um manual para a ascen so

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UM MANUAL PARA A ASCENSÃO por Seraphis Bay canalizado por Tony Stubbs (Denver, Colorado, USA). Tradução e adaptação para português (da versão em castelhano de Enita Zirnis e Ramiro Franco) por Vitorino de Sousa, de Setembro a Dezembro de 2001. INVOCAÇÃO À LUZ (do Arcanjo Ariel, canalizado por Tachi-ren) Eu vivo dentro da Luz Eu amo dentro da Luz Eu rio dentro da Luz Eu Sou sustentado e alimentado pela Luz. Eu sirvo à Luz alegremente porque Eu Sou a Luz. Eu Sou. Eu Sou. Eu Sou.

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  • UM MANUAL PARA A ASCENSO

    por Seraphis Bay canalizado por Tony Stubbs (Denver, Colorado, USA).

    Traduo e adaptao para portugus (da verso em castelhano de Enita Zirnis e Ramiro Franco) por Vitorino de Sousa, de Setembro a Dezembro de 2001.

    INVOCAO LUZ (do Arcanjo Ariel, canalizado por Tachi-ren)

    Eu vivo dentro da Luz

    Eu amo dentro da Luz

    Eu rio dentro da Luz

    Eu Sou sustentado e alimentado pela Luz.

    Eu sirvo Luz alegremente

    porque Eu Sou a Luz.

    Eu Sou. Eu Sou. Eu Sou.

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    RECONHECIMENTOS

    Durante muitos anos estive estreitamente associado com Tachi-ren e com o Angelic Outreach

    (Cobertura Anglica). Estive presente na primeira noite quando Tachi-ren canalizou Orn, um aspecto do Arcanjo Ariel, assim como em quase todas as ocasies em que, desde ento, ele canalizou Ariel. Por isso, quero aproveitar esta oportunidade para lhe agradecer o apoio de amor, a viso e a sua inspirao. Durante vrios anos, Ariel trouxe novas tcnicas de energia ao planeta atravs de Tachi-ren, pelo que no me surpreendi quando Serapis se referiu a vrias delas e, neste livro, sugeriu a sua utilizao. A proliferao de informao e de tcnicas provindas das dimenses superiores continua a crescer medida que o planeta e os seus habitantes aumentam, gradualmente, as suas frequncias vibratrias.

    Se voc se interessa por qualquer uma das tcnicas apresentadas neste livro ou na informao que Tachi-ren est a trazer acerca das tecnologias da Luz, por favor, entre em contacto com a empresa que publica este livro (Oughten House, P. O. Box 2008, Livermore, CA, 94551, USA)

    NOTA DA EDIO AMERICANA

    O material canalizado neste livro apresenta-se, essencialmente, tal como foi recebido. A interpretao que o leitor seja levado a fazer sobre esta ou sobre qualquer outra informao canalizada, est sujeita ao seu ego e ao seu sistema de crenas. A linguagem deste livro foi escolhida para reflectir a real transmisso do Mestre Ascendido, Serapis, com a mnima alterao do seu significado. Por conseguinte, o leitor poder encontrar umas quantas palavras que no so de uso comum.

    Esta publicao contm o mnimo de trabalho editorial a fim de facilitar o fluxo e a compreenso por parte do leitor. Todavia, a essncia do trabalho canalizado permanece sem modificao. Agradecemos imensamente aos Produtores Literrios da Oughten House por terem tornado possvel esta publicao.

    (Nota dos tradutores para castelhano: Citam-se vrios nomes. No os inclumos. Abenoamo-los.)

    PREFCIO O primeiro rascunho deste livro foi escrito num lapso de trs semanas, em Janeiro de 1989. Em Dezembro de 1988 dera-me conta de uma energia minha volta, a qual se anunciou como Serapis, e que me disse ser sua funo acalentar a claridade intelectual e a disciplina requerida para a ascenso. Iniciei um dilogo interior com Serapis e, no incio de Janeiro, anunciou-me a sua inteno de publicar um livro, comigo, sobre o tema da ascenso. Rapidamente estabelecemos um padro para o escrever. Assim, comeava cada sesso convidando Serapis e comeava a escrever. Frequentemente, sentia que ele explorava a minha memria procura de um conceito ou de uma frase; todavia, a partir do momento em que colocava a ideia na minha cabea, permitia que eu a expressasse minha maneira. Apesar de, nessa altura, no o ter compreendido, sei agora que a minha energia a de Serapis, e que estamos suficientemente perto, em termos de frequncias, para que o fluxo de pensamentos no seja interrompido. Unimos o estado de conscincia. O resultado uma combinao de material novo de Serapis e daquilo que eu j sabia conscientemente, embora seleccionado e organizado por ele. Quando comecei a usar as tcnicas oferecidas por este livro a conexo tornou-se, inclusivamente, ainda mais forte. Assim, no incio de Janeiro de 1989, fui capaz de conhecer, em primeira mo, a realidade do mundo no fsico como fonte de tudo. Dando continuidade a esta intensa mudana dos meus paradigmas internos, Serapis deu incio a este livro.

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    O manuscrito permaneceu numa gaveta at Agosto de 1991, altura em Serapis me incentivou a public-lo. Muita coisa se passou nestes dois anos e meio que, entretanto, tinham transcorrido, tanto a nvel pessoal como planetrio, pelo que aproveitmos a oportunidade para actualizar o material. Em Outubro de 1991, o planeta e os seus habitantes passaram por uma mudana tremenda, e o livro ficou suspenso at Maro de 1992.

    Muitas das regras do jogo voltaram a mudar neste perodo e senti que os Trabalhadores da Luz precisavam de estar mais ancorados na Terra. Tambm a co-criao atravs de grupos de trabalho parece ter sido incrementada. Nesta nova realidade, d a sensao de que estamos a ser menos atrados para uma ascenso individual e mais para um juntos vamos conseguir.

    Com o passar dos anos, o material de Serapis fez-me reconhecer, a um nvel consciente, que o mbito do esprito no est separado de ns. Ele ns, uma parte de ns num nvel de frequncia mais elevado; e o deslocamento para esse nvel de frequncia muito fcil se acreditarmos que assim . No estamos separados; o Esprito no algo que tenhamos. Ele o que somos ou, como alguns dizem, ns somos algo que o Esprito tem.

    Espero que, com este livro, compreendamos que no somos seres humanos a fazer uma experincia espiritual mas, pelo contrrio, um esprito passando por uma experincia humana. Somos parte de uma entidade muito maior, tal como um empregado faz parte da sua empresa: unido a ela, com uma funo e perspectiva especficas, nicas.

    Anos depois compreendi, num nvel interior muito profundo, que no sou algo separado e afastado do Esprito mas que todos compomos um contnuo de ser, no qual s difere a perspectiva; e compreendi que uma perspectiva experimentada desde o interior de um corpo fsico permite percepes e modos nicos de ser.

    Para mim, esta compreenso foi um processo com vrias etapas. Atravs do contacto com muitas entidades canalizadas ao longo dos anos, aprendi a ter um apreo intelectual pelo universo fsico que nos rodeia. Mas foi precisa uma srie de acontecimentos, nem sempre agradveis, para me despertar emocionalmente e comear a desprender-me daquilo que tinha armazenado, a nvel celular, no meu corpo fsico.

    Como veremos, tal necessrio, pois, para poder ascender com o corpo fsico, devemos aumentar a frequncia vibratria dele at de um Corpo de Luz. Alguns de ns escolheram faz-lo lentamente, ao longo dos anos; outros preferiram uma via mais rpida e turbulenta. Qualquer que seja o teu caminho, porm, reconhece que ests a ser guiado e protegido em cada passo.

    Este livro convida-te a rever a forma como vs a relao entre o fsico, o emocional, o mental e o Esprito. medida que o fores lendo, f-lo com o chacra do corao bem aberto. Sente a energia que est por detrs e por dentro das palavras. Permite ao teu Esprito, e a Serapis, que favoream o entendimento medida que avanas na leitura; depois, podes voltar a analisar o material desde um ponto de vista intelectual. Permite que o teu entendimento seja o filtro durante a primeira leitura, sem nenhum juzo mental. A brevidade deste manual permite, perfeitamente, mais de uma leitura; ele tambm no linear, pois Serapis, por vezes, aborda o mesmo conceito sob vrias direces diferentes.

    Raros so os que estiveram no espao e puderam ver o Planeta Terra na sua totalidade. Os que no

    estiveram podero ter dificuldade em visualizar o planeta suspenso do nada, no espao. Mas podemos usar um modelo de ajuda: o globo de secretria, que nos to familiar. Bom, tal como ningum confundiria o modelo com a coisa real, a verdade to imensa e incompreensvel quando se trata de metafsica em geral e da ascenso em particular, que seria um erro pensar que podemos aprend-la desde onde estamos. Desta forma, so-nos dados modelos para que, pouco a pouco, possamos expandir o nosso entendimento.

    Este livro um desses modelos, uma diminuta chispa no meio da obscuridade, a qual, juntamente com outras, ser capaz de iluminar o nosso caminho.

    Isto recorda-me a primeira vez que vi o Grande Canyon. Tinha lido as estatsticas, estudado os mapas e visto as fotos; mas nada me poderia ter preparado para a coisa real. Fiquei pasmado, em silncio, agradecido por existir semelhante beleza no nosso planeta.

    Tenho a sensao de que a ascenso vai ser algo de muito parecido. Por favor, desfruta este livro. A mensagem poderosa mas , tambm, ligeira e divertida. Portanto, penetra na Luz e diverte-te.

    Tony Stubs, Denver, Colorado.

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    INTRODUO

    O meu nome Serapis. Geralmente, costuma associar-se este nome s antigas Escolas dos Mistrios; a minha energia, porm,

    muito mais antiga. Embora tenha sido venerado neste planeta como o Deus Osris na Atlntica, como Hermes Trimegisto e como Thoth; a minha actividade na Terra muito mais antiga do que isso.

    Uma vez que as actividades das Escolas dos Mistrios, obviamente, no eram reveladas ao pblico, criaram-se lendas acerca dos ensinamentos e dos ritos de iniciao. Estes ritos eram deliberadamente restritivos a fim de gerar temor e respeito por parte do pblico em relao aos iniciados; no entanto, a principal razo para essas restries to rigorosas era a de mudar a imagem dos prprios iniciados: eles acreditavam que superando as provas se tornavam possuidores de poderes, habilidades e conhecimentos psquicos especiais! Esta crena, claro est, fazia com que a aquisio de tais conhecimentos e habilidades se tornasse muito mais fcil. Muitos dos iniciados, todavia, no compreendiam que todas as outras pessoas tambm possuam essas habilidades, e que somente a ignorncia delas mantinha esse potencial em estado latente. Ou seja: Todos podiam ascender, mas os iniciados acreditavam que somente eles o podiam fazer1

    Isto traz-nos at ti. Podes no te ver como um iniciado de uma moderna escola de mistrios, mas isso

    que tu s. A maior parte das coisas que se ensinava aos iniciados da antiguidade est disponvel, hoje em dia, de forma generalizada em livros, incluindo este. O mesmo ocorre, alis, com os tipos de instrues que eram fornecidas para desenvolver as habilidades psquicas. Se isto te surpreende, lembra-te de que, antigamente, a maioria da populao no sabia ler e era governada por aquilo a que chamarias superstio primitiva.

    Mas tu tens ainda outra vantagem sobre os iniciados das antigas escolas dos mistrios: nesse tempo, a ascenso era uma experincia pessoal e individual; hoje em dia, porm, o planeta inteiro est a dirigir-se para uma ascenso planetria. Para que todos possam fazer as mudanas necessrias num curto lapso de tempo, muitos seres, tal como eu, esto a preparar o caminho para que vos seja possvel acompanhar o passo do progresso do planeta.

    Portanto, estou aqui para vos falar da ascenso, da vossa iminente ascenso, e no de um acontecimento histrico distante. Estou a falar de mudanas que j esto a verificar-se e que se prolongaro ao longo dos prximos anos.

    Neste livro vamos analisar a ascenso pessoal e a planetria, de que forma isso vos afecta e como podem fazer para que o processo seja mais suave. Este livro um guia para um novo territrio; trata daquilo que vo encontrar e de quem vo conhecer. Ser-vos- apresentado um novo vocabulrio para que possam conversar com os companheiros de viagem, com um mnimo de mal-entendidos... embora devam compreender que a jornada de cada um nica.

    Estou a usar este canal em particular porque ele pertence minha prpria energia e, portanto, as

    nossa vibraes equilibram-se bem. Alm disso, ele possui uma extensa experincia tcnica; apesar de este livro no ter carcter tcnico, necessito de alguma preciso para descrever como se manipula a energia. No plano fsico, as leis da energia so diferentes mas, ainda assim, h leis. Por isso, desejo passar-lhes claramente qual o seu verdadeiro significado.

    Usem este livro como um meio para informar o intelecto sobre o processo de ascenso. O eu-esprito de cada um de vs assegurar que os outros nveis dos vossos seres tambm recebam a mensagem, uma vez que a ascenso um esforo comunitrio. A conscincia dos vossos corpos e a energia emocional so capazes de aprender atravs do conhecimento directo, sem que exista qualquer linguagem intermediria. Por conseguinte, fiquem tranquilos porque esses outros nveis tambm recebero a mensagem.

    Leiam sobre o processo, reflictam sobre o assunto e discutam-no. Porm, nem por um momento julguem que a palavra escrita a nica coisa que esto a receber; no nvel do esprito j todos vocs trabalharam comigo no imenso ponto do agora... apesar de poderem pensar que se tratou de uma experincia de vidas passadas. Sim, conhecemo-nos uns aos outros, e construmos um lao de confiana e amor durante longos perodos.

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    Se, neste momento, decidires continuar a ler este livro, fica a saber que a tua vida ir mudar apenas por passares a conhecer o seu contedo; assim, l-lo, acaba por ser um compromisso com a tua ascenso pessoal.

    Este livro um guia prtico para um processo que j est em movimento; trata-se de metafsica no seu sentido verdadeiro a fsica que est para alm da fsica - e descreve as experincias que vocs podem praticar dentro da segurana da vossa prpria aura.

    Notem que no lhe chamei O MANUAL PARA A ASCENSO, pois ele , apenas, um de muitos livros que esto a surgir neste ponto do processo.

    Este livro tem duas partes: A Primeira Parte assenta as bases e faz a introduo dos campos de energia. Servi-me de palavras

    simples para que ningum necessite, previamente, de conhecimentos especficos. Tambm faremos uma breve abordagem acerca dos acontecimentos que conduziram o planeta at ao ponto presente.

    A Segunda Parte, prtica e aborda o que podes fazer para acelerar a tua ascenso pessoal e, atravs dela, a do planeta. De facto, dado que o planeta um grande campo energtico, cada passo que ds na direco da tua ascenso pessoal, no apenas facilita a tua vida, mas, tambm, a de todos os outros.

    Tu s, portanto, um lder atravs do exemplo! Sabemos que, desde que a imprensa foi inventada, tens andado a ser bombardeado com obras sobre

    metafsica; porm, nunca antes este tipo de livros foi to importante. A ascenso planetria um facto no negocivel; e j est estabelecido um marco no tempo, o qual

    por estar to perto, no nos deixa muito tempo para debates. Assim, encara isto com a mesma urgncia com que ns, que estamos fora do plano fsico, encaramos.

    Na tua qualidade de Trabalhador da Luz, comeaste a preparar-te para este trabalho de abandono do

    plano fsico, precisamente no momento em que propuseste colaborar na concepo do processo de encarnao que haveria de ocorrer neste planeta. Assim, o nosso propsito aqui orientar o impulso final a tua ascenso pessoal; no entanto, independentemente do quanto possamos impulsionar-te, preciso um envolvimento consciente da tua parte.

    Compartilha este material com os teus amigos, forma grupos para brincar com os exerccios

    apresentados, fala da ascenso a quem esteja na disposio de te escutar... e tambm queles que no esto para te ouvir!

    importante que todos saibam o que est a acontecer para que se evite uma confuso macia. Vocs esto a entrar, colectivamente, na gloriosa concluso de uma gloriosa experincia e o cenrio necessrio para tanto j est pronto.

    O Universo inteiro est cheio de expectativa! Por conseguinte, desempenha o teu papel com alegria. Eu sou Serapis.

  • 6

    PRIMEIRA PARTE

    ASCENSO: O QUE ?

    A ascenso , basicamente, apenas uma mudana de frequncia, uma modificao de foco da conscincia. 1

    Este livro considera a energia como aquilo que est na origem de todas as coisas, a qual se combina de formas indescritivelmente complexas para te formar a ti, e a tudo o que conheces e no conheces. As duas principais caractersticas, ou qualidades, da energia so:

    Amplitude.

    Taxa de vibrao, ou seja a frequncia.

    O teu corpo fsico, as emoes, os pensamentos e o esprito, tudo, est feito dessa coisa que se combina sublimemente para te converter em um ser que nico em todo o Universo. Ora, porque a energia que te conforma possui uma frequncia, tu podes alter-la! Aqui tens, pois, tudo o que a ascenso: medida que elevas a frequncia mais baixa do teu corpo fsico, ele torna-se menos denso e incorpora, gradualmente, a energia de frequncias mais elevadas! medida que isto ocorre, vers e pensars coisas que no te eram possveis antes. Literalmente, converter-te-s num ser da 5 dimenso, operando e trabalhando com seres da 5 dimenso. Como as frequncias mais baixas aquelas do medo e da limitao - tero desaparecido, passars a viver num estado a que chamars xtase, em unicidade com o teu esprito e com o esprito de todos os outros. Isto a ascenso!

    Agora, necessitamos de definir outro termo esprito - porque, de facto, a tua noo acerca do que o teu esprito, o meu esprito, o esprito dele, o esprito dela e assim sucessivamente, um conceito linear, limitante e, muito simplesmente, errado. Quando fores capaz de transcender os nveis mais baixos da separao do plano fsico, passar a haver somente ESPRITO uma energia sempre mutvel que , e est, em unicidade consigo mesma. Trata-se de uma energia que tu conheces atravs de designaes como Deus, Tudo O Que , Fonte, Grande Esprito, etc.

    Pela minha parte, neste livro, utilizarei o termo ESPRITO (com maisculas) sempre que me referir unidade; quando houver necessidade de aludir separao preferirei o termo eu-esprito. Nesses casos, estarei a citar aquela poro individualizada do ESPRITO que relaciono contigo, com esta tua encarnao e com todas as outras experimentadas ao longo do tempo; tambm associarei eu-esprito com os nveis no fsicos, mais elevados, do teu ser. Lembra-te, porm, de que uso esta definio apenas por questes de facilidade de entendimento, pois s h um ESPRITO.

    O ESPRITO uno mas parece individualizar-se para poder executar uma funo especfica, por

    exemplo: tu. Ele opera atravs de um pequeno ponto, de um foco especfico da tua conscincia que est concentrado no interior do teu corpo fsico. Isto aquilo que se conhece a si mesmo como o tu, como a tua personalidade, e aquilo a que chamo o eu-ego.

    O teu eu-ego , evidentemente, uma manifestao do teu eu-esprito, mas possui uma caracterstica particular, prpria de todos os eu-ego: desconhece que pertence ao ESPRITO. Quero dizer, desconhecia at agora!

    No uso, claro, o termo eu-ego para te diminuir, mas para desviar a tua ateno dessa parte de ti, que olha para fora, e reorient-la para quilo que, na verdade, s: um ponto focal que olha para dentro desde o interior do teu eu-esprito.

    Isto, por sua vez, a funo do ESPRITO. Por outras palavras, tu s o ESPRITO em aco.

    1 - Todas as frases destacadas em negrito so da responsabilidade da traduo portuguesa.

  • 7

    CAPTULO I

    O QUE A ENERGIA?

    Tu possuis um determinado nmero de corpos. Ests familiarizado com um deles, o corpo fsico, embora j no se passe o mesmo com o corpo emocional, o corpo mental e o corpo espiritual. Todos estes corpos so compostos de energia. Esta energia, porm, no pertence ao espectro electromagntico que integra a luz, as ondas de rdio e os raios X, etc., que se mede por comprimentos de onda e que vocs bem conhecem. Esta energia de que falo encontra-se por detrs dessa outra, por detrs daquilo a que chamas matria. Trata-se de uma energia que no pode ser detectada pelos instrumentos dos cientistas, porque esses aparelhos tambm so feitos de matria... e nenhum artefacto pode detectar frequncias mais elevadas do que aquelas de que feito!

    Esta energia de frequncia mais elevada a energia da Fonte, a partir da qual derivam as diferentes frequncias da energia dessa 3 dimenso onde ests, uma das quais, por exemplo, conheces como luz. Embora a energia seja um contnuo, podemos pensar nela, no que diz respeito ao nosso tema, como uma quantidade infinita de unidades, onde cada uma delas dispe de um tipo particular de conscincia.

    Estas unidades de energia concordam em integrar esquemas de conscincia de ordem muita elevada, tais como eu mesmo ou as clulas do teu corpo. Esta energia , portanto, o que eu e tu somos; dela que somos feitos. E o estado de alerta por ela alcanado constitui, por sua vez, a base da conscincia que temos acerca de ns mesmos. Como resposta, o nosso sentido de ser organiza essas unidades de energia e fornece-lhes uma estrutura psicolgica, mediante a qual elas podem expressar-se a si mesmas.

    O Universo est organizado para permitir que alguns estados de ser da energia, tais como eu mesmo,

    possam desempenhar uma funo. Qualquer nome que usemos faz referncia funo que estamos a desempenhar quando nos comunicamos com vocs e nenhum deles implica que haja qualquer identidade dentro do ESPRITO. Qualquer nome que eu use tem o nico propsito de ser conveniente comunicao com a tua mente consciente. Apesar de ter plena conscincia de ser energia pura do ESPRITO, no me considero possuidor de outra identidade distinta daquela que desempenho. Assim, sou a energia que, neste momento, constitui o estado de ser denominado Serapis.... mas esta energia est a elevar-se e a mudar constantemente!

