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Uma Biografia de Susannah Spurgeon:

O Fundo para Livros Cresce Charles Ray

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

MRS. C.H. SPURGEON

A biography of Susannah Spurgeon

By Charles Ray, 1905

A presente tradução consiste somente no Capítulo 11, The Book Fund Grows,

da obra supracitada

Via: ReformedReader.org

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Fevereiro de 2016

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a permissão do

website ReformedReader.org, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercialNo-

Derivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Uma Biografia de Susannah Spurgeon:

O Fundo Para Livros Cresce

Por Charles Ray

[Sra. C. H. Spurgeon: Uma Biografia de Susannah Spurgeon • Capítulo 11 • 1905]

Poucos meses antes do Fundo para Livros ser originado, a Sra. Spurgeon tinha semeado

em um grande jardim num vaso de flores, algumas sementes de limão, na esperança de

que pelo menos uma delas brotaria e cresceria uma planta saudável. Com certeza, uma

enraizou, e um caule frágil com duas folhas minúsculas fez a sua aparição, e foi carinho-

samente tratada por sua dona. Em um momento feliz a mente da Sra. Spurgeon associou

o seu Fundo para Livros, então, a um “renovo”, cuja existência continuada poderia ser

precária, mas que tinha possibilidades esplêndidas na mesma, como o pequeno limoeiro,

e uma vez que este floresceu e cresceu, ela determinou considerá-lo como algo na nature-

za, como um presságio de prosperidade do seu Fundo, cada folha representando uma

soma de cem libras, que mais cedo ou mais tarde, certamente viriam à mão. O crescimento

da árvore era regular e contínuo, e, curiosamente, o Fundo manteve o ritmo com ela. Tão

logo as folhas frescas eram formadas, logo novos assinantes vinham à frente para ajudar

no labor de amor da Sra. Spurgeon, e durante toda a sua história o Fundo para Livros e o

limoeiro foram associados na mente da senhora, a quem ambos eram tão queridos.

Embora as assinaturas não eram solicitadas, não houve falta de fundos. Entre agosto de

1876 e janeiro de 1877, nada menos do que 926 libras foram recebidas, e até o final do

segundo ano, mais de 2000 libras tinham entrado e sido dispendidas. O passar do tempo

só serviu para mostrar quão disseminada era a necessidade, e a soma das cartas que a

Sra. Spurgeon recebia a cada semana eram comoventes, enquanto a gratidão expressa

pelos destinatários dos livros era bastante dolorosa em sua intensidade. Ela tinha sido

treinada na escola da fé de seu marido, e foi para Deus e não para o homem que ela olhou

tanto por dinheiro para continuar a sua missão quanto por saúde e força para capacitá-la a

lidar com o crescente trabalho de correspondência e organização. “O Fundo para Livros

tem sido alimentado e nutrido a partir do Tesouro do Rei”, ela escreveu em 1877, “e eu

devo gloriar-me no Senhor que todos os suprimentos necessários para o prosseguimento

da obra têm claramente carregado o carimbo do próprio mérito do Céu. Digo isso porque

eu nunca pedi ajuda de ninguém, senão dEle, nunca solicitei uma doação de qualquer

criatura, mas o dinheiro sempre esteve próximo e os suprimentos têm sido constantes na

devida proporção das necessidades. Apenas uma vez durante o ano o Senhor provou a

minha fé, permitindo que as doações de livros superassem as doações de dinheiro, e então,

foi apenas por um breve momento que o medo me ofuscou. A nuvem escura mui rapida-

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mente se foi, e novos suprimentos me fizeram mais do que nunca satisfeita com a resolução

que eu tinha formado de utilizar apenas os recursos ilimitados do meu Tesoureiro celeste.

Nenhum dos amigos cujos corações têm ‘disposto coisas liberais’ em nome do meu trabalho

me censurará por ingratidão para com eles, quando eu coloco as minhas primeiras ações

de graças amorosas aos Seus pés; eles se unirão a mim, sim, antes O louvarão mui

docemente inclinando os seus corações para ajudar os Seus necessitados, e alegremente

dirão: ‘Ó Senhor, do que é Teu to damos’”.

