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Estruturação doSisan

“Londrina integrada por umaPolítica de Segurança

Alimentar e Nutricional”20/08/2018

Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento

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Apresentamos o presente Caderno Estruturação do Sisan – “LONDRINA INTEGRADA POR UMA

POLÍTICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL” - elaborado a partir da 3ª Conferência

Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (3ª CMSAN), realizada nos dias 18 e 19 de maio de

2018 que deverá servir como referência e base aos envolvidos e aos que se interessam pela Política

Pública Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (PPMSAN), ao Conselho Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA-LD), em sua terceira gestão (2018-2020) e à

Estruturação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar (SISAN), em Londrina.

Esta primeira edição deverá ser revisada durante as etapas dessa estruturação para a Adesão ao

SISAN que tem como previsão o ano de 2020 com atualização de textos e inclusão de documentos

que promovam, inclusive, a construção do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de

Londrina (PMSAN-LD) sob a responsabilidade de outro componente da política: a Câmara

Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Londrina (CAISAN-LD).

Em Londrina, a política de SAN e seus componentes estão estabelecidos na Lei Municipal 12.700, de

3 de maio de 2018, que susbstituiu a Lei Municipal nº 11.296, de 31 de agosto de 2011, e que traz

uma nova composição ao CONSEA-LD e adequa à política às orientações dos governos Estadual e

Federal e seus respestivos conselhos.

Neste contexto, o controle social exercido pelo CONSEA-LD é fundamental, tanto na construção da

política quanto avalisando as ações executadas pelo Gestor Público para o bom cumprimento de seu

papel que é o de atender à população em insegurança alimentar e em vulnerabilidade social na

garantia do acesso à alimentação enquanto Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável

(DHAA), conforme estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 6º.

Esse é o compromisso que assumimos enquanto Secretaria Municipal de Agricultura e

Abastecimento: cumprir o estabelecido na legislação, contar com a participação do Controle Social e

executar com efetividade a política de SAN em nosso município.

Alexandre Fujita

Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento

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Lançamento do Caderno

Estruturação do Sisan - “Londrina integrada por uma Política de SegurançaAlimentar e Nutricional”

Reunião de Posse do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional deLondrina (CONSEA-LD)20 de agosto de 2018

Auditório da Prefeitura Municipal de LondrinaAvenida Duque de Caxias, nº 635 – 2º andar

Compilação e ediçãoLorena Pires Rostirolla – matr. nº 14.409-6

Londrina, 20 de agosto/20181ª Edição

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3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar eNutricional (3ª CMSAN)

dias 18 e 19 de maio de 2018

“LONDRINA INTEGRADA POR UMA POLÍTICA DE SEGURANÇAALIMENTAR E NUTRICIONAL”

Pré-conferências: dias 23, 25, 27 de abril e 18 de maio (período da tarde).

REALIZAÇÃO

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Comissão Organizadora da 3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional deLondrina (3ª CMSAN)

(Decreto Municipal nº 467, de 23 de março de 2018)

1. Andréia Bassalobre Vilar - Cáritas Arquidiocesana de Londrina;2. Daiani Andrade dos Santos - Projeto Sabão/CAMAR;3. Iraci Andrade dos Santos - Projeto Sabão/CAMAR;

4. Lilian Azevedo Miranda - Sindicato Rural Patronal -SRP);5. Lorena Pires Rostirolla – Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA);6. Maria Inez Passini Lima - Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA);

7. Mayara Agelune Saito - Secretaria Municipal de Educação (SME);8. Vera de Toledo Benassi – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Soja); e,

Apoio da Organização (Equipe da Diretoria de Abastecimento)

9. Paulo Gonçalves da Silva - Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA); e10. Viviane Fernandes - Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA)

Agradecemos o empenho e a participação no processo de

organização da 3ª CMSAN de toda a equipe da Secretaria Municipal

de Agricultura e Abastecimento (SMAA), de Rosângela Arimatéa

Caldas, Andreliane Godoy Maistrovicz e Onaur Ruano e o apoio do

produtor rural Brigílio de Jesus Marcos (Café do Patrão), da

empresa Sepat Multi Service Ltda, do Mesa Brasil SESC e do

Instituto Emater.

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ConteúdoLondrina integrada por uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional.......................................................7

Eixo 1 - Política Municipal no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): Daparticipação social e estruturação à adesão ao sistema. .....................................................................................8

EIXO 3 - Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional: Diagnóstico, diretrizes e desafios. .............. 11

EIXO 4 - Soberania Alimentar e Desenvolvimento Sustentável: Investimento no bem estar do cidadão e naqualidade de vida. ............................................................................................................................................. 13

ANEXO I (Decreto Municipal nº 1.182/2018) ............................................................................................. 16

ANEXO II (Texto Referência para 3ª CMSAN) .......................................................................................... 20

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Londrina integrada por uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional

Um grande desafio se apresenta ao Município de Londrina: estruturar um modelo de

gestão sistêmico para a promoção da Política Pública de Segurança Alimentar e Nutricional

(PPSAN) e, no processo de construção desse modelo, a maior dificuldade é entender o

transversal e o intersetorial da política enquanto realização de ações que exigem cuidados

específicos. No município, o caminho para executar as ações necessárias deve ser percorrido pela

Prefeitura de Londrina, por meio da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de

Londrina (CAISAN-LD), e a comunidade londrinense, por meio do Controle Social com a atuação

do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Londrina (CONSEA-LD).

Portanto, a PPMSAN, além de promover os direitos, deve ainda garantir o equilíbrio entre a

especialização e a integração das atividades, evitando funções concorrentes nas várias

frentes da Gestão Pública com métodos e práticas que respeitem os limites e articulem os

saberes técnicos de cada área envolvida.

Neste contexto, a 3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (3ª

CMSAN) teve como objetivo ampliar e fortalecer os compromissos políticos para a promoção

da Soberania Alimentar, do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAA) e da

Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), assegurando a participação social e promovendo a

gestão intersetorial no SISAN, na Política e no Plano Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional.

A seguir, os eixos debatidos e as propostas aprovadas durante a 3ª CMSAN.

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Eixo 1 - Política Municipal no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional(SISAN): Da participação social e estruturação à adesão ao sistema.

Apresentação

SISAN como estruturador da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e o modelo

sistêmico que envolve as políticas estaduais e municipais que visam contemplar as realidades

regionais e locais. Discussão e aprofundamento da compreensão dos papéis do conselho e

conferência municipal enquanto instrumentos indicadores, direcionadores e monitores da política

de SAN em sua construção e implementação.

DIAGNÓSTICO/PROBLEMATIZAÇÃ/CONSTATAÇÃO

Controle SocialInformação ão ão → Capacitação → Ações Concretas (Poder Público e SociedadeCivil): A falta de acesso à informação pela ausência de uma prática de sistematização e compilação das ações deSegurança Alimentar e Nutricional (SAN) e de garantia do Direito Humano Alimentação Adequada e Saudável(DHAA) faz com que a comunidade (sociedade civil) e gestores (poder público) não se conscientize danecessidade da política, o que tem diminuído a participação para ações concretas e monitoramento da política.Outro item levantado é a falta de formação de novas lideranças e a atuação de apenas uma liderança em váriasfrentes o que dificulta sua participação porque são tantas as pautas que se confundem e falta espaço pararepassar as informações recebidas. A falta de conhecimento

Acesso à informaçãoNão dispor de um canal que integre todas as ações e informações provoca a falta de acesso à informação e deentendimento de como está estruturado o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e apolítica de SAN (PSAN), por ser uma política Intersetorial com ações em diversas áreas setoriais (saúde,educação, agricultura e abastecimento, ambiente, assistência social, entre outras), é um dos obstáculos.

Avaliação e MonitoramentoA informação fragmentada e de difícil busca sobre a política específica de SAN e quanto ao DHAA dificulta oacompanhamento de ações e monitoramento para resultados efetivos e congruentes. Os indicadores e dados,apesar de existirem, ficam restritos à cada área que não consegue promover a interlocução e levantamento dediagnóstico situacional o que impede também o desenvolvimento de pesquisas mais consistentes da PPSAN.

Decisão de GestãoA Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (PMSAN) em Londrina está caminhando para suaestruturação. Porém ainda falta um caminho que depende, em grande parte, da vontade do Gestor Público queé fazer funcionar a engrenagem para a instituição da PPSAN com a regulamentação da CAISAN, elaboração doplano municipal e a Adesão ao SISAN. Estamos no momento da Conferência, a lei de SAN já foi atualizada einicia-se o processo de estruturação. O conceito da política de SAN e do DHAA vem sendo trabalhado a partirdas duas grandes guerras mundiais e, principalmente, desde a década de 1950, no entanto a institucionalizaçãoda PSAN só vem ocorrendo a partir da década de 2000, com a criação da LOSAN (2006) e a inclusão do direito àalimentação como direito humano na Constituição Federal em 2010. Por ser uma política institucional recentee com perfil transversal, gestores têm demonstrado resistência.

