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ABRIL DE 2013 ANO 5 NÚMERO 20 UM SETOR EM OBRAS INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Automotive Automotive •FÓRUM DE SUPERLATIVOS REÚNE SETOR AUTOMOTIVO •AUTOPEÇAS E MONTADORAS BUSCAM MAIOR EFICIÊNCIA •VW FAZ 60 ANOS E DEFINE NOVA FASE ESTRATÉGICA INOVAR-AUTO ATRAI RECURSOS DE R$ 60 BI E OS EMPREENDIMENTOS SE MULTIPLICAM EM TODO O PAÍS. ENTENDA O IMPACTO DESSA REVOLUÇÃO

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Page 1: UM SETOR EM OBRAS

ABRIL de 2013 Ano 5 númeRo 20

UM SETOR EM OBRAS

INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

AutomotiveAutomotive•�FÓRUM�DE�SUPERLATIVOS�REÚNE�SETOR�AUTOMOTIVO

•�AUTOPEÇAS�E�MONTADORAS�BUSCAM�MAIOR�EFICIÊNCIA

•�VW�FAZ�60�ANOS�E�DEFINE�NOVA�FASE�ESTRATÉGICA

INOVAR-AUTO ATRAI RECURSOS DE R$ 60 BI E OS EMPREENDIMENTOS SE MULTIPLICAM EM TODO O PAÍS. ENTENDA O IMPACTO DESSA REVOLUÇÃO

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Tecnologia de Vanguarda

AETHRAS I S T E M A S A U T O M O T I V O S

TA N Q U E M E TÁ L I C O : A S O L U Ç Ã O D O F U T U R O .

A m a n e i ra d e p e n s a r o m u n d o e stá s e m p re e m

t ra n s fo r m a çã o, ex i g i n d o s o l u çõ e s d i fe re n c i a d a s .

A i d e i a q u e n o s m o ve é co n st r u i r, co m a n o s s a

tecnologia, um futuro cada vez melhor para o nosso

pa ís e para o mundo.

A A E T H R A c u m p r i m e n t a a Vo l k s w a g e n d o B r a s i l

p e l o s 6 0 a n o s d e h i s t ó r i a .

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Tecnologia de Vanguarda

AETHRAS I S T E M A S A U T O M O T I V O S

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A m a n e i ra d e p e n s a r o m u n d o e stá s e m p re e m

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4 • AutomotiveBUSINESS

índiceíndice

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8 FERNANDO CALMON ALTA RODA Ganha-se muito ou pouco?

14 NEGÓCIOS 14 Multa garante eficiência energética 16 Anfavea defende Exportar-Auto 18 Ford lança New Fiesta nacional 20 Peugeot 208, brasileiro e global 22 Honda premia fornecedores 22 Saveiro ganha novo visual 24 Implementos esperam recursos 24 Chery anuncia Celer e motores 26 Continental produz ABS 26 BorgWarner muda para Itatiba (SP) 26 Prêmio REI na reta final 28 Aisin cresce no Brasil 28 Fiat: 13 milhões de carros 29 Tox une chapas a frio 29 Jtekt abre centro tecnológico

Novos empreendimentos, associados a tecnologias modernas, mudam a face do setor

automotivo com aporte de R$ 60 bilhões em fábricas e veículos mais avançados. Entenda o que há por trás dessas iniciativas, além do

mercado atrativo e incentivos fiscais

A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

EM OBRAS

50 CAPA | INVESTIMENTOS

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AutomotiveBUSINESS • 5

30 FÓRUM AUTOMOTIVO UM ENCONTRO DE SUPERLATIVOS

34 Multiplicação de fábricas 38 Caminhões: rede é desafio 40 A aposta no Inovar-Auto 44 Regime acelera compras 46 Sindipeças quer Inovar-Peças 48 Eficiência para elevar o PIB

60 DESENVOLVIMENTO MONTADORAS E AUTOPEÇAS JUNTAS Carros ficarão mais eficientes

66 TREINAMENTO SETEC FOCA INOVAR-AUTO 250 mil pessoas capacitadas

68 VW 60 ANOS A CONQUISTA DO CONSUMIDOR Os planos de Thomas Schmall

74 CADEIA DE SUPRIMENTOS BASE É INSUFICIENTE A opinião de Rogelio Golfarb

76 PRÊMIO PSA INCENTIVO AO SUPPLY CHAIN Compras locais avançarão

80 PRÊMIO GM AISIN FOI A MELHOR GKN ganha em sustentabilidade

86 MWM 60 ANOS A EVOLUÇÃO DA PIONEIRA Motor, alma do negócio

92 SUSTENTABILIDADE PRODUÇÃO SOCIAL Desenvolvimento que gera lucro

96 AUTOMEC MERCADO AGITADO Evento recebeu 70 mil pessoas

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Page 6: UM SETOR EM OBRAS

6 • AutomotiveBUSINESS

editorial

Paulo Ricardo [email protected]

REvista

www.automotivebusiness.com.br

Editada por Automotive Business, empresa associada à all Right! Comunicação Ltda.

tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes

de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,

empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico.

DiretoresMaria theresa de Borthole Braga

Paula Braga PradoPaulo Ricardo Braga

Editor ResponsávelPaulo Ricardo Braga

(Jornalista, MtPs 8858)

Editora-AssistenteGiovanna Riato

RedaçãoCamila Franco, Giovanna Riato, Mário

Curcio, Pedro Kutney e sueli Reis

Colaboradores desta ediçãoana Paula Machado, Erica Munhoz, Fernando Neves, Luciana Duarte, Marta Pereira, Natalia

Gómez e sueli Osório

Design gráficoRicardo alves de souza

Fotografia, produção e capaEstúdio Luis Pradotel. 11 5092-4686

www.luisprado.com.br

PublicidadeCarina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves

Editor de Notícias do PortalPedro Kutney

Media Center e WebTV Marcos ambroselli

Comunicação e eventos

Carolina Piovacari

Atendimento ao leitor, CRM e database Josiane Lira

ImpressãoMargraf

DistribuiçãoaCF acácias, são Paulo

Redação e publicidadeav. iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema,

04082-001, são Paulo, sP, tel. 11 5095-8888

[email protected]

admitimos que as fotos da matéria de capa desta edição não são plasticamente tão bonitas, exibindo o árduo trabalho de tratores e

operários em plena construção. No entanto, elas ilustram à perfeição a expansão da indústria automobilística brasileira, transformando muitos sites do parque industrial em verdadeiros canteiros de obras. Do Nordeste ao sul surgem empreendimentos estimulados pelo inovar-auto, que premia com isenção do iPi gordo, de 30 pontos porcentuais extras, os veículos produzidos no Brasil ou importados das marcas habilitadas pelo MDiC. assistimos a uma corrida até 2017, quando o inovar-auto deverá ter elevado o setor a um novo patamar de competitividade para enfrentarmos os adversários estrangeiros.

se tudo correr como o governo planeja, o mercado interno será abastecido preferencialmente por carros montados no País, com peças brasileiras, e comercializados a preços compatíveis com as cotações internacionais. a leitura do texto conduz, também, a um entendimento das razões que levaram as montadoras a essa corrida, aproveitando incentivos fiscais e outras benesses, mas sabendo dos desafios logísticos e da competição exacerbada que virá.

O inovar-auto foi o pano de fundo do iv Fórum da indústria automobilística, promovido por Automotive Business no Golden Hall do WtC, em são Paulo, dia 1o de abril, com a presença de público extraordinário, interessado em conhecer os novos cenários para a economia e o setor automotivo. Dedicamos quinze páginas desta edição para relatar as conclusões de palestrantes e debatedores. vale destacar o networking proporcionado por três workshops simultâneos, reunindo profissionais da cadeia de suprimentos, universidades, secretarias de Estados que abrigam polos automotivos e representantes de parques tecnológicos.

Esta edição mostra, ainda, o papel dos fabricantes de sistemas e autopeças para atender a evolução dos veículos, com crescente atenção à pesquisa, desenvolvimento e inovação. Mereceram homenagem em nossas páginas as sexagenárias volkswagen e MWM international, cuja história se mescla com a própria evolução da nossa indústria automobilística. até a próxima edição.

umA novA indústria automobilística

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8 • AutomotiveBUSINESS

luis

pra

do

Fernando Calmon é jornalista especializado na

indústria automobilística [email protected]

Leia a coluna Alta Roda também no portal

Automotive Business.

patrocinadoras

70 milhões de veículos le-ves produzidos no mundo, em 2012, deixaram lucro aproximado de US$ 50 bi-lhões. Desse total, US$ 18 bi foram ganhos na Améri-ca do Norte; US$ 17 bi, na China; US$ 4 bi, na Améri-ca Latina; US$ 2 bi, na Eu-ropa e US$ 9 bi no resto do mundo. Nossa região re-presentou 8% das vendas e 8% dos lucros. América do Norte, 22% e 36%, respec-tivamente. Quem está mal mesmo é a Europa: 22% e apenas 4%.

Nos EUA há grandes dis-torções. Picapes e SUVs (45% das vendas) lá são conside-rados caminhões leves. Mas as margens são até quatro vezes maiores do que as de automóveis, o que não se considerou em pesquisa atribuída à consultoria IHS e ao Sindipeças. Porme-nor: nos EUA não há impor-tação de picapes pois o im-posto tem alíquota de 25%, cerca de dez vezes supe-rior ao de automóveis, des-proporcionalidade única no mundo. Em carros ganha--se um tantinho e em pica-pes/SUVs, um tantão...

Outro estudo recente, do Instituto de Planejamen-to Tributário, comparou preços com e sem impos-tos de algumas mercado-rias nos EUA, Itália e Brasil. Claro, aqui tudo muito mais

caro. Escolheram o Corolla entre os automóveis, mas só o confrontaram com os EUA, alegando ser mode-lo indisponível na Itália. Po-deriam ter elegido o Focus, vendido nos três continen-tes. Será por que, sem im-postos, a diferença de pre-ço é pequena, ao contrário dos itens pesquisados?

De qualquer forma o ce-nário obrigará a diminuir a defasagem dos lançamen-tos, com impactos sobre rentabilidade. O site inglês just-auto chama a atenção de que mercados emergen-tes desejam comprar logo os carros expostos todos os dias na internet. E citou o caso da Honda, que decidiu descentralizar desenvolvi-mento e compras já a partir do novo Fit, abreviando seu lançamento aqui, em 2014. Até afirmou que a filial du-plicará o número de enge-nheiros no País.

É o caso também da Fiat. Em Pernambuco pro-duzirá crossover utilitário e picape média dele derivado já em 2015. Em 2016, ver-são utilitária para a marca Jeep e sedã médio basea-do no Dodge Dart/Fiat Via-ggio. Para Minas Gerais fi-cará o subcompacto su-cessor do Mille, em 2015. Tudo com forte participa-ção técnica de brasileiros para agilizar.

conhecidos os resul-tados consolidados da indústria auto-

mobilística em março, que a Anfavea divulga todos os meses, poucos atentaram a um pormenor estatístico. Pela primeira vez, as qua-tro maiores marcas – Fiat, Ford, GM e VW – alcança-ram 68,6% dos automóveis e comerciais leves comer-cializados. Ou seja, ainda representam pouco mais de dois terços das ven-das, mas pela primeira vez abaixo de 70%.

Não é tão incomum, em outros países, as qua-tro maiores marcas domi-narem cerca de dois ter-ços do comércio interno, ao contrário do que muitos pensam. Japão e Índia são dois exemplos. Ou seja, a concorrência aqui é feroz e as quatro maiores tendem a perder participação de forma mais acelerada.

Esse surto de novas mar-cas vem em razão do rápido crescimento das vendas no Brasil, quarto maior merca-do mundial e quase quatro milhões de unidades (com caminhões e ônibus) ao fim de 2013. Isso significou lu-cros crescentes, mas desali-nhados do resto do mundo?

Segundo Carlos Go-mes, presidente da PSA Peugeot Citroën Brasil e América Latina, cerca de

ALTA RODA

GANHA-SE MUITO OU POUCO?

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AutomotiveBUSINESS • 9

FErNANdO CAlMON

MERCEDES-BENZ deu uma guinada com novo Classe A, em ver-sões de R$ 99.900 e R$ 109.900. De peque-no monovolume pas-sou a hatch de estilo ar-rojado e coeficiente ae-rodinâmico dos melho-res (Cx de 0,27). Interior cresceu: entre-eixos ge-neroso de 2,69 m. Ban-cos dianteiros de encos-to alto e alavanca sele-tora de câmbio na colu-na de direção agradam. O motor turbo 1,6 L/156 cv tem ótimo torque de 25,5 kgf∙m, entre 1.250 e 4.000 rpm. Casa à per-feição com câmbio auto-matizado de dupla em-breagem, sete marchas. Interessante função acio-na o freio de estaciona-mento ao se pisar com firmeza o pedal de freio, quando em marcha len-ta. Faltam GPS e faróis de neblina, justo na ver-são mais cara (de série, na de entrada).

APESAR de a GM na-da revelar, a nova gera-ção do Cruze (2015) se-rá produzida na fábri-ca argentina de Rosario, como a coluna já ante-cipou. Cessará a mon-tagem CKD do modelo, em São Caetano do Sul (SP). Tendência geral é essa: compactos aqui; médios-compactos, no vizinho. As razões são

menor escala de produção e controle “frouxo” de con-teúdo local na Argentina.

PREÇO até R$ 2,9 mi-lhões, motor V-12 diantei-ro (6,2 l/740 cv) no lugar do V-8, aceleração de 0 a 100 km/h, em 3,1 s. Ferrari F12berlinetta foi pré-apre-sentado no autódromo de Interlagos, pouco mais de um ano após Salão de Ge-nebra. Importador, Via Itá-lia, afirma que esse supe-resporte pode lidar melhor com o dia a dia do que ge-rações anteriores. Inspira-ção Porsche?

PRISMA vai bem com motor de 1 litro/80 cv (mais potente nessa cilindrada, juntamente com o três-ci-lindros HB20 e Clio), me-nos na estrada com car-ga total. Marchas precisam ser esticadas para ter agi-lidade. Versão de entrada (R$ 34.990) permite opção da ótima central multimí-dia. Na ergonomia, puxa-

dor nas portas, ruim; tam-pa do porta-luvas, ótima (abre para cima).

FLUIDEZ de linhas e es-paço interno garantido por 2,7 m de distância entre ei-xos, Cerato é aposta da Kia entre os médios-compac-tos. Agora com motor flex de 1,6 l/128 cv (igual ao HB20), o sedã vem com-pleto, só versão topo. Mas seu preço disparou, ao não se enquadrar nas regras do Inovar-Auto. Por R$ 67.400 (automático, mais R$ 4.500), difícil concorrer.

OUTRO que perdeu com-petitividade em preço foi hatch Hyundai i30, cujo motor 2-litros foi substitu-ído pelo 1,6-L. Atrapalha, ainda, a valorização recen-te do won sul-coreano. Na-da dramático, como acon-tece com o iene japonês, porém relação preço-equi-pamento imbatível, aos poucos, pode sofrer erosão discreta.

SEM aumento do IPI, antes previsto para 1o de abril e agora man-tido até 31 de dezem-bro, a estratégia de pre-ços de cada marca teve de sofrer adaptações. Al-gumas aproveitaram pa-ra realinhar suas tabelas, além da simples adequa-ção ao imposto que dei-xou de subir. Se não está vendendo tão bem, nada como aproveitar a dei-xa e usar a oportunidade para repensar a vida.

UNIÃO Europeia deve rever ciclos de teste de consumo de combustí-vel em laboratório. Nú-meros são otimistas de-mais e difíceis de repro-duzir na prática, em es-pecial modelos híbridos. Provavelmente, vão op-tar por correção linear dos valores, como acon-teceu nos EUA e no Bra-sil, pois novo ciclo foi adotado há pouco mais de quatro anos.

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ação

merCedes-Benz Classe a chega em versões de r$ 99.900 e r$ 109.900

RODA VIVA

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12 • AutomotiveBUSINESS

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WEB TV

MDIC DEFINE AGENDA DE CONSELHOS SETORIAIS

os conselhos de competitividade criados há um ano dentro do Plano Brasil maior publicaram documento que reúne a agenda de trabalho

definida pelos seus 19 setores. elaborado pela secretaria de desenvolvimento do mdic, em conjunto com ABdi, o relatório é composto por ações que visam ao aumento da competividade.

INVESTIMENTO DO SETOR DE AUTOPEÇAS DIMINUI

o investimento dos fabricantes de autopeças estimado pelo sindipeças para este ano é de us$ 1,44 bilhão. o número

é aproximadamente 24% inferior ao de 2012. em 2014 cairá um pouco mais, para us$ 1,39 bilhão, segundo estimativas feitas pela entidade.

GM: 54% DE PEÇAS IMPORTADAS EM SÃO CAETANO

A General motors precisará aumentar o conteúdo regional de seus carros para atender o inovar-Auto. sonia campos, diretora da fábrica

de são caetano do sul, revelou que atualmente 54% das 10 mil peças usadas para montagem diária dos veículos na unidade são importadas.

portal | Automotive Business

cristiane barbeiro, gerente da qualidade na BorgWarner.

ENTREVISTA

mário Guitti, do iqA, fala sobre evento que a entidade realiza em setembro

para debater qualidade.

German mairano, diretor de compras da PsA Peugeot citroën América Latina,

revela planos para elevar o conteúdo local dos carros da companhia.

INCRÍVEIS MULHERES AUTOMOTIVAS

ENTREVISTA

www.automotivebusiness.com.br/abtv

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14 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

MULTA PARA GARANTIR EFICIÊNCIA ENERGÉTICAHAveRá PeNALIdAdes PesAdAs PARA MoNTAdoRAs qUe Não ATINGIReM MeTAs

O governo começou a definir aspectos pendentes do

Inovar-Auto que ainda precisam de regulamentação. A medida provisória 612, publicada em 4 de abril, determina multas pesadas para montadoras habilitadas que descumprirem as metas de eficiência energética do novo regime automotivo.

As empresas que não atingirem o índice de 1,82 MJ/km (megajoule por quilômetro), que corresponde a redução mínima de 12% no consumo de combustível até 2017, terão de pagar 10% do crédito presumido concedido referente ao mês anterior à infração. Há ainda valores escalonados de multas para quem ultrapassar até o terceiro centésimo da meta estabelecida.

A multa pode chegar a valor

bilionário. Uma empresa como a Fiat, líder de mercado, que em 2012 vendeu 838,2 mil veículos, entre automóveis e comerciais leves, se não registrar crescimento anual nenhum até 2017 (o que é bastante improvável) e caso sua média de consumo energético estacione em 1,83 MJ/km, extrapolando em um centésimo o determinado pelo regime automotivo, pagaria R$ 167,6 milhões de multa, no valor mínimo, podendo chegar a R$ 1,2 bilhão no valor máximo.

RASTREAMENTOOutra definição importante para o Inovar-Auto diz respeito ao rastreamento de autopeças. Apesar de não determinar como o processo será feito, o governo especificou quais componentes

eFICIÊNCIA eNeRGÉTICA1,82 MJ/km até 2017

Redução de 12% no consumo de combustível

MULTAS10% sobre o crédito presumido de IPI recebido pela montadora

+R$ 50 por veículo vendido para a empresa que extrapolar

um centésimo da metaR$ 90 por veículo vendido para a fabricante que exceder

até o segundo centésimoR$ 270 por veículo vendido no caso da montadora que

superar até o terceiro centésimoR$ 360 por veículo vendido para a companhia

que ultrapassar a meta em mais de três centésimos

terão origem verificada para a comprovação de conteúdo local: carroceria e chassi, bancos, sistema de iluminação, sistema de freio, amortecedores e suspensão, sistema de arrefecimento, pneus, rodas, escapamentos, motor, eletrônicos, sistema de direção e painéis. Esses itens representam 85% dos componentes utilizados na construção de um veículo.