    Atravs desta explicao facilmente poders deduzir que a energia est dividida em oitavas: a Fonte ocupa a oitava mais elevada e o plano fsico representa a mais baixa. Eu e outros nveis do teu ser existimos e desempenhamos as nossas funes nesse leque de oitavas. Imagina-as como se fossem as vrias bandas do teu rdio FM; e imagina cada ser, eu ou tu, como se fosse uma determinada estao. Cada estao capta uma faixa diferente de frequncias; cada um de ns, porm, opera em todas as bandas. Ocupamos a mesma posio relativa em cada banda, elevando progressivamente a frequncia. Para usar a analogia de um teclado do piano, digamos que somos feitos da mesma nota relativa em cada uma das suas sete oitavas. Se as tuas notas individuais, dentro de cada uma destas sete oitavas, fossem todas tocadas simultaneamente, o som resultante seria a totalidade do teu ser: um som muito harmonioso!

    Nota que estas analogias esto muito longe de poder transmitir-te a realidade. H muitas bandas e, em

    cada uma delas, h um nmero infinito de notas. Ora, tambm nestes nveis vocs se mesclam permanentemente com outras energias para realizar certas funes. No somente o meu ser que est composto de energia. Qualquer coisa que conceba manifestar-se- atravs da ulterior organizao das unidades de energia: quando pretendo criar algo, seja um tomo ou uma galxia, comeo por projectar um campo receptivo, anlogo ao espao, e logo irradio unidades de energia para o seu interior, organizadas de acordo com a minha inteno ou com as minhas formas de pensamento.

    A nica maneira de criar algo organizando este fornecimento ilimitado de unidades de energia, de acordo com a inteno. Assim, no s o ser que conheo como eu mesmo, mas tambm tudo aquilo que crio ou destruo, composto de energia.

    Repito: esta energia no nem o calor nem a luz que conheces, mas sim uma energia muito mais subtil... mais parecida com energia de um dos teus pensamentos.

  • 8

    Isto suscita muitas perguntas interessantes acerca das dimenses da energia, tal como, por exemplo a natureza do espao e do tempo.

    I.1 - O ESPAO Disse, acima, que quando pretendo criar algo, comeo por projectar um campo receptivo, anlogo ao

    espao, em cujo interior irradio unidades de energia de acordo com a minha inteno. Esta ordem de espao , porm, muito mais elevada do que a do espao fsico onde tu ests; desde o ponto de vista terreno, no seria preciso nenhum espao em absoluto. No entanto, ele to detalhadamente real para mim, tal como as dimenses de um quarto o so para ti. Eu projecto, ou imagino, este espao... tal como outros, como eu, esto projectando o espao tridimensional no qual tu vives!

    J poders ter ouvido dizer que o espao fsico nada mais do que uma forma de pensamento ou a

    construo de uma ideia. Ora, isto levanta a seguinte pergunta: - Quem que tem esse pensamento? Tranquiliza-te! H entidades imensas pensando, mui diligentemente, o teu espao tridimensional,

    mantendo-o com uma claridade e uma concentrao que no podem ser descritas. Muitos seres humanos participam nisso atravs dos seus nveis superiores! O espao por ns concebido o mais adequado energia, tal como uma estrada asfaltada mais

    adequada aos veculos do que o terreno que est por baixo dela; ou tal como um fio metlico conduz melhor a electricidade do que o ar que se respira.

    O espao, portanto, um campo criado para conduzir a energia! Nas dimenses superiores ns criamos o nosso prprio espao; porm, na 3 dimenso onde vocs

    esto, os vossos nveis mais altos aqueles que vibram nas dimenses superiores - criam o espao fsico... para que os seus prprios nveis mais baixos possam viver no plano fsico!

    Este espao , simultaneamente, um campo unificador e um campo separador: unificador, porque permite que aquilo que irradiamos para dentro dele possa interagir; separador, porque est organizado para que as radiaes no se sobreponham. Imagina o contacto entre dois objectos, por exemplo um livro e o apoio que, na prateleira, o mantm de p. O livro e o apoio no se interpenetram porque o tipo de energia que projectamos mantm os seus campos separados.

    I.2 - O TEMPO Desde a minha perspectiva - e tambm desde a perspectiva dos nveis superiores do teu prprio ser - o

    tempo, tal como o conheces, muito simplesmente, no existe! Eu, e os nveis superiores do teu prprio ser, participamos plenamente no presente, passado e futuro

    deste planeta, simultaneamente. Sou consciente, com uma certeza semelhante que tu tens em relao tua actual encarnao, de que algumas fraces da minha energia esto encarnadas em muitos stios da histria da Terra. Deve-se isto a que no estou constrangido por um crebro linear, mas utilizo o conhecimento directo. Esta a grande diferena entre ns.

    O crebro humano opera de forma sequencial, com um tempo finito, necessrio para processar qualquer informao sensorial. Sem desdenhar da sua assombrosa estrutura, o crebro e o sistema nervoso so lentos. Quando queimas um dedo, tira-lo do lume ou sacodes a brasa; entre o contacto inicial e o acto de soltar a brasa pode decorrer at um segundo; outros projectos mais complexos, porm, tal como desenhar uma casa ou um sistema por computador, podem ocupar-te por meses, ou anos, devido ao tempo necessrio para processar os pensamentos no crebro.

    Alguns projectos so to extensos que no podem ser concludos no lapso de uma s vida do participante; assim foi criado o conceito da histria! Algum que nasa hoje deve ser informado do que ocorreu no planeta at data, ou, pelo menos, de algumas partes seleccionadas do que se passou. Algumas pessoas passam toda uma vida registando as ocorrncias e contando-as aos outros; tudo isto porque as ligaes do crebro demoram uns quantos milisegundos a ocorrer.

    Os nveis no fsicos do teu ser no possuem esta limitao. Atravs do conhecimento directo da energia que compe os acontecimentos, a esses nveis ou a mim no nos custa nada fazer a conexo com qualquer ponto do passado ou do futuro do teu planeta.

    Sugiro que tentes visualizar como se sente isto: imagina que vibras na frequncia mais elevada do teu prprio estado de conscincia e que ests a olhar para baixo. Ento vs vrias pessoas, cada uma das quais est num momento distinto da histria. Ento, atravs da simples inteno, podes misturar-te com

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    qualquer delas ou com todas, simultaneamente. Dado que tu s elas, podes converter-te nelas e conhecer cada faceta do que esto a pensar e a sentir!

    Um exemplo: imaginemos que s, simultaneamente, um especialista em cristais da Atlntida, um soldado romano, um campons medieval e, claro, o tu desta encarnao. Tenta sentir como cada uma dessas funes percebe o tempo, como o percebes tu desde o momento em que ests, e como interagem todos, entre si.

    Mas, ateno: tudo foi cuidadosamente planeado, desde o incio, para que assim fosse! Todavia, no tinha que ser, exclusivamente, desta maneira; com outras espcies, em outros sistemas

    de realidade isto feito de forma muito diferente. A tua espcie, em particular a um alto nvel do ESPRITO tomou a deciso colectiva de criar a

    sensao da passagem do tempo e, assim, beneficiar de vrias ferramentas de aprendizagem! Uma delas - o karma ou a Lei do Equilbrio baseia-se no conceito de que se a pessoa X afecta, de

    alguma forma, a vida da pessoa Y, ento, como efeito disso, deve haver uma reciprocidade. Logo, Y dever afectar a vida de X da mesma forma, ou forma similar e, assim, criar um equilbrio energtico.

    Bom, simplifiquei bastante, pois existem muitas excepes a esta reciprocidade. Seja como for, desde a perspectiva de X e de Y, no plano fsico, X tem de actuar primeiro e s depois actuar Y.

    Vejamos: De facto, era necessrio ter algum marco de referncia para que as coisas no ocorressem ao mesmo tempo. Se no fosse assim, X e Y seriam incapazes de destrinar qual deles era a causa e qual deles era o efeito. Para resolver este problema, vocs conceberam a percepo do tempo linear para funcionar como marco de referncia. Bom, de facto, no tiveram que criar nada de novo; limitaram-se a perder a capacidade de experimentar o tempo simultneo! E a matriz do crebro, que a espcie escolheu para o corpo do ser humano, respeita perfeitamente essa caracterstica.

    claro que, desde uma perspectiva mais elevada, as aces de X e de Y ocorrem simultaneamente, pelo que o intercmbio energtico de ajuste depende, somente, da coreografia dos nveis no fsicos de X e de Y.

    Alonguei-me na explicao do ponto do tempo simultneo porque isto explica a razo pela qual a

    energia disponvel para criar ilimitada: a mesma unidade de energia pode estar facilmente em inumerveis pontos da linha do tempo fsico, mediante a simples declarao da sua inteno. A mesma unidade de energia pode conformar, simultaneamente o gorro do cortador de cristais da Atlntida, a espada do romano e o cavalo do campons. Considerando a natureza brincalhona da energia, essa unidade de energia vai divertir-se imenso com a ironia envolvida no processo!

    Estou a falar da tua percepo em relao ao tempo, no na sua diviso arbitrria em unidades, tais como horas, minutos e segundos. Este tipo de diviso resulta, apenas, do tamanho da vara de medio. Agora: o tempo do relgio parece-te muito real porque est baseado, aparentemente, no movimento do planeta volta do sol. Ora, no existe nenhuma razo real para organizares as tuas actividades de acordo com a luz e a obscuridade. Muito simplesmente, isso conveniente... tal como conveniente ter o planeta a girar volta do sol, equilibrando as foras centrpetas e centrfugas.

    Por percepo em relao ao tempo quero dizer que tu s capaz de perceber a durao de um acontecimento, quero dizer que percebes uma ocorrncia, depois outra, depois outra ainda. Mas, se pudesses experimentar todos os acontecimentos de uma s vez, o tempo no seria uma obstruo sensorial ou uma limitao.

    Imagina um enorme tapete feito de fios verticais e horizontais: cada fio vertical um ponto percebido

    do agora; os fios horizontais representam o espao. Os fios diagonais coloridos que formam o desenho do tapete, so os acontecimentos da tua vida, ocorrendo no tempo (vertical) e no espao (horizontal). Agora, imagina um pequeno insecto deslocando-se sobre o tapete:

    - se ele se deslocar ao longo de um fio horizontal (espao), ter de passar por cima de imensos fios

    verticais, ou seja, experimentar pontos do agora sucessivamente... mas fica preso num nico stio fsico, porque os fios horizontais representam o espao.

    Ocasionalmente, ao tropear com um fio colorido, experimenta um pedacinho da tua vida; - se subir ao longo de um fio vertical (tempo), ter de passar por cima de imensos fios horizontais, ou

    seja, experimentar pontos sucessivos do espao... mas fica preso num nico momento do tempo, no ponto do agora. Por outras palavras, experimentar tudo o que sucede atravs do espao... num nico momento. Assim, como est num determinado ponto do tempo, ver fotografias do que sucedeu em muitos pontos do planeta nesse determinado instante... incluindo o que se passou na tua vida.

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    Obviamente, se o nosso insecto se tornasse inteligente e decidisse seguir ao longo de um dos milhes

    de fios diagonais coloridos... experimentaria a vida inteira de uma pessoa. Ora, desde o vantajoso ponto de vista exterior tu podes ver o tapete completo: o tempo, o espao e

    a tecitura da vidas das pessoas; e, se assim o desejares, podes deixar-te cair sobre qualquer ponto da trama e experimentar as suas vidas com elas.

    Ficarias, no entanto, muito ocupado, porque rapidamente te darias conta de que existem milhes de tapetes pendurados ao lado deste, prolongando-se at ao infinito... alm de que os fios coloridos passam de um tapete para outro, entretecendo-se em trs dimenses os tais universos paralelos de que j ouviste falar!

    Mas a coisa no fica por aqui: se quiseres, ainda podes ver, embora indistintamente, uns tapetes etricos resplandecendo perto das suas verses fsicas, isto , os tapetes que correspondem aos planos superiores!

    Ser que existe algum observando-te, tal como tu observaste o insecto medida que ele se movia no tapete, com a cabecinha olhando para baixo, seguindo diligentemente um pequeno fio?

    I.3 - O MOVIMENTO Estes dois componentes o espao e o tempo conduzem a um terceiro: o movimento. Para algo se mover entre dois pontos no plano fsico preciso tempo. Historicamente, chegaste a

    precisar de meses para viajar entre a costa oriental e a ocidental dos Estados Unidos; hoje, num avio, demoras cerca de 6 horas. Mas o plano fsico tem um limite terico: o da velocidade da luz. A esta velocidade poderias fazer a viagem em apenas 1/60 avos de segundo!

    O movimento, todavia, um fenmeno especfico do plano fsico. No ocorre da mesma forma nos planos mais elevados porque o espao um plano criado: na realidade, os pontos que o compem no esto separados por nada e tudo se interpenetra.

    Os cientistas terrenos esto surpreendidos por verificarem que dois electres, em stios diferentes, parecem ser capazes de se comunicar instantaneamente. Isto acontece porque a energia consciente, que se manifesta como partculas sub-atmicas, no est no espao. A energia consciente existe no ponto brilhante do Uno, na mente de Tudo O Que , e desde a projecta imagens que parecem ser partculas sub-atmicas, electres, por exemplo. Ora, uma vez que todos os electres so projectados do mesmo ponto Uno, no surpreende que cada um deles saiba o que outro est a fazer!

    O tempo , somente, a durao percebida que necessria para que algo se mova entre dois pontos; fora do plano fsico o tempo zero, dado que todos os pontos existem simultaneamente. Assim sendo, se tu fosses um electro (o ESPRITO funcionando como electro), poderias projectar-te para o ponto A e para o ponto B ao mesmo tempo, pelo que a ideia de movimento entre A e B deixaria de ter significado!

    * * * Espero ter-te transmitido o sentido dos fundamentos do plano fsico: espao, tempo e movimento. De facto, so leis locais, arbitrrias, aplicveis ao plano fsico e s frequncias da Terra, e so os teus

    sentidos que criam a percepo delas. Sentir o espao e o tempo so funes do intelecto, as quais foram edificadas no crebro para apoiar a espcie humana sobre este planeta. Elas so ferramentas de ensino comum, tal como, nas escolas, os estudantes concordam (normalmente!) em se encontrarem numa sala, a uma determinada hora, para assistir a uma aula sobre um tema previamente combinado. Da mesma forma no nvel fsico, todos os membros de uma espcie devem pr-se de acordo no que toca a certas coisas para que a visita de campo ao planeta Terra seja significativa.

    Uso a expresso visita de campo ao planeta Terra propositadamente, pois importante que amplies a tua percepo at teres conscincia de ti mesmo como um imenso ser que est de visita a este recanto do Universo; um ser capaz de fazer certas habilidades com a energia a fim de poder desfrutar de pequenas escapadelas ao plano fsico, chamadas encarnaes... embora cada vez que isso acontece seja preciso engendrar um corpo fsico e uma personalidade diferentes. E, assim, tudo se torna muitssimo interessante. Estas escapadelas, porm, podero ser agradveis... ou desagradveis, se te esqueceres de quem s. Seja como for, o que interessa que aprendas o mximo em cada uma delas!

    No captulo seguinte, entraremos mais profundamente na natureza da matria fsica, enquanto onda

    permanente da oitava mais baixa da energia, e demonstraremos quo fluido aquilo que tu acreditas que slido.

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    CAPTULO II

    A NATUREZA DA MATRIA At agora abordei a diferena entre o plano fsico e as dimenses mais elevadas, embora, na verdade,

    no haja diferena nenhuma porque todas as dimenses so feitas da mesma coisa, tal como as sete oitavas de um piano so todas som: a nica diferena de tom e frequncia.

    Num piano, como cada oitava (sequncia das sete notas: d, r, mi...etc.) reproduzida sete vezes, as notas individuais de qualquer oitava so harmnicas mais altas das que esto nas oitavas mais baixas.

    Todavia, existe um seno: supe que tens um defeito de audio que s te deixa ouvir a oitava mais baixa. Neste caso, as notas graves vo soar-te muito reais; porm, quando as mos do pianista se deslocam para a direita do teclado em direco s notas mais agudas, vers o movimento do seus dedos mas no ouvirs nada. Sentir-te-s confundido, claro, se as pessoas se referirem aos sons que no ouviste. Talvez at te enfureas e as acuses de inventarem essa coisa das vibraes mais altas. Concluirs que no esto boas da cabea e afastas-te encolhendo os ombros. Todavia, talvez sintas carncia e desapontamento quando ouvires referncias beleza da Sonata ao Luar!

    Porm, como reagirias se algum te dissesse que, com um pouco de prtica, poderias passar a ouvir as notas mais altas?

    Esta analogia do piano muito til, porque a inteno dos cinco sentidos fsicos detectar, somente,

    algumas das oitavas do universo que te rodeia. Os sentidos podem detectar as oitavas mais baixas... mas no se apercebem das mais elevadas do Universo. Mas tu possuis outros sentidos cuja funo detect-las. Esses sentidos, porm, permanecem latentes na maior parte dos seres humanos. Tais sentidos trabalham e interagem, permanentemente, com a energia das frequncias mais elevadas, s que o crebro filtra e elimina esses sinais. algo propositado e conveniente, uma vez que os humanos no poderiam manter-se concentrados no plano fsico se fossem bombardeados por toda a informao adicional disponvel num determinado momento.

    Imagina que ests a ler isto e, simultaneamente, vais tomando conhecimento de todas as consequncias possveis do facto de leres estas linhas, tanto para ti como para os teus familiares e amigos; alm disto, imagina que tambm tinhas conscincia dos pensamentos e das emoes de todos os que te rodeiam e da forma como eles ressoam com o resto das suas encarnaes.

    O mais engraado que, quando qualquer tipo de informao extrasensorial se intromete na tua conscincia e te vs forado a reconhecer esse facto, a cultura a que pertences leva-te a encontrar uma outra explicao.

    Aquilo que vs como matria fsica, no passa de energia pertencente a uma das oitavas mais baixas,

    vibrando dentro de um campo especialmente criado para esse efeito. H muitas oitavas de energia acima desta nas quais outros nveis do teu ser funcionando plenamente, vivos e alerta - realizam todo o tipo de coisas. Contactar conscientemente com esses outros nveis do teu ser algo muito fcil de conseguir; alis, isso que ocorre quando, por exemplo, crs ter uma ideia ou te sentes feliz sem razo aparente; e os sonhos so, claro, estes outros nveis do teu ser em aco, trabalhando ou divertindo-se.

    Todavia, no me refiro aos poucos e dispersos smbolos caticos que giram na tua cabea quando acordas; falo da criao e da manipulao da realidade, em grande escala, que todas as noites realizas atravs dos outros nveis do teu ser. Aquilo que pensas que sonhar, como ficares a olhar para uma casa desarrumada perguntando se a festa foi agradvel: perdeste o lado divertido e ficaste s com a desarrumao!

    Mas, ento, como que surge a matria fsica a partir desta oitava de energia mais baixa? Os seres que, de vez em quando, criam coisas fsicas (e os outros para quem essa a sua funo

    exclusiva) organizam as unidades de energia consciente em padres especficos, dentro de uma banda de frequncia particular, concebida especialmente para tal propsito. So estes padres que constituem cada uma das coisas, aparentemente slidas, que tu conheces.

    E, agora, aproximemo-nos do verdadeiro milagre do plano fsico:

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    - Estas unidades de energia consciente oriundas do plano mais elevado, surgem fisicamente como o corpo das unidades electromagnticas bsicas conhecidas como partculas sub-atmicas - esses tijolos bsicos de construo chamados electres, protes e neutres!

    Os cientistas terrenos esto prestes a detectar este processo; alguns, possuidores de uma imaginao muito frtil, j o conhecem intuitivamente.

    Por sua vez, estes blocos de construo de energia consciente (electres, protes e neutres), colaboram na formao dos tomos de um elemento em particular, tal como o carbono, o hidrognio, o oxignio, o azoto, etc.

    Um tomo pode parecer uma construo muito simples - electres que giram em volta de um ncleo

    central e, em certo sentido, assim . Mas, por outro lado, trata-se da coisa mais complexa que existe no plano fsico. A geometria e a lgebra envolvidas na concepo dos tomos que conformam o plano fsico, manteria ocupados, durante anos, a maioria dos vossos mais potentes computadores!

    A matria no ocorreu espontaneamente; foi cuidadosamente planeada, e ns fizemos questo de saber como ela se comportaria em todas as circunstncias, antes de continuarmos com o desenvolvimento da sua criao.

    No penses, nem por um instante, que o estado de conscincia que encarna o electro diminuto. O electro no uma partcula diminuta, mas sim um campo de possibilidades; uma parte do espao no qual existe esse estado de conscincia, embora de uma forma to subtil que os cientistas no podem ter a certeza. Por isso, afirmam que o electro provavelmente existe.

    Acrescente-se que este estado de conscincia que encarna o electro no plano fsico, pode colaborar em inmeros outros planos e em inmeros universos simultaneamente.

    Os tomos podem permanecer livres ou ligarem-se para formar molculas. Estas, por sua vez, unem-se

    para constituir uma forma, a qual determinada conjuntamente pelas unidades de energia em si mesmas e pela entidade organizadora. E estas entidades organizadoras assumem a responsabilidade de dirigir a energia sob a forma de tomos ou molculas, de acordo com as matrizes concebidas, por exemplo, para um cristal, uma pedra, uma clula da semente de uma planta, uma rvore, etc. A lista no tem fim, evidentemente. Estas matrizes assemelham-se muito aos computadores pessoais: alm de serem, simultaneamente, programas vivos e base de dados, tambm podem armazenar vastas quantidades de informao.

    A estrutura do ADN, que existe no corao de cada uma das tuas clulas, uma base de dados que

    contm a tua histria actual, a histria de todas as tuas encarnaes e, adicionalmente, a de toda a espcie humana!

