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DANIEL BERG DE SOUSA ALMEIDA A UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MARMORARIA NO DESENVOLVIMENTO DE BLOCOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

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DANIEL BERG DE SOUSA ALMEIDA

A UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MARMORARIA NO DESENVOLVIMENTO DE BLOCOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

Palmas- TO

2017/1

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DANIEL BERG DE SOUSA ALMEIDA

A UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MARMORARIA NO DESENVOLVIMENTO DE BLOCOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho elaborado e apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Prof. Msc. Mênfis Bernardes Alves

Palmas-TO

2017/1

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DANIEL BERG DE SOUSA ALMEIDA

A UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MARMORARIA NO DESENVOLVIMENTO DE BLOCOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

Monografia elaborada e apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Civil I pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Prof. Msc. Mênfis Bernardes Alves

Aprovado em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________Prof. Msc. Mênfis Bernardes Alves

Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP

___________________________________________________Prof. Msc. Carlos Spartacus da Silva Oliveira

Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP

___________________________________________________Prof. Dr. José Geraldo Delvaux Silva

Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP

Palmas – TO

2017/1

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ÍNDICE DE TABELAS

QUADRO 1 CRONOGRAMA............................................................................................27

QUADRO 2 RELAÇÃO PRÉVIA DE MATERIAIS.................................................................27

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ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 SERRA A SER EXPLORADA............................................................................10

FIGURA 2 CORTE NA ROCHA........................................................................................10

FIGURA 3 BLOCOS PRONTOS PARA CORTE....................................................................11

FIGURA 4 PLACAS PRONTAS PARA COMERCIALIZAÇÃO...................................................11

FIGURA 5 REJEITOS APÓS CORTE E TRATAMENTO.........................................................11

FIGURA 6 REJEITOS APÓS TRATAMENTO......................................................................12

FIGURA 7 PENEIRADOR AUTOMÁTICO............................................................................19

FIGURA 8 CONJUNTO DE PENEIRAS..............................................................................19

FIGURA 9 FRASCO CHAPMAN.......................................................................................23

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

SIGLA DESCRIÇÃO

RDC Resíduo de Demolição e Construção ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR Norma Brasileira NM Norma Mercosul

CEULP Centro Universitário Luterano de Palmas ULBRA Universidade Luterana do Brasil

t Tonelada m² Metro Quadrado m³ Metro Cúbico Cm Centímetro Sc Saco H Hora Kg Quilograma CP Cimento Portland ml Mililitro g Grama

ºC Grau Celsius p.a. Para Análise µm Micrômetro 𝑚𝑖 Massa Inicial 𝑚𝑓 Massa Final dm³ Decímetro Cúbico mm Milímetro 𝛿𝑎𝑝 Densidade Aparente MPa Mega Pascal

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SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO........................................................................................................9

1.1 JUSTIFICATIVA...............................................................................................101.2 PROBLEMÁTICA.............................................................................................121.3 HIPÓTESE.......................................................................................................131.4 OBJETIVOS.....................................................................................................13

1.4.1 Objetivo Geral..........................................................................................131.4.2 Objetivos Específicos...............................................................................13

2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................14

2.1 ROCHAS ORNAMENTAIS..............................................................................142.1.1 Conceito...................................................................................................15

2.1.1.1 Granitos e Mármores.........................................................................152.1.2 Tratamento das Rochas...........................................................................162.1.3 Dados do Setor........................................................................................16

3 METODOLOGIA.....................................................................................................18

3.1 ENSAIOS.........................................................................................................183.1.1 Ensaio de Granulometria (NBR NM 248:2003)........................................18

3.1.1.1 Equipamentos e Materiais.................................................................183.1.1.2 Experimento......................................................................................19

3.1.2 Ensaio de Determinação de Impurezas Orgânicas (NBR NM 49:2001). .203.1.2.1 Equipamentos e Materiais.................................................................203.1.2.2 Experimento......................................................................................20

3.1.3 Ensaio de Determinação de Material Pulverulento (NBR NM 46:2001)...213.1.3.1 Equipamentos e Materiais.................................................................213.1.3.2 Experimento......................................................................................21

3.1.4 Ensaio de Massa Unitária (NBR NM 45:2006).........................................223.1.4.1 Equipamentos e Materiais.................................................................223.1.4.2 Experimento......................................................................................22

3.1.5 Ensaio de Massa Específica (NBR NM 52:2006).....................................233.1.5.1 Equipamentos e Material...................................................................233.1.5.2 Experimento......................................................................................23

3.1.6 Ensaio de Análise Dimensional (NBR 12118:2013 Versão Corrigida: 2014).................................................................................................................24