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Orçamento de SANHá sete anos técnicos da área de Abastecimento da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, e nosúltimos três anos com o envolvimento do COMSEA-LD, tentam conscientizar gestores da necessidade deimplementação da Política e de buscar recursos. No entanto, além de um orçamento irrisório para a área e umabaixa dotação orçamentária da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA), outras ações dapasta possuem mais visibilidade e se caracterizam como urgência (Ex. estradas rurais).

Formação e CapacitaçãoA capacitação da comunidade e sua liderança para atuar nesta área é mais difícil com uma política Intersetorialcomo a de SAN, o que acaba por afastar muitos/as cidadãos/as, principalmente por estarem mais envolvidos/ascom políticas verticais.

DESAFIOS

Estimular a sociedade a envolver, formar e capacitar novas lideranças.Promover a capacitação das lideranças envolvidas/atendidas pela Política de SAN para, além da atuação social,atuar de forma Intersetorial no controle e monitoramento.Estimular os temas Política de SAN e de DHAA nas academias (Ensino Técnico, Ensino Superior e de Pesquisa eExtensão em áreas como Agronomia, Veterinária, Nutrição, Economia Doméstica, Gestão Ambiental, Saúde,Educação, Tecnologia de Alimentos, Assistência Social, entre outros), também de forma Intersetorial.Estabelecer um canal ou pensar formas de junção de informações, dados e indicadores que sirvam à PPSAN ecomo referência para cada área específica.Proporcionar à sociedade civil o acesso às informações com a implementação do modelo sistêmico (SISAN eseus componentes) e estabelecimento institucional da política no município (Adesão ao SISAN)

PROPOSTAS APROVADAS

• Capacitar e qualificar, de forma permanente, os membros do Conselho Municipal de Segurança Alimentare Nutricional de Londrina (CONSEA-LD) como agentes multiplicadores das políticas de SAN para escolas,professores, sociedade civil, etc;

• Promover, por meio do CONSEA-LD, do Poder Público e de outros atores envolvidos na política de SAN,círculos, debates, audiências públicas, seminários, informativos, cartilhas envolvendo grupos decomunicadores, e utilizando todos os meios de comunicação disponíveis para atingir todas as faixaspopulacionais e promover o acesso pleno às informações;

• Divulgar ações e informações, periodicamente, sobre a Política Municipal de SAN, por meio do Núcleo deComunicação da Prefeitura de Londrina para demais meios de comunicação;

• Criar espaços dentro das conferências, e demais eventos, para promover mostras de trabalhos acadêmicose de extensão vinculados a SAN;

• Envolver as associações e outras instituições para que adquiram produtos da região de Londrina,preferencialmente da agricultura familiar, da agricultura agroecológica e da produção de orgânicos eagroecológicos, identificando a origem dos produtos do Município de Londrina ao consumidor final (2ªCMSAN);

• Monitorar, por meio do CONSEA, e sistematizar os avanços que ocorreram na restauração do Banco deAlimentos do CEASA;

• Criar orçamento específico para políticas de SAN em todos os órgãos que compõem a CAISAN; (conformeproposto na 2ª CMSAN);

• Capacitar a sociedade civil organizada para atuação no SISAN.

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EIXO 2 - A transversalidade e integralidade de ação e a execução intersetorial da política: CâmaraIntersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN).

Apresentação:Articulação estratégica voltada à convergência de iniciativas e à integração de recursos gerenciais,financeiros e humanos para organizar de forma mais colaborativa, articulada e flexível a política, garantindoa transversalidade das ações e projetos, por meio da atuação intersetorial e multidisciplinar na execução.Apresentar o perfil das organizações sociais em Londrina com suas áreas prioritárias de atuação,compreendendo o papel de cada uma delas nas Políticas de SAN, identificando seus papéis e tarefas naimplementação do Plano Municipal de SAN.

DIAGNÓSTICO/PROBLEMATIZAÇÃ/CONSTATAÇÃO

Ações isoladas e não caracterizadas com SANHoje, os órgãos municipais (cerca de 10 na Prefeitura de Londrina) têm atuação relacionada à Segurança Alimentar eNutricional e ao Direito Humano à Alimentação Adequada, no entanto e apesar disso, essas ações estão isoladas e muitasnem são inseridas nos instrumentos legais de planejamento.

Falta de InterlocuçãoA falta de interlocução entre os atores da política pública, a falta de planejamento de ações integradas e o excesso detrabalho para um número limitado de técnicos que atuam em várias frentes, são grandes fragilidades.

Envolvimento do gestor e equipe para desenvolver a políticaO desentendimento do gestor com mandato eletivo e sua equipe de comissionados sobre a estruturação da política, geraum desinteresse em executá-la e limita a atuação dos servidores efetivos, técnicos de cada área dentro daintersetorialidade.

DESAFIOSPara envolver agentes públicos de todas as áreas relacionadas à política de SAN, um grande desafio é promover suacapacitação com metodologia aplicada tendo como prioridade promover a interlocução, a intersetorialidade e aintegração.Para promover o interesse do gestor em mandato e sua equipe um dos desafios é a articulação das formas de controleexterno e o controle social.

PROPOSTAS

• Buscar junto aos governos estadual, federal e demais instituições de forma presencial e EAD, cursos e similares paraservidores públicos que atuam na política de SAN;

• Capacitar os secretários e presidentes das pastas, membros da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar eNutricional de Londrina (CAISAN-LD);

• Promover, periodicamente, debates, palestras e círculos de discussão, trocas de experiências e interlocuções deindicadores relacionados à política de SAN;

• Compor a CAISAN, por decreto, em cumprimento à Lei Municipal nº 12.700, de 3 de maio de 2018, com dataorientativa de, no máximo, 60 dias após a realização da 3ª CMSAN e regulamentar a Câmara por decreto, com dataorientativa de, no máximo, 60 dias prorrogáveis por mais 30 – caso necessário – a partir da data de publicação dodecreto de composição da CAISAN-LD;

• Elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional pela CAISAN, em conjunto com o CONSEA-LD.

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EIXO 3 - Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional: Diagnóstico, diretrizes edesafios.

Apresentação:Principais elementos dos Planos Estadual e Nacional para, a partir das diretrizes e objetivos da PolíticaNacional e diagnóstico de SAN no Município de Londrina. Detecção de problemas e desafios e organizaçãode propostas e conteúdo para que a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN-LD),em articulação com o CONSEA-LD, elabore uma proposta de Plano Municipal de Segurança Alimentar eNutricional a ser avaliada e aprovada no Legislativo e Executivo e implementada em consonância com oplanejamento público do município.

DIAGNÓSTICO/PROBLEMATIZAÇÃ/CONSTATAÇÃO

Invisibilidade enquanto política de SANMuitas ações relacionadas à Política de SAN são executadas na Prefeitura de Londrina, no entanto, elas acabamaparecendo como parte de políticas verticais (Ex: Vigilância Sanitária voltada à fiscalização quanto àhigienização, processamento, confecção, conservação e qualidade do produto para a comercialização) e nemconstam como ação de Segurança Alimentar e Nutricional em instrumentos legais e normativos, como o PPA.Falta de conhecimento de servidores que atuam nas áreas de que existe uma política conceituada eestruturada para desenvolver é uma fragilidade.

Previsão nos instrumentos legais e no orçamentoUm obstáculo é que não ter as ações estruturadas e estruturantes impede a otimização e destinação derecursos, havendo, muitas vezes, duplicidade de algumas ações e desconhecimento de outras que estãoocorrendo no município.

Elementos para diagnóstico de SANFalta de compilação e sistematização de indicadores e criação de outros para o monitoramento e avaliação dapolítica e a não interação e interlocução entre os indicadores e sistemas de diversas áreas e categorias torna apolítica invisível.Como não há interlocução entre as áreas e agentes e não sendo institucionalizada a política, não constam doPPA todas as ações de SAN realizadas pelo Município, embora sejam executadas várias.

DESAFIOS

Promover a integração realizando ações intersetoriaise criando indicadores e buscando outros que conversementre si visando um diagnóstico mais preciso para a inserção da política integrada e Intersetorial nosinstrumentos legais que a administração pública dispõe (PPA, LDO, LOA) e seu monitoramento para tornar aPSAN visível..Realizar levantamento e diagnóstico das ações para elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar eNutricional (PMSAN).Cumprir todas as metas para a Adesão ao SISAN em 2019.Buscar formas de envolver no desenvolvimento da política entidades/instituições/empresas da sociedade civilcom perfil relacionado à SAN.

