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UM COMENTÁRIO DA CONFISSÃO DE FÉ

BATISTA DE 1689, POR GARY MARBLE

CAPÍTULO 7, SOBRE

A ALIANÇA DE DEUS

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Traduzido do original em Inglês

A Layman’s Commentary of the 1689/1677 Second London Baptist Confession of Faith

By Gary Marble

Este volume é composto do Capítulo 7,

Sobre a Aliança de Deus, da obra supracitada

Tradução e Capa por William Teixeira

Revisão por Camila Almeida

1ª Edição: Dezembro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa

permissão do autor, Gary Marble (1689Commentary.org), sob a licença Creative Commons

Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Um Comentário Da Confissão De Fé Batista De 1689

Por Gary Marble

Capítulo 7*, Sobre a Aliança de Deus

Quando começamos a olhar para este Capítulo, percebemos que o Capítulo 7 não é um

levantamento dos pactos bíblicos, em vez disso ele lida especificamente com três pactos:

o Pacto das Obras (por vezes chamado o pacto da vida), o Pacto da Redenção (entre Pai

e Filho), e o Pacto da Graça. Este Parágrafo começa com um ponto fundamental sobre a

aliança: A distância entre Deus e a criatura é tão grande, que, embora as criaturas

racionais Lhe devam obediência como seu Criador. Esta grande distância é

indiscutível — o Criador versus a criatura. A. A. Hodge escreveu: “O próprio ato de criação

traz a criatura sob a obrigação (obediência devida) para com o Criador, mas não pode trazer

o Criador em obrigação para com a criatura”1. O Criador criou as criaturas racionais —

seres humanos. Assim, com base no fato de que Deus é nosso Criador, e que Deus fez o

homem como uma criatura racional, a humanidade deve obediência a Deus.

Embora... nunca poderiam ter alcançado a recompensa da vida. Embora o homem deva

obediência a Deus, esta obediência em si não é a base para alcançar a recompensa da

vida. Hodge afirma: “A própria criação, sendo um ato de sinal da graça, não pode dotar o

beneficiário com uma reivindicação de mais graça”2. Assim, a Confissão continua: senão

por alguma condescendência voluntária da parte de Deus. Então, a recompensa da

vida era atingível porque Deus voluntariamente Se abaixou para oferecê-la. A Confissão

conclui este ponto, dizendo: que Ele Se agrada em expressar por meio de aliança. A

recompensa da vida foi oferecida por meio de aliança. Assim a obediência só trouxe a

recompensa da vida, porque Deus estava disposto a oferecê-la por meio de aliança, não

porque a obediência merecia uma recompensa. Mas o que é uma aliança? Michael Kruger

__________

* Para ler o Primeiro Capitulo e a Introdução deste Comentário acesse oEstandarteDeCristo.com.

[1] A. A. Hodge, The Westminster Confession: A Commentary [A Confissão de Westminster: Um Comentário]

(1869; reimpresso, Carlisle, Pa.: Banner of Truth Trust, 2002), 121.

[2] Ibid.

1. A distância entre Deus e a criatura é tão grande, que, embora as criaturas racionais

Lhe devam obediência como seu Criador, nunca poderiam ter alcançado a recompensa

da vida, senão por alguma condescendência voluntária da parte de Deus, que Ele Se

agrada em expressar por meio de aliança.1 (1 Lucas 17:10; Jó 35:7-8).

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afirma: “Simplesmente, uma aliança é um acordo ou contrato entre duas partes que inclui

os termos de seu relacionamento, as obrigações de aliança (estipulações), e as bênçãos e

maldições”3. Esta recompensa da vida foi oferecida por meio de um pacto estruturado

(aliança) que dependia de certos termos e condições. R.C. Sproul afirma: “a vontade de

Deus de entrar em uma aliança (isto é, um acordo, contrato ou pacto) conosco é em si uma

questão de graça... qualquer pacto no qual Deus entra conosco é um ato de condes-

cendência. Porque Ele não é obrigado a estar em uma relação pactual conosco, mesmo o

pacto das obras é fundado sobre a graça de Deus”.4

Sabemos agora o que uma aliança é, mas o que era esta particular aliança? Os termos

desta aliança [ou pacto] foram expressos no capítulo 4, Sobre a Criação, mas como um

lembrete vamos olhar para estes termos na Palavra de Deus, encontrado em Gênesis 2:16-

