uma investigação sobre o processo migratório para a plataforma de computação em nuvem no brasil

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  • 7/25/2019 Uma Investigao sobre o Processo Migratrio para a Plataforma de Computao em Nuvem no Brasil

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    Ps-Graduao em Cincia da Computao

    UMA INVESTIGAO SOBRE O PROCESSO MIGRATRIO PARA

    A PLATAFORMA DE COMPUTAO EM NUVEM NO BRASIL

    Por

    HILSON BARBOSA DA SILVA

    Dissertao de Mestrado

    Universidade Federal de Pernambuco

    [email protected]

    www.cin.ufpe.br/~posgraduacao

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE INFORMTICAPS-GRADUAO EM CINCIA DA COMPUTAO

    HILSON BARBOSA DA SILVA

    UMA INVESTIGAO DO PROCESSO MIGRATRIO PARA

    A PLATAFORMA DE COMPUTAO EM NUVEM NO BRASIL

    Trabalho apresentado ps-graduao em Cincia daComputao do Centro de Informtica da UniversidadeFederal de Pernambuco-UFPE, como requisito parcialpara obteno do grau de Mestre em Cincia daComputao.

    ORIENTADOR: Vinicius Cardoso Garcia

    CO-ORIENTADOR: Thiago Carvalho de Sousa

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    A minha me Irene Barbosa da Silva, que mesmo com poucos recursos conseguiu me educar,moldando em mim o carter de honestidade e responsabilidade que tenho hoje!

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    Dissertao de Mestrado apresentada por Hilson Barbosa da Silva ao

    programa de Ps-Graduao em Cincia da Computao do Centro de Informtica da

    Universidade Federal de Pernambuco, sob o ttulo Uma Investigao do Processo

    Migratrio para a Plataforma de Computao em Nuvem no Brasil, orientada pelo

    Prof. Vinicius Cardoso Garciae aprovada pela banca examinadora formada pelos

    professores.

    _________________________________________________

    Prof. Dr. Vinicius Cardoso GarciaCentro de Informtica/UFPE

    _________________________________________________Prof. Dr. Kiev Santos da Gama

    Centro de Informtica/UFPE

    _________________________________________________

    Prof. Dr. Vanilson Andr de Arruda Burgio

    Departamento de Informtica - UFRPE

    RECIFE

    2016

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    AGRADECIMENTOS

    Esse um momento em que reconhecemos o quanto ns somos ajudados

    durante uma caminhada como essa e chegamos concluso de que no se consegue

    nada sozinho. Por isso muito importante agradecer a todos que nos ajudaram.

    Primeiro, agradeo a Deus pelo dom da vida e por ter colocado em minha vida

    pessoas de bom corao.

    Agradeo aos meus familiares, que acreditaram em mim e me deram total apoio

    nessa empreitada.

    Agradeo s minhas filhas, Maria Luiza, Maria Alice e Raissa Lorena, pois elas

    so minha motivao para lutar com fora e perseverana.

    Agradeo a todo o corpo docente do Mestrado Profissional do Centro de

    Informtica (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que no mediu

    esforos para me proporcionar um ensino de qualidade. Em especial, aos meus

    orientadores, Professor Doutor Vinicius Cardoso Garcia (UFPE) e Professor Doutor

    Thiago Carvalho de Sousa (UESPI) que despertaram em mim o senso crtico e anlise

    na escrita, aos Professores Ricardo Andrade Lira (UFPI) e Aldir Sousa Silva (UESPI)

    e a Jefferson Henrique e Lucas Lopes, pela fora que me deram na utilizao daferramenta WEKA.

    No poderia deixar de agradecer as empresas participantes que foram pea

    fundamental nessa pesquisa.

    Agradeo ainda minha dignssima esposa, Joelma Gualter Silva, pelo apoio

    moral e espiritual que tanto me deu durante essa caminhada.

    Por fim, deixo aqui os meus agradecimentos a todos aqueles que me ajudaram

    de forma direta ou indireta a alcanar esse objetivo.

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    "No se pode caminhar em direo

    ao futuro com os ps no passado."

    Marcio Khne

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    RESUMO

    Contexto: A Computao em Nuvem apresenta um novo conceito de

    terceirizao na contratao de servio, assim ela vem mudando a forma como as

    empresas utilizam tecnologia em relao ao seu modelo tradicional. Apesar de possuir

    um apelo econmico muito forte com um propsito de reduo de custo em diversos

    segmentos e setores das organizaes, supe-se que a migrao para a Computao

    em Nuvem no esteja acontecendo de maneira massificada.

    Objetivo:De modo geral, este estudo objetiva investigar, dentro do vis da

    computao, os motivos pelos quais motivam as empresas a no migrar para esse

    novo paradigma computacional. Alm disso, visa a investigao do nvel de satisfao

    em relao as empresas que j utilizam algum tipo de servio da Computao em

    Nuvem.

    Mtodo: Para investigar estes indcios, desenvolveu-se uma pesquisa

    exploratria de natureza descritiva e explicativa (Survey), que se efetiva buscar dados

    e informaes sobre a Computao em Nuvem. A partir da extrao do conhecimento

    por meio do aprendizado automtico e da criao de um conjunto de treinamento

    (Supervisionado), aplicou-se o processo de classificao das respostas, utilizando-sea tarefa de classificao por rvore de deciso, fazendo uso do algoritmo inteligente

    J48. Este estudo apresenta um mapeamento das principais variveis dentro do

    universo da Computao em Nuvem e um conjunto de treinamento produzido a partir

    dos atributos abordados na pesquisa.

    Resultado:A pesquisa revelou de acordo com a classificao do treinamento

    que para migrar para esse ambiente no existe uma influncia no porte das empresas

    e seus segmentos, assim como, na receita operacional bruta para a tomada dessadeciso de aderir ou no. Em relao s evidencias de satisfao para aqueles

    participantes da pesquisa que j esto no ambiente da Computao em Nuvem, foram

    identificadas duas variveis que influenciaram no treinamento, sendo a segurana da

    nuvem e reduo de custo. O apelo econmico que a Computao em Nuvem defende

    faz com que se tenha confiana nesse resultado, principalmente pela varivel custo.

    Palavras-chaves: Computao em Nuvem; Algoritmo Inteligente; Extrao doconhecimento; Aprendizado automtico; Survey.

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    ABSTRACT

    Context: Cloud computing presents a new concept of outsourcing at hiring

    services, thereby it changes the way that the companies use technology relative to its

    traditional style. Despite own a strong economic appeal purposing cost reducing in

    several segments and sections of organizations, it assumed that the migration to Cloud

    Computing is not going to mass way.

    Objective: In general, this study aims to investigate, within the computer

    landscape, the evidence for which the companies are not flocking to this new

    computing paradigm. Furthermore, it intends to investigate the level of satisfaction for

    enterprises that are already using some kind of service of Cloud Computing.

    Method: To experience these aspects, it developed an exploratory research

    of descriptive and explanatory (Survey) nature, which is effective in reality seeking data

    and information on Cloud Computing. From the knowledge extraction by automatically

    learning and create a training set (Supervised), was applied the process of

    classification of responses using the classification task by the decision tree by making

    use of the smart J48 algorithm. This study presents a mapping of the main variables

    within the universe of Cloud Computing and a training set produced from the attributesaddressed.

    Result: The survey revealed according to the classification of training that to

    migrate into an environment there is no an influence on the size of the company and

    its segments as well as in gross operating revenue to take such a decision to join or

    not. With regard to evidence of satisfaction to those survey participants who are

    already in the Cloud Computing environment, they were identified two variables that

    influence the training, the security of cloud and cost reduction. The economic appealthat the Cloud Computing advocates makes you have confidence in this result, mainly

    because variable cost.

    Keywords: Cloud Computing; Intelligent Algorithm; Knowledge Extraction; Automatic

    Learning; Survey.

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    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1:ACONTECIMENTOS DA UTILITY COMPUTING...................................................... 20FIGURA 2:ACONTECIMENTOS DA COMPUTAO EM NUVEM.............................................. 22FIGURA 3:ETAPAS DO PROCESSO DE DESCOBRIMENTO DE EM DATA MINING. ..................... 69FIGURA 4:RVORE DE DECISOFATURAMENTO ENTRE 1E 2MILHES. ........................... 73FIGURA 5:RVORE DE DECISOFATURAMENTO MENOS QUE 500MIL. ............................ 75FIGURA 6:RVORE DE DECISOFATURAMENTO ACIMA DE 1BILHO. .............................. 76FIGURA 7:RVORE DE DECISOOUTROS FATURAMENTOS............................................. 77FIGURA 8:RVORE DE DECISOTOTAL COLABORADOR E VAREJISTA. ............................. 80FIGURA 9:RVORE DE DECISOTOTAL COLABORADOR E ATACADISTA. ........................... 81FIGURA 10:RVORE DE DECISOTOTAL COLABORADOR E PRESTAO DE SERVIOS. ..... 82

    FIGURA 11:RVORE DE DECISOOUTROS SEGMENTOS. ............................................... 84FIGURA 12:RVORE DE DECISOSEGURANA DA NUVEM PRIVADA. ............................... 86FIGURA 13:RVORE DE DECISOSEG.DA NUVEM PRIVADA ECOLABORADORES.88FIGURA 14:RVORE DE DECISOSEG.DA NUVEM PRIVADA,CUSTO E TIPO DE SERVIO. .. 90FIGURA 15:RVORE DE DECISOSEG.DA NUVEM PRIVADA,REDUO DE CUSTO. ........... 91FIGURA 16:RVORE DE DECISONUVEM PRIVADA,SEGMENTO E CARACTERSTICAS. ........ 92

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    LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1:RESULTADO GERAL. .................................................................................. 47

