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O O B B J J E E T T I I V V O O U U N N I I C C A A M M P P - - ( ( 1 1 ª ª F F a a s s e e ) ) N N o o v v e e m m b b r r o o / / 2 2 0 0 0 0 3 3 REDAÇÃO Orientação Geral Proposta: Escolha uma das três propostas para a redação (dis- sertação, narração ou carta) e assinale sua escolha no alto da página de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (CIDADE), que deve ser trabalhado de acordo com as instruções específicas. Coletânea: É um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsídio para a sua redação. Sugerimos que você leia toda a coletânea e selecione os elementos que jul- gar pertinentes para a realização da proposta escolhi- da. Um bom aproveitamento da coletânea não signifi- ca referência a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experiência de leitura e reflexão. Se desejar, você pode valer-se também de elementos presentes nos enunciados das questões da prova. ATENÇÃO: a cole- tânea é única e válida para as três propostas. ATENÇÃO – Sua redação será anulada se você: a) fugir ao recorte do tema na proposta escolhida; b) desconsiderar a coletânea; c) não atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA A cidade é um lugar significativo da experiência humana. Ela tem sido objeto de reflexão de geógrafos, urbanistas, historiadores, profissionais da saúde, estu- diosos da linguagem, filósofos, engenheiros, matemá- ticos, artistas, enfim, de muitos profissionais que pro- curam entender seu funcionamento. Ao atrair tantas e tão variadas atenções, a cidade mostra-se complexa e multifacetada. COLETÂNEA No primeiro sinal verde após o relógio do canteiro cen- tral marcar 12h40min, cerca de cem pessoas atraves- saram a Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta. De repente, tiraram um sapato, bateram com o solado repetidas vezes no chão, calçaram-no novamente e seguiram seu caminho. Um novo tipo de manifestação política? Longe disso. O que a Paulista viu foi a primei- ra flash mob (multidão instantânea) brasileira. O fenô- meno, mania na Europa e nos Estados Unidos, consis- te em reunir o maior número de pessoas no menor tempo possível – por e-mail e celular – para fazer algu- ma coisa estranha simultaneamente. Os nova-iorqui- nos já invadiram uma loja e gritaram em frente a um 1 O tema geral da prova de primeira fase é CIDADE. U U N N I I C C A A M M P P

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REDAÇÃO

Orientação Geral

Proposta:

Escolha uma das três propostas para a redação (dis-sertação, narração ou carta) e assinale sua escolha noalto da página de resposta. Cada proposta faz umrecorte do tema geral da prova (CIDADE), que deve sertrabalhado de acordo com as instruções específicas.Coletânea:

É um conjunto de textos de natureza diversa que servede subsídio para a sua redação. Sugerimos que vocêleia toda a coletânea e selecione os elementos que jul-gar pertinentes para a realização da proposta escolhi-da. Um bom aproveitamento da coletânea não signifi-ca referência a todos os textos. Esperamos, isso sim,que os elementos selecionados sejam articulados coma sua experiência de leitura e reflexão. Se desejar, vocêpode valer-se também de elementos presentes nosenunciados das questões da prova. ATENÇÃO: a cole-tânea é única e válida para as três propostas.ATENÇÃO – Sua redação será anulada se você:a) fugir ao recorte do tema na proposta escolhida; b) desconsiderar a coletânea; c) não atender ao tipo de texto da proposta escolhida.

APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA

A cidade é um lugar significativo da experiênciahumana. Ela tem sido objeto de reflexão de geógrafos,urbanistas, historiadores, profissionais da saúde, estu-diosos da linguagem, filósofos, engenheiros, matemá-ticos, artistas, enfim, de muitos profissionais que pro-curam entender seu funcionamento. Ao atrair tantas etão variadas atenções, a cidade mostra-se complexa emultifacetada.

COLETÂNEA

No primeiro sinal verde após o relógio do canteiro cen-tral marcar 12h40min, cerca de cem pessoas atraves-saram a Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta. Derepente, tiraram um sapato, bateram com o soladorepetidas vezes no chão, calçaram-no novamente eseguiram seu caminho. Um novo tipo de manifestaçãopolítica? Longe disso. O que a Paulista viu foi a primei-ra flash mob (multidão instantânea) brasileira. O fenô-meno, mania na Europa e nos Estados Unidos, consis-te em reunir o maior número de pessoas no menortempo possível – por e-mail e celular – para fazer algu-ma coisa estranha simultaneamente. Os nova-iorqui-nos já invadiram uma loja e gritaram em frente a um

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O tema geral da prova de primeira fase é CIDADE.

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dinossauro de brinquedo. Na versão brasileira, ficoudecidido tirar o sapato e batê-Io no chão, como quepara tirar areia de dentro. (Adaptado de AngélicaFreitas, “40 segundos de frenesi na Paulista. FlashMob chega a São Paulo”, Estado de S.Paulo, 14 deagosto de 2003).