17: “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás

livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque

no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Deus lhes deu um comando que exigiu

perfeita obediência. O comando foi: “você não deve comer da árvore”. Se este comando

fosse quebrado, Deus disse: “Você certamente morrerá”. Então, vemos que a instrução

contém termos e condições explícitas: comer é igual à morte. Existem outros termos e con-

dições que podem se reunir com isso? Também está implícito que, se eles obedecessem,

então eles viveriam. Assim, enquanto a obediência significava que eles iriam viver, isso

implica necessariamente uma recompensa? Não, não é uma implicação necessária se

estamos confinados a Gênesis 2:16-17. Mas nós não estamos confinados; temos também

Gênesis 2:9 e Gênesis 3:22-24, onde vemos outra árvore mencionada — a árvore da vida.

Após a Queda, Gênesis 3:22-24 diz: “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é

como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome

também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o SENHOR Deus, pois, o lançou

__________

[3] Michael J. Kruger, Canon Revisited: Establishing the Origins and authority of the New Testament Books

[Cânon Revisitado: Estabelecendo as Origens e Autoridade dos Livros do Novo Testamento] (Wheaton,

Crossway: 2012), 163.

[4] R. C. Sproul, Truths We Confess: A Layman’s Guide to the Westminster Confession of Faith [Verdades

Que Nós Confessamos: Guia De Um Leigo para a Confissão de Fé de Westminster], vol. I, The Triune God

[O Deus Triuno] (Phillipsburg, Nj.: P&R Publishing, 2006), 205. A Título de lembrete, este comentário de R. C.

Sproul está escrito na Confissão de Westminster, e não Confissão de 1689. A excelente obra de Sproul é útil

para o estudo da Confissão Batista onde a Confissão de 1689 e a Confissão de Westminster são paralelas.

Confissão de 1689 excluiu a seção II da Confissão de Westminster e da Declaração de Savoy. Isto era o que

a CFW e DS afirmavam em sua seção II: “A primeira aliança feita com o homem era uma Aliança de Obras,

pela qual a vida eterna era prometida a Adão, e nele para a sua posteridade, sob a condição de obediência

perfeita e pessoal”. [Para saber mais sobre as semelhanças e diferenças entre a Confissão de 1689, a

Confissão de Westminster e a Declaração de Savoy, veja Comparação Tabular Entre as Três Confissões

da Fé Reformada e Puritana: CFW + DFOS + CFB1689].

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fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o

homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava

ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida”. O Senhor tomou medidas enérgicas

para garantir que, após a Queda, Adão e Eva não comessem da árvore da vida para que

não vivessem para sempre. Parece que esta árvore deveria ser comida se Adão e Eva

houvessem obedecido por um período desconhecido de liberdade condicional. É esta

árvore da vida implica uma recompensa pela obediência perfeita. Recentemente assisti à

sessão de perguntas e respostas de uma conferência onde Lane Tipton fez esta decla-

ração:

Se você pensar sobre a forma como é utilizada a imagem da árvore da vida. No jardim

você tem uma árvore de vida dada a alguém que já está vivo. E assim esta árvore não

pode ser um símbolo visível da continuação da vida, a menos que você queira

acreditar que o bem mais elevado para Adão e Eva é uma comunhão perdível e mutá-

vel com Deus, com a possibilidade perpétua de pecar contra Deus, a presença per-

manente do dragão (serpente) procurando devorá-los e destruí-los, e um constante

estado de morte a partir da árvore do conhecimento do bem e do mal. Então, quando

você olha para essa situação no Éden não é tão romântica como alguns gostariam de

pensar no evangelicalismo mais amplo. É realmente um lugar que ameaça de morte

por desobediência; a serpente estava rondando procurando destruir o povo de Deus

naquela época, e Adão e Eva estão sujeitos ao pecado, à morte e perda do vínculo

de comunhão com Deus, à ira de Deus e às dores do inferno para sempre. E, como

Adão não passou na provação como um cabeça federal, esta condição continua

permanentemente.5

Assim, o comer da árvore da vida, ao que parece, deveria ocorrer após o cumprimento de

perfeita obediência ao final do período provatório. Uma vez que eles compartilhassem da

