uma publicação mensal da fea-usp · departamento e casados por 61 anos. “resolvemos destinar...
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uma publicação mensal da FEA-USP
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FEA FUNCIONÁRIOS
FEA PROFESSORES
FEA CCInt
FEA MIX
PAINELFEA ALUNOS E AINDA...
p.02 p.04 p.08
A missão doInstituto Carlose Diva Pinho
Programa treina pós-graduadospara docência
Preconceitoe discriminaçãonas escolas
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ano 06_edição 53_agosto_2009
FEA X FEA
A reunião extraordinária da Congre-
gação da FEA em 19 de agosto será espe-
cial: uma sessão extraordinária e solene
foi convocada para outorgar títulos de
Professor Emérito a três nomes indicados
pelos Departamentos de Economia, Ad-
ministração e Contabilidade e Atuária e
aprovados, conforme determina o Estatu-
to da Universidade de São Paulo, por dois
terços dos componentes da Congregação
da Faculdade. A concessão do título má-
ximo de Professor Emérito é feita a pro-
fessores aposentados que se destacaram
pelas atividades didáticas e de pesquisa
ou que contribuíram, de modo notável,
para o progresso da Universidade. Por
essas razões, os Conselhos dos Departa-
mentos não tiveram dúvidas em indicar
os nomes dos professores Diva Benevides
Pinho, Sérgio Baptista Zaccarelli e Eliseu
Martins para receber o título de Profes-
sor Emérito da FEA. Mais do que o títu-
lo máximo da instituição, eles receberão
nessa sessão solene o reconhecimento da
Universidade e a homenagem dos seus
pares, alunos, funcionários e amigos.
#02
FEA X FEA
“Os recursos públicos jamais serão suficientes. O Instituto pode ajudar a conscientizar a sociedade sobre a necessidade de retribuir um pouco do que recebemos.”
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FALTAM APENAS ALGUNS DETALHES JU-
RÍDICOS PARA QUE O INSTITUTO CAR-
LOS E DIVA PINHO SE TRANSFORME EM
REALIDADE E INICIE SUA MISSÃO: APOIAR
FINANCEIRAMENTE AÇÕES E INICIATIVAS
DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA
FEA-USP.
O Instituto é um sonho dos profes-
sores Carlos Marques Pinho e Diva Be-
nevides Pinho, que foram titulares do
Departamento e casados por 61 anos.
“Resolvemos destinar nossos recursos
pessoais para financiar
um trabalho inicial. A
proposta é apoiar alu-
nos da Faculdade com
bolsas de estudo e ini-
ciativas voltadas para
infraestrutura que deem continuidade ao progresso
tecnológico da faculdade”, explica a professora Diva
que, com o falecimento do seu marido, em abril, está
dando andamento ao projeto.
A meta é que o Instituto comece a funcionar ain-
da em 2009 com o lançamento de um prêmio des-
tinado a reconhecer a melhor monografia produzida
pelos formandos de Economia. A concessão de bolsas
de estudo para alunos vindos de escolas públicas é
uma das ações realizadas no âmbito da Associação
dos Amigos do Departamento de Economia da FEA-
USP (AMEFEA), na qual a professora Diva trabalha
como voluntária, que será transferida ao Instituto.
A iniciativa – pioneira no âmbito da FEA – foi
muito festejada no Departamento de Economia.
“Em países da Europa e nos Estados Unidos, esse
tipo de iniciativa é comum. São as chamadas cáte-
dras ou cadeiras que apoiam as atividades acadêmicas visan-
do a qualidade da educação e que ajudam na formação de
pensadores e pesquisadores. A sociedade pode e deve cola-
borar. A própria AMEFEA foi criada para incentivar a parti-
cipação de ex-alunos”, afirma o professor Joaquim Guilhoto,
chefe do Departamento.
Essa sempre foi a visão compartilhada pelos professo-
res Carlos e Diva. “A USP cresceu muito e oferece serviços
complexos. Os recursos públicos jamais serão suficientes. O
Instituto pode ajudar a conscientizar a sociedade sobre a ne-
cessidade de retribuir um pouco do que recebemos”, diz a pro-
fessora Diva.
Por quase 30 anos, Carlos e Diva Pinho trabalharam juntos
na FEA. O início do relacionamento foi na rua Maria Anto-
nia, onde ficavam as Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras
e de Ciências Econômicas e Administrativas. Por influência
do marido, a professora Diva fez Direito também, mas se dedi-
cou pouco à atividade que absorveu o professor Carlos após a
aposentadoria. O Instituto eternizará essa história de compa-
nheirismo e de dedicação.
