ufmbb - convenção batista brasileira - cbb · 2017-07-04 · lhar com seu semelhante a vida...

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Missões Nacionais Missões Mundiais UFMBB Notícias do Brasil Batista Projeto ganha novos voluntários para evangelização de presos por cartas Página 07 Junta de Missões Mundiais: há 110 anos fazendo missões! Página 11 Veja como foi a celebração do centenário do Seminário de Educação Cristã Páginas 08 e 09 Batistas de Pernambuco dizem “Eu me importo com o Alto Pajeú” Página 12 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 28 Domingo, 09.07.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Igreja Batista de Areia Branca, em Santos - SP, celebra 60 anos de atividades Comemoração foi realizada nos dias 27 e 28 de maio de 2017, e contou com a presença de irmãos e pastores de outras Igrejas da localidade, assim como autoridades da cidade de Santos - SP. O orador do culto foi o pastor Eli Fernandes de Oliveira, da Igreja Batista da Liberdade - SP. Página 12

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o jornal batista – domingo, 09/07/17

Missões Nacionais

Missões Mundiais

UFMBB

Notícias do Brasil Batista

Projeto ganha novos voluntários para

evangelização de presos por cartas

Página 07

Junta de Missões Mundiais: há 110 anos

fazendo missões!Página 11

Veja como foi a celebração do

centenário do Seminário de Educação Cristã

Páginas 08 e 09

Batistas de Pernambuco dizem “Eu me importo

com o Alto Pajeú”Página 12

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 28Domingo, 09.07.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Igreja Batista de Areia Branca, em Santos - SP, celebra 60 anos

de atividades

Comemoração foi realizada nos dias 27 e 28 de maio de 2017, e contou com a presença de irmãos e pastores de outras Igrejas da localidade, assim como autoridades da cidade de Santos - SP.

O orador do culto foi o pastor Eli Fernandes de Oliveira, da Igreja Batista da Liberdade - SP.

Página 12

2 o jornal batista – domingo, 09/07/17 reflexão

E D I T O R I A L

Importância da Educação Religiosa no fortalecimento da Igreja

A filosofia da Conven-ção Batista Brasileira (CBB), declara: “A educação religiosa

tem por objetivo o desenvolvi-mento da consciência do cris-tão quanto à atitude que deve assumir e desenvolver à luz da Palavra de Deus. Tem por objetivo desenvolver o caráter cristão que deve expressar-se na adoração, na conduta e no serviço cristão e visa ao pleno crescimento do homem como ser criado à imagem e seme-lhança de Deus. Tem por base a ideia de que Deus se revela como verdade infinita e que o homem é capaz de conhecê-lo em parte. Isso deve levá-lo a crescer na graça e no conheci-mento de Cristo e a comparti-lhar com seu semelhante a vida cristã como um todo”.

Geralmente, toda vez que um escritor ou expositor pre-tende estudar um determinado assunto começa por buscar conceituar o tema, bem como demonstrar a origem e o de-senvolvimento do mesmo no tempo e no espaço. Todavia, esta linha, muito utilizada, será aqui abandonada para dar

lugar a uma busca do entendi-mento a partir de um sentido pragmático e uma adequação produtiva entre a teoria e a prática. A educação, no sen-tido lato, é um processo. E o termo processo dá a ideia de algo dinâmico, que está em movimento de um para outros pontos, de forma lenta, ou, às vezes, veloz. A Educação Re-ligiosa insere-se neste contexto dinâmico e pragmático. O pragmatismo de Deus consiste em querer como resultados imediatos a conversão genu-ína do pecador e o seu dou-trinamento. Esses resultados imediatos devem ser tanto em termos de quantidade como de qualidade (Efésios 4.13).

A Educação Religiosa insere--se, claramente, na missão dinâmica da Igreja, como or-denado por Jesus, na Grande Comissão: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra; portanto, ide e fazei discípulos (...)” (Mt 28.18-20). A ordem sequencial dos verbos que demandam ação no discurso de Jesus é intencional e estabe-lece uma sucessão prioritária evidente e inalterável. Primei-

ro, fazer discípulos (conver-são); em seguida, batizando--os e, a seguir, ensinando-os. Esta ordem é inalterável, pois não há batismo se não houver conversão e só os convertidos aceitam ser batizados e, con-sequentemente, se dispõem a aprender. Como já afirmado acima, a Educação Religiosa é um processo contínuo, uma ação sem limite. Não está cer-ceada por tendências ou linhas de uma norma de comporta-mento. Ela tem a ver com a totalidade da vida humana. E vida é um tema básico na Bí-blia, de Gênesis a Apocalipse; é exatamente a posse dessa vida que distingue um cristão das outras pessoas.

A promessa de vida fala de restauração das capacidades, traz uma nova aptidão em perceber a realidade (Hebreus 11.3). A Educação Religiosa, portanto, é um processo contí-nuo de transformação de vida, em que o discípulo adquire uma nova forma que o iden-tifica com Jesus Cristo e vai, ao mesmo tempo, perdendo a identidade com o passado, ou seja, o tema central da

Educação Religiosa é a vida. Em Romanos 12, encontramos a síntese desta transformação, quando Paulo usa a expressão “conformeis” (syschemati-zo) = tomar forma aparente, forma exterior (termo usado pelos gregos para definir o que o ator fazia no palco). A outra expressão é “transformai-vos” (metamorfeuo) = mudança da forma, tomar forma daquilo que realmente é.

A Educação Religiosa não deve produzir algo pronto. Deve suprir o que é preci-so para que o processo de crescimento se desenvolva de maneira normal e salu-tar. Deve-se preocupar com a vida, com o crescimento da vida eterna dentro da persona-lidade humana, em direção à semelhança com o Deus que a dá. A Educação Religiosa deve preocupar-se com a transfor-mação progressiva do discípu-lo no caráter, valor, motivação, atitudes e entendimento do próprio Deus (Gálatas 2.20).

Sócrates Oliveira de Souza, pastor, diretor Executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

3o jornal batista – domingo, 09/07/17reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Antes de me casar morei sozinho du-rante vários anos. Cansado dos pratos

feitos servidos nos botequins, resolvi preparar a minha pró-pria alimentação. Adquiri uma panela, prato, garfo, colher e faca. Aos utensílios domésticos integrava uma frigideira, que servia em to-das as situações, desde a elaboração de um ovo frito, até esquentar as sobras do almoço no jantar. No início, a frigideira funcionou bem; até brilhava, após uma mas-sagem com esponja de aço. Não havia detergente na épo-ca, usava-se sabão de coco.

Com o tempo e o uso con-tínuo, a frigideira deixou de brilhar. Uma crosta foi acrescida a sua borda. O interior continuava limpo,

Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

“Ora Jesus, vendo ali

sua mãe, e que o discí-pulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19.26-27).

mas o exterior dizia que algo estava errado com a frigideira ou com o seu dono. Uma vez casado, a frigideira foi descar-tada por outra mais moderna, que já foi descartada muitas vezes, sempre com o mesmo problema: a crosta acumula-da pelo uso ininterrupto.

Toda dona de casa já pas-sou pela experiência da fri-gideira ou da panela que perdeu o brilho, vítimas da crosta acumulada. Assim é a ação do Espírito Santo na vida do salvo. É a primei-ra pessoa da Trindade a se comunicar com o pecador. Convence-nos do pecado, aponta para Jesus Cristo como Único que pode nos livrar das garras do inferno. Leva-nos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo. Uma vez salvo, o Espírito faz uma

A Cruz de Cristo nos aproxima. Primeiro, ela nos aproxima de Deus. Por meio

da morte de Seu Filho na cruz, Deus nos reconcilia com Ele (II Coríntios 5.19). A crucificação de Jesus não trouxe a nós apenas o bene-fício do perdão dos pecados e nossa reconciliação com o Pai. Ela também nos traz res-ponsabilidades para com o Senhor, amando-O, servindo--O e tomando a nossa própria

verdadeira limpeza na vida do novo convertido. Valores são mudados; até a aparência é modificada para melhor. Mais ainda, o Espírito Santo passa a habitar na experiên-cia do crente em Jesus (João 16.8-11 e 14.16-17).