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PROPOSTASGarantir queo resultado da 3ª CMSAN seja encaminhado à CAISAN e que seja incluído na elaboração doPMSAN.Desenvolver estratégias de sensibilização social e inserir estratégia de estabelecimento PROIESC(Programa paraa elaboração do PMSAN.Forma de Publicação: Publicação de Decreto da CAISAN com base na manifestação (resolução) do ConselhoReconhecimento dos colaboradores na elaboração do Plano (Ficha catalográfica – diagramação)Ampliar o cooperativismo, priorizar agricultura familiar, garantir a preservação ambiental e agroecologia noPlano Municipal de SAN.Mapear e inserir em políticas públicas os produtores da agricultura familiar com o objetivo de garantir ascondições socioeconômicas das famílias dos produtores da agricultura familiar.Promover por meio de parcerias públicas e privadas, a capacitação das famílias dos produtores da agriculturafamiliar em sistemas de produção sustentável;Incentivar ações de combate ao desperdício de alimentosCapacitar os profissionais que atuam na área de educação para que incluam na grade curricular a formação dehábitos alimentares saudáveis, envolvendo as famílias, conforme a legislação.Fomentar em parceria com a Secretaria do Ambiente o reflorestamento dos fundos de vale incluindo ervasmedicinais e folhas sagradas e árvores frutíferas respeitando a legislação vigente.Garantir nas escolas o plantio de árvores frutíferas.Organizar, fortalecer e ampliar as hortas comunitárias e escolares, em cumprimento à legislação vigenteIncentivar o agricultor familiar a migrar do sistema convencional para o agroecológico e de produção orgânica.Garantir o estudo para viabilizar a municipalização da mão de obra da alimentação escolarGarantir a ampliação do número de vagas de nutricionistas conforme a legislação vigente, preferencialmentepor concurso público.Promover o fortalecimento e ampliação do PAA, PNAE e outros programas da área de SAN.Garantir que na regulamentação da CAISAN seja instituído calendário anual de devolutiva ao Conselho arespeito das disposições do Plano.Fortalecer e ampliar o atendimento do atual Restaurante Popular

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EIXO 4 - Soberania Alimentar e Desenvolvimento Sustentável: Investimento no bem estar docidadão e na qualidade de vida.

Apresentação:A soberania alimentar coloca em primeiro lugar o direito efetivo à alimentação saudável, respeitadora doambiente para todas as pessoas e não deixando em último lugar aqueles que cultivam os produtos com osquais a comida é confeccionada promovendo o direito a decidir sobre as suas políticas agrícolas ealimentares no Município, respeitando a legislação vigente no país, decidindo o que cultivar, o que e comocomercializar, o que destinar ao mercado, controlando os recursos naturais básicos. Apresentação dasprincipais características dos modelos convencional e agroecológico de produção de alimentos, com dados einformações da situação municipal, permitindo a discussão e elaboração de propostas para ações de PolíticaPública e Institucionais no fomento ao modelo agroecológico de produção de alimentos limpos e saudáveis.

DIAGNÓSTICO/PROBLEMATIZAÇÃ/CONSTATAÇÃO

AgroecologiaSão poucos os agricultores familiares que investem e realizam ações agroecológicas. Não que não haja vontade em fazer jáque os produtos, além de serem melhores, podem ter preço de mercado mais atrativo. No entanto, há vários entraves,dentre eles o custo para a transformação, a falta de orientação técnica, a burocracia, a falta de envolvimento e respeito dacircunvizinhança e, principalmente, a cultura e a tradição.

Alimentação Saudável X Orçamento Doméstico e FamiliarDo ponto de vista da economia doméstica, uma família que faz uma alimentação balanceada, com produtos naturais eecológicos, aproveitando ao máximo as partes dos alimentos, principalmente hortifruti (casca, polpa, folhas, talos esementes), tem um ganho satisfatório em seu orçamento doméstico em relação a dois pontos importantes: 1) naaquisição dos alimentos, e 2) na redução de despesas com saúde (médicos, remédios, etc...). Em quaisquer dos pontos osaldo é positivo, porque ao adquirir alimentos adequados e saudáveis, reduz-se o consumo de produtos industrializados,nos quais há o uso de produtos químicos para conservação ou alteração de gosto e aparência para serem atrativos edurarem mais tempo nas prateleiras de estabelecimentos comerciais.

Comercialização da agricultura familiar em LondrinaOs agricultores familiares utilizam diversas vias para comercialização, tendo em vista que o município, por sua grandeinserção no mercado consumidor regional, oferece uma rede diversificada de mercados, contando com a Ceasa econsolidada rede de supermercados e sacolões. Os agricultores familiares utilizam também o comércio em barracas nabeira de rodovias, em rotas turísticas, fazem o comércio em casa, como na “rota do café” e em feiras livres. A SecretariaMunicipal de Agricultura e Abastecimento realiza o programa Feiras, através do qual realiza as Feiras de Produtos deÉpoca, a exemplo da feira da uva e feira do peixe vivo. Realiza e contribui com a organização da feira do Produtor da RuaBenjamim Constant e Avenida Saul Elkind. Para fortalecer a organização rural, a Secretaria deu assessoria aos agricultoresfamiliares para abrir a Cooperativa da Agricultura Familiar Solidária, Coafas, e para fortalecer ainda mais a organização dacooperativa inaugurou o Mercado do Campo, um espaço para que os agricultores associados façam a comercialização daprodução. Atualmente a Coafas está operando com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em que o GovernoFederal compra alimentos e doa para entidades que atende a população em insegurança alimentar e, com o ProgramaNacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Comercialização itinerante da produção da agricultura familiarCom objetivo de dar mais apoio aos agricultores familiares a exemplo do que ocorre nas feiras e no mercado do campocom a venda direta ao consumidor final, afastando a figura do “atravessador”. A SMAA está estudando o projeto decomercialização itinerante da produção, em que um veiculo fará o transporte de hortifruti para serem comercializados nas

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regiões do município.

Feira pública de produtos orgânicosCom demanda trazida até a SMAA e para fomentar a organização dos produtores e aumentar a produção de orgânicos, asecretaria está organizando uma Feira Pública de Produtos Orgânicos, com previsão de ser inaugurada no mês de agosto eque vai funcionar todos os sábados, assim como ocorre nas Feiras do Produtor Rural que acontecem todos os domingosatualmente.

Aumento do índice de pobreza e IDH estagnado X proteção socialDe acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil se manteve na 79ª posição em umranking de 188 países, com 0,754 ponto. No caso brasileiro, os resultados indicam os efeitos das crises econômica epolítica que afetam o País desde 2014. De acordo com o Pnud, mais de 29 milhões de pessoas saíram da pobreza entre2003 e 2013. No entanto, o nível de pobreza voltou a crescer entre 2014 e 2015, quando cerca de quatro milhões depessoas ingressaram na pobreza. No mesmo período, a taxa de desemprego também voltou a subir, atingindo mais de 12milhões de pessoas. E a situação é mais grave entre jovens e mulheres. Do ponto de vista social e, inclusive comrecomendação do PNUD, é necessária a adoção de políticas públicas universais afirmativas, que fortaleçam a proteçãosocial. (Fonte: https://www.pragmatismopolitico.com.br/2018/05).Para a política de Segurança Alimentar e Nutricional, a Soberania Alimentar e a garantia do Direito Humano à AlimentaçãoAdequada e Saudável diante desses índices apresentados pelo PNUD os desafios tornam-se muito maiores e umanecessidade urgente de juntar forças para atender os que estão em situação de vulnerabilidade social.

Acesso à terraNão há mapeamento das áreas públicas municipais na Região Rural de Londrina para reforma agrária municipal.

Aleitamento Materno + Alimentação Escolar = desnutrição, subnutrição e obesidade Infantil.O município é referência nacional, com o Comitê de Aleitamento Materno (CALMA), e houve muitos avanços na política dealimentação escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que, inclusive adquire acima domínimo de 30% (37% em 2017) da agricultura familiar. No entanto é necessário levantar o atendimento e trazer os índicesde desnutrição e subnutrição do Município para o conjunto de ações sob a perspectiva de SAN e não apenas relacionado àSaúde. Outra preocupação, principalmente nas unidades da Rede Municipal de Ensinoé com o aumento do índice deobesidade infantil.

Terras e territórios de comunidades tradicionaisA expansão de territórios urbanos somados à insensibilidade dos gestores em reconhecer as comunidades tradicionais,que muitas vezes vem acompanhado com intolerância religiosa, fez com que as leis fossem criadas sem o devidodiagnóstico de existências de tais comunidades tradicionais, levando as mesmas à ilegalidade frente a algumas legislações.

DESAFIOSDisseminar a prática do agroecológico.Disponibilizar acesso a informação e orientação técnica.Oferecer mais produtos agroecológicos/orgânicos à comunidade londrinense, visando a alimentação saudável e adequada.Inserção da alimentação “in natura” e de produtos naturais em contraponto à publicidade e propaganda atrativa dosalimentos industrializados e alterados quimicamente da indústria alimentícia tradicional e de grandes marcas.Garantir uma educação permanente em segurança alimentar e nutricional e de soberania alimentar apresentando osbenefícios e as práticas para a garantia do DHAA em todos os níveis de ensino.Mostrar as diferenças de valor (R$) entre o hábito de comprar alimentos naturais e alimentos industrializados.TERCEIRA IDADE: Mudar hábitos alimentares com o objetivo de prevenção, cura e vida saudável na terceira idade.Obesidade infantil.

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Proteção social: Inclusão da Política de SAN para o enfrentamento às condições atuais de desenvolvimento social.Promover o acesso à terra com mapeamento de bens imóveis municipais na região rural de Londrina.Reconhecer os territórios e terras tradicionais, sejam em espaços rurais ou urbanos e garantir a manutenção de suaspráticas e costumes.

