ubatuba em revista #03

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Ano 1 - Nº 3 - 2008 U em revista batuba WWW.UBATUBAEMREVISTA.COM.BR 56 ANOS DISTANTES DA REBELIÃO Arquitetura Sustentável • Áreas de Proteção Ambiental • Inverno em Ubatuba

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Terceira edição da Ubatuba em Revista, curiosidades, ecoturismo, praias, dicas, gastronomia, e tudo o que há de melhor em Ubatuba.

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Page 1: Ubatuba em Revista #03

Ano 1 - Nº 3 - 2008

U em revistabatuba

W W W. U B A T U B A E M R E V I S T A . C O M . B R

ILHA ANCHIETA56 ANOS DISTANTES DA REBELIÃO

Arquitetura Sustentável • Áreas de Proteção Ambiental • Inverno em Ubatuba

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20% de desconto em 12X**Crédito sujeito a aprovação. Promoção válida até 15/08/2008

Ubatuba DesignAv. Prof. Thomaz Galhardo, 609 - CentroUbatuba - SP(12) 3832-7265(12) [email protected]

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C A R T A S À R E D A Ç Ã OFALALEITOREscreva para nós! Envie seu comentário, crítica ou sugestão para: [email protected]: Rua Antônio da Silva Balio, 200 – Centro Ubatuba/SP 11680-000

Ubatuba, finalmente ganhou um presente a sua altura, a revis-ta “Ubatuba em Revista”, a qual mostra o verdadeiro paraíso em que residimos. Parabéns a todos da Equipe Ubatuba em Revista, pelo excelente trabalho de divul-gação de nossa querida cidade.Silvio César Fonsecawww.ocaicara.blogspot.com

Envio esse e-mail para parabeni-zá-los pela Ubatuba em Revista n°. 02. Um veículo de informa-ção importante à nossa região, além de um texto agradável, boa diagramação, papel de altíssima

qualidade e fotos maravilhosas. A capa da revista está simples-mente maravilhosa. Estive no Pico por 23 vezes e de forma bastante construtiva nesse momento, acho que a matéria poderia conter um pouco mais de informações, mas gostei. Quanto aos quadros na página 08 “Qual o significado de Uba-tuba?” e “Quem foi Dona Maria Alves?”, só gostaria de acres-centar duas informações sobre a palavra Iperoig que aparece no texto:*Quando estas terras eram ha-bitadas pelos Índios Tupinam-bás a aldeia chamava-se Aldeia de Iperoig, que em Tupi Guarani significa= Baía de Tubarões;*Em 1563 foi assinado nesta região o 1° armistício das Amé-ricas entre índios e colonizado-res portugueses;*Com a paz instalada, os portu-gueses asseguram a posse da região e fundam a Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Sal-vador de Ubatuba;*A data de Fundação de Ubatuba é 28/10/1637, passando então ao nome somente de Ubatuba.Marcos RobertoCaiçara, Educador Ambiental e Jornalista de Profissão

Temos o prazer de cumprimen-tar a Direção Geral de Ubatuba em Revista, que vem privilegiando Ubatuba pela qualidade de suas publicações.Pedro Paulo Teixeira PintoFundart - Presidente

A revista está linda, mais uma vez! Parabéns pela iniciativa. Sin-to muito orgulho em encontrar a minha cidade maravilhosa numa revista tão completa!Silmara Retti

Parabenizo toda a equipe da Uba-tuba em Revista, pela qualidade gráfica e jornalística. Achei muito interessante a revista com toda qualidade principalmente porque é feita aqui no nosso Litoral Norte, sou diagramador (Design Gráfico) do jornal Imprensa Livre e sei da dificuldade de manter uma revista com este padrão, aqui, onde o in-vestimento é pouco e temos que colher na temporada para armaze-nar durante o resto do ano. Creio que vocês conseguiram quebrar uma “barreira editorial” que tanto aflige os profissionais dessa área. Parabéns mais uma vez, espero que eu possa apreciar a Ubatuba em Revista por um longo tempo.Jorge Eduardo Mesquita

Pergunta do mês:O que você costuma fa-zer durante o inverno em Ubatuba? Quais são os melhores programas du-rante essa época na sua opinião?

Enquetes do mês:Você já conhecia a parte histórico-cultural da Ilha Anchieta?

Você acha que o frio é inocente?

Promoção Cultural:Entre no site e saiba como concorrer a 3 edições desse livro:

“Flash! Você sabe o que eu tenho?”

ESSE MÊS NO SITE

www.ubatubaemrevista.com.br

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Ubatuba definitivamente não é só praia. Tem turista que vem para

Ubatuba e logo diz: “Ah, Ubatuba é uma maravilha, praias lindas, mar lim-po e bela paisagem! Mas fica monóto-no depois de um tempo...”. Tem gente que pensa que Ubatuba se resume a isso: Uma carinha bonita e só. É aí que muitos se enganam. Ubatuba é rica em conteúdo, em história e cultura. Aqui, é um prato cheio pra quem busca ali-mento não só para a alma, mas também para mente.

Por isso na capa dessa edição, foi escolhido um dos muitos locais de Ubatuba que conta uma história. His-tória essa que deve ser conhecida e preservada. A Ilha Anchieta, antiga-mente chamada “Tapera de Cunham-bebe” e até conhecida como “Ilha dos Porcos” é um desses locais. A princí-pio parece ser apenas uma praia bonita e nada mais, e acaba por surpreender o visitante quando ruínas de um antigo presídio de segurança máxima descor-tinam a história de uma das maiores rebeliões do mundo, a maior ocorrida até então.

Eu estive lá pessoalmente, não foi a primeira ocasião, mas a primeira como repórter, e acompanhei por mais uma vez, extasiada, a história de cada peda-

ço daquele local. A diretora do parque Estadual, Viviane Bochianeri, me con-fessou um pouco chateada “Às vezes escutamos algum turista dizendo: Ah, não tem nada pra fazer aqui?” e real-mente isso chateia. Está mais do que na hora das pessoas abrirem os olhos para essa beleza, para essa história em for-ma de ruínas, que somente tais locais podem contar.

Outros pontos turísticos estão espa-lhados pela cidade, como a Casa da Fa-rinha, o Cais do Porto, o Farol da Barra, a Gruta que Chora, os Museus, as Ruí-nas da Lagoinha, o Casarão do Porto e tantas outras opções, para quem busca de uma cidade turística, muito mais do que um lugar bonito para visitar.

Ubatuba é assim: Rica de belezas, rica de história, rica de cultura. E esse pedaço de Ubatuba, que está na capa dessa edição, a Ilha Anchieta, tem tudo a ver com a Ubatuba em Revista, afinal traz para quem procura, um atraente conteúdo histórico-cultural juntamente com uma paisagem d e s l u m b r a n t e . Quem é que não gosta dessa dobradinha?

Ana Maria PavãoEditora Chefe

D I R E T O D A R E D A Ç Ã OEDITORIAL

Não é só uma carinha bonita

ExpedienteAno 1 - Número 3

Direção Geral Ana Maria Pavão e João Moreira

Editora Chefe Ana Maria Pavão

Capa Foto Antiga: Paulo ViannaFoto Atual: João Moreira

Arte: João Moreira

Revisão Andreza Lima Pavão

Colaboradores Drª Thelma B. Oliveira

Carlos Rizzo

Internet www.ubatubaemreista.com.br

VendasLuis Pavão (12) 8146-8847

Andreza Pavão (12) 8146-9459

Publicidade João Moreira

Tiragem 5.000 exemplaresAUDITADOS PELA ACIU

Impressão: Van Moorsel

Contatos [email protected](12) 3833-9035 - (12) 9163-9128

Sugestão de [email protected]

Ubatuba em Revista é uma publicação da Sapere Editora. É distribuída no vale do Para-íba, São Paulo e Litoral Norte de São Paulo.

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A S N O V I D A D E S D O M Ê SNESTAEDIÇÃO08 CURIOSIDADES

Sabe onde fica?Qual o significado de Itaguá?Memória Ubatubense: Thomaz GalhardoAlbatroz em Ubatuba?Personalidade: Mestre Bigode

12 NOSSOSFILHOSPor que a criança engatinha?Estação da tosse

14 PERFILUma aventura por prazer

16 MUNDOPETCachorro que pula, o que fazer?Cão ou Gato?

18 PRAIAGOURMETCulinária italianaReceita de Fettuccine a Marinara

20 VARANDACAIÇARAPessoas de destaque

22 NÁUTICADe onde vem a medida em nós?Praia para chegar pelo mar

28 SAÚDEO frio é inocente?

30 ECOTURISMOEncantamentos

32 DICASCULTURAISCinema, DVD e Livros

34 NACIDADEInverno em UbatubaDelícias para animar seu invernoCalendário de FestasÁreas de Proteção Ambiental

44 CAPITALSURFDicas pra quem quer começar

45 COMPRASSERVIÇOSDicas especiais de serviços

46 NOSSAPRIAPraia da Fortaleza

48 UBATUBAGUIAEncontre o que procura

50 MEIOAMBIENTEArquitetura Sustentável

24 DESTINOPARAÍSOSaiba como foi a rebelião no presídio de segurança máxima que existiu na Ilha Anchieta e como está a Ilha atualmente.

A culinária italiana também faz sucesso em Ubatuba!

Mamma Mia!

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A estátua de Nossa Senhora da Paz de Iperoig foi abençoada pelo Papa João XXIII e doada à Ubatuba em 14/09/1963, dia em que foi comemorado o

aniversário de 400 anos da Paz de Iperoig.Está localizada na Praça Paz de Iperoig, no centro de Ubatuba, no início da rua

Dr. Esteves da Silva. A praça que já foi conhecida como “Praça do Rosário”, “Pra-ça Marechal Deodoro” e “Praça da Bandeira”, abrigou tempos atrás a Igreja Nos-sa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que, segundo consta, foi parcialmente destruída quando foi atingida por um corisco (raio), e posteriormente, em 1913 foi demolida pelo Padre Paschoal Reale, sendo parte do material utilizado nas obras

de construção do piso na capela-mor da Igreja Matriz.

