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Um olhar crítico sobre a inclusão: relato de uma experiência proporcionada pelo PIBID Gt 17 Erzila Belém Pinheiro/ Aluna de Pedagogia 2010 e bolsista do PIBID O presente artigo tem por objetivo fazer um relato sobre as experiências vivenciadas em determinada escola do município de Abaetetuba por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), objetivando descrever especificamente a realidade da inclusão que esta sendo realizada nesta instituição de ensino, sendo que a escola onde desenvolvo minhas atividades é considerada referencia no atendimento aos alunos surdos. Aqui descreverei algumas situações observadas durante esse período que estou desenvolvendo minhas atividades como bolsista do PIBID enfatizando as principais dificuldades enfrentadas por esses alunos e pelos professores que atendem eles, além dos problemas estruturais da escola, a qualificação profissional, a aceitação e o respeito com os as diferenças dentro do espaço escolar. Tendo como ponto de partida a concepção de que o processo inclusivo não atende as reais necessidades de seus educandos que possuem limitações tanto físicas como intelectual, mesmo com todas as leis que garantem esse atendimento o sistema educacional vigente ainda deixa muito a desejar, sendo que a LDB 9394/96 garante não apenas esse atendimento como também assuntos de ordem como o explicito no capítulo V artigo 59, parágrafo IV onde diz que: “O sistema de ensino deve assegurar educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora, além de outras especificidades como atendimento currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para esse atendimento” Hoje as escolas ainda enfrentam muitas dificuldades no processo de inclusão, seja na questão estrutural ou de demanda de profissionais qualificados para trabalhar com esse publico especifico, ou seja, a questão de acessibilidade ainda é bastante precária dificultando o ingresso de alunos especiais nas escolas, também os professores não estão capacitados para trabalharem com essa clientela outro problema que também é relevante e não pode deixar de ser discutido é a discriminação sofrida por esses alunos dentro do espaço escolar, por possuírem algum tipo de limitação muitos não respeitam

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Um olhar crítico sobre a inclusão: relato de uma

experiência proporcionada pelo PIBID

Gt 17

Erzila Belém Pinheiro/ Aluna de Pedagogia 2010 e bolsista do PIBID

O presente artigo tem por objetivo fazer um relato sobre as experiências

vivenciadas em determinada escola do município de Abaetetuba por meio do Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), objetivando descrever

especificamente a realidade da inclusão que esta sendo realizada nesta instituição de

ensino, sendo que a escola onde desenvolvo minhas atividades é considerada referencia

no atendimento aos alunos surdos.

Aqui descreverei algumas situações observadas durante esse período que estou

desenvolvendo minhas atividades como bolsista do PIBID enfatizando as principais

dificuldades enfrentadas por esses alunos e pelos professores que atendem eles, além

dos problemas estruturais da escola, a qualificação profissional, a aceitação e o respeito

com os as diferenças dentro do espaço escolar. Tendo como ponto de partida a

concepção de que o processo inclusivo não atende as reais necessidades de seus

educandos que possuem limitações tanto físicas como intelectual, mesmo com todas as

leis que garantem esse atendimento o sistema educacional vigente ainda deixa muito a

desejar, sendo que a LDB 9394/96 garante não apenas esse atendimento como também

assuntos de ordem como o explicito no capítulo V artigo 59, parágrafo IV onde diz que:

“O sistema de ensino deve assegurar educação especial para otrabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade,inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidadede inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com osórgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam umahabilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora,além de outras especificidades como atendimento currículos, métodos,técnicas, recursos educativos e organização específica para esseatendimento”

Hoje as escolas ainda enfrentam muitas dificuldades no processo de inclusão,

seja na questão estrutural ou de demanda de profissionais qualificados para trabalhar

com esse publico especifico, ou seja, a questão de acessibilidade ainda é bastante

precária dificultando o ingresso de alunos especiais nas escolas, também os professores

não estão capacitados para trabalharem com essa clientela outro problema que também é

relevante e não pode deixar de ser discutido é a discriminação sofrida por esses alunos

dentro do espaço escolar, por possuírem algum tipo de limitação muitos não respeitam

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as diferenças, se achando melhores que os demais acabam agindo de forma

preconceituosa.

A escola pesquisada x as leis que norteiam a educação especial.

