um olhar panorâmico sobre os desafios do comércio eletrômico no ambiente de negócios

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UM OLHAR PANORÂMICO SOBRE OS DESAFIOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS ANTONIO GILDO LUZ PAIVA RESUMO A questão do “Comércio Eletrônico” constitui-se como uma forma de fazer negócios através do computador. A realização desse estudo fundamentaliza-se em algumas discussões e reflexões sobre essa temática, fazendo uma abordagem sobre a globalização da economia, fenômeno que vem conquistando espaços em vários países, inclusive no Brasil. Sabe-se que as facilidades cada vez mais crescentes de acesso das diversas nações à Rede Mundial de Computadores (Internet) tendem a transformar o Comércio Eletrônico em uma das mais significativas portas de negócios, fazendo com que ocorra uma revolução silenciosa, que está mudando a forma pela qual se fará negócios no século XXI. Sendo possivel observa-se ainda que a atuação do Comércio Eletrônico no mercado mundial tem crescido de forma exponencial desde a popularização da Internet e sua afirmação como meio de fazer negócios. O propósito desta abordagem tem a pespercitiva de entender que a situação do Brasil neste cenário não é diferente. Cada vez mais empresas estão investindo em vendas pela Internet. No presente trabalho, se abordará algumas das formas pelas quais o Comércio Eletrônico muda as formas tradicionais das empresas fazerem negócios entre si e cria novos modelos de negócios e novas formas de organização. Palavras-Chaves: Comércio Eletrônico. Internet. Negócios ABSTRACT The issue of "Electronic Commerce" was established as a way of doing business through the computer. The present study fundamentaliza in some discussions and reflections on this theme, making an approach to economic globalization, a phenomenon that is gaining spaces in several countries, including Brazil. It is known that the facilities ever- increasing access of different nations to the World Wide Web (Internet) tend to transform e Commerce in one of the most significant ports business, causing a quiet revolution occurring, that is changing way in which they do business in the twenty-first century. Being still possible to observe that the performance of Electronic Commerce on the world market has grown exponentially since the popularization of the __________________________________________________________________________________________ __________________ 1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA 2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

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UM OLHAR PANORÂMICO SOBRE OS DESAFIOS DO COMÉRCIO

ELETRÔNICO NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

ANTONIO GILDO LUZ PAIVA

RESUMOA questão do “Comércio Eletrônico” constitui-se como uma forma de fazer negócios através do computador. A realização desse estudo fundamentaliza-se em algumas discussões e reflexões sobre essa temática, fazendo uma abordagem sobre a globalização da economia, fenômeno que vem conquistando espaços em vários países, inclusive no Brasil. Sabe-se que as facilidades cada vez mais crescentes de acesso das diversas nações à Rede Mundial de Computadores (Internet) tendem a transformar o Comércio Eletrônico em uma das mais significativas portas de negócios, fazendo com que ocorra uma revolução silenciosa, que está mudando a forma pela qual se fará negócios no século XXI. Sendo possivel observa-se ainda que a atuação do Comércio Eletrônico no mercado mundial tem crescido de forma exponencial desde a popularização da Internet e sua afirmação como meio de fazer negócios. O propósito desta abordagem tem a pespercitiva de entender que a situação do Brasil neste cenário não é diferente. Cada vez mais empresas estão investindo em vendas pela Internet. No presente trabalho, se abordará algumas das formas pelas quais o Comércio Eletrônico muda as formas tradicionais das empresas fazerem negócios entre si e cria novos modelos de negócios e novas formas de organização.

Palavras-Chaves: Comércio Eletrônico. Internet. Negócios

ABSTRACT

The issue of "Electronic Commerce" was established as a way of doing business through the computer. The present study fundamentaliza in some discussions and reflections on this theme, making an approach to economic globalization, a phenomenon that is gaining spaces in several countries, including Brazil. It is known that the facilities ever-increasing access of different nations to the World Wide Web (Internet) tend to transform e Commerce in one of the most significant ports business, causing a quiet revolution occurring, that is changing way in which they do business in the twenty-first century. Being still possible to observe that the performance of Electronic Commerce on the world market has grown exponentially since the popularization of the Internet and its affirmation as a means of doing business. The purpose of this approach has pespercitiva to understand that Brazil's situation is no different in this scenario. More and more companies are investing in Internet sales. In the present paper, we will discuss some of the ways in which e-commerce changes the traditional ways companies do business with each other and create new business models and new forms of organization.

Key Words: Electronic Commerce. Internet. Affairs

1. INTRODUÇÃO____________________________________________________________________________________________________________

1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

É notável que o ambiente empresarial, tanto mundial como nacional, tem

passado por profundas mudanças nos últimos anos; as organizações passaram a realizar

seus planejamentos e a criar suas estratégias voltadas para o futuro de forma que alterem

as bases da competitividade empresarial.

Atualmente, algumas das características do novo ambiente empresarial, tais

como globalização, integração interna e externa das organizações, entre outras, têm

confirmado as tendências da criação e utilização do Comércio Eletrônico. E nesse novo

ambiente empresarial, as organizações dos vários setores vêm realizando ativamente

operações e processos influenciados pelas transformações externas. Assim, seja pelo

novo ambiente empresarial ou por força das influências entre os setores, todas as

organizações têm sido afetadas pela nova realidade do Comércio Eletrônico.

