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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL ULTRASSONOGRAFIA DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH INOCULADO EM CAMUNDONGOS Carla Martí Castelló Orientadora: Profª. Drª. Naida C. Borges GOIÂNIA 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

ULTRASSONOGRAFIA DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH

INOCULADO EM CAMUNDONGOS

Carla Martí Castelló

Orientadora: Profª. Drª. Naida C. Borges

GOIÂNIA

2017

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CARLA MARTÍ CASTELLÓ

ULTRASSONOGRAFIA DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH

INOCULADO EM CAMUNDONGOS

Dissertação apresentada para obtenção do grau

de Mestre em Ciência Animal junto à Escola de

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal

de Goiás.

Área de concentração:

Patologia, clínica e cirurgia

Orientadora:

Profª. Drª. Naida Cristina Borges -EVZ/UFG

Comitê de orientação:

Prof. Dr. Andris Figueiroa Bakuzis –IF/UFG

Profª. Drª. Marina Pacheco Miguel-IPTSP/UFG

GOIÂNIA

2017

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através doPrograma de Geração Automática do Sistema de Bibliotecas da UFG.

CDU 639.09

Martí Castelló, Carla ULTRASSONOGRAFIA DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICHINOCULADO EM CAMUNDONGOS [manuscrito] / Carla Martí Castelló.- 2017. xiii, 46 f.

Orientador: Profa. Dra. Naida Cristina Borges; co-orientador Dr. Andris Bakuzis Figueiroa; co-orientadora Dra. Marina Pacheco Miguel. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ), Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Goiânia, 2017. Bibliografia. Anexos. Inclui lista de figuras, lista de tabelas.

1. Carcinoma Sólido de Ehrlich. 2. Modelos tumorais murinos. 3.Modo Doppler. 4. Ultrassonografia. I. Cristina Borges, Naida, orient. II.Título.

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Caixa de texto
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Dedico este trabalho ao Biel, por

fazer crescer em mim a maior força e

amor que jamais poderia imaginar.

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vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a meus pais e irmãos por compartilhar o grande amor

pelos animais que me fez escolher minha profissão e pelo apoio incondicional, estando perto

ou longe.

Agradeço a todos os meus amigos, da Catalunha e do Brasil, pois sempre foram

companheiros em todos os momentos. Em especial a Amanda, Leda, Glória, Gisana, Natércia,

Francy, Joelena, Rosa, Skarleth e Alejandro que sem a ajuda e apoio deles não teria conseguido

realizar este projeto.

À minha orientadora Profa. Dra. Naida Cristina Borges e meu comité e

coorientação Profa. Dra. Mariana Pacheco Miguel e Prof. Dr. Andris Figueiroa Bakuzis pela

dedicação, apoio, paciência e compreensão, inclusive nos momentos mais difíceis.

A todos os professores pelos ensinamentos compartilhados e aos funcionários da

Escola de Veterinária e Zootecnia e do Hospital Veterinário da UFG.

Ao programa de pós-graduação de Ciência Animal da escola de Veterinária e

Zootecnia da UFG por oferecer um curso de alta qualidade para auxiliar na minha formação e

à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa

concedida que possibilitou me manter no país durante os estudos.

E, finalmente, agradeço ao doutorando em física Gustavo Capistrano, por ser um

ótimo companheiro, dividir conhecimentos e ser minha maior fonte de apoio e motivação tanto

na sala de ultrassonografia e laboratórios como fora da universidade.

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E a cura começava quando percebiam

que as adversidades

não são um impedimento para ser feliz

Rafael Santandreu

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................................... 1

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................... 2

2.1 Câncer ............................................................................................................................................... 2

2.1.1 Aspectos gerais ............................................................................................................................... 2

2.1.2 Fundamentos biológicos do crescimento tumoral .......................................................................... 3

2.1.3 Modelos tumorais ........................................................................................................................... 4

2.2 Ultrassonografia e outras técnicas de imagem no estudo de tumores ............................................... 6

2.2.1 Técnicas de imagem no estudo de tumores murinos ...................................................................... 6

2.2.2 Princípios físicos e generalidades da ultrassonografia ................................................................... 8

2.2.3 Estudo ultrassonográfico de tumores ........................................................................................... 12

3. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS .................................................................................................... 14

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 15

CAPÍTULO 2 – ARTIGO ..................................................................................................................... 22

B-MODE AND DOPPLER ULTRASONOGRAPHY OF SOLID EHRLICH CARCINOMA

INOCULATED IN MICE ..................................................................................................................... 22

INTRODUTION ................................................................................................................................... 23

MATERIAL AND METHODS ............................................................................................................ 24

RESULTS ............................................................................................................................................. 28

DISCUSSION ....................................................................................................................................... 33

REFERENCES ...................................................................................................................................... 36

CAPÍTULO 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 39

ANEXOS............................................................................................................................................... 40

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LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES INICIAS

FIGURA 1 – Imagem modo-B de carcinoma sólido de Ehrlich induzido no

subcutâneo. Evidenciando tecido hiperecoico correspondente a derme

(seta), tecido hipoecoico correspondente a tecido tumoral periférico

(a), tecido anecoico correspondente ao centro do tumor (b), limites para

as medidas do tumor (+). Camundongo Swiss albino. Transdutor linear,

18MHz secção transversal...................................................................... 8

FIGURA 2 – Esquema da variação das ondas sonoras transmitidas e recebidas pelo

transdutor. A) objeto imóvel reflete a onda com a mesma frequência

que foi emitida; B) objeto com movimentação em direção ao transdutor

reflete a onda com frequência maior que a emitida; C) objeto com

movimentação em direção contrária ao transdutor reflete a onda com

frequência menor do que a emitida......................................................... 10

FIGURA 3 – Imagem Doppler colorido de carcinoma sólido de Ehrlich induzido no

subcutâneo. Evidenciando fluxo em direção ao transdutor em cor

vermelha (a) e fluxo em direção contrária ao transdutor em cor azul

(b). Camundongo Swiss albino. Transdutor linear, 18MHz.................... 11

FIGURA 4 – Imagem tríplex Doppler de carcinoma sólido de Ehrlich induzido no

subcutâneo. Evidencia-se a amostra (traços horizontais em verde) e o

traçado espectral do fluxo sanguíneo em função do tempo (traçado

amarelo). Camundongo Swiss albino. Transdutor linear, frequência

18MHz.................................................................................................... 12

CAPÍTULO 2 - B-MODE AND DOPPLER ULTRASONOGRAPHY OF SOLID EHRLICH

CARCINOMA GROWTH IN SWISS ALBINO MICE

FIGURE 1 – A Swiss albino mouse in ventral recumbence in the foam be, with the

acoustic solid gelatin on him…………………………….. ……………. 26

FIGURE 2 – B-mode ultrasound images of ESC induced in the subcutaneous tissue

of Swiss albino mouse, showing in A) Longitudinal view showing the

measurements of length and height, B) Cross-sectional view showing

width and height measurements. 18MHz linear transducer ..………….. 26

FIGURE 3 – B-mode ultrasound images of ESC induced in the subcutaneous tissue

of Swiss albino mice; showing in A) complete capsule and

circumscribed margins; B) discontinuity in the capsule (marked by

arrow), giving rise to an image with partially undefined margins, C)

significant discontinuity in the capsule (marked by arrows), giving rise

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to an image with indistinct margins, evidencing too, the heterogeneous

interior; D) homogeneous and hipoechogenic interior. 18MHz linear

transducer................................................................................................ 29

FIGURE 4 – Color Doppler mode ultrasound images of ESC induced in the

subcutaneous tissue of Swiss albino mice; showing in A) tumor without

vascular flow, the signals of flow in the skin marked with (*) are not

considered tumor flow; B) image with a single intratumoral vessel with

central distribution flow pattern; C) image with four intratumoral

vessels with peripheral distribution flow pattern; D) image with more

than five intratumoral vessels with mixed distribution flow pattern.

18MHz linear transducer ………………………………………….…… 31

FIGURE 5 – Triplex Doppler mode ultrasound images of ESC induced in the

subcutaneous tissue of Swiss albino mice; showing in A) intratumoral

vessel and their spectral trace showing the minimum of three

consecutive waves marking the peak of systolic velocity and the end of

diastolic velocity (+ cursors) to calculate the resistivity index, B)

extratumoral vessel and their spectral trace showing the delimitation of

the maximum speed average (green trace) for calculate the pulsatibility

index. 18MHz linear transducer ………...………………………...…… 32

FIGURE 6 – Graphic showing the statistical differences between the mean of

extratumoral and intratumoral RI and PI………………………………. 32

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LISTA DE TABELAS

TABLE 1 – Volume (mm3) of tumors in each exam................................................... 28

TABLE 2 – Percentages of tumors with each morphological characteristic

evaluated by ultrasonography………..................................................... 30

TABLE 3 – Percentages exams with each category of quantity of vessels and blood

flow distribution pattern evaluated by ultrasonography.......................... 31

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RESUMO

A pesquisa para o diagnóstico precoce, prevenção e novos tratamentos do câncer é um dos

principais desafios da medicina atual e os modelos tumorais in vivo são imprescindíveis para

esse fim. Técnicas de imagem, como a ultrassonografia, auxiliam a obter dados mais precisos

e diminuir o número de animais para obter resultados estatisticamente significativos. O

carcinoma de Ehrlich é um dos modelos mais usados, mas não existem descrições

ultrassonográficas dele. Nesse trabalho, foram realizados exames ultrassonográficos seriados,

em modo-B e Doppler, em carcinomas sólidos de Ehrlich (ESC) inoculados em camundongos.

A partir das medidas obtidas por ultrassom, foram analisados os padrões de crescimento e os

tumores foram separados em dois grupos dependendo da taxa específica de crescimento (SGR).

Foram comparadas as características ultrassonográficas da capsula, margens, ecotextura,

distribuição e quantidade de fluxo e os índices Doppler, Índice de Resistividade (IR) e Índice

de Pulsabilidade (IP), entre os grupos. Os ESCs apresentaram-se como tumores com padrões

de crescimento variáveis; uma capsula detectável por ultrassonografia, mas que pode apresentar

descontinuidade em alguns casos; fluxo detectável na maioria dos exames; e que podem

apresentam um foco de necrose central ou vários focos de necrose separados. Conclui-se que

os tumores que apresentam alta vascularização tendem a ter alta SGR enquanto os que

apresentam ausência de fluxo e ecotextura homogênea estão correlacionados com baixa SGR.

O estudo também demonstrou que as alterações e mudanças nos vasos tumorais se encontram

refletidas nos índices Doppler, apresentando IR e IP significativamente menores as dos vasos

extratumorais.

Palavras chave: Carcinoma Sólido de Ehrlich, Modelos tumorais murinos, Modo Doppler,

Ultrassonografia.

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ABSTRACT

The research to prevent cancer, diagnose early, and find new therapies is one of the main

challenges of current medicine, and in vivo tumor models are essential for this aim. Imaging

techniques, such as ultrasound, assists the research by helping to obtain data that are more

accurate and to reduce the number of animals necessary to obtain statistically significant results.