    GRFICO 2:REA DE ATUAO. .................................................................................... 48GRFICO 3:FATURAMENTO ANUAL................................................................................ 49GRFICO 4:QUANTIDADE DE COLABORADORES. ............................................................. 50GRFICO 5:MOTIVOS PARA NO UTILIZAR NUVEM. .......................................................... 51GRFICO 6:TIPO DE NUVEM. ........................................................................................ 52GRFICO 7:MOTIVOS ESPECFICOS............................................................................... 53GRFICO 8:TIPOS DE SERVIOS. .................................................................................. 54GRFICO 9:PROVEDOR DE SERVIO. ............................................................................ 55GRFICO 10:RESISTNCIA MUDANA. ........................................................................ 56

    GRFICO 11:IMPACTO MUDANA. .............................................................................. 57GRFICO 12:PREPARAO PARA MIGRAO. ................................................................ 58GRFICO 13:SERVIOS UTILIZADOS. ............................................................................. 59GRFICO 14:SATISFAO DOS SERVIOS. .................................................................... 60GRFICO 15:SATISFAO QUANTO AO FORNECEDOR. .................................................... 61GRFICO 16:TIPO DE NUVEM SENDO UTILIZADA. ............................................................ 61GRFICO 17:SEGURANA DA NUVEM PRIVADA. ............................................................. 62GRFICO 18:REDUO DE CUSTO. ............................................................................... 63GRFICO 19:DEMANDA DO SERVIO. ............................................................................ 64GRFICO 20:MELHORIA DOS SERVIOS. ....................................................................... 66

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    LISTA DE TABELAS

    TABELA

    1:

    MATRIZ DE

    CONFUSO NO USA NUVEM

    COM PODA

    . ..................................... 78TABELA 2:MATRIZ DE CONFUSOSEM PODA. ............................................................. 85TABELA 3:MATRIZ DE CONFUSO USA NUVEMCOM PODA. .......................................... 87TABELA 4:MATRIZ DE CONFUSO USA NUVEMSEM PODA. .......................................... 93TABELA 5:CASOS COM 100%DE ACERTOS................................................................... 94

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    LISTA DE ABREVIATURAS

    ARPANET Advanced Research Projects Agency Network

    APIs. Application Programming InterfaceCRM. Customer Relationship ManagementCIN Centro de Informtica.CIO Chief Information OfficerCEO. Chief Executive OfficerCRISP-DM............................... Cross Industry Standard Process for Data Mining.DaaS....................................... Banco de Dados como Servio.DTIs........................................ Diretores de Tecnologia da Informao.EC2......................................... Elastic Cloud Computing.

    ERP......................................... Enterprise Resource Planning.FaaS....................................... Pericia Digital como Servio.IaaS........................................ Infraestrutura como Servio.IDC......................................... Internet Data Center.KDD Knowledge Discovery in Databases.NIST.. National Institute of Standards and Technology.PaaS...................................... Plataforma como Servio.PC.......................................... Personal Computer.QoS Quality of Service.ROI. Retorno sobre Investimento.RBT Risk-Based Testing.Las. Service Level Agreements.SaaS. Software como Servio.SOAP Simple Object Access Protocol.SPSS Statistical Package for the Social Sciences.STaaS................................... Armazenamento como Servios.TIC........................................ Tecnologia da Informao e Comunicao.TI........................................... Tecnologia da Informao.TCO....................................... Custo Total de Propriedade.

    UFPE..................................... Universidade Federal de Pernambuco.UFPI...................................... Universidade Federal do Piau.UESPI.................................... Universidade Estadual do Piau.WDSL Web Services Description Language.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO...................................................................................................... 14

    1.1ESTABELECIMENTO DO PROBLEMA...................................................................... 15

    1.2METODOLOGIA................................................................................................... 151.3FORA DO ESCOPO.............................................................................................. 161.4ESTRUTURA DA DISSERTAO............................................................................ 17

    2 REFERENCIAL TERICO................................................................................... 18

    2.1COMPUTAO EM NUVEM................................................................................... 182.1.1 Histria ...................................................................................................... 18

    2.1.1.1 Acontecimentos da Utility Computing............................................... 19

    2.1.1.2Acontecimentos da Computao em Nuvem .................................... 21

    2.2CONCEITOS E DEFINIES.................................................................................. 222.3CARACTERSTICAS ............................................................................................. 242.3.1 Terceirizao ............................................................................................. 252.3.2 Virtualizao .............................................................................................. 272.3.3 Tipologia da Nuvem .................................................................................. 282.3.4 Modelos de servios oferecidos ................................................................ 29

    2.4VANTAGENS E DESVANTAGENS........................................................................... 302.4.1 Vantagens ................................................................................................. 302.4.2 Desvantagens ........................................................................................... 31

    2.5ADOO/MIGRAO PARA COMPUTAO EM NUVEM........................................... 312.6DESAFIOS PARA ESSA MIGRAO NO BRASIL........................................................ 322.7RESUMO DO CAPTULO ....................................................................................... 35

    3 METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................................... 36

    3.1 MODELOS DA PESQUISA............................................................................... 37

    3.2PROPSITOS DA PESQUISA................................................................................. 383.3TPICOS DA INVESTIGAO................................................................................ 39

    3.3.1 De natureza organizacional: ...................................................................... 393.3.2 Relativo Segurana: ............................................................................... 40

    3.3.3 Da Qualidade dos servios: ...................................................................... 403.3.4 Da Integrao de ambiente: ...................................................................... 413.4PLANEJAMENTOAMOSTRAL (QUESTIONAMENTOS) ................................................ 41

    3.4.1 Perspectivas da identificao da Empresa ou Organizao (I): ................ 413.4.2 Perspectivas das empresas que ainda no aderiram nuvem (II): .......... 423.4.3 Perspectivas das empresas que fazem uso da tecnologia nuvem (III): ..... 42

    3.5PBLICOSALVOS............................................................................................... 433.6PR-TESTE........................................................................................................ 433.7MEIOS DE DIVULGAO ...................................................................................... 443.8RECURSOS UTILIZADOS (FERRAMENTAS) ............................................................. 45

    3.9RESUMO DO CAPTULO....................................................................................... 454 COLETA DOS DADOS........................................................................................ 46

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    4.1DADOS PRELIMINARES........................................................................................ 474.1.1 Segmento de atuao ............................................................................... 474.1.2 Quanto ao faturamento anual .................................................................... 48

    4.1.3 Quadro efetivo (Quantidade de colaboradores) ........................................ 494.1.4 Responsvel pelos investimentos em TI ................................................... 504.1.5 Quanto utilizao da Nuvem .................................................................. 51

    4.2SOB A PERSPECTIVA DAS EMPRESAS OU ORGANIZAES QUE NOUTILIZAMCOMPUTAO EM NUVEM ......................................................................................... 51

    4.2.1 Motivo para no utilizar nuvem ................................................................. 514.2.2 Quanto ao tipo de nuvem .......................................................................... 524.2.3 Motivos especficos ................................................................................... 534.2.4 Quanto migrao para um Servio ......................................................... 544.2.5 Quanto ao provedor do Servio ................................................................ 54

    4.2.6 Relativo resistncia (Migrao) .............................................................. 554.2.7 Relativo resistncia (Impacto) ................................................................ 564.2.8 Relativo resistncia (Fracasso) .............................................................. 574.2.9 Quanto a estar preparada para migrar (Nuvem) ....................................... 58

    4.3SOB A PERSPECTIVA DAS EMPRESAS OU ORGANIZAES QUE UTILIZAM COMPUTAOEM NUVEM ............................................................................................................... 59

    4.3.1 Quanto aos servios utilizados .................................................................. 594.3.2 Quanto ao grau de satisfao (Servios utilizados) .................................. 604.3.3 Quanto satisfao (Atendimento) ........................................................... 60

    4.3.4 Quanto ao tipo de nuvem utilizada ............................................................ 614.3.5 Segurana da Nuvem Privada .................................................................. 624.3.6 Quanto reduo de custo ....................................................................... 634.3.7 Quanto demanda dos servios ............................................................... 644.3.8 Quanto qualidade dos servios .............................................................. 654.3.9 Quanto ao preo da Nuvem ...................................................................... 654.3.10 Rateio de custo com Nuvem ................................................................... 654.3.11 Quanto auditoria do fornecedor ............................................................ 66

    4.4RESUMO DO CAPTULO....................................................................................... 675 ANLISE DOS DADOS....................................................................................... 68

    5.1MINERAO DE DADOS EAPRENDIZADO AUTOMTICO........................................... 685.1.1 Minerao de dados .................................................................................. 695.1.2 Aprendizado Automtico ........................................................................... 705.1.3 Classificao por rvore de Deciso ......................................................... 71

    5.2.EXTRAO DO CONHECIMENTO.......................................................................... 725.2.1 Treinamento com participantes que NO usam Nuvem ........................... 725.2.1.1 Treinamento com participantes que NO usam Nuvem - Com poda ..... 735.2.1.2 Matriz de ConfusoCom poda ............................................................ 785.2.1.3 Treinamento com participantes que NO usam Nuvem - Sem poda ..... 795.2.1.4 Matriz de ConfusoSem poda ............................................................ 845.2.2 Treinamento com participantes que usam Nuvem - Satisfao ................ 85

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    5.2.2.1 Treinamento com participantes que usam NuvemCom poda ............. 865.2.2.2 Matriz de ConfusoCom poda ............................................................ 875.2.2.3 Treinamento com participantes que usam NuvemSem poda ............. 88

    5.2.2.4 Matriz de Confuso

    Sem poda ............................................................ 925.3DISCUSSO DOS RESULTADOS............................................................................ 935.3.1 Hiptese para no usar Nuvem ................................................................. 945.3.2 Hiptese de satisfao em estar na nuvem .............................................. 95

    5.4RESUMO DO CAPTULO....................................................................................... 966 CONSIDERAES FINAIS................................................................................. 98

    6.1AMEAAS AOS RESULTADOS............................................................................... 986.2TRABALHOS CORRELATOS E TRABALHOS FUTUROS............................................... 99

    6.2.1 Trabalhos correlatos .................................................................................. 996.2.2 Trabalhos Futuros ................................................................................... 104