Uma história de companheirismo: juntos no concurso da Professora Diva para titular
Professores Carlos e Diva Pinho: recursos pessoais ajudam a deslanchar o Instituto
gou valor aos debates sobre técnicas uti-
lizadas e formas de tratamento de uma
imagem. O maior aprendizado foi o olhar
sobre o objeto a ser fotografado. “Analisar
em minutos uma ação ou objeto e foto-
grafar com qualidade, saber como captu-
rar uma imagem e não sair fotografando
tudo que vemos. O olhar traz riqueza ao
trabalho final, não somente o enquadra-
mento – que pode não mostrar nada de
surpreendente para quem vê”, conta.
Catalogar as imagens disponíveis e fa-
cilitar o acesso a todos que delas precisam
para o seu trabalho é uma demanda cons-
tante, evidenciada principalmente depois
da comemoração dos 60 anos da FEA-
USP. Um árduo trabalho vem sendo rea-
lizado nessa área desde então por Roberta
de Paula (ATC&D), e tornou possível
inserir no banco de dados o nome do fo-
tógrafo e localizar imagens por data, hora,
nome das pessoas que estão na foto ou
pelo evento. Já são 12.500 imagens que
ocupam cerca de 28 Gb de espaço. “A
Assistência de Comunicação teve sem-
pre uma preocupação muito grande em
registrar os eventos e as pessoas em geral
da FEA, tanto para
podermos ilustrar o
Gente da FEA, como
para termos um ar-
quivo histórico com
imagens da Faculda-
de”, conta ela. “Este é
um trabalho do qual
muito me orgulho”,
diz Roberta.
“A capacitação é um processo importante e esse trabalho será benéfico para a área de Eventos e Infraestrutura.”
FEA FUNCIONÁRIOS
A linguagem das fotosDESENVOLVER A FOTOGRAFIA COMO LINGUAGEM ESTÉTICA EN-
TRE A COMUNIDADE FEANA E MELHORAR AINDA MAIS O ACERVO
DO BANCO DE IMAGENS DA FACULDADE ESTÃO ENTRE OS PRINCI-
PAIS OBJETIVOS DO CURSO DE FOTOGRAFIA REALIZADO ENTRE 11
DE MAIO E 29 DE JUNHO PELOS FUNCIONÁRIOS DA FEA-USP. A
iniciativa permitirá não só ampliar a divulgação dos inúmeros
eventos que acontecem na FEA-USP mas ajudar a comparti-
lhar melhor as informações, em proveito de todos.
Realizado pelo professor Diego Rousseaux, o curso contou
com 12 participantes, de diferentes departamentos: Milena Ne-
ves, Ismael do Rosário, Roberta de Paula (Assistência Técnica
de Comunicação e Desenvolvimento-ATC&D); Ana Angélica
Fernandes Mônica (Eventos e Infraestrutura); Andréa Ximenes
(LAE); Ivonete Pereira de Miranda (Departamento de Admi-
nistração); Eduardo Custódio Leite (Audiovisual); Renata Dias
(Departamento de Economia); Ana Cristina dos Santos (Bi-
blioteca); Claudinei Castelani (Segurança - Portaria) e Marilda
Fátima da Graça (Secretária - STI). Wagner Cassimiro partici-
pou do grupo como convidado, para destacar as necessidades
do Portal.
Os benefícios serão constatados nos vários veículos de co-
municação desenvolvidos pela FEA-USP, que divulgam as
ações realizadas em todas as frentes e promovem a integração
de alunos, professores e profissionais da Faculdade. As imagens
vão enriquecer, por exemplo, o conteúdo do Portal, dos sites
dos departamentos e do jornal Gente da FEA.
Para Angélica, da Seção de Apoio a Eventos e Infraestrutu-
ra, o curso trouxe bons conhecimentos sobre linguagem foto-
gráfica e despertou um senso crítico sobre o momento de foto-
grafar e sobre os critérios usados no momento da foto. “Foi es-
sencial para que eu possa colaborar com eficiência nos eventos
da Faculdade e atender de forma mais assertiva a Assistência de
Comunicação, responsável pela seleção e organização de todo
o material. A capacitação é sempre um processo importante e
esse trabalho será benéfico para a área de Eventos e Infraestru-
tura”, afirma.
Para Eduardo, do Audiovisual, a pluralidade do grupo agre-
#04
FEA ALUNOS
“O PAE é a aplicação do conhecimento, o aluno se desenvolve mais plenamente. E isso vale não só para aqueles que querem seguir a carreira acadêmica, mas para qualquer um”.
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EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA A
FORMAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS EM
PÓS-GRADUAÇÃO, O PAE - PROGRAMA
DE APERFEIÇOAMENTO DE ENSINO DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO TEM UMA
DEMANDA CRESCENTE NA FEA. Destina-
do a aprimorar a formação de alunos de
pós-graduação para a atividade didática
com base na preparação pedagógica e
no estágio supervisionado em docência,
o programa é oferecido semestralmen-
te. Na FEA, o PAE é coordenado pelo
professor Edgard Bruno Cornacchione
Junior, que tem pela frente o desafio
de conseguir mais vagas na Reitoria.