Não precisamos cantar ou pedir que Ele nos visite, ou que venha fazer morada em nossos corações. Na área da música surgem as maiores heresias. Salvos solicitan-do a visita do Espírito, um encontro com o Espírito, in-clusive, orando ao Espírito e não no Espírito. Tais heresias ocorrem porque o salvo es-queceu de manter limpo o recipiente. Pecado, vícios, mágoas, rancores, descasos no cultivo da vida cristã vão se acumulando na experiên-cia diária, que impedem a

cruz para segui-lO.Em segundo lugar, a Cruz

de Cristo nos aproxima das pessoas: dos salvos e dos que estão sem Cristo. A cruz nos torna responsáveis pe-los nossos semelhantes, no sentido da incumbência que temos de proclamar que Cris-to morreu e ressuscitou. Nós somos os responsáveis pela evangelização dessa geração!

E a cruz também nos torna responsáveis pelos nossos irmãos na fé: cuidando, ser-

ação do Espírito Santo. Ele não abandona o salvo, mas é sufocado pelas crostas do pecado acumulado.

Isaías diz: “Eis que a mão do Senhor não está enco-lhida, para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqui-dades (crostas do pecado) fazem divisão (separação) entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.1-2).

Caso queiramos vida plena com Deus e a alegria conce-dida pelo Espírito Santo, pre-cisamos limpar o recipiente, isto é, o nosso corpo, Templo do Espírito Santo. Deus não usa vasos sujos com as mui-tas crostas do pecado.

Há, da parte do Senhor, o

vindo, suprindo as neces-sidades, levando as cargas uns dos outros e orando uns pelos outros. E vemos isso na crucificação de Jesus, no momento em que Ele outorga a João a responsabilidade de cuidar de Maria, sua mãe.

Infelizmente, muitas pes-soas vivem separadas por conta da cruz. Doutrinas, posições e pensamentos te-ológicos têm provocado a separação de muitos crentes. Mas quando olhamos para

desejo em usar cada salvo para a Glória de Jesus Cristo. Antes de sermos usados e experimentarmos o verda-deiro avivamento precisamos remover o pecado que nos afasta de Deus.

Não é fácil remover as cros-tas de uma frigideira velha encardida. Mas é possível, com o auxílio do próprio Espírito Santo. Ao interce-der por nós e produzir com muita dificuldade o Fruto do próprio Espírito, encon-tramos forças para nos livrar do pecado. O Espírito Santo cumpre com alegria sua mis-são precípua: apresentar-nos irrepreensíveis a Deus. Vidas puras sem as manchas do pecado. Deus quer usá-lo, não se faça mouco. Ouça a voz do Espírito Santo e seja sensível.

a Bíblia vemos que, pela morte de Cristo na cruz, nos tornamos irmãos, passamos a fazer parte da mesma família. Tornamo-nos filhos do Pai Celestial.

Não falo de ecumenismo, falo de Igreja local, de pes-soas que se reúnem todos os domingos para celebrar. Devemos entender que, ape-sar das nossas diferenças, em Cristo somos o mesmo corpo, a mesma família. A cruz nos une e nunca nos separa.

Recipiente limpo

A cruz nos aproxima

4 o jornal batista – domingo, 09/07/17 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Sabedoria doada por Deus

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberal-mente, e o não lança em ros-to, e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5).

Paulo e Tiago encaram a “sabedoria” como um dos dons de Deus, no estabelecimento

do Seu Reino. De acordo com Tiago, em sua carta, “Se al-guém tem falta de sabedo-ria, peça a Deus e ele a dará, porque é generoso e dá, com bondade, a todos” (Tiago 1:5).

O escrito feito pelo irmão de Jesus deve ser lido no seu contexto e intenção. O autor do livro começa ensinando o grande valor de “Passar por todo tipo de aflições”. O cristão que sofre aflições, por causa de seu esforço de viver em comunhão com Cristo, eventualmente rece-be bênçãos providenciadas pelo Senhor. Só que as afli-

ções e provações que en-frentamos sempre acontecem causando-nos sofrimento e, às vezes, sentimentos de que Deus não deve estar ligando muito para o nosso mal-estar. Daí o ensino de Tiago: olhar para as provações como bên-çãos advindas do Senhor é uma perspectiva somente reservada aos espiritualmente sábios.

Orar pedindo sabedoria es-piritual deve ser nosso hábito diário. Porque, neste mundo, diariamente sofremos perse-guições e injustiças. O bom da história é que, todas as vezes que pedirmos sabedo-ria para poder enfrentar cris-tãmente as aflições causadas pelo mundo, Deus responde. E, como parte da Sua respos-ta, reforça nossa resistência espiritual. O Senhor nos res-ponde, tantas vezes quantas pedirmos. Mas, nunca esque-cendo de pedir com fé.

Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB

“Ele, porém, lhes disse: é necessário que também às outras cidades eu anuncie o Evangelho do Reino de Deus; porque para isso é que fui enviado” (Lc 4.43).

Neste mês de julho adentramos no primeiro mês do segundo semestre

que vai iniciar o fechamento de 2017. Não sabemos o que nos espera daqui para frente, mas o Senhor sabe e acalma os nossos cora-ções, dizendo: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mes-mo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6.34). Jesus não es-tava preocupado com o dia seguinte, não desperdiçava Sua energia à toa. Ele curou,

expulsou demônios, pregou, mas não se deteve diante das multidões. O seu desejo era anunciar o Evangelho do Reino às outras cidades, por-que sabia que ali também havia seres humanos caren-tes e desejosos de ouvir e de praticar a Palavra de Deus.

Anunciar o Reino no Poder de Cristo significa também imitar essa urgência do Mes-tre em proclamar a Palavra em todos os lugares onde haja vidas; significa também ter a convicção de que o Seu poder está em nós através do Seu maravilhoso Espírito Santo. É assim que Atos 1.8 nos informa: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusa-lém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra”.

Nos meses de junho e julho, nossas Convenções

Estaduais somam esforços com as Igrejas Batistas locais para levantar uma expres-siva oferta missionária para ajudar a obra local por meio de obreiros valorosos, que não medem esforços e aden-tram aos sertões e selvas do nosso país para levar essa mensagem gloriosa e trans-formadora de Jesus Cristo! Nossas regiões, com suas peculiaridades e necessida-des, torna necessário que tenhamos obreiros autócto-nes ou adaptados àquelas realidades, enviados e sus-tentados dignamente pelas Igrejas do Senhor. E para isso é preciso que o obreiro tenha, verdadeiramente, o chamado, e o recurso, que só é possível mediante a co-operação do Povo de Deus. Querida Igreja do Senhor, não deixe passar em branco essa grande oportunidade de ajudar na Obra do Reino!

Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB Jesus Cristo viajou à capital da Judeia;Havia grande multidão ali em Jerusalém.Era festa dos judeus, chegavam muitos peregrinosAndando pelas ruas; um constante vai e vem.

Próximo à porta das ovelhas tinha um tanqueQue, em hebraico, de Betesda era chamado. O tanque era grande e possuía cinco alpendresQue eram sempre intensamente disputados.

Durante dia e noite enfermos se apinhavam:Cegos, surdos, mancos e aleijados. Esperavam o movimento das águas lá embaixoPara se jogarem ou então serem jogados.

Com fé acreditavam que a água se agitavaQuando um anjo descia em tempo determinado. O primeiro que entrasse em contato com a águaDe imediato, da sua doença era curado.

Na ocasião Jesus viu um homem ali deitadoQue há trinta e oito anos um milagre esperava. Tão absorto ele estava olhando para a águaMas ouviu a voz do Mestre que com ela falava:

“Queres ficar são?”, foi a pergunta de Jesus.E ele respondeu mostrando a situação: “Não tenho ninguém que me ajude a descerE antes de mim muitos outros sempre vão”.

Cristo demonstrou que estava dispostoA ajudar o paralítico e para ele falou: “Levanta, toma a tua cama e anda”.Ele obedeceu, levantou-se e andou.

O homem curado por Jesus tomou a camaE foi repreendido por um grupo de judeus: “É sábado e tu não podes levar o leito”.“Foi a ordem que eu tive”; ele respondeu.

Depois de algum tempo Jesus estava no temploE encontrou o homem ali na Casa do Senhor. “Já estás são e deixes todo o pecado”.Foi o conselho sábio do bendito Redentor.

O ex-paralítico encheu-se então de coragem; Procurou os judeus e não se intimidou. “Estão vendo Aquele homem que está ali?É Jesus, o Cristo, foi Ele quem me curou!”.

