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EDIÇÃO FINAL POLÍTICA VS CIÊNCIA ENTREVISTA COM MIGUEL TIAGO: DEPUTADO PELO PCP UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS

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Esta é a última edição desta revista, pelo menos enquanto projecto escolar. esperamos que todos tenham gostado do nosso trabalho, tanto como nós gostámos de o fazer

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EDIÇÃO FINAL

POLÍTICA VS CIÊNCIAENTREVISTA COM MIGUEL TIAGO: DEPUTADO PELO PCP

UNIVERSIDADE DE LISBOAFACULDADE DE CIÊNCIAS

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Este mês...ANA SERPA: Olá a todos. Esta será a última edição da nossa revista como projecto escolar, pro-vavelmente não iremos continuar a publicar, mas agradeço, em nome de todos os elementos do grupo, a todos aqueles que visitaram a nossa revista e contribuíram para o sucesso do nosso projecto. Como em todas as outras edições, nesta teremos um espaço para as ultimas descobertas e invenções na área da ciência, informações sobre os cursos e uma entrevista. Espero, mais uma vez, que apreciem o nosso trabalho. ([email protected])

FÁBIO DUARTE:Esta é a nossa última edição e com a publicação desta, temos os ob-jectivos concluídos. Não vou dizer que foi um projecto fácil, ocupou-nos muito tempo, talvez até mais do que todos nos esperávamos, mas mesmo assim foi bastante produtivo, pois incentivou-nos no que toca a expandir os nossos conhecimentos sobre ciência, estar a par de novidades e sobretudo ajudou-nos bastante quanto a decisões a tomar depois do 12º ano estar completo.Espero que tenham gostado de todas as edições que publicamos e que tenhamos conseguido surpreender-vos pelo lado positivo. Quero agradecer a todos os leitores, pois ajudaram-nos a concluir muitos objectivos, sem vocês não conseguíamos chegar tão longe quanto chegámos.Muito obrigado ([email protected])

JOÃO RIBEIRO: Esta é a nossa última Edição, pelo menos, enquanto pro-jecto escolar. É, então, altura dos agradecimentos: agradeço a todos os que lerem e opiniar sobre o nosso projeto, à nossa professora pelo seu sentido crítico que nos “obriga” a fazer tudo muito bem feito e a todos os que colaboraram connosco, di-recta ou indirectamente.Quanto à edição propriamente dita, desta vez foi a minha vez (e do Fábio) de es-crever um artigo de opinião. Como não pude evitar visto ser um dos meus assuntos preferidos e estarmos em altura de eleições, procurei abordar algumas questões muito pertinentes sobre política. Procurei também partilhar uma das minhas mais re-centes descobertas, as conferências sobre empreendorismo, inovação, criatividade, etc. Espero que tenham gostado de todo o nosso trabalho e que, mais uma vez, gostem des- ta edição. ( [email protected])

DANIEL CALISTO: Bom... Parece que chegamos ao fim de um grande projecto, e com o final deste vem o final da nossa revista APPROACH.A verdade é que até penso que vou ter algumas saudades da nossa revista, porque foi graças a ela, que podemos visitar muitos sítios, até mesmo conhecer várias pessoas, mas apesar disso, por outro çado fico contente pelo nosso projecto ter correspondido às nossas expectativas, e no final acabou por ser um sucsesso.Terminando agora o tom de despedida, para a edição deste mês, a universidade escolhida foi a Universidade de Lisboa, e como é habitual vams falar de alguns dos eus cursos. Tam-bém vamos ter dois artigos muito actuais, que abordam os temas da política e da crise, portanto esta última edição vale mesmo a pena não perder. ([email protected])

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REVISTA APPROACH - 2ª EDIÇÃO

CIÊNCIA E POLÍTICA 4-7

ACTUALIDADEENTREVISTA COM MIGUEL TIAGO 8-11

INVENÇÕES E DESCOBERTAS 12-15

ENSINO SUPERIORUNIVERSIDADE DE LISBBOA 18-21

GEOLOGIA 22-23MATEMÁTICA APLICADA 24

FISIOTERAPIA 25MEDICINA NUCLEAR 26

ENGENHARIA QUÍMICA 27MEDICINA 28

A 2ª Edição conta com o especial apoio de:

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O NOSSO APPROACH | JOÃO RIBEIROChegámos à ultima edição da Revista e tal como programado é a minha vez de escrever um artigo de opinião sobre um tema que me intrigue ou me entusiasme. Como, numa só frase, já de- vem ter reparado decidi alienar-me um pouco do que tem vindo a ser feito pelos meus colegas e estrear nesta revista um novo formato, apesar de ser contra a típica necessidade de rotular e categorizar tudo o que é feito, chamemos-lhe uma crónica. Peço desde já desculpa pela possível dispersão que advém da quantidade de ideias que quero transmitir, prometo tentar ser o mais sintético possível para que não se torne um artigo demasiado longo.Apesar de ser aluno de Ciências, ter apenas 17 anos e ser um jovem ‘normal’ interesso-me por política. Sim, parece estranho nos dias que correm alguém com 17 anos interes- sado em política. Ou melhor, alguém que com 17 anos tente ir para além da crítica simples e gratuita, tente perce- ber o que é a política e tente ser activo nesta área.Neste meu artigo pretendo especialmente demonstrar a minha opinião sobre as intersecções: Ciência e Tecnolo-gia/Política e Educação/Política. No momento corrente é praticamente impossível falar do que quer que seja sem acabar a falar em crise, a área da Investigação & Desenvolvimento não é excepção. Sem querer entrar em pormenores e em números em que acabaríamos por nos afogar, é óbvio e gritante que nos dias que correm os apoios à I&D são insuficientes e que cada vez cessam mais projectos e actividades por falta de meios. Não quero com isto render-me à critica gratuita e quero ressalvar que apesar de tudo continuam a existir boas iniciativas por parte do estado que, por exemplo, recentemente inaugurou um importante pólo de investigação no Minho. Quero ao invés, deixar uma pergunta... uma pergun- ta simples e de resposta fácil. Apostar na Investigação&Desenvolvimento, não poderá ser uma excelente forma de crescermos enquanto país e até, numa visão mais idílica, de sairmos da crise?Embora possa parecer pouco realista, creio que o mais importante para se conseguir ultrapassar é ter criatividade para pensar em novas soluções. Outra questão que me intriga é o Ensino Obrigatório. Não vejo nen- huma vantagem em obrigar os alunos a estudar até ao 12ºano, quando a partir de certo ponto passam de alunos a parasi- tas, deixam de aprender e impedem que se ensine. Não quero, de modo algum, ferir susceptibilidades mas enquanto aluno creio não ser o único a ter esta ideia. Parece-me mais proveitoso um sistema em que se “obrigue” as pessoas a aprender (o básico, pelo menos) e não a andar a escola. Claro que um país com pessoas melhor formadas é um país melhor mas o tempo de estudos traduz, cada vez menos, uma melhor formação. Hoje em dia, um aluno consegue chegar ao 10º ano sem que saiba ler e escrever fluente e correctamente.O último ponto que quero abordar é o facto de termos de fazer uma es- colha quase definitiva aos 15 anos, quando ainda não temos maturidade suficiente para tal. À entrada para o Secundário somos obriga- dos a escolher uma direcção para a nossa vida, isto é, a optar por uma das áreas. Para além da área, temos ainda que escolher as disciplinas a que habitualmente chamamos especificas mas que à partida nem percebemos bem a sua importância. Falo com maior vigor porque me vejo no 12º ano, um pouco vitima das minhas escolhas.A área que escolhes limita-te as possibilidades a nível de ensino superior, como? Desde os 15 anos em que tirando as disciplinas “gerais”, todo o ensino se tornou direccionado e todas as disciplinas não pertences a uma deter- minada área, acabaram de cair no esquecimento. Se mantivermos este sistema de ensino, então que sejam disponibilizados Psicól- ogos Vocacionais em todas as escolas e que façam o acompanhamento adequado e personalizado para cada aluno.Ainda neste ponto alerto para a pressão Social que hoje em dia é exercida sobre os jovens. Os “inteligentes” em Ciências, os “marrões” em humanidades e o resto é para os burros. Estes estereótipos têm que acabar e temos que ter em aten- ção que são precisas pessoas com as mais diversas formações, que não fazem falta apenas engenheiros ou doutores. Por último e em jeito de despedida, quero deixar-vos alguns vídeos que considero muito interessantes e que ajudam a explicar as ideias acima expostas. Todos estes vídeos são excertos de palestras englobadas em eventos como o IgnitePortugal, TedTalks, LifeEnergy ou outros do género, eventos que desde já aconselho. É uma excelente forma de aprender o que não se aprende na escola, através do teste- munho de gente experiente e inteligente com ideias inovadoras. Aproveito para acrescentar que ainda no dia 10/05/2011 pude assistir a uma destas iniciativas, mais concretamente, a Ignite #13 no ISCTE. Foi a todos os níveis estimulante e inspiradora.