Ainda está em discussão o alcance do rastreamento, que ficou pendente. Há expectativa de que seja verificada a origem em dois níveis de fornecimento na cadeia, nos sistemistas e nos Tiers 2. A checagem levará em conta o modelo e a versão de cada veículo. O Sindipeças trabalha para tornar a comprovação mais rigorosa, incluindo também o Tier 3. n

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Page 15: UM SETOR EM OBRAS

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Page 16: UM SETOR EM OBRAS

16 • AutomotiveBUSINESS

negócios

MOAN DEFENDE O EXPORTAR-AUTOENtiDADE quEr vENDEr 1 MilhãO DE vEículOs pOr ANO A OutrAs NAçõEs

Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da General Motors,

assumiu a presidência da Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos, para o triênio 2013 a 2016. O executivo sucede Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat para a América Latina, e promete dar novo fôlego à entidade. Ao tomar posse, no dia 22 de abril, Moan anunciou que o principal desafio de sua gestão será elevar as exportações. O ambicioso plano do novo dirigente prevê a criação do Exportar-Auto, programa de incentivos e desonerações que pode ampliar as vendas internacionais a um milhão de unidades por ano em 2017.

O executivo apresentou a ideia ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel. “O veículo brasileiro tem 43% de valor agregado em impostos. “Vamos pedir desonerações. Perdemos muitos clientes por causa do nosso alto custo”, reclama Moan.

PÉ NO CHÃOO dirigente garante que a meta de um milhão de veículos exportados por ano não é exagerada. A entidade calcula que, em 2017, o mercado interno brasileiro chegará a cinco milhões de veículos, com 5,7 milhões de unidades de capacidade produtiva. “Será cerca de 20% do total produzido no País. Isso não é incoerente se pensarmos que, em 2005,

exportávamos 30% da produção.” Há oito anos, as vendas

internacionais somaram 900 mil unidades. No ano passado, esse volume caiu para 442 mil veículos, próximo de 13% do total fabricado no País. Exportar uma fatia de 20% da produção compensaria as vendas de importados no mercado interno, equilibrando a balança comercial do setor, hoje deficitária em cerca de 350 mil carros. “Precisamos voltar a ser plataforma de exportações. Se avançarmos nisso, vamos puxar toda a nossa cadeia produtiva”, lembra.

PRODUÇÃO O novo presidente da Anfavea acredita que a contrapartida da indústria para que o Exportar-Auto dê certo será adequar a produção brasileira aos padrões internacionais, agregando tecnologia ao carro nacional. “Até 2017, teremos R$ 12 bilhões a R$ 14 bilhões em investimentos da indústria em engenharia e pesquisa e desenvolvimento. Isso é algo inédito”, ressalta.

O aporte integra os R$ 60 bilhões em investimentos do setor previstos para o período, o equivalente a R$ 12 bilhões por ano. O valor supera em mais de 70% a média dos quatro anos anteriores, de R$ 7 bilhões.

Nos últimos anos, as vendas de veículos no Brasil avançaram 166%. A evolução não foi acompanhada pela produção, que aumentou 99% e encerrou 2012 em queda, para 3,34 milhões de unidades. “Vamos lutar para aproximar os volumes de vendas e de produção”, aponta Moan, indicando qual será seu segundo desafio na presidência da Anfavea. (Giovanna Riato) n

A iNDÚstriA AutOMOtivA NO BrAsil28 empresas filiadas à Anfavea

55 fábricas de veículos e máquinas agrícolas em 9 estados

5% do PIB brasileiro

23% do PIB industrial

4,5 milhõEs de unidades de capacidade produtiva em 2013

5,6 milhõEs de unidades de capacidade produtiva em 2017

Us$ 32 bilhõEs em impostos recolhidos em 2012

3,97 milhõEs de veículos devem ser vendidos em 2013

5 milhõEs de unidades é o mercado projetado para 2017

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negócios

Modelo entra na briga coM Hyundai Hb20, cHevrolet onix, vW Fox e peugeot 208

Ford lanÇa NEW FIESTA NACIONAL

Depois de investir R$ 800 milhões, a Ford já produz em

São Bernardo do Campo (SP) o New Fiesta 2014 na versão hatch. O carro recebeu desenho dianteiro mostrado no Salão de Paris, em setembro de 2012. Para o Brasil, ele tem duas opções de motor, 1.5 e 1.6, e três de acabamento, S, SE e Titanium. O preço inicial é de R$ 38.990, valor do 1.5 S. O mais completo, 1.6 Titanium automatizado, atinge R$ 54.990.

Agora, com um carro mais competitivo por causa da produção nacional, a Ford pretende ir para cima de Chevrolet Onix 1.4, Hyundai HB20 1.6, Volkswagen Fox 1.6 e Peugeot 208: “Queremos liderar o mercado de compactos com motores acima de 1.0”, afirma o diretor de marketing, Oswaldo

Ramos. O executivo nega a possibilidade de uma futura versão 1.0 do New Fiesta.

Para a produção, o objetivo é passar das 6 mil unidades mensais, uma vez que o Hyundai HB20 1.6 tem alcançado 5,7 mil carros por mês. Na Ford, esse volume é possível com apenas um turno de trabalho. Ramos não conta qual será o mix de produção, mas garante que tanto a versão 1.5 como as 1.6 automáticas terão peso importante nas vendas.

A versão sedã do New Fiesta continua vindo do México por mais um tempo. Em dois meses, a montadora apresentará no Brasil o carro renovado. Somente em 2014 deve começar sua produção em São Bernardo do Campo. Um último lote mexicano do sedã, ainda

sem as modificações, foi trazido recentemente. A linha antiga do Fiesta, Rocam, foi reposicionada e permanece em produção em Camaçari (BA).

BEM EQUIPADODesde a versão de entrada, o modelo traz vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, ar-condicionado, alarme, duplo airbag, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD). A direção tem assistência elétrica. A partir da versão SE 1.6 a Ford oferece o Sync, sistema com comando de voz desenvolvido em parceria com a Microsoft.

Todos os New Fiesta também saem de fábrica com o Easy-Start, sistema de partida a frio fornecido pela Bosch sem reservatório auxiliar de gasolina (tanquinho). O recurso pré-aquece o combustível quando necessário a partir do momento em que o motorista abre a porta do carro. Funciona como o FlexStart, também Bosch, já oferecido por outros fabricantes. (Mário Curcio) n

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A rede de concessionárias Peugeot já vende o hatch

208, o mais atual e importante lançamento já feito pela marca francesa no Brasil desde 1999, quando começou a vender aqui o 206, comprado por mais de 450 mil brasileiros em seus dez anos no mercado. O 208 evidencia uma mudança substancial na estratégia, para voltar a ter no País uma linha global de veículos atualizados tecnologicamente, similares aos disponíveis na Europa.

“É sempre importante para um construtor apresentar um novo produto, mas o 208 representa muito mais, pois simboliza a revitalização da marca no Brasil”, classifica Carlos Gomes, presidente na América Latina do grupo PSA Peugeot Citroën.

O modelo começou a ser

produzido em fevereiro na fábrica de Porto Real (RJ) menos de um ano após o lançamento na Europa. “Desafio qualquer um a apontar um fabricante que tenha conseguido fazer um carro global aqui em tão pouco tempo”, disse Gomes.

O Peugeot 208 tem modernidade, estilo, design emotivo e tecnologia dignos de boa nota. Hoje há pouquíssimos como ele por aqui. Não chegam aos cinco dedos de uma mão os modelos compactos (segmento B) feitos e vendidos no Brasil e que também estejam presentes nos mercados desenvolvidos e mais exigentes. “O mercado brasileiro está em mutação para cima. Os carros de entrada, 1.0, há poucos anos representavam 60% das vendas e hoje são 45%. Essa tendência de elevação social deve continuar nos

próximos dez anos”, avalia.

COMPLETOO 208 é recheado de equipamentos de conforto e segurança. Há, contudo, um preço a pagar por isso. O carro é bom, bonito e caro. A versão mais básica, Active 1.5, tem preço sugerido de R$ 39.990, mas vem de série com direção assistida elétrica progressiva, ar-condicionado, airbags frontais para motorista e passageiro, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de força, além de acionamento elétrico de vidros, retrovisores e travas, com controle remoto na chave tipo canivete. Os preços chegam a R$ 54.690 na versão topo da gama, Griffe, equipada com câmbio automático de quatro velocidades. (Pedro Kutney) n

1% DO MERCADO DE LEVES – A projeção é vender de 2,5 mil a 3 mil unidades do 208 por mês, metade com câmbio automático. Com seus preços e estilo, o modelo vai disputar o mercado dos hatchbacks compactos premium, que em 2012 representou 18% das vendas totais no País, com cerca de 500 mil carros vendidos. A Peugeot calcula que é possível abocanhar quase 1% do mercado nacional de veícu-los leves com o 208. A participação avança para perto de 1,2% com a ajuda das 700 a 800 unidades/mês que a Peugeot estima continuar a vender do 207, lançado em 2008 e agora só com motorização 1.4 e duas versões, de R$ 29.990 e R$ 32.500.

UM PEUGEOT BRASILEIRO E GLOBAL208 prOdUzidO nO pAís cOBrA O prEçO pELA MOdErnidAdE E EstiLO

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A Honda Automóveis promoveu dia 6 de março, no Hotel Royal Palm Plaza, em Campinas, SP,

cerimônia para premiar seus melhores parceiros da

cadeia de suprimentos. As empresas foram avaliadas de acordo com a pontuação registrada em qualidade, custo, entrega e desenvolvimento.

HONDA PREMIA MELHORES FORNECEDORES

Aisin do BrasilBasfBosalCascoCorprint Gráfica e EditoraGalutti Automotive Iochpe MaxionMetalúrgica de Tubos de PrecisãoMubea do BrasilPirelli PneusScorpios Indústria MetalúrgicaThyssenkrupp BilsteinTupyUsiminasStanley Eletric

SAVEIRO GANHA VISUAL GLOBAL

A Volkswagen começa a vender a Saveiro 2014, picape derivada da família Gol.

Entre as diversas melhorias no projeto, destaca-se a nova central eletrônica do motor, com processador mais rápido. O motor é o mesmo,1.6 de 104 cv. A nova arquitetura eletrônica integra todas as centrais de processamento do carro, permitindo a instalação de mais funcionalidades, como a assistência de estacionamento com sensor de distância e rebatimento do retrovisor (tilt down) quando se engata a ré. A picape básica agora vem de série com vidros e travas com acionamento elétrico, conta-giros e tampa traseira com amortecedor de abertura. O preço vai subir só R$ 150, para R$ 33.490. O aumento é mais acentuado nas versões seguintes, todas com cabine estendida, chegando a até R$ 48.990 na Saveiro Cross, topo da gama. n

SUPRIMENTOS

PREMIADAS

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ThyssenKrupp Bilstein Brasil

UM TIME QUE FORNECE PARATODO MERCADO BRASILEIRO TEM MESMO QUE SER CAMPEÃO!

Há 45 anos fornecendo componentes de suspensão para seu veículo.

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A Chery anunciou que também produzirá motores no Brasil. A companhia confirmou que a decisão

exigirá a ampliação do investimento de US$ 400 milhões destinado à fábrica nacional de Jacareí, no interior de São Paulo. Até o fechamento desta edição, no entanto, a montadora chinesa ainda não tinha definido qual será o aporte necessário para a nova instalação. A companhia também não esclareceu onde será erguida a fábrica de propulsores.

CELERA Chery já distribui para suas cerca de 80 revendas o modelo Celer. O carro é fabricado em Wuhu, na China, com motor 1.5 flex de 108 cv de potência. Chega nas versões hatch, com preço sugerido de

R$ 35.990, e sedã, com tabela de R$ 36.990. Até o fim do ano, a empresa pretende vender 7 mil unidades do modelo; 75% serão do hatch. O veículo terá produção local a partir de abril de 2014. Será o primeiro a sair da fábrica em construção em Jacareí (SP).

Além desse modelo, a futura unidade montará a nova geração do compacto QQ a partir de 2015. Mais tarde haverá um utilitário esportivo. Até o fim deste ano, a rede Chery vai se estruturar para vender o Celer importado, o Face com motor flex, o Tiggo reestilizado e sua versão automática, segundo o diretor de vendas João Carlos Rodrigues. “Queremos vender cerca de 30 mil unidades em 2013”, diz. Além dos 7 mil Celer, a Chery põe fé no compacto QQ, do qual espera ver emplacadas 15 mil unidades em 2013. (Mário Curcio) n

IMPLEMENTOS DEPENDEM DE RECURSOS

A s vendas na indústria de implementos rodoviários

tiveram desempenho negativo de 7,6% no primeiro trimestre de 2013. Nem mesmo a alta de 21,9% nas encomendas por equipamentos do segmento pesado (reboques e semirreboques) para 14,7 mil unidades salvou o período. Na balança do setor, pesou mais a queda de 19,7%, para 23,8 mil equipamentos, na área de leves (carroceria sobre chassis), que correspondem ao maior volume.Na análise da Anfir, associação dos fabricantes de implementos

rodoviários, as micros, pequenas e médias empresas, que respondem por boa parte das compras de carroceria sobre chassis, têm encontrado dificuldades para obter recursos. Segundo a entidade, a oferta de crédito avança em ritmo lento nesse segmento. Alcides Braga, presidente da Anfir, acredita que, com condições mais atraentes de crédito e aquecimento da atividade econômica, principalmente nos setores de alimentos e bens de consumo, pode haver reação no segmento leve nos próximos meses. (Luciana Duarte)

CHERY LANÇA CELER E ANUNCIA MOTORES

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PRÊMIO REI 2013Reconhecimento à Excelência e Inovação

www.automotivebusiness.com.brTel. 11 5095-8888

Automotive Business recebe votos eletrônicos para eleição dos vencedores

do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação. Você pode

preencher a cédula encartada nesta edição da revista e enviá-la a Automotive Business (Av. Iraí, 393, conj. 53, 04082-001, São Paulo) ou,

como alternativa, utilizar a senha para entrar no hotsite do Prêmio e votar.

VOCÊ , LEITOR DA REVISTA AUTOMOTIVE BUSINESS, ESCOLHE OS VENCEDORES

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A Continental entrou na briga pelo fornecimento de dispositivos

antitravamento para freios (ABS), que serão obrigatórios para todos os veículos vendidos no País a partir de 2014. A companhia inaugurou

sua primeira unidade de produção do sistema na América do Sul, na fábrica de Várzea Paulista, a 70 quilômetros da capital paulista, com investimento de R$ 30 milhões. A unidade alcançará ritmo de 1,2 milhão de dispositivos por ano até o fim de 2013. Os componentes poderão ser exportados para a Argentina, mas têm como foco os clientes brasileiros. A Continental espera abocanhar um terço dos fornecimentos de ABS, que dividirá com TRW e Bosch. n

CONTINENTAL COMEÇA A PRODUZIR ABS NO BRASIL

D epois de investir R$ 70 milhões, a BorgWarner

inaugurou em Itatiba (SP) uma fábrica com 20 mil metros quadrados de área construída, o dobro da anterior, em Campinas, onde estava desde 1975 e não tinha possibilidade de expansão. A empresa poderá produzir anualmente 500 mil turbos e 500 mil sistemas Morse Tec (para acionamento por corrente de componentes do motor). “Essa planta vai suprir nossa demanda para toda a América Latina”, diz Arnaldo Iezzi Jr., diretor geral da companhia no Brasil. Ele revela que a empresa testa propulsores flex turbinados com cilindrada entre 0,9 litro e 1,6 litro, para atender fabricantes que, a partir de 2015, terão que cumprir as metas de eficiência energética do Inovar-Auto. (Mário Curcio) n

BORGWARNER MUDA DE CAMPINAS PARA ITATIBA

A utomotive Business colhe os votos eletrônicos para eleição

dos vencedores do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação. Os leitores da newsletter e da revista recebem senha para entrar em um hotsite e apontar os melhores cases em oito categorias: Empresa do Ano, Profissional de Montadora, Profissional de Autopeças, Veículo Leve, Comercial Pesado, Marketing e Propaganda, Manufatura e Logística e Autopeças.

“Será computado apenas um voto eletrônico de cada leitor da newsletter e da revista”, explica a diretora Paula Braga Prado, organizadora da premiação. O resultado final da eleição será a soma dos votos no Fórum da Indústria Automobilística (promovido em 1o de abril, em São Paulo), Fórum de RH (13 de maio) e no hotsite.

O Prêmio REI, em terceira edição, reconhece as melhores iniciativas da indústria automobilística, sob o prisma da excelência e inovação, entre março de 2012 e 1o de fevereiro de 2013. Os 182 cases recebidos pelos organizadores foram avaliados inicialmente por um júri de 19 profissionais da indústria automobilística, constituído de consultores escolhidos por Automotive Business como notáveis conhecedores do setor. Os vencedores da eleição popular serão conhecidos em 13 de junho, quando será realizada a entrega dos troféus. n

VOTAÇÃO PARA O PRÊMIO REI ENTRA NA FASE FINAL

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ESTRATÉGIA DA AISIN É CRESCER NO BRASILExpANSãO OCORRERá COm pEçAS dE mOtORES, tRANSmISSõES mANuAIS E SIStEmAS dE fREIOS

A japonesa Aisin, quinta

maior fornecedora de autopeças do mundo para OEM e

aftermarket, atrás da Bosch, Denso, Continental e Magna International, trabalha para avançar no mercado brasileiro, onde pretende vender R$ 84 milhões em 2013 (R$ 48 milhões em 2012). O faturamento global da corporação projetado para 2013 é de R$ 47 bilhões, repetindo a performance de 2012.

Em visita ao Brasil, Takashi Enomoto, principal executivo global na área de vendas e marketing de sistemas automotivos, confirmou que depois de consolidar R$ 200 milhões em investimentos no Brasil, desde 1974, vem aí um novo pacote para permitir a oferta local de peças de motores, transmissões manuais e freios. “Estamos em negociação com grandes montadoras e devemos começar a entregar os novos componentes em 2016. Para fazê-los aqui será necessário um aporte adicional”, declarou

Takeshi Osada, presidente da Aisin Automotive, sem revelar valores.

Presente em 20 países e com 74 mil empregados, a japonesa consegue fazer boa parte de um veículo sozinha, desde partes da carroceria, passando por sistemas de transmissões, que respondem por 40% das suas vendas mundiais, a itens de tecnologia embarcada. No Brasil, a companhia está de olho nas oportunidades que virão com o Inovar-Auto, o novo regime automotivo que incentiva o uso de peças produzidas localmente. “Nossa gama de produtos para o País ainda é pequena, mas esperamos crescer rapidamente na mesma velocidade que promete a indústria automobilística brasileira”, comentou Osada.

Os componentes para motor, as transmissões manuais e os freios ganharão forma na planta que foi inaugurada em agosto de 2012 em Itu, no interior de São Paulo. Na unidade, da divisão Aisin Automotive, já são feitas peças para bancos e portas para tradicionais clientes da empresa,

como as japonesas Toyota e Honda. A Toyota, a maior compradora da Aisin, absorve dessa planta partes do banco do seu recém-lançado Etios, hatchback que não anda tendo resultados expressivos no mercado brasileiro. “A nossa meta é atender as quatro maiores fabricantes de veículos (Fiat, GM, Volkswagen e Ford) com esses novos componentes”, declarou Osada.

Na pequena fábrica de Barueri, também no interior de São Paulo, que a Aisin mantém desde que passou a fornecer para o setor automotivo, em 2003, ainda são feitos componentes perfilados para portas de veículos. A Toyota compra toda a porta da Aisin, enquanto a GM, as canaletas dos vidros (para o hatch Onix), e a Honda, a armação. A unidade será mantida, mas não desenvolverá nenhum desses novos produtos anunciados. A Aisin planeja ficar no topo do ranking global de fornecedoras de autopeças em 2020 e alcançar faturamento anual de US$ 40 bilhões até lá. (Camila Franco) n

FIAT ALCANÇA 13 MILHÕES DE UNIDADES – A líder de mercado Fiat comemorou a produção de 13 milhões de auto-móveis no Brasil desde 1976, quando saiu da fábrica de Betim (MG) o primeiro veículo nacional da marca, um 147. O volume foi alcançado no último dia 9 de abril, com um Palio Sporting 1.6 vermelho. A unidade mineira iniciou suas atividades com capacidade para 200 mil veículos por ano. Com os aportes em curso, a capacidade produtiva da planta será elevada para 950 mil unidades por ano. Atualmente são produzidos ali 16 modelos em mais de 200 versões para o mercado interno e exportação.

