u rna cantopexia simples

4
U rna Cantopexia Simples Sergio Lessa 1 Roberto Sebasti.i2 Eduardo Flores 3 1] Professor Assistente do Curso de Pos-graduac;ao Medica-PUC, Rio de Janeiro e Instituto de Pos-graduac;ao Medica Carlos Chagas, Enfermaria da Santa Casa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv. Prof. Ivo Pitanguy) . Chefe do Departamento de Phistica Ocular da Ii! Enfermaria da Santa Casa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv. Prof. Paiva Gonc;alves) . TCBC,TSBCP. 2] Professor Assistente do Curso de Pos-graduac;ao Medica-PUC, Rio de Janeiro e Instituto de Pos-graduac;ao Medica Carlos Chagas, Enfermaria da Santa Cas a da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv. Prof. Ivo Pitanguy). Chefe do Departamento de Plastica Ocular da I i! Enfermaria da Santa Casa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv. Prof. Paiva Gonc;alves). Professor Adjunto do Departamento de Plastica Ocular, Servo de Oftalmologia- HUAP - Universidade Federal Fluminense (Serv. Prof. Renato Curi). TSBCP. 3] Cirurgiao Plastico Ocular da I i! Enfermaria da Santa Cas a da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv. Prof. Paiva Gonc;alves) , Enfermaria da Santa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv. Prof. Ivo Pitanguy). TSBCP. Endere<;o para correspondencia: Av. Ataulfo de Paiva, 135 - cj. 1101 Rio de Janeiro - RJ 22449-900 Fone: (021) 259-1245 - Fax: (021 ) 259-0099 e-mail: [email protected].br Unitermos: Cantopexia; blefaroplastia. RESUMO As cantopexias SM) hoje) intimamente integ1'adas as blefaroplastias inforiores. Podem ser de dois tipos: com cantotomia e sem cantotomia. A tecnica do tipo sem cantotomia que empregamos evita a desinserfM do ligamento can tal lateral) fixando o ligamenta can tal lateral no reborbo orbitdrio , com flo inabsorvivel, tendo como via de acesso a flrida da blefaroplastia superior. 118 pacientes foram submetidos a cantopexia associada a blefaroplastia. .Ii um procedimento rdpido que diminui sensivelmente a morbidade. Pode ser empregado com sucesso em blefaroplastias onde hd moderada jlacidez palpebral inforior. Rev. Soc. Bras . Cir. Plast. Sao Paulo v.14 0.1 p. 59-70 jan/ abr. 1999 67

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Page 1: U rna Cantopexia Simples

U rna Cantopexia Simples

Sergio Lessa 1

Roberto Sebastii2 Eduardo Flores3

1] Professor Assistente do Curso de Pos-graduacao Medica-PUC Rio de Janeiro e Instituto de Pos-graduacao Medica Carlos Chagas 38~ Enfermaria da Santa Casa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv Prof Ivo Pitanguy) Chefe do Departamento de Phistica Ocular da Ii Enfermaria da Santa Casa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv Prof Paiva Goncalves) TCBCTSBCP

2] Professor Assistente do Curso de Pos-graduacao Medica-PUC Rio de Janeiro e Instituto de Pos-graduacao Medica Carlos Chagas 38~ Enfermaria da Santa Cas a da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv Prof Ivo Pitanguy) Chefe do Departamento de Plastica Ocular da I i Enfermaria da Santa Casa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv Prof Paiva Goncalves) Professor Adjunto do Departamento de Plastica Ocular Servo de OftalmologiashyHUAP - Universidade Federal Fluminense (Serv Prof Renato Curi) TSBCP

3] Cirurgiao Plastico Ocular da I i Enfermaria da Santa Cas a da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv Prof Paiva Goncalves) 38~ Enfermaria da Santa da Misericordia do Rio de Janeiro (Serv Prof Ivo Pitanguy) TSBCP

Enderelto para correspondencia

Av Ataulfo de Paiva 135 - cj 1101 Rio de Janeiro - RJ 22449-900

Fone (021) 259-1245 - Fax (021 ) 259-0099 e-mail slessaipteccombr

Unitermos Cantopexia blefaroplastia

RESUMO

As cantopexias SM) hoje) intimamente integ1adas as blefaroplastias inforiores Podem ser de dois tipos com cantotomia e sem cantotomia

A tecnica do tipo sem cantotomia que empregamos evita a desinserfM do ligamento cantal lateral) fixando o ligamenta cantal lateral no reborbo orbitdrio com flo inabsorvivel tendo como via de acesso a flrida da blefaroplastia superior 118 pacientes foram submetidos a cantopexia associada a blefaroplastia