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O NOSSO APPROACH | JOÃO RIBEIROChegámos à ultima edição da Revista e tal como programado é a minha vez de escrever um artigo de opinião sobre um tema que me intrigue ou me entusiasme. Como, numa só frase, já de- vem ter reparado decidi alienar-me um pouco do que tem vindo a ser feito pelos meus colegas e estrear nesta revista um novo formato, apesar de ser contra a típica necessidade de rotular e categorizar tudo o que é feito, chamemos-lhe uma crónica. Peço desde já desculpa pela possível dispersão que advém da quantidade de ideias que quero transmitir, prometo tentar ser o mais sintético possível para que não se torne um artigo demasiado longo.Apesar de ser aluno de Ciências, ter apenas 17 anos e ser um jovem ‘normal’ interesso-me por política. Sim, parece estranho nos dias que correm alguém com 17 anos interes- sado em política. Ou melhor, alguém que com 17 anos tente ir para além da crítica simples e gratuita, tente perce- ber o que é a política e tente ser activo nesta área.Neste meu artigo pretendo especialmente demonstrar a minha opinião sobre as intersecções: Ciência e Tecnolo-gia/Política e Educação/Política. No momento corrente é praticamente impossível falar do que quer que seja sem acabar a falar em crise, a área da Investigação & Desenvolvimento não é excepção. Sem querer entrar em pormenores e em números em que acabaríamos por nos afogar, é óbvio e gritante que nos dias que correm os apoios à I&D são insuficientes e que cada vez cessam mais projectos e actividades por falta de meios. Não quero com isto render-me à critica gratuita e quero ressalvar que apesar de tudo continuam a existir boas iniciativas por parte do estado que, por exemplo, recentemente inaugurou um importante pólo de investigação no Minho. Quero ao invés, deixar uma pergunta... uma pergun- ta simples e de resposta fácil. Apostar na Investigação&Desenvolvimento, não poderá ser uma excelente forma de crescermos enquanto país e até, numa visão mais idílica, de sairmos da crise?Embora possa parecer pouco realista, creio que o mais importante para se conseguir ultrapassar é ter criatividade para pensar em novas soluções. Outra questão que me intriga é o Ensino Obrigatório. Não vejo nen- huma vantagem em obrigar os alunos a estudar até ao 12ºano, quando a partir de certo ponto passam de alunos a parasi- tas, deixam de aprender e impedem que se ensine. Não quero, de modo algum, ferir susceptibilidades mas enquanto aluno creio não ser o único a ter esta ideia. Parece-me mais proveitoso um sistema em que se “obrigue” as pessoas a aprender (o básico, pelo menos) e não a andar a escola. Claro que um país com pessoas melhor formadas é um país melhor mas o tempo de estudos traduz, cada vez menos, uma melhor formação. Hoje em dia, um aluno consegue chegar ao 10º ano sem que saiba ler e escrever fluente e correctamente.O último ponto que quero abordar é o facto de termos de fazer uma es- colha quase definitiva aos 15 anos, quando ainda não temos maturidade suficiente para tal. À entrada para o Secundário somos obriga- dos a escolher uma direcção para a nossa vida, isto é, a optar por uma das áreas. Para além da área, temos ainda que escolher as disciplinas a que habitualmente chamamos especificas mas que à partida nem percebemos bem a sua importância. Falo com maior vigor porque me vejo no 12º ano, um pouco vitima das minhas escolhas.A área que escolhes limita-te as possibilidades a nível de ensino superior, como? Desde os 15 anos em que tirando as disciplinas “gerais”, todo o ensino se tornou direccionado e todas as disciplinas não pertences a uma deter- minada área, acabaram de cair no esquecimento. Se mantivermos este sistema de ensino, então que sejam disponibilizados Psicól- ogos Vocacionais em todas as escolas e que façam o acompanhamento adequado e personalizado para cada aluno.Ainda neste ponto alerto para a pressão Social que hoje em dia é exercida sobre os jovens. Os “inteligentes” em Ciências, os “marrões” em humanidades e o resto é para os burros. Estes estereótipos têm que acabar e temos que ter em aten- ção que são precisas pessoas com as mais diversas formações, que não fazem falta apenas engenheiros ou doutores. Por último e em jeito de despedida, quero deixar-vos alguns vídeos que considero muito interessantes e que ajudam a explicar as ideias acima expostas. Todos estes vídeos são excertos de palestras englobadas em eventos como o IgnitePortugal, TedTalks, LifeEnergy ou outros do género, eventos que desde já aconselho. É uma excelente forma de aprender o que não se aprende na escola, através do teste- munho de gente experiente e inteligente com ideias inovadoras. Aproveito para acrescentar que ainda no dia 10/05/2011 pude assistir a uma destas iniciativas, mais concretamente, a Ignite #13 no ISCTE. Foi a todos os níveis estimulante e inspiradora.

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O NOSSO APPROACH | FÁBIO DUARTE

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Afinal de contas isto é ou não uma crise?Bem… esta é a pergunta que eu coloco a mim próprio.Apesar de ser um jovem de apenas 18 anos que, e tal como se diz a boa moda Portuguesa “ ainda tenho muita porrada para levar no lombo”, tenho uma visão periférica das coisas. Consigo distinguir mais ou menos o que esta certo do que esta errado, mas sobretudo consigo argumentar o porque de não estar certo, dar sugestões e criticar de uma forma construtiva, coisa que muita gente não faz.

Num dos momentos em que se falava mais desta malvada crise, que tanto atormenta os portu-gueses festejava-se a páscoa, que nos da o feriado denominado por “sexta-feira santa”, para além deste feriado, este ano o 25 Abril calhou na segunda-feira após o domingo de páscoa, ou seja, para a maioria das pessoas 4 dias sem trabalhar. Reconheço perfeitamente que para alguns foram 4 dias passados em casa, para outros a trabalhar, mas para muitos foram 4 dias em beleza, para muitos que se queixam que não podem investir nos seus negócios porque têm medo que o din-heiro faça falta, o mais hipócrita de tudo isto é que não foram alguns, foram milhares a invadirem o Algarve e muitos outros destinos, estradas cheias, hotéis a abarrotar, para isto já há dinheiro? Já não há medo que o dinheiro faça falta? E se o tal dinheiro que foi “esbanjado” fizer mesmo falta? Os hotéis devolvem? É uma pergunta que eu faço. É claro que há muito boa gente que foi e não pagou hotel nem apartamento e também é claro que os hotéis, comerciantes... Necessitam de ter lucro, mas o que é certo é que a grande maioria pagou bastante por esses tais quatro dias, sem ter procurado um destino/alojamento mais barato.

Se a maioria dos Portugueses se queixam devido a crise e existe uma invasão de Portugueses vindo de todos os cantos do país, aos hotéis, algo está errado! A maioria queixa-se e vai de mini - férias? Não faz sentido! Ao menos podía-mos ter dado um bom aspecto ao pessoal do FMI, que ficou estupefacto com a vida que os Portugueses apesar da divida publica que possuem continuam a levar.

Por isso eu cheguei a conclusão que antes de qualquer ajuda que venha para o nosso país, primei-ro temos todos de mudar a nossa atitude, sei que todos os países estão a sofrer com esta crise, uns mais que outros como é óbvio, mas se compararmos a nossa vida quotidiana com a vida quo-tidiana do povo Francês (mero exemplo) bem… tal como muitos deles dizem: “Vocês levam uma vida de lordes”, pois o habito deles (salvo algumas excepções é claro) é sair de casa para o tra-balho e do trabalho para casa, não vamos dizer que uma vez por outra não saem, mas não passam a vida enfiados no café a beber minis como uma grande percentagem dos homens portugueses fazem, depois de saírem do trabalho, bebem a sua “cervejinha” é claro mas em casa, pois uma gar-rafa que num supermercado custa menos de 50 cêntimos é vendida num café a mais de 1€. Nos Portugueses não conseguimos ver isto?Nos Portugueses não conseguimos mudar isto?