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Processo traz benefícios na manufatura

A Jtekt, empresa japonesa especializada na produção

de sistemas de direção assistida (hidráulica e elétrica), formada por fusão entre Koyo e Toyoda, inaugurou em São José dos Pinhais (PR) seu primeiro centro tecnológico no Brasil. A instalação recebeu investimento de R$ 15 milhões. No prédio serão validados 100% dos sistemas produzidos anualmente na sua planta, que fica na mesma área. A Jtekt do Brasil faz 1 milhão de conjuntos por ano em três linhas e atende Toyota, Volkswagen, PSA Peugeot Citroën, Fiat, Renault, Nissan e General Motors. (Camila Franco) n

JTEKT inauGura centro tecnoLÓGico no brasiL

uniÃo De cHaPas a frio substitui soLDa na VW

Nem sempre é vantajoso soldar os componentes de um veículo

na linha de montagem. A união de chapas a frio em processos modernos de manufatura da Volkswagen dá uma idéia dos avanços obtidos no Brasil, repetindo a experiência adotada em fábricas da marca em diversos países. “A união substitui solda, rebites e parafusos”, explica Sergio Toro, gerente de projetos e negócios da Tox Pressotechnik do Brasil, que detém a tecnologia, conhecida também por todos os fabricantes globais de veículos.

O sistema clinching é uma união estável e resistente entre duas ou três chapas através da conformação a frio e controlada dos materiais. A Tox patenteou esse processo, que por suas características atende

padrões técnicos da VW, além de reduzir os custos de fabricação envolvidos. “Os métodos para montagem de precisão são acompanhados de procedimentos de certificação do processo e rastreabilidade para evitar possíveis recalls”, explica Toro.

A junção de chapas pode ser desenvolvida a partir de métodos manuais (alicates e prensas), ou por maquinas automatizadas e robôs, trazendo como vantagem a execução dos pontos de forma mais simples que o ponto de solda convencional. Aplicável inclusive entre materiais diferentes, é um processo ecologicamente correto, limpo, não poluente, com baixo nível de ruído e significativa economia de energia, atendendo a produção de portas, laterais, tampa traseira,

capô e outras partes. A tecnologia está presente na maioria dos carros produzidos pela Volkswagen, como Gol, Amarok, UP, Polo, Novo Fusca, Jetta, Passat, Tiguan, Golf e Touareg e Audi A3, A6 e Q7.

“Fornecemos também componentes como atuadores, alicates e bases para prensas, controles, elementos de segurança, sistemas de monitoramento do processo e ferramentas para união de chapas, estampar e marcar", resume Toro. n

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fÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA CONSOLIDOU-SE

COMO O PRINCIPAL EVENTO DO GÊNERO NO SETOR

ENCONTRO DE SUPERLATIVOS

O IV Fórum da Indústria Automobilística foi um encontro superlativo, na opinião de seus partici-pantes, que deram 8,8 pontos (em 10) à orga-

nização e conceito da iniciativa, capaz de atrair quase mil pessoas ao Golden Hall do WTC, em São Paulo, dia 1o de abril, para discutir a evolução do Inovar-Auto e os novos ce-nários para o setor automotivo. “Foi um evento fantástico, genial e criativo”, resumiu Ricardo Jacomassi, economista do Sindipeças. Luiz Imparato, diretor da Höganäs, também não economizou palavras: “Atuo no segmento automotivo há mais de 35 anos e nunca participei de um evento, no Brasil e no Exterior, tão bem organizado e de conteúdo co-mo esse”, observou.

Para José Ricardo Nogueira, diretor da Smarttech, foi tudo excelente no fórum, da organização aos palestrantes

e recursos tecnológicos que tornaram possível dividir a pla-teia em duas áreas simétricas em relação às telas, aproxi-mando palestrantes e participantes. Ivan Witt, diretor da Steer Recursos Humanos, registrou o evento como gran-dioso. Para Renata Nascimento, da área de comunicação da Scania, tudo ocorreu de forma impecável, incluindo a dinâmica dos painéis. “Fiquei bastante impressionada com a grandeza e abrangência”, assinalou Solange Amâncio, executiva da Ecosciences.

“O fórum consolidou-se como o principal evento do gênero por corresponder à expectativa do setor em encontrar parcei-ros de negócios e personalidades do setor para compartilhar informações e insights sobre as tendências na indústria auto-mobilística”, disse Paula Braga Prado, diretora de Automoti-ve Business responsável pela organização. Para ela, um dos

Assista à cobertura do fórum

FÓRUM aUtoMotive bUsiness

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938 PARTICIPANTES LOTARAM GOLDEN HALL DO WTC, EM

SÃO PAULO, COM 43 PATROCINADORES E 34 EXPOSITORES

ENCONTRO DE SUPERLATIVOSdestaques do evento reside nas atividades de relacionamento, com a realização de três workshops dedicados à cadeia de suprimentos, carreira profissional e polos automotivos.

Em estandes personalizados, 96 profissionais de mon-tadoras, parques tecnológicos, universidades e secretarias de Estado atenderam os participantes do fórum no final do programa. “Essa atividade de networking cresce a ca-da ano, valorizando o encontro”, avalia Paula, destacando também a presença de 43 patrocinadores e 34 expositores na feira de tecnologia e serviços. “Com esses números, o fórum torna-se o maior evento do gênero promovido no setor automotivo”, observa.

O programa de palestras da quarta edição do fórum trouxe na abertura uma apresentação de Paulo Cardamo-ne, diretor-geral da IHS na América do Sul, para tratar do

Inovar-Auto e apresentar projeções do mercado automotivo brasileiro. Houve também sessões dirigidas para caminhões, autopeças, novos empreendimentos na indústria automobi-lística e cadeia de suprimentos com a participação dos prin-cipais executivos do setor.

José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados, analisou os cenários para a economia. Cle-dorvino Belini, presidente da Anfavea, concedeu entrevista a Automotive Business sobre o Inovar-Auto e os efeitos do programa de competitividade estimulado pelo governo bra-sileiro. Carlos Gomes, presidente da PSA Peugeot Citroën, Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, e Valter Pieracciani, sócio-diretor da Pieracciani, vão avaliaram, em um único painel, as novas estratégias para as empresas ga-nharem competitividade na indústria automobilística.

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FÓRUM aUtoMotive bUsiness

INTERAÇÃO: durante os workshops de relacionamento, os participantes do fórum tiveram oportunidade de interagir com representantes das áreas de engenharia e compras das montadoras, universidades e entidades como o iQa e sae Brasil. a feira de tecnologia reuniu os expositores no mesmo ambiente das palestras.

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FÓRUM aUtoMotive bUsiness

se tudo seguir conforme previs-to, o Brasil verá aumentar de 18 para 25 o número de fábricas de

automóveis e comerciais leves entre 2013 e 2015. Também nos próximos dois anos, o número de plantas pro-dutivas de caminhões passará de oito para 15 – incluindo a transferência da unidade da Navistar International, que saiu de Caxias do Sul para Canoas, no Rio Grande do Sul, onde começa a funcionar em maio. O montante de in-vestimentos anunciados antes mesmo das definições do Inovar-Auto chega a R$ 15 bilhões até 2015.

Há nove fábricas de automóveis e

comerciais leves em construção ou recém-inauguradas, entre elas as uni-dades paulistas da Hyundai em Pira-cicaba e da Toyota em Sorocaba, que entraram em operação no ano passa-

do. Essas unidades previstas ou já em funcionamento somam R$ 12 bilhões em investimentos. Até 2014, quando estiverem trabalhando, vão acrescen-tar ao País um milhão de veículos por ano em capacidade instalada de pro-dução. Nos segmentos de caminhões e ônibus, oito novas fábricas serão inauguradas até 2015, com investi-mentos de R$ 3 bilhões, acrescentan-do 80 mil unidades anuais à capaci-dade produtiva.

Além disso, o Brasil ganha outras cinco fábricas de motores ligadas às montadoras, que entram em opera-ção até 2015. Saltará de 13 para 18

MULTIPLICAÇÃO DE fÁBRICASPLANTAS DE VEÍCULOS LEVES SALTARÃO

DE 18 PARA 25 ATé 2015. MONTADORAS DE CAMINHõES AVANçARÃO DE 8 PARA 15 NO PERÍODO

SUELI OSÓRIO

Assista à entrevista com Tarcísio Telles, da JAC Motors

Job: iveco-2013 -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 27449-013-Iveco-An-Tector-Sustentacao2013-20.5x27.5_pag001.pdfRegistro: 114559 -- Data: 15:02:18 09/04/2013

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Job: iveco-2013 -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 27449-013-Iveco-An-Tector-Sustentacao2013-20.5x27.5_pag001.pdfRegistro: 114559 -- Data: 15:02:18 09/04/2013

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o número de linhas de produção de propulsores, incluindo ciclo Otto e die-sel. Uma delas foi anunciada durante o painel As Expectativas para os Novos Empreendimentos, no IV Fórum da Indústria Automobilística. Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil, infor-mou que a montadora aprovou investi-mento no País na fábrica da Acteco, di-visão de motores da empresa chinesa. “Não sabemos ainda onde será nem o valor do investimento, que será feito em toque de caixa.”

DesaFiosA fábrica de automóveis da Chery em Jacareí (SP) produzirá duas platafor-mas: a do Celer, nas configurações hatch e sedã, e a de um subcom-pacto. A operação deve começar no primeiro trimestre de 2014. “Preten-demos nacionalizar o Celer o máxi-mo possível, para atender o mercado local e a América do Sul. A unidade

será totalmente independente, in-clusive em compras. Dessa forma, a matriz chinesa ganha fôlego para ex-portar”, explicou Curi. Ele informou que a companhia convidou sete em-presas chinesas para ser fornecedoras da planta do interior de São Paulo. “A maioria deve acompanhar a Chery, que é estatal.” Alguns parceiros já foram escolhidos e agora é a fase da precificação. “Há 14 empresas nacio-nais pequenas homologadas.“

Antonio Damião, diretor de desen-volvimento da Fiat Automóveis, ex-plicou que o complexo industrial de Goiana (PE) abrigará mais do que a fábrica. “Lá será construído um cen-tro de pesquisa e desenvolvimento. Produtos novos vão nascer ali dentro do conceito do Inovar-Auto e os for-necedores estão alinhados”, avaliou. A unidade abrigará 14 linhas estra-tégicas de produtos. “Automatica-mente, alguns fornecedores vão nos

acompanhar, principalmente os de peças maiores ou de transporte com-plexo”, explicou Damião.

Tarcísio Telles, vice-presidente indus-trial da JAC Motors, disse que tudo cor-re dentro do prazo para que a fábrica baiana entre em operação entre o fim de 2014 e o começo de 2015. “Temos oportunidade única na indústria auto-mobilística, pois estamos desenvolven-do um carro para uma fábrica e uma fábrica para um carro.” Ele explicou que todos os processos produtivos, como estamparia e pintura, serão fei-tos na unidade. Além de automóveis, a JAC vai montar caminhões.

“Não dá para aproveitar todos os processos para carros e caminhões, mas a pintura vai ser comum, o que vai reduzir custos.” O executivo está satisfeito com a base de fornecedores de Camaçari. Segundo ele, os parcei-ros da Ford têm interesse em fornecer para a JAC também.

a Paccar é uma das novas entrantes do setor de cami-

nhões. A empresa constrói fábrica em Ponta Grossa (PR) para fazer até 10 mil caminhões da marca DAF por ano com investimento de US$ 200 milhões. Outros US$ 120 milhões serão aplicados no desenvolvimento da rede de con-cessionários, fornecedores e en-genharia. “Vamos iniciar a produ-ção em setembro. Não podemos entrar no Brasil sem distribuição profissional”, afirmou Marco An-tonio Davila, presidente da DAF Caminhões. Sobre os fornecedo-res, Davila disse que a empresa encontrou no Brasil alguns de seus parceiros globais, mas reco-nheceu a necessidade de desen-volver fornecedores locais.

PRODUçÃO DA DAf COMEçARÁ EM SETEMBRO

MARCO ANTONIO DAVILLA, presidente da daf Brasil, e o prefeito de ponta Grossa, PEDRO WOSgRAU FILhO

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38 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM aUtoMotive bUsiness

REDES DESAFIAM ENTRANTESLEI DO CAMINHONEIRO E INfRAESTRUTURA DEfICIENTE SÃO OBSTÁCULOS A SER VENCIDOS PELO SETOR DE TRANSPORTE

O crescimento vigoroso do mercado brasileiro de ca-minhões nos últimos anos

atraiu uma série de fabricantes interes-sados em se estabelecer no País. Para essas empresas, o desafio vai além de produzir localmente com conteúdo regional superior a 65% para garantir o financiamento pelo BNDES/Fina-me. Um dos grandes obstáculos para avançar no mercado interno está em estruturar a distribuição dos veículos e os serviços de assistência técnica. A opinião é de Tânia Silvestri, diretora de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz, uma das participantes do painel sobre o tema no IV Fórum da Indústria Automobilística.

“A grande barreira à entrada de novos players é a rede de concessio-nários”, aponta a executiva, lembran-do que o mercado de caminhões é complexo e o transportador não está disposto a deixar os caminhões pa-rados por falta de peças ou serviços. “A cobertura nacional é indispensável

para as marcas terem sucesso nesse mercado”, avisa. A observação serve como alerta a empresas como DAF, Sinotruk, Foton Aumark e Shacman, que iniciam operações.

Diante dessa realidade, as montado-ras já estabelecidas no Brasil ainda não enxergam as novas entrantes como ameaça, já que levará tempo até que elas tenham estrutura para concorrer com intensidade no mercado nacio-nal. Apesar disso, as fabricantes de ca-minhões enumeram uma série de de-safios que ditarão o ritmo de expansão das vendas nos próximos anos. Entre eles estão os já tradicionais problemas de infraestrutura e de logística do Pa-ís e a falta de motoristas. Para Alcides Cavalcanti, diretor de vendas e marke-ting da Iveco, o crescimento da frota agrava o problema. “Com o aumento da demanda, as transportadoras pre-cisam de cada vez mais condutores.”

Tânia acredita que no primeiro mo-mento a lei dos caminhoneiros traz im-pacto negativo, incentivando a falta de profissionais, mas isso deve mudar a médio prazo. “A dificuldade para con-

Assista à entrevista com Ricardo Alouche, da MAN

Assista à entrevista com Tânia Silvestri, da Mercedes-Benz

SUELI OSÓRIO

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tratar motoristas tem a ver também com outros fatores que desestimulam o interesse pela profissão, como a fal-ta de segurança e de valorização. A lei pretende resolver essa questão e vai ajudar a atrair novos profissionais.”

RenovaÇÃoA idade avançada da frota é outra questão a ser enfrentada. Levanta-mento da Carcon Automotive indica que 55% dos caminhões que circu-lam no País estão nas mãos de autô-nomos e têm média de idade de 21 anos. Já a frota pertencente às em-presas é bem mais nova, com média de nove anos, evidenciando que um programa de renovação deve come-çar pelos autônomos. Como estes trabalhadores são os que têm menos capital para investir e maior dificulda-de de acesso ao crédito, a formação de cooperativas entre eles, que facili-tem a renovação, pode ser uma boa alternativa. Segundo os participantes do debate, essa seria uma tendência.

Há ainda expectativa de cresci-mento de programas como os pro-movidos em São Paulo, no Porto de Santos, e, de forma mais abrangen-

te, no Estado do Rio de Janeiro. Para deslanchar, esse tipo de ação tem de solucionar o problema do alto preço do caminhão antigo. Bernardo Fedal-to, diretor de vendas de caminhões da Volvo, acredita que a redução dos valores daria início a um ciclo de reno-vação. “Dessa forma, o dono de um veículo antigo não vai comprar um caminhão zero. Vai adquirir um de dez anos. Quem possui um de dez anos vai comprar outro de cinco e o de cin-co comprará um zero.”

PRoJeÇÕesAtualmente, o Brasil é o quarto maior mercado global e quinto colocado em produção de veículos pesados. Roberto Leoncini, diretor geral da Scania Brasil, enfatizou que, se os problemas de infra-estrutura forem resolvidos, o Brasil con-seguirá subir uma posição. O executivo está otimista para o mercado interno este ano. “Será bem diferente de 2012. Temos a expectativa de uma grande sa-fra de grãos, obras de infraestrutura e consumo das famílias aquecido.”

As fabricantes esperam aumento das vendas de 8% a 10% este ano na comparação com 2012. O cresci-

mento estará alinhado à previsão de avanço do PIB, da ordem de 3%, e te-rá mais intensidade entre os veículos pesados e extrapesados. O segmento deverá ser o grande motor da expan-são das vendas também nos próxi-mos anos. A categoria tem a maior participação e, em 2012, respondeu por 54,2% do mercado, enquanto os médios ficaram com 28%.

O vice-presidente de vendas, marke-ting e pós-vendas da MAN Latin Ame-rica, Ricardo Alouche, concorda com o prognóstico e aponta que a demanda por extrapesados vai crescer também como consequência da otimização dos processos de logística. Para ele, os VUCs (Veículos Leves de Carga), per-manecerão como opção importante para o transporte em centros urbanos e os modelos médios continuarão pre-sentes na logística entre municípios.

A previsão de Oswaldo Jardim, diretor de operações da Ford Cami-nhões, também é otimista acerca das vendas de extrapesados. A empresa entrará no segmento no segundo se-mestre deste ano. “É fatia muito dis-putada e nos interessa também pelo alto valor agregado.”

ALCIDES CAVALCANTI, da iveco, BERNARDO FEDALTO, da volvo, OSWALDO JARDIM, da ford, RICARDO ALOUChE, da MaN, ROBERTO LEONCINI, da scania, e TANIA SILVESTRI, da Mercedes, concordam que é preciso reduzir o preço do caminhão usado para renovar a frota circulante

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40 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM aUtoMotive bUsiness

APOSTA NO INOVAR-AUTOPARA REPRESENTANTES E ESPECIALISTAS DA INDÚSTRIA

AUTOMOBILÍSTICA, NOVO REGIME REfORçA A CARACTERÍSTICA INOVADORA DO SEGMENTO

MARTA PEREIRA

Mesmo com regulamentações pendentes, o Inovar-Auto já agrada boa parte dos repre-

sentantes e especialistas do setor auto-motivo, que acreditam que o programa é um aliado para o salto quantitativo e qualitativo que se espera. Cledorvino Belini, que acaba de deixar a presidên-cia da Anfavea e é presidente do Grupo Fiat para a América Latina, integra o coro dos que esperam que a política industrial traga bons resultados.

Na opinião dele, o novo regime vai colocar a indústria brasileira no mes-mo patamar que a de muitos países e até superar. “O Inovar-Auto também

impõe muitos desafios. Um deles é que toda a cadeia de suprimentos tem de ser forte e, para tal, atrair investi-mentos. Da mesma forma, esperam--se aportes públicos em infraestrutura, sobretudo logística, que impactam diretamente na competitividade”, disse o executivo no IV Fórum da Indústria Automobilística.

Um dos pontos-chave do programa é o incentivo à inovação com benefícios econômicos e fiscais. O assunto, no en-tanto, ainda é nebuloso para algumas empresas. Valter Pieracciani, sócio--diretor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, esclarece que a inovação

não é nenhum bicho de sete cabeças. “Há tempos a indústria entende que sem isso não há saída. Toda empresa tem potencial para ser uma usina de inovação. Basta se organizar, se estru-turar. E não precisa esperar pela regula-mentação do Inovar-Auto”, avisa.

