e Diva Pinho trabalharam juntos

na FEA. O início do relacionamento foi na rua Maria Anto-

nia, onde ficavam as Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras

e de Ciências Econômicas e Administrativas. Por influência

do marido, a professora Diva fez Direito também, mas se dedi-

cou pouco à atividade que absorveu o professor Carlos após a

aposentadoria. O Instituto eternizará essa história de compa-

nheirismo e de dedicação.

Uma história de companheirismo: juntos no concurso da Professora Diva para titular

Professores Carlos e Diva Pinho: recursos pessoais ajudam a deslanchar o Instituto

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gou valor aos debates sobre técnicas uti-

lizadas e formas de tratamento de uma

imagem. O maior aprendizado foi o olhar

sobre o objeto a ser fotografado. “Analisar

em minutos uma ação ou objeto e foto-

grafar com qualidade, saber como captu-

rar uma imagem e não sair fotografando

tudo que vemos. O olhar traz riqueza ao

trabalho final, não somente o enquadra-

mento – que pode não mostrar nada de

surpreendente para quem vê”, conta.

Catalogar as imagens disponíveis e fa-

cilitar o acesso a todos que delas precisam

para o seu trabalho é uma demanda cons-

tante, evidenciada principalmente depois

da comemoração dos 60 anos da FEA-

USP. Um árduo trabalho vem sendo rea-

lizado nessa área desde então por Roberta

de Paula (ATC&D), e tornou possível

inserir no banco de dados o nome do fo-

tógrafo e localizar imagens por data, hora,

nome das pessoas que estão na foto ou

pelo evento. Já são 12.500 imagens que

ocupam cerca de 28 Gb de espaço. “A

Assistência de Comunicação teve sem-

pre uma preocupação muito grande em

registrar os eventos e as pessoas em geral

da FEA, tanto para

podermos ilustrar o

Gente da FEA, como

para termos um ar-

quivo histórico com

imagens da Faculda-

de”, conta ela. “Este é

um trabalho do qual

muito me orgulho”,

diz Roberta.

“A capacitação é um processo importante e esse trabalho será benéfico para a área de Eventos e Infraestrutura.”

FEA FUNCIONÁRIOS

A linguagem das fotosDESENVOLVER A FOTOGRAFIA COMO LINGUAGEM ESTÉTICA EN-

TRE A COMUNIDADE FEANA E MELHORAR AINDA MAIS O ACERVO

DO BANCO DE IMAGENS DA FACULDADE ESTÃO ENTRE OS PRINCI-

PAIS OBJETIVOS DO CURSO DE FOTOGRAFIA REALIZADO ENTRE 11

DE MAIO E 29 DE JUNHO PELOS FUNCIONÁRIOS DA FEA-USP. A

iniciativa permitirá não só ampliar a divulgação dos inúmeros

eventos que acontecem na FEA-USP mas ajudar a comparti-

lhar melhor as informações, em proveito de todos.

Realizado pelo professor Diego Rousseaux, o curso contou

com 12 participantes, de diferentes departamentos: Milena Ne-

ves, Ismael do Rosário, Roberta de Paula (Assistência Técnica

de Comunicação e Desenvolvimento-ATC&D); Ana Angélica

Fernandes Mônica (Eventos e Infraestrutura); Andréa Ximenes

(LAE); Ivonete Pereira de Miranda (Departamento de Admi-

nistração); Eduardo Custódio Leite (Audiovisual); Renata Dias

(Departamento de Economia); Ana Cristina dos Santos (Bi-

blioteca); Claudinei Castelani (Segurança - Portaria) e Marilda

Fátima da Graça (Secretária - STI). Wagner Cassimiro partici-

pou do grupo como convidado, para destacar as necessidades

do Portal.

Os benefícios serão constatados nos vários veículos de co-

municação desenvolvidos pela FEA-USP, que divulgam as

ações realizadas em todas as frentes e promovem a integração

de alunos, professores e profissionais da Faculdade. As imagens

vão enriquecer, por exemplo, o conteúdo do Portal, dos sites

dos departamentos e do jornal Gente da FEA.