Ehrlich carcinoma is one of the most widely used models but it has not an ultrasonographic

description. In this study, serial ultrasound examinations were performed, in B-mode and

Doppler, on Ehrlich solid carcinomas (ESC) inoculated in mice. From the measurements

obtained by ultrasound, the growth patterns were analyzed and the tumors were separated in

two groups depending on the specific growth rate (SGR). Ultrasonographic characteristics of

capsule, margins, echotexture, vascular flow, and Doppler indices of Resistivity Index (RI) and

Pulsability Index (PI) were compared between groups. ESC presents variable growth patterns;

a capsule detectable by ultrasound, which sometimes present discontinuity; detectable flow in

most of the exams; and the possibility of a central focus of necrosis or several necrosis focuses

separated by tissue. In conclusion, tumors with high vascularization tend to have high SGR,

while tumors that presented homogeneous echotexture and absence of blood flow tend to have

lower SGR. The study also showed that changes in tumor vessels are reflected in Doppler

indices, with significantly lower RI and PI, than normal vessels.

Key words: Ehrlich Solid Carcinoma, Murine tumor models, Doppler mode, Ultrasonography.

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CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

1. INTRODUÇÃO

O câncer é uma das doenças mais comuns e graves da atualidade clínica, tanto na

medicina como na medicina veterinária. Por esse motivo, pesquisas relacionadas à prevenção,

detecção precoce e tratamentos que minimizem as consequências clínicas advindas da doença

são prioridade para área médica. Em países como o Brasil, as neoplasias conduzem a altas taxas

de mortalidade, devido ao fato de serem diagnosticadas em estágios avançados. Dentre os tipos

de câncer, o carcinoma e o adenocarcinoma mamários são os mais comumente diagnosticados

em mulheres e em fêmeas animais, principalmente, cadelas1,2,3.

Várias pesquisas na área da oncologia utilizam modelos experimentais com indução

de tumores. Atualmente, existem modelos in vitro e simulações virtuais que reduzem o número

de animais a serem utilizados. No entanto, os modelos in vivo ainda continuam sendo

imprescindíveis, haja vista serem os únicos que integram todos os fatores e complexos

processos do crescimento e invasão tumoral no organismo4. O carcinoma de Ehrlich, tanto em

sua forma ascítica como em sua forma sólida, é um dos modelos tumorais mais empregados,

tanto pela boa capacidade de manutenção e transplante das células tumorais como por ser um

bom modelo de tumor altamente invasivo, apresentando características similares aos

carcinomas mamários humanos5.

Diferentes modalidades de exames por imagem, auxiliam no estudo desses modelos

tumorais, permitindo a obtenção de dados sobre morfologia, fisiologia e vascularização da

lesão. Dentre os tipos de exames, a ultrassonografia possui vantagens por ser um método não

invasivo, por avaliar a lesão em tempo real, por ser completamente seguro e não interferir nos

tratamentos, além de gerar informação morfológica e vascular do local. Além disso, os achados

obtidos nos estudos ultrassonográficos experimentais, costumam fornecer informação

facilmente aplicável na clínica6,7.

Pretende-se nesse trabalho, descrever as características ultrassonográficas do

carcinoma sólido de Ehrlich, estudar a partir de medidas obtidas por ultrassom a sua cinética e

crescimento, comparando a ultrassonografia com os padrões de crescimento. Diante do exposto,

o objetivo desse trabalho é encontrar na ultrassonografia uma ferramenta que auxilie a prever o

comportamento do ESC para ajudar nos estudos pré-clínicos que usam esse modelo, assim

como também aportar informações sobre o diagnóstico ultrassonográfico de tumores que

possam ser aplicadas na clínica.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Câncer

2.1.1 Aspectos gerais

O câncer é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o

mundo, com aproximadamente 14 milhões de novos casos em 2012 e 8,8 milhões de mortes no

ano 2015, sendo a segunda causa de morte global8. Aproximadamente o 70% de casos de morte

por câncer ocorrem em países em vias de desenvolvimento, onde o diagnóstico tardio e

inacessibilidade aos tratamentos são comuns9. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê

que o número de novos casos aumente em aproximadamente 70% nas próximas duas décadas8.

Devido a algumas das novas características da sociedade brasileira, como as

mudanças no perfil demográfico (envelhecimento da população, urbanização populacional e

industrialização) e a outros fatores de risco do mundo contemporâneo, aparecem as doenças

crônico-degenerativas como um novo centro de atenção para a saúde pública. Estima-se para o

biênio 2016-2017 a ocorrência de 600.000 casos novos de câncer no Brasil. Com relação ao

tipo de câncer, os que mais aumentam são os de pele não melanoma, seguidos dos de próstata

em homens e os mamários em mulheres e depois os de cólon e reto em ambos os sexos1.

Existem registros de dados sobre câncer em animais de estimação em diversos

países como Estados Unidos, Itália, Canadá, Reino Unido e Suécia. Os dados desses registros

mostram que nos últimos anos a tendência do número total de neoplasias em pequenos animais

é de aumento, provavelmente devido a maior longevidade desses animais, ligada às melhoras

em nutrição, prevenção de doenças infecciosas e dos métodos de diagnóstico e protocolos

terapêuticos. O único tipo de tumor que teve tendência a diminuir nesses registros é o mamário,

devido ao aumento de ovário-histerectomias preventivas10-16, essa diminuição não foi observada

em estudos realizados no Brasil2,3.

Estimar a incidência de câncer entre animais de estimação requer a enumeração de

todos os novos casos de câncer diagnosticados em uma determinada população em um

determinado intervalo de tempo, por isso, estimativas confiáveis requerem dados válidos sobre

a demografia da população e uma enumeração completa dos casos de câncer17, o que atualmente

é praticamente impossível no Brasil onde a maioria de animais de estimação não é registrada.

Porém, existem estudos sobre a prevalência de tipos de tumores atendidos em hospitais e

centros veterinários universitários como o realizado na Universidade Federal do Paraná, onde

foi sucedido um estudo retrospectivo em 333 cães. O tumor mais diagnosticado foi o mamário

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seguido de mastocitoma, tumor venéreo transmissível e linfossarcoma. O mesmo trabalho

mostrou que quase 50% dos atendimentos na unidade de oncologia veterinária pesquisada

foram devidos a tumores mamários e se consideramos somente as cadelas esse cifra aumenta

para 70%2. Em outra pesquisa sobre prevalência de tumores mamários em cães realizada no

Brasil as neoplasias mamárias corresponderam a mais do 50% dos tumores das cadelas3. Nos

estudos em que avaliaram a prevalência dos diferentes tipos de tumores em cães o mais

frequente foi o adenocarcinoma mamário, seguido de adenoma mamário e carcinosarcoma

(tumor misto maligno de mama)2,18.

2.1.2 Fundamentos biológicos do crescimento tumoral

O câncer deriva de alterações genéticas (instabilidade genômica) e epigenéticas que

culminam com mudanças morfológicas e funcionais das células, principalmente, associadas à

proliferação descontrolada e perda da diferenciação celular. Estas alterações genéticas ocorrem

em oncogenes, genes supressores de tumor, genes do reparo do DNA, genes da apoptose e genes

da mobilidade, predominantemente. Desta forma, as células neoplásicas malignas apresentam

autonomia gênica, reprogramação do metabolismo energético, autosuficiência no crescimento,

a insensibilidade aos sinais de inibição de crescimento, evasão da apoptose, potencial

replicativo ilimitado, manutenção da angiogênese, invasão tecidual e metástase19-21.

Após as mutações gênicas, a característica inicial do câncer é o aumento da taxa

mitótica e, consequente aumento do número de células alteradas, vista na maioria dos casos

pela formação de tumores. Esta característica está associada à capacidade das células

neoplásicas não responderem à potente sinalização inibitória de proliferação celular conferida

aos genes supressores de tumores, os quais estão mutados ou inibidos no câncer. Desta forma,

quanto mais protoncogenes mutados e mais genes supressores de tumores estejam inibidos

maior será a taxa mitótica e maior o aumento de massa tumoral22,23.

Associado à ausência de resposta à inibição da proliferação celular, o crescimento

tumoral também está relacionado à inativação de genes indutores de apoptose, o que garante a

imortalidade das células24,25. Outra característica de malignidade é o potencial replicativo

ilimitado, o qual está relacionado com a ativação da enzima telomerase26. Quando células

tumorais adquirem capacidade replicativa ilimitada e conseguem evadir a apoptose, podem se

multiplicar indefinidamente sem controle e acumular danos genéticos adicionais que podem

aumentar a malignidade25. A replicação sem controle e o acúmulo de danos genéticos origina

células tumorais com características heterogêneas, com diferentes afinidades, com capacidade

de metastatização, sensibilidade a hormônios ou fatores de crescimento e resistência a fármacos.

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Essa heterogeneidade tumoral é uma das principais limitações no diagnóstico, prognóstico e

eficácia do tratamento24.

Para poder crescer além de 2 mm de diâmetro, as células neoplásicas de tumores

sólidos precisam induzir a angiogênese intratumoral para o fornecimento de oxigênio,

nutrientes e outros fatores essenciais para manutenção do metabolismo celular27. A angiogênese

no ambiente tumoral é altamente estimulada por fatores pró-angiogênicos, tais como o fator de

crescimento endotelial vascular (VEGF) e fatores fibroblásticos (FGF), produzidos tanto pelas

células tumorais quanto por macrófagos associados ao tumor23,27. Os vasos formados no tumor

apresentam-se imaturos, as vezes com lúmem colapsado, desorganizados, com aumento da

permeabilidade e sem organização hierárquica, ao contrário do observado no tecido normal que

possui vasos maduros com distribuição hierárquica de arteríolas, capilares e vênulas28-31. Estas

características dos vasos tumorais são responsáveis por uma ineficiência da função vascular no

tumor, que é compensada com um aumento da densidade vascular27.

Apesar de várias características serem associadas ao câncer, a única que realmente

é associada somente a este tipo de doença é a capacidade de invasão e metástase. A ativação da

metástase é um processo de múltiplas etapas em que somente algumas células tornam-se

capazes de realizar, e que pode acontecer em qualquer fase da evolução do câncer22. No entanto,

alguns aspectos acerca dos passos na cascata metastática permanecem pouco compreendidos32.

Vale ressaltar que as metástases são responsáveis por mais de 90% das mortes relacionadas ao

câncer, o que torna alvo de pesquisas o entendimento da sua evolução e o tratamento33,34.

2.1.3 Modelos tumorais

Os modelos tumorais são ferramentas de grande importância na pesquisa contra o

câncer, possibilitando a identificação de substâncias cancerígenas, o estudo dos mecanismos

moleculares e processos da tumorigênese e metástase e o desenvolvimento de terapias e seleção

de fármacos. Atualmente, existem diferentes tipos de modelos tumorais, como as simulações

virtuais e os modelos in vitro e in vivo4,35.

