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JULHO/AGOSTO de 2005 I NFORMATIVO DA F UNDAÇÃO C ARLOS A LBERTO V ANZOLINI - D EPARTAMENTO DE E NGENHARIA DE P RODUÇÃO - E SCOLA P OLITÉCNICA - USP ANO XII n° 57 2 5 6 7 ENTREVISTA DESTAQUE DESTAQUE SOLUÇÃO SOLUÇÃO UP GRADE UP GRADE ENTREVISTA VANGUARDA EM DIA LEITURA VANGUARDA EM DIA LEITURA O diretor de meio ambiente da Tetra Pak fala de reciclagem e da importância da responsabilidade social para o futuro do planeta Consciência ambiental Uma mente brilhante Homenagem a Alberto Von Ellenrieder: legado admirável, exemplo de conduta e muitas lembranças Talento em boas mãos Incubadora de empresas de tecnologia valoriza a inovação ao transformar idéias em negócios de sucesso O fator humano Artigo traça panorama da posição ocupada por trabalhadores num ambiente de produção ávido por resultados Como reduzir custos de inspeção Trabalho em grupo . Parceria em prol da educação . Calor humano . Treinamento personalizado . Cooperação em TI . Liderança na gestão Resenha: Redes entre Organizações Divulgação

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JULHO/AGOSTO de 2005 INFORMATIVO DA FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - ESCOLA POLITÉCNICA - USPANO XII n° 57

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ENTREVISTA

DESTAQUEDESTAQUE

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

UP GRADEUP GRADE

ENTREVISTA

VANGUARDA

EM DIA

LEITURA

VANGUARDA

EM DIA

LEITURA

O diretor de meio ambiente da Tetra Pak

fala de reciclagem e da importância da

responsabilidade social para o futuro do planeta

Consciência ambiental

Uma mente brilhanteHomenagem a Alberto Von Ellenrieder:

legado admirável, exemplo de conduta

e muitas lembranças

Talento em boas mãos

Incubadora de empresas de tecnologia

valoriza a inovação ao transformar

idéias em negócios de sucesso

O fator humanoArtigo traça panorama da posição ocupada

por trabalhadores num ambiente de

produção ávido por resultados

Como reduzir custos de inspeção

Trabalho em grupo . Parceria em prol da educação . Calor humano . Treinamento personalizado . Cooperação em TI . Liderança na gestão

Resenha: Redes entre Organizações

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ção

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ENTREENTREvista

Inovação na reciclagemAvanço tecnológico, conscientização ambiental e responsabilidade social fazem a receita de

sucesso da cadeia de reaproveitamento de embalagens longa vida

Foi-se o tempo em que as caixinhas de leite não tinham endereço certo após o consumo. Com a tecnologia hoje disponível, já é possível iso-lar componentes de embalagens cartonadas – o plástico e o alumínio

– que no passado eram enviados para aterros sanitários. Nessa época apenas o papel da embalagem era reciclado.

A história é longa. Começa anos atrás com o incentivo à montagem de em-presas recicladoras e à consciência ambiental, passa pelo desenvolvimento de um processo para a fabricação de telhas e placas utilizando o plástico e alu-mínio agregados, até chegar à tecnologia de plasma, que permite a separação desses elementos, levando valor a toda a cadeia de reciclagem e permitindo o aumento do preço pago pela tonelada prensada do material – um salto de 180 reais em 2003 para 280 reais atualmente na cidade de São Paulo.

A entrevista desta edição do Vanzolini em Foco traz o diretor de meio ambiente da Tetra Pak, Fernando von Zuben, que fala do compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável, a promoção da coleta seletiva e de tecnologias para reciclagem. Segundo ele, a expectativa é que, em 2005, sejam recicladas 40 mil toneladas de embalagens Tetra Pak no país, o que correspon-de a 25% do total consumido. A título de comparação, a média mundial está em 15%. “A preocupação ambiental faz parte do negócio da Tetra Pak, pois ela acredita que tem de ser ambientalmente responsável e socialmente atuante”, afirma o executivo.

A tecnologia de plasma surgiu de uma pesquisa levada em conjunto entre a empresa e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). Outros parceiros – Klabin, Alcoa e TSL Ambiental – se aliaram ao projeto, apostan-do em seu potencial econômico, e o resultado é a primeira recicladora via plas-ma, cuja tecnologia permite uma eficiência energética que, segundo o diretor, chega a 90%, enquanto na queima de gás natural e óleo combustível fica em 25%. Entre as vantagens, destaca a pureza dos materiais, como o alumínio, que, depois de separado do plástico, retorna para a Alcoa. Lá é transformado em folhas posteriormente comercializadas com a Tetra Pak, fechando com isso o ciclo do reaproveitamento total. Fórmula em que todos saem ganhando. E o planeta agradece. A seguir os melhores trechos.