Anunciai o Reino no Poder de Cristo

Encontro de Jesus com o paralítico de Betesda

5o jornal batista – domingo, 09/07/17reflexão

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Ouvi uma f rase que despertou--me profundo in-teresse. A frase

era a seguinte: “Quando des-cobri a gravidade de minha saúde resolvi viver um dia de cada vez”. Ela foi pronun-ciada por um grande jogador de futebol. Pensei: de onde foi que ele tirou essa ideia? Vamos esclarecer. Tratava--se de um grande jogador que, antes de transferir-se para Roma, fora membro de uma Igreja Batista no interior paulista.

O drama desse irmão em Cristo começou quando os

médicos descobriram, através de súbito desmaio, que ele tinha um tumor no cérebro. Enquanto discutiam sobre a viabilidade de cirurgia, o jogador ficou em dúvida e respondeu: “Estou preparado, talvez, nem opere”. Obvia-mente, os médicos da Roma nada entenderam. O que significaria esse “estou prepa-rado?”. Ao repórter brasileiro, ele acrescentou: “De agora em diante, vou viver um dia de cada vez”.

Ele foi operado, e, como o tumor era na região que comanda o equilíbrio, ele teve que aprender a andar novamente. Hoje está em-prestado ao Torino, depois de 30 meses parado.

Um dia de cada vez é de-claração de Jesus em Lucas 9.23, onde Cristo afirma: “Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga--Me”. Para ilustrar o dito de Jesus, reporto-me a minha experiência pessoal. Con-vertido a Cristo aos 15 anos, somente aos 20 pude iniciar o meu preparo para ingresso no curso teológico. Enquanto preparava-me, resolvi conhe-cer os meus antepassados ainda vivos. Reencontrei-me em cada um deles. Tenho encontrado em mim quase todas as fraquezas encontra-das neles. É claro, refiro-me às tendências que favorecem ao tentador.

Todos nós, antes de conhe-cermos a Cristo, estávamos abertos às tentações, oriun-das dessas heranças (e o pior é que o tentador conheceu nossos antepassados), mas depois da conversão, a luta indica em que áreas seremos mais abordados pela tenta-ção.

Tomar nossa cruz, a cada dia, é conhecer o território moral e espiritual, onde resi-de essas fraquezas herdadas, e preparar-se através de tex-tos bíblicos, onde são abor-dadas, e, em oração, ficar de prontidão no front, e estar armado contra elas.

As heranças mencionadas acordam conosco, daí a pre-caução precisa ser tomada a

cada dia. Entendi que essa é a cruz que carrego dentro de mim. Ela requer pron-tidão espiritual contínua. Por outro lado, Jesus, não tendo que carregar tal cruz, pode ocupar-se de carregar a nossa cruz, e, tomando os pecados, tanto dos nossos an-tepassados, como os nossos, fez deles a Sua cruz, e nos redimiu com Sua morte no Calvário. Que glorioso saber que mesmo antes de nascer, Deus cuidou da nossa cruz, colocando-a sobre os ombros de Jesus.

Não esqueça! Sua cruz es-tará presente em sua vida todos os dias, mas, pela fé, você poderá ser carregado, a cada dia, por Jesus.

Reconhecendo minha cruz

6 o jornal batista – domingo, 09/07/17

7o jornal batista – domingo, 09/07/17missões nacionais

Em junho, durante a Semana Nacional de Combate às Drogas, o Projeto Novos Sonhos

- SP inaugurou uma pista de skate e iniciou as aulas do esporte na casa que assiste crianças e adolescentes da região da cracolândia de São Paulo. Cerca de 50 crianças participaram da programa-ção, que recebeu skatistas premiados nacional e inter-nacionalmente.

De acordo com o coor-denador Lael Rodrigues, a ideia de uma pista de skate no Projeto surgiu a partir de uma demanda que já existia na região. “Observei que as crianças já vinham para cá de skate”, contou. O Projeto já oferece aulas de ballet, Jiu Jitsu, futebol, musicalização e agora terá a modalidade de skate três vezes por semana.

As crianças e adolescentes puderam conhecer mais so-bre o esporte e ver o trabalho de diversos skatistas, como o premiado Fábio Sleiman, úni-co brasileiro a descer o cor-rimão mais famoso do mun-do, o El Toro, na Califórnia. “O skate é uma ferramenta de inclusão social. Além do equilíbrio, concentração e coordenação motora, o es-porte trabalha a persistência, porque a gente cai e levanta”.

Através de parcerias, o Pro-jeto ganhou, além da pista de skate, alguns obstáculos, skates e equipamentos de segurança para que as aulas possam acontecer.

A novidade foi destaque em veículos de comunicação do estado de São Paulo. Leia mais na matéria do G1 São Paulo no link https://goo.gl/fP6KVY. Assista a maté-ria do SPTV no nosso canal do YouTube: https://youtu.

be/5mKMV3sjy8U.Você pode ser um parceiro

do Projeto Novos Sonhos e contribuir para que mais crianças e adolescentes te-nham novas oportunidades! https://relacionamento.jmn.org.br/projeto/projeto_doar.jsf?id=83900001GH

Faça sua doação também por depósito ou transferência bancária para a conta: Bra-desco: 0296-8 C/C 78946-1 / CNPJ: 33.574.617/0001-70.

O Projeto “Grão de Mostarda” tem expandido no es-tado do Rio de

Janeiro com o trabalho de evangelização discipuladora de presidiários através de car-tas. Em junho, a missionária Márcia Mendes esteve apre-sentando o projeto na PIB de Jardim Tropical, em Nova Iguaçu - RJ. A Igreja e o seu pastor abraçaram a ideia de implantar o projeto e iniciar as ações de evangelização discipuladora com aqueles que se encontram cumprindo penas. Na ocasião, quatro irmãos se apresentaram para iniciar a escrita das cartas.

Sobre o ProjetoO Projeto Grão de Mostar-

da é uma obra afluente da Capelania Prisional. Teve seu

início em maio de 2015. O Projeto tem como objetivo a correspondência com pesso-as que estão privadas de sua liberdade em uma Unidade Prisional, de qualquer lugar do nosso país, prestando-lhes apoio espiritual, aconselha-mento, estudos bíblicos e envio de materiais didáticos, de apoio espiritual às diver-sas Celas Igrejas existentes nesses “porões” esquecidos pela nossa sociedade.

Oramos para que Deus le-vante mais Igrejas com o de-sejo de servirem na Capelania Prisional através desse lindo trabalho evangelístico. Se você é cristão e mora no esta-do do Rio de Janeiro, participe conosco desse Projeto! Entre em contato com o e-mail [email protected] para saber mais.

Projeto “Grão de Mostarda” ganha novos voluntários

para evangelização de presos por cartas

Projeto Novos Sonhos - SP inaugura pista de skate e

inicia aulas do esporte

Irmãos de Nova Iguaçu - RJ, serão voluntários no Projeto Grão de Mostarda

Pista de skate foi inaugurada no Projeto Novos Sonhos

Cerca de 50 crianças participaram da festa de inauguração

8 o jornal batista – domingo, 09/07/17 notícias do brasil batista

SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃHá um século com a missão de capacitar vidas para

a promoção de uma educação cristocêntricaPor Lis Ruama Uchôa Beiriz Estagiária UFMBB

Em 1917, nasce a Escola Bíblica, em Recife, PE, que pro-porcionaria a am-pliação da visão

missionária da União Femini-na Missionária do Brasil com a formação de vocacionados. Essa escola, que hoje se cha-ma Seminário de Educação Cristã (SEC), há 100 anos capacita líderes para procla-mação do evangelho e para o ensino cristão.

COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO“Então a nossa boca se en-cheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia en-tre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.” (Salmos 126.2,3)É com grande alegria que celebramos em Deus o cen-tenário do Seminário de Edu-cação Cristã, uma casa de ensino bíblico cristão que tem formado vocacionados que fazem a diferença onde Deus os coloca. Para comemorar os 100 anos de história, o SEC realizou, entre os dias 20 e 22 de junho, o Congresso de Educação Cristã, cujo tema foi

SEC 100 ANOS – Promoven-do Educação Cristocêntrica.

Durante toda a comemora-ção, o Senhor foi engrande-cido pelas grandes coisas que Ele tem feito por nós e através de nós, mulheres batistas do Brasil, desde o princípio.