Os modelos in vivo capturam a complexidade da tumorigênese e do processo

metastático em um sistema vivo, mas a visualização dos passos individualmente e a extração

quantitativa de dados é geralmente difícil. Em contraste, os modelos in vitro têm uma relevância

fisiológica reduzida, preservando somente aspectos limitados do microambiente do tumor, mas

permitem o controle da maioria das variáveis experimentais possibilitando uma melhor análise

quantitativa4.

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5

A análise in vitro de tecidos tumorais permitiu estudar as mudanças genômicas

apresentadas pelas células tumorais, mas apresenta limitações quanto ao estudo de fatores que

influenciam nos estágios iniciais do desenvolvimento35, já que o desenvolvimento do câncer

depende das mudanças intracelulares, mas também das interações entre essas células tumorais

e o seu microambiente36. Graças aos avanços na engenharia de tecidos, cultura 3D, biomateriais,

microfluidos e microfabricação essas limitações estão sendo reduzidas com a criação de

complexos cultivos com diferentes tipos celulares imitando o microambiente tumoral4,21.

Mesmo com grandes avanços nos modelos in vitro, os estudos dos processos de

metástase, de angiogênese e da resposta imune contra o câncer não mimetizam o que ocorre in

vivo. Por esta razão, os modelos animais experimentais de câncer ainda estão desempenhando

um papel vital na compreensão da tumorigênese e dos processos metastáticos e suas relações

com o ambiente in vivo, e na avaliação de novas terapias37.

Outra ferramenta inovadora paro o estudo de tumores e que pode chegar a reduzir

o número de animais usados na pesquisa é o uso de simulações tumorais virtuais. As simulações

podem ajudar a visualizar o tumor como um sistema biológico dinâmico auto-organizado,

conectando os dados já conhecidos sobre tumores e oncogênese. Mas para adquirir novos dados

e poder criar simulações precisa-se dos modelos in vitro e in vivo38.

Devido às limitações dos outros modelos tumorais, continua sendo imprescindível

o uso de modelos in vivo. Existem vários tipos de modelos tumorais in vivo, dependendo do

tipo de animal (íntegro, imunodeprimido ou geneticamente modificado) e dependendo do

mecanismo de produção do tumor (induzido com substâncias químicas ou implantado com

células tumorais). Os tumores implantados com células tumorais podem ser classificados

dependendo da origem dessas células e da forma e lugar de implantação. As células podem

proceder de qualquer tecido humano (xenoenxerto) ou de tecidos murinos (aloenxerto), e

podem ser implantadas no mesmo lugar de origem do tumor (implantação ortotópica) ou em

outras localizações (implantação ectotópica)39,40.

Um dos modelos experimentais mais estudados é o tumor de Ehrlich, por ser um

dos primeiros tumores transplantáveis conhecidos. Trata-se de uma neoplasia originária de

carcinoma mamário de camundongos fêmeas transplantado, inicialmente, na forma sólida e, a

partir de 1930, para a forma ascítica. A conversão do tumor de Ehrlich para a forma ascítica

permitiu padronizar o número de células inoculadas, quantificar a regressão e o crescimento

tumoral e estudar a célula tumoral propriamente dita5. As células tumorais são estabilizadas e

mantidas mediante transplantes intraperitoneais periódicos. Esse líquido ascítico pode ser

colhido, lavado e após contagem celular ser inoculado de forma subcutânea para obter um tumor

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sólido mais estável comparado à aplicação diretamente no subcutâneo41,42. A indução do câncer

por meio da implantação subcutânea é um dos modelos mais usados, por ser tecnicamente fácil

de realizar e por apresentar excelente acessibilidade para monitorar a progressão tumoral e para

avaliar os efeitos dos tratamentos39.

2.2 Ultrassonografia e outras técnicas de imagem no estudo de tumores

2.2.1 Técnicas de imagem no estudo de tumores murinos

Os modelos tumorais podem servir para investigar novas abordagens do diagnóstico

por imagem do câncer, permitindo que as hipóteses sejam testadas rigorosamente no contexto

de um sistema biológico complexo. Nos últimos anos, foram desenvolvidas uma variedade de

técnicas e equipamentos para obter imagens de modelos tumorais de forma não invasiva, com

o objetivo de maximizar a utilidade de modelos de câncer in vivo. Técnicas não invasivas são

importantes para medir aspectos da biologia do tumor, anatômicos e funcionais em cada animal

de forma individual e dinâmica. A imageniologia permite medir aspectos da biologia do tumor

que não são evidentes e avaliar de forma não invasiva a resposta tumoral ao tratamento ao longo

do tempo6,7.

Algumas modalidades de imagem experimental são iguais às usadas na clínica,

como por exemplo, a ultrassonografia43,44, em outras modalidades os aparelhos são versões de

menor escala àquelas usadas na clínica, como no caso da ressonância magnética45. Já algumas

são somente experimentais, adaptadas para imagens pré-clínicas como, por exemplo, a

bioluminescência46.

No estudo de modelos tumorais murinos a ultrassonografia é útil para medir a carga

tumoral no tecido mole e os aspectos da vascularização e perfusão do tumor. Os aparelhos

ultrassonográficos para pesquisas pré-clínicas usam transdutores de frequências maiores (10-

75 MHz) dos usados na clínica (2-18 MHz)7,43,44. As principais vantagens desse método são

que não emite nenhum tipo de radiação prejudicial, baixo custo dos exames e fácil acesso e

aplicabilidade clínica. As desvantagens são a aplicabilidade somente a tecidos moles, campo de

visão limitado, inadequado para imagens de todo o animal e, contraste também limitado. Para

melhorar o contraste foram desenvolvidas microbolhas como agentes de contraste, aumentando

assim a utilidade do ultrassom para estudar à fisiologia vascular6,7.

A ressonância magnética pode produzir imagens com excelente detalhe anatômico

e ótimo contraste, mas é relativamente insensível, por isso sua principal aplicação é para

descrições anatômicas de tumores já bem estabelecidos, mas também é capaz de medir vários

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aspectos da biologia45. Por outro lado a ressonância magnética hiperpolarizada é mais de 10.000

vezes mais sensível que a convencional e atualmente é a única técnica que permite visualizar o

metabolismo tumoral in vivo, em tempo real e de forma não invasiva, mas não é aplicável a

todas as reações metabólica47. A principal desvantagem da ressonância magnética é o alto custo

e elevado conhecimento técnico necessário, especialmente a hiperpolarizada6.

A tomografia computorizada cria uma imagem tridimensional a partir de muitas

imagens individuais de raios-X, a usada para modelos tumorais pré-clínicos é a micro

tomografia computorizada. Do mesmo modo que a ressonância magnética, a tomografia

computorizada oferece imagens de alta resolução anatómica, mas do mesmo modo que o raio-

X comum é relativamente pobre para imagens de tumores que surgem em tecido mole, nesses

casos podem ser usados iodo radio-opaco ou agentes de contraste para melhorar a imagem48,49.

A cintilografia é considerada uma das modalidades de imagem pré-clínica mais

sensível e altamente quantitativa permitindo medições precisas. A imagem mostra onde se

concentram os isótopos radioativos injetados e os detectores captam os raios gama emitidos por

esses isótopos radioativos depois de ter passado por um colimador50.

A imagem por bioluminescência é um método popular de imagem para modelos

murinos de câncer, devido a sua sensibilidade extremadamente alta e técnica relativamente

simples, segura e de baixo custo. Porém, devido à exigência de modificar geneticamente as

células alvo antes da imagem, atualmente não é aplicável na clínica. Na bioluminescência, as

células alvo tumorais expressam um transgene que faz expressar luciferase e gerar luz quando

é administrado um determinado substrato químico não endógeno46,51.

Para os modelos tumorais in vivo, a fluorescência é um método popular, acessível,

seguro, compatível com uma grande gama de outras análises e deferentemente da

bioluminescência o sinal pode ser detectado com hardware barato. A fluorescência pode ser

usada tanto em escala microscópica, que permite imagens com resolução de célula única, como

macroscópica de todo o animal, adequado para localizar populações de células52. A

fluorescência permite também a visualização de interações entre diferentes tipos de células

dentro do microambiente tumoral, em contrapartida, é uma técnica que só é capaz de penetrar

poucos centímetros no tecido53.

Em conjunto, a aplicação adequada de imagens não invasivas melhora a qualidade

dos dados experimentais e reduz o número de indivíduos necessários para produzir resultados

estatisticamente válidos. Cada modalidade de imagem tem vantagens diferentes e o uso de cada

uma vai depender do tipo de experimento e seus objetivos6.

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2.2.2 Princípios físicos e generalidades da ultrassonografia

A ultrassonografia baseia-se na emissão de uma onda de ultrassom através de um

transdutor e a posterior recuperação desse ultrassom após atravessar as diferentes interfaces dos

tecidos com os que a onda colide. O mesmo transdutor que emitiu, recupera a onda de ultrassom

que é retornada e traduzida a voltagem gerando uma imagem no monitor54. Para representar as

imagens no monitor existem diferentes modos, entre os mais usados encontram-se o modo-B e

o modo Doppler.

a) Modo-B

Nesse modo, as ondas refletidas são traduzidas e expostas no monitor com

diferentes brilhos em uma escala de cinza. Os tecidos que absorvem os ultrassom sem refleti-

lo são chamados de anecogênicos e observa-se a geração de imagem preta; os que absorvem a

maior parte e só retornam uma pequena fração são chamados de hipoecogênicos e observa-se a

geração de imagens em diferentes tons de cinza escura; os tecidos que refletem grande parte ou

todo o feixe de ultrassom, são chamados de hiperecogênicos e observa-se a geração de imagens

de cinza claro a branco brilhante. A imagem gerada vai representar uma secção longitudinal ou

transversal dependendo da orientação do transdutor sobre a estrutura em estudo55 (Figura 1).

FIGURA 1 – Imagem modo-B de carcinoma sólido de Ehrlich induzido

no subcutâneo. Evidencia-se tecido hiperecoico

correspondente à derme (seta), tecido hipoecoico

correspondente ao tecido tumoral periférico (a), tecido

anecoico correspondente ao centro do tumor (b), limites

para as medidas do tumor (+). Camundongo Swiss albino.

Transdutor linear, 18MHz secção transversal.

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Isso pode acontecer devido à propriedade dos tecidos em refletir as ondas sonoras.

Diferentes tecidos refletem as ondas de forma distinta, baseado nas variações intrínsecas da

estrutura do tecido como a densidade, quantidade de água, queratina, colágeno, etc. Essas

variações fazem com que o ultrassom seja uma ferramenta importante para distinguir as bordas

e interfaces entre regiões como, por exemplo, entre o subcutâneo que é hipoecogênica e a derme

que é mais ecogênica56.

Os parâmetros mais básicos a considerar quando se realiza um exame

ultrassonográfico são a frequência com que se emite o ultrassom e a profundidade em que esse

chega54. O ultrassom de baixa e alta frequência é usado para finalidades diferentes. O ultrassom

de baixa frequência é usado para visualizar estruturas grandes e profundas como os órgãos

internos56,57. Deve-se considerar que, a frequência de onda maior vai providenciar uma maior

resolução da imagem, mas vai diminuir a capacidade de penetração no tecido. Quanto maior a

frequência de onda que emite o transdutor, maior é a clareza e resolução da imagem dos tecidos

próximos ao transdutor.