A Irmandade Nos-sa Senhora do Rosário dos Homens Pretos chegou ao Brasil no séc. XVI, sendo uma confraria de culto afro-brasileiro. Congregados em torno da devoção a Nossa Senhora do Rosário. A entidade foi criada para abrigar a religiosidade do povo negro, impedido de freqüentar as mesmas igrejas dos brancos.

Até o momento não foi possível encontrar algum do-cumento ou relato que comprove a data de construção da

Igreja.

ATUALIDADES, HISTÓRIA , CULTURACURIOSIDADESSabe onde fica?

Foto antiga, retratando no destaque a antiga Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, demolida em 1913.

Estátua Nossa Senhora da Paz de IperoigTEXTO: LUIS PAVÃO

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Qual o significado de Itaguá?ITA=pedra GUÁ=comida

Itaguá tem o significado mais aceito de: pedra onde as aves se alimentam, que em tupi a forma correta é itaguabá. Itaguá pode ser também uma es-pécie de peixe.

Fonte: Livro Vocabulário Tupi-Guarani/Português

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CURIOSIDADES

Quem foi Professor Thomaz Galhardo?O professor Thomaz Paulo do Bom Sucesso Galhardo nasceu em Ubatuba em 29 de dezembro de 1855 e fale-ceu na capital paulista em 30 de junho de 1904.Muito jovem transferiu-se para São Paulo a fim de es-tudar, dedicando-se em seguida ao Ensino Público, onde fez brilhante carreira, ocupando os mais altos e honro-sos cargos no Magistério Paulista. Mas, enfrentando dificuldades no desempenho das funções para as quais era designado pelas autoridades, ante a precariedade do material e dos métodos adotados, escreveu e editou um memorável livro, a Cartilha Elementar para a Infância, manual esse adotado socialmente pelo governo paulista e depois por todo o Brasil, tendo sido o livro que alfabeti-zou o maior número de brasileiros da época.Por sua relevante personalidade nas letras e no ensino do país, o professor Thomaz Galhardo foi agraciado com o grau de comendador pelo Imperador D. Pedro II.

Personalidade Ubatubense

Fonte: Fundart de Ubatuba

Albatroz em Ubatuba? Está sob cuidados do Instituto Argonauta de Ubatuba, um alba-troz negro encontrado por turistas na praia das Toninhas. Acredi-ta-se que este “animal raro” tenha se perdido em alto mar devido aos ciclones. Foi encontrado debilitado, magro e sem conseguir ficar de pé. Os turistas o confudiram com um “patão” e ligaram para o Instituto Argonauta que o colocou sob cuidados. Hoje a ave já está totalmente reabilitada aguardando soltura.A Ubatuba em Revista conversou com a presidente do Instituto Argonauta, Paula Baldassin, ela nos contou que é importante co-municar o Instituto sempre que algum animal marinho ou silves-tre for encontrado. “Muita gente não sabe, mas sempre que for localizado um animal marinho, não dever ser tomadas medidas precipitadas, o ideal é comunicar o Instituto imediatamente para que seja feito o resgate. É um erro tomar atitudes como colocar um pingüim no gelo, fato que pode culminar na morte do animal”, explicou.Para falar com o Instituto Argonauta, o telefone é (12) 3833-4863 ou também pelo canal 0 (zero) na freqüência 143.200.

Resgate do Instituto Argonauta TEXTO: ANA PAVÃO

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CURIOSIDADES

Ao mestre, com carinho

Mestre Bigode

TEXTO E FOTOS: LUIS PAVÃO

Em 18 de dezembro de 1932, nascia em Ubatuba Antonio Theodoro de Souza, o Mestre Bigode, ou como muitos dizem “o segundo Aleijadinho do Brasil”. Caiçara de corpo e alma, o menino de família simples, vivendo sempre no Perequê-Açu e Barra Seca, já dava os primeiros passos, ou melhor, as primeiras “entalhadas” aos 7 (sete) anos de ida-

de, época em que seu pai foi contra que virasse artesão. Assim sendo, escondido fazia colheres, tamancos e pequenas peças de madeira.

Com bronquite e asma muito intensas, um médico chegou a informar a família que o pe-queno Antonio não viveria muito tempo, fato que causou muita tristeza a todos.

Nessa época, um mineiro de nome José da Silva disse ao pai de Antonio que deveria leva-lo até a praia, contar 9 ondas e depois banhá-lo no mar, e repetindo isso por algumas semanas, o garoto iria sarar. E sarou mesmo...Mestre Bigode se tornou, além de um talentoso artista, um atleta, marato-nista campeão, com diversas medalhas e fotos que estão cuidado-samente expostas em sua casa. Foi corredor, inclusive da 1ª Corrida de São Silvestre, atingindo a 34° colocação.

Sua verdadeira paixão é viver e trabalhar com madeira. A energia que transmite ao falar de sua vida e de suas obras é incrível, tanto que Mestre Bigode se emocionou e nos emocionou, em diver-sos momentos da entrevista.

Mesmo sendo analfabeto, tem o hábito de deixar uma his-tória detalhada sobre suas obras. Ele vai ditando, para que algum familiar transcreva toda sua inspiração sobre a peça, desde a coleta da madeira, até o término da escultura.

Hoje, aos 75 anos, casado com Joana Pinheiro de Souza há 50 anos, pai de 20 filhos, 40 netos e 1 bisneta, Mestre Bigode ainda faz esculturas “por prazer”, e mesmo com problemas de saúde e visão, está terminando uma está-tua de Santo Antônio, que depois de concluída será mais uma na sua coleção de aproximadamente 4.500 peças, que estão espalhadas por todo Brasil e mundo. Algumas delas foram para importantes igrejas, como por exemplo, uma escultura do rosto de Jesus Cristo, feita com madeira de Pau Brasil, que está no Vaticano.

Mestre Bigode, com sua rica simplicidade, diz que seu desejo é ter saúde, e sonha em poder voltar aos tempos da mocidade novamente. Acha que os artistas poderiam ser mais valorizados em vida e espera que ainda possa ver uma exposição de suas obras na cidade, que tanto ama. U

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H E R D E I R O S D A N O S S A T E R R ANOSSOSFILHOS TEXTO: DRª THELMA B. OLIVEIRA

POR QUE A CRIANÇA ENGATINHA?

O motivo de a criança engatinhar deve-se a como evoluímos para ficar de pé, passado pelos estágios: peixe (no útero) > réptil (da barriga) > quadrú-

pede > bípede, isso levou milhões de anos! Uma criança leva poucos meses pra queimar essas etapas.

Quando forçada a ficar de pé e caminhar (por exemplo, com andador), a criança não usa a musculatura superior e inferior harmonica-mente nem tem tanta noção espacial, nem de seu esquema corporal. Claro que você pode “condicionar” uma criança a caminhar, desde 4-6 meses, mas a que preço?

Resultado: incoordenação e quedas mais freqüentes. Então, eu é que pergunto: por que não esperar, por que não cumprir o plano da NATUREZA? O “progresso” e a modernidade NÃO nos eximem do mais lento desenvolvimento neuro-motor como

programado...“A coordenação motora fina, que é como

chamamos a capacidade de escrever, costurar, pintar, consertar um relógio ou digitar, é o úl-timo degrau, no processo de desenvolvimento, da coordenação global, que envolve a marcha e o equilíbrio, e a correta utilização dos mem-bros e de todo o corpo em grandes cadeias musculares.

Seguem-se os princípios gerais do desen-volvimento, o próximo-distral e o céfalo-caudal, sempre do mais simples para o mais complexo, do mais interior (corpo) para o mais distante (membros, pernas e mãos), e da cabeça para o restante do corpo. Quer di-zer que o desenvolvimento não é aleatório, e ainda tem uma seqüência que diz que, para segurar um lápis, a criança precisa ter primei-ro firmado a cabeça, corpo, ombros, braços, punho e finalmente mãos e dedos.” U

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Estação da TosseChegou a estação fria e seca, com tosse, tosse, tosses...

O que fazer, quais medidas caseiras tomar?

TEXTO: DRª THELMA B. OLIVEIRA

1) Manter o nível de umidade no quarto das crianças.2) A criança perde líquidos com as secreções da tosse: bote líquidos pra dentro!3) Não as deixe muito tempo ao sol; as brincadeiras e exercí-cios devem ser feitos a sombra.4) Não fique louco pra cortar a tosse com remédios, tipo antihistamícos, corticoides, antibióticos; nem fique obsessivo com as febrículas; se a criança aparenta estar bem, ELA ESTÁ BEM.5) A alimentação deve ser a de sempre.6) Sinais de preocupação são a dificuldade respiratória, respi-ração muito rápida ou com ‘estridor’ (tosse de cachorro).7) Evite aglomerações, que favorecem a disseminação de res-friados.8) Chás e sucos de frutas com gengibre são excelentes (com-provados por mim) – o gengibre pode ser batido cru com algum suco ou infusão com chá.9) Paciência, paciência, paciência.10) E ... tchan tchan tchan: amanheceu, tosse vai embora, tudo melhora quando amanhecer! U

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E N T R E V I S T APERFIL TEXTO: JOÃO MOREIRA

POR PRAZERNesta 3ª edição a Ubatuba em Revista teve a oportunidade de entrevistar Alexan-

dre Di Monaco e sua esposa Iris Corbett Di Monaco, que estavam de passagem pela cidade. Atualmente o casal faz uma indescritível aventura a bordo de um veleiro.

Alexandre e Iris são de Campinas cidade do interior de São Paulo e se conhecem desde o tempo de ginásio. Vieram morar em Ubatuba há 25 anos atrás. Trabalharam uma vida juntos com um objetivo em comum, eles tinham um sonho: comprar um veleiro e sair mundo a fora.

Por que decidiram se mudar de Campinas para Ubatuba?Iris: Optamos por Ubatuba pelo estilo de vida e principalmente pensando nos filhos, para que pudessem crescer num lugar onde tivessem uma liberdade maior, um contato maior com a natureza. Já conhecíamos Ubatuba, acampávamos sem-pre na praia do Ubatumirim.