MontaDoRasO consultor reforça que inovar im-plica explorar melhor os elementos que todas as empresas têm: pessoas, processos e relacionamentos com os diversos públicos de interesse. “Ino-vação tem de fazer parte da tradição, da estratégia, do dia a dia. O novo

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42 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM aUtoMotive bUsiness

regime reforça essa ideia.” Essa visão é compartilhada por Carlos Gomes, presidente da PSA Peugeot Citroën, e Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America, que dividiram o palco com o consultor no painel Estratégias para a Competitividade.

Gomes aponta que o novo regime automotivo fortalece a trajetória ino-vadora da PSA, baseada no tripé ci-tado por Pieracciani, e será capaz de promover a competitividade. “Não vi-samos um market share elevado, até porque estamos fora do nicho de en-trada. Mas queremos estar mais pró-

ximos do mercado, melhorar nossa relação com os parceiros, desenvolver produtos que atendam às necessida-des do consumidor e nos antecipar às exigências por modelos mais econô-micos e com baixo nível de emissões.”

A MAN também se identifica com a usina de inovações descrita pelo con-sultor. Cortes cita o conceito pioneiro da fábrica de Resende (RJ), no qual os fornecedores estão no mesmo com-plexo industrial, modelo copiado por outras marcas. Cortes concorda com o executivo da PSA ao falar dos efeitos do Inovar-Auto. “O regime cabe como

uma luva em nossa estratégia. É um programa ganha-ganha, que prioriza quem tem feito investimentos, sem im-pedir que outros players se instalem.”

CaDeiasPieracciani afirma que todos os setores podem e devem inovar, incluindo as ca-deias de suprimentos e de distribuição. “O varejo tem uma vantagem: está em contato direto com o consumidor e sa-be o que ele quer. É preciso incremen-tar a sinergia com os fabricantes.”

As autopeças, segundo o consultor, precisam se organizar, alinhar-se às exigências do mercado, desenvolver projetos tecnológicos, bater na porta do cliente, reforçar as parcerias e bus-car linhas de créditos que já existem, mas não são aproveitadas. “Há espa-ço para todos e o Brasil é um país com tradição em inovação, durante déca-das esquecida.”

O INOVAR-AUTO IMPõE MUITOS DESAfIOS. UM

DELES é qUE TODA A CADEIA

DE SUPRIMENTOS TEM DE SER

fORTE E ATRAIR INVESTIMENTOS

CLEDORVINO BELINI, presidente da anfavea na

gestão 2011 a 2013Assista à entrevista com Cledorvino Belini

CARLOS gOMES, presidente da psa peugeot Citroën, ROBERTO CORTES, presidente da MaN, e VALTER PIERACCIANI, sócio-diretor da pieracciani, concordam que empresas devem ser usinas de inovação

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para auxiliar o governo na regula-mentação do novo regime auto-

motivo, a IHS Automotive América do Sul entregou em março estudo que servirá de base para calcular o índice de nacionalização dos veículos fabri-cados no Brasil. “As regulamentações estão sendo finalizadas. Embora não haja prazo para publicação, o gover-no tem pressa, porque o Inovar-Auto está ligado a impostos”, garante Pau-lo Cardamone, managing director da consultoria para a América do Sul.

Ele revelou que o modelo de medi-ção de conteúdo local preparado pela consultoria recomenda um sistema simples, eficiente e barato. “Apenas aumentar o conteúdo local não ga-rante a elevação do nível de competi-tividade, um dos principais pontos do Inovar-Auto. Outras vertentes mere-cem atenção, como a eficiência ener-gética”, salienta.

Segundo ele, o governo tem de ajustar pontos críticos, com medidas que reduzam os custos. “É preciso rever valores da matéria-prima, como aço e plástico, olhar para a questão da energia elétrica e os custos atrela-dos à mão de obra. O governo tam-

bém tem de concordar em ser sócio minoritário. Hoje, 33% do custo de um carro é dele.”

Cardamone lembra que o foco do Inovar-Auto deve ser o consumi-dor, o que vai gerar uma reversão no desenvolvimento de modelos pa-ra atender os compradores de baixa renda. Ainda assim, ele alerta que o Brasil não tem evoluído em veículos com mais conteúdo ou em projetos que contemplem outras categorias além da B, de veículos compactos, que são predominantes no mercado nacional. “Quanto mais competição, melhor. Só precisamos torcer para que o Inovar-Auto não se torne só um ‘Importar-Auto’. É a competição que vai fazer com que os carros sejam me-lhores para os consumidores.”

O consultor aponta que os desafios do Inovar-Auto ainda passam por am-pliar a capacitação para a inovação e estimular o debate sobre mobilidade. “É importante manter a alta da capa-cidade produtiva, sustentada pela cria-ção de um programa de reciclagem: tirar das ruas um milhão de carros poluentes, no mínimo, e trazer ao con-sumidor soluções mais sustentáveis.”

GOVERNO, SÓCIO MINORITÁRIO

PAULO CARDAMONE, managing director da ihs automotive na américa do sul

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44 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM aUtoMotive bUsiness

REGIME ACELERA COMPRASEXECUTIVOS PROJETAM EXPANSÃO DA COMPETITIVIDADE

EM PARALELO AO AUMENTO DE GASTOS

CAMILA FRANCO

Os executivos de compras das grandes montadoras instaladas no Brasil con-

cordam que o Inovar-Auto terá efeito positivo sobre a cadeia de suprimen-tos. Os responsáveis pela área na Ford, General Motors e Volkswagen, chegaram a essa conclusão durante em painel durante o IV Fórum da In-

dústria Automobilística. A GM América do Sul planeja

gastar R$ 12 bilhões com materiais diretos e mais R$ 400 milhões com materiais indiretos em 2013. Para Cláudio Bello, diretor de compras da companhia, o novo regime traz in-vestimentos para a indústria ao pas-so que exige o desenvolvimento de

novas tecnologias locais, contribuin-do para aumento da competitividade e facilitando os processos logísticos.

João Pimentel, diretor de compras da Ford América do Sul, pondera, contudo, que esses benefícios só de-verão ser sentidos em longo prazo. “A cadeia já está preparada para atender a nova política. Mas vai ser preciso in-

O CONTEÚDO LOCAL DOS VEÍCULOS VOLKSWAGEN ESTÁ EM 79%. O GOL, MAIS VENDIDO, CHEGA A 87%EDVALDO PICOLLO, gerente executivo de compras, volkswagen do Brasil

A CADEIA ESTÁ PREPARADA PARA A NOVA POLÍTICA. MAS VAI SER PRECISO INVESTIR EM VOLUMEJOÃO PIMENTEL, diretor de compras, ford américa do sul

O NOVO REGIME TRAZ INVESTIMENTOS PARA A INDÚSTRIA E EXIGE DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS LOCAISCLáUDIO BELLO, diretor de compras da General Motors américa do sul

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vestir em volume, com mais máqui-nas, além de manter o que se gasta hoje para sermos competitivos.”

LoCaLiZaÇÃoPimentel, Bello e também Edvaldo Picolo, gerente executivo de compras da Volkswagen do Brasil, deverão au-mentar os gastos a fim de aumentar o conteúdo local e a tecnologia em-barcada em seus produtos. Picolo, que gastou R$ 15,8 bilhões em 2012 e deve aumentar a cifra para R$ 16 bilhões em 2013, assume que o vo-lume de compras tende a crescer. “Não vejo problema nenhum em aumentar nossas compras, desde que aumentemos nossa qualidade e competitividade. Meus concorrentes deverão fazer o mesmo para sobrevi-ver. Hoje, o conteúdo local dos veícu-

los Volkswagen já está no patamar de 79%. O Gol, nosso carro mais vendi-do, tem 87% das peças feitas aqui. O Inovar-Auto ditará como o mercado vai competir nos próximos anos e isso é bom porque conhecemos me-lhor nosso futuro.”

Pimentel complementa: “É evidente que teremos de comprar mais. Moto-res com mais tecnologias represen-tam mais custos. Mas, no fim, a conta deverá ser equalizada porque as com-pras vão estar centralizadas aqui.”

Para que o consumidor não sinta o reflexo do aumento dos gastos, Bello, da GM, propõe a redução de massa da carroceria em vez de ado-tar soluções mais caras para elevar a eficiência energética dos motores co-mo, por exemplo, a inclusão de um turbocompressor. “Será preciso cria-

tividade por parte da engenharia”, aponta. Picolo, por sua vez, acredita no ganho de escala como trunfo.

Os executivos garantem que não existem gargalos severos na cadeia produtiva. “Temos tido alguns, pontu-ais, por desequilíbrio entre demanda e oferta. Ainda faltam cuidados especiais em relação aos tiers 2 e 3, além de ha-ver deficiências de logística, mas nada preocupante”, assegura Cláudio Bello.

Os executivos apostam em uma indústria automotiva nacional de 6 milhões de veículos na próxima dé-cada. “Se fizermos os investimentos necessários agora, chegaremos a esse número. Mas se esperarmos pelo que vai acontecer no fim da década apenas como espectadores, com certeza não estaremos prepara-dos”, conclui Bello.

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46 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM aUtoMotive bUsiness

SINDIPEçAS À ESPERA DO INOVAR-PEÇAS

EXECUTIVOS PROJETAM EXPANSÃO DA COMPETITIVIDADE EM PARALELO AO AUMENTO DE GASTOS

FERNANDO NEVES

Questões ainda em aberto têm feito o Sindipeças eco-nomizar elogios ao Inovar-

-Auto, Programa de Incentivo à Ino-vação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Au-tomotores. Entre outras medidas, o

programa fixa tributação mais baixa para os veículos produzidos no Brasil que comprem peças, material produ-tivo e ferramental no mercado local ou regional. O objetivo do governo é atrair novos investimentos produtivos para o Brasil, desejo partilhado com

o setor fabricante de autopeças e que tem seu entusiasmo barrado em dois pontos: a incógnita sobre como será a rastreabilidade e a palavra “regional”.

Saber de onde vêm as peças, in-dicando o que foi importado e o que não foi, é importante porque deter-

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minará o índice de nacionalização e, dessa forma, quem deve receber os benefícios fiscais contidos no progra-ma. “Equacionar a rastreabilidade é a questão fundamental para o setor de autopeças dentro do programa Ino-var-Auto,”, disse Paulo Butori, presi-dente do Sindipeças durante sua par-ticipação no IV Fórum da Indústria Automobilística, dia 1o de abril no Golden Hall do WTC, em São Paulo.

Na entidade dos fabricantes de autopeças, a rastreabilidade tem so-lução simples: a autodeclaração feita pelos próprios fabricantes de compo-nentes. Em caso de dúvida, auditores independentes checariam a veraci-dade da documentação. Por falta de consenso nesse ponto e em outros, a publicação da regulamentação do Inovar Auto foi transferida para 1o de junho, em vez de ter sido feita em 1o de abril como programado.

RastReabiLiDaDeÉ a questão da rastreabilidade que traz à discussão a questão dos com-ponentes fabricados regionalmen-te. A palavra “regional” compreen-de peças produzidas fora do Brasil, mais especificamente na Argentina, único país do Mercosul que, além do Brasil, fabrica componentes au-tomotivos. A questão é que, além de fabricar, o país vizinho também importa. É esse o ponto que atrai a atenção do Sindipeças porque a entidade quer saber como a rastre-abilidade (incluída no Inovar-Auto como forma de determinar se a pe-ça é brasileira ou não) será aplicada na Argentina.

O problema é como estender a ju-risdição dos auditores independentes à Argentina. Motivo para acompa-nhar de perto há. Segundo Butori, um levantamento indica que para ca-

da carro feito na Argentina há a pre-sença, em valor, de US$ 16,5 mil em componentes importados. Porém, o preço médio dos carros na Argenti-na é de US$ 15 mil. Ou seja, a conta não fecha e indica que esses compo-nentes têm como destino final o mer-cado brasileiro, maior comprador de veículos produzidos no país vizinho. “Verificar a aplicação da rastreabili-dade na Argentina é uma questão a ser resolvida”, afirma Butori.

Mesmo sem a regulamentação do Inovar-Auto, o presidente da en-tidade dos fabricantes de autope-ças defende a criação de um pro-grama exclusivo para o setor, com o sugestivo nome de Inovar-Peças. “O governo avalia com simpatia um Inovar-Peças, que pode sair na sequência do Inovar-Auto. Não há prazo. Mas o Sindipeças tem espe-rança”, conclui.

BUTORI DEfENDE RASTREABILIDADE AO TOMAR POSSE NO SINDIPEçAS

ao tomar posse como presidente do Sindipeças dia 11 de abril, em cerimônia promovida no Clube Mon-

te Líbano, em São Paulo, Paulo Roberto Butori destacou o empenho da entidade para que seja regulamentado o regime de rastreabilidade da origem das autopeças no Inovar-Auto. Ele lembrou também de medidas anuncia-das pelo governo em defesa do setor, como o Reintegra, a desoneração da folha de pagamentos e a certificação de autopeças pelo Inmetro. “O setor de autopeças faz parte de uma indústria que move a economia de qualquer país em que esteja insta-lada. Mas para que isso funcione bem é preciso que haja harmonia entre todos os elos da cadeia produtiva”, enfa-tizou Butori. Ele foi eleito pela sétima vez para comandar a entidade, tarefa que tem desempenhado com habilida-de para governar com harmonia as necessidades muitas vezes divergentes de seus associados, sejam sistemistas ou fabricantes de componentes.

O dirigente entende que o Inovar-Auto é considerado um divisor de águas e pode representar grande oportunida-de ou mesmo ameaça para a indústria brasileira de auto-peças: “Nosso trabalho consiste em mostrar ao governo com números, dados e projeções os riscos que o País corre se a produção local de autopeças continuar sendo substituída por importações.” Butori explica que, além de apontar os riscos, cabe ao Sindipeças a obrigação de apresentar propostas consis-tentes para que o Inovar-Auto resgate a competitividade da indústria, de modo que esta retome sua trajetória de crescimento, interrompida nos últimos anos. “Sem o de-vido crescimento, ficamos distantes de nossos clientes (montadoras) nos investimentos, na produção e na ren-tabilidade”, relatou. Tomaram posse também os novos conselheiros, direto-res regionais, representantes nas federações de indústria e suplentes do Sindipeças e da Abipeças.

Dirigente quer demonstrar os riscos do aumento das importações de autopeças

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FÓRUM aUtoMotive bUsiness

a tão necessária melhora da produtividade, que sinaliza pro-dução com mais qualidade e

menor preço, parece que vai demorar a acontecer no Brasil. Essa é a opinião de José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados, que vê com pessimismo a situação atual do País.

Durante o IV Fórum da Indústria Automobilística, o economista enu-merou alguns problemas que o País precisa superar para alcançar cresci-mento mais vigoroso. Entre eles es-tão a perda de qualidade regulatória, resultados negativos nas empresas causados pela política cambial, pre-juízo da Petrobras para seus acionis-tas e fornecedores, perdas associa-das ao novo modelo elétrico, multas aplicadas pela receita e agências re-

gulatórias e aumento de custos, es-pecialmente da mão de obra.

O economista critica a opção pelo aumento puro e simples do consu-mo como sustentáculo do cresci-mento econômico. Para ele, a sim-ples oferta de produtos, sem o au-mento da qualidade na cadeia, não vai ajudar ao crescimento. “Apenas a expansão do consumo não nos fa-rá crescer mais”, afirma.

Um exemplo de expansão em cima de consumo e não de produtividade são as projeções do PIB feitas por sua empresa. Para a MB Associados, o Brasil registrará crescimento de 3% em 2013 e de 3,5% em 2014. A expansão, no entanto, será bastante sustentada por ações de investimentos públicos li-gados à Copa do Mundo e, como acon-

tece de dois em dois anos, as eleições. Para Mendonça de Barros, a inflação,

dragão domado há alguns anos no Brasil, dá sinais de estar roendo suas correntes. Ele informou que, segundo levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) en-tre os 365 itens medidos pelo instituto, 70% tiveram aumento de preços. Para 30% deles, essa alta foi superior a 10%.

O cenário pessimista enxergado por Mendonça de Barros se completa com a possibilidade de risco de oferta de energia por conta da matriz hidro-elétrica brasileira de geração. Com a redução das chuvas, os reservatórios estão com os níveis aquém dos espe-rados. Ele lembra que as reservas téc-nicas já foram utilizadas, o que torna o fornecimento preocupante. n

EFICIÊNCIA PARA ELEVAR PIBPARA MENDONçA DE BARROS, A ECONOMIA BRASILEIRA

NÃO DÁ SINAIS DE ESTAR NO RUMO CERTO

FERNANDO NEVES

O que segura o crescimento do Brasil•�Perda�de�qualidade�regulatória•�Prejuízo�nas�empresas�causado�pela�política�cambial•�Prejuízo�da�Petrobras�para�seus�

acionistas e fornecedores•�Perdas�associadas�ao�novo�modelo�elétrico•�Multas�aplicadas�pela�receita�e�agências�regulatórias•�Aumento�de�custos,�especialmente�da�mão�de�obra

JOSé ROBERTO MENDONÇA DE BARROS, presidente da

MB associados

APENAS A EXPANSÃO DO

CONSUMO NÃO NOS fARÁ

CRESCER MAIS

60 anos de Volkswagene 12 anos de parceria.

A T-Systems parabeniza e agradece pela confiança e por fazermos parte dessa história de inovação e sucesso.

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60 anos de Volkswagene 12 anos de parceria.

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INVESTIMENTOS

50 • AutomotiveBUSINESS50 • AutomotiveBUSINESS

INVESTIMENTOS

Natalia gómez e paulo ricardo braga

O BRASIL AUTOMOTIVO MUDA SUA DINÂMICA COM O INOVAR-AUTO, TRANSFORMANDO-Se eM UM VeRDADeIRO CANTeIRO De

OBRAS, COM eSTADOS DISPUTANDO R$ 60 BILHÕeS eM APORTeS De MONTADORAS e AUTOPeÇAS. OS eMPReeNDIMeNTOS Se

MULTIPLICAM DO NORDeSTe AO SUL, ReGISTRANDO INICIATIVAS OUSADAS COMO O BILIONÁRIO POLO DA FIAT eM PeRNAMBUCO

OU A FÁBRICA De VeÍCULOS De LUXO DA BMW eM SANTA CATARINA. SAIBA O QUe HÁ POR TRÁS DeSSAS INICIATIVAS TÃO DIVeRSAS, ALÉM

De UM MeRCADO ATRATIVO e INCeNTIVOS FISCAIS

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Fiat automóVeis põe em marcha a construção da fábrica de Goiana, em Pernambuco

INDúSTRIA AUTOMOBILÍSTICA:

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A decisão da BMW de implantar fábrica em Araquari, no norte de Santa Catarina, às margens

da BR-101, traz lições importantes sobre a produção automotiva no País. Em primeiro lugar, a iniciativa sinaliza que é possível, sim, operar com peque-nas unidades e montar carros de luxo aqui. A planta terá capacidade inicial de 32 mil veículos por ano, escolhidos entre o Série 1, Série 3 e X1, os mais vendidos da marca no Brasil.

O empreendimento confirma tam-bém a importância dos incentivos fis-cais municipais e estaduais para atra-ção de investimentos catalisados pelo Inovar-Auto, o programa do governo para adensar a cadeia produtiva. Em-bora a BMW não revele o volume total dos estímulos governamentais, é cer-to que eles são expressivos.

Não menos importante, ainda, é a evidência da contínua descentraliza-ção na geografia da manufatura de veículos, a despeito dos desafios lo-gísticos associados ao isolamento em relação aos centros industriais, como ocorre com a Fiat, em Pernambu-co, com a JAC Motors e a Foton, na Bahia, as pequenas TAC e Troller, no Ceará, a DAF, no Paraná, e a Sinotruk, em Santa Catarina. Goiás abriga três fábricas: a CAOA, em Anápolis, a Mit-subishi, em Catalão, e a Suzuki, em Itumbiara, todas distantes dos princi-pais centros de consumo e suprimen-to de componentes. A JAC Motors ficará em Camaçari, onde a Ford en-frenta a escassez de pessoal especia-lizado e sofre da crônica dependência do transporte rodoviário.