Para Angélica, da Seção de Apoio a Eventos e Infraestrutu-

ra, o curso trouxe bons conhecimentos sobre linguagem foto-

gráfica e despertou um senso crítico sobre o momento de foto-

grafar e sobre os critérios usados no momento da foto. “Foi es-

sencial para que eu possa colaborar com eficiência nos eventos

da Faculdade e atender de forma mais assertiva a Assistência de

Comunicação, responsável pela seleção e organização de todo

o material. A capacitação é sempre um processo importante e

esse trabalho será benéfico para a área de Eventos e Infraestru-

tura”, afirma.

Para Eduardo, do Audiovisual, a pluralidade do grupo agre-

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#04

FEA ALUNOS

“O PAE é a aplicação do conhecimento, o aluno se desenvolve mais plenamente. E isso vale não só para aqueles que querem seguir a carreira acadêmica, mas para qualquer um”.

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AE

EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA A

FORMAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS EM

PÓS-GRADUAÇÃO, O PAE - PROGRAMA

DE APERFEIÇOAMENTO DE ENSINO DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO TEM UMA

DEMANDA CRESCENTE NA FEA. Destina-

do a aprimorar a formação de alunos de

pós-graduação para a atividade didática

com base na preparação pedagógica e

no estágio supervisionado em docência,

o programa é oferecido semestralmen-

te. Na FEA, o PAE é coordenado pelo

professor Edgard Bruno Cornacchione

Junior, que tem pela frente o desafio

de conseguir mais vagas na Reitoria.

“Achamos incompatível o número de

vagas que a Reitoria libera para a FEA,

uma vez que nossa demanda é alta”,

afirma o professor.

Ele se diz disposto a brigar por mais

vagas, certo de que o PAE favorece o treinamento dos pós-

graduandos para a docência e contribui para a melhoria da

qualidade de ensino da graduação. Prova disso é que alguns

professores da FEA participaram do PAE. São eles: Bruno

Meirelles Salotti (EAC), Marcio Luiz Borinelli (EAC), Ger-

lando Augusto Sampaio Franco de Lima (EAC), Lucas Ayres

Barreira de Campos Barros (EAC), Rafael Paschoarelli Veiga

(EAD) e Andrés Rodriguez Veloso (EAD).

Hoje, aqueles que não conseguem vagas para participar

do PAE, são voluntários. Têm uma experiência interessante,

mas que não é considerada completa. Segundo o professor

Cornacchione, a pesquisa e a docência são dois componen-

tes fundamentais que os candidatos aos títulos de mestre e

de doutor precisam desenvolver. Para ele, o programa traz

um componente mais fático: “O PAE é a aplicação do co-

nhecimento, o aluno se desenvolve mais plenamente. E isso

vale não só para aqueles que querem seguir a carreira acadê-

mica, mas para qualquer um”.

Antigamente tinha a figura do aprendiz. “Era natural antes

um aluno de mestrado ou doutorado ajudar o professor em uma

Professor Cornacchione: “Achamos incompatível o número de vagas que a Reitoria libera para a FEA”

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GUILHERME TINOCO, 25 ANOS

“O PAE acaba sendo uma oportu-

nidade para rever muito da maté-

ria. Além disso, é uma experiência

interessante para quem quer dar

aula algum dia na vida. Ele pos-

sibilita o desenvolvimento de vá-

rias habilidades. A relação com

os alunos da disciplina é boa, eles respeitam a figura do moni-

tor como se fosse um professor e entre o aluno da pós e o professor da

disciplina o relacionamento é constante, de modo que nós estamos

participando ativamente da produção da disciplina. O PAE traz um

aprendizado mais profundo da matéria e um maior envolvimento do

aluno com a faculdade e com a graduação. O desenvolvimento de

outras habilidades também foi importante, como a desenvoltura para

falar em público, a clareza para explicar as coisas e um maior poder

didático. Eu não penso em ser professor, mas o PAE me mostrou que

dar aula como uma atividade paralela pode ser bem interessante.”

HENRIQUE DOLABELLA, 23 ANOS

“Eu me formei em Economia em

2007 pela Universidade de Brasília,

onde nasci. Fui para São Paulo em ja-

neiro do ano passado para cursar o

mestrado em teoria econômica do IPE.

Mesmo que o PAE não fosse obrigató-

rio, eu teria feito. O que mais agrega é a experiência de estar diante

de uma turma, seja de 5, 30 ou 60 alunos. Ensinar é muito edificante,

gratificante e também divertido.Também se aprende ainda mais pre-

parando aulas e até mesmo ministrando-as. E aprendizado é sempre

mais que bem-vindo em um ambiente universitário. Além disso, é

uma boa oportunidade para ter contato com docentes que eu não

conheceria se não fosse pelo PAE.”