    6.3CONCLUSES.................................................................................................. 105REFERNCIAS..................................................................................................... 107

    APNDICES........................................................................................................... 112

    APNDICE A1 FORMULRIO DA PESQUISA................................................. 113

    APNDICEA2-FORMULRIO DAS EMPRESAS QUE UTILIZAM NUVEM....................... 114APNDICEB1VISO GERAL DARVORE DE DECISOCOM PODA...................... 115APNDICEB2VISO GERAL DARVORE DE DECISOSEM PODA....................... 116APNDICEB3VISO GERAL DARVORE DE DECISO USA NUVEMCOM PODA.... 117

    APNDICEB4VISO GERAL DA RVORE DE DECISO USA NUVEMSEM PODA..... 118APNDICEB5TREINAMENTO DADOS PRELIMINARES. .......................................... 119APNDICEB5ARQUIVO NO USA NUVEM.......................................................... 120APNDICEB6CLASSIFICAO DAS EMPRESAS.................................................. 121

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    1 INTRODUO

    A Tecnologia da Computao em Nuvem pode ser considerada, atualmente,

    como uma tecnologia inovadora que introduz novas ideias de negcios nas

    organizaes (BAUN; KUNZE, 2011). Para Linthicum (2010) a computao em

    Nuvem um movimento que est promovendo uma disruptura nos departamentos de

    TIC. Esse movimento faz com que quanto maior a quantidade de servios de nuvem

    contratados, mais os modelos tradicionais de fornecimentos de hardware e software

    corporativo so encolhidos (LINTHICUM, 2013). A tecnologia Nuvem est se

    disseminando e transformando as empresas e at mesmo aquelas corporaes que

    se acham distantes dessas mudanas tecnolgicas sero afetadas mais cedo ou mais

    tarde (TAURION, 2015).

    Aliada a essa transformao e disseminao, temos tanto os aparatos

    tecnolgicos, como os novos paradigmas e arquitetura da TIC. Uma das novas

    arquiteturas computacionais justamente a Computao em Nuvem, tema central

    deste trabalho, est, de certa forma, potencializando o crescimento dos negcios em

    virtude de caractersticas singulares, tais como: reduo de custo, escalabilidade,

    elasticidade, cobrana de acordo com o consumo e servio sob demanda (MELL;GRANCE, 2009).

    Diante de um ambiente dinmico como a tecnologia da informao, a

    sobrevivncia de uma empresa pode depender da sua necessidade de apresentar

    seus resultados e na sua capacidade de adaptar-se s mudanas. Nesse contexto,

    surge a Computao em Nuvem, que nos permite criar servidores virtuais em um curto

    espao de tempo, sendo atualmente uma grande aposta das empresas,

    independentemente da sua dimenso ou segmento.Um diferencial e um dos maiores atrativos da Computao em Nuvem o

    pagamento de acordo com o consumo, que se assemelha ao fornecimento dos

    servios bsicos, como de gua, Luz e Telefone (VECCHIOLA, 2009). Para esses

    fornecimentos, no necessrio saber suas origens, bastando simplesmente utiliz-

    lo. Outro fator interessante que, em um sistema de Computao em Nuvem, h uma

    reduo significativa de carga de trabalho. Os computadores locais j no tm mais

    que fazer todo o trabalho pesado de uma empresa quando se trata de executar

    aplicaes. A demanda por hardware e software por parte do usurio diminui bastante,

    no sendo mais necessrias a instalao ou configurao dos sistemas em ambientes

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    locais. O usurio precisa ser capaz de executar o software, por meio da interface do

    sistema na Computao em Nuvem, que pode ser to simples como a utilizao de

    um navegador Web(MELL; GRANCE, 2009).

    1.1 Estabelecimento do Problema

    No atual cenrio, os recentes avanos na disponibilizao de solues de

    computao em nuvem vm sendo vistos como uma nova possibilidade para a

    reduo nos volumes dos investimentos em TIC, proporcionando maior flexibilidade

    na demanda por servios, tendo na reduo de custo, seu apelo mais forte (BUBLITZ,

    2010). Entretanto, mesmo sabendo das vantagens do investimento em nuvem

    algumas empresas ainda so reticentes em migrar seus negcios, servios e/ou

    infraestruturas de TIC para a nuvem. Adicionalmente, as que adotaram esta

    arquitetura em nuvem, j tm condies de se afirmarem satisfeitas, ou no, e por

    quais motivos?

    Neste contexto, este trabalho tem como objetivo investigar o processo

    migratrio para o sistema de Computao em Nuvem como estratgia de progresso

    nas empresas do Brasil, tendo o sistema tradicional como objeto de comparao,

    assim como identificar, para aquelas que j a usam, sua satisfao em relao aos

    servios utilizados.

    Pode-se justificar a realizao desse estudo emprico e investigativo com a

    investigao da adeso e satisfao especificamente, no fornecimento de resultados

    que ajudem a compreender melhor essas linhas de investigaes e na contribuio

    com os resultados da pesquisa para a comunidade profissional e acadmica.

    1.2 Metodologia

    A pesquisa realizada baseia-se em um estudo criterioso sobre a Computao

    em Nuvem a fim de apresentar um quadro representativo da realidade brasileira em

    relao migrao e satisfao, tendo o sistema tradicional como objeto de

    comparao. Mais especificamente, a pesquisa constitui-se como exploratria denatureza descritiva e explicativa, buscando dados e informaes sobre sistema de

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    computao tradicional e de Computao em Nuvem. O estudo baseia-se no vis da

    Cincia e TIC, atravs de um levantamento, coleta e anlise de dados de um Survey.

    Dar-se- nfase abordagem quantitativa e se trabalhar com as informaes obtidas

    em documentos e processos estudados para avaliao da convergncia (CASTRO,

    2006).

    1.3 Fora do Escopo

    Para esta pesquisa algumas variveis no foram abordadas, embora estejam

    relacionadas com o tema da Computao em Nuvem, como, por exemplo, o nvel de

    conhecimento dos participantes sobre Computao em Nuvem, assim como a

    existncia de profissionais para atuao nessa rea de conhecimento.

    De acordo com pesquisa realizada pela IDC Brasil1, com 181 (cento e oitenta

    e um) Diretores de Tecnologia da Informao (DTIs) do Brasil de mdias e grandes

    empresas dos segmentos finanas, manufatura, governo, utilidades, servios, sade,

    educao e comrcio, foi identificado que apenas 18% das empresas utilizam alguma

    aplicao de computao em nuvem (FIGUEIREDO, 2013). Acerca da familiaridade

    com o conceito de Computao em Nuvem, os resultados foram os seguintes:

    J ouviu falar, mas no sabe o que de fatoresultou em 2%.

    Entendomuito bem e sei como funcionaapresenta 18%.

    Os que J ouviram falar, mas sabem pouco o que de fato

    representam 34%.

    Para os que Possuem familiaridade com o conceito, a pesquisa

    alcanou 46% das respostas.

    A pesquisa revelou que ainda pouco o conhecimento sobre Computao em

    Nuvem entre os DTIs, j que somente 18% dos entrevistados sabem realmente o que

    Computao em Nuvem, entendem seus conceitos e suas funcionalidades.

    Outra varivel que no foi abordada nessa pesquisa diz respeito aos

    profissionais que atuam nessa rea de conhecimento (Computao em Nuvem). No

    1Empresa de Consultoria em Tecnologia. Disponvel em: www.idcbrasil.com.br . Acesso em: 05 dejaneiro de 2016.

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    foi questionada a existncia de profissionais capacitados com o objetivo de suprir essa

    mo-de-obra especializada no mercado brasileiro, abordando se o mercado de

    trabalho brasileiro est preparado para suprir a demanda da Computao em Nuvem

    com mo de obra qualificada. Certamente, essas so informaes que melhorariam

    os resultados destas linhas de investigaes (Conhecimento em Nuvem e Profissional

    qualificado).

    1.4 Estrutura da Dissertao

    Esta dissertao conta com esta introduo, seguida de mais cinco partes.

    Parte 2 (Referencial Terico): faz-se a fundamentao terica, abordando os

    acontecimentos que antecederam o paradigma da Computao em Nuvem, desde

    o surgimento do termo at seus conceitos mais recentes, como classificao e

    categorizao de servios e tipos de nuvem ofertados.

    Parte 3 (Metodologia da Pesquisa): abordam-se os conceitos, tais como:

    modelo da pesquisa, propsito da pesquisa, tpicos da investigao,

    planejamento amostral, pblico alvo, pr-testes, meios de divulgao e recursosutilizados (ferramental).

    Parte 4 (Coleta dos Dados): geraram-se as frequncias dos respondentes

    atravs dos grficos e representaes dos dados, utilizando-se para isso a

    ferramentas de estatstica apropriadas.

    Parte 5 (Anlise dos Dados): realizou-se a anlise dos dados, extraindo

    conhecimento atravs da minerao dos dados.

    Parte 6 (Consideraes Finais): apresentam-se as consideraes finais, ostrabalhos correlatos e trabalhos futuros, seguidos da concluso. Por fim,

    apresentam-se os Apndices A e B, que contm os formulrios desenvolvidos

    especificamente para viabilizao da pesquisa a partir da ferramenta LimeSurvey2

    e os treinamentos realizados na ferramenta WEKA3 para o aprendizado

    automtico do conjunto de treinamento.

    2 Ferramenta de desenvolvimento de pesquisas online. Disponvel em: http://www.limesurvey.comAcesso em: 16 de novembro de 2015.3 Waikato Environment Knowledge Analysis WEKA. Disponvel em: https://www.weka-akademie.de/?chorid=00898157 Acesso em: 15 de novembro de 2015.

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    2 REFERENCIAL TERICO

    Este captulo tem como objetivo explanar os conceitos e estudos utilizados

    como base para a presente pesquisa.