Em caminho inverso, Hyundai (Pi-racicaba, SP) e Toyota (Sorocaba, SP) optaram por ficar em território paulista, próximas dos centros produtores de autopeças. Para crescer, a PSA Peugeot Citroën decidiu permanecer na região sul-fluminense, ao lado da MAN, e terá na vizinhança a Nissan, que faz aporte expressivo em Resende.

São Paulo continua sendo o Esta-do responsável pelo maior volume de veículos produzidos no País, com 42% do total. Vêm a seguir Minas Gerais (25%), Paraná (15%), Rio Grande do Sul (6%), Bahia (5,6%), Rio de Janeiro (4,5%) e Goiás (2%). Essas participa-ções são estimadas, com base nos resultados de 2011, já que a Anfavea ainda trabalha nos números de 2012.

O peso do Inovar-Auto tem sido decisivo nos novos empreendimen-tos, para driblar o pagamento de 30 pontos porcentuais extras de IPI. Com seu projeto, em fevereiro, a BMW conseguiu a habilitação como inves-tidora em fábrica de baixo volume de produção, com aporte mínimo de R$ 17 mil por veículo produzido. A em-presa conquistou o direito de importar 8 mil veículos por ano, similares aos que montará no País, sem os 30 pon-tos porcentuais extras de IPI, volume

equivalente a 25% da capacidade de produção anunciada. A BMW pode-rá trazer outros 25% da capacidade (mais 8 mil unidades por ano) com o desconto, mas só receberá o IPI gor-do de volta após começar a produzir localmente.

“Com a instalação da fábrica, mais de mil novos empregos diretos serão criados. Será também uma grande oportunidade para a área da educação, geração de emprego, intercâmbio cul-tural e transferência de tecnologia”, dis-se o presidente do BMW Group Brasil, Arturo Piñero, que assumiu o posto em 1o de abril. Os primeiros carros brasilei-ros da marca estarão nas revendas até o fim de 2014. O protocolo assinado com o governo de Santa Catarina re-gistra aporte de 200 milhões de euros e lança um desafio para suas concor-rentes Mercedes-Benz e Audi seguirem seus passos em território brasileiro.

mãos à obra: executivos e convidados da DAF Caminhões dão a partida à construção da fábrica em Ponta Grossa, no Paraná

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arturo piñeiro, presidente & CEo do BMW Group Brasil, assina o protocolo para

instalação da fábrica em Araquari (SC), ao lado de raimuNdo colombo, governador de Santa Catarina, e eduardo piNho

moreira, vice-governador de Santa Catarina

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INVESTIMENTOS

INVeSTIDOReS ReCeBeM SUPORTe

LOGÍSTICO, FACILIDADe

De ACeSSO A INSTITUIÇÕeS, ReDUÇÃO De

IMPOSTOS, TeRReNOS e

BeNFeITORIAS

iNceNtiVos ReGIONAIS

os volumosos investimentos em curso na indústria auto-mobilística não passam

despercebidos por governos esta-duais e municípios brasileiros. Os aportes em instalações e desenvol-vimento de veículos leves e pesa-dos programados de 2013 a 2017, mais as aplicações em autopeças, alcançarão o impressionante valor de R$ 60 bilhões, conforme calcula a Anfavea, a entidade dos fabrican-tes de veículos.

O avanço dos polos automotivos estaduais, que se estende por Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é acompanhado pelo cres-cimento dos parques tecnológicos paulistas, que atendem aos progra-mas de PD&I, engenharia e tecnolo-gia de montadoras e autopeças.

Atentos ao imenso potencial de in-vestimentos, catalisados pelo Inovar--Auto, polos municipais e estaduais em diferentes regiões do Brasil pro-

curam atrair a atenção das empresas. Os incentivos incluem facilidades pa-ra enfrentar a burocracia e ter acesso a repartições públicas, reduções na cobrança de impostos, cessões de terrenos e benfeitorias.

Pernambuco é um dos exemplos mais recentes dessa regionalização, que descentraliza ainda mais a pro-dução de veículos outrora restrita ao ABC paulista. O Estado, palco de investimentos de R$ 7 bilhões da Fiat no município de Goiana, próxi-

mo ao porto de Suape, está sendo procurado por empresas que serão fornecedores satélites da montadora. Já confirmaram presença na região Pirelli, Magneti Marelli e a prestado-ra de serviços logísticos Sada. Os parceiros vão se instalar em dois parques produtivos – um em terreno de mil hectares da Fiat e outro a 30 quilômetros da fábrica.

No primeiro parque estarão até 15 fornecedores da Fiat, com negocia-ção direta entre empresas e montado-ra. No restante do Estado, o governo pode ajudar com a venda subsidiada de terrenos ou doação de áreas. Se-gundo o secretário de Desenvolvi-mento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni Monteiro, quanto mais distante da Fiat for o terreno, maior será o auxílio do governo.

Segundo ele, existem empresas interessadas em construir instala-ções perto da Fiat para alugar aos fornecedores da montadora. À Fiat o governo concedeu desconto (crédito presumido) de 95% do ICMS. Para as

A Bahia oferece redução de quase 100% do ICMS para

montadoras e autopeças e terrenos a preços de

r$ 4 a r$ 25 por metro quadrado. Há também redução

de IR em 75%, isenção de IPTU e ISS abaixo de 3%

psa aplicará R$ 3,7 bilhões até 2015 em Porto Real (RJ) e elevará a capacidade de produção para 220 mil veículos/ano

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INVESTIMENTOS

autopeças que fornecem para a Fiat, há isenção do ICMS. Aquelas que exportam têm desconto do imposto, a depender da localização (75% em Suape, 85% na Zona da Mata e 95% no sertão).

Monteiro ressalva que Pernambuco vive período de reindustrialização e inicia sua história no setor automoti-vo, mercado em que ainda não tem tradição. Uma das poucas empresas do segmento situadas no Estado é a Baterias Moura. “O governo quer prestar auxílio a este polo que está chegando”, afirma. O Estado conta com 14 escolas técnicas que podem formar mão de obra para as empre-sas, além de pagar parte do salário

de pesquisadores que desenvolvam e apliquem suas pesquisas no Estado.

Outro Estado agressivo nesta área é a Bahia, que abriga a Ford e 30 siste-mistas da montadora e se prepara pa-ra o início das operações da JAC e da chinesa Foton em meados de 2014. O Estado conta com três importantes produtores de pneus: Pirelli, Bridges-tone e Continental.

Para garantir a atratividade, a Bahia conta com um incentivo fiscal espe-cífico para o setor automotivo, com redução de quase 100% do ICMS para montadoras e as autopeças que fornecem a montadoras locais. Neste ano, o benefício será estendido para

autpeças que ven-dem para outros estados, segundo o superintenden-te de desenvolvi-mento econômi-co, Paulo Roberto Brito Guimarães. “O benefício é voltado para qual-quer veículo auto-motor, não apenas automóveis”, diz.

Além do ICMS, o governo estadual da Bahia permite que as empresas comprem terrenos a pre-ços equivalentes a 20% dos praticados no mercado, de R$ 4 a R$ 25 por me-

tro quadrado. Em nível municipal, as empresas recebem isenção de IP-TU durante vários anos e o ISS fica abaixo de 2% a 3% nas cidades do interior da Bahia. Outro incentivo, proveniente do governo federal, é a redução de Impos-to de Renda em 75% durante dez anos, que vale para toda a Re-gião Nordeste.

Para dar maior apoio às empresas que atuam no Estado, a Bahia criou um centro de tecnologia chamado de Cimatec, que tem condições de ajudar no de-senvolvimento tecnológico e capaci-tar o pessoal para trabalhar no setor automotivo. A ida da JAC e da Foton

FÁbrica da NissaN em Resende (RJ) recebe R$ 2,6 bilhões para produzir 200 mil unidades/ano

a Jac motors investe R$ 1 bilhão em Camaçari (BA) para fabricar automóveis e pequenos caminhões

mitsubishi aplica R$ 1 bilhão para duplicar a capacidade da fábrica em Catalão, Goiás

A Fiat terá 15 ForNecedores ao lado da fábrica em Goiana (PE), mas haverá outro parque

produtivo a 30 km de distância. Quanto mais longe da montadora for o terreno, maior

o auxílio do governo

à região motivou também a criação de um grupo na Secretaria da Indús-tria, Comércio e Mineração da Bahia voltado exclusivamente para cuidar desses projetos.

Para agilizar a concessão de licenças ambientais, a Secretaria criou ainda um grupo de gestão ambiental com 64 especialistas que dão suporte ao Instituto do Meio Ambiente. Os prazos de licenciamento ambiental, que eram de seis meses a um ano, caíram para três meses depois da iniciativa.

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INVESTIMENTOS

os Estados do Sudeste têm tradição no setor automo-tivo e não ficam fora da

disputa por novos empreendimentos. O governo de Minas Gerais, por exem-plo, mantém conversas com empre-sas interessadas, com destaque para o setor de autopeças, mas os nomes ainda não podem ser revelados, segundo o analista de promoção de investimentos do Instituto de Desen-volvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), Fábio Valadares.

O Rio de Janeiro, que já possui fá-

volvimento Econômico, Energia, In-dústria e Serviços, Julio Bueno, conta que, além do trabalho da própria Nis-san, a secretaria promove road shows para atrair novos investimentos. “Em road show realizado para Tóquio, no ano passado, foram anunciados pelo menos seis fornecedores que estão vindo para a região”, afirma.

Além de dois mil empregos diretos que serão gerados pela nova fábrica da Nissan em Resende, outros dois mil são esperados por conta da instalação de fornecedores. Mais da metade deste

total já foi anuncia-da pelos primeiros seis fornecedores que decidiram se instalar no Rio de Janeiro. Ao todo são quase R$ 300 milhões em inves-timentos das japo-nesas Mitsui Steel (bobinas de aço), Yorozu (suspen-são), Tachi-S (ban-cos), Kinugawa Rubber (tiras para

vedação de portas), CalsonicKansei (escapamento) e da francesa Faurecia (parte interna das portas).

Segundo Bueno, as montadoras instaladas no Estado recebem incen-tivo financeiro previsto no Programa de Atração de Investimentos Estru-turantes (Rioinvest), criado em 1997 e sob o qual estão todos os grandes investimentos feitos no Rio nos últi-mos anos, entre eles os da Peugeot,

Nissan e MAN. O incentivo prevê que a empresa financie o pagamento de parte do ICMS durante a fase do in-vestimento. Na prática, a empresa paga 20% do valor do ICMS e financia os 80% restantes. Ela pode utilizar es-te recurso ao longo de até 50 anos, respeitando o limite de crédito equiva-lente ao valor do investimento.

O pagamento do montante de ICMS financiado pode ser feito de du-as formas: ao longo dos 20 anos finais do período de 50 anos, respeitados 30 anos de carência; ou antecipadamen-te, a cada ano, ainda durante o inves-timento. Como o prazo de 50 anos é muito longo, as empresas antecipam o valor, retirando os juros do período, e vão quitando a dívida anualmente.

O Estado de São Paulo, represen-tado pela Agência Paulista de Pro-moção de Investimentos e Competi-tividade (Investe São Paulo), também se mostra proativo na captação de investimentos. Segundo o presidente Sérgio Rodrigues Costa, a Investe São Paulo ajuda a direcionar as empresas para os municípios paulistas.

Algumas das regiões mais deman-dadas são as de São Carlos, Soroca-ba, Piracicaba e Jacareí, em razão da proximidade com os grandes eixos rodoviários e da oferta de mão de obra qualificada. Outro fator que pesa na decisão de investimentos é a alta qualidade de vida destas cidades. "Os empresários querem estar próximos dos grandes centros consumidores, dos fornecedores e estar em um am-biente agradável para viver", afirma.

ReGIÃO, QUe CONCeNTRA A PRODUÇÃO AUTOMOTIVA, TAMBÉM OFeReCe INCeNTIVOS A MONTADORAS e FABRICANTeS De AUTOPeÇAS

A ATRAÇÃO DO sudeste

bricas da MAN Latin América e da PSA Peugeot Citroën em Resende, recebe-rá na região sul-fluminense também uma unidade da Nissan, que tem pro-grama de R$ 3 bilhões no País desde 2011 para a construção de uma fábri-ca e centro de pesquisa e tecnologia. A montadora japonesa prepara-se pa-ra receber ao menos 30 fornecedores, que se instalarão em um raio de 70 km. O secretário estadual de Desen-

cherY investe R$ 800 milhões na fábrica de Jacareí (SP), a ser inaugurada em 2013

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INVESTIMENTOS

Uma das cidades paulistas deci­didas a atrair investimentos automotivos é São Carlos.

Segundo o assessor de relações insti­tucionais da prefeitura, André Vilar, o município decidiu neste ano siste­matizar os benefícios concedidos às empresas, que antes eram negocia­dos caso a caso. “Nos últimos dez anos não houve muita atração de empresas e a ideia agora é acelerar o processo”, diz.

Ele explica que as empresas rece­bem isenção de IPTU e ISS por dez anos, desde que recolham ICMS no município e contratem mais de 300 funcionários. Para quem contrata um

Os pOlOs de sãO CarlOs, sãO JOsé dOs CampOs e sOrOCaba darãO supOrte à indústria em

pesquisa, desenvOlvimentO e inOvaçãO

O avançO dOs PARQUES tEcNOLÓGIcOS

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ação número menor de

pessoas, o benefício dura cinco anos. A prefeitura também promove a doação ou a venda de terrenos para os empresários. No caso de venda, o pagamento tem pra­zo de até 60 meses.

Em São Carlos es­tá situada a Volkswa­gen, que tem na pro­ximidade dezenas de empresas metalúrgi­cas prestadoras de serviços. Outro im­portante player ins­talado no município

é a americana Schnellecke, que faz a pré­montagem de conjuntos para a Volkswagen. Além de atrair as uni­dades produtivas de empresas, São Carlos pretende atrair centros de pesquisa e laboratórios, que podem ser instalados dentro ou fora do seu parque tecnológico.

SOROCABAO Parque Tecnológico de Sorocaba foi inaugurado pela prefeitura do mu­nicípio paulista em meados de 2012, com investimentos de R$ 60 milhões dos governos estadual e municipal. O local será um ponto de encontro entre empresas, universidades e po­

der público para desenvolvimento de pesquisa e inovação. Desde a aber­tura, o empreendimento atraiu seis empresas e quatro universidades: PUC/SP, UFSCar, Unesp e Fatec. En­tre as empresas estão o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) e a Gre­enworks, especializada em engenha­ria automotiva.

A Toyota, que inaugurou em Soro­caba no ano passado, também pode se instalar no parque, segundo o coor­denador de operações Marcelo Ferrei­ra. Uma fabricante de caminhões, cujo nome ainda não pode ser divulgado, também deve fazer parte do parque tecnológico em parceria com a USP.

O parque abrigará diferentes se­tores da indústria, mas o foco prin­cipal será o segmento automotivo. As companhias que se instalarem no parque terão acesso a benefícios fiscais como IPTU zero e redução da alíquota de ISS de 5% para 2%, além da possibilidade de usar créditos de ICMS para aquisição de máquinas, construção e energia elétrica. Essas condições constam de projeto de lei em processo de aprovação.

Para se instalar na área do parque, o custo atual é de R$ 4 por metro quadrado ao mês, o que inclui taxa de administração e de ocupação. Pa­ra utilizar o prédio já construído no parque, o preço é de R$ 30 por me­tro quadrado ao mês. n

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DESENVOLVIMENTO

Inovar-auto leva os doIs lados da cadeIa a desenvolver em colaboração carros maIs efIcIentes

corrIda tecnolÓGIca une MONTADORAS e AUTOPEÇAS

V ai começar a corrida para tornar os carros brasileiros mais tecnológicos, eficien-

tes e menos poluentes. Para isso, as montadoras instaladas aqui contam com a parceria de seus fornecedores para alcançar esse objetivo. Empresas como Delphi, Continental, Honeywell e SKF já contam com peças com alto de grau de desenvolvimento à dispo-sição para equipar a próxima geração

de automóveis que rodará nas ruas brasileiras.

A Continental investe forte em no-vas tecnologias de powertrain e frena-gem. A companhia tem laboratório de calibração de motores em Salto (SP) e inaugurou uma fábrica de freios ABS em Várzea Paulista (SP). Na unidade de freios, a empresa investiu R$ 30 mi-lhões e tem uma capacidade de produ-ção de 1,2 milhão de unidades por ano.

O presidente da companhia pa-ra o Brasil e Argentina, Sandro Be-neduce, disse que o novo regime automotivo, o Inovar-Auto, vai criar uma demanda maior para este tipo de tecnologia. Pelas novas regras, as montadoras instaladas aqui de-vem investir no desenvolvimento de motores mais eficientes e menos po-luentes. “Como o regime dá créditos para as empresas que investirem em inovação e tecnologia e temos um centro de desenvolvimento já prepa-rado para isso aqui no Brasil, vamos investir em conjunto com as monta-doras. Isso inclui as novatas e as que já estão consolidadas no mercado brasileiro”, disse.

“Acreditamos que em breve esta-remos em um novo patamar de se-gurança automotiva. Lá na Europa, por exemplo, já se popularizaram os sistemas de estabilidade nos au-tomóveis. Isso logo vai chegar ao mercado brasileiro também. Esta-mos preparados e já promovemos o desenvolvimento conjunto desse tipo de equipamento com algumas mon-tadoras instaladas no Brasil”, disse o diretor de vendas da divisão de Chas-sis & Safety, Manoel Henrique Mota.

Outra que está de olho no novo regime automotivo é a Dayco Power

Transmission. A empresa abriu no Brasil o seu primeiro centro de de-senvolvimento e pesquisa. Daqui, a companhia vai criar soluções e

equipamentos além de promover a

ANA PAULA MACHADO

SANDRO BENEDUCCE, presidente da Continental, investe forte em powertrain e frenagem

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LUiz CORRALLO, presidente da Delphi: sistema de ignição da empresa dispensa tanquinho

EDUARDO BUCHAiM, diretor de vendas e gerente geral da Dayco no Brasil: aumento no volume de projetos

validação de peças para toda a Amé-rica do Sul. “Fizemos o investimento antes mesmo do anúncio das novas regras, porque identificamos no Bra-sil um potencial maior que em ou-tros países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e uma cultura ocidental. Mas, com toda a certeza, vemos no Inovar-Auto uma possibilidade de aumento no volume de projetos, pois as montadoras vão precisar cada vez mais dessa parceria com os fornecedores”, disse o diretor de vendas da Dayco no Brasil, Eduar-do Buchaim.

O centro é o sexto da Dayco no mundo e faz parte de um investimen-to de US$ 100 milhões que a com-panhia vai aplicar na região nos pró-ximos dois anos. “Queremos tornar o Brasil um polo produtivo de todas as peças que a companhia produz no mundo. Vamos trazer a fabricação de velas de ignição e até 2015 devemos deter 15% das vendas no mercado brasileiro.” Em dois anos, a expecta-tiva da companhia é de um merca-

do de 40 milhões de velas por ano, incluída aí uma fatia da Dayco entre 4 milhões e 5 milhões.

A Delphi também está se prepa-rando para o novo “ciclo” tecnoló-gico no mercado brasileiro. A com-panhia desenvolve no Brasil chicotes de alumínio. Segundo o presidente da empresa para a América do Sul, Luiz Corrallo, com a substituição do cobre os cabos podem ficar até 50% mais leves e isso ajuda na diminuição do peso do veículo.

“Hoje, já temos várias tecnologias que estamos desenvolvendo em con-junto com as montadoras. Um exemplo é o sistema de ignição a frio que dis-pensa o “tanquinho” nos motores flex. Além disso, a companhia desenvolveu um sistema de compressores para ar- condicionado que diminuiu a perda de potência do motor quando o equi-pamento é acionado. Dessa forma, gasta-se menos combustível no uso do ar-condicionado”, explicou.

