uma intervenÇÃo no bairro cidade nova- itajaÍiab-sc.org.br/premio2018/009_prancha_1.pdf · 1,51...
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BACIA DO RIO ITAJAÍ-AÇU
68INUNDAÇÕES
DESDE 1850*
ITAJAÍ
SEGREGAÇÃO SÓCIO ESPACIAL;CUSTO DE AQUISIÇÃO DO TERRENO;QUEBRA DO VÍNCULO COMUNITÁRIOAUMENTO DO CUSTO DE VIDA;RETORNO AO LOCAL DE ORIGEM;
INSERÇÃO NO MEIO URBANO;TERRENO PRÓPRIO;VÍNCULO DE COMUNIDADE;OFERTA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E INFRAESTRUTURA;
OCUPAÇÃODAS MARGENS
DO RIO
DINÂMICA DAS CHEIAS
DESASTRE SOCIOAMBIENTAL
RELOCAÇÃO
ADEQUAÇÃO
BR-101
CONTORNO SUL
AV.ADOLFO KONDER
R. E
STEF
ANO
AV. C
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R. BRUSQ
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AV. M. LUIZ GALLOTTI
AV. NILO SIMAS
20.00O MIL HAB.
SÃO VICENTE
SÃOJUDAS
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L
1939 - 1973 1983 1984 2001 2008 2011
95% 65%TERRITÓRIO TERRITÓRIO
O HABITAR E O RIO |UMA INTERVENÇÃO NO BAIRRO CIDADE NOVA- ITAJAÍ
COTA DE INUNDAÇÃO DEFESA CIVIL -2011ASSENTAMENTO PRECÁRIO
VUL. ESPACIALVUL. SOCIALSECRETARIA DE HABITAÇÃO - 2011
2,01 - 3,00m1,51 - 2,00m1,01m - 1,50m0,51cm - 1,00m01 - 0,50 cm0
A cidade de Itajaí localiza-se da foz da bacia hidrográfica do rio Itajaí Açu. A Bacia é a maior do estado de Santa Catarina com cerca de 15 mil km² e apresenta recorrentes inundações. Desde o ano de 1850, a cidade de Blumenau -que recebe o montante de águas antes destas chegarem a Itajaí- registou a ocorrência de 68 inundações. A cidade de Itajaí não possui registros oficiais tão an�gos, mas com a criação da Defesa Civil municipal em 1993, registou cinco grandes eventos até o presente.A população mais afetada pela ocorrência deste fenômeno natural é a de baixa renda. Esta população é mais vulnerável espacialmente pois, em geral, ocupa as áreas de maior cota de inundação com edificações pouco resistentes. É também a mais vulnerável socialmente, pois dispõe de menos recursos para se recuperar da ocorrência do desastre socioambiental.
TEMÁTICACONCILIAR O RIO E SUA DINÂMICA DE CHEIAS À EXPANSÃO DO BAIRRO CIDADE NOVA SOBRE O RIO.
FENÔMENOHISTÓRICO DE CHEIAS DE ITAJAÍ
PROMORAR I(RELOCAÇÃO FAVELA
DO MATADOURO)
DÉCADA 80PROMORAR II
(LOT. D. MARIQUINHA)
DÉCADA 90PROMORAR III
(LOT. D. MARIQUINHA)
DÉCADA DE 70CRIAÇÃO DA AV.
ADOLFO KONDER
ENCHENTE83 E 84
A PARTIR DE 95
-IMIGRAÇÃO;ASSENTAMENTOS
SUBNORMAIS
-EQUIPAMENTOS EINFRAESTRURA
-EIXOS COMERCIAIS
LOCAL DE INTERVENÇÃO O BAIRRO CIDADE NOVAMAPEAMENTO DE VULNERABILIDADE
HABITAÇÃO E AS CHEIAS
PROBLEMÁTICA
A área de intervenção foi definida pelo cruzamento das áreas de maio vulnerabilidade espacial e de vulnerabilidade social. A vulnerabilidade espacial foi indicada por meio do mapeamento de cota de inundação da Defesa Civil. A vulnerabilidade social foi diagnos�cada por meio do mapeamento dos os assentamentos precários, que são definidos pela Secretaria de Habitação de Itajaí como assentamento com mais de 50 residências em área consolidada e dis�nta do entorno com necessidades habitacionais, sociais e econômicas.
Por esta causa, o Plano Local de Habitação de Itajaí tem 83% da sua demanda de projetos relacionadas à inundação. Projetou 2.573 unidades no período das cheias de 2001 a 2011, porém apenas 26% desta demanda foi executada, demonstrando a ineficiência da execução de projetos em sistemas convencionais de pouca agilidade constru�va. Os conjuntos habitacionais propostos, visando a redução de custos, relocam a população para áreas periféricas de baixa inserção urbana, ocasionando segregação social pela necessidade de longos deslocamentos, aumento do custo de vida e a baixa oferta de equipamentos e serviços. Além disso, estas áreas também são a�ngidas pelas cheias e os projetos não contemplam soluções preven�vas.
O bairro Cidade Nova apresenta as mais altas cotas de inundação no entorno do rio Itajaí Mirim, onde localizam-se três assentamentos precários totalizando 290 residências. Além disso, a área apresenta vazios na margem do rio passíveis de novas ocupações irregulares levando em consideração a localização privilegiada do bairro no contexto urbano.
RECORTE DE INTERVENÇÃO
COMO CONCILIAR HABITAÇÃO E RIO, GARANTINDO A RESILIÊNCIA DAS HABITAÇÕES E A PRESERVAÇÃO DO RIO?
O nascimento do bairro é marcado por um loteamento criado para abrigar a relocação de uma ocupação irregular e se expande através de outros loteamentos populares. Por décadas, foi segregado espacialmente e socialmente, mas nos úl�mos anos, com o crescimento populacional da cidade, o bairro já insere-se no contexto urbano por meio de novas ponte de conexões, consolidação dos eixo comerciais, oferta de equipamentos, serviços e transporte público, proporcionando qualidade urbana aos moradores dos assentamentos em questão, em relação a uma possível relocação para as áreas de expansão além do perímetro urbano.
CONCEITUAÇÃOCompreendendo a vulnerabilidade da cidade de Itajaí ante ao fenômeno das cheias, foi aplicado à proposta o conceito de “resiliência”. Este é definido pela Defesa Nacional como “a capacidade de resis�r, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre (...)”. Propõe-se então um novo modelo de habitação resiliente.Como conceito de “habitação”, o trabalho parte da perspec�va que o espaço �sico “casa” torna-se uma moradia pelo processo de apropriação do usuário, esta moradia integrada ao espaço urbano qualifica uma habitação. Este conceito foi aliado ao conceito de “moradia digna” que cons�tui um direito universal pelas Nações Unidas e tem como critérios: segurança de posse legal; oferta de instalações e infra estrutura; economicidade; habitualidade; adequação cultural e localização oportuna socialmente.
JUSTIFICATIVAConsiderando o fenômeno, entende-se que é necessário um projeto habitacional que previna a ocorrência de novos desastres socioambientais em ocupações ainda vulneráveis e que possibilite a melhor inserção desta população no contexto urbano. Sendo assim, propõe-se que a população não seja relocada, mas man�da no local de origem por meio de novas habitações que apresentem resiliência frente ao fenômeno.
HISTÓRICO
HISTÓRICO DO MAPEAMENTO DE INUNDAÇÃO, ONDE O VERDE INDICA AS ÁREAS INUNDADAS. FONTE: DEFESA CIVIL DE ITAJAÍ
PRANCHA
1/4ORGANIZAÇÃO:REALIZAÇÃO: