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UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ADMINISTRATIVO EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS RENNATA GUARINO BASTOS DE SOUZA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE - UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ NOVEMBRO-2008

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UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ADMINISTRATIVO EM UNIVERSIDADES

PÚBLICAS

RENNATA GUARINO BASTOS DE SOUZA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE - UENF

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ NOVEMBRO-2008

UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ADMINISTRATIVO EM UNIVERSIDADES

PÚBLICAS

RENNATA GUARINO BASTOS DE SOUZA

"Dissertação apresentada ao Centro de Ciência e Tecnologia, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção de titulo de Mestre em Engenharia de Produção".

Orientador: Prof. André Luís Policani Freitas, D.Sc

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ NOVEMBRO-2008

ii

FICHA CATALOGRÁFICA Preparada pela Biblioteca do CCT / UENF 03/2009

Souza, Rennata Guarino Bastos de Um modelo para avaliação da percepção da qualidade de vida no trabalho administrativo em universidades públicas / Rennata Guarino Bastos de Souza. – Campos dos Goytacazes, 2008.

xii, 106f. : il. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) --Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Centro de Ciência e Tecnologia. Laboratório de Engenharia de Produção. Campos dos Goytacazes, 2008.

Orientador: André Luís Policani Freitas. Área de concentração: Gerência de produção. Bibliografia: f. 79-81. 1. Qualidade de vida no trabalho 2. Instituições de ensino superior l. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Centro de Ciência e Tecnologia. Laboratório de Engenharia de Produção II. Título

CDD 658.314

iii

UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ADMINISTRATIVO EM UNIVERSIDADES

PÚBLICAS

RENNATA GUARINO BASTOS DE SOUZA

"Dissertação apresentada ao Centro de Ciência e Tecnologia, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção de título de Mestre em Engenharia de Produção".

Aprovada em _____ de _________________ de 2008

Comissão Examinadora:

__________________________________________ Prof. Alcimar das Chagas Ribeiro D.Sc - UENF

___________________________________________ Prof. Heitor Luiz Murat de Meirelles Quintella D.Sc - UFF

___________________________________________ Prof. Manuel Antônio Molina Palma D.Sc - UENF

___________________________________________ Prof. André Luís Policani Freitas D.Sc – UENF

Orientador

iv

Agradecimentos

A Deus, pela minha vida, pelo Seu amor e por ter me dado todas as

condições para que eu chegasse até aqui. Se alcanço esta vitória é para honra e

glória Daquele que me criou e escreveu todos os meus dias quando nenhum deles

havia ainda.

Aos meus pais Augusto e Nilcéa e ao meu irmão Guttierre e cunhada Lílian

por nunca medirem carinho e esforços e por terem sonhado junto comigo. Por

entenderem minha ausência, mesmo estando ao lado. Por toda orientação e apoio

que me deram. Amo vocês!

Aos meus avós, Boanerges e Lourdes, pelo apoio, orações e todo carinho

também. Sei que meus dias são sustentados por vossas orações ao nosso Deus.

Aos meus tios que sempre me incentivaram nesta caminhada e torceram por

mim.

Aos meus amigos Élida, Marília e Rafael, que fizeram parte desta importante

etapa da minha vida, pelo companheirismo, carinho e cuidado para comigo. A vida

de cada um de vocês é um presente de Deus. Sei que Ele traçou nossas vidas e

colocou-os em meu caminho para me abençoar e ajudar a vencer em momentos tão

difíceis. Vocês foram minha família enquanto longe de casa. E sei que continuarão

sendo como irmãos.

Ao Professor Doutor André Luis Policani Freitas, pela orientação, amizade,

paciência, atenção e confiança ao longo do desenvolvimento deste trabalho;

A todos os professores, funcionários e colegas do LEPROD pela amizade e

apoio dado;

A todos aqueles que, de forma direta ou indireta, colaboraram para

concretização deste trabalho. Sem apoio e colaboração de todas as pessoas, nada

haveria de ser efetivado.

v

SUMÁRIO

Lista de Tabelas viiiLista de Gráficos ix Resumo x Abstract xi CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 1 1.1 Objetivos 2 1.1.1 Objetivo Geral 2 1.1.2 Objetivo Específico 2 1.2 Estruturação do Trabalho 2 CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

4

2.1 Introdução 4 2.2 Qualidade de Vida no Trabalho 6 2.3 Modelos para avaliação da QVT 8 2.3.1 Modelo de Walton 8 2.3.2 Modelo de Westley 112.3.3 O Modelo de Davis & Werther 122.3.4 O Modelo de Hackman & Oldham 132.4 O Relacionamento da QVT e outras áreas 142.4.1 QVT e Ergonomia 152.4.2 QVT e Legislação 182.4.2.1 NR7 – Programa de Controle de Saúde Ocupacional 182.4.2.2 NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 192.4.2.3 NR 17 – Ergonomia 202.4.3 QVT e Produtividade 212.4.4 QVT no Brasil 22CAPÍTULO III – MODELO PARA AVALIAÇÃO DA QVT EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

24

3.1 Introdução 243.2 Descrição do Modelo Proposto 253.2.1 O Modelo Proposto 253.2.1.1 Definição do Objetivo 253.2.1.2 Definição das dimensões a serem avaliadas 253.2.1.3 Construção do Instrumento de Pesquisa 313.2.1.4 Procedimento para Coleta de Dados 333.2.1.5 Dimensionamento da Amostra 333.2.1.6 Coleta de Dados 343.2.1.7 Tratamento de Dados 343.2.1.8 Procedimento de Agregação e Classificação 353.2.1.9 Análise de Dados 36

vi

3.2.1.10 Sugestão de ações corretivas 36CAPÍTULO IV – ESTUDO DE CASO: UMA AVALIAÇÃO DE QVT EM UMA IES PÚBLICA

37

4.1 Definição do Objetivo do Estudo 374.2 Informações sobre o Objeto de Estudo 374.3 Procedimentos de Coleta de Dados 384.3.1 Dimensionamento da Amostra 384.3.2 Coleta de Dados 394.3.3 Tratamento de Dados 404.4 Procedimentos de Agregação e Classificação 404.5 Análise e Interpretação dos Resultados da Pesquisa 404.5.1 Dados de Identificação 404.5.2 Análise de QVT segundo o desempenho das Unidades Administrativas 484.5.3 Análise da QVT das Unidades Administrativas à luz dos itens de freqüência

60

4.5.4 Análise dos Quartis 70CAPÍTULO V – CONCLUSÃO 76REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 79ANEXO A – INSTRUMENTO DE PESQUISA 82ANEXO B – DADOS COLETADOS E TABULADOS 85ANEXO C – RESULTADO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E DO PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO

96

vii

LISTA DE TABELAS Tabela 2.1: Fatores que influenciam a Qualidade de Vida no trabalho 11 Tabela 2.2: Trabalhos recentes em QVT 23 Tabela 3.1: Dimensões e subdimensões do modelo proposto e a relação com os outros modelos 27 Tabela 3.2: Distribuição das questões segundo as Dimensões (em cada bloco de questões) 33 Tabela 3.3: Categorias e Limites 36 Tabela 4.1: Amostra Piloto 39 Tabela 4.2: Setores e Departamentos alcançados pela pesquisa 41 Tabela 4.3: Escala de Avaliação de Desempenho 49 Tabela 4.4: Escala de Avaliação de Freqüência 60 Tabela 4.5: Resultado da análise dos Quartis da Avaliação de Desempenho por Unidade Administrativa 71 Tabela 4.6: Resultado da análise dos Quartis da Avaliação de Freqüência por Unidade Administrativa 73 Tabela 4.7: Itens de Prioridade Crítica 75 Tabela B.1: QVT (Desempenho - Nível Elementar) 86 Tabela B.2: QVT (Desempenho - Nível Fundamental) 87 Tabela B.3: QVT (Desempenho - Nível Médio) 88 Tabela B.4: QVT (Desempenho - Nível Superior) 89 Tabela B.5: QVT (Desempenho - Geral) 90 Tabela B.6: QVT (Freqüência - Nível Elementar) 91 Tabela B.7: QVT (Freqüência - Nível Fundamental) 92 Tabela B.8: QVT (Freqüência - Nível Médio) 93 Tabela B.9: QVT (Freqüência - Nível Superior) 94 Tabela B.10: QVT (Freqüência - Geral) 95 Tabela C.1: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Desempenho – Nível Elementar) 97 Tabela C.2: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Desempenho – Nível Fundamental) 98 Tabela C.3: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Desempenho – Nível Médio) 99 Tabela C.4: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Desempenho – Nível Superior) 100 Tabela C.5: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Desempenho – Geral) 101 Tabela C.6: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Freqüência – Nível Elementar) 102 Tabela C.7: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Freqüência – Nível Fundamental) 103 Tabela C.8: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Freqüência – Nível Médio) 104 Tabela C.9: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Freqüência – Nível Superior) 105 Tabela C.10: Resultado QVT e Procedimento de Classificação (Freqüência – Geral) 106

viii

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 4.1: Caracterização dos respondentes com relação a cargo inicial e cargo atual 42 Gráfico 4.2: Caracterização dos respondentes com relação ao tempo de trabalho na IES 43 Gráfico 4.3: Caracterização dos respondentes com relação ao tempo no cargo 43 Gráfico 4.4: Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o nível do cargo ocupado (Elementar) 44 Gráfico 4.5: Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o nível do cargo ocupado (Fundamental) 45 Gráfico 4.6: Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o nível do cargo ocupado (Médio) 46 Gráfico 4.7: Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o nível do cargo ocupado (Superior) 46 Gráfico 4.8: Caracterização dos respondentes com relação a carga horária de trabalho 47 Gráfico 4.9: Caracterização dos respondentes com relação a faixa etária 48 Gráfico 4.10: Caracterização dos respondentes com relação ao sexo 48 Gráfico 4.11: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz de cada item de desempenho 49 Gráfico 4.12: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 1 – Integração Social 50 Gráfico 4.13: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 2 – Utilização da Capacidade Humana 52 Gráfico 4.14: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 3 – Segurança e Saúde 54 Gráfico 4.15: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 4 – Constitucionalismo 55 Gráfico 4.16: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 5 – Trabalho e Espaço de Vida 57 Gráfico 4.17: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 6 – Compensação Justa e Adequada 58 Gráfico 4.18: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 8 – Relevância Social 59 Gráfico 4.19: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz de cada item de freqüência 61 Gráfico 4.20: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 3 – Segurança e Saúde 62 Gráfico 4.21: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 5 – Trabalho e Espaço de Vida 64 Gráfico 4.22: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 4 – Constitucionalismo 65 Gráfico 4.23: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 6 – Compensação Justa e Adequada 66 Gráfico 4.24: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 7 – Oportunidade de Carreira 67 Gráfico 4.25: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 2 – Utilização da Capacidade Humana 68 Gráfico 4.26: Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz da Dimensão 8 – Relevância Social 69

ix

Resumo da Dissertação de Mestrado Apresentada ao CCT/UENF como parte das exigências para obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Produção (M.Sc.)

UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ADMINISTRATIVO EM UNIVERSIDADES

PÚBLICAS

Rennata Guarino Bastos de Souza

Novembro/2008

Orientador: Prof. André Luis Policani Freitas, D.Sc.

Ao longo dos anos, vários pesquisadores têm se dedicado à elaboração de modelos que buscam avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho sob diversos aspectos. Com o intuito de contribuir para o tratamento desta questão, este trabalho apresenta um modelo inédito para avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho Administrativo em Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, segundo a percepção dos funcionários técnico-administrativos. Em especial, este modelo deve ser capaz de incorporar as principais 'Dimensões' e 'Indicadores' da Qualidade de Vida no Trabalho Administrativo nestas organizações, com o objetivo de determinar: (i) a Qualidade de Vida no Trabalho em uma IES segundo os funcionários dos vários níveis (do nível elementar ao nível superior), atuantes nas diversas Unidades Administrativas; (ii) quais são as fraquezas/potencialidades em termos de QVT; e, (iii) quais são os pontos críticos e que devem ser priorizados em prol da melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho em IES públicas. Com intuito de validar o instrumento de pesquisa realizou-se um estudo de caso com os técnicos administrativos da Universidade Estadual do Norte Fluminense, avaliando a Qualidade de Vida no Trabalho na IES. Com intuito de investigar o emprego do modelo proposto, um estudo de caso foi realizado para avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho Administrativo dos funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Para análise dos dados, procedimentos de agregação e classificação foram utilizados. Finalmente, utilizou-se a Análise dos Quartis para identificar os itens considerados mais criticos, segundo a percepção dos funcionários tecnico-administrativos.

Palavras-chave: Qualidade de Vida no Trabalho. Instituições de Ensino Superior.

x

xi

Abstract of the Thesis presented to the CCT/UENF as part of the requirements for attainment of the degree of Master in Engineering of Production (M.Sc.)

A MODEL FOR EVALUATION THE PERCEPTION OF THE QUALITY OF ADMINISTRATIVE WORKING LIFE IN PUBLIC UNIVERSITIES

Rennata Guarino Bastos de Souza

November/2008

Advisor: Prof. André Luis Policani Freitas, D.Sc.

During the years, several researchers have been making efforts to elaborate models which intend to evaluate the Quality of Working Life on multiple aspects. In order to contribute to the development of that question, this article presents aan original model for evaluation of the Quality of Working Life at public Universities, according to the perception of the technical administrative employees. As a special point, this model should be able to incorporate the main Dimensions and Indicators for the Quality of Administrative Working Life at those organizations, which aims to define: (i) the Quality of Administrative Working Life at a public University, according to the employees of various levels (from elemental level to superior level), working at different administrative units; (ii) which are the weaknesses/potentialities on Quality of Administrative Working Life; and, (iii) the critical points which must be priority in order to improve the Quality of Working Life at public Universities. In order to investigate the application of the proposed model, a case study was conducted to evaluate the Quality of Administrative Working Life at the North Fluminense State University. For data analysis, aggregation and classification procedures were used. Finally, the Analysis of Quartiles was conducted in order to identify the more critical items, according to the perception of the technical administrative employees.

Key-words: Quality of Working Life. Universities.

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

A gestão da Qualidade é um fator primordial para o sucesso da gestão de

uma organização. O fator motivador da existência de uma organização, seja de

produtos ou serviços, é satisfazer as necessidades e expectativas do cliente. As

mudanças nestas necessidades e expectativas, as pressões competitivas e do

surgimento de novas tecnologias encaminham as organizações à melhoria contínua

de produtos ou serviços e de processos.

Considerando a importância da Gestão da Qualidade, pode-se analisar que

dois de seus princípios estão relacionados às pessoas da organização. (Comitê

Brasileiro de Qualidade – NBR ISO 9000):

a) Liderança: determina aos líderes a criação e manutenção de um

ambiente interno propício ao envolvimento total das pessoas no

propósito de atingir os objetivos da organização.

b) Envolvimento das pessoas: destaca que o total envolvimento de todas

as pessoas da organização é a sua essência. Este envolvimento

possibilita o uso das habilidades das pessoas em benefício da

organização.

Um ambiente propício é formado pela segurança e saúde nas condições de

trabalho, oportunidade de carreira, uso das habilidades, garantia profissional,

integração social na organização, equilíbrio entre as atividades dentro e fora da

organização, grau de impacto do trabalho na vida dos envolvidos e da sociedade,

privacidade, igualdade de tratamento, entre outros.

Estes fatores são importantes na avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT).

A avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho tem por objetivo auxiliar aos

gerentes a detectar quais fatores dentro da empresa são críticos e precisam ser

mudados ou melhorados para atender aos padrões mínimos de organização do

trabalho, às condições ambientais de trabalho e aos fatores psicossociais que

possam influenciar na produtividade do funcionário e na qualidade dos serviços

oferecidos.

A QVT, portanto, pode ser considerada como um diferencial para se atingir a

qualidade total.

2

Os estudos de que se teve conhecimento, realizados em Instituições de

Ensino Superior (IES) públicas e privadas sobre QVT, enfocaram a situação de

trabalho de professores e bibliotecários.

Neste trabalho pretende-se realizar um estudo de caso tendo como universo

os técnico-administrativos da IES.

Este estudo visa conhecer os critérios de QVT que podem ser melhorados

para que se tenha um ambiente favorável ao envolvimento total dos trabalhadores

com a busca pela Qualidade Total (QT) nos serviços oferecidos pela IES aos seus

clientes externos: alunos de graduação e pós-graduação.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo propor um modelo de avaliação da Qualidade

de Vida no Trabalho em unidades administrativas, considerando aspectos

multidimensionais e subjetivos relevantes na mensuração. Este modelo visa

identificar os fatores mais críticos no ambiente de trabalho que influenciam na

Qualidade de Vida no Trabalho.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Como objetivos específicos podem ser citados:

• Determinar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos funcionários atuantes

nas diversas Unidades Administrativas de uma IES;

• Identificar os pontos mais críticos e que devem ser priorizados em busca da

melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho da IES.

1.2 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO

Nesse capítulo é enfatizado o objetivo da dissertação em questão e a

importância da Qualidade de Vida no Trabalho, como diferencial na Qualidade Total.

O Capítulo 2 apresenta um levantamento teórico sobre a Qualidade de Vida

no Trabalho (QVT), objetivando o conhecimento do que se trata o tema, seu

3

conceito, modelos existentes, sua relação com outros temas e também um

apanhado dos trabalhos que estão sendo realizados no Brasil.

O Capítulo 3 apresenta a proposta deste trabalho, um modelo para avaliação

da Qualidade de Vida no Trabalho em Instituições de Ensino Superior (IES),

segundo a percepção dos funcionários técnico-administrativos.

O Capítulo 4 apresenta um estudo de caso com o objetivo de investigar a

aplicação do modelo de avaliação da QVT proposto por esta dissertação.

O Capítulo 5 apresenta as conclusões, considerações a respeito da avaliação

de QVT e sugestões para trabalhos futuros.

Finalmente, esta dissertação apresenta alguns anexos, assim discriminados:

Anexo A: modelo de questionário que foi aplicado junto aos técnico-

administrativos da IES, para a obtenção de dados, essenciais na efetivação desta

pesquisa.

Anexo B: dados coletados e tabulados na avaliação realizada sob a

percepção dos técnico-administrativos dos vários níveis (nível elementar ao nível

superior).

Anexo C: apresenta o resultado da Qualidade de Vida no Trabalho e do

procedimento de classificação.

CAPITULO II

FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Este capítulo trata de um levantamento teórico sobre a Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT), objetivando o conhecimento do que se trata o tema, seu conceito,

modelos de dimensões existentes, sua relação com outros temas como legislação,

ergonomia, produtividade e também um apanhado dos trabalhos que estão sendo

realizados no Brasil.

2.1 INTRODUÇÃO

Constantes mudanças são marcas da evolução social, tecnológica e mental,

que vem ocorrendo com a humanidade, ameaçando a sobrevivência das empresas.

O grande objetivo das organizações humanas deve ser de atender às necessidades

do ser humano, oferecendo produtos ou serviços de qualidade.

A razão de ser da organização de forma geral é o cliente. Segundo a norma

NBR ISO 9000 (2000, p.9), cliente é “organização ou pessoa que recebe um

produto”. Entretanto, é usual categorizar os clientes em clientes internos e clientes

externos. Os clientes internos são os próprios recursos humanos (funcionários) da

organização, que consomem produtos e serviços ainda em processamento. Por

outro lado, os clientes externos são aqueles que consomem seus produtos e

serviços já concluídos (consumidores).

Sendo a satisfação do cliente externo o maior objetivo da empresa e,

assumindo o enfoque da influência da satisfação do cliente interno nesta questão,

precisa-se buscar os fatores intervenientes na Qualidade de Vida no Trabalho que

refletem em produtividade.

Segundo Campos (1992, p.5), as organizações humanas são constituídas de

três elementos básicos:

(i) Equipamentos e materiais (hardware)

(ii) Procedimentos (software), métodos

(iii) Ser humano (humanware)

Para melhorar a produtividade, portanto, deve-se investir em equipamentos e

materiais, em procedimentos e no cliente interno.

5

Para melhorias em equipamentos e materiais o investimento realizado é

denominado por Campos (1992) de Aporte de Capital, ou seja, investimento

financeiro na compra de equipamentos e materiais.

Para Campos (1992) ainda, a melhoria dos procedimentos ou métodos em

uma organização é adquirida por meio das pessoas, pois o ser humano pode

desenvolver ou absorver métodos ou procedimentos.

Analogamente, a organização necessita de receber investimento em

conhecimento para obter a melhoria do ser humano. Este conhecimento pode ser

resultante do aprendizado por meio de treinamento no trabalho ou por cursos

formais. É um fator sujeito a voluntariedade dos clientes internos (funcionários) da

organização.

Analisando que o investimento em capital e em conhecimento são fatores

essenciais para que haja um melhoramento em equipamentos/máquinas,

processos/softwares e cliente interno (funcionário), observaram-se características

distintas entre eles:

• O investimento de capital depende somente da disponibilidade financeira;

• O investimento em conhecimento depende de fatores motivacionais como

vontade e voluntariedade em aprender.

Os fatores motivacionais estão vinculados ao moral das equipes de trabalho e

a um ambiente sadio que evite a saída das pessoas da empresa. Então, uma

empresa que prioriza a satisfação de seus consumidores deve se esforçar para

respeitar seus funcionários, dando-lhes oportunidade de crescimento pessoal e

profissional.

É importante que haja um equilíbrio nos investimentos, por parte das

empresas, em tecnologia e no fator humano, pois o desempenho do cliente interno

(funcionários) fica comprometido pelos baixos níveis de satisfação, refletindo no

atendimento às exigências do cliente externo. (CAMPOS, 1992)

A relação entre os níveis de satisfação das necessidades humanas e a

produtividade vem sendo tratada por pesquisadores como Helton Mayo, Abraham

Maslow, Douglas McGregor, Frederick Herzberg, David McClelland. (FERNANDES,

1996)

Segundo Iida (2005, p. 369), dois fatores podem ser considerados como os

principais responsáveis por motivar as pessoas. Primeiro, o salário. Em segundo

6

lugar, o clima de trabalho e o reconhecimento, firmados em um relacionamento

sincero, respeitoso e de confiança entre funcionários e superiores.

2.2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT)

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) pode ser vista como “uma

abordagem sócio-técnica em relação à organização do trabalho, tendo como base a

satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele” (RODRIGUES, 1998,

p.76).

Alguns pesquisadores têm desenvolvido estudos relacionados ao bem-estar

das pessoas em situação de trabalho com base na saúde, segurança e na

satisfação dos trabalhadores, como Hackaman e Oldham, Werther e Davis (com

modelos menos abrangentes), Walton, Westley – modelo mais abrangentes, entre

outros. (FERNANDES, 1996)

Walton (1973) ressalta que o termo Qualidade de Vida tem sido usado com

freqüência para descrever determinados valores ambientais e humanísticos

negligenciados pela sociedade industrializada em favor do avanço tecnológico, da

produtividade industrial, e do crescimento econômico. Afirma também que o conceito

de Qualidade de Vida no Trabalho é mais abrangente do que os alvos de atos

legislativos que surgiram no princípio do século. Estes atos legislativos, por ele

citados, referem-se às leis que estabelecem as quarenta horas de trabalho

semanais, que protegem o trabalhador e regulamentam a segurança no trabalho.

A Qualidade de Vida no Trabalho enfoca a correlação entre a mobilização, a

participação e o comprometimento do pessoal visando a consecução das metas da

Qualidade Total. Portanto, os recursos humanos são tão essenciais quanto aos

demais recursos para organização. “Todos os empregados são agentes da

Qualidade, sem distinção de cargo ou nível hierárquico.” (FERNANDES, 1996 p.23)

Segundo Westley (1979), o termo Qualidade de Vida no Trabalho é aplicado a

uma diversidade de mudanças propostas na organização do trabalho. Westley

(1979) apresenta quatro problemas, sendo estes de natureza política, econômica,

psicológica e sociológica. Para ele, “os mais modernos esforços no sentido de

melhorar ou humanizar o trabalho estão diretamente ligados à solução de um ou

mais desses quatro problemas com os quais o trabalhador se confronta”.

(WESTLEY, 1979 p.113).

7

Para Martel e Dupuis (2006) Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) pode

significar coisas diferentes para pessoas diferentes em papéis diferentes ou à

mesma pessoa em papéis diferentes.

A QVT está inserida na nova realidade social; faz parte das mudanças que

ocorrem nas relações de trabalho na sociedade moderna, segundo Limongi-França

(2004).

Segundo Fernandes (1996), a expressão “Qualidade de Vida no Trabalho”

tem como meta principal de sua abordagem a conciliação dos interesses dos

indivíduos e das organizações, mesmo que apresentados com enfoques diferentes

em sua conceituação por diversos autores.

A QVT pode ser entendida como:

“um programa que visa facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização, tendo como idéia básica o fato de que as pessoas são mais produtivas quanto mais estiverem satisfeitas e envolvidas com o próprio trabalho.” (CONTE, 2003)

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), diretamente relacionada à satisfação

e ao bem-estar do indivíduo na execução de suas tarefas, é indispensável à

produtividade e a competitividade, sem as quais uma organização não sobrevive ao

mercado.

“Para se atingirem as metas organizacionais, é preciso difundir-se a

responsabilidade pela Qualidade, base da produtividade e da competitividade.”

(FERNANDES, 1996 p.22)

As visões e definições de QVT implicam em ética, política e expectativas

pessoais.

Pode-se considerar, portanto, a QVT como uma gestão dinâmica e

contingencial de fatores físicos, sociológicos, psicológicos e tecnológicos da

organização do próprio trabalho, que afetam a cultura e interferem no clima

organizacional refletindo na produtividade e na satisfação dos clientes internos.

(FERNANDES, 1996)

Segundo Limongi-França (2004), tem-se que as definições de QVT, na

amplitude em que vem sendo tratada, se estendem de cuidados médicos

estabelecidos pela legislação de saúde e segurança até motivação, caminhos que

levam a discussão das condições de vida e bem estar de pessoas, grupos ou

mesmo comunidades. A base da discussão sobre o conceito de QVT, portanto, está

8

em torno de escolhas de bem estar e percepção por usuários das ações de QVT nas

empresas (funcionários – clientes internos).

A denominação Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), utilizada para nomear

experiências baseadas na relação indivíduo-trabalho-organização, analisando e

reestruturando tarefas para melhoria da vida dos trabalhadores, teve sua origem nos

estudos desenvolvidos em Tavistock Institute, em 1950, por Eric Trist e seus

colaboradores. (Fernandes, 1996)

Limongi-França (2004) mostra que na maioria das empresas ocorre ações

paliativas, aleatórias ou reativas à exigências de responsabilidade civil e criminal. Os

estudos do ponto de vista de gestão de pessoas estão relacionados à redução de

fadiga física, ergonomia, moral do grupo de trabalho, modelos gerenciais (Teoria X e

Y) e de modelos sócio técnicos.

Neste contexto, observa-se que as questões relacionadas à Qualidade de

Vida no Trabalho são amplas e desafiadoras, sendo influenciadas por diversos

aspectos. Diversos modelos têm sido desenvolvidos com o intuito de identificar os

aspectos que influenciam na Qualidade de Vida no Trabalho. Alguns destes modelos

serão brevemente descritos a seguir.

2.3 MODELOS PARA AVALIAÇÃO DA QVT

Dentre os principais modelos desenvolvidos com o objetivo de identificar os

aspectos que influenciam na Qualidade de Vida no Trabalho destacam-se os

modelos propostos por: Walton (1973); Westley (1979); Davis & Werther (1983) e

Hackman & Oldham (1975).

2.3.1 O MODELO DE WALTON (1973)

Walton (1973) estabeleceu critérios para a Qualidade de Vida no Trabalho.

Estes se dividem em oito categorias conceituais, assim descritas:

• Compensação justa e adequada: Justa, se o que é pago ao empregado

é apropriado para o trabalho executado se comparado a outro trabalho.

Adequada, se a renda é suficiente quando comparada com os padrões

sociais determinados ou subjetivos do empregado. Segundo Walton

9

(1973), não há nenhum consenso em padrões objetivos ou subjetivos para

julgar a compensação adequada, afirmando serem questões parcialmente

ideológicas. A avaliação do trabalho especifica relacionamentos entre o

pagamento e os fatores tais como a responsabilidade requerida,

treinamento do trabalho e a nocividade de condições de funcionamento.

Por outro lado, a compensação justa pode estar associada à capacidade

de pagar (empresas mais lucrativas deveriam pagar mais) e também

quando mudanças nas formas de trabalhar ocasionam aumento de

produtividade (é justo que os ganhos obtidos sejam divididos com os

funcionários envolvidos).

• Segurança e saúde nas condições de trabalho: envolvem variáveis

como horas razoáveis de trabalho, pagamento de horas extras requeridas,

condições físicas do trabalho que minimizem risco de doenças

relacionadas ao trabalho e acidentes de trabalho, imposição de limite de

idade quando o trabalho é potencialmente destrutivo para o bem-estar das

pessoas abaixo ou acima de uma certa idade.

• Oportunidade Imediata para uso e desenvolvimento da capacidade humana: Cinco variáveis são necessárias para que haja este

desenvolvimento, afetando a participação, a auto-estima e mudanças no

trabalho: (a) autonomia (quando o trabalho permite a autonomia e auto-

controle das atividades); (b) habilidades múltiplas (quando o trabalho

permite o empregado usar suas habilidades); (c) informação e perspectiva (está relacionada a obtenção de informações significativas

sobre o processo total do trabalho e os resultados de sua própria ação, tal

que permita o funcionário apreciar a relevância e as conseqüências destas

ações); (d) tarefas completas: se o trabalho envolve uma tarefa completa

ou é apenas uma parte significativa desta); e, (e) planejamento: se o

trabalho envolve o planejamento e implementação do próprio trabalho.

• Oportunidade futura para crescimento e segurança continuados: Os

aspectos observados referem-se a oportunidade de carreira no emprego,

como: (a) desenvolvimento (intensidade das atividades atuais -

atribuições de trabalho e atividades educacionais); (b) aplicação futura (a

expectativa de utilizar conhecimentos avançados ou novos conhecimentos

e habilidades em futuros trabalhos); oportunidades de progresso

10

(disponibilidade de oportunidades de avançar em termos organizacionais

ou de carreira reconhecidos por pares, por membros da família, ou por

associados); e, segurança (emprego ou renda segura associada ao

trabalho).

• Integração social na organização do trabalho: Segundo Walton (1973,

p.15), “desde que o trabalho e a carreira são perseguidos tipicamente

dentro da estrutura de organizações sociais, a natureza de

relacionamentos pessoais transforma-se numa outra dimensão importante

da qualidade da vida no trabalho”. Os seguintes atributos são

considerados no ambiente de trabalho: (a) ausência de preconceitos

(aceitação do trabalhador por suas habilidades, capacidade e potencial

independente de raça, sexo, credo, nacionalidade, estilo de vida ou

aparência física); (b) igualitarismo (ausência de divisão de classes dentro

da organização em termos de status traduzido por símbolos e/ou por

estrutura hierárquica íngreme); (c) mobilidade (mobilidade ascendente

como, por exemplo, empregados com potencial que poderiam se qualificar

para níveis mais elevados); (d) grupos preliminares de apoio (grupos

caracterizados pela ajuda recíproca, sustentação sócio-emocional e

afirmação da unicidade de cada indivíduo); (e) senso comunitário

(extensão do senso comunitário além dos grupos de trabalho); e, (f)

abertura interpessoal (forma com que os membros da organização

relatam entre si suas idéias e sentimentos).

• Constitucionalismo na organização do trabalho: está relacionado aos

direitos e deveres que um membro da organização tem quando é afetado

por alguma decisão tomada em relação a seus interesses ou sobre seu

status na organização, e a maneira como ele pode se proteger. Os

seguintes aspectos são elementos chaves para fornecer qualidade de vida

no trabalho: (a) privacidade (direito de privacidade pessoal, por exemplo,

não revelando informações do comportamento do empregado fora do

trabalho ou de membros da sua família); (b) liberdade de expressão

(direito de discordar abertamente da visão de seus superiores, sem medo

de represálias); (c) eqüidade (direito a tratamento igual em todos os

aspectos, incluindo sistema de compensação, premiações e segurança no

11

emprego); e, (d) processo justo (uso da lei em caso de problemas no

emprego, privacidade, procedimentos de processos e apelações).

• O trabalho e o espaço total de vida: a experiência individual no trabalho

pode trazer efeitos positivos ou negativos na vida pessoal e nas relações

familiares. Prolongados períodos de trabalho podem causar sérios danos

na vida familiar. O trabalho encontra-se em seu papel de maneira

equilibrada quando as atividades e cursos requeridos não excedem ao

tempo de lazer e o tempo com a família.

• A relevância social do trabalho na vida: a auto-estima do trabalhador

pode ser afetada quando a organização em que trabalha não é

socialmente responsável, causando uma depreciação do próprio trabalho

ou de sua carreira.

Por este modelo, os critérios apresentados são intervenientes na qualidade de

vida no trabalho de modo geral. Sendo tais aspectos determinantes dos níveis de

satisfação experimentados pelos clientes internos, repercutindo nos níveis de

desempenho.

2.3.2 O MODELO DE WESTLEY (1979)

Segundo este modelo, os problemas vivenciados pelas pessoas no ambiente

de trabalho podem ser classificados em quatro categorias: injustiça, insegurança,

isolamento e anomia. A Tabela 2.1 sumariza os fatores que caracterizam os

problemas de Qualidade de Vida no Trabalho, apresentando os sintomas,

indicadores, ações e propostas que têm como objetivo humanizar o trabalho.

Natureza do problema

Sintoma do problema

Ação para solucionar o

problema Indicadores Propostas

Fatores Econômicos

(1850) Injustiça União dos

trabalhadores

- Insatisfação - Greves e sabotagem

- Cooperação - Divisão dos lucros - Participação nas decisões

Fatores Políticos

(1850-1950) Insegurança Posições Políticas

- Insatisfação - Greves e sabotagem

- Trabalho auto-supervisionado - Conselho de trabalhadores - Participação nas decisões

Fatores Psicológicos

(1950) Isolamento Agentes de

mudança

- Sensação de isolamento - Absenteísmo e turnover

- Valorização das tarefas - auto-realização no trabalho.

Fatores Sociológicos Anomia Grupos de auto-

desenvolvimento

- Desinteresse pelo trabalho - Absenteísmo e turnover

- Métodos sócios-tecnicamente aplicados aos grupos de trabalho: valorização das relações inter-pessoais, distribuição de responsabilidade na equipe, etc).

Tabela 2.1 – Fatores que influenciam a Qualidade de Vida no Trabalho Fonte: Adaptado de Westley (1979)

12

2.3.3 O MODELO DE DAVIS & WERTHER (1983)

Segundo Rodrigues (1998), o modelo de Davis & Werther baseia-se em três

grupos de elementos:

• Elementos organizacionais: referem-se à especialização, às práticas e

ao fluxo do trabalho. Está relacionado à busca da eficiência; sendo esta

alcançada a partir da especialização na racionalização da produção. A

abordagem mecanicista, o fluxo de trabalho e as práticas de trabalho são

os métodos para análise da especialização. A abordagem mecanicista

tenta identificar cada tarefa em um cargo dispondo-as de maneira a

minimizar o tempo e o esforço dos trabalhadores. O fluxo de trabalho é

influenciado pela natureza do produto ou serviço. As práticas são as

maneiras determinadas para realização do trabalho.

• Elementos Ambientais: São as condições externas a organização, as

potencialidades (habilidades), as disponibilidades e as expectativas

sociais. O fator habilidade deve ser considerado importante para que o

cargo não seja dimensionado acima ou abaixo das aspirações

profissionais do trabalhador.

• Elementos comportamentais: São as necessidades de alto nível dos

funcionários. Estas necessidades estão relacionadas com a autonomia,

variedade de habilidades, feedback, valorização do cargo, etc. A

autonomia refere-se à responsabilidade pelo trabalho; a variedade de

habilidades refere-se ao uso das diferentes capacidades, o feedback está

relacionado às informações sobre o desempenho, e a identidade da tarefa

está relacionado a entender e executar o todo do trabalho.

Para Davis & Werther, fatores como supervisão, condições de trabalho,

pagamento, benefícios e projeto de cargo influenciam a QVT. Sendo o trabalhador

mais envolvido pela natureza do cargo. Então, o projeto de cargos por estes autores

se dividia em três níveis: Organizacional, Ambiental e Comportamental. O objetivo

destes autores era chegar a cargos produtivos e satisfatórios que trariam uma vida

no trabalho de alta qualidade (RODRIGUES, 1998).

13

2.3.4 O MODELO DE HACKMAN & OLDHAM (1975)

Este modelo propõe que resultados positivos pessoais e do trabalho (alta

motivação interna, alta satisfação no trabalho, desempenho de alta qualidade, e

baixo turnover e absenteísmo) são obtidos quando três ‘estados psicológicos

críticos’ (percepção da significância do trabalho, percepção da responsabilidade

pelos resultados e conhecimento dos reais resultados do trabalho) estão presentes

para um certo trabalhador. A figura 2.1 ilustra o modelo.

Dimensões básicas do trabalho Resultados pEstados psicológicos críticos essoais e do trabalho

Variedade de habilidades Identidade da tarefa Significado da tarefa

Percepção da significância do trabalho

Autonomia Percepção da responsabilidade pelos resultados do trabalho

Feedback

Produção de trabalho de alta qualidade

Conhecimento dos reais resultados do trabalho

Alta satisfação com o trabalho

Alta motivação interna para o trabalho

Absenteísmo e rotatividade baixas

Figura 2.1 – Modelo das dimensões básicas da tarefa Fonte: Adaptado de Hackman & Oldham (1975)

Segundo o modelo de Hackman & Oldham (1975), os estados psicológicos

críticos são criados pela presença de cinco dimensões ‘básicas’ do trabalho,

descritas da seguinte forma:

• Variedade de Habilidades: grau em que o trabalho requer uma variedade

de diferentes atividades e o uso de diferentes habilidades e talentos em

sua realização;

• Identidade da Tarefa: grau em que o trabalho é realizado por completo

(do início até o final) com um resultado visível, sendo composto de tarefas

identificáveis;

• Significado da Tarefa: grau no qual o trabalho tem impacto substancial

na vida ou no trabalho de outras pessoas – na própria organização ou na

sociedade;

• Autonomia: grau com que o trabalho permite a liberdade, independência

e discrição do trabalhador na programação de suas atividades e na

determinação dos procedimentos a serem utilizados; e,

14

• Feedback do próprio trabalho (intrínseco): grau com que informações

relacionadas ao desempenho na execução das atividades solicitadas são

claramente apresentadas durante sua realização.