Essa situação tem exigido das organizações grande esforço para a assimilação e

utilização das tecnologias de informação referentes ao Comércio Eletrônico, em sua

operacionalização e em sua estratégia competitiva.

O conceito de Comercio eletrônico engloba a realização de toda a cadeia de

valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, não se restringindo

simplesmente à realização de transações comerciais de compra e venda de produtos e

serviços. Algumas vezes, esta abrangência não é reconhecida e acaba-se tendo uma

visão errônea e restrita de todo o potencial deste novo ambiente. ”(Albertin, 2000a)

Sabe-se que o Comércio Eletrônico é um tipo de transação comercial feita

especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, um

computador.Conceitua o como o uso da comunicação eletrônica e digital, aplicada aos

negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações ou entre estas e

indivíduos ,ou entre indivíduos,permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços,

terminando com a liquidação financeira por intermédio de meios de pagamento

eletrônicos.

O ato de vender ou comprar pela internet é em si um bom exemplo de comércio

eletrônico. O mercado mundial está absorvendo o comércio eletrônico em grande

escala. Muitos ramos da economia agora estão ligadas ao comércio eletrônico.

Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e

pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa,desenvolvimento, marketing,

propaganda, negociação, vendas e suporte. Na visão de Kalakota e Winston (1997),

dependendo de para quem se pergunte.

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

Segundo Albertin (2000a), “os sistemas de Comercio Eletrônico podem ter valor

significativo como uma alavanca para novas estratégias de gerenciamento de clientes”,

principalmente porque eles conectam compradores e vendedores, apoiam a troca de

informações entre eles, eliminam os limites de tempo e lugar, apoiam a interatividade,

podendo adaptar-se dinamicamente ao comportamento do cliente, e podem ser

constantemente atualizados.

Atualmente, existem basicamente dois grupos de opiniões e postura sobre o uso

de Comercio Eletrônico. No primeiro, estão as empresas que acreditam que a Internet

possui empresas que vendem um produto específico e seus vendedores ganham muito

dinheiro, ou ainda aquelas que acreditam que os investimentos no Comercio Eletrônico.

E devem ser realizados para o futuro, e que seu uso não apresenta praticamente nenhum

valor no presente.

No segundo grupo, estão as empresas que acreditam que podem obter

significativo valor no presente, com o uso deste comércio. Existem vários exemplos de

empresas nesse grupo, que estão explorando o Comércio Eletrônico para fins de

comunicação entre filiais, conectividade com clientes, e fornecedores, propaganda,

realização de transações comerciais etc. Essas empresas não têm deixado o ambiente de

Comercio Eletrônico por obterem valor para seu negócio, o que não acontece no

primeiro grupo.

A atuação do Comércio Eletrônico no mercado mundial tem crescido de forma

exacerbada desde a popularização da Internet e sua afirmação como meio de fazer

negócios. A situação do Brasil nesse cenário não é diferente, cada vez mais empresas

estão investindo em vendas pela Internet. Mas em que consiste a revolução silenciosa a

que estamos assistindo? Quais os desafios que as empresas estão enfrentando na era da

Internet? É evidente a necessidade de se apresentar as bases conceituais do Comércio

Eletrônico.

Portanto esta pesquisa aborda o Comércio Eletrônico com um enfoque mais

administrativo do que de Tecnologia de Informação, ou seja, aborda-se como estão

sendo considerados os vários aspectos gerenciais e estratégicos da utilização do

Comércio Eletrônico, bem como: seu valor, benefícios estratégicos e contribuições para

o sucesso das empresas.

Com base no conhecimento da situação atual e em sua análise, são identificadas

as principais tendências da utilização do Comércio Eletrônico. Assim sendo, o aspecto

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

técnico relacionado ao Comércio Eletrônico não constitui o foco principal deste

trabalho, e sua descrição será limitada ao necessário para a visão administrativa.

Assim sendo, esta pesquisa apresentará as definições e os aspectos fundamentais

do Comércio Eletrônico, seguido de uma síntese do Comércio Eletrônico no Ambiente

Empresarial.

2- Conceituado o comércio eletrônico

Em seu período inicial, o Comércio Eletrônico ainda é caraterizado por um

ambiente onde a experimentação é dominante. Apesar desse quadro de incertezas, o

conceito de Comércio Eletrônico parece absolutamente real e definitivo. Comércio

Eletrônico Portanto é o canal mais moderno e simples de vendas, não envolve pesados

recursos de investimentos ou de pessoal e pode ser acessado com um browser através do

meio eletrônico mais difundido nos dias de hoje – a INTERNET.

É considerado como um iceberg do qual já não se pode mais escapar.. O

Comércio Eletrônico é uma atividade nova para que se tenha uma idéia precisa de onde

se pode chegar, mas não restam dúvidas que a Internet se transformou num magnífico e

dinâmico canal de compras.

Os lojistas "cibernéticos" estão investindo na compra de espaços nos shoppings

virtuais, pois é a fórmula mais eficiente e econômica de fixar sua imagem em meio aos

milhares de alternativas que a Web oferece para, aos poucos, também alavancar nas

vendas.