No produtivo ano de 1979, o grupo encapuzou, comsacos de lixo, as estátuas da cidade, visando chamar aatenção das pessoas que nunca, ou quase nunca, repa-ravam em seu dia-a-dia as obras de arte em nossa cida-de. Na manhã seguinte, a imprensa registrou o fato.No mesmo ano vedaram as portas das principais gale-rias [de lojas] com um X em fita crepe, deixando umbilhete em cada uma: “O que está dentro fica, o queestá fora se expande”. Em 1980, o grupo, em maisuma ação noturna, estendeu 100 metros de plásticovermelho pelos cruzamentos e entradas no anel viárioda Avenida Paulista com rua Consolação. O Detran,porém, desmontava essa e outras ações do grupo, querealizou uma série de 18 intervenções pela cidade até1982, quando se dissolveu. (Adaptado de Celso Gitahy,“Graffiteiros passo a passo rumo à virada do milênio”,Revista do Patrimônio Histórico, 2, n. 3, 1995, p. 30).

O Mapa

Olho o mapa da cidadeComo quem examinasseA anatomia de um corpo

(É nem que fosse o meu corpo.)

Sinto uma dor infinitaDas ruas de Porto AlegreOnde jamais passarei.

Há tanta esquina esquisita,Tanta nuança de paredes,Há tanta moça bonita,Nas ruas que não andei.(E há uma rua encantadaQue nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,Poeira ou folha levadaNo vento da madrugada,Serei um pouco do nadaInvisível, deliciosoQue faz com que o teu arPareça mais um olhar,Suave mistério amoroso,Cidade de meu andar(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

(Mário Quintana, Apontamentos de HistóriaSobrenatural. Porto Alegre: Globo, IEL, 1976).

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As favelas se constituem através de um processoarquitetônico e urbanístico singular que compõe umaestética própria, uma estética das favelas. (...) Um bar-raco de favela é constituído pelo próprio morador, ini-cialmente, a partir de fragmentos de materiais encon-trados por acaso. A construção é cotidiana e continua-mente inacabada. (...) O tecido urbano da favela émaleável e flexível, é o percurso que determina oscaminhos. (...) As ruelas e becos são quase sempreextremamente estreitos e intrincados. Subir o morro éuma experiência de percepção espacial singular, a par-tir das primeiras quebradas se descobre um ritmo deandar que o próprio percurso impõe. (Adaptado dePaola Berenstein Jacques, “Estética das favelas”, emwww.anf.org.br).

O dia-a-dia das sociedades gira em torno dos objetosfixos, naturais ou criados, aos quais se aplica o traba-lho. Fixos e fluxos combinados caracterizam o modode vida de cada formação social. Fixos e fluxosinfluem-se mutuamente. A grande cidade é um fixoenorme, cruzado por fluxos enormes (homens, produ-tos, mercadorias, ordens, idéias), diversos em volume,intensidade, ritmo, duração e sentido. Aliás, as cidadesse distinguem umas das outras por esses fixos e flu-xos. (Milton Santos, “Fixos e fluxos - cenário para acidade sem medo”, em O país distorcido. O Brasil, aglobalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha,2002).

Cidades globais são aquelas que concentram perícia econhecimento em serviços ligados à globalização,independente do tamanho de sua população. (...)Megacidade é outra categoria dos estudos urbanos. Asmegacidades são áreas urbanas com mais de 10 milhões de habitantes. (...) Algumas são mega-cidades e cidades globais, simultaneamente, comoNova York e São Paulo. (...) As cidades médias sãooutra categoria de classificação das cidades, compopulação entre 50 mil e 800 mil habitantes. Abaixo de50 mil são as pequenas cidades, ideal utópico de mora-dia feliz no imaginário de milhares de pessoas. (Mariada Glória Gohn, “O futuro das cidades”, emwww.lite.fae.unicamp.br/revista/art03.htm).

Se, por hipótese absurda, pudéssemos levantar e tra-duzir graficamente o sentido da cidade resultante daexperiência inconsciente de cada habitante e depoissobrepuséssemos por transparência todos esses gráfi-cos, obteríamos uma imagem muito semelhante à deuma pintura de Jackson Pollock, por volta de 1950:uma espécie de mapa imenso, formado de linhas e

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pontos coloridos, um emaranhado inextrincável desinais, de traçados aparentemente arbitrários, de fila-mentos tortuosos, embaraçados, que mil vezes se cru-zam, se interrompem, recomeçam e, depois de estra-nhas voltas, retornam ao ponto de onde partiram.(Giulio Carlo Argan, História da arte como história dacidade. Trad. Pier Luigi Cabra. São Paulo: MartinsFontes, 1995, p. 231).