    Na seo 2.1 so apresentados os conceitos da Computao em Nuvem, a

    histria e evoluo da Utility Computing e Computao em Nuvem; na seo 2.2

    encontram-se os conceitos e definies do tema; na seo 2.3 apresentam-se as

    principais caractersticas da Computao em Nuvem como Escalabilidade,

    Segurana, SLA4, Escalonamento, Virtualizao, Disponibilidade, Modelos de

    Servios ofertados e Tipologia de Nuvem; a seo 2.4 traz as vantagens edesvantagens da Nuvem; na seo 2.5 aborda-se a Adoo/Migrao para

    Computao em Nuvem; e, por fim, a seo 2.6 trata dos desafios para essa migrao

    no Brasil, considerando as leis e seus impactos.

    2.1 Computao em Nuvem

    Para Bezerra e Barros (2011) a computao em nuvem uma evoluo dosservios e produtos de tecnologia da informao, tambm chamada de Utility

    Computing. A subseo 2.1.1 apresenta essa evoluo e acontecimentos at chegar

    a esse novo conceito de Nuvem.

    2.1.1 Histria

    De acordo com Rittinghouse e Ransome (2009), os conceitos iniciais da

    Computao em Nuvem surgiram no ano de 1961, quando o professor John McCarthy

    (MOHAMED, 2009) sugeriu que a tecnologia poderia levar a um futuro no qual o poder

    de computao e at mesmo de aplicaes especficas poderiam ser vendidos a partir

    de um modelo de negcio do tipo utilitrio. Essa ideia se tornou muito popular nos

    anos de 1960, mas em meados da dcada de 1970 a ideia desapareceu. No entanto,

    desde a virada do milnio, o conceito foi revitalizado. (RITTINGHOUSE; RANSOME,

    2009).

    4 Um Acordo de Nvel de Servio (SLA) uma obrigao contratual entre voc e seu fornecedor(HURWITZ et al, 2010).

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    Para Krutz e Vines (2010), a Computao em Nuvem foi desenvolvida a partir

    de tecnologias e abordagens de negcio que surgiram ao longo de vrios anos, sendo

    considerada uma evoluo natural da computao atual. A explorao dessa nova

    infraestrutura conduz a um novo modelo de negcio em que uma empresa pode optar

    por contratar um provedor de servios em Nuvem ou at mesmo oferecer servios

    atravs do seu data center.

    2.1.1.1 Acontecimentos da Utility Computing

    A origem do termo Utility Computing se deve mudana constante da

    computao. Nos tempos atuais, as empresas no tm mais a necessidade de adquirircomputadores robustos (supercomputadores) tal como era feito h pouco tempo. Hoje

    o modelo de computao utilitria oferece uma srie de benefcios para os prestadores

    de servios e usurios. (MOHAMED, 2009)

    De acordo com Mohamed (2009) a computao utilitria pode oferecer, por

    meio de seus servidores, recursos computacionais no formato de mercadoria, com um

    baixo custo. Assim, a Computao em Nuvem herdou, de certa forma, as principais

    caractersticas da computao utilitria: seus usurios no necessitam ter umaateno especial para sua elasticidade, poder de processamento, escalabilidade, e

    capacidade de armazenamento. Na Figura 1, possvel observar o processo evolutivo

    da Utility Computing.

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    Figura 1: Acontecimentos da ut i l i ty Comp ut ing

    Fonte: Carvalho (2012)adaptado.

    Esses acontecimentos foram apresentados a partir do ano de 1962, quando

    John McCarthy apresentou seu projeto Time-Sharing. Em 1966 Douglas Parkhill lana

    seu livro sobre Utility computinge em 1969 Stuart Madnick apresenta a virtualizao

    como uma alternativa para o projeto Time-Sharing. (CARVALHO, 2012)

    No incio da dcada de 1970, com a recesso econmica no mundo, reduziu-

    se o consumo da utility computing, assim como eletricidade e gs, e ainda nessa

    dcada a crise do petrleo afetou a computao utilitria. Em meados da dcada de1980, surgiu a descentralizao da informao, atravs dos PCs, impactando

    novamente o uso de Utility Computing (MOHAMED, 2009). J em 1981 surge o

    computador pessoal da IBM (Bellis), dois anos depois a APPLE5 lana seu

    computador pessoal com interface grfica. Em 1987 surgiram os softwares como

    Excele Word, que executam tarefas exclusivas aos data centersda poca.

    5 Apple Inc. uma empresa multinacional norte-americana que tem o objetivo de projetar ecomercializar produtos eletrnicos de consumo, software de computador e computadores pessoais. Acesso em: 02 de novembro de 2015.

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    No incio da dcada de 1990, mais especificamente em 1991, inicia-se a era do

    www, ou 3w, ou ainda Browser World Wide Web(Rede mundial de computadores),

    que foi assim chamado quando nasceu no laboratrio CERN, na Sua. Seu criador,

    Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma linguagem que serviria para

    interligar computadores do laboratrio a outras instituies de pesquisa e exibir

    documentos cientficos de forma simples e fcil de acessar (TANENBAUM, 2010).

    Um ano depois, o High performance Computing Act foi aprovado no senado

    americano (NITRD). Em 1994, o Dr. Larry Smarr desenvolveu pesquisas na NCSA

    sobre metacomputao e, em 1997, o termo Cloud computing foi usado

    academicamente pela primeira vez, no livro The Grid Blueprint for a New computing

    Infraestructure. Esses foram os acontecimentos que antecederam a computao em

    Nuvem para a prxima seo veremos a evoluo dos acontecimentos da Nuvem.

    2.1.1.2 Acontecimentos da Computao em Nuvem

    Embora j existisse algo parecido idealizado por John McCarthy,aComputao

    em Nuvem surgiu pela primeira vez em uma palestra acadmica em 1997, proferida

    pelo ento professor de Sistemas de Informao Ramnath Cellappa. O seudesenvolvimento teve incio em 1999, com o surgimento da primeira empresa

    fornecedora de aplicativos atravs da web (SALESFORCE.COM). Outro registro de

    surgimento da Computao em Nuvem confere esse pioneirismo ao CEO (da Google)

    Eric Schmidt, que durante uma conferencia em 2006 afirmou:

    Estamos presenciando o nascimento de um novo modelo emergente. Aspessoas ainda no compreenderam o tamanho dessa oportunidade que est

    surgindo. Ela parte da premissa de que os servios de dados e de arquiteturadevam estar em servidores. Em uma nuvem, em algum lugar. Ns chamamosisso de Cloud Computing (informao verbal).

    Na Figura 2, apresentam-se os acontecimentos concernentes computao

    em nuvem.

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    Figura 2:Acontecimentos da Computao em Nuvem

    Fonte: Carvalho (2012)adaptado.

    A ordem desses acontecimentos se d a partir de 1999, conforme apresentado

    na Figura 2. Em 1999, surgiu o primeiro modelo de servio, o lanamento do Software

    como Servio (SaaS), por meio do aplicativo de Gesto de Relacionamento ao Cliente

    (CRM), pela Salesforce.com (Campbell-Kelly); em 2001, aps a virada do sculo,

    houve o surgimento da SOAP e WSDL, passos importantes na criao da Arquitetura

    Orientada a Servios (SOA); em 2003, Harvard B.Shool publicaItDoes Not Matter,

    enfatizando a proposta de TI como utilidade pblica; e em 2007, a Amazon anuncia oIaaS, no mesmo ano a SalesForce.com lana seu PaaS e, em 2011, o Gartner Group

    indica melhor posicionamento de mercado para SaaS, em relao virtualizao

    (CARVALHO, 2012).

    2.2 Conceitos e definies

    Inicialmente, os dispositivos eram basicamente computadores de mesa,

    estaes de trabalho e os chamados servidores, que armazenavam e transmitiam

    informaes, como pginas da WEB e mensagens de e-mail (KUROSE, 2010). A TIC

    utilizava-se do recurso de compartilhamento da informao como uma de suas

    principais caractersticas, e a internet um dos principais meios para tal.

    Segundo Tanenbaum (2010), a fuso dos computadores e das comunicaes

    promoveu uma profunda influncia na forma como os sistemas computacionais so

    organizados. O novo paradigma de tecnologia, chamado Cloud Computing ou

    Computao em Nuvem (traduzindo literalmente), representa muito bem esse novo

    cenrio gerado. Alguns autores, como Taurion (2011), definem Cloud como sendo

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    uma plataforma de fornecimento de servios, infraestrutura, plataforma e software sob

    demanda.

    Para a AWS6 Amazon (2014), "Computao em Nuvem", por definio, diz

    respeito entrega sob demanda de recursos da TIC e aplicativos pela internet, com

    modelo de definio de preo conforme a utilizao. Esses recursos podem ser

    dinamicamente reconfigurados para se ajustar a uma carga varivel (escala),

    permitindo tambm uma melhor utilizao dos recursos. Esse conjunto de recursos

    tipicamente explorado por um modelo Pay-per-use (pague pelo uso), em que as

    garantias so oferecidas pelo provedor de infraestrutura por meio de SLAs

    personalizados. Para Alberto (2010), a SLA um acordo entre provedor de servio e

    seu cliente, determinando a qualidade mnima de servio aceitvel pelo cliente,

    existindo uma proviso dinmica de recursos e contratao de diversos servios da

    Nuvem.

    De acordo com Taurion (2011), a Computao em Nuvem no pode ser vista

    como uma iniciativa de simples cunho tecnolgico, de melhoria de infraestrutura. Dada

    a significncia das possibilidades de servios, a Computao em Nuvem precisa ser

    considerada sob uma perspectiva mais ampla de estratgia, ou seja, representa muito

    mais. A sua utilizao promove progresso e melhorias qualitativas de servios, almde provocar um reposicionamento da prpria empresa no mercado.

    Vale ressaltar que a definio do NIST (National Institute of Standards and

    Technology) a que melhor representa conceito da Computao em Nuvem e que foi

    adotada neste trabalho:

    A Computao em Nuvem um modelo que possibilita acesso, de modoconveniente e sob demanda, a um conjunto de recursos computacionais

    configurveis (por exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicaes eservios) que podem ser rapidamente adquiridos e liberados com mnimoesforo gerencial ou interao com o provedor de servios (MELL; GRANCE,2009, s.p.).