3.1.6.1 Equipamento.....................................................................................243.1.6.2 Procedimento....................................................................................243.1.6.3 Resultados........................................................................................24

3.1.7 Ensaio de Absorção de Água e Área Líquida (NBR 12118:2013 Versão 24Corrigida: 2014)................................................................................................24

3.1.7.1 Equipamento.....................................................................................253.1.7.2 Procedimento....................................................................................253.1.7.3 Resultados........................................................................................25

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3.1.8 Ensaio de Resistência à Compressão (NBR 12118:2013 Versão Corrigida:...........................................................................................................252014).................................................................................................................25

3.1.8.1. Equipamento....................................................................................253.1.8.2. Procedimento...................................................................................263.1.8.3. Resultados.......................................................................................26

4 ORÇAMENTO E CRONOGRAMA.........................................................................27

5. REFERÊNCIAS.....................................................................................................28

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1. INTRODUÇÃO

Desenvolver práticas sustentáveis de construção civil ou que reduzam o

impacto gerado ao meio ambiente e desacelerar a extração mineral, é uma questão

de alta relevância nos tempos atuais, uma vez que cada nova jazida explorada

resulta em danos irreparáveis ao meio ambiente.

O desenvolvimento e o crescimento dos grandes centros urbanos trazem a

sociedade um problema que não pode ser ignorado, que é a geração de resíduos

sólidos. Apud a ABRECON, Segundo Pinto (1999), no Brasil, em cidades de médio e

grande porte, os resíduos de construções e demolições representam de 40 a 70%

de todos os resíduos sólidos nas cidades brasileiras, cujo destino incorreto traz

prejuízos econômicos, sociais e ambientais.

Novas políticas têm dado a devida importância ao assunto e a Política Nacional

de Resíduos Sólidos nº 12.305, de 02 de Agosto de 2010, regulamentada pelo

Decreto Nº. 7.404 de 23 de dezembro de 2010, foram decisivos em despertar a

sociedade, organizações e empresas, para se tomar medidas que contenham

maiores danos à economia, à sociedade e ao meio ambiente.

O surgimento de entidades que fomentam esse tipo de atividade, como a

ABRECON, tem estimulado, cada vez mais o setor à conscientização de se tratar de

forma diferente esses resíduos. Segundo a Pesquisa Setorial da ABRECON

2014/2015, foram traçados alguns objetivos, ente eles: levantar informações

atualizadas a respeito da atividade de reciclagem de resíduos da construção civil no

país; interpretar as informações obtidas; apresentar uma proposta de ação para

melhoria e ampliação do setor nos próximos anos.

No presente estudo, abordaremos os resíduos gerados pela indústria de rochas

ornamentais, desde o estudo da jazida, limpeza da área a ser explorada, passando

pela extração dos blocos, pelas diferentes fases de transformação em placas,

transporte e por fim a produção das mais diversas peças para acabamento de obras.

Sempre levando em conta que em cada uma dessas etapas, resíduos são gerados

e, na maioria das vezes, descartados por serem considerados em valor, dada a

abundância de material.

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1.1 JUSTIFICATIVA

Este trabalho se justifica pela necessidade de se ter controle sobre os

Resíduos de Construção e Demolição (RDC), haja vista o setor de construção civil

ser o principal gerador de resíduos sólidos ao meio ambiente.

Na extração de rochas, são feitas sondagens e coletas de amostras para testes

de resistência, coloração e tipificação da rocha a ser, futuramente extraída,

conforme Figura 1. Após a sondagem é necessário a regularização dessa extração

junto aos órgãos competentes, para que tudo seja feito dentro da legalidade e se

inicie o processo de extração da jazida, conforme Figura 2.Figura 1 Serra a Ser Explorada

Figura 2 Corte na Rocha

Com essa parte pronta, aí sim, inicia-se a limpeza da área a ser explorada,

fazendo a limpeza da frente da serra de onde será feita a extração. Desde essa

limpeza já começam a surgir rejeitos de materiais que são descartados, pois há

abundância destes na região.

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Com a extração pronta, os tarugos e blocos (Figura 3) são transformados em

chapas para sua comercialização (Figura 4). E durante todo esse processo, rejeitos

continuam sendo gerados (Figura 5). Figura 3 Blocos prontos para Corte

Figura 4 Placas prontas para Comercialização

Figura 5 Rejeitos após corte e tratamento

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Dentro deste contexto, destacamos os rejeitos gerados pela indústria de

processamento de rochas ornamentais (especificamente, Mármores e Granitos), que

sempre foram descartados de forma incorreta e em lugares inapropriados, como

vemos na Figura 6. O descarte destes resíduos, na sua maioria, advém de pedaços

que apresentaram algum tipo de defeito nas chapas, como trincas, veios, manchas,

que os tornam inaceitáveis pelos clientes. Figura 6 Rejeitos Após Tratamento

Desta forma, este projeto tem como objetivo, quantificar, analisar e qualificar

estes rejeitos, tem uma sua importância, tanto do ponto de vista econômico, haja

vista possibilitar a reutilização de materiais antes descartáveis, como também

ambiental, pois fomenta a sustentabilidade da cadeia.