Ii um procedimento rdpido que diminui sensivelmente a morbidade Pode ser empregado com sucesso em blefaroplastias onde hd moderada jlacidez palpebral inforior

Rev Soc Bras Cir Plast Sao Paulo v14 01 p 59-70 janabr 1999 67

Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plastica

A tradicional blefaroplastia inferior transcudnea e urn chlssico procedimento que geralmente traz bons resultados obtendo-se urna cicatriz subciliar pouco perceptive 0 resultado desfavoravel mais comurn e a retraltao palpebral inferior 0 arqueamento palpeshybral a esclera aparente e 0 arredondamento do canto lateral sao alteraltoes tipicas da anatomia palpebral posshyblefaroplastia

Recentes estudos estimaram a incidencia de retraltao palpebral apos blefaroplastia transcutanea em 15 a 20(12) como tambem relatam alteraltoes nas dimens6es das fendas palpebrais com suas conseqiiencias funcionais(3) Embora 0 mecanismo da retraltao palpebral seja urn processo complexo a retraltao cicatricial e 0 fator causal mais evidente

As blefaroplastias transcutaneas nos ultimos anos tornaram-se mais conservadoras

o advento do laser de CO2

tern aumentado a freqiiencia das blefaroplastias transconjuntivais 0 acesso conjuntival para blefaroplastia deixa intactos a pele a musculatura orbicular e 0 septo orbitirio minimizando 0 espectro de retraltao palpebral ou mesmo ectropio pos-operatorio

Apesar de todas as alternativas cirurgicas para evitar as alteraltoes de posiltao da pilpebra inferior temos que compreender que 0 processo de envelhecimento compromete urna importante estrutura do mecanismo de suporte palpebral representado pelo ligamento cantallateral(4 5 6)

A hipoplasia do osso malar a orbita rasa os olhos projetados e a alta miopia tam bern podem contribuir para a alteraltao de posiltao pos-blefaroplastia(7)

Varios cirurgioes observaram a importancia das cantoplastias para prevenir complicaltoes das blefaroplastias(89 10 II 12 13 14 15) Flowers(l4) associ a a cantopexia em todas as blefaroplastias inferiores como rotina para evitar alteraltoes da posiltao palpebral

Acreditando que nas modernas befaroplastias a associaltao de cantopexias deve ser freqiiente realizamos urna serie de blefaroplastias empregando equipamento de laser associando resurfacing palpeshybral e cantopexia

MATERIAL E METODOS

118 pacientes foram submetidos a cantopexia associltlda ablefaroplastia no periodo compreendido

entre 1996 e 1998 96 pacientes (813) eram do sexo feminino e 22 pacientes (183) do sexo mascuJino A idade dos pacientes variou de 42 a 76 anos com uma media de 59 anos Nenhum dos t pacientes operados havia se submetido ablefaroplastia estetica anteriormente Todos os casos apresentavam flacidez palpebral moderada e 22 casos apresentavam as fendas palpebrais com obliqiiidade anti shymongoloide

Todos os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgiao (S L)

TECNICA CIRURGICA

A cantopexia e reatizada apos a blefaroplastia supeshyrior classica e a inferior por via conjuntival Na pilpebra superior urna elipse de pele e removida como tambem urna faixa de mUsculo orbicular pre-septal Na pilpebra inferior utilizamos 0 acesso conjuntival para ressecltao das bolsas gordurosas Iniciamos a cantopexia realizando uma incisao cutanea de aproximadamente 2 mm situada imediatamente abaixo do canto palpebral lateral (Fig 1)

Utilizando 0 polipropileno como material de sutura pass amos a agulha de 20 ffiffi apreendendo 0 periosteo do rebordo orbitario superior na mesma direltao da mInima incisao cutanea da pilpebra inferior (Fig 2) A agulha sai nesta incisao (Fig 3) e a seguir a introshyduzimos atraves da mesma incisao cutanea apreenshydendo 0 ramo inferior do ligamento cantal lateral atingindo a ferida palpebral superior proximo ao ponto inicial de ftxaltao periostal onde e feito 0 no da cantopexia (Figs 4 e 5) Nessa etapa observamos rushytidamente a tensao exercida na pilpebra inferior e a elevaltao do canto latera A hipercorreltao adotada eleva a pilpebra inferior 1 a 2 ffiffi sobre 0 limbo corrigindo a falsa impressao de excesso de tecido palpebral ou hipertrofta orbicular Apos-a cantopexia a ferida da palpebra superior esuturada completanshydo 0 procedimento (Fig 6)

E extremamente importante durante a cantopexia observar se a sutura englobou a expansao lateral do mUsculo elevador da pilpebra superior A ptose palpeshybral seria a conseqiiencia imediata

