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Neste Ano Jubilar Paroquial, aos 03 de outubro nos reunimos para a liturgia da bênção e entronização da Imagem de Nossa Senhora. Nesta ocasião o artista Júlio Quaresma ajudou-nos a compreender a beleza da arte através de uma catequese alusiva ao painel de sua autoria. O livro do Apocalipse de São João é a fonte de inspiração do ar- tista bem como o evento da aparição da Imagem de Nossa Senhora. O Cordeiro está de pé, vitorioso e tem o seu peito ferido. Ele repousa sobre uma estrutura arquitetônica que simboliza a esposa do Cordeiro, a Nova Jerusalém, símbolo da Igreja que nasce do seu sacrifício redentor. A cidade tem o centro iluminado e está protegida por uma grande muralha (Ap. 21, 9.11.23). A Mulher grávida, revestida do sol, tendo a lua sob os seus pés e coroada de doze estrelas é a Mãe his- tórica do Messias, Maria. Ela aparece rodeada de símbolos celestiais porque é a Mãe de Jesus. As doze estrelas simbolizam a perfeição (Ap 12, 1-2). Os Anjos que rodeiam o Cordei- ro são os seus servidores e lutam a seu favor. São os anjos bons que combateram o Dragão, figura dis- forme envolvida por estrelas que perderam o brilho, símbolo daque- les que não foram fiéis ao Cordeiro de Deus (Ap 12, 3-4) Os pescadores , João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso que das águas do Rio Paraíba do Sul, retiraram a imagem de Nossa Senhora são representados numa atitude de veneração e surpresos após a pesca milagrosa. A rede é símbolo da Igreja. Ape- sar da abundância de peixes ela não se rompe. Tem-se aqui uma alusão à unidade da Igreja. Simboliza também a ação de Deus que reúne e separa os homens e mulheres para o Reino de Deus. Os peixes bons são separados dos maus: o Juízo Final. Daí a distinção dos peixes dourados, apa- nhados na rede, e os outros peixes, soltos nas águas tempestuosas da vida. PALAVRA FRATERNA C aros irmãos e irmãs, gostaria de partilhar com vocês a alegria de exercer o meu ministério sacer- dotal, numa paróquia povoada por leigos e leigas comprome- tidos na ação evangelizadora da Igreja. Aproxima-se a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no próximo dia 22 de novembro, último domingo do ano litúrgico. Neste dia agradecemos a Deus pela vida e o testemunho de homens e mulheres que vivem a fé ba- tismal e participam ativamente na vida da Comunidade! Coitado do padre que pensa em ser o único responsável pela evangelização, o único capaz de gerenciar e administrar a vida da paróquia! Estaria condenado ao fracasso e colocaria em risco o árduo trabalho pastoral e evan- gelizador. Nossa paróquia, desde longa data, valoriza a presença dos lei- gos confiando-lhes ministérios, encargos e serviços diversos. A atuação dos leigos na Igreja não é concessão benévola do padre, mas um direito e um dever de cada cristão batizado. Todos nós pelo Batismo- -Crisma estamos vinculados a Jesus Cristo, Rei e Servo, Sacerdote, Pastor e Profeta. Podemos dizer com alegria e esperança: “Sou o que sou pela graça de Deus” (1Cor 15,10), mais ainda, “somos o que so- mos pela graça de Deus”. Meu abraço carinhoso, Pe. Geovane Luís da Silva Pároco PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 10 - nº 127 Novembro de 2015 Barbacena - MG JORNAL UM ALTAR PARA MARIA, A SENHORA APARECIDA Ser leigo, neste caso, não quer dizer ser ignorante, mas indica nossa missão e serviço na Igreja. O leigo é aquele que não faz parte do clero, ou seja, que não é ordenado, mas participa ativamente na missão evangelizadora da Igreja. A ação do leigo consiste em levar a Igreja ao mundo e o mundo à Igreja. Como? Revelando com a vida o amor maternal de Deus a cada um de seus filhos e filhas dispersos pelo mundo, e apresen- tando à Igreja as necessidades do mundo atual. A ação do leigo na Igreja é semelhante ao sabor que o sal confere ao alimento, ao efeito que a luz acesa produz num ambiente escuro, ou ainda à transformação que o fermento provoca quando misturado à massa. Pequenas doses, pequenas porções que fazem a diferença. Porém, para que as mudan- ças de “sabor”, de “cor” e de “volume” aconteçam é necessário que cada um faça a sua parte, se aproximando, misturando-se, participando. PROTAGONISTA OU FIGURANTE? Ao leigo, cabe uma dupla missão no mundo, confiada por Deus ao homem: a família e o governo inteligente da terra; duas missões que os leigos realizam como enviados e representantes do Criador, como colaboradores do plano da Criação. O leigo consciente não abre mão, mas também não se contenta apenas com as belas celebrações, com reuniões maravilhosas, com orações fervorosas; ele sai da “redoma confortável das igre- jas e templos” e vai para a realidade, onde a vida acontece. Ele cumpre seu papel de apóstolo de Jesus Cristo, no seu ambiente de convivência cotidiana, na família, na profissão, no ambiente social, no ambiente cívico, no lazer. O leigo atuante e corajoso leva no pei- to, no rosto, na fala e na atitude o modelo prescrito por Jesus Cristo, isto é, ele revela Deus em tudo o que faz, com sua vida. Não tem vergonha de viver sua fé e de ser visto, de revelar que é servidor do Reino de Deus. Ele se mostra, ele convence e converte. Inseridos no Corpo místico de Cristo pelo batismo e energizados com a força do Espírito Santo no crisma, somos destinados ao apos- tolado, isto é, à missão de anunciar a doutrina de Jesus Cristo. Somos leigos, com muito prazer. Não somos meros figurantes na vida da Igreja e da sociedade, ao contrário, somos protagonistas dessa história de in- teração e amor. “Somos leigos na Igreja. Deus nos deu uma missão. Ser fermento, sal e luz. Essa é a nossa vocação”. Rosa Cimino