1.2 PROBLEMÁTICA

No contexto da extração das rochas de mármore e granito, o impacto ao meio

ambiente é muito alto, uma vez que, após a sondagem do local e sua escavação até

chegar no minério, nem sempre vai resultar na sua extração, pois somente após

chegar ao minério é que se consegue determinar a qualidade do material. Uma vez

extraído, o bloco é cortado em placas ou chapas para transporte e, posteriormente,

a criação das peças para o consumidor final.

Nesse processo, sobram pedaços e uma pasta composta de pó de minérios e

água. A importância desse trabalho se dá pelo fato de não se ter um destino final

adequado a essas sobras.

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1.3 HIPÓTESE

Os RDC’s da indústria de mármores e granitos poderiam gerar insumos de

qualidade e que atenderiam as normas vigentes, para a cadeia produtiva da

construção civil, especialmente no que tange a resistência mecânica de blocos de

concreto com adição destes rejeitos.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo GeralAnalisar a qualidade dos resíduos gerados no beneficiamento das peças de

mármore e granito, para seu posterior uso como agregados na fabricação de blocos

de concreto.

1.4.2 Objetivos Específicos Determinar o grau de impurezas dos resíduos gerados;

Analisar a capacidade de reação dos RDC’s;

Demonstrar se é possível utilizar estes resíduos para a indústria da

construção civil;

Analisar a resistência de blocos feitos com a adição destes rejeitos,

verificando o seu desempenho mecânico usando os parâmetros da NBR

6136:2014 dos blocos convencionais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

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2.1 ROCHAS ORNAMENTAISAs rochas são associações naturais e estáveis de um ou mais dos minerais

que compõem a crosta do planeta Terra. Elas podem ser de três ambientes distintos

(magmático, sedimentar ou metamórfico), cada um com suas características

peculiares de pressão, temperatura e composição.

Essas rochas são estáveis enquanto permanecerem no seu ambiente original e

qualquer alteração, gera transformações mais ou menos lentas até que as rochas se

adaptem e fiquem estáveis nas novas condições a que estão submetidas.

Muitos dos minerais, quando chegam à superfície, são alterados, dando origem

a outros minerais que serão transformadas em rochas sedimentares. Estas, com o

decorrer do tempo, serão submetidas a novas condições ambientais, originando

rochas metamórficas e, até mesmo, mesmo magmáticas.

Percebe-se, então, um ciclo de sedimentos, que compõem as rochas

sedimentares. Estas, quando submetidas a determinados fatores de temperatura,

pressão e química, são transformadas em rochas metamórficas, que podem vir a se

transformar em rochas ígneas, sobretudo quando submetidos a condições de alta

temperatura e pressão.

As rochas, desde o início da civilização, são o mais importante recurso natural

com aplicação direta em edificações de quaisquer tipos. Alguns usos comuns são:

aterros, estradas, agregados, ornamentais (pisos, revestimentos, acabamentos), ...

As rochas ornamentais mais comuns são o granito e o mármore. O granito é

uma rocha magmática, e resulta da fusão de diversos materiais. Já o mármore, é

classificado como rocha metamórfica, uma vez que resulta de eventos metamórficos

que alteram suas características, tornando-as diferentes da rocha origina. Ambas

têm amplo uso industrial na construção civil pelo seu alto valor de mercado e

estética diferenciada.

2.1.1 ConceitoApud CRISÓSTOMO (2010):

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(...) entende-se por minerais industriais, onde estão incluídas as rochas ornamentais e industriais,"... os minerais e as associações de minerais utilizadas para fins industriais, de modo a poder com eles, ou com compostos deles derivados, fabricar por processos tecnológicos simples ou complexos, os produtos ou materiais que satisfaçam os requisitos impostos por uma qualidade de vida caracterizada por uma melhoria que se pretende cada vez melhor" (GOMES, VELHO e ROMARIZ, 1998)

Existem uma grande gama de granitos e mármores disponíveis no mercado e o

seu uso varia de acordo com o gosto, mas também é determinado pela engenharia e

arquitetura de edificações, embora seja condicionada pela região onde se está, por

razões logísticas, no âmbito da proximidade de jazidas.