O evento contou com a pre-sença da Diretora Executiva do Centro Integrado de Edu-cação e Missões (CIEM), Drª Maria Bernadete da Silva, como oradora oficial, além de missionárias e professo-ras que realizaram oficinas durante a programação. Al-guns dos temas abordados pelos palestrantes convida-dos foram: O Cristo na Bí-blia, Profª Luzenir Dantas; A Compaixão de Cristo, Drª Edelweis Oliveira; Cristo, o mestre por excelência, Profª Edna Moraes; Cristo às Na-ções, missionária Ana Maria Monteiro. As comemorações tiveram seu ponto alto no culto de gratidão realizado no templo da Igreja Batista da Capunga, Recife, PE, do dia 23. Recepcionados pelo pastor presidente Ney Silva Ladeiamais de 300 pessoas compareceram ao culto. Des-tacamos a presença de Iracy de Araújo Leite, ex-Diretora do SEC atual 1° secretária da Convenção Batista Brasilei-

Relevância da Bíblia na vida do educador cristão – Parte 1Dra. Maria Bernadete da Sil-va – Diretora do CIEM

Se perguntramos qual a relevância do bis-turi para o cirurgião, da serra para o car-pinteiro, ou da vas-

soura para o gari, a resposta é óbvia: são instrumentos de trabalho imprescindíveis para cada profissional. No entanto, quando se trata da relevância da Bíblia para o educador cristão, a instrumentalidade é secundária. Mesmo que o educador cristão utilize a Bíblia para o ensino, seu va-lor na eficácia dos resultados vai além da letra. O modelo de Deus para transmitir sua Palavra é a transformação da Palavra em vida.Os pais foram os primeiros mestres do povo de Israel. Eles

foram instruídos para servirem de modelo para seus filhos. Diariamente, eles deveriam ensinar através do exemplo e da Palavra que traziam em suas mentes e em seus cora-ções. Não havia livros que re-gistrassem o que era ensinado, portanto, a tradição era oral. Traduzir para o cotidiano da vida tudo o que lhes havia sido ensinado foi a proposta para a nação escolhida. Mas, ao longo dos séculos, seu povo foi se esquecendo das orienta-ções divinas. Foi então que, na plenitude dos tempos, Deus se encarnou, deixando as prerro-gativas do divino, assumindo a forma humana para mostrar como era possível essa trans-formação. O modelo, então, foi passado para os discípulos, chegando até nós.

A Bíblia é relevante para o edu-cador porque É A COMPRE-ENSÃO DAS VERDADES DI-VINAS QUE DÁ SABEDORIA AO EDUCADOR CRISTÃOA cosmovisão modela a for-ma como uma pessoa faz a leitura do mundo. Uma cosmovisão cristã afirma que todas as coisas vísiveis e in-vísiveis foram criadas por Deus. Por esta razão, aquele que se aproxima de Deus tem a capacidade para com-preender o mundo conforme foi criado, ou seja, ele é en-sinado nas verdades de Deus que relevam a vida no seu todo. Ver o mundo do ponto de vista do que Deus ensina torna o homem verdadeira-mente sábio. Isto é o que o apóstolo Paulo expressa em sua primeira carta aos Co-

ríntios 1.19-30. Claramente, nesse texto, o apóstolo en-sina que aquele que deseja se dedicar ao exercício do ensino da Palavra de Deus, precisa tomar tempo para conhecê-la conforme o Espí-rito lhe revela.A verdade que temos a ensi-nar não se trata de sabedoria popular divulgada por su-postos especialistas, que se tornam ultrapassadas com o tempo. A sabedoria de Deus é algo que encerra a profun-didade de seus propósitos. Nada tem de vaga e super-ficial. Ela não é uma nova mensagem: é a mais antiga – o que Deus determinou como forma de produzir o melhor dele em nós muito antes que entrássemos em cena.

O Espírito não opera na su-perfície. Ele mergulha até as profundezas de nosso ser e traz à tona o que Deus pla-nejou. Deus tudo nos revela sobre os dons da vida e da salvação que nos concedeu. Não precisamos dos palpites nem da opinião do mundo para compreendermos essas verdades (1Co 3.18-20). O conhecimento de Deus vai além dos livros e da escola: é o próprio Deus que nos ensina através do seu Santo Espírito.

Ah, como nos enganamos cor-rendo atrás da enxurrada de escritos humanos para alimen-tar o povo de Deus! Devemos nos dediquar a descobrir as maravilhas da lei com o Es-pírito Santo e o nosso ensino será um sólido alimento para a vida de todo o homem.

ra, Daisy Santos Correia de Oliveira, Executiva da UFMB do campo pernambucano, e Solange Maria Ribeiro Arau-jo, Diretora Executiva do SEC. A oradora convidada da noite foi Drª Maria Bernadete

da Silva. Louvamos a Deus pela oportunidade de fazer parte da geração que come-morou o centenário do SEC. Para que isso fosse possível, muitas irmãs, várias delas anônimas, investiram nessa

obra. Hoje, temos como res-ponsabilidade a missão de levar adiante essa instituição que já abençoou tantos, que continua abençoando e, cer-tamente, irá abençoar muito mais. Faça parte dessa obra!

9o jornal batista – domingo, 09/07/17notícias do brasil batista

Raquel Zarnotti dos Santos Redatora, UFMBB

No dia 19 de ju-nho de 2017, a UFMBB reali-zou seu segun-do painel de

apresentação da nova propos-ta educacional para mulheres. O primeiro foi realizado em abril deste ano no CIEM, RJ. O painel recebeu pastores, educadores e líderes e a ati-vidade ocorreu na capela do Seminário de Educação Cristã (SEC) em Recife, PE, e reuniu mais de 200 participantes.

O público conheceu em de-talhes a proposta de Mulher Cristã em Missão, os perfis de cada um dos grupos es-pecíficos que compõem a or-ganização – Jovem, Singular, Mãe e Plena, e a dinâmica de trabalho na igreja local. Além disso, foram apresentadas as

UFMBB realiza painel para apresentação de nova Proposta Educacional em Recife

motivações que levaram a UFMBB a elaborar uma pro-posta de ensino atualizada para este tempo.

Após a apresentação, realizada por Marli Pereira da Silva Gon-zález, atual diretora executiva da UFMBB, Solange Maria Ri-beiro Araujo, diretora executiva do SEC, e Elizete Fragoso da Silva, representante da UFMBB no nordeste, os participantes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas. Os ques-tionamentos foram mediados também pela executiva do campo pernambucano Daisy Santos Correia de Oliveira.

Além do painel, a UFMBB tem divulgado amplamente sua nova proposta educacio-nal para mulheres, por meio de sua literatura e em capaci-tações nos mais diversos cam-pos do Brasil. Para conhecer a proposta, acesse ufmbb.org.br/novaproposta.

10 o jornal batista – domingo, 09/07/17 notícias do brasil batista

Matheus Ramos, jornalista da CBEES

O relógio, no canto da parede, marca 13h. Esse é o exa-to momento em

que a Gleisiane Loiola, de 30 anos, vira a tia Glê. Pouco a pouco, as crianças começam a chegar na sede do Projeto Ensinai, localizado aos pés do Morro da Penha, em Vitória - ES. Em cada sorriso uma no-vidade. Tia Glê precisa ouvir todos, pois, para a maioria, ela é a única disposta a dar aten-ção, já que em casa os pais quase não têm tempo.

Desde fevereiro de 2015, o Projeto Ensinai tem mudado a realidade de várias crian-ças que moram na região do bairro da Penha. Grande parte das famílias não têm quem cuide das crianças no perío-

Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO

“Se for da vontade do Se-nhor, brevemente enviarei Ti-móteo para vê-los. Assim, na volta ele poderá me animar contando-me tudo a respeito de vocês e de como estão passando. Não há ninguém que tenha esse interesse ver-dadeiro por vocês como Ti-móteo. E estou confiando no Senhor que eu mesmo possa ir vê-los logo” (Fl 2.19-20 e 24 - A Bíblica Viva).

Alguém disse: “Pes-soas precisam de Deus e pessoas pre-cisam de pessoas”.

O crescimento ministerial não depende só do tempo, mas, também, de visão, ex-periências e atitudes corre-tas. Até aqui, Timóteo havia acumulado tudo isso. “Não há ninguém que tenha esse interesse verdadeiro por vo-cês como Timóteo” (Fl 2.20). Todavia, o mais importante é que ele, também, havia aprendido a trabalhar nos

do da tarde, horário em que os pais estão trabalhando. O Projeto vai de encontro a essa demanda, tomando conta das crianças no período que, possivelmente, estariam sozi-nhas, diminuindo os riscos e vulnerabilidade.