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ENTREVISTA AMIGUEL TIAGO

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Miguel Tiago Crispim Rosado, tem 31 anos e é membro do Partido Comunista Portu-guês. Foi eleito como deputado, pela primeira vez, em 2005 com apenas 26 anos, repetindo o feito em 2009 e sendo agora candidato em 2011.Miguel Tiago é um dos responsáveis pelas questões sobre Ensino Superior e Ciência e Tecnologia no âmbito do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português.

O Grupo CIências Jovens tentou contactar outros grupos parlamentares contudo, este foi o único do qual recebemos uma resposta, desde já agradecemos a dis-ponibilidade do Partido e do deputado em questão. Ressalvamos ainda não ter qualquer tendência politica ou intenção de apelar ao voto em qualquer partido.

O que é para si a Ciência?

A Ciência é, em termos latos, o conjunto das actividades, dos conhecimentos, hipó-teses, teorias, leis, que constituem o Conhecimento humano perante o mundo que o rodeia e perante o mundo que o próprio Ser humano modela e constrói. Em sentido mais preciso, a Ciência e a Tecnologia são os instrumentos de que a Sociedade dispõe para identificar e solucionar os problemas com que se confronta, para elevar a sua qualidade de vida, a capacidade de trabalho e intensificar o desenvolvimento e progresso. Infelizmente, no mundo capitalista, a Ciência e a Tecnologia convertem-se em instrumentos de obtenção de lucro e de exploração da generalidade das pessoas. Ou seja, no sistema capitalista, a Ciência e a Tecnologia podem servir para objectivamente degradar as condições de vida das pessoas, ou destruir a natureza, desde que isso gere o lucro que os grupos económicos anseiam. No projecto político que eu defendo, o Socialismo, a Ciência é essencialmente uma ferramenta libertadora, capaz de se constituir como instrumento de progresso, independentemente dos interesses especulativos ou financeiros que existam em seu torno.

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“Eu queria ser astronauta, o meu país não deixou” Começa assim a famosa música de Tim e Rui Veloso. Acha que no nosso país já há condições para que os jovens venham a ser “astronautas”?

Em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974, existem muito melhores condições para a formação superior e para que os jovens escolham o caminho da Ciência e da Investigação Fundamental ou Aplicada. No entanto, 35 anos depois do 25 de Abril, algumas políticas têm prejudicado bastante o país e os jovens que querem seguir esse rumo. Claro que a existência de propinas elevadíssimas no ensino superior e o facto de existirem ainda grandes assimetrias sociais no nosso país fazem com que nem todos os jovens possam pensar nessa opção. É muito diferente falar de um jovem de uma família rica (que pode pagar as ex-plicações, os livros, os computadores, a internet, etc) ou de um jovem de uma família pobre que não pode pagar nada além da escola. Mas o mais grave é que em Portugal, embora exista a capacidade de formação superior por parte das Universidades e Institutos Politécnicos, não existe um aparelho produtivo sólido. Ou seja, o país não tem agricultura, não tem pescas, não tem indústria transformadora ou extrac-tiva. Da mesma forma, o país não dinamiza o seu património material e imaterial, as suas riquezas naturais e culturais. Por isso, mesmo que o país possa formar “astronautas”, não tem para onde os mandar.

Enquanto membro de um importante Partido Político, explique-nos quais são as principais ideias do seu partido no que toca à In-vestigação e Desenvolvimento.

O PCP propõe a ruptura com a política de direita que tem afundado o país. É urgente pôr fim a este rumo de destruição nacional, de venda do país e de su-pressão dos direitos dos jovens, dos trabalhadores e dos idosos. A política de I&D só pode ser bem sucedida se for enquadrada numa estratégia nacional de revitalização do aparelho produtivo. Caso contrário, não existirá propósito para a I&D. Um país que não produz não carece de investigar ou desenvolver nada. Só dinamizando a indústria naval, a metalo-mecânica, a extractiva, as pescas, a agricultura, a produção cultural, será possível dar um ritmo mais constante e firma às actividades de I&D em Portugal. O primeiro passo é pois apostar no tecido económico e produtivo. Em segundo lugar é particularmente importante o investimento nos laboratórios de estado que se encontram praticamente asfixiados, tal como as universidades e seus centros de investigação. Igualmente importante é garantir o cumprimento da Constituição da República, nomeadamente no que diz respeito à gratuitidade do Ensino em todos os seus graus, assim acabando com as propinas e outros custos associados ao Ensino Superior.

Os apoios estatais à Ciência não serão insuficientes?

Actualmente, os apoios do Estado à Ciência são muito insuficientes e mesmo o apoio aos trabal-hadores da Ciência é insignificante. Da mesma forma, Portugal é um dos países da Europa em que também os privados investem menos em Ciência e Tecnologias. Assim, não só o apoio estatal é parco como é parco o apoio privado.

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O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia não poderá ser uma solução viável para a saída da crise?

A Ciência e a Tecnologia serão necessariamente uma das vias para a saída da crise. No entanto, o sucesso dessa opção dependerá da utilização que queiramos dar à C&T. Se a colocaremos ao serviço do país ou das grandes empresas. Mas será certamente com o apoio da C&T que poder-emos dar a volta ao ciclo recessivo em que o país entrou, assim retomando o rumo de progresso e desenvolvimento iniciado com o 25 de Abril.