No Brasil, os shoppings eletrônicos ainda são poucos, considerando-se os

existentes no mundo lá fora, mas já mostram certo crescimento no mercado.

A facilidade de se fazer compras sem sair de casa e recebê-las em domicílio é a

grande aposta das empresas nas vendas online. Através da Internet é possível comprar

desde produtos de informática, até games, quadros e o cliente ainda pode escolher entre

pagar com cheque, cartão de crédito ou ecash, o dinheiro eletrônico.

A idéia de ser tremendamente perigoso passar os dados do cartão de crédito na

rede já não assusta mais o consumidor, porque sistemas de encriptacão e protocolos

como certificação digital da identidade de clientes e lojas já estão disponíveis e sendo

implantados.

Outro tipo de implementação de Comércio Eletrônico é o voltado para a

educação, ou seja, a EDMC – Educação à Distância Mediada por Computador.

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Ela tem uma longa história de experimentações, sucessos e fracassos, e surgiu

com a necessidade em atender às demandas por ensino e treinamento ágil, que já vinha

sendo oferecida através de outras modalidades como exemplo: por correspondência,

através do rádio, da televisão, e agora através de uma maneira mais interativa que é a

Internet. O conceito de Comercio eletrônico engloba a realização de toda a cadeia de

valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, não se restringindo

simplesmente à realização de transações comerciais de compra e venda de produtos e

serviços. Algumas vezes, esta abrangência não é reconhecida e acaba-se tendo uma

visão errônea e restrita de todo o potencial deste novo ambiente. ”(Albertin, 2000a)

Comércio eletrônico é um tipo de transação comercial feita especialmente

através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, um computador.Pode

também ser conceituado como o uso da comunicação eletrônica e digital, aplicada aos

negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações ou entre estas e

indivíduos ,ou entre indivíduos,permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços,

terminando com a liquidação financeira por intermédio de meios de pagamento

eletrônicos.

O ato de vender ou comprar pela internet é em si um bom exemplo de comércio

eletrônico. O mercado mundial está absorvendo o comércio eletrônico em grande

escala. Muitos ramos da economia agora estão ligadas ao comércio eletrônico.

Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e

pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa,desenvolvimento, marketing,

propaganda, negociação, vendas e suporte.

Através de conexões eletrônicas com clientes, fornecedores e distribuidores, o

comércio eletrônico incrementa eficientemente as comunicações de negócio, para

expandir a participação no mercado, e manter a viabilidade de longo prazo no ambiente

de negócio.

Na mesma linha de pensamento, o e-business (electronic business) é o nome

atribuído as transações envolvendo troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes,

utilizando-se a Internet.

De uma perspectiva de comunicações, o Comércio Eletrônico é a entrega de

informações, produtos/serviços, ou pagamentos por meio de linhas de telefone, redes de

computadores ou qualquer outro meio eletrônico.

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

De uma perspectiva de processo de negócio, o Comércio Eletrônico é a

aplicação de tecnologia para a automatização de transações de negócio e fluxos de

dados.

De uma perspectiva de serviço, o Comércio Eletrônico é uma ferramenta que

endereça o desejo das empresas, consumidores e gerência para cortar custos de serviços,

enquanto melhora a qualidade das mercadorias e aumenta a velocidade de entrega do

serviço.

De uma perspectiva on-line, o Comércio Eletrônico provê a capacidade de

comprar e vender produtos e informações na Internet e em outros serviços on-line.

2.1-Comércio Eletrônico – Origem – Modelo – Vantagens- Futuro – Status

2.1.1-Origem

Sociedades de qualquer época sempre lançaram mão de todos os recursos

disponíveis para melhorar ou criar novas formas de comercializar bens. Hoje não é

diferente e todo o aparato tecnológico surgido neste século, incluindo aí o aparecimento

da Internet, criou uma imensidão de novos métodos para resolver os problemas básicos

de uma operação de compra que são simplificando muito o assunto; expor a mercadoria

ao comprador, estabelecer um método de pagamento e entregar a mercadoria depois do

negócio fechado.

O significado de comércio eletrônico vem mudando ao longo dos anos.

Originalmente, Comecio Eletronico significava a facilitação de transações comerciais

eletrônicas, usando tecnologias como Eletronic Data Interchange e Eletronic Funds

Transfer . Ambas foram introduzidas no final dos anos 70, permitindo que empresas

mandassem documentos comercias como ordem de compras e contas eletronicamente.

O crescimento e a aceitação de cartões de créditos, caixas eletrônicos, serviços

de atendimento ao cliente (SAC) no final dos anos 80 também eram formas de Comecio

Eletronico. Apesar de a internet ter se popularizado mundialmente em 94, somente após

cinco anos os protocolos de segurança e a tecnologia DSL foram

introduzidos,permitindo uma conexão contínua com a Internet.

No final de 2000, várias empresas americanas e européias ofereceram seus

serviços através da World Wide Web. Desde então, as pessoas começaram a associar à

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expressão ‘comércio eletrônico’ com a habilidade de adquirir facilidades através da

Internet usando protocolos de segurança e serviços de pagamento eletrônico.

Será que uma nova forma de comércio, a realizada através da rede pega?