O sistema de compressores foi desenvolvido para carros de entrada

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DESENVOLVIMENTO

e, segundo Corrallo, começará a ser produzido no Brasil no fim do ano pa-ra equipar um modelo compacto que será lançado no mercado em 2014. Sistemas de ar-condicionado já equi-pam 75% dos automóveis zero-quilô-

metro. Há dez anos esse índice era de somente 50% dos equipamentos fora de série. “Acredito que este ano che-gará a 85% dos carros novos.”

Dentro da Delphi, hoje o Brasil re-presenta 10% dos negócios da com-

a tenta a essa maior necessidade das montadoras por sistemas mais tecnológicos, a SKF, fabri-

cante sueca de rolamentos, desenvolveu no País um equipamento totalmente novo, aos moldes dos car-ros que rodam por aqui. Para isso, a empresa investiu R$ 5 milhões nas pesquisas e na adaptação de uma linha de produção em Cajamar, interior de São Paulo, para começar a montagem da nova peça.

O diretor de engenharia de aplicação da companhia, Fabrício Teixeira, disse que já há duas montadoras que vão usar o novo rolamento em seus carros. Segundo ele, um dos equipamentos entrará em produção no fim do primeiro semestre e o segundo rolamento no fim do ano. “São peças desenvolvidas com uma tecno-logia que permite aumento da vida útil do rolamento e a redução do peso. Essa última característica, aliás, é importante para que as montadoras se enquadrem aos níveis de eficiência exigidos pelo novo regime au-

tomotivo. Com peças mais leves, o carro fica mais econômico.”

Para este ano serão produzidos pela empresa 600 mil rolamentos e, no fim do primeiro ano, o volu-me vai subir para 1 milhão de unidades. “Isso somente com as perspectivas desses contratos firmados, para um modelo totalmente novo no mercado brasileiro e a reestilização de um já existente”, afirmou.

a resPosta da skf às montadoras

panhia. No ano passado, a compa-nhia teve um faturamento mundial de US$ 15 bilhões e o Brasil representou US$ 1,5 bilhão. “O Inovar-Auto é uma oportunidade para todos os sistemis-tas no País. O governo tem de definir as regras de nacionalização e abranger toda a cadeia produtiva. Esse é o gran-de desafio agora”, observou Corrallo.

Com a perspectiva do emprego de turbocompressores em motores do ciclo Otto, a Honeywell vai in-vestir US$ 10 milhões no aumento de sua capacidade na fábrica local.

O diretor para negócios de en-genharia, Christian Streck, dis-se que a empresa vai saltar de 300 mil unidades por ano para

800 mil anuais até 2017. “É uma tendência o uso de turbos em carros maiores. Pelas nossas contas, a de-manda em 2018 será de 1 milhão de unidades por ano, para um mercado de 4,5 milhões a 5 milhões de veículos. É um potencial em que estamos de olho”, disse.

CHRiSTiAN STRECK, diretor para negócios de engenharia da honeywell: mercado em alta

iNSTALAÇõES da SKF para a produção de rolamentos

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DESENVOLVIMENTO

a s montadoras também estão de olho no desenvolvimento tecnoló-

gico dos sistemistas. A chinesa Chery vai postergar os investimentos em um centro de pesquisa e desenvolvimento local. Segundo o vice-presidente da subsidiária brasileira, Luis Curi, todos os modelos que rodarão no Brasil já estão em desenvolvimento pela enge-nharia chinesa. Ele explica, porém, que os recursos que seriam destina-dos às pesquisas serão aplicados em um instituto no Brasil, já que pelas regras do Inovar-Auto todas as monta-doras instaladas aqui e as importa-doras devem investir em pesquisa e desenvolvimento – se isso não ocorrer, elas terão de aplicar 0,5% e 0,75% do faturamento em engenharia e inova-ção em uma instituição de ensino no primeiro ano de vigência das novas regras, ou seja, 2013. “A matriz investiu US$ 200 milhões em um novo centro

chery e Psa adotam estratéGIas oPostas na área de tecnoloGIa

de pesquisas lá na China. Assim, nesse momento, não faria sentido aplicar mais recursos nessa área no Brasil”, afirmou o executivo.

Já a PSA Peugeot-Citroën tem ou-tra estratégia. A companhia francesa vai desenvolver em conjunto com os fornecedores os novos modelos para o País. O presidente da empresa, Car-los Gomes, disse que a parceria será fortalecida ainda mais com o segun-

do parque de fornecedores em Porto Real, no Rio de Janeiro. “Com a ope-ração do novo parque de fornecedo-res vamos conseguir aumentar nosso índice de localização no Brasil e na América Latina. A operação brasileira conseguirá passar de 80% para 85% de peças nacionais e devemos chegar a este índice também na região, que hoje é mais baixo, em torno de 75%. Vamos estar cada vez mais perto de nossos parceiros de negócios na ca-deia de suprimentos”, disse Gomes.

O novo complexo abrigará de dez a 15 fabricantes de autopeças. Des-sas, seis empresas já assinaram o protocolo para instalação no local – a Faurecia, que fabrica escapamentos, Plascar e Plastic Onium, que forne-cem para-choques, a IPA, produtora de tanques de combustível, e a MA Automotive, encarregada da estam-paria pesada dos veículos do grupo. n

vamos estar cada

vez maIs Perto de

nossos ParceIros

de neGÓcIos

na cadeIa de

suPrImentos

CARLOS GOMES, presidente da PSa, quer fazer o desenvolvimento no Brasil, em

conjunto com fornecedores

LUiS CURi, vice-presidente da Chery, trará tecnologias da China e investirá em um instituto no Brasil

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Page 65: UM SETOR EM OBRAS

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66 • AutomotiveBUSINESS

CONSULTORIA

250 mil pessoas já passaram pelos programas de capacitação da empresa

setec cresce em treiNameNto e Foca

INOVAR-AUTO

O Setec Consulting Group completou dezenove anos de atuação em consulto-

ria e treinamento de pessoal na área empresarial com o invejável marco de 250 mil certificados de capacitação emitidos. Desse verdadeiro tsunami, nada menos de 70% do contingente corresponde a profissionais relacio-nados à cadeia de produção e distri-buição automotiva. Na ascensão meteórica do grupo, o número de clientes cresceu de 60, nos primei-ros anos de existência, para os atuais 2 mil. Com esses números, o grupo consolidou-se como um dos líderes em consultoria, treinamento e audi-toria na América Latina, com filiais

em Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile, atendendo clien-tes em mais de vinte países.

A empresa deixou as instalações originais, na Avenida Lavandisca, em Moema, São Paulo, para um moder-no conjunto de escritórios na Aveni-da Nações Unidas, a marginal do Rio Pinheiros, na região da Ponte Estaia-da, onde são promovidas variadas sessões de treinamento. “A educa-ção deixou de ser uma função ape-nas das escolas para se tornar uma exigência permanente na carreira, vi-sando ao crescimento profissional”, observa Márcio Abraham, presidente da Setec. Os programas oferecidos, na maior parte, visam à qualidade,

liderança, inovação e a excelência operacional.

Para o executivo, um dos princi-pais desafios atuais da indústria au-tomobilística é a retenção de talen-tos. “Com a multiplicação de opor-tunidades de trabalho no mercado, especialmente em outros segmentos de negócios, rotatividade de pessoal tornou-se um problema de primeiro nível. Como resultado, cresceu de forma exponencial a necessidade de treinamento, para preparação do pessoal que chega”, avalia.

INOVAR-AUTO Atender os clientes na área do Inovar-Auto é uma das novas preo-cupações de Abraham. Para ele, a Setec já dispõe do instrumental de treinamento para atender as exigên-cias na área de desenvolvimento e inovação, mas falta a definição do caminho a ser seguido pelas empre-sas em resposta às peculiaridades dos processos que precisam entrar em ação.

“Em muitos casos será oferecido mais do mesmo que já praticamos, mas pretendemos oferecer uma consultoria mais ampla com foco no Inovar-Auto. Muitas empresas têm dificuldade até mesmo em interpre-tar os decretos e portarias do progra-ma do governo”, adverte.n

MáRcIO AbRAhAM, presidente da Setec

a edUcação deiXoU de

ser Uma FUNção apeNas

das escolas para se

torNar Uma eXigÊNcia

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68 • AutomotiveBUSINESS

VW 60 ANOS

VOLKSWAGEN

RESSUSCITA O FUSCA,

REFORÇA APELO

EMOCIONAL DA MARCA

E INVESTE PARA NÃO

PERDER MERCADO

DIANTE DAS NOVAS

CONCORRENTES

giovanna riato

LINHA DO TEMPO

1953 1957 1959 1962 1965 1972 1973 1974 1980

Início das atividades no Ipiranga, em

São Paulo

Primeira Kombi fabricada

no Brasil

Inauguração da fábrica da

Anchieta

Lançamento do Karmann-Ghia

Inauguração do centro de P&D e design

Lançamento do SP1 e do SP2 com motor 1.7

Brasília começa a ser vendida

Passat chega ao mercado

Primeira geração do Gol

A ConQUiSta DO CONSUMIDOR BRASILEIRO

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AutomotiveBUSINESS • 69

1981 1984 1985 1991 1996 1999 2003 2012 2013

Voyage é o segundo modelo da família Gol

VW entra no segmento

premium com Santana

Linha de luxo ganha reforço

com a Quantum

Santana é o primeiro carro brasileiro com

freios ABS

Inicio das atividades da

fábrica de motores de São Carlos (SP)

Inauguração da planta de São José dos Pinhais (PR)

Gol Total Flex é o 1º

bicombustível do País

Empresa alcança marca de 20

milhões de veículos produzidos no Brasil

VW comemora 60 anos no País

A Volkswagen completou 60 anos de operações no Brasil no último dia 23 de março.

A fabricante conclui uma etapa de sucesso no País com expressiva con-tribuição para o estabelecimento da indústria automotiva local e forte ape-lo emocional com o consumidor, que guarda boas memórias de veículos da marca como Fusca, Kombi e Gol. O grandioso histórico, no entanto, não poupa a montadora do desafio de se manter firme no novo Brasil auto-motivo, que tem consumidores mais exigentes, nova política industrial e avalanche de concorrentes dispostos a ganhar mercado.

A fabricante arma a estratégia para se resguardar do ataque das concor-rentes, que miram com ambição no segmento de carros populares. No início de 2013 a marca alemã já mos-trou certo abalo com o bom desem-penho de vendas de três novidades que entraram nessa briga: Hyundai

HB20, Chevrolet Onix e Toyota Etios. Os lançamentos fizeram com que as vendas do Gol, líder de vendas por 26 anos, caíssem 2,3% no primeiro trimestre na comparação com o mes-mo período do ano anterior.

A participação da Volkswagen nas vendas totais nesse período diminuiu 0,8 ponto porcentual, indicando que

companhia cedeu uma fatia de ma-rket share aos concorrentes no início do ano e passou a deter 19,9% do mercado. O movimento comprova o interesse do consumidor em novi-dades. Em 2012, no entanto, a com-panhia alcançou bons resultados no País ainda sem o impacto da chegada dos novos concorrentes. A empresa

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70 • AutomotiveBUSINESS

VW 60 ANOS

MARCOS NACIONAIS DA VW

Um dia depois de comemorar 60 anos, a Volkswagen festejou os 10 anos do lançamento do primeiro carro flex, capaz de rodar ga-

solina, etanol, ou qualquer mistura dos dois combustíveis. O modelo pioneiro foi o Gol Power 1.6 Total Flex. Apesar do aumento dos preços do etanol, os carros bicombustíveis continuam atraindo o consumidor. No ano passado, 87% dos veículos vendidos no Brasil tinham motor bicombustível.

A montadora também comemora o marco de 10 milhões de unida-des produzidas da família Gol desde o lançamento do primeiro mode-lo, em 1980. Foram 7,1 milhões de unidades do Gol, 1,1 milhão do Voyage, 900 mil da Saveiro e 900 da mil da Parati.

encerrou o ano com 768,3 mil carros licenciados, expansão de 10% sobre 2011 e ganho de participação, que subiu para 21,1%. A produção no Pa-ís também teve bom desempenho e registrou recorde de 850 mil veículos.

A companhia alemã não está dis-posta a abrir mão do terreno con-quistado em 60 anos no País. Para defender seu espaço, a empresa tem investimento de R$ 8,7 bilhões pa-ra o período 2010 a 2016. Thomas Schmall, presidente da montadora no Brasil, admite inclusive a possibi-lidade de ampliar o aporte, já que ele foi programado antes da definição do novo regime automotivo, que preten-de acelerar a evolução tecnológica do carro nacional. “O Inovar-Auto traz novas necessidades de investir em engenharia, sistemas de segurança e redução de consumo de combustível. Para isso precisamos reavaliar nossos investimentos.”

Além de atender as exigências da política industrial, o aporte terá de dar conta do aumento da capacida-de produtiva da empresa no País e do lançamento de novos produtos para satisfazer o novo consumidor brasilei-ro. Já é certo que a grande novidade para o mercado nacional será o Up!, que deve chegar entre o fim deste ano e 2014. O que ainda não foi definido

é se o modelo resolverá a deficiência da montadora em veículos de entra-da, espaço ocupado hoje pelo ultra-passado Gol G4, ou se a Volkswagen aproveitará o potencial tecnológico do compacto para posicioná-lo acima do Gol G5.

O modelo deverá ser produzido na planta de Taubaté, onde a Volkswagen decidiu concentrar a maior parte dos investimentos em aumento da capaci-dade produtiva. No mercado, ele será acompanhado pelo Taigun, SUV com-pacto que disputará o segmento com o Ford EcoSport e o Renault Duster. “Vocês vão ver muitas novidades”, ga-rante Schmall sobre a renovação dos carros da marca no País.

EMOÇÃO PARA A MARCAEnquanto acerta os lançamentos de maior volume para o mercado na-cional, a companhia investe na ima-gem da marca. Ressuscitar o Fusca foi uma das grandes ações para is-so. O novo carro está longe de ser um modelo popular, com preço em cerca de R$ 80 mil, alta tecnologia embarcada e forte apelo emocio-nal. A novidade pretende atrair o consumidor para a marca. “Com o modelo, queremos trazer mais emo-ção e simpatia. Ele sinaliza o novo momento da Volkswagen”, explica Artur Martins, gerente executivo de marketing da companhia.

O consumidor é instigado por uma intensa campanha publicitária criada pela AlmapBBDO, que resgata gran-des brasileiros, como o humorista Mussum e o jogador de futebol Ri-vellino. As propagandas associam a história do carro com a do Brasil nas últimas décadas.

O aniversário de 60 anos da com-panhia no Brasil trouxe uma opor-tunidade para a Volkswagen inten-sificar a comunicação com o con-sumidor. A montadora criou uma campanha com estrelas de diversas épocas do futebol brasileiro. O time é composto por Neymar, Pelé, Ri-vellino, Raí, Cafu e Lucas.

FábriCa de taUbaté (SP) deverá abrigar as linhas de montagem do Up!

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VW 60 ANOS

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ANUNCIO_retrofit_21cm_x_7cm_V9.pdf 1 28/2/13 11:57 AM Dos 60 anos de história da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall já participou de 10% deles como presidente da empresa

no País, mas ele passou em solo brasileiro mais da metade de sua carreira de 20 anos no grupo, pois também foi diretor da fábrica de São José dos Pinhais (PR), de 1999 a 2003. “Considero que sou brasileiro também”, diz com seu português carrega-do de sotaque alemão, mas com entendimento da língua e da cultura nacional bem acima da média de seus pa-res. Schmall entende o Brasil, “um país que nunca será aborrecido, sempre com algo novo a acontecer”, por isso foi escalado, no fim de 2006, para tocar a segunda fase do plano da companhia para a subsidiária brasileira, logo

após um período de completa reestruturação. Seu turno começou com a renovação total do portfó-lio de produtos. Agora Schmall quer renovar seu contrato e levar adiante a terceira etapa do plano, que envolve a globalização tecnológica dos veícu-los produzidos aqui.

Schmall não tem dúvidas: a Volkswagen e o Brasil vivem os seus melhores momentos da história, com perspectivas de crescimento e prosperidade. Mas não falta trabalho para atingir os objetivos, o que conso-me mais de 14 horas de seu dia. Para contar a Automotive Business como serão os próximos passos da companhia, o executivo concedeu 30 minutos de sua disputada agen-da para a seguinte entrevista.

A terCeira FaSe DO PLANO DA VOLKSWAGEN DO BRASILTHOMAS SCHMALL DIZ QUE A GLOBALIZAÇÃO

DOS PRODUTOS ESTÁ PRÓXIMA

Pedro KUtneY

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Entrevista com thomas schmall

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ANUNCIO_retrofit_21cm_x_7cm_V9.pdf 1 28/2/13 11:57 AM

Automotive Business – o que o senhor viu em 2006, quando chegou à presidência da volkswa-gen do Brasil, e o que o vê agora?thomAs schmAll – Não vou fa-zer um balanço porque acho que is-so não acabou ainda, tenho muitos anos pela frente aqui. Falando dos últimos seis anos, cheguei no fim de uma fase de reestruturação. O cenário era de pouco investimento, mercado parado. De 2006 para fren-te, acho que vivemos até hoje o me-lhor momento da história no País. O ambiente econômico é estável, pela primeira vez o Brasil tem potencial de reagir a qualquer crise mundial. É nesse ambiente favorável que entra-mos na terceira fase de nosso plano, que chamamos de globalização da Volkswagen do Brasil.

AB – A primeira fase foi de reestru-turação, a segunda de renovação do portfólio. o que virá agora?schmAll – Na segunda fase fize-mos a renovação dos produtos com a tecnologia existente. Na terceira fase, que já começou em 2011, faremos a globalização tecnológica do portfólio.

AB – Quando se fala em globaliza-ção, como fazer isso com um pro-duto local como o Gol?schmAll – O Gol que está no mer-cado hoje é um produto completa-mente diferente do que era quando

nasceu [em 1980]. O carro cresceu. E quando o veículo cresce ele se en-caixa melhor em plataformas globais. O segredo é aproveitar ao máximo as plataformas existentes para elevar a produção e diminuir o custo. Sobre essas plataformas fazemos os ajustes para atender o cliente de cada merca-do, mas mantemos estruturas globais, como é o caso de nossa nova arquite-tura eletrônica, já presente na maioria dos carros feitos aqui. Podemos trans-ferir tecnologias de uma plataforma para outra, com grande economia de tempo e custos para agregar conteúdo aos nossos produtos.

AB – Já está certa da volta da fabri-cação no Brasil do santana? (hoje o carro só é feito na china)schmAll – Isso ainda não está certo. Existem estudos, mas antes temos muitos outros lançamentos para fazer. O que posso dizer é que a globalização está muito próxima.

AB – o investimento precisa ser aumentado em função das exigên-cias do inovar-Auto? schmAll – O Inovar-Auto gera uma série de necessidades de in-vestimentos em novas tecnologias, principalmente para reduzir consu-mo e emissões. Isso não está dentro do atual programa de investimento, mesmo porque ainda faltam defini-ções para saber o quanto devere-mos investir.

AB – A cadeia de suprimentos está preparada para fornecer os compo-nentes que serão necessários pa-ra fazer as inovações tecnológicas previstas na política industrial? schmAll – Da mesma maneira que nós vamos investir a cadeia de forne-cedores precisa investir também. O maior apoio que a Volkswagen pode dar é o volume de compras, inclusive com acesso para as outras opera-ções do grupo no mundo. Nós pre-cisamos localizar os componentes cada vez mais, para não depender de fatores externos como o câmbio. n

DA MESMA FORMA

QUE NÓS VAMOS

INVESTIR, A CADEIA

DE FORNECEDORES

PRECISA INVESTIR

TAMBéM

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CADEIA DE SUPRIMENTOS

novo regime automotivo, o governo rastreará a origem de 85% dos com-ponentes que compõem um carro. Segundo o executivo, a demanda por mais tecnologia será impulsionada, principalmente, pelas metas de redu-ção de consumo de combustível e de emissões de poluentes impostas pelo programa. “A eletrônica, muito mais do que a mecânica, é o que torna o carro mais eficiente”, determina.