Jackson Pollock, “Silver over Black”

A heterogeneidade de freqüentadores dos shoppingcenters vem se ampliando e é nítida numa cidadecomo São Paulo, uma vez que estes, outrora destina-dos somente a grupos com alto poder aquisitivo, vêmabarcando, em sua expansão por outras regiões, gru-pos que antes não faziam parte da clientela usual. Aidéia de um espaço elitizado vai sendo substituída pelade um espaço “interclasses”. Além disso, uma “cen-tralidade lúdica” sobrepõe-se à “centralidade do con-sumo”, sobretudo na esfera do lazer: especialmenteaos fins de semana, os shopping centers transformam-se em cenários onde ocorrem encontros, paqueras,“derivas”, ócio, exibição, tédio, passeio, consumo sim-bólico. Tornam-se uma espécie de “praça interbairros”que organiza a convivência, nem sempre amena, degrupos e redes sociais, sobretudo jovens, de diversoslocais da cidade. (Adaptado de Heitor Frúgoli Jr., “OsShoppings de São Paulo e a trama do urbano: um olharantropológico”, em Silvana Maria Pitaudi e HeitorFrúgoli Jr. (orgs.), Shopping Centers – espaço, culturae modernidade nas cidades brasileiras. São Paulo:Editora Unesp, s/d, p. 78).

O tombamento de espaços como terreiros de can-domblé, sítios remanescentes de quilombos, vilas ope-rárias, edificações típicas de migrantes e outros dessaordem, isto é, ligados ao modo de vida (moradia, tra-balho, religião) de grupos sociais e/ou etnicamentediferenciados – já não causa muita estranheza: apesarde ainda pouco comum, a inclusão de itens comoesses na lista do patrimônio cultural oficial mostra apresença de outros valores que ampliam os critériostradicionais imperantes nos órgãos de preservação.Em 1994 ocorreu, entretanto, um tombamento emSão Paulo que de certa maneira se diferencia até

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mesmo dos acima citados: trata-se do Parque do Povo,uma área de 150.000 m2, localizada em região nobre edas mais valorizadas da cidade. Dividida em várioscampos de futebol de terra, é ocupada por timesconhecidos como “de várzea”. (Adaptado de JoséGuilherme Cantor Magnani e Naira Morgado, “Futebolde várzea também é patrimônio”, Revista doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 24, 1996,p. 175).

Na Rocinha não há quem não respeite o “Doutor”(cirurgião aposentado Waldir Jazbik, 75 anos). Moradorhá 19 anos da maior favela da zona sul do Rio deJaneiro, ele sabe que pode caminhar pelas ruas de lásem medo, mesmo morando em uma habitação forados padrões locais. Sua casa, em estilo colonial, ficanum terreno com mais de 10.000 m2. (...) “Meus ami-gos da high society diziam que eu era maluco. Eupoderia ter escolhido uma casa num condomíniofechado aqui perto, mas preferi vir para cá. (...) Só vimpara cá porque quero viver a vida que eu mereçoviver.” (Adaptado de Antonio Gois e Gabriela Wolthers,“Médico busca vida tranqüila na Rocinha”, Folha deS.Paulo, 17 de agosto de 2003, p. C4).

PROPOSTA A

Trabalhe sua dissertação a partir do seguinte recortetemático:A cidade é o lugar da vida, espaço físico no qual acon-tecem encontros, negociações, tensões, num dina-mismo permanente de criação e transformação.

PROPOSTA B

Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recortetemático:

Hoje, mais do que nunca, podemos afirmar que “acidade não dorme”. Além de freqüentarem bares, clu-bes, cinemas e bailes, há um crescente número depessoas que circulam à noite pela cidade, física ou vir-tualmente, trabalhando, consumindo, estudando,divertindo-se.

Instruções:

• Discuta a cidade como um espaço múltiplo;• Argumente em favor de uma visão dinâmica dessa

multiplicidade;• Explore os argumentos para mostrar que a cidade é

um espaço que se configura a partir de relaçõesdiversas.

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PROPOSTA C

Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temáti-co:

As definições do que é patrimônio histórico têm muda-do, incorporando âmbitos e aspectos que ampliam oalcance do conceito e, com isso, o raio de ação dalegislação. Fala-se em patrimônio edificado, mas tam-bém em patrimônio afetivo. Tudo o que é relevantepara determinada comunidade pode ser consideradopatrimônio.

REDAÇÃO – COMENTÁRIO

A prova da Unicamp foi centrada no tema “cidade”,sendo as três propostas de redação formuladas a par-tir de aspectos variados desse tema inesgotável. AProposta A pedia do candidato uma dissertação quediscutisse, justamente, “a cidade como um espaçomúltiplo” – aspecto do assunto tratado, necessaria-mente, em diversos dos textos que compunham a co-letânea apresentada. A proposta B solicitava uma nar-

rativa que se passasse em meio a um dos grupos noc-tívagos que povoam “a cidade que não dorme” — e éde lamentar que nenhum dos textos da coletânea con-templasse tal aspecto da vida das grandes urbes con-temporâneas, apesar de haver publicações jornalísticasrecentes sobre as “tribos da noite” que freqüentamSão Paulo. Finalmente, a Proposta C requeria do ves-tibulando a redação de uma carta, destinada a alguémcujo apoio o remetente procurasse obter, em vista dotombamento de “um bem urbano, material ou não” —e havia na coletânea um texto, um apenas, voltadopara apenas um dos aspectos do complexo problemarelativo à preservação de bens urbanos na grande cida-de de hoje.