“Lembro-me com muita satisfação feliz da primeira doação que me alcançou para o envio

de livros para os ministros”. Ela veio de forma anônima, e era apenas do valor de cinco

xelins, no entanto, eram muito preciosos, e mostraram-se como uma revelação para mim,

pois abriram uma visão de possível utilidade e excedente resplendor. A semente de mostar-

da da minha fé cresceu imediatamente em uma ‘grande’ árvore, e as aves doces da espe-

rança e expectativa pousaram cantando em seus ramos. Vocês verão, eu disse para os

meus meninos, o Senhor me enviará centenas de libras para esta obra. Pois, muitos dias

depois, as centenas de libras da mãe tornaram-se uma palavra caseira de bom humor e

alegre brincadeira. E agora o Senhor me fez rir, pois as centenas têm crescido em milhares,

Ele tem feito ‘muito mais abundantemente além daquilo que eu poderia pedir ou até mesmo

pensar’, e a fé em tal Deus para crer e depender, deveria certamente sorrir para impossi-

bilidades e dizer ‘isso será feito’”.

O trabalho a que a Sra. Spurgeon tinha se comprometido há não muito tempo limitava-se

exclusivamente ao fornecimento de livros. No início de 1877 um amigo colocou à sua dis-

posição uma soma de dinheiro a partir do qual ela poderia extrair tais valores à medida que

eram necessários para o alívio dos ministros pobres em grandes dificuldades financeiras,

e, seu marido e outros amigos adicionando a esta soma, o muito útil e mui necessário Fundo

de Apoio ao Pastores [Pastors’ Aid Fund] foi fundado, que provou ser um auxílio precioso

e suplemento para o Fundo para Livros. No final do ano, também, um grupo de senhoras

Cristãs comprometeu-se a fornecer vestes quentes e outras peças de vestuário adequadas

para as famílias de pastores pobres, e este ramo da obra também tem crescido até o mo-

mento presente.

Ainda um outro avanço foi feito quando dois amigos providenciaram meios para enviar A

Espada e a Espátula [The Sword and the Trowel] regularmente por um ano para cada um

dos sessenta ministros que não podiam comprar uma revista teológica para si mesmos.

Talvez estes desenvolvimentos da ideia original da Sra. Spurgeon foram prenunciados pelo

anúncio que o jardineiro fez algum tempo antes: “O seu limoeiro é trazido para casa, minha

senhora. Ele está produzindo uma grande quantidade de galhos novos”.

Em 1878, a doença da Sra. Spurgeon atingiu uma fase aguda, e de fato tão grave era a sua

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condição que seu filho Thomas, que estava então na Austrália, recebeu um telegrama ur-

gente para retornar de uma vez. Por algum tempo, desesperou-se de sua vida, mas a crise

passou com êxito, e, embora ainda uma inválida, ela foi capaz de mais uma vez dar toda a

sua atenção ao Fundo para Livros. O trabalho, no entanto, não diminuiu por causa da doen-

ça, pois as obrigações foram logo supridas, e o ano foi de o maior sucesso desde a inaugu-

ração. Estes períodos de dor e cansaço, a que a Sra. Spurgeon foi chamada a sofrer, nunca

a levaram ao desespero ou a rebelar-se contra a providência estranha que tinha marcado

um caminho montanhoso para ela. Se, por um momento, o mistério da vida a deixava

perplexa, ela rapidamente encontrou conforto e consolo por confiar nAquele que faz todas

as coisas bem.