PROPOSTAS

Criar uma agenda de feiras da agricultura familiar com objetivo de promover a alimentação saudável.Criar a semana municipal da agroecologia com cursos, oficinas, palestras, e troca de sementes e mudas, comobjetivo de disseminar a prática do agroecológico.A partir do mapeamento das áreascom potencial produtivo na Região Rural de Londrina para reforma agráriamunicipal, fazer projeto liderado pelo município considerando assistência técnica e extensão rural, ATER,formação e capacitação para administrar uma área rural, técnicas de cultivo, comercialização e organizaçãorural em associação e cooperativa.Realizar um grande esforço Intersetorial, por meio da CAISAN, para mapear e monitorar o processo evolutivoalimentar com a interlocução entre os programas e secretarias que atuam junto à população de Londrina.Fomentare ampliar programas de boas práticas agrícolas, a fim de incentivar a produção de alimentos limpos esaudáveis no município de Londrina.(Ex:CEASAS, FEIRAS)Execução de um processo de cartografia (mapeamento) das comunidades tradicionais de terreiroReconhecimento das terras e territórios tradicionais e garantia da preservação de seus ritos e costumesCriar feira das comunidades tradicionaisAmpliar a participação da agricultura familiar nas políticas públicas de aquisição de alimentosAmpliar o número de refeições por dia no restaurante popular, verificando a viabilidade de adoção de preçosdiferenciados.Cumprir a legislação sobre a inserção da educação alimentar e nutricional em todos os níveis de ensinoconforme a Lei Fedral 13.666 de 16 de maio de 2018.Promover e divulgar os responsáveis pelo controle de aplicação de agrotóxicos na produção convencional rurale urbana.Melhoria da estrutura das cooperativas, promoção de capacitação, desburocratização e simplificação do acessoa informações aos pequenos produtoresCriação de mais um centro de distribuição para a logística de alimentos inseridos em programas e projetos depolíticas públicas de Abastecimento e de SAN.Formar parcerias entre o poder público e as comunidades tradicionais de terreiro para garantir estrutura paraaderir aos programas do MDS e outros do governo federal e de outras instâncias e instituições.Ampliar e desenvolver políticas e ações que facilitem o acesso à alimentação saudável a toda a comunidade e eaproximem o produtor rural do consumidor final. Ex.: FEIRA DO PRODUTOR, FEIRAS DE ÉPOCA E FEIRA DEORGÂNICOSDivulgação da oferta de produtos da agricultura familiar na região de LondrinaIncentivo ao produtor para que mantenha a qualidade da água.

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ANEXO IDecreto Municipal nº 1.182/2018

DECRETO Nº 1182 DE 13 DE AGOSTO DE 2018

SÚMULA: Designa membros para compor o ConselhoMunicipal de Segurança Alimentar e Nutricional deLondrina - CONSEA- LD, Gestão 2018-2020:

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, ESTADO DOPARANÁ, no exercício de suas atribuições legais,e à vista docontido na Lei Municipal nº 12.700, de 3 de maio de 2018,considerando o processo SEI nº 19.020.054764/2018-42

D E C R E T A:

Art. 1º.Designa os seguintes representantes para compor o Conselho Municipal de SegurançaAlimentar e Nutricional de Londrina - CONSEA-LD, Gestão 2018-2020:

§ 1° Para a representação do Poder Público no Conselho Municipal de Segurança Alimentar eNutricional, exercida por oito membros titulares e suplentes, estão indicados:

I. pelo Poder Público Municipal:

1. Titular: Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA):Alexandre FujitaSuplente: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia (SMPOT):Thiago de Paula Espinosa Gouvea

2.Titular: Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA):Anderson Chagas de OliveiraSuplente: Companhia Municipal de Trãnsito e Urbanização (CMTU):Antônio Carlos Selhort

3.Titular: Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS):Luzimara Almudi Lobo dos SantosSuplente: Instituto de Desenvolvimento de Londrina (CODEL)Fernando Sernichiari

4. Titular: Secretaria Municipal de Educação (SME):MayaraAngelune Saito

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Suplente: Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM):Sônia Maria Ulian

5. Titular: Secretaria Municipal de Saúde (SMS):Mário Sérgio Espadar PereiraSuplente: Secretaria Municipal do Idoso (SMI):António Orélio de Carvalho

II. pelo Poder Público Estadual e Federal afetos à área de Segurança Alimentar e Nutricionalparticipantes na Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional:

6. Embrapa Soja:

Titular:Vera de Toledo BenassiSuplente: Marcelo Alvares de Oliveira

7. Universidade Estadual de Londrina (UEL):Titular: Clísia Mara CarreiraSuplente: Renata Katsuko Takayama Kobayashi

8. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campi Londrina (UTFPR):Titular: Ana Flávia de OliveiraSuplente: Paulo de Tarso Carvalho

§ 2° A representação da Sociedade Civil Organizada no Conselho Municipal de Segurança Alimentar eNutricional será exercida por 16 membros titulares e seus respectivos suplentes, assim distribuídos:

I. Movimentos populares organizados, associações comunitárias e instituições religiosas dediferentes expressões de fé, existentes no Município:

1. Instituto do Movimento de Estudo da Cultura Afrobrasileira (IMECAB):Titular: Sidnei Santos da SilvaSuplente: Vagner Nogueira

2. Federação das Associações de Moradores do Estado do Paraná (FAMOPAR):Titular: Edvaldo VianaSuplente: Roseli Mondek

3. Instituto Cidadania:

Titular: Lenita José da Silva RiccettoSuplente: Caio Sabino Silva Riccetto

4. Central de Movimentos Populares (CMP):Titular: Cícero Cipriano PintoSuplente: Irene de Jesus Macena

II. Associações, cooperativas, organizações e comunidades de produtores da agricultura familiar:5. Acampamento Quilombo dos Plamares – Lerroville: Titular: Maria Inez GomesSuplente: Joi Domingues de Oliveira

6. Rede ECOVIDA:

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Titular: Onaur RuanoSuplente: Rudá Simões Val

7. Cooperativa de Agricultura Familiar Solidária (COAFAS):Titular: Carlos Roberto BentoSuplente: Miguel Gomes Celestino

III. Movimento sindical de trabalhadores, urbano e rural, com interface nas questões de SegurançaAlimentar e Nutricional:

8. Sindicato de Trabalhadores Rurais – Londrina (STR):Titular: Plácido Aparecido Lucas FernandesSuplente: Olimpio Cândido da Silva Neto

9. União Geral dos Trabalhadores (UGT):

Titular: Vivian Perla Almeida CruzSuplente: Angelo Barreiros

IV. Movimento sindical patronal, urbano e rural, com interface nas questões de Segurança Alimentare Nutricional:

10. Sindicato Rural Patronal de Londrina (SRP):Titular: Lilian Azevedo MirandaSuplente: Neuza Natsue Eshima Tomimatsu

11. Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Norte do Paraná (Abrasel):Titular: Thanise PitelliSuplente Vinicius Liberatti Donadio

V. Instituições de ensino privado técnico/superior e de pesquisa de atuação na área de SegurançaAlimentar e Nutricional:

12. Centro Universitário Filadélfia (Unifil):

Titular: Guilherme Henrique Dantas PalmaSuplente: Lucievelyn Marrone

13. Universidade Norte do Paraná Londrina (Unopar):Titular: Beatriz Lourenço NunesSuplente: Evelyn Caroline Koga

VI. Associações de classe e conselhos profissionais de atuação vinculada à área de SegurançaAlimentar e Nutricional:

14. Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN8):Titular: Kelly Franco de LimaSuplente: Gerusa Martins Ayres

VII. Organizações privadas sem fins lucrativos de serviço social autônomo e instituições/entidadessimilares com interface nas questões de Segurança Alimentar e Nutricional:

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15. SESC / Mesa BrasilTitular: Lara Libanori BarbosaSuplente: Lucilene Ferreira Gonçalves

VIII. Instituições privadas e filantrópicas e organizações não governamentais e afins, das áreas deassistência social, de educação e de geração de emprego e renda, com interface nas questões de SegurançaAlimentar e Nutricional:

16. Escola Flávia CristinaTitular: Tania Mara Moreira SilvaSuplente: Conceição Aparecida Santos Lopes

Art. 2º. Em cumprimento à Lei Municipal nº 12.700/2018, Art. 23, o Prefeito Municipal indica comoSecretário Geral do CONSEA-LD, o Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento, Alexandre Fujita.

Art. 3º. A instalação da nova composição e posse ocorrerão dia 20 de agosto de 2018, às 14h, noAuditório da Prefeitura de Londrina, 2º andar, sito à Avenida Duque de Caxias, nº 635, Jd. Mazei II.

Art. 4º.Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Londrina, 13 de agosto de 2018.

Marcelo Belinati Martins Juarez Paulo TridapalliPREFEITO DO MUNICÍPIO SECRETÁRIO DE GOVERNO

Alexandre FujitaSECRETÁRIO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

Documento assinado eletronicamente por Juarez Paulo Tridapalli, Secretário(a) de Governo, em13/08/2018, às 18:00, conforme horário oficial de Brasília, conforme a Medida Provisória nº 2.200-2 de24/08/2001 e o Decreto Municipal nº 1.525 de 15/12/2017.