Na avaliação de tumores subcutâneos e linfonodos regionais são usadas resoluções

dentre cinco e 18 MHz, o que permite uma maior penetração das ondas e visualização de

estruturas mais profundas58.

b) Modo Doppler

Os sistemas de ultrassonografia Doppler, detectam os tecidos em movimento,

permitindo observar e medir a velocidade e distribuição do fluxo sanguíneo59. A

ultrassonografia Doppler é baseada no princípio físico do efeito Doppler, o qual descreve a

mudança no comprimento de onda (frequência) de som que se produz quando existe movimento

relativo entre a fonte emissora e o receptor60.

Esta técnica ultrassonográfica usa a informação adicional nos ecos que retornam,

para avaliar o movimento de alvos móveis. Quando o som de alta frequência colide com uma

interface estacionária, o som refletido tem essencialmente a mesma frequência ou o mesmo

comprimento de onda do som transmitido (Figura 2A). Contudo, se a interface refletora estiver

em movimento com relação ao feixe sonoro emitido pelo transdutor, como no caso das células

sanguíneas, há uma mudança na frequência do som que se dispersa pelo objeto em movimento

(Figura 2B e 2C). Quando a interface refletora aproxima-se ao transdutor, as ondas são

percebidas com maior frequência (Figura 2B) e, por outro lado, quando a interface refletora

distancia-se são percebidas com menor frequência (Figura 2C)60-63.

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FIGURA 2 – Esquema da variação das ondas sonoras transmitidas e recebidas pelo

transdutor. A) objeto imóvel reflete a onda com a mesma frequência que foi

emitida; B) objeto com movimentação em direção ao transdutor reflete a onda

com frequência maior que a emitida; C) objeto com movimentação em direção

contrária ao transdutor reflete a onda com frequência menor do que a emitida.

Fonte: Adaptado de Carvalho64.

Diferentes técnicas foram desenvolvidas para explorar todas essas informações de

mudança na frequência do ultrassom. Assim, atualmente existem vários modos de exibição

desta informação, sendo eles, Doppler contínuo, Doppler pulsado, Doppler colorido e Doppler

de amplitude56,63,65. Entre esses modos, os mais usados para o estudo de tumores são o Doppler

colorido, o Doppler de amplitude e o Doppler pulsado. Na ultrassonografia oncológica o

Doppler pulsado costuma a ser usado conjuntamente com o Doppler colorido, no nomeado

tríplex Doppler56.

O Doppler colorido fornece informações sobre a arquitetura vascular do órgão ou

mapeamento do leito vascular em estudo66. O sinal obtido é decodificado por cores em relação

ao sentido do movimento e por intensidade da cor em relação à velocidade do movimento das

células sanguíneas. Assim, sobre a imagem em modo-B é apresentada outra imagem, colorida,

que representa um mapeamento dos elementos móveis em relação à intensidade e ao sentido do

movimento64.

Convencionou-se que o fluxo em direção ao transdutor é vermelho e o fluxo em

direção contrária ao transdutor é azul. Os fluxos de maior velocidade são demonstrados por

tonalidades mais claras, como amarelo e laranja (dirigidos ao transdutor) e tons de azul claro

ou verde (contrários ao transdutor) (Figura 3)67.

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FIGURA 3 – Imagem Doppler colorido de carcinoma sólido de

Ehrlich induzido no subcutâneo. Evidenciando fluxo

em direção ao transdutor em cor vermelha (a) e fluxo

em direção contrária ao transdutor em cor azul (b).

Camundongo Swiss albino. Transdutor linear, 18MHz.

Diferente do modo Doppler colorido, que mostra o ultrassom na imagem de

diferentes cores de acordo com a direção e a velocidade do fluxo, o modo Doppler de amplitude

permite que o fluxo seja visualizado somente numa cor homogênea, o laranja67. Teoricamente,

isso resulta em aumento da aplicação dinâmica do scanner, possibilitando ganho efetivo mais

alto sem artefatos e maior sensibilidade para detecção de fluxos lentos, lúmens de pequenos

vasos e avaliação qualitativa da perfusão parenquimal68.

No estudo de tumores, o Doppler pulsado é exibido junto com o Doppler colorido,

sendo denominado tríplex Doppler (Figura 4). Isso permite uma melhor identificação do vaso

alvo, disposta na tela em modo Doppler colorido63,69.

No Doppler pulsado, os dados sobre o desvio Doppler são representados na forma

de gráficos, como um espectro temporal do sinal que retorna. O tempo decorrido fica no eixo

horizontal ou linha de base e, a frequência de deslocamento Doppler, pode ser vista no eixo

vertical61,67. A detecção de desvio da frequência Doppler indica movimento do alvo, que na

maioria dos casos está relacionado com a presença de fluxo. O sinal de desvio da frequência,

positivo ou negativo, indica a direção do fluxo em relação ao transdutor62 (Figura 4).

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FIGURA 4 – Imagem tríplex Doppler carcinoma sólido

de Ehrlich induzido no subcutâneo.

Evidencia-se a amostra (traços horizontais

em verde) e o traçado espectral do fluxo

sanguíneo em função do tempo (traçado

em amarelo). Camundongo Swiss albino.

Transdutor linear, frequência 18MHz.

2.2.3 Estudo ultrassonográfico de tumores

A ultrassonografia é uma ótima ferramenta para o diagnóstico de lesões de tecidos

moles, incluindo os tumores. Na pesquisa contra o câncer é usada tanto em estudos clínicos como

pré-clínicos para medir a carga tumoral e medir aspectos da vascularização e perfusão43,70.

A ultrassonografia em modo-B, é usada nas pesquisas com modelos tumorais in

vivo, principalmente para fazer um seguimento do crescimento e da evolução do volume

tumoral durante os tratamentos estudados. As medidas tomadas por ultrassonografia refletem

com maior precisão e reprodutibilidade o volume do tumor do que as tomadas com paquímetro

ou outros aparelhos métricos. Esses dados sugerem que os estudos que utilizam ultrassom

requerem menos animais para alcançar significância estatística43,71.

Em outros estudos, tanto clínicos como pré-clínicos, a ultrassonografia em modo-

B é usada para estudar as características morfológicas que podem ser visualizadas por ultrassom

e compará-las com as características histopatológicas e a malignidade72-74. As principais

características morfológicas a serem avaliadas no modo-B são o aspecto do tecido circundante,

localização do tumor, presença de cápsula, definição das margens, projeções papilares,

ecotextura e ecogenicidade73-75. A ecotextura pode ser classificada como homogênea ou

heterogênea73,74 e a ecogenicidade como cística quando é anecogênica ou sólida quando é

majoritariamente hiperecogênica ou hipoecogênica75.

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Devido à importância do estudo da vascularização e perfusão sanguínea, a

ultrassonografia em modo Doppler vem sendo cada vez mais usada tanto nos estudos clínicos

como pré-clínicos de tumores. Empregando o modo Doppler, a vascularidade pode ser avaliada

in vivo, com a identificação de vasos tão pequenos como 0,1 mm de diâmetro76. Essa técnica é

proposta em estudos para auxiliar ao diagnóstico, como ferramenta para descobrir indícios de

malignidade ou ajudar na obtenção e biópsias72-74,77; para o estudo de neoangiogênese

funcional76,78 e também como técnica a ser usada na avaliação de tratamentos, especialmente

aqueles que interferem na angiogênese e vascularização do tumor79-81.

O mapeamento no modo Doppler colorido ou Doppler de amplitude é usado para

descrever a quantidade e o tipo de distribuição do fluxo. A forma de quantificar depende de

cada experimento e tipo de tumor. Os tumores com menos fluxo podem ser classificados com

fluxo ausente ou presente, marcando um tempo mínimo de escaneamento do tumor antes de ser

declarado ausente75. Também pode ser classificada como vascularização alta, média e baixa ou

por número de vasos presentes73,74. A distribuição do fluxo pode ser classificada como central

ou periférica75, mas dependendo do tipo de tumor tem que ser incluída a classificação de

distribuição mista, quando aparecem vasos centrais e periféricos ao mesmo tempo73,74.

Para o estudo de fluxo no tumor são analisados os índices Doppler, obtidos por

Doppler espectral. Os índices comparam o fluxo durante a sístole e a diástole73-75,82, ao contrário

da análise isolada da velocidade, têm como vantagem a independência da correção de ângulo,

sendo assim mais indicados para pequenos fluxos83. Entre os índices Doppler, no estudo da

vascularização tumoral, destacam-se o IR e IP, que fornecem informações acerca da resistência

arterial ao fluxo sanguíneo73-75,82. O IR relaciona o resultado da subtração entre as velocidades

de pico sistólico e diastólico final sobre a velocidade de pico sistólico e o IP relaciona o

resultado da subtração entre as velocidades de pico sistólico e diastólico final sobre a velocidade

média64. O aumento na velocidade diastólica leva a um correspondente aumento do fluxo

sanguíneo e redução dos índices IR e IP, portanto, baixa resistividade de fluxo sugere alto

metabolismo, e, altas resistências sugerem baixo metabolismo75,82. A vantagem do IR é sua alta

sensibilidade para diferenciar traçados anormais, porque o denominador nunca se torna zero,

permitindo sempre a obtenção de um valor para este índice. O IP tem como vantagem o fato de

levar em conta a velocidade média, que reflete o que ocorre durante todo o ciclo cardíaco, e não

em apenas um momento específico como o IR83.

Assim, o Doppler permite o estudo da vascularização local, a identificação de

alterações de calibre e trajeto de vasos, a determinação de parâmetros quantitativos de fluxo

sanguíneo e de resistência vascular64.

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3. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS

Os modelos tumorais murinos são de suma importância na pesquisa contra o câncer.

Os modelos in vivo são os únicos que capturam a complexidade do crescimento tumoral e dos

processos metastáticos, sendo necessários para poder criar modelos computacionais e confirmar

alguns dos resultados obtidos in vitro. Por ser um tumor facilmente transplantável, agressivo e

de rápido crescimento, o carcinoma de Ehrlich sólido é um dos modelos tumorais mais usados

na pesquisa contra o câncer.

As técnicas de diagnóstico por imagem ajudam a ter um melhor entendimento do

comportamento, tipo de crescimento e biologia do tumor. Esses conhecimentos contribuem na

precisão e melhora dos dados experimentais, podendo assim, reduzir o número de animais

utilizados em experimentos. A ultrassonografia é um método de imagem em tempo real, não

invasivo, seguro e compatível com praticamente todos os tipos de tratamentos e procedimentos

realizados nas pesquisas.

Na clínica, a ultrassonografia é uma importante ferramenta para o diagnóstico

precoce e prognóstico nos pacientes com câncer, enquanto se esperam os resultados

histopatológicos. O diagnóstico precoce é relevante em todos os contextos e na maioria dos

cânceres, quanto mais antecipado for o diagnóstico, mais probabilidade de responder a um

tratamento de forma eficaz, aumentando assim a sobrevivência e diminuído a morbidade.

Melhorias significativas podem ser feitas na vida de pacientes com câncer através da detecção

precoce e a ultrassonografia é uma importante ferramenta para esse fim. Os dados e achados

ultrassonográficos em estudos pré-clínicos, no geral, podem ser facilmente transferidos e

aplicados para a rotina clínica.

O objetivo desse trabalho foi descrever as características ultrassonográficas do

carcinoma sólido de Ehrlich, estudar a partir de medidas obtidas por ultrassom a sua cinética e

crescimento e comparar as características ultrassonográficas, tanto morfológicas como de

vascularização, com os padrões de crescimento, a fim de encontrar na ultrassonografia uma

ferramenta para prever o crescimento neoplásico. Essa informação pode contribuir tanto para

prever o comportamento em futuros estudos pré-clínicos que foram a usar esse modelo, como

na clínica, para efetuar um pré-diagnóstico e ter uma ideia do prognóstico enquanto não se têm

os resultados histopatológicos.

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CAPÍTULO 2 – ARTIGO

Redigido de acordo com as normas do Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia

(Anexo B)

B-MODE AND DOPPLER ULTRASONOGRAPHY OF SOLID EHRLICH

CARCINOMA INOCULATED IN MICE

[Ultrassonografia em modo B e Doppler de carcinomas sólidos de Ehrlich inoculados em

camundongos]

ABSTRACT

Ehrlich Solid Carcinoma (ESC) is one of the tumor models used against cancer research.

Although ESC is a widely used tumor model, there are no ultrasonographic descriptions of it.

In this study, serial ultrasonographic exams were performed during 35 days, in B-mode and

Doppler, in ESC inoculated in 18 Swiss albino mice. From the measurements obtained by

ultrasound, the growth patterns were analyzed and the tumors were separated in two groups

depending on specific growth rate (SGR), a high rate group (HR) and a low rate group (LR).

Ultrasonographic characteristics of capsule, margins, echotexture, vascular flow and Doppler

indices of Resistive Index (RI) and Pulsatility Index (PI) were compared between two groups.

High vascularization was correlated with HR group (p<0.05). On the other hand, tumors that

presented some exam without detectable blood flow and homogeneous echotexture were

correlated with LR group (p<0.05). Additionally, were compared RI and PI between

intratumoral and extratumoral vessels and resulted in significant differences (extratumoral: RI=

0.71 ± 0.11 and PI=1.72 ± 0.93; intratumoral: RI= 0.63 ± 0.07 and PI= 1.19 ± 0.24). In

conclusion, ESC presented some ultrasonographic differences between the high and low SGR

tumors. The higher SGR tumors presented characteristics that may be related to greater

aggressiveness and invasiveness.

Key words: Doppler, Ehrlich Solid Carcinoma, Ultrasound

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RESUMO

O Carcinoma de Ehrlich Sólido (ESC) é um dos modelos tumorais usados na pesquisa contra o

câncer. Mesmo sendo um modelo muito usado em pesquisas, não existem descrições

ultrassonográficas dele. Nesse estudo foram realizados exames ultrassonográficos seriados

durante 35 dias, em modo-B e Doppler, em ESC inoculados em 18 camundongos Swiss albinos.

A partir das medidas obtidas por ultrassom, foram analisados os padrões de crescimento e os

tumores foram separados em dois grupos dependendo da taxa específica de crescimento (SGR),

num grupo de alta taxa (HR) e outro de baixa taxa (LR). Foram comparadas as características

ultrassonográficas de presença de cápsula, margens, ecotextura, distribuição e quantidade de

fluxo e os índices Doppler Índice de Resistividade (IR) e Índice de Pulsabilidade (IP). Alta

vascularização foi relacionada com pertencer ao grupo HR (p<0.05). Por outro lado os tumores

que apresentaram algum exame com ausência de fluxo e os que apresentam ecotextura

homogênea foram relacionados com pertencer ao grupo LR (p<0.05). Além disso, foram

comparados IR e IP entre vasos intratumorais e extratumorais e resultou em diferenças

significativas (extratumorais: RI = 0,71 ± 0,11 e PI = 1,72 ± 0,93; intratumorais: RI = 0,63 ±

0,07 e PI = 1,19 ± 0,24). Foi concluído que os ESC apresentam características

ultrassonográficas diferentes entre os carcinomas de alto e baixo SGR. Os carcinomas com

maiores SGR apresentaram características relacionadas com maior agressividade e capacidade

de invasão.

Palavras chave: Carcinoma de Ehrlich sólido, Doppler, Ultrassonografia.

INTRODUTION

Cancer is one of the most common and serious diseases of current clinical medicine

and one of the main causes of high death rates due to the late diagnosis. Tumor models are tools

of great importance in cancer research, in vivo mouse models capture the complexity of the

tumor growth and metastatic process in a living system, but viewing the steps individually and

quantitatively extracting data is generally difficult (Katt et al., 2016). Mice models have

developed and improved in their ability to model many diverse aspects of the human disease,

so too has the need for imaging approaches to measure key biological parameters noninvasively.

In this context, ultrasound imaging is especially useful for measuring the size and aspects of

vascularity and blood perfusion in soft tissue tumors (Lyons, 2015).

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The Ehrlich carcinoma is a tumor model largely used in cancer research; it is

originates from spontaneous murine mammary adenocarcinoma and adapts to an ascites form

by intraperitoneal serial passages (Jaganathan et al., 2010). The solid form (ESC) is generated

from subcutaneous inoculation and is considered an important tool to investigate antineoplastic

treatments (Elmorsi et al., 2013).

The aim of this study was to describe the B-mode and Doppler ultrasonographic

aspects of Ehrilch Solid Carcinoma (ESC) inoculated in mice and to study the growth kinetics

with the size measurements obtained by ultrasound, the correlation between specific growth

rate (SGR), morphological aspects and blood flow characteristics and analyze the Doppler

index in the intra and extra-tumor vessels. Besides that, demonstrate ultrasound as a tool that

can help predict behavior and growth of ESC.

MATERIAL AND METHODS

The study was part of an integrated research project approved in the Animal Use

Ethics Committee of Federal University of Goiás (CEUA / UFG) with protocol number 098/14.

Animals

In the study were included a total of 18 male Swiss albino mice, with body weight

between 25 to 40 grams, and six to eight weeks of age at the moment of inoculation. The animals

came from the central bioterium of UFG. The animals were maintained under standard

laboratory conditions (temperature 22–25ºC with a dark/light cycle of 12/12 h) and were

allowed free access to a standard dry pellet diet and water ad libitum. The mice were

anesthetized at a dose of 0.2 ml / 100g of a solution of 100mg/ml of ketamine and 12.5mg/ml

of xylazine by an intraperitoneally injection and euthanized by cervical dislocation. The

procedures involving the management and care of the animals were based on the Niehs

Handbook for investigators and technicians of National Institute of Environmental Health

Science (NIEHS, 2007) in order to minimize the pain of the animals through the correct

accomplishment of all the procedures that involve them.

Mouse tumor model

To generate solid tumors, Ehrlich Ascitic Carcinoma (EAC) was maintained in

Swiss mice intraperitoneally. Seven days after cell inoculation, the peritoneal fluid of an animal

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with EAC tumor was aspirated, the cells were washed in sterile PBS and an aliquot of the cell

suspension was put in trypan blue 1% (m/v) (Sigma, St Louis, MO) and quantified by Luna

automated cell counter (Logos, Biosystems, Annandale, VA). Only the cell dilutions with 90%

of viable cells were injected in the subcutaneous tissue of the left scapular region of the mice,

for induced ESC in a total of 18 animals (n = 18).

Ultrasonographic study

The first ultrasonographic examination was performed in each animal the day of

tumor induction. The other ultrasound examinations were performed on days 5, 10, 12, 14, 16,

18, 20, 23, 26, 28, 30, 32 and 35 after induction. For ethical reasons, when a tumor exceeded

the volume of 4000mm3 or the skin was highly ulcerated, the animal was euthanized even before

day 35 after induction.

The mice were anesthetized and accommodated in ventral recumbence on a kind of

polyurethane foam bed specially designed for that purpose (Fig.1). After evaluation, the Ehrlich

induced subcutaneous tumors were ultrasonographically examined with 18MHz linear

transducer (Mylab 30, Esaote, Genova, Italy). Using as a reference imaging settings for small

body parts, a specific preset for subcutaneous tumor models in mice, was created. Depth of

3cm, gain B-mode 52% without gelatin, dynamic range of ten and two focal areas were

standardized.

Figure 1. A Swiss albino mouse in ventral

recumbence in the foam bed, with the acoustic solid

gelatin on him.

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The ultrasonographic features evaluated using the B-mode were: volume, capsule,

echotexture and margins (Nyman et al., 2006a). Longitudinal and transversal views were

obtained from each tumor to calculate the volume using the empiric formula of Lambert: length

(L) × width (W) × height (H) × 0.71 (Fig. 2) (Paltiel et al., 2002). The specific growth rate

(SGR) was calculated with the formula, SGR = ln (V2/V1)/ (t2 – t1), where V2 was final volume,

V1 was initial volume, t2 was final time and t1 was initial time (Mehara et al., 2007). To calculate

SGR, data with volumes between 300 mm3 and 1000 mm3 were used. Margins of the tumors

were classified as circumscribed or indistinct depending on whether the margin between the

tumor and surrounding normal tissue was distinct or not (Nyman et al., 2006a). A capsule was

considered present when the tumor had already more than one image with the most part around

the tumor with a hyperechogenic line clearly around it. Echotexture was classified as

homogeneous or heterogeneous. Although interpretation of an ultrasonographic texture is

subjective, it has been proposed that an echotexture is homogeneous when dots size and spacing

is uniform or regular, and heterogeneous when it is not uniform or irregular (Matton and

Nyland, 2015). To diminish this parameter of subjectivity and as ultrasonography is operator

dependent, the ultrasonographic studies were always performed by the same person.

Figure 2. B-mode ultrasound images of Ehrlich Solid Carcinoma induced in the

subcutaneous tissue of Swiss albino mouse, showing in A) Longitudinal view showing

the measurements of length and height, B) Cross-sectional view showing width and height

measurements. 18 MHz transducer.

Doppler examination was performed using acoustic solid gelatin with the same

function and similar characteristics as a commercial standoff pad (Fig. 1). The aim of using this

acoustic solid gelatin was to prevent echo reverberations in the area of interest by placing it in

the focal zone of the transducer. The standoff pad has been used to evaluate tendons, testicle,

superficial lymph node, and other organs in cats and small dogs (Biller and Myer, 1988).

Color flow mapping was used in different planes to evaluate the vascular supply in

the tumor and the peripheral tissue. Color gain was adjusted to reduce excessive color noise

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when blood flows were too slow and the pulse repetition frequency (PRF) was 2.1 kHz. The

number of vessels in each plane were quantified, and the tumors were classified as having no

vessels, a maximum of two, three to five and more than five vessels, on average, inside the

tumor, for each plane. When vascular supply was detected, the distribution of vascular flow

was classified into three flow patterns; central, peripheral, and mixed (central and peripheral)

(Nyman et al., 2006b).

Doppler analysis was performed keeping the angle between the Doppler beam and

the long axis of the vessel (θ) under 60°. The Doppler gate was established at 2 mm. The

transducer was manipulated to optimize the spectral waveform. Resistive index (RI) and

pulsatility index (PI) were measured by using on-board software as follows: RI = (pV - end

diastolic velocity)/ pV; PI = (pV - end diastolic velocity)/time-averaged maximum velocity.

Three measurements were taken for each parameter in different locations within the tumor and

the average of these measurements was used in the analysis. Images were recorded and stored

digitally for subsequent analysis and calculations.

Statistical analysis

The mice were separated in two groups according to the SGR, grouping animals

with similar rates and separating animals with significant differences according to “quantile”,

with “classIntervals” function of the classInt package (Bivand, 2015). Eight animals belonged

to the high SGR group and ten to the low SGR group.

In order to evaluate independence of the groups an exact Fisher test (“fisher.test”

function) was performed. Each test was implemented for morphology variables (margins,

echotexture and capsule), distribution (central, periphery and mixed) and number (absent, one

to two, two to five and more than five) of the vessels (Nakazawa, 2015).

Student’s t-test (“t.test” function) was conducted for comparing the growth groups

with the mean resistive index (RI) and pulsatility index (PI).

Wilcoxon test with “wilcox.test” function was used for know if exist difference

between intra and extra tumor vessels in RI and PI. All analyses were accomplished with R

software (R core team, 2016).

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RESULTS

Tumor volume was calculated at each moment, from the mean value of at least three

measures of longitudinal diameter, transverse diameter and depth. On the first ultrasound exam

no animal showed signs of tumor or any difference to animals without an induced tumor. Five

days after induction, only five animals (26%) presented growth, with volumes between 217 e

370mm3. It was not until day 16 that all of the tumors grew (volumes between 41 to 5240mm3).

Only six animals were evaluated until day 35, the other twelve were euthanized for different

reasons, seven because they had large ulcerations on the skin in the tumor region and the other

five because surpassed the volume of 4000mm3. One of them has already passed this volume

on the day 16 (Table1).

Table 1. Volume (mm3) of tumors, according the days after induction, scored using specific

growth rate (SGR). Tumors with a SGR equal to or less than 0.13 belonged to the low rate

group, while tumors with a rate equal to or greater than 0.15 belonged to the high rate group.

In blue: initial volume of tumors that only grew after day 16 after induction. In red: larger volumes of

4000mm3, these animals had to be euthanized without being able to continue with the experiment.

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SGR of each tumor were analyzed and the mice separated in two groups with

significant difference, the groups were named high rate (HR) and low rate (LR). In the HR

group were eight animals and in the LR ten. The SGR ranged from 0.054 to 0.4428, with a

mean value of 0.1753 ± 0.11; and DT ranged from 1.57 to 12.83 days, with a mean value of

5.66 ± 3.32 days. The mean values of de SGR and DT of the LR group were 0.0958 ± 0.03 and

8.33 ± 2.81 days while of the HR group were 0.2747 ± 0.1 and 2.86 ± 1.08.

Analyzing the morphology variables, all tumors were presumed with capsule (Fig.

3a), but in nine animals (50%) the capsule presented discontinuity in some images, giving rise

to images with indistinct margins (Fig. 3b and 3c). Percentages of tumors with discontinuity in

the capsule and indistinct margins were different between HR and LR groups (Tab. 2).

Figure 3. B-mode ultrasound images of Ehrlich Solid Carcinoma induced in the

subcutaneous tissue of Swiss albino mice; showing in A) complete capsule and

circumscribed margins; B) discontinuity in the capsule (marked by arrow), giving rise to

an image with partially undefined margins, C) significant discontinuity in the capsule

(marked by arrows), giving rise to an image with indistinct margins, evidencing too, the

homogeneous and hipoechogenic interior; D) heterogeneous interior. (+) mesurements of

length, width or height.

The other morphology variable, echotexture, was considered changeable on the

time. Four tumors could be observe with homogeneous echotexture in all exams, seven with

heterogeneous echotexture and seven with variable echotexture. Percentages of each

echotexture were different depending on the group (Tab. 2). The tumors with homogeneous

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echotexture were observed as tumors with a hyperechogenic capsule and the homogeneous

hypoechogenic interior (Fig. 3d). In contrast, heterogeneous echotexture tumors were observed

as tumors with hyperechogenic capsule and heterogeneous interior, with parts of the same

echogenicity as the capsule and others with low echogenicity or anechogenic (Fig. 3c).

A fisher test was performed to determine if there is a correlation between these

morphological variables and groups separated by growth rates (HR and LR ) and the results

showed that there was not a significant correlation for margins and capsule (margins p=0.3469,

capsule p=1) but there was a significant correlation for echotexture (p=0.02443). There was a

correlation between belonging to the LR group and presenting homogenous echotexture, all of

animals that presents homogenous echotexture in all tests belong to this group.

Table 2. Percentages of tumors with each morphological characteristic evaluated by

ultrasonography.

Color flow mapping was used to study the presence and absence of blood flow and

the quantity of vessels (Fig. 4). All tumors presented detectable blood flow at least in two

exams. Considering the exams individually, 23% did not present blood flow while 77% did

(29% one or two vessels, 48% more than three vessels in average for plane). There were seven

animals (39%) that presented flow in all exams and all of them were part of the HR group. In

addition, five animals (28%) had three or more vessels for plane in all exams and all of them

were part HR group. Considering the exams individually, there are important differences too

(Tab. 3). A fisher test was performed to correlate the frequency of different divisions of vessel

quantities and groups separated by growth rates (HR and LR). There was significant

correlations between exams without detectable blood flow and the tumor belongs to LR group.

In addition, there was a correlation between exams with more than five vessels and the tumor

belongs to HR group (Tab. 3).

Color flow mapping was used to study the blood flow distribution too. Considering

only the exams where it had blood flow, in 9% of exams the flow was central (Fig. 4b), 54%

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was peripheral (Fig. 4c) and 37% mixed (Fig. 4d). A fisher test was performed to correlate the

frequency of different kinds of blood flow distribution in HR and LR and there were not

significant correlations (Tab. 3).

Table 3. Percentages of exams that belongs to high rate (HR) and low rate (LR) groups in each

category of quantity of vessels and blood flow distribution pattern evaluated by

ultrasonography, and p-value of correlation between each category and group.

Figure 4. Color Doppler mode ultrasound images of Ehrlich Solid Carcinoma induced in

the subcutaneous tissue of Swiss albino mice; showing in A) tumor without vascular flow,

the signals of flow in the skin marked with (*) are not considered tumor flow; B) image

with a single intratumoral vessel with central distribution flow pattern; C) image with

four intratumoral vessels with peripheral distribution flow pattern; D) image with more

than five intratumoral vessels with mixed distribution flow pattern.

The RI ranged from 0.5 to 0.84, with a mean value of 0.63 ± 0.0767. The PI ranged

from 0.91 to 1.85, with a mean value of 1.17 ± 0.0235. A t-student test was performed and no

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correlation between the RI and PI and the groups separated by growth rate or growth curve was

shown.

Additionally, a study was made to find out the ultrasonographic differences

between intratumoral (Fig. 5a) and extratumoral (Fig. 5b) circulation comparing the RI (Fig.

5a) and PI (Fig. 5b). These indexes were obtained in intra and extratumor vessels at different

moments in 15 of the animals and the average was obtained. The averages between intra and

extratumoral vessels of each animal were compared with a Wilcoxon test and resulted in

significant differences in RI and PI (RI p = 0.03213, PI p = 0.01807) (Fig. 6). The mean values

were 0.71 ± 0.11 and 1.72 ± 0.93 for extratumoral RI and PI; and 0.63 ± 0.07 and 1.19 ± 0.24

for intratumoral RI and PI.

Figure 5. Triplex Doppler mode ultrasound images of Ehrlich Solid Carcinoma induced

in the subcutaneous tissue of mice; showing in A) intratumoral vessel and their spectral

trace showing the minimum of three consecutive waves marking the peak of systolic

velocity and the end of diastolic velocity (+ cursors) to calculate the resistivity index,

B) extratumoral vessel and their spectral trace showing the delimitation of the maximum

speed average (green trace) for calculating the pulsatibility index.

Figure 6. Graphic showing the statistical differences between the mean of

extratumoral and intratumoral Resistive Index and Pulsatility Index.

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DISCUSSION

In this study, ESC presented different patterns of growth. Studies of the growth and

behavior of EAC show different rates in different strains of mice and that nonspecific

inflammatory mechanisms are relevant in tumor-host interactions in this model (Bergami-

Santos et al., 2004). There is an important relationship between immune system responses and

tumor development, because tumors should elude the immune response of the host to

proliferate, although the role of these inflammatory and immune responses remains unclear

(Segura et al., 2000). Although all of them were mice of the same genetic lineage, they may

have had intrinsic characteristics that made a difference in their immune system.

In comparison with the EAC, the growth of ESC is slower (Frajacomo et al., 2016).

This is probably because, cells in EAC are more resistant to anoxia than in ESC, where there is

evidence that cells may die soon after becoming anoxic. Another important point for this

individual growth difference may lie in the tumor's own behavior. A previous study,

demonstrates a rapid deceleration of growth in smaller solid tumors, probably because of an

increase in the cell loss factor in contrast to larger tumors, which can retain a high rate of cell

production (Tannock, 1969).

Although having different growth patterns, some mean values of volume and some

rates are similar to those of other previous reports. The mean value of volume in the days 14

and 21 after inoculation were very similar with the mean values of volume related by Frajacomo

et al. (2016) for the same days. On days seven and 28, the mean values were different, showing

a higher slope, higher SGR and lower DT than Frajacomo et al. (2016) data.

In this study, the ESC were observed by ultrasound as tumors with a

hyperechogenic capsule. Sometimes, the capsule lost the continuity, appearing an image with

indistinct margins. The internal echotexture was variable and could be observed homogeneous

or heterogeneous. This description can be compared with an histopathologycal description and

biological characteristics related in previous reports. ESC have large necrotic center or central

necrotic areas around which there is a shell of viable tissue and fibrous capsule (Tannock, 1969;

Kleeb et al., 1997). Large tumor masses present invasion of adjacent structures (Kleeb et al.,

1997; Areida et al., 2015). As in the previous histopathological reports (Tannock, 1969; Kleeb

et al., 1997; Areida et al., 2015), in the ultrasound exams a capsule was observed. The

continuity of this capsule may appear altered in the ultrasound images of tumors that presented

invasion of adjacent tissues. The discontinuity in the capsule that allows invasion to surrounding

tissues and causes the appearance of indistinct margins is probably due to the degradation of

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adhesion proteins. To be able to invade adjacent tissues, there is also loss of adhesion between

cells, this is a characteristic of malignancy, since it can give rise to motility of the cells, being

the first step for the distance dissemination (Brasileiro Filho et al. 2013). HR group had a greater

number of tumors with indistinct margins than LR group, but the difference was not significant.