Além das dimensões acima descritas, Hackman & Oldham (1975) também

consideram duas dimensões suplementares que têm sido úteis no entendimento dos

resultados das tarefas pelos trabalhadores. Tais dimensões são:

• Feedback extrínseco: grau com que os trabalhadores recebem

informações claras a respeito do seu desempenho nas atividades,

segundo a opinião de supervisores e companheiros, e

• Inter-relacionamento: grau com que o trabalho requer a interação do

trabalhador com outras pessoas para a realização das atividades.

Hackman & Oldham (1975) também afirmam que o modelo não é capaz de

captar os ‘resultados pessoais e do trabalho’ segundo a percepção do trabalhador

no que se refere à sua própria produtividade e aos índices de absenteísmo e

turnover. Os resultados captados dos trabalhadores pelo modelo são:

• Satisfação geral com o trabalho: é uma medida geral de quanto o

trabalhador está satisfeito e feliz com o trabalho que executa;

• Motivação interna para o trabalho: grau com que o trabalhador sente-se

feliz ao executar perfeitamente as tarefas (ou infeliz ao executar as tarefas

erroneamente); e

• Satisfação específica: busca captar a satisfação do trabalhador com: (a)

a segurança no emprego; (b) pagamento e outras formas de

compensação; (c) companheiros de trabalho; (d) supervisores; e, (e)

oportunidades de crescimento e desenvolvimento na organização.

Comparando os modelos anteriormente apresentados, verifica-se que o

modelo de Walton aparenta ser o mais abrangente. O que se justifica pela visão de

Walton sobre a abrangência do conceito de QVT, como mencionado na seção 2.2.

2.4 O RELACIONAMENTO DA QVT E OUTRAS ÁREAS

Nesta seção, pretende-se tratar de algumas outras áreas que estão

relacionadas ao conceito de QVT.

15

2.4.1 QVT E ERGONOMIA

Segundo Iida (2005), o surgimento da ergonomia deu-se após a II Guerra

Mundial, como conseqüência da interdisciplinaridade do trabalho realizado por

profissionais diversos durante a guerra.

Anteriormente a aplicação da ergonomia era na indústria e convergia para o

binômio homem-máquina. Atualmente há uma maior abrangência, devido à interação

entre homens, máquinas e materiais.

Na Produção Artesanal havia uma preocupação em adaptar as tarefas às

necessidades humanas. Na Revolução Industrial, com as primeiras fábricas vieram

os perigos, o regime de trabalho semi-escravo, castigos corporais, ambientes de

trabalho escuros, sujos e barulhentos.

O termo ergonomia veio substituir as antigas expressões como filosofia do

trabalho e psicologia do trabalho. Nos Estados Unidos a expressão utilizada é

human factor (fatores humanos). O termo ergonomia, do grego ergon - trabalho,

nomos- regras, foi apresentado na segunda reunião de um grupo de cientistas e

pesquisadores na Inglaterra, em 1950. A primeira reunião deste grupo marca o

nascimento desta ciência. A saber, 12 de julho de 1949, segundo IIda (2005).

A ergonomia busca a adequação do trabalho ao homem, abrangendo

aspectos físicos, cognitivos, sociais, organizacionais, ambientais, entre outros. Esta

adequação tem o objetivo de aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho

global de sistemas. A ergonomia, desta maneira, pode ser vista como resultado de

uma junção das definições deste termo pela Ergonomics Society, pela Associação

Brasileira de Ergonomia e pela International Ergonomics Association.

Os objetivos básicos da ergonomia são a saúde, a segurança e a satisfação

do trabalhador, como busca de redução das conseqüências nocivas do sistema

produtivo ao trabalhador. Seguem os objetivos descritos por IIda (2005):

(i) Saúde: saúde do trabalhador mantida na observância das limitações

energéticas e cognitivas quando da exigência do trabalho e do ambiente.

(ii) Segurança: mantida através de projetos do posto de trabalho, ambiente e

organização do trabalho, observando a capacidade e limitações do trabalhador.

Deste modo reduzido erros, acidentes, estresse e fadiga.

(iii) Satisfação: atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador. A

satisfação reflete em comportamentos mais seguros e mais produtivos.

16

Como conseqüência de um bom planejamento e organização do trabalho, que

atenda aos objetivos da ergonomia, está a eficiência. Porém, devem-se impor certos

limites a eficiência para que seu aumento indiscriminado não implique em prejuízos

à saúde e segurança.

Os projetos ergonômicos têm considerado a organização do trabalho humano

como um dos elementos de análise e se baseado em meios físicos, cognitivos,

ambientais e psicossociais.

A ergonomia pode ser vista como parte do contexto social mais amplo em que

a organização do trabalho humano insere o indivíduo.

As condições físicas do trabalho, relacionado à ergonomia, estão intrínsecas

na Teoria de Herzberg, como fatores higiênicos. A higiene industrial, como tratada

em lei, abrange a medicina do trabalho e a engenharia de segurança do trabalho.

As ações da área de medicina no trabalho e a engenharia de segurança do

trabalho concentram-se em diminuir a exposição dos funcionários aos agentes

ambientais. Segundo Portaria GM nº 3214, de 8 de junho de 1978, atualizada pela

Portaria SSST nº 25, de 29 de dezembro de 1994, a NR9 estabelece que os agentes

ambientais estão divididos em grupos de risco: físico, químico, biológico, ergonômico

e mecânico. (Figura 2.2)

17

Figura 2.2 - Classificação dos riscos ocupacionais de acordo com a sua natureza

Fonte: Freitas e Suett (2006)

Limongi-França (2004) ressalta que o entendimento dos Riscos Ocupacionais

é mais um fator que compõe a compreensão da Condição Humana no Trabalho.

A ergonomia, portanto, tem seu grau de importância na contribuição a um

ambiente de trabalho saudável, que proporcione Qualidade de Vida no Trabalho.

Um trabalho de ergonomia pode trazer alguns benefícios à vida do

trabalhador como a eliminação de desconforto na realização do trabalho;

preservação do repouso do trabalhador através da determinação de turnos de

trabalho, quando necessário; entre outros.

Deste modo, a ergonomia traz repercussão tanto em fatores psicológicos

(auto-estima, sentimento positivos e ausência de sentimentos negativos) como a

saúde mental.

A Norma Regulamentadora 17 (NR 17) tem por objetivo estabelecer

parâmetros para o posto e organização de trabalho. Especificamente, trata da

ergonomia no trabalho.

18

2.4.2. QVT E LEGISLAÇÃO

Com o objetivo de regulamentar a relação entre o trabalho e os agravos à

saúde, foram elaboradas leis de acidentes do trabalho.

Segundo Freitas e Suett (2006), destacam-se dois grandes marcos legais.

Sendo o primeiro marco a Lei nº. 6.514 de 22 de dezembro de 1977, relativo à

Segurança e Medicina do Trabalho. Esta Lei altera o Capítulo V do Título II da

Consolidação das Leis do Trabalho. O segundo marco ocorreu quando se aprovou

as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V, Título II, da Consolidação das

Leis do Trabalho, através da Portaria nº. 3.214 de 8 de junho de 1978.

Das Normas Regulamentadoras existentes, destacam-se para este trabalho

as Normas: NR-7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO),

NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e NR-17 –

Ergonomia, descritas a seguir.

2.4.2.1 NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO)

A Norma Regulamentadora (NR-7) estabelece a obrigatoriedade da

elaboração e implementação do Programa de Controle de Saúde Ocupacional

(PCMSO) por empregadores e instituições que admitam trabalhadores como

empregados.

O PCMSO especifica os procedimentos e condutas que devem ser adotadas

pelas empresas em função dos riscos existentes no ambiente de trabalho. Busca

detectar, monitorar e controlar possíveis danos à saúde do empregado. É um

programa importante para prevenção de doenças ocupacionais e processos cíveis,

criminais e trabalhistas decorrentes destas ou de acidentes de trabalho.

Esta NR 7 estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais, podendo

estes, serem ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

Em caso de empresas prestadoras de serviços, as empresas contratantes são

responsáveis por informá-las dos riscos existentes e auxiliar na elaboração do

PCMSO nos locais de trabalho onde estes estão sendo prestados.

O PCMSO é parte de um conjunto mais amplo de iniciativas da empresa

relacionadas à saúde dos trabalhadores. Deve ter caráter de prevenção,

rastreamento e diagnóstico precoce de agravos à saúde, existência de casos de

doenças profissionais ou danos irreversíveis a saúde dos trabalhadores.

19

O PCMSO prioriza a preservação da higidez dos trabalhadores por meio de

ações de saúde que privilegiem o diagnóstico precoce de agravos à saúde com

origem nas agressões das atividades laborais fora do controle da higiene industrial.

Apesar de programas distintos, o PCMSO e o PPRA são interdependentes.

Portanto, a implantação de ambos deve ser em conjunto, concomitantemente.

As leis e programas existentes no campo da saúde ocupacional, quando de

seu sucesso na implantação, contribuem para a Qualidade de Vida no Trabalho.

2.4.2.2 NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)

A Norma Regulamentadora (NR-9) da CLT - Consolidação das Leis

Trabalhistas estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) por empregadores e

instituições que admitam trabalhadores como empregados. Sua redação inicial foi

dada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e

Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho.

O PPRA tem como objetivo a preservação da integridade do trabalhador, por

meio de ações que eliminem, neutralizem ou reduzam as agressões dos locais de

trabalho que possuam agentes ambientais acima dos limites de tolerância

estabelecidos como adequados, nacional e internacionalmente, que possam gerar

doença nos trabalhadores.

São considerados como riscos ambientais:

(i) Os agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas

extremas, radiações ionizantes, infra-som e ultra-som.

(ii) Os agentes químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam

penetrar pela via respiratória no organismo, em forma de poeiras, fumos,

névoas, neblinas, gases ou vapores, ou em outras formas que possam ser

absorvidos pelo organismo pela pele ou ingestão.

(iii) Os agentes Biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,

vírus, entre outros.

As ações do PPRA devem ser realizadas nos estabelecimentos da empresa,

com o comprometimento de todos. As características dos riscos determinarão a

abrangência e a profundidade do programa.

20

Em sua execução devem ser observados os parâmetros mínimos e diretrizes

gerais estabelecidos na NR-9, podendo haver ampliação segundo negociação

coletiva de trabalho.

Nesta norma está prevista a análise de projetos de novas instalações,

métodos ou processo de trabalho, ou modificações nos já existentes como forma de

identificação de riscos potenciais e introdução de medidas de proteção para sua

redução ou eliminação.

Portanto, o PPRA aborda a elaboração de projetos, o reconhecimento dos

riscos ambientais e as medidas de controle.

Todos os empregadores e instituições que admitem trabalhadores como

empregados são obrigados a elaborarem e implementarem o PPRA.

Este programa deve estar articulado ao Programa de Controle de Saúde

Ocupacional (PCMSO). Devem coexistir dentro das empresas ou instituições, porém,

o primeiro programa a ser inserido tem de ser o PPRA. Este servirá de base para o

PCMSO.

Ambos são programas integrantes de um conjunto mais amplo de iniciativas

da empresa na preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores.

2.4.2.3 NR 17 ERGONOMIA

Esta norma estabelece parâmetros para adaptação das condições de trabalho

às características psicofisiológicas dos trabalhadores, com o objetivo de garantir o

máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Esta norma está

fundamentada legal, ordinária e especificamente nos artigos 198 e 199 da CLT.

Para adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas

dos trabalhadores, é necessária a realização de uma análise ergonômica do

trabalho.

A análise ergonômica do trabalho deverá abordar as condições de trabalho

estabelecidas nesta norma.

Dentre as condições de trabalho abordadas nesta norma estão aspectos

relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos

equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à organização do

trabalho.

21

2.4.3. QVT E PRODUTIVIDADE

A produtividade tem sua definição como o grau de aproveitamento dos meios

utilizados para produzir bens e serviços. Sob a visão da administração, segundo

Limongi-França (2004), as questões conceituais que envolvem a produtividade

possuem camadas diferenciadas mais relevantes como: controle de processos,

considerando toda cadeia produtiva, interações pessoa-trabalho e sobrevivência da

empresa por meio da competitividade. A óptica do engenheiro de produção tende a

focar a análise sobre os processos de inovação tecnológica e seu impacto na

produtividade.

Consideramos produtividade como efeito (e não como causa) da administração de vários recursos, integralmente. A produtividade é uma relação mensurável entre o produto obtido (resultado ou saída) e os recursos empregados na produção. No que tange aos recursos humanos, a produtividade do trabalho humano é igual ao quociente da relação de uma produção pelo tempo nele empregado. A produtividade humana depende não só do esforço realizado e do método racional, mas sobre tudo do interesse e motivação das pessoas. (CHIAVENATTO, 2002)

Pode-se definir índice de produtividade como a relação entre determinada

quantidade de produção e a quantidade de meios para produzi-la, segundo Limongi-

França (2004).

Porém, a produtividade não pode estar somente atrelada a processos de

produção. Os ganhos em produtividade também estão relacionados a outros fatores,

como: suprimento, logística de distribuição, motivação dos funcionários. E

intrínsecos a motivação dos funcionários têm-se questões de condições físicas,

mentais e ambientais do ambiente de trabalho.

Antes se deve esclarecer que o conceito de produtividade engloba a

eficiência, que para tanto necessita de uma conexão com a melhoria da qualidade

de vida no trabalho e seus reflexos além desta esfera.

O foco da empresa precisa estar voltado para desenvolver um funcionário

motivado, com dignidade, participativo no desempenho do processo de trabalho, ou

seja, produtivo em um sentido mais amplo.

A melhoria da qualidade de vida no trabalho necessita ser vista como fator

contribuinte e indispensável para a melhoria da produtividade.

22

2.4.4.QVT NO BRASIL

Neste subitem descrevem-se algumas pesquisas realizadas no Brasil que

abordam a Qualidade de Vida no Trabalho.

A importância dos trabalhos realizados no Brasil está em conhecer, através

de análises, a realidade brasileira da QVT nas empresas, profissões, instituições

educacionais e regiões geográficas.

Sá (2000) realizou um estudo numa empresa de economia mista do Estado

de Minas Gerais. Com o objetivo de mapear o grau de comprometimento

organizacional e o nível de qualidade de vida dos funcionários desta empresa e a

inter-relação entre estes fatores, utilizou como instrumento de pesquisa

questionários, entrevistas e conversas informais. Para construção destes

instrumentos foram aplicadas as metodologias de Hackman e Oldham (1975) e

Mowday et al. (1982), ambos adaptados por Moraes et al (1996) e readaptado para

a realidade da empresa pesquisada.

Honório e Marques (1998) realizaram um estudo com a proposta de investigar

os impactos da reforma estrutural das telecomunicações no Brasil na Qualidade de

Vida dos trabalhadores de uma grande empresa de telefonia celular. O estudo foi

realizado entre gerentes, técnicos de 2º e 3 grau da região de Belo Horizonte (BH) e

interior de Minas Gerais. Aplicaram a metodologia de Hackman e Oldham (1975), na

versão reduzida, adaptada, testada e validada por Moraes e Kilimnik (1994).

Borges (2005) realizou um estudo com o objetivo de verificar as relações

entre as políticas de Recursos Humanos (RH) e os construtos comprometimento

organizacional e QVT em uma grande mineradora de Minas Gerais.

Fernandes (1996) considerou a importância das pessoas na QT. Utilizando a

QVT, através da Auditoria Operacional de Recursos Humanos, procurou levantar o

posicionamento do empregado em relação ao posto de trabalho; investigar os

fatores do ambiente de trabalho que melhorariam a Qualidade de vida dos

trabalhadores, se modificados; detectar os pontos críticos relativos às formas de

organização ou causas mais prováveis de insatisfação dos empregados; avaliar o

nível de satisfação dos empregados, em relação às condições de trabalho, saúde,

moral, compensação, participação e outros; elaborar plano de ação.

Para melhor visualização e entendimento sobre as pesquisas realizadas,

apresenta-se a seguir um quadro síntese. (tabela 2.2)

23

Autores (Ano) Descrição

Schirrmeister

(2006)

Avalia a QVT de Equipes Multicontratuais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas

através de aplicação de questionário. Baseado no BPSO (1996) e Indicadores de

Comprometimento (Medeiros 2003)

Pizzoli (2005) Avalia a QVT de Enfermeiras do Hospital Heliópolis através de aplicação de

questionário. Baseado em Walton (1973)

Kanikadan

(2005)

Avalia a QVT de Professores de Inglês através de aplicação de questionário.

Baseado em GQVT e BPSO (1996)

Schmidt e

Dantas (2004)

Avalia a QVT de profissionais de enfermagem através de aplicação de

questionário. Baseado em Flanagan (1982)

Oliveira (2001)

Avalia a QVT de funcionários do Banco do Brasil de Belo Horizonte através de

aplicação de questionário (Job Diagnostic Survey) e Entrevista. Baseado em

Hackman e Oldham (1975)

Ritz (2000)

Analisa a qualidade de vida no trabalho sob o ponto de vista das pessoas nele

envolvidas, aplicando o estudo a um caso específico: uma empresa de fabricação

de produtos ligados a área de imagem, tais como, televisores, vídeo cassetes,

vídeo câmaras, DVDs e receptores de satélites.

Honório e

Marques (1999)

Avalia a QVT de Gerentes e técnicos de 2º e 3º graus de uma empresa de

telefonia, através aplicação de questionário, observação, entrevista e análise de

documento. Baseou-se em Hackman e Oldham (1975).

Rocha (1998) Investigou a QVT de Funcionários de uma indústria do Setor Têxtil através de

Entrevista, Observação direta e Questionário. Baseado em Walton (1973)

Ruschel (1993)

Avaliou-se a QVT dos empregados de empresas do ramo imobiliário e a partir dos

dados levantados na amostra, procedeu-se ao tratamento estatístico através de

análise descritiva e distribuição de freqüência das variáveis analisadas. Estes

resultados classificaram o porte das empresas e as características pessoais dos

funcionários das empresas do ramo imobiliário. O estudo foi complementado por

uma avaliação do nível atual de qualidade de vida dos empregados, bem como

das expectativas sobre o nível desejos pelos participantes da pesquisa.

Tabela 2.2 - Trabalhos recentes em QVT.

Verificou-se que, aparentemente, ainda não há um modelo que comporte

todas as ‘Dimensões’ ou ‘Indicadores’ da Qualidade de Vida no Trabalho. Neste

contexto, observou-se que o modelo de avaliação deve ser adaptado de acordo com

a natureza da organização investigada

Com o intuito de contribuir para a continuidade das pesquisas no âmbito da

QVT, no capítulo seguinte propõe-se um modelo de avaliação de QVT em IES

Pública.

CAPÍTULO III

MODELO PARA AVALIAÇÃO DA QVT EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES)

Neste capítulo apresenta-se um modelo para avaliação da Qualidade de Vida

no Trabalho em Instituições de Ensino Superior (IES), segundo a percepção dos

funcionários técnico-administrativos. Sucintamente, apresentam-se as etapas que

compõem o modelo proposto.

3.1 INTRODUÇÃO

Em busca da competitividade e a participação no mercado globalizado, as

empresas estão investindo e implantando tecnologias direcionadas para a Qualidade

Total. Para serem eficazes, dependem da participação e comprometimento de todos

os indivíduos envolvidos com a organização de forma a alcançar suas metas.