Vanzolini em Foco – O que a reciclagem representa para a Tetra Pak, em termos de responsabilidade ambiental e em termos es-tratégicos?Fernando von Zuben – Nós temos, na Tetra Pak, uma política mundial am-biental que deve ser aplicada em todos os países onde a empresa atua. Ela está no Brasil há 48 anos, com duas fábricas e mil funcionários. Como o mercado brasileiro é extremamente comple-xo, nós tentamos aplicar essa política no sentido de aumentar o volume de material reciclável. A preocupação am-biental faz parte do negócio da Tetra Pak, pois ela acredita que tem de ser ambientalmente responsável e social-mente atuante. Como há um contin-gente de pessoas no Brasil que vive da coleta seletiva, então nada mais justo

do que gerar negócio para esse contin-gente. De que forma? Agregando valor à cadeia dos materiais da Tetra Pak, para que as pessoas possam receber

mais pelo material coletado. A empre-sa incentiva essas duas vertentes da reciclagem: a vertente social – da cole-

ta seletiva – e a vertente econômica, e ambas estão interligadas.

VF – Como esse trabalho é organizado?FZ – No começo nós montamos em-presas recicladoras de papel no Brasil para comprar esse material das coope-rativas, das cidades, etc. Hoje temos oito fábricas que compram das coope-rativas e retiram as fibras de papel das embalagens – esse é o primeiro passo. No passado, o plástico e o alumínio que restavam eram enviados para aterros, gerando custos para as empresas de pa-pel, que por isso não pagavam um valor mais alto para os catadores. Nesse meio tempo nós desenvolvemos uma tecno-logia, um processo para a produção de placas de telha utilizando esse plástico e alumínio. Então, o material que ia

Na cidade de São Paulo,

houve expansão da coleta

seletiva: o valor do quilo

de embalagem longa vida

cresceu 360% em um ano e

meio.*

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ENTREENTREvista

para o lixo foi agregado a nossa cadeia produtiva e, com a adição de tecnologia, transformou-se em matéria-prima. Com isso, as empresas de papel deixaram de gastar dinheiro enviando as sobras para o aterro, e passaram a doá-las para as fábricas de placas e telhas. Mais tarde começaram a cobrar por esse material. Com isso, puderam pagar um pouco

mais para os catadores e as cooperativas de recicladores. Continuaram, assim, agregando valor à cadeia produtiva da reciclagem. Dessa forma, o volume de material coletado aumenta.

VF – Há alguns meses entrou em ativida-de uma planta de reciclagem de embalagens longa vida que utiliza um novo processo. Do que se trata a nova tecnologia de plasma dessa fábrica?FZ – Nós continuamos trabalhando no sentido de desenvolver novas tecnolo-gias para a recuperação desse plástico e desse alumínio. Até que chegamos à tecnologia de plasma. E no ano de 2005

houve a implantação da primeira fábri-ca, a EET Brasil – Alumínio e Parafi-nas LTDA., que é a empresa que opera o plasma, em Piracicaba. Essa tecnolo-gia consiste basicamente numa tocha, que é um plasma térmico. O plasma trabalha com o argônio, o argônio passa por um campo magnético gerado por energia elétrica, o campo ioniza as mo-léculas, os átomos de argônio ionizados

geram a tocha de plasma, que está na faixa de 12 a 15 mil graus Celsius. E esse material aquece o reator de plas-ma sem oxigênio. Como não há oxigê-nio – essa que é a grande novidade – o alumínio sai praticamente puro. VF – Ele pode voltar a ser utilizado na cadeia de produção das embalagens cartonadas?FZ – Exatamente. Como embalagem longa vida. Ele volta para a Alcoa, a Al-coa faz uma chapa, uma folha, e manda de novo para a Tetra Pak.

VF – Como acontece com as latinhas de alumínio?FZ – É isso. Só que esse novo processo é muito mais eficiente. Na reciclagem

de latinha é usado sal, perde-se bastante material e gera-se uma série de resíduos. Nesse caso, não, é totalmente limpo.

VF – O que ocorre com o plástico?FZ – Nessa temperatura, o plástico, o polietileno, não queima, e não gera car-bono, mas ele se quebra em moléculas menores, que a gente chama “compos-to parafínico”. Esse composto é vendi-do para a indústria petroquímica. E é a empresa de papel que vende o mate-rial que originará esse composto para a EET Brasil. Com isso pode-se pagar mais ainda pelo valor do material reco-lhido pelos catadores.