Por fim, uma men-sagem que queira deixar aos jovens...

“Os jovens são a mais ac-esa chama da revolução”, dizia Lénine (fotografia à direita). Por isso mesmo, a mensagem que importa deixar é de confiança e esperança. O povo português, os rapazes e raparigas do nosso povo saberão transformar o país, reconstruindo os caminhos de Abril, da democracia, da igual-dade e solidariedade. Nós, jovens, veremos que o mundo não pode con-tinuar a seguir o caminho da ganância e do ego-ísmo, não pode continuar a sacrificar os direitos das pessoas em função do lucro e do dinheiro. Por isso mesmo, serão os jovens, agora ou no futuro, os primeiros a trilhar o caminho da justiça, da fraternidade. A terra, o país, as pessoas, não podem continuar a suportar este rumo de roubo, de esbulho, de bandidagem, de enriquecimento à sua custa. Por isso mesmo, os jovens devem desde já empenhar-se na construção do futuro colectivo, onde todos poderemos olhar-nos de igual para igual, sem amos, nem senhores, sem exploração.

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Investigadores portugueses irão trabalhar durante meses em laboratório para encontrar toxina que destrua genoma viral do HIV. Se forem bem sucedidos, den-tro de seis anos estará à venda o primeiro medicamento contra o vírus, «made in» Portugal.

João Gonçalves da Faculdade de Farmácia e do Instituto de Me-dicina Molecular (IMM) e orientador do projecto ficou sur-preendido com a atribuição do prémio da Fundação Bill & Melinda Gates que financiou a pesquisa.

Esclareceu ainda que querem dar às pessoas uma proteína construída por eles no labo-ratório, que entre nas células e encontre o genoma do VIH matando apenas as infecta-das. Até ao momento todas as estratégias que têm sido feitas para lutar contra o VIH, nomeadamente as vacinas, combatem as pro-teínas virais, mas o vírus muda as proteínasO que vão fazer não é atacar as proteínas virais, mas encontrar no Ácido Desoxirribonucleico (ADN) do vírus as zonas que não mudam nunca. Estas no-vas proteínas vão identificar as zonas do VIH que não mudam, activando uma toxina para levar ao suicídio das células com o genoma viral.

Avançou ainda que têm dados que lhes permitem dizer que o grau de sucesso vai ser elevado.

CURA DA SIDAPODE NASCER EM PORTUGAL

INVENÇÕES E DESCOBERTAS

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INVENÇÕES E DESCOBERTAS

Papel de Grafeno

Os cientistas que o criaram moeram a grafite e submeteram-no a uma série de reacções com compostos quími-cos para purificá-lo e forçar uma al-teração na sua estrutura atómica.Essas configurações nanoestrutura-das foram então processadas para formar folhas finas como papel.

Comparação com o aço

Comparado com o aço, o papel de grafeno é seis vezes mais leve, tem uma densidade de cinco a seis vezes menor, é duas vezes mais duro, tem 10 vezes mais resistência à tracção e 13 vezes maior rigidez de flexão.

“Ele não apenas é leve, forte, duro e mais flexível do que o aço, como também é reciclável e pode ser fabricado de forma sustentável, sendo ambientalmente amigável e barato,” diz o pesquisador.Como os demais materiais à base de carbono - fibras e compósitos - o papel de grafeno deverá ter aplicações sobretudo na indústria automóvel e aeroespacial, permitindo o desenvolvimento de carros e aviões mais leves, mais seguros e mais económicos.

PAPEL DE GRAFENO É 10 VEZES MAIS RESISTENTE

QUE O AÇO

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A sustentabilidade está cada vez mais associada a divertimento. A prová-lo surge o conceito do Sustainable Dance Floor. Este conceito vem revolucionar a diversão nocturna, aliando a performance ambiental à dança.

Como funciona:

O Sustainable dance floor é uma fusão entre a electrónica, softwares e materiais inteligentes e duráveis. Consiste em módulos que medem 65 x 65 cm, cada um dos quais se move cerca de 1 cm na vertical quando alguém se encontra a dançar por cima. Estes movimentos são transformados por um motor eléctrico em electricidade. Cada pessoa pode produzir entre 2-20 Watts, depend-endo do seu peso e actividade na pista de dança.A energia gerada é utilizada para iluminar interactivamente o chão. A tecnologia, desenvolvida na Holanda pela Universidade de Delft, tem estado a ser aperfeiçoada para permitir a utilização da energia para outros fins, como por exemplo fornecer energia ao clube.

DANÇA DA SUSTENTABILIDADE

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Entre numa cápsula de transporte individual, encoste-se confortavelmente e es-colha o seu destino. Para se mover só tem que pedalar suavemente e esquecer o resto. Se o que está a dar na televisão o aborrece, pode optar por desfrutar da vista panorâmica de 360 graus que tem sobre a metrópole, pois está suspenso sobre um monocarril que percorre as entranhas da cidade. Bem-vindo ao meio de transporte do futuro. Uma alternativa.

Pois bem, eis o Shweeb, uma criação que brotou da mente de Geoffrey Barnett, um australiano que pretende pôr as pessoas a pedalar pelos céus, literalmente.Sem necessidade de combustíveis fósseis, barato, bem longe dos acidentes rodoviários e ainda permite fazer exercício físico. Eis como o Shweeb pretende convencer os que querem fugir ao sed-entarismo e às fumarentas e infindáveis filas de trânsito.