Em conclusão, deve-se lamentar que a prova de

Instruções:

• Escolha um bem urbano, material ou não, quevocê considere relevante para ser preservado emsua cidade;

• Argumente em favor da preservação desse bem;• Dirija a carta a uma pessoa que, na sua opinião,

pode vir a se tornar um aliado na luta pelo tom-bamento desse bem.

Instruções:

• Imagine a história de um(a) personagem que encon-tre um grupo que vivencia a noite e, identificando-se com ele, passe a ver a cidade a partir de umanova perspectiva;

• Narre o encontro, o processo de descoberta e atransformação que o(a) personagem experimentou;

• Sua história pode ser narrada em primeira ou emterceira pessoa.

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Redação da Unicamp, tradicionalmente exigente, com-plexa e bem elaborada, tenha apresentado, desta vez,uma coletânea de textos insuficiente (há textos dequase nenhuma valia, no contexto, como o poema deMário Quintana, que ocupa lugar que seria mais bempreenchido por algum dos tantos poemas modernossobre a Cidade, de Baudelaire a Drummond) e temaspoucos específicos (o primeiro não poderia ser maisvago) e pouco bem “recortados” (apesar da adoção,nesta prova, da metáfora “recorte temático”, usadacomo se fosse um termo técnico).

QUESTÕES

A cidade de Campinas tem 1 milhão de habitantes eestima-se que 4% de sua população viva em domicí-lios inadequados. Supondo-se que, em média, cadadomicílio tem 4 moradores, pergunta-se:a) Quantos domicílios com condições adequadas tem

a cidade de Campinas?b) Se a população da cidade crescer 10% nos próxi-

mos 10 anos, quantos domicílios deverão ser cons-truídos por ano para que todos os habitantestenham uma moradia adequada ao final desse perío-do de 10 anos? Suponha ainda 4 moradores pordomicílio, em média.

Resolução

a) O número atual de domicílios de Campinas é

= 250 000.

Desse total, estão em condições adequadas 96%,ou seja 0,96 x 250 000 = 240 000 moradias.

b) Com o crescimento de 10% da população, Cam-pinas terá 1,10 x 1 000000 = 1 100 000 habitantes.

Serão necessários = 275 000 moradias

adequadas. Para atender essa demanda, há neces-sidade de se construir 275 000 – 240000 = 35000moradias adequadas, nos próximos 10 anos. Em

média, será necessário construir = 3 500

novas moradias adequadas por ano.

Respostas: a) 240000 domicíliosb) 3 500 domicílios por ano

Supondo que a área média ocupada por uma pessoaem um comício seja de 2.500 cm2, pergunta-se:a) Quantas pessoas poderão se reunir em uma praça

retangular que mede 150 metros de comprimentopor 50 metros de largura?

b) Se 3/56 da população de uma cidade lota a praça,qual é, então, a população da cidade?

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Resolução

a) Já que cada pessoa ocupa, em média, 2500 cm2 = 0,25 m2, o número de pessoas quepoderá se reunir numa praça que mede 150 m decomprimento por 50 m de largura é

= 30000.

b) Se p for a população da cidade considerada, então

= 30000 ⇔ p = 560000

Respostas: a) 30 000 pessoasb) 560000 pessoas

Da caverna ao arranha-céu, o homem percorreu umlongo caminho. Da aldeia, passou à cidade horizontal,e desta, à verticalização. O crescente domínio dos ma-teriais e, portanto, o conhecimento de processos quí-micos teve papel fundamental nesse desenvol-vimento. Uma descoberta muito antiga e muito signifi-cativa foi o uso de Ca(OH)2 para a preparação da arga-massa. O Ca(OH)2 tem sido muito usado, também, napintura de paredes, processo conhecido como caiação,onde, reagindo com um dos constituintes minoritáriosdo ar, forma carbonato de cálcio de cor branca.a) Dê o nome comum (comercial) ou o nome científico

do Ca(OH)2.b) Que faixa de valores de pH pode-se esperar para

uma solução aquosa contendo Ca(OH)2 dissolvido,considerando o caráter ácido-base dessa substân-cia? Justifique.

c) Escreva a equação que representa a reação entre oCa(OH)2 e um dos constituintes minoritários do ar,formando carbonato de cálcio.