O Projeto nasceu em uma parceria da Igreja Batista Mon-te Sinai e a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

bastidores. (LIMA, 2010, p.54)

Considerando que a epís-tola aos Filipenses foi escrita por volta do ano 61 da era cristã, Timóteo devia ter uns 11 anos de experiência mi-nisterial. Timóteo foi um fiel companheiro de ministério de Paulo, além de ser um grande amigo. Durante o seu ministério ao lado de Paulo, este desempenhou um papel de mentoria a Timóteo.

Aplicando a visão bíblica do discipulado e no afã de estar mais próximo dos pasto-res e suas famílias, a Ordem dos Pastores Batistas do Bra-sil - Seção Goiás - OPBB-GO realiza, quinzenalmente, um encontro com todos os pas-tores Batistas da cidade de

(CBEES), que enxergaram a necessidade de criar um local que pudesse servir de amparo para as crianças do bairro da Penha.

O Ensinai funciona de se-gunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas, e recebe, diariamen-te, cerca de 11 crianças entre 04 a 06 anos de idade.

Assim que chegam, as crian-ças fazem uma grande roda, já

Anápolis-GO, prestando-lhes auxílio e cuidado em suas necessidades, e criando opor-tunidades para o desenvolvi-mento pessoal e ministerial. Pastor Pedro Nilson Mascari e esposa Helena F. Mascari são os responsáveis pela ad-ministração dos encontros. As reuniões sempre acon-tecem às segundas-feiras, a partir das 19h30min, em lo-cal predefinido pela diretoria da Ordem.

No mês de maio, os pasto-res anfitriões foram Geraldo e Ozélia Ventura, Nilson e Genilza de Mello, respecti-vamente. Além da presença significativa de quase todos os pastores Batistas da cidade, os dois últimos encontros con-taram ainda com a presença

conhecem a rotina. Com muita dedicação, tia Glê conta histó-rias, uma atrás da outra. Quan-do para, as crianças pedem sempre mais uma. Tia Glê muda de posição na cadeira e parte para uma nova história. A única coisa que não muda é o olhar intacto das crianças.

Na base do Ensinai, as crian-ças aprendem valores como: respeito, ética, amor e respon-

ilustre do atual Vice-prefeito de Anápolis e diretor da Rádio Imprensa 1030 AM da cidade de Anápolis-GO, pastor Már-cio Cândido.

Além dos pastores e suas famílias, são convidados tam-bém seminaristas e obreiros que exerçam papel de dire-ção em congregações e/ou em frentes missionárias. O trabalho é uma bênção, pois, fortalece a família pastoral e não apenas o pastor.

A prática da comunhão e da oração em conjunto é um importante fator para a manutenção da convivência saudável entre pastores.

Quando muitos pastores desanimados estão deixando o ministério, a reunião de pastores desempenha um im-

sabilidade, sempre usando atividades lúdicas apropriadas à sua faixa etária.

A música também é fun-damental dentro do Projeto, momento em que as crianças mais se divertem. A cada can-ção, no centro da roda, a tia Glê diz: “Agora todos dando três pulinhos”. Em outro mo-mento fala: “Faz cosquinha no seu amiguinho”, e ainda: “Dá um abraço no coleguinha”. Aos risos, as crianças obede-cem às ordens.

Antes do dia acabar é preciso lanchar. As crianças sentam à mesa e, rapidamente, comem. O lanche chega através de doações, tanto de moradores do bairro, quanto de membros da Igreja.

Também trabalham no Pro-jeto a coordenadora Gecy Mary Pereira e a assistente social Regiane Nascimento.

portante papel motivacional para o ministério de muitos obreiros.

No texto bíblico, citado acima, Paulo observa que a maioria dos crentes está de-masiadamente preocupada com suas próprias necessida-des para dedicar algum tem-po à Obra de Cristo. Não dei-xe que seus compromissos e preocupações o impeçam de oferecer amor e serviço cris-tão às outras pessoas.

Assim como o trabalhador experiente e habilidoso treina um aprendiz, Paulo estava preparando Timóteo para dar prosseguimento ao ministério em sua ausência. A quem você está preparando para que a Obra de Deus tenha continuidade?

Conheça o Projeto Ensinai, da IB Monte Sinai - ES e CBEES

OPBB - GO realiza encontro para pastores Batistas de Anápolis - GO

Pastores e suas famílias se reúnem para oração Momento de troca de pedidos e orações entre as famílias

Tia Glê: exemplo de amor e cuidado

11o jornal batista – domingo, 09/07/17missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Os Batistas brasilei-ros tiveram uma noite histórica durante o culto

de gratidão a Deus pelos 110 anos de organização e fun-dação da Convenção Batista Brasileira e das Juntas de Mis-sões Mundiais e Nacionais. A capela do Seminário Teológi-co Batista do Sul do Brasil, no Centro Batista Brasileiro, no Rio de Janeiro, ficou pequena para o público presente ao culto, marcado por momentos e palavras de louvor a Deus, mas também reflexão sobre a denominação na sociedade e no mundo.

A data escolhida foi sim-bólica: a véspera do exato aniversário do primeiro dia da primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em 22 de junho de 1907, na cidade de Salvador, capital da Bahia, como lembrado pelo pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor Executivo da CBB.

“Nós somos frutos daque-les 39 mensageiros, heróis da fé que, corajosamente, assumiram o desafio que está escrito na primeira ata: ‘Nós, representantes das igrejas e organizações aqui reunidas, decidimos unanimemente criar uma organização nacio-nal para pregar o Evangelho, fazer missões para alcançar a Pátria e o estrangeiro para Cristo’”, declarou o diretor Executivo da CBB. “Celebre-mos, pois, com muita alegria, rendendo graças pelos nossos pioneiros”, frisou.

O diretor Executivo de Mis-sões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares, lem-brou os avanços dos Batistas

brasileiros no mundo ao lon-go de 110 anos.

“Estamos hoje indo aos lu-gares mais impensáveis de antigamente, mas só estamos fazendo isso porque, antes de nós, pessoas se sacrificaram, pessoas se esforçaram, pessoas doaram o que tinham, doaram suas vidas”, disse o executivo.

Em seguida, convidou o pastor Antonio Galvão, nosso missionário há mais tempo em atividade. A nomeação do pastor Galvão e da es-posa, missionária Deolinda, aconteceu em 1972, e o casal serviu em campos na Amé-rica Latina, Europa e África.

O pastor Galvão, que com-pleta 80 anos em dezembro, destacou a honra que sente por fazer parte da história dos Batistas brasileiros, porque “É uma denominação que ama a obra missionária”. Ele lembrou a trajetória da então Junta de Missões Estrangeiras (o nome “Missões Mundiais” só foi adotado em 1980) para enviar o primeiro casal mis-sionário, o que veio a acon-tecer apenas em 1911, quatro anos depois da fundação.

“No dia 16 de agosto de 1911, chegava à cidade do Porto, Portugal, o primeiro casal de obreiros brasileiros, embora no Chile já apoiásse-mos o trabalho missionário. E é bom que cada batista bra-sileiro saiba que durante 35 anos foi o único campo. Só em 1946 que nós chegamos à Bolívia, com o casal Waldo-miro e Lygia Motta. E 18 anos mais tarde, em 1964, chega-mos ao Paraguai. E sete anos depois, em 1971, chegamos a Moçambique. Notem bem, 60 anos”, disse. “Mas hoje, para a glória de Deus, que está sendo honrado e glori-ficado aqui, estamos em 92

países, caminhando para 100 em breve”, ressaltou.

Para o pastor Galvão, saber e ver que existem mais de 1.700 missionários da JMM em cinco continentes deve “Realmente nos encher de orgulho por saber que somos claramente uma organização, uma convenção missionária por excelência”.

“Essa é a minha palavra: que eu tenho orgulho de dizer que sou missionário Batista, pois são os batistas que desbravam o mundo levando a Palavra de Deus”, concluiu sua fala o pastor Galvão, que orou comissionando os jovens das novas turmas do Radical Áfri-ca e Radical Luso-Africano.

Ainda falando sobre Mis-sões Mundiais, o pastor João Marcos destacou o foco re-cente da atuação da agência dos Batistas brasileiros para os campos transculturais: a Igreja sofredora, tema de uma campanha de 30 dias oração, de 11 de junho a 10 de julho, nas redes sociais da JMM.