Como e quando surgiu a idéia da viagem?Alexandre: Surgiu a mais de 25 anos, e era o nosso ideal de vida. Há 22 anos atrás compramos um projeto de um barco, para construí-lo. Foram 6 pessoas de Ubatu-ba que compraram, mas o grupo se desentendeu porque seriam feitos os 6 barcos em um determinado local, mas um queria em um local e outro queria em outro e acabou desandando a idéia. Eu fiquei com o projeto até hoje.

Existe um planejamento ou uma rota de viagem?Alexandre: Não queremos deixar de conhecer nada só para seguir um cronograma. A rota será atravessar o canal do Panamá sentido Pacífico no próximo dezembro, mas não temos preocupação com o tempo, e esse planejamento não é definitivo, tudo vai depender do prazer de estar nos lugares. O bom do barco é isso, se você está numa cidade que não agrada, levanta âncora e vai embora.

Existe alguma empresa ou algum patrocínio por trás da viagem?Alexandre: Na verdade vendemos quase tudo que tínhamos, loja, casa, carro, mas o que paga a viagem são os aluguéis de imóveis e a lotérica que ainda temos em Ubatuba. Estamos coletando muitas fotos e vídeos, o que poderá ser utilizado no futuro.

Uma frase que descreva essa aventura ou esses momentos que estão vivendo atualmente?Alexandre: “Por que não comecei antes?”Iris: “O mar é nosso caminho e o vento nosso destino”

Quem quiser acompanhar por onde vocês andam, tem como? Um site, por exemplo?Sim, quem quiser pode ir ao Tamoios Yate Clube, deixamos uma carta náutica do Caribe que consta onde já passamos. Temos um site ainda em construção: www.ubatubarco.com.br, que terá um mapa com as cidades por onde passamos, e a pessoa clicando poderá ver descrições das cidades e fotos.

UMA AVENTURA

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Não temos preocupação com o tempo,

tudo vai depender do prazer

de estar nos lugares

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CUIDADOS COM ANIMAISMUNDOPET TEXTO: BRUNO TAUSZ

CINÓFILO E ETÓLOGO

O Cão Pula em Cima da Gente!

O QUE FAZER?

Que faço para um cão de 4 meses parar de pular na gente?Tadinho, ele pula de alegria...Já demos vários coman-dos...até já bati nele...

O problema está neste “tadinho”. A gente sabe que ele está pulando carinhosamente... E não tem coragem de se zangar com ele por isto.

Pois não precisa... A técnica do “Adestramento Sem Castigo” é condicioná-lo de tal forma que ele deixe de gostar de pular em cima.

Assim se você brincar com ele de uma brincadeira mais estúpida do que a dele, ele deixará de gostar de pular em cima.

Quando ele pular em cima de você, em vez de se zangar com ele, aceite a brincadeira e segure suas patinhas anteriores. Segure firme, mas, continue falando com ele sem zanga e sorrindo. Deixe-o pensar que parte desta brincadeira é de segurar as patas.

Nenhum cachorro gosta que lhe segurem as patas. Em pouco tem-po ele vai tentar tirá-las, mas você não vai deixar.

Aí ele vai começar a chorar e tentar remover suas mãos com a boca. Continue segurando até você perceber que ele está angustia-do... Na segunda vez que você fizer isto ele deixará de gostar de pular em cima.

Se com as outras pessoas não funcionar, peça a colaboração delas para fazer a mesma coisa. Seu problema está resolvido.

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TEXTO: VANIA MACIEL

Cão ou gato?Quem não tem cão, caça com gato. É o que diz a sabedoria

popular, que desde há muito tempo já relaciona a necessidade do ser humano em ter animais de estimação. Ao mesmo tempo existe a idéia de que em relação aos animais domésticos, ou você os ama, ou os odeia. Mas como sempre há o novo que muda o antigo, se não nas-cemos amando cães e gatos, sempre é tempo de descobri-los.

E o que há para descobrir? O que já sabemos é que temos o compromis-so de ensiná-los a fazer suas necessidades em lugar apropriado, que temos que alimentá-los, cuidá-los, tratá-los por pelo menos dez anos, quando leva-mos para casa os rabinhos abanando ou os ronronares dos felinos. O que nós não sabemos, é que são 10 anos de pura felicidade!

Quando voltamos para casa depois de um dia de labuta, a alegria está de prontidão, os beijos regados a lambidas – ou aquele rabinho peludo do bichano que roça as nossas pernas, nos dimensiona a alegria de viver. E é por isso que aos humanos desacompanhados, solitários em sua velhice, ou ás crianças que aprendem todo dia a conviver socialmente e a trabalhar suas relações, recomenda-se fortemente um animal doméstico, pois ele nos indica que a vida ainda pulsa, ele nos ensina que o afeto e o contato são próprios da natureza humana. A humanidade teria uma velhice mais sadia e uma infância mais alegre e, é claro, uma adolescência e uma maturidade privilegiada se to-dos pudessem privar da sabedoria desses quatro patas domésticos. Por isso, entre cão e gato, fique com os dois! U

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O MELHOR DA CULINÁRIA DA REGIÃOPRAIAGOURMETTEXTO: ANA PAVÃO

Mamma Mia!

Uma culinária rica, variada, moderna e versátil, assim é a culinária italiana. Famosa por não comportar uma

característica única, pois cada região da Itália traz sua própria peculiaridade.

Os pratos sempre rústicos levam mui-tas ervas, como manjericão, mangerona, orégano, sálvia e outros condimentos. Na culinária italiana, a sofisticação é deixada de lado em favor da valorização dos perfumes e sabores naturais dos in-gredientes, e é provavelmente por isso, que o aroma, a aparência, o colorido e todas as características desta culinária atiçam tanto os nossos sentidos.

A pasta (massa) é sem dúvida o des-taque da culinária italiana. As cozinhas de todo o mundo nunca mais foram às mesmas após conhecer essa simples mistura de farinha e água. Já o azeite de oliva é a alma da culinária italiana, é o que garante o grande sabor, perfume e personalidade desta gastronomia única.

Quem aprecia as delícias da terra da “bota” e procura um pedacinho da Itá-lia em Ubatuba, encontra o Restaurante Perequim, tradicional, já há 31 anos vem fazendo sucesso na cidade. O restau-rante leva ao pé da letra seu slogan: “A arte de comer, beber, e servir bem”, espe-cializado na culinária italiana, serve muitos tipos de massas e, com exceção do spaguetti, todas feitas artesanal-mente pela própria casa, como uma típica cantina italiana.

Os molhos são um destaque a parte, João Bianchi o proprietário, conta que a receita ainda é a de sua avó, a mesma que ela fazia quando chegou da Itália. Cada molho é cuidadosamente prepara-do, feito com tomates selecionados que

passam em cozimento por 15 horas, até tomar o ponto ideal, seguindo rigorosa-mente a técnica italiana passada de gera-ção a geração.

João Bianchi nos contou que sempre adorou cozinhar, e já esteve muitas ve-zes na Itália realizando cursos gastronô-micos. “Eu gosto de preparar refeições, mas também adoro estudar sobre comi-da”, disse. João ainda relata, que todos os Couverts são preparados pela casa, inclusive o pão.

O restaurante possui diversos pratos de criação própria, um destaque fica por conta da entrada “Provoleta Tânia”, fei-ta no forno à lenha e servida com um molho especial, é realmente sensacional. Já para o prato principal, uma sugestão de boa pedida é o Spaguetti ao Vôngole, feito com vôngoles puxados no azeite, alho, cebola, vinho branco, salsinha, er-vas e tomate picado, vale a pena provar.

O ambiente é peculiar, paredes deco-radas com pedras lembram uma taberna, ao mesmo tempo em que a varanda com vista para o mar passa uma sensação de leveza e bem estar. Um local realmente agradável.

Para beber, são mais de 100 rótulos de vinhos e 60 tipos de cerveja, entre elas nacionais e importadas.

Além dos pratos italianos, a casa tam-bém conta com peixes, frutos do mar, frangos e grande variedade de pizzas. Tudo feito com zelo e qualidade excepcional.

O Restaurante Perequim funciona todos os dias exceto quarta-feira, das 11hs30 até o último cliente. Na alta temporada abre to-dos os dias. Fica localizado na Rua Guarani, 385.Fone: (12) 3832-1354

Todo dia 29 o Perequim costuma lotar, pois é dia do famoso “ Gnocchi da Sorte do Perequim”

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Receita do mês: Fettuccine a MarinaraIngredientes300 gramas de massa seca Fettuccini2 colheres (sopa) de azeite extra vir-gem½ colher (sopa) de manteiga1 dente de alho1 cebola pequena50 gramas de molho de tomate100 gramas de camarões miúdos50 gramas de mexilhões50 gramas de lula50 gramas de polvo50 gramas de isca de abadejo½ cálice de vinho brancoSal e pimenta do reinoErvas finas6 azeitonas pretas fatiadas

Modo de preparoCozinhar a massa ao dente.

Aquecer o azeite, puxar a cebola pi-cada, o alho e juntar aos poucos os outros ingredientes com exceção do vinho, e cozinhar pouco a pouco, a lula deve ser acrescentada no final, pois tem um tempo de cozimento menor.

Quando estiver no ponto, adicionar o vinho e flambar. Juntar a massa ao molho na frigideira e servir.

Tempo de preparo: 8 minutosServe duas pessoas

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Sempre alerta!Engana-se quem pensa que o Chefe André, como é conhecido pela garotada no final de semana, não esta “Sempre alerta” quando à paisana. André presta um trabalho voluntário

à comunidade de Ubatuba, e agora indaga junto à administração uma área “aban-

donada” junto ao aeroporto, “são 10 anos que busco uma sede para

meus escoteiros”. Existe também uma lei, que regulamenta o pa-gamento de 2 salários mínimos para o grupo de escoteiros Ipe-

roig , “Temos crianças que não tem condições de levar um lan-che numa viagem do grupo e pagamos do nosso bolso. Esse dinheiro ajudaria bastante”.