árvore da vida, eles viveriam para sempre em um estado onde a desobediência já não seria

uma opção. Muitos acreditam, e eu tendo a concordar, que a recompensa da vida também

daria início a um estado mais elevado da vida. A Confissão de 1689 parece implicar isso,

referindo-se à “recompensa da vida”, embora as opiniões se dividiam entre os teólogos de

Westminster.6

__________

[5] Lane Tipton. Reformed Forum Conference: Theology 2014, Pre-Conference Discussion [Fórum da

Conferência Reformada: Teologia 2014, Discussão Pré-Conferência]. Transcrevi esta declaração, no entanto,

fiz alguns pequenos ajustes feitos em prol da melhor legibilidade.

[6] Joel R. Beeke e Mark Jones, A Puritan Theology: Doctrine for Life [Teologia Puritana: Doutrina para a

Vida], Edição Kindle (Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2012). Para uma discussão completa leia

localização 8840-8903.

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A aliança no presente Parágrafo é às vezes chamada de o “pacto Adâmico”, o pacto de

vida, ou o pacto das obras. A terminologia não está nas Escrituras, mas os conceitos estão.

Ele é chamado de o pacto Adâmico porque foi feito com Adão como o cabeça federal7 de

toda a humanidade. É o chamado pacto de vida pois na aliança que Deus fez com Adão

em Gênesis 2:16-17, os mesmos termos que ameaçavam de morte por desobediência

implicavam vida em caso de obediência. É também chamado o pacto das obras, porque, a

fim de ter vida, perfeita obediência (obras) era necessária. A Confissão não usa o termo

“pacto de obras” neste Capítulo, no entanto, os autores fizeram uso dele em outro lugar

(veja 19:6; 20:1), e o conceito está implícito em todo o Capítulo. O Comentário vai explicar

ainda mais o pacto das obras à medida que prosseguimos.

Ademais, tendo o homem trazido a si mesmo a maldição da lei, por sua Queda8. Como

discutimos no final do último Parágrafo, é importante reconhecer que Adão é o cabeça de

toda a humanidade (i.e., cabeça federal); a Confissão implica isso, referindo-se a Adão

como sendo o representante de toda a humanidade. Como resultado, o homem trouxe a si

mesmo — em Adão — a maldição. Deus amaldiçoou o homem por sua desobediência sob

os termos do pacto de obras (‘termos’ que eram/são legais e, portanto Lei).

Assim, embora seja verdade que o homem trouxe a si mesmo sob uma maldição por que-

brar o pacto de obras, no entanto, aprouve ao Senhor fazer um Pacto de Graça. A Per-

__________

[7] A frase “cabeça federal” significa que alguém, neste caso, Adão, representa toda a humanidade. Assim foi

feito o Pacto das Obras, não só com Adão, mas com toda a sua posteridade. Os termos dados a Adão naquele

Pacto também foram dados a toda a humanidade em Adão (Romanos 5:12-21). Aqueles que estão no Pacto

da Graça têm por sua cabeça federal a Cristo, e não Adão.

[8] O Parágrafo segundo da Confissão de Westminster e da Declaração de Savoy foram completamente

removidos da Confissão de 1689. Isso provavelmente tem a ver com uma combinação da economia de

palavras, e a reorganização deste Capítulo para adaptá-lo à perspectiva Batista Particular sobre a Teologia

do Pacto. Alguns têm especulado que a supressão dos termos “do pacto de obras” representa a rejeição

Batista deste, mas isso não é correto pois ele é mencionado em outras partes da Confissão, e ainda está

implícito e assumido aqui no capítulo 7. O conceito está presente no Capítulo 7, mesmo que a terminologia

precisa não esteja. Este é um aspecto importante da Teologia do Pacto Batista Particular, embora existam

algumas diferenças na forma como os Presbiterianos e Batistas Particulares o abordam em algumas áreas.

2. Ademais, tendo o homem trazido a si mesmo a maldição da lei, por sua Queda,

aprouve ao Senhor fazer um Pacto de Graça2, no qual Ele oferece livremente aos

pecadores a vida e a salvação por meio de Jesus Cristo, exigindo deles a fé nEle, para

que eles sejam salvos3; e prometendo dar a todos os que são ordenados para a vida

eterna, o Seu Espírito Santo, para torná-los dispostos e capazes de crer4 (2 Gênesis

2:17; Gálatas 3:10; Romanos 3:20-21 • 3 Romanos 8:3; Marcos 16:15-16; João 3:16 • 4

Ezequiel 36:26-27; João 6:44-45; Salmos 110:3).