#05

“O PAE traz um aprendizado mais profundo, além do desenvolvimento de habilidades como a desenvoltura para falar em público.”

DEPOIMENTOS DE ALUNOS QUE

FIZERAM O PAE NO PRIMEIRO SEMESTRE

determinada disciplina de forma voluntária”, conta o

professor Cornacchione. Isso mostra que muitas pes-

soas já reconheciam a importância deste contato para

a formação do aluno. A institucionalização, pela Reito-

ria, e o fato de haver uma retribuição para esse tipo de

atividade sinalizam também a relevância do PAE.

RELAÇÃO GANHA-GANHA

O PAE não é benéfico apenas aos alunos – propor-

ciona também aprendizado ao docente. “É diferente de

uma disciplina, o aluno vai a campo junto com o profes-

sor e é uma experiência dos dois lados, uma relação de

ganha-ganha”, destaca o coordenador. Para ele, a análi-

se de dados anteriores ao Programa, que mostrassem his-

toricamente como a relação docente-discente se dava,

com certeza revelaria um número grande de docentes da

FEA que, quando alunos, apoiavam seus professores nas

disciplinas. “Muitos dos meus colegas apoiavam o pro-

fessor na disciplina, um ajudando o outro e se desenvol-

vendo. Então, se ampliarmos a perspectiva, não apenas

no formato PAE, mas historicamente como a relação se

dava, eu diria que a grande maioria dos professores da

FEA exerceu essa atividade na época em que era estu-

dante. É a essência de complementar a formação”, diz o

professor Cornacchione.

Para a seleção, é avaliado o mérito acadêmico e o

critério de desempate é priorizar aquele que estiver há

mais tempo no curso. Depois de selecionados, os alu-

nos são alocados de acordo com seu plano de trabalho

e desenvolvem as atividades contidas no planejamento

sob a supervisão do professor da disciplina. O valor do

auxílio dado aos participantes é calculado com base na

remuneração horária do docente, na categoria Assis-

tente em RTP, incluindo-se a gratificação de mérito.

As inscrições para o primeiro semestre de 2010 serão

recebidas entre outubro e novembro. Para as datas exa-

tas, basta contatar as Coordenações dos Cursos de Pós-

Graduação da FEA.

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vidades no Departamento de Contabilidade e Atuária.

A professora Diva Pinho sabe que o título de Professor

Emérito é o “sonho de todo professor aposentado”, mas es-

tava ocupada demais com o seu trabalho para imaginar que

seria ela a homenageada. “Além do mais, o estoque de pro-

fessor aposentado é muito grande. Existem tantos nomes

importantes que poderiam ser escolhidos”, diz ela.

Para o professor Sérgio Zaccarelli, a indicação foi rece-

bida com surpresa e satisfação e teve também um efeito

psicológico. “Nunca tive a preocupação de fazer um balan-

ço da minha vida profissional. Agora com essa homenagem

me dei conta de que a atividade didática foi uma prioridade

na minha vida. Tive tantas oportunidades, mas a academia

sempre teve um papel importante”, afirma o professor.

Como determina o Estatuto da USP, o título de Pro-

fessor Emérito é uma distinção concedida a professores

aposentados, mas não há uma norma que regulamente a

concessão. Isso acontece de tempos em tempos e é uma

decisão do Conselho Universitário ou da Congregação. É

assim desde que a reforma universitária realizada no final

dos anos 1960 extinguiu as cátedras e o cargo de professor

catedrático, que deram lugar a institutos com departa-

mentos que poderiam homenagear professores aposenta-

dos com o título de professor emérito.

A concessão do título depende da aprovação de dois ter-

ços dos componentes da Congregação. No caso da FEA, que

tem 78 membros, a indicação deve receber 52 votos favorá-

veis. Em 2004, como parte das comemorações dos 60 anos da

FEA, foram indicados os professores Sérgio de Iudícibus, da

Contabilidade, Ruy Aguiar da Silva Leme, do Departamento

de Administração, e Juan Moldau, do Departamento de Eco-

nomia. Da galeria de eméritos fazem parte também: Antonio

Delfim Netto (Economia), nomeado em 1981; Lenita Corrêa

Camargo (Administração), Atílio Amatuzzi (Contabilidade)

e Alice Piffer Canabrava (Economia), nomeados em 1986;

e Milton Improta (Contabilidade) e Luiz de Freitas Bueno

(Economia), nomeados em 1989.