RESULTADOS

A flacidez palpebral foi corrigida em todos os casos Durante aproximadamente duas semanas observamos

Rev Soc Bras Cir Phist Sao Paulo v14 n1 p 59-70 janabr 1999 68

Uma Cantopexia Simples

uma tensao maior nas palpebras inferiores como tam bern wna ligeira eleva~ao dos cantos laterais Dushyrante esse perfodo a excursao palpebral permaneceu ligeiramente limitada Na 3i semana observamos normaliza~ao completa das formas palpebrais e das posi~6es cantais (Figs 7a 7b 7c e 7d 8a 8b 8c e 8d 9a 9b 9c e 9d lOa lOb lOc e lOd)

Em 2 casos observamos pequenos granulomas na area do no da camopexia no rebordo orb irario superior lateralmente que foram ressecados apos 0 6deg mes sem causar prejuizos esteticos e altera~6es nas pilpebras inferiores

DIscussAo

As cantoplastias laterais sao empregadas em cirurgia reconstrutora e estetica com a finalidade de corrigir a flacidez e posicionar adequadamente a pilpebra infeshyrior e 0 canto lateral Inumeros procedimentos de cantoplastia foram descritos e empregados com sucesso A anilise criteriosa dos pacientes incluindo a anatomia da orbita a posi~ao do globo ocular a simetria das fendas palpebrais e a integridade dos ligamemos cantais constituem fatores determinantes na escolha do tipo de procedimemo cirurgico(l5)

As camoplastias podem ser classificadas em dois principais grupos as cantoplastias com cantotomia e as camoplastias sem cantotomia

Bick(l61 em 1966 e Tenzel(l71 em 1969 empregaram cantotomia em procedimentos de reconstrultao Anderson e Gordy(ll) descreveram uma varia~ao tecnlca utilizando 0 retalho sem 0 epitelio conjuntival A partir dessa data 0 retalho tarsal come~ou a ser amplamente empregado em cirurgias palpebrais Mc Cord(l8) em 1983 foi 0 prirneiro cirurgiao que usou uma varialtao dessa tecnica para prevenir compLica~6es da blefaroplastia estetica Em 1987 Lisman e colaboradores(7) empregaram a suspensao tarsal nas blefaroplastias

As cantotomias associadas as fIXa~6es laterais oferecem algwnas vanta gens como encurtamento horizomal nas despropor~6es palpebrais elimina~ao concomitante das retra~6es inferiores e associa~ao de eleva~ao do ter~o medio facial(15 19202122) Muito freqiientememe sao procedimemos cirurgicos empregados para tratar complica~6es das blefaroplastias como retra~6es palpebrais ectropios e as complexas deformidades chamadas dupla-convexidade

As cantopexias sem cantotomia possibilitam a corre~ao da posi~ao e da flacidez palpebral mantendo a integridade anatomica do canto evitando 0

encurtamento horizontal palpebral Sao menos freqiientes as quemoses pos-operatorias e a morbidade e menor Esses proceclimentos foram desenvolvidos para serem usados nas blefaroplastias que exigem corre~ao da flacidez palpebral inferior(4 81314 15 21 23 24 25 26 27 28) A maioria destas tecnicas emprega transposi~ao de retalho muscular dermomuscular ou desinser~ao do ligamento cantal lateral com transposi~ao atraves de wn tUnel submuscular orbicushylar na dire~ao do periosteo do rebordo lateral da orbita

A tecnica por nos apresentada segue os prindpios das cantopexias sem cantotomia porem suprime a dissec~ao do tUnel submuscular e evita a desinser~ao do ligamento cantallateral Realizamos a cantopexia empregando sutura com material inabsorvlvel Este procedimento diminuiu consideravelmente 0 tempo cirurgico e e de baixlssima morbidade Pode ser empregado com seguran~a nos casos de flacidez palpeshybral inferior e nas moderadas altera~6es de obliqwdade antimongoloide das fendas palpebrais

Esta tecruca foi por nos irucialmente empregada nas blefaroplastias realizadas com laser de CO

2 Nao

indicamos essa tecnlca nos casos de retra~ao palpeshybral inferior com altera~6es da lamela anterior e media onde acreditamos que as tecnicas com cantotomia e fixa~ao lateral associadas a sec~ao dos elementos retratores ou as tecnicas de eleva~ao do ter~o medio da face sejam as mais indicadas

Concordamos com Flowers(14) que considera a camopexia com remo~ao de gordura 0 componeme primario das blefaroplastias inferiores e que afirma ser 0 maior inimigo da cantopexia duradoura a ressec~ao de pele da pilpebra inferior