VF – O senhor poderia falar mais sobre os ganhos para o catador, que está na outra ponta dessa corrente? FZ – Se ele receber mais pelo produto, vai coletar mais embalagens. Hoje, por

exemplo, já se pagam 280 reais por tone-lada na cidade de São Paulo – e pode che-gar a 300 reais, gerando ganhos maiores. Há um ano o valor era em torno de 180 reais. Houve uma evolução significativa do preço do material devido à melhoria de todos esses processos. Este ano espe-ramos chegar a 40 mil toneladas recicla-das. Corresponde a 25% do material.

VF – Como foi estabelecida a parceria para a pesquisa dessa nova tecnologia? E quais os ganhos para as empresas participantes?FZ – A pesquisa começou basicamen-te com a Tetra Pak e o IPT. Depois a TSL Ambiental entrou na fase da plan-ta piloto, cerca de três anos atrás. Para a montagem da fábrica, como no Brasil dinheiro é muito caro, juntaram-se ao projeto a Alcoa e a Klabin. Foram gas-tos R$ 12 milhões de reais. O ganho não foi para as empresas. O objetivo das quatro e o ganho obtido foi o au-mento da reciclagem.

VF – E a possibilidade de exportação da tecnologia?FZ – É, esse também é um objetivo nosso. Como a Tetra Pak atua no mundo todo, há em vários países a reciclagem e a posterior produção do plástico e do alu-mínio. O primeiro país que montará uma fábrica semelhante a essa é a Espanha.

VF – O senhor poderia traçar um cenário fu-turo sobre avanços tecnológicos e aumento de capacidade de reciclagem?

FZ – Nós trabalhamos com o objetivo de que nos próximos cinco anos atinjamos em torno de 60%, 75% de reciclagem de embalagem longa vida. Mais que isso fica praticamente impossível, porque há locais muito distantes dos centros de co-leta, o que inviabiliza economicamente o processo. Esperamos também espalhar essa tecnologia para vários países: Ale-manha, EUA, China, etc. Esse é o nosso target nos próximos cinco anos.

O valor médio da tonelada

de embalagem longa vida

pós-consumo saltou de 80

reais em 2000 para 255

reais em 2005.*

Segundo o Ciclosoft, pesquisa

realizada pelo Compromisso

Empresarial para a

Reciclagem (Cempre), 237

cidades brasileiras tinham,

em 2004, programas de coleta

seletiva. Há dez anos eram 84.*

“Nós trabalhamos com o objetivo de que nos próximos

cinco anos atinjamos em torno de 60%,

75% de reciclagem de embalagem longa vida. Mais que isso fica praticamente

impossível”

Em 2004, cerca de

300 toneladas/mês de

embalagens cartonadas

foram recolhidas por meio da

coleta seletiva na cidade de

São Paulo.*

*fonte: Meio Ambiente e Cidadania - Publicação anual da Tetra Pak - 2005

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Em diaEm dia

Calor humano

A Fundação Vanzolini tem incenti-vado ações sociais e de voluntariado de seus colaboradores. A mais recente iniciativa foi a Campanha do Agasalho, entre os dias 18 de julho e 19 de agosto. Funcionários, professores e alunos mo-bilizaram-se para recolher roupas a se-rem doadas à prefeitura de Osasco, que se encarregou da distribuição do mate-rial em albergues e em um abrigo de convivência de moradores de rua. Uma comissão de voluntários, formada por

funcionários, coordenou toda a ação, em mais uma mani-festação da consciência da importância da solidariedade. A Fundação também fez sua parte: forneceu cobertores para complementar a doação.

Liderança na gestão

O presidente da Funda-ção Vanzolini, Marcelo Pessôa, e o vice-presi-dente, Gregório Bouer, estiveram presentes no Seminário de Ferra-mentas Internacionais de Gerenciamento de Projetos, realizado nos

dias 28 e 29 de julho no Instituto de Engenharia de São Paulo. Os professores mostraram trabalhos no segundo dia do evento, que contou com 184 participantes. A palestra de Marcelo Pes-sôa tratou de Integração do PMBOK com o CMMI, e Gregório Bouer falou sobre TQM-ISO e Qualidade em Projetos.