FEA PROFESSORES

O título de Professor Emérito é uma distinção concedida a professores aposentados em reconhecimento pelas atividades de ensino e pesquisa ou pela contribuição à Universidade.

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to NA SESSÃO SOLENE DA CONGREGAÇÃO

QUE ACONTECE NO PRÓXIMO DIA 19 DE

AGOSTO, A GALERIA DE PROFESSORES

EMÉRITOS DA FEA GANHA OFICIALMENTE

MAIS TRÊS INTEGRANTES: A PROFESSORA

DIVA BENEVIDES PINHO (ECONOMIA) E

OS PROFESSORES SÉRGIO BAPTISTA ZAC-

CARELLI (ADMINISTRAÇÃO) E ELISEU

MARTINS (CONTABILIDADE E ATUÁRIA).

As indicações dos Conselhos dos De-

partamentos pegaram de surpresa os

três professores, que estão em plena ati-

vidade, às voltas com projetos novos e

reinventando a aposentadoria.

“Foi uma surpresa. Não me imagi-

nava merecedor de tão grande honra

e jamais poderia esperar a indicação

dos colegas do Departamento e a

aprovação por parte da Congregação,

tendo me aposentado há apenas al-

guns meses. O último homenageado,

o professor Sérgio de Iudícibus, rece-

beu o título uma década e meia após se

aposentar”, comenta o professor Eliseu

Martins, que recentemente assumiu a

diretoria da Comissão de Valores Mo-

biliários (CVM) e continua com as ati-

Page 7: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

Professora Diva Benevides Pinho

A professora Diva Benevides Pinho

aproveitou a aposentadoria compul-

sória, ou “expulsória” como ela gosta

de brincar, para se dedicar à pintura e

a pesquisar o mercado de arte. “É um

tema instingante. Esse mercado movi-

menta muito dinheiro e não foi afetado

pela crise financeira. Quero incentivar

pesquisas na área, direcionar a experiên-

cia em economia financeira para promo-

ver cálculos econométricos de obras de

arte”, explica.

Graduada na década de 1950 em Di-

reito e Ciências Sociais, com ênfase em

Economia, pela USP, a professora Diva

fez curso de especialização na Universi-

dade de Paris, a Sorbonne, e se dedicou

ao cooperativismo. Sua carreira acadê-

mica inclui concursos de títulos e provas

para docência até chegar ao cargo de

professora titular e à chefia do Departa-

mento de Economia da FEA-USP. Mes-

mo aposentada, colabora em pesquisas e

atividades docentes do departamento e

atua como voluntária na AMEFEA.

O título é concedido com base na aprovação de dois terços dos componentes da Congregação. No caso da FEA, que tem 78 membros, a indicação deve receber 52 votos favoráveis.

Professor Sérgio Baptista Zaccarelli

Graduado pela Escola Politécnica da

USP em 1955, o professor Sérgio Bap-

tista Zaccarelli optou pela especialização

em Administração de Empresas (FGV).

Concluiu o mestrado no início da déca-

da de 1960 na Purdue University e in-

gressou na FEA em 1964 como professor

de Administração.

Foi coordenador da Administração da

Reitoria da USP, fez a mudança do De-

partamento para a Cidade Universitária,

ativou o Fundo de Pesquisa do Instituto

de Administração (1972) e participou da

criação da FIA, em 1980. Foi do CNPq

e titular da Secretaria de Economia e

Planejamento do Governo do Estado de

São Paulo. Aposentado (1986), continua

a trabalhar como professor voluntário

ministrando cursos de pós-graduação e

produzindo livros. “Aqui na FEA, me sin-

to em casa. Tenho muito orgulho de ter

ajudado na formação de tanta gente. Será

uma honra receber esse título nessa sole-

nidade que será, no fundo, uma reunião

de amigos”, diz o professor.

Professor Eliseu Martins

O professor Eliseu Martins gosta de

comentar que entrou na FEA por acaso.