C O L U N A S O C I A L D E U B A T U B AVARANDACAIÇARATEXTO E FOTOS: JOÃO MOREIRA

Concorrência, SIM, Parcerias, SIM!Em Ubatuba um grupo de comerciantes donos de restaurantes, conseguem feito admirável. Hoje a AREUBA (Associação de Bares e Restaurantes de Ubatuba ) passa a ser uma Regional da ABRA-SEL (Associação Brasileira de Bares e Restauran-tes). A primeira presidência foi concedida a João Bianch, proprietário da tradicional Cantina Ita-liana Perequim, fundada em 1977. Essa parceria com certeza ajudará o Turismo de Ubatuba, pois a cidade conta com a culinária mais rica do Lito-ral Norte. “Se não caminharmos juntos, não vamos a lugar algum, somente a união nos levará ao objetivo”, disse João Bianch com en-tusiasmo, durante a posse.

Nova praia em Ubatuba “Asfalticia”Recentemente o musico Miltinho integrante do sexteto do programa do Jô, esteve em Ubatuba fazendo um workshop sobre ritmos. Uma apresentação descontraída, animada e impecável na questão musi-cal. Se dizia apaixonado por Ubatuba e freqüentador há 10 anos, onde vinha com sua “ Cocótinha “ comprar camarão na vila dos pescadores. Quanto ao seu amor por Ubatuba, foi convic-to na resposta “é uma maraviha”, mas nem tão con-victo quanto a ser conhecedor da cidade... pois ao ser indagado qual praia mais gosta, respondeu: “Asfalticia”, com um tom um tanto sarcástico. Asfalticia? “É , aquela de asfalto e com muitas curvas”.

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Em busca de um mundo melhorJá era assim o dia a dia de Gerson Peres Campos, proprietário da pizzaria Bucaneiros e agora à frente do Rotary Club de Ubatuba, segue o novo lema da orga-nização “Realizemos Sonhos”. O Rotary Club é uma das mais antigas organizações de prestação de serviços, são profissionais que ofertam seu tempo e talentos a

servir as suas comunidades. Gerson nasceu em Pindamonhangaba, iniciou a carreira profissional em São Paulo e hoje mora em Uba-tuba. Agora neste novo desafio de presidir o Rotary Club de Ubatuba, Gerson pretende dar ênfase aos trabalhos da organi-

zação Rotaryana. “Uma de minhas metas é di-

fundir em nossa ci-dade os trabalhos

e oportunidades que o Rotary proporciona, e fazer com que Ubatuba seja um destaque entre as cida-des de nossa Região”.

Uma agência diferenteA empresária e sócia da Omnimare, Elsie Orabona já mo-rou na Inglaterra e veio para Ubatuba, onde se formou instrutora de mergulho há 18 anos atrás. Nesse ramo, teve oportunidade de viajar por toda Europa, inclusive, já este-ve no Caribe, Egito, e Ilhas Maldivas. Com toda essa ba-gagem de conhecimento, Elsie inaugura uma agência de turismo diferente em Ubatuba, a “Omnimare Turismo”. Diferente porque Elsie atende os cliente à domicilio, no conforto do seu lar ou estabelecimento. Com o slogan “Ajudando você a realizar o seu sonho”, se depender da experiência e talento de Elsie no ramo, a agência vai longe!

Downloads a milCom o seu ritmo, contribui com a propagação do nome de Ubatuba por onde passa. Natural de Ubatuba, filho e neto de caiçaras, Pedro Carpinetti é um músico autodidata. Seu som mescla música brasileira, música regional, violões e guitarras alucinantes. O músico que já foi capa do Jornal Vale Paraibano e que freqüentemente faz shows por todo o Vale do Paraíba, se entristece ao dizer “Fiz shows de lançamento do CD por todo o vale e São Paulo, mas em minha cidade natal não tive a oportunidade”. Pedro disponibilizou download do CD Batuke de Tamoio no seu site onde já foram feitos 40 mil downloads. Atualmente é produtor da Banda D´Areia e do compositor Julinho Mendes.

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APAIXONADOS PELO MARNÁUTICA TEXTO: ANA PAVÃO

Por que é medida a velocidade dos barcos em nós?

Curiosidades

As primeiras embarcações não possuíam velocímetros e precisaram im-provisar. O velocímetro “primitivo” era feito com uma corda, com uma das extremidades amarrada em uma prancha pesada de madeira, a outra era amarrada a um cilindro de madeira preso ao barco. Nessa corda eram feitas marcações com nós em intervalos de 14,3 metros.

Sempre que se quisesse saber a velocidade do barco, a prancha era lan-çada ao mar e ia puxando a corda que se desenrolava do cilindro no barco. Feito isso, contava-se quantos nós se desenrolaram em um determinado período de tempo e estava definida a velocidade.

Atualmente existem técnicas modernas e equipamentos mais sofistica-dos, porém a palavra nó continuou sendo referência para a medição da velocidade dos barcos.

Um nó nos dias atuais equivale a uma milha náutica, ou 1,852 quilôme-tros por hora.

Praia para chegar pelo mar...

A Praia das Sete Fontes está localizada no continente, mas o acesso principal é por barco, já que o outro meio trata-se de uma trilha com duração de aproximadamente 2 horas. Turistas procuram essa praia de mar calmo, areias brancas e águas transparentes, e encontram tudo o que esperam e mais um pouco. O lugar é realmente paradisíaco e beira a perfeição, parecendo uma obra de arte delicadamente desenhada.

Bares de caiçaras oferecem uma boa estrutura aos visitantes. Du-chas, refeições, redes para descanso e banheiros são algumas das comodidades disponíveis.

Praia das Sete Fontes

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Para quem gosta de aventura, a dica fica por conta de uma trilha que leva a uma gruta e quem gosta de mergulhar estará bem servido, pelo mar transparente e calmo que banha a praia.

Contam os antigos, que a praia leva o nome de Sete Fontes, por causa de uma lenda que en-volve o local, a qual diz que uma das sete fontes de água doce que existem na praia possui o elixir da juventude.

TEXTO: ANA PAVÃOFOTOS: EMILIO CAMPI

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LUGARES MARAVILHOSOS EM UBATUBADESTINOPARAÍSO

ILHA ANCHIETA56 ANOS DISTANTES DA REBELIÃO

Nessa edição, a coluna Destino Paraíso não traz apenas um paraíso turístico,

dessa vez você vai conhecer um paraíso histórico-cultural.

No mês de junho é comemorado o Levante que relembra a rebe-lião de presos ocorrida em 20 de junho de 1952, na Ilha Anchie-

ta, em Ubatuba. O fato na época ficou conhecido como “a maior rebelião de presos do mundo”.

A Ilha Anchieta, segunda maior ilha do litoral paulista, é muito conhecida por

sua beleza particular, mas é importante saber que a ilha não é apenas um lugar paradisíaco. Rica em fatos históricos, já ouve uma base da marinha, uma colônia correcional, plantações, foi habitada por povos de diversos países, já teve uma hospedaria de imigrantes bessarábios e romenos, já foi feita de presídio político na época do militarismo, foi feita prisão

de segurança máxima e por fim se tor-nou o Parque Estadual conhecido hoje.

Quem olha por trás da mata que se regenera, além das belezas embriagan-tes dessa ilha que encanta, percebe que muito mais do que um ponto turístico, a Ilha Anchieta é cultura e ponto de in-teresse para quem busca além de turis-mo, história.

Curiosidades da IlhaSegundo historiadores, em 1550 a ilha era habitada por índios, era conhecida por eles como “Tapera de Cunhambebe” (tapera em tupi significa lugar calmo). Cunhambebe foi o primeiro dono da ilha que se tem conhecimento, ele era o mais poderoso chefe da nação Tupinambá.

Após a colonização do Brasil, a ilha passou a ser conhecida como ilha dos Porcos, provavelmente pela interpretação er-rada do nome indígena dado a ilha “Pó-Qua”, pela similaridade com porco, mas que na verdade significa pontuda, que se acredita ser uma referência às duas pontas existentes na ilha.

Entre os detentos, teve 950 integrantes do grupo japonês Shindo Renmei, considerados por Getulio Vargas inimigos e traidores do Brasil. Esses foram detidos apenas por crimes de ideologia e não eram violentos. Praticavam sumo na ilha e conta-se que naquela época, existiram as melhores hortas de todos os tempos da Ilha Anchieta.

TEXTO: ANA PAVÃOREPORTAGEM: ANA PAVÃO, JOÃO MOREIRA E LUIS PAVÃO

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Como foi a rebelião?

Foi planejada durante três anos, o “cérebro” da rebelião, que comandou e fez todo o planejamento era conhecido como Portuga.

Portuga pediu para ser colocado em cela isolada, alegando ser ameaçado de morte, e lá ficava as noites, sozinho, tramando o que viria a ser a maior rebe-lião de todos os tempos até então.

Uma de suas primeiras ordens foi para que todos os presos passassem a ter bom comportamento.Ordenou ao preso conhecido como “Mão Francesa” que fazia serviços de bar-beiro aos guardas, que conseguisse copiar escalas de serviço e observasse detalhes que pudessem ser importantes.

O preso de apelido “Leitão”, que tinha contato com o Diretor do presídio, foi ordenado por Portuga que fosse bajulador, elogiando sempre a destreza do di-retor com armas, para que o mesmo passasse a mostrar a sua “boa pontaria” ao mirar e acertar corvos. Com isso, tiros passaram a ser corriqueiramente ouvidos na ilha e não mais considerados sinal de alerta entre os guardas.

Outra ordem era a de que todos os presos deveriam, com o bom compor-tamento, ganhar confiança dos guardas que os escoltavam para o corte da lenha. Em dois meses, à distância entre os guardas e os presos, na escolta, passou de 10 metros para nada, presos e guardas caminhavam lado a lado.

O preso conhecido como “Fumaça” obtém confiança através de bom com-portamento, e passa a trabalhar no almoxarifado, com isso, Portuga traça a reta final do plano, pedindo a ele que descubra o dia que a lancha Ubatubinha chegaria a ilha levando mantimentos. Descoberta a data, a rebelião estava marcada, seria dia 20/06/52.