Parceria em prol da educação

O EducaRede (www.educarede.org.br) é um projeto internacional da Fundação Telefônica, cujo objetivo é a disseminação do uso das tecnologias de informação e co-municação, com foco na internet, no contexto educacional, numa perspectiva de responsabilidade social. Para viabili-zar a edição brasileira da iniciativa, foi criada no ano 2000 uma parceria da Fundação Telefônica com a Fundação Vanzolini, o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e o Terra Lycos. O portal, dedicado a professores e alunos das escolas públicas do país, tem mais de 44 mil usuários cadastra-dos. “As escolas e sistemas educacionais têm o desafio da inserção de suas práticas e concepções na era da imer-são total em ambientes virtuais. O Educarede procura con-tribuir para toda essa mudança”, afirma Fernando Moraes Fonseca Jr., coordenador de produção de inovações tecno-lógicas na educação – Laboratório de Tecnologias em Edu-cação (LTE), da Fundação Vanzolini.

Cooperação em TI

No dia 17 de agosto, a Fundação Vanzolini recebeu mem-bros da Rede de Tecnologia e Serviços de Qualificação e Cer-tificação em Tecnologia da Informação (TSQC) para uma reu-nião de balanço de ações e elaboração de propostas de atuação conjunta a ser discutidas com a Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa). A TSQC é uma rede pluriinstitucional, que presta serviços e promove o desenvolvimento tecnológico em qualificação e certificação de produtos e processos em tec-nologia da informação (TI).

A sessão foi aberta pelo presidente da Fundação Vanzolini, Marcelo Pessôa, que fez uma apresentação da entidade e de sua área de atuação. Em seguida, outros membros da rede fizeram exposições, como Marco Antonio Silveira, representante do Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA), que falou, entre outros assuntos, sobre o escopo da rede e a metodologia de traba-lho. O restante do dia foi reservado a atividades em grupo.

Trabalho em grupo

Entre os dias 21 e 30 de junho, 80 funcionários da Fundação Vanzolini, divididos em quatro turmas, participaram do primeiro treinamento de Desenvolvimento de Competências Interpessoais. O programa, elaborado pela área de Recursos Humanos, contou com o apoio da diretoria executiva da Fundação. Realizados na unidade Paulista, os encontros tiveram entre os objetivos o amadurecimento do grupo para o trabalho em equipe, o desenvolvimento de habilidades interpessoais e o fortalecimento da auto-imagem e da auto-estima para o sucesso nas relações. Segundo Isabel Nogueira, integrante do RH da Fundação, o balanço da iniciativa foi positivo. “Pudemos observar alguns resultados mais imediatos, como a redução do nível de estresse, a equipe mais motivada e com sentimento de fazer parte de um grupo maior de trabalho.”

Treinamento personalizadoOs programas In Company Institucionais oferecidos

pela Fundação Vanzolini têm por objetivo desenvolver treinamentos com foco na cultura da organização, respei-tando seu planejamento estratégico. Para elaborar o pro-jeto, o primeiro passo é o entendimento da real necessi-dade da empresa solicitante. Com base nesse diagnóstico em que se estabelece o escopo da atividade a ser desen-volvida é que a equipe responsável elabora o programa, priorizando o cotidiano dos participantes. Reuniões de feedback completam o ciclo de trabalho e permitem eventuais correções de rota. Vá-rias companhias já participaram da iniciati-va, entre elas a Cia. Ultragáz e Saint Gobain. Segundo Marisa dos Santos, responsável na Fundação pelo relacionamento com as em-presas, o objetivo é atender a organização desenvolvendo um trabalho customizado com qualidade e excelência em todas as fases do projeto.

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DESTAQUEDESTAQUE

VANGUARDAVANGUARDA

“Ele era brilhante.” A defini-ção é unanimidade entre os que conviveram com o

professor Alberto Von Ellenrieder. Nas-cido na Argentina, formou-se engenheiro mecânico e eletricista naquele país, mas foi no Brasil que fincou raízes e construiu a carreira de sucesso . “Além de estudio-so, era muito inteligente e criativo. Gos-tava de desafios, era sempre o primeiro a olhar, pensar, esquadrinhar um assunto que despontava na engenharia de produ-

ção”, diz Antonio R.N. Muscat, professor doutor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP, membro do conselho curador da Fundação Vanzolini e amigo do mestre.

Ellenrieder começou a lecionar no de-partamento em 1974 e manteve essa ativi-dade até 1995, paralelamente à de consul-tor na Boucinhas & Campos Consultores, empresa da qual foi sócio diretor. “Foi um grande orientador. Seu exemplo foi muito importante”, define Muscat. Essa também é a opinião de outro ex-orientan-do de Ellenrieder, hoje professor doutor do departamento e vice-presidente da Fundação Vanzolini, Gregório Bouer: “O termo ‘mestre’ se aplicava integralmente a ele. Era mestre para os alunos e para os professores. E tinha uma memória notá-vel para referências bibliográficas”. Em 2004, já doente, ministrou a aula inau-gural do Departamento de Engenharia de Produção. “Ele fez a exposição, como sempre excepcional, sobre modelos, sua especialidade. Mas ele ia além da funda-mentação matemática. Conseguia aliar esse conhecimento técnico à percepção e à interpretação dos fenômenos. Essa era sua grande força”, afirma Bouer.