Afinal, já existem tantos outros canais já consagrados: vendas por televisão e por

telefone; super, hiper, mega mercados de todos os tipos possíveis e imagináveis;

vendedores (ainda) ambulantes, etc.

Como qualquer outra atividade, o comércio eletrônico só vai se estabelecer se

ele trouxer vantagens evidentes se comparado com as formas "tradicionais" ou, se ele

preencher uma necessidade ainda não resolvida por estas mesmas formas. Ou seja, a

compra e a venda de bens e serviços através de lojas virtuais, construídas com as

ferramentas da Internet, só pegarão se oferecerem algo a mais para seus consumidores,

algo que seja melhor do que o que já existe ou que tão simplesmente não exista ainda.

2.1.2 – Modelo

O Modelo Integrado de Comércio Eletrônico possui várias subdivisões de seu

ambiente e da sua integração com o ambiente empresarial. Este modelo enfatiza seus

aspectos, valor, benefícios estratégicos e contribuições para o sucesso das organizações:

Políticas e regras públicas: Estão relacionadas com os aspectos legais de

regulamentação dos setores e mercados e das normas oficiais;

Políticas e padrões técnicos: Estão relacionados com os aspectos de

padronização para a compatibilização dos componentes do ambiente técnico,

políticas de tratamento e comunicação de informações;

Infovia Pública: É a rede formada tanto pela rede mundial Internet como pelos

serviços on-line que tenham ligações com esta, sendo que a ênfase é no acesso

livre e de baixo custo, e na integração entre os vários ambientes sem nenhuma

restrição, incluindo desde os terminais mais simples de acesso até meios de

comunicação mais sofisticados para grandes volumes de informações.

Aplicações e Serviços Genéricos: são aqueles oferecidos pelo ambiente, através

dos seus provedores, serviços on-line e fornecedores, disponíveis a todos, tais

como correio eletrônico, transferência de arquivos, salas virtuais, algoritmos e

softwares de criptografia;

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Aplicações de Comércio Eletrônico: São aquelas desenvolvidas com base nas

camadas anteriores e que atendam as necessidades de uma organização ou grupo

delas.

2.1.3 -Vantagens

Estas são as Vantagens do Comecio Eletronico para empresas:

A rede de loja(s) de negócio esta disponível 24 horas 7 dias por semana;

Possibilidade de desconto maior no produto tendo em vista o custo de

contratação de vendedores e sem repasse de comissões aos mesmos;

Não é necessário alugar uma loja física e investir em decoração, vitrines,

segurança e saneamento;

É reduzida a probabilidade de erros de interpretação no circuito com o

cliente , e mesmo com o fornecedor;

Tem Poupança nos custos associados com o cliente e com o fornecedor;

Há Baixo tempo de entregas das encomendas;

Facilidade no acesso a novos mercados e clientes, com reduzido esforço

financeiro;

A vantagem competitiva das grandes empresas para as pequenas é menor.

Um eficiente e atrativo portal de compras na Internet não necessita de um

elevado investimento financeiro. O cliente escolhe por quem lhe dá mais

confiança e melhor serviço;

Procedimentos associados as compras bastante céleres, permitindo as

empresas diminuir o tempo médio de recebimento, melhorando o seu

cashflow;Facilidade processamento de dados transmitido pelo CRM, como por

exemplos preferências e forma de pagamento dos clientes, assim como permite

a antecipação da evolução das tendências do mercado;

Contacto permanente com todas as entidades intervenientes no processo,

as interacção são mais rápidas, diminuindo os custos relacionados com a

comunicação.Conhecimento constante do perfil de clientes, seus hábitos e

regularidade de consumos;

Antecipação das tendências de mercado, disponibilidade permanente de

relatórios sobre os produtos mais visualizados, áreas mais navegadas;

Rapidez na divulgação de novos produtos ou promoções

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2..1.4 - Futuro do Comércio Eletrônico

Com a chegada de novas tecnologias o comercio eletronico vem sofrendo grandes

mudançashaja vista que as novas tecnologias estão dando "asas a imaginação" de

muitos marketeiros de plantão, com isso tem-se a aparição de novas modalidades de

comercialização.

Mobile Commerce

O Comércio Eletronico Móvel está cada vez mais se tornando uma realidade.

Segundo a ABI Research americana, se fechará 2010 com 2.4 bilhões de dólares em

vendas no varejo via celular. Já existem previsões de que em 2012 o celular irá superar

o PC como o principal gadget de acesso a internet . Existe a previsão de que tudo será

resolvido através do celular, e as vendas no varejo não serão exceção.

Television Commerce

Dada a presença massiva da Televisão no Brasil e os avanços do Ginga, a

plataforma de Televisão Digital Interativa do SBTVD, em breve as compras poderão ser

feitas durante os anúncios e inserções nos programas de TV. Uma das principais

características desta forma de e-commerce é a redução do tempo entre o anúncio e uma

venda, o que deverá aumentar ainda mais os números do e-commerce no país. Em 2016

o sinal de TV analógica (como conhecemos) no Brasil deve ser desligado e a maioria

das TVs - hoje presentes em mais de 90% dos lares brasileiros - deverá contar com

recursos de interatividade que permitirão o T-commerce.