As questões inclusivas não são apenas de caráter educacional, mas também

social, pois o portador de necessidades tem o direito de ir e vir ao teatro, cinema, praça,

igreja, clube, associações, campo de futebol e etc., em outras palavras exercer sua

cidadania e liberdade assim como qualquer individuo, o fato de possuir ou não alguma

limitação não da a ninguém o direito de diferenciar, taxar ou impor limites a ninguém.

Mesmo sendo uma questão social, no entanto a escola é quem carrega a maior

responsabilidade em trabalhar essas questões, visto que esta tem como objetivo educar.

E nesses casos precisa não apenas educar os alunos que precisam de um atendimento

especial, mas também educar os demais alunos e a sociedade em geral sobe as

diferenças existentes, as quais é nosso dever aceitar.

É nesta que deve se iniciar a criação dos laços de irão nortear a vida das pessoas

que possui determinada perda, sendo que a escola é a responsável em criar qualquer

vinculo destes com os demais, deve trabalhar para que este não se sinta excluído do

convívio social e com os ditos normais deve trabalhar a questão da fraternidade,

reconhecimento e aceitação das diferenças e etc.

E para alcançar tais objetivos as escolas possuem vários auxílios que lhes são

garantidos em lei como, por exemplo, o decreto 7611/11 criado em 2011 pelo governo

federal conhecido como AEE (Atendimento Educacional Especializado), que especifica

o atendimento contra turno e um ambiente adequado físico e profissionalmente a

necessidade que cada alunos possui. Um ambiente onde a singularidade de cada

indivíduo é respeitada.

No entanto o que se pode perceber atualmente é que ainda não se chegou a um

avanço que se possa considerar significativo em relação a esse atendimento, existe ainda

um longo caminho a ser trilhado que já vem sendo desde há muitos anos atrás, hoje já se

alcançaram alguns objetivos após muitos anos de lutas, pois a discussão sobre inclusão

no Brasil teve suas raízes em dois grandes eventos educacionais que discutiam o

fracasso escolar.

O primeiro foi a Conferência Mundial de Educação para Todos, ocorreu na

Jomtien /Tailândia em 1990, onde discutiu- se a necessidade do desenvolvimento de

uma política educacional de qualidade, que possibilitasse o atendimento efetivo a um

maior número de crianças na escola, além do destaque a importância de serviços que

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atendesse aos alunos, tanto os ditos “normais”, quanto os portadores de necessidades

educacionais especiais.

O segundo evento foi a Conferência de Salamarca, em 1994,na Espanha. Nesse

evento discutiu- se de forma mais sistemática o conceito de escola inclusiva. Nesta

ocasião estabeleceu- se a Declaração de Salamarca, onde qualquer aluno que

apresentasse dificuldades em sua escolarização seria considerado portador de

necessidades educativas especiais, cabendo a escola adequar- se a especificidade de

cada aluno. Sedo que este conceito não pode ser considerado atualmente, pois existe

inúmeros fatores que podem levar o aluno a possuir um fracasso escolar, como por

exemplo, a desestrutura familiar, alimentação, vícios e etc., logo taxá-los como

portadores de necessidades educativas especiais é uma comparação um tanto que

inadequada a qual só pode ser afirmada por meio de laudo médico.

Mas infelizmente mesmo após tantos anos e muitos debates a respeito do

referido assunto quase nada mudou, hoje os alunos é que estão tendo que adequasse a

realidade da escola, ou seja, nada de fato foi feito para se possibilitar a inclusão. Maior

diferença que esta visível e é algo bastante significativo, é o atendimento contra turno,

pois nesse momento o aluno tem um profissional qualificado e que esta ali a sua

disposição.

Outro problema que pude observar em contato com a referida escola é o

preconceito com os alunos D. A (Deficientes Auditivos) em especifico visto que o

presente trabalho enfatiza essa limitação, na maioria das vezes esses alunos são

xingados, apelidados e até mesmo violentados dentro do espaço escolar pelos alunos

ditos “normais”, há esse preconceito por estes se considerarem superiores aos demais.

Existe também o descaso por parte de alguns profissionais, que não possuem

conhecimento da língua de sinais, por ser um assunto que me interessa bastante essa

experiência vivenciada por intermédio do PIBID instigou a aprofundar meus

conhecimentos a respeito da inclusão o que não pretendo extinguir aqui nesse artigo e

sim aprofundar em muitos outros trabalhos, com base no exposto pude constatar que em

relação ao preconceito não é uma realidade deste século, como afirma Rimaldi (1997)

que durante muito tempo, e mesmo em nossos dias, a deficiência auditiva tem sido

confundida com a deficiência mental e até mesmo com possessões demoníacas, e seus

portadores eram chamados vulgarmente de “doidinhos”, mudos ou surdos-mudos.