Resolução

a) Nome científico: hidróxido de cálcioNome comum: cal extinta, cal apagada ou cal hi-dratadaNota: O óxido de cálcio (CaO) tem o nome co-mercial cal virgem ou cal viva.

b) Considerando a temperatura ambiente (25°C), asolução de Ca(OH)2, por apresentar caráter básico,tem pH na faixa de 7 a 14.

H2OCa(OH)2 → Ca2+ + 2OH–

c) O ar atmosférico seco apresenta em sua constitui-ção os gases N2(78%), O2(21%), Ar(0,9%), CO2(0,03%).Por apresentar caráter básico, o Ca(OH)2 reage comCO2, que é um óxido ácido, produzindo sal e água.Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O

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No processo de verticalização das cidades, a dina-mização da metalurgia desempenhou um papel essen-cial, já que o uso do ferro é fundamental nas estruturasmetálicas e de concreto dos prédios. O ferro pode serobtido, por exemplo, a partir do minério chamado mag-netita, que é um óxido formado por íons Fe3+ e íonsFe2+ na proporção 2:1, combinados com íons de oxi-gênio. De modo simplificado, pode-se afirmar que nareação de obtenção de ferro metálico, faz-se reagir amagnetita com carvão, tendo dióxido de carbono comosubproduto.a) Escreva a fórmula da magnetita.b) Qual é a percentagem de ferro, em massa, na mag-

netita? Massas molares, em g mol–1: Fe = 56; O = 16.

c) Escreva a equação que representa a reação químicaentre a magnetita, ou um outro óxido de ferro, e ocarvão produzindo ferro elementar.

Resolução

a) De acordo com o texto a proporção de íons Fe3+ eíons Fe2+ é igual a 2: 1, combinados com íons deoxigênio.3+ 2+ 2–Fe2Fe1Ox+6 + 2 – 2x = 0

x = 4

Fe2FeO4 ou Fe3O4

b) Cálculo da massa molar do Fe3O4

MFe3O4= (3 . 56 + 4 . 16) g/mol = 232 g/mol

Cálculo da porcentagem em massa de ferro:magnetita ––––––– ferro232g –––––––––––– 3 . 56g100g –––––––––––– x

x = = 72,4g

x = 72,4%

c) Reação entre carvão e magnetita.Fe3O4 + 2C → 3Fe + 2CO2Outro óxido de ferro:2Fe2O3 + 3C → 4Fe + 3CO2

3 . 56g . 100g––––––––––––––

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Os carros em uma cidade grande desenvolvem umavelocidade média de 18 km/h, em horários de pico, en-quanto a velocidade média do metrô é de 36 km/h. Omapa abaixo representa os quarteirões de uma cidadee a linha subterrânea do metrô.

a) Qual a menor distância que um carro pode percorrerentre as duas estações?

b) Qual o tempo gasto pelo metrô (Tm) para ir de umaestação à outra, de acordo com o mapa?

c) Qual a razão entre os tempos gastos pelo carro (Tc)e pelo metrô para ir de uma estação à outra, Tc/Tm?Considere o menor trajeto para o carro.

Resolução

a) Como o carro só pode se deslocar aolongo das direções x e y indicadas aolado, a distância mínima a ser per-corrida corresponde a quatro quar-teirões no sentido positivo da direção

x (400m) e mais três quarteirões no sentido positivo dadireção y (300m).

∆smín = 400m + 300m

b) 1) A distância AB percor-rida pelo metrô é dadapor:

(AB)2 = (400)2 + (300)2

2) Sendo a velocidade escalar média do metrôigual a 36km/h = 10m/s, vem:

Vm = ⇒ 10 = ⇒

c) Para o menor trajeto do carro temos

V’m = ⇒ = ⇒ Tc = 140s700–––Tc

18–––3,6

∆s’–––Tc

Tm = 50s500–––Tm

∆s–––Tm

AB = 500m

∆smín = 700m

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A razão é dada por:

= ⇒

Respostas: a) 700m; b) 50s; c) 2,8.

As temperaturas nas grandes cidades são mais altasdo que nas regiões vizinhas não povoadas, formando“ilhas urbanas de calor”. Uma das causas desse efeitoé o calor absorvido pelas superfícies escuras, como asruas asfaltadas e as coberturas de prédios. A substi-tuição de materiais escuros por materiais alternativosclaros reduziria esse efeito. A figura mostra a tempe-ratura do pavimento de dois estacionamentos, umrecoberto com asfalto e o outro com um material alter-nativo, ao longo de um dia ensolarado.

a) Qual curva corresponde ao asfalto? b) Qual é a diferença máxima de temperatura entre os

dois pavimentos durante o período apresentado? c) O asfalto aumenta de temperatura entre 8h00 e

13h00. Em um pavimento asfaltado de 10.000 m2 ecom uma espessura de 0,1 m, qual a quantidade decalor necessária para aquecer o asfalto nesse perío-do? Despreze as perdas de calor. A densidade doasfalto é 2.300 kg/m3 e seu calor específico C = 0,75kJ/kg°C.