SNO (Social Network Optimization)

Redes sociais são a verdadeira febre do momento na internet. E como todo bom

"marketeiro" não pode deixar essa possibilidade passar, grandes redes de e-commerce já

começam a usá-las como ferramenta de marketing viral, atingindo diretamente seus

clientes.

Lojas Virtuais Privadas

Isso ainda está "engatinhando" no Brasil, mas teve um grande crescimento no

EUA em 2009. Quando uma grande loja virtual decide queimar seus estoques, está

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precisa fazer de uma maneira mais privada criando sites fechados onde somente um

grupo seleto de usuários de seu site aberto tem a possibilidade de acessar.

Produtos Virtuais

Hoje é realidade, grandes lojas como Saraiva e Submarino já oferecem

produtos virtuais como filmes, jogos, softwares, livros entre outros. Cada vez mais se

torna uma forma prática de ecommerce, tanto para o comprador (este não se preocupa

em perder um livro, ou estragar um DVD, pois tudo é digital e pode ser feito download

a qualquer momento após a compra) como para o venderdor (este não precisa de

estoque por exemplo). E com a chegada do Kindle e principalemente do IPad ve-se que

esse será um dos pontos fortes do comercio eletronico nos próximos anos.

Tecnologias Alternativas de Pagamento

O Comércio Eletrônico não pode se restringir apenas em boletos bancários ou

cartões de crédito. Quantos mais alternativas de pagamento melhor. Tem-se o caso do

PayPal que é uma forma segura e cada vez mais utilizada como opção de pagamento.

Novas tecnologias podem surgir e com isso aumentar mais ainda a abrangência do

Comercio Eletronico.

2.1.5- Status do Comércio Eletrônico no Brasil

De a cordo com informações contidas em algumas pesquisas mais de 21

milhões de pessoas acessaram uma loja online em 2009, um número de expressão,

mesmo levando em conta que dos 21 somente 12 milhões efetuaram uma compra

(muitos ainda utilizam sites de loja para fazerem pesquisas de preços). E porque isso? A

pesquisa feita pelo Datapopular mostrou que 61% dos internautas de baixa renda

costumam conferir os produtos em lojas físicas antes de fechar a transação pela internet,

ou tem medo de cometerem um erro no momento da compra e não encontram garantias

nos varejistas virtuais atualmente, que façam eles transitarem da compra em loja física

para a virtual.

Segundo tal pesquisa, a insegurança ainda é um obstáculo que o Comércio

Eletronico esbarra quando se trata do brasileiro de menor poder aquisitivo. Mesmo

assim o Brasil é o segundo país com maior índice de preocupação com transações

financeiras on-line, ficando atrás apenas da Alemanha, e a frente de grandes potências

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

econômicas como o USA em estudo feito pela Unisys. Em uma escala de 0 a 300, onde

0 representa a não preocupação com a segurança e 300 preocupação elevada, o Brasil

obteve 146 pontos (Alemanha ficou com 156 e o México, terceiro lugar, com 141) .

2.2-Contribuições Benefícios e Valor do Comércio Eletrônico

Segundo algumas hipóteses levantadas por Klein, Pigneur e Schmid (1996),

para analisar o papel das tecnologias de informação e comunicações como

contribuidoras para o sucesso das empresas, defrontou-se com mudanças na economia e

no mercado, tais hipóteses são aqui denominadas de Contribuições do Comércio

Eletrônico para o Sucesso das organizações, que podem ser assim resumidas em três

categorias:

Comércio negócio a negócio.

A visão tradicional de uma empresa com fronteiras claras, relações limitadas

com parceiros e mercados estáveis, está evoluindo. Atualmente, as tecnologias de

informações e comunicações podem alavancar um redesenho das relações

interorganizacionais, permitindo às companhias: melhorar a coleta de informações sobre

seu ambiente de além de suas fronteiras, estabelecer parcerias com seus clientes e

fornecedores; e compartilhar plataformas e mercados eletrônicos com seus concorrentes.

Alcançando os consumidores.

As empresas se comunicam com seus clientes por meio de várias mídias. Por

muitos anos, as tecnologias de informação e comunicações vêm alterando

profundamente a visão tradicional de mídia de marketing, na compra e venda a varejo.

Os ambientes intermediados por computadores, tal como a Internet, permitem outra

maneira de alcançar os consumidores, e projetar compradores e vendedores online, para

incrementar seu gasto on-line, para serem: ”melhores na comunicação com seus

clientes; mais eficientes nas suas relações de vendas com seus clientes; e mais atraentes

nos seus mercados de consumo”. (Alberto Luiz Albertin RAC, v. 3, n. 1, Jan./Abr.

1999)

O setor público

.

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

Em muitos países, os Governos claramente desempenham um papel

significativo no comércio eletrônico e nos mercados eletrônicos, assim como eles

fizeram no desenvolvimento de infra-estruturas anteriores, como ferrovias, aviação e

auto-estradas. Nos seus vários papéis de regulador, educador e promotor, o Governo e

as administrações públicas podem utilizar as tecnologias de informações para

estabelecer as regras e a estrutura de incentivo, que irá auxiliar a determinar às escolhas

do setor privado.