Em teoria – e já a visionar a aplicação deste projecto numa cidade – enquanto o viajante pedala no Shweeb, até ao seu destino, ele poderá ler, falar ou escrever ao telemóvel, ouvir música e até ver televisão dentro da cápsula. Basta programar o seu local de destino no software do veículo e este tratará de tudo. A única coisa que terá de fazer é pedalar um pouco, nada mais.

PEDALAR PELOS ARES

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Page 17: última edição da revista APPROACH

QUALQUER DÚVIDA OU PEDIDO DE INFOR-MAÇÃO SOBRE O ENSINO SUPERIOR, CURSOS OU ESTABELECIMENTOS DE

ENSINO, PODE SER ENDEREÇADA PARA:

[email protected] COLOCADA ATRAVÉS DO FACEBOOK:

FACEBOOK.COM/PROJECTOAPPROACH

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http://sobreviver.wordpress.com

TRADIÇÕES ACADÉMICASPraxes

Dura Praxis, Sed Praxis - a praxe é dura, mas é a praxe!A praxe é uma das mais fortes e marcantes tradições académicas, serve para incluir os caloiros (novos alunos no curso). Este é um ritual altamente organizado e hierarquizado e tem como objectivo integrar os novos alunos numa faculdade, criando laços entre os “caloiros” bem como entre os caloiros e os restantes alunos da faculdade.A praxe consiste num conjunto de “brincadeiras” e “rituais” que diferem de ano para ano, de curso para curso e de cidade para cidade e tiveram origem na Universidade de Coimbra. A prova da hierarquização e da organização das Praxes, são os chamados Códigos de Praxes redigidos por algumas Universidades num tom, igualmente, de brincadeira mas onde estão ex-plicitas algumas das normas que devem ser respeitadas (Código de praxe da universidade http://cabidodecardeais.no.sapo.pt/codigopraxe.htm).Embora haja todo este regulamento, são por vezes cometidos alguns excessos dos quais já re-sultaram processos-crime por assédio ou agressão. É possível um aluno ingressar na faculdade sem que seja submetido às Praxes, tendo para isso que se declarar Anti-Praxe e vendo-se assim também privado de mais tarde poder praxar. Exis-tem, também, moivmentos Anti-Praxes como o M.A.T.A http://blogdomata.blogspot.com/

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Traje Académico

O Traje Académico é mais uma das tradições académicas, é basicamente um uniforme (especifico para cada curso) usado para Universitários, alunos e professores, em algumas ocasiões cerimo-niais.O Traje utilizado pelos homens é normalmente composto por: casaca, colete, camisa branca,gravata, calças e sapatos simples e uma capa, que deverá tocar no chão, quando colocada sobre os om-bros, sem dobras Quanto às Mulheres, o seu traje é composto por: Um casaco pela cinta, mas não cintado, uma camisa branca, uma saia travada e abaixo do joelho, meias compridas, pretas e não opacas, sapa-tos simples, e uma capa igual à dos homens.

Semana Académica

A Semana Académica é, actualmente, uma das tradições mais apreciadas pela maioria dos jovens. É uma Semana, organizada por cada Universidade onde se inserem uma série de outros eventos e rituais que vão desde a “Serenata Estudantil” a concertos de Bandas e Artistas reconhecidos.A Semana Académica é por vezes conhecida como Queima, termo que deriva de “Queima das Fitas” Serenata Estudantil:As Serenatas, proporcionadas pelas Tunas Académicas, são um dos pontos altos da semana aca-démica.Fica um video e uma certeza, todas as palavras são poucas na hora de descrever este momento: http://www.youtube.com/watch?v=II6xKutJnvY

Queima das Fitas:

O Queimar das Fitas é um acto simbólico que marca o terminar do curso. As Fitas devem ser ilus-tradas e escritas por amigos, professores e familiares do estudante e posteriormente inseriadas na Pasta. O Queimar das Fitas é, assim, o culminar de uma semana recheada de vida Académica.Durante esta semana cometem-se alguns excessos, pela qual fica conhecida esta actividade. Fica, então, em tom de brincadeira um sketch de “Os Contemporâneos” a propósito destes exces-soshttp://www.youtube.com/watch?v=Yh9sKo_6_qs.

Page 20: última edição da revista APPROACH

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

Page 21: última edição da revista APPROACH

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) é uma instituição de ensino público universitário vocacionada para o ensino e investigação na área das ciências naturais e exactas. Situa-se na Cidade Universitária, em Lisboa, perto de uma série de outras faculdades.

História

A Faculdade de Ciências é uma das constituintes da Universidade de Lisboa, acabando por se confundir um pouco as histórias. A Universidade de Lisboa ou como é habitualmente conhecida, Universidade Clás-sica, foi criada a 22 de Março de 1911, altura esta em que foi fundada também a Universidade do Porto e quando apenas existia a Universidade de Coimbra.Inicialmente foram criadas as Faculdades de Farmácia e Medicina. A Faculdade de Ciências foi criada a 19 de Abril de 1911, inicialmente no Edifício da Escola Politécnica, visto tratar-se apenas de uma ampliação desta. Em 1985 foram criadas as instalações actuais da Uni-versidade de Lisboa, na denominada Cidade Univer-sitária, em Lisboa.

As instalações actuais compreendem uma área con-struída de 75.662 metros quadrados, corresponden-do a oito edifícios (marcados de C1 a C8, onde o C denomina Ciências) onde podemos encontrar salas de aulas, cafetarias, bibliotecas, uma livraria, laboratórios e áreas de lazer. A faculdade al-berga também o Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB), o Instituto de Oceanografia da Universidade de Lisboa e o Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia (ICAT).