“Acompanhava um colega do Colégio de

Aplicação da FFCL da USP e acabei me

inscrevendo. Conheci a Contabilidade

e me apaixonei. Abandonei o Banco do

Brasil, que não me deu licença para fazer

doutorado, e ingressei na carreira docen-

te sem ter idéia se me adaptaria. Acabei

adorando”, relata professor Eliseu.

Sua carreira se deu entre a academia

e a vivência no mundo das empresas ou

no setor governamental. Implementou

a pós-graduação nos moldes atuais e foi

chefe do Departamento, diretor da FEA

e, aposentado, continua com as discipli-

nas de pós, pesquisando e escrevendo.

“Se tive certa projeção na academia e no

mercado, devo tudo à FEA, à USP. Aqui

me formei e consegui as oportunidades

com a elaboração de artigos, livros, pales-

tras, trabalhos. Procuro devolver à FEA

o quanto recebi dela. Minha carreira só

existiu por causa da nossa querida FEA-

USP”, diz o professor.

Page 8: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

#08

PAINEL

ca de todos os Estados do País, com o objetivo de dar subsídios

para a criação de ações que transformem a escola em um am-

biente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças.

Foi divulgado no dia 17 de junho em coletiva de imprensa reali-

zada na FEA, teve repercussão extraordinária, com reportagens

em jornais, rádios e tevês de todo o País.

A principal conclusão do estudo foi de que 99,3% dos

entrevistados têm algum tipo de preconceito e que

mais de 80% gostariam de manter algum nível de

distanciamento social de portadores de necessida-

des especiais, homossexuais, pobres e negros. Do

total, 96,5% têm preconceito em relação a pes-

soas com deficiência e 94,2% na questão racial. A

pesquisa mostrou também que pelo menos 10% dos

alunos relataram ter conhecimento de situações em

que alunos, professores ou funcionários foram

humilhados, agredidos ou acusados injus-

tamente apenas por fazer parte de al-

gum grupo social discriminado, ações

conhecidas como bullying. A maior

parte (19%) foi motivada pelo fato

de o aluno ser negro. Em segun-

do lugar (18,2%) aparecem os

pobres e depois a homosse-

xualidade (17,4%). No

caso dos professores,

o bullying é mais as-

“O preconceito não é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que quase caracterizam a nossa cultura.”

DE ACORDO COM A PESQUISA PRECON-

CEITO E DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE

ESCOLAR, REALIZADA PELA FUNDAÇÃO

INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS

(FIPE) A PEDIDO DO INSTITUTO NACIONAL

DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS

ANÍSIO TEIXEIRA (INEP), O PRECONCEITO

E A DISCRIMINAÇÃO ESTÃO FORTEMENTE

PRESENTES ENTRE ESTUDANTES, PAIS, PRO-

FESSORES, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS DAS

ESCOLAS BRASILEIRAS. As que mais sofrem

com esse tipo de manifestação são as

pessoas com deficiência, principalmen-

te mental, seguidas de negros e pardos.

Além disso, pela primeira vez, foi com-

provada uma correlação entre atitudes

preconceituosas e o desem-

penho na Prova Brasil,

mostrando que as

notas são mais bai-

xas onde há maior

hostilidade ao corpo

docente da escola.

Coordenado pelo

professor José Afonso

Mazzon, esse estudo

inédito foi reali-

zado em 501

escolas com

18.599 es-

t u d a n t e s ,

pais e mães,

professores e

funcionários

da rede públi-

Coordenado pelo professor Mazzon, o estudo inédito foi

realizado em 501 escolas com 18.599 estudantes

O PRECONCEITO DOS ENTREVISTADOS

99,3% têm algum tipo de preconceito

96,5% com relação a portadores de necessidades especiais

94,2% têm preconceito étnico-racial

93,5% de gênero

91% de geração

87,5% socioeconômico

87,3% com relação à orientação sexual

75,9% têm preconceito territorial

Page 9: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

#09

A pesquisa demonstrou que, quanto mais preconceito e práticas discriminatórias existem em uma escola pública, pior é o desempenho de seus estudantes.

sociado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior

fator para ser vítima de algum tipo de violência - verbal ou física

- é a pobreza (7,9%).