Para diminuir o efetivo dos soldados, os presos mataram e enterraram o ban-dido Flores, na véspera da data da fuga, e quando os policiais na contagem deram falta de um, disseram que o mesmo estava há tempos arquitetando a fuga. Isso fez com que seis guardas fossem em busca do suposto preso foragido.

No dia planejado, os presos dominaram com facilidade os dois soldados e dois funcionários que escoltavam 110 presos durante o corte de lenha. Guardas que ouviram tiros não se preocuparam, achando que era o diretor fazendo “tiro ao alvo” como de costume. Foram dessa forma surpreendidos pelos pre-sos que facilmente tomaram o quartel. Muitos policiais morreram no combate travado.

Portuga alcançou o continente com outros presos, e obteve sucesso no seu plano, exceto pelo final trágico. Enquanto subia a serra do mar, Portuga dei-tou-se para descansar na sombra de uma árvore e nunca mais acordou. Teve um ataque cardíaco fulminante.

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Os Filhos da IlhaCom um objetivo de não deixar que a história se perca e homenagear os

soldados mortos na rebelião, um evento chamado “Filhos da Ilha” acon-tece anualmente, reunindo sobreviventes, familiares e amigos, remanes-centes da rebelião de 1952. Os participantes se encontram no cais do Saco da Ribeira, em Ubatuba e tomam embarcações que os levam para passar o dia na Ilha Anchieta. O evento é organizado pela Comissão Pró-Resgate Histórico do Parque Estadual da Ilha Anchieta, integrada pelo Tenente Samuel de Oliveira, que deu início ao movimento. O encontro dos Filhos

A Ilha Anchieta hoje...O Parque Estadual da Ilha Anchieta

possui uma área de 828 hectares de mata atlântica, de rica fauna e flora. Em passeios por lá é comum encontrar animais como capivaras, pacas, macacos-prego, sagüis, quatis, lagartos, preguiças, tatus, cotias entre outros. As aves também são abundantes na ilha. Levantamentos científicos constataram a presença de 50 espécies de aves. Diversas espécies da vida marinha podem ser vistas em suas águas claras e transparentes.

O Parque Estadual possui uma boa infra-estrutura: sanitários, duchas de água doce, playground e quiosques com mesas, bancos e lixeiras.

Possui ainda quatro Roteiros Turísti-cos, sendo um voltado aos aspectos histó-rico-culturais, com ênfase nos principais fatos que marcaram a época do funcio-namento do presídio, dia da rebelião, até a desativação do mesmo. Esse roteiro é ainda mais interessante, por contar com

pessoas que nasceram ou viveram na Ilha Anchieta naquela época, os chamados “Filhos da Ilha”, que contam a história por eles vivida na pele.

No verão ocorre também a trilha subaquática, um mergulho no costão da Praia do Engenho com monitores especializados.

Para a realização de qualquer roteiro, basta o agendamento de quinta a domingo no local, com um mínimo de 4 pessoas ins-critas e depende-se também das condições climáticas.

No Parque Estadual é proibido acam-par, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha, colher mudas, cortar plantas, levar animais domésticos e abrir caminho pela mata.

Maiores informações sobre Trilhas e sobre o Parque Estadual da Ilha An-chieta podem ser obtidas pelo telefone: (12) 3832-9059.

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da Ilha ocorre todo ano desde 1997 em um evento com a data próxima ao aniversário do Levante, ocorrido em 20 de junho. Na ocasião, é celebra-da uma missa e uma peça teatral é encenada, relembrando o desenrolar dos fatos. Outras apresentações culturais e folclóricas também costumam ocorrer no evento.

P A R A S A B E R M A I S

ILHA ANCHIETA - Rebelião, Fatos e LendasTenente Samuel Messias de Oliveira

Trilhas da Ilha

Trilha da Praia do Engenho:De acesso livre, inicia-se na Praia do Presídio e leva até a Praia do Engenho, Prainha de Fora e Piscina Natural. Possuindo 530 me-tros de extensão e com grau de dificuldade leve, nela aprecia-se, de um lado, a Mata Atlântica e, de outro, costões rochosos.

Trilha da Praia do Sul:Acessada somente com o acompanhamento de monitor ambiental credenciado pelo parque, inicia-se no caminho que leva até a Praia das Palmas e termina na Praia do Sul, possuindo 1.100 metros de extensão total e com grau de dificuldade moderado. No início da trilha se observa a vegetação Restinga, um ecossistema que está em extinção, sendo este um dos últimos ainda preservados na região. Durante a trilha se contempla a Mata Atlântica.

Trilha da Represa:Iniciando-se na parte de trás das Ruínas do Presídio, e com grau de dificuldade moderado, possui 365 metros de extensão, levando até a Represa que serve de reservatório de água doce, o qual abastece o parque. Acessada somente com acompanhamento de monitor am-biental credenciado pelo parque, nela se desfruta de uma belíssima vista panorâmica da parte frontal da ilha, em um mirante localizado a 70 metros de altura. Nesta trilha enfoca-se a importância da flo-resta na produção e na manutenção da água doce.

Trilha do Saco Grande:Também percorrida somente com o acompanhamento de monitor ambiental credenciado pelo parque, esta trilha possui 1.300 me-tros de extensão e possui grau de dificuldade moderado. Inicia-se nas Ruínas do Quartel e da Vila Civel do antigo Presídio, levando até uma encosta de costão batido e de vegetação nativa onde se avista a Ilha das Palmas. Nos primeiros 10 metros da trilha, onde se encontram as citadas Ruínas ocorre o principal cenário do “Roteiro Histórico-Cultural” onde os visitantes são conduzidos por voluntários que nasceram e/ou viveram na Ilha Anchieta na época de funcionamento do Presídio e no Dia do Levante (rebelião dos presos) ocorrido em 20/06/1952.

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F I Q U E B E MSAÚDE

O FRIO É INOCENTE?C

omeça a estação do frio e as maiores recomendações popu-lares que se ouve são: “Cuidado com a friagem!”, “Cobre a ca-

beça da criança!”, “Olha esse vento nas costas!”.

Essa preocupação com o frio vem de costumes familiares, passados de gera-ção a geração, desde uma época em que a ciência pouco explicava o motivo das doenças.

O fato, é que atualmente sabe-se que doenças como gripes

e resfriados são causadas por micro-orga-nismos que p a s s a m de pes-soa para pessoa, e nada tem

a ver com frio ou ven-

to. O médico Dráuzio Varella, disse uma vez: “Se friagem fizesse mal, a seleção natural certamente nos teria privado da companhia de suecos, noruegueses, ca-nadenses, esquimós e de outros povos que enfrentam a tristeza diária de viver em lugares gelados”. Afinal, se no Brasil, que possuímos um clima tropical, o frio “teoricamente” já fosse responsável por tais doenças, em um clima muito mais frio e constante, a vida humana certa-mente já seria extinta nesses locais.

Essa crença de que o frio provoca doenças, ocorre através da observação popular de que quando chega o frio, chegam também as gripes e os resfria-dos. Mas a explicação lógica e científica para esse fato é simples: Com a chegada do frio, as pessoas tendem a se aglome-rar em ambientes fechados e mal ven-tilados, o que facilita absurdamente a transmissão de vírus e bactérias de uma pessoa para outra.

É de se espantar que hoje, já, passa-dos mais de 300 anos da descoberta dos micróbios, a culpa por doenças respira-tórias continue recaindo sobre o pobre

coitado do frio. Ignora-se o fato da única fonte de adquirir tais doenças seja atra-vés de vírus e bactérias e o julgamento e condenação do frio é rápido e certeiro. Em muitas gerações, crianças cresceram privadas de andarem descalças, tomarem sorvete, curtirem um banho de chuva e

até mesmo passando um calor desne-cessário em baixo de vestimentas “super protetoras”.

Dráuzio em um artigo seu sobre o assunto, diz que não existe nenhuma lógica, ao afirmar, por exemplo, que o sereno traga problemas e que o vento faça mal. “Gripes, resfriados e outras in-fecções respiratórias são doenças infec-ciosas provocadas por agentes micro-bianos que têm predileção pelo epitélio do aparelho respiratório. Quando eles se multiplicam em nossas mucosas. O na-riz escorre, tossimos, temos falta de ar e chiado no peito. A presença do agente etiológico é essêncial; sem ele podemos sair ao relento na noite mais fria, chupar gelo o dia inteiro ou apanhar um ciclone nas costas sem camisa, que não aconte-cerá nada, além de sentirmos frio” dis-se.

Viemos de uma geração seguidora de regras proibitivas, andar sem chinelo no “chão gelado” nem pensar, brincadeiras sempre prontamente interrompidas pelo “sereno que começava a cair”, e muitos sorvetes não tomados, pois “é gelado e faz mal”. Está mais do que na hora de libertarmos o frio do julgamento e da condenação por um crime que ele não cometeu, e muito pelo contrário: No frio, o vento ajuda, ao invés de fechar as janelas, o ideal é abrir! Deixe o ar circu-lar, e viva melhor.

TEXTO: ANA PAVÃO

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B E L E Z A S D A R E G I Ã OECOTURISMO TEXTO: CARLOS RIZZO

FOTOS: KARIN BIEDERMANN

Encantamentos

A lém das informações técnicas e levantamento dos locais de ocorrência das espécies a melhor

maneira de divulgar a atividade de ob-servação de aves é através de registros fotográficos. A máxima “uma imagem vale por mil palavras” torna-se inques-tionável quando nos deparamos com algumas das fotografias dos muitos profissionais que visitam Ubatuba.

No final do mês de maio recebemos em Ubatuba uma equipe da Venezuela que está realizando o registro em foto e vídeo dos beija-flores que ocorrem nas três Américas.

Nesta viagem ao Brasil, o projeto coordenado por Carlo Ferraro, buscou o registro de 15 espécies e, três delas que só ocorrem aqui, tornaram obri-gatória sua vinda a Ubatuba.

Em uma semana feliz, com sol e

temperaturas agradáveis, foi além dos registros que buscava, conseguiu tam-bém, melhores tomadas de outras es-pécies que, debaixo de chuva, já havia feito em outros lugares do Brasil. E o melhor, superou as expectativas da viagem ao gravar um total de 16 es-pécies. Com o trabalho realizado no Brasil, Carlo Ferraro já registrou 126 das 330 espécies de beija-flores que vivem de norte ao sul no continente americano.