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) relaciona-se com a mobilização, o

comprometimento pessoal, a participação com o bem-estar do funcionário na

execução da tarefa na empresa, visando a consecução das metas da Qualidade

Total. Um ambiente organizacional onde há uma gestão dinâmica e contingencial de

fatores físicos, sociológicos, psicológicos e tecnológicos da organização do próprio

trabalho torna-se saudável e mais propício ao aumento de produtividade. Este

ambiente reflete no comportamento do funcionário no atendimento aos clientes e no

contato com fornecedores.

Ao longo dos anos, vários pesquisadores têm se dedicado à elaboração de

modelos que buscam avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho sob diversos

aspectos, dentre esses citam-se: Hackman & Oldham (1975); Walton (1973);

Westley (1979); e Davis & Werther (1983).

Entretanto, ao investigar a formulação dos modelos supracitados, observou-

se que nenhum deles incorporou todas as ‘Dimensões’ ou ‘Indicadores’ da

Qualidade de Vida no Trabalho cientificamente reconhecidas. Adicionalmente,

observou-se que, de acordo com a natureza da organização investigada e das

atividades nela realizadas, o modelo de avaliação deve ser adaptado para captar

mais precisamente a Qualidade de Vida no Trabalho.

Com o intuito de contribuir para o tratamento desta questão, este capítulo

apresenta um modelo inédito para avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho em

25

Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, segundo a percepção dos

funcionários técnico-administrativos. Em especial, este modelo deve ser capaz de

incorporar as principais ‘Dimensões’ e ‘Indicadores’ da Qualidade de Vida no

Trabalho nestas organizações.

3.2 DESCRIÇÃO DO MODELO PROPOSTO

Diante do referencial apresentado, considera-se que, com o intuito de

contribuir para a continuidade e buscando compreender os fatores que afetam a

QVT, propõe-se um modelo baseado no conceito de Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT) e no emprego de um de seus modelos determinantes, de Walton (1973).

3.2.1 O MODELO PROPOSTO:

Nesta seção apresenta-se um modelo para avaliação da Qualidade de Vida

no Trabalho em Instituições de Ensino Superior (IES), segundo a percepção dos

funcionários técnico-administrativos. Sucintamente, apresentam-se as etapas que

compõem o modelo proposto.

3.2.1.1 Definição do Objetivo: Através da construção de um modelo de avaliação da Qualidade de Vida no

Trabalho em IES que incorpore as principais ‘Dimensões’ e ‘Indicadores’ da

Qualidade de Vida no Trabalho nestas organizações, busca-se: (i) determinar como

está a Qualidade de Vida no Trabalho dos funcionários de uma IES nos diversos

níveis (elementar, fundamental, médio e superior), atuantes nas diversas Unidades

Administrativas da IES nos Centros Acadêmicos; (ii) quais são as fraquezas e

potencialidades em termos de QVT na IES; e, (iii) quais são os pontos mais críticos e

que devem ser priorizados em busca da melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho

da IES. Mais especificamente, busca-se conhecer os fatores considerados como

agentes ambientais responsáveis pelo afastamento de funcionários do trabalho, por

faltas excessivas, por falhas no processo de comunicação e conseqüente

improdutividade e baixa de qualidade dos serviços prestados.

3.2.1.2 Definição das dimensões a serem avaliadas: Nesta etapa são definidas as dimensões e subdimensões que irão compor o

modelo de avaliação proposto. Fundamentalmente, foram consideradas as

dimensões estabelecidas pelos modelos de Westley (1979), Davis & Werther (1983),

Hackman & Oldham (1975) e Walton (1973), com predominância deste último, por

26

ser mais abrangente que os demais modelos. A tabela 3.1, além de contribuir para

este entendimento, apresenta as dimensões que irão compor o modelo proposto.

Para facilitar a construção do questionário que representa o modelo de avaliação, as

dimensões foram subdivididas de acordo com a relação existente de cada categoria

conceitual com outros indicadores presentes nos modelos anteriormente citados:

27

Dimensões e Subdimensões do modelo proposto

Walton (1973)

Westley (1979)

Davis & Werther (1983)

Hackman & Oldham (1975)

1. Integração social na organização

Integração social – – Inter-

relacionamento

1.1. Igualitarismo 1.2 Ausência de preconceito 1.3 Facilidade de mobilidade social 1.4 Apoio social 1.5 Condições de abertura interpessoal 2. Utilização da capacidade humana O

portunidade Imediata

para uso e desenvolvim

ento da capacidade hum

ana

Indicador psicológico e sociológico

Elem

entos comportam

entais e organizacionais

– 2.1. Autonomia Autonomia

2.2. Uso múltiplo de habilidade Variedade de habilidades

2.3. Quantidade e qualidade de informações –

2.4. Execução de tarefas completas Variedade de habilidades

2.5. Planejamento do trabalho Identidade da tarefa

2.6. Feedback (Extrínseco e Intrínseco) –

Feedback extrínseco e

intrínseco 3. Segurança e saúde nas condições de trabalho Segurança e

saúde nas condições de

trabalho – – –

3.1. Horários 3.2. Condições físicas 3.3. Limites de idade para o trabalho3.4. Qualidade/quantidade de recursos materiais – 3.5. Condições psicológicas Indicador

psicológico4. Constitucionalismo

Constitucionalismo

Indicador político e

sociológico – –

4.1. Privacidade 4.2. Livre expressão4.3. Igualdade de tratamento 4.4. Possibilidade de recurso 5. Trabalho e espaço de vida

Trabalho e espaço de vida – – – 5.1. Tempo de horas extras

5.2. Tempo com família 5.3. Atividades cívicas beneficentes 6. Compensação Compensação

justa e adequada

Indicador econômico –

Satisfação com pagamento e

compensações 6.1 Justa 6.2 Adequada 7. Oportunidade de carreira e garantiaprofissional

Oportunidade de carreira

Indicador político

Elementos ambientais

Satisfação com oportunidade de

carreira

7.1 Oportunidade de continuidade dos estudos 7.2 Incentivos/investimentos em cursos complementares ou de especialização 7.3 Estabilidade no emprego ou renda7.4 Oportunidade de expansão na carreira

8. Relevância social do trabalho Relevância social do trabalho

– – Significado da tarefa

Tabela 3.1 – Dimensões e subdimensões do modelo proposto e a relação com outros modelos.

Fonte: Freitas e Souza (2008)

28

D1 - Dimensão ‘Integração Social na Organização’ - esta dimensão permite

investigar algumas das diversas formas de relacionamento pessoais dentro de uma

organização: o relacionamento entre pares dentro do mesmo departamento, com

outros departamentos e com superiores. Permite ter um panorama da cooperação

entre colegas de setor e o grau de interação exigida pelo trabalho. Os modelos de

Walton (1973) e de Hackman & Oldham (1975) tratam desta dimensão e suas

subdimensões diferenciando-se apenas em nomenclaturas (para Hackman &

Oldham o que se trata aqui é denominado Inter-relacionamento).

• Igualitarismo: esta subdimensão permite analisar se há divisão de classes

por status;

• Ausência de preconceitos: avalia se há uma aceitação do cliente interno

independente de raça, credo, sexo, nacionalidade, estilo de vida ou aparência

física;

• Facilidade de mobilidade social: está relacionado ao crescimento do cliente

interno dentro da organização. Analisa como é visto, seja por pares ou

superiores, aquele funcionário que tem potencial para atingir níveis mais

elevados hierarquicamente;

• Apoio social: Cooperação entre os funcionários, ajuda recíproca;

• Condições de abertura interpessoal: Permite analisar o relacionamento

entre os membros da organização, seja entre pares, superior e subordinado.

Se há uma abertura para se expressar opiniões e contribuir no planejamento

e realização do trabalho, sem medo de represália ou ameaças.

D2 - Dimensão ‘Utilização da capacidade humana’: definida por Walton (1973)

como ‘Oportunidade imediata para uso e desenvolvimento da capacidade humana’,

é dividida em cinco subdimensões. Porém, no modelo aqui proposto são

consideradas seis subdimensões, por tratar também do feedback. O feedback, que

pode ser extrínseco ou intrínseco, é tratado por Hackman & Oldham (1975).

• Autonomia: permite analisar a independência do cliente interno em suas

atividades.

• Uso Múltiplo de Habilidade: analisa se as tarefas relacionadas a função

exercida pelo cliente interno leva-o a utilizar sua variedade de conhecimento,

habilidades e talentos.

29

• Quantidade e Qualidade de informações: permite analisar se a quantidade

e a qualidade das informações recebidas no âmbito organizacional são

significativas para o processo total do trabalho, permitindo que este seja

realizado da melhor maneira.

• Execução de tarefas completas: analisa o envolvimento do cliente interno

com o processo total do trabalho, sua realização como um todo e a

responsabilidade pela qualidade e o bom desempenho do mesmo.

• Planejamento do trabalho: se há um planejamento do trabalho a ser

realizado e se este é feito pelo próprio funcionário.

• Feedback: Este se divide em intrínseco, quando relacionado a informações

geradas no ato da realização do trabalho, e extrínseco, quando estas vêm

através de superiores e colegas de trabalho. Esta subdimensão permite

analisar, através da percepção do próprio funcionário, os meios com que este

feedback é feito.

D3 - Dimensão ‘Segurança e saúde nas condições de trabalho’ - nesta dimensão

são tratadas as condições físicas, ambientais e psicológicas que podem afetar o

bem-estar do cliente interno (funcionário da instituição). Subdivide-se em:

• Horários: avalia a carga horária de trabalho, a freqüência com que ocorrem

horas extras ou de trabalhos levados para casa que afetam a saúde do

trabalhador.

• Condições físicas: trata da ergonomia, das condições ambientais de

trabalho, do fornecimento e da utilização de equipamentos de segurança na

realização do trabalho.

• Limites de idade para o trabalho: visa detectar condições de trabalho que

são destrutivas para o bem-estar das pessoas de acordo com a idade, devido

a limitações naturais do ser humano.

• Qualidade e quantidade de recursos materiais: esta subdimensão não é

tratada em nenhum outro modelo observado nesta dissertação. Porém

ressalta-se a importância de tratá-la, pois pode afetar a integridade

psicológica do trabalhador. Quando não há o recurso material necessário para

realização do trabalho com qualidade e na quantidade certa, o trabalhador

pode ser pressionado pela organização na realização das tarefas (em

produtividade).

30

• Condições psicológicas: permite investigar os fatores que podem levar a

alienação no trabalho, ao desinteresse, que podem ocasionar problemas

psicológicos, afetando no convívio com a sociedade e a familiares.

D4 - Dimensão ‘Constitucionalismo’ - refere-se aos direitos e deveres de um

membro da organização.

• Privacidade: Está relacionada a garantia de que informações sobre o

comportamento do cliente interno fora da organização ou de seus familiares

não diz respeito a empresa.

• Livre expressão: abordam questões relativas ao direito de expressar

opiniões e idéias abertamente.

• Igualdade de tratamento: Ou eqüidade, é o tratamento justo seja por

recompensas ou compensação justa.

• Possibilidade de recurso: é a possibilidade do cliente interno se manifestar

com relação a decisões organizacionais que o afetam direta ou indiretamente.

D5 - Dimensão ‘Trabalho e espaço de vida’ – considera as seguintes

subdimensões:

• Tempo de hora extras: corresponde a realização de horas extras dentro da

organização e ao trabalho levado para ser realizado em casa.

• Tempo com família: corresponde ao tempo de lazer, de atividades sociais,

de convívio familiar sem ser afetado pelo trabalho.

• Atividades cívicas beneficentes: realização, pela organização, de

atividades recreativas, sociais e beneficentes para os clientes internos.

D6 - Dimensão ‘Compensação adequada e justa’ - a adequação da compensação

refere-se a relação entre o pagamento e a contribuição do trabalhador para com a

organização (esforço, experiência, habilidades e qualificações). A compensação

justa refere-se à relação existente entre o valor de salário pago e o cargo ocupado.

D7 - Dimensão ‘Oportunidade de carreira e garantia profissional’ – traduz-se

em:

• Oportunidade de continuidade dos estudos: refere-se à oportunidade de

desenvolvimento, seja por oferecimentos de cursos dentro da própria

31

organização ou por meio de permissões para realização de cursos ou de

continuidade de estudos, se estes vierem a coincidir eventualmente com

horário de trabalho.

• Incentivos ou investimentos em cursos complementares ou de especialização: Financiamento integral ou parcial de cursos para progressos

em termos organizacionais. E também o reconhecimento, através de

promoções e/ou bonificações, de esforços do cliente interno em crescer em

conhecimento.

• Estabilidade no emprego ou renda: segurança em renda ou emprego.

Quando o trabalhador se sente seguro em relação ao emprego e renda este

pode investir em adquirir novos conhecimentos, gerando benefício para

própria organização.

• Oportunidade de expansão na carreira: Utilização do conhecimento e

habilidade adquirida em futuras atribuições do trabalho.

D8 - Dimensão ‘Relevância social do trabalho’ - relaciona-se ao prestígio da

organização alcançado por ser socialmente responsável e pelos benefícios

proporcionados a comunidade em que está inserida.

3.2.1.3 Construção do Instrumento de Pesquisa

Tendo definidas as dimensões e subdimensões para a avaliação da QVT,

nesta etapa constrói-se o instrumento de pesquisa. Por se tratar de um levantamento

amostral, utilizou-se de um instrumento estruturado não disfarçado: o questionário.

Mattar (1996) define como instrumento estruturado não disfarçado aquele que

apresenta perguntas padronizadas, em mesma seqüência e mesmas opções de

respostas a todos respondentes. O instrumento desenvolvido está estruturado em

quatro partes:

PARTE 1 (Dados de Identificação): nesta parte são coletados dados não métricos.

São estes:

• Setor/Departamento: neste campo identifica-se de qual departamento e em

qual setor trabalha o avaliador. Entende-se por avaliador, neste caso, o

funcionário escolhido para avaliar as condições de Qualidade de Vida no

Trabalho na Instituição de Ensino Superior.

32

• Cargo inicial: cargo ocupado pelo avaliador quando admitido na IES.

• Cargo atual: cargo ocupado pelo avaliador no momento da aplicação da

pesquisa.

• Tempo de empresa: corresponde ao tempo total, em anos, em que o

avaliador trabalha na IES. Este período foi dimensionado nas seguintes faixas

temporais: menos de 1 ano; de 1 a 4 anos; de 5 a 9 anos; mais de 10 anos.

(Este modelo foi concebido para uma IES que possui somente 15 anos de

funcionamento. Para IES mais antigas, outras faixas temporais devem ser

consideradas);

• Tempo no cargo atual: corresponde ao tempo total, em anos, em que o

avaliador ocupa o mesmo cargo em que se encontra no momento da

pesquisa. Foram utilizadas as seguintes faixas temporais: até 1 ano; de 2 a 4

anos; de 5 a 9 anos; mais de 10 anos.

• Nível de instrução inicial: nível de instrução do avaliador quando foi

admitido pela IES.

• Nível de instrução atual: nível de instrução do avaliador no momento da

pesquisa.

• Carga horária de trabalho: carga horária de trabalho semanal, exceto hora

extra

• Idade: idade do avaliador

• Sexo: utilizou-se a escala nominal (Feminino/Masculino).

PARTE 2 (Primeiro bloco de questões) - composto por 23 questões, corresponde

a uma avaliação de desempenho, utilizando-se a seguinte escala de avaliação

verbal: Muito Ruim (MR), Ruim (R), Neutro (N), Bom (B), Muito Bom (MB). Entende-

se por escala da avaliação verbal, por Mattar (1996), “a apresentação das opções de

respostas às pessoas, desde o extremo mais favorável até o extremo mais

desfavorável, pela identificação e ordenação das categorias através de expressões

verbais.” A tabela 3.2 apresenta a distribuição das questões em relação às

dimensões representadas neste bloco.

33

BLOCO 1 BLOCO 2 Questão Dimensão representada Questão Dimensão Representada

1 a 6 D1 Integração social 1 a 6 D3 Segurança e saúde nas condições de trabalho

7 a 13 D2 Utilização da capacidade humana 7 a 11 D5 Trabalho e espaço de vida

14 e 15 D3 Segurança e saúde nas condições detrabalho 12 e 13 D4 Constitucionalismo

16 e 17 D4 Constitucionalismo 14 D6 Compensação justa e adequada 18 e 19 D5 Trabalho e espaço de vida 15 e 16 D7 Oportunidade de Carreira 20 a 22 D6 Compensação justa e adequada 17 a 20 D2 Utilização da capacidade humana

23 D8 Relevância social 21 a 23 D8 Relevância social Tabela 3.2 - Distribuição das questões segundo as Dimensões (em cada bloco de questões)

Fonte: Freitas e Souza (2008)

PARTE 3 (Segundo bloco de questões) - também composto por 23 questões,

corresponde a uma avaliação de freqüência, utilizando-se a seguinte escala: Nunca

(N), Raramente (R), Moderadamente (M), Freqüentemente (F), Sempre (S). Neste

bloco também são avaliadas 7 das 8 dimensões consideradas no modelo proposto

(vide tabela 3.2).

Pode-se observar que no segundo bloco a ordem das dimensões avaliadas é

distinta do primeiro bloco. A disposição das questões foi intencionalmente planejada,

com o objetivo de comparar os resultados da avaliação realizada nos dois blocos de

questões. Em especial, uma disposição diferente das questões sobre assuntos já

avaliados anteriormente dificulta a averiguação, por meio do avaliador, de respostas

dadas anteriormente.

PARTE 4 (Observações e sugestões): constitui-se em um ‘espaço aberto’ para o

avaliador apresentar informações complementares – observações e sugestões –

acerca da Qualidade de Vida no Trabalho na Instituição de Ensino Superior em que

atua. No anexo A, encontra-se o instrumento de pesquisa desenvolvido a partir do

modelo apresentado nesta seção, considerando as dimensões e subdimensões

descritas anteriormente.

3.2.1.4 Procedimento para Coleta de Dados Nesta seção é sugerida uma expressão para dimensionamento da amostra,

formas em que podem ser realizadas a coleta de dados e tratamento de dados.

3.2.1.5 Dimensionamento da Amostra De acordo com Mattar (1996), o dimensionamento da amostra (n) estimado

através de amostragem aleatória simples é determinado pela expressão (1).

34

222

22

)1( SZNeeNZn+−

= (1)

Onde,

N = número de elementos de uma população finita.

Z = valor da variável da distribuição normal padronizada z para o nível de

confiabilidade adotado.

S2 = variância máxima da amostra-piloto utilizada.

e = precisão da amostra ou erro máximo admitido.

3.2.1.6 Coleta de Dados Esta fase corresponde à aplicação de questionários. Este levantamento de

dados é uma etapa importante na pesquisa, na qual o comprometimento dos

avaliadores em fornecer o seu julgamento de cada uma das dimensões tem grande

influência no resultado final.

Antes da coleta de dados é importante o contato com o setor responsável por

gerenciar os recursos humanos da IES. Neste contato deve-se informar sobre o

objetivo do trabalho, a população a ser pesquisada e a forma de coleta de dados.

Desta maneira, o departamento de recursos humanos da IES poderá autorizar a

pesquisa e fazer comunicação interna aos departamentos onde ocorrerão a coleta

de dados.