“Por que ‘Igreja sofredora’ e não ‘Igreja perseguida? Porque a Igreja iraniana, na cidade de Londres, não é perseguida, mas sofre. A Igre-ja dos palestinos na Europa

não é perseguida, mas sofre. E se somos um corpo como a Bíblia nos ensina (não apenas a Igreja local, mas como um todo) e uma parte do corpo sofre e não sentimos dor, é porque o corpo está doente e logo será acometido de algo mais grave. Talvez a morte chegue porque seus sensores foram desligados”, disse o pastor João Marcos.

O executivo de Missões Mundiais lembrou que os Batistas brasileiros são pri-vilegiados porque podem enviar missionários, se reu-nir, cantar músicas belas, ler versículos projetados nos ce-lulares ou na própria Bíblia.

“Mas para algumas pessoas, isso seria o céu. E só no céu é que muitas delas vão po-der fazer isso. Que a voz da Igreja sofredora seja ouvida e sentida por todos nós”, con-cluiu sua intervenção.

O presidente da CBB, pas-tor Luiz Roberto Silvado, apresentou a liderança da denominação, destacando a importância estratégica da própria CBB, da JMM e da JMN. Para isso, chamou à frente os pastores Sócrates Oliveira, João Marcos e Fer-nando Brandão, diretor Exe-

cutivo de Missões Nacionais e novo reitor do STBSB.

“Missões está no nosso DNA. Quando você voltar para a sua Igreja, passe isso para as pessoas que estão se convertendo, que estão chegando de outras denomi-nações”, declarou o pastor Silvado, da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba-PR. “Eles precisam ouvir e valori-zar essa história e ter o mes-mo sentimento de gratidão que você”, completou.

As impressões de quem esteve presente ao culto dos 110 anos da JMM foram as mais positivas, como expres-sado pelo pastor Ney Ladeia, da Igreja Batista Capunga, em Recife-PE. Ele destacou a alegria em participar de um culto histórico e “Tão signi-ficativo para a denominação Batista e para o trabalho Ba-tista brasileiro”.

“Relembrar o lançamento daquela pequena semente há 110 anos e ver o avanço e o crescimento que ela produ-ziu ao longo dessas décadas de história é maravilhoso. Muito orgulho de ser Batista, muito orgulho da nossa his-tória”, disse o pastor Ladeia.

O diretor Executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), pastor Adilson Santos, disse que, ao relembrar a história dos Batistas brasileiros, vê como Deus foi misericordioso com a denominação.

“A gente olha para trás e vê o quanto foi realizado. A gente também teve o mo-mento de relembrar, de pedir a misericórdia de Deus por alguns erros que cometemos no passado. Isso traz uma esperança renovada o nosso futuro, um futuro bonito, grande. Nossa esperança é que esse reflexo abençoado dentro do Brasil vá também acrescentar na obra missio-nária mundial”, declarou o executivo, que atuou durante 12 anos na JMM na promo-ção missionária.

Você faz parte da história de Missões Mundiais. Há várias formas de se envolver ainda mais com o que Deus está fazendo no mundo, seja orando, mobilizando, ofer-tando ou indo aos campos. Acesse www.missoesmun-diais.com.br e saiba mais. Vamos continuar a missão até que Ele venha.

Há 110 anos fazendo missões

Culto de gratidão pelos 110 anos foi transmitido ao vivo pela internet

Pastores Antonio Galvão e João Marcos falaram durante o momento de Missões Mundiais

Presidente da CBB, pastor Luiz Roberto Silvado, destacou importância dos Batistas brasileiros em missões no Brasil e no mundo

12 o jornal batista – domingo, 09/07/17 notícias do brasil batista

Ilson Caetano Ferreira, pastor presidente da Igreja Batista de Areia Branca - SP

A comemoração do 60º aniversário da Igreja Batista de Areia Branca - SP

(IBAB), realizada nos dias 27 e 28 de maio de 2017, foi além das nossas expectativas. Foram duas noites marcantes, com a participação do grande Coral Evangélico de Santos, a presença da membresia da Igreja, pastores e muitas Igrejas representadas pelos

Acom CBPE

A Convenção Batis-ta de Pernambuco, através da Área de Missões Estaduais

(AME), desafia os Batistas do nosso estado a dizer: “Eu me importo”, desta vez focando a Região do Sertão do Pajeú e Sertão de Itaparica, no se-miárido de Pernambuco.

A Campanha de Mobilização Missionária tem como tema: “Eu me importo com Pernam-buco - Anuncio Cristo ao Alto Pajeú”. A divisa está em Isaías 41.18, “No deserto haverá açudes e na terra mais seca, brotarão mananciais”, pois queremos levar Jesus, a fonte de água da vida para os cora-ções que hoje se encontram secos de esperança, fé e amor.

Para tanto, dois objetivos destacam-se: conscientizar e conclamar cada discípulo de Cristo a se envolver na Gran-de Comissão, com a finalida-de de alcançar Pernambuco, e continuar avançando com a expansão do Evangelho de Cristo em todo estado, através dos diversos Projetos de Plantação e Revitalização de Igrejas, além dos Projetos Especiais PEPE, Ministério com Surdos, Campus, ARCA e Seminarista Missionário.

A CBPE/AME hoje conta com 120 missionários nos campos. E para que este tra-

seus pastores e membros. Além disso, autoridades da cidade de Santos - SP, vere-adores e outros seguimentos da sociedade Santista, como o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Subsecção de Santos, também estiveram presentes. O orador

balho avance, os Batistas são desafiados a levantar uma oferta de R$ 550.000,00.

O Sertão do Pajeú e Itaparica

O território Sertão do Pa-jeú abrange uma área de 13.350,30 Km² e é composto por 20 municípios: Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Ita-petim, Mirandiba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Solidão, Triunfo, Tuparetama, Ingazeira, Afo-gados da Ingazeira, Iguaraci, Quixaba, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talha-da, Sertânia e Tabira.

A população total do territó-rio é de 395.293 habitantes, dos quais 153.673 vivem na área rural (38,88% do total). Entre eles, há 16 comunidades quilombolas e uma área de ter-ras indígenas. Seu IDH médio é 0,65. (Fonte: mda.gov.br)

Esta é uma região marcada pela escassez de água, onde a seca castiga, dizima os re-

do culto foi o pastor Eli Fer-nandes de Oliveira, da Igreja Batista da Liberdade - SP, que trouxe duas mensagens que ficarão em nossos corações como marca do poder da Palavra de Deus.

No dia 27, a Igreja recebeu uma placa da Convenção Ba-

banhos, destrói plantações e afugenta a sua gente, que foge para os grandes centros urbanos à procura de empre-go e uma vida melhor.

Mas é quando pensamos na realidade espiritual deste povo, que o nosso desafio se expande, pois encontramos pessoas com sede de Deus, mas presas em uma religiosi-dade idólatra ou, até mesmo, depressivas, já sem esperança em suas próprias vidas.

Por isso, a CBPE e AME vêm desenvolvendo esforços para revitalizar Igrejas e Congre-gações, oferecendo capacita-ção e formação de liderança, visando preparar melhor os missionários locais e assim alcançar esse povo sofrido.

Um dos municípios que está sendo fruto dessa aten-ção é Ingazeira, onde, atu-almente, não há trabalho Batista. Por isso, o desafio de Plantação está sendo lan-çado. Uma cidade que sofre com a idolatria, a falta de em-

tista do Estado de São Paulo (CBESP), que foi representada pelo secretário Executivo da Associação das Igrejas Batistas do Litoral Paulista, pastor Je-remias Sales de Carvalho. Em dezembro de 2016, através do Projeto de lei de autoria do vereador e professor Igor Martins de Melo, a Igreja tam-bém foi homenageada pela Câmara Municipal de Santos, mas, só na noite do dia 27 de maio de 2017, recebeu a placa de homenagem.

No dia 28, a música tomou conta da festividade. A área

prego e de ocupação para os seus jovens. “Precisamos de apoio. E eu creio que a Igreja Batista tem essa capacidade de chegar na cidade e fazer essa renovação, esse impacto na vida das pessoas”. Marcí-lio Sousa, morador. Ele e sua família são crentes Batistas, mas não têm onde congregar.

Outro desafio é o de For-talecimento de Igrejas, ou seja, locais aonde o trabalho já existe, mas é necessário investir mais atenção e cuida-do. É o caso das cidades de Inajá e Itacuruba, que preci-sam de uma Igreja mais forte e atuante, para conquistar as vidas que sofrem com a ido-latria e com o grande índice de depressão. A Primeira Igreja Batista em Floresta já aceitou este desafio, mas os pernambucanos precisam se mobilizar e ajudar.