    6 Empresa americana provedora de servios em nuvem. Amazon Web Services. Disponvel em:http://www.aws.amazon.com. Acesso em : 16 de agosto de 2015.

    http://www.nist.gov/http://www.nist.gov/http://www.nist.gov/http://www.nist.gov/http://www.nist.gov/http://www.nist.gov/
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    2.3 Caractersticas

    Para Mahmood (2011), a computao em nuvem est se tornando uma das

    palavras chaves da indstria de TIC. A nuvem uma metfora para a Internet ou

    infraestrutura de comunicao entre os componentes arquiteturais, baseada em uma

    abstrao que oculta a complexidade de infraestrutura. Cada parte dessa

    infraestrutura provida como um servio e, esses servios so, normalmente,

    alocados em data centers, utilizando hardware compartilhado para computao e

    armazenamento (SOUSA, 2012).

    As caractersticas que representam o modelo de Computao em Nuvem para

    este trabalho, conforme Mell e Grance (2009), so:

    Alocao de recursos sob demanda: permite que o usurio possa

    dimensionar a infraestrutura necessria de recursos computacionais sob

    demanda. Similar a um servio sob demanda, esta caracterstica permite que

    usurios solicitem recursos em tempo de execuo medida que necessitar.

    Amplo acesso rede:os recursos so disponibilizados atravs do ambiente

    de rede e devem estar disponveis para acesso atravs de uma ampla gamade dispositivos como tablets, PCs, smartphones, entre outros.

    Pool ingde Recursos:os recursos computacionais do provedor de servio

    so estruturados para servir a mltiplos usurios utilizando um modelo multi-

    tennant(MT), que disponibiliza diferentes recursos fsicos e virtuais de maneira

    dinmica, conforme a necessidade do usurio. H um senso de independncia

    local, ou seja, o usurio no precisa ter conhecimento da localizao fsica dos

    recursos computacionais, bastando apenas especificar a localizao em umnvel de abstrao mais alto (pas, estado etc.).

    Elasticidade e Escalabilidade: a elasticidade acaracterstica que permite

    que os recursos disponveis ao usurio paream ilimitados, pois tais recursos

    podem ser adicionados e removidos de maneira rpida e automtica, conforme

    a necessidade da carga de trabalho. Por seu turno, a escalabilidade est

    relacionada com o requisito de aumento da capacidade de trabalho mediante a

    adio proporcional de recursos.

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    Servio medido:os recursos de um provedor Nuvem so automaticamente

    controlados e otimizados pela capacidade de medio em um nvel de

    abstrao adequado para o tipo de servio. A utilizao dos recursos pode ser

    controlada, monitorada e relatada com transparncia entre o provedor e

    consumidor do servio. Borges et al.(2011) entendem que este monitoramento

    agrega transparncia tanto para o provedor quanto para o cliente, sendo que

    normalmente so utilizados contratos referentes aos servios (SLA) para

    especificar as caractersticas dos servios, parmetros de qualidade (QoS) e

    determinar os valores que sero cobrados. Um SLA define os nveis de

    disponibilidade, funcionalidade, desempenho e outros atributos relativos aos

    servios, incluindo penalidades para o caso de violao das regras por qualquer

    uma das partes.

    Disponibilidade: os recursos devem estar disponveis atravs da rede,

    estando acessveis por meio de dispositivos computacionais padres,

    promovendo sua utilizao por plataformas heterogneas, como por exemplo,

    telefones celulares, laptops, PDAs etc. Desta forma, a nuvem, aparentemente,

    seria um ponto de acesso centralizado para as necessidades computacionais

    dos seus usurios, estando disponvel o tempo todo e em qualquer lugar

    (BORGES et al.,2011).

    Alm das caractersticas apresentadas pelo NIST, destacam-se tambm a

    terceirizao, virtualizao, tipologia da nuvem e modelos de servios oferecidos.

    Cada uma dessas caractersticas tratada com mais ateno nas subsees a seguir.

    2.3.1 Terceirizao

    Com o advento da Computao em Nuvem, surgiu um novo formato de

    terceirizao e contratao de servios, que foi a contratao de recursos

    tecnolgicos da informao e comunicao como servios (Outsourcing7).

    7 OUTSOURCING delegao/contratao de servios de terceiros. Disponvel em:http://cio.com.br/gestao/2006/06/12/idgnoticia.2006-06-12.0095975170/ Acesso em : 08 de dezembrode 2015.

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    Conforme Ramalho (1994), terceirizao um movimento pelo qual se

    transfere a outra empresa tarefas, processos, atribuies e servios administrativos,

    verticalizando aes dentro da prpria empresa.

    Esse modelo traz consigo vrios benefcios, desde compartilhamento de

    informao at o escalonamento de mais recursos, como tambm a flexibilidade de

    migrao, em que o cliente pode escolher o que deve terceirizar e como deve

    terceirizar. Outra caracterstica desse novo tipo de terceirizao que a cada dia esto

    sendo convertidos novos ambientes como servios, aumentando cada vez mais esse

    pool de recursos, como segurana, msica, comunicao, monitoramento, entre

    outros, possibilitando assim uma diversidade maior no momento de terceirizar. A

    terceirizao um formato de negcio que tem crescido bastante entre as empresas.

    OBrien (2007) apresenta alguns motivos para terceirizao da TIC:

    Acesso aos recursos globais: o mesmo benefcio de recursos e

    habilidades proporcionados pela terceirizao que usado para grandes

    empresas tambm pode ser utilizado para pequenas empresas, mantendo a

    mesma qualidade de seus projetos.

    Economia:a terceirizao de TI acaba sendo uma linha estratgica parase otimizar oramentos. Empresas que possuem uma terceirizao bem

    estruturada chegam a economizar de 40% a 80%.

    Foco em competncias essenciais: com a terceirizao, a empresa

    cliente tem a possibilidade de direcionar a sua estratgia e seus processos ao

    que realmente o seu negcio.

    Conseguir nveis flexveis de funcionrios: possvel utilizar uma gama

    de profissionais qualificados para projetos especficos ou rotineiros. Aterceirizao permite a aquisio de uma especialidade necessria.

    Menor prazo para lanamento: combinar a fora de trabalho existente

    com o apoio terceirizado pode permitir uma produo de 24 horas por dia. Essa

    somatria pode servir para encurtar prazos de projetos e, assim, at fornecer

    uma vantagem competitiva.

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    2.3.2 Virtualizao

    H dez anos, quando o tema "nuvem" ainda estava sendo apresentado, seu

    foco era servios simples, dentro de uma infraestrutura pblica. Assim como outros

    modelos, o que bastante comum na tecnologia, ela evoluiu na sua forma de uso. A

    Virtualizao passou por processo semelhante, desde a virtualizao de hardware e

    seus sistemas operacionais, at virtualizao de redes e servios.

    A ideia de virtualizao surgiu na dcada de 1960, a partir de um projeto

    idealizado na International Business Machines (IBM), com o objetivo maior de

    melhorar a utilizao dos recursos de um servidor mainframes(mquinas e servidores

    de grande porte). O surgimento e crescimento de outros modelos computacionais e,

    principalmente, da arquitetura cliente/servidor fez com que o projeto idealizado fosse

    descontinuado. Aps trs dcadas, o conceito de virtualizao voltou com mais

    entusiasmo.

    O ambiente virtual possui uma ideia de computao distribuda, virtualizando

    mquinas, tecnologias e mtodos para dar suporte a uma estrutura de softwares

    (BAUN; KUNZE, 2011). Nos ltimos anos, com a evoluo da tecnologia, o poder de

    processamento dos computadores aumentou significativamente, no entanto, na suamaioria, todo esse poder de processamento estava sendo subutilizado.

    Uma das qualidades da virtualizao dispor desses recursos computacionais

    e seu objetivo oferecer esses recursos a quem deles necessita para trabalhar. A

    virtualizao pode ser implantada na forma total e, para este modelo, construda

    uma rplica da mquina fsica, de modo que no h necessidade de que o sistema

    operacional visitante seja modificado para ter cincia de que est sendo executado

    em uma mquina virtual e na forma de paravirtualizao, em que o sistemaoperacional visitante tem que ser modificado para ser executada a mquina virtual.

    Entre as vantagens da virtualizao, destacam-se a melhor explorao dos

    recursos de processamento, a economia energtica e a reduo no espao fsico

    utilizado.

    Diante do exposto, possvel afirmar que a Computao em Nuvem pode ser

    considerada o termo sucessor da virtualizao, pois tem entre suas caractersticas, a

    virtualizao de infraestrutura, plataforma, software e outros servios (CARISSIMI,

    2008).

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    2.3.3 Tipologia da Nuvem

    Antes mesmo de se tratar do modelo de implantao da Computao em

    Nuvem, importante ressaltar que os servios oferecidos em nuvem possuem uma

    forte tendncia a ser utilizado em diversas empresas, independentemente de seu

    porte. Em relao forma como a Computao em Nuvem disponibilizada ao

    usurio final, Armbrust et al.(2009) defendem as seguintes categorias:

    Nuvens pblicas: os servios so disponibilizados na Internet e o usurio

    paga somente pelo que usa. Desse modelo de negcio, surgiu o conceito de

    computao como utilidade.

    Nuvens privadas: so os data centersinternos das organizaes que no

    so disponibilizados publicamente. Motahari, Stephenson e Singhal (2009)

    argumentam que a CN o resultado de uma evoluo natural da infraestrutura

    de TI das empresas.

    Nuvens hbridas: constituem uma composio de duas ou mais

    infraestruturas de CN (pblica, privada ou comunitria), sendo que as entidades

    ainda se comportam como nicas, porm ligadas por tecnologias proprietriasou padronizadas que permitem a portabilidade de dados e de aplicao.