É necessário definir como será realizada a coleta de dados. Esta pode ser

feita através da distribuição de questionários diretamente ao funcionário, ou enviado

por e-mail, ou ainda, enviado para os setores e a distribuição ser realizada por eles

de acordo com uma orientação pré-estabelecida e marcando uma data para recolhê-

los. Esta coleta também poderá ser realizada através de entrevista, utilizando o

questionário como roteiro. Esta etapa deve ser definida de acordo com a autorização

do setor responsável pela gerência de recursos humanos, a disponibilidade dos

funcionários e também segundo a percepção do responsável pelo projeto de QVT.

3.2.1.7 Tratamento de Dados (tabulação)

Os dados podem ser tabulados em planilhas eletrônicas ou em programas

específicos, para análise posterior.

35

3.2.1.8 Procedimento de Agregação e Classificação

Nesta etapa os dados coletados, verificados e tabulados são tratados

estatisticamente para posteriormente serem analisados. São propostos dois

procedimentos:

- procedimento de agregação: Nesta etapa propõe-se um procedimento para agrupar os julgamentos dos

avaliadores em um único índice global que reflete a Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT) na IES, à luz de todas as Dimensões consideradas (em termos de

desempenho e em termos de freqüência). Uma medida de agregação de

julgamentos tradicionalmente utilizada é a média aritmética. Por exemplo: seja uma

IES genérica ‘X’ avaliada por um funcionário f à luz de n itens de avaliação que

compõem uma determinada Dimensão ‘D’. Seja QVTj(X) a Qualidade de Vida no

Trabalho de ‘X’ à luz do item j. Então, o índice de QVT de ‘X’ à luz de tal Dimensão

é dado por:

nXQVTXQVTn

jjfD ∑

=

=1

)()( (2)

Além disso, pode ser relevante determinar a Qualidade de Vida no Trabalho

em um Departamento ou setor X1 da IES ‘X’, segundo a percepção de m

funcionários do Departamento X1 (onde f = 1, 2, ..., m). Neste sentido, o índice de

QVT de X1 à luz de uma Dimensão ‘D’ é dado por:

..)()( nmXQVTXQVTn

j

m

fD ∑∑

= =

=1 1

11 (3)

- procedimento de classificação Propõe-se um procedimento para associar o índice de Qualidade de Vida no

Trabalho da IES avaliada a uma das categorias de classificação pré-definidas,

comparando-o com o valor dos limites que definem tais categorias. A título de

exemplificação, considere o índice de agregação apresentado no tópico anterior e a

escalas de avaliação sugeridas (para avaliar a QVT quanto ao desempenho e

quanto à freqüência). A tabela 3.3 apresenta 5 categorias de classificação (A, B, C,

36

D, E) em ordem decrescente de preferência, o conceito associado a cada uma

destas e valores fictícios que as delimitam.

Categorias Limites Conceitos Conceitos A 1,50 < )( XQVTD ≤ 2,00 Muito Bom Sempre

B 1,00< )( XQVTD ≤ 1,50 Bom Freqüentemente

C 0,00 < )( XQVTD ≤ 1,00 Neutro Moderadamente

D -1,00 < )( XQVTD ≤ 0,00 Ruim Raramente

E -2,00 ≤ )( XQVTD ≤ -1,00 Muito Ruim Nunca

Tabela 3.3 - Categorias e Limites Fonte: Adaptado de Freitas (2004)

3.2.1.9 Análise de Dados Nesta etapa os dados coletados e já tratados estatisticamente são

interpretados. É nesta fase que se pode visualizar como se encontra a QVT no setor

avaliado e identificar os pontos falhos onde há necessidade de ações corretivas.

Para tanto sugere-se a Análise de Quartis, uma medida de tendência central

proposta por Freitas, Manhães e Cozendey (2006) para definir os itens que se

encontram em regiões criticas a serem trabalhadas

Deste modo, caracterizam-se como itens de “Prioridade Crítica”, (para ações

corretivas/preventivas) itens cujos julgamentos são menores que o valor do primeiro

Quartil. Os itens de Alta Prioridade se encontram entre o primeiro e o segundo

Quartil e assim por diante.

A partir da análise das médias de acordo com as fronteiras estabelecidas na

tabela 3.3, no item 3.2.1.7 e do agrupamento das questões relacionadas à mesma

dimensão, é possível pormenorizar e concluir como está a QVT na IES.

3.2.1.10 Sugestão de ações corretivas Nesta etapa apresentam-se ações a serem realizadas no setor investigado,

que trarão melhorias significativas para a QVT e conseqüentemente para a

Qualidade Total. Tais ações devem ser definidas junto ao setor de Recursos

Humanos da IES avaliada e, possivelmente, com representantes das Unidades

Administrativas envolvidas.

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO: UMA AVALIAÇÃO DE QVT EM UMA IES PÚBLICA

Neste capítulo apresenta-se um estudo de caso com o objetivo de investigar a

aplicação do modelo de avaliação da QVT proposto por esta dissertação. As seções

seguintes apresentam as etapas do estudo de caso e os resultados obtidos.

4.1 DEFINIÇÃO DO OBJETIVO DO ESTUDO

A avaliação da QVT permite conhecer fatores que se encontram deficientes,

segundo a percepção dos funcionários, e que são importantes para o

comprometimento dos mesmos com os objetivos da organização. Após uma

avaliação de QVT a organização poderá realizar ações corretivas relacionadas aos

pontos críticos detectados, proporcionando um ambiente mais saudável e propício a

um maior comprometimento dos funcionários e um conseqüente aumento de

produtividade associado a qualidade (produtos/serviços). O estudo de caso buscará

avaliar a QVT em uma IES, por centro acadêmico e por nível de escolaridade

requerido pelo cargo. A análise e a classificação serão feitas por item do

questionário utilizado na coleta de dados.

4.2 INFORMAÇÕES SOBRE O OBJETO DE ESTUDO

A IES objeto de pesquisa deste estudo é uma Universidade Estadual com

apenas 15 anos de criação e implantação.

A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), criada

em fevereiro de 1991 e implantada em dezembro do mesmo ano, foi projetada com

objetivo de garantir a região do Norte Fluminense instrumentos técnicos, científicos e

pessoal qualificado para desenvolvimento de atividades produtivas referente à

exploração de petróleo e gás e à modernização do setor agrário.

Em 1993, foram instituídos 4 centros onde se concentram Laboratórios e

atividades de ensino e pesquisa em nível de graduação e pós-graduação. São estes:

• Centro de Ciência e Tecnologia (CCT);

• Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB);

• Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA);

• Centro de Humanidades (CCH).

38

A autonomia jurídica foi conquistada no ano de 2001.

A UENF oferece 15 cursos de graduação, sendo 10 bacharelados e 5

licenciaturas e 12 cursos de Pós-graduação, entre mestrado e doutorado.

Seu quadro de funcionários é composto por 307 professores doutores (corpo

docente), 559 técnicos administrativos (dados informados pela Gerência de

Recursos Humanos) para atender ao corpo discente composto por 1700 alunos de

graduação e 802 de pós-graduação (informações contidas na página de Internet da

própria IES).

Os 559 técnicos administrativos estão divididos entre os centros acadêmicos

e por nível de escolaridade dentro dos seguintes cargos:

• Auxiliar de serviços gerais e auxiliar operacional;

• Auxiliar técnico administrativo e motorista;

• Assistente técnico administrativo, assistente técnico profissional e

técnico especializado;

• Técnico de nível superior.

A Gerência de Recursos Humanos da IES tem expandido sua visão com

relação às suas responsabilidades e funções. Inicialmente, tratavam de questões

como contratação, demissão e toda documentação referente, pagamento de salário.

Atualmente, têm sido realizadas algumas ações mais amplas, como: Pesquisa de

Necessidade de Treinamento, Plano de Cargos e Vencimentos, Convênios, I

Semana do Servidor, entre outras.

O Estudo de Caso foi realizado através das etapas descritas nas subseções

seguintes.

4.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Nesta seção trata-se do dimensionamento da amostra, da coleta de dados e

tratamento de dados.

4.3.1 DIMENSIONAMENTO DA AMOSTRA

O tamanho da amostra foi determinado através da expressão (1), por se tratar

de uma amostra aleatória simples e uma população finita.

222 )1( SZNe +−

22eNZn = (1)

39

A amostra coletada pôde ser validada ao nível de confiança de 90%,

admitindo um erro máximo de 0,30. Entretanto, não foi possível validar a análise

segmentada por nível de escolaridade (nível elementar, fundamental, médio e

superior), pois o número de questionários coletado de cada um destes grupos não

atingiu o tamanho mínimo da amostra recomendado. Portanto, as análises foram

realizadas por itens e por unidades administrativas. A tabela 4.1 apresenta o número

real de funcionários, segundo informações do GRH, o número de elementos da

amostra piloto e o tamanho necessário da amostra para análise por nível de

escolaridade (para desempenho e para freqüência).

Número Real de funcionários

Número de Elementos da

Amostra Piloto

Tamanho da Amostra

(Desempenho)

Tamanho da amostra

(Freqüência)

Elementar 140 16 ≥ 41 52

Fundamental 64 11 ≥28 ≥31

Médio 209 20 ≥32 ≥55

Superior 146 16 ≥38 ≥44

Total 559 63 ≥39 ≥48

Tabela 4.1 – Amostra Piloto

4.3.2 COLETA DE DADOS

A Gerência de Recursos Humanos da UENF foi procurada, através da

pesquisadora, para que informasse sobre o trabalho a ser realizado e os benefícios

que este poderia trazer a universidade. Desta maneira, foi solicitado o envio de uma

correspondência interna (CI) para este departamento, que posteriormente autorizou

e comunicou aos demais departamentos. Nesta CI foi comunicado o período de

realização da pesquisa e a presença da pesquisadora nas unidades para aplicação

e/ou entrega e recolhimento dos questionários. Foi determinado um período de 20

dias para realização da pesquisa, que foi realizada entre os meses de fevereiro e

março de 2008. A partir de então, através de contato pessoal, verificou-se junto às

secretarias acadêmicas a melhor forma de distribuição dos questionários.

O questionário foi aplicado a uma amostra de 63 funcionários das diversas

unidades administrativas, dos cargos de nível elementar ao superior. Em todos os

centros acadêmicos, unidades e cargos, exceto CCTA – cargos de nível elementar,

os questionários foram entregues a um funcionário de cada centro acadêmico. De

40

acordo com o estabelecido entre as secretarias e a pesquisadora, os questionários

foram entregues acompanhados de uma carta orientadora. Nesta carta havia a

informação do número de questionários a serem distribuídos entre os níveis de

instrução (exigidos para ocupação dos cargos). Um funcionário em cada centro

acadêmico se responsabilizou em distribuir e recolher os questionários, de acordo

com as orientações da pesquisadora, e devolvê-los a mesma na data previamente

estabelecida.

Não foi rejeitada a hipótese de necessitar-se da realização de aplicação de

questionário em forma de entrevista para os funcionários de nível elementar. Esta

hipótese foi levantada principalmente no CCTA. Porém, não houve necessidade pela

clareza das questões, conhecimento e interesse, por parte dos avaliadores de nível

elementar, pelo assunto.

4.3.4 TRATAMENTO DE DADOS

Os dados foram tabulados em uma planilha eletrônica, a saber, Excel. A partir

das planilhas foram criadas tabelas e gráficos para realização das análises.

4.4 PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Nesta etapa, cada unidade administrativa obtém uma classificação do

desempenho em cada item avaliado, de acordo com as categorias pré-definidas

(tabela 3.3), de acordo com a percepção dos avaliadores.

4.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

Nesta seção estão as análises e interpretação dos dados coletados através

do questionário apresentado em anexo. Estes dados são aqui analisados por item

do questionário e na ordem em que estes são apresentados. Inicialmente dar-se-á a

análise dos dados de identificação. Posteriormente, está a análise dos itens

referentes às questões de desempenho e de freqüência, respectivamente.

4.5.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nesta subseção são analisados os resultados obtidos relativos aos dados de

identificação dos avaliadores (funcionários). Estes dados permitem traçar um perfil

dos avaliadores. Quais sejam: setor/departamento, cargo inicial, cargo atual, tempo

41

de empresa, tempo no cargo atual, nível de instrução inicial, nível de instrução atual,

Carga horária de trabalho, idade, sexo.

Setor/Departamento Este item do questionário permitiu uma identificação dos departamentos

pesquisados em cada centro. Estes são apresentados na tabela 4.2, apresentada

abaixo:

Unidades Administrativas

CB

B

− Diretoria − Secretaria − Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) − Laboratório de Biotecnologia (LBT) − Laboratório de Biologia de Reconhecer (LBR) − Laboratório de Química e Funções de Proteínas e Peptídeos (LQFPP)

CC

T

− Direção − Biblioteca − Secretaria acadêmica − Laboratório de Engenharia de Produção (LEPROD)

CC

TA

− Unidade de Apoio a Pesquisa (UAP) − Laboratório de Sanidade Animal (LSA) − Laboratório de Fitotecnia (LFIT) − Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) − Laboratório de Solos (LSOL) − Laboratório de Tecnologia de Alimentos (LTA) − Diretoria

CC

H

− Diretoria − Laboratório de Estudo de Educação e Linguagem (LEEL)

Rei

toria

e D

GA

− Secretaria Acadêmica − Reitoria − Pró-reitoria de Pesquisa e Graduação (PROPPG) − Gerência de Planejamento e Finanças (GPAF) − Gerência de Compras (GCOM) − Assessoria de Transporte (ASTRAN) − Prefeitura da UENF − Pró-reitoria de Extensão e assuntos comunitários (PROEX) − Protocolo Administrativo − Gerência de Recursos Humanos (GRH) − Gerência de Patrimônio (GPAT)

Tabela 4.2 – Setores e Departamentos alcançados pela pesquisa.

Cargo Inicial e Cargo Atual

Foram analisados cargos relacionados a todos os níveis de escolaridade, em

todos os centros acadêmicos, totalizando 63 respondentes/ avaliadores.

Todos os profissionais pesquisados ocupam o mesmo cargo desde que

nomeados ao cargo para o qual prestou concurso. (Vide Gráfico 4.1)

42

Cargo Inicial e Atual

0

5

10

15

20

25

Elementar Fundamental Médio Superior

Nível de Escolaridade

Qua

ntid

ade Cargo

inicialCargoatual

Gráfico 4.1 – Caracterização dos respondentes com relação a cargo inicial e cargo atual

- Nível Elementar (Auxiliar de serviços gerais e auxiliar operacional): 16

avaliadores do nível elementar responderam ocupar uma destas funções.

- Nível Fundamental (Auxiliar técnico administrativo e motorista): 11

avaliadores responderam ocupar a função de auxiliar técnico

administrativo. Nenhum motorista foi selecionado como avaliador.

- Nível Médio (Assistente técnico administrativo, assistente técnico

profissional e técnico especializado): 20 avaliadores responderam ocupar

uma destas funções.

- Nível Superior (Técnico de nível superior: foram 16 avaliadores ocupantes

deste cargo).

Tempo de empresa e no cargo atual

Observando o gráfico 4.2, percebe-se uma maior concentração de

funcionários com 5 a 9 anos trabalhando na IES, correspondendo a 79% da

amostra. Sendo os outros 21% distribuídos nas outras faixas temporais, a saber:

menos de 1 ano, de 1 a 4 anos, de 10 a 14 anos.

43

Tempo de empresa

2% 13%

79%

6%

menos de 1 ano de 1 a 4 anos de 5 a 9 anos de 10 a 14 anos

Gráfico 4.2 – Caracterização dos respondentes com relação ao tempo de trabalho na IES.

Esta maior concentração de funcionários com 5 a 9 anos deve-se ao fato de

que nos primeiros anos da Universidade uma parte dos funcionários era contratada.

Estes trabalharam de 1993 a 2002. Ao longo de sua existência a UENF teve três

concursos para técnicos: o primeiro em 1997, o segundo em 1998 e o terceiro em

2001.

O gráfico 4.3 – Tempo no cargo atual – corresponde ao tempo total, em anos,

que o avaliador trabalha na mesma função na IES.

Tempo no cargo atual

3%13%

79%

5%

até 1 ano de 2 a 4 anos de 5 a 9 anos mais de 10 anos

Gráfico 4.3 Caracterização dos respondentes com relação ao tempo no cargo atual

Como ocorre no tempo de empresa, há uma maior concentração de

funcionários com 5 a 9 anos trabalhando na IES, correspondendo a 79% da

44

amostra. Sendo os outros 21% distribuídos nas outras faixas temporais, a saber: até

1 ano, de 2 a 4 anos, mais de 10 anos.

Esta coincidência entre o tempo de empresa e o tempo no cargo atual vem

reafirmar que os funcionários participantes da pesquisa ocupam o mesmo cargo

desde que foram nomeados para tal.

Nível de instrução inicial e nível de instrução atual

O gráfico 4.4 apresenta o nível de escolaridade de funcionários concursados

para cargos de nível elementar. Sendo que uma coluna identifica o nível de

instrução inicial, ou seja, quando foi nomeado ao cargo, e a outra coluna representa

o nível de instrução atual (momento em que foi realizada a pesquisa).

Nível de Escolaridade de Funcionários de Cargos de Nível Elementar

13

11

0 01 1

11

1 1

02468

1012

elementar fundamental médio superior pós-graduaçãoNível de Escolaridade

Qua

ntid

ade instrução

inicial

instruçãoatual

Gráfico 4.4 – Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o nível do cargo ocupado

Dentre os que ocupam os cargos de nível elementar, 15 funcionários

participaram da pesquisa. Destes, apenas um funcionário possuía nível elementar,

escolaridade condizente com o nível exigido pelo cargo. Este ainda possui nível

elementar. Há também quem possua nível fundamental. A predominância de

funcionários que possuem escolaridade de ensino médio, desde a nomeação para o

cargo, é um fator que deve ser considerado como importante. Há também

funcionários que continuaram estudando e atualmente possuem nível superior e até

pós-graduação. O fato de possuírem maior conhecimento do que o necessário para

realização de suas atividades pode gerar desmotivação e baixa produtividade.

45

O gráfico 4.5 apresenta o nível de escolaridade de funcionários concursados

para cargos de nível fundamental. As colunas seguem a mesma representação do

gráfico anterior.

Dentre os funcionários de cargos de nível fundamental, 11 participaram da

pesquisa. Não houve funcionário que possuísse nível fundamental. A predominância

como nível de instrução inicial foi o ensino médio. Como nível de instrução atual

predomina o nível superior, existindo também um funcionário com pós-graduação.

Nível de Escolaridade de Funcionários de Cargos de Nível Fundamental

0 0

7

4

00 0

4

6

1

01234

5678

elementar fundamental médio superior pós-graduaçãoNível de Escolaridade

Qua

ntid

ade instrução

inicialinstruçãoatual

Gráfico 4.5 – Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o

nível do cargo ocupado

Considerando o gráfico 4.6, dos 21 funcionários de cargos de nível médio, 13

possuíam este nível de escolaridade quando foram nomeados em sua função e 8 já

possuíam nível superior. Como nível de instrução atual somente 8 funcionários

permaneceram com nível médio. O número de funcionários de nível superior subiu

para 10 e 2 funcionários responderam ter pós-graduação. Um funcionário não deu

retorno sobre seu nível de instrução atual.