Carlo Ferraro destaca que o vídeo permite o registro da espécie e os seus hábitos e com equipamentos de altís-sima tecnologia produz vídeos com qualidade inquestionável.

Por enquanto podemos admirar as fotos clicadas por Karin Biedermann. Logo teremos no site da Ubatuba em Revista os vídeos de Carlo Ferraro.

LEGENDAS:

1 - Ramphodon naevius - Na mata é o nosso maior beija-flor2 - Aphantochroa cirrochloris - Beija-flor que ocorre exclusivamente em Ubatuba3 - Phaethornis ruber - Nosso menor beija-flor mede 8 cm e pesa menos que 2 gramas4 - Eupetomena macroura - Nosso maior beija-flor chega medir 20 cm

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O MELHOR DO CINEMA , DVD E L IVROSDICASCULTURAIS

Sex and the City - O FilmeA trama do filme se ambienta quatro anos depois do fim da série. Charlotte casou-se com Harry e adotou um peque-no bebê chinês. E Samantha levou seus talentos para Los Angeles. Mas estas quatro fa-bulosas amigas, desejáveis e cheias de desejo, jamais con-seguiriam ficar separadas. E o reencontro promete ser ainda mais explosivo e divertido!

Para curtir na telona...

O Cavaleiro das TrevasO filme leva o mesmo nome da minissérie em gibi mais cul-tuada de Batman. O herói no auge dos sessenta anos de ida-de, volta à ativa após um longo período afastado do combate ao crime, porém, ele tem que encarar uma realidade bem di-ferente da que ele vivia antes. É esperado um dos mais som-brios, violentos e eletrizantes filmes de Batman!

Fim dos TemposO filme é descrito como um “thriller paranóico” sobre uma família tentando sobre-viver ao fim da raça huma-na. O filme expõe uma crise ambiental de larga escala que força a humanidade a com-bater a natureza para sobre-viver. A crise é iniciada por uma suposta toxina invisível, que leva a população à loucu-ra e induz ao suicídio.

Wall-E700 anos no futuro, a Terra está infestada por poluentes e os humanos vivem numa nave que percorre a atmosfera do planeta. Os Wall-E são robôs desenhados para limpar o lixo deixado na superfície da Terra. Essas máquinas, no entanto, não deram conta da tarefa e começaram a pifar lentamente, até que apenas um robô restou.

LivrosMarley & Eu - Vida e Amor ao Lado do Pior Cão do MundoO que acontece quando recém-casados re-solvem comprar um cão neurótico para tes-tar sua capacidade de criar um filho? O best seller “Marley & Eu - Vida e Amor ao Lado do Pior Cão do Mundo” reúne as histórias de adaptação de um casal ao comportamen-to canino. Há 29 semanas com o 1º lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times, o livro é resultado do sucesso da co-luna que o autor e jornalista americano John Grogan, escrevia sobre Marley, seu labrador desajeitado com quem ele aprendeu o que realmente importa na vida.

A Distância Entre NósBombaim, Índia. Duas mulheres. Duas vi-das. Dois destinos que poderiam ser um só. Bhima e Sera estão indiscutivelmente ligadas, seja pelo silêncio ou pela cumplicidade. Mas ao mesmo tempo estão distantes, separadas por uma fronteira intransponível. Duas vi-das marcadas pela decepção, enganadas pela traição, sujeitas a uma sociedade cruel cuja voz berra e marca fogo a existência dessas mulheres. “A Distância Entre Nós” é um romance avassalador, envolvente, intenso. Você não conseguirá parar de lê-lo, e não será o mesmo quando alcançar a última pá-gina. Acredite.

Autor: John Grogan

Autor: Thrity N. Umrigar

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E para curtir na telinha! Lançamentos em DVD

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua FleetUm musical de horror, em que Jonny Depp interpreta o barbeiro Sweeney Todd, que é preso injusta-mente e passa 15 anos afastado de sua mulher e filha. Ao sair da cadeia, ele coloca em prática a sua vingan-ça, reabrindo a barbearia, de onde os clientes sempre desaparecem.

Antes de PartirNesse drama com mistura de co-média e ótimo elenco, Edward Cole (Jack Nicholson) e Cartes Chambers (Morgan Freeman) são dois homens com câncer em está-gio terminal, que fogem do hospi-tal e põem os pés na estrada com uma lista de coisas que gostariam de fazer antes de morrer.

Lost 4ª TemporadaChegou a 4ª temporada da série mais emocionante de todos os tempos. Será que Jack e Kate conseguiram escapar da ilha? Michael está de volta? Onde ele esteve? Será que todos se-rão finalmente, resgatados da ilha? Na 4ª temporada de Lost, você acompanha estes e outros mistérios enquanto os sobreviventes lutam contra traições, mentiras e mais segredos em uma série repleta de ação. A queda do vôo 815 da Oceanic em uma ilha misteriosa, deixando poucos sobreviventes, foi o início de uma história de grande sucesso que já acumulou milhões de fãs em todo o mundo, obtendo recordes de audiência. Agora a espera pela quarta temporada acabou.Sucesso de crítica e público, a série já ganhou vários prêmios, incluin-do o Award Emmy para melhor série televisiva na categoria drama em 2005, melhor série americana importada na Academia Britânica de Prêmios Televisivos também em 2005 e o Globo de Ouro por melhor drama em 2006.

Caiçara: Terra e PopulaçãoResultado de intensas pesquisas ao longo de dez anos, este trabalho recupera a cultura caiçara do litoral norte paulista, uma comu-nidade pobre de camponeses-pescadores formada na época colonial. Maria Luiza Marcílio resgata as memórias acerca de sua organização, das idéias de posse, prosperi-dade e transmissão de terras, bem como dos conceitos de tempo, dos ciclos familiares e festivos. Desta obra resulta o conhecimen-to de uma paisagem humana portentosa e complexa, de uma sociedade que trabalha em suas roças e pesca para complementar suas necessidades básicas de sobrevivência.

Contos de GrimmQuem não conhece as famosas histórias de Branca de Neve, Cinderela, Os Músicos de Bremen? Todas elas foram recolhidas e escritas pelos irmãos Grimm e, desde en-tão, têm encantado multidões de crianças e adultos ao longo do tempo. A transposição para o português dessas histórias foi realiza-da por iniciativa de Monteiro Lobato. Suas traduções mantiveram o espírito mágico das fábulas em uma linguagem primorosa e com grande respeito ao leitor brasileiro. Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1996, categoria tradução / criança.

Autor: Maria Luiza Marcilio

Autor: Irmãos Grimm Monteiro Lobato

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U B A T U B A E M F O C ONACIDADE

Se você pensa que inverno não combina com praia, está mais do que na hora de re-ver seus conceitos. No inverno as noites são mais estreladas, o mar é mais límpido e transparente. No inverno chove menos, o sol é morno e agradável. No inverno

comer sorvete é uma delícia e faz menos lambança, o bronzeado é muito mais duradou-ro e as ondas são sempre as melhores! No inverno a praia fica cheia de conchinhas e vazia de pessoas. Tem festa quase todo final de semana, é tempo da Festa do Camarão e da Festa de São Pedro Pescador.

Quem gosta de mergulhar, ou tem vontade de aprender, é importante saber que o inverno é uma excelente época para a prática do esporte, o clima seco deixa a água mais limpa, girando em torno dos 10 metros de visibilidade nas ilhas mais próximas da costa e chegando a atingir mais de 20 metros em algumas ilhas.

Uma boa pedida nos meses mais frios é exercitar o corpo, descansar a mente e conhe-cer as belezas da mata atlântica, fauna, flora, rios e cachoeiras, em um misto de esporte e lazer. Tudo isso é possível, aventurando-se por uma das tantas trilhas que existem em Ubatuba. O inverno é a estação mais indicada para se fazer essas atividades, pois com o clima seco a probabilidade de ocorrerem chuvas no percurso é muito menor. O sol também contribui, pois não é quente a ponto de causar fadiga extrema e desidratação. Se ainda não é adepto, aproveite para iniciar a prática do esporte nas trilhas fáceis ou mesmo incarar as moderadas e difíceis. Sempre é bom contar com acompanhamento de guias especializados. Escolha uma opção e se aventure!

Para quem não gosta de esportes radicais, a dica fica por conta de passeios entre os

INVERNO EM UBATUBA

TEXTO: ANA PAVÃOFOTO: LUIS PAVÃO

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pontos turísticos da cidade, como o Núcleo Picinguaba, a Casa da Farinha, o Cais do Porto, o Farol da Barra, a Gruta que Chora, os Museus, as Ruínas, o Projeto Tamar entre tantas outras opções exuberantes, para agitar qualquer temporada de inverno em Ubatuba.

No quesito entretenimento, a cidade também não deixa a desejar, um exemplo de passeio para todas as idades é o Aquário de Ubatuba e para os pequenos tem também o Playground Hora da Alegria no Shopping Porto Itaguá, que garante a diversão até durante as tardes mais chuvosas.

Já as tradicionais festas, são um atrativo à parte. Nessa edição você encontrará na página 39 o calendário das principais festas de inverno, prestigie e delicie-se com as especialidades caiçaras.

A vida noturna da cidade também é badalada durante o inverno, bares com telão como o Excalibur Pub, ou música ao vivo como o Blues on the Rocks, garantem a noitada. Já os restaurantes de Ubatuba, são famosos por terem a melhor gastronomia da região. Muitos estabelecimentos preparam pratos e bebidas típicos para o inverno, confira algumas opções deliciosas na página 36.

Para finalizar, vale lembrar que o verão é a época em que as praias de Ubatuba são mais procuradas, porém o inverno também tem seus encantos. O som do mar, a areia, a brisa, o céu, tudo isso é especial em Ubatuba em qualquer estação do ano, mas o inverno é muito mais propício para se observar essas belezas, pois você encontra a paz e a tran-qüilidade tão escassas em qualquer região turística na atualidade.