    Nuvens comunitrias: a infraestrutura de CN disponibilizada para uso

    exclusivo de uma comunidade especfica de consumidores em organizaes

    com objetivos e preocupaes em comum, tais como: misso, requisitos de

    segurana, polticas, dentre outras. A operao e a gesto desses sistemas

    podem ficar a cargo de uma ou de mais organizaes de dentro da comunidade.

    Nuvens de propsitos especficos: as nuvens de propsitos especficosfornecem servios direcionados a casos de uso especficos e funcionalidades

    dedicadas.

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    2.3.4 Modelos de servios oferecidos

    No ambiente da Computao em Nuvem, h vrios modelos de servios. Esses

    ambientes permitem que sejam definidos padres de arquitetura de acordo com as

    necessidades do momento. Quanto aos tipos de servios oferecidos em Computao

    em Nuvem, Motahari-Nezhadet al.(2009) sugerem a seguinte classificao:

    Infraestrutura como Servio (Infrastruc ture as a Servic e - IaaS): so

    recursos de hardware oferecidos como servios para usurios finais. Neste

    modelo de negcios, as empresas provedoras alugam recursos

    computacionais para clientes a um custo de utilizao estabelecido por

    tempo de uso.

    Plataforma como Servio (Platform as a Service - PaaS): o

    oferecimento, na Internet, da infraestrutura de apoio para o ciclo de

    desenvolvimento de uma aplicao, desde o levantamento dos casos de

    uso, definio da arquitetura, codificao, testes e operao at a

    manuteno.

    Software como Servio (Software as a Service - SaaS): conformedescrito por Armbrust et al. (2009), neste modelo, as aplicaes so

    oferecidas como servios na Internet, quebrando o modelo tradicional de

    software sob encomenda. As aplicaes comerciais dessa categoria

    utilizam diversos modelos de cobranas, dentre eles: o modelo de cobrana

    mensal, no qual o usurio paga uma mensalidade pela utilizao do

    software; e um por nmero de usurios.

    Banco de dados como Servio (Database as a Serv ice - DaaS): ooferecimento de banco de dados como servios. Geralmente utiliza uma

    arquitetura propcia para atender a diversos usurios, sendo os dados

    desses usurios so armazenados em uma nica tabela fsica.

    Alm dos tipos de servios ofertados pela Nuvem j citados, surgiram outras

    converses de servios. Segundo Santos et al.(2012), existem diversos outros tipos

    de produtos oferecidos "como servios", o que levou alguns autores a usar, mais

    recentemente, o termo XaaS, utilizado para qualquer servio transformado em

    ambiente nuvem, que pode ser entendido como "qualquer-coisa como servio", por

    exemplo:

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    - Segurana como ServioSecurity as a Service (SecaaS)

    - Comunicao como ServioCommuncation as a Service (CaaS)

    - Monitoramento como ServioMonitoring as a Service(MaaS)

    - Msica como ServioMusic as a Service (MuaaS)

    2.4 Vantagens e Desvantagens

    A Computao em Nuvem se apresenta com vrios benefcios, dentre eles

    escalabilidade ao pagamento somente do que foi consumido. Mas sabe-se, como toda

    tecnologia, que tambm existem desvantagens que sero abordadas nos tpicos

    seguintes.

    2.4.1 Vantagens

    Acredita-se que a principal vantagem da Computao em Nuvens seja a

    comodidade que possibilita o acesso aos servios de qualquer lugar, bastando apenas

    ter um computador com acesso internet de qualidade, o que traz mobilidade e

    flexibilidade aos usurios.Para Taurion (2009), existem outras vantagens da computao em nuvem que

    podem ser destacadas:

    A administrao da nuvem pode se situar em torno de 1/5 do que seria

    necessrio em sistemas distribudos fisicamente;

    Uma das vantagens do modelo de cloud pagar apenas pelos recursos

    utilizados; No modelo computao em nuvem, o risco financeiro mensal (usa e paga)

    e pode-se acompanhar mais de perto como o dinheiro est sendo gasto;

    O modelo computao em nuvem retira da empresa todo o trabalho e o custo

    de administrar toda a parafernlia tecnolgica, que geralmente no o seu

    core business.

    De acordo com Reese (2009), a possibilidade de alocar os recursos somente

    quando forem necessrios tambm elimina a necessidade da aquisio antecipada

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    de equipamentos de TI. Com isso, esse investimento pode ser utilizado em outras

    atividades estratgicas da empresa.

    2.4.2 Desvantagens

    Na Info Online (2009), a pesquisa realizada entre os profissionais de

    segurana das maiores empresas americanas relatou que 53% desses profissionais

    esto com suas atenes redobradas aps a adeso das solues ao ambiente

    Nuvem. Isso mostra que a segurana da informao apresenta-se como uma das

    desvantagens da Computao em Nuvem.

    O quesito exposio de dados um dos que mais preocupam esses

    profissionais, uma vez que as informaes esto sujeitas a grande exposio de

    ataques. Toda essa preocupao demonstra uma vulnerabilidade baseada,

    geralmente, nas questes de privacidade das informaes que esto na nuvem. Para

    Gizmodo (2009) uma das desvantagens a vulnerabilidade a acesso no autorizado

    que proporciona problema em dimenso gigantesca, j que a proposta da simplicidade

    e conectividade fica disposio do bem e do mal.

    Outra desvantagem que se pode citar, o fato de que, para utilizar acomputao em nuvem obrigatoriamente necessita-se de uma conexo constante

    com a internet, preferencialmente uma banda larga, pois ela no permite trabalhar

    sem que estejamos conectados.

    2.5 Adoo/Migrao Para Computao Em Nuvem

    Segundo uma pesquisa realizada pela IDC Brasil, o mercado de Nuvem Pblica

    somou cerca de US$ 64 milhes (FIGUEIREDO, 2013). O crescimento mdio anual

    projetado entre 2010 e 2014 de 66,2%, totalizando um mercado de US$ 491,4

    milhes em 2014. Em 2010, o mercado de SaaS representou 32% (US$ 20,8 mi) do

    valor total de mercado. O mercado de PaaS obteve participao de 12% (US$ 7,7 mi)

    e o mercado de IaaS 56% (US$ 35,8 mi). Para 2014, a IDC espera que o mercado deSaaS represente 39% (US$ 192 mi) do total, o mercado de PaaS 8% (US$ 39 mi) e o

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    mercado de IaaS 53% (US$ 261 mi), isso representa alternativas diversificadas para

    o mercado Brasileiro.

    De acordo com Verderami (2013), essas empresas buscam mais alternativas

    para suporte no avano de suas atividades, sendo que um dos principais aspectos

    apontados como condio de desenvolvimento de suas atividades so a valorizao

    e a inovao. Embora esses nmeros da IDC apresentem perspectivas positivas, as

    barreiras para a adoo do modelo no mercado corporativo nacional esto localizadas

    na adaptao cultural que corresponde a 84%, seguida pela segurana e custo,

    empatados em 21%, conforme relata pesquisa realizada por Jacquet e Cavassana

    (2012). Entretanto, possvel que as empresas brasileiras se tornaro muito mais

    agressiva em avanar seus planos de nuvem aps o tradicional atraso em relao aos

    Estados Unidos e Europa, revela a pesquisa realizada pela Capgemini realizada com

    415 tomadores de deciso (MARI, 2014).

    2.6 Desafios para essa migrao no Brasil

    No Brasil, provvel que o grande desafio que influenciam na deciso das

    empresas brasileiras de aderir ou no para a Nuvem seja o cumprimento das normas

    e leis vigentes que tratam diretamente da produo, manipulao e divulgao da

    informao. Para algumas empresas provedoras de servios, possvel que um dos

    grandes obstculos seja o cumprimento dessas exigncias, como deve ser atendido.

    Como exemplo disso, h a Instruo Normativa GSI/PR n 1, de 13 de junho de 2008,

    disposta nos incisos de I a IX do artigo 2, segundo o qual os fornecedores de serviosdevem seguir essas normas estabelecidas, o que no se verifica em sua maioria.

    Nessa normativa, entende-se por:

    I - poltica de Segurana da Informao e Comunicaes: documento

    aprovado pela autoridade responsvel pelo rgo ou entidade da administrao

    pblica federal, direta e indireta, com o objetivo de fornecer diretrizes, critrios

    e suporte administrativo suficientes implementao da segurana dainformao e comunicaes;

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    II - segurana da Informao e Comunicaes: aes que objetivam

    viabilizar e assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a

    autenticidade das informaes;

    III - disponibilidade: propriedade de que a informao esteja acessvel e

    utilizvel sob demanda por uma pessoa fsica ou determinado sistema, rgo

    ou entidade;

    IV - integridade: propriedade de que a informao no foi modificada ou

    destruda de maneira no autorizada ou acidental;

    V -confidencialidade:propriedade de que a informao no esteja disponvel

    ou revelada a pessoa fsica, sistema, rgo ou entidade no autorizado e

    credenciado;

    VI -autenticidade:propriedade de que a informao foi produzida, expedida,

    modificada ou destruda por uma determinada pessoa fsica ou por um

    determinado sistema, rgo ou entidade;

    VII - gesto de Segurana da Informao e Comunicaes: aes e

    mtodos que visam integrao das atividades de gesto de riscos, gesto de

    continuidade do negcio, tratamento de incidentes, tratamento da informao,

    conformidade, credenciamento, segurana ciberntica, segurana fsica,segurana lgica, segurana orgnica e segurana organizacional aos

    processos institucionais estratgicos, operacionais e tticos, no se limitando,

    portanto, tecnologia da informao e comunicaes;

    VIII -quebra de segurana:ao ou omisso, intencional ou acidental, que

    resulta no comprometimento da segurana da informao e das comunicaes;

    IX -tratamento da informao:recepo, produo, reproduo, utilizao,

    acesso, transporte, transmisso, distribuio, armazenamento, eliminao econtrole da informao, inclusive as sigilosas.

    Para Harauz et al. (2009), existe outro desafio: a confiana. Ela a grande

    preocupao no modelo de computao em nuvem. Para armazenar dados das

    empresas nas nuvens existem fatores como jurisdio, responsabilizao, privacidade

    e ameaas associadas tecnologia de virtualizao.

