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UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS PARA PLATAFORMAS OFFSHORE. André Amadei Braga Projeto de Graduação apresentado no Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Naval e Oceânico. Orientador: Floriano Carlos Martins Pires Junior Rio de Janeiro Setembro de 2017

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Page 1: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS PARA

PLATAFORMAS OFFSHORE.

André Amadei Braga

Projeto de Graduação apresentado no Curso de

Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte

dos requisitos necessários à obtenção do título de

Engenheiro Naval e Oceânico.

Orientador: Floriano Carlos Martins Pires Junior

Rio de Janeiro

Setembro de 2017

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UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS PARA

PLATAFORMAS OFFSHORE.

André Amadei Braga

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO

NAVAL E OCEÂNICO.

Examinado por:

_________________________________________

Prof. Floriano C M Pires Jr, D. Sc.

(orientador)

_________________________________________

Prof. Luiz Felipe Assis, D.Sc.

(co-orientador)

_________________________________________

Prof. Jean David J E M Caprace, D. Sc.

_________________________________________

Prof. Richard David Schachter, Ph.D.

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BRAGA, André Amadei

Uma análise de um sistema de transporte de passageiros para

plataformas offshore./ André Amadei Braga. – Rio de Janeiro:

UFRJ/ Escola Politécnica, 2017.

X, 55 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Floriano Carlos Martins Pires Júnior

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de

Engenharia Naval e Oceânica, 2017

Referências Bibliográficas: p. 51.

1. Logística. 2. Simulação. 3. Passageiros. 4. Offshore. 5.

Plataforma. 6. Petróleo. I. Martins Pires Júnior, Floriano Carlos. II.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso

de Engenharia Naval e Oceânica. III. Uma Análise de um Sistema

de Transporte de Passageiros para Plataformas Offshore.

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iv

Agradecimentos

Ao meu irmão, por sua amizade e companheirismo.

Aos meus amigos da vida, por ajudar a passar todos os momentos difíceis que

enfrentei.

Ao meu amigo Arthur, por toda amizade e ajuda despendidas em minha jornada

acadêmica.

Ao meu orientador Floriano, pela solicitude e paciência diante dos muitos

empecilhos na execução deste projeto.

Aos meus pais por sempre terem sido meu porto seguro em todos os momentos de

minha vida.

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v

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro.

Uma Análise de um Sistema de Transporte de Passageiros para Plataformas Offshore.

André Amadei Braga

Setembro/2017

Orientador: Floriano C M Pires Jr.

Co-Orientador: Luiz Felipe Assis

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

O transporte de passageiros para plataforma offshore atualmente no Brasil é feito

via helicópteros. Porém, modelos alternativos da logística de passageiros têm sido

discutidos. Com base nisso, será feita uma comparação entre o modelo convencional e

um sistema que utiliza uma plataforma de apoio intermediária e a combinação de

helicópteros e embarcações de alta velocidade.

O modelo de simulação, criado no programa ARENA, compreende o transporte

dos passageiros da costa às plataformas e baseia-se em uma configuração estipulada,

representativa do cenário típico da exploração offshore brasileira. A comparação, feita

por meio de indicadores de desempenho operacionais, revela que a opção convencional é

mais atrativa.

Palavras-chave: Logística, Simulação, Passageiros, Offshore, Plataforma, Petróleo.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as part of the fulfillment of

the requirements for the degree of Engineer.

An analisys of passenger transport system for offshore platforms.

André Amadei Braga

September/2017

Advisor: Floriano C M Pires Jr.

Co-Advisor: Luiz Felipe Assis

Course: Ocean Engineering

The offshore platform passenger transport is done by helicopters currently in

Brazil. However, alternative passenger logistics models have been discussed. On this

basis, a comparison between the conventional model and a system that uses an

intermediate support platform and the combination of helicopters and high speed vessels.

The simulation model, made in ARENA software, covers crew transportation

from the shore to the platforms, and is based in a representative stipulated configuration

of typical Brazilian offshore scenario. The comparation, done by operational performance

indicators, reveals that the conventional alternative is more attractive from this

perspective.

Keywords: Logistic. Simulation, Passenger, Offshore, Platform, Petroleum.

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 2 - A LOGÍSTICA OFFSHORE ................................................................................. 2 3 - OBJETIVO ............................................................................................................ 2 4 - CENÁRIO OFFSHORE BRASILEIRO ............................................................... 3

Frequência de passageiros nas plataformas .................................................... 3

Distâncias da costa ......................................................................................... 3 Meios de transporte ........................................................................................ 6

4.3.1 - Helicópteros ............................................................................................ 7

4.3.2 - Embarcações de alta velocidade ............................................................. 7

Condições ambientais ..................................................................................... 8 4.4.1 - Altura de onda ......................................................................................... 8

4.4.2 - Velocidade de ventos .............................................................................. 9

5 - METODOLOGIA PARA SIMULAÇÃO DA LOGÍSTICA .............................. 10 Transporte de entidades ................................................................................ 10 Obtenção de dados ....................................................................................... 12

Atrasos .......................................................................................................... 14 Espera por condições de mar e vento ........................................................... 16

Outros módulos utilizados ............................................................................ 17 6 - MODELOS GERADOS ...................................................................................... 18

Modelo com plataforma de apoio................................................................. 19 6.1.1 - Transporte da costa ao HUB. ................................................................ 20

6.1.2 - Transporte do HUB às plataformas....................................................... 21

6.1.3 - Transporte das plataformas ao HUB ..................................................... 22

6.1.4 - Transporte do HUB até o porto ............................................................. 23

6.1.5 - Final do modelo .................................................................................... 23

Modelo sem plataforma de apoio ................................................................. 24 6.2.1 - Transporte da costa às plataformas ....................................................... 25

6.2.2 - Transporte das plataformas à costa ....................................................... 26

6.2.3 - Final do modelo .................................................................................... 27

7 - RESULTADOS ................................................................................................... 27 Tempo até as plataformas ............................................................................. 27 Tempo entre atendimentos às plataformas ................................................... 35 Tempo devido a operação na embarcação de alta velocidade ...................... 42

Número tripulantes na plataforma de apoio ................................................. 45 8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 50 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 51

10 - ANEXOS ............................................................................................................. 52

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viii

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localização dos elementos do modelo gerado ................................................ 5 Figura 2 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a condição de mar. ................ 9

Figura 3 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a velocidade de ventos. ....... 10 Figura 4 - Conjunto de módulos do programa arena necessários para a reprodução do

transporte de um local a outro. ....................................................................................... 11 Figura 5 - Conjunto de módulos do programa arena necessários à reprodução do modelo.

........................................................................................................................................ 11

Figura 6 - Exemplo de módulos Assign presentes no modelo. ...................................... 12 Figura 7 - Módulo ReadWrite usando os dados gerados pelo Assign. ........................... 13 Figura 8 - Ciclo de controle. ........................................................................................... 13 Figura 9 - Configurações do módulo Delay. .................................................................. 14 Figura 10 - Dados de tempo dos atrasos de cada um dos casos. .................................... 16

Figura 11 - Exemplo do módulo Hold. ........................................................................... 17 Figura 12 - Configurações do módulo Create. ............................................................... 17

Figura 13 - Configurações do módulo Decide. .............................................................. 18 Figura 14 - Configurações do módulo Dispose. ............................................................. 18 Figura 15 - Esquema do transporte de passageiros no modelo com plataforma de apoio.

........................................................................................................................................ 19

Figura 16 - Esquema ilustrativo do transporte da costa ao HUB. .................................. 20 Figura 17 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB às plataformas. ........................ 21

Figura 18 - Esquema ilustrativo do transporte das plataformas ao HUB. ...................... 22 Figura 19 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB ao porto. .................................. 23 Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24

Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros da costa às plataformas no modelo sem

plataforma de apoio. ....................................................................................................... 25 Figura 22 - Esquema do transporte de passageiros das plataformas à costa no modelo sem

plataforma de apoio. ....................................................................................................... 26

Figura 23- Representação da obtenção do tempo até plataformas no modelo com

plataforma de apoio. ....................................................................................................... 28

Figura 24 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até

plataformas com 1 HSV. ................................................................................................ 30 Figura 25 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até

plataformas com 2 HSVs. ............................................................................................... 33 Figura 26 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até

plataformas sem HSV. .................................................................................................... 35

Figura 27 - Representação da obtenção do tempo de atendimento a plataformas. ......... 36 Figura 28 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre

atendimentos a plataformas com 1 HSV. ....................................................................... 38 Figura 29 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre

atendimentos a plataformas com 2 HSVs. ...................................................................... 40 Figura 30 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre

atendimentos a plataformas sem HSV. ........................................................................... 42 Figura 31 - Representação da obtenção do tempo devido a operação com o HSV. ....... 43 Figura 32 - Histograma com os resultados do tempo devido ao uso dos HSVs. ............ 44

Figura 33- Representação da obtenção do número de tripulantes na plataforma de apoio.