Resolução

a) O asfalto (mais escuro) absorve mais a energia tér-mica da radiação solar, aquecendo-se mais do que opiso alternativo mais claro. Assim, a curva A re-presenta a temperatura do asfalto, pois essa curvarepresenta valores maiores de temperatura.

b) O texto da pergunta admite duas interpretações:1ª hipótese: se a diferença máxima de temperaturaentre os dois pavimentos se refere ao período apre-sentado de 8h a 18h, temos:

6

Tc––– = 2,8Tm

140–––50

Tc–––Tm

Tc–––Tm

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θB(mín) = 28°C e θA(máx) = 56°C

2ª hipótese: se a diferença máxima de temperaturaentre os dois pavimentos se refere ao mesmo

horário, isto ocorre em torno de 12h e é dado por:θB ≅ 44°C e θA ≅ 54°C

c) Usando-sea equação fundamental da Calorimetria, temos:

Q = m c ∆θ = dV c ∆θ = d A h c ∆θ

onde: d = 2300 kg/m3

A = 10000m2

h = 0,1mc = 0,75 kJ/kg°Cθ (8h) = 31°C; θ (13h) = 56°C; ∆θ = 25°C

Q = 2300 . 10 000 . 0,1 . 0,75 . (56 – 31) (kJ)Q = 43 125 000 kJ

Respostas: a) curva Ab) 10°C ou 28°C conforme a interpretação

dada à perguntac) ≅ 4,3 107 kJ

Rio Claro, cidade de porte médio do interior do estadode São Paulo, apresenta alguns problemas relacio-nados à poluição urbana. A partir dessas informaçõese dos gráficos abaixo, responda:

7

Q ≅ 4,3 . 107 k J

∆θmáx = θA – θB ≅ 10°C

∆θmáx = θA – θB = 28°C

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(Adaptado de Agnelo W. S. Castro, Clima urbano esaúde: as patologias do aparelho respiratório associa-das aos tipos de tempo de inverno, em Rio Claro-SP.Rio Claro: UNESP/IGCE, Tese de Doutoramento,2000).

a) Qual a massa de ar cuja atuação é intensificada nasestações de outono/inverno no sudeste brasileiro?

b) Por que razão há uma tendência para o aumento donúmero de óbitos nas estações de outono/invernona cidade de Rio Claro?

c) Quais os tipos de tempo que a massa de ar men-cionada acima proporciona? Como eles podem con-tribuir para o aumento do número de óbitos?

Resolução

a) A massa de ar, cuja atuação é intensificada no outo-no e inverno e atua no Sudeste, é a massa Polaratlântica (mPa).

b) Durante as estações de outono e inverno, a massaPolar atlântica penetra pelo Sul do Brasil, causandoum aumento da pressão atmosférica e a queda datemperatura, provocando o fenômeno conhecidocomo inversão térmica. Durante o fênomeno o arfica estagnado dificultando a dispersão de poluentesfato agravado pela baixa atividade atmosférica o queo torna mais sujo, fazendo aumentar o índice dedoenças. Isso dificulta demasiadamente a vida daspessoas alérgicas e com idade mais adiantada,intensificando a necessidade de atendimento médi-co, para fazer inalação, por exemplo. Há também umaumento na quantidade de óbitos, em função da fra-gilização da sáude de muitas pessoas, principalmen-te crianças e idosos.

c) Basicamente, a massa Polar atlântica (mPa) criaduas situações climáticas, que se evidenciam na pri-mavera-verão e no outono-inverno. Durante a prima-vera-verão, a sua atuação dá-se no sentido de inten-sificar o aumento da umidade, provocando mais chu-vas. Nesse período, o maior índice de chuvas comoque “limpa” o ar, de modo que as dificuldades res-piratórias diminuem. Nos períodos de outono-inver-no, a massa Polar atlântica ganha força, tornando-semais fria e menos úmida. Os períodos de outono einverno são, assim, mais frios e secos. A observaçãodos gráficos permite-nos concluir que o frio intensi-ficado no inverno atinge as pessoas mais frágeis,acometendo mais severamente os habitantes daterceira idade e a primeira infância.

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O fenômeno da urbanização ocorre em escala mundial,tanto nos países ricos quanto nos países pobres e emdiferentes hierarquias. Considerando que as me-gacidades são aquelas que apresentam mais de 10milhões de habitantes e que as cidades globais são oscentros da economia mundial, observe o quadro aseguir e responda:Quadro. As megacidades no novo milênio –1975/2015

áreas urbanas com mais de 10 milhões de ha-bitantes

(Adaptado dewww.fnuap.org.br/ESTRUT/SERV/arquivos/TAB_Indicadores8.xls).

a) Quais são as três megacidades que no período1975-2000 apresentaram as maiores taxas de cres-cimento? Aponte as principais razões desse signifi-cativo crescimento.

b) Dentre as megacidades, Nova Iorque e Tóquio sãoos principais exemplos de cidades globais. Iden-tifique duas características das cidades globais.

c) Explique uma conseqüência sócio-econômica docrescimento acelerado das megacidades nos paísespobres. Justifique sua resposta.