Ha wn grande menu para proceclimentos cirurgicos que visam a corre~ao da flacidez e das altera~6es de posi~ao da pilpebra inferior e do canto lateral tendo cada wn deles wna sutil diferen~a em sua indicaltao

deg sucesso de todos os procedimentos cirurgicos depende do preciso conhecimento da anatomia e da preserva~ao das estruturas delicadas das pilpebras

BIBLIOGRAFIA

1 BAYLIS HI LONG JA GROT MJ Transconjuntival lower eyedid blepharoplasty Thecnique and Complications Ophthalmology 1989

Rev Soc Bras Cir Plast Sao Paulo v14 n1 p 59-70 janabr 1999 69

Revista da Sociedade Brasileira de Cimrgia PIltistica

961027-1031

2 MC GRAW BL ADAMSON PA Post blepharoplasty ectropion Prevention and Manageshyment Arch Otolaryngol Head and Neck Surg 1991 117852-857

3 LESSA S ELENA EH ARAlnO MRC e PITANGUY 1 Modificacr6es anatomicas da fenda palpebral ap6s blefaroplastia Rev Bras Cir 1997 87179-188

4 WHITAKER LA Selective alteration of palpebral fissure form by lateral canthopexy Plast Reconstr Smg 1984 74611-615

5 HILL JC An analysis of senile changes in the palpebral fissure Can] OphthalffWl 1975 1032shy35

6 OUSTERHOUT DK and WElL RE The role oflateral canthal tendon in lower eyelid laxity Plast Reconstr Surg 1982 69620-622

7 LISMAN RD REES T BAKER D and SMITH B Experience with tarsal suspension as a factor in lower lid blepharoplasty Plast amp ReCOnitr Surg 1987 79897-905

8 HINDERERUT Blepharocanthoplasty with eyeshybrow lift Plast Recontr Surg 1975 56402-409

9 ADAMSON JE MC CRAW JB CARRAWAY JH Use of muscle flap in lower blepharoplasty Plast Reconstr Surg 1979 63359-363

10 MLADICK RA The muscle-suspension lower blepharoplast)c Plast Reconstr Surg1979 64 171shy175

11 ANDERSON RL and GORDY DD The tarsal strip procedure Arch OphthalffWl 1979 972192shy2196

12 FLOWERS RS Canthopexy with aesthetic blepharoplasty Presented to annual meeting of the American Society for Aesthetic Plastic Surgeons April 1983

13 ORTIZ-MONASTERlO F RODRlGUES A Lateral canthoplasty to change the eye slant Plast Reconstr Surg 1985 75 1

14 FLOWERS RS Canthopexy as a routine blepharoplasty component In Blepharoplasty and Periorbital Aesthetic Surgery Clin Plast Surg 1993 20351-365

15 JELKS GW GLAT PM JELKS EB and LONGAKER MT The inferior retinacular lateral

canthoplasty A new technique Plast Reconstr Surg 1997 100 1262-1270

16 BICK MW Surgical management of orbital tarsal disparity Arch OphthalffWl 1966 75 386

17 TENZEL RR Treatment oflagophthalmos of the lower lid Arch OphthalffWl 1969 81 366-371

18 MC CORD CD JR and SHORE JW Avoidance of complications in lower lid blepharoplasty OphthalffWl 1983 901039-1046

19 HESTER TR CODNER MA and MC CORD CD Subperiosteal Malar Cheek Lift with Lower lid Blepharoplasty In CD Mc Cord (Ed) Eyelid Surgery Principles and Thechniques Philadelphia Lippincott-Raven 1995 p 149

20 HESTER TR CODNER MA and MC CORD CD The centro facial approach for correction offacial ageing using the transblepharoplasty subshyperiosteal cheekliftAesthetic SU1g Q 1996 1651shy57

21 LASSUS C An easy canthoplasty Aesth Plast Surg 1996 20137-140

22 GLAT PM JELKS Gw JELKS EB WOOD M GADANGI P and LONGAKER MT Evolution of the lateral canthoplasty techniques and indicashytions PlastReconstrSurg 1997 1001396-1405

23 FLOWERS RS Advanced blepharoplasty Prinshyciples of precision In Gonzalez-Ulhoa M et al (eds) Aesthetic Plastic Surgery Vol 2 Padua Piccin Nuova Libraria 1987 p 115

24 HINDERER UT Correction of weakness of the lower eyelid and latheral canthus Clin Plast Surg 1993 20331-349

25 EDGERTON MT and WOLFORT FG The dershymal flap canthal lift for lower eyelid support A technique of value in the surgical treatment of fashycial palsy Plast Recontr Surg 1969 4342-52