All tumors was malignant, invasiveness is a hallmark of malignant tumors but in this study was

not related to rapid growth. Rapid growth is not a hallmark of malignancy, but may be related

because faster growth and higher rate of mitosis increase the chances of new mutations (Cullen

et al., 2016).

As in the histopathological examinations of previous studies (Tannock, 1969; Kleeb

et al., 1997; Areida et al., 2015), in ultrasonography images the interior of the tumor presented

two forms of tissue organization. Some tumors presented an hypoechogenic center surrounded

by hyperechogenic tissue, giving rise to an image of fairly homogeneous appearance, which

corresponds to tumors with a single central focus of necrosis. Other tumors presented a

hypoechogenic or anecogenic parts surrounded by hyperechogenic tissue, giving rise to an

heterogeneous image, which corresponds to tumors with several focus of necrosis.

Our results revealed a correlation between the echotexture and growth velocity, the

tumors with low growth presented homogeneous echotexture. Previous reports comparing

ultrasonographic characteristics between benign and malignant tumors described differences

with echotexture in these groups (Nyam et al., 2006b; Soler et al., 2016), but others reports

describe a similar proportion of benign and malignant tumors having homogeneous echotexture

(Feliciano et al., 2012). These studies that reported differences, one of them shows a higher

frequency of heterogeneity in malignant tumors (Soler et al., 2016) and the other a higher

proportion of benign tumors showing heterogeneous echotexture (Nyam et al. 2006b).

In our study, tumors were malignant neoplasms, the fact that more number of

necrosis focuses was been related with fast growth, could be explained with the intrinsically

characteristics of ESC, which are grossly necrotic tumors. The rate of growth depends on three

factors: the rates of cell production and cell death, and the rate of reabsorption of necrotic tissue.

In heterogeneous tumors, the focuses of necrosis are with more contact with the functional

tissue and therefore with better rates of reabsorption of the necrotic tissue, favoring growth

(Tannock, 1969). Additionally, necrosis is associated with tumor progression, increased

aggressiveness and metastatic potential. Necrosis is related to inflammatory response,

inflammatory mediators and reactive oxygen species production, which can activate

macrophages causing the release of tumor necrosis factor-α (Brasileiro Filho et al. 2013).

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In tumors with higher specific growth rates, visible flow appeared earlier. When in

a Doppler ultrasonographic exam of ESC, no blood flow was detected, there was a high chance

of it being a low-growth tumor. Absence of blood flow was frequent in ESC with slow growth

mainly in the very early stages but it could appear in other stages too. Previous reports

comparing the presence of vascular flow observed by Color Doppler ultrasonography between

benign and malignant tumors do not show the same results, some authors did not find statistical

differences (Soler et al., 2016) while others found greater increases of vasculature flow in

malignant than in benign tumors (Khurana and Satia, 2016). There is no unanimous conclusion

about the relation between increased flow observed by ultrasonography and malignancy (Soler

et al., 2016; Khurana and Satia, 2016), but in our study the comparison was between the same

type of malignant tumor, and significant differences were observed between the groups of

higher and lower growth. Thinking about the physiology of ESC, it has to be considered that,

in initial periods, solid tumor growth is dependent on passive diffusion of oxygen from the

surrounding stroma, but when the tumor lesion grows up to 2 mm, some cells start to experience

hypoxia and nutrient deprivation and accumulate hypoxia inducible factors, which triggers a

phenotypic transition to activate angiogenesis (Song et al., 2014). The vascular flow is

necessary to growth, since the tumor volume is really small.

The characteristics of arterial resistance to blood flow are similar, because there are

no difference between RI or PI in different groups. With respect to RI and PI, in previous reports

comparing benign and malign tumors there were no significant differences. (Nyam et al., 2006;

Soler et al., 2016). It was to be expected that there would be no difference because in all tumors

neovascularization is disorganized and even more in this work, that it treated the same type of

cancer in all cases.

All tumor vessels develop structural and physiological abnormalities, normal

vasculature is composed of mature vessels with hierarchical distribution of arterioles,

capillaries, and venules. Abnormal tumor vasculature typically lacks hierarchical structure and

is composed of immature differentiated and undifferentiated vessels with increased

permeability (Qin et al., 2012 ) These differences were reflected when comparing the indices

between intra and extra tumor vessels. The spectral Doppler indices RI and PI were significantly

lower in intratumoral vessels than extratumoral vessels. In another study were mapped by

Doppler ultrasound, oral squamous cell carcinoma and compared Doppler indices with healthy

oral mucosa, and the indices resulted significantly lower in the patients with oral squamous cell

carcinoma (Ghandi et al,. 2015). These differences between tumor vessels indices and healthy

tissue vessels indices indicates lower resistivity of tumor vessels and suggests higher

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intratumoral metabolism. This suggestion of increased metabolism reinforces the idea that

physiology of solid tumors is different from that of normal tissues in several important aspects,

for example the well-know vascular endothelial growth factor (VEGF) signaling is crucial for

sprouting angiogenesis as well as recruitment of circulating progenitor endothelial cells to

tumor vasculature (Ghandi et al,. 2015; Quian et al., 2016).

CONCLUSION

In ESC, ultrasonographic feature of high vascularization was related to high growth

rates. On the other hand, absents of blood flow and homogeneous echotexture were related to

low growth rates. Significant differences were obtained between HR and LR groups, for

echotexture, and quantity of flow. Other feature related to malignancy, indistinct margins, were

observed in the tests indistinctly between these groups.

This demonstrate that ultrasonography is useful in preclinical studies with ESC to

prevent tumor behavior and obtain more reliable and accurate data. These findings about tumor

ultrasonographic characteristics can also be applied in clinics. Other features such as the

observation of indistinct margins may be used as an indicative of malignancy in the clinic, but,

in this study, were not related to the group of higher growth.

The blood flow in Ehrlich Solid tumors inoculated in mice is detectable in devices

commonly used in veterinary clinics coupled to high frequency transducers (18mHz). The

differences between physiologies of intratumoral and extratumoral vessels were reflected in

spectral Doppler indices that could help the early diagnosis of neoplasms.

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CAPÍTULO 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho evidencia a importância da ultrassonografia na avaliação de

modelos tumorais murinos, apresentando as possibilidades e limitações que essa modalidade de

imagem oferece.

No estudo realizado, foram analisadas a cinética de crescimento a partir do volume

calculado a partir de medidas obtidas por imagens ultrassonográficas e as características

ultrassonográficas, tanto morfológicas como vasculares de um dos modelos tumorais in vivo

mais usado na pesquisa, o carcinoma de Ehrlich.

O carcinoma de Ehrlich sólido mostrou-se como um tumor encapsulado, mas que

pode perder a continuidade da cápsula e invadir tecidos circundantes, dando lugar a imagens

com margens parcialmente indefinidas e que apresenta um foco de necrose central ou vários

focos divididos por tecido sólido, com ecotextura homogênea na primeira situação e

heterogênea na segunda. Os tumores apresentaram padrões de crescimento diferentes, podendo

ser divididos conforme a taxa de crescimento. Algumas características ultrassonográficas como

a ecotextura e quantidade e distribuição dos vasos apresentaram diferenças significativas entre

os grupos.

Essas características definem o carcinoma de Ehrlich sólido como um modelo

tumoral apto para estudos que precisem de tumores com uma certa variabilidade, imitando

situações clínicas. Também mostrou ser um modelo bom para avaliação em modo Doppler com

fluxo detectável até em tumores de tamanho pequeno. Esse estudo aportou informações para

ajudar a prever o crescimento e comportamento do carcinoma de Ehrlich sólido, a partir de

avaliação ultrassonográfica. Os resultados obtidos, também podem ajudar a desenvolver um

pré-prognóstico na rotina clínica enquanto se espera o diagnóstico histopatológico.

Por outro lado, a comparativa entre os índices Doppler IR e IP dos vasos

intratumorais e extratumorais faz pensar na ultrassonografia Doppler como uma ferramenta que

pode ajudar na detecção precoce de neoplasias.

Espera-se também que, com o aumento de informações e publicações, o uso da

ultrassonografia nos estudos pré-clínicos aumente, melhorando assim a precisão dos dados e,

com isso, haja redução do número de animais necessários para obter resultados significativos.

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40ANEXO A

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ANEXO B

Normas para publicação na revista Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Política Editorial O periódico Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia

(Brazilian Journal of Veterinary and Animal Science), ISSN 0102-0935 (impresso) e 1678-

4162 (online), é editado pela FEPMVZ Editora, CNPJ: 16.629.388/0001-24, e destina-se à

publicação de artigos científicos sobre temas de medicina veterinária, zootecnia, tecnologia e

inspeção de produtos de origem animal, aquacultura e áreas afins. Os artigos encaminhados

para publicação são submetidos à aprovação do Corpo Editorial, com assessoria de especialistas

da área (relatores). Os artigos cujos textos necessitarem de revisões ou correções serão

devolvidos aos autores. Os aceitos para publicação tornam-se propriedade do Arquivo

Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (ABMVZ) citado como Arq. Bras. Med. Vet.

Zootec. Os autores são responsáveis pelos conceitos e informações neles contidos. São

imprescindíveis originalidade, ineditismo e destinação exclusiva ao ABMVZ. Reprodução de

artigos publicados A reprodução de qualquer artigo publicado é permitida desde que seja

corretamente referenciado. Não é permitido o uso comercial dos resultados. A submissão e

tramitação dos artigos é feita exclusivamente on-line, no endereço eletrônico

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nos endereços www.scielo.br/abmvz ou www.abmvz.org.br. Orientação para tramitação de

artigos Toda a tramitação dos artigos é feita exclusivamente pelo Sistema de publicação online

do ABMVZ no endereço www.abmvz.org.br. Apenas o autor responsável pelo artigo deverá

preencher a ficha de submissão, sendo necessário o cadastro do mesmo no Sistema.

Toda comunicação entre os diversos atores do processo de avaliação e publicação (autores,

revisores e editores) será feita exclusivamente de forma eletrônica pelo Sistema, sendo o autor

responsável pelo artigo informado, automaticamente, por e-mail, sobre qualquer mudança de

status do artigo. A submissão só se completa quando anexado o texto do artigo em Word e em

pdf no campo apropriado. Fotografias, desenhos e gravuras devem ser inseridas no texto e

também enviadas, em separado, em arquivo com extensão jpg em alta qualidade (mínimo

300dpi), zipado, inserido no campo próprio. Tabelas e gráficos não se enquadram no campo de

arquivo zipado, devendo ser inseridas no corpo do artigo. É de exclusiva responsabilidade de

quem submete o artigo certificar-se de que cada um dos autores tenha conhecimento e concorde

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com a inclusão de seu nome no mesmo submetido. O ABMVZ comunicará via eletrônica a cada

autor, a sua participação no artigo. Caso, pelo menos um dos autores não concorde com sua

participação como autor, o artigo seráconsiderado como desistência de um dos autores e sua

tramitação encerrada.