Seus diários ou cadernos de anotações contêm muitos registros que falam de suas experi-

ências da alma durante os períodos mais difíceis de sua vida. Referindo-se a este momento

de crise, ela escreve: “No final de um dia muito nebuloso e sombrio fiquei descansando no

meu sofá enquanto a noite mais profunda vinha, e embora tudo estivesse brilhante em mi-

nha aconchegante salinha, um pouco da escuridão externa parecia ter entrado em minha

alma e obscurecido a sua visão espiritual. Em vão tentei ver a mão que eu sabia que

segurou a minha e guiou os meus pés envoltos em névoas por um caminho íngreme e

escorregadio do sofrimento. Em tristeza de coração, eu perguntei: ‘Por que o meu Senhor

lida assim com Sua filha? Por que Ele tantas vezes envia dor aguda e amarga para me

visitar? Por que Ele permite persistente fraqueza para dificultar o doce serviço que eu anelo

realizar por Seus servos pobres?’. Essas perguntas inquietas foram rapidamente respondi-

das e, embora em uma língua estranha, não foi necessário intérprete, a não ser o sussurro

consciente do meu próprio coração. Por um momento o silêncio reinou na pequena sala,

quebrado apenas pelo crepitar de um tronco de carvalho queimando na lareira. De repente,

ouvi um doce som suave, uma pequena e clara nota musical, como o terno cantar de um

pássaro debaixo da minha janela. ‘O que pode ser?’, eu disse para a minha companhia que

estava cochilando à luz do fogo: ‘Certamente nenhum pássaro pode estar cantando lá fora

neste momento do ano e à noite!’. Ouvimos, e novamente escutamos as notas fracas e

melancólicas, tão doces, tão melodiosas, ainda assim misteriosas o suficiente para provo-

car por um momento nossa admiração indisfarçável. Realmente, meu amigo exclamou:

‘Vem da lenha no fogo!’, e logo constatamos que a sua surpresa afirmação estava correta.

O fogo estava revelando a música que estava presa no íntimo do coração do velho carvalho.

Por acaso ele tinha aprendido essa música nos dias em que tudo corria bem com ele,

quando os pássaros cantavam alegremente em seus galhos e a suave luz do sol salpicava

as suas ternas folhas com ouro; mas, ele tinha envelhecido desde então e endurecido; anel

após anel de crescimento nodoso selou a melodia há muito esquecida até que as línguas

ferozes das chamas chegaram a consumir a sua calosidade e o calor veemente do fogo

arrancou-lhe de uma vez uma canção e um sacrifício. ‘Oh! pensei que, quando o fogo da

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aflição extrai cânticos de louvor de nós, então realmente somos purificados e nosso Deus

é glorificado!’”.

“Talvez alguns de nós somos como este tronco de carvalho: frios, duros e insensíveis; não

emitiríamos nenhuns sons melodiosos, se não fosse o fogo aceso em nossa volta, que

libera ternas notas de confiança nEle, em alegre cumprimento de Sua vontade. Enquanto

eu ponderava, o fogo queimava e minha alma encontrou doce conforto na parábola tão es-

tranhamente estabelecida diante de mim. Cantando no fogo! Sim, Deus nos ajudando, se

essa é a única maneira de obter harmonia a partir destes corações duros e apáticos, deixe

a fornalha ser aquecida sete vezes mais do que antes”. Como a sofredora esposa obteve

o espírito e fé de seu marido, quem, nos seus sofrimentos, mais tarde, escreveu palavras

quase para o mesmo efeito que as anteriores!

A história do Fundo para Livros em seu departamento financeiro durante estes primeiros

dias e, de fato, até o presente, é muito parecida com a do Orfanato Stockwell ou Colégio

dos Pastores, em uma pequena escala. Dinheiro não solicitado viria das fontes mais ines-

peradas exatamente quando era necessário, e seria gasto, sem demora, na plena e fiel

expectativa de que mais se seguiria para tomar o seu lugar. Um registro no caderno de ano-

tações da Sra. Spurgeon um mês ou dois depois em que relata a mensagem do carvalho

queimando, diz: “Meu coração louva e exalta a bondade do Senhor, e minha mão de uma

vez registra a misericórdia que, como uma chuva abençoada na terra sedenta, tem tão

docemente recreado o meu espírito. Nesta tarde, um amigo constante e generoso trouxe