    Conforme os levantamentos do Ncleo de Pesquisa de Segurana em

    Computao em Nuvem, h alguns desafios que o governo brasileiro precisa enfrentar

    para a adeso da nuvem, como:

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    Perda da Governana: o gerenciamento dos riscos em segurana da

    informao gera complexidade, tanto para quem contrata como para quem

    fornece, na segurana de dados e informaes, nas questes legais e

    contratuais, na auditoria e conformidade e na interoperabilidade e portabilidade.

    Segurana tcnica e operacional da Nuvem: implica na segurana de

    acessos fsicos e lgicos, na virtualizao, nas respostas a incidentes e nas

    anlises forense, pois possui complexidade para execuo de percias e

    obteno de evidncias, desafios no gerenciamento de chaves criptogrficas e,

    por fim, na segurana de aplicaes com gerenciamento de mudanas e

    deteco de cdigos maliciosos.

    Desafios da legislao Brasileira:na qual constam as instrues normativas

    n 1 e 14 (Complementar). Tambm na contratao de servios de Tecnologia

    da Informao: SLTI/MP (IN-04). Bem como o acesso informao regido pela

    lei de n 12.527 e decreto n 7.724. A lei 12.527, dita em seu artigo 3:

    Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direitofundamental de acesso informao e devem ser executados em

    conformidade com os princpios bsicos da administrao pblica e com asseguintes diretrizes:I - observncia da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceo;II - divulgao de informaes de interesse pblico, independentemente desolicitaes;III - utilizao de meios de comunicao viabilizados pela tecnologia dainformao;IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparncia naadministrao pblica;V - desenvolvimento do controle social da administrao pblica.

    Por fim, observa-se que tanto as leis como as normativas possuem uma

    preocupao muito forte com a segurana, o que nos leva a crer que o principal

    desafio enfrentado por parte das empresas brasileiras que pretendem migrar para a

    plataforma da Nuvem a segurana.

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    2.7 Resumo do captulo

    Neste captulo, abordou-se o referencial terico dessa dissertao. Foram

    contextualizados os principais conceitos e definies da computao em nuvem e

    aspectos dos acontecimentos na evoluo da Utility Computing e Cloud Computing,

    assim como, o processo de Adoo dessa arquitetura e finalizando com a abordagem

    dos principais desafios enfrentados pelas empresas brasileiras na adoo e

    permanncia na Nuvem. O prximo captulo aborda a metodologia utilizada para o

    desenvolvimento da pesquisa e detalhes relacionados aos meios de divulgao,

    pblico alvo, pr-teste, ferramentas utilizadas e planejamento amostral.

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    3 METODOLOGIA DA PESQUISA

    Este captulo explana a metodologia da pesquisa, aplicando os conceitos e

    mtodos utilizados neste estudo.

    Na seo 3.1 so apresentados os modelos de pesquisas, como pesquisa

    bibliogrfica, pesquisa descritiva, pesquisa experimental e estudos exploratrios. A

    seo 3.2 apresenta a proposta da pesquisa e suas especificidades. A seo 3.3 cita

    os tpicos que foram investigados. Na seo 3.4, apresenta-se o Planejamento

    Amostral da pesquisa sob trs perspectivas: dados preliminares, empresas que no

    aderiram Nuvem e; empresas que j esto utilizando algum servio em Nuvem. Na

    seo 3.5, apresenta-se o Pblico Alvo, tendo em vista que o convite para aparticipao na pesquisa tentou alcanar o seguinte pblico: empresas de TIC,

    startupsem tecnologia, Federaes de Tecnologia, Associaes (indstria, comrcio

    e tecnologia), Parques Tecnolgicos e Instituies de Ensino Superior - IES (pblicas

    e privadas). Na seo 3.6, encontra-se o Pr-Teste, com um espao amostral de

    tamanho 20 (Vinte). A seo 3.7 traz os Meios de Divulgao: foram utilizados

    recursos da WEB (e-mail, blog, redes sociais, pgina web). Na seo 3.8, apresentam-

    se os Recursos Utilizados, como ferramenta de implementao de pesquisa, ServidorEC2 da AWS, Gerenciador de Servios, SGDB, ferramenta de estatsticas e

    ferramenta de minerao de Dados. E, por fim, a seo 3.9 apresenta o resumo do

    captulo.

    Um trabalho cientfico origina-se de uma pesquisa, de carter indito, que vise

    ampliar a fronteira do conhecimento, que busque estabelecer novas relaes de

    causalidade para fatos e fenmenos conhecidos ou que apresente novas conquistas

    para o respectivo campo e conhecimento (GIL, 2002). A pesquisa entendida tanto

    como procedimento de fabricao do conhecimento, quanto como procedimento de

    aprendizagem (princpio cientfico e educativo), sendo parte integrante de todo

    processo reconstrutivo de conhecimento (DEMO, 2000).

    A pesquisa realizada baseia-se em um estudo emprico e criterioso sobre

    Servio em Nuvem, a fim de apresentar um quadro representativo da realidade

    brasileira em relao migrao e satisfao acerca dessa arquitetura. Mais

    especificamente, a pesquisa constitui-se como exploratria de natureza descritiva e

    explicativa, buscando dados e informaes sobre sistema de Computao em Nuvem.

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    O estudo baseia-se no vis da Cincia e TIC, por meio de um levantamento, coleta e

    anlise de dados. Nesta pesquisa, foi aplicada a abordagem quantitativa.

    Para identificao desses aspectos, desenvolveu-se uma pesquisa (Survey),

    que se efetiva buscando na realidade dados e informaes sobre alguns

    questionamentos no contexto da Computao em Nuvem.

    3.1 Modelos da pesquisa

    Para Severino (2000), a classificao quanto aos tipos de pesquisa feita da

    seguinte forma: pesquisa bibliogrfica, pesquisa descritiva, pesquisa experimental e

    estudos exploratrios.

    A Pesquisa Bibliogrfica procura explicar um problema a partir de referncias

    tericas publicadas em documentos. Busca conhecer e analisar as contribuies

    culturais ou cientficas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema

    ou problema.

    J a Pesquisa Descritiva: observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou

    fenmenos (variveis), sem manipul-los. Procura descobrir, com a preciso possvel,

    a frequncia com que um fenmeno ocorre, sua relao e conexo com outros, suanatureza e caractersticas.

    A Pesquisa Experimental: caracteriza-se por manipular diretamente as

    variveis relacionadas com o objeto de estudo. Tem sua manipulao das variveis

    proporcionando o estudo das relaes entre causas e efeitos de um determinado

    fenmeno. Criam-se situaes de controle para evitar a interferncia de variveis

    intervenientes. Os experimentos so de grande importncia para qualquer que seja o

    manifesto. Existem trs principais formas primrias de se conduzir uma investigaoexperimental: o experimento, o estudo de caso e o Survey(TRAVASSOS et al., 2002).

    A experimentao possui dois tipos de conjuntos: quantitativo e o qualitativo, e pode

    ser utilizado na Computao em Nuvem o quantitativo. Para Travassos et al.(2002),

    existem trs tipos de processos de experimentao que auxiliam estas atividades:

    laboratrio, voluntrios e mundo real.

    O Laboratrio consiste na primeira etapa de experimentao, na qual dado o

    incio anlise da teoria, como tambm os testes das hipteses que sero

    confrontadas com a realidade. Partindo do princpio de que os testes realizados em

    laboratrio foram positivos e satisfatrios, eles passam a ser realizados com pessoas

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    dispostas a ser voluntrias, testando ou fazendo parte do experimento. Por fim, aps

    certificar-se de que as etapas anteriores foram bem-sucedidas, passa-se mundo real

    (ou ambiente de produo), certificando-se e possibilitando que quando aplicado o

    experimento num ambiente real se obter sucesso.

    Finalmente, os estudos exploratrios tm por objetivo familiarizar-se com o

    fenmeno ou obter nova percepo do mesmo e descobrir novas ideias. A pesquisa

    exploratria realiza descries precisas da situao e quer descobrir as relaes

    existentes entre os elementos componentes da mesma. Recomenda-se o estudo

    exploratrio quando h poucos conhecimentos sobre o problema a ser estudado.

    Para o desenvolvimento dessa dissertao, a pesquisa constitui-se como

    exploratria de natureza descritiva e explicativa, buscando dados e informaes sobre

    sistema de computao tradicional e de Computao em Nuvem. O estudo baseia-se

    no vis da Cincia e TIC, mediante um levantamento, coleta e anlise de dados de

    um Survey. Nesta pesquisa dar-se- nfase abordagem da anlise quantitativa.

    3.2 Propsitos da Pesquisa

    A proposta da pesquisa a realizao de um estudo planejado, com

    abordagem exploratria e aspecto investigativo. A finalidade encontrar respostas

    sobre os motivos ou razes para que as empresas deixem de adotar essa nova

    arquitetura ambientada em nuvem, bem como em relao ao nvel de satisfao dos

    respondentes que usam a computao em nuvem.

    O propsito encontrar um padro de resposta por meio do aprendizado

    automtico, possibilitando uma comparao com o modelo tradicional (infraestrutura

    local). Sua aplicao acontece no cenrio das empresas de pequeno, mdio e grandeporte. Para mensurar a dimenso ou porte aproximado das empresas e organizaes,

    levou-se em considerao o quadro efetivo (quantidade de colaboradores) e

    faturamento anual.

    Para a pesquisa, utilizou-se o conceito de interrogao direta dos respondentes

    por meio do preenchimento de formulrio online a fim de, em seguida, mediante

    anlise quantitativa, obter as concluses correspondentes aos dados coletados.

    Existem vrios fatores a ser considerados e questionados, que nos norteiam aum estudo que tente responder essa questo da no adeso nuvem e da satisfao.