Documento assinado eletronicamente por Alexandre Fujita, Secretário(a) de Agricultura e Abastecimento,em 15/08/2018, às 17:32, conforme horário oficial de Brasília, conforme a Medida Provisória nº 2.200-2 de24/08/2001 e o Decreto Municipal nº 1.525 de 15/12/2017.

Documento assinado eletronicamente por Marcelo Belinati Martins, Prefeito do Município, em17/08/2018, às 17:40, conforme horário oficial de Brasília, conforme a Medida Provisória nº 2.200-2 de24/08/2001 e o Decreto Municipal nº 1.525 de 15/12/2017.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no sitehttp://sei.londrina.pr.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 1305462 e o código CRC D2D8C501.

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ANEXO IITexto referência para a 3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar

e Nutricional de Londrina (3ª CMSAN)

Com área rural de 165 mil hectares de terras férteis - 90% da área territorial do município - e

com 3.144 estabelecimentos, sendo 2.635 da agricultura familiar, e uma produção agrícola,

segundo informações do Perfil do Município de Londrina 2017, da Prefeitura de Londrina - referente

à safra de 2015 - de 1.708.198toneladas, dos principais produtos de lavouras temporárias; 90.624

toneladas dos principais produtos de lavouras permanentes; com 2.169.194 cabeças dos principais

rebanhos e avicultura; com a produção de leite de vaca de 4.280.000 litros e produção de ovos de

galinha e codorna de 7.124.000 dúzias, o município mostra sua vocação na área agrícola.

A concentração na apropriação da renda total da população londrinense é de 57,23% da

renda pelos 20% mais ricos, e 42,77% pelos 80% mais pobres, apesar dos avanços nas últimas

décadas. (PNUD, 2013).Na estrutura fundiária verifica-se que 80% das propriedades concentram

15% da terra, e se enquadram na lei 11.326/2006que estabelece a política da agricultura familiar, e

20% dos produtores detém 85% da terra para a grande propriedade.

Londrina localiza-se na mesorregião norte central do Paraná, na macro-região sul do Brasil,

figurando como sua quintacidade. Com uma área oficial de 1.715,897 km2, o município possui

população estimada 558.439 habitantes (IBGE/Censo 2017). Apresentando um IDH de 0.824, na

sexta posição no Estado. Há rede de iluminação pública, telefonia e água potável em todo o seu

território, rede de esgoto coletado e tratado, atendendo 91,4% da população, vias publicas urbanas

asfaltadas em 94 %,serviço de coleta de lixo e transporte público em todo o município. A cidade

possui ainda, na área de alimentos, 310 indústrias, 10.818 unidades de comércio varejista,

inclusive redes de hiper e supermercados (Fonte: Perfil 2016), 31 feiras livres, seis feiras noturnas,

duas feiras do produtor e feiras de produtos de época como: uva, cítricos, peixe vivo e morango.

Londrina oferece ainda o curso de Orientação para Manipuladores de Alimentos, por meio

da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, desde 1997, capacitando mais de 800

pessoas/ano.

Mesmo sendo um município em franca ascensão, apresenta números que justificam a

execução de políticas públicas de segurança alimentar e de inclusão social como o Programa de

Aquisição de Alimentos (PAA) que era gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate

à Fome (MDA). Com a publicação da lei federal Lei 13.341/2006 foi criado o Ministério do

Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).O (PAA) no município é realizado pela Cooperativa da

Agricultura Familiar Solidária (Coafas), que atualmente conta com 460 famílias associados, tendo

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apoio institucional da prefeitura, por meio da SMAA, que atende 48 entidades, beneficiando 9.905

mil pessoas, com76.767 quilos de alimentos.

O município conta, ainda, com o Restaurante Popularda Prefeitura de Londrina que oferece

750 refeições/dia e adquire 200 kg de alimentos no valor de R$ 700,00 de umagricultor familiar, e

oBanco de Alimentosda Ceasa/PR, fornecendo aproximadamente 51 toneladas/mês para 50

entidades (Ceasa2017),ambos osequipamentos construídos com recursos do MDS.

Também em âmbito estadual, o Programa Leite das Crianças atende em média 4.880

crianças, com recursos no valor de R$ 339.395,00, fornecendo 149.000 litros/mês,por meio da

Confepar(Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná - SEAB).

Os indicadores sociais ainda mostram que o município possui 44.985 famílias registradas no

cadastro único, sendo que 18.172 famílias são beneficiárias do Programa Bolsa Família.

Há no município 16.538 famílias, aproximadamente 66.152 pessoas que vivem em situação

de pobreza, ou seja, 11,84% da população vive com renda mensal, per capita, de até meio salário

mínimo, o que representa atualmente R$ 477,00 (quatrocentos e sessenta e sete reais) mensais.

Existem 17.547 famílias no município, classificadas como extremamente pobres pelo MDS, com

renda mensal de até R$ 85,00, ou seja, em média, 70.188pessoas.(MDS/2018). Famílias que

recebem de R$ 85,00 até R$ 170,00/per capita, são 4.005 e as que recebem de R$170,00 até ½

salário mínimo totalizam 12.533 famílias, uma média de 66.152 pessoas.

No programa Bolsa Família 18.172 famílias são beneficiárias (cerca de 11% da população

do Município). Em 2017, o valor anual repassado aos beneficiários foi de R$ 37.980.707,00.

Em relação ao Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social (BPC, que garante

um salário mínimo ao idoso (65 anos ou mais) e à pessoa com deficiência que comprovem não

possuir meios para prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família, o município

atende 14.073 beneficiários, sendo 5.763 pessoas com deficiência e 8.310 idosos (MDS/2018).

Os desafios que se colocam na área de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) são

vários, porém podem ser vencidos com o trabalho integrado e intersetorial. Exemplo disso é,

conforme estabelecido pela Lei Federal nº 11.947, aaquisição de, no mínimo, 30% de gêneros

alimentícios da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do

Ministério da Educação (MEC), processo em que a prefeitura compra direto das cooperativas dos

agricultores familiares, para atender aos 34 centros municipais de educação infantil (CMEI) que

atendem 4.928 alunos 6 meses a 5 anos e os 53 centros de educação infantil filantrópicos, que

atendem 6.120 crianças de 0 a 5 anos e as 87 escolas municipais, que contam com 31.532 alunos

e 601 na Educação de Jovens e adultos (EJA).Para a realização deste trabalho há integração entre

as secretarias municipais de Educação – que gestiona a Alimentação Escolar - e da Secretaria

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Municipal de Agricultura e Abastecimento - que executa políticas públicas voltadas aos agricultores

familiares e às questões de SAN. As ações da Secretaria Municipal de Educação, por meio da

Gerência de Alimentação Escolar (GAE/SME)para subsídio da 3ª CMSAN trazem o que segue:

Programa Nacional de Alimentação Escolar

a) Cumprimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar/FNDE/PNAE

adquirindo produtos vinculados a Agricultura Familiar em promoção do desenvolvimento

local na aquisição de alimentos variados e seguros.

b) Elaboração de cardápio por Nutricionista responsável técnica atendendo à

cultura alimentar, faixa etária, bem como os valores nutricionais diários no período de

permanência do aluno na unidade escolar. Boas Práticas de Manipulação de Alimentos:

capacitação realizada semestralmente pela empresa terceirizada SepatMultiServiceEirelia

todas as colaboradoras contratadas.

c) Projeto de Educação Alimentar e Nutricional: A GAE em parceria com a

empresa SepatMulti Service Eireli, contratada para prestação de serviço de mão de obra

terceirizada para preparo de refeições nas unidades escolares, realizou projeto de

Educação Alimentar e Nutricional no ano de 2017 com continuidade em 2018, cujo objetivo

é capacitar as 298 cozinheiras e 25 lactaristas contratadas, para o uso consciente de óleo,

sal e açúcar em preparações de refeições servidas diariamente aos alunos da rede

municipal.

Em parceria com a saúde, por meio do Comitê de Aleitamento Materno (CALMA), a SME

participa de reuniões mensais de representantes de diversos segmentos para tratar de assuntos

relacionados ao aleitamento materno. O objetivo deste Comitê é a discussão, proteção e manejo do

aleitamento materno, a fim de diminuir o número de mortalidade infantil e de doenças relacionadas

ao desmame incorreto. Em 2018 serão desenvolvidos projetos por diversas secretarias do

município afim de incentivar o aleitamento materno ao menos até os 06 meses de idade, conforme

preconiza o Ministério da Saúde e OMS. A participação da Secretaria de Educação está

diretamente ligada aos gestores das unidades de Centros Municipais de Educação Infantil/CMEIs e

Centros de Educação Infantil/CEI, em direcionar para o acolhimento da mãe dando condições para

que a mesma realize o aleitamento materno.

No trabalho desenvolvido em parceria com Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e sob o

monitoramento deste, a SME acompanha e fiscaliza as ações e atividades relacionadas à

alimentação escolar.

Todas estas referências mostram a importância das políticas de SAN e a necessidade de

sua estruturação com a realização do debate e do controle social, por meio de pré-conferências e

da conferência municipal, com a composição de um Conselho Municipal de Segurança Alimentar e

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Nutricional forte e atuante, propondo um esforço coletivo para garantir o direito básico a

alimentação às pessoas mais vulneráveis em situação de insegurança alimentar.