100 libras para o Fundo para Livros. Isso foi motivo de gratidão devota e grande alegria,

pois ultimamente um número invulgarmente elevado de livros saía de semana a semana,

embora os fundos fluíam menos livremente. Mas não foi até algumas horas depois de rece-

ber esta nobre doação que eu vi totalmente o terno cuidado e compassivo amor do Senhor

em enviar-me esta ajuda exatamente quando Ele sabia que eu mais intensamente a

necessitava. No correio tardio naquela noite veio a minha conta trimestral para livros, e tão

pesado ele era, que em medo e pressa eu me virei para meu livro de contabilidade para ver

o saldo disponível, e com uma emoção que eu não esquecerei facilmente, eu encontrei

isso, se não fosse pela dádiva de 100 libras algumas horas antes, eu estaria em dívida de

60 libras. O cuidado do Pai, assim, não impede o pardal de cair ao chão? Uma noite sem

dormir e muita aflição de espírito seriam o resultado da minha descoberta de tão grave défi-

cit em meus fundos, mas o amor vigilante do Senhor impediu isso. ‘Antes que eu chamasse,

Ele respondeu’, e embora o problema não estivesse muito distante, Ele disse: ‘Não serás

atingido’. Ó minha alma, bendiga ao Senhor e não te esqueças de nenhum de Seus amoro-

sos benefícios! Um tumulto de alegria e prazer surgiu dentro de mim enquanto eu vi naquele

incidente, não um mero acaso ou uma feliz combinação de circunstâncias, mas a orientação

e a mão de sustentação do amoroso Senhor, que tinha certamente organizado e ordenado

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para mim aquela forma agradável de conforto e alívio. ‘Eu sou pobre e necessitado, mas o

Senhor cuida de mim’. Uma nova revelação de Seu maravilhoso amor parece ser concedida

à minha alma por meio desta bênção oportuna e um cheque tornou-se um sinal exterior e

visível de uma graça interna e espiritual”.

“Apressei-me ao meu querido marido para que ele pudesse compartilhar de minha alegria,

e eu encontrei nele um ouvinte disposto para a velha doce história da graça e poder de seu

Mestre. Então, depois de uma ou duas palavras de louvor fervoroso a Deus em meu nome,

ele escreveu a seguinte carta ao amigo por cuja mão liberal nosso bom Deus tinha enviado

este livramento notável: “Caro amigo, gostaria que você soubesse por que você foi enviado

aqui nesta tarde, e que anjo de misericórdia você foi para minha querida esposa e por isso

para mim. O Senhor te abençoe. Logo depois que você se foi, a conta trimestral para livros

de minha esposa tornou-se em 340 libras, e ela tinha apenas 28 libras, além o seu cheque.

Pobre alma! ela nunca gastou mais do que a sua renda antes, e se você não tivesse vindo,

eu temo que a teria esmagado estar em dívida de 60 libras. Quão bom é o Senhor por

enviar-lhe em hora oportuna! Nós unimos nossos louvores juntos, e nós também unimos as

nossas muito gratas orações por você. Deus te abençoe, e compense as suas generosas

doações acima de todos os seus próprios desejos. Eu não poderia deixar de contar-lhe isso;

é um dos fatos reluzentes que fará com que as memórias felizes ajudem a sustentar a

nossa fé em tribulações futuras, se elas vierem novamente. Deus te abençoe. — Seu

cordialmente, C. H. SPURGEON”.

Exatamente uma semana após o registro acima no diário da Sra. Spurgeon encontramos

outra de significado similar. “20 libras de um novo amigo hoje! Meu coração continua sussur-

rando: ‘Complacente Deus, quão gentil!’. No início desta semana eu tinha hesitado sobre o

envio de minha ordem habitual de livros, tendo menos na mão do que justificaria um grande

aumento de estoque, mas arrisquei, e eis! o Senhor enviou-me tudo o que preciso para as

necessidades presentes, e com isso uma garantia firme ao meu filho de que ‘aqueles que

confiam nEle nunca serão envergonhados’”.