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gunta 23 do Catecismo Batista é: “Deus deixou toda a humanidade perecer no estado de

pecado e miséria?”. A resposta é: “Deus, de Sua boa vontade desde toda a eternidade,

elegeu alguns para a vida eterna, entrando em um Pacto de Graça para livrá-los do estado

de pecado e miséria, e para trazê-los a um estado de salvação por meio de um Redentor”.

O homem não conseguiu obter a recompensa da vida sob os termos do pacto de obras,

mas aprouve ao Senhor fazer uma outra aliança como um meio de conceder-lhes um estado

de vida eterna. Ao invés de uma aliança subordinada à perfeita obediência, Deus fez uma

aliança incondicional, um Pacto de Graça, com os seus eleitos.

Neste pacto Ele oferece livremente aos pecadores a vida e a salvação por meio de

Jesus Cristo. Assim como no pacto adâmico Deus condescendeu e prometeu a recompen-

sa da vida condicionada à perfeita obediência, então Deus condescende e livremente

oferece o pacto da graça que traz vida e salvação para o pecador. Este pacto da graça é

oferecido gratuitamente a todos, contudo, a fim de receber os seus benefícios exige deles

a fé nEle, para que eles sejam salvos. Este pacto conduz à vida eterna pela graça, não

por perfeita obediência. Entretanto, embora o pacto seja incondicional (i.e., sem a condição

de perfeita obediência dos eleitos), no entanto, a aliança exigiu perfeita obediência de Cristo

e Sua expiação pelo pecado daqueles, o que é creditado a eles pela fé. Pascal Denault

escreve: “Os Batistas consideraram que o Pacto da Graça começou imediatamente depois

da Queda, e que a substância desta aliança, mesmo sob o Antigo Testamento, era a salva-

ção através da fé em Jesus Cristo”9. O Pacto da Graça foi revelado e prometido imediata-

mente após a Queda. A Confissão vai ser mais específica sobre como esta aliança foi feita

no Parágrafo três.

Há um par de questões aqui. Em primeiro lugar, o Pacto da Graça não deve ser confundido

com reconciliação universal, como se Deus houvesse feito um pacto com cada um da raça

de Adão simplesmente porque ele oferece isso. Ele o oferece livremente, mas exige fé.

Assim, a oferta do Pacto não deve ser confundida com o entrar no Pacto. Em segundo

lugar, a fé exigida pelo Pacto de Graça contrasta com a perfeita obediência exigida pelo

Pacto de Obras. O perigo é que alguém venha a pensar que essa fé exigida é apenas um

tipo diferente de obra necessária, mas a fé necessária não é uma obra, mas, sim, é um dom

dado livremente àqueles com os quais o Pacto da Graça é feito. Assim, a fé não é uma

obra; é simplesmente uma ação de recepção e de segurança, que serve como o instru-

mento pelo qual esta aliança incondicional da graça é recebida. Esta questão específica

__________

[9] Pascal Denault, The Distinctiveness of Baptist Covenant Theology: A Comparison Between Seventeenth-

century Particular Baptist and Paedobaptist Federalism [Os Distintivos Batistas da Teologia do Pacto: Uma

Comparação Entre o Federalismo dos Batistas Particulares e dos Pedobatistas do Século Dezessete]

(Birmingham, Al.: Solid Ground Christian Books, 2013).

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(de que a fé não é uma obra) é tratada com mais detalhes no Capítulo 11, Sobre a Justifi-

cação, nos Parágrafos 1 e 3.

A Confissão afirma: e prometendo dar a todos os que são ordenados para a vida eter-

na, o Seu Espírito Santo, para torná-los dispostos e capazes de crer. O Pacto da Graça

proporciona aos seus participantes, aqueles que são ordenados para a vida eterna, o que

deles é exigido. Essa fé vem pela obra do Espírito Santo, que faz com que aqueles que

foram ordenados para a vida eterna sejam dispostos e capacitados a crer, e, assim, eles

recebem a vida eterna. Desta forma, é assegurado que cada um dos eleitos irá, de fato

receber a vida eterna, sem falhar. Esta é uma verdade gloriosa que se refere também ao

chamado eficaz. Como Jesus disse: “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”.