    Por exemplo, uma rvore cresce sob a orientao de um ser de energia (chama-lhe esprito das

    rvores se quiseres), que quem concebe a matriz da rvore e organiza as unidades de energia de acordo com esse padro. Uma vez organizadas, as unidades de energia recordam-se da sua funo e continuamente mantm as partculas sub-atmicas combinadas em padres cada vez mais extensos.

    Quando olhas para uma rvore, o que ests a ver realmente energia pura organizada por um ser consciente e alerta de acordo com a matriz previamente concebida. O teu crebro, ento, atravs do hbito, descodifica esse padro de energia visual e reconhece-o como sendo uma rvore.

    Quando agarraras um tronco de uma rvore, as tuas mos e a rvore so dois campos de energia que entram em contacto; ento, o teu sistema nervoso agrega toda essa informao e descodifica o contacto como estimulao tctil. Finalmente, o crebro usa essa informao para fabricar a imagem daquilo que reconheces como uma rvore. Se um carpinteiro chega, corta a rvore e usa a madeira para construir uma cadeira, ele altera a forma que responde matriz principal. A, as unidades de energia conscientes que constituem a madeira lembram-se do seu novo padro e mantm-no fielmente at que haja outra alterao. Por exemplo, se a cadeira arder, a energia consciente das molculas de celulose reorganizam-se sob um novo padro, digamos: tomos livres de carbono, oxignio e nitrognio.

    S para ficares com uma ideia de tamanho, o espao existente dentro e entre esses tomos imenso:

    se o ncleo do tomo fosse do tamanho de uma bola de futebol, o tomo em si teria as dimenses do campo de futebol; a primeira fila de electres estaria aproximadamente colocada onde se encontra a primeira fila de assentos... e o tomo mais prximo estaria como que distncia da cidade vizinha!

    Portanto, quando falamos de matria slida, ela est, de facto, longe de ser slida! Estes electres, que tu pensas serem partculas diminutas, no pesam nada, em absoluto. Muito

    simplesmente so pacotes de energia zumbindo volta do ncleo a uma velocidade enorme. essa

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    velocidade que lhes d a sua evidente substncia, ou os deixa no estado de quase substncia, da mesma forma que uma bala disparada contra um alvo produz maior impacto do que uma bala simplesmente atirada contra esse alvo.

    Nem sequer o ncleo slido; tambm ele feito de partculas mais pequenas (neutres e protes), os quais, quando examinados de perto, mostram que tambm so formados por partculas ainda mais pequenas. Neste nvel, aproximamo-nos do ponto em que a energia pura se manifesta como aquilo que tu crs ser matria, assim como dos lapsos de tempo infinitesimalmente curtos que isso demora. Tambm estamos perto dos limites dos instrumentos fsicos. Estes instrumentos podem detectar a sbita apario de uma partcula sub-atmica... mas no a sua real transformao a partir da energia pura, porque a unidade de energia que a criou no fsica; no sendo fsica... no pode ser registada por instrumentos fsicos!

    Os fsicos concluram que a nica vez que as partculas sub-atmicas so verdadeiramente partculas

    quando as podem observar; fora disso so ondas de energia. Desta forma, jamais chegaro a conhecer a condio de um electro no observado, pelo que no existe uma forma de determinar a estrutura bsica do plano fsico ou de explicar como funciona.

    Num nvel mais profundo, estamos a falar de irrupes de energia consciente para dentro do plano

    fsico. Esta energia, ao deslocar-se a velocidades incrveis, aparenta solidez... da mesma forma que as ps de um ventilador elctrico em movimento rpido do a sensao de serem um disco slido!

    Assim sendo, o mundo material no passa de uma iluso? Sim. Todo ele feito de hologramas e de ondas estacionrias. A base de qualquer tipo de organizao da energia em matria a onda estacionria. Esta ideia vital

    para poderes entender o que s e como te manifestas. O que se segue pode parecer fsica mas, de facto, a essncia da metafsica.

    II.1 - HOLOGRAMAS Se estiveres familiarizado com o fenmeno conhecido como holograma, sabes que a imagem de um

    objecto pode ser capturada numa pelcula especial, combinando dois raios de luz laser, um deles reflectido a partir do objecto, mas o outro no. Estes dois raios interagem entre si para criar uma imagem especial sobre a pelcula; quando o raio laser volta a passar atravs dela, uma imagem trimencional do objecto aparece flutuando no nada. No entanto, ao contrrio das fotografias, a imagem da pelcula hologrfica no se assemelha com a do objecto original; surge como um conjunto de crculos concntricos, denominados padres de interferncia. Se o raio laser projectado sobre qualquer fragmento da pelcula, a imagem volta a surgir, ainda que um pouco menos ntida, uma vez que a imagem ocupa a pelcula completa.

    Portanto, h aqui dois aspectos distintos a considerar: 1 - A matriz, ou seja, a imagem do objecto impressa na pelcula (o padro implcito). 2 - A imagem projectada (o padro explcito). A analogia do holograma oferece algumas pistas importantes sobre a natureza da realidade e acerca de

    como podes trabalhar com ela. Assim, tambm aqui h dois aspectos distintos a considerar: 1 - A realidade quotidiana das tuas experincias (a imagem projectada - o padro explcito); 2 - A matriz dessa realidade (ou o padro implcito) que permanece oculto para ti. Aqui tens a razo pela qual uma partcula sub-atmica pode estar em toda a parte ao mesmo tempo: a

    sua matriz est dispersa ao longo de todo o padro implcito! Isto contradiz, claramente, a fsica clssica que descreve o mundo fsico como um conjunto de coisas

    discretas e locais, todas elas interactuando de muitas formas limitadas. Finalmente, estamos em condies de chegar a uma concluso importante: Imagina que a matria, tal como a conheces, feita de ondas sub-atmicas e est organizada de forma

    a formar padres de ondas tridimensionais (o padro implcito). Ento, esse milagroso rgo chamado crebro humano detecta esses padres projectados e constri, a partir deles, o que aparenta ser uma realidade objectiva (a imagem projectada - o padro explcito).

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    Esta realidade parece-te slida e real porque... o teu corpo fsico tambm uma imagem

    tridimensional projectada! A realidade no , por conseguinte, algo objectivo que existe l fora, mas sim algo subjectivo aqui

    dentro; alm disso, distinta para cada ser humano. Logo, tudo isto faz com que tu sejas o qu? Sers tu um padro implcito de carne e osso ancorado num mundo slido? Ou s a imagem difusa de um padro implcito de um holograma, desdobrando-se no meio de um imenso remoinho de padres maiores?

    E qual o papel da conscincia em tudo isto? Ser ela a luz que brilha atravs dos padres ocultos na pelcula fotogrfica? Ou ser o prprio padro?

    Bom, pois ambas as coisas! A conscincia d forma tanto s matrizes ocultas (o padro implcito) a partir de outras ainda mais

    remotas, como luz que brilha atravs dessas matrizes para que seja projectado o que os teus sentidos captam.

    Todavia, estamos a falar de funes distintas da conscincia. A conscincia sub-atmica cria os blocos

    de construo da matria, ao passo que outras partes da dela os organiza em padres ainda mais complexos: as clulas, os rgos fsicos, as emoes, os pensamentos. E todos estes componentes do teu ser terreno se mantm conscientes, cada qual sua maneira. Mais: a tua conscincia pessoal interage com todas as outras conscincias, pertenam elas aos seres vivos ou aos chamados seres inanimados.

    Sei que tudo isto suficiente para fazer saltar os fusveis do corpo mental de qualquer pessoa; mas

    importante saberes quo fluida a realidade, para que sejas capaz de a manejar. Se acreditasses que a tua composio inaltervel, decerto no te autorizarias a mudar. Por exemplo, tu sabes que imensos padres de comportamento antiqussimos esto armazenados nas clulas do teu corpo fsico; ora, se as clulas fossem inalterveis e a energia desses velhos padres de comportamento ficasse ali aprisionada, como poderias livrar-te de tal coisa?

    E, dado que as clulas so a projeco de uma matriz oculta (o padro implcito), o que aconteceria se fosses capaz de reformular essa matriz ou a forma como ela foi projectada?

    Ora, tu possuis a ferramenta necessria para fazer isto: a conscincia. Tal como veremos mais frente, a espcie humana est envolvida na busca da criao de uma

    realidade, mas tornou-se to eficiente a criar realidades... que j no se apercebe desse envolvimento! Cada coisa que experimentas , no s o resultado directo dos teus esforos para criar uma realidade,

    mas tambm da projeco fiel das tuas matrizes internas. Se no te apercebes de que experimentas o resultado directo dos teus esforos para criar uma realidade ou de que s capaz de reformular essa matriz ou a forma como ela foi projectada, continuars a criar a mesma antiqussima realidade... o que no nada divertido!

    As coisas, porm so muito mais maleveis e plsticas do que imaginas. Mais adiante isso provar ser de grande importncia.

    As tuas emoes e pensamentos provm da tua matriz interior (o padro implcito), e o teu quotidiano

    a imagem projectada (o padro explcito). Por conseguinte, as tuas emoes e pensamentos pessoais interagem com as emoes e pensamentos alheios, tal como tu, ao viveres a tua vida, interages com a vida das outras pessoas. No entanto, o que cada um pensa e sente desempenha um papel fundamental naquilo que lhes acontece.

    A realidade, tal como a conheces, projectada a partir de uma gama de matrizes parecidas com hologramas. Embora as matrizes estejam em nveis distintos para poderem ser removidas da realidade ordinria, as imagens que elas projectam esto sobrepostas. E se verdade que as imagens das frequncias mais baixas dessas matrizes parecem ser slidas (desde o ponto de vista do teu corpo slido!), tambm certo que aquilo a que chamas espao est repleto de imagens das frequncias mais elevadas, evidentemente no slidas. E todas coexistem umas com as outras.

    Tu mesmo s formado por muitas projeces a fsica, a emocional, a mental e a espiritual a partir de matrizes preparadas por ti mesmo enquanto ESPRITO, as quais so, por sua vez, projeces de outras matrizes provenientes de frequncias mais elevadas.

    O mais importante de tudo isto que tu podes conceber e alterar matrizes atravs da visualizao! A criao da realidade funciona nos dois sentidos: Se desejas atrair para ti uma determinada situao agradvel, podes conceber a matriz dela e, depois,

    verificar como se projecta no plano fsico sob a forma de acontecimentos que podes experimentar; se

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    desejas livrar-te de uma situao desagradvel... e lhe resistes em vez de visualizares um quadro diferente, ests a cometer um erro triplo: reforas a matriz, fortaleces o mecanismo de projeco e perpetuas a situao indesejada. Bom, e se a coisa chegar doena, tambm podes usar a visualizao para reparar a matriz do rgo afectado e recuperar a sade!

    Assim, a conscincia que est profundamente ancorada na tela da realidade - o padro por detrs da realidade objectiva (o padro implcito), e de cada ocorrncia na histria do Planeta Terra (o padro explcito).

    A srie televisiva O Caminho das Estrelas: A Gerao Seguinte um excelente exemplo de criao da realidade: a plataforma de hologramas da nave Enterprise capaz de criar imagens de objectos e de pessoas que operam dentro dos parmetros concebidos pelos programadores da realidade. Qualquer alterao subtil no programa poder alterar, digamos, o nvel de agressividade de um carcter hologrfico ou desactivar uma situao ameaadora. No entanto, ao contrrio do que acontece nas aventuras da Enterprise, os hologramas da actualidade (uma bala hologrfica, por exemplo!), podem matar-te; at um monstro hologrfico te pode devorar... a menos que possas dispor da matriz que o gera!