O vice-presidente entende que a indústria de autopeças eletrônicas nunca se formou nacionalmente por

falta de demanda. “Essas empresas necessitam de uma escala muito grande para se tornarem viáveis.

Hoje já temos esse volume, mas precisamos de incentivos para que a cadeia se forme”, aponta. Golfarb es-pera que as medidas do Inovar-Peças, que pretendem estimular a cadeia de suprimentos, desatem esse nó. “Es-pero que essa política fomente a cria-ção de fornecedores locais.”

VISÃO DO GOVERNOEm conversa com jornalistas no mesmo evento, Heloísa Menezes, secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), avisou que o incen-tivo ao surgimento de fornecedo-res de componentes eletrônicos é responsabilidade das montadoras. “Essa é uma das contrapartidas das empresas para o Inovar-Auto. Eles devem investir nos sistemas neces-sários”, esclarece. Segundo ela, a iniciativa se adequa às exigências de desenvolvimento de fornecedo-res e de investimento em inovação. (Giovanna Riato) n

GOLFARB, DA FORD: BASE DE FORNECEDORES É INSUFICIENTE

pARA O ExECUTIvO, ESSE É Um DOS

pRINCIpAIS ENTRAvES AO AUmENTO DO

CONTEúDO lOCAl

A base de fornecedores da cadeia automotiva local é in su ficiente diante da neces-

sidade da indústria automotiva brasi-leira. A opinião é de Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford, que fez uma apresentação no seminário “Inovar--Auto: desafios e oportunidades para a região do Grande ABC”, dia 24 de abril. Ele acredita que a falta de forne-cedores de alguns componentes é um dos principais desafios para que as fabricantes de veículos atendam as exigências de aumento do conteúdo regional do novo regime automotivo.

O executivo enumerou no evento uma série de novas tecnologias que estão sendo agregadas aos carros de todos os segmentos em que a mar-ca atua, como a direção elétrica, o sistema de partida a frio que elimina o tanquinho de gasolina e itens co-mo o Bluetooth, que equipa desde a versão mais básica do New Fiesta que entrou em produção na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Golfarb garante que a estratégia da Ford é agregar conteúdo sem grande impacto no preço.

Dessa forma, a companhia pre-tende atender as maiores exigências desde seus carros mais básicos. “O consumidor tem demandas que in-dependem do poder aquisitivo. To-

dos querem, por exemplo, sincroni-zar o celular com o carro. Pesquisas mostram que o consumidor jovem é ainda mais exigente do que o da minha geração”, conta. Ele explica que esses novos clientes querem ter dentro do carro a mesma sen-sação de conectividade que têm ao usar um tablet.

A evolução tecnológica dos auto-móveis da fabricante esbarra, no en-tanto, na ausência de fornecedores locais de componentes eletrônicos. Golfarb não revela quanto a Ford precisa importar atualmente para conseguir incluir essas inovações em seus carros. Segundo ele, grande parte desses componentes chega às linhas de montagem da companhia por meio de conjuntos e sistemas produzidos por seus fornecedores.

A falta de fabricantes locais des-sas autopeças vai na contramão da exigência do Inovar-Auto de aumento do conteúdo regional. Como parte do

ROGELIO GOLFARB, vice-presidente da Ford

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76 • AutomotiveBUSINESS

prêmio psa

Fabricante Da Peugeot e citroën elege as 11 melhores emPresas Da caDeia De suPrimentos na américa latina

PSA PREMIA FORNECEDORES e aVisa: Quer comPrar mais aQui

Carlos Gomes, presidente da PSA Peugeot Citroën América Latina, aproveitou a cerimônia

de premiação dos melhores fornece-dores instalados no Brasil e Argenti-na para dar um interessante recado: “Existe um mar de oportunidades aqui. Montes de peças, até demais para o meu gosto, ainda atravessam o oceano para chegar às nossas plantas de produção na região. Precisamos ser cada vez mais locais (na cadeia de suprimentos). Por isso não hesitem em nos procurar, temos muitos negó-cios a fazer. E se eles (o pessoal de compras) não os receberem podem me procurar”, afirmou o executivo du-rante o “Suppliers’ Awards Latin Ame-

rica 2013”, realizado na terça-feira, 2, na sede da PSA em São Paulo.

O volume de compras projeta-do pela PSA na América Latina es-te ano está calculado em f 1,7 bi-lhão, cerca de R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões no Brasil e R$ 1,6 bi-lhão na Argentina, segundo estima German Mairano, diretor de compras para a região. O índice de conteúdo de componentes locais dos carros fabricados no Brasil gira em torno de 70%. Gomes destacou que o indica-dor teve ganho de seis pontos por-centuais nos últimos seis, “mas que-remos mais”, afirma. Mairano indica que o objetivo é chegar ao mínimo de 90%. Os lançamentos mais recen-

tes das duas marcas, o novo Citroën C3 e o Peugeot 208, já têm nacio-nalização acima de 75% e os novos modelos planejados terão porcentual acima disso.

“Durante os últimos anos temos trabalhado para aumentar nossas compras na região, mas precisamos de mais competitividade e qualida-de”, afirma Mairano. “O mercado latino-americano está seguindo na direção de maior inclusão de tecno-logia e nós devemos caminhar para localizar isso nos produtos que faze-mos aqui”, completa.

O diretor admite que a nova polí-tica industrial para o setor, o Inovar--Auto, traz a obrigação de aumentar

PEDRO KUTNEY

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as compras de fornecedores locais. “O grande desafio é aumentar a lo-calização sem elevar os custos. Uma possível solução para isso é a maior automatização dos processos, não só para reduzir custos, mas também pa-ra aumentar a qualidade, que é uma exigência cada vez maior dos consu-midores neste mercado”, avalia.

“O mercado na América Latina de-ve continuar a crescer em volume,

Qualidade – O desempenho da qualidade no desenvolvimento de produtos, no fornecimento e na satisfação do cliente.benteler sistemas automotivos Denso sistemas térmicos logística – Envolvimento e capacidade de entrega a tempo das quantidades programadas e alta velocidade de reação. indústria metalúrgica a. Pedro metagal argentina

serviço e eQuipamento industrial – Alta performance em termos de qualidade, competitividade, custos, cumprimento de prazos, reatividade e constância dos resultados. endesa energia g. Flow

Qualidade de serviço de peças de reposição –Qualidade do serviço medido pelo nível de excelência na taxa de serviço mantendo absoluto respeito nas entregas tanto em prazo quanto em quantidades. Johnson controls Ps sogefi Filtration do brasil sogefi Filtration argentina

excelência industrial de um site fornecedor –Reconhece as unidades industriais dos fornecedores que demonstraram, durante o ano de 2012, desempenhos excepcionais em termos de excelência industrial.albano cozzuol Pirelli Pneus desenvolvimento do projeto ai91 (peugeot 208) – Capacidade e desenvolvimento de peças para o Peugeot 208 (prêmio especial).Fastplas

PREMIADOS NA AMÉRICA LATINA

mas vai mudar de perfil com padrões de qualidade nunca vistos antes na região. Já começamos a seguir essa tendência com os lançamentos mais recentes, substituindo carros envelhe-cidos por produtos de última geração”, aponta Carlos Gomes. “Nossas mar-cas só pela qualidade podem vencer.”

“A qualidade melhorou muitos nos últimos anos, mas ainda falta. Preci-samos aumentar a robustez da audi-

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prêmio psa

cebeu o pedido número um de Porto Real, em 2000, e desde 2012 fornece também para a planta argentina de Pa-lomar; e as operações de filtros de óleo da Sogefi no Brasil e Argentina. Elas foram reconhecidas pela rápida reati-vidade em atender aos pedidos do af-termarket, o que deixa mais satisfeitos os clientes das duas marcas atendidos nas oficinas das concessionárias.

“Esse negócio movimentou para nós f 240 milhões em peças e servi-ços em 2012 na América Latina, com expansão de 50% nos últimos cinco anos e previsão de novo crescimento de 8% este ano”, revelou Michel Ber-nadet, diretor de aftermarket da PSA

na região. “Temos clientes exigen-tes e muita concorrência. Por isso é preciso se antecipar às demandas nessa área. Temos o objetivo de

atender no ato 99% dos pedidos de peças de alta rotatividade”, explica.

Dois fornecedores de serviços e equipamentos industriais também foram premiados pela PSA. No Bra-sil, a Endesa Geração, com sede em Niterói (RJ), “nos ajudou a reduzir o impacto da alta da energia elétrica”, segundo Carlos Crus, gerente-geral de compras de materiais indiretos. E na Argentina a G. Flow foi reconheci-da pela excelência no projeto e cons-trução de cabines de pintura na planta de Palomar.

Por último, foi criado um prêmio especial para o fornecedor que apre-sentou a melhor qualidade no desen-volvimento de peças para o projeto Ai91, do Peugeot 208, que começou a ser fabricado em Porto Real em fe-vereiro deste ano. A Seeber Fastplas ganhou nessa categoria por ter de-senvolvido o suporte plástico do ra-diador e a grelha de escoamento de água que fica embaixo do para-brisa. “São duas peças de desenvolvimento difícil em prazo tão curto por uma em-presa genuinamente brasileira”, justi-ficou Carlos Gomes. n

toria e dos próprios produtos”, indica Olivier Le Saint, diretor de qualidade da PSA América Latina. Sua área foi responsável pela premiação dos dois melhores fornecedores nessa catego-ria, por atingirem os menores índices de defeitos por componente entregue.

melHoresBenteler, que fabrica conjuntos de suspensão e os entrega já montados com as rodas dentro da área da fábri-ca de Porto Real (RJ), e Denso, que fornece os sistemas de climatização no Brasil e na Argentina, não tiveram nenhum defeito detectado em 100% dos componentes entregues durante 2012 inteiro. Por isso ganharam na categoria de melhor qualidade do prêmio de fornecedores da PSA, que desde o ano passado replica aqui o formato já adotado pela montadora na Europa e na China.

Pela primeira vez foi instituída na premiação a excelência industrial, que reconhece as melhores instalações in-dustriais dos fornecedores. Venceram

nesta categoria a Albano Cozzuol, da Argentina, que desde 2010 fornece peças plásticas, como para-lamas, para a fábrica da PSA de Palomar; e no Brasil foi reconhecida a Pirelli, fa-bricante de pneus. “Foi a Pirelli que nos salvou de paralisações na Argen-tina durante a última crise”, lembrou o diretor de compras German Mairano.

Em logística, por ter fornecido a maioria dos pedidos no tempo certo e na quantidade correta, foi reconheci-da a metalúrgica A. Pedro, que desde 2001 fornece peças estampadas em São Caetano do Sul (SP) para a fábri-ca de Porto Real, com 99% de aten-dimento logístico perfeito em 2012; e na Argentina foi premiada a Metagal, fornecedora de espelhos retrovisores para as plantas da Argentina e Brasil, que atingiu 100% de desempenho no atendimento de todos os pedidos no ano passado.

Em qualidade de serviços e peças de reposição houve três premiados: a Johnson Controls no Brasil, que fabri-ca baterias e foi o fornecedor que re-

CARLOS GOMES, presidente da PSA Peugeot Citroën, ao lado do diretor de compras German Mairano: “há um mar de oportunidades aqui. Não hesitem em nos procurar”

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prêmio gm

gkn foi destaque na área de sustentabilidade

AISIN, MELHOR fORNEcEdOR da general Motors eM 2012

A General Motors realizou dia 4 de abril, em São Paulo, a 41a edição do Supplier of the

Year, que reconhece o desempenho das empresas participantes de sua cadeia de fornecedores referente a 2012. A cerimônia de entrega do prêmio reuniu 450 representantes que fornecem à GM no Brasil, avalia-dos pelos critérios de qualidade, ser-viço e tecnologia. Foram atribuídos 23 prêmios na categoria Melhores Fornecedores, além de 14 menções como Prêmio de Reconhecimento. O destaque foi para a Aisin do Brasil, grande vencedora da noite.

A subsidiária brasileira da Aisin, empresa de origem japonesa, for-nece canaletas de portas para o Chevrolet Onix e, em 2012, iniciou negociações para vender mais pro-dutos para o portfólio da montado-ra. A empresa também foi uma das duas únicas locais reconhecidas no prêmio global da GM, realizado no mês passado.

O presidente da GM para América do Sul e Brasil, Jaime Ardila, entre-gou o troféu a Hideki Kawamura, pre-sidente da Aisin do Brasil, e Chuck Sanders, diretor. Ardila destacou que a montadora passa por um momen-

to especial após concluir o programa de investimento superior a R$ 5 bi-lhões para o período 2008 a 2012, que bancou a ampliação e moderni-zação das fábricas e a renovação da linha de veículos, com o lançamento de dez modelos em um ano e meio, dos quais sete foram apresentados no ano passado.

“Contamos com o suporte e o en-volvimento dos nossos fornecedores. O nosso grande desafio é trabalhar em conjunto, principalmente em três áreas: qualidade, disponibilidade e competitividade”, disse Ardila.

Grace Lieblein, ex-presidente da

foto

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EdgAR PEzzO, vice-presidente global de compras e cadeia de suprimentos da GM América do sul; MARcOS HIgO, da diretoria da Aisin; gRAcE LIEbLEIN, vice-presidente global de compras e cadeia de suprimentos da GM; JAIME ARdILA, presidente da GM América do sul e GM do brasil; cHuck SANdERS, da diretoria da Aisin; e HIdEkI kAwAMuRA, presidente da Aisin

Anuncio_Litens.indd 1 23/04/2013 16:37:3580-85_PREMIO GM.indd 80 29/04/2013 08:18:05

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82 • AutomotiveBUSINESS

prêmio gm

GM do Brasil e atual vice-presiden-te global de compras e cadeia de suprimentos da GM, disse que a participação de todas as empresas parceiras foi fundamental para os recentes resultados positivos obti-dos globalmente pela corporação. Ela reconheceu que o mercado bra-sileiro nunca foi tão competitivo e, por este motivo, exige veículos que ofereçam aos clientes uma exce-lente qualidade. “Isso só é possível com a parceria entre a GM e seus fornecedores.”

Para Edgard Pezzo, vice-presidente global de compras e cadeia de su-primentos da GM para a América do Sul, o processo de escolha é multi-funcional e envolve várias áreas da companhia, que analisam os forne-cedores, elegendo os melhores em cada área. Concorrem ao prêmio todos os integrantes da cadeia de suprimentos, nas categorias de ma-teriais diretos, indiretos, peças de reposição e logística. Também foram reconhecidos aqueles que apresenta-ram as melhores propostas de redu-ção de custo.

Pela primeira vez, na categoria de sustentabilidade, a empresa vence-dora foi a GKN, que também recebeu um troféu. A empresa desenvolveu o programa “Planeta GKN: Gestão Integrada e Inovadora de Resíduos Sólidos”, que visa à redução máxi-ma de impacto ambiental na fonte e a produtividade dos recursos, com aplicação do conceito de ecologia industrial em suas operações. Entre mais de oitenta projetos ambientais já executados, destaca-se o Projeto Bioblock, de tijolos ecológicos. Des-de que foi posto em prática, mais de 200 toneladas de iodo fosfato foram processadas e incorporadas à massa utilizada na produção de 4 milhões de tijolos do gênero, o suficiente para a construção de mais de quinhentas casas populares.

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OS MELHORES dE 2012

Prêmio esPecial de sustentabilidade: gkn

niken MetalúrgicaPailon ComunicaçãoPrensas schulersalles Chemistrischaeffler syncreon logísticatakata Petritegma gestão logísticatenneco automotive tyco electronics White Martins

ORLANdO cIcERONE, diretor de compras da GM América do sul; céSAR PAgANI, general manager da litens Automotive; e PAuLO RIEdEL, diretor de engenharia da GM América do sul

ORLANdO cIcERONE, diretor de compras da GM América do sul; RIcARdO REIMER, presidente da schaeffler América do sul; ROMEu MASSONEttO JuNIOR, president operations, sales and R&D clutch systems, schaeffler south America; e ROgERIO RAduLOv, global purchasing and supply chain, GM south America

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android Montagens automotive Ceva logisticsdelga indústria e Comérciodelphi deeds américa do sulestrada transportesgestamp brasil indústria de autopeçaskwang Jin américa

lear do brasil Magna Closures Plascar indústria de Componentestoyota boshokutransmodaluliana indústria MetalúrgicaVeloce logística

Prêmio de reconHecimento 2012

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84 • AutomotiveBUSINESS

prêmio gm

PARIS PAvLOu, diretor executivo global de compras da GM, Robert Junker, Ceo da Hengst nos eUA, ingo brunsmann, diretor global da Hengst para equipamentos originais, e Dean Guard, diretor executivo de programas de motores na GM América do norte

A General Motors reconheceu 83 de seus melhores fornecedores

globais dia 14 de março durante a 21ª edição do Supplier of the Year Award, promovida em Detroit no Charles H. Wright Museum of African American History. “Os fornecedores exercem um papel crítico em nosso negócio e pretendemos reconhecer aqueles que consideramos de clas-se mundial”, disse Grace Lieblein, vice-presidente global de compras e cadeia de suprimentos. “Cada uma das companhias vitoriosas excedeu consistentemente nossas expectati-vas, sendo inovadoras, entregando produtos e serviços de alta qualidade no momento correto e criando valor excepcional”, afirmou.

O Supplier of the Year Award é en-tregue a menos de 1% dos 18.500 parceiros da General Motors de todo o mundo na cadeia de suprimentos. Os vencedores são escolhidos por promover tecnologias inovadoras, qualidade superior, gestão oportuna

de crises e soluções adequadas para custo total em empreendimentos.

As companhias selecionadas pos-suem sede em 17 países, com plantas regionais de manufatura e suporte de serviços global. Dos 83 contempla-dos, cinco são certificados como for-

gM reConheCe os Melhores forneCedores globais de 2012

necedores diversos e 46 já foram pre-miados em 2011. A Cisa Trading foi a única companhia com sede no Brasil a receber a honraria. Fazem parte da relação também empresas que atuam no País como as alemãs Basf, Conti-nental e Hengst, as japonesas Aisin, Fanuc e Jatco, as americanas FedEx, Magna e Siemens PLM.

Nesta edição do Supplier of the Ye-ar, a GM introduziu a categoria Over-drive Award, entregue a quatro com-panhias reconhecidas por iniciativas que levaram a resultados excepcio-nais nos negócios da corporação: as americanas Ideal Contracting, Clark Cutler McDermott e International Automotive Component Group e a sul-coreana SL Corporation.

As companhias que receberam o Supplier of the Year e o Overdrive foram escolhidas por um time glo-bal de executivos da GM das áreas de compras, engenharia, qualida-de, manufatura e logística. n

gRAcE LIEbLEIN, vice-presidente global de compras e da cadeia de suprimentos da General Motors

os forneCedores exerCeM uM PaPel CrítiCo eM nosso negóCio e PretendeMos reConheCer aqueles que ConsideraMos de Classe Mundial

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86 • AutomotiveBUSINESS

ANIVERSÁRIO

MWM INTERNATIONAL COMPLETA SEIS DÉCADAS NO BRASIL COM

4 MILHÕES DE MOTORES DIESEL PRODUZIDOS E PERSPECTIVA DE

CRESCIMENTO NOS PRÓXIMOS ANOS

LINHA DO TEMPO

1953 1956 1959 1960 1974 1975 1985 1990

Fundação da subsidiária

brasileira, a MWM Motores Diesel S.A.

Construção da fábrica Santo

Amaro/SP

Entrada no segmento

automotivo

Produção de motores para

caminhões leves

Lançamento da família D-225, com índice de

nacionalização de quase 100%

Primeiro milhão de motores produzidos

Inauguração da planta da Argentina pela Maxion Motores, em Jesús Maria; transferência da unidade

fabril da Motores Perkins de São Bernardo do Campo (SP)

para Canoas (RS)

Fundação da Motores Perkins S.A.