46

Nível de Escolaridade de Funcionários de Cargos de Nível Médio

0 0

13

8

00 0

8

10

2

0

2

4

6

8

10

12

14

elementar fundamental médio superior pós-graduaçãoNível de Escolaridade

Qua

ntid

ade

instruçãoinicial

instruçãoatual

Gráfico 4.6 – Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o

nível do cargo ocupado

Dentre os funcionários concursados para cargos de nível superior 15

responderam a pesquisa. Segundo o gráfico 4.7, 12 possuíam nível superior quando

nomeados a função que exercem e 3 já possuíam pós-graduação. Atualmente, 10

funcionários já possuem pós-graduação.

Nível de Escolaridade de Funcionários de Cargos de Nível Superior

0 0 0

12

3

0 0 0

5

10

0

2

4

6

8

10

12

14

elementar fundamental médio superior pós-graduaçãoNível de Escolaridade

Qua

ntid

ade

instruçãoinicial

instruçãoatual

Gráfico 4.7 - Caracterização dos respondentes com relação ao nível de escolaridade e o nível

do cargo ocupado

Carga horária de trabalho O gráfico 4.8 refere-se a carga horária de trabalho exercida pelos funcionários

na UENF. Neste caso não foi considerado o nível do cargo e nem a unidade

47

administrativa a que este funcionário pertence. Porém, o questionário permite fazê-

lo. Houve uma quase totalidade de funcionários pesquisados que responderam

exercer 40 horas de trabalho. Somente um funcionário, que ocupa o cargo de

assistente social respondeu exercer 20 horas. Um funcionário não respondeu este

item.

Carga Horária

61

10

10

20

30

40

50

60

70

40 horas 20 horas

Núm

ero

de F

unci

onár

ios

Gráfico 4.8 - Caracterização dos respondentes com relação carga horária de trabalho

Idade

De acordo com o gráfico 4.9, cerca de 52% dos avaliadores participantes

desta pesquisa estão na faixa etária entre 36 e 45 anos. A segunda faixa etária

predominante, com 32%, refere-se aos funcionários com idade entre 26 e 35 anos.

Este resultado revela que parcela significativa dos funcionários ainda contribuirão

com o serviço público por um tempo de 20 a 40 anos de trabalho até chegarem a

aposentadoria.

48

Faixa Etária dos Avaliadores

2%

32%

52%

11% 3%

entre 18 e 25 anos entre 26 e 35 anos entre 36 e 45 anosentre 46 e 55 anos mais de 56 anos

Gráfico 4.9 - Caracterização dos respondentes com relação a faixa etária

Sexo (Gênero):

O gráfico 4.10 mostra a predominância do sexo feminino (57%) entre os

funcionários que compõem a amostra, sendo 43% do sexo masculino.

Sexo

57%

43%

Feminino Masculino

Gráfico 4.10 - Caracterização dos respondentes com relação ao sexo

4.5.2 ANÁLISE DA QVT SEGUNDO O DESEMPENHO DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS

Nesta seção apresenta-se os resultados da avaliação da Qualidade de Vida

no trabalho segundo o desempenho de cada Unidade Administrativa (Centros

Acadêmicos, Reitoria e DGA) à luz de cada item que compôs o modelo de avaliação.

49

Para tanto, utilizou-se uma escala tipo Likert de 5 pontos, conforme ilustrada

na tabela abaixo:

Muito Bom (MB) Bom (B) Neutro (N) Ruim (R) Muito Ruim (MR)

2 1 0 -1 -2

A B C D E

Tabela 4.3 – Escala de Avaliação de Desempenho

Com intuito de facilitar a compreensão dos resultados, o gráfico 4.11 ilustra o

resultado da Qualidade de Vida no Trabalho à luz de cada item de desempenho das

Unidades Administrativas.

Dentre outros aspectos, este gráfico revela que o CCTA é o centro que

apresenta a menor QVT à luz de todos os itens, segundo a percepção dos seus

funcionários.

Entretanto, para uma análise mais apurada, apresentou-se os resultados da

avaliação da QVT à luz de cada Dimensão. Pretende-se, desta forma, destacar os

itens mais críticos de cada Unidade Administrativa analisada.

Comparação entre os Centros Acadêmicos

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

itens de avaliação de desempenho

Méd

ias

dos

itens

CBB CCT CCTA CCH REIT./DGA

Gráfico 4.11 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz de cada item de

desempenho

50

(i) Avaliação da Dimensão 1 (Integração Social): Os itens que compõem esta

dimensão (1 ao 6) tratam do relacionamento com os funcionários de mesmo

nível hierárquico, com o superior e com funcionários de outros setores ou

departamentos. O gráfico 4.12 apresenta o Grau de Desempenho médio obtido

por cada Unidade Administrativa (Centros Acadêmicos, Reitoria e DGA),

segundo a percepção da amostra de funcionários. Porém, algumas

considerações sobre os resultados podem ser feitas:

DIMENSÃO1 : INTEGRAÇÃO SOCIAL

0,000,200,400,600,801,001,201,401,601,802,00

ITENS

CBB 1,40 1,20 1,20 0,80 0,80 0,78

CCT 1,67 1,89 1,33 1,11 1,22 0,89

CCTA 0,89 0,67 0,61 0,56 0,61 0,56

CCH 1,00 0,67 1,33 1,00 1,50 0,83

REIT./DGA 1,41 1,50 1,10 1,32 1,15 0,79

GERAL 1,25 1,19 1,03 0,95 0,98 0,74

1 2 3 4 5 6

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

Gráfico 4.12 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 1 –

Integração Social

- Item 1: Este item refere-se ao relacionamento com funcionários do mesmo nível

hierárquico, ou seja, com os pares. Neste item as Unidades Administrativas

obtiveram um Desempenho Bom. Sendo que o CCT alcançou um desempenho

melhor que os outros centros – Categoria A, sendo considerado Muito Bom. E o

CCTA e CCH foram os centros com desempenho mais baixo atribuindo-lhes a

categoria C. Porém, não houve desempenho negativo.

- Item 2: Relacionamento com o superior. O desempenho geral das Unidades

Administrativas foi Bom – categoria B. O melhor desempenho novamente ocorreu

51

no CCT – categoria A. E o CCTA e o CCH, como no item anterior, obtiveram um

desempenho baixo – categoria C. Apesar de baixo, estes não foram negativos.

- Item 3: Relacionamento com funcionários de outros setores e departamentos. O

desempenho geral das Unidades Administrativas foi Bom – categoria B. Somente

o CCT apresentou um desempenho Neutro – categoria C. Porém, este

desempenho não foi negativo.

- Item 4: Cooperação entre colegas de setor. Neste item as unidades

administrativas obtiveram um desempenho geral Neutro – categoria C. Somente

CCT, Reitoria e DGA ficaram com um Desempenho Bom – categoria B.

- Item 5: Grau de interação com outras pessoas. O desempenho das unidades

administrativas neste item foi Neutro – categoria C. CCT, CCH, Reitoria e DGA

apresentaram um desempenho Bom – categoria B.

- Item 6: Facilidade de mobilidade social. Todas as unidades administrativas

tiveram um desempenho Neutro – categoria C.

Após analisar o desempenho das unidades administrativas por item, pode-se

ressaltar alguns pontos. O CCTA, apesar de não ter obtido nenhum desempenho

negativo, foi o centro que obteve menor desempenho em todos os itens. O item 6

encontra-se crítico em todas as unidades administrativas. Este item refere-se a

percepção dos funcionários quanto a aceitação, por pares ou superiores, da

progressão funcional daquele que tem potencial para níveis mais elevados

hierarquicamente. Analisando o Plano de Cargos e Vencimentos verifica-se que há

previsão de progressão funcional de acordo com merecimento e antigüidade. Para

que haja progressão por merecimento o funcionário deverá obter, pelo menos, o

grau mínimo indispensável à progressão, fixado em regulamento próprio, quando da

avaliação de seu desempenho. Os chefes imediatos são responsáveis por enviar os

dados e informações necessárias a aferição do desempenho dos seus funcionários.

Apesar de presente no Plano de Cargos e Vencimentos, pode ocorrer que as

regras de crescimento profissional (progressão funcional) não estejam claramente

definidas para os funcionários ou adequadamente implantadas.

(ii) Avaliação da Dimensão 2 (utilização da capacidade humana) Os itens 7 ao

13 correspondem a avaliação da dimensão 2 (D2) –. A variação encontrada nas

médias teve como menor valor (0,22), no item 8 - CCTA e o maior valor (1,67)

nos itens 7 - CCT, 10 - CCH e 12 - CCT. O gráfico 4.13 apresenta a QVT obtida

52

DIMENSÃO 2: UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE HUMANA

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

ITENS

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

CBB 1,00 1,10 1,30 1,60 1,30 1,30 1,20

CCT 1,67 0,89 1,22 1,22 0,67 1,67 1,33

CCTA 0,61 0,22 0,72 0,50 0,61 0,28 0,28

CCH 1,00 0,50 1,17 1,67 1,50 1,33 0,67

REIT./DGA 1,15 0,65 0,90 1,15 0,90 0,95 0,85

GERAL 1,03 0,62 0,98 1,10 0,90 0,95 0,79

7 8 9 10 11 12 13

Gráfico 4.13 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 2 –

Utilização da Capacidade Humana

Em uma análise global do gráfico 4.13, é possível observar que 51% das

médias encontram-se entre os valores 0,00 e 1,00 sendo considerado um

desempenho Neutro das Unidades Administrativas. Porém, algumas considerações

sobre os resultados podem ser feitas:

- Item 7: Feedback recebido do superior. O desempenho geral das unidades

administrativas neste item foi Bom. O CCT destaca-se pelo desempenho Muito

Bom – categoria A. CCTA, CBB e CCH tiveram um desempenho Neutro –

categoria C. - Item 8: Incentivo ao uso de habilidades, estímulo a criatividade. O desempenho

geral das unidades administrativas neste item foi Neutro – categoria C. O único

centro a ter um Desempenho Bom foi o CBB – categoria B.

53

- Item 9: Autonomia. O desempenho geral das unidades administrativas neste item

foi Neutro. Apesar de três centros terem obtido Desempenho Bom, o CBB obteve

o melhor desempenho entre eles. O CCTA, também neste item, teve um

desempenho Neutro. - Item 10: Planejamento do trabalho. O CBB obteve o melhor desempenho –

categoria A e o CCTA o desempenho menor, apesar de não negativo – Neutro. O

desempenho geral das unidades administrativas neste item foi Bom. - Item 11: Execução de tarefas completas. Neste item, o melhor desempenho foi do

CCH (Desempenho Bom) e o menor no CCTA (Neutro). O desempenho geral das

unidades administrativas foi Neutro. - Item 12: Quantidade de informações. O maior desempenho ocorreu no CCT –

desempenho Muito Bom. E o menor desempenho foi do CCTA – Neutro. O

desempenho geral das unidades administrativas foi Neutro. - Item 13: Qualidade das informações. O desempenho do CCT foi Bom, sendo o

maior. E o desempenho do CCTA foi Neutro, o menor neste item. O desempenho

geral das unidades administrativas foi Neutro. Em todos os itens desta dimensão, o CCTA apresentou um desempenho

Neutro, sendo o menor desempenho encontrado. O item 8 encontra-se crítico,

exceto no CBB. Este item refere-se ao uso de habilidades e ao estímulo a

criatividade. Portanto, pode-se entender que o ambiente de trabalho das Unidades

Administrativas da IES avaliada, exceto CBB, não se encontra propício ao

desenvolvimento do profissional, as tarefas relativas aos cargos não levam ao

funcionário utilizar-se da variedade de seus conhecimentos, habilidades e talentos.

(iii) Avaliação da Dimensão 3 (segurança e saúde no trabalho): Os itens 14 e 15

estão relacionados a dimensão 3 (D3).

54

DIMENSÃO 3: SEGURANÇA E SAÚDE

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

ITENS

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

CBB -0,40 0,50

CCT -0,22 1,00

CCTA -0,44 -0,76

CCH 1,33 0,33

REIT./DGA 0,55 0,50

GERAL 0,08 0,20

14 15

Gráfico 4.14 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 3 –

Segurança e Saúde Em uma análise global do gráfico 4.14, observa-se o aparecimento de médias

negativas, que caracteriza grau de desempenho Ruim. Algumas outras

considerações sobre os resultados podem ser feitas:

- Item 14: Condições Físicas. Neste item houve desempenhos negativos (D) no

CBB, CCT e CCTA. Apenas o CCH apresentou um Desempenho Bom (B). O

desempenho geral das unidades administrativas foi Neutro (C).

- Item 15: Qualidade e Quantidade de Recursos Materiais. O CCT apresentou

desempenho Neutro (C). E o menor desempenho (D) ocorreu no CCTA.

Analisando as unidades administrativas como um todo, pode-se considerar

que esta dimensão obteve desempenho Neutro (C). Porém, deve-se considerar os

desempenhos negativos obtidos no CBB, CCT e CCTA no item 14, visto que este

item refere-se as condições ambientais de trabalho, da utilização de equipamentos

de segurança e o fornecimento dos mesmos e da ergonomia. Analisando as

observações e sugestões coletadas por meio do instrumento de pesquisa,

encontrou-se relatos de que “não há segurança e nem primeiros socorros” e a

sugestão de que sejam realizados “treinamentos para incêndios e acidentes

químicos”. Cabe ressaltar também, que muitos dos laboratórios presentes nestes

55

centros acadêmicos trabalham com produtos químicos, reagentes e máquinas que

oferecem risco ao trabalhador.

Segundo informações cedidas pelo GRH, apesar de previsto no Plano de

Cargos e Vencimentos, ainda não são conferidos aos funcionários da UENF os

adicionais de Insalubridade e Periculosidade, conforme estabelecidos por lei. Este

depende de liberação do Governo. Também foi verificado que não há uma Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) constituída e atuante.

(iv) Avaliação da Dimensão 4 (Constitucionalismo): Os itens 16 e 17

correspondem a dimensão 4 (D4), tratando da privacidade e da possibilidade de

recurso pelo funcionário em decisões tomadas na organização que o afetem.

DIMENSÃO 4 - CONSTITUCIONALISMO

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

ITENS

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

CBB 0,80 0,30

CCT 1,22 0,00

CCTA 0,28 0,22

CCH 0,67 1,00

REIT./DGA 1,05 0,25

GERAL 0,77 0,29

16 17

Gráfico 4.15– Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 4 –

Constitucionalismo Em uma análise global do gráfico 4.15, observa-se a predominância de

médias que caracteriza grau de desempenho Neutro. Porém também ocorre um

desempenho Ruim, apesar de não negativo. Algumas outras considerações sobre os

resultados podem ser feitas:

56

- Item 16: Privacidade. O desempenho geral das unidades administrativas foi

Neutro (C). O maior desempenho encontrado neste item foi Bom (B), no CCT. E o

menor ocorreu no CCTA, desempenho Neutro (C).

- Item 17: Possibilidade de Recurso. De modo geral, o desempenho das unidades

administrativas pode ser considerado Neutro (C). O CCT obteve um desempenho

Ruim (D) neste item. E o CCH obteve desempenho Neutro (C), sendo o maior

desempenho encontrado entre as unidades administrativas, neste item.

Desta maneira, a avaliação geral desta dimensão obteve desempenho Neutro

(C). Porém, pelo desempenho obtido pelo CCT referente ao item 17, pode-se

analisar que o funcionário não tem acesso a recursos para manifestar-se com

relação as decisões que o afetam direta ou indiretamente ou desconhece-os.

(v) Avaliação da Dimensão 5 (Trabalho e Espaço de Vida) Os itens 18 e 19

avaliam a dimensão 5 (D5). Nesses dois itens, especificamente, trata-se do

tempo com a família não afetado pelo trabalho levado para casa e também o

impacto do trabalho no convício com a família, amigos e a sociedade em si.

57

DIMENSÃO 5 - TRABALHO E ESPAÇO DE VIDA

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

ITENS

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

CBB 1,20 1,00

CCT 0,89 1,00

CCTA 0,50 0,39

CCH 0,83 1,33

REIT./DGA 1,20 0,85

GERAL 0,92 0,81

18 19

Gráfico 4.16 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 5 –

Trabalho e Espaço de Vida Em uma análise global do gráfico 4.16, também ocorre a predominância de

médias que caracteriza grau de desempenho Neutro. Algumas outras considerações

sobre os resultados podem ser feitas:

- Item 18: Tempo com Família. O desempenho geral das unidades administrativas

neste item foi Neutro (C). O maior desempenho ocorreu no CBB e na Reitoria e

DGA – desempenho Bom (B). O menor desempenho foi do CCTA – Neutro (C). - Item 19: Tempo com família. O desempenho do CCH foi Bom (B), sendo o maior

encontrado neste item entre as unidades administrativas. O CCTA teve um

desempenho Neutro (C), sendo o menor neste item. O desempenho geral das

unidades administrativas foi Neutro. Deste modo, esta dimensão obteve um desempenho Neutro quando

considerado todos os Centros Acadêmicos, Reitoria e DGA.

(vi) Avaliação da Dimensão 6 (Compensação Justa e Adequada) Os itens 20 ao

22 referem-se a dimensão 6 (D6).

58

DIMENSÃO 6 - COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA

-1,00

-0,80

-0,60

-0,40

-0,20

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

ITENS

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

CBB 0,67 -0,10 0,40

CCT 0,33 -0,78 0,44

CCTA -0,67 -0,44 -0,44

CCH 0,33 -0,33 0,50

REIT./DGA 0,20 -0,40 0,20

GERAL 0,05 -0,41 0,11

20 21 22

Gráfico 4.17 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 6 –

Compensação Justa e Adequada

Em uma análise global do gráfico 4.17, observa-se a presença de médias

negativas, que caracteriza grau de desempenho Ruim. Apesar de não representar a

maioria das médias, afeta um item, tornando-o o mais crítico nesta dimensão.

Algumas outras considerações sobre os resultados podem ser feitas:

- Item 20: Compensação Adequada: O valor do pagamento recebido com relação a

contribuição(esforço, experiência, habilidade, qualificação) Este item teve um

desempenho geral Neutro (C). Ocorreu um desempenho Ruim e negativo no

CCTA. O CBB obteve o maior desempenho entre as unidades administrativas

neste item, porém, seu desempenho foi Neutro (C). - Item 21: Compensação Adequada. Este item avalia os benefícios recebidos; por

exemplo, auxílio alimentação, vale transporte, entre outros. Todas as unidades

administrativas tiveram um desempenho Ruim (D), sendo o valor mais baixo

encontrado no CCT. O desempenho no CBB obteve um valor um pouco melhor

que as outras unidades administrativas, porém, ainda foi um desempenho Ruim.

A UENF paga aos seus funcionários auxílio alimentação, auxílio transporte e

59

creche, quando requerido e comprovado que o requerente (funcionário) possui

filhos dependentes legais. Porém, os funcionários participantes da pesquisa

ressaltaram através do campo de observações e sugestões que também poderia

ser fornecido pela Universidade plano de saúde e odontológico. Quanto ao plano

de cargos e salários, este foi implementado no ano de 2006. - Item 22: Compensação Justa. O melhor desempenho encontrado neste item foi

no CCH, desempenho Neutro (C). O único desempenho Ruim (D) e negativo,

portanto, crítico, foi no CCTA. Analisando a dimensão como um todo, pode-se observar que o CCTA nos

três itens obteve um desempenho Ruim – categoria D. Portanto, neste centro

acadêmico, esta dimensão deve ser considerada relevante para uma análise mais

específica.