2.2.1-Benefícios Estratégicos de Comércio Eletrônico

Além dessas contribuições e com base nos modelos sobre estratégia competitiva,

foram formuladas nove proposições dos efeitos de Comércio Eletrônico na dinâmica de

uma indústria, denominadas aqui Benefícios Estratégicos de Comércio Eletrônico, que

podem ser divididas em três categorias como em seguida se discriminam:

Estratégias competitivas genéricas. O Comercio Eletronico proporciona

vantagens de custos, permite diferenciar seus produtos e serviços e possibilita melhor

relacionamento com clientes.

Novos entrantes e produtos substitutos - permite a entrada mais fácil em alguns

mercados; possibilita estabelecer barreiras de entrada e auxilia a introdução de produtos

substitutos.

Intermediação e desvantagem estratégica. O Comércio Eletrônico torna mais

fácil a eliminação de intermediários; por outro lado, facilita o surgimento de novos

intermediários que adicionem valor por meio de informação, e permite novas estratégias

competitivas com o uso de sua tecnologia.

2.3 - Valor de Negócio de Comércio Eletrônico

Outra abordagem, utilizada para melhor entendimento dos possíveis efeitos do

Comercio Eletrônico nas organizações, refere-se aos componentes do Valor de Negócio

de Comércio Eletrônico, que podem ser divididos por tipo de benefício que ele oferece à

organização:

2.3.1-Benefícios diretamente mensuráveis, quantitativos.

Promoção de produtos.

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

Novo canal de vendas.

Economia direta.

Inovação de produtos.

Tempo para comercializar.

Serviço a clientes.

2.3.2- Benefícios indiretos, qualitativos.

Novas oportunidades de negócio.

Relacionamento com clientes.

Imagem de marca ou corporativa.

Aprendizagem de tecnologia e laboratório organizacional.

2.4-Aspectos de Comércio Eletrônico

Bloch, Pigneur e Segev (1996) definiram e analisaram seis aspectos a serem

considerados nos estudos e nas aplicações de Comercio Eletronico, que eles

denominaram variáveis externas ao modelo por eles elaborado. A esses aspectos foram

acrescentados mais dois, que são os últimos.

Relação com clientes.

As primeiras experiências com Comercio Eletronico no setor bancário, o qual

tem sido pioneiro no uso de sistemas eletrônicos, podem ser utilizadas para o

aprendizado de alguns perigos potenciais e aspectos a serem considerados. Essa situação

leva a projetar sistemas de Comercio Eletronico que incorporem oportunidades para

compreender os clientes e para a venda pró-ativa de novos produtos.

Privacidade e segurança.

Outra fonte potencial de problemas é a preocupação dos clientes com

privacidade e segurança, que poderia levar a uma forte reação contra os fornecedores

que utilizam tais sistemas, ou simplesmente a não-utilização desses sistemas por parte

dos clientes.

Sistemas eletrônicos de pagamento.

As transações eletrônicas de negócio somente podem ter sucesso, se as trocas

financeiras entre compradores e vendedores puderem acontecer em ambiente simples,

universalmente aceito, seguro e barato. Os tipos de sistemas eletrônicos de pagamento

são: dinheiro eletrônico (e-cash); cheque eletrônico (e-check); cartões inteligentes

(smart cards); cartões de crédito; e cartões de débito.____________________________________________________________________________________________________________

1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

Adoção

A chave para o sucesso do sistema de Comercio Eletronico para clientes

certamente é uma grande adoção desses tipos de tecnologias por parte dos clientes.

Aspectos de implementação

A maioria dos envolvidos com tecnologia acreditam que uma tecnologia sozinha

não resolve aspectos nem cria vantagens, mesmo as de Comercio Eletronico. A

tecnologia precisa ser integrada a uma organização, com os aspectos de gerenciamento

de mudanças relacionados com a resistência das pessoas a novos conceitos e idéias.

Comprometimento organizacional.

Este aspecto refere-se ao comprometimento organizacional necessário para

utilizar com sucesso um sistema de Comercio Eletronico.

Aspectos legais.

Os aspectos legais, por exemplo, a regulamentação de um setor, podem

restringir a aplicação de Comércio Eletrônicos, seja pela obrigatoriedade de documentos

e presença física, seja pela não consideração de suas formas de negócio e seus

processos.

Competitividade

Um dos impactos mais interessantes do Comércio Eletrônico na intermediação

é a mudança na estrutura de distribuição de uma indústria, principalmente em relação

aos intermediários.

3. Comércio Eletrônico e o Ambiente Empresarial

Nos últimos anos o ambiente empresarial tem vivenciado várias mudanças,

mudanças estas que têm definido novos contornos para os vários setores da economia e

seus relacionamentos internos e externos, inclusive com os clientes e/ou consumidores.

É sabido que o ambiente empresarial atual, em parte, tem exigido que a

Tecnologia da Informação ofereça soluções e suporte para suas novas necessidades, e,

por outro lado, exige a identificação e aproveitamento de novas oportunidades que a

esta oferece.

Apresenta-se a seguir algumas das principais características do novo ambiente

empresarial que são: globalização, economia digital, mercado eletrônico, integração

eletrônica, personalização em massa, estratégias de negócio, processo de compras e

negócios eletrônicos. Tais características estão diretamente relacionadas com o

____________________________________________________________________________________________________________1-Graduado em Administração pela Universidade Vale do Acaraú - UVA2-Bacharel em Administração pela Faculdade Montenegro - FAM

Comercio Eletronico, principalmente por este ser um de seus grandes facilitadores e

viabilizadores.