26 MONTADON D A modification of the dermalshyflap canthal lift for connection of the paralyzed eyelid Plast Reconstr Surg 1978 61555-557

27 MARSH JL and EDGERTON MT Periosteal pennant lateral canthoplasty Plast Reconstr Surg 1979 6424-29

28 HAMRA ST The zygorbicular dissection in comshyposite rhytidectomy An ideal rnidface plane Plast Reconstr Surg 1998 1021646-1657

Rev Soc Bras Cir Plast Sao Paulo v14 n1 p 59-70 janabr 199970

Page 2: U rna Cantopexia Simples

Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plastica

A tradicional blefaroplastia inferior transcudnea e urn chlssico procedimento que geralmente traz bons resultados obtendo-se urna cicatriz subciliar pouco perceptive 0 resultado desfavoravel mais comurn e a retraltao palpebral inferior 0 arqueamento palpeshybral a esclera aparente e 0 arredondamento do canto lateral sao alteraltoes tipicas da anatomia palpebral posshyblefaroplastia

Recentes estudos estimaram a incidencia de retraltao palpebral apos blefaroplastia transcutanea em 15 a 20(12) como tambem relatam alteraltoes nas dimens6es das fendas palpebrais com suas conseqiiencias funcionais(3) Embora 0 mecanismo da retraltao palpebral seja urn processo complexo a retraltao cicatricial e 0 fator causal mais evidente

As blefaroplastias transcutaneas nos ultimos anos tornaram-se mais conservadoras

o advento do laser de CO2

tern aumentado a freqiiencia das blefaroplastias transconjuntivais 0 acesso conjuntival para blefaroplastia deixa intactos a pele a musculatura orbicular e 0 septo orbitirio minimizando 0 espectro de retraltao palpebral ou mesmo ectropio pos-operatorio

Apesar de todas as alternativas cirurgicas para evitar as alteraltoes de posiltao da pilpebra inferior temos que compreender que 0 processo de envelhecimento compromete urna importante estrutura do mecanismo de suporte palpebral representado pelo ligamento cantallateral(4 5 6)

A hipoplasia do osso malar a orbita rasa os olhos projetados e a alta miopia tam bern podem contribuir para a alteraltao de posiltao pos-blefaroplastia(7)

Varios cirurgioes observaram a importancia das cantoplastias para prevenir complicaltoes das blefaroplastias(89 10 II 12 13 14 15) Flowers(l4) associ a a cantopexia em todas as blefaroplastias inferiores como rotina para evitar alteraltoes da posiltao palpebral

Acreditando que nas modernas befaroplastias a associaltao de cantopexias deve ser freqiiente realizamos urna serie de blefaroplastias empregando equipamento de laser associando resurfacing palpeshybral e cantopexia

MATERIAL E METODOS

118 pacientes foram submetidos a cantopexia associltlda ablefaroplastia no periodo compreendido

entre 1996 e 1998 96 pacientes (813) eram do sexo feminino e 22 pacientes (183) do sexo mascuJino A idade dos pacientes variou de 42 a 76 anos com uma media de 59 anos Nenhum dos t pacientes operados havia se submetido ablefaroplastia estetica anteriormente Todos os casos apresentavam flacidez palpebral moderada e 22 casos apresentavam as fendas palpebrais com obliqiiidade anti shymongoloide

Todos os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgiao (S L)

TECNICA CIRURGICA

A cantopexia e reatizada apos a blefaroplastia supeshyrior classica e a inferior por via conjuntival Na pilpebra superior urna elipse de pele e removida como tambem urna faixa de mUsculo orbicular pre-septal Na pilpebra inferior utilizamos 0 acesso conjuntival para ressecltao das bolsas gordurosas Iniciamos a cantopexia realizando uma incisao cutanea de aproximadamente 2 mm situada imediatamente abaixo do canto palpebral lateral (Fig 1)

Utilizando 0 polipropileno como material de sutura pass amos a agulha de 20 ffiffi apreendendo 0 periosteo do rebordo orbitario superior na mesma direltao da mInima incisao cutanea da pilpebra inferior (Fig 2) A agulha sai nesta incisao (Fig 3) e a seguir a introshyduzimos atraves da mesma incisao cutanea apreenshydendo 0 ramo inferior do ligamento cantal lateral atingindo a ferida palpebral superior proximo ao ponto inicial de ftxaltao periostal onde e feito 0 no da cantopexia (Figs 4 e 5) Nessa etapa observamos rushytidamente a tensao exercida na pilpebra inferior e a elevaltao do canto latera A hipercorreltao adotada eleva a pilpebra inferior 1 a 2 ffiffi sobre 0 limbo corrigindo a falsa impressao de excesso de tecido palpebral ou hipertrofta orbicular Apos-a cantopexia a ferida da palpebra superior esuturada completanshydo 0 procedimento (Fig 6)