Outros dados e indicadores Londrina e Paraná:

INDICADORES E INFORMAÇÕES LONDRINA - fontes IPARDES/IBGE/PERFIL

ÁREA SOCIAL

INFORMAÇÃO FONTE DATA ESTATÍSTICA

População Censitária Estimada - Total IBGE 2017 558.439 habitantes

Pessoas em Situação de Pobreza (2) MDS 2014 66.152

Famílias em Situação de Pobreza (2) MDS 2014 16.538

ECONOMIA

INFORMAÇÃO FONTE DATA ESTATÍSTICA

População Economicamente Ativa IBGE 2010 275.978 pessoas

INDICADORES

INFORMAÇÃO FONTE DATA ESTATÍSTICA

Densidade Demográfica IPARDES 2014 337,10 hab/km2

Grau de Urbanização IBGE 2010 97,40 %

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH-M PNUD/IPEA/FJP 2010 0,778

PIB Per Capita IBGE 2015 R$ 32.388,00 R$

Índice de Gini IBGE 2010 0,5226

Coeficiente de Mortalidade Infantil NIM/VIG.EPID/AMS 2016 8,7 mil NV (P)

Taxa de Pobreza (2). IBGE/IPARDES 2011 25,81 %

(2)Pessoas em situação de pobreza é a população calculada em função da renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo. Osdados referentes a Situação de Pobreza são provenientes dos microdados do Censo Demográfico (IBGE) e das Tabulaçõesespeciais feitas pelo Ipardes.

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Diagnóstico das ações para subsídio 3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar eNutricional de Londrina das instituições do Poder Público Estadual e Federal

EMBRAPA-SOJA

Cultura da Soja

Atualmente, a participação da Embrapa no mercado brasileiro de sementes de soja está em tornode 10%, concorrendo principalmente com empresas privadas multinacionais, num mercadoaltamente competitivo, que tem privilegiado o uso de materiais transgênicos. Quase toda a sojaproduzida vai para a produção de óleo e de farelo para ração animal, largamente exportado; opercentual que é usado de forma direta na alimentação humana é mínimo. Um diferencial daEmbrapa é manter o melhoramento genético convencional, continuando a lançar variedades paraatender a um mercado especial, de produtores (orgânicos ou não) que exportam grãos ou vendempara indústrias processadoras de alimentos livres de transgênicos (OGM free).

Cultura do Milho

Todas as cultivares de milho desenvolvidas no programa de melhoramento genético da Embrapa,até o momento, são convencionais, sejam híbridas ou não. Além do milho comum e do milhopipoca, existem também outras cultivares especiais, como o milho QPM (QualityProteinMaize), omilho verde, o milho doce, o minimilho, o milho biofortificado (rico em pró-vitamina A). As últimasvariedades de milho doce foram desenvolvidas conjuntamente entre Embrapa Hortaliças(Brasília/DF) e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG) e as demais cultivares, na EmbrapaMilho e Sorgo (Sete Lagoas/MG). Esta última unidade tem um pesquisador melhorista alocado naEmbrapa Soja, em Londrina, com o objetivo de avaliar o material genético no Paraná e atender aosprodutores interessados.

Todos os milhos especiais poderiam ser de interesse para as propriedades agrícolas da região deLondrina, mais ainda para os pequenos agricultores (agricultura familiar).Do ponto de vista daredução de custos de produção, o uso de milho convencional é muito conveniente,principalmente das cultivares não híbridas (variedades de polinização aberta), que possibilitam aoprodutor fazer sua própria semente. Porém, tem sido identificada uma grande resistência nestaprática atualmente, devido à escassez de mão-de-obra no campo e à necessidade de algunscuidados no isolamento, na colheita da semente própria e no armazenamento/conservação destasemente, cuidados estes que interferem na qualidade final da semente (germinação, vigor e/oupureza genética). Grande parte dos pequenos produtores prefere comprar as sementescomerciais, se sujeitando aos preços de mercado. A Embrapa faz apenas a semente “básica” dasvariedades, que precisariam ser multiplicadas por empresas sementeiras, mas estas atualmente seinteressam principalmente pelas cultivares híbridas e transgênicas, que são demandadas pelamaioria dos grandes agricultores. Este é, atualmente, o maior entrave para a expansão dascultivares de milho da Embrapa.

Cultura do Trigo

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No Norte do Paraná, em regiões mais altas e frias, próximas a Londrina (Rolândia, Arapongas,Sabáudia, Tamarana, Mauá da Serra) tem produtores de diferentes portes, inclusive pequenos, queplantam trigo, em rotação com a soja. Entregam para cooperativas e, às vezes, até diretamente aalgum moinho. A maior questão é sempre o preço pago pelo trigo; o valor é rebaixado pelaconcorrência com o produto da Argentina, com custo inferior e maior flexibilidade no pagamento.

Embrapa tem cultivares muito boas, com características bem definidas para diferentes usosindustriais (Paraná produz inclusive trigo para pão e melhorador) e com resistência a doenças epragas. Mas a concorrência com as empresas privadas é muito difícil, a Embrapa tem atualmenteapenas uns 12% do mercado de sementes.

Toda a cadeia do trigo está muito definida e dominada por grandes empresas, praticamente não hácomo introduzir mudanças que tragam impactos positivos para o consumidor final, especialmentepelo fato de que o trigo é quase totalmente consumido na forma processada.

Cultura da Mandioca

Esta raiz foi eleita pela FAO como “o alimento do século XXI”. Ao contrário de qualquer outroalimento, sua área de cultivo potencial tende a aumentar com o aquecimento global e é uma culturaresistente à seca. Paraná tem a maior produtividade em mandioca do Brasil e também se localizamaqui a maioria das indústrias que a processam. O consumo da farinha vem diminuindo, mas o detapioca tem crescido muito e a fécula está grandemente direcionada para o processamento de pãode queijo. Há cultivares para uso industrial e outras para consumo in natura (mandioca de mesa) ea Embrapa tem desenvolvido dos dois tipos, inclusive para plantio no Paraná. Outras instituiçõespúblicas também trabalham no melhoramento genético de mandioca, mas não há empresasprivadas neste setor.

O segmento da agricultura familiar é responsável por 87% da produção de mandioca no Brasil.Neste segmento, a mandioca é o primeiro produto em valor bruto da produção em alguns estados,enquanto em outros perde apenas para o leite. Embora ela seja mais comumente cultivada emáreas não muito grandes e junto com outras culturas, existem também áreas grandes e exclusivasde mandioca, visando produção para fins industriais. O pequeno produtor, que cultiva a mandiocade mesa, se interessa por cultivares que têm como característica cozinhar facilmente durante amaior parte do ano, pois assim garantem um longo período para comercializaçãodo produto comalta qualidade. Mandioca minimamente processada, embalada a vácuo e congelada, pode sepreservar inalterada e garantir a comercialização durante longo período, mas são poucos os quetêm estrutura para isso.

Pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura, alocados em Londrina, têm por objetivoavaliar aqui o desempenho do material genético oriundo dos programas de melhoramento (váriasunidades) da Embrapa e fazer recomendações técnicas de manejo da cultura aos produtores. Paraisso, contam com parcerias para montar experimentos de pesquisa e unidades demonstrativas,participam de dias de campo e outros eventos, onde atendem aos interessados. As cultivaresamarelas lançadas (BRS 396 e BRS 399) são consideradas biofortificadas, por seu alto teor de β-caroteno (pró-vit A).

Cultivo em sistema orgânicoNo Brasil, os agricultores que praticam sistemas de produção de base ecológica devem utilizarsementes produzidas no mesmo tipo de sistema ("semente orgânica"). Apesar da legislação

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brasileira ter estendido o prazo para essa adequação, existe um movimento intenso no campo paracumprir essa exigência. Para auxiliar os agricultores familiares, a Embrapa desenvolveu um projeto- bem conhecido no Estado do Paraná: o SEMECOL - para a construção de conhecimentos sobreprodução de semente de culturas anuais, de hortaliças e de adubos verdes, em sistema de baseecológica.

As atividades de capacitação visaram atender às demandas dos produtores envolvidos e contribuirpara que a semente produzida tenha qualidade e garanta a autonomia dos agricultores. Ocorreuuma solidificação nas relações de parceria, foi criada a Rede Sementes da Agroecologia (Resa) e,em 2016, ao final do projeto, foi inaugurada uma estrutura (Casa da Semente, em Mandirituba)para coletar as demandas, organizar a produção nos locais/ambientes mais favoráveis a cadaproduto, para posterior processamento e redistribuição das sementes aos produtores.

Abelhas x produtividade da soja

Está sendo desenvolvido na Embrapa um projeto que tem por hipótese a possibilidade de aumentona produtividade da soja pela polinização, usando como agentes polinizadores espécies demeliponíneos (abelhas sem ferrão). Essas abelhas, nativas das Américas, produzem quantidade demel bem menor que as do gênero Apis, porém de alto valor comercial, inclusive para exportação. Éum mel muito apreciado na alta gastronomia e há também estudos sobre seus usos medicinais.