Bons exemplos não faltam. É o caso de Quixaba, que tem atuado de forma profun-da com o projeto de Igreja

musical ficou sob a respon-sabilidade do ministério de música da IBAB, com a par-ticipação do quarteto mascu-lino, grupo de louvor, coral e hinos congregacionais.

A Igreja também foi desta-que na mídia, através do Jor-nal “A Tribuna”, que fez uma longa publicação a respeito da importância da IBAB e suas atividades na cidade de San-tos e cidades circunvizinhas.

A Deus, o nosso Eterno Pai, e a Jesus Cristo, o nosso Eterno Salvador, sejam dadas toda honra e toda glória!

Multiplicadora, abrindo con-gregações e expandindo o trabalho na região.

“Compreendo muito bem o sentido e a importância da Campanha de Missões Esta-duais 2017, com ênfase em anunciar Cristo ao Sertão do Alto Pajeú, região em que vivi por quase vinte anos”, revela pastor Maurício Manoel, co-ordenador da AME. Para ele, a Campanha de Mobilização e Conscientização Missionária 2017 “Desafiará os Batistas pernambucanos a continuar ex-pandindo e fortalecendo a obra missionária em nosso estado”.

Nosso desafio é “Levar a Água da Vida a esse povo que tem sede de Deus”, levar “A mensagem de esperança”, por isso, todas as Igrejas Ba-tistas de Pernambuco preci-sam “Focar no cumprimento de sua missão, proclamando o Evangelho de Cristo” e, as-sim, viver no coração o “Eu me importo, anuncio Cristo ao Alto Pajeú.

Igreja Batista de Areia Branca, em Santos - SP, comemora 60 anos de atividades

Fotos: Adriano Frós/Agência Criativa

Batistas de Pernambuco dizem “Eu me importo com o Alto Pajeú”

Coral da IBAB

Igreja de Quixaba tem dado bom exemplo de multiplicação, abrindo várias congregações

Visita à família Batista em Ingazeira, onde ainda não há trabalho Batista

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 09/07/17notícias do brasil batista

Geremias Bento, pastor, diretor Geral do Seminário Teológico Batista do Nordeste

Serva de Cristo, mãe dedicada e membro mais antiga da Pri-meira Igreja Batista

de Santarém - PA. Umbelina deixa o legado da hospita-lidade com a qual acolheu, em seu seio familiar, pasto-res, missionários e irmãos, sempre servindo com alegria e, assim, compartilhando o Amor e Compaixão de Deus com seus semelhantes. Ser-

Marcos Antonio Peres, pastor da Primeira Igreja Batista do Brás - SP

A Primei ra I g re ja Batista do Brás - SP teve a honra de te r o pas to r

Natanael de Barros Almei-da como membro nos seus últ imos anos de vida, e louva a Deus por este ser-vo humilde e dedicado na Obra do Senhor. Ele resu-miu assim sua caminhada ministerial: “Assim dese-jei, assim vivi o ministério que Deus me confiou. Em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra o ministério que

viu fielmente no trabalho da Obra do Senhor, viveu sua vida como discípula atenta aos ensinamentos de Cristo e assim influenciou sua família e aqueles que puderam tes-temunhar sua trajetória.

No serviço prestado ao Corpo de Cristo viveu em de-dicação especial como man-tenedora de missionários no Brasil e no exterior. Era filha de Agripino e Rosa de Andra-de Brelaz, fiéis cooperadores do “apóstolo do Amazonas” Eurico Nelson, nas viagens missionárias pelo oeste do Pará e ribeirinhos no Amazo-

recebi do Senhor Jesus!”.Pastor Natanael nasceu

em Recife, em 13 de julho de 1924, filho do pastor Zacarias de Barros Almeida e da irmã Merandolina de Barros Almeida. Foi casado com a irmã Edith Miranda Almeida, com quem viveu casado por 67 anos e teve dois f i lhos e uma f i lha, Adoniram, Davi e Rosale, que geraram os netos Luiz Alberto, Ricardo, Raquel, Paulo Cesar, Daniel e tam-bém a bisneta Giovana.

Formou-se em Teologia em 1949, e foi consagrado ao minis tér io em 25 de janeiro de 1950. Exerceu o Ministério Pastoral em vá-

nas. A família Brelaz Batista tem servido a Cristo e atuado

rias Igrejas nos estados do Espírito Santo, Alagoas e São Paulo. Também lecio-nou na Faculdade Teológi-

na fundação e expansão da atuação das Igrejas Batistas

ca Batista de Campinas. Era amante do saber; formou--se também em Filosofia, Letras e especializou-se em Português. Era mem-bro da Academia Paulista Evangélica de Letras e es-creveu 12 obras, com am-pla repercussão em nossa denominação.

Sua personalidade hu-milde e simples cativava a todos e fez do pas tor Natanael uma pessoa pró-xima e um exemplo para todos nós. Um fato, entre tantos, marcou a vida dele: em 1948 passou uma noite gloriosa na prisão, quan-do foi preso por pregar próximo ao padroeiro de

nos estados do Pará e Amazo-nas, contribuído, assim, para a expansão do Reino.

Todos aqueles que foram alcançados pelo seu amor tão terno, sorriso e simpli-cidade, hoje podem atestar que partiu uma serva fiel, que cumpriu sua gloriosa carreira e guardou a fé no Salvador, a quem hoje po-derá abraçar.

“Porque Deus não é injus-to, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostraste, porquanto servistes aos san-tos...” (Hb 6.10).

Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Penedo, em Alagoas.

Louvamos a Deus pela vida desse homem de Deus e pela PIB de Vila Silvia, que, em março de 2010, honrou o pastor Natanel como Pastor Emérito.

O Senhor o chamou para o descanso eterno em 10 de maio de 2017. O cul-to de despedida contou com a presença de vários amigos, ex-ovelhas e fami-liares, bem como do pas-tor Marcos Antonio Peres, pastor José Vieira Rocha, pastor Edvaldo Rosa, pas-tor Carlos Jones e pastor Claudio Ferreira.

Umbelina Brelaz Batista(21/08/1921 - 01/06/2017)

Pastor Natanael de Barros Almeida: 67 anos de Ministério Pastoral aqui na Terra

14 o jornal batista – domingo, 09/07/17 ponto de vista

“E, por se multiplicar a iniquidade ou maldade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12).

Este é o diagnóstico preciso do Senhor Je-sus. Já vivemos esse tempo. Dentro e fora

das Igrejas temos constatado a multiplicação da maldade, da injustiça e a diminuição drástica ou o esfriamento do amor. São poucos os que se importam com as necessida-des e mazelas do próximo. O nosso tempo é de egoísmo, personalismo e estilismo. As pessoas estão ficando cada vez mais fúteis, preocupadas com o exterior ou com a apa-rência, vazias, sendo domi-nadas pela tecnologia fácil. Estão cada vez mais robotiza-das. Computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos dominam os incautos. Utilizar a tecnologia para o bem pes-soal e comum é uma coisa, mas ser dominado por ela, é outra bem diferente. O que temos notado regularmente é que as pessoas estão mais

Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB

Eu fico espantado quan-do ouço isto: “Não per-doo!”. Mas, meu espan-to ainda é maior quan-

do “cristãos” dizem isso. Será que um cristão pode dizer tal frase de coração? Talvez, não seja um cristão. Pode ser um frequentador de Igreja, o que não vale nada, ainda que mui-tos tentem se esconder dessa forma. Esse comportamento é típico de quem não é, mas pensa que é.

Pense bem: Deus perdoa a todos que se arrependem, Jesus também perdoa a todos que se arrependem. Sendo assim, quem é o homem para não perdoar alguém? Pior: se sou cristão, Cristo dirige mi-nha vida; se Ele dirige minha vida, Ele está dizendo para eu não perdoar? Não, não mesmo.

voltadas para coisas do que para o próximo.

O amor de muitos está se esfriando como o incidente da rampa de ciclismo Tim Maia, arrancada pela enorme onda no Rio de Janeiro. O corpo de uma das vítimas es-tava na areia da praia e, logo ao lado, estava um grupo de homens jogando futebol. Quanta insensibilidade, frie-za, diante da dor do próximo, da família da vítima; quanta falta de respeito, de valor à vida. Que lástima! O homem tem sido mais insensível do que os animais. Na verdade, ele tem vivido mais pelos ins-tintos do que pelo sentimen-to, pela solidariedade e pela empatia. A multiplicação da maldade tem cauterizado mentes e corações. A natu-reza má, perversa, de Adão, tem permeado a sociedade e, muitas vezes, os ambientes eclesiásticos, determinando os relacionamentos.