    A srie da TV decorre no sculo XXIV mas a tecnologia para esculpir a energia desta forma estar disponvel muito antes disso.

    Tudo isto nos conduz questo de como que o plano fsico se formou. Uma imagem hologrfica , de

    facto, formada por luz contida dentro de um invlucro com uma forma especfica daquilo que quer representar. Mas apenas uma imagem que representa a matriz original. Toda a informao necessria para gerar esta imagem est codificada na pelcula. E o invlucro, na realidade, uma espcie de onda estacionria.

    II.2 - ONDAS ESTACIONRIAS Quando eras mais novo, se calhar, numa das tuas brincadeiras com um amigo, experimentaram esticar

    uma corda que puseste a vibrar aplicando-lhe uma pequena pancada. Com essa aco, fizeste com que uma pequena onda deslizasse pela corda, atingisse a mo do teu amigo e regressasse a ti. O que se moveu ao longo da corda foi energia. A corda deslocou-se para baixo e para cima, mas no ao longo do seu comprimento.

    Se os dois tivessem feito vibrar a corda ao mesmo tempo, duas coisas poderiam ter ocorrido:

    1) se ambos tivessem pulsado a corda da mesma maneira (por exemplo, de cima para baixo), conseguiriam uma onda com o dobro do tamanho, a meio da corda, ou

    2) se um tivessem puxado a corda para cima e o outro para baixo, as ondas interfeririam uma com a

    outra e anulavam-se.

    No primeiro caso, a interferncia entre as ondas foi positiva; no segundo, foi destrutiva. Imagina agora uma corda mais curta, sob tenso como a de uma guitarra, que produzir um som

    caracterstico. Se a percutires, introduzes-lhe energia bruta, a qual, naturalmente, adopta certos padres. O padro mais forte uma onda cujo comprimento igual ao da corda, digamos: um metro. Mas outras ondas se formaro com comprimentos equivalentes a 1/2, 1/3, 1/4, etc. do tamanho total da corda, ou seja, 50 cm, 33 cm e 25 cm, respectivamente. Estas so as chamadas ondas estacionrias que formam uma famlia com base no comprimento de onda natural da corda. A combinao particular de ondas estacionrias o que confere a um instrumento o seu timbre individual ou a sua assinatura tonal.

    O importante acerca destas cordas vibratrias que duas cordas idnticas, sob condies idnticas, geram sempre a mesma onda natural e respectivas harmnicas. Se duas cordas idnticas forem colocadas uma junto da outra, e se uma delas for percutida, gerar um campo de energia sonora que a outra captar. Se esta segunda corda estiver afinada no mesmo comprimento de onda da primeira, ressoar por simpatia.

    Esta ressonncia supremamente importante quando se lida com corpos de energia humanos... acerca da qual temos muito mais a dizer antes que termine este livro!

    E, agora, tornemo-nos malabaristas: imaginemos que s o Chefe de Sobremesas de uma nave espacial e

    que, indo para a cozinha, s capaz de fazer gelatina... sob gravidade zero. Nessas condies a gelatina mantm-se perfeitamente firme, sem necessidade de qualquer contentor que lhe d forma!

    Mas imaginemos que fazes dois tipos de gelatina, uma vermelha, outra amarela. Ento, no momento exacto que antecede a solidificao, usas a tua arte para as juntar de tal forma que se misturem s parcialmente, formando gelatina cor-de-laranja na zona de separao. Agora, se fizeres vibrar a gelatina

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    vermelha (que est por fora) dando-lhe uma pequena pancada, essa vibrao ir atingir a gelatina amarela. Se percutires a gelatina vermelha com regularidade, formar-se- uma onda estacionria, e a gelatina amarela por ter a mesma composio ressoar com a mesma frequncia.

    Imagina agora o que se passar se fores suficientemente hbil para colocar a gelatina amarela dentro da gelatina vermelha. Como que a gelatina amarela reagir?

    Como acabas de descobrir uma qualidade inata dos campos, assim como o fenmeno da ressonncia das

    ondas estacionrias entre dois campos, fcil responder: se um campo est afinado com a energia de uma frequncia em particular (gelatina amarela, que est por dentro), absorver a energia de uma onda estacionria de outro campo (gelatina vermelha, que est por fora)... e comear a vibrar a sua prpria onda estacionria!

    De facto, qualquer campo ressoa, desapaixonada e automaticamente, com a energia de um campo

    similar que esteja por perto. Isto produz uma ressonncia por simpatia... que poder ser-lhe prejudicial se o campo emissor vibrar de uma forma desequilibrada.

    Perfeito. Agora, o que te falta fazer aprenderes a comer gelatina num ambiente sob gravidade zero! Como veremos, a ressonncia afecta-te de incontveis formas, quer tu o saibas, quer no. Mas, de

    agora em diante, sers capaz de, conscientemente, usar estes conhecimentos como uma ferramenta para a ascenso.

    II.3 - CAMPOS DE ENERGIA

    A tua personalidade composta por trs campos de energia e pelos seus respectivos contedos. E a combinao entre um campo e a sua energia aquilo a que eu chamo corpo.

    Assim, o teu eu-esprito organiza a sua prpria energia em ondas estacionrias para gerar trs corpos energticos dentro dos seus invlucros respectivos - o fsico, o emocional e o mental - que depois projecta ou, se quiseres, manifesta.

    O quarto corpo o espiritual constitui-se como uma ponte entre estes trs corpos inferiores e o ESPRITO.

    Como veremos mais adiante, extremamente importante o facto de estes quatro corpos, cujas naturezas so to distintas, se projectarem ou se quiseres, se manifestarem a partir de mesma coisa.

    Vejamos, primeiro, o corpo fsico. Muitos factores determinam a forma como ele se manifesta. H muito tempo que a espcie humana

    optou por um processo de nascimento fsico em vez de, simplesmente, projectar o corpo para dentro de um campo criado pelo ESPRITO (mais tarde veremos a razo por que assim). Alm disto, a concepo foi projectada para diversificar o conjunto de genes e, assim, permitir uma infinita variedade de matrizes genticas fsicas.

    No momento da concepo, as matrizes completas de ADN dos progenitores fundem-se para formar uma terceira matriz; depois, medida que o ovo se vai subdividindo e que as clulas se vo formando, as unidades de energia consciente colaboram na formao das partculas subatmicas, depois dos tomos e, seguidamente, das molculas. Este processo supervisionado pela matriz do corpo fsico, a qual est contida nos padres gerais do prprio ADN.

    Enquanto ESPRITO, cada um de vs seleccionou, previamente, os seus futuros pais em funo da

    sua gentica, das condicionantes e das circunstncias familiares necessrias sua encarnao, prestes a ocorrer; depois, manipulou cuidadosamente o seu ADN a partir do dos progenitores escolhidos. Seguidamente, os trs, em conjunto e em colaborao com os seus eus-esprito respectivos, decidiram o momento da concepo, baseando-se em factores imensamente complexos.

    Os astrlogos ainda s vislumbraram uma pequenssima parte de toda esta complexidade; os cientistas, por seu lado, descodificaram somente uma fraco dos milhes de informaes armazenadas no ADN.

    Para alm das tuas caractersticas fsicas, o teu ADN tambm contm a histria de todas as tuas encarnaes atravs do tempo, assim como a histria de cada uma das espcies que alguma vez tenham existido ou venham a existir. O ADN pode ser entendido como uma srie de molculas mas, tal como o holograma, deve ser lido na sua totalidade para se obter o mximo resultado.

    Durante os primeiros meses de gestao, a energia consciente encarregada de construir as clulas, l o

    ADN e descodifica-o para saber que tipo de clula deve construir. As clulas em crescimento, atravs do seu prprio tipo de conscincia, afinam-se simultaneamente com o molde do corpo fsico e com o futuro

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    para se orientarem em relao a como devem crescer e desenvolver-se. Organizam-se a si mesmas e captam unidades de energia maiores para se poderem transformar, no s nos tipos de tomos necessrios, mas tambm para se multiplicarem respeitando o modelo especificado pelo ADN para a sua funo particular.

    Por exemplo, a conscincia de uma clula que vai integrar o fgado, capta energia e subdivide-se para formar outras clulas do fgado.

    Ento, o crescimento, que muito rpido no incio, vai abrandando medida que se conclui o perodo de gestao; continua aps o nascimento, durante vrios anos, at que, finalmente, se estabiliza, passando a efectuar s as reparaes que se tornem necessrias.

    assim que o corpo fsico que se prepara para nascer vai sendo construdo por ondas estacionrias (dentro de ondas estacionrias, dentro de outras ondas estacionrias), medida que a sua conscincia forma tomos, molculas e rgos. Isto decorre sob a direco do eu-esprito da entidade que vai encarnar e de algo que poder ser considerado como uma verso futura do corpo, e que serviu de matriz.

    Uma vez concebido, criado, nascido e desenvolvido at ao seu tamanho normal, tu no abandonas o

    teu corpo fsico at que se lhe tenha acabado a corda, como se fosse um relgio! Resta dizer que a energia que anima as partculas desse teu corpo se renova vrios milhes de vezes

    por segundo. De facto, ele recria-se constantemente segundo o desenho do ADN que escolheste e das formas-pensamento acerca do teu corpo fsico... que guardas na matriz do teu corpo mental!

    Os corpos fsicos dos seres humanos so entidades milagrosas, com conscincia prpria, que se auto-

    regulam de uma forma extraordinria. E tu passas a vida arquitectando a conscincia de acordo com as opinies, tuas e alheias, acerca do teu corpo fsico. De facto, atravs da ressonncia, os pensamentos e as emoes que tu mantns acerca de ti mesmo possuem um enorme impacto sobre a conscincia do teu corpo: o medo da doena ou da morte pode, literalmente, program-lo para que adoea. Estes processos so responsveis pela corrupo do ADN (o que, com frequncia, gera o cancro) e das condies normalmente atribudas ao envelhecimento. Escusado ser dizer que, ao invs, pensamentos de sade e de bem-estar programam o corpo fsico para que desencadeie os seus prprios mecanismos de cura.

    Estas explicaes s muito ao de leve afloram a complexidade do que realmente se passa; se te

    explicasse como procedes para assegurar o crescimento do teu corpo, ficarias totalmente assombrado! Mas trata-se apenas de informaes bsicas, guisa de curso, cuja inteno mostrar que o corpo fsico , na realidade, energia ordenada de ondas estacionrias... apesar de parecer um contnuo slido de partculas sub-atmicas, tomos, molculas e rgos que se vo organizando at formarem o corpo completo.

    Neste processo, cada unidade de energia est plenamente consciente do seu papel e colabora gostosamente na estrutura daquilo que, de acordo com a tua noo de realidade, conheces como corpo fsico.