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  • Neste Ano Jubilar Paroquial, aos 03 de outubro nos reunimos para a liturgia da bênção e entronização da Imagem de Nossa Senhora. Nesta ocasião o artista Júlio Quaresma ajudou-nos a compreender a beleza da arte através de uma catequese alusiva ao painel de sua autoria.

    O livro do Apocalipse de São João é a fonte de inspiração do ar-tista bem como o evento da aparição da Imagem de Nossa Senhora.

    O Cordeiro está de pé, vitorioso e tem o seu peito ferido. Ele repousa sobre uma estrutura arquitetônica que simboliza a esposa do Cordeiro, a Nova Jerusalém, símbolo da Igreja que nasce do seu sacrifício redentor. A cidade tem o centro iluminado e está protegida por uma grande muralha (Ap. 21, 9.11.23).

    A Mulher grávida, revestida do sol, tendo a lua sob os seus pés e coroada de doze estrelas é a Mãe his-tórica do Messias, Maria. Ela aparece rodeada de símbolos celestiais porque é a Mãe de Jesus. As doze estrelas simbolizam a perfeição (Ap 12, 1-2).

    Os Anjos que rodeiam o Cordei-ro são os seus servidores e lutam a seu favor. São os anjos bons que combateram o Dragão, figura dis-forme envolvida por estrelas que perderam o brilho, símbolo daque-les que não foram fiéis ao Cordeiro de Deus (Ap 12, 3-4)

    Os pescadores, João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso que das águas do Rio Paraíba do Sul, retiraram a imagem de Nossa Senhora são representados numa atitude de veneração e surpresos após a pesca milagrosa.

    A rede é símbolo da Igreja. Ape-sar da abundância de peixes ela não se rompe. Tem-se aqui uma alusão à unidade da Igreja. Simboliza também a ação de Deus que reúne e separa os homens e mulheres para o Reino de Deus.

    Os peixes bons são separados dos maus: o Juízo Final. Daí a distinção dos peixes dourados, apa-nhados na rede, e os outros peixes, soltos nas águas tempestuosas da vida.

    palavra fraterna

    Caros irmãos e irmãs, gostaria de partilhar com vocês a alegria de exercer o meu ministério sacer-dotal, numa paróquia povoada por leigos e leigas comprome-tidos na ação evangelizadora da Igreja.