A vida do ser humano tem valido pouco. Por causa de dez reais, o viciado que não paga ao traficante perde a

Você sabe quantas vezes devemos perdoar? Pedro per-guntou isso a Jesus e Ele deu uma resposta que talvez você não goste: “Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pe-cará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete” (Mt 18.21-22). Pedro achava que fora com-placente falando em perdoar sete vezes, já que o normal era perdoar três vezes. Fico pensando na cara que ele fez quando Jesus disse: “Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete”. Com essa resposta, Jesus estava dizendo que devemos per-doar sempre, toda vez que errarem conosco, entendeu? Mas Jesus não parou por aí. Leia o que Jesus falou:

“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que deseja-va acertar contas com seus

sua vida. Jesus nos ensina que uma vida vale mais do que o mundo inteiro. Aqui temos um duro contraste entre o sistema deste mun-do e os valores do Reino de Deus, do Evangelho de Cristo. Jesus afirmou, catego-ricamente, que o diabo veio para matar, roubar e destruir (João 10.10); e ele tem feito estragos sem precedentes na história. Jesus veio para nos dar vida e esta em abundân-cia. Vida de significado, que se importa com o próximo e o irmão. Que possui valores nobres, valores do Reino de Deus. Que vive com entu-siasmo a comunhão com Deus por meio de Cristo, e a comunhão com o próximo.

Onde entra o Evangelho, a iniquidade é vencida e o amor aumenta. Notamos aqui a radicalidade do Evangelho de Cristo, que é o Poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Romanos 1.16). Onde o Reino de Deus entra há amor, justiça, paz, humildade e mansidão. A solidariedade é abundante. O amor percorre

servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua pre-sença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. “O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor da-quele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. “Mas quando aque-le servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou--o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’. “Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou--lhe: ‘Tenha paciência comi-go, e eu lhe pagarei’.”Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos,

os meandros da sociedade e da Igreja. Por essa razão, temos um compromisso de pregar o Evangelho em todo o lugar, a todo o homem e ao homem todo. Só o Evangelho de Cristo é capaz de curar a esquizofrenia presente na sociedade e na Igreja. Sa-bemos que o Evangelho de Jesus é suficiente para mudar o coração, tirar o coração de pedra (o coração da maldade, iniquidade) e colocar o cora-ção de carne (o coração da bondade, da sensibilidade, da empatia). O coração transfor-mado pelo Senhor Jesus Cristo se importa com a dor, com a mazela e com o sofrimento do próximo. A Parábola do Sa-maritano, contada por Jesus, é muito clara nessa direção (Lucas 10.25-37).

A impetuosidade da malda-de, da iniquidade ou injustiça avança contaminando nos-sas famílias, viciando nossos filhos e netos, tornando-os robôs dominados pela força da tecnologia, condenados a relacionamentos pragmáticos e programáticos. A centrali-

companheiros dele, viram o que havia acontecido, fi-caram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido.”Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cance-lei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’. Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. “Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão” (Mt 18.23-35).

Essa parábola contada por Jesus é fácil de entender. Ele está falando do dever que nós temos de perdoar aos outros porque Deus nos perdoou. Aliás, isso nos leva a outro versículo da Bíblia que fala sobre o perdão: “E perdoa--nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos

dade do ego precisa dar lugar a Centralidade de Cristo. A volúpia do ter precisa dar lugar ao equilíbrio do ser. O amor às máquinas precisa ceder lugar ao amor às pessoas. A interação com os instrumentos tecnológicos deve dar lugar à interatividade moldada pelo coração. Não é a iniquidade ou a maldade que precisa ser multiplicada, mas, o amor, a solidariedade, a empatia e a cumplicidade. Não podemos nos conformar com o avanço de um sistema escravizador, pernicioso, doentio e assassi-no. O mundo é um sistema que deve ser execrado. João nos ensina a não amar o mun-do, o sistema perverso que está posto (I João 2.15-17). A nossa caminhada cristã é na contra-mão do sistema, mas, com profundo amor pelas pessoas que estão nele. Não permita-mos que o amor esfrie dentro de nossas famílias, Igrejas e sociedade. Que Cristo - Aque-le que nos amou dando a Sua própria vida por nós - seja tudo em nosso ser para a Glória do Pai (Colossenses 3.11).

nossos devedores” (Mt 6.12). Quanta gente mentindo por aí, dizendo esse versículo que faz parte da oração do Pai Nosso, mas com o cora-ção repleto de mágoa e sem perdoar ao próximo. Isso é brincar com Deus. Cuidado: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, tam-bém vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vos-so Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15).

O fato de não perdoar pode trazer o castigo divino sobre a vida do homem. Ele pode ser entregue “aos tortura-dores”. Deus está vendo e deixou bem claro que nosso dever é perdoar sempre, afi-nal, ele sempre nos perdoa e nós devemos seguir o exem-plo dEle, se realmente somos Seus filhos. Que esse coração perdoador faça parte da nos-sa vida sempre.

“Não perdoo!”

Multiplica-se a iniquidade, esfria-se o amor

15o jornal batista – domingo, 09/07/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

O nosso ponto de partida, seja no viver diário, no ambiente profis-

sional ou eclesiástico, deve ser a comunhão com Deus, a piedade e a limpeza de coração. Mas já vimos que não basta ser espiritual e piedoso, é necessário que sejamos competentes no que fazemos. Esses são dois componentes fundamentais para que o nosso trabalho profissional e cristão te-nham sucesso, mas não são únicos.

Veja o que acontece com diversos times de futebol, em algumas situações espe-cíficas: a equipe é até com-petente, sabe o que precisa ser feito no gramado durante o jogo, mas, nem sempre

está preparada internamen-te e equipada com “fibra” emocional para suportar a pressão e truculência de um time adversário. Aí o time se rende e volta para casa derrotado.

Assim, é possível aprender que não basta ser espiritual e competente, é necessário que estejamos preparados mental e emocionalmente para enfrentar as pressões da vida, do trabalho, dos relacionamentos. Na área de liderança e gestão isso se chama “resiliência”, isto é, a capacidade de resis-tir às pressões. É claro que tudo tem limite, e comparo a resiliência a um elástico; há um ponto de tensão e ruptura, e então inicia um outro processo chamado

pela Medicina de “burnout”, uma palavra que vem do Inglês e significa queimar a ponto de destruir. No caso da vida seria como esgotar todas energias que temos, a ponto de nos levar à angús-tia, ansiedade, depressão e paralisia mental e emocio-nal. Daí a necessidade de conhecermos nossos limites.

Infelizmente, ao longo do tempo, supervalorizamos a espiritualidade e despreza-mos o lado psíquico e men-tal. Na verdade, penso que acabamos tornando esquizo-frênica a vida cristã. Muito crente vive na Igreja como santarrão de fim de semana, mas, no dia a dia, “rola solto” seu mau gênio e tempera-mento destemperado. Mas já tive oportunidade também de

assistir assembleias de Igrejas e Convenções em que vale mais o lema “bateu, levou” do que o diálogo e o perdão.

Isso não depende somente do lado espiritual da vida. Conversão significa não apenas restauração espiri-tual com o mundo trans-cendente. Conversão é uma metamorfose ampla, total e irrestrita. É um processo de reforma radical de todos os aspectos da vida. O apósto-lo Paulo fala da renovação da mente (Romanos 12.2), mas também há abundantes textos na Bíblia que mencio-nam a área emocional como objeto de transformação. A alegria como componente impulsor da vida, por exem-plo, é citada dezenas de vezes. Mas também temos a

prontidão para enfrentarmos as adversidades do cotidia-no, sejam no lar, na Igreja, no trabalho, nos relacio-namentos, na saúde, etc. E isso envolve equilíbrio emo-cional, mental e também o aporte sobrenatural da Graça de Deus.

Imagine só onde podere-mos chegar quando as áreas espiritual, mental e emocio-nal da nossa vida estiverem equilibradas e quando tiver-mos competência naquilo que temos que realizar, em todos os sentidos. Por isso, não basta ser crente, nem competente, para que al-cancemos o desempenho e sucesso. A nossa vida deve ser considerada de modo integral - física, mental/emo-cional e espiritual.

Não basta ser crente e competente...