Objectivos

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa en-globa uma série de departamentos com objectivos ge-rais bem definidos. Enquanto Instituição o objectivo da FCUL é formar jovens com capacidades para ingressar imediatamente no mercado trabalho ou para enverdar por uma carreira na investigação.

A Faculdade tem os seguintes Departamentos:- Departamento de Biologia Animal (DBA)- Departamento de Biologia Vegetal (DBV)- Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia (DEGGE)- Departamento de Estatística e Investigação Opera-cional (DEIO)- Departamento de Física (DF)- Departamento de Geologia (GeoFCUL)- Departamento de Informática (DI)- Departamento de Matemática (DM)- Departamento de Química e Bioquímica (DQB)

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GeologiaOs geólogos são profissionais que estudam a estrutura e os processos que formar-am a Terra, a sua evolução ao longo do tempo e os aspectos práticos da aplicação desses conhecimentos para o bem comum. Logo que termine a graduação, o geól-ogo deve ter seu diploma registado no Conselho Regional de Engenharia e Arqui-tectura (CREA), para exercer a profissional legalmente.

Objectivos

A Licenciatura em Geologia tem como objectivo principal o desenvolvimento das competências necessárias ao desempenho qualificado e versátil da profissão de geólogo em diferentes domínios de actividade, da investigação científica às diversas aplicações industriais e ambientais. Esta formação de largo espectro (que se fun-damenta em conhecimento científico sólido e eclético, abrindo múltiplos caminhos para a empregabilidade), inscreve-se nos programas de Ensino Superior de nível 5 (ISCED) e habilita directamente ao exercício da profissão.

Áreas científicas da Geologia a desenvolver:

. Mineralogia, Geoquímica e Petrologia

. Sedimentologia, Paleontologia, Estratigrafia e Ambientes Sedimentares

. Cartografia Geológica, Geologia Estrutural e Tectónica

. Sistemas de Informação Geológica e Modelação de Processos Naturais

. Riscos Geológicos

. Caracterização de Ciclos (Bio)geoquímicos

. Prospecção, Caracterização e Gestão de Recursos Minerais e Energéticos

. Geologia do Ambiente, Ordenamento do Território e Impacte Ambiental

. Geologia de Engenharia e Geologia Costeira

. Prospecção, Caracterização e Gestão de Recursos Hídricos

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Saídas Profissionais

• Ambiente e Ordenamento do Território; • Engenharia Civil e Geotecnia; • Hidrogeologia; • Investigação científica e desenvolvimento tecnológico; • Património Geológico; • Prospecção, exploração e transformação de matérias-primas minerais; • Recursos energéticos (hidrocarbonetos e carvão, em especial);

Onde exercer• Empresas Privadas e Públicas; • Gabinetes de Consultadoria e Projecto; • Institutos Públicos, Laboratórios do Estado e Universidades; • Autarquias e CCDRs;

Candidatura:

Nota de Candidatura: 100 pontosProvas de Ingresso: 95 pontos

Uma das seguintes provas:02 Biologia e Geologia07 Física e Química16 Matemática

Fórmula de Cálculo:Média do secundário: 50%Provas de ingresso: 50%

Média do último colocado em 2009/101.ª Fase: 106,0 | 2.ª Fase: 125,5

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Matemática aplicada

Objectivos

- Oferecer formação nas áreas da Matemática com maior aplicação e nível de em-pregabilidade no nosso país, sem descurar a apreensão de conhecimentos sólidos na sua vertente básica e fundamental. - Fornecer conhecimentos de forma a que os candidatos estejam aptos a utilizar a Matemática na resolução de problemas concretos, tanto em ambiente empresarial como no desenvolvimento de tecnologia de ponta e no apoio à investigação, princi-palmente de natureza interdisciplinar;- Formar os candidatos de forma a desenvolverem ferramentas Informáticas para a resolução de problemas de Matemática Aplicada e que adquiram alguns conheci-mentos em outras áreas científicas que são campos preferenciais de aplicação da Matemática, tais como Física, Economia, Gestão ou outras.- Oferecer uma base suficientemente alargada e profunda de conhecimentos que permita o prosseguimento de estudos de 2º Ciclo num leque bastante variado de áreas de especialização.

Saídas Profissionais

Os Licenciados em Matemática Aplicada têm boas possibilidades de uma entrada imediata na vida activa uma vez que estarão aptos a utilizar técnicas de modelação matemática, investigação operacional, estatística e análise de dados, cálculo cientí-fico, etc., que permitem resolver problemas práticos nas empresas e outras organi-zações do tecido económica e social.Os licenciados em Matemática Aplicada têm registado alto nível de empregabili-dade, nomeadamente no sector bancário e dos seguros, no apoio à gestão industrial e empresarial, na indústria farmacêutica, nas empresas de consultadoria (financeira, informática, de engenharia, etc.), nas divisões estatísticas de instituições públicas, na investigação fundamental e aplicada, etc.

Características do Estabelecimento/CursoUm dos seguintes conjuntos de Provas:16 Matemática ou02 Biologia e Geologia16 Matemática ou07 Física e Química16 Matemática

Médias do último colocado em 2009/10: 1ª fase 123,0 e 2ª fase 121,5

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FisioterapiaO Fisioterapeuta actua na recuperação, reeducação, reabilitação e prevenção de incapacidades originadas por disfunções físicas, do foro funcional músculo-esquelé-tico, cardiovascular, respiratório e neurológico, e disfunções psíquicas, com o objec-tivo de desenvolver a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos. Para além das duas grandes áreas de intervenção do Fisioterapeuta, o diagnóstico e a terapêutica, este profissional pode também intervir ao nível da prevenção e pro-moção da saúde, da investigação, da gestão e do ensino.