(vii) Avaliação da Dimensão 8 Relevância Social O item 23 corresponde a

dimensão 8 (D8), onde é avaliada a imagem da IES perante a sociedade,

segundo percepção dos funcionários.

DIMENSÃO 8: RELEVÂNCIA SOCIAL

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

ITEM

GR

AU

DE

DE

SE

MP

EN

HO

CBB 1,22

CCT 1,44

CCTA 0,56

CCH 1,33

REIT./DGA 1,05

GERAL 1,03

23

Gráfico 4.18 – Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 8 –

Relevância Social

60

Em uma análise global do gráfico 4.18, observa-se a predominância de

médias que caracterizam um grau de desempenho Bom. Algumas outras

considerações sobre os resultados podem ser feitas:

- Item 23: O desempenho da Relevância Social, considerada neste item, foi Bom

(B) no CBB, CCT, CCH e DGA. Somente no CCTA a média obtida foi considerada

neutra (C).

Ao analisar esta dimensão considerando, portanto, uma média geral das

unidades administrativas, o desempenho obtido foi Bom.

4.5.2 ANÁLISE DA QVT DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS À LUZ DOS ITENS DE FREQÜÊNCIA Nesta seção são apresentados os resultados da avaliação da Qualidade de

Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz de cada item de freqüência.

(Vide Gráfico 4.19)

Utilizou-se uma escala tipo Likert, 5 pontos, conforme tabela 4.4.

Sempre Freqüentemente Moderadamente Raramente Nunca

2 1 0 -1 -2

A B C D E

Tabela 4.4 – Escala de Avaliação de Desempenho

Em alguns itens esta escala foi invertida para atender a pergunta, ou seja, 2

“Nunca”, -1 “Raramente” e assim sucessivamente. De mesmo modo ocorrendo a

inversão da escala de categorias (A, B, C, D e E).

Dentre outros aspectos, o gráfico 4.19 revela a ocorrência de médias

negativas em todas as unidades administrativas nos itens 6, 8, 14, 15, 16 e 23.

Para uma análise mais apurada, os resultados da avaliação da QVT serão

apresentados à luz de cada Dimensão, com o objetivo de destacar os itens mais

críticos de cada Unidade Administrativa, segundo a freqüência.

61

Comparação entre os Centros Acadêmicos - Análise de Freqüência

-2,50

-2,00

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

CBB CCT CCTA CCH REIT./DGA GERAL Gráfico 4.19 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades Administrativas à luz de cada item de

freqüência

(i) Avaliação da Dimensão 3 (Segurança e Saúde nas Condições de Trabalho):Os itens que compõem esta dimensão (1 ao 6) tratam das condições

psicológicas e físicas oferecidas no ambiente de trabalho e também o zelo pela

saúde do trabalhador através de exames médicos. O gráfico 4.20 apresenta a

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) obtida por cada Unidade Administrativa

(Centros Acadêmicos, Reitoria e DGA), segundo a percepção da amostra de

funcionários, à luz de cada item de freqüência que compõe esta dimensão.

62

DIMENSÃO 3: SEGURANÇA E SAÚDE NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

-3,00

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

ITEM

QVT

(FR

EQÜ

ÊNCI

A)

CBB 0,20 1,67 -0,20 0,20 1,80 -1,60

CCT -0,22 1,89 -0,22 -1,89 1,11 -2,00

CCTA 0,39 1,22 0,00 -0,67 0,69 -1,47

CCH 0,33 1,00 1,17 -1,33 0,67 -2,00

REIT./DGA 0,20 1,85 0,50 -1,40 1,70 -1,95

GERAL 0,21 1,56 0,21 -1,00 1,26 -1,77

1 2 3 4 5 6

Gráfico 4.20 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 3 –

Segurança e Saúde

- Item 1: Condições Psicológicas. Antes de iniciar a análise é importante lembrar

que este item teve a associação invertida dos conceitos às categorias. Este fato

está diretamente ligado a pergunta formulada. A freqüência em que o trabalho

traz preocupações e aborrecimentos foi considerada “Moderada”. No CCT,

segundo a percepção dos funcionários que participaram da pesquisa, o trabalho

“Sempre” traz preocupações e aborrecimentos. Foi a maior freqüência encontrada

neste item. Nenhuma observação foi feita sobre este item que permitisse

identificar o que traz estes aborrecimentos e preocupações. - Item 2: Condições psicológicas. Este item também teve a associação dos

conceitos às categorias invertida. No CCH, a freqüência em que as considerações

feitas pelo superior causa humilhação foi “Moderada”. No CCT, os funcionários

participantes da pesquisa avaliaram que “Nunca” ocorre este fato. Considerando a

média geral da QVT nas unidades administrativas neste item, “Nunca” ocorre

humilhação causada por considerações feitas pelo superior. - Item 3: Condições físicas. Também ocorre associação inversa. Refere-se a

freqüência em que as condições físicas causa mal estar no funcionário, afetando

a saúde. Os funcionários do CCT e CBB, participantes da pesquisa, consideraram

freqüentemente terem sua saúde afetada pela poeira, ruído e calor. De acordo

63

com sugestões coletadas através do questionário, há uma necessidade de

“melhoria, conservação e manutenção dos prédios seguindo normas internas e

externas”. Os funcionários do CCH, participantes da pesquisa, consideraram que

raramente estes fatores causam-lhe mal estar, prejudicando a saúde. - Item 4: Condições físicas. Refere-se a freqüência do uso de técnicas e

equipamentos de segurança e proteção. A freqüência do uso de técnicas e

equipamentos de segurança e proteção no CBB foi “Moderada”. No CCT, os

funcionários participantes da pesquisa consideraram que “Nunca” usam

equipamentos e nem de técnicas de proteção e segurança no trabalho. O

resultada da QVT encontrada à luz deste item de freqüência vem reafirmar o

resultado encontrado no item 14 (de desempenho). Portanto, salienta-se a

importância de treinamentos, conscientização dos funcionários para o uso das

técnicas e equipamentos de proteção, bem como o fornecimento destes

equipamentos. - Item 5: Exames admissionais. Estes exames podem detectar doenças ou

propensões a certas doenças e também limitações do funcionário devido à idade.

Quando feito corretamente e em todas admissões, pode evitar processos

trabalhistas mais tarde por alegação de danos causados a saúde pelo ambiente

de trabalho. Isto, caso o funcionário já possua determinada limitação ou doença.

Segundo a percepção dos avaliadores da QVT no CBB, pertencentes a amostra,

“Sempre” são realizados exames admissionais. No CCH , porém, esta freqüência

foi considerada moderada. - Item 6: Exames médicos periódicos. Estes exames podem evitar avanços de

doenças já existentes ou mesmo causados pelo trabalho, possibilitando o

encaminhamento do funcionário para tratamento. Estes exames podem diminuir

afastamentos prolongados por licenças médicas. Os avaliadores da QVT em

todas as unidades administrativas consideraram “Nunca” serem realizados

exames médicos periódicos, segundo a percepção da amostra. Desta maneira, analisando todas as unidades administrativas, esta dimensão

teve dois tens críticos, a saber, Item 4 e Item 6. Portanto, as condições físicas do

ambiente de trabalho precisam ser melhoradas para proporcionar segurança e

saúde aos trabalhadores. Sugere-se também, considerar a possibilidade de

realização de exames médicos periódicos, evitando afastamentos prolongados por

licença médica, prevenindo avanços de doenças.

64

(ii) Avaliação da Dimensão 5 (Trabalho e Espaço de Vida): Os itens que

compõem esta dimensão (7 ao 11) estão relacionados a tempo de hora extra,

tempo com família e atividades cívicas beneficentes.

DIMENSÃO 5:TRABALHO E ESPAÇO DE VIDA

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

ITEM

QVT

(FR

EQÜ

ÊNCI

A)

CBB 1,40 -0,20 0,30 0,00 1,25

CCT 1,44 -0,67 -0,56 0,44 1,44

CCTA 1,39 -1,00 0,50 -0,61 1,17

CCH 1,17 -1,33 0,83 0,83 2,00

REIT./DGA 1,45 -1,25 0,40 0,75 0,89

GERAL 1,40 -0,94 0,32 0,21 1,22

7 8 9 10 11

Gráfico 4.21 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 5 –

Trabalho e Espaço de Vida

- Item 7: Neste item ocorre associação inversa. Trata-se da freqüência de trabalhos

levados para finalizar em casa. Todas as unidades administrativas consideraram

que raramente levam trabalhos para finalizar em casa. - Item 8: No CBB e CCT foi considerado que “Raramente” são realizadas

confraternizações ou atividades de lazer com os funcionários e suas famílias. As

demais unidades administrativas consideraram “Nunca” serem realizadas estas

confraternizações e atividades de lazer. Foi sugerido, através do campo

Observações e Sugestões no questionário, a “criação de área de lazer (clube)”. - Item 9: Neste item ocorre associação inversa. No CCT, os avaliadores

consideraram que o trabalho com “Freqüência” influencia a vida familiar. Nas

outras unidades administrativas esta influencia foi considerada “Moderada”. Não

houve observações relativas a este item, porém, tendo em vista o resultado da

QVT obtido no item 1 (freqüência) pode-se considerar que as preocupações e

aborrecimentos causados pelo trabalho estão interferindo na vida familiar.

65

- Item 10: Tempo para lazer e atividades sociais. Os avaliadores da QVT no CCTA

consideraram “Raros” os momentos de lazer e atividades sociais. Nas demais

unidades administrativas, os avaliadores têm momentos de lazer e atividades

sociais em uma freqüência “Moderada”, segundo percepção da amostra. - Item 11: Horas Extras. Neste item ocorre associação inversa. No CCH foi

considerada “Rara” a realização de horas extras. Na Reitoria e DGA esta

freqüência de realização de horas extras foi considerada “moderada”. Numa análise conjunta de todos os Centros, Reitoria e DGA, nesta dimensão,

pode-se apontar o item 8 como o mais crítico – realização de confraternizações e

atividades de lazer com funcionários e suas famílias. Os itens que alcançaram

melhor classificação foram o 7 e o 11, que correspondem a realização de horas

extras e trabalhos levados para serem realizados em casa.

(iii) Avaliação da Dimensão 4 (Constitucionalismo): Os itens que compõem esta

dimensão (12 e 13) estão relacionados a Igualdade de tratamento e livre

expressão.

DIMENSÃO 4: CONSTITUCIONALISMO

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

ITEM

QV

T (F

REQ

ÜÊNC

IA)

CBB 0,11 0,70

CCT 1,11 0,89

CCTA 0,06 -0,22

CCH 0,50 1,33

REIT./DGA 0,60 1,10

GERAL 0,44 0,65

12 13

Gráfico 4.22 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 4 –

Constitucionalismo

- Item 12: Somente no CCT foi considerando “Freqüente” a igualdade de

tratamento. Nas demais unidades administrativas, considerou-se “Moderada” a

66

freqüência em que ocorre igualdade de tratamento, independente de sexo, idade

ou cargo ocupado, segundo a percepção da amostra. - Item 13: Livre expressão. No CCTA os avaliadores consideraram “Raramente” ter

liberdade de expressar opiniões aos superiores. No CCH há uma maior abertura

para expressar opiniões ao superior, sendo “Freqüente” a livre expressão,

segundo percepção da amostra. O Constitucionalismo, segundo a percepção dos avaliadores que

compuseram a amostra de todas as unidades administrativas, tem uma freqüência

“Moderada”.

(iv) Avaliação da Dimensão 6 (Compensação Justa e Adequada): A dimensão 6

(D6) é composta por apenas um item, a saber, 14. Este item está relacionado a

freqüência em que ocorre gratificações e bonificações de acordo com a

produtividade do funcionário. (Gráfico 4.23) Segundo as definições de

compensação justa e adequada, este item refere-se a compensação adequada.

DIMENSÃO 6: COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA

-2,50

-2,00

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

ITEM

QVT

(FR

EQÜ

ÊNCI

A)

CBB -2,00

CCT -2,00

CCTA -1,56

CCH -2,00

REIT./DGA -2,00

GERAL -1,87

14

Gráfico 4.23 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 6 –

Compensação justa e adequada

- Item 14: Pela avaliação realizada, em todas as unidades administrativas

ocorreram resultados muito próximos, classificando este item na categoria E. Isto

caracteriza que “Nunca” há bonificações ou gratificações por produtividade na

IES. Este resultado reafirma os resultados obtidos na avaliação de QVT segundo

os indicadores de desempenho (Itens 20, 21 e 22)

67

(v) Avaliação da Dimensão 7 (Oportunidade de Carreira): é composta pelos

itens 15 e 16. Estes são relacionados a oportunidade de expansão de carreira e

aos incentivos ou investimentos em cursos.

DIMENSÃO 7: OPORTUNIDADE DE CARREIRA

-2,50

-2,00

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

ITEM

QVT

(FR

EQÜ

ÊNCI

A)

CBB -2,00 -0,60

CCT -1,56 -0,33

CCTA -1,29 -1,39

CCH -2,00 -1,00

REIT./DGA -1,35 -1,05

GERAL -1,53 -0,97

15 16

Gráfico 4.24 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 7 –

Oportunidade de Carreira.

- Item 15: Em todas as unidades administrativas encontraram-se valores negativos

caracterizando que “Nunca” ocorrem promoções baseadas na competência e

produtividade, segundo percepção da amostra. Segundo observações realizadas

pelos avaliadores, apesar destas promoções estarem “previstas no Plano de

Cargos” não foram “implementadas”. - Item 16: No CCT e CBB os funcionários, participantes da pesquisa, avaliaram que

“Raramente” há investimento em carreira através de oferecimento de cursos ou

estímulo para continuidade dos estudos. Nas demais unidades administrativas os

avaliadores consideraram que “Nunca” há investimento em carreira. Dentre as

sugestões realizadas pelos avaliadores, observa-se a solicitação de “oportunidade

dos trabalhadores ampliarem seus estudos”, através dos próprios “cursos de

graduação oferecidos pela Universidade ou de convênios com CEFET-Campos”.

E também, a diminuição da carga horária de trabalho possibilitando que os

funcionários estudem.

68

Esta dimensão pode ser considerada crítica e precisa de uma observação

mais específica.

(vi) Avaliação da Dimensão 2 (Utilização da Capacidade Humana): é composta

pelos itens 17, 18, 19 e 20. Estes são relacionados a autonomia, quantidade e

qualidade de informações e execução de tarefas completas.

DIMENSÃO 2: UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE HUMANA

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

ITEM

QVT

(FR

EQÜ

ÊNCI

A)

CBB 0,30 1,20 1,60 1,70

CCT -0,11 1,33 1,33 1,11

CCTA -0,17 0,50 0,61 -0,06

CCH -0,50 1,33 1,50 1,83

REIT./DGA 0,55 1,00 1,40 1,20

GERAL 0,11 0,97 1,21 0,97

17 18 19 20

Gráfico 4.25 - Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 2 –

Utilização da Capacidade Humana.

- Item17: Autonomia. Neste item ocorre associação inversa. Há uma ocorrência

“Moderada” da dependência do funcionário por seu superior no planejamento e

execução do trabalho. No CCH foi considerada freqüente esta ocorrência. Na

Reitoria e DGA, esta dependência é menor, sendo considerada “Moderada” (C). - Item 18: Quantidade e Qualidade das informações. Considerando todas as

unidades administrativas, a freqüência em que as informações e conhecimento

sobre o próprio trabalho são suficientes para a realização do mesmo foi avaliada

como “Moderada” (C). Porém, no CCT e no CCH.os funcionários consideraram

“Freqüente”. - Item 19: Execução de tarefas completas. Os avaliadores consideraram

“Freqüente” a responsabilidade dos mesmos com o resultado, qualidade e bom

desempenho no trabalho. Porém, no CCTA, segundo a percepção da amostra,

69

esta responsabilidade ocorre em uma freqüência “Moderada”. E no CBB, os

avaliadores consideram-se sempre responsáveis pelo resultado, qualidade e bom

desempenho de seu trabalho. - Item 20: Execução de tarefas completas. No CCTA “Raramente” os funcionários

participam da realização de toda uma tarefa dentro de sua função, segundo

percepção da amostra. No CCH e CBB os funcionários “Sempre” realizam uma

tarefa completa (início, meio e fim com resultado visível).

(vii) Avaliação da Dimensão 8 (Relevância Social): é composta pelos itens 21,

22 e 23. Estes são relacionados ao reconhecimento da Universidade e seu

prestígio, ao orgulho pela Instituição em que trabalha e a participação nos

projetos sociais realizados pela Universidade.

DIMENSÃO 8: RELEVÂNCIA SOCIAL

-2,50-2,00-1,50-1,00-0,500,000,501,001,502,00

ITEM

QV

T (F

REQ

ÜÊNC

IA)

CBB 0,89 1,40 -1,60

CCT 0,78 0,78 -1,44

CCTA 0,72 0,89 -1,56

CCH 1,33 1,67 -1,83

REIT./DGA 1,20 1,65 -1,90

GERAL 0,97 1,27 -1,68

21 22 23

Gráfico 4.26- Qualidade de Vida no Trabalho das Unidades administrativas à luz da Dimensão 8–

Relevância Social

- Item21: Reconhecimento da Universidade e seu prestígio. Segundo a percepção

dos funcionários das diversas unidades administrativas a Universidade é

“Moderadamente” reconhecida e possui prestígio nacional, segundo a percepção

da amostra. Somente os funcionários do CCH, Reitoria e DGA consideraram que

a Universidade é “Freqüentemente” reconhecida e possui prestígio nacional.

70

- Item 22: Orgulho pela Instituição em que trabalha. Considerando a avaliação de

QVT nas diversas unidades administrativas pesquisadas, “Freqüentemente” os

funcionários sentem orgulho de dizer onde trabalham. No CCT este orgulho pela

Instituição em que trabalha ocorre “Moderadamente”. Na Reitoria e DGA

“Sempre” há este orgulho, segundo percepção dos avaliadores - Item 23: Participação nos projetos sociais realizados pela Universidade. Em todas

as unidades administrativas “Nunca” há participação dos funcionários nos projetos

sociais realizados pela Universidade. Este item, considerado crítico, pode ser

melhorado através de incentivos. A responsabilidade social da Instituição, para

alcançar sua plenitude, precisa do envolvimento de todos. A Qualidade é

adquirida com o comprometimento de todos os envolvidos no processo produtivo,

seja de produtos ou serviços. Esta participação nos projetos sociais realizados

pela Universidade pode aumentar o orgulho dos funcionários pela Instituição em

que trabalham.

A seguir será realizada a Análise de Quartis das Unidades Administrativas.

4.5.3 ANÁLISE DOS QUARTIS A análise realizada anteriormente apresenta resultados através das médias

dos itens de desempenho e de freqüência, que compõem o questionário. Através da

Análise dos Quartis será possível analisar os pontos mais críticos, para que as

melhorias sejam direcionadas, proporcionando à gestão de recursos humanos a

oportunidade de melhoria contínua da QVT na IES e conseqüente aumento de

produtividade e qualidade nos serviços prestados.

As tabelas 4.5 e 4.6 demonstram a classificação de prioridades dos itens

através de cores, considerando o cálculo dos Quartis. Os Quartis foram obtidos a

partir da agregação dos julgamentos, em cada unidade administrativa.

4.5.3.1 Análise de Quartis (QVT - Desempenho) A primeira análise de Quartis a ser realizada, será referente aos julgamentos

obtidos no bloco de questões de desempenho. A análise está dividida por unidades

administrativas. A tabela 4.5 apresenta classificação de prioridades, considerando os

Quartis obtidos através dos julgamentos de funcionários de todos os níveis de

escolaridade, exceto docentes.

