uma consciÊncia sÓcio-histÓrica constituÍda pela linguagem

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UMA CONSCIÊNCIA SÓCIO-HISTÓRICA CONSTITUÍDA PELA LINGUAGEM Fátima Andréia Tamanini Doutoranda em Letras (LABLER/PPGL/UFSM) 2013

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Tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra”, onde Vigotsky (2001) elucida a relação interior entre pensamento e palavra, considerando tanto a história da espécie humana como a do ser humano, até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica, discorremos sobre o desenvolvimento humano se dar nas trocas entre parceiros sociais, através de interação e mediação, onde a linguagem tem papel fundamental. Nessa abordagem sociointeracionista, a linguagem é antes de tudo social, funcionando como um instrumento complexo para viabilizar a comunicação e a vida em sociedade. Pensamento e palavra não revelam relação e dependência entre suas raízes genéticas, mas surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico da consciência humana. De posse desse conceito de consciência, podemos intuir sobre o que os educadores poderiam fazer nas suas práticas profissionais.

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Page 1: UMA CONSCIÊNCIA SÓCIO-HISTÓRICA CONSTITUÍDA PELA LINGUAGEM

UMA CONSCIÊNCIA SÓCIO-HISTÓRICA

CONSTITUÍDA PELA LINGUAGEM

Fátima Andréia TamaniniDoutoranda em Letras (LABLER/PPGL/UFSM)

2013

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Tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra”, onde Vigotsky (2001) elucida a relação interior entre pensamento e palavra, considerando tanto a história da espécie humana como a do ser humano, até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica, discorremos sobre o desenvolvimento humano se dar nas trocas entre parceiros sociais, através de interação e mediação, onde a linguagem tem papel fundamental. Nessa abordagem sociointeracionista, a linguagem é antes de tudo social, funcionando como um instrumento complexo para viabilizar a comunicação e a vida em sociedade. Pensamento e palavra não revelam relação e dependência entre suas raízes genéticas, mas surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico da consciência humana. De posse desse conceito de consciência, podemos intuir sobre o que os educadores poderiam fazer nas suas práticas profissionais.

Palavras-chave: Linguagem. Consciência. Abordagem sociointeracionista.

RESUMO

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Discorremos teoricamente acerca do papel central da linguagem na construção da consciência preconizado por Lev Vigotsky, destacando-se o estudo da língua pelo seu aspecto funcional e importando essencialmente a interação social, onde aprendemos e nos desenvolvemos biologicamente, historicamente, socialmente e culturalmente, tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra” (VIGOTSKY, 2001, p. 395-486), onde ele elucida a relação interior entre pensamento e palavra desde os estágios mais primários do desenvolvimento filogenético e ontogenético até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica.

A linguagem tem 2 funções fundamentais: intercâmbio social e pensamento generalizante, atuando tanto no nível interpsíquico quanto no intrapsíquico.

A interação é fundamental para o desenvolvimento humano, onde há a apropriação de bens culturais materiais e intelectuais, e onde a linguagem tem papel fundamental.

A linguagem é social e funciona como instrumento complexo para viabilizar a comunicação e a vida em sociedade.

Pensamento e palavra não têm dependência entre suas raízes genéticas, mas surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico da consciência humana.

As funções psíquicas são construídas na medida de sua utilização dentro da sociedade -> a aprendizagem se inicia na interação social, bem antes da idade escolar.

INTRODUÇÃO

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Vigotsky é o grande fundador da escola soviética de psicologia histórico-cultural.

Pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.

Descoberto pelos meios acadêmicos muitos anos após a sua morte (1934) inclusive dentro da Rússia (no ocidente, a primeira tradução de um livro - Pensamento e Linguagem - foi em 1962 nos EUA).

Alexander Luria e Alexei Leontiev foram responsáveis pela disseminação dos textos, muitos deles destruídos com a ascensão de Stálin.