Também influenciou uma área de grande importância para a Fundação Van-zolini. “Ele foi o mentor intelectual de um projeto que fizemos, o PADCT [Pro-grama de Apoio e Desenvolvimento da Ciên-cia e Tecnologia], do qual saiu o programa brasileiro de qualidade e produtividade”, explica Bouer. “Ele plantou a semente da qualidade aqui na Fundação. Uma se-mente que rendeu o livro Qualidade In-dustrial, lançado em 1988 pela Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério da Indústria e do Comércio, e que dá frutos até hoje”, acrescenta Muscat.

Segundo os amigos, Ellenrieder gosta-va de ter uma vida intensa e sempre tinha uma boa piada para contar. “Era festeiro por natureza. Toda vez que saíamos para fazer um trabalho fora de São Paulo, era trabalho o dia inteiro e à noite ainda ía-mos a algum restaurante. Para trabalhar com ele era preciso ter um preparo físico extra”, recorda Bouer. Essa imagem po-sitiva, de personalidade forte e criativa é, certamente, a que vai ficar na lembrança de todos. “A passagem dele foi realmente marcante. Deixou uma lacuna. Uma pes-soa como Ellenrieder não há igual”, con-clui o professor Muscat.

Com seu bom humor, criatividade e sotaque inconfundível, Alberto Von Ellenrieder é referência para gerações de engenheiros de produção

O mestre dos mestres

Como reduzir custos de inspeção

No artigo “Repetitive Tests as an Economic Alternative Procedure to Control Attributes with Diagnosis Errors”, publicado no European Journal of Ope-rational Research 155 (2004), R.C. Quinino, professor doutor do Departa-

mento de Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (ICEX-UFMG), e Linda Lee Ho, professora doutora do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP, apresentam um estudo sobre o uso de classificações repetidas para diminuir o impacto dos erros de classificação. Uma das atividades no planejamento da qualidade é avaliar o desempenho de um processo de produção, que prevê en-tre outros procedimentos a classificação do produto resultante em conforme ou não-conforme de acordo com critérios determinados. Ou seja, verificar se o produto está dentro das especificações estabelecidas para ele – por exem-plo, na fabricação de lajotas, é preciso examinar se as peças contêm ou não rachaduras para determinar a qualidade dos lotes. Apesar de a suposição mais comum ser a de um sistema perfeito de classificação, o que ocorre na prática é que, mesmo em condições ideais, técnicos experientes podem cometer erros que superem os 25%. Isso significa que um produto pode ser classificado erroneamente como conforme às especificações (erro de tipo 1) ou erroneamente como não-conforme (erro de tipo 2), o que pode implicar um aumento nada desprezível nos custos de inspeção. Diante desse problema, os autores analisam testes para avaliar erros de diagnóstico e propõem um modelo de testes de classificação repetida como procedimento para reduzir esses custos.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Ajudar empreendedores a colocar a mão na mas-sa. Esse é o trabalho do

Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), criado em abril de 1998. Com o objetivo de dar apoio a projetos inovadores e carentes do ambiente necessário para crescer, a iniciativa é resul-tado de um convênio entre a Se-cretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo (SCTDET), do Estado de São Paulo, a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), a Comissão Nacio-nal de Energia Nuclear (CNEN) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). Posteriormente, o conselho deliberativo passou a contar com a presença do Ministé-rio da Ciência e Tecnologia.

A prova de que a idéia era mais que aguardada é que, hoje, o Cietec, que iniciou suas atividades num espaço de 1.500 m2, ocu-pa uma área de 5 mil m2, incubando no prédio do IPEN, na USP, 104 empresas. E já há nove na fila, aguardando vagas que serão deixadas pelas graduadas, ou seja, empresas prontas para entrar no mercado. “O Brasil sempre foi muito pobre em termos de ino-vação tecnológica. Nos últimos dez anos é que tem surgido essa vontade de desenvolvimento”, afirma José Carlos de Lucena, co-ordenador técnico do Cietec e um dos responsáveis pelo processo de seleção dos projetos.