2.1.1.1 Granitos e Mármores

Conforme CHIODI FILHO, no Guia de Aplicação de Rochas em Revestimento:Para o setor de rochas ornamentais e de revestimento, o termo granito (granite) designa um amplo conjunto de rochas silicáticas, abrangendo monzonitos, granodioritos, charnockitos, sienitos, dioritos, diabásios/basaltos e os próprios granitos, geradas por fusão parcial ou total de materiais crustais preexistentes (CHIODI FILHO, 2009, p. 13)

O granito é um conjunto de rochas silicáticas, compostas por feldspato e

quartzo, e tem, devido a sua natureza ígnea, características peculiares, que lhe dão

maior dureza, resistência e porosidade que outras rochas ornamentais.

O mármore, por sua vez é um tipo de rocha carbonática, e é composta, geralmente por calcita e dolomita. A maior parte das rochas carbonáticas tem origem biológica ou mais propriamente biodetrítica, formando-se em ambientes marinhos pela deposição de conchas e esqueletos de outros organismos (corais, briozoários, etc.) (CHIODI FILHO, 2009, p.16).

No setor de rochas ornamentais e de revestimento, o termo mármore é

empregado para designar todas as rochas carbonáticas, metamórficas ou não,

capazes de receber polimento e lustro (CHIODI FILHO, 2009, p.16).

2.1.2 Tratamento das Rochas

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Segundo o Guia de Aplicação de Rochas em Revestimentos (20091), as

possibilidades de tratamento visam explorar o potencial de brilho e valorizar texturas

e cores das pedras. Tem-se as seguintes situações mais comuns: Bruta: sem

acabamento; Serrada: a pedra é semi-polida, ficando quase sem brilho e com boa

aderência; Apicotada: deixa a superfície rugosa e antiderrapante. Polida: Alisado

com abrasivos e depois lustrado com produtos químicos; Flameado ou flamejado:

tornando ondulado e antiderrapante com uso do maçarico; Lustrada: o lustre é feito

de acordo com o tipo de pedra; Levigada: desbastadas por abrasivos e ficam com

uma superfície áspera; Impermeabilizada: Pedras polidas, sem porosidades.

2.1.3 Dados do SetorComo síntese dos principais indicadores sobre o setor de rochas ornamentais

no Brasil, pode-se apresentar os seguintes registros para o ano de 20082: Produção bruta de 7,8 milhões t; Variedades comerciais de rochas colocadas nos mercados interno e

externo; 1.500 pedreiras ativas; 133 mil empregos diretos e 400 mil indiretos; Capacidade de produção de 70 milhões m2/ano de rochas de

processamento especial; Capacidade de produção de 50 milhões m2/ano de rochas de

processamento simples; Consumo interno de 56,8 milhões m2 equivalentes (2 cm de espessura) de

rochas de processamento simples e especial; Exportações de US$ 954,5 milhões e 1,99 milhões t; Variação negativa de 13,17% no faturamento e de 20,98% no volume

físico das exportações, frente ao ano de 2007; Exportações de 13,4 milhões m2 equivalentes de chapas de granito,

mármore e outras rochas de processamento especial; Exportações efetuadas por cerca de 400 empresas em 19 estados da

Federação, para 117 países; Transações comerciais totais estimadas em US$ 4 bilhões (referentes ao

Brasil em 2008); 11.000 empresas integradas à cadeia produtiva

O setor de rochas ornamentais tem grande importância no comércio

internacional brasileiro (R$ 14.423.998.671 – saldo acumulado da balança comercial

do setor em março de 2017 (ABIROCHAS, 20173)), figurando entre os 5 maiores

exportadores desse tipo de rocha no mundo. O estado do Espírito Santo representa

a maior parcela dessas exportações.

Essa posição de destaque tem, cada vez mais, despertado a atenção sobre os

resíduos gerados por essa indústria desde a extração ao beneficiamento final do

mineral.

1 Guia de aplicação de rochas em revestimentos. 2 Relatório Técnico 33 – Perfil de Rochas Ornamentais e de Revestimento. Disponível em: http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256650/P23_RT33_Perfil_de_Rochas_Ornamentais_e_de_Revestimento.pdf/d6f58aa1-b01a-4da1-a178-e6052b2fc8e5, acessado em 17/04/2017.