“Achamos incompatível o número de
vagas que a Reitoria libera para a FEA,
uma vez que nossa demanda é alta”,
afirma o professor.
Ele se diz disposto a brigar por mais
vagas, certo de que o PAE favorece o treinamento dos pós-
graduandos para a docência e contribui para a melhoria da
qualidade de ensino da graduação. Prova disso é que alguns
professores da FEA participaram do PAE. São eles: Bruno
Meirelles Salotti (EAC), Marcio Luiz Borinelli (EAC), Ger-
lando Augusto Sampaio Franco de Lima (EAC), Lucas Ayres
Barreira de Campos Barros (EAC), Rafael Paschoarelli Veiga
(EAD) e Andrés Rodriguez Veloso (EAD).
Hoje, aqueles que não conseguem vagas para participar
do PAE, são voluntários. Têm uma experiência interessante,
mas que não é considerada completa. Segundo o professor
Cornacchione, a pesquisa e a docência são dois componen-
tes fundamentais que os candidatos aos títulos de mestre e
de doutor precisam desenvolver. Para ele, o programa traz
um componente mais fático: “O PAE é a aplicação do co-
nhecimento, o aluno se desenvolve mais plenamente. E isso
vale não só para aqueles que querem seguir a carreira acadê-
mica, mas para qualquer um”.
Antigamente tinha a figura do aprendiz. “Era natural antes
um aluno de mestrado ou doutorado ajudar o professor em uma
Professor Cornacchione: “Achamos incompatível o número de vagas que a Reitoria libera para a FEA”
GUILHERME TINOCO, 25 ANOS
“O PAE acaba sendo uma oportu-
nidade para rever muito da maté-
ria. Além disso, é uma experiência
interessante para quem quer dar
aula algum dia na vida. Ele pos-
sibilita o desenvolvimento de vá-
rias habilidades. A relação com
os alunos da disciplina é boa, eles respeitam a figura do moni-
tor como se fosse um professor e entre o aluno da pós e o professor da
disciplina o relacionamento é constante, de modo que nós estamos
participando ativamente da produção da disciplina. O PAE traz um
aprendizado mais profundo da matéria e um maior envolvimento do
aluno com a faculdade e com a graduação. O desenvolvimento de
outras habilidades também foi importante, como a desenvoltura para
falar em público, a clareza para explicar as coisas e um maior poder
didático. Eu não penso em ser professor, mas o PAE me mostrou que
dar aula como uma atividade paralela pode ser bem interessante.”
HENRIQUE DOLABELLA, 23 ANOS
“Eu me formei em Economia em
2007 pela Universidade de Brasília,
onde nasci. Fui para São Paulo em ja-
neiro do ano passado para cursar o
mestrado em teoria econômica do IPE.
Mesmo que o PAE não fosse obrigató-
rio, eu teria feito. O que mais agrega é a experiência de estar diante
de uma turma, seja de 5, 30 ou 60 alunos. Ensinar é muito edificante,
gratificante e também divertido.Também se aprende ainda mais pre-
parando aulas e até mesmo ministrando-as. E aprendizado é sempre
mais que bem-vindo em um ambiente universitário. Além disso, é
uma boa oportunidade para ter contato com docentes que eu não
conheceria se não fosse pelo PAE.”
#05
“O PAE traz um aprendizado mais profundo, além do desenvolvimento de habilidades como a desenvoltura para falar em público.”
DEPOIMENTOS DE ALUNOS QUE
FIZERAM O PAE NO PRIMEIRO SEMESTRE
determinada disciplina de forma voluntária”, conta o
professor Cornacchione. Isso mostra que muitas pes-
soas já reconheciam a importância deste contato para
a formação do aluno. A institucionalização, pela Reito-
ria, e o fato de haver uma retribuição para esse tipo de
atividade sinalizam também a relevância do PAE.
RELAÇÃO GANHA-GANHA
O PAE não é benéfico apenas aos alunos – propor-
ciona também aprendizado ao docente. “É diferente de
uma disciplina, o aluno vai a campo junto com o profes-
sor e é uma experiência dos dois lados, uma relação de
ganha-ganha”, destaca o coordenador. Para ele, a análi-
se de dados anteriores ao Programa, que mostrassem his-
toricamente como a relação docente-discente se dava,
com certeza revelaria um número grande de docentes da
FEA que, quando alunos, apoiavam seus professores nas
disciplinas. “Muitos dos meus colegas apoiavam o pro-
fessor na disciplina, um ajudando o outro e se desenvol-
vendo. Então, se ampliarmos a perspectiva, não apenas
no formato PAE, mas historicamente como a relação se
dava, eu diria que a grande maioria dos professores da
FEA exerceu essa atividade na época em que era estu-
dante. É a essência de complementar a formação”, diz o
professor Cornacchione.