71

Classificação da Prioridade dos Itens (QVT – Desempenho) por Unidade Administrativa

CBB CCT CCTA CCH Reit./DGA

Item GD

3º Q

uart

il =1

,21

2

º Qua

rtil

=1,0

0 1

º Qua

rtil

=0,7

2

Item GD

3º Q

uart

il =1

,33

Qua

rtil

=1,1

1 1

º Qua

rtil

=0,7

8

Item GD

3º Q

uart

il =0

,61

2º Q

uart

il =0

,50

Qua

rtil

=0,2

2

Item GD

3º Q

uart

il =1

,33

2

º Qua

rtil

=1,0

0

1º Q

uart

il =0

,67

Item GD

3º Q

uart

il =1

,15

2º Q

uart

il =0

,90

1º Q

uart

il =0

,60 14 -0,40 21 -0,78 15 -0,76 21 -0,33 21 -0,40

21 -0,10 14 -0,22 20 -0,67 15 0,33 20 0,20 17 0,30 17 0,00 14 -0,44 20 0,33 22 0,20 22 0,40 20 0,33 21 -0,44 8 0,50 17 0,25 15 0,50 22 0,44 22 -0,44 22 0,50 15 0,50 20 0,67 11 0,67 8 0,22 2 0,67 14 0,55 6 0,78 6 0,89 17 0,22 13 0,67 8 0,65 4 0,80 8 0,89 12 0,28 16 0,67 6 0,79 5 0,80 18 0,89 13 0,28 6 0,83 13 0,85 16 0,80 15 1,00 16 0,28 18 0,83 19 0,85 7 1,00 19 1,00 19 0,39 1 1,00 9 0,90 19 1,00 4 1,11 10 0,50 4 1,00 11 0,90 8 1,10 5 1,22 18 0,50 7 1,00 12 0,95 2 1,20 9 1,22 4 0,56 17 1,00 23 1,05 3 1,20 10 1,22 6 0,56 9 1,17 16 1,05 13 1,20 16 1,22 23 0,56 3 1,33 3 1,10 18 1,20 3 1,33 3 0,61 12 1,33 5 1,15 23 1,22 13 1,33 5 0,61 14 1,33 7 1,15 9 1,30 23 1,44 7 0,61 19 1,33 10 1,15 11 1,30 1 1,67 11 0,61 23 1,33 18 1,20 12 1,30 7 1,67 2 0,67 5 1,50 4 1,32 1 1,40 12 1,67 9 0,72 11 1,50 1 1,41 10 1,60 2 1,89 1 0,89 10 1,67 2 1,50

Tabela 4.5 – Resultado da análise dos Quartis da Avaliação de Desempenho por Unidade Administrativa

Prioridade Crítica Prioridade Alta Prioridade Moderada Prioridade Baixa

- CBB: O item 14 foi considerado com pior desempenho e refere-se às condições

físicas do ambiente de trabalho. Também apresentaram desempenho crítico os

itens referentes aos benefícios recebidos (21), possibilidade de recurso (17),

compensação justa (22), quantidade e qualidade de recursos materiais (15) e

compensação adequada (20). Estes itens são considerados prioridade crítica para

análises e ações corretivas. Nota-se que alguns destes itens do primeiro quartil

tiveram desempenho Neutro (C), porém, são aqui considerados para serem

melhorados.

- CCT: O item considerado com pior desempenho refere-se aos benefícios

recebidos (21). Também são considerados prioridades críticas, neste centro

acadêmico, os itens referentes às condições físicas do ambiente de trabalho (14),

possibilidade de recurso (17), compensação adequada (20), compensação justa

(22) e execução de tarefas completas (11).

- CCTA: O pior desempenho foi do item 15 que se refere à quantidade e qualidade

de recursos materiais. Seguido pelos itens relacionados à compensação

72

adequada (20), condições físicas do ambiente de trabalho (14), benefícios

recebidos (21), compensação justa (22), feedback (8) e possibilidade de recurso

(17).

- CCH: O pior desempenho refere-se aos benefícios recebidos (21). Também

apresentaram desempenho crítico os itens referentes à quantidade e qualidade de

recursos materiais (15), compensação adequada (20), atividades cívicas

beneficentes (8), compensação justa (22), relacionamento com superior (2),

qualidade das informações (13) e privacidade (16).

- Reit/DGA: Nesta unidade o pior desempenho também foi referente aos benefícios

recebidos (21). Seguidos dos itens relacionados à compensação adequada (20),

compensação justa (22), possibilidade de recurso (17), quantidade e qualidade de

recursos materiais (15) e condições físicas do ambiente de trabalho (14).

Alguns itens podem ser considerados prioridade crítica em todas as unidades

administrativas. São estes, os itens 20, 21 e 22.

4.5.4.2 Análise de Quartis (Freqüência )

Esta análise de Quartis será referente aos julgamentos obtidos no bloco de

questões de freqüência. A tabela 4.6 apresenta classificação de prioridades,

considerando os Quartis obtidos através dos julgamentos de funcionários de todos

os níveis de escolaridade, exceto docentes, por unidade administrativa.

73

Classificação da Prioridade dos Itens (QVT – Freqüência) por Unidade Administrativa

CBB CCT CCTA CCH Reit./DGA

Item GD

3.Q

uart

il =1

,33

2.

Qua

rtil

= 0,

30

1.Q

uart

il =-

0,20

Item GD

3.Q

uart

il =

1,11

2

.Qua

rtil

=0,4

4

1.Q

uart

il =-

0,61

Item GD

3.Q

uart

il =

0,65

2

.Qua

rtil

= 0,

00

1.Q

uart

il =-

0,83

Item GD

3.

Qua

rtil

= 1,

33

2.Q

uart

il =

0,83

1.Q

uart

il =-

1,17

Item GD

3.Q

uart

il =

1,20

2

.Qua

rtil

= 0,

60

1.Q

uart

il =-

1,15

14 -2,00 6 -2,00 14 -1,56 6 -2,00 14 -2,00 15 -2,00 14 -2,00 23 -1,56 14 -2,00 6 -1,95 6 -1,60 4 -1,89 6 -1,47 15 -2,00 23 -1,90 23 -1,60 15 -1,56 16 -1,39 23 -1,83 4 -1,40 16 -0,60 23 -1,44 15 -1,29 4 -1,33 15 -1,35 3 -0,20 8 -0,67 8 -1,00 8 -1,33 8 -1,25 8 -0,20 9 -0,56 4 -0,67 16 -1,00 16 -1,05 10 0,00 16 -0,33 10 -0,61 17 -0,50 1 0,20 12 0,11 1 -0,22 13 -0,22 1 0,33 9 0,40 1 0,20 3 -0,22 17 -0,17 12 0,50 3 0,50 4 0,20 17 -0,11 20 -0,06 5 0,67 17 0,55 9 0,30 10 0,44 3 0,00 9 0,83 12 0,60 17 0,30 21 0,78 12 0,06 10 0,83 10 0,75 13 0,70 22 0,78 1 0,39 2 1,00 11 0,89 21 0,89 13 0,89 9 0,50 3 1,17 18 1,00 18 1,20 5 1,11 18 0,50 7 1,17 13 1,10 11 1,25 12 1,11 19 0,61 13 1,33 20 1,20 7 1,40 20 1,11 5 0,69 18 1,33 21 1,20 22 1,40 18 1,33 21 0,72 21 1,33 19 1,40 19 1,60 19 1,33 22 0,89 19 1,50 7 1,45 2 1,67 7 1,44 11 1,17 22 1,67 22 1,65 20 1,70 11 1,44 2 1,22 20 1,83 5 1,70 5 1,80 2 1,89 7 1,39 11 2,00 2 1,85

Tabela 4.6 – Resultado da análise dos Quartis da Avaliação de Freqüência por Unidade Administrativa

Prioridade Crítica Prioridade Alta Prioridade Moderada Prioridade Baixa

- CBB: Para avaliação de freqüência, o item considerado prioridade crítica está

relacionado à compensação adequada (14). Ainda são considerados prioridades

críticas os itens 15 (oportunidade de expansão na carreira), 6 (exames médicos

periódicos), 23 (participação em projeto social realizado pela IES), 16 (incentivos

ou investimentos em cursos complementares), 3 (condições físicas do ambiente

de trabalho) e 8 (atividades cívicas beneficentes). Todos estes itens de prioridade

crítica possuem desempenho negativo Ruim (D) ou Muito Ruim (E). - CCT: Como prioridades críticas estão os itens relacionados a exames médicos

periódicos (6), compensação adequada (14), condições físicas do ambiente de

trabalho (4), oportunidade de expansão na carreira (15), participação em projeto

social (23) e atividades cívicas beneficentes (8).

- CCTA: O pior desempenho foi do item 14 referente à compensação justa.

Também são considerados críticos os itens referentes à participação em projeto

social (23), exames médicos periódicos (6), incentivos ou investimentos em

cursos complementares (16), oportunidades de expansão na carreira (15) e

atividades cívicas beneficentes (8).

74

- CCH: O item referente realização de exames médicos (6) teve o pior

desempenho. Outros itens também foram considerados prioridade crítica. A

saber, compensação justa (14), oportunidade de expansão na carreira (15),

participação em projetos sociais realizados pela IES (23), condições físicas do

ambiente de trabalho (4) e atividades cívicas beneficentes (8).

- Reit/DGA: Nesta unidade administrativa o item referente à compensação justa foi

considerado o pior desempenho (14). Outros itens são prioridades críticas para

análises e ações corretivas. São estes: a realização de exames médicos (6), a

participação em projetos sociais realizados pela IES (23), As condições físicas do

ambiente de trabalho (4), a oportunidade de expansão na carreira (15) e as

atividades beneficentes (8).

Na avaliação de freqüência os itens que são prioridade crítica em todas as

unidades administrativas são: 6, 8, 14, 15 e 23.

A tabela 4.7 apresenta os itens de Prioridade Crítica na Avaliação de

Desempenho e de Freqüência, segundo as dimensões que compõem.

75

Itens de Prioridade Crítica na Avaliação de Desempenho (ID) e de Freqüência (IF)

ID IF D1 – Integração Social

2 - Relacionamento com superior

D2 – Utilização da Capacidade Humana

8 Feedback

11 - Execução de tarefas completas

13 - Qualidade das informações

D3 – Segurança e saúde nas condições de trabalho

14 3 e 4 Condições físicas do ambiente de trabalho

15 - Qualidade e Quantidade de Recursos Matérias

- 6 Realização de Exames Médicos – Saúde Preventiva

D4 - Constitucionalismo

16 - Privacidade

17 - Possibilidade de Recurso

D5 – Trabalho e Espaço de Vida

- 8 Atividades Cívicas e Beneficentes

D6 – Compensação Justa e adequada

20 e 21 14 Compensação Adequada

22 - Compensação Justa

D7 – Oportunidade de Carreira

- 15 Oportunidade de Expansão de Carreira

- 16 Incentivos ou investimentos em cursos complementares ou de

especialização

D8 – Relevância Social

- 23 Participação em Projetos Sociais realizados pela Universidade

Tabela 4.7 – Itens de Prioridade Crítica

A gestão de recursos humanos, através das informações apresentadas

acima, poderá analisar os pontos considerados críticos e urgentes e elaborar um

plano de ações, buscando a melhoria da qualidade de vida no trabalho.

CAPÍTULO V

CONCLUSÃO

5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS É notória a importância creditada às questões relacionadas à Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT). Em um cenário cada vez mais competitivo, caracterizado

pela busca contínua por ganhos de produtividade, associado à qualidade de

produtos e de serviços originados em processos cada vez mais flexíveis, é

freqüente o impacto negativo destes fatores na Qualidade de Vida do trabalhador.

Diversos modelos têm sido desenvolvidos nos últimos anos com objetivo de

identificar e mensurar os aspectos que influenciam na Qualidade de Vida do

Trabalho - uma breve descrição de alguns destes modelos foi apresentada nesta

dissertação.

Com o intuito de contribuir para a continuidade das pesquisas relacionadas

à avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho, esta dissertação propôs um

modelo inédito para avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho em Instituições

de Ensino Superior (IES), segundo a percepção de seus funcionários. Mais

especificamente, foram definidas ‘Dimensões’ (fundamentadas nos principais

modelos referenciados neste dissertação) e itens de avaliação que constituíram as

questões do instrumento de avaliação proposto (questionário). Procedimentos

para agregação e classificação dos julgamentos também foram propostos.

Neste sentido, acredita-se que o emprego deste modelo possa contribuir

para avaliação da Qualidade de Vida do Trabalho nas IES, sendo este

procedimento considerado como um dos elementos relevantes no processo de

auto-avaliação institucional.

Durante a elaboração do trabalho realizou-se um estudo de caso com o

objetivo de investigar a validação do modelo proposto. Após a realização do

estudo constatou-se que o modelo apresenta-se como uma ferramenta simples e

viável aos procedimentos de avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho e

complementar a implantação de um Programa de QVT.

77

Através da realização de um estudo de caso, foi possível investigar a

aplicação modelo proposto junto aos funcionários técnico-administrativos de uma

IES Pública nos diversos níveis (elementar, fundamental, médio e superior),

atuantes nas diversas Unidades Administrativas nos Centros Acadêmicos. Dentre

outros aspectos, constatou-se como resultados deste trabalho:

− Elaboração de um modelo de questionário para avaliação da QVT em uma

IES, sob a percepção dos técnico-administrativos, no qual foram consideradas

dimensões e subdimensões apresentadas na tabela 3.1;

− A Análise de Quartis contribuiu para a identificação dos itens nos quais, as

unidades administrativas apresentaram desempenho mais crítico, segundo a

avaliação dos técnico-administrativos;

− Emprego de técnicas estatísticas simples (médias), o que permitiu obter a

classificação do desempenho, em cada item que compôs o questionário, das

unidades administrativas segundo o procedimento de classificação adotado.

Neste estudo a avaliação da QVT permitiu conhecer fatores críticos,

segundo a percepção dos funcionários, e importantes no comprometimento dos

mesmos com os objetivos da organização. O estudo de caso buscou avaliar a

QVT em uma IES, por centro acadêmico e por nível de escolaridade requerido

pelo cargo. Porém, para que análises fossem feitas por nível de escolaridade,

ressalta-se a necessidade de um número maior de elementos na amostra que

atenda os valores apresentados na tabela 4.1 (amostra Piloto). Portanto, a análise

e a classificação foram feitas por item do questionário utilizado na coleta de dados.

Estes resultados visam fornecer a Gerência de Recursos Humanos (GRH)

informações relevantes que permitam estabelecer ações que visem o

melhoramento contínuo da Qualidade de Vida no Trabalho. Os resultados da

análise, em que são apresentados os itens com desempenho crítico devem ser

interpretados como oportunidades de melhoria.

Através da avaliação de QVT a organização poderá realizar ações

corretivas relacionadas aos pontos críticos detectados, proporcionando um

ambiente mais saudável e propício a um maior comprometimento dos funcionários

e um conseqüente aumento de produtividade associado à qualidade dos serviços.

78

Ressalta-se a importância de que haja uma avaliação periódica para que as

melhorias sejam contínuas.

5.2 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS

Nesta seção são abordados alguns aspectos que podem ser aperfeiçoados

e aprofundados, e possivelmente dar origem a futuros trabalhos, todos

identificados durante a validação do modelo proposta.

− Aplicação do modelo proposto, com adaptações adequadas, para detectar a

percepção dos docentes da Instituição investigada e também em outras

Instituições de Ensino Superior (pública e/ou privada);

− Aperfeiçoamento do modelo proposto, através da inserção, retirada ou

reedição de itens considerados nos questionários;

− Aplicação do modelo proposto em outras organizações, ou seja, Instituições de

Ensino Básico e Médio (pública e/ou privada). Contudo, é importante ressaltar

que as características de cada organização devem ser respeitadas, adaptando

o instrumento de pesquisa ou, até mesmo, o modelo para atendê-la;

− Aconselha-se a realização de uma análise por nível de instrução relativo ao

cargo. Porém, para que esta análise seja realizada ressalta-se a necessidade

de um maior número de avaliadores, ou seja, um número maior de elementos

na amostra, de acordo com a tabela 4.1;

− Objetivando validar o modelo proposto, aconselha-se a realização de estudos e

análises em outras IES Públicas;

− Implementação do modelo proposto em formulário desenvolvido para web.

Esta possibilidade poderia reduzir o tempo de coleta de dados e também da

tabulação desses dados, facilitando a condução das análises.

79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO A INSTRUMENTO DE PESQUISA

83

84

ANEXO B DADOS TABULADOS

86

Que

stão

MR

RN

BM

BM

RR

NB

MB

MR

RN

BM

BM

RR

NB

MB

MR

RN

BM

BM

RR

NB

MB

10

00

11

00

00

10

01

71

00

01

00

00

30

00

112

32

00

10

10

00

10

00

27

00

00

10

00

02

10

03

112

30

00

11

00

10

00

13

50

00

01

00

00

30

01

410

14

00

01

10

01

00

02

07

00

00

10

00

01

10

21

102

50

01

10

00

01

00

01

71

00

01

00

10

11

01

211

26

00

01

00

00

10

01

17

00

00

10

01

01

10

21

111

70

02

00

00

01

01

10

61

00

01

00

00

30

11

211

18

00

02

00

10

00

12

15

00

00

10

00

21

01

33

90

90

00

20

00

00

10

11

70

00

01

00

10

20

02

112

110

00

01

10

00

10

11

15

10

00

10

00

11

11

12

93

110

00

20

00

01

01

00

71

00

10

00

02

01

10

310

212

00

02

00

00

10

11

25

00

00

10

01

10

11

23

91

130

00

20

00

01

01

21

41

01

00

00

11

01

14

27

214

00

02

00

00

10

15

20

10

00

01

10

01

12

52

43

150

00

10

00

01

03

41

00

00

00

10

20

10

36

13

116

00

02

00

01

00

01

17

00

00

01

00

12

00

13

111

170

00

20

01

00

01

14

30

00

01

02

01

00

32

56

018

00

10

10

00

01

02

16

00

00

10

00

21

00

24

82

190

01

01

00

01

01

11

60

00

01

00

11

01

12

38

220

00

01

00

00

10

12

33

00

00

10

10

11

02

24

70

210

01

10

10

00

00

32

40

01

00

00

20

10

16

36

022

00

02

00

00

10

05

13

00

00

10

10

01

11

51

81

230

00

01

00

00

10

01

61

00

00

10

01

11

00

27

5

CB

BC

CT

CC

TAC

CH

RE

ITO

RIA

/DG

AG

ERA

L

TAB

ELA

B.1

: QVT

(DES

EMPE

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NÍV

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LEM

ENTA

R)

87

Que

stão

MR

RN

BM

BM

RR

NB

MB

MR

RN

BM

BM

RR

NB

MB

MR

RN

BM

BM

RR

NB

MB

10

00

01

00

00

10

00

02

00

00

10

00

33

00

03

82

00

01

00

00

01

00

01

10

00

10

00

04

20

00

74

30

00

10

00

01

00

00

02

00

00

10

00

51

00

07

44

00

01

00

00

10

00

01

10

00

10

00

14

10

01

82

50

00

10

00

01

00

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20

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ANEXO C RESULTADO DA QVT E DO PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO

97

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