POR QUE É TÃO

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NACIDADEConfira algumas dicas gastronômicas especiais

para animar o seu inverno em Ubatuba!

FEIJOADATodo sábado tem feijoada no almoço do Restaurante BardolinoRestaurante BardolinoCentro Histórico

SOPA DE LEGUMES COM CARNE

Cuidadosamente preparada, servida no pão italiano. Também

em outros sabores.Bucaneiros Lanchonete e Pizzaria

Av. Dona Maria Alves, 1067

PIZZA VOVÓ MAFALDAMussarela de búfala, abobrinha italiana, tomate sem pele italiano, orégano e azeitona.Restaurante e Pizzaria RaízesAv. Leovegildo Dias Vieira, 1280

SOPINHA EXPRESSFeita com macarrão,

legumes e carne,Casa do Pão

Av. Prof. Thomaz Galhardo, 255 SOPA DE FRUTOS DO MARTradicional receita francesa, tipo

bouillabesse. Acompanham torradas com molho rouille

Restaurante BardolinoCentro Histórico

CAMARÃO NA MORANGAAcompanha arroz e batata palha. Camarões refogados na manteiga.O Rei do CamarãoAv. Leovegildo Dias Vieira, 38

CHOCOLATE QUENTEPreparado na hora com chocolate nestlé. Também é servido choconhaque.Excalibur PubAv. Madame Curie, 66

FONDUEDe queijo, com receita suíça, e de chocolate.Coyote BarRua Cel. Domiciano, 74

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25/06 a 29/0685ª Festa de São Pedro PescadorLocal: Centro

01/07 a 30/07 3º Festival de InvernoLocal: Praça de Eventos - Maranduba

01/07 a 30/07 Inverno Histórico-CulturalCentro (Av. Iperoig)

10/07 a 13/07 8ª Festa da Mandioca Local: Sertão do Ubatumirim

12/07 a 20/07 142ª Festa do DivinoLocal: Centro (Igreja Matriz ) e Itaguá

12/07 Festa da Padroeira N. S. AparecidaLocal: Sertão do Ingá

16/07 a 18/07 1ª Feira das Nações SulLocal: Praça de Eventos - Maranduba

25/07 a 27/07 15º Festival do Camarão da AlmadaLocal: Almada

01/08 a 30/08 4º Festival Gastronômico de UbatubaLocal: Diversos

02 , 03, 09 e 10/08 Festa de São RoqueLocal: Prumirim

08/08 a 17/08 10ª Festa da TainhaLocal: Estufa II

15 a 17 4º Festival de Cultura Popular CaiçaradaLocal: Terminal Turístico do Perequê Açu

NACIDADEFESTAS, FESTAS...Calendário de festas e eventos de inverno

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NACIDADE

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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO?

Mas o que vem a ser APAs?Áreas de Proteção Ambiental (APA) é um tipo de Unida-de de Conservação de Uso Sustentável, que visa com-patibilizar a conservação da natureza com o uso sus-tentável dos seus recursos naturais.

O que é pesca predatória?Pesca predatória é aquela que retira do meio ambiente, mais do que consegue repor, diminuindo a população de peixes e mesmo de plantas do ecossistema. A pesca predatória tem conseqüências desastrosas, podendo limitar a produtividade pesqueira, quer seja do ponto de vista biológico, quer econômico.

A criação das APAs proibirá que navegantes profissio-nais ou de lazer ancorem para se abrigar nas ilhas do Estado de São Paulo?Não. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Esta-do de São Paulo, essas embarcações continuarão se-guindo as mesmas normas já existentes.

Quem está participando da elaboração do decreto?Para a elaboração da minuta do decreto, a SMA ouviu o Ministério do Meio Ambiente, a Marinha do Brasil, especialistas em oceanografia e biologia marinha e está realizando Consultas Públicas com a participa-ção da população. O relatório técnico com a justifica-tiva deste decreto está disponível a qualquer interes-sado na Secretaria do Meio Ambiente, nos sítes da SMA e da Fundação Florestal, na sede do Consema, na Fundação Florestal, e em Câmaras Municipais de cidades envolvidas.

Quadro tira dúvidas:

TEXTO: ANA PAVÃOFOTO: ELSIE ORABONA

Quadro tira dúvidas:Quadro tira dúvidas:

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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO?A secretaria de Estado do Meio Ambiente vai combater a pesca predatória

em São Paulo por meio da criação de áreas de preservação ambiental e da intensificação da fiscalização no litoral com um decreto de criação das Áreas de Proteção (APAs) dos litorais norte, sul, e centro. Mas o que vem

a ser e por que essas áreas são necessárias?

Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o principal foco na criação das APAs é acabar com as parelhas de arrasto, modalidade de

pesca predatória na qual duas embarcações puxam uma rede de malha fina de até 2 mil metros, arrastando e revolvendo o fundo do mar, capturando espécies em fase de desenvolvimento, que por serem peixes pequenos são descartados pelo baixo valor comercial. Os cabos e correntes de aço utilizados também acabam por destruir corais e flora marítima, o que causa sérios danos ecológicos que perduram por anos. A estimativa é de que a cada 10 quilos de peixes e crustáceos capturados dessa maneira, nove se transformam em lixo nas águas. Um dossiê especial da National Geographic Brasil já veio afirmar em 2007 que o excesso de pesca nos oceanos não dá tempo para a recuperação dos estoques da fauna marítima. Segundo a matéria, nesse ritmo, a vida no mar pode entrar em colapso. Os especialistas comparam os mares a uma conta bancária: se forem feitos apenas saques, sem jamais ocorrerem novo depósitos, ela acabará em déficit, por mais generoso que tenha sido o saldo inicial. E é isso que os especialistas tem nota-do ocorrer nos oceanos do mundo todo, e não é diferente no nosso litoral. Por conta da pesca predatória, 17 espécies de peixes já são consideradas ameaçadas de extinção no litoral paulista.

Dario Chiaverini, biólogo e naturalis-ta residente em Ubatuba está preocupado com as proporções que o dano ambiental proveniente da pesca predatória tem cau-sado ao litoral, mesmo às áreas mais pre-servadas. Ele faz um comparativo de 30 anos atrás, e relembra que muitas espécies da fauna marinha, antes abundantes, hoje já não são mais vistas “Qualquer pessoa adul-ta que tenha freqüentado na sua juventude um costão rochoso ou uma praia deve se lembrar da imensa variedade de seres que habitavam o nosso litoral. Posso enumerar alguns: ouriços (pretos e verdes), estrelas do mar, uma enorme variedade de caracóis (como o pregoaí), ostras, mariscos enormes, vários tipos de cracas, as bolachas, corais de variados tipos, siris e caranguejos como o espia-maré, tudo isso sumiu”, disse. Dario ainda reforça, o fato da comunidade local e visitantes terem a responsabilidade por esse acontecimento, “aqui a destruição não foi feita por grandes empresas de pesca, nem grandes indústrias poluentes, que não exis-tem no nosso litoral. O sumiço desse mon-te de seres que habitavam nossos mares deve-se a ação das pessoas que frequentam e moram no litoral. Moradores, turistas e pescadores profissionais e amadores”

Especialistas do Instituto Oceanográ-fico da Universidade de São Paulo assegu-ram que, como unidades de conservação de uso sustentável, as APAs podem ter regras mais flexíveis e menos restritivas. Assim, as

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atividades de pesca amadora e artesanal po-dem ser mantidas nessas áreas.

Isso é importante, pois segundo Valé-ria Gelli, Secretária de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Ubatuba, o litoral norte é o 3° produtor estadual de pescado em importância econômica. “O impacto so-

cial e econômico seria grande para nossas cidades. É preciso pla-

nejar de forma participativa e compartilhada e buscar o caminho do meio para so-

luções e ações, está é a nossa posição para que não haja prejuízos ao pescador local” disse.

Para Valéria o maior receio do pescador artesanal é que se resolva após a decretação das APAs, utilizar o conselho gestor para proibir a atividade pesqueira de qualquer modalidade. Mas com relação à pesca do camarão, que deve ser comprometida de imediato com a criação das APAs, por usar parelhas de arrasto, Valéria diz que devem surgir outros meios de prosseguir. “Há a

necessidade de alternativas em tecnologia e um investimento em pesquisas aplicadas para capturar o camarão de outra forma que não o arrasto. São medidas de médio e longo prazo” disse.

Dessa forma, a iniciativa do governo estadual é valida, mas é importante que as normas de manejo dessas APAs sejam elaboradas de uma forma que ao mesmo tempo, preservem o meio ambiente e atendam os pescadores que tiram o seu sustento do mar. Para elucidar algumas

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Ubatuba em Revista: Tendo em vista que é de nosso conhecimen-to que sua atuação e sua forma-ção giram em torno de engenha-ria agrônoma e economia agrária, gostaríamos de saber qual seu co-nhecimento em relação ao litoral, em especial Ubatuba?Xico Graziano: Tenho vínculos com o Litoral Norte há muitos anos. Quando fui secretário da agricultura no Governo Mário Covas, tinha sob minha responsabilidade o Instituto de Pesca, o que me permitiu uma relação direta com o litoral de São Paulo. Naquela ocasião, ao conhecer as dificuldades da pesca artesanal, criamos um fundo para apoiar o pescador tradicional, ação que beneficiou alguns municípios da região. Como deputado federal, fui relator do Código de Pesca que, infelizmente, até hoje não entrou em vigor. Como se pode observar, há muito tenho ligações com o litoral.

Ubatuba em Revista: Consideran-do possíveis prejuízos ao turismo, principal economia local, gostarí-amos de saber se haverá qualquer tipo de restrição também ao mer-gulho, barcos de passeio e turismo, lazer e etc. Como será essa restri-ção?Xico Graziano: Não haverá prejuízo ao turismo. Pelo contrário, a proposta é garantir a qualidade do turismo sus-tentável, produzindo a melhor renda para todos que trabalham com turis-mo, oriunda da melhor qualidade de serviços ofertados ao turista. Ganha a industria do turismo e o visitante do litoral. A APA é um tipo de Unidade de Conservação que admite o desen-volvimento com sustentabilidade, não impedindo na sua área de abrangência atividades humanas como a pesca, la-zer, turismo, náutico, moradias, nave-gação e mergulho.