Para a seleção, é avaliado o mérito acadêmico e o
critério de desempate é priorizar aquele que estiver há
mais tempo no curso. Depois de selecionados, os alu-
nos são alocados de acordo com seu plano de trabalho
e desenvolvem as atividades contidas no planejamento
sob a supervisão do professor da disciplina. O valor do
auxílio dado aos participantes é calculado com base na
remuneração horária do docente, na categoria Assis-
tente em RTP, incluindo-se a gratificação de mérito.
As inscrições para o primeiro semestre de 2010 serão
recebidas entre outubro e novembro. Para as datas exa-
tas, basta contatar as Coordenações dos Cursos de Pós-
Graduação da FEA.
vidades no Departamento de Contabilidade e Atuária.
A professora Diva Pinho sabe que o título de Professor
Emérito é o “sonho de todo professor aposentado”, mas es-
tava ocupada demais com o seu trabalho para imaginar que
seria ela a homenageada. “Além do mais, o estoque de pro-
fessor aposentado é muito grande. Existem tantos nomes
importantes que poderiam ser escolhidos”, diz ela.
Para o professor Sérgio Zaccarelli, a indicação foi rece-
bida com surpresa e satisfação e teve também um efeito
psicológico. “Nunca tive a preocupação de fazer um balan-
ço da minha vida profissional. Agora com essa homenagem
me dei conta de que a atividade didática foi uma prioridade
na minha vida. Tive tantas oportunidades, mas a academia
sempre teve um papel importante”, afirma o professor.
Como determina o Estatuto da USP, o título de Pro-
fessor Emérito é uma distinção concedida a professores
aposentados, mas não há uma norma que regulamente a
concessão. Isso acontece de tempos em tempos e é uma
decisão do Conselho Universitário ou da Congregação. É
assim desde que a reforma universitária realizada no final
dos anos 1960 extinguiu as cátedras e o cargo de professor
catedrático, que deram lugar a institutos com departa-
mentos que poderiam homenagear professores aposenta-
dos com o título de professor emérito.
A concessão do título depende da aprovação de dois ter-
ços dos componentes da Congregação. No caso da FEA, que
tem 78 membros, a indicação deve receber 52 votos favorá-
veis. Em 2004, como parte das comemorações dos 60 anos da
FEA, foram indicados os professores Sérgio de Iudícibus, da
Contabilidade, Ruy Aguiar da Silva Leme, do Departamento
de Administração, e Juan Moldau, do Departamento de Eco-
nomia. Da galeria de eméritos fazem parte também: Antonio
Delfim Netto (Economia), nomeado em 1981; Lenita Corrêa
Camargo (Administração), Atílio Amatuzzi (Contabilidade)
e Alice Piffer Canabrava (Economia), nomeados em 1986;
e Milton Improta (Contabilidade) e Luiz de Freitas Bueno
(Economia), nomeados em 1989.
FEA PROFESSORES
O título de Professor Emérito é uma distinção concedida a professores aposentados em reconhecimento pelas atividades de ensino e pesquisa ou pela contribuição à Universidade.
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to NA SESSÃO SOLENE DA CONGREGAÇÃO
QUE ACONTECE NO PRÓXIMO DIA 19 DE
AGOSTO, A GALERIA DE PROFESSORES
EMÉRITOS DA FEA GANHA OFICIALMENTE
MAIS TRÊS INTEGRANTES: A PROFESSORA
DIVA BENEVIDES PINHO (ECONOMIA) E
OS PROFESSORES SÉRGIO BAPTISTA ZAC-
CARELLI (ADMINISTRAÇÃO) E ELISEU
MARTINS (CONTABILIDADE E ATUÁRIA).
As indicações dos Conselhos dos De-
partamentos pegaram de surpresa os
três professores, que estão em plena ati-
vidade, às voltas com projetos novos e
reinventando a aposentadoria.
“Foi uma surpresa. Não me imagi-
nava merecedor de tão grande honra
e jamais poderia esperar a indicação
dos colegas do Departamento e a
aprovação por parte da Congregação,
tendo me aposentado há apenas al-
guns meses. O último homenageado,
o professor Sérgio de Iudícibus, rece-
beu o título uma década e meia após se
aposentar”, comenta o professor Eliseu
Martins, que recentemente assumiu a
diretoria da Comissão de Valores Mo-
biliários (CVM) e continua com as ati-
Professora Diva Benevides Pinho
A professora Diva Benevides Pinho
aproveitou a aposentadoria compul-
sória, ou “expulsória” como ela gosta
de brincar, para se dedicar à pintura e
a pesquisar o mercado de arte. “É um
tema instingante. Esse mercado movi-
menta muito dinheiro e não foi afetado
pela crise financeira. Quero incentivar
pesquisas na área, direcionar a experiên-
cia em economia financeira para promo-
ver cálculos econométricos de obras de
arte”, explica.