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Segundo o Ministério de Minas e Energia4 A adequada disposição e o aproveitamento dos rejeitos da lavra e do beneficiamento constituem um dos problemas mais agudos do setor de rochas. O aproveitamento desses rejeitos pode ser canalizado para a produção de chapas aglomeradas ou prensadas, bem como para matérias-primas de uso industrial.Boa parte dos rejeitos da lavra de rochas maciças, como os mármores e granitos em geral, é formada por blocos fora de medida para serragem em teares convencionais; esses blocos poderiam ser pelo menos parcialmente aproveitados se o parque industrial brasileiro de beneficiamento incorporasse um maior número de talha-blocos, que permitem a serragem desses blocos informes ou de pequenas dimensões, em condições economicamente viáveis. Para rochas de processamento especial, que são aquelas extraídas em blocos e serradas em teares ou talha-blocos, para posterior calibragem e acabamento de face, a perda no beneficiamento é de no mínimo 35-40%. Para as rochas de processamento simples, essa perda no beneficiamento pode atingir até 70% da matéria-prima, o que também destaca a necessidade de aproveitamento dos rejeitos do setor de rochas.

3 METODOLOGIA

3 Relatório Exportações Brasileiras de Rochas Ornamentais e de Revestimento. Disponível em: http:// www.abirochas.com.br/estatisticas. Acessado em 17/04/2017.4 Relatório Técnico 33 – Perfil de Rochas Ornamentais e de Revestimento. Disponível em: http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256650/P23_RT33_Perfil_de_Rochas_Ornamentais_e_de_Revestimento.pdf/d6f58aa1-b01a-4da1-a178-e6052b2fc8e5, acessado em 17/04/2017.

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A metodologia da pesquisa descreve os procedimentos aplicados ao presente

trabalho, identificando o tipo de pesquisa, os métodos e técnicas adotadas para a

coleta e tratamento de dados e análise dos resultados.

Segundo VERGARA (2009, p.26) classifica a pesquisa em dois grandes grupos

divididos em critérios de “fins” e “meios”.Quanto aos fins, a pesquisa pode ser enquadrada como exploratória, descritiva, explicativa e aplicada. Em relação aos meios, pode ser documental, bibliográfica, experimental, de campo, de laboratório, ex post facto, participantes, pesquisa-ação ou ainda, estudo de caso.Neste trabalho, quanto aos fins, à pesquisa será exploratória e explicativa, dentre as quais visa expor características dos RDC’s e sua aplicação como agregados a blocos de concreto.Quanto aos meios, a mesma será bibliográfica. Bibliográfica no que diz respeito ao levantamento de informações em livros, periódicos, teses, revistas especificas, sites, entre outras fontes, para fundamentação teórica do assunto. Os principais métodos de coleta de dados são: Teses, dissertações, artigos, sites, revistas, periódico entre outros.

3.1 ENSAIOS 3.1.1 Ensaio de Granulometria (NBR NM 248:2003)

O ensaio de granulometria é utilizado para se determinar a composição

granulométrica, bem como se determinar o módulo de finura e o diâmetro máximo

dos agregados.

3.1.1.1 Equipamentos e Materiais

Conjunto de Peneiras de 4.8, 2.4, 1.2, 0.6, 0.3, 0.15mm de abertura.

Becker Transparente de 1.000ml, graduado a cada 50ml.

Balança de precisão com precisão de 1,0g.

Peneirador Elétrico com temporizador.

1.000g de agregado miúdo natural, duas partes de 500g cada.

Pincéis para auxílio da remoção total do agregado das peneiras.

Fôrma retangular para pesagem do material.

Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de 105±5ºC

3.1.1.2 Experimento

Seguindo a norma NBR NM 248:2003 Determinação da Composição

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Granulométrica dos Agregados, para o ensaio de granulometria é necessário

500 g de agregado miúdo seco em um secador. Frisa-se que o ensaio de

granulometria é utilizado para determinar a distribuição granulométrica.

Cada uma das duas partes (500g) de agregado miúdo natural é colocada em

um Becker diferente, e pesado todo o material seco. Adicionaram-se cada uma das

500 g de agregado miúdo no agitador elétrico de Peneiras durante 1 minuto.

O conteúdo de cada Becker é despejado com cautela no jogo de peneiras

(Figura 8), dispostas uma sobre a outra, da que tem maior abertura para a menor.

Após isso, o material foi peneirado em um peneirador automático (Figura 7), por um

tempo aproximado de 1min e 30seg, de modo que cada peneira reteve parte do

material despejado e o restante ficou depositado no fundo. A seguir, o material de

cada peneira foi pesado. As partículas finas passaram pela peneira, e o material que

permaneceu na peneira foi devolvido a uma fôrma retangular que foi tarada e

despejado o material da primeira peneira (4,8mm), foi pesado. O processo foi

repetido para cada uma das peneiras e o fundo, sendo todos pesados

separadamente. Figura 7 Peneirador Automático

Figura 8 Conjunto de Peneiras

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Com o resultado, é feita a anotação na tabela de ensaio de granulometria,

encontra-se o módulo de finura e o diâmetro máximo dos agregados.