Sendo que esse tratamento ainda é muito presente em nosso meio, é o que pude

presenciar na escola em questão.

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E na condição de futuros educadores é inadmissível nos portar- mos passivos

diante de tais situações, onde a lei estipula normas que se aplicadas como manda a

legislação em outras palavras ao “pé da letra” a educação seria o paraíso em todos os

aspectos e não esse caos que presenciamos na maioria das nossas escolas, o que

acontece na realidade é bem diferente e indignante do que a lei estabelece, não apenas

na educação especial, mas em todas as áreas/graus/modalidades da educação.

No caso da educação especial o que vem acontecendo é o que Skliar (1998) trata

como inclusão excludente, ou seja, uma forma onde grupos de surdos são considerados

pertencedores dentro de um sistema plural, democrático, porém dentro da escola é

praticada a exclusão. Não se trabalha uma forma de conscientizar a sociedade e nem se

procura novas metodologias pra fazer com que de fato esses alunos aprendam e o mais

importante se sinta parte integrante da comunidade escola e até mesmo da sociedade.

Souza e Góes (1999) afirmam que o processo de inclusão do aluno surdo vem

sendo acompanhado por professores e profissionais que desconhecem a língua de sinais

e as condições bilíngues do surdo. Dessa forma tais empecilhos dificultam o processo

de inclusão, tendo em vista que a escola deve adequar- se ao aluno e não o oposto, a

singularidade do aluno deve ser respeitada.

A inclusão dos surdos assim como de outros alunos que possuem dificuldade no

ensino regular significa mais do que apenas criar vagas e proporcionar recursos

materiais, requer uma escola e uma sociedade inclusivas, que assegurem igualdade de

oportunidades a todos os alunos, contando com profissionais qualificados e

compromissados com a educação de todos. Profissionais que desempenhem seu

trabalho não apenas como uma obrigação e sim com amor, que não vejam os alunos

com indiferença, como incapazes e sim profissionais que tenham em vista que a

mudança é possível e que todos possuem capacidades de ampliar seus horizontes, pois

possuir uma limitação/perda não é sinônimo de inutilidade.

Um pouco mais sobre a escola descrita

Na escola em foco pude constatar que esta possui estrutura um tanto que

adequada para atender os alunos surdos, no entanto ainda existe muito a ser feito. Pois a

estrutura adequada resume-se apenas a sala de recursos onde os alunos têm o auxílio de

profissionais qualificados conforme sua necessidade sendo que este atendimento em um

horário específico e quando este mesmo aluno adentra a sala de aula ele acaba sendo

excluído, pois a maioria dos professores e alunos não conhece a Língua de Sinais e ao

chegarem a sala de aula vão desenvolvendo seu trabalho como se aquela pessoa surda

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não estivesse presente, existem alguns alunos surdos que muitas vezes conseguem fazer

a leitura labial mais geralmente os professores ao explicarem o assunto se posicionam

de costa para a turma dificultando assim ainda mais a situação dos surdos que estão que

estão no ambiente.

Por sua vez diante dessas situações esses alunos se sentem excluídos e

desmotivados, pois não entendendo o assunto conseguintemente tiram notas baixas e

sentem-se como fracassados, chegando muitas vezes até a abandonar a escola, pois

acham que não possuem capacidades para irem além, a dificuldade é tanta que em eles

relatam que gostariam que os professores se interessassem em estudar a língua de sinais,

que isso facilitaria bastante o entendimento dos assuntos.

Outro problema bastante relevante e que desestimula os alunos que possuem

algum tipo de limitação, são as praticas preconceituosas que esses alunos enfrentam

diariamente, praticas que partem dos demais alunos considerados “normais”, que ficam

zombando, apelidando-os de mudinhos, doidos, muitas vezes chegam até mesmo a

agredi-los, sendo que os alunos “normais” justificam tais atitudes por meio de

exclamações como: - Eles vivem nos batendo na sala de aula e toda vez vai alguém e

diz que isso é carinho! Sendo que nesses casos devem ser analisados os dois

posicionamentos, pois os alunos surdos alegam que são discriminados no ambiente

escolar.