Resolução

a) Dacca, em Bangladesh, com 7% de crescimento,Déli, na Índia, com 4,13%, e Karachi, no Paquistão,com 3,69%, são cidades típicas de países emdesenvolvimento, onde ocorre intenso processo deurbanização e, conseqüentemente, queda da taxade mortalidade, não acompanhada, num primeiromomento, no mesmo ritmo pela queda da natali-dade. Assim, dois fatores contribuem para o cres-cimento exagerado da população nas cidades: amanutenção de elevadas taxas de crescimentovegetativo e o processo de urbanização em função

0,191,110,820,472,260,621,663,993,450,360,613,0- -

0,490,543,191,56

1,162,212,10,213,131,572,02

74,130,481,13,310,450,951,163,692,75

27,221,220,417,922,614,516,722,820,913,613,217,311

11,711,516,212,8

26,418

18,116,716,113,213,112,512,412,9121111

10,810,71010

19,810,310,715,97,38,97,92,24,411,49,14,89,88,5845

Tóquio – JapãoSão Paulo – BrasilCidade do México – MéxicoNova Iorque – EUAMumbai (Bombaim) – ÍndiaLos Angeles – EUACalcutá – ÍndiaDacca – BangladeshDéli – ÍndiaXangai – ChinaBuenos Aires – ArgentinaJacarta – IndonésiaOsaka – JapãoBeijing (Pequim) – ChinaRio de Janeiro – BrasilKarachi – PaquistãoManila – Filipinas

2000-20151975-2000201520001975

Taxa de Crescimento(em porcentagem)

População (em milhões)

Aglomeração Urbana/País

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dos atrativos que a cidade exerce sobre a populaçãodo campo. Além disso, o fator cultural e religioso,vinculado ao hinduísmo, na Índia, e ao islamismo, noPaquistão e em Bangladesh, influenciando a manu-tenção da taxa de natalidade, ainda elevada, apesarde sofrer queda contínua. Deve-se enfatizar, ainda,que a industrialização recente nesses países, con-centrada em algumas dessas cidades, incentivatambém o desenvolvimento do setor terciário,atraindo mão-de-obra, tornando-se assim um fatorde crescimento urbano acelerado.

b) Tóquio e Nova Iorque constituem-se como os maio-res pólos de desenvolvimento técnico-científicoinformacional e os principais centros gestoresempresariais e financeiros da economia mundial,pois é grande o número de empresas transnacionaissediadas nessas cidades.

c) Uma das conseqüências mais marcantes do cres-cimento acelerado das megacidades em paísespobres é a macrocefalia urbana, marcada pelo cres-cimento desorganizado. Como indicadores mais carac-terísticos dessa macrocefalia, podemos destacar ocolapso da infra-estrutura, com a precarização dosserviços públicos, como o fornecimento crítico deágua tratada e energia elétrica; demandas sociaisreprimidas, como falta de leitos em hospitais, postosde saúde em quantidade insuficiente; baixos índicesde escolaridade da população, com forte concentraçãode ativos do setor terciário, chegando ao subemprego.Boa parte da população das megacidades, em paísespobres, é originária da zona rural, conseqüência demovimentos migratórios nos quais a população rural éexpulsa do campo pela mecanização e pela concen-tração de terras, além do processo de industrializaçãorecente que além de absorver mais mão-de-obra pro-voca maior dinamismo no setor terciário que passa acontar com maior contingente.

Parques Zoológicos são comuns nas grandes cidadese atraem muitos visitantes. O da cidade de São Pauloé o maior do estado e está localizado em uma área deMata Atlântica original que abriga animais nativos sil-vestres vivendo livremente. Existem ainda 444 espé-cies de animais, entre mamíferos, aves, répteis, anfí-bios e invertebrados, nativos e exóticos (de outrasregiões), confinados em recintos semelhantes ao seuhabitat natural. Entre os animais livres presentes namata do Parque Zoológico podem ser citados mamífe-ros como o bugio (primata) e o gambá (marsupial), avescomo o tucano-de-bico-verde e, entre os répteis, oteiú. (Adaptado de www.zoologico.sp.gov.br).a) Como podem ser diferenciados os marsupiais entre

os mamíferos?b) As aves apresentam características em comum com

os répteis, dos quais os zoólogos acreditam que elas

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tenham se originado. Mencione duas dessas carac-terísticas.

c) Entre os animais exóticos desse zoológico estãozebras, girafas, leões e antílopes. Que ambientedeve ter sido criado no zoológico para ser seme-lhante ao habitat natural desses animais? Dê duascaracterísticas desse ambiente.