Vemos aqui a doutrina da Graça Irresistível (também chamada de Graça Eficaz), que ensina

que todos aqueles a quem Deus escolheu Ele chama eficazmente, de tal forma que eles

não resistirão à graça eficaz dada pelo Espírito de Deus para vir a Cristo. O fato é que, a

menos que o Espírito de Deus mude a natureza do pecador no chamado eficaz por meio

da regeneração, nenhuma pessoa jamais possuiria fé e seria salva. Isto é tratado em

detalhes no capítulo 10, Sobre o Chamado Eficaz. Vemos esta necessidade do chamado

eficaz por toda a Escritura, mas talvez uma das passagens mais claras é Romanos 8:7-8:

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus,

nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.

Assim, Deus envia o Seu Espírito Santo aos eleitos para que eles se tornem participantes

pela fé no Pacto da Graça e, assim, recebam a vida eterna. A Confissão fala sobre Eleição

no Capítulo 3, Sobre Os Decretos de Deus, Parágrafos 3 a 7.

Vemos que o homem não conseguiu cumprir os termos do primeiro Pacto de Obras (e,

portanto, não conseguiu obter a recompensa da vida), mas Deus determinou pela Sua

graça oferecer livremente outro Pacto, no qual somente os eleitos entrarão a fim de receber

a recompensa da vida eterna — uma recompensa baseada não em suas obras, mas

baseada em uma outra obediência, ou seja, a obediência de Cristo. Cristo foi perfeitamente

3. Esta Aliança é revelada no Evangelho; primeiramente a Adão na promessa de sal-

vação pela semente da mulher5, e depois por etapas sucessivas, até que a sua plena

revelação foi completada no Novo Testamento6; e é fundada naquela transação da

eterna Aliança que houve entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos7; e é somente

pela graça desta Aliança que todos da caída posteridade de Adão que já foram salvos

obtiveram a vida e a bem-aventurada imortalidade, o homem é agora totalmente incapaz

de ser aceito por Deus naqueles termos em que Adão permanecia em seu estado de

inocência.8 (5 Gênesis 3:15 • 6 Hebreus 1:1 • 7 2 Timóteo 1:9; Tito 1:2 • 8 Hebreus 11:6,

13; Romanos 4:1-2 e etc.; Atos 4:12; João 8:56).

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obediente com os termos do Pacto de Obras, e pela fé a Sua obediência é creditada aos

eleitos como se fosse a perfeita obediência deles. Essas coisas são gloriosas maravilhas

para nós considerarmos!

Será útil olharmos para a estrutura deste Parágrafo (usando as palavras exatas):

I. Esta Aliança [Pacto da Graça] é revelada no Evangelho;

a. primeiramente a Adão na promessa de salvação pela semente da mulher, e

b. depois por etapas sucessivas,

c. até que a sua plena revelação foi completada no Novo Testamento;

II. e [esta Aliança] é fundada naquela transação da eterna Aliança que houve entre o

Pai e o Filho para a redenção dos eleitos;

III. e é somente pela graça desta Aliança [Pacto da Graça] que todos da caída

posteridade de Adão que já foram salvos obtiveram a vida e a bem-aventurada

imortalidade,

a. o homem é agora totalmente incapaz de ser aceito por Deus naqueles termos em que

Adão permanecia em seu estado de inocência.

A Confissão começa este Parágrafo afirmando: Esta Aliança é revelada no Evangelho.

“Esta Aliança” nos remete ao Parágrafo segundo o qual falou sobre o Pacto da Graça. O

que significa dizer que o Pacto da Graça (“esta Aliança”) é revelada no evangelho? Isso

significa que o Pacto da Graça não está separado do Evangelho. Assim, o termo “esta

Aliança se revela no Evangelho” não é uma sentença independente, antes ela serve como

um condutor para as seções a até c (seção I), assim, isso está dizendo que a aliança da

graça que foi revelada no Evangelho, foi revelada primeiramente a Adão na promessa

de salvação pela semente da mulher. Podemos notar como indicado no Parágrafo segun-

do que foi apenas após a Queda e a quebra do Pacto de Obras que o Pacto da Graça foi

revelado. Foi revelado na forma de uma promessa de algo por vir: “E porei inimizade entre

ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás

o calcanhar” (Gênesis 3:15). Ironicamente, Deus está falando com a serpente. É um julga-

mento sobre a serpente, mas para Adão e Eva é uma promessa de salvação. Assim, o

Pacto da Graça é revelado, através das palavras ditas à serpente, a Adão a promessa de

que a descendência de Eva ferirá ou esmagará o Diabo, o que implica a salvação do pecado

que o engano da serpente trouxe para a criação. A revelação do Pacto da Graça só chega

à sua plenitude (conclusão ou ratificação) quando o Alguém prometido realmente cumpre

a profecia. Observemos também que foi revelado, em parte para Adão. O que foi dito? 1)

Haveria inimizade entre a semente de Eva e Satanás, e 2) Satanás feriria a descendência

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de Eva, e 3) a descendência de Eva feriria mais severamente a cabeça de Satanás. Talvez

existam outras implicações, mas a partir da perspectiva de Adão e de Satanás não muito

mais detalhes são dados. O que é revelado é uma promessa sem o seu cumprimento,

imediatamente.

A Confissão continua: depois por etapas sucessivas. Isso indica que após a revelação a

Adão, isso foi apenas parcialmente continuado após ele. Não só continuou depois, mas foi

revelado por etapas sucessivas (i.e., etapas crescentes). Enquanto a promessa de Gênesis

3:15 era real, ela também era nebulosa. Assim, Deus graciosamente continuou a acres-

centar progressivamente luz a esta revelação nebulosa. Estas novas etapas são encontra-

das em todo o Antigo Testamento de várias maneiras e várias vezes (1689 1:1).

A Confissão chega agora ao último dos três pontos: até que a sua plena revelação foi

completada no Novo Testamento. A revelação começou com Adão; a revelação conti-

nuou depois de Adão, por meio de etapas sucessivas, mas foi plenamente revelada (i.e.,

completamente manifestada), até que foi concluída (cumprida) no Novo Testamento. A

plena revelação (i.e., a revelação integral e completa) do prometido Pacto da Graça só foi

concluída por e em Cristo. Ao chegar a plenitude dos tempos, o mistério oculto foi revelado;

então nós soubemos Quem a descendência de Eva era, à medida que Satanás feriu Jesus

(a morte de Jesus), e Jesus destruiu a obra de Satanás. Estes detalhes foram dados em

sombras e tipos, e enquanto a revelação dada depois de Adão tornou-se mais detalhada

com o passar do tempo, no entanto, esta revelação não foi concluída até que no Novo

Testamento (i.e., o cânon do Novo Pacto) a revelação foi plenamente manifestada. Mas

não foi apenas esta revelação que foi cumprida, mas a obra de Cristo, da qual fala Gênesis

3:15 e todo o Antigo Testamento também foi cumprida. Existem várias passagens do Novo

Testamento sobre a compleição de sua revelação e obra. “...tornar a congregar em Cristo

todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus

como as que estão na terra” (Efésios 1:10). E, “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus

enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4). E “em esperança da

vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;

mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o

mandamento de Deus, nosso Salvador” (Tito 1: 2-3).

A seção que nós abordamos justamente no Parágrafo segundo é uma seção chave onde

Batistas Particulares e Presbiterianos discordam. A fim de permanecer dentro do âmbito

deste comentário para leigos, esses detalhes não serão tratados, mas existem alguns livros

muito bons que tratam deste tópico importante10. Posso dizer que há um contraste marcante

__________

[10] Eu acho que um excelente ponto de partida é a obra de Pascal Denault, Os Distintivos Batistas da

Teologia do Pacto: Uma Comparação Entre o Federalismo dos Batistas Particulares e dos Pedobatistas do

Século Dezessete (Birmingham, Al.: Solid Ground Christian Books, 2013), pg. 56.

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entre a Teologia do Pacto dos Batistas Particulares e a dos Presbiterianos, embora existam

áreas de convergência. Estas diferenças são muito relevantes para a posição do Batismo

por Batistas Particulares (Credobatismo) e os Presbiterianos (Pedobatismo), há também

outras ramificações importantes e relevantes.