Graduada na década de 1950 em Di-
reito e Ciências Sociais, com ênfase em
Economia, pela USP, a professora Diva
fez curso de especialização na Universi-
dade de Paris, a Sorbonne, e se dedicou
ao cooperativismo. Sua carreira acadê-
mica inclui concursos de títulos e provas
para docência até chegar ao cargo de
professora titular e à chefia do Departa-
mento de Economia da FEA-USP. Mes-
mo aposentada, colabora em pesquisas e
atividades docentes do departamento e
atua como voluntária na AMEFEA.
O título é concedido com base na aprovação de dois terços dos componentes da Congregação. No caso da FEA, que tem 78 membros, a indicação deve receber 52 votos favoráveis.
Professor Sérgio Baptista Zaccarelli
Graduado pela Escola Politécnica da
USP em 1955, o professor Sérgio Bap-
tista Zaccarelli optou pela especialização
em Administração de Empresas (FGV).
Concluiu o mestrado no início da déca-
da de 1960 na Purdue University e in-
gressou na FEA em 1964 como professor
de Administração.
Foi coordenador da Administração da
Reitoria da USP, fez a mudança do De-
partamento para a Cidade Universitária,
ativou o Fundo de Pesquisa do Instituto
de Administração (1972) e participou da
criação da FIA, em 1980. Foi do CNPq
e titular da Secretaria de Economia e
Planejamento do Governo do Estado de
São Paulo. Aposentado (1986), continua
a trabalhar como professor voluntário
ministrando cursos de pós-graduação e
produzindo livros. “Aqui na FEA, me sin-
to em casa. Tenho muito orgulho de ter
ajudado na formação de tanta gente. Será
uma honra receber esse título nessa sole-
nidade que será, no fundo, uma reunião
de amigos”, diz o professor.
Professor Eliseu Martins
O professor Eliseu Martins gosta de
comentar que entrou na FEA por acaso.
“Acompanhava um colega do Colégio de
Aplicação da FFCL da USP e acabei me
inscrevendo. Conheci a Contabilidade
e me apaixonei. Abandonei o Banco do
Brasil, que não me deu licença para fazer
doutorado, e ingressei na carreira docen-
te sem ter idéia se me adaptaria. Acabei
adorando”, relata professor Eliseu.
Sua carreira se deu entre a academia
e a vivência no mundo das empresas ou
no setor governamental. Implementou
a pós-graduação nos moldes atuais e foi
chefe do Departamento, diretor da FEA
e, aposentado, continua com as discipli-
nas de pós, pesquisando e escrevendo.
“Se tive certa projeção na academia e no
mercado, devo tudo à FEA, à USP. Aqui
me formei e consegui as oportunidades
com a elaboração de artigos, livros, pales-
tras, trabalhos. Procuro devolver à FEA
o quanto recebi dela. Minha carreira só
existiu por causa da nossa querida FEA-
USP”, diz o professor.
#08
PAINEL
ca de todos os Estados do País, com o objetivo de dar subsídios
para a criação de ações que transformem a escola em um am-
biente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças.
Foi divulgado no dia 17 de junho em coletiva de imprensa reali-
zada na FEA, teve repercussão extraordinária, com reportagens
em jornais, rádios e tevês de todo o País.
A principal conclusão do estudo foi de que 99,3% dos
entrevistados têm algum tipo de preconceito e que
mais de 80% gostariam de manter algum nível de
distanciamento social de portadores de necessida-
des especiais, homossexuais, pobres e negros. Do
total, 96,5% têm preconceito em relação a pes-
soas com deficiência e 94,2% na questão racial. A
pesquisa mostrou também que pelo menos 10% dos
alunos relataram ter conhecimento de situações em
que alunos, professores ou funcionários foram
humilhados, agredidos ou acusados injus-
tamente apenas por fazer parte de al-
gum grupo social discriminado, ações
conhecidas como bullying. A maior
parte (19%) foi motivada pelo fato
de o aluno ser negro. Em segun-
do lugar (18,2%) aparecem os
pobres e depois a homosse-
xualidade (17,4%). No
caso dos professores,
o bullying é mais as-
“O preconceito não é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que quase caracterizam a nossa cultura.”
DE ACORDO COM A PESQUISA PRECON-
CEITO E DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE
ESCOLAR, REALIZADA PELA FUNDAÇÃO
INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS
(FIPE) A PEDIDO DO INSTITUTO NACIONAL
DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS
ANÍSIO TEIXEIRA (INEP), O PRECONCEITO
E A DISCRIMINAÇÃO ESTÃO FORTEMENTE
PRESENTES ENTRE ESTUDANTES, PAIS, PRO-
FESSORES, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS DAS
ESCOLAS BRASILEIRAS. As que mais sofrem
com esse tipo de manifestação são as
pessoas com deficiência, principalmen-
te mental, seguidas de negros e pardos.