“A pesquisa nos mostra que o preconceito vem de casa, da

formação familiar, e que o trabalho para acabar com a discrimi-

nação transcende a atuação da escola. Não é uma questão de

política educacional, mas de governo, de Estado. O indivíduo

que nasce negro, pobre e homossexual está com um carimbo

muito sério pela vida toda”, afirma José Afonso Mazzon, profes-

sor da FEA e coordenador do trabalho.

Na avaliação de Mazzon, as mudanças necessárias para

acabar com o preconceito na escola levarão gerações para

surtirem efeito. “A pesquisa mostra que o preconceito não

é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola tam-

bém será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que

quase caracterizam a nossa cultura. Não existe alguém que

tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em

relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a

cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser

preconceituoso é generalizada e preocupante. E a conje-

tura que podemos fazer é que o bullying gera um ambien-

A pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, coordenada pelo professor José Afonso Mazzon, da FEA-USP, foi divulgada em coletiva de imprensa realizada na FEA e contou com inúmeras reportagens em jornais, rádios e tevês de todo o País. A repercussão levou à sociedade o debate sobre o tema, de extrema relevância.

Page 10: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

te que não é propício ao aprendizado”,

afirma Mazzon.

O MEC vem demonstrando preocu-

pação com o tema e com a necessidade

de melhorar o ambiente escolar e de

ampliar ações de respeito à diversidade.

Os resultados da pesquisa ainda serão

analisados e a meta do ministério é ela-

borar políticas educacionais voltadas

para essas questões. Segundo Daniel

Ximenez, diretor de estudos e acompa-

nhamento da Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversida-

de (Secad) do MEC, os resultados vão

embasar projetos que possam combater

preconceitos levados para a escola - e

que ela não consegue desconstruir, aca-

bando por alimentá-los.

“O preconceito não é algo exclusivo

das escolas, portanto os municípios têm

que envolver os conselhos escolares,

a comunidade local e as famílias, para

melhorar o ambiente escolar. É possível

pensarmos em cursos específicos para a

equipe escolar. Mas são ações que de-

moram para ter resultados efetivos,”

afirma Ximenez.

A pesquisa demonstrou que, quanto

mais preconceito e práticas discrimina-

tórias existem em uma escola pública,

pior é o desempenho de seus estudan-

tes. Entre as experiências mais nocivas

vividas por esses jovens está o bullying.

As consequências na performance es-

tudantil são mais graves quando as ví-

timas de zombaria são os professores.

Entre os alunos, os principais alvos são,

respectivamente,

negros, pobres e

homossexuais.

Para chegar

a essa associação

entre o grau de in-

tolerância e o de-

sempenho escolar,

o estudo conside-

rou os resultados

da Prova Brasil

de 2007, exame

de habilidades de

português e ma-

temática realizado

por quem cursa da 4ª à 8ª série do ensino fundamental da rede

pública. A conclusão foi que as escolas com notas mais baixas

registraram maior aversão ao que é diferente.

Para Denis Mizne, diretor executivo do Instituto Sou da

Paz, o grande mérito da pesquisa é a metodologia empre-

gada, que foi capaz de revelar o que o brasileiro, de modo

geral, insiste em esconder. “O preconceito existe mesmo,

de vários tipos, e faz parte do nosso cotidiano. Quando o

tema vem à tona, fica parecendo que a intenção é inventar

o preconceito. Os resultados da pesquisa são negativamen-

te surpreendentes”, explica Denis, que participou com o

professor Mazzon do debate sobre a pesquisa, promovido

pelo programa Entre Aspas, da Globo News.

Para Denis, a pesquisa adverte sobre a necessidade urgen-

te de se começar algum trabalho nas escolas. “Tudo o que

é feito nesse sentido ainda é muito tímido e o que é pior: é

visto como fator gerador de preconceito. A pesquisa faz um

retrato real do preconceito no Brasil, mais especificamente,

na comunidade escolar que também vive essa realidade. E o

que acontece: uma vez que eu não reconheço o outro e não

tolero a diferença, o fator gerador de violência está latente”,

afirma Denis.

PAINEL

Para Denis, do Instituto Sou da Paz, a pesquisa adverte para a necessidade urgente de se começar algum trabalho nas escolas

“Tudo o que é feito nesse sentido ainda é muito tímido e o que é pior: é visto como fator gerador de preconceito. A pesquisa faz um retrato real do preconceito no Brasil.”

Page 11: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

destacando que “a

Goethe é uma das

maiores referên-

cias em finanças

da Alemanha”.