Sendo a soja uma planta autógama, suas flores se autopolinizam antes de abrir, porém sempre háum pequeno percentual de flores não polinizadas. Experimentos preliminares tem mostrado apossibilidade de aumento da produtividade, o que abre a perspectiva para que os agricultores seinteressem por utilizar ou mesmo a criar essas abelhas e, em função disso, sejam mais cuidadososna aplicação de inseticida na lavoura. Pode ser de grande interesse para produtores de soja,especialmente aqueles que a cultivam em sistema orgânico.

A maioria das espécies de hortícolas depende muito da polinização e, nas Américas, cerca de 80%da polinização depende dessas abelhas nativas. No Brasil, já existe legislação que permite suacriação, inclusive em áreas urbanas, já que elas não representam perigo.

Parcerias em transferência de tecnologia

a) Ações da Embrapa Soja, em parceria com a Emater/PR desde a safra 2012/2013,resultaram na instalação de Unidades de Referência (URs) em propriedades de aproximadamente170 produtores no Estado, em sua maioria, agricultores familiares, para avaliar o impacto dautilização no Manejo Integrado de Pragas (MIP) na cultura da soja. Na última safra concluída(2016/2017) foram conduzidas três URs em Londrina, mais duas em Cambé e uma emSertanópolis, também inseridas na região metropolitana de Londrina. O MIP é um conjunto detecnologias baseado na amostragem de pragas e no monitoramento da lavoura para a tomada dedecisão com relação ao controle e uma ferramenta que favorece a racionalização do uso deinseticidas. Efetivamente, o número de aplicações de inseticidas nas URs se reduz à metade e, oque é muito importante, sem perda de produtividade. Os benefícios se refletem imediatamente nomeio ambiente e nos produtores (menos riscos à saúde e redução dos custos de produção). Comoesses grãos geralmente são entregues às cooperativas, acabam sendo todos misturados, porémnada impede que, futuramente, seja possível segregar adequadamente na propriedade e ter algumtipo de certificação que pudesse garantir melhor preço ao produtor, na comercialização de grãospara alimentação humana ou para produção de carnes diferenciadas.

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b) Está sendo solicitada, por demanda de um grupo de produtores orgânicos de Londrina, umavídeoconferência com pesquisadores da Embrapa Hortaliças, a fim de repassar orientações eesclarecer dúvidas. Nesta oportunidade, além do tema hortaliças, deverão ser abordados outros,como as cultivares de milhos especiais (QPM, verde, doce, mini milho) e também algumascultivares de soja especiais para produção de soja verde e broto de soja. Todos esses materiaistêm bom potencial de uso por pequenos produtores e, se houver interesse por parte destes, teriaque ser viabilizada a produção das sementes. Há tecnologias voltadas à soja cultivada empequenas propriedades, como: 1) para a produção de broto de soja, que utiliza grãos de tamanhopequeno; 2) para o cultivo de um tipo de soja como hortaliça, cujos grãos são colhidos verdes paraa produção de edamame (soja verde cozida em água e sal e servida na vagem, um aperitivo muitoapreciado no Japão).

Coinoculação de sementes

A Embrapa desenvolveu uma tecnologia de coinoculação da soja e do feijoeiro, que consiste emcombinar uma prática já bem conhecida dos produtores - a inoculação das sementes comBradyrhizobium para a soja, ou Rhizobium para o feijoeiro- com a inoculação com Azospirillum,uma bactéria até então conhecida no Brasil por sua ação promotora de crescimento em gramíneas.A coinoculação proporciona vários benefícios, entre eles aumento da área radicular da planta, oque possibilita maior aproveitamento dos fertilizantes e pode favorecer as plantas em situações deestresse hídrico. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com uma empresa privada e o primeiroproduto já foi registrado, permitindo que produtores de soja e de feijão ganhassem um novo aliadopara o aumento de produtividade e da sustentabilidade de seus sistemas de produção. Estatecnologia pode ser testada para utilização em outras culturas.

INSTITUTO EMATER

A Unidade Municipal do Instituto EMATER de Londrina é composta por Assistentes Sociais,Técnicos Agropecuários, Engenheiros Agrônomos e recebe apoio de profissionais de outras áreas,Unidades Municipais e Regionais, a fim de atender os diversos projetos. O trabalho contempladesde a orientação da produção e transformação de alimentos, armazenamento e distribuição até oconsumidor final, a educação alimentar e acesso às condições de produção, garantindo asoberania alimentar. Busca, promove e participa de ações intersetoriais, com secretariasmunicipais afins, instituições e organizações parceiras.

O Público Prioritário são os agricultores familiares, suas famílias e suas organizações e o públicoatendido em 2017 foi de aproximadamente 6.400 pessoas: 2.500 agricultores familiares, 2.400trabalhadores rurais, 750 assentados rurais, 133 pescadores artesanais, mulheres e jovens rurais e417 agricultores patronais.

Os principais projetos que o EMATER de Londrina atua são: frutas, hortaliças, grãos (soja, milho etrigo), café, bovinocultura de leite, aquicultura, agregação de renda através da transformação deprodutos – agroindústrias familiares, integração de mulheres e jovens nas atividades rurais. Açõesrealizadas contemplam:

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a) Uso de práticas de manejo integrado de solos e água (construção de terraços, rotação deculturas, adubação verde, aumento da “palhada” sobre o solo, melhoria da qualidade do plantiodireto e infiltração de água no perfil do solo). Utilização de Políticas Públicas como Plante SeuFuturo, Microbacias, Abastecedores Comunitários, adequação de máquinas equipamentos,aplicação de agrotóxicos, acesso ao PRONAF e outras linhas de Crédito;b) Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), com recursos do Ministério das Cidades eexecução em parceria com COHAPAR, atualmente com 88 Unidades Habitacionais construídas,distribuídas em várias regiões do município, todas com esgotos sanitários individuais instalados equalidade da água, além de ações educativas para higiene e conservação da casa e arredores;c) Estudos e orientações para adequação ambiental das propriedades rurais com o CadastroAmbiental Rural – CAR, com centenas de cadastros elaborados para os agricultores familiaresassistidos;d) Elaboração de projetos de crédito para custear lavouras e estruturar propriedades, comjuros mais baixos do que os aplicados pelo comércio local e regional. Elaboração das Declaraçõesde Aptidão ao PRONAF – DAP, que permitem o acesso às políticas públicas tais como PAA(Programa de Aquisição de Alimentos), PNAE (Programa de Alimentação Escolar), PRONAF eoutros projetos da Secretaria Especial da Agricultura familiar – MDSA;e) Coleta de amostras de água pela VIGIÁGUA, nas propriedades rurais, com objetivo deproteger as nascentes e poços, além de instalar esgoto doméstico, visando assegurar água emquantidade e qualidade;f) Manejo de Pragas, Doenças e Invasoras, trabalho reconhecido junto à EMBRAPA, IAPAR eparceiros, com redução de utilização de agrotóxicos, por meio de monitoramento junto a Unidadesde Referência;g) Incentivo e orientação para o uso de práticas agroecológicas, visando diminuir o uso deagrotóxicos e promover maior equilíbrio dos ecossistemas agrícolas, também capacitando osagricultores e suas famílias na produção de insumos alternativos para fertilizantes e controle depragas e doenças;h) Assistência Técnica para a agroindústria familiar (desde a produção das matérias primas,processamento dos alimentos, processos de regulamentação, de croquis das unidades produtivascom seus fluxos, máquinas e equipamentos compatíveis com a unidade), com elaboração deprojetos para acesso ao crédito (interface com programas e políticas públicas federais e estaduais);i) Apoio para utilização de sementes próprias de milho, visando sua agregação emagroindústria, e apoio a mais renda familiar, projetos junto à Secretaria de Estado de Agricultura eAbastecimento e DESAN (Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional) junto à CooperativaSolidária de Produção, Comercialização e Turismo Rural da Agricultura Familiar do Norte doParaná (COAFAS) e Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista(COOPACON);j) Apoio e capacitação em associativismo junto às organizações familiares e povos indígenas.

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Projeto Sacolas Camponesas

Ação de extensão cujo objetivo é o fortalecimento da agroecologia, fundamentada em dois princípios: asustentabilidade na produção de alimentos e o consumo includente e socialmente justo, a partir daperspectiva de gênero. Envolve 15 produtoras de alimentos do assentamento Eli Vive, em Lerroville. Paraestas mulheres, que têm por desafio cultivar a terra e nela viver com dignidade, os canais solidários de trocas

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são decisivos. Seu excedente de olerícolas é comercializado semanalmente, contando com 41 parceirosapoiadores da UEL (professores, estudantes e servidores), que se comprometem a adquirir uma sacola comsete tipos de alimentos frescos e livres de agrotóxicos, a um preço fixo compatível com o dos convencionaiscomercializados em feiras e supermercados locais. São verduras, legumes, tubérculos, frutas e temperos,que variam, obedecendo à sazonalidade, segundo o calendário agrícola.

O sistema de acondicionamento em sacolas retornáveis evita a utilização de embalagens para os alimentos,salvo em casos indispensáveis para a sua integridade. O transporte das sacolas dentro do assentamento éfeito pelas camponesas e cabe à UEL assegurar o transporte desde este local até os pontos de distribuiçãono campus. A equipe da UEL também se faz presente no assentamento para realizar atividades decapacitação, tomada conjunta de decisões etc.