Além disso, pela primeira vez, foi com-
provada uma correlação entre atitudes
preconceituosas e o desem-
penho na Prova Brasil,
mostrando que as
notas são mais bai-
xas onde há maior
hostilidade ao corpo
docente da escola.
Coordenado pelo
professor José Afonso
Mazzon, esse estudo
inédito foi reali-
zado em 501
escolas com
18.599 es-
t u d a n t e s ,
pais e mães,
professores e
funcionários
da rede públi-
Coordenado pelo professor Mazzon, o estudo inédito foi
realizado em 501 escolas com 18.599 estudantes
O PRECONCEITO DOS ENTREVISTADOS
99,3% têm algum tipo de preconceito
96,5% com relação a portadores de necessidades especiais
94,2% têm preconceito étnico-racial
93,5% de gênero
91% de geração
87,5% socioeconômico
87,3% com relação à orientação sexual
75,9% têm preconceito territorial
#09
A pesquisa demonstrou que, quanto mais preconceito e práticas discriminatórias existem em uma escola pública, pior é o desempenho de seus estudantes.
sociado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior
fator para ser vítima de algum tipo de violência - verbal ou física
- é a pobreza (7,9%).
“A pesquisa nos mostra que o preconceito vem de casa, da
formação familiar, e que o trabalho para acabar com a discrimi-
nação transcende a atuação da escola. Não é uma questão de
política educacional, mas de governo, de Estado. O indivíduo
que nasce negro, pobre e homossexual está com um carimbo
muito sério pela vida toda”, afirma José Afonso Mazzon, profes-
sor da FEA e coordenador do trabalho.
Na avaliação de Mazzon, as mudanças necessárias para
acabar com o preconceito na escola levarão gerações para
surtirem efeito. “A pesquisa mostra que o preconceito não
é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola tam-
bém será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que
quase caracterizam a nossa cultura. Não existe alguém que
tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em
relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a
cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser
preconceituoso é generalizada e preocupante. E a conje-
tura que podemos fazer é que o bullying gera um ambien-
A pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, coordenada pelo professor José Afonso Mazzon, da FEA-USP, foi divulgada em coletiva de imprensa realizada na FEA e contou com inúmeras reportagens em jornais, rádios e tevês de todo o País. A repercussão levou à sociedade o debate sobre o tema, de extrema relevância.
te que não é propício ao aprendizado”,
afirma Mazzon.
O MEC vem demonstrando preocu-
pação com o tema e com a necessidade
de melhorar o ambiente escolar e de
ampliar ações de respeito à diversidade.
Os resultados da pesquisa ainda serão
analisados e a meta do ministério é ela-
borar políticas educacionais voltadas
para essas questões. Segundo Daniel
Ximenez, diretor de estudos e acompa-
nhamento da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversida-
de (Secad) do MEC, os resultados vão
embasar projetos que possam combater
preconceitos levados para a escola - e
que ela não consegue desconstruir, aca-
bando por alimentá-los.
“O preconceito não é algo exclusivo
das escolas, portanto os municípios têm
que envolver os conselhos escolares,
a comunidade local e as famílias, para
melhorar o ambiente escolar. É possível
pensarmos em cursos específicos para a
equipe escolar. Mas são ações que de-
moram para ter resultados efetivos,”
afirma Ximenez.
A pesquisa demonstrou que, quanto
mais preconceito e práticas discrimina-
tórias existem em uma escola pública,
pior é o desempenho de seus estudan-
tes. Entre as experiências mais nocivas
vividas por esses jovens está o bullying.
As consequências na performance es-
tudantil são mais graves quando as ví-
timas de zombaria são os professores.
Entre os alunos, os principais alvos são,
respectivamente,
negros, pobres e
homossexuais.
Para chegar
a essa associação
entre o grau de in-
tolerância e o de-
sempenho escolar,
o estudo conside-
rou os resultados
da Prova Brasil
de 2007, exame
de habilidades de
português e ma-
temática realizado
por quem cursa da 4ª à 8ª série do ensino fundamental da rede
pública. A conclusão foi que as escolas com notas mais baixas
registraram maior aversão ao que é diferente.
Para Denis Mizne, diretor executivo do Instituto Sou da
Paz, o grande mérito da pesquisa é a metodologia empre-
gada, que foi capaz de revelar o que o brasileiro, de modo
geral, insiste em esconder. “O preconceito existe mesmo,
de vários tipos, e faz parte do nosso cotidiano. Quando o
tema vem à tona, fica parecendo que a intenção é inventar
o preconceito. Os resultados da pesquisa são negativamen-
te surpreendentes”, explica Denis, que participou com o
professor Mazzon do debate sobre a pesquisa, promovido
pelo programa Entre Aspas, da Globo News.