TEORIA SOCIOCULTURAL DE VIGOTSKY

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Estudou Literatura, História e Direito, com tese de doutorado sobre Psicologia da Arte - jamais estudou psicologia (formação em psicanálise omitida por conta das perseguições de Stalin, que considerava as teorias de Freud uma ideologia burguesa).

Viveu a Revolução Russa de 1917, estudando Marx e Engels, e, a partir das proposições teóricas do materialismo histórico propôs a reorganização da Psicologia, antevendo a tendência de unificação das Ciências Humanas no que denominou como "psicologia cultural-histórica".

Entre os seus trabalhos de campo incluem-se visitas às populações camponesas isoladas de seu país, fazendo testes neuropsicológicos entre aldeias nômades, que incluía alfabetização e cursos rápidos de novas tecnologias.

A experiência vivida na formação de professores levou-o ao estudo dos distúrbios de aprendizagem e de linguagem, das diversas formas de deficiências congênitas e adquiridas, a exemplo da afasia.

Complementando a sua formação, graduou-se em Medicina (grupo de pesquisa de neuropsicologia com Luria e Leontiev).

BREVE HISTÓRICO

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SIGNOS: instrumentos simbólicos; LINGUAGEM: sistema simbólico

fundamental em todos os grupos humanos e elaborado no curso da evolução da espécie e história social -> Tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos são construções da mente humana, que estabelecem uma relação de MEDIAÇÃO entre o homem e a realidade.

Quando aprendemos a linguagem específica do nosso meio sociocultural, transformamos radicalmente os rumos de nosso próprio desenvolvimento: dimensão social e interpessoal na construção do sujeito psicológico.

Conceitos importantes no desenvolvimento da aprendizagem, como o de ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL, relacionado com a diferença entre o que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente (adulto, criança mais velha ou com maior facilidade de aprendizado, etc.).

Ex.: Se, numa escala de zero a 100, estamos no 30, esta é nossa zona de desenvolvimento real (conceitos que já dominamos). Para os outros 70, sendo o nosso potencial, chama-se ZONA de DESENVOLVIMENTO PROXIMAL. Se uma pessoa chega ao 100, a sua Zona de Desenvolvimento Proximal será ampliada, porque estamos sempre adquirindo conceitos novos. )

LINGUAGEM E APRENDIZAGEM

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Quem aprende e quem ensina como partícipes do mesmo processo: MEDIAÇÃO (pressuposto da relação eu-outro social) -> a relação mediatizada não se dá necessariamente pelo outro corpóreo, mas pela possibilidade de interação com signos, símbolos culturais e objetos.

Outra contribuição foi a relação que estabelece entre pensamento e linguagem. PIAGET

PENSAMENTO APARECE ANTES DA LINGUAGEM, QUE APENAS É UMA DAS SUAS FORMAS DE EXPRESSÃO.

A aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento.

Privilegia a maturação BIOLÓGICA.

Construção do conhecimento procede do INDIVIDUAL PARA O SOCIAL.

VYGOTSKYPENSAMENTO E LINGUAGEM SÃO PROCESSOS INTERDEPENDENTES, DESDE O INÍCIO DA VIDA. A aquisição da linguagem modifica funções mentais superiores: dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Aprendizagem e desenvolvimento se influenciam reciprocamente -> quanto + aprendizagem, + desenvolvimento.

Privilegia o ambiente SOCIAL.

Construção do conhecimento procede SOCIAL PARA O INDIVIDUAL.

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ESTÁGIO INICIAL DO DESENVOLVIMENTO HUMANO -> estágio pré-intelectual na formação da linguagem + estágio pré-linguagem no desenvolvimento do pensamento (não autônomos) PROPOSTA DE ANÁLISE PARA REDUZIR UNIDADES COMPLEXAS DO

PENSAMENTO DISCURSIVO A UNIDADES INDISSOCIÁVEIS QUE CONSERVAM AS PROPRIEDADES DO FENÔMENO ENQUANTO TOTALIDADES QUE ENCERRAM O SIGNIFICADO DA PALAVRA (generalização)

A palavra desprovida de significado não é palavra e no significado da palavra está refletida a unidade do pensamento e da linguagem (que não pode ser decomposta nem em pensamento nem em linguagem) .