........................................................................................................................................ 45 Figura 34 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 1 HSV.

........................................................................................................................................ 47

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Figura 1.35 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 2

HSVs. .............................................................................................................................. 49 Figura 36 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (da geração dos passageiros

ao transporte às plataformas). ......................................................................................... 52

Figura 37 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (das plataformas ao final da

simulação). ...................................................................................................................... 53 Figura 38 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (da geração de passageiros ao

transporte às plataformas). .............................................................................................. 54 Figura 39 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (das plataformas ao final da

simulação). ...................................................................................................................... 55

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x

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Distâncias da costa até as plataformas. ........................................................... 4 Tabela 2 - Distâncias entre os elementos do modelo........................................................ 6

Tabela 3 - Dados do helicóptero escolhido para a simulação........................................... 7 Tabela 4 - Dados da embarcação escolhida para a simulação .......................................... 7 Tabela 5 - Frequências de períodos e alturas de ondas..................................................... 8 Tabela 6 – Tempos de embarque, desembarque, atracação e desatracação dos HSVs ... 15 Tabela 7 - Tempo de embarque, desembarque decolagem e aterrissagem helicópteros 15

Tabela 8 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV. 29 Tabela 9 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 2 HSVs.

........................................................................................................................................ 32 Tabela 10 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações sem HSVs. 34 Tabela 11 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV.

........................................................................................................................................ 37 Tabela 12 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas com 2 HSVs ..... 39

Tabela 13 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas sem HSV. ........ 41 Tabela 14 – Frequências do tempo devido ao uso dos HSVs. ........................................ 44 Tabela 15 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com

1 HSV. ............................................................................................................................. 46

Tabela 16 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com

2 HSVs. ........................................................................................................................... 48

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1

1 - INTRODUÇÃO

O petróleo é uma commodity de extrema importância no mundo. Através do seu

refino [1], obtêm-se combustíveis para os mais diversos fins, lubrificantes, ceras,

plásticos em geral, impermeabilizantes, asfalto e diversos outros, todos muito utilizados

em importantes e diversos setores da sociedade atual. Desse modo, mesmo que, algum

dia, haja uma substituição do seu uso em alguns desses setores, ainda assim terá grande

importância no cenário mundial.

Atualmente, as reservas de petróleo mundiais se encontram por toda a crosta

terrestre, podendo estar em terra (onshore), ou no mar (offshore). Nas reservas que se

localizam nos continentes ou próximas deles, o sistema de prospecção é a maior

tecnologia a ser estudada: as plantas de extração são as que mais demandam tempo e

dinheiro.

Nas reservas longe da costa (a mais de 1000 metros de profundidade), que são o

foco desse projeto, outros problemas surgem: correntes marítimas tendendo a provocar

movimentação dos elementos de prospecção, grandes distâncias das refinarias,

dificuldades de manutenção e operação de equipamentos a grandes profundidades,

condições de mar severas próximo à linha d’água, entre outros.

Com essa enormidade de dificuldades a serem suplantadas, diversas soluções

foram encontradas. Hoje em dia há diversos tipos de plataformas, sendo as mais comuns

as plataformas semi-submersíveis, TLP, SPAR e FPSO.

Porém, só a inovação das plataformas não basta, já que há ainda uma série de

serviços a serem executados para o posicionamento e desempenho ótimo delas. Os

serviços de ancoragem, inspeções em linhas e dutos, controles de contingência, de

transporte e de armazenamento são os serviços mais comuns e levam a um grande

contingente de material humano e de equipamentos de apoio à extração.

Os sistemas logísticos requeridos para suportar as operações de exploração e

produção de petróleo e gás no mar são extremamente complexos [2, 3]. Os possíveis

efeitos de escala na produção dos serviços, decorrentes da operação integrada de

conjuntos de unidades de produção (clusters) e do desenvolvimento de plataformas de

apoio logístico (hubs) podem representar reduções extremamente significativas no custo

total de produção.

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2

2 - A LOGÍSTICA OFFSHORE

A logística offshore é de extrema complexidade. Compreende todo o suprimento

das plataformas e suas estruturas de apoio, de modo que o funcionamento correto da

estrutura de exploração e produção de petróleo depende desse aporte. Pode ser dividida

em três grandes tipos de operações: Logística de cargas, serviços e passageiros[4].

Cargas: É responsável por movimentar todo tipo de carga necessária para

a operação de perfuração e produção das unidades marítimas. Essas cargas

podem ser separadas em três tipos: carga de geral (tubos, rancho, materiais

químicos, ferramentas, equipamentos submarinos, etc), granéis sólidos e

líquidos (cimento, baritina, bentonita, fluido de poços, água, etc) e óleo

diesel.

Serviços: São embarcações que prestam serviços para as unidades de

produção e perfuração. Esses serviços variam desde movimentação de

âncoras e unidades até combate a incêndios ou vazamentos de óleo.

Passageiros: Trata da movimentação de pessoas entre o continente e as

unidades marítimas.

Falhas ou atrasos nas entregas de cada um desses elementos podem acarretar em

enormes prejuízos financeiros e ambientais. Por isso é muito importante que se tenha um

estudo aprofundado quanto a logística de apoio offshore.

3 - OBJETIVO

Este projeto tem como objetivo analisar e comparar configurações alternativas da

logística de passageiros em um campo de petróleo genérico. Esse estudo não será feito

com base em um caso específico. Para ser feita uma simulação, são necessários dados

condizentes com a realidade. Portanto, os dados a serem utilizados no modelo são típicos

das operações no Brasil

A configuração a ser considerada é um campo com um conjunto de cinco FPSO.

O transporte de passageiros até esse cluster será analisado com base no tempo que cada

alternativa desempenha esse papel.

As alternativas investigadas serão: o trânsito da tripulação ser somente via

helicópteros; e utilizando uma plataforma de apoio intermediária.

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3

A primeira alternativa é a mais convencional nos campos de petróleo offshore ao

redor do mundo. O trânsito de passageiros é realizado integralmente por helicópteros.

Portanto, será feita a movimentação do porto até cada uma das plataformas por vias

aéreas.

Já a segunda é baseada no uso de uma plataforma localizada entre a costa e as

plataformas (HUB). Essa tem como função receber os passageiros de todo o cluster e

distribuí-los às suas devidas plataformas. O transporte da costa à de apoio será realizado

por uma embarcação de alta velocidade (HSV) e dela às exploratórias será feita via

helicópteros.

4 - CENÁRIO OFFSHORE BRASILEIRO

Como dito anteriormente, para a realização e validação do modelo, é necessário o

uso de dados reais. Para isso, foram utilizados dados relativos ao cenário mais próximo

desse estudo. Dados do cenário offshore brasileiro serão usados no modelo e serão

expostos nos sub-capítulos a seguir.

Frequência de passageiros nas plataformas

Considerando uma plataforma com 110 tripulantes, e que sabe-se que cada

trabalhador fica embarcado por 14 dias, pode-se concluir que deve-se, a cada 14 dias,

repor 110 passageiros a plataforma [7]. Julga-se necessário o uso de uma margem de 15

porcento desse valor para serviços eventuais que precisem de mais mão de obra.

Desse modo, tem-se 127 passageiros a cada 14 dias. Decidiu-se dividir essa

entrega em intervalos de 7 dias. Portanto, a entrega será feita com 64 passageiros a cada

7 dias para cada plataforma do cluster.

Distâncias da costa

Primeiramente, viu-se a necessidade de investigar qual a distância em que essas

plataformas offshore se encontram da costa brasileira. No site da maior concessionária de

de exploração e produção de petróleo no Brasil, é possível descobrir as distâncias de

algumas de suas plataformas em operação.

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4

Tabela 1 - Distâncias da costa até as plataformas.

Plataformas Distância da costa (Km) Tipo Ano

CIDADE DE ITAJAÍ 210 FPSO 2013

P-55 125 Semi-submersível 2013

P-63 110 FPSO 2013

P-61 110 TLWP 2013

P-58 85 FPSO 2013

P-62 125 FPSO 2013

CIDADE DE PARATY 300 FPSO 2013

CIDADE DE SÃO PAULO 300 FPSO 2013

CIDADE DE ILHABELA 300 FPSO 2014

CIDADE DE MANGARATIBA 300 FPSO 2014

Fonte: Petrobras [5]

Com base nesses dados, a distância escolhida será a maior dentre as encontradas.