3.1.2 Ensaio de Determinação de Impurezas Orgânicas (NBR NM 49:2001) Este ensaio visa avaliar a qualidade de um agregado miúdo, quanto à

contaminação por impurezas orgânicas, que podem inibir a hidratação do cimento.

3.1.2.1 Equipamentos e Materiais

Becker Transparente de 1.000ml.

Proveta Graduada de 10ml e 100ml.

Frascos ErlenMeyer com rolha esmerilhada, de aproximadamente 250ml

Dois Tubos de Ensaio de mesma capacidade • Balança de precisão com

precisão de 0,01g.

Funil e haste longa

Papel Filtro Qualitativo • 200g de agregado miúdo úmido.

Água destilada ou deionizada.

Hidróxido de Sódio 90% a 95% de pureza • Ácido Tânico p. a.

Álcool, 95%

Água

3.1.2.2 Experimento

Seguindo a norma NBR NM 49:2001 Agregado miúdo – Determinação de

Impurezas Orgânicas, para o ensaio é necessário 200 g de agregado miúdo úmido.

Frisa-se que o ensaio é utilizado para determinação colorimétrica de impurezas

orgânicas em agregado miúdo destinado ao preparo do concreto.

Prepara-se as soluções de Hidróxido de Sódio e Ácido Tânico com

antecedência, armazenados em frascos de vidro escuro, protegidos da luz.

Em um frasco de ErlenMeyer, adicionar 200g de agregado miúdo, seco ao ar e

100cm³ da solução de hidróxido de sódio, agitando vigorosamente e deixando em

repouso por 24 horas, em ambiente escuro.

Após o repouso filtrar a solução que esteve em contato com o agregado,

recolhendo em um tubo de ensaio empregando um papel filtro.

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Simultaneamente, preparar uma solução padrão, adicionando a 97 cm3 da

solução de hidróxido de sódio, 3 cm³ da solução de ácido tânico a 2%; agitar e

deixar em repouso durante (24 ± 2) h em ambiente escuro. Após esse período,

transferir a solução para outro tubo Nessler ou tubo de ensaio.

Avaliar a quantidade de matéria orgânica comparando a cor da solução obtida

na primeira solução, com a da solução padrão de Ácido Tânico; anotar se a cor é

mais escura, mais clara ou igual à da solução padrão.

3.1.3 Ensaio de Determinação de Material Pulverulento (NBR NM 46:2001)Esse ensaio, realizado por lavagem, permite determinar a quantidade de

material mais fino que a peneira de abertura de malha 0,75µm, presentes nos

agregados, que influenciam, na aderência da pasta de cimento, no consumo de

água e na resistência dos concretos e argamassas

3.1.3.1 Equipamentos e Materiais

Conjunto de Peneiras de 0,75µm a 1,18mm de abertura.

Becker Transparente de 1.000ml, graduado a cada 50ml.

Balança de precisão com precisão de 1,0g.

Peneirador Elétrico com temporizador.

1.000g de agregado miúdo natural, duas partes de 500g cada.

Fôrma retangular para pesagem do material.

Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de 105±5ºC • agregado

miúdo úmido.

Água corrente

3.1.3.2 Experimento

Segundo o disposto na NBR NM 46:2003: Agregados - Determinação do

Material Fino que Passa Através da Peneira 75µm, por lavagem, na maior parte dos

casos, o emprego apenas de água é adequado para separar o material mais fino

que 75 µm a partir de agregados de maiores dimensões. Porém, em alguns casos, o

material mais fino adere às partículas maiores, verificando-se, por exemplo,

recobrimentos de argila e recobrimentos em agregados extraídos de misturas

betuminosas.

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Nesses casos, o material fino deve ser separado de forma mais rápida com uso

de um agente umectante dissolvido na água.

Após a retirada do material fino, procede-se a secagem em estufa, por 24

horas e a nova pesagem. A fórmula abaixo calcula o índice de finos na amostra:

m=mi−mfmi

x100

O resultado deve ser a média aritmética de duas determinações.

A diferença obtida nas duas determinações com relação à média não deve ser

maior que 0,5% para agregado graúdo e 1,0% para agregado miúdo. Quando esta

condição não for atendida deve ser realizada uma terceira determinação, adotando

como resultado do ensaio a média aritmética dos dois resultados mais próximos.

3.1.4 Ensaio de Massa Unitária (NBR NM 45:2006)Esse ensaio, visa determinar a relação entre a massa de agregado e seu

volume, sem sua compactação, ou seja, considerando-se os vazios.

3.1.4.1 Equipamentos e Materiais

Balança de precisão com precisão de 1,0g.

Recipiente metálico com 15dm³ de volume e 316x316x150mm.

Concha para lançamento do material.

Haste para regularizar o agregado.