Para Denis, a pesquisa adverte sobre a necessidade urgen-
te de se começar algum trabalho nas escolas. “Tudo o que
é feito nesse sentido ainda é muito tímido e o que é pior: é
visto como fator gerador de preconceito. A pesquisa faz um
retrato real do preconceito no Brasil, mais especificamente,
na comunidade escolar que também vive essa realidade. E o
que acontece: uma vez que eu não reconheço o outro e não
tolero a diferença, o fator gerador de violência está latente”,
afirma Denis.
PAINEL
Para Denis, do Instituto Sou da Paz, a pesquisa adverte para a necessidade urgente de se começar algum trabalho nas escolas
“Tudo o que é feito nesse sentido ainda é muito tímido e o que é pior: é visto como fator gerador de preconceito. A pesquisa faz um retrato real do preconceito no Brasil.”
destacando que “a
Goethe é uma das
maiores referên-
cias em finanças
da Alemanha”.
Diferente de
Leonardo, Bruno
tem muitos ami-
gos intercambistas. “Apesar
de frequentarmos aulas com
os estudantes regulares da
Alemanha, o entrosamento é
muito mais fácil entre aqueles
que participam do intercâm-
bio”, conta. “Aqui, fazemos
muitas amizades em festas
realizadas nas cozinhas dos
alojamentos”, conta Bruno.
Os alemães são muito dis-
ciplinados, respeitam uns aos
outros, não há violência nem trânsito.
“Toda a qualidade de vida e as novidades
que aparecem no dia a dia me permitem
dizer que eu realmente estou gostando da
minha vivência por aqui”, conta Bruno.
Como aprendizado para a vida, também
considera uma oportunidade única para
mudar e refletir sobre algumas certezas e
valores. “Aqui sou um estrangeiro ten-
tando me inserir em um novo universo,
tendo de me adaptar a uma nova cultura
e a viver totalmente sozinho nela. É difícil
mensurar o quanto mudei ou ‘melhorei’,
mas posso falar que, com certeza, sou
alguém bem mais maduro e um ser hu-
mano mais preparado para o mundo que
quando pisei na Alemanha”, diz.
#11LEONARDO CSOKA ROQUE, 21 ANOS E ALUNO DE ECONOMIA DA
FEA-USP, ESCOLHEU A ALEMANHA PORQUE QUERIA APRENDER
A FALAR MELHOR O IDIOMA E ESTAR EM UMA DAS FACULDADES
MAIS QUALIFICADAS EM ECONOMIA DA EUROPA. Bruno Faila-
che, 22 anos, estuda Administração, está em Frankfurt, na Jo-
hann Wolfgang Goethe Universität (Betriebswirtschaftslehre)
e escolheu a Alemanha porque sempre se interessou em apro-
fundar o seu conhecimento sobre outros países e este pareceu
uma boa opção. Nenhum deles se arrependeu da escolha. Afi-
nal, estão em duas das melhores Universidades da Europa nos
seus respectivos cursos.
A Universidade de Tübingen domina toda a cidade (de
mesmo nome) e é uma das mais antigas da Europa, do final
do século 15. “A cidade é medieval, linda, com castelos, flo-
res e um rio repleto de gôndolas. Tudo é muito eficiente e a
universidade excelente”, conta Leonardo. O curso de Eco-
nomia é um dos mais valorizados e fortes do continente, tan-
to que Leonardo – que estudou desde cedo em escola suíça
– não iria para nenhum outro lugar se não fosse Tübingen.
“Acho que vai dar um peso no meu currículo, principalmen-
te para quem conhece a faculdade. O intercâmbio em si já
agrega muito, mas se a faculdade é uma das melhores em
Economia, o ganho é ainda maior”, diz. “Acho que voltarei
mais maduro, essa experiência mostra outras perspectivas de
vida, talvez eu valorize mais tudo que tenho ou tente mudar
algumas coisas”, conta.
Diferente da maioria dos intercambistas, Leonardo fez mais
amigos entre os alemães, pois sua melhor amiga estuda por lá e
já conhece bastante gente. “Eu acho que para sentir a cidade
e o país, temos que andar com o pessoal local porque senão os
lugares são sempre a mesma coisa”, diz. Tübingen tem cerca
de 30 mil habitantes e é fácil encontrar conhecidos na rua.