Entre as vantagens da incubação está a desobrigação da em-presa iniciante com os custos de instalação. Ela arca com uma mensalidade e pode usar a infra-estrutura da incubadora. Mas o grande benefício é poder contar com a orientação técnica – e até assessoria de marketing – para o desenvolvimento e lançamento do produto. O Cietec, que hoje tem quatro modalidades de incu-bação (veja boxe Da idéia ao negócio), organiza cursos, palestras, fóruns e debates. “Além disso, nosso rigoroso processo de seleção – que conta com cursos de capacitação para a elaboração de um plano de negócios – funciona como um crivo bastante forte na hora de o projeto pleitear recursos”, explica o coordenador. A título

de comparação de desempenho, Lucena cita uma estatística do Sebrae: 70% das microempresas sucumbem no primeiro ano de existência. “Aqui, revertemos esse quadro, de 70% a 80% das empresas que recebem apoio do Cietec vão para o mercado.”

Foi em busca desse apoio es-trutural e técnico que a empresa PPE® Engenheiros Associados procurou a incubadora. Criada em 1992, durante nove anos se

manteve ligada ao Sebrae, num sistema de consultoria ter-ceirizada à micro e pequena indústria. Nesse período, foram visitadas centenas de indústrias e deu-se início a um projeto de software chamado POC® – software de preços, orçamentos e custos –, com o objetivo de apoiar a pequena e média empresa na tomada de decisões gerenciais, com destaque para a forma-ção de preços de produtos, mas também gerando informações de apoio à administração da produção. Segundo Reinaldo Pa-checo da Costa, professor doutor do Departamento de Enge-nharia de Produção da Poli - USP em regime parcial e sócio da PPE®, muitos pesquisadores e professores encontram na incubadora um caminho para pôr boas idéias em prática. Du-rante a fase de incubação, a PPE® participou de um projeto para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) chamado Programa de Inovação em Pequenas Em-presas (Pipe), que junta pesquisadores da universidade com a pequena empresa na criação de inovação tecnológica. “O Pipe foi aprovado e por meio desse projeto conseguimos um pesqui-sador mais gabaritado, estagiários, pagar equipamentos, e com isso aperfeiçoamos o software”, diz Pacheco.

Hoje a empresa está graduada, mas se mantém associada ao Cietec, participando de seminários e cafés tecnológicos. E já está envolvida em um novo desafio, com o apoio da Fundação Vanzolini: converter o software num produto didático profis-sional. “A Fundação é co-partícipe num projeto de transfor-mar o POC® num livro, que contará com um software anexo, a ser disponibilizado para 94 mil indústrias do estado de São Paulo”, explica Pacheco.

Da idéia ao negócioO Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec – www.cietec.org.br) oferece atualmente quatro modalidades de incubação para interessados em desenvolver novos projetos tecnológicos. • Pré-incubação, ou hotel de projetos: indicado a quem encontrou uma oportunidade de negócio, mas necessita de tempo e apoio para comprovar essa disposição e buscar recursos. • Incubadora tecnológica de empresas residentes: o projeto já está mais próximo de um protótipo ou de uma produção em escala de laboratório. • Incubadora tecnológica de software: nela o empreendedor encontra as condições e os equipamentos para o desenvolvimento de seu programa. • Incubadora tecnológica de empresas não residentes: depois de graduada a empresa pode manter-se associada ao Cietec.Em 2006 está prevista ainda a criação de uma quinta modalidade, anterior à pré-incubação, chamada de incubadora de idéias, que será destinada a alunos graduandos.

Casulo tecnológicoCentro especializado em incubar projetos de tecnologia estimula inovação

e transforma pesquisas em negócios

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Quando se fala em trabalho

nas empresas moder-nas, pouco se diz da-quilo que realmente

as pessoas fazem. Sobre o trabalho persiste uma vaga

idéia, uma vez que os pontos de vista mais comuns, expres-sos nos mais variados discursos, mostram que, no mais das ve-zes, considera-se o trabalho de outrem de maneira empo-

brecida, como algo simples para sua execução e desen-

volvimento. Infelizmente pouco valor é dado ao esforço empregado para chegar a resultados esperados. Os sistemas de avaliação consideram os indicadores de produtividade, de qualidade, algumas qualidades consideradas como impor-tantes com relação ao relacionamento e ao comportamento. Aquilo que é feito – a atividade desenvolvida, as estratégias para dar conta das variabilidades, dos im-previstos –, não é reconhecido e muito menos previsto como algo que agrega valor aos processos.

Acreditamos que isso seja ainda heran-ça de uma visão de mundo baseada no ideário positivista, que, apesar de já ser considerado ultrapassado para explicar e para desenvolver sistemas de produção mais modernos, provavelmente ainda influencia fortemente responsáveis por projetos de produção e pela gestão de instituições e de empresas.