E extremamente importante durante a cantopexia observar se a sutura englobou a expansao lateral do mUsculo elevador da pilpebra superior A ptose palpeshybral seria a conseqiiencia imediata

RESULTADOS

A flacidez palpebral foi corrigida em todos os casos Durante aproximadamente duas semanas observamos

Rev Soc Bras Cir Phist Sao Paulo v14 n1 p 59-70 janabr 1999 68

Uma Cantopexia Simples

uma tensao maior nas palpebras inferiores como tam bern wna ligeira eleva~ao dos cantos laterais Dushyrante esse perfodo a excursao palpebral permaneceu ligeiramente limitada Na 3i semana observamos normaliza~ao completa das formas palpebrais e das posi~6es cantais (Figs 7a 7b 7c e 7d 8a 8b 8c e 8d 9a 9b 9c e 9d lOa lOb lOc e lOd)

Em 2 casos observamos pequenos granulomas na area do no da camopexia no rebordo orb irario superior lateralmente que foram ressecados apos 0 6deg mes sem causar prejuizos esteticos e altera~6es nas pilpebras inferiores

DIscussAo

As cantoplastias laterais sao empregadas em cirurgia reconstrutora e estetica com a finalidade de corrigir a flacidez e posicionar adequadamente a pilpebra infeshyrior e 0 canto lateral Inumeros procedimentos de cantoplastia foram descritos e empregados com sucesso A anilise criteriosa dos pacientes incluindo a anatomia da orbita a posi~ao do globo ocular a simetria das fendas palpebrais e a integridade dos ligamemos cantais constituem fatores determinantes na escolha do tipo de procedimemo cirurgico(l5)

As camoplastias podem ser classificadas em dois principais grupos as cantoplastias com cantotomia e as camoplastias sem cantotomia

Bick(l61 em 1966 e Tenzel(l71 em 1969 empregaram cantotomia em procedimentos de reconstrultao Anderson e Gordy(ll) descreveram uma varia~ao tecnlca utilizando 0 retalho sem 0 epitelio conjuntival A partir dessa data 0 retalho tarsal come~ou a ser amplamente empregado em cirurgias palpebrais Mc Cord(l8) em 1983 foi 0 prirneiro cirurgiao que usou uma varialtao dessa tecnica para prevenir compLica~6es da blefaroplastia estetica Em 1987 Lisman e colaboradores(7) empregaram a suspensao tarsal nas blefaroplastias

As cantotomias associadas as fIXa~6es laterais oferecem algwnas vanta gens como encurtamento horizomal nas despropor~6es palpebrais elimina~ao concomitante das retra~6es inferiores e associa~ao de eleva~ao do ter~o medio facial(15 19202122) Muito freqiientememe sao procedimemos cirurgicos empregados para tratar complica~6es das blefaroplastias como retra~6es palpebrais ectropios e as complexas deformidades chamadas dupla-convexidade

As cantopexias sem cantotomia possibilitam a corre~ao da posi~ao e da flacidez palpebral mantendo a integridade anatomica do canto evitando 0

encurtamento horizontal palpebral Sao menos freqiientes as quemoses pos-operatorias e a morbidade e menor Esses proceclimentos foram desenvolvidos para serem usados nas blefaroplastias que exigem corre~ao da flacidez palpebral inferior(4 81314 15 21 23 24 25 26 27 28) A maioria destas tecnicas emprega transposi~ao de retalho muscular dermomuscular ou desinser~ao do ligamento cantal lateral com transposi~ao atraves de wn tUnel submuscular orbicushylar na dire~ao do periosteo do rebordo lateral da orbita

A tecnica por nos apresentada segue os prindpios das cantopexias sem cantotomia porem suprime a dissec~ao do tUnel submuscular e evita a desinser~ao do ligamento cantallateral Realizamos a cantopexia empregando sutura com material inabsorvlvel Este procedimento diminuiu consideravelmente 0 tempo cirurgico e e de baixlssima morbidade Pode ser empregado com seguran~a nos casos de flacidez palpeshybral inferior e nas moderadas altera~6es de obliqwdade antimongoloide das fendas palpebrais

Esta tecruca foi por nos irucialmente empregada nas blefaroplastias realizadas com laser de CO