Portanto, será de 300 quilômetros da costa. Essa escolha é feita pois acredita-se que o uso

da plataforma de apoio torna-se mais viável a medida que a distância da costa aumenta.

Para a distância do HUB à costa, deve-se ser feita uma estimativa. Em posse do

cenário representativo da posição das plataformas, tem-se que o padrão é que abranjam a

faixa de 85 a 300 quilômetros da costa.

A posição da plataforma de apoio será considerada como a média dos dois

extremos, resultando em 192,5 quilômetros. O programa utilizado para a simulação aceita

apenas números inteiros, portanto o valor a ser adotado é de 193 quilômetros.

As plataformas, segundo as contas iniciais, devem ficar a 107,5 quilômetros da

plataforma de apoio. Novamente, como só números inteiros podem ser inseridos como

distância na simulação, o valor foi arredondado para 108 quilômetros. A configuração da

localização dos elementos do modelo está representada a seguir.

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5

Figura 1 - Localização dos elementos do modelo gerado

As distâncias entre os elementos do sistema estão representadas na tabela a seguir,

levando em conta que a distância entre os elementos nesse modelo é a mesma

independentemente do sentido do deslocamento.

Page 16: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

6

Tabela 2 - Distâncias entre os elementos do modelo.

Distância entre elementos (Km)

Plataforma de apoio - Plataforma 1 108

Plataforma de apoio - Plataforma 2 108

Plataforma de apoio - Plataforma 3 108

Plataforma de apoio - Plataforma 4 108

Plataforma de apoio - Plataforma 5 108

Porto - Plataforma de apoio 193

Plataforma 1 - Plataforma 2 42

Plataforma 1 - Plataforma 3 82

Plataforma 1 - Plataforma 4 120

Plataforma 1 - Plataforma 5 153

Plataforma 2 - Plataforma 3 42

Plataforma 2 - Plataforma 4 82

Plataforma 2 - Plataforma 5 120

Plataforma 3 - Plataforma 4 42

Plataforma 3 - Plataforma 5 82

Plataforma 4 - Plataforma 5 42

Porto - Plataforma 1 280

Porto - Plataforma 2 296

Porto - Plataforma 3 301

Porto - Plataforma 4 296

Porto - Plataforma 5 280

Meios de transporte

Parte importante da simulação da logística de pessoas é estabelecer quais

elementos transportadores serão utilizados no modelo. Dessa maneira, deve-se definir

quais serão os helicópteros e embarcações a serem adotados.

Não há a possibilidade de um transportador partir sem estar com todos os

passageiros a que foi atribuído no software de simulação. Isso fez com que os valores de

passageiro dos meios de transporte necessitassem ser ajustados para que fossem divisores

e múltiplos do número de passageiros chegando. Esses ajustes foram explicitados nos

dois sub-capítulos posteriores (4.3.1 e 4.3.2).

Page 17: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

7

4.3.1 - Helicópteros

O helicóptero escolhido foi o S92 da empresa Sikorsky. A tabela 3 mostra seus

dados principais. A restrição de altura máxima de ondas deve-se à movimentação dos

helidecks das plataformas, que inviabiliza a decolagem e aterrissagem dos helicópteros.

Tabela 3 - Dados do helicóptero escolhido para a simulação

Helicóptero Sikorsky S-92

Capacidade (pax) 19

Velocidade (km/h) 280

Alcance (km) 999

Velocidade máxima do vento (km/h) 64,8

Altura máxima de ondas (m) 4

Fonte: Sikorsky e COPPETEC[6, 7]

No modelo, o número de passageiros em cada helicóptero foi estipulado em 16.

Esse valor valor foi escolhido pois é divisor do número de tripulantes entrando no sistema

acima estipulado.

4.3.2 - Embarcações de alta velocidade

O modelo de HSV escolhido foi o Incat Crowther 12088. A tabela 4 mostra seus

principais dados.

Tabela 4 - Dados da embarcação escolhida para a simulação

Embarcação Incat IC12088

Comprimento total LOA (m) 70

Boca (m) 16

Calado (m) 2

Capacidade (pax) 150

Velocidade de serviço (km/h) 55,56

Velocidade máxima de vento (km/h) 64.8

Altura máxima de onda (m) 4

Fonte: COPPETEC e Incat Crowther [7, 8]

No modelo, o número de passageiros em cada embarcação de alta velocidade foi

estipulado em 160. Foi escolhido esse valor pois esse número é divisível por 16, que é o

número de passageiros a serem levado pelos helicópteros.

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8

Condições ambientais

4.4.1 - Altura de onda

Para se ter a condição de onda, primeiro deve-se encontrar um levantamento das

alturas de ondas encontradas. Foi encontrado um levantamento desse para a bacia de

Campos, no sudeste brasileiro.

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8

Tabela 5 - Frequências de períodos e alturas de ondas.

Período (s) 0,0-2,0 2,0-4,0 4,0-6,0 6,0-8,0 8,0-10,0 10,0-12,0 12,0-14,0 14,0-16,0 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 Total

Altura (m)

0,0-0,5 85171 166779 50632 10991 2167 425 110 25 13 7 5 0 316325

0,5-1,0 11867 208032 229458 111698 40289 11835 2862 547 132 49 17 0 616786

1,0-1,5 322 47777 164356 145537 73169 27184 7458 1481 271 55 32 0 467642

1,5-2,0 6 6545 64094 85930 53460 23925 7570 1592 266 41 25 0 243454

2,0-2,5 0 742 19753 38224 27785 14938 5669 1263 190 37 13 2 108616

2,5-3,0 0 82 5311 14769 12522 8057 3290 798 149 11 3 0 44992

3,0-3,5 0 6 1277 5433 5522 4149 1907 510 90 10 3 0 18907

3,5-4,0 0 1 309 2006 2350 1963 987 265 51 3 0 0 7935

4,0-4,5 0 0 69 733 1117 973 535 168 33 1 0 0 3629

4,5-5,0 0 0 12 234 513 507 321 60 11 0 0 0 1658

5,0-5,5 0 0 4 83 230 271 165 52 6 0 0 0 811

5,5-6,0 0 0 1 30 115 123 86 23 1 0 0 0 379

6,0-6,5 0 0 0 8 39 69 35 12 0 0 0 0 163

6,5-7,0 0 0 0 3 21 26 16 2 0 0 0 0 68

7,0-7,5 0 0 0 0 5 18 15 2 0 0 0 0 40

7,5-8,0 0 0 0 2 3 3 7 0 0 0 0 0 15

8,0-8,5 0 0 0 0 2 3 1 0 0 1 0 0 7

8,5-9,0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 4

9,0-9,5 0 0 0 0 1 2 1 0 0 0 0 0 4

9,5-10,0 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 4

10,0-10,5 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

10,5-11,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11,0-11,5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11,5-12,0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1

Total 97366 429964 535276 415681 219311 94477 31039 6800 1213 215 98 2 1831442

Fonte: SIMO [9]

Page 20: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

9

A análise desses dados cabe ao software Input Analyzer que pertence ao conjunto

ARENA. A entrada do programa são os dados de altura de onda, e o programa é

responsável por calcular qual a distribuição mais se aproxima da série de dados.

Figura 2 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a condição de mar.

Portanto, tem-se a condição de mar para navegar:

𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎𝑠 = 12 ∗ 𝐵𝐸𝑇𝐴(2.07, 20.2)

4.4.2 - Velocidade de ventos

Através de dados obtidos das velocidades dos ventos na costa brasileira [7].

Tornou-se possível a obtenção de uma distribuição das velocidades de vento.

A análise desses dados cabe ao software Input Analyzer que pertence ao conjunto

ARENA. A entrada do programa são os dados velocidade do vento em quilômetros por

hora, e o programa é responsável por calcular qual a distribuição mais se aproxima da

série de dados.

Page 21: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

10

Figura 3 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a velocidade de ventos.

Portanto, é possível obter a distribuição que melhor se enquadra na série de dados

de referência.

𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜

= NORM(24.8, 10.8)

5 - METODOLOGIA PARA SIMULAÇÃO DA LOGÍSTICA

O programa utilizado para as simulações propostas foi o ARENA. Neste capítulo

será dada uma introdução de como os módulos do programa foram tratados e qual sua

utilidade na construção do modelo.