CHEGAR BEM AOS 60

JOSÉ EDUARDO LUZZI, presidente da MWM International

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AutomotiveBUSINESS • 87

1993 2000 2005 2006 2007 2011 2013

2 milhões de motores produzidos

Motores MWM equipam 30%

dos veículos diesel produzidos no

Mercosul

Fusão da MWM e International,

nascimento da MWM

International Motores

Início da usinagem dos blocos Big Bore do propulsor MaxxForce 11 e 13 litros para exportação à International nos

Estados Unidos

Recorde de produção anual,

com 150 mil motores

4 milhões de motores produzidos

em 60 anos

ERICA MUNHOZ

O ano de 2013 começou marcante para a MWM International. E promete

continuar. Ao completar 60 anos de atuação no Brasil, por si só um fa-to memorável, a empresa também celebra a produção de 4 milhões de motores diesel, alcançada em 15 de abril. Isso ocorre depois do melhor janeiro de sua história, com a venda de 10.697 unidades. Para encerrar o ano, a expectativa é de 140 mil moto-res montados, incremento de 25% sobre o fraco 2012.

José Eduardo Luzzi, presidente da companhia, é enfático: “Enxerga-mos o futuro com muito otimismo. A falta de infraestrutura, a necessidade de renovação da frota de caminhões, a agricultura brasileira que é referên-cia com safras recordes para colher, o petróleo do pré-sal, os eventos espor-tivos que estão por vir, as exportações, são todos fatores de crescimento para nosso negócio. Quando analisamos o cenário macro para os próximos cin-co anos, a necessidade de motores diesel é crescente. E virar a página de 2012 começando com um bom ano é o melhor dos indicadores.”

A MWM International é uma multi-nacional bastante peculiar: em vez de

replicar aqui tecnologias criadas pe-las matrizes, sempre desenvolveu no País os próprios motores. “A MWM é hoje a base do crescimento global do International Engine Group, tanto em exportações diretas para mais de 30 países como em transferência de tec-nologia para outros mercados”, afir-ma Luzzi, citando os casos de Índia e China, onde são produzidos motores com tecnologia desenvolvida pela subsidiária brasileira da Navistar. “O alto nível de desenvolvimento e con-teúdo local sempre foi nosso diferen-cial competitivo.”

INVESTIMENTOPara sustentar seu crescimento, a

empresa investe este ano R$ 50 mi-lhões em seus negócios na América do Sul, dos quais US$ 4 milhões na retomada de produção da fábrica argentina de Jesús Maria, após um hiato de nove anos em que funcio-nava apenas como polo de peças e usinagem de cabeçotes, carcaças e coletores. Por lá, a perspectiva é que sejam fabricados mil motores ainda este ano, dos quais 600 terão como destino o Brasil. Para 2014 a pro-jeção é que saiam das linhas 3 mil

3 milhões de motores produzidos

LINHA DE PRODUÇÃO de motores na fábrica de Santo Amaro, em São Paulo

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88 • AutomotiveBUSINESS

ANIVERSÁRIO

“PRATICAMENTE” BRASILEIRA

São tantas as datas, em razão de fusões,

compras, associações, que fica difícil associar 60 anos à MWM Inter-national. Para entender melhor como a empre-sa chegou ao sexagési-mo aniversário, vamos ao começo dessa histó-ria, para 1922, quando Karl Benz, o inventor do automóvel com mo-tor a combustão, criou uma divisão de motores separada da sua então empre-sa, a Benz & Co, que produzia veículos e motores numa só unidade. Assim nasceu a Motoren-Werke Mannheim AG, que originou a sigla MWM.

Não demorou muito e, em 1926, a unidade passou ao controle do grupo alemão Knorr-Bremse AG, espe-cializado em sistemas de freio ferroviários. Alguns anos mais tarde, em 1933, ingressou no segmento de mo-tores diesel de pequeno e médio portes para usos agrí-cola e estacionário.

Em 1953 foi fundada a subsidiária brasileira da MWM. Era a década da industrialização do País e a demanda por motores – exportados pela MWM para cá desde antes da Segunda Guerra Mundial – estava crescendo. Um grupo de empreendedores nacionais, diante do cenário que se desenhava, entrou em contato com a MWM para produzir por aqui os propulsores diesel. Sem demora, analisados mercado e incentivos do governo, surgiu a MWM Motores Diesel S.A.

O negócio começou com importação e montagem de motores para irrigação. Três anos depois, em 1956, começava a construção da fábrica no bairro paulistano de Santo Amaro – onde está até hoje. Embora tenha nascido multinacional, a MWM tornou-se cada vez mais local, especialmente a partir dos anos 1970, quando a subsidiária passou a fornecer motores para caminhões – o que se transformou no principal negócio da empre-sa nos anos seguintes. Como a matriz alemã não atua-va no segmento automotivo, a engenharia no Brasil fi-cou independente da Alemanha e passou a desenvolver um portfólio próprio de produtos.

Mais mudanças estavam por vir e, a cada aconteci-

mento, a empresa se tornava mais bra-sileira. Em 1986, a controladora da MWM, a Knorr-

-Bremse, foi adquirida por outro grupo em-presarial que vendeu a fábrica de motores de Mannhein para a Deutz, mas manteve a unidade no Brasil. Isso fez da MWM uma pecu-liar empresa de capital

alemão no Brasil sem matriz no exterior. Tal independência trouxe maior agilidade de decisões

e poder de adaptação às condições particulares do mer-cado local. Essa mesma independência, contudo, por vezes limitou o desenvolvimento de produtos, pois todos os recursos necessários tinham de ser gerados aqui.

No fim dos anos 1990, outra história se desenvolvia em paralelo, que mudaria o cenário para melhor. Em 1999, para entrar no mercado sul-americano, a ameri-cana Navistar adquiriu 50% de participação na Maxion Motores, do Grupo Iochpe, que herdou o negócio da compra da Massey Perkins no País, ainda na década de 1980. Mais tarde, em 2001, a Navistar assumiu o contro-le de 100% da fabricante de motores e fundou a Interna-tional Engines South America (Iesa), com boa parte dos negócios voltada à exportação para os Estados Unidos.

Em 2005, também em abril, a MWM foi comprada pela Iesa. Assim nasceu a MWM International, que for-mou uma corporação duas vezes maior em faturamen-to do que eram as duas empresas separadas, somando vendas de US$ 671 milhões. Cinco anos depois esse valor foi quase que multiplicado por dois novamente, para US$ 1,2 bilhão em 2010.

De fábrica local, com capital alemão, mas sem ma-triz estrangeira, a MWM encontrou na International uma porta para o mundo. A fusão deu início a uma estraté-gia de globalização, com a conquista de grandes con-tratos de longo prazo para fornecimento de motores e tecnologia do Brasil para China, Coreia do Sul, Índia, Turquia, México e Estados Unidos. E a história continua com a celebração da marca de 4 milhões de motores produzidos nestas seis décadas...

CENTRO DE TECNOLOGIA, instalado na unidade de Santo Amaro, em São Paulo

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90 • AutomotiveBUSINESS

ANIVERSÁRIO

unidades. “Essa é uma forma inteli-gente de equilibrar a produção entre os dois países e atender as necessi-dades locais colocadas pelo governo argentino”, explica Luzzi.

A produção no país vizinho tem fo-co no segmento agrícola, principal-mente para equipar tratores e ônibus produzidos na Argentina pela gaúcha Agrale, mas outros clientes já estão em prospecção. A MWM Internatio-nal vai fazer na planta argentina os motores da série 229 (agrícola) e os MaxxForce de 4,8 e 7,2 litros, que continuam sendo fabricados tam-bém no Brasil. Já a linha de monta-gem do motor de 9,3 litros, que des-de 2007 estava localizada em Cano-as (RS), foi totalmente transferida e agora eles passam a ser importados da Argentina para o Brasil.

As exportações também devem continuar a avançar com a matura-ção de dois grandes contratos, com a Otokar da Turquia e a Daewoo na Coreia, que nos próximos três anos devem comprar 20 mil motores

MaxxForce 3.2H Euro 3, 4 e 5 pa-ra seus micro-ônibus. Mais de 90% desses propulsores produzidos no Brasil pela MWM são exportados, mas Luzzi adianta que essa propor-ção deve mudar em breve, com a conquista de clientes nacionais pa-ra o modelo. Ele calcula que, nos próximos três anos, o mais novo filho da engenharia brasileira da empresa deverá representar 15% da produção total.

Em volumes, as exportações de motores completos devem repre-sentar 8% da produção este ano, mas o executivo lembra que a MWM também usina e envia daqui todos os blocos para motores de 13 litros montados pela International nos Estados Unidos, além de 100% dos cabeçotes para propulsores de seis cilindros feitos na matriz.

Em 2013, a MWM projeta continuar com fatia de 30% dos motores diesel produzidos no Mercosul, que deverão somar 475 mil na região este ano, em expansão de 11% sobre 2012. n

Unidades indUstriais- São Paulo (SP )- Canoas (RS )- Jesús Maria/ (Argentina)

Colaboradores: 3.500- São Paulo (SP): 2.200- Canoas (RS): 1.100- Jesús Maria (Argentina): 200

PrinCiPais ProdUtos:Motores diesel de 2,5 a 13 litros e de 50 a 428 cavalos de potência para aplicações veiculares, agrícolas, industriais, geração de energia e marítimas

exPortação: 30 PaísesÍndice de nacionalização: média de 70%

PrinCiPais Clientes MAN, GM, Volvo, Agrale, International, Marcopolo, AGCO, Troller, NeoBus, JCB, Randon, Daewoo, Otokar, Stara

rede de distribUição Brasil (474) e América Latina (606)

Centro de desenvolvimento no brasil- 220 engenheiros e técnicos- 28 bancos de prova- 69 estações de CAD/CAE

perfil da MWM iNTerNaTiONal

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Page 92: UM SETOR EM OBRAS

92 • AutomotiveBUSINESS

SUSTENTABILIDADE

Marta Pereira

IndústrIa automobIlístIca Investe no desenvolvImento socIal, que gera lucros para todos

Há muito tempo, antes mesmo de a palavra sustentabilida-de tornar-se fashion, fonte de

renda para consultores, diferencial competitivo no mercado e assumir tantas outras dimensões, algumas equivocadas, o segundo setor, repre-sentado pela iniciativa privada, enxer-gou seu papel além das linhas de produção, do comércio e dos serviços e começou a investir no social. Embo-ra sem os rótulos, reconhecimento e marketing atuais, o objetivo era o mesmo: melhores condições geram melhores profissionais e, consequen-temente, consumidores. Uma socieda-de mais digna e igual gera um círculo virtuoso de progresso, com resultados positivos para todos.

O empreendimento social da in-dústria automobilística no Brasil é histórico. A começar pelos efeitos di-

retos. O segmento representa aproxi-madamente 21% do PIB industrial do País e 5% do PIB total. Diretamente, as montadoras empregam cerca de 152 mil profissionais, segundo dados divulgados em abril pela Anfavea, a associação dos fabricantes de veícu-los. Somando-se os trabalhadores da cadeia anterior às linhas de mon-tagem e os da rede de distribuição e serviços automotivos em geral, são em torno de 1,5 milhão de pessoas.

Os investimentos também com-portam cifras consideráveis ao longo dos anos. O Inovar-Auto, programa do Governo Federal que visa a in-crementar a competitividade do segmento, deve resultar em um aporte no patamar de R$ 60 bilhões, entre 2013 e 2017, conforme estimativas da entidade.

Afora os impactos naturais dos nú-meros acima, as empresas possuem inúmeros programas destinados a contribuir com o desenvolvimento so-cioambiental do País. Considerando apenas o aspecto social, são ações que variam da simples doação financeira a projetos específicos voltados para edu-cação, esportes, cultura, políticas pú-blicas e capacitação profissional, entre outros, com envolvimento efetivo da al-ta gestão e disseminação para todos os colaboradores. A Anfavea está prepa-rando uma publicação que vai mapear a atuação social da indústria automo-bilística e seus reflexos nos negócios, atestando que as iniciativas vão muito além da generosidade.

Segundo Jorge Abrahão, presi-dente do Ethos, as empresas têm um grande papel na construção

de uma sociedade mais justa, ética e economicamente sustentável. “É preciso entender que sustentabilida-de não é custo, é oportunidade. A gestão responsável está em processo de construção no mundo corporativo brasileiro, que já começa a enxergar os valores gerados, tanto econômicos quanto na imagem”, diz o dirigente.

IndIcadoresCriado em 1998, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma Oscip (Organização da Socieda-de Civil de Interesse Público), cuja mis-são é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus negócios de forma socialmente responsável.

Entre os vários serviços prestados,

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94 • AutomotiveBUSINESS

SUSTENTABILIDADE

a entidade desenvolveu os Indicado-res Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, que permitem às com-panhias, associadas ou não, avaliar gratuitamente sua gestão na perspec-tiva da sustentabilidade e da respon-sabilidade social.

Por meio do preenchimento eletrô-nico, é possível fazer um autodiagnós-tico e levantar subsídios para o plane-jamento estratégico, considerando sete temas: Valores, Transparência e Governança, Público interno, Meio ambiente, Fornecedores, Consumido-res e clientes, Comunidade e Governo e sociedade.

O questionário, atualmente na versão 2012, está disponível para preenchimento até 14 de junho em http://indicadores.ethos.org.br. n

cadeia econômica automotiva

ServiçosDistribuiçãoMontadorasAutopeçasMatérias-primas

AçoPlásticosBorracha

VidroTêxtilTintas

MotorCâmbio

FreiosPneusRodas

ChassisEixos

AutomóveisComerciais leves

CaminhõesTratores

Colheitadeiras

Concessionárias

Mão de obra | Energia | ÁguaInsumos gerais

Pós-vendasCombustíveis

SegurosBancos

Lojas de autopeçasOficinas

a indústria automobilística tem efeitos sobre múltiplos setores da sociedade. mais de 200 mil empresas no Brasil têm suas atividades ligadas ao setor automotivo

Jorge aBrahão, presidente do Ethos

sustentabilidade

não é custo, é

oportunidade.

a gestão

responsável está

em construção

no mundo

corporativo

brasileiro

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96 • AutomotiveBUSINESS

EVENTO

PrinciPal evento do aftermarket atraiu cerca de 70 mil visitantes

A Automec, principal feira do setor de reposição auto-motiva, atraiu cerca de 70

mil visitantes ao Anhembi, em São Paulo (SP). A exposição, que reuniu mais de 1,1 mil marcas de auto-peças, é ferramenta para fomentar negócios no aftermarket, estima-dos em R$ 100 bilhões de reais, considerando a venda e distribui-ção de autopeças, os negócios nas concessionárias e nas 90 mil ofici-nas da rede independente.

O presidente do Sindipeças, Pau-lo Butori, destacou na abertura da feira a importância do mercado de reposição para as fabricantes do setor. Ele explicou que o segmento absorve 30% a 40% do fornecimento

AUTOMEC aGita mercado de rePosiÇÃo

de autopeças das empresas instala-das no País, cabendo o restante às montadoras.

A Reed Exhibitions Alcantara Ma-chado, organizadora da Automec, calculou a presença de organiza-ções de 72 países. Ganhou desta-que a forte participação das empre-sas chinesas, que ocuparam parte expressiva do pavilhão com seus pequenos estandes.

INOVAR-AUTO O clima do evento foi influenciado pela expectativa acerca do Inovar--Auto. Diversas fabricantes apresen-taram soluções que podem ajudar as montadoras a alcançar as metas do novo regime automotivo. Além disso,

o Sindipeças destacou a necessida-de de aumentar o conteúdo nacional dos carros.

Estimativa da entidade para es-te ano aponta que as importações de autopeças para o Brasil podem somar R$ 34 bilhões. Do total, 65% serão trazidos pelas montadoras, 25% pelas sistemistas e o restante virá por meio de tradings e empresas que atendem o aftermarket. Butori destaca que, com os componentes importados ganhando espaço, cres-ce a importância do mercado de re-posição para as fabricantes. O setor alimenta expectativas também para o Inovar-Peças, programa voltado à cadeia de suprimentos que está em gestação no governo.

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98 • AutomotiveBUSINESS

EVENTO

A Tenneco apresentou solução que promete funcio-nar como substituta do Arla 32. Batizado de HC-HLNC, o fluido deve chegar ao mercado em 2014. A empresa também aproveitou o evento para revelar que investirá US$ 17,5 milhões este ano na construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Mogi Mirim (SP) e de uma nova fábrica em Camaçari (BA). A unidade pro-dutiva fornecerá escapamentos para a Ford.

A nGK, veterana no fornecimento de velas de ignição, também apresentou novidade. A empresa, que obtém metade do faturamen-to no mercado de repo-sição e a outra metade no fornecimento de componentes originais, quer trazer nova tecno-logia ao Brasil: as velas de irídio. O produto é

mais eficiente, durável e garante redução do consumo de combustível e das emissões de CO2, uma opção pa-ra as montadoras alcançarem as metas do Inovar-Auto. A chegada da novidade esbarra no preço, cerca de dez vezes superior ao das velas comuns.

Honeywell e BorGwarner, os dois fabri-cantes de turbocompressores presentes na Automec, estimaram que o Inovar-Auto deve abrir novo mercado no País para 700 mil a 1 milhão de turbos por ano para veículos leves, com motorização flex de 1 a 1,4 litro. Os primeiros carros nacionais equipados com a tecnologia surgirão a partir de 2015 e várias montadoras já fazem testes para homologar os produtos aos seus modelos.

A SaBó confirmou investimento de US$ 10 milhões nos próximos cinco anos. O aporte vai aumentar em cinco vezes a produtividade da fábrica de Mogi Mirim (SP). Nos últimos anos, a empresa promoveu mudan-ças no portfólio e terceirizou a produção de alguns itens para passar a montar apenas componentes de maior valor agregado.

A DSw auTomoTive, unidade de negócios da Waypartners do Brasil, especializada em acessórios automotivos, revelou que produzirá nacionalmente em 2014. Com investimento de US$ 5 milhões, a fábrica em Manaus (AM) fará receptores para TV digital veicular e encostos de cabeça com tela de LCD.

A Dunlop, fabricante de pneus controlada pelo gru-po japonês Sumitomo Rubber Industries, começará a produzir pneus (da marca Dunlop e também da Falken no caso de segmento tuning e off-road) para veículos de passeio, SUVs e vans em outubro próximo na uni-dade que constrói em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (PR).

A valeo destacou na Automec seus 90 anos de pre-sença no mercado automotivo global. A empresa ini-ciou a produção em 1923 com uma oficina de lonas de freios em Saint-Ouen, na França.

A divisão de aftermarket da DelpHi apresentou seu portfólio composto por mais de 5 mil itens de injeção eletrônica, ignição, diesel, climatização e arrefecimen-to, além de serviços para o mercado de reposição da linha leve e pesada. A empresa destacou um conceito sofisticado de tecnologia também para as oficinas: a telemática. Por meio de um dispositivo acoplado ao veí-culo e a tecnologia de comunicação wireless (sem fios), o sistema permite monitorar à distância o consumo de combustível, regulagem do motor, posicionamento e diagnóstico, levando as informações ao consumidor, oficinas e concessionárias.

A unidade de negócios para o aftermarket da maGneTi marelli apresentou o catálogo ex-pandido de amortecedores de suspensão, que garan-te 98% de cobertura do mercado nacional, e a nova linha de equipamentos de diagnose, que conta com scanners, estações de diagnóstico e manutenção de ar condicionado, estações de análise de emissões e de testes de injetores de gasolina e diesel e a linha de sistema de carga. A empresa mostrou também a nova linha de pastilhas de freios, com a marca Cofap, para veículos leves e pesados. n

Confira as atrações das fabriCantes de autopeças na automeC

noVidades

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Insights para profissionais de montadoras, autopeças, agências de propaganda e de serviços que não tinham a quem perguntar sobre a reinvenção do marketing nos negócios automotivos

Branding e estratégias de marketingA reinvenção do marketing automotivoEstratégias de autopeças em marketingA revolução das mídias sociaisO DNA do novo consumidorMarketing de eventosDisrupturas em marketing e comunicaçãoO novo papel da agência de propagandaO avanço da comunicação on lineO executivo conectado

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