    Aproxima-se a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no próximo dia 22 de novembro, último domingo do ano litúrgico. Neste dia agradecemos a Deus pela vida e o testemunho de homens e mulheres que vivem a fé ba-tismal e participam ativamente na vida da Comunidade!

    Coitado do padre que pensa em ser o único responsável pela evangelização, o único capaz de gerenciar e administrar a vida da paróquia! Estaria condenado ao fracasso e colocaria em risco o árduo trabalho pastoral e evan-gelizador.

    Nossa paróquia, desde longa data, valoriza a presença dos lei-gos confiando-lhes ministérios, encargos e serviços diversos. A atuação dos leigos na Igreja não é concessão benévola do padre, mas um direito e um dever de cada cristão batizado.

    Todos nós pelo Batismo--Crisma estamos vinculados a Jesus Cristo, Rei e Servo, Sacerdote, Pastor e Profeta. Podemos dizer com alegria e esperança: “Sou o que sou pela graça de Deus” (1Cor 15,10), mais ainda, “somos o que so-mos pela graça de Deus”.

    Meu abraço carinhoso,

    Pe. Geovane Luís da SilvaPároco

    Paróquia Nossa seNhora

    da Piedade

    Ano 10 - nº 127 Novembro de 2015barbacena - mg

    Jor

    nal

    um altar para maria, a senhora aparecida

    Ser leigo, neste caso, não quer dizer ser ignorante, mas indica nossa missão e serviço na Igreja. O leigo é aquele que não faz parte do clero, ou seja, que não é ordenado, mas participa ativamente na missão evangelizadora da Igreja.

    A ação do leigo consiste em levar a Igreja ao mundo e o mundo à Igreja. Como? Revelando com a vida o amor maternal de Deus a cada um de seus filhos e filhas dispersos pelo mundo, e apresen-tando à Igreja as necessidades do mundo atual.

    A ação do leigo na Igreja é semelhante ao sabor que o sal confere ao alimento, ao efeito que a luz acesa produz num ambiente escuro, ou ainda à transformação que o fermento provoca quando misturado à massa. Pequenas doses, pequenas porções que fazem a diferença. Porém, para que as mudan-ças de “sabor”, de “cor” e de “volume” aconteçam é necessário que cada um faça a sua parte, se aproximando, misturando-se, participando.

    protaGonista ou FiGurante?Ao leigo, cabe uma dupla missão no

    mundo, confiada por Deus ao homem: a família e o governo inteligente da terra; duas missões que os leigos realizam como enviados e representantes do Criador, como colaboradores do plano da Criação.

    O leigo consciente não abre mão, mas também não se contenta apenas com as belas celebrações, com reuniões maravilhosas, com orações fervorosas; ele sai da “redoma confortável das igre-jas e templos” e vai para a realidade,

    onde a vida acontece. Ele cumpre seu papel de apóstolo de Jesus Cristo, no seu ambiente de convivência cotidiana, na família, na profissão, no ambiente social, no ambiente cívico, no lazer.

    O leigo atuante e corajoso leva no pei-to, no rosto, na fala e na atitude o modelo

    prescrito por Jesus Cristo, isto é, ele revela Deus em tudo o que faz, com sua vida. Não tem vergonha de viver sua fé e de ser visto, de revelar que é servidor do Reino de Deus. Ele se mostra, ele convence e converte.

    Inseridos no Corpo místico de Cristo pelo batismo e energizados com a força do Espírito Santo no crisma, somos destinados ao apos-tolado, isto é, à missão de anunciar a doutrina de Jesus Cristo. Somos leigos, com muito prazer. Não somos meros figurantes na vida

    da Igreja e da sociedade, ao contrário, somos protagonistas dessa história de in-teração e amor. “Somos leigos na Igreja. Deus nos deu uma missão. Ser fermento, sal e luz. Essa é a nossa vocação”.