Ainda faltam passos significativos para que se considere que do outro lado, o das pessoas que estão produzindo (qualquer

tipo de trabalho), há muito mais inteli-gência do que aquela que se costuma re-conhecer, há habilidades, competências para saber ser, saber fazer, saber tanta coisa... O que significa tudo isso?

Seriam pontos de vista vazios de con-teúdo, que não explicam muita coisa, ou seria realmente um esforço para compre-ender o que fazem as pessoas e projetar sistemas de produção, sistemas de infor-mação, ferramentas, postos de trabalho, que favoreçam o desenvolvimento de atividades de maneira confortável? Reco-nhecer que certas atividades consideradas como marginais para a produção agregam valor ao processo seria suficiente?

Há cada vez mais indícios de que o trabalho só é reconhecido em certas si-tuações, principalmente nas empresas que se situam nos núcleos das redes de produção. É interessante, ao analisar o trabalho em certas empresas, que pro-cessos de terceirização sejam, muitas vezes, destinados a empurrar para mais longe, para a periferia das redes, aquelas tarefas consideradas como “menos im-portantes”. Nessas situações encontra-se ainda o trabalho considerado como “pou-co qualificado”, “simples”, com “poucos desafios”, “desprovido de conteúdo”.

É aí, na periferia das redes de produ-ção, que se encontram grandes contin-gentes de trabalhadores desenvolvendo suas atividades em condições mais pre-cárias. É onde se encontram muitos ca-sos de doenças, como as que envolvem Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho (DORT), assim como um sem-número de pessoas que sofrem de distúrbios da economia psíquica.

Será que esse tipo de modelo será ainda muito prevalente no universo da produção nos próximos anos? Qual será o tamanho e a importância na criação de empregos da “periferia” dessas re-des de produção?

Além de existir no universo da ma-nufatura, esse tipo de modelo inspira também muitas empresas que ofere-cem serviços, como aqueles conhe-cidos como “serviços de massa”. Em centrais de atendimento, em diferen-tes atividades bancárias, entre outras, as tarefas são desse tipo. Em consonân-cia com esse ponto de vista, aquilo que se provê como conteúdo dos proces-sos de aprendizagem não é adequado à realidade do seu trabalho. Busca-se adequar as pessoas a tarefas que seriam formalizadas em procedimentos rígi-dos e a produtividade buscada seria o resultado do seu cumprimento, basea-do em regras predefinidas pela hierar-quia, sem que se considere a realidade vivida pelas pessoas que atuam nessas empresas, uma vez que essas seriam também uma “parte mecânica” e facil-mente substituível do sistema.

Mudança de paradigmaAlgumas questões para contribuir com o debate.

• Há condições para mudar esses paradigmas? • É possível haver uma melhor distribuição de trabalho interessante? • É possível considerar esses trabalhadores como sujeitos das suas ações?• É possível reconhecer que agregam valor aos processos de produção, tanto na manufatura, como em serviços?• É possível reduzir as doenças e os sofrimentos relacionados com esse tipo de trabalho?

Ou será que nada disso é possível, pois a lógica governante imporá por muito tempo ainda esse tipo de trabalho para um grande contingente de pessoas?

por Laerte Idal Sznelwar e Fausto Leopoldo Mascia

Autores tratam da herança positivista que ainda influencia o comando de projetos de produção e mostram que muitas vezes se dá pouco valor ao esforço das pessoas para alcançar resultados

A divisão do trabalho interessante e a divisão do sofrimento no trabalho

Laerte Idal Sznelwar e Fausto Leopoldo Mascia são professores doutores do Departamento de Engenharia de Produção da USP e consultores da Fundação Vanzolini.

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LeiturALeiturA

CartaSCartaS

Conselho Curador: Guilherme Ary Plonski – Alberto Wunderler Ramos – Antonio Rafael Namur Muscat – Fernando José Barbin Laurindo – Mauro de Mesquita Spinola – Mauro Zilbovicius – Roberto Gilioli Rotondaro. Diretoria Executiva: Marcelo Schneck de Paula Pessôa (diretor presidente) – Gregório Bouer (diretor

vice-presidente) – Paulino Graciano Francischini (diretor secretário) – Renato de Castro Garcia (diretor tesoureiro) – Roberto Marx (diretor vogal) . Informações: Av. Prof. Almeida Prado, 531, 1° andar, Cidade Universitária, São Paulo - SP, cep 05508-900, tel. (11) 3814-7366, fax (11) 3814-7496 www.vanzol in i .org.br / e-mai l fcav@vanzol in i .org.br. Diretora editorial: Celma de Oliveira Ribeiro. Criação e Realização: “Entre Aspas”, tel. / fax (11) 3032-2049.