    Talvez fiques surpreendido por teres aprendido que os corpos fsicos so conscientes; no me refiro, todavia, quilo que costumas entender por conscincia. O corpo sabe, por exemplo, o que deve fazer para que o corao bata, para que a digesto seja feita, para que se possa curar a si mesmo; tambm conhece os ciclos da lua, dos planetas e das estrelas, e constantemente se serve e se adapta a eles. Todavia, como composto da energia consciente que foi colhida do imenso campo planetrio... convm dizer que o planeta e o ESPRITO desempenharam um papel muito mais preponderante no teu nascimento do que os teus pais biolgicos!

    O que consideras ser a tua conscincia , realmente, uma mistura de vrios tipos distintos de

    conscincia, o que no impede que formem a unidade subjacente tua existncia:

    a conscincia sub-atmica, que conhece os imensos campos csmicos e nos quais interage com as outras conscincias sub-atmicas;

    a conscincia celular, baseada na matriz do ADN, que contm a gravao das experincias da tua vida, dos teus pensamentos e das tuas emoes;

    a conscincia do corpo, isto , a conscincia celular relacionada com algumas ideias prprias, apesar de o corpo fsico depender bastante das crenas que o corpo mental tem em relao sua prpria imagem;

    a conscincia das emoes que fluem em cada momento, sobrepostas s emoes do passado... s quais te aferras em vez de as deixares partir;

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    a conscincia dos pensamentos e das crenas com estruturas a realidade; consciencializa-te, porm, de que uma crena no passa de uma opinio acerca da realidade;

    a conscincia espiritual, intuio ou conhecimento directo. Este tipo de conscincia est relacionado com o que tem sido denominado frequentemente como Mente Universal, mas, na verdade, pertence a uma matriz oculta a partir da qual a realidade flui. este tipo de conscincia que contm, entre outras coisas, os arqutipos da tua espcie os aspectos hericos da humanidade. Atravs desta interface com a realidade fsica, tu podes aceder a outros tempos, outros lugares e outras dimenses.

    A maior parte da energia que entra na composio do teu corpo fsico provm da assimilao dos

    alimentos que ingeres; este processo, porm, est a ser gradualmente abandonado porque a energia est a deixar de ser assimilada para passar a ser, progressivamente, projectada.

    Vejamos como isto funciona: em vez da energia das protenas, dos amidos e dos outros componentes da comida ingerida, os nveis do ESPRITO do teu ser j comearam a projectar unidades de energia conscientes para dentro do teu campo fsico, cuja misso fabricar e reparar as estruturas celulares, ou seja, fazer o que, at aqui, era a funo da energia assimilada. Na verdade, o eu-esprito de cada um de vs est a reformatar, sistematicamente, as clulas do corpo fsico para que passem a ser alimentadas pela energia projectada, em vez de pela assimilada.

    Resta acrescentar que esta energia projectada provm da que est por detrs da radiao conhecida como luz solar. Portanto... tu j comeaste a formar aquilo que conhecido como Corpo de Luz!

    Cada vez mais o corpo fsico se alimentar de energia, em vez dos nutrientes fsicos, contidos no invlucro celular. Uma das consequncias desta alterao que a frequncia das clulas, e do corpo em geral, est a elevar-se.

    Com o tempo, o corpo vai comear a brilhar suavemente; a, estars num Corpo de Luz! H vrias formas distintas de desencadear esta mudana, mas, normalmente, torna-se necessria uma

    certa forma de consentimento consciente da parte de cada um de vs. A inteno deste livro oferecer-vos uma espcie de mapa de estradas, um plano do terreno que tm pela frente, para que possam envolver-se neste processo com conhecimento e entendimento. Num excelente livrinho O QUE UM CORPO DE LUZ, canalizado por Tachi-ren, o Arcanjo Ariel apresenta um programa de 12 nveis para chegar Luz, assim como os sintomas fsicos, emocionais e mentais que podem manifestar-se em cada nvel.

    Cada um dos diferentes campos (fsico, emocional, mental e espiritual) vibra de acordo com a sua

    frequncia caracterstica. Numas pessoas vibram rapidamente; noutras, lentamente, Todavia, tu fazes vibrar os teus campos numa proporo especfica em relao aos outros campos 11, 22, 33 e assim sucessivamente. Se a taxa de vibrao de um campo muda a e relao varia, sentir-te-s deslocado ou enjoado. Dado que a vibrao dos campos e das taxas relativas de vibrao so vitalmente importantes, voltaremos ao assunto na Segunda Parte deste livro.

    Para encerrar este captulo: diz-se com frequncia que a cincia e a religio so como dois comboios

    movimentando-se na mesma direco, sobre carris paralelos, num processo onde a religio se empenha na explorao do Pensador e a cincia na explorao do Pensamento. No tarda, porm, ambas se encontraro num ponto onde os carris passam a ser um s. O que acontecer ento? Bom, poder ocorrer um choque tremendo ou, pelo contrrio, pode ser que, finalmente, compreendam que Pensador e Pensamento so uma e a mesma coisa!

    O princpio organizador do Universo e a energia que compe o universo, fsico e no fsico, so a mesma coisa: um contnuo de energia consciente, vibrando em todas as frequncias concebveis e inconcebveis, organizadas com uma beleza tal que a respirao se suspende.

    E esta energia deleita-se no regozijo da sua criatividade.

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    CAPTULO III

    CAMPOS DE ENERGIA

    Observa cuidadosamente o livro que ests a ler. Vrios tipos de energia concorrem para construo deste objecto: em primeiro lugar, necessrio um invlucro de espao-tempo, o qual definido por uma onda estacionria que, literalmente, o define e faz com que esse espao possa receber a manifestao da energia; no outro extremo da escala, a onda estacionria de cada tomo um campo com, aproximadamente, a centsima milionsima parte de centmetro. Milhes de estes tomos constituem as molculas do papel e da tinta, tambm elas formando ondas estacionrias. Algumas delas esto organizadas sob a forma de cadeias de celulose e de outras substncias qumicas, orgnicas e inorgnicas. Os seus campos, na verdade, estendem-se para fora at ao infinito, mas o invlucro em forma de livro uma rea de espao de maior condutividade, enquanto que o espao fora do campo do livro menos adequado a esta energia. Esta a razo pela qual, ainda que a energia decaia verticalmente no limite do campo, no cessa por completo.

    Dentro do invlucro do campo gerado para o livro, a energia irrompe atravs da barreira para formar as partculas sub-atmicas e semi-fsicas que se tornam mais densas a fim de configurar os tomos do papel e da tinta. Finalmente, bilies de unidades de energia conscientes colaboram manifestando-se fisicamente, de acordo com o que foi visualizado por mim, pela pessoa que canalizou a informao, pelo editor e, finalmente, por ti, o leitor. Portanto, a tua funo to vital quanto a minha para co-criar e manter este livro.

    Ento, os teus olhos e o teu crebro descodificam os vibrantes padres da energia contidos nos diversos invlucros e, no meio de um milagre de organizao... ds contigo a ler este livro.

    Tudo isto, evidentemente, ocorre bem longe da tua mente consciente. Como poderias concentrar-te o

    suficiente para ler o que est escrito aqui, ou em qualquer outro livro, se, simultaneamente, tivesses de continuar a pensar no que est por detrs da sua existncia?

    Por conseguinte, o livro que tens na mo feito de energia, composta por uma variedade de

    frequncias que vai desde aquelas que constituem as partculas sub-atmicas, at s ondas maiores que definem o tamanho do papel. Este livro, porm, contm, ainda, outra frequncia: a minha!

    Por fim, a tinta organiza-se nos smbolos (as letras e as palavras) que uso para te fazer chegar o que desejo dizer-te, sendo que estes smbolos possuem uma frequncia caracterstica, a qual est muito para alm da prpria tinta.

    Os processos atravs dos quais o significado do que desejo comunicar est codificado nestes smbolos, bem como os processos que tu utilizas para os descodificar e extrair, so extremamente complexos. Para ti, a coisa pode resumir-se a ler o que est escrito; no entanto, seria preciso escrever um outro livro s para explicar as bases deste processo... isto partindo do princpio de que disporamos de um idioma atravs do qual nos pudssemos expressar. Alm disto, a elevadssima frequncia associada minha funo usa a oportunidade de estares sentado a ler este livro para injectar muito mais informao para dentro dos teus campos do que aquela que, conscientemente, absorves atravs da sua simples leitura.

    III.1 - CAMPOS FSICOS J vimos que o teu corpo fsico feito de energia consciente, que sabe estar a fabricar as clulas de

    um corpo fsico; tambm vimos que esta energia consciente possui um campo que se estende at ao infinito, embora a sua intensidade quebre no limite do campo da onda estacionria que o contm. Assim, apesar de o nvel energtico ser muito forte dentro da rea limitada pelo invlucro fsico, o campo pessoal estende-se muito para alm do invlucro definido pela pele.

    Este campo estendido , simultaneamente, um transmissor e um receptor, atravs do qual tu podes identificar um perigo potencial que esteja por perto, antes que ocorra. Aquilo a que se d o nome de instintos, na realidade, o teu campo estendido que detecta outro campo, quer se trate de um tigre

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    com fome ou de um camio descontrolado. Igualmente, tu transmites sinais energticos atravs do teu campo estendido para que outros os recebam. Daqui nasceu o ditado: o medo contagioso.

    Algumas pessoas so transmissores mais poderosos e receptores mais sensveis do que outras, mas a verdade que todos os humanos funcionam desta forma, sem excepo.

    III.2 - CAMPOS EMOCIONAIS

    Vimos, anteriormente, que o eu-esprito manifesta trs campos: o fsico, o emocional e o mental. O campo emocional composto de um tipo de energia que no penetra atravs da barreira fsica

    maneira das partculas sub-atmicas, tal como o faz a energia do campo fsico. No penetra mas, obviamente, interage com o campo fsico uma vez que... no corpo fsico que- sentes as emoes!

    Assim, as emoes afectam directamente o estado do corpo fsico, para o bem ou para o mal. No entanto, o corpo emocional um campo completamente separado, com um invlucro maior

    digamos entre 60 a 180 cm para alm do permetro do corpo fsico - embora, em algumas pessoas, possa ser bastante maior. Trata-se de um campo percorrido por energias de frequncias especiais, algumas das quais so geradas por ti mesmo; outras, capta-las usando os campos como se fossem antenas. E assim que te relacionas com uma certa emoo.

    Por conseguinte, fundamental: - saberes quais as energias que tu prprio geras e quais as que captas do exterior; - saberes que tens controlo... sobre umas e sobre outras! Suponhamos que, de repente, ficas furioso. Bom, donde proveio essa fria? Evidentemente que algo

    dentro de ti a gerou. Talvez tenha sido a) a expectativa de que outra pessoa iria comportar-se de determinada maneira e no o fez; b) preparavas-te para fazer algo de certa forma e a coisa deu para o torto; c) esperavas que determinada experincia ocorresse sob um padro definido e ocorreu diversamente, etc.

    O facto de os teus planos falharem faz com que te sintas imprestvel, e a energia do entusiasmo, que antes te preenchia, dissolve-se no campo emocional. Ao sentimento que da resulta, ds o nome de fria.