Diferente de

Leonardo, Bruno

tem muitos ami-

gos intercambistas. “Apesar

de frequentarmos aulas com

os estudantes regulares da

Alemanha, o entrosamento é

muito mais fácil entre aqueles

que participam do intercâm-

bio”, conta. “Aqui, fazemos

muitas amizades em festas

realizadas nas cozinhas dos

alojamentos”, conta Bruno.

Os alemães são muito dis-

ciplinados, respeitam uns aos

outros, não há violência nem trânsito.

“Toda a qualidade de vida e as novidades

que aparecem no dia a dia me permitem

dizer que eu realmente estou gostando da

minha vivência por aqui”, conta Bruno.

Como aprendizado para a vida, também

considera uma oportunidade única para

mudar e refletir sobre algumas certezas e

valores. “Aqui sou um estrangeiro ten-

tando me inserir em um novo universo,

tendo de me adaptar a uma nova cultura

e a viver totalmente sozinho nela. É difícil

mensurar o quanto mudei ou ‘melhorei’,

mas posso falar que, com certeza, sou

alguém bem mais maduro e um ser hu-

mano mais preparado para o mundo que

quando pisei na Alemanha”, diz.

#11LEONARDO CSOKA ROQUE, 21 ANOS E ALUNO DE ECONOMIA DA

FEA-USP, ESCOLHEU A ALEMANHA PORQUE QUERIA APRENDER

A FALAR MELHOR O IDIOMA E ESTAR EM UMA DAS FACULDADES

MAIS QUALIFICADAS EM ECONOMIA DA EUROPA. Bruno Faila-

che, 22 anos, estuda Administração, está em Frankfurt, na Jo-

hann Wolfgang Goethe Universität (Betriebswirtschaftslehre)

e escolheu a Alemanha porque sempre se interessou em apro-

fundar o seu conhecimento sobre outros países e este pareceu

uma boa opção. Nenhum deles se arrependeu da escolha. Afi-

nal, estão em duas das melhores Universidades da Europa nos

seus respectivos cursos.

A Universidade de Tübingen domina toda a cidade (de

mesmo nome) e é uma das mais antigas da Europa, do final

do século 15. “A cidade é medieval, linda, com castelos, flo-

res e um rio repleto de gôndolas. Tudo é muito eficiente e a

universidade excelente”, conta Leonardo. O curso de Eco-

nomia é um dos mais valorizados e fortes do continente, tan-

to que Leonardo – que estudou desde cedo em escola suíça

– não iria para nenhum outro lugar se não fosse Tübingen.

“Acho que vai dar um peso no meu currículo, principalmen-

te para quem conhece a faculdade. O intercâmbio em si já

agrega muito, mas se a faculdade é uma das melhores em

Economia, o ganho é ainda maior”, diz. “Acho que voltarei

mais maduro, essa experiência mostra outras perspectivas de

vida, talvez eu valorize mais tudo que tenho ou tente mudar

algumas coisas”, conta.

Diferente da maioria dos intercambistas, Leonardo fez mais

amigos entre os alemães, pois sua melhor amiga estuda por lá e

já conhece bastante gente. “Eu acho que para sentir a cidade

e o país, temos que andar com o pessoal local porque senão os

lugares são sempre a mesma coisa”, diz. Tübingen tem cerca

de 30 mil habitantes e é fácil encontrar conhecidos na rua.

Bruno, assim como Leonardo, estudou desde cedo o idio-

ma. “Quis aprender uma língua difícil e importante como o

alemão, dada a forte economia que o país possui e todas as por-

tas que podem se abrir. Espero poder trabalhar em negócios no

eixo Brasil-Alemanha quando voltar ao Brasil”, anima-se ele,

“Essa experiência mostra outras perspectivas de vida, talvez eu valorize mais tudo que tenho ou tente mudar algumas coisas.”

Alemanha, uma boa escolha

FEA CCInt

Fachada da Johann Wolfgang Goethe Universität (Frankfurt), onde Bruno fez o intercâmbio, e Leonardo com amigas no Jardim Botânico de Tübingen

Page 12: uma publicação mensal da FEA-USP · Departamento e casados por 61 anos. “Resolvemos destinar nossos recursos pessoais para financiar um trabalho inicial. A proposta é apoiar

GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES RACIAIS

O livro Gestão de

Pessoas – Desafios Estra-

tégicos das Organizações

Contemporâneas foi lan-

çado no dia 2 de julho,

na sala da Congregação da FEA.