2 Nao

indicamos essa tecnlca nos casos de retra~ao palpeshybral inferior com altera~6es da lamela anterior e media onde acreditamos que as tecnicas com cantotomia e fixa~ao lateral associadas a sec~ao dos elementos retratores ou as tecnicas de eleva~ao do ter~o medio da face sejam as mais indicadas

Concordamos com Flowers(14) que considera a camopexia com remo~ao de gordura 0 componeme primario das blefaroplastias inferiores e que afirma ser 0 maior inimigo da cantopexia duradoura a ressec~ao de pele da pilpebra inferior

Ha wn grande menu para proceclimentos cirurgicos que visam a corre~ao da flacidez e das altera~6es de posi~ao da pilpebra inferior e do canto lateral tendo cada wn deles wna sutil diferen~a em sua indicaltao

deg sucesso de todos os procedimentos cirurgicos depende do preciso conhecimento da anatomia e da preserva~ao das estruturas delicadas das pilpebras

BIBLIOGRAFIA

1 BAYLIS HI LONG JA GROT MJ Transconjuntival lower eyedid blepharoplasty Thecnique and Complications Ophthalmology 1989

Rev Soc Bras Cir Plast Sao Paulo v14 n1 p 59-70 janabr 1999 69

Revista da Sociedade Brasileira de Cimrgia PIltistica

961027-1031

2 MC GRAW BL ADAMSON PA Post blepharoplasty ectropion Prevention and Manageshyment Arch Otolaryngol Head and Neck Surg 1991 117852-857

3 LESSA S ELENA EH ARAlnO MRC e PITANGUY 1 Modificacr6es anatomicas da fenda palpebral ap6s blefaroplastia Rev Bras Cir 1997 87179-188

4 WHITAKER LA Selective alteration of palpebral fissure form by lateral canthopexy Plast Reconstr Smg 1984 74611-615

5 HILL JC An analysis of senile changes in the palpebral fissure Can] OphthalffWl 1975 1032shy35

6 OUSTERHOUT DK and WElL RE The role oflateral canthal tendon in lower eyelid laxity Plast Reconstr Surg 1982 69620-622

7 LISMAN RD REES T BAKER D and SMITH B Experience with tarsal suspension as a factor in lower lid blepharoplasty Plast amp ReCOnitr Surg 1987 79897-905

8 HINDERERUT Blepharocanthoplasty with eyeshybrow lift Plast Recontr Surg 1975 56402-409

9 ADAMSON JE MC CRAW JB CARRAWAY JH Use of muscle flap in lower blepharoplasty Plast Reconstr Surg 1979 63359-363

10 MLADICK RA The muscle-suspension lower blepharoplast)c Plast Reconstr Surg1979 64 171shy175

11 ANDERSON RL and GORDY DD The tarsal strip procedure Arch OphthalffWl 1979 972192shy2196

12 FLOWERS RS Canthopexy with aesthetic blepharoplasty Presented to annual meeting of the American Society for Aesthetic Plastic Surgeons April 1983

13 ORTIZ-MONASTERlO F RODRlGUES A Lateral canthoplasty to change the eye slant Plast Reconstr Surg 1985 75 1

14 FLOWERS RS Canthopexy as a routine blepharoplasty component In Blepharoplasty and Periorbital Aesthetic Surgery Clin Plast Surg 1993 20351-365

15 JELKS GW GLAT PM JELKS EB and LONGAKER MT The inferior retinacular lateral

canthoplasty A new technique Plast Reconstr Surg 1997 100 1262-1270

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21 LASSUS C An easy canthoplasty Aesth Plast Surg 1996 20137-140

22 GLAT PM JELKS Gw JELKS EB WOOD M GADANGI P and LONGAKER MT Evolution of the lateral canthoplasty techniques and indicashytions PlastReconstrSurg 1997 1001396-1405

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25 EDGERTON MT and WOLFORT FG The dershymal flap canthal lift for lower eyelid support A technique of value in the surgical treatment of fashycial palsy Plast Recontr Surg 1969 4342-52

26 MONTADON D A modification of the dermalshyflap canthal lift for connection of the paralyzed eyelid Plast Reconstr Surg 1978 61555-557

27 MARSH JL and EDGERTON MT Periosteal pennant lateral canthoplasty Plast Reconstr Surg 1979 6424-29

28 HAMRA ST The zygorbicular dissection in comshyposite rhytidectomy An ideal rnidface plane Plast Reconstr Surg 1998 1021646-1657

Rev Soc Bras Cir Plast Sao Paulo v14 n1 p 59-70 janabr 199970

Page 3: U rna Cantopexia Simples

Uma Cantopexia Simples

uma tensao maior nas palpebras inferiores como tam bern wna ligeira eleva~ao dos cantos laterais Dushyrante esse perfodo a excursao palpebral permaneceu ligeiramente limitada Na 3i semana observamos normaliza~ao completa das formas palpebrais e das posi~6es cantais (Figs 7a 7b 7c e 7d 8a 8b 8c e 8d 9a 9b 9c e 9d lOa lOb lOc e lOd)