Saídas Profissionais

• Unidades hospitalares públicas e privadas;• Clínicas e centros de reabilitação;• Instituições e associações de saúde;• Exercício liberal;• Estabelecimentos termais;• Centros desportivos;• Escolas e Institutos do ensino especial;• Instituições de apoio a idosos;• Clínicas privadas;

Pré-RequisitosTipo: SelecçãoGrupo A - Comunicação interpessoal

CandidaturaPara candidatura a Licenciatura em Fisioterapia, o aluno deve ter uma classificação mínima do Secundário de 9,5 valores e a média das provas de ingresso deve ser su-perior a 9,5 valores.

No que toca às provas de ingresso, o aluno deve-se candidatar com dois dos seguintes exames:- 02 Biologia e Geologia - 07 Física e Química - 16 Matemática

Para este curso, a fórmula de acesso é 65:35. Isto significa que a média do se-cundário vale 65 % da nota final de colocação, enquanto que as provas de ingresso valem 35 %.

Média do último colocado em 2009/101.ª Fase: 168,2 | 2.ª Fase: 164,0

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Medicina NuclearO profissional de Medicina Nuclear* actua integrado numa equipa multidisciplinar, desenvolvendo acções nas áreas da Radiofarmácia, Medicina Nuclear Convencional, Tomografia de Emissões de Positrões, Hematologia Nuclear, Doseamentos de Radio-imunoensaios e Osteodensiometria.As actividades destes profissionais consistem no planeamento, preparação e con-trolo dos vários radiofármacos na identificação e selecção dos métodos e técnicas adequados ao tipo de exame, bem como, na avaliação da qualidade das imagens obtidas aconselhando os pacientes nos cuidados a ter.

Saídas Profissionais• Unidades hospitalares públicas e privadas;• Laboratórios universitários;• Clínicas privadas;• Centros de ensino e de investigação;

Características do Estabelecimento/Curso

Pré-RequisitosTipo: SelecçãoGrupo A - Comunicação interpessoal

CandidaturaPara candidatura a Licenciatura em Engenharia do Ambiente, o aluno deve ter uma classificação mínima do Secundário de 9,5 valores e a média das provas de ingresso deve ser superior a 9,5 valores.

Existem três hipóteses de acesso ao curso no que toca às provas de ingresso, pelo que o aluno se deve candidatar com um dos seguintes exames.

- 02 Biologia e Geologia - 07 Física e Química - 16 Matemática

Para este curso, a fórmula de acesso é 65:35. Isto significa que a média do se-cundário vale 65 % da nota final de colocação, enquanto que as provas de ingresso valem 35 %.

Média do último colocado em 2009/101.ª Fase: 156,3 | 2.ª Fase: 148,5

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Engenharia Química

A Engenharia Química combina conhecimentos de:• Química;• Física;• Matemática;• Ciências de Engenharia

Para investigar, conceber, projectar e operar sistemas de transformação de matérias químicas em produtos finais, através de processos químicos, físicos e biológicos, en-quadrados por constrangimentos de natureza económica, social, ética e ambiental. Como actividade profissional encontra-se regulamentada pela Ordem dos Engenhei-ros, a qual exige um modelo de formação baseado em 10 semestres curriculares de trabalho.

Saídas Profissionais:• Indústria Química e Petroquímica• Indústria Farmacêutica• Indústria Agro-Alimentar• Indústria do Ambiente• Indústria Têxtil• Consultadoria• Comércio e Serviços• Ensino

Algumas disciplinas:Bioquímica e Biologia Molecular, Cálculo Diferencial e Integral, Laboratórios de Química, Mecânica e Ondas, Química Orgânica, Álgebra Linear.

Candidatura

Existem 2 hipóteses de acesso ao curso no que toca às provas de ingresso, pelo que o aluno se deve candidatar com dois dos seguintes exames.

-02 Biologia e Geologia-16 Matemática ou-07 Física e Química-16 Matemática

Média do último colocado em 2010/11:1.ª Fase: 153,0| 2.ª Fase: 137,8

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Medicina

GrauApós a obtenção de 180 ECTS é concedido o grau de Licenciado. Com a conclusão do curso é atribuido o grau de Mestre.

Objectivos educativosAdquirir as competências indispensáveis ao exercício profissional da Medicina tais como: colheita de dados nas várias situações clínicas; elaboração do raciocínio clíni-co de forma a proceder à formulação de diagnósticos provisórios e definitivos; to-mada de decisões clínicas.Desenvolver e aprofundar competências de autonomia, por forma a permitir uma selecção criteriosa de percursos de aprendizagem ao longo da vida.Desenvolver competências no domínio da investigação clínica, nomeadamente na formulação e realização de estudos e na comunicação de resultados à comunidade científica e ao público em geral.

Requisitos para obtenção do grau ou diplomaA qualificação de Mestre em Medicina é obtida depois da ob-tenção de 360 créditos nas áreas científicas abaixo indicadas e da defesa pública do relatório de es-tágio do 6º ano.

CandidaturaExistem apenas uma hipótese de acesso ao curso no que toca às provas de ingresso, pelo que o aluno se deve candidatar com três exames:

02 Biologia e Geologia07 Física e Química16 Matemática

Média do último colocado em 2010/11: 1ª 179,3; 2ª fase 183,7

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