3.1 - Globalização

De acordo com Daniels e Daniels (1996), a globalização é mais do que fazer

negócios em determinado número de países em todo o mundo. A globalização envolve

fazer negócios em todo o mundo, de uma nova maneira, equilibrando as qualidades de

seus produtos ou serviços com as necessidades específicas das diversas bases de clientes

locais. Fazer negócios dentro desse escopo implica determinar quem são os

consumidores globais ou os clientes globais de seus produtos e serviços. Esses

consumidores globais podem ser grandes clientes com operações em muitos países, que

querem contratos globais de vendas e de prestação de serviços ou podem ser pessoas em

todo o mundo que, pelo acesso à infra-estrutura de informação global, passaram a

desejar os mesmos produtos, independentemente do local em que vivem ou estão.

3.2 - Economia Digital

Segundo argumento de Tapscott (1996), a economia para a era da inteligência

em rede é uma economia digital. Na velha economia, o fluxo de informação era físico:

dinheiro, cheques, faturas, notas de embarque, relatórios, reuniões face a face, mapas,

fotografias etc.Na nova economia, a informação, em todas suas formas, torna-se digital -

reduzida a bits armazenados em computadores e correndo na velocidade da luz, por

meio das redes. O novo mundo de possibilidades, então criado, é tão significativo como

a invenção da própria linguagem, o antigo paradigma em que todas as interações

fisicamente ocorriam.

A nova economia é conhecida como economia de conhecimento, baseada nas

aplicações do conhecimento humano a tudo que produz e como se produz. Nesta, o

valor adicionado será cada vez mais criado pelo cérebro e menos pelos músculos.

Esta economia está criando tendências conflitantes, exigindo que as

organizações repensem suas missões. Ambientes virtuais e vários outros fatores estão

pressionando a estrutura de custo de grandes empresas. O tempo para alcançar o

mercado é crítico quando os produtos têm uma vida competitiva de um ano, um mês,

uma semana, ou algumas horas, como no caso de produtos financeiros.

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A inovação, mais que o acesso a recursos ou capital, tem-se tornado crítica. Os

clientes têm mudado, criando a expectativa de que as empresas precisam prover melhor

qualidade, produtos adequados, rapidez, num preço mais baixo, com melhor serviço e

garantia de responsabilidade social.

Na economia digital, a competição não vem somente dos concorrentes, ela vem

de qualquer lugar. “Quando a informação se torna digital e em rede, as barreiras caem e

nenhum negócio está a salvo de riscos". (Albertin, 2000a)

Segundo Albertin (2000a), a nova economia pode ser diferenciada da antiga a

partir de 12 temas, apresentados a seguir, os quais possibilitam uma melhor

compreensão da transformação de negócio, que é exigida das empresas que buscam seu

sucesso.

Conhecimento.

A nova economia é uma economia de conhecimento. Apesar da Tecnologia da

informação possibilitar este tipo de economia, o conhecimento é criado por seres

humanos. Este conhecimento (contido nos produtos e nos serviços) está em

crescimento, e a informação e a tecnologia tornam-se parte dos produtos e serviços.

Na nova economia, os ativos-chave das organizações são os ativos inteligentes,

os chamados trabalhadores de conhecimento.

Digitalização.

A digitalização está baseada no conceito de que a comunicação, interna e

externa à organização, e as transações passam a ser baseadas em sistemas binários.

Obviamente, essa situação tem por base o sistema binário que os computadores utilizam

para o tratamento das informações.Por exemplo, podem-se trocar os sistemas de

telefonia analógicos, por comunicação digital, que é mais eficiente e compatível com a

forma de tratamento dos computadores digitais.

Virtualização

No Comércio Eletrônico as características físicas podem tornar-se virtuais,

alterando as formas de se fazer negócios, os tipos de organizações e os relacionamentos

possíveis. Permitindo que uma empresa deixe de ser fundamentalmente baseada em sua

forma física, para passar a ser virtual, por exemplo: as lojas tradicionais passam a ser

lojas virtuais, aonde os vendedores e clientes também são virtuais.

O Comercio Eletrônico é essencialmente virtual, uma vez que as transações e

os processos são realizados num ambiente virtual, sem nenhuma necessidade da

existência de ambiente físico correspondente.

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Molecularização

A molecularização está relacionada com a substituição das estruturas

convencionais por conjunto de entidades e indivíduos. As empresas deixam de ter sua

estrutura organizacional tradicional, hierárquica e dividida em áreas funcionais,

passando a ter suas funções realizadas por grupos de trabalhos, entidades externas ou

comunidades de profissionais, etc., que passam a ser moléculas a interagirem para o

cumprimento do objetivo organizacional.

Integração/Interconexão em Rede.

A nova economia é uma economia em rede, integrando moléculas em

conjuntos que se conectam em rede com outros para a criação de riqueza. O Comercio

Eletrônico, que é a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio num

ambiente eletrônico, evidencia o ambiente digital baseado numa Infovia que permite a

integração e a interconexão em rede de todos os componentes dos processos de negócio.