O significado da palavra só é fenômeno de pensamento materializado na palavra, e vice-versa.

O significado da palavra modifica-se no processo de desenvolvimento da criança, sob diferentes modos de funcionamento do pensamento.

O ESTUDO DA RELAÇÃO PENSAMENTO/PALAVRA COMO MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA A PALAVRA É O ESTUDO DAS FASES DE QUE SE CONSTITUI ESSE MOVIMENTO, discriminando os vários planos passados pelo pensamento até sua materialização na palavra.

1. METODOLOGIA PARA ANÁLISE DA RELAÇÃO PENSAMENTO/PALAVRA

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Devem-se distinguir dois planos indispensáveis para o estabelecimento de uma unidade inferior com suas próprias leis de desenvolvimento na própria linguagem: plano semântico/interior e plano físico/sonoro/exterior

Enquanto a LINGUAGEM EXTERIOR é para os outros, a LINGUAGEM INTERIOR é para si, antecedendo a linguagem exterior ou a reproduzindo na memória, sendo um “processo de evaporação da linguagem no pensamento”.

Inicialmente, o pensamento é um todo confuso que deve encontrar na linguagem a sua expressão em uma palavra .

Só quando a criança diferencia os aspectos semântico e fonológico da linguagem e toma consciência da natureza de cada um, torna-se possível o descenso pelos estágios naturais no processo da palavra conscientizada.

O INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO VERBAL É MARCADO PELA CONSCIENTIZAÇÃO DE UMA UNIDADE NÃO DIFERENCIADA DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS E SONOROS DA PALAVRA, com fusão dos planos interior e exterior e sua gradual divisão, que cresce com a idade.

A LINGUAGEM EGOCÊNTRICA não se extingue com o desenvolvimento infantil, mas se transforma em LINGUAGEM INTERIOR, desenvolvendo-se por uma linha ascendente.

Como tem função semelhante a da linguagem interior, a linguagem egocêntrica é também uma linguagem para si que serve ao pensamento: é interior por sua função psicológica e exterior por sua estrutura .

COMO A LINGUAGEM EGOCÊNTRICA É CONSTITUÍDA DE FORMAS PRECOCES DE LINGUAGEM INTERIOR, É SUA CHAVE PARA A INVESTIGAÇÃO: o curso progressivo da linguagem egocêntrica é o curso de aumento progressivo de todas as propriedades distintivas da linguagem interior.

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As peculiaridades estruturais e funcionais da linguagem egocêntrica aumentam e a isolam progressivamente da linguagem social na proporção em que diminuem seu aspecto externo sonoro,

quando a vocalização se torna funcionalmente inútil: já se pensa uma frase antes de se pronunciá-la.

ESSA AUSÊNCIA DE VOCALIZAÇÃO É A DIFERENÇA ENTRE LINGUAGEM INTERIOR E EXTERIOR.

Isolamento, individualização, e diferenciação insuficientes da linguagem social primária faz surgir a linguagem egocêntrica que EVOLUI PARA A LINGUAGEM INTERIOR (para si -> abreviação até predicatividade absoluta), que se desenvolve de fora para dentro, no sentido da intensificação dos momentos sociais que asseguram o SURGIMENTO DA LINGUAGEM SOCIAL.

Ao estudar a sintaxe da linguagem interior através da egocêntrica observa que o abreviamento da linguagem interior em comparação com a exterior revela uma tendência dinâmica ao crescimento na medida em que se desenvolve a linguagem egocêntrica.