    Rosa Cimino

  • JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVembRO / 20152

    A Igreja celebra no dia dois de novembro a “Comemoração dos Fiéis Defuntos”. No calendário litúrgico, a data se encontra o mais próximo possível da “Solenidade de Todos os Santos”, celebrada no dia primeiro de novembro, porque quer ressaltar uma das verdades de fé professada no Credo Apostólico: a comunhão dos santos. Nela, a Igreja do céu, a Igreja gloriosa, triunfante intercede pela Igreja terra, também chamada peregrina. Por sua vez, a Igreja da terra inter-cede pela Igreja do Purgatório ou Igreja padecente. É por isso que nas missas se colocam intenções pelos falecidos. Quem está no pur-gatório não pode mais pedir para si próprio, somente pelos que ainda estão aqui na terra, neste mundo.

    O fundamento da fé da Igreja é a ressurreição de Jesus Cristo, conforme diz São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou vã é a vossa fé” (1Cor 15, 14). A imagem da se-mente que cai na terra nos ajuda a compreender o significado da morte de Jesus. A semente morre para produzir fruto. Assim, a morte de Jesus não foi em vão, mas foi para produzir fruto, para dar vida ao mundo, foi redentora. É por isso que na missa o Prefácio dos Mortos I diz: “Para os que creem em vós, Senhor, a vida não é tirada, mas transformada”.

    A vida eterna começa quando fazemos a nossa opção por Cristo. É nesta vida que conquistamos o paraíso. Quem for capaz de doar a própria vida, servindo a todos com generosidade e perseverança, no banquete eterno será servido pelo próprio Cristo Ressuscitado e par-ticipará plenamente da comunhão eterna com Deus.

    Pe. Isauro Biazutti

    “Na oração falamos com Deus e na leitura é Deus que nos fala” (São Jerônimo). Quando se carac-terizava uma pessoa como letrada supunha-se que sabia ler muito bem, dominava vários idiomas e, portan-to, era alguém respeitável e o alfa-betizado era o que sabia ao menos assinar o nome. Há sim diferença: o alfabetizado apenas lê sem mais emoções, ao passo que o letrado entra no contexto da alfabetização. Adentra-se nas histórias lidas, vai além das normas alfabéticas. Sabe distinguir e usar as informações. Nossas escolas já se preocupam, embora seja nova essa prática, em formar cidadãos, ao mesmo tempo em que através da alfabetização ajudam a tirar a venda dos olhos. O alfabetizado ou não se torna um le-trado quando reconhece nos livros, nos jornais, em artigos, personagens e pelo rótulo identifica produtos,

    Relacionamento humano é um desafio para todos nós e para a vida toda. Exige de nós uma constante adaptação à vida em comunidade, já que somos convidados o tempo todo a sair de nossa comodidade e ir ao encontro do outro, seja na família, no trabalho, na Igreja, com os amigos.

    S e n d o a s s i m , a convivência humana sempre vai exigir que saiamos do “eu” para o “nós”. Muitas vezes os conflitos nos relaciona-mentos vêm nos sinali-zar esta necessidade: ter que ir além de nossas vontades e desejos para ter abertura, disposição e desapego para acolher as diferenças e o novo que as pessoas nos trazem na con-vivência. Muitas vezes somos de-safiados a flexibilizar nossa rotina e manias para poder participar bem de um grupo, acolher novas formas de fazer e realizar as coisas, para nos doar e receber do outro.

    Na convivência humana vive-mos o desafio da busca do cuidado e do reconhecimento. Vivemos num duplo movimento de reciprocidade: eu preciso do outro, não posso viver só, vivo em uma codependência para poder sobreviver. E, por outro lado, necessito me conhecer e me

    reconhecer na medida em que me identifico e me diferencio do outro. Sendo assim, uma relação interpes-soal e grupal tem que ir além de partilhar, é necessário compartilhar, construir juntos, realizar de forma solidária nos apoiando mutuamen-

    contato espetaculare estudar é fundamental; mas, o que quero colocar é aquela disponibili-dade, interesse pelas coisas de Deus. Buscar na palavra mesmo que não saiba tão bem discernir as letras, mas ouvir e colocar em prática. Desde criança nossas mães e avós nos ensinam rezar e nos mostram figuras e nós nos encantamos ao ouvi-las e sempre pedimos mais. Como diz São Paulo: “A fé entra pelo ouvido (Rm 10, 17)”.