Transporte de entidades

O modelo deve conceber um transportador que leve entidades de um ponto a outro.

Afim de viabilizar essa reprodução, utiliza-se um conjunto de módulos do software.

Page 22: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

11

Figura 4 - Conjunto de módulos do programa arena necessários para a reprodução do

transporte de um local a outro.

Deve-se ter o módulo Station, que representa um local físico pelo qual os

passageiros passarão. Depois disso, é necessário um módulo Request, que faz o pedido

para que o transportador do sistema (no caso do modelo helicópteros ou HSVs) saia da

localidade que se encontra e se dirija a estação em que eles estão. A seguir o módulo

Transport, que executa a ordem de transporte de uma estação a outra.

Feito o transporte, há a necessidade de um novo módulo Station, que represente o

local de destino dos passageiros. Finalmente, o módulo Free, que libera o transportador

da estação de chegada para que esse possa realizar outros transportes no sistema.

No programa, os transportadores têm a capacidade de transportar apenas uma

entidade. Para viabilizar o transporte de mais entidades pelos transportadores do modelo

(helicópteros devem transportar 16 passageiros e embarcações de alta velocidade 160),

deve-se adicionar mais dois módulos a esse conjunto.

Figura 5 - Conjunto de módulos do programa arena necessários à reprodução do

modelo.

Station inicial Request Transport

Station final Free

Page 23: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

12

São acrescentados, portanto, os módulos Batch e Separate. São módulos

antagônicos. O primeiro tem como função condensar uma quantidade pré-determinada de

entidades em uma unitária que as represente. Isso possibilita que um transportador faça o

transporte de qualquer número de passageiros. Já o segundo atua separando a entidade

representativa criada pelo primeiro, retornando as entidades normais do sistema.

Obtenção de dados

Há, para a análise desejada do modelo, a necessidade de que se guardem certos

dados que o relatório do programa não abrange. Serão, portanto, necessários módulos

próprios para a gravação de dados.

A gravação de dados foi feita por meio de dois módulos: Assign e ReadWrite. O

primeiro guarda dados que sejam interessantes ao usuário e o segundo permite que sejam

gravados em um programa externo (nesse caso foi escolhido o Microsoft Excel).

Neste presente projeto todos os módulos Assign foram atribuídos com a variável

TNOW, que retorna o tempo em que cada entidade passa por esse módulo.

Figura 6 - Exemplo de módulos Assign presentes no modelo.

Page 24: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

13

Figura 7 - Módulo ReadWrite usando os dados gerados pelo Assign.

No caso do modelo com HUB, afim de contribuir no dimensionamento da

plataforma intermediária, julgou-se necessário avaliar a quantidade de tripulação que

essa deveria ter capacidade para abrigar.

Uma alternativa era utilizar um módulo Assign dentro do modelo e depois gravá-

lo no Excel por meio de ReadWrite, como foi feito com outros dados. Assim, toda vez

que entidades passasem pelos módulos, seria gravado o número de entidades que estavam

no HUB. Isso gerou muito poucos dados, pois muito movimento acontece no sistema

dentro do intervalo de tempo entre uma entidade e outra.

A solução foi fazer um ciclo de controle paralelo ao ciclo do modelo propriamente

dito. Desse modo, é possível ter dados da tripulação presente no HUB em intervalos de

tempo regulares (no sistema adotou-se dez minutos), obtendo-se, assim, mais dados.

Figura 8 - Ciclo de controle.

Page 25: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

14

Os dados foram obtidos a partir da medição do tamanho das filas de todos os

módulos correspondentes à presença da tripulação no HUB. A fórmula abaixo está

inserida no módulo ReadWrite.

𝑇𝑟𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜𝐻𝑈𝐵

= (𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒 𝑑𝑒 𝑣ô𝑜 + 𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝑃𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 ℎ𝑒𝑙𝑖𝑐ó𝑝𝑡𝑒𝑟𝑜)

∗ 16

+ (𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑣𝑒𝑔𝑎𝑟 + 𝐹𝑖𝑙𝑎𝑃𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝐻𝑆𝑉 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎)

∗ 160 + 𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝐽𝑢𝑛çã𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑒𝑙𝑖𝑐ó𝑝𝑡𝑒𝑟𝑜

+ 𝐹𝑖𝑙𝑎𝐽𝑢𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑡𝑟𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝐻𝑆𝑉

Atrasos

Todas as operações de embarque e desembarque geram atrasos, seja na dos

helicópteros ou dos HSVs. Esse atraso faz diferença no total de tempo de trânsito da

tripulação até as plataformas e no tempo dispensado pelos transportadores, já que têm que

esperar o embarque e desembarque para fazer o transporte e serem liberados.

O módulo Delay tem como função representar esse tipo de atrasos. Ele funciona

retendo a entidade por um tempo pré-determinado pelo usuário.

Figura 9 - Configurações do módulo Delay.

Através do uso do módulo Delay, o modelo contempla esses atrasos em todas as

operações em que há embarque e desembarque. Pode-se verificar os valores dos atrasos

adotados pelas tabelas abaixo.

Page 26: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

15

Tabela 6 – Tempos de embarque, desembarque, atracação e desatracação dos HSVs

Tempo de embarque

HSV 1

Tempo de embarque

HSV 2

Tempo desembarque

HSV 1

Tempo desembarque

HSV 2

Porto - HUB

HUB - Porto

Porto - HUB HUB – Porto

Embarque no porto (150 pax; 800 pax/h)

0,187 h

0,187

Desatracação no porto 0,25 h 0,25

Manobra no porto 0,25 h 0,25

Atracação na plataforma 0,25 h 0,25

Desembarque na plataforma (150 pax; 200 pax/h)

0,75 h 0,75

Embarque na plataforma (150 pax; 200 pax/h)

0,75 h 0,75

Desatracação na plataforma 0,25 h 0,25

Manobra no porto 0,25 h 0,25

Atracação no porto 0,25 h 0,25

Desembarque no porto (150 pax; 800 pax/h)

0,187 h

0,187

Tempo total dos Delay HSVs (horas)

- 0,687 1 1 0,687

Tabela 7 - Tempo de embarque, desembarque decolagem e aterrissagem helicópteros

Tempo de embarque decolagem helicoptero 1, 2, 3, 4 e 5

Tempo de embarque decolagem helicoptero

6, 7, 8, 9 e 10

Tempo de desembarque aterrissagem helicoptero 1, 2, 3, 4 e 5

Tempo de desembarque aterrissagem helicoptero

6, 7, 8, 9 e 10

HUB - Plataformas

Plataformas - HUB

HUB - Plataformas

Plataformas – HUB

Abastecimento e inspeção 0,667 h

Embarque heliporto (19 pax; 200 pax/h)

0,06 h 0,06

Decolagem 0,05 h 0,05 0,05

Aterrissagem 0,05 h 0,05 0,05

Desembarque plataforma (19 pax; 200 pax/h)

0,06 h 0,06

Embarque plataforma (19 pax; 200 pax/h)

0,06 h 0,06

Desembarque heliporto 0,06 h 0,06

Tempo total dos Delay Helicópteros (horas)

- 0,11 0,11 0,11 0,11

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16

Esses dados foram colocados no programa nos módulos correspondentes a cada

um dos casos na tabela.

Figura 10 - Dados de tempo dos atrasos de cada um dos casos.

Espera por condições de mar e vento

As condições ambientais impactam de forma considerável no transporte de

passageiros. Isso decorre das limitações que os transportadores têm para realizar seu

trabalho. Essas limitações podem ser vistas nas tabelas 2 e 3. Nota-se que as limitações

da embarcação de alta velocidade e do helicóptero são as mesmas: 64,8 quilômetros por

hora de ventos e 4 metros de altura de onda.

Para representar esse possível atraso, usou-se das distribuições obtidas nas seções

4.4.1 e 4.4.2 em um módulo Hold.

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17

Figura 11 - Exemplo do módulo Hold.

Outros módulos utilizados

Mais módulos são necessários à criação do modelo. Eles serão listados e

apresentados a seguir:

Create: Esse módulo introduz entidades ao sistema. Cria quantidades pré-

determinadas de entidades em intervalos de tempo (ou distribuições

probabilistica dele) também definidos pelo usuário.

Figura 12 - Configurações do módulo Create.

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18

Decide: Esse módulo tem como função criar caminhos alternativos ao

modelo. Através de decisões baseadas em informações que o usuário

introduz, ele é capaz de condicionar a entidade para diversos rumos

diferentes no modelo.

Figura 13 - Configurações do módulo Decide.