Ubatuba em Revista: Existe al-guma pesquisa ou levantamento científico no qual se apóie a cria-ção das APAs?Xico Graziano: Sim. Encontra-se na internet - www.abiente.sp.gov.br - um resumo com o embasamento científi-co que permitiu a elaboração da mi-nuta do decreto. Além disso, foram consultados técnicos dos Institutos Oceanográfico e de Pesca. Formal-mente a Secretaria organizou reuni-ões com as direções dos Institutos e os convidou a participarem das APAs. Também foi criado pela SMA um programa científico visando au-mentar o conhecimento da biodiver-sidade da costa paulista.

Ubatuba em Revista: A pesca artesanal corresponde a 2ª prin-cipal economia de Ubatuba. O pescador artesanal que retira seu sustento exclusivamente da pesca, está preocupado com a criação das APAs. Qual seria o impacto na atividade pesqueira local?Xico Graziano: Os impactos são positivos. Pois, com as APAs have-rá discussões com os entes envol-vidos. O objetivo das APAs Mari-nhas é garantir o uso sustentável dos recursos marinhos. Portanto, o pescador artesanal deve ficar tran-quilo porque, o que se pretende, é garantir sua atividade, utilizando-se inclusive dos seus conhecimentos na elaboração das normas. A pes-ca amadora também está assegura-da. As atividades náuticas de lazer idem. Com a criação das APAs va-mos garantir a pesca para as presen-tes e futuras gerações, por meio de combate a pesca predatória, o ob-jetivo comum de todos os que têm no mar a sua fonte seja de renda ou lazer.

Ubatuba em Revista: A minuta do decreto da APA Litoral Nor-te que está em consulta pública na Internet define os municí-pios de Ubatuba e Caraguatatu-ba como setor 1, Cunhambebe. Onde se situará a base de Poli-ciamento Ambiental Marítima e como será a atuação dessa uni-dade para dar conta de fiscali-zar o setor com eficiência?Xico Graziano: A sede do Policiamento Ambiental Marítimo já está instalada em Caraguatatuba. Com entrada em operação das duas novas embarcações, equipadas com modernos equipamentos eletrônicos e dois motores que somam 240 hp de potência, o que permite operar em mar aberto, aumenta-se a expectativa de redução de atividades pesqueiras predatórias, pois estaremos agindo no local da possível infração, permitindo o combate eficiente de práticas ilegais. Com a fiscalização diretamente em alto mar, nos locais de captura, aumentamos a eficiência e reduzimos potenciais danos aos estoques pesqueiros.

Ubatuba em Revista: Em que data deverá entrar em vigor os decretos das APAs? Xico Graziano: No momento es-tamos aguardando até o dia 25 de junho as sugestões que estão sen-do enviadas por meio de Consul-ta Pública no site www.ambiente.sp.gov.br . Paralelamente estamos realizando encontros com as co-munidades pesqueiras para colher subsídios que permitam a edição de um decreto criando as APAs que reflitam o interesse dos que querem preservar nossos recursos marinhos, principalmente a quali-dade e o estoque do pescado.

questões, a Ubatuba em Revista realizou uma entrevista com o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Xico Graziano, Engenheiro Agrônomo, mestre em Economia Rural e doutor em Administração, foi Presidente do INCRA no governo Fernando Henrique Cardoso e Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, durante o primeiro mandato de Mário Covas, ao término do qual foi eleito Deputado Federal e hoje é o Secretário do Meio Ambiente. Confira no quadro abaixo. U

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UBATUBA CAPITAL OFICIAL DO SURFCAPITALSURF

O surf é conhecido como o esporte dos deu-ses. Isso porque na Polinésia, somente os

reis podiam pegar as ondas em pé. Aos súditos restava praticar o surf deitado, uma espécie de bodyboard. Talvez tenha começado aí toda a ri-validade entre os dois esportes.

Cuide bem de sua prancha. Ela é sua maior aliada e se não for tratada bem poderá se dete-riorar mais rapidamente.

Se você quer pegar um mar bem lisinho e sem muito crowd, o melhor mar é o da manhã. Este é o melhor horário pra prática do esporte.

Não tenha vergonha de procurar uma escola de surf. Além de ter todas as noções básicas você evoluirá muito mais rápido. Ninguém nasce sabendo.

Dicas e curiosidades sobre o Surf

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DICAS DE PRAIAS ESPECIAISNOSSAPRAIA

Refugiada a 8 km da rodovia Rio-Santos, encontramos uma praia maravilhosa de paisagem emoldurada por amendoei-

ras. Pedras imensas fazem grutas e passagens que merecem uma visita. No canto direito da praia crianças e adultos se surpre-endem com um belíssimo aquário natural onde muitos peixes encantam os visitantes.

A Fortaleza é uma praia tranqüila, pouco conhecida, pois tem acesso apenas por uma estrada alternativa ou por mar. É ótima para banho e esportes náuticos, sua água límpida a torna muito propícia para a prática de mergulho.

Quem curte aventura, vai se surpreender, pois toda a tranqüi-lidade da Fortaleza esconde um dos melhores paredões para a

TEXTO E FOTO: ANA PAVÃO

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prática do “Boulder”, modalidade de escalada sem o uso de cordas e cadeirinha. Para quem é adepto do esporte a dica está dada, o platô de 50 metros ao lado do mar aberto, é considerado um dos melhores “points” do Brasil para a prática do boulder. Fica do lado direito da praia.

Dizem os nativos que o nome da praia foi dado por conta da costa, no formato de um braço de pedras que envolve o mar, lembrando uma verdadeira fortaleza. Assemelha-se ainda mais, pelo fato desse formato esconder a praia dos olhos de quem passa navegan-do pelo canal de Ilha Bela e Ilha Anchieta. Dizem que ali era um ponto de refúgio dos antigos corsários e piratas.

Visite a praia da Fortaleza, com certeza um dia comum se transformará em um dia inesquecível.

O acesso é pela rodovia Rio-Santos, em frente à entrada que leva ao Bairro do Corcovado.

FORTALEZAU

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As mudanças climáticas, sintetizadas pelo acúmulo de lixos e dejetos em todo o meio ambiente, gerando po-luição em nossos rios e mares, assim

como emissões de gases na atmosfera, são impactos constantes a que estamos e es-taremos sujeitos nas próximas décadas – obrigando-nos a encontrar novos e práticos meios, capazes de reverter e redirecionar saudavelmente, no mais curto espaço de tempo, todas as metas da ação humana.

Uma intervenção fundamental é traba-lhar cada vez mais com todos os tipos des-tes resíduos pós-consumo, antes que sejam despejados na natureza - transformando-os em MDL (Mecanismos de Desenvolvimen-to Limpo) programáticos. Principalmente o plástico – por ter o mais baixo índice de reaproveitamento, ser não biodegradável e o maior lixo acumulativo dos oceanos. Também é necessário minimizar o uso de materiais que provocam a dilapidação do meio ambiente – por exemplo, a extração

da areia e do cimento (este já colabora com 8% do aquecimento da atmosfera). A terra crua local socada e transformada em gros-sas taipas é uma base estrutural que resulta em belíssimas paredes. Como se percebe então, as construções podem nascer do material que se tem no próprio lugar, com pouca coisa vinda de fora – o que é chama-do de “materiais livres”, fora de mercado, sem valor agregado.

Em Ubatuba, a atuação da ONG Ver-dever na questão da Arquitetura Susten-tável tem sido significativa. Já ocorreu a capacitação de pequenas comunidades e populações quilombolas no ensino das tecnologias da arquitetura sustentável. No bairro da Almada e Sertão de Ubatu-mirim, em Ubatuba, já foram formadas equipes de trabalhadores na construção com a terra crua – taipa e tijolos prensa-dos – bem como o reaproveitamento de resíduos (plásticos, orgânicos, minerais) em arquitetura limpa e sustentável. No

ano de 2006, na Praia de Camburi, ocor-reu a construção do Centro Comunitário em parceria com a Ong Arquitetos sem Fronteiras, onde é ensinado a população como realizar as paredes de taipa de pilão, tijolos e garrafas PET. Todo o trabalho foi realizado sem uso de eletricidade. Estes espaços são extremamente agradáveis no verão e inverno - mantém um microclima interno, que dispensa o uso de ventilado-res ou ar condicionado (economizando energia também na manutenção).

Nos últimos anos, foram realizadas obras ecologicamente corretas, em Almada e na Praia do Engenho, o que vem desper-tando o entusiasmo das pessoas.

Todo este sistema construtivo é patente-ado, e seu preço por metro quadrado abaixo do praticado pelas companhias de governo para habitação popular. O que pode ajudar a resolver dois problemas emblemáticos do Brasil – a questão do lixo e a carência de moradias - levando uma arquitetura susten-tável para a grande maioria, com possibili-dade de erradicar as favelas do país.

Os recursos para trabalhar com estas comunidades vêm de uma bolsa pós-dou-torado que a arquiteta Márcia Macul tem com a Fapesp.

Atualmente a ONG Verdever faz os preparativos para um amplo projeto co-munitário de limpeza do mar, com a par-ticipação de equipe de pescadores, utili-zando as próprias redes para trazer o lixo oceânico formado, majoritariamente, por embalagens plásticas. Pretende-se usar es-tes detritos no próprio local, construindo faróis sinalizadores para as embarcações, equipamentos necessários ao pier e obras-de-arte criativas. O mesmo poliuretano vegetal aerado, jogado ao mar, é capaz de limpar as águas do petróleo derramado – aglutinando-o e transformando-se em uma esponja, esta é trazida à Terra onde se biodegrada totalmente.

P A R A U M M U N D O M E L H O RMEIOAMBIENTEArquitetura Sustentável

Nova Cosmogonia Global

Casa construída pelos arquitetos Márcia Macul e Sergio Prado utilizando apenas as técnicas de sustentabilidade, paredes em taipa, feita com a própria terra do local. O custo representa 2/3 de uma obra tradicional. U

TEXTO: MÁRCIA MACULE SÉRGIO [email protected]

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