    Por que não nos alfabetizarmos da Palavra de Deus e nos letrarmos no cotidiano para entender mais sobre o amor, o perdão e a justiça? Certamente, quando o mundo se le-trar pela fé da Palavra de Deus todos serão alfabetizados espiritualmente e as sementes germinarão dando frutos de paz. Dia 14 de novembro dia nacional da alfabetização.

    Dinair Augusta

    E SPECIAL

    B Em VIVErquando sabe diferenciar documen-tos e como devem ser preenchidos, mesmo que seja por outra pessoa. Percebemos também que acontece o mesmo na vida religiosa. Mesmo sem saber ler ou escrever quantos

    leigos cumprem suas tarefas pasto-rais tão bem ou, talvez, melhor que aquele que tanto estudou. Lógico que saber ler e escrever é um mérito

    F OrmAÇÃOrelacionamento e a arte de cuidarem cristo a vida

    é transFormadate. Somente assim podemos chegar a uma relação de cuidado em que dou e recebo, em que acolho e sou acolhido, em que cresço e me torno uma pessoa melhor.

    Cada um de nós é convidado à vida em comunidade – comum uni-dade, a assumir a sua fragilidade,

    de que não dou conta de tudo, eu preciso do outro: eu preciso de ser cuidado. Por outro lado, tenho que reco-nhecer que eu devo me doar, dar a minha colaboração ao outro com meus talentos: eu preciso cuidar. Saímos assim da ilusão e da alienação do individu-alismo, do egoísmo e

    reconheçamos que, nos vínculos de solidariedade encontramos o senti-do para a vida, acolhemos desafios, superamos problemas e sofrimento, descobrimos soluções e potencia-lidades. Cuido e me deixo cuidar.

    Maria Alice - Psicóloga

  • JORNAL VOZ DA PADROEIRA • NOVEMBRO / 2015 3

    A Igreja não pode ser conside-rada como uma democracia igual às outras e as “bases” não podem decidir através da maioria, porque sobre a verdade revelada nenhuma “base” pode decidir. O próprio Senhor nos confiou sucessores dos apóstolos a fi m de que reves-tidos de um carisma da verdade (Dei Verbum 8), a transmitamos integralmente, a conservemos com zelo e a exponhamos com fi delidade.

    O jeito da Igreja ser e agir deve ir além da democracia, ou seja, deve ouvir, zelar, cuidar, respeitar, apoiar, mas nunca julgar ou conde-nar uma pessoa por causa de seus erros. Jesus nunca excluiu a pes-soa, nunca negou o abraço Dele a ninguém. No caso da Samaritana, Jesus a acolheu e a aceitou do jeito que ela era, só não aceitou o erro.

    A Igreja deve zelar pela pessoa num espírito de comunhão e fi de-lidade a Deus. Essa comunhão é de mão dupla, ou seja, o respeito do leigo pelo padre, pelo bispo e assim sucessivamente. O uso da autoridade se dá através da fi delidade, do respeito, da escuta, da transparência, do diálogo, que são características bem visíveis na Igreja hoje.

    A comunhão e a democracia representam relações horizontais, isto é, olho no olho, no mesmo nível, pois todos são iguais perante a lei civil e a lei de Deus. Jesus nunca nos olhou de cima para bai-xo, nunca nos humilhou, respeitou nossa dignidade humana. Ele se fez servo e lavou os nossos pés. Ele se inclina, abaixa, nos pega no colo, mostrando o seu miseri-cordioso amor por nós.

    Comunhão é assumir juntos com humildade, de forma harmo-niosa o serviço na comunidade aceitando a diversidade. O que é comum é muito maior e mais im-portante, pois somos todos fi lhos de Deus, cada um com sua beleza e seus dons.