2. LINGUAGEM SOCIAL

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Na ESCRITA, bem mais que na FALA, vemos a expressão do pensamento nos significados formais das palavras - decomposição sintática máxima.

Precisamos de muito mais palavras na escrita (interlocutores em diferentes situações, sem sujeito comum nos pensamentos) do que na fala (entonação e percepção imediata do contexto permitem abreviações).

FALA É POSSÍVEL EXPRIMIR TODOS OS PENSAMENTOS COM UMA SÓ

PALAVRA “QUANDO A ENTONAÇÃO TRANSMITE O CONTEXTO PSICOLÓGICO INTERIOR DO FALANTE, o único no qual é possível que a palavra conscientizada seja entendida”;

a fala está ligada à consciência e à intencionalidade, é um diálogo que carrega em si sempre a possibilidade da

inconclusibilidade do enunciado e tem simplicidade composicional.

A linguagem falada ocupa uma posição intermediária entre a linguagem escrita e a linguagem interior.

“A PREDICATIVIDADE É A FORMA FUNDAMENTAL E ÚNICA DA LINGUAGEM INTERIOR”.

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Mas O PENSAMENTO NÃO É A ULTIMA INSTÂNCIA DO PROCESSO SOCIOCOMUNICATIVO, POIS NÃO NASCE DE OUTRO PENSAMENTO, MAS DA CONSCIÊNCIA HUMANA, a qual é social e constituída via linguagem.

A consciência é como um reflexo no espelho, deve-se estudá-la não como algo totalmente real nem como uma ilusão.

Quando um objeto é refletido num espelho, seu reflexo não é tão real quanto ele próprio, mas real de outra forma, é um resultado aparente que parte do objeto e desse processo de reflexão.

Como esse reflexo não existe por si só, mas como consequência do objeto real, é preciso relacionar o objeto ao espelho e às leis de reflexão, ou seja, conhecendo o objeto e o processo, podemos estudar, explicar, prever e transformar o reflexo .

3. CONSCIÊNCIA

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A LINGUAGEM é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos, responsável pela MEDIAÇÃO entre o individuo e o mundo.

PENSAMENTO E LINGUAGEM são indissociáveis e suas interrelações acontecem no significado das palavras.

Os significado das palavras se modificam e se constroem historicamente em 2 níveis:

individual, ao longo do desenvolvimento humano; social, na interação. A passagem da linguagem interior para a linguagem exterior social não é

uma tradução de uma linguagem para outra, mas a passagem de uma linguagem predicativa e idiomática para outra sintaticamente decomposta e compreensível .

FUNÇÃO DA LINGUAGEM INTERIOR: MEDIAR RELAÇÃO ENTRE PENSAMENTO E PALAVRA: o pensamento não se exprime em palavra, mas nela se realiza.

Consciência: vivenciada como experiência, não como entidade -> PAPEL DA EDUCAÇÃO NA “FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA”- Paulo Freire .

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS

 

CORSINO, Patrícia. Infância, linguagem e letramento: educação infantil na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. 2003. 300f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2003.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

 

LORDELO, Lia da Rocha; TENÓRIO, Robinson Moreira. A consciência na obra de L. S. Vigotsky: análise do conceito e implicações para a psicologia da educação. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 79-86, 2010.

 

SANTOS, Jilvania Lima dos. Vygotsky & Piaget e a questão da linguagem e do pensamento. [online] Salvador: 2003, p. 1-31. Disponível em: <http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/305.htm>. Acesso em: 07 jul. 2012.

 

SILVA, José Manoel. Pensamento e linguagem em Lev Vygotsky e Jean Piaget. [online] Guarda, Portugal: 2006, p. 1-32. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/silva-jose-manuel-pensamento-linguagem.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2012.

 

VIGOTSKY, Lev. A formação social da mente. 4ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

 

VIGOTSKY, Lev. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

 

VIGOTSKY, Lev. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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