A Confissão continua: e é fundada naquela transação da eterna Aliança que houve

entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos. “E é fundada” refere-se à Aliança ou

Pacto da Graça. Antes deste Pacto da Graça havia outro Pacto feito na eternidade. A

confissão se refere a ele como a “transação da eterna Aliança” entre o Pai e o Filho. Teólo-

gos muitas vezes chamam este pacto de o Pacto da Redenção, ou o Conselho de Reden-

ção. Berkhof define a transação deste pacto como “o acordo entre o Pai, dando o Filho

como Cabeça e Redentor dos eleitos, e o Filho, voluntariamente tomando o lugar daqueles

a Quem o Pai lhe tinha dado”11. A Confissão inclui quatro aspectos desta transação do

pacto: 1) É a base para o Pacto da Graça. 2) É um Pacto feito na eternidade. 3) É uma

transação entre o Pai e o Filho, e 4) Foi um acordo para a redenção dos eleitos. Shedd

ressalta um ponto importante: “O Pacto da Graça e da Redenção são dois modos ou fases

de um Pacto evangélico da misericórdia”12. O Pacto da Redenção vem logicamente antes

do Pacto da Graça, pois é o acordo prévio, mas ambos juntos realizam a redenção dos elei-

tos. O Pacto da Redenção é entre o Pai e o Filho, enquanto o Pacto da Graça é entre o Pai

e os eleitos. Do ponto de vista de Cristo, o Pacto da Redenção foi uma transação voluntária,

acordado ou contratado com o Pai por Cristo que cumpriria os termos do Pacto de Obras

em nome e lugar dos eleitos. Os eleitos, então, têm creditada a si mesmos a perfeita

obediência de Cristo, por meio do Pacto da Graça.

A Confissão de 1689, afirma: e é somente pela graça desta Aliança que todos da caída

posteridade de Adão que já foram salvos obtiveram a vida e a bem-aventurada imorta-

lidade. “Desta Aliança” refere-se ao Pacto da Graça e não à transação da Aliança Eterna.

O ponto aqui é muito forte. Adão e Eva e sua posteridade não puderam ser salvos por

qualquer outra Aliança. Isso nos leva de volta à recompensa da vida que foi oferecida pelo

Pacto de Obras, porém, desde que Adão não conseguiu obter a recompensa da vida por

esse Pacto, outro foi necessário, e, portanto, Deus livre e graciosamente proveu uma outra

aliança — que garantiu a Adão e ao resto dos eleitos esta recompensa da vida (vida e bem-

aventurada imortalidade).

___________

[11] Louis Berkhof, Teologia Sistemática, contendo o texto integral da Teologia Sistemática (1932) e o volume

introdutório original para a Teologia Sistemática (1938), e novo prefácio de Richard A. Muller (Grand Rapids

e Cambridge: Eerdmans, 1996), 271.

[12] Shedd, Teologia Dogmática II, 360. Citado por Louis Berkhof, Teologia Sistemática, contendo o texto

integral da Teologia Sistemática (1932) e o volume introdutório original para a Teologia Sistemática (1938), e

novo prefácio de Richard A. Muller (Grand Rapids e Cambridge: Eerdmans, 1996), 265.

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Por que é que Adão e Eva só poderiam ter ido salvos através da dádiva da vida e bem-

aventurada imortalidade por meio do Pacto da Graça? Porque o homem é agora total-

mente incapaz de ser aceito por Deus naqueles termos em que Adão permanecia em

seu estado de inocência. A incapacidade é a inabilidade do homem para cumprir os ter-

mos do Pacto de Obras. Após a Queda, o homem foi deixado em um estado lamentável. O

homem perdeu a justiça original (seu estado de inocência), e em vez disso teve sua

natureza corrompida pela injustiça. A Confissão reconhece que estaríamos condenados se

não fosse o Pacto da Graça. Isto muito bem nos leva para o próximo Capítulo que trata

sobre a única esperança para o pecador a qual é Cristo, o Mediador de um melhor pacto,

o Pacto da Graça! Hebreus nos diz: “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais exce-

lente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promes-

sas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a

segunda” (Hebreus 8:6-7). Na verdade, olhamos com gratidão para o Segundo Pacto, a

Nova Aliança, a Aliança consumada da graça revelada no Evangelho.

Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide!

Solus Christus! Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

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Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

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Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.