Tipos de artigos aceitos para publicação Artigo científico É o relato completo de um trabalho

experimental. Baseia-se na premissa de que os resultados são posteriores ao planejamento da

pesquisa. Seções do texto: Título (português e inglês), Autores e Filiação, Resumo, Abstract,

Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão (ou Resultados e Discussão),

Conclusões, Agradecimentos (quando houver) e Referências. O número de páginas não deve

exceder a 15, incluindo tabelas e figuras. O número de Referências não deve exceder a 30.

Relato de caso Contempla principalmente as áreas médicas, em que o resultado é anterior ao

interesse de sua divulgação ou a ocorrência dos resultados não é planejada. Seções do texto:

Título (português e inglês), Autores e Filiação, Resumo, Abstract, Introdução, Casuística,

Discussão e Conclusões (quando pertinentes), Agradecimentos (quando houver) e Referências.

O número de páginas não deve exceder a 10, incluindo tabelas e figuras. O número de

Referências não deve exceder a 12.

Comunicação É o relato sucinto de resultados parciais de um trabalho experimental, dignos de

publicação, embora insuficientes ou inconsistentes para constituírem um artigo científico. O

texto, com título em português e em inglês, Autores e Filiação deve ser compacto, sem distinção

das seções do texto especificadas para "Artigo científico", embora seguindo aquela ordem.

Quando a Comunicação for redigida em português deve conter um "Abstract" e quando redigida

em inglês deve conter um "Resumo". O número de páginas não deve exceder a 8, incluindo

tabelas e figuras. O número de Referências não deve exceder a 12.

Preparação dos textos para publicação Os artigos devem ser redigidos em português ou inglês,

na forma impessoal. Para ortografia em inglês recomenda-se o Webster’s Third New

International Dictionary. Para ortografia em português adota-se o Vocabulário Ortográfico da

Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. Formatação do texto O texto não deve

conter subitens em qualquer das seções do artigo e deve ser apresentado em Microsoft Word,

em formato A4, com margem 3cm (superior, inferior, direita e esquerda), em fonte Times New

Roman tamanho 12 e em espaçamento entrelinhas 1,5, em todas as páginas e seções do artigo

(do título às referências), com linhas numeradas. Não usar rodapé. Referências a empresas e

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produtos, por exemplo, devem vir, obrigatoriamente, entre parêntesis no corpo do texto na

seguinte ordem: nome do produto, substância, empresa e país.

Seções de um artigo Título: Em português e em inglês. Deve contemplar a essência do artigo e

não ultrapassar 150 dígitos. Autores e Filiação: Os nomes dos autores são colocados abaixo do

título, com identificação da instituição a que pertencem. O autor para correspondência e seu e-

mail devem ser indicados com asterisco.

Nota: o texto do artigo em Word deve conter o nome dos autores e filiação; o texto do artigo

em pdf não deve conter o nome dos autores e filiação. Resumo e Abstract: Deve ser o mesmo

apresentado no cadastro contendo até 2000 dígitos incluindo os espaços, em um só parágrafo.

Não repetir o título e não acrescentar revisão de literatura. Incluir os principais resultados

numéricos, citando-os sem explicá-los, quando for o caso. Cada frase deve conter uma

informação. Atenção especial às conclusões. Palavras-chave e Keywords: No máximo cinco.

Introdução: Explanação concisa, na qual são estabelecidos brevemente o problema, sua

pertinência e relevância e os objetivos do trabalho. Deve conter poucas referências, suficientes

para balizá-la. Material e Métodos: Citar o desenho experimental, o material envolvido, a

descrição dos métodos usados ou referenciar corretamente os métodos já publicados. Nos

trabalhos que envolvam animais e/ou organismos geneticamente modificados deverá constar,

obrigatoriamente, o número do protocolo de aprovação do Comitê de Bioética e/ou de

Biossegurança, quando for o caso. Resultados: Apresentar clara e objetivamente os resultados

encontrados. Tabela: Conjunto de dados alfanuméricos ordenados em linhas e colunas. Usar

linhas horizontais na separação dos cabeçalhos e no final da tabela. O título da tabela recebe

inicialmente a palavra Tabela, seguida pelo número de ordem em algarismo arábico e ponto

(ex.: Tabela 1.). No texto a tabela deve ser referida como Tab seguida de ponto e do número de

ordem (ex.: Tab. 1), mesmo quando se referir a várias tabelas (ex.: Tab. 1, 2 e 3). Pode ser

apresentada em espaçamento simples e fonte de tamanho menor que 12 (o menor tamanho

aceito é 8). A legenda da Tabela deve conter apenas o indispensável para o seu entendimento.

As tabelas devem ser, obrigatoriamente, inseridas no corpo do texto preferencialmente após a

sua primeira citação. Figura: Compreende qualquer ilustração que apresente linhas e pontos:

desenho, fotografia, gráfico, fluxograma, esquema, etc. A legenda recebe inicialmente a palavra

Figura, seguida do número de ordem em algarismo arábico e ponto (ex.: Figura 1.) e é referida

no texto como Fig seguida de ponto e do número de ordem (ex.: Fig.1), mesmo se referir a mais

de uma figura (ex.: Fig. 1, 2 e 3). Além de inseridas no corpo do texto, fotografias e desenhos

devem também ser enviadas no formato jpg com alta qualidade, em um arquivo zipado, anexado

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no campo próprio de submissão na tela de registro do artigo. As figuras devem ser,

obrigatoriamente, inseridas no corpo do texto preferencialmente após a sua primeira citação.

Nota: Toda tabela e/ou figura que já tenha sido publicada deve conter, abaixo da legenda,

informação sobre a fonte (autor, autorização de uso, data) e a correspondente referência deve

figurar nas Referências. Discussão: Discutir somente os resultados obtidos no trabalho. (Obs.:

As seções Resultados e Discussão poderão ser apresentadas em conjunto a juízo do autor, sem

prejudicar qualquer das partes e sem subitens). Conclusões: As conclusões devem apoiar-se nos

resultados da pesquisa executada e serem apresentadas de forma objetiva, sem revisão de

literatura, discussão, repetição de resultados e especulações. Agradecimentos: Não obrigatório.

Devem ser concisamente expressados. Referências: As referências devem ser relacionadas em

ordem alfabética, dandose preferência a artigos publicados em revistas nacionais e

internacionais, indexadas. Livros e teses devem ser referenciados o mínimo possível, portanto,

somente quando indispensáveis. São adotadas as normas gerais ABNT, adaptadas para o

ABMVZ conforme exemplos:

Como referenciar: 1. Citações no texto A indicação da fonte entre parênteses sucede à citação

para evitar interrupção na sequência do texto, conforme exemplos: autoria única: (Silva, 1971)

ou Silva (1971); (Anuário..., 1987/88) ou Anuário... (1987/88) ü dois autores: (Lopes e Moreno,

1974) ou Lopes e Moreno (1974) mais de dois autores: (Ferguson et al., 1979) ou Ferguson et

al. (1979) mais de um artigo citado: Dunne (1967); Silva (1971); Ferguson et al. (1979) ou

(Dunne, 1967; Silva, 1971; Ferguson et al., 1979), sempre em ordem cronológica ascendente e

alfabética de autores para artigos do mesmo ano. Citação de citação: Todo esforço deve ser

empreendido para se consultar o documento original. Em situações excepcionais pode-se

reproduzir a informação já citada por outros autores. No texto, citar o sobrenome do autor do

documento não consultado com o ano de publicação, seguido da expressão citado por e o

sobrenome do autor e ano do documento consultado. Nas Referências, deve-se incluir apenas a

fonte consultada. Comunicação pessoal: Não fazem parte das Referências. Na citação coloca-

se o sobrenome do autor, a data da comunicação, nome da Instituição à qual o autor é vinculado.

2. Periódicos (até 4 autores, citar todos. Acima de 4 autores citar 3 autores et al.): ANUÁRIO

ESTATÍSTICO DO BRASIL. v.48, p.351, 1987-88. FERGUSON, J.A.; REEVES, W.C.;

HARDY, J.L. Studies on immunity to alphaviruses in foals. Am. J. Vet. Res., v.40, p.5-10,

1979. HOLENWEGER, J.A.; TAGLE, R.; WASERMAN, A. et al. Anestesia general del

canino. Not. Med. Vet., n.1, p.13-20, 1984.

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3. Publicação avulsa (até 4 autores, citar todos. Acima de 4 autores citar 3 autores et al.):

DUNNE, H.W. (Ed). Enfermedades del cerdo. México: UTEHA, 1967. 981p. LOPES, C.A.M.;

MORENO, G. Aspectos bacteriológicos de ostras, mariscos e mexilhões. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 14., 1974, São Paulo. Anais... São Paulo:

[s.n.] 1974. p.97. (Resumo). MORRIL, C.C. Infecciones por clostridios. In: DUNNE, H.W.

(Ed). Enfermedades del cerdo. México: UTEHA, 1967. p.400-415. NUTRIENT requirements

of swine. 6.ed. Washington: National Academy of Sciences, 1968. 69p. SOUZA, C.F.A.

Produtividade, qualidade e rendimentos de carcaça e de carne em bovinos de corte. 1999. 44f.

Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Escola de Veterinária, Universidade Federal

de Minas Gerais, Belo Horizonte.

4. Documentos eletrônicos (até 4 autores, citar todos. Acima de 4 autores citar 3 autores et al.):

QUALITY food from animals for a global market. Washington: Association of American

Veterinary Medical College, 1995. Disponível em: <http://www.org/critca16.htm>. Acessado

em: 27 abr. 2000. JONHNSON, T. Indigenous people are now more cambative, organized.

Miami Herald, 1994. Disponível em: <http://www.summit.fiu.edu/MiamiHerld-Summit-

RelatedArticles/>. Acessado em: 5 dez. 1994.

Nota:

Artigos que não estejam rigorosamente dentro das normas acima não serão aceitos para

avaliação.

O Sistema reconhece, automaticamente, como "Desistência do Autor" artigos em diligência

e/ou "Aguardando liberação do autor", que não tenha sido respondido no prazo dado pelo

Sistema.

Taxas de submissão e de publicação Taxa de submissão. A taxa de submissão de R$50,00

(cinquenta reais) deverá ser paga por meio de boleto bancário emitido pelo sistema eletrônico

de submissão de artigos. Ao solicitar o boleto bancário, o autor informará os dados para emissão

da nota fiscal. Somente artigos com taxa paga de submissão serão avaliados. Caso a taxa não

seja quitada em até 30 dias será considerado como desistência do autor. Taxa de publicação. A

taxa de publicação de R$150,00, por página, por ocasião da prova final do artigo. A taxa de

publicação deverá ser paga por meio de boleto bancário emitido pelo sistema eletrônico de

submissão de artigos Ao solicitar o boleto bancário, o autor informará os dados para emissão

da nota fiscal.

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Recursos e diligências No caso de o autor encaminhar resposta a diligências solicitadas pelo

ABMVZ, ou documento de recurso, o mesmo deverá constar como a(s) primeira(s) página(s)

do texto do artigo somente na versão em Word. No caso de artigo não aceito, se o autor julgar

pertinente encaminhar recurso, o mesmo deve ser feito pelo e-mail

[email protected].