3.1.4.2 Experimento

O ensaio é realizado seguindo a NBR NM 45:2006: Determinação da Massa

Unitária do Agregado Miúdo.

O agregado é despejado de uma altura constante até preencher por completo o

recipiente metálico. Depois de preenchido, o recipiente teve sua superfície

regularizada com o auxílio de uma régua. Regularizado, o recipiente é pesado, tendo

assim, sua massa determinada. O procedimento é repetido mais três vezes e em

cada uma das vezes o material é, novamente, pesado.

A massa unitária foi calculada utilizando a fórmula: 𝛿𝑎𝑝 = 𝑚𝑎𝑟𝑉−𝑚𝑟 (𝐾𝑔⁄𝑑𝑚3)

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3.1.5 Ensaio de Massa Específica (NBR NM 52:2006)Esse ensaio determina a relação entre a massa seca de uma gregado, com o

seu volume, sem considerar seus vazios.

3.1.5.1 Equipamentos e Material

Balança de precisão com precisão de 1,0g.

Frasco Chapman Transparente de 500ml.

500g de agregado miúdo natural.

Haste de compactação metálica

Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de 105±5ºC

Bandeja metálica para secagem

Espátula de aço

Circulador de Ar

Dessecador

3.1.5.2 Experimento

Segundo a Norma NBR NM 52:2006 Determinação da Massa Especifica do

Agregado Miúdo, resumindo, para o ensaio de massa específica é pesado e

adicionado a água no Frasco Chapman (Figura 9) e depois o agregado, agita-se

para tirar as bolhas de ar, e após isso é colocado na estufa para secagem e após

secagem total, é anotado o peso com precisão de 0,1g. Figura 9 Frasco Chapman.

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3.1.6 Ensaio de Análise Dimensional (NBR 12118:2013 Versão Corrigida: 2014)Esse ensaio visa determinar se as dimensões de blocos de concreto estão de

acordo com os parâmetros determinado pela ABNT.

3.1.6.1 Equipamento

a) Escala metálica com resolução mínima de 1 mm.

3.1.6.2 Procedimento

a) A largura, o comprimento e a altura do bloco devem ser medidos em pelo

menos 3 pontos de cada face, calculando-se as suas médias com precisão

de 1 mm.

b) A espessura das paredes longitudinais deve ser medida em pelo menos 2

pontos, do seu lado mais estreito e das transversais, em 1 ponto de cada.

Calcular as médias com aproximação de 1mm.

c) As dimensões de cada furo do bloco devem ser tomadas em 2 pontos na

direção longitudinal e 2 pontos da direção transversal, sempre no lado mais

espesso da parede do bloco. Calcular cada média com a aproximação de 1

mm.

d) Para a medida do raio das mísulas, traçar um eixo sobre o septo central, no

lado de menor espessura. O cruzamento do eixo com a face externa da

parede longitudinal do bloco é o centro do semicírculo.

3.1.6.3 Resultados

a) O relatório deve conter o lote das amostras e apresentar as dimensões

nominais de largura, altura, comprimento e espessura mínima das paredes

transversais e longitudinais, em mm.

b) Deve-se calcular e apresentar o valor da área bruta do bloco, sem descontar

furos ou reentrâncias.

3.1.7 Ensaio de Absorção de Água e Área Líquida (NBR 12118:2013 Versão Corrigida: 2014)

Este ensaio visa determinar o índice de absorção de água em blocos de

concreto, o que pode influenciar, entre outras coisas, sua resistência e sua aplicação

em determinadas obras.

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3.1.7.1 Equipamento

Balança com resolução mínima de 10 g e capacidade mínima de 20 000 g.

Balança hidrostática com resolução mínima de 10 g e precisão de 0,5%.

Recipiente para imersão dos blocos.

Estufa para (110 ± 5)°C.

3.1.7.2 Procedimento

a) Determinar a massa do bloco após 24 horas de permanência no laboratório

(m³).

b) Secar em estufa a (110 ± 5)°C por 24 h.

c) Determinar a sua massa e retornar à estufa por mais 2 h. Repetir a

pesagem, até que a diferença entre pesagens sucessivas seja menor que

0,5%, registrando esta última medida como m1.

d) Resfriar o bloco naturalmente e imergir em água a (23 ± 5)°C por 24 h.

e) Drenar sobre uma tela por 1 min e retirar a água superficial com um pano

seco. Determinar a massa do bloco saturado superfície seca.

f) Retornar o bloco à água e repetir o processo de pesagem a cada 2 h, até

que a diferença entre pesagens sucessivas seja inferior a 0,5%. Registrar

esta última medida como m2.

g) Determinar em balança hidrostática a massa aparente do bloco saturado

(m4), com água a (23 ± 5)°C.