Em 2 casos observamos pequenos granulomas na area do no da camopexia no rebordo orb irario superior lateralmente que foram ressecados apos 0 6deg mes sem causar prejuizos esteticos e altera~6es nas pilpebras inferiores

DIscussAo

As cantoplastias laterais sao empregadas em cirurgia reconstrutora e estetica com a finalidade de corrigir a flacidez e posicionar adequadamente a pilpebra infeshyrior e 0 canto lateral Inumeros procedimentos de cantoplastia foram descritos e empregados com sucesso A anilise criteriosa dos pacientes incluindo a anatomia da orbita a posi~ao do globo ocular a simetria das fendas palpebrais e a integridade dos ligamemos cantais constituem fatores determinantes na escolha do tipo de procedimemo cirurgico(l5)

As camoplastias podem ser classificadas em dois principais grupos as cantoplastias com cantotomia e as camoplastias sem cantotomia

Bick(l61 em 1966 e Tenzel(l71 em 1969 empregaram cantotomia em procedimentos de reconstrultao Anderson e Gordy(ll) descreveram uma varia~ao tecnlca utilizando 0 retalho sem 0 epitelio conjuntival A partir dessa data 0 retalho tarsal come~ou a ser amplamente empregado em cirurgias palpebrais Mc Cord(l8) em 1983 foi 0 prirneiro cirurgiao que usou uma varialtao dessa tecnica para prevenir compLica~6es da blefaroplastia estetica Em 1987 Lisman e colaboradores(7) empregaram a suspensao tarsal nas blefaroplastias

As cantotomias associadas as fIXa~6es laterais oferecem algwnas vanta gens como encurtamento horizomal nas despropor~6es palpebrais elimina~ao concomitante das retra~6es inferiores e associa~ao de eleva~ao do ter~o medio facial(15 19202122) Muito freqiientememe sao procedimemos cirurgicos empregados para tratar complica~6es das blefaroplastias como retra~6es palpebrais ectropios e as complexas deformidades chamadas dupla-convexidade

As cantopexias sem cantotomia possibilitam a corre~ao da posi~ao e da flacidez palpebral mantendo a integridade anatomica do canto evitando 0

encurtamento horizontal palpebral Sao menos freqiientes as quemoses pos-operatorias e a morbidade e menor Esses proceclimentos foram desenvolvidos para serem usados nas blefaroplastias que exigem corre~ao da flacidez palpebral inferior(4 81314 15 21 23 24 25 26 27 28) A maioria destas tecnicas emprega transposi~ao de retalho muscular dermomuscular ou desinser~ao do ligamento cantal lateral com transposi~ao atraves de wn tUnel submuscular orbicushylar na dire~ao do periosteo do rebordo lateral da orbita

A tecnica por nos apresentada segue os prindpios das cantopexias sem cantotomia porem suprime a dissec~ao do tUnel submuscular e evita a desinser~ao do ligamento cantallateral Realizamos a cantopexia empregando sutura com material inabsorvlvel Este procedimento diminuiu consideravelmente 0 tempo cirurgico e e de baixlssima morbidade Pode ser empregado com seguran~a nos casos de flacidez palpeshybral inferior e nas moderadas altera~6es de obliqwdade antimongoloide das fendas palpebrais

Esta tecruca foi por nos irucialmente empregada nas blefaroplastias realizadas com laser de CO

2 Nao

indicamos essa tecnlca nos casos de retra~ao palpeshybral inferior com altera~6es da lamela anterior e media onde acreditamos que as tecnicas com cantotomia e fixa~ao lateral associadas a sec~ao dos elementos retratores ou as tecnicas de eleva~ao do ter~o medio da face sejam as mais indicadas

Concordamos com Flowers(14) que considera a camopexia com remo~ao de gordura 0 componeme primario das blefaroplastias inferiores e que afirma ser 0 maior inimigo da cantopexia duradoura a ressec~ao de pele da pilpebra inferior

Ha wn grande menu para proceclimentos cirurgicos que visam a corre~ao da flacidez e das altera~6es de posi~ao da pilpebra inferior e do canto lateral tendo cada wn deles wna sutil diferen~a em sua indicaltao

deg sucesso de todos os procedimentos cirurgicos depende do preciso conhecimento da anatomia e da preserva~ao das estruturas delicadas das pilpebras

BIBLIOGRAFIA

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