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    As organizaes empresariais nacionais devem analisar a oferta dos servios em

    nuvem disponvel equacionando, por um lado, a sensibilidade dos dados e, por outro,

    a sua criticidade. Aps essa anlise, as organizaes devem identificar os

    fornecedores de servios de Computao em Nuvem em funo do tipo de aplicaes

    e das garantias disponibilizadas por estes fornecedores (COIMBRA, 2011).

    Outro fator importante a ser considerado pela nuvem sua resilincia, sua

    capacidade de retomar o seu formato original em caso ou medida de contingncia, ou

    seja, readaptar-se ao ambiente aps situaes crticas.

    O sucesso de tecnologias modernas depende, em muito, de sua eficcia, sua

    facilidade de uso do ponto de vista do usurio final, como tambm grau de segurana

    da informao e controle, pois a Computao em Nuvem a nova e emergente TIC

    que muda a forma de consumir, contratar e acessar servios.

    3.3 Tpicos da Investigao

    Pesquisar procurar responder, por meio de processos cientficos, dvidas e

    problemas que devem ser formulados. S assim se desencadeia todo o processo de

    investigao.Mesmo com o apelo forte sobre reduo de custos, a migrao para a

    plataforma nuvem acontece de maneira tmida. Diante desse cenrio, elaborou-se

    uma pesquisa investigativa com o propsito de mapear os motivos reais pelos quais

    as empresas no esto aderindo a essa arquitetura, como tambm avaliar o grau de

    satisfao do uso daqueles que j aderiram a essa TIC. Em resumo, os

    questionamentos foram elaborados com base nas linhas de investigao a seguir:

    3.3.1 De natureza organizacional:

    Problema cultural - o modelo tradicional de implantao de tecnologia dentro

    das organizaes ainda muito forte. As empresas ainda no se habituaram

    ideia de ter que migrar seus servios para um ambiente externo a sua

    organizao?

    Maturidade organizacional -as empresas no possuem expertiseo suficiente

    para migrarem para ambiente que no esto habituadas a utilizarem?

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    Resistncia s mudanas as mudanas no so vistas com bons olhos

    pelos colaboradores das organizaes. Em consequncia disso, passam a

    resistir a elas?

    3.3.2 Relativo Segurana:

    O servio de nuvem Privada confivel existe um questionamento sobre

    a segurana da nuvem privada, posto que o contratante opta em contratar

    esses servios com a garantia da segurana de sua informao. Da o

    questionamento: qual a garantia de que estas informaes no sero utilizadas

    por mos erradas?

    Vulnerabilidade da informao os fornecedores devem garantir a

    segurana da informao. Conforme a Normativa de n 1, no seu inciso VIII: a

    quebra de segurana da origem a ao ou omisso, intencional ou acidental,

    que resulta no comprometimento da segurana da informao e das

    comunicaes. O questionamento que se faz, pois , se as empresas se

    sentem confortveis com o servio oferecido?

    3.3.3 Da Qualidade dos servios:

    Servios oferecidos as empresas precisam investir na tecnologia

    da cloudde que necessitam por meio de um fornecedor com experincia e

    conhecimentos em que possam confiar?

    Disponibilidade os prestadores de servios conseguem garantir a

    disponibilidade total do servio/informao? Desempenho dos servios/Banda Larga as empresas no esto dispostas

    a partir para um servio em nuvem com a baixa qualidade dos servios

    oferecidos pelas nossas operadoras de banda larga?

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    3.3.4 Da Integrao de ambiente:

    Migrao total os servios oferecidos possibilitam a migrao total da

    estrutura das organizaes?

    Migrao parcial esse processo pode ser migrado de forma parcial, como

    migrao gradativa?

    Ponto de integrao as organizaes no esto dispostas a abandonar de

    vez suas estruturas internas. Para isso necessitam de solues que possam

    integrar estas partes com perfeio aderindo a ambientes hbridos de

    integrao?

    3.4 Planejamento Amostral (Questionamentos)

    Esta pesquisa possui um carter exploratrio investigativo por meio de um

    Survey, e seus resultados devem ser utilizados somente no mbito acadmico. A fim

    de tentar elucidar os tpicos de investigao, sua distribuio foi definida a partir de

    25 (vinte e cinco) questionamentos, em 3 (trs) perspectivas: 5 (cinco)

    questionamentos referentes aos dados preliminares da empresa ou organizao; 9(nove) questionamentos para as Organizaes que NO utilizam servios em nuvem;

    e 11 (onze) questionamentos para as organizaes que j utilizam algum tipo de

    servios em nuvem.

    Para a identificao das empresas, procedemos de alguns questionamentos

    divididos em trs perspectivas:

    3.4.1 Perspectivas da identificao da Empresa ou Organizao (I):

    1. Qual a rea de atuao da sua Empresa/Organizao?

    2. Qual o faturamento atual bruto (anual) da sua Empresa/Organizao?

    3. Qual o nmero de funcionrios de sua Empresa/Organizao?

    4. Voc o principal responsvel na empresa por decises relacionados a

    investimentos em TIC?

    5. Sua Empresa/Organizao utiliza algum tipo de servio da tecnologia em

    nuvem?

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    3.4.2 Perspectivas das empresas que ainda no aderiram nuvem (II):

    1. Por quais motivos sua Empresa/Organizao no utilizaria a TecnologiaNuvem?

    2. Qual(is) tipo(s) de nuvem sua Empresa/Organizao adquiriria?

    3. Quais seriam os outros motivos especficos para sua empresa no utilizar os

    servios em nuvem?

    4. Se sua Empresa/Organizao resolvesse migrar para a nuvem, qual servio

    utilizaria?

    5. Qual(is) dessa(s) empresas e servios sua Empresa/Organizaocontrataria?

    6. Qual o comportamento da sua Empresa/Organizao em relao

    resistncia s mudanas dos envolvidos nesse processo de migrao?

    7. De que forma a resistncia mudana impactou diretamente no processo

    de implantao de alguma tecnologia na sua Empresa/Organizao?

    8. Sua Empresa/Organizao abortou algum projeto por motivo de resistncia

    mudana?

    9. A sua Empresa/Organizao se sente preparada para migrar para ambiente

    em nuvem?

    3.4.3 Perspectivas das empresas que fazem uso da tecnologia nuvem (III):

    1. Qual(is) servio(s) sua Empresa/Organizao encontra-se utilizando?

    2. Das caractersticas abaixo, indique qual(is) a sua Empresa/Organizao

    possui(em) mais satisfao?

    3. O servio em nuvem que sua Empresa/Organizao est utilizando no

    momento est atendendo bem?

    4. Que tipo de nuvem sua Empresa/Organizao utiliza?

    5. Em caso de nuvem privada, sua Empresa/Organizao sente-se confortvel

    quanto segurana na sua utilizao?

    6. Qual o percentual de reduo de custo que sua empresa alcanou com a

    migrao para a nuvem?

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    7. O diferencial da nuvem justamente o preo, e essa prtica pode provocar

    uma demanda muito grande e consequentemente uma reduo na qualidade

    do servio. Mesmo com essa possibilidade, sua empresa/organizao est

    disposta a permanecer utilizando esses servios?

    8. Sua Empresa/Organizao mede a qualidade dos servios prestados pela

    nuvem?

    9. Os servios em nuvem so cobrados com base em preos pr-acordados?

    10. Os custos com nuvem so rateados de acordo com o consumo de cada

    rea de negcio da sua Empresa/Organizao?

    11. O servio adquirido utiliza-se de auditorias externas para redirecionar o

    plano estratgico da Empresa fornecedora da nuvem para melhorar a qualidade

    do servio?

    3.5 Pblicos Alvos

    Procurou-se canalizar a pesquisa para um pblico bem especfico, com o

    propsito de atingir os objetivos. Assim, foram selecionadas empresas ligadas TIC.

    Para alcanar o pblico alvo, utilizou-se como canal de comunicao a web, sendo

    encaminhado convite de participao na pesquisa, para os seguintes segmentos:

    Empresas de TIC; Startups em tecnologia; Federaes de Tecnologia; Associaes

    (Indstria, Comrcio e Tecnologia); Parques Tecnolgicos; Instituies de Ensino

    SuperiorIES (pblicas e privadas) e Comercio Varejista e atacadista.

    3.6 Pr-teste

    Utilizou-se o espao amostral de tamanho 20 como pr-teste, entre os dias 1

    e 10 de fevereiro de 2015, antes da liberao definitiva para os respondentes. Assim,

    identificou-se que seriam necessrios alguns ajustes em algumas questes para

    melhor entendimento do usurio respondentes. Essas correes foram realizadas

    com o feedback enviado ao e-mail dos respondentes, contendo os seguintes

    questionamentos:

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    Quanto tempo voc levou para responder o questionrio?

    As questes esto dispostas em uma ordem lgica?

    Existe algum termo que no esteja apresentado com clareza?

    Os conceitos abordados esto bem detalhados?

    Se voc fosse modificar alguma questo ou alternativa, qual modificaria?

    Aps esse mapeamento, identificou-se a necessidade de algumas alteraes,

    como por exemplo, utilizar o uso do condicional, em que a questo s fosse exibida

    dependendo da resposta de uma questo anterior. Tambm foi sugerida uma melhor

    ordenao nas perguntas. Algumas questes alinhavam-se melhor em uma

    determinada posio ou ordem. A ordem das questes tambm otimizou o tempo

    utilizado para responder ao questionrio, que possua uma mdia de 4,5 minutos.

    3.7 Meios de divulgao

    Por tratar-se de um meio de longo alcance, foram utilizados recursos da web

    (e-mail, blog, redes sociais, pgina web)com o intuito de divulgar esta pesquisa em

    diversas regies do pas, em especial redes sociais, tendo o LinkedIncomo ferramenta

    mais utilizada. Uma pesquisa realizada em 2014 pela agncia Americana de mdias

    sociais, WE ARE SOCIAL8, divulgou um status da internet pelo mundo que reuniu e

    cruzou dados de diversas pesquisas de diferentes rgos. Identificou-se que 49% da

    populao brasileira encont