Resolução

a) Os mamíferos marsupiais apresentam placenta pri-mitiva, nascimento precoce, o que leva ao términodo desenvolvimento do filhote dentro de uma bolsamarsupial, presente só nas fêmeas, na qual se loca-lizam as glândulas mamárias.

b) Ovo com casca calcária, âmnion, alantóide, córion,tegumento queratinizado, cloaca, fencundação inter-na, respiração pulmonar.

c) Ambiente de savana que se caracteriza por vegeta-ção rasteira (gramíneas), árvores esparsas, nítidadiferenciação entre uma estação chuvosa e outraseca.

A cidade ideal seria aquela em que cada habitantepudesse dispor, pelo menos, de 12 m2 de área verde(dados da OMS).Curitiba supera essa meta com cerca de 55 m2 porhabitante. A política ambiental da prefeitura dessa cida-de prioriza a construção de parques, bosques e praçasque, além de proporcionar áreas de lazer, desempe-nham funções como amenizar o clima, melhorar a qua-lidade do ar e equilibrar o ciclo hídrico, minimizando aocorrência de enchentes.a) Explique como as plantas das áreas verdes partici-

pam do ciclo hídrico, indicando as estruturas vege-tais envolvidas nesse processo e as funções porelas exercidas.

b) Qual seria o destino da água da chuva não utilizadapelas plantas no ciclo hídrico?

Resolução

a) As plantas absorvem água do solo através dos pêlosabsorventes radiculares. O transporte da água até asfolhas é realizado pelos vasos condutores do xilema(lenho). As folhas eliminam a maior parte da águarecebida através dos estômatos, fenômeno conhe-cido por transpiração.

b) A água não utilizada pelas plantas pode evaporar-separa a atmosfera, correr para os rios e lagos ou infil-trar-se no solo para formar os lençóis freáticos.

Para as artes visuais florescerem no Renascimento erapreciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e XVI, asregiões mais altamente urbanizadas da EuropaOcidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos,

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e essas foram as regiões de onde veio grande partedos artistas. (Adaptado de Peter Burke, ORenascimento Italiano. São Paulo: Nova Alexandria,1999, p. 64).a) Cite duas características do Renascimento.b) De que maneiras o ambiente urbano propiciou a

emergência desse movimento artístico e cultural?c) Por que as regiões mencionadas no texto eram as

mais urbanizadas da Europa nos séculos XV e XVI?

Resolução

a) Antropocentrismo e racionalismo. Outras caracterís-ticas: individualismo, hedonismo, naturalismo, espí-rito crítico e universalismo.

b) O ambiente urbano, ligado à expansão do comércio,propiciou uma difusão de novas idéias e valores, oque veio a favorecer o desenvolvimento cultural eartístico do período (inclusive quanto à prática domecenato).

c) Itália e Países Baixos (Flandres) foram as regiõesonde o comércio europeu mais se desenvolveudurante a Baixa Idade Média. Elas correspodiam,respectivamente, às extremidades meridional esetentrional da Rota da Champagne – a mais impor-tante do período. Outrossim, a Itália mantinha umintenso comércio com Constantinopla e Alexandria,enquanto os Países Baixos comerciavam com asáreas do Mar do Norte e do Mar Báltico.Observação: Convém lembrar que a prosperidadedos Países Baixos (no caso da Bélgica, e não daHolanda) e da Itália nos séculos XV e XVI é, até certoponto, residual, pois a Rota da Champagne foi inter-rompida pela Guerra dos Cem Anos (1337 a 1453) eConstantinopla foi tomada pelo turcos em 1453.

Sobre a reforma urbana do Rio de Janeiro, ocorridaentre fins do século XIX e início do XX, o literato LimaBarreto comentou: “De uma hora para outra, a antigacidade desapareceu e outra surgiu como se fosse obti-da por uma mutação de teatro.Havia mesmo na coisa muito de cenografia.” (LimaBarreto, Os Bruzundangas, em Obras de Lima Barreto.São Paulo: Brasiliense, 1956, p. 106).a) Cite uma atividade política e uma econômica que

sustentaram a importância da cidade do Rio deJaneiro nesse período.

b) Identifique duas mudanças urbanas realizadas peloprefeito Pereira Passos na reforma mencionada.

c) Explique a razão pela qual o ideário burguês, cosmo-polita e republicano, tinha necessidade de condenaro passado colonial do Rio de Janeiro.

Resolução

a) Atividade política: capital do Brasil. Atividade econô-mica: comércio ligado à importação e exportação.

b) Destruição de cortiços e alargamento de vias, comabertura de avenidas.

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c) O Rio de Janeiro, como capital da República, deveriamostrar-se como uma vitrina que simbolizasse amodernização e progresso trazidos ao País pelonovo regime. Inspirado no modelo das grandes capi-tais européias, o Rio de Janeiro refletiria a socieda-de urbana emergente, em contraposição à socie-dade predominantemente rural da Colônia e doImpério.

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