Dispose: Esse módulo é responsável pelo descarte das entidades. Esse

descarte é necessário para finalizar o modelo.

Figura 14 - Configurações do módulo Dispose.

6 - MODELOS GERADOS

Para a simulação das alternativas de transporte a serem analisadas, dois modelos

foram criados no software ARENA: um com uma plataforma centralizadora e o uso de

embarcações de alta velocidade, sendo tratado como “Modelo com plataforma de apoio”;

e outro com o transporte da costa até as plataformas somente via helicópteros, sendo

tratado como “Modelo sem plataforma de apoio”. O modelo será simulado no período de

1 ano (8760 horas).

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19

O software não aceita caracteres não existentes na língua inglesa, como a

acentuação. Por esse motivo há alguns erros de ortografia nos nomes dos módulos. Os

modelos desenvolvidos podem ser encontrados nos anexos deste relatório (Capítulo 10).

Modelo com plataforma de apoio

Este modelo retrata o transporte da tripulação em sua maior parte feito por um

navio de alta velocidade (HSV). A tripulação deve ser alocada em uma plataforma de

apoio para que, a partir dessa, faça-se a distribuição das tripulações às suas determinadas

plataformas de destino via helicópteros.

Dessa maneira, o modelo a ser feito deve compreender o transporte da costa até o

HUB e dele até as plataformas.

Acredita-se que, para que o modelo seja crível, esses transportadores não devem

só abastecer as plataformas, como também devem fazer o caminho inverso. Isso significa

que o modelo deve incluir também a volta da tripulação já embarcada até a costa.

Por essa razão, assim que os helicópteros atingirem as plataformas a que a

tripulação está destinada, eles já retornam ao HUB com tripulantes, o que representa a

volta dos que já completaram seu turno.

Figura 15 - Esquema do transporte de passageiros no modelo com plataforma de apoio.

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20

6.1.1 - Transporte da costa ao HUB.

Figura 16 - Esquema ilustrativo do transporte da costa ao HUB.

Para a criação do modelo, primeiramente deve-se introduzir o módulo Create.

Como nosso modelo será feito para um cluster de cinco plataformas, o mesmo número

de módulos foram criados, sendo cada um responsável pela geração da tripulação de cada

plataforma.

O próximo passo é alocar a tripulação de todas as plataformas na primeira estação

do modelo. Nesse estudo, é necessário que todas partam de um porto, ou seja, da costa.

Para a criação do porto, deve-se utilizar o módulo Station.

Como nosso sistema deve levar mais de um tripulante, o uso do módulo Batch,

que tem como função agrupar temporariamente várias entidades e transformá-las em

somente uma, torna-se necessário.

O próximo passo é fazer o pedido do Transporter, nesse caso o HSV. Para isso é

utilizado o módulo Request. A seguir o transporte até o HUB é feito pelo módulo

Transport, como supracitado.

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21

6.1.2 - Transporte do HUB às plataformas

Figura 17 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB às plataformas.

Nesta fase tem-se, inicialmente, o módulo de estação da plataforma de apoio.

Como será feito o transporte do HUB às plataformas utilizando o módulo Transport, os

módulos necessários serão bem parecidos com os do sub-capítulo anterior, com a exceção

de um módulo necessário para liberar o transportador que acaba de realizar seu trabalho:

o módulo Free.

Logo após o fim do transporte já é possível liberar o HSV, assim utiliza-se esse

módulo seguidamente ao da estação de destino.

Chegada a tripulação na plataforma intermediária, deve-se separar a entidade que

representa toda a tripulação que foi levada pelo HSV. Para isso, usa-se o módulo Separate.

Após separada toda a tripulação recém chegada da costa, aloca-se cada indivíduo

para sua plataforma correspondente. Para isso, usa-se o módulo Decide, que, através dos

Page 33: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

22

tipos atribuídos para as entidades criadas (Tripulacao plataforma 1, 2, 3, 4 e 5), as

direciona para a plataforma a que foram designadas.

Posteriormente, a tripulação é agrupada para tornar-se uma única entidade a ser

transportada pelos helicópteros através do comando Batch. Após isso, faz-se o pedido dos

helicópteros através do módulo Request e a ordem de transporte é feita pelo módulo

Transport.

6.1.3 - Transporte das plataformas ao HUB

Figura 18 - Esquema ilustrativo do transporte das plataformas ao HUB.

Chegando às estações das plataformas, há a liberação dos helicópteros através do

módulo Free. A seguir, desfaz-se a junção anterior para o transporte das unidades

(módulo Separate) e há um novo módulo Decide, para que, novamente, sejam separadas

as tripulações para cada uma das plataformas.

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23

Posteriormente, a tripulação é reagrupada para tornar-se uma única entidade a ser

transportada pelos helicópteros (módulo Batch), há o pedido dos helicópteros através do

módulo Request e a ordem de transporte é feita pelo módulo Transport.

6.1.4 - Transporte do HUB até o porto

Figura 19 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB ao porto.

Estando agora na estação do HUB, há a liberação dos helicópteros (módulo Free),

a separação da entidade utilizada para o transporte (módulo Separate), e a junção para

que se forme a entidade representativa de toda a tripulação que será transportada pela

embarcação de alta velocidade (módulo Batch). Após isso tem-se o pedido da embarcação

(módulo Request) e o transporte via HSV (módulo Transport).

6.1.5 - Final do modelo

Nessa parte final, há a chegada na estação do porto (módulo Station), a liberação

do HSV (módulo Free), a separação da entidade representativa do transporte (módulo

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24

Separate) a liberação das entidades, que é um processo necessário para que acabe o ciclo

de simulação (módulo Dispose).

Modelo sem plataforma de apoio

Este modelo retrata a alternativa logística mais utilizada. O transporte da costa às

plataformas é realizado integralmente por helicópteros. Portanto deve compreender o

transporte de ida e volta da costa até as cinco plataformas.

Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.

Page 36: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

25

6.2.1 - Transporte da costa às plataformas

Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros da costa às plataformas no modelo

sem plataforma de apoio.

De maneira análoga ao modelo anterior, deve-se ter cinco criações de entidades

(módulo Create), uma cada plataforma de destino. As entidades, nesse momento, devem

estar na costa, portanto deve-se criar uma estação inicial que represente o porto (módulo

Station).

As entidades devem ser separadas para ter destino nas plataformas a que

pertencem (módulo Decide). Para isso devemos separá-las de acordo com o tipo dado a

elas quando criadas.

Posteriormente, é necessário agrupar as entidades em grupos de 16 e transformá-

las em apenas 1 (módulo Batch), para que o seu transporte realize-se. O pedido do

helicóptero (módulo Request) deve ser feito para que o transportador venha até a estação

porto. Enfim, dá-se a ordem de transporte (módulo Transport).

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26

6.2.2 - Transporte das plataformas à costa

Figura 22 - Esquema do transporte de passageiros das plataformas à costa no modelo

sem plataforma de apoio.

Chegando às estações das plataformas (módulo Station) , há a liberação dos

helicópteros (módulo Free). A seguir, desfaz-se a junção da entidade representativa

anterior para o transporte das unidades (módulo Separate) e há um novo módulo Decide,

para que, novamente, sejam separadas as tripulações para cada uma das plataformas.

Posteriormente, a tripulação é reagrupada para tornar-se uma única entidade a ser

transportada pelos helicópteros (módulo Batch), há o pedido dos helicópteros (módulo

Request) e a ordem de transporte até o porto é feita (módulo Transport).

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6.2.3 - Final do modelo

As entidades chegam na estação do porto (módulo Station), há a liberação dos

helicópteros (módulo Free) e a liberação das entidades (módulo Dispose).

7 - RESULTADOS

Neste capítulo, serão apresentados os dados obtidos das simulações variando o

número de HSVs e o número de helicópteros. Como dito anteriormente, essa análise se

baseia no tempo que o emprego das alternativas comentadas resulta na logística de

pessoas.

Os resultados de todas as simulações estão nas tabelas. Os gráficos não

compreendem todas as simulações feitas, pois são muitas e colocá-las em gráficos no

relatório inviabilizaria a visualização deles. Algumas simulações foram selecionadas para

estarem nos gráficos e representarem o comportamento de todas.

As simulações foram feitas com 1, 2, 3 e 4 embarcações de alta velocidade. Os

resultados com 3 e 4 embarcações apresentaram-se iguais aos de 2 embarcações. Desse

modo, eles não serão demonstrados no presente relatório.