De qualquer forma, seja qual for à verdade vale ressaltar que é dever da escola

também educar a comunidade em geral a respeito das diferenças, tornar todos mais

fraternos e menos preconceituosos.

O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência)

Em virtude do já exposto que foi vivenciado até o exato momento no ambiente

escolar, o que nos seria quase que impossível se não participássemos do programa, com

isto podemos dizer que o PIBID é uma segunda graduação que infelizmente abrange

apenas uma pequena parcela dos acadêmicos. É de suma importância, pois ao

adentrarmos a escola temos a oportunidade de estarmos introduzindo naquele local as

teorias que trazemos conosco, que não são poucas, pois a academia nos proporciona

bastante teoria sendo que muitas vezes acaba fazendo com que aquele profissional que

se forma sem ter noção do que realmente seja o ambiente escolar acabe tendo um

grande choque ao se deparar com a realidade do sistema educacional, teoricamente tudo

é lindo, mas na realidade nos deparamos com o fracasso diante de algumas situações. E

o PIBID tem nos proporcionado vivenciar essa realidade, por meio do programa temos

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um espaço onde realizamos atividades de intervenção na escola, no meu caso por ser

graduanda em Pedagogia acompanho e auxilio em atividades da coordenação

pedagógica, na sala de atendimento aos alunos especiais, palestras, oficinas, encontros e

etc. É a oportunidade que possuo de inovar minhas praticas conforme o ambiente tempo

e público atendido, inovando não apenas minhas metodologias no exercício da

docência, mas de modo geral minha formação e perspectivas.

O PIBID é a oportunidade que poucos graduandos possuem de conhecer o seu

local de trabalho, fazer um prévio contato, para quando chegar à hora de assumir de fato

não venha a fraquejar diante das circunstancias. E tem sido enriquecedor, pois além das

experiências nas escolas nos instiga também a produzir academicamente focando em

perspectivas futuras que nos é proporcionado pelas oportunidades de estarmos

socializando nossas vivencias o ambiente escolar em conferencias, seminários.

Em outras palavras o programa nos proporciona completar o tripé da graduação

que é ensino, pesquisa e extensão, que conforme o já exposto poucos possuem essa

oportunidade.

Cronograma das atividades desenvolvidas no PIBID

ATIVIDADES MESES1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Encontro de formação docente dos bolsistas x x x x x x x x x x x x

Reuniões com professores, supervisores ecoordenadores do projeto.

x x x x x x x x x x x

Atuação e acompanhamento das atividadespedagógicas na escola.

x x x x x x x x x x x

Estágio docente permanente na escola. x x x x x x x x x x

Avaliação contínua das ações desenvolvidasna escola.

x x x x x X x x x x x

Realização de oficinas pedagógicas na escola. x x x x x x

Produção de artigos e relatos de experiências. x x x x

Elaboração de relatórios iniciais,intermediários finais a cerca da experiência deiniciação a docência envolvendo licenciados,professores, supervisores e coordenadores.

x x

Produção de relatórios sobre as atividadesdesenvolvidas.

x x x x

Participação em eventos nacionais e locais. x

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Conclusão

Portanto, com base nos autores e nas literaturas sobre as legislações que tratam

sobe os direitos que devem nortear a vida dos deficientes e fazendo um paralelo com a

realidade da escola observada chegamos ao denominador que de fato não existe a tão

sonhada inclusão, que ela está presente apenas nas leis onde por sinal é maravilhosa,

mas na realidade se mostra bem diferente.

E tomando o significado de inclusão como um objeto social, cabe a nos como

educadores pesquisar e praticar alternativas que venham a melhorar e situação que se

encontram nossas escolas, já que as leis implementadas não estão surtindo os efeitos

esperados, devemos ter consciência que dentro de nossa sala de aula temos autonomia

para desenvolver nossos trabalhos e buscar qualificação e metodologias para

transformar a nossa realidade é possível sim basta termos força de vontade e

acreditarmos na mudança.

O professor que busca qualificação mostra que gosta do seu trabalho e quer

desenvolve-lo cada dia melhor e mostra também o seu respeito pelos educandos, que

estão ali em busca do novo. Se tornar um profissional sedentário (que considera a

graduação como o ápice do conhecimento) só ira atrair esquecimento, e como

educadores nossa meta deve ser a de marcar a nossa passagem na vida dos educando,

não como aquele que nada fez e sim como aquele que fez a diferença. Que esse seja o

objetivo principal em nossa carreira profissional.

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