O fortalecimento trazido pela dinâmica das sacolas resultou na constituição da Associação de MulheresCamponesas do Eli Vive (AMCEV), passo fundamental para a gestão financeira da receita obtida no projetode mercado solidário e que, por sua vez, possibilitou um novo passo em relação à autonomia, com aconquista de uma banca na feira do produtor de Londrina. Este canal de comercialização vem sefortalecendo, apesar das enormes dificuldades, pois o custo do frete ainda consume uma parte expressiva dareceita obtida na feira. A geração dessa pequena renda proveniente da comercialização dos alimentosfrescos é atualmente muito importante para estas mulheres que se integraram ao projeto, em vista de suavulnerabilidade econômica e de suas famílias, somada às precárias condições de infraestrutura doassentamento.

Agronomia

A UEL abriga um dos núcleos de certificação de produtos orgânicos que atua junto ao Instituto deTecnologia do Paraná (Tecpar) no Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos. Afunção do núcleo é realizar estudos de casos e auditorias junto aos pequenos produtores, com oobjetivo de auxiliar na adesão gradativa ao manejo orgânico. O processo de certificação deprodutos orgânicos obedece à legislação de produção orgânica do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento. Pode aderir ao programa de certificação o agricultor familiar em que aatividade agrícola seja a principal fonte de renda da família. A assessoria técnica inclui omapeamento e identificação dos pequenos agricultores interessados na certificação orgânica.Inicialmente, eles são inseridos no período de conversão, isto é, a passagem da agriculturaconvencional para agricultura orgânica, realizando as adequações exigidas na propriedade.

A equipe que atua neste projeto de extensão também realiza certificação participativa, por meio daRede Ecovida. Alunos de Pós Graduação, que são bolsistas do Programa de Certificação, atuamtambém como facilitadores da Rede Ecovida. Paralelamente, a equipe dá apoio à feira orgânica deLondrina, atualmente sediada no showroom da construtora Vectra, aos sábados de manhã. Sãocerca de dez participantes que se encontram em diferentes graus de desenvolvimento técnico eque recebem orientação para aperfeiçoar seus processos de produção, distribuição e venda, deforma a tornar a feira cada vez mais variada e atrativa aos consumidores, viabilizando essaspequenas propriedades familiares.

Veterinária

Projeto de extensão "Desenvolvimento participativo da cadeia produtiva sustentável de aves e leiteem assentamentos rurais", com financiamento da Secretaria da Ciência, Tecnologia e EnsinoSuperior – SETI, do Paraná, venceu em 2015, o Prêmio Santander Universidade Solidária. Os R$100 mil recebidos estão sendo destinados à construção de um mini-abatedouro no assentamentoIraci Salete, em Alvorada do Sul. Embora o governo estimule a produção de frango caipira porpequenos produtores e assentados, estes animais não podem ser vendidos para grandes

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abatedouros, mas precisam ser abatidos dentro de instalações apropriadas que atendam àlegislação, senão a cadeia produtiva não se completa.

Outra frente de atuação é no Assentamento Eli Vive, em Lerroville, que apresenta vocação para aprodução de leite e que tem se beneficiado de capacitações oferecidas pela UEL sobre a criaçãode gado leiteiro e cuidados higiênico-sanitários na retirada do leite. Neste caso, a cadeia produtivase completa, pois a matéria-prima está sendo entregue e processada no laticínio da Cooperativa deComercialização e Reforma Agrária União Camponesa - COPRAN, situada no AssentamentoDorcelina Folador, em Arapongas.

Os recursos para desenvolver os projetos de extensão vêm da UEL e permitem o deslocamentobem como oferecer bolsas para alunos de graduação e pós-graduação.

Depto. De Ciência e Tecnologia de Alimentos - DCTA

Estão sendo desenvolvidos dois estudos que tem a ver com Segurança Alimentar e Nutricional, embora aindanão haja resultados aplicados:

1) Projeto em parceria com o Instituto Atá (de Alex Atala), que estuda o processo da maturação de méis demeliponíneos. As amostras são enviadas do Maranhão e do Espírito Santo, mas não se enquadram nasespecificações da legislação brasileira para o mel comum e precisariam de uma legislação apropriada. Comocontêm mais água, é preciso maturar, o que significa submeter a uma determinada temperatura, onde ocorreuma fermentação pelos microrganismos naturais presentes no mel. No momento, já tem obtido bons produtosde boa qualidade, vão agora identificar os microrganismos (trata-se de uma cultura mista) por metagenômica.

2) Estudo para produção de bebidas fermentadas e com baixa concentração de açúcar, como o kefir de águae o kombucha. Existe uma tendência mundial de alimentação saudável, de consumo de alimentos probióticose/ou prebióticos, e de diminuição no consumo de açúcar e das bebidas adoçadas (refrigerantes e sucosprocessados), que abre perspectivas para o interesse por essas bebidas fermentadas.

Além destes estudos específicos e das atividades de docência (pós-graduação) na área de Alimentos, há oLaboratório de Prestação de Serviços, que realiza análises de alimentos para determinação da composiçãoquímica e do padrão higiênico sanitário de alimentos, que pode atender a microempresas e ao pequenoprodutor.

Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB/PR)

1) O Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (DESAN) instituído no âmbito daSEAB/PR é o gestor da política de SAN no Estado, acolhe o CONSEA/PR, coordena a CAISAN/PR, sendoresponsável pela implantação do SISAN nos municípios. Também compete ao DESAN a coordenaçãoestadual dos programas PLC – Programa Leite das Crianças e o PAA - Compra Direta. Em nível regional, oNúcleo Regional da SEAB Londrina atua com 19 municípios.

a) Programa de Aquisição de Alimentos (PAA - Compra Direta): possui como finalidades básicaspromover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. O programa compra alimentosproduzidos pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e os destina às pessoas em situação deinsegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentospúblicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. O programa vemsendo executado por estados e municípios em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social eCombate à Fome - MDS e pela Companhia Nacional de Abastecimento - Conab; em Londrina éoperacionalizado pelo MESA BRASIL, via CONAB.

b) Programa Leite das Crianças (PLC): tem por objetivo auxiliar no combate à desnutrição infantil, pormeio da distribuição gratuita e diária de 1L de leite às crianças de 06 a 36 meses, pertencentes a famílias

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cuja renda per capita não ultrapasse meio salário mínimo regional. Além disso, promove o fomento àagricultura familiar, proporcionando geração de emprego e renda, a busca pela qualidade do produto pelaremuneração equivalente, a inovação dos meios de produção e a fixação do homem no campo. Por suanatureza, o Programa é intersetorial, englobando ações das secretarias de Estado da Agricultura e doAbastecimento; da Educação; do Trabalho e Desenvolvimento Social e da Saúde. O município de Londrinaestá dividido em cinco regiões, nas quais são realizados os cadastros dos beneficiários e os pontos dedistribuição do leite são escolas estaduais, e os de redistribuição, escolas municipais. A CONFEPAR AgroIndustrial é a Usina Credenciada, que entregou em 2017: 1.786.854 litros ao valor de R$ 4.072.748,distribuídos para uma média mensal de crianças de 4.880.

2) A Central de Abastecimento do Paraná S/A (CEASA/PR) mantém como programa da área social oBanco de Alimentos (BAL) em cada uma de suas cinco unidades no Estado, visando minimizar asnecessidade nutricionais de uma parcela da população que não tem acesso a uma alimentação adequada.São arrecadados produtos na área de comercialização que perderam suas características comerciais, masque mantém as qualidades nutricionais, e são distribuídos âs entidades previamente cadastradas noprograma.

Diagnóstico das ações para subsídio 3ª Conferência Municipal de SegurançaAlimentar e Nutricional de Londrina das entidades sociais atendidas pelo Programa

Mesa Brasil/SESC

Atualmente estão cadastradas no Programa 94 instituições, sendo que destas cerca de 15 entidadespossuem pequenas hortas com ervas aromáticas e alguns folhosos para consumo próprio. Nenhuma delastem produção para comercialização. Outras ações das entidades atendidas pelo Mesa Brasil ocorrem emalguns centros de educação infantil como, por exemplo, atividades voltadas às cores dos alimentos e suarelação nutricional e aproveitamento integral do alimento.

O Mesa Brasil oferece, também, capacitações e oficinas com o tema direcionado aos responsáveise/ou funcionários das Instituições atendidas para que sejam multiplicadores das práticas e das informaçõesem seu território.

Todas as entidades beneficiadas pelo Mesa Brasil, servem refeições à população, que sãopraticamente em sua totalidade, pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar eforam distribuídos 249.000,0 kg de alimentos através do PMB em 2017.

O objetivo do Mesa Brasil é de complementar a refeição servida na entidade, enriquecendo-anutricionalmente através das doações encaminhadas. Além disso, proporciona capacitações coma intençãode desenvolver a instituição e seus beneficiados, tanto na área de educação em SAN, bem como na áreasocial.

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Caderno Estruturação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN)em Londrina – “Londrina integrada por uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional”

Compilação e Edição

Lorena Pires RostirollaMatrícula nº 14.409-6

Londrina, 20 de agosto de 2018.