Tempo até as plataformas

O tempo até as plataformas será, nessa análise, o quesito mais importante a ser

considerado para a comparação entre as alternativas logísticas. Esse dado representa o

tempo empregado para o deslocamento dos passageiros da costa às plataformas, em que

eles já estejam em condições de trabalhar.

Dessa forma, esse tempo é a diferença entre o momento que os passageiros

terminam de desembarcar de seus transportadores nas plataformas e o que entram no

sistema para serem levados até elas.

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28

Figura 23- Representação da obtenção do tempo até plataformas no modelo com

plataforma de apoio.

Esses dados foram obtidos utilizando-se dois módulos Assign e um módulo

ReadWrite. Um Assign no início do modelo e outro logo após a separação da tripulação

do helicóptero guardam o momento em que cada entidade passa pelas respectivas partes.

Ao módulo ReadWrite cabe fazer a subtração dos dois e gravá-los no Excel.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo até plataformas nas

simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 1 HSV. O número de

helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.

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29

Tabela 8 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV.

1 HSV (taxa de utilização 13%)

Número de helicópteros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Tempo até plataformas (horas)

até 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 – 9 848 1696 2544 3392 4240 5088 5936 6784 7616 8448 8448 8448 8448 8448 8448

9 – 11 848 1696 2544 3392 4208 3360 2512 1664 832 0 0 0 0 0 0

11 – 13 848 1696 2528 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

13 – 15 848 1696 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

15 – 17 848 1664 672 1664 4160 4992 5824 6656 7488 8320 8320 8320 8320 8320 8320

17 – 19 848 1664 2496 3328 4160 3328 2496 1664 832 0 0 0 0 0 0

19 – 21 848 1664 2496 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21 – 23 672 0 1824 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

23 – 25 352 1664 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25 – 27 656 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

27 – 29 832 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

29 – 31 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

31 – 33 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

33 – 35 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

35 – 37 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

37 – 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

39 – 41 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

41 – 43 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

43 – 45 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

45 – 47 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

47 – 49 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

49 – 51 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

51 – 53 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Média 28,6534 17,3957 14,7838 13,7915 12,6443 12,4098 12,1979 11,9937 11,7499 11,4984 11,4990 11,5075 11,5096 11,5071 11,5136

Taxa utilização helicópteros 46% 23% 16% 12% 9% 8% 7% 6% 5% 5% 4% 4% 4% 3% 3%

Soma 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768

Page 41: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

30

Figura 24 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até plataformas com 1 HSV.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

até 7 7 - 9 9 - 11 11 - 13 13 - 15 15 - 17 17 - 19 19 - 21 21 - 23 23 - 25 25 - 27 27 - 29 29 - 31 31 - 33 33 - 35 35 - 37 37 - 39 39 - 41 41 - 43 43 - 45 45 - 47 47 - 49 49 - 51 51 - 53

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo até plataformas

Histograma tempo total até plataformas 1 HSV

1 helicóptero 4 helicópteros 7 helicópteros 10 helicópteros 13 helicópteros 15 helicópteros

Page 42: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

31

Percebe-se que o tempo até as plataforma com 1 HSV fica muito alto. No melhor

dos cenários, a média do tempo de entrega fica em 11 horas e 30 minutos. Há, claramente,

dois grandes grupos de tempo de chegada. O que se atribui ao gargalo do transporte via

HSV: a chegada de tripulação é grande se comparada à capacidade de apenas 1

embarcação para absorvê-la.

Outro fato que se pode notar é que, nas simulações com menor tempo de trânsito,

a taxa de utilização dos helicópteros é bem pequena, ficando em 3% nos casos com 14 e

15 helicópteros.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo até plataformas nas

simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 2 HSVs. O número de

helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.

Page 43: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

32

Tabela 9 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 2 HSVs.

2 HSV (taxa de utilização 6%)

Número de helicópteros 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Tempo até plataformas (horas)

até 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 - 9 6784 7616 8448 9280 10112 10944 11776 12608 13440 14272 15104 15936 16768 16768

9 - 11 6656 7488 8320 7488 6656 5824 4992 4160 3328 2496 1664 832 0 0

11 - 13 3328 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

13 - 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

15 - 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

17 - 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

19 - 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21 - 23 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

23 - 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25 - 27 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

27 - 29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

29 - 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

31 - 33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

33 - 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

35 - 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

37 - 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

39 - 41 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

41 - 43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

43 - 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

45 - 47 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

47 - 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

49 - 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

51 - 53 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Média 8,9753 8,6603 8,3135 8,1950 8,0731 7,9640 7,8649 7,7657 7,6644 7,5585 7,4316 7,3048 7,1786 7,1910

Taxa utilização helicópteros 6% 5% 5% 4% 4% 4% 3% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2%

Soma 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768

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33

Figura 25 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até

plataformas com 2 HSVs.

Nas simulações com 2 embarcações de alta velocidade, pode-se ver que o

problema do gargalo na logística devido ao baixo número de embarcações já não existe:

nos cenários com 20 e 21 helicópteros há apenas um grande grupo de tempo em que as

tripulações alcançam seu objetivo.

Por esse motivo, a média de tempo apresentada nessas simulações é bem menor

que a anterior: nos melhores cenários encontra-se a média de 7 horas e 10 minutos.

A taxa de utilização dos helicópteros também é bastante baixa. Nos cenários com

o menor tempo gasto, ela é de 2%.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo até plataformas nas

simulações realizadas sem a utilização da plataforma de apoio e, portanto, nenhum HSV.

O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

até 7 7 - 9 9 - 11 11 - 13 13 - 15 15 - 17 17 - 19 19 - 21 21 - 23 23 - 25 25 - 27 27 - 29

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo até plataformas

Histograma tempo total até plataformas 2 HSVs

8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros 21 helicópteros

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34

Tabela 10 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações sem HSVs.

Número de helicópteros

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Tempo total até plataformas

0 - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1 - 2 4240 5088 5936 6784 7632 8480 9328 10176 11024 11872 12720 13568 14416 15264 16112 16960

2 - 3 4240 5088 5936 6784 7632 8480 7632 6784 5936 5088 4240 3392 2544 1696 848 0

3 - 4 4240 4992 5088 3392 1696 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 - 5 4224 1792 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5 - 6 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6 - 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 - 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

8 - 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9 - 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10 - 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11 - 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12 - 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

13 - 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

14 - 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

15 - 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

16 - 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

17 - 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

18 - 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

19 - 20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

20 - 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Média 4,675 4,086 3,425 3,231 2,911 2,417 2,321 2,281 2,226 2,116 2,011 1,852 1,74 1,59 1,435 1,278

Taxa de utilização 6% 5% 4% 4% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%

Soma 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960

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35

Figura 26 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até

plataformas sem HSV.

É notável a diferença entre os tempos totais entre os casos que utilizam a

embarcação de alta velocidade e os que utilizam somente helicópteros. A média de tempo

no caso com 20 helicópteros chega a quase 1 hora e 15 minutos, que representa quase 1

sexto do tempo no melhor dos casos utilizando os HSVs.

A taxa de utilização tambéem apresenta-se muito baixa nessas simulações, sendo,

no máximo, de 6% quando com 5 helicópteros.

Tempo entre atendimentos às plataformas

O tempo entre atendimentos expõe se as tripulações têm sido entregues em tempos

regulares. A rotina de uma plataforma exige que não haja muitas discrepâncias nesses

valores, já que é normal a troca de turnos a cada 7 dias ou 168 horas.

Essa análise mostra valores acima e abaixo desse valor. Tanto acima quanto

abaixo são retrato de algum atraso: se uma chegada anterior for atrasada e a sua posterior

for no horário certo, o valor entre atendimentos será menor que as 168 horas; por outro

lado, se a anterior for no horário certo e a posterior atrasada, o tempo entre atendimentos

será maior que o previsto.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5 5 - 6 6 - 7 7 - 8 8 - 9 9 - 10 10 - 11 11 - 12

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo até plataformas

Histograma tempo total até plataformas sem HSV

5 helicópteros 8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros

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36

Essa estatística foi obtida por meio de um marcador da chegada das entidades às

plataformas (módulo Assign). O horário de chegada da primeira entidade à plataforma de

um turno foi subtraído pelo primeiro do turno anterior. É função do módulo ReadWrite

gravar essa estatística no Excel.

Figura 27 - Representação da obtenção do tempo de atendimento a plataformas.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo entre atendimentos às

plataformas nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 1 HSV. O

número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.

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37

Tabela 11 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV.