Os artigos sobre gestão, cultura

organizacional, responsabilidade

social, RH, entre outros assuntos

relevantes da atualidade de ges-

tão foram produzidos por execu-

tivos que cursaram o MBA-RH

da Fundação Instituto de Admi-

nistração (FIA). A organização do livro ficou a cargo dos profes-

sores André Luiz Fischer, Wilson Amorim e Joel Souza Dutra.

As relações raciais no Brasil e nos EUA é o tema do livro

Retratos e Espelhos, Raça e Etnicidade no Brasil e nos Estados Uni-

dos, lançado na FEA no dia 18 de junho. Reúne trabalhos de

19 jovens pesquisadores brasileiros e americanos, intercambis-

tas do Programa Raça, Desenvolvimento e Desigualdade Social,

desenvolvido pelas Universidades Howard e Vanderbilt (EUA),

Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de

São Paulo (USP). O livro teve o apoio da Coordenadoria de

Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), da

Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil, da

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da

Universidade de São Paulo (FEA-USP), do Fund for Post-Se-

condary Education (Fipse) e da Howard University (Washing-

ton, DC, EUA).

FEA MIX

GENTE DA FEAUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoAGOSTO 2009_TIRAGEM 2.000 EXEMPLARES

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 Cidade Universitária - CEP 05508-900

Diretor da FEA CARLOS ROBERTO AZZONI

Coordenação GeralLU MEDEIROS

ASSISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FEA-USP

Edição: PRINTEC COMUNICAÇÃO LTDA.

VANESSA GIACOMETTI DE GODOY – MTB 20.841ANTONIO CARLOS DE GODOY – MTB 7.773

Reportagem:DINAURA LANDINI E CAMILA BROGLIATO RIBEIRO

Projeto Gráfico: ELOS COMUNICAÇÃO E EDEMILSON MORAIS

Layout e Editoração Eletrônica: CAROL ISSA

Fotos:ISMAEL BELMIRO ROSÁRIO, MILENA NEVES

E ROBERTA DE PAULA

O portal da FEA foi reformulado e atualizado. As ferramentas de controle mostram que o acesso vem crescendo continuamente, inclusive do exterior.

LANÇAMENTOS

PORTAL FEA

Sistemas de monitoramento e de estatísticas mostram que o

número de pessoas que acessam o novo portal da FEA superou

as expectativas. Em junho, foram 73 mil visitantes, sendo que

19.231 mil provêm de máquinas da USP. Em pageviews, o nú-

mero sobe para mais de 322 mil acessos. Considerando apenas

usuários únicos, são 44.443 no período. Os acessos do exterior

também são altos. Só dos Estados Unidos foram registrados

1.453 visitantes, seguido de Portugal (336) e França (188). Das

cidades brasileiras, São Paulo se destaca com 52.615 acessos, se-

guida do Rio de Janeiro (1.540) e Campinas (1.273). As páginas

mais visitadas são as de apresentação dos cursos e da Faculdade

(para o público externo) e a de Estágios e o login para o erudito

(público interno). Nos dias úteis, a média é de 3,5 mil visitas.

COMUNICAÇÃO

NÚMERO DE TESES E DISSERTAÇÕES DA FEA-USP

Na reportagem “Excelência é meta permanente na FEA”

(ed. 52), nos gráficos com número de dissertações de mestrado

e teses de doutorado defendidas entre 2004 e 2008 por alunos

da FEA-USP, os dados referem-se à contagem de teses e dis-

sertações depositadas no período na Biblioteca da FEA. Por

esse critério, foram poduzidas 273 teses e 558 dissertações. No

entanto, os número oficiais, publicados pela Seção de Pós-Gra-

duação da FEA, informam sobre a produção de 259 teses de

doutorado e 498 dissertações de mestrado no período. A dife-

rença se dá pelo fato de a Biblioteca considerar todas as teses e

dissertações depositadas entre 2004 e 2008. O total obtido por

esse critério inclui a produção de alunos dos programas inte-

runidades. Já a seção de Pós-Graduação considera apenas as

teses e dissertações dos alunos de pós-graduação da FEA.

CORREÇÃO