Bruno, assim como Leonardo, estudou desde cedo o idio-
ma. “Quis aprender uma língua difícil e importante como o
alemão, dada a forte economia que o país possui e todas as por-
tas que podem se abrir. Espero poder trabalhar em negócios no
eixo Brasil-Alemanha quando voltar ao Brasil”, anima-se ele,
“Essa experiência mostra outras perspectivas de vida, talvez eu valorize mais tudo que tenho ou tente mudar algumas coisas.”
Alemanha, uma boa escolha
FEA CCInt
Fachada da Johann Wolfgang Goethe Universität (Frankfurt), onde Bruno fez o intercâmbio, e Leonardo com amigas no Jardim Botânico de Tübingen
GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES RACIAIS
O livro Gestão de
Pessoas – Desafios Estra-
tégicos das Organizações
Contemporâneas foi lan-
çado no dia 2 de julho,
na sala da Congregação da FEA.
Os artigos sobre gestão, cultura
organizacional, responsabilidade
social, RH, entre outros assuntos
relevantes da atualidade de ges-
tão foram produzidos por execu-
tivos que cursaram o MBA-RH
da Fundação Instituto de Admi-
nistração (FIA). A organização do livro ficou a cargo dos profes-
sores André Luiz Fischer, Wilson Amorim e Joel Souza Dutra.
As relações raciais no Brasil e nos EUA é o tema do livro
Retratos e Espelhos, Raça e Etnicidade no Brasil e nos Estados Uni-
dos, lançado na FEA no dia 18 de junho. Reúne trabalhos de
19 jovens pesquisadores brasileiros e americanos, intercambis-
tas do Programa Raça, Desenvolvimento e Desigualdade Social,
desenvolvido pelas Universidades Howard e Vanderbilt (EUA),
Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de
São Paulo (USP). O livro teve o apoio da Coordenadoria de
Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), da
Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil, da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA-USP), do Fund for Post-Se-
condary Education (Fipse) e da Howard University (Washing-
ton, DC, EUA).
FEA MIX
GENTE DA FEAUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoAGOSTO 2009_TIRAGEM 2.000 EXEMPLARES
Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 Cidade Universitária - CEP 05508-900
Diretor da FEA CARLOS ROBERTO AZZONI
Coordenação GeralLU MEDEIROS
ASSISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FEA-USP
Edição: PRINTEC COMUNICAÇÃO LTDA.
VANESSA GIACOMETTI DE GODOY – MTB 20.841ANTONIO CARLOS DE GODOY – MTB 7.773
Reportagem:DINAURA LANDINI E CAMILA BROGLIATO RIBEIRO
Projeto Gráfico: ELOS COMUNICAÇÃO E EDEMILSON MORAIS
Layout e Editoração Eletrônica: CAROL ISSA
Fotos:ISMAEL BELMIRO ROSÁRIO, MILENA NEVES
E ROBERTA DE PAULA
O portal da FEA foi reformulado e atualizado. As ferramentas de controle mostram que o acesso vem crescendo continuamente, inclusive do exterior.
LANÇAMENTOS
PORTAL FEA
Sistemas de monitoramento e de estatísticas mostram que o
número de pessoas que acessam o novo portal da FEA superou
as expectativas. Em junho, foram 73 mil visitantes, sendo que
19.231 mil provêm de máquinas da USP. Em pageviews, o nú-
mero sobe para mais de 322 mil acessos. Considerando apenas
usuários únicos, são 44.443 no período. Os acessos do exterior
também são altos. Só dos Estados Unidos foram registrados
1.453 visitantes, seguido de Portugal (336) e França (188). Das
cidades brasileiras, São Paulo se destaca com 52.615 acessos, se-
guida do Rio de Janeiro (1.540) e Campinas (1.273). As páginas
mais visitadas são as de apresentação dos cursos e da Faculdade
(para o público externo) e a de Estágios e o login para o erudito
(público interno). Nos dias úteis, a média é de 3,5 mil visitas.
COMUNICAÇÃO
NÚMERO DE TESES E DISSERTAÇÕES DA FEA-USP
Na reportagem “Excelência é meta permanente na FEA”
(ed. 52), nos gráficos com número de dissertações de mestrado
e teses de doutorado defendidas entre 2004 e 2008 por alunos
da FEA-USP, os dados referem-se à contagem de teses e dis-
sertações depositadas no período na Biblioteca da FEA. Por
esse critério, foram poduzidas 273 teses e 558 dissertações. No
entanto, os número oficiais, publicados pela Seção de Pós-Gra-
duação da FEA, informam sobre a produção de 259 teses de
doutorado e 498 dissertações de mestrado no período. A dife-
rença se dá pelo fato de a Biblioteca considerar todas as teses e
dissertações depositadas entre 2004 e 2008. O total obtido por
esse critério inclui a produção de alunos dos programas inte-
runidades. Já a seção de Pós-Graduação considera apenas as
teses e dissertações dos alunos de pós-graduação da FEA.
CORREÇÃO