1 HSV (taxa de utilização 13%)

Número de helicópteros

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Tempo entre atendimentos

até 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

100 - 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

110 - 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

120 - 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

130 - 135 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

135 - 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

140 - 145 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

145 - 150 10 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

150 - 155 20 30 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

155 - 160 31 50 80 91 102 18 46 46 88 102 100 98 92 98 94

160 - 165 0 11 11 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

165 - 170 50 10 0 0 0 210 140 140 79 51 55 59 71 59 67

170 - 175 41 42 61 61 51 9 46 46 0 0 0 0 0 0 0

175 - 180 52 81 92 92 102 18 23 23 88 102 100 98 92 98 94

180 - 185 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

185 - 190 10 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

190 - 195 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

195 - 200 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

200 - 205 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

205 - 210 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

210 - 220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

220 - 230 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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38

Figura 28 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre

atendimentos a plataformas com 1 HSV.

Novamente pode-se notar o gargalo das embarcações. Com apenas 1 HSV, há um

atraso esperado nos blocos de 175 a 180 e 155 a 160 horas, causado pela falta de

capacidade de transportar a tripulação do porto até o HUB.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo entre atendimentos às

plataformas nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 2 HSVs. O

número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

120 -130

130 -135

135 -140

140 -145

145 -150

150 -155

155 -160

160 -165

165 -170

170 -175

175 -180

180 -185

185 -190

190 -195

195 -200

200 -205

205 -210

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo (horas)

Histograma tempo entre atendimentos 1 HSV

1 helicóptero 4 helicópteros 7 helicópteros 10 helicópteros 13 helicópteros 15 helicópteros

Page 50: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

39

Tabela 12 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas com 2 HSVs

2 HSV (taxa de utilização 6%)

Número de helicópteros

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Tempo entre atendimentos

até 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

100 - 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

110 - 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

120 - 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

130 - 135 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

135 - 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

140 - 145 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

145 - 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

150 - 155 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

155 - 160 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

160 - 165 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

165 - 170 230 244 239 238 245 244 220 237 247 255 255 255 255 255

170 - 175 20 11 16 17 10 11 35 18 8 0 0 0 0 0

175 - 180 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

180 - 185 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

185 - 190 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

190 - 195 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

195 - 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

200 - 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

205 - 210 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

210 - 220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

220 - 230 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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40

Figura 29 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre

atendimentos a plataformas com 2 HSVs.

Com o uso de 2 HSVs nota-se que os 2 tempos em 155 a 160 horas e 175 a 180

horas desaparecem. Isso ocorre pois nessa análise as embarcações dão conta do transporte

de passageiros. Pode-se perceber que as simulações com 17 helicópteros ou mais têm

todos os tempos concentrados entre 165 e 170 horas, o que corresponde à expectativa de

atingir as 168 horas de intervalo entre a chegada de passageiros.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo entre atendimentos às

plataformas nas simulações realizadas sem a utilização da plataforma de apoio e, portanto,

nenhum HSV. O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico

abaixo.

0

50

100

150

200

250

300

120 -130

130 -135

135 -140

140 -145

145 -150

150 -155

155 -160

160 -165

165 -170

170 -175

175 -180

180 -185

185 -190

190 -195

195 -200

200 -205

205 -210

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo (horas)

Histograma tempo entre atendimentos 2 HSVs

8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros 21 helicópteros

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41

Tabela 13 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas sem HSV.

Sem HSV

Número de helicópteros

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Tempo entre atendimentos

até 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

100 - 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

110 - 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

120 - 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

130 - 135 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

135 - 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

140 - 145 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

145 - 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

150 - 155 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

155 - 160 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

160 - 165 21 21 14 18 17 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0

165 - 170 184 192 173 185 170 154 165 173 225 217 221 217 255 255 255 255

170 - 175 50 42 68 52 68 100 89 81 30 38 34 38 0 0 0 0

175 - 180 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

180 - 185 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

185 - 190 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

190 - 195 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

195 - 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

200 - 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

205 - 210 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

210 - 220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

220 - 230 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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42

Figura 30 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre

atendimentos a plataformas sem HSV.

No caso sem HSV, pode-se notar que nas análises com 17 helicópteros ou mais o

tempo entre atendimento coincide com o intervalo de 165 e 170 horas, que é o valor que

busca-se, já que é esse o intervalo de tempo que as entidades entram no sistema.

Tempo devido a operação na embarcação de alta velocidade

O tempo decorrente do trânsito com a embarcação de alta velocidade engloba no

que tange ao transporte via HSV. Isso significa que nesse tempo estão inclusas as filas

para formação da entidade representativa dos passageiros, embarque, desembarque e

espera por condições de mar.

Esse dado é obtido através da diferença entre o momento em que os passageiros

desembarcam dos HSVs na plataforma de apoio e o momento em que eles entram no

sistema.

Essa medida é relevante pois dá a ideia exata do tempo devido ao uso da

plataforma de apoio na logística de pessoas para o cluster de plataformas e justifica a

diferença de tempo para a alternativa sem o uso da plataforma de apoio.

0

50

100

150

200

250

300

120 -130

130 -135

135 -140

140 -145

145 -150

150 -155

155 -160

160 -165

165 -170

170 -175

175 -180

180 -185

185 -190

190 -195

195 -200

200 -205

205 -210

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo (horas)

Histograma tempo entre atendimentos sem HSV

5 helicópteros 8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros

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43

Figura 31 - Representação da obtenção do tempo devido a operação com o HSV.

Nas simulações em que o número de HSVs é fixo, as medidas não têm mudança

significativa. Dessa forma, serão mostrados os valores obtidos com 1 e 2 unidades do

transportador.

A estatística foi obtida por marcadores de tempo em dois momentos: no ínicio do

modelo e logo após o desembarque de passageiros nos HSVs. Esses tempos foram

subtraídos, obtendo o tempo total devido ao uso das embarcações de alta velocidade.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo devido a operação na

embarcação de alta velocidade nas simulações realizadas com a utilização da plataforma

de apoio. O número de embarcação de alta velocidade foram variados para se obter a

tabela e o gráfico abaixo.

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44

Tabela 14 – Frequências do tempo devido ao uso dos HSVs.

Tempo (horas)

1 HSV 2 HSV

Até 5 0 0

5 - 6 53 106

6 - 7 0 0

7 - 8 0 0

8 - 9 0 0

9 - 10 0 0

10 - 11 0 0

11 - 12 0 0

12 - 13 0 0

13 - 14 53 0

14 - 15 0 0

Tempo médio 9,584359 5,231768

Figura 32 - Histograma com os resultados do tempo devido ao uso dos HSVs.

Nessa análise é mais notável ainda a influência do número de embarcações de alta

velocidade como visto nas análises anteriores. É evidente que a presença de dois grandes

grupos de tempo das entidades é causada pelo gargalo promovido pela falta de

alimentação dos HSVs ao HUB no caso com apenas uma unidade do transportador.

0

20

40

60

80

100

120

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Tempo (horas)

Histograma tempo devido ao uso dos HSVs

1 HSV - tempo médio: 9,58 2 HSV - Tempo médio: 5,23

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45

Número tripulantes na plataforma de apoio

A quantidade de tripulantes presentes na plataforma de apoio é uma medida muito

importante para o planejamento da logística contendo um HUB. Essa análise auxilia no

dimensionamento de tal plataforma, pois dá a ideia da capacidade de passageiros que deve

ter estrutura para abrigar.

Para essa estatística, foi feito um sistema de controle em paralelo ao modelo da

logística de passageiros. Esse sistema permite uma obtenção de dados com intervalo de

tempo fixo ( 10 minutos ). O número de passageiros foi obtido por meio da soma de todas

as filas relacionadas a presença de passageiros na plataforma de apoio. O método para a

obtenção dessa estatística está explicitado no sub-capítulo 5.2

Figura 33- Representação da obtenção do número de tripulantes na plataforma de apoio.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do número de tripulantes na

plataforma de apoio nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 1 HSV.

O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo

Page 57: UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE … · Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24 Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros

46

Tabela 15 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com 1 HSV.