    A fria, porm, pode provir, aparentemente, do nada; neste caso, podes estar a capt-la de outra

    pessoa que est dentro dos teus campos. Como essa fria no tua, podes livrar-te dela muito facilmente fazendo girar o teu campo emocional como se fosse uma centrifugadora, enquanto declaras que desejas devolver essa energia ao Universo.

    Experimenta e sente como essa energia sai de ti. Descarregar as prprias frias interiores igualmente fcil: deves comear por compreender que se

    trata, simplesmente, de energia... que adora estar em movimento, que se aborrece quando est parada. Compreende, tambm, que esta energia no tua; simplesmente tomaste-a por emprstimo, durante algum tempo. Ento, faz rodopiar rapidamente os teus campos e declara a ti mesmo:

    Esta fria (medo, cimes, etc.) no minha nem eu sou dela. Liberto-a de retorno ao Universo. A energia emocional no boa, nem m; simplesmente . No entanto, talvez no queiras livrar-te de

    outras frequncias, por exemplo, as do amor e do bem-estar. Se sentes uma emoo como agradvel, porque est a ser captada desde outra fonte: o ESPRITO.

    III.3 - CAMPOS MENTAIS

    O terceiro campo a morada do intelecto, o qual opera numa banda de frequncias ainda mais elevada do que a do emocional, atravs de uma relao de rotao mais alta.

    Qualquer um dos teus pensamentos constitudo de energia organizada, e real em funo dessa energia. Os pensamentos, portanto, so estruturas energticas dentro do teu campo mental, constituindo, assim, o chamado corpo mental. Tambm este corpo deriva de uma matriz oculta - a fonte dessas grandiosas ideias que te ocorrem!

    Um pensamento uma coisa real; a verdade, porm, que os cientistas da Terra ainda no foram capazes de o medir, embora haja vrios projectos que se aproximam bastante. Muitas experincias j

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    detectaram variaes na condutividade das folhas de uma planta, quando o experimentador se aproxima dela com ms intenes... empunhando um tesoura de podar!

    Um pensamento uma energia de alta frequncia, organizada sob uma estrutura coerente. Tu transmites pensamentos a partir do campo mental tal como quando operas a partir dos outros campos. No entanto, s raras pessoas conseguem ler os pensamentos alheios... embora sejam capazes captar as energias fsicas e emocionais de quem as rodeia.

    A clareza da estrutura e da forma de um pensamento depende completamente da claridade da sua

    concepo. Uma estao de rdio que esteja a tocar um disco velho e riscado, ir transmitir msica velha e riscada. Isto muito importante, porque as formas de pensamento que tu transmites vo afectar directamente os campos de quem est por perto.

    Assim, se tiveres pensamentos claros mas repletos de medo, ests a transmitir um sinal clarssimo

    de que esperas que algo de mal te acontea... o que alimentado pelo combustvel proveniente das poderosas emoes que acompanham o processo. E, dado que o Universo se adapta muito facilmente, no tardar a gerar o que pensaste.

    Afinal, o que se passa, quando isto ocorre? Quando transmites formas de pensamento de medo para dentro dos campos das pessoas que te rodeiam

    alteras, de facto, a sua disposio. Quando captam os teus pensamentos de medo, essas pessoas comeam (normalmente, sem se aperceberem) a ver-te como uma vtima que espera que aquilo lhe acontea. Assim, o que tu ests a fazer, realmente, a convid-las para reforar a tua prpria mentalidade de vtima... o que elas podero sentir-se compelidas a fazer!

    Bem ao contrrio, se sabes estar protegido pela divindade, no chamars a ateno de algum que ande por perto... caa de vtimas do medo para o reforar. Isso no acontecer simplesmente porque no h ressonncia entre ti e esse caador; sers apercebido, sim, pelas pessoas que entrem em ressonncia com os teus campos repletos de pensamentos inspirados pela divindade.

    desta forma que crias a tua realidade. Tudo ocorre atravs da ressonncia, a qual imparcial em face de energia boa ou m. Assim, tal como dissemos que sucedia com as cordas da guitarra quando trocam, entre si, a energia das

    ondas estacionrias, as pessoas que captam o teu medo... amplificam-no e devolvem-no procedncia! Se levares o teu medo para dentro de um grupo, poders amplificar o medo de todos os membros do

    grupo a tal ponto... que muito rapidamente te vers obrigado a ter de enfrentar aquilo que te mete medo!

    Felizmente, a energia emocional do amor e as formas de pensamento cheias de amor so transmitas e

    ressoam exactamente da mesma maneira... embora mais fortemente, dado que esto em harmonia com a natureza do Universo. Por isso, todas as coisas fluem muito mais facilmente quando possuem essa vibrao! Injectando energia de amor nos pensamentos, no s aumentas o teu poder de transmisso, como o Universo se torna cada vez mais malevel e sensvel s tuas formas de pensamento. Uma das vantagens disto que a concretizao desses pensamentos se torna cada vez mais rpida. At aqui, devias sustentar uma crena durante anos at que ela se manifestasse na tua vida; hoje, porm - e cada vez mais - alguns dias so suficientes.

    Felizmente, as crenas que so coerentes com a fluncia da verdade universal manifestam-se mais

    facilmente do que aquelas que a contrariam!

    III.4 - A TUA MENTE NO O TEU CREBRO

    H muitos cientistas que procuram dentro do crebro as funes da mente humana. Isto o mesmo que investigar o interior de um aparelho de rdio em busca da voz que se ouve, e perguntar como que os circuitos electrnicos so suficientemente inteligentes para saberem quais as taxas da bolsa de valores, onde esto a ocorrer os engarrafamentos de trnsito, qual a previso do tempo, e as outras informaes que a rdio costuma fornecer!

    Obviamente o aparelho de rdio no sabe de todas estas coisas; o que faz com muita eficincia detectar o campo electromagntico, codificado com toda aquela informao, ou seja, o sinal de transmisso em que se encontra sintonizado!

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    De igual forma, tambm o crebro detecta o que ocorre no campo mental. Embora o teu crebro esteja um tanto limitado pelo hbito do que costuma sintonizar, tu podes

    ampli-lo um pouco. Tu possuis uma estao favorita qual dedicas quase todo o teu tempo de audio; mas, com um pouco de prtica facilmente poders deslocar, para cima e para baixo, o teu sintonizador de frequncias.

    Aqueles que fazem isto sem se aperceberem ficam muito confundidos com todas as estranhas emisses e os rudos de esttica emitidos pelas outras pessoas!

    O crebro, em si mesmo, no sabe nada, evidentemente. Ele um milagroso descodificador e tradutor,

    uma antena surpreendentemente complexa em relao aos campos mental e fsico, processando os sinais provenientes dos sentidos externos e correlacionando-os, por forma a oferecer um quadro completo da realidade fsica. Quando os teus olhos vm um padro de energia, o crebro converte esse emaranhado de sinais em imagens de mesas, cadeiras, rvores, etc. No entanto, as funes da mente - o pensamento, por exemplo - esto ancoradas no campo mental, no no crebro.

    No penses que estou a minimizar as funes do vosso crebro. Na sua qualidade de biotransdutor

    ele um dos transmissores/receptores de energia electroqumica mais complexos que existem em qualquer plano fsico, em qualquer parte do Universo. E foram vocs, enquanto ESPRITO, que o conceberam e desenvolveram como resposta necessidade da espcie humana se focalizar totalmente no plano fsico.

    O vosso crebro nico no Universo!

    * * * Portanto, aquilo que te parece ser o tu, na verdade, no passa de um certo nmero de campos, cada

    um dos quais sustenta uma banda de energias surpreendentemente complexas, compostas por um enorme nmero de frequncias interactivas. Esta combinao de energias, ou marca energtica, define a tua personalidade... e nica no Universo! Estes padres indescritivelmente complexos que constituem o tu que tu conheces, variam constantemente de acordo com as alteraes que, a cada momento, ocorrem nas intenes e nas funes do teu eu-espiritual. Assim sendo, torna-se urgente que aprendas a ser sensvel s suas energias.

    Por exemplo, se ests ocupado e, de repente, a coisa deixou de te interessar, bom que pares e

    vs fazer outra coisa... ou no fazer nada. Esta mudana de estado significa que ocorreu uma deslocao dimensional mais elevada, pelo que a energia, simplesmente, se escapou do que estavas a fazer. Tambm possvel que estejas num determinado lugar e, de repente, sintas que tens de sair dali. D-te a honra de respeitar esse sentimento e sai. No te desculpes; diz simplesmente: tempo de me ir embora.

    Embora as frequncias energticas do campos fsico, emocional e mental no se sobreponham, ocorrem

    ressonncias extremamente complexas entre elas; por exemplo, a energia do medo do corpo emocional afogar os pensamentos de optimismo do corpo mental.

    Distintos tipos de energia tambm interagem dentro de um mesmo corpo; por exemplo, uma frequncia de medo cobrir, e muito provavelmente excluir, a frequncia do amor. Isto ocorre devido forma como estas duas frequncias interagem entre si: o medo quer esteja a ser manifestado como suspeita, cimes, arrogncia, menosprezo por si mesmo, etc. uma energia de baixa frequncia que bloqueia a energias de frequncias mais elevadas.

    Bom, no julgues o medo como algo mau (ele , de facto, um excelente professor no que toca a determinadas lies), mas encara-o e isto urgente como aquilo que, na verdade, ele : simplesmente energia! No entanto, sempre o medo que est na base dos sentimentos de inadequao, de incapacidade de lidar com a vida ou com algum aspecto especfico dela; e, l bem no fundo, nele que assenta a sensao de estares separado do ESPRITO.

    Repara, no entanto, que no passa de uma sensao de separao, dado que tu, na verdade, jamais

    ests, estiveste ou estars separado. No assim que o Universo funciona! O medo pode ter uma magnitude tal que invada completamente os teus campos e distora, por

    completo, todas as emoes e pensamentos. Isto levar-te-, claro, a interpretar o acto mais gentil como

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    um mero interesse egosta. Felizmente, tal como veremos, a emoo do amor actua exactamente da mesma maneira e pode inundar todos os teus campos.

    Provavelmente, aquilo que melhor determina a forma como te sentes e at que ponto ests em

    forma, o grau de alinhamento dos corpos emocional e mental. Relembra que um corpo a combinao de um campo e dos seus contedos; assim, quando esto equilibrados, eles posicionam-se simetricamente volta do corpo fsico e vibram na proporo mais adequada. Todavia, aps uma violenta discusso com algum, o emocional poder ficar literalmente torcido, ao passo que o mental, aps um trabalho cerebral intenso, poder dar a sensao de estar localizado exclusivamente volta da cabea e de vibrar de forma errtica.

    Mais adiante veremos algumas tcnicas que te ajudaro a realinhar os corpos, mas, por agora,

    suficiente que saibas que os tens!

    III.5 - O SISTEMA DE CHAKRAS

    Como que a energia pode vibrar verdadeiramente se estes trs campos funcionam em distintas bandas de frequncia e giram em propores igualmente diferentes?

    aqui que os chakras entram na histria. Os chakras so, no s transformadores da frequncia energtica, mas tambm e por direito prpr