    Que a Igreja se deixe conduzir pelo exemplo do Papa Francisco que não está preocupado com títulos e honras, apenas quer que as pessoas tenham uma vida dig-na. O que nós somos nos une, o que fazemos nos distingue, mas o que se é está muito acima do que aquilo que se faz.

    Maria Irene Barbosa Martinho

    C OmuNIdAdE VIVA A ÇÃO EVANgELIZAdOrAoBra dos taBernÁculos – 60 anos

    Dia 09 de outubro, às 15h, celebramos os 60 anos da Obra dos Tabernáculos. Após a celebração seguiu-se a confraternização na Casa Dom Luciano.

    celeBraÇÃo da crismaDia 01 de novembro, às 10h, no Santuário, foram crismados

    os catequizandos das seguintes comunidades: Nossa Senhora da Graças, Piedade, Rosário, São Cristóvão e Santa Ifi gênia. Gratidão sincera aos Catequistas de nossa Paróquia!

    ministério eXtraordinÁrio da palavra

    Nossa paróquia iniciou a formação para os novos Ministros Extraordinários da Palavra. Queremos ser Igreja viva e ministerial!

    concerto sinFÔnicoNo dia 01 de novembro, no Santuário, ouviu-se belo concerto

    musical realizado pela Banda Sinfônica Bom Jesus de Matosinhos da vizinha cidade de São João Del Rei.

    plantio do manacÁ da serraForam plantadas as mudas de manacá da serra! No dia 06, após

    a missa das 15h, realizou-se a bênção e distribuição das mudas para os fi eis. O plantio foi feito por diversos representantes da sociedade.

    novena e Festa de santa cecÍliaDurante os dias 14 a 22 de novembro, a Comunidade de Santa

    Cecília celebra sua padroeira. Todos os dias celebração e novena às 19h.

    Dia 22, domingo, às 9h, Novena. E, logo em seguida, a procis-são. Às 10h30min, Celebração da Primeira Comunhão Eucarística das crianças da Catequese.

    iGreJa ministerial: democracia ou comunhÃo?

    Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Geovane Luís da SilvaRedação: Rosa Cimino, Pe. Isauro Biazutti, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa H. Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

    R. Vigário Brito, 26 - Centro - CEP 36200-004 (32) 3331-6530 / 3331-0270- [email protected] | www.piedadebarbacena.com.br

    Diagramação e impressãoGráfi ca e Editora Dom Viçoso 31 3557-1233

    Tiragem: 1.600 exemplares

    Pastoral do Dízimo

  • JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVembRO / 20154

    o silêncio na liturGiaRetomo hoje o tema do silêncio na

    liturgia. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o silêncio rece-beu lugar de destaque nas celebrações. A Constituição Sacrosanctum Con-cilium, após determinar que se deve incentivar a participação ativa dos fiéis através das aclamações, respostas e cânticos, acrescenta: “Guarde-se também, em seu devido tempo, um silêncio sa-grado” (SC 30). A Ins-trução Geral do Missal Romano reafirma essa determinação: “Opor-tunamente, como parte da celebração, deve-se observar o silêncio sa-grado” (IGMR 23). No opúsculo, “Guia Litúr-gico-Pastoral”, nº 32, a CNBB dá a seguinte recomendação: “A Palavra é valorizada também por momentos de silêncio, por exemplo, após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecendo a atitude de acolhida à

    Palavra. No silêncio, o Espírito torna fecunda a Palavra no coração da co-munidade”.

    O silêncio na liturgia não é, por-tanto, um tempo vazio entre duas partes da celebração, uma espécie de pausa, durante a qual nada acontece.

    Pelo contrário, é a abertura de cada indivíduo e da comunidade inteira para Deus, como é também um encontrar-se de cada um consigo mesmo.

    O silêncio não consiste apenas

    A Igreja nos ajuda a santificar o tempo através do ano litúrgico e a cada ciclo deste ano damos à nossa vida a dimensão da vida de Cristo. Ao recordar em cada tempo litúrgico a vida de Jesus, nossa vida ganha sentido, nossas dores, nossas ale-grias, nossos medos, nossos sonhos se encontram e se convergem para o Cristo: Caminho, Verdade e Vida.