3.1.7.3 Resultados

a) Apresentar a média e os resultados individuais de absorção, calculada pela

fórmula:

a=m2−m1m1

∗100

3.1.8 Ensaio de Resistência à Compressão (NBR 12118:2013 Versão Corrigida: 2014)

Este ensaio visa determinar a resistência à compressão de blocos de concreto.

3.1.8.1. Equipamento

a) Prensa dentro dos padrões da NBR NM 7500-1, classe II no mínimo,

equipada com 2 pratos de apoio de aço, um deles articulado. Dispositivo de

medida e leitura da carga máxima com precisão de ± 2%.

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b) Se os pratos de apoio não forem suficientes para cobrir todo o bloco, podem

ser usadas placas de aço entre o bloco e os pratos, com a área necessária e

espessura mínima de 50 mm.

3.1.8.2. Procedimento

a) Ensaiar os corpos-de-prova secos ao ar, com as faces de trabalho

retificadas ou regularizadas por pasta ou argamassa capaz de resistir às

tensões de ensaio, com espessura máxima de 3 mm.

b) Colocar os blocos na prensa, de maneira que a carga seja aplicada na

mesma direção do esforço que ele vai suportar durante seu emprego, com

seu centro de gravidade no eixo de carga.

c) Aplicar carga sobre o bloco, de forma que a tensão se eleve à razão de (0,05

± 0,01) MPa/s.

3.1.8.3. Resultados

a) O relatório deve conter identificação do lote e idade de ensaio dos blocos da

amostra.

b) Apresentar os valores médios de largura e comprimento de cada um dos

blocos, em mm.

c) Apresentar carga máxima suportada por cada bloco, em N, e a respectiva

resistência à compressão:

d) Calcular o valor da resistência característica à compressão dos blocos, de

acordo com a NBR 6136.

e) Classificar e avaliar a conformidade da amostra, de acordo com as

especificações da NBR 6136.

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4 ORÇAMENTO E CRONOGRAMA

Quadro 1 Cronograma

ETAPA1ª

SEM2ª

SEM3ª

SEM4ª

SEM5ª

SEM6ª

SEM7ª

SEM8ª

SEM

Ensaio de Granulometria - NBR NM 248:2003

X

Ensaio de Impurezas Orgânicas - NM 48 X

Determinação de Finos - NBR NM 46:2001 X

Ensaio de Massa Unitária - NBR NM 45:2006

X

Ensaio de Massa Específica - NBR NM 52:2006

X

Ensaio de Análise Dimensional (NBR 12118:2013)

X X

Ensaio de Absorção de Água e Área Líquida (NBR 12118:2013)

X X X X

Ensaio de Resistência à Compressão (NBR 12118:2013)

X X X X

ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES

X X

Quadro 2 Relação Prévia de MateriaisDescrição QTD UNID Vl. Total

Areia Grossa 1 M³ R$ 65,00

Brita Nº 1 ½ M³ R$ 50,00

Cimento CP II Z32 (50Kg) 2 SC R$ 54,00

Granito 0,4 M³ -

Mármore 0,05 M³ -

Basalto 0,05 M³ -

Britagem 2,5 H 450,00

Ensaios 4,0 H -

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5. REFERÊNCIAS

____. NBR 12118:2013 Versão Corrigida:2014: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Método de ensaio.

____. NBR NM 248:2003: Agregados - Determinação da composição granulométrica.

____. NBR NM 45:2006: Determinação da Massa Unitária do Agregado Miúdo.

____. NBR NM 46:2003: Agregados - Determinação do Material Fino que Passa Através da Peneira 75µm, por lavagem.

____. NBR NM 49:2001: Agregado miúdo – Determinação de Impurezas Orgânicas.

____. NBR NM 52:2006: Agregados - Determinação da massa unitária do agregado miúdo.

ABRECON, Relatório Pesquisa Setorial 2014/2015: A Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição no Brasil.ABRECON, São Paulo-SP, 2015.

CHIODI FILHO, Cid; RODRIGUES, Eleno de Paula. Guia de aplicação de rochas em revestimentos; Projeto Bula. São Paulo:SP, ABIROCHAS, 2009.

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Ministério de Minas E Energia – MME, Relatório Técnico 33 - Perfil de Rochas Ornamentais e de Revestimento. J. MENDO, 2009. Disponível em:

http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256650/P23_RT33_Perfil_de_Rochas

_Ornamentais_e_de_Revestimento.pdf/d6f58aa1-b01a-4da1-a178-e6052b2fc8e5,

acessado em 17/04/2017.

PINTO, T.P. Metodologia para a Gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos da Construção Urbana. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de

São Paulo. São Paulo-SP, 1999.