A equipe do Vanzolini em Foco agradece as mensagens comentando a edição nº 56. Essas opiniões são muito importantes para prepararmos o conteúdo de modo a atender os interesses do leitor. Se você tiver alguma observação sobre esta edição ou quiser sugerir assuntos para as próximas, entre em contato conosco.

E-mail: [email protected] Fundação Vanzolini está renovando o cadastro.

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Redes de cooperação

O livro Redes entre Organizações: Domínio do Conhecimento e da Eficiência Operacional, lançado

recentemente, é fruto de atividades desenvolvidas ao longo dos últimos 4 anos de existência do Núcleo de Pes-quisa: Redes de Cooperação e Gestão do Conhecimento – Redecoop (www.prd.usp.br/redecoop/), que foi criado por um convênio do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP com uma grande empresa de consulto-ria estratégica. Composto de docentes, alunos de pós-graduação e de gradua-ção, o núcleo, sob minha coordenação, vem desenvolvendo projetos de pes-quisa sobre redes de cooperação produ-tiva, clusters regionais, arranjos produti-vos locais, cadeias globais de produção e organizações virtuais, focando concei-tos e modelos para elevar o potencial competitivo das empresas. Por meio das múltiplas atividades de pesquisa, seminários, participação em simpósios, congressos e outros eventos nacionais e internacionais, esse núcleo de pesquisa busca identificar as oportunidades e as barreiras relativas à geração, difusão e gestão do conhecimento através das re-des de cooperação interorganizacionais,

no contexto da globalização dos merca-dos e da reestruturação industrial, com o advento do paradigma de produção enxuta, ágil e flexível. Em especial, o objetivo desta publicação é analisar al-gumas características dessa problemá-tica, tanto no contexto brasileiro como internacional. São 14 capítulos, entre os quais: “A arquitetura das redes em-presariais como função do domínio de conhecimentos”, por Afonso C. Correa Fleury e Maria Tereza Leme Fleury; “Organizações virtuais como redes dinâmicas de cooperação”, por João Amato Neto; “Sistemas Locais de Pro-dução e cadeias globais: Uma análise integrada e aplicações para a indústria brasileira”, por Renato de Castro Gar-cia e Flávia Gutierrez Motta; “Fluxos de conhecimento em redes interorga-nizacionais: conceitos e fatores de in-fluência”, por Davi Noboru Nakano; “A gestão do conhecimento na empre-sa: Um estudo de caso da construção ci-vil”, por Mauro de Mesquita Spinola e José Renato Sátiro; e “A desagregação da indústria de computadores pessoais (PC’s): o caso brasileiro”, por Fernan-do José Barbin Laurindo e Marly Mon-teiro de Carvalho.

A obra Redes entre Organizações: Domínio do Conhecimento e da Eficiência Opera-

cional (Atlas, 2005), organizada por João Amato Neto, analisa redes de cooperação

interorganizacionais

por João Amato Neto

João Amato Neto é professor associado (livre docente) do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP.

Sou editor da Revista Tecnicouro, voltada à in-

dústria e ao comércio de calçados em todo o

Brasil. Gostaria de reproduzir em nossa edição

de setembro a entrevista com a professora Maria

Tereza Leme Fleury, que consta do Vanzolini em

Foco nº 55. Peço vossa autorização para tanto e

informo que citarei a fonte.

Milton Grabin

Somos uma pequena empresa, que atua em um

ambiente muito competitivo, e estamos interes-

sados no assunto inteligência competitiva, abor-

dado pelo professor Tamio Shimizu, do Departa-

mento de Engenharia de Produção, em seu artigo

“Organização Perspicaz”, publicado no Vanzolini

em Foco nº. 55. Gostaríamos de saber se existem

artigos, teses, etc. aplicados à indústria, disponí-

veis para consulta.

Paulo Roberto A.S. BrancoRVD Materiais Dielétricos LTDA.

CURTASLançamento

Em 6 de setembro, ocorreu o lançamento do livro Economia de Empresas (Ed. Atlas), de Israel Brunstein, professor titular do Departamento de Enge-nharia de Produção da Poli-USP. O evento foi realizado na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos. Mais informações pelo tel. (11) 3170-4033.

PremiaçãoOs professores Guilherme Ary Plonski, Antonio Rafael Namur Muscat e Clovis Alvarenga Netto receberam durante o 12º Encontro de Qualidade e Produtivi-dade da USP, em 17 de agosto, o “Diploma de Reconhecimento”, por terem se destacado na primeira década do Programa de Qualidade e Produtivida-de da Universidade de São Paulo (1995 – 2005). A distinção foi oferecida pela relevante contribuição dada à realização de melhorias na universidade.