    A Solenidade de Cristo Rei foi criada pelo Papa Pio XI como uma maneira de coroar o Ano Litúrgico. Ela nos recorda que tudo culmina na plenitude do Cristo Rei e nos leva a compreender que Cristo deve reinar não somente no interior do coração humano mas em todos os lugares.

    Nosso Senhor Jesus Cristo en-quanto a “videira verdadeira” é a causa da vitalidade dos ramos. A seiva que por eles circula, alimen-tando flores e frutos, tem sua origem n’Aquele Unigênito do Pai (Jo 15, 1-8). Ele é a Luz do Mundo (Jo 1, 9; 3, 19; 8, 12; 9, 5) para auxiliar e dar vida aos que dela quiserem se servir para evitar as trevas eternas. Jesus é “a cabeça do corpo que é a Igreja, é o Princípio, o Primogênito entre os mortos, de maneira que tem a primazia em todas as coisas, porque foi do agrado do Pai que residisse n’Ele toda a plenitude e que por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, pacificando pelo Sangue da sua Cruz, tanto as coisas da terra, como as do Céu” (Cl 1, 18-20).

    Celebrar Cristo Rei do Universo é reconhecê-Lo como evangelizador de nossas vidas, é dispor-se a fazer uma experiência com o Cristo e deixar que Ele evangelize nossos corações, nossos sentimentos, nossas ações, nossas vidas, para que evangeliza-dos por Cristo possamos, através de nosso exemplo e atitudes, evangelizar aqueles que não reconhecem o amor de Deus.

    Mariana L. Souza

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    em ausência de palavras. É também a ausência de qualquer som ou ruído; tem o significado de busca, de calma e paz e de abertura à presença de Deus. Na liturgia não se faz um silêncio qualquer, mas se trata de um silêncio sagrado que acolhe, aguarda e comu-

    nica o Mistério, ou seja, a comunhão com o próprio Deus.

    Em nosso tem-po faz-se ainda mais urgente o silêncio. Quanto mais baru-lhento o mundo, tanto maior a necessida-de do silêncio. Nas grandes metrópoles do mundo, os templos são verdadeiros oá-sis no meio da turbu-lência e agitação das

    ruas. Até mesmo pessoas sem experi-ência religiosa procuram esses lugares para ali estarem a sós e recarregar as baterias de energia interior.

    Especialmente, quando e onde Deus está presente, brota do interior o apelo por silêncio. Isso ocorre mais agudamente na celebração litúrgica.

    Entretanto, na liturgia, silenciar não é emudecer. Cria-se algo substan-cial a partir da presença de Deus. Ele está presente nas palavras da Bíblia, na celebração dos sacramentos, na oração e no canto.

    O Missal Romano propõe vários momentos de silêncio ao longo da celebração da Eucaristia. No Ato pe-nitencial, o sacerdote e os fiéis devem fazer juntos um momento de silêncio, como também depois do Oremos da oração da Coleta. Sugere-se também um breve silêncio após cada leitura e também depois da homilia. Cabe igualmente guardar alguns instantes de silêncio na memória dos falecidos. Terminada a distribWuição da co-munhão, o sacerdote e os fiéis rezem algum tempo em silêncio.

    Elimar Johann

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    L IturgIA E VIdA I grEJA-mÃE

    No último domingo de novembro do ano em curso inicia-se, com o Advento, mais um ano litúrgico. Advento é tempo de espera, é tempo de redescobrir a novidade escondida em palavras tão frágeis como “nascimento”, “criança”, “rebento”. A coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância.1ª Semana: Esperança2ª Semana: Paz3ª Semana: Alegria (vela cor de rosa)4ª Semana: AmorAgora faça um bonito colorido na coroa do Advento e leve para cate-quese de sua comunidade.

    Advocacia Previdenciária

    Dr. Francisco José Pupo NogueiraAdvogado - OABMG: 22213

    XV de Novembro, 169 / 10(32) 3333-0245 / 9983-3813

    Artigos:Canção Nova, Paulus,

    Paulinas, Ave Maria etc.