Desintermediação

Nesta Nova Economia, não haverá a eliminação total dos intermediários

(desintermediação); mas, com a possibilidade de acesso direto entre as partes envolvidas

e a facilidade de surgimento de novos intermediários, aqueles que não adicionarem

valor tendem a desaparecer rapidamente. A competência de intermediação simples,

mesmo que eletrônica, é destruída, e a competência de adicionar valor na intermediação

deve ser construída.

Convergência.

No passado alguns setores econômicos e tecnológicos atuavam de maneira

separada ou no máximo tinham alguma atuação integrada. Essa situação foi tida como

tendência em anos não muito distantes, porém agora já se configura como uma realidade

a ser considerada pelas empresas que desejam inserir-se no ambiente digital.

Os computadores, com sua redução de custo, miniaturização, etc, passaram a

ser amplamente utilizados por todos os níveis de empresas. Essa situação passou a

exigir que esse setor voltasse sua atenção para a comunicação entre esses equipamentos.

Por outro lado, o setor de comunicação, passou a ser exigido em prover

maiores e melhores meios de comunicação de uma forma geral e especificamente entre

os computadores e suas várias redes.

Com a crescente comunicação entre os computadores, ganhou mais

importância a área de conteúdo. Com isso, os setores econômicos passaram a convergir

para formar uma integração tão forte que praticamente representa um novo setor

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composto dessas três áreas, não sendo mais possível administrar essas áreas de forma

distinta e isolada.

Isto também é verificado no ambiente essencialmente tecnológico, que passou

a integrar definitivamente essas três tecnologias e suas soluções, como uma coisa só.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme abordado nesta pesquisa pode-se entender o que é comércio

eletrônico e como ele está começando a se desenvolver no país.

O clima que se vive atualmente é o da mais pura expectativa, pois ainda são

raros os casos de sucesso verídico.

O despertar do desejo das empresas de participar desse mundo virtual, mágico

e potencialmente rentável está simplesmente baseado no sucesso de outros países e

outras culturas. As mais arrojadas já estão investindo em soluções de comércio

eletrônico, visando ganhar experiência para assumirem a dianteira quando esse mercado

de fato estourar.

Por enquanto, os resultados não são muito animadores e os investimentos para

entrar e manter-se na web ainda superam os ganhos obtidos com as vendas virtuais. Mas

se de um lado não há ganhos fantásticos, de outro não há prejuízos.

No mínimo a empresa disponibiliza para seus clientes mais um canal de venda,

fica mais exposta não apenas no país, mas no mundo todo, porque a Internet não tem

fronteiras, e ainda passa uma imagem de vanguarda.

Do ponto de vista do consumidor, a explosão do Comércio Eletrônico no

Brasil está em um estágio que não depende mais de tecnologia e sim de quebra de

barreiras culturais.

No Brasil o assunto ainda é abordado muito mais pelo lado da curiosidade do

que pelo de negócios. "Os efeitos da Internet ainda são mínimos para a grande maioria

da população do país.

Embora seja correto afirmar que hoje a Rede é um veículo alcance de qualquer

empresa, seria um exagero pensar que ela é um meio democrático disponível para

todos", afirma Roberto Stelling, gerente geral para a América Latina da Open Text. Mas

é um segmento que tende a crescer significativamente nos próximos anos.

As condições geográficas do país estimulam o uso da Internet, embora as

condições sócio-econômicas ainda sejam um freio.

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Vale Lembrar que até poucos anos atrás o próprio computador era uma

realidade distante. Hoje ele já está presente na vida de praticamente todos os

profissionais das grandes metrópoles do país.

A curiosidade e as facilidades proporcionadas pelo computador estão

praticamente encurralando as pessoas. Isto, aliando a preços mais acessíveis está

induzindo a população a este caminho. Está se percorrendo a uma velocidade que

impressiona, pois hoje já se chega aproximadamente ao gigantesco número de quatro

milhões de internautas.

Se analisem as tendências que as empresas estão prevendo, brevemente o

Brasil será um dos maiores mercados de consumidores do planeta web.

REFERÊNCIAS

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privacidade. Revista de Administração de Empresas – ERA EAESP/FGV, v.38, n.2,

p.49-61, abr./jun. 1998

ALBERTIN, A. L., Comércio Eletrônico, 2ª edição, 2000a, Editora Atlas

ALBERTIN, A. L., Comércio eletrônico: benefícios e aspectos de sua aplicação, v.38,

n.1, p. 52-63, jan./mar/2000b, RAE - Revista de Administração de Empresas

DANIELS, J. L., DANIELS, N. C. Visão global: criando novos modelos para

as empresas do futuro. São Paulo : Makron Books, 1996

KOTHA, S. Mass customization: implementing the emerging paradigm for

competitive advantage. Strategic Management journal, v. 16, p. 21-24, Summer 1995

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PLASENCIA, F. H., Tudo aquilo em que deve pensar antes de colocar a sua empresa

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PORTER, M. E. The competitive advantage of nations. New York : The Free Press,

1990

RAVINDRAN, S. et al. Strategies for smart shopping in cyberspace. Journal of

Organization Computing and Electronic Commerce, v. 6, n.1, p. 33-49, 1996

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TAPSCOTT, D. The digital economy: promisse and peril in the age of

networked intelligence. New York : McGraw-Hill, 1996

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