1 HSV (taxa de utilização 13%)

Número de helicópteros

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Número de tripulantes

no HUB

0 30036 42112 44837 47868 49911 48795 49078 49148 49175 50557 50554 50533 50525 50541 50530

0 - 16 1715 0 792 1 42 0 5 1 1239 0 4 2 15 2 2

16 - 32 1717 2451 388 2183 21 1008 16 1270 14 11 11 33 20 20 21

32 - 48 1767 0 104 1 21 0 1356 3 7 0 0 0 6 2 2

48 - 64 1665 2380 1552 487 32 1685 864 119 11 11 11 12 10 15 17

64 - 80 1801 0 813 1 2173 0 17 9 18 0 0 0 4 0 6

80 - 96 2423 2501 569 1564 30 53 12 841 12 31 30 30 31 31 37

96 - 112 2419 0 1034 0 11 0 256 3 160 0 0 0 5 0 10

112 - 128 2496 2352 739 0 22 539 139 268 781 21 20 41 27 35 24

128 - 144 2271 0 579 0 11 0 15 10 243 0 4 2 20 0 11

144 - 160 687 732 319 0 286 480 802 888 900 1929 1926 1907 1897 1914 1900

160 - 176 722 0 612 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

176 - 192 699 32 222 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

192 - 208 690 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

208 - 224 731 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

224 - 240 689 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

240 - 256 32 0 0 455 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

256 - 272 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Soma 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560

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47

Figura 34 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 1

HSV.

É possível notar que, com o aumento do número de helicópteros, o número de

ocorrências com zero entidades na plataforma de apoio tende a aumentar e as que não são

zero tendem a se concentrar nos valores entre 140 e 160 passageiros. Esse valor

encontrado coincide com o valor de passageiros da embarcação de alta velocidade. Isso

demonstra que, quando os transportadores têm capacidade de suprir a demanda de

transporte da tripulação, a maior quantidade de passageiros tende a ser o valor de chegada

dessa entidades.

A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do número de tripulantes na

plataforma de apoio nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 2

HSVs. O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0 - 16 16 -32

32 -48

48 -64

64 -80

80 -96

96 -112

112 -128

128 -144

144 -160

160 -176

176 -192

192 -208

208 -224

224 -240

240 -256

256 -272

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Número de tripulantes

Histograma número de tripulantes no HUB 1 HSV

1 helicóptero 4 helicópteros 7 helicópteros 10 helicópteros 13 helicópteros 15 helicópteros

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48

Tabela 16 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com 2 HSVs.

2 HSV (taxa de utilização 6%)

Número de helicópteros 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Número de tripulantes no HUB

0 50037 50280 51783 50726 50938 50909 51236 51610 51334 51369 51365 51357 52508 52388

0 - 16 1 2 1 51 0 0 0 13 0 79 1 583 0 72

16 - 32 328 688 51 535 0 211 20 17 372 8 622 0 0 0

32 - 48 2 1 1 268 0 11 1 17 0 594 0 19 0 0

48 - 64 1205 211 33 163 510 21 163 10 610 328 88 32 0 0

64 - 80 1 38 1 186 0 41 1 705 2 0 0 1 0 23

80 - 96 211 298 83 20 337 467 704 49 139 12 338 0 52 29

96 - 112 1 425 0 22 0 604 2 35 0 131 0 78 0 0

112 - 128 170 1 23 2 775 0 432 43 99 21 146 347 0 0

128 - 144 0 1 0 587 0 296 1 61 4 18 0 143 0 48

144 - 160 20 0 584 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

160 - 176 0 615 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

176 - 192 584 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

192 - 208 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

208 - 224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

224 - 240 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

240 - 256 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

256 - 272 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Soma 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560

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49

Figura 1.35 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 2

HSVs.

Nessas simulações, o número de ocorrências não nulas diminui muito com relação

ao encontrado no caso com 1 HSV. Isso é atrelado, novamente, a sobrecarga sobre o HSV

quando é apenas uma unidade.

Nos casos com o maior número de helicópteros, o sistema torna-se tão eficiente

na captação de passageiros por parte desses transportadores que já não se encontram

ocorrências entre 144 e 160 horas. O sistema retira as entidades do HUB tão rápido que

o sistema de controle, com 10 minutos de diferença entre uma leitura e outra, não chegou

a captar a plataforma de apoio com todas as entidades da embarcação de alta velocidade.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0 - 16 16 -32

32 -48

48 -64

64 -80

80 -96

96 -112

112 -128

128 -144

144 -160

160 -176

176 -192

192 -208

208 -224

224 -240

240 -256

256 -272

mer

o d

e o

corr

ênci

as

Número de tripulantes no HUB

Histograma número de tripulantes no HUB - 2 HSVs

8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros 21 helicópteros

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50

8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclusivamente, pode-se afirmar que, com base apenas no tempo de trânsito dos

passageiros, a opção sem plataforma de apoio é muito mais atraente. Com o mesmo

número de helicópteros, consegue-se um tempo de chegada às plataforma muito menor

do que na alternativa com o HUB.

O tempo é muito importante para a escolha da alternativa logística. Porém, o aluno

entende que essa análise não é conclusiva para a determinação final acerca da opção a ser

implantada. O custos atrelados à alternativa são de extrema importância para sua escolha.

Deve-se levar em conta que o HUB pode ter outras funções, como um

centralizador de insumos às plataformas, uma central que concentre profissionais para

manutenção de todo o cluster, entre outros. Constata-se que a plataforma de apoio pode

trazer diversas outras benfeitorias ao cluster e sua logística. Isso demonstra que a análise

feita nesse relatório é apenas uma pequena parcela de todo o conjunto que leva a escolha

de uma opção em detrimento de outra.

Outro modo de otimizar a logística é dividir essas entregas em momentos

distintos. Uma análise com metade dos passageiros em um dia e o resto no dia posterior

mostra que tanto os HSV’s quanto os helicópteros poderiam reduzir-se à metade e surtir

o mesmo efeito no que tange os tempos de trânsito. Isso abre um novo leque de opções:

as alternativas de alimentação do sistema deveriam ser, também, simuladas.

Não obstante, considera-se que esse projeto contribuiria significativamente com

uma possível tomada de decisão na lógistica de um cluster de plataformas. Além disso,

utilizando o modelo de simulação criado nesse projeto e aprimorando-o, é possível obter-

se mais informações a respeito da logística em estudos posteriores. Portanto, considera-

se que o intuito do projeto em si foi atingido.

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51

9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] THOMAS, J. E.; (2001) Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Segunda

edição. Rio de Janeiro, Interciência, 2004. 272;

[2] CARDOSO, L. C. S.; Logística do petróleo: transporte e armazenamento; Rio

de Janeiro, Interciência, 2004. 192;

[3] FERREIRA FILHO, V. Gestão de Operações e Logística na Produção de

Petróleo; Rio de Janeiro, Elsevier/Campus, 2016.

[4] ARES, G. Logística de Apoio Offshore – Integração e Sincronização da

Cadeia de Atendimento às Unidades Marítimas; ILOS; 2013

[5] PETROBRAS. Plataformas Petrolíferas. Disponível em: <

http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2013/09/ plataformas-

petroliferas_info_490.jpg/view >. Acesso em: 25 de fevereiro de 2017.

[6] SIKORSKY. Sikorsky S92 Multi Mission Helicopter Brochure. Disponível

em: <

http://www.lockheedmartin.com/content/dam/lockheed/data/ms2/photo/Sikorsky/S-

92/Sikorsky-S92-multi-mission-helicopter-brochure.pdf >. Acesso em: 27 de fevereiro de

2017.

[7] COPPETEC. Relatório não publicado. 2017.

[8] INCAT CROWTHER. IC12088 - Product Details. Disponível em: <

http://www.incatcrowther.com/product/ic12088-70m-catamaran-fast-crew-boat >.

Acesso em: 27 de fevereiro de 2017.

[9] MINILIFT. Bacia de Campos – Clima e Condições. Disponível em: <

http://www.minilift.com.br/elton/BACKUP%20KOHL%20250516/$$%20NAVAID%2

0QUIP%20-%20P-55/PROPOSTAS/PROPOSTAS%20ANTIGAS/P-

51%20Quadros%20de%20Luz/Normas%20e%20Diversos/I-ET-3000.00-1000-941-

PPC-001_0%20CLIMA%20E%20COND.PDF >. Acesso em 10 de janeiro de 2017.

[10] ROCKWELL SOFTWARE. Arena Variables Guide. 2010.

[11] ROCKWELL SOFTWARE. Arena User’s Guide. 2005.

[12] KELTON, W. D.; SADOWSKI, R. P.; SADOWSKI, D. A. Simulation with

Arena. McGraw-Hill. Segunda edição. 2002.

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10 - ANEXOS

Figura 36 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (da geração dos passageiros ao transporte às plataformas).

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Figura 37 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (das plataformas ao final da simulação).

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Figura 38 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (da geração de passageiros ao transporte às plataformas).

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Figura 39 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (das plataformas ao final da simulação.