O dinheiro agora começava a ser recebido em quantias consideráveis. Doações de 25 e 50

libras de indivíduos não eram de forma alguma incomuns, e do grande Silver Wedding Testi-

monial apresentado pela Igreja do tabernáculo para C H. Spurgeon o Fundo para Livros

recebeu 100 libras, e o Fundo de Apoio aos Pastores outras 100 libras. É claro que houve

decepções, mas as tribulações apenas aumentavam a fé. Assim, depois de perder uma

esperada doação de 200 libras, a Sra. Spurgeon escreveu: “Um legado de 200 libras perdi-

da para o Fundo para Livros por um antigo e mui amado amigo torna-se nula e sem efeito

em consequência de legítimas imprecisões da vontade; e, assim, embora a querida terna

lembrança minha do falecido seja inalienável, eu perco a esplêndida ajuda ao meu amado

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trabalho. Ela pretendia aliviar em parte a minha tristeza por sua partida e, em certa medida

compensar a cessação da sua ajuda amorosa constante. Eu tento suportar a minha decep-

ção bravamente e afundar minha própria tristeza em simpatia com o Presidente na perda

muito mais pesada sustentada de modo semelhante ao Colégio dos Pastores, e embora eu

me senti, a princípio, em certa medida “prostrada” pela falha inesperada da minha boa

porção prometida, desde então, estou sustentada e confortada excessivamente, pois eu sei

que ‘o Senhor é capaz de me dar muito mais do que isso’, e isso afasta de mim todo pensa-

mento de murmuração, e me permite olhar de novo da ajuda humana para aquela infinita-

mente mais certa porção com que o Senhor supre todas as minhas necessidades, uma vez

que surgem. Talvez eu precisava de uma tal lição, e deveria aprendê-la bem ‘de coração’.

É bem possível que eu me senti muito exultante ao saber da generosa doação e considerei

as minhas riquezas com um pouco de orgulho carnal misturando-se com a gratificação que

era permitida; certo é que eu de uma vez considerei uma grande soma no final do ano,

totalmente eclipsando todos os valores anteriores, e pode ser que o Senhor viu que isso

não era bom para mim, e que a recepção de muito tesouro depositado na terra teria

perturbado e colocado em perigo aquela amável postura de dependência constante no meu

Deus, de modo que Ele ensinou-me a deleitar-me, e tão graciosamente honrou e recompen-

sou. Eu acho que também posso aprender com este evento adverso a bendizê-lO e louvá-

lO mais humildemente e de coração pela a Sua grande e imutável ‘vontade’ e porque os

‘Seus caminhos não são os nossos caminhos’”.

Depois de sua própria comparativa recuperação em 1879, o marido da Sra. Spurgeon

adoeceu e teve que ir para o sul da França, onde boletins frequentes foram telegrafados,

dando notícia de sua condição para a esposa ansiosa em casa. O trabalho do Fundo para

Livros, no entanto, a impediu de remoer a sua tristeza. O registro no caderno de anotações,

em dezembro diz: “Bendito seja Deus! Melhores notícias chegam agora. Os telegramas

cessaram e as cartas escritas com caneta instável por pobres mãos doloridas, ainda assim,

inefavelmente preciosas, têm chegado. Este difícil tempo de trabalho árduo tem sido um

benfeitor para mim, pois a urgência da correspondência diária não admite um que eu tenha

tempo para a tristeza, e a gestão do Fundo para Livros não conhece cessação enquanto o

Senhor envia tantos requerentes carentes”.

As dádivas não se limitavam aos pregadores pobres na Grã-Bretanha, embora, naturalmen-

te, a maioria dos volumes foram distribuídos na terra natal. Porém, muitos missionários têm

sido ajudados em seu trabalho por uma provisão do Fundo para Livros, e pregadores

nativos nas Índias Ocidentais, África e em outros lugares, têm participado nos benefícios

do Fundo. Em junho de 1879, o Bispo de Serra Leoa, Dr. Cheetham, que tinha ouvido falar

do bom trabalho que a Sra. Spurgeon havia instituído e estava empreendendo, chamou-a

até Helensburgh House, e solicitou a doação de “O Tesouro de Davi” para um de seus

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pastores negros. A Sra. Spurgeon prontamente prometeu dar esses livros, e também alguns

outros, e o Bispo antes de ir, deixou o seu nome inscrito como doador para o Fundo. Na

Jamaica, as dádivas dos livros foram muito apreciadas tanto pelos missionários ingleses

como por pastores nativos.

Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide!

Solus Christus! Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

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Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

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Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

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Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.