u m im a g in á rio de livro s e leitu ras: 4 0 a n o s d a f n l ij

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ste livro, que comemora os 40 anos da Fundação Nacio- nal do Livro Infantil e Juvenil, foi elaborado com muito empenho, atenção e carinho por todos os que participa- ram dele, assim como são realizadas as diferentes ações da FNLIJ. O trabalho desta instituição, iniciado a partir de uma idéia de Jella Lepman, ao término da Segunda Guerra Mundial, foi trazido ao Brasil por Laura Sandroni, Ruth Villela e Maria Luiza Barbosa de Oliveira, e rendeu muitos e muitos frutos, grande parte deles reunidos nesta obra. A FNLIJ foi pioneira em diversas áreas do livro e da leitura no Brasil, e continua mais importante do que nunca, com o apoio fundamental das editoras e entidades mantenedoras e o trabalho especial das votantes dos prêmios. Para mim, que me envolvi com o trabalho da Fundação somente a partir de 2005, a experiência tem sido extremamente desafiadora e rica, com muito aprendizado, um privilégio e uma alegria trabalhar em prol desta instituição nesta missão de apro- ximar as crianças dos livros de boa literatura. O que se pretende é fazer do Brasil um país de leitores, um lugar onde a cultura do livro permeie a vida de todos, dos adultos às crianças, dos professores aos nossos governantes. Portanto, este livro é um resumo do trabalho de 40 anos desta instituição pioneira no Brasil. Gisela Zincone presidente do Conselho Diretor da FNLIJ MANTENEDORES DA FNLIJ: Abrelivros, Agência Literária BMSR, Agir, Alis, Artes e Ofícios, Ática, Autêntica, Ave Maria, Bertrand Brasil, Biruta, Brinque- Book, Callis, CBL, Centro da Memória da Eletricidade no Brasil, Ciranda Cultu- ral, Companhia das Letrinhas, Companhia Editora Nacional – IBEP, Cortez, Cosac Naify, DCL, Dimensão, Doble Informática, Duna Dueto Editora, Edelbra, Ediouro, Editora 34, Editora do Brasil, Editora Jovem, Escala Educacional, Florescer, Forense, FTD, Fundação Casa Lygia Bojunga, Girafinha, Girassol Brasil Edições, Global, Globo, Gryphus, Guanabara Koogan, Iluminuras, Jorge Zahar, José Olympio, Larousse do Brasil, Lê, Leitura, L&PM, Maco, Manati, Marcos da Veiga Pereira, WMF Martins Fontes, Melhoramentos, Mercuryo Jovem, Moderna, MR Bens Gráfica, Nova Alexandria, Noovha América, Nova Fronteira, Objetiva, Pallas, Paulinas, Paulus, Peirópolis, Pinakotheke Artes, PricewaterhouseCoopers, Projeto, Record, RHJ, Rocco, Roda Viva, Salamandra, Salesiana, Saraiva, Scipione, Siciliano, SM, SNEL, Studio Nobel, Zit GESTÃO FNLIJ 2008-2011 Conselho Curador: Alexandre Martins Fontes, Carlos Augusto Lacer- da, Laura Sandroni, Luiz Alves Junior, Sonia Machado Jardim, Suzana Sanson • Conselho Diretor: Gisela Pinto Zincone (Presidente), Ísis Valéria Gomes e Alfredo Gonçalves • Conselho Fiscal: Henrique Luz, Marcos da Veiga Pereira e Terezinha Saraiva / Suplentes: Jorge Carnei- ro, Mariana Zahar Ribeiro e Regina Bilac Pinto • Conselho Consulti- vo: Alfredo Weiszflog, Ana Ligia Medeiros, Annete Baldi, Beatriz Hetzel, Cristina Warth, Eduardo Portella, Eny Maia, Ferdinando Bastos de Souza, Jefferson Alves, José Alencar Mayrink, José Fernando Ximenes, Lilia Schwarcz, Lygia Bojunga, Maria Antonieta Antunes Cunha, Paulo Rocco, Propício Machado Alves, Regina Lemos, Rogério Andrade Barbosa, Silvia Gandelman e Wander Soares • Secretária Geral: Elizabeth D’Angelo Serra EMPRESAS QUE CONTRIBUÍRAM ESPECIALMENTE PARA ESTA PUBLICAÇÃO: Um imaginário de livros e leituras: 40 anos da FNLIJ

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ste livro, que comemora os 40 anos da Fundação Nacio-nal do Livro Infantil e Juvenil, foi elaborado com muito empenho, atenção e carinho por todos os que participa-ram dele, assim como são realizadas as diferentes ações

da FNLIJ. O trabalho desta instituição, iniciado a partir de uma idéia de Jella Lepman, ao término da Segunda Guerra Mundial, foi trazido ao Brasil por Laura Sandroni, Ruth Villela e Maria Luiza Barbosa de Oliveira, e rendeu muitos e muitos frutos, grande parte deles reunidos nesta obra. A FNLIJ foi pioneira em diversas áreas do livro e da leitura no Brasil, e continua mais importante do que nunca, com o apoio fundamental das editoras e entidades mantenedoras e o trabalho especial das votantes dos prêmios. Para mim, que me envolvi com o trabalho da Fundação somente a partir de 2005, a experiência tem sido extremamente desafiadora e rica, com muito aprendizado, um privilégio e uma alegria trabalhar em prol desta instituição nesta missão de apro-ximar as crianças dos livros de boa literatura.

O que se pretende é fazer do Brasil um país de leitores, um lugar onde a cultura do livro permeie a vida de todos, dos adultos às crianças, dos professores aos nossos governantes. Portanto, este livro é um resumo do trabalho de 40 anos desta instituição pioneira no Brasil.

Gisela Zinconepresidente do Conselho

Diretor da FNLIJ

MANTENEDORES DA FNLIJ: Abrelivros, Agência Literária BMSR, Agir, Alis, Artes e Ofícios, Ática, Autêntica, Ave Maria, Bertrand Brasil, Biruta, Brinque-Book, Callis, CBL, Centro da Memória da Eletricidade no Brasil, Ciranda Cultu-ral, Companhia das Letrinhas, Companhia Editora Nacional – IBEP, Cortez, Cosac Naify, DCL, Dimensão, Doble Informática, Duna Dueto Editora, Edelbra, Ediouro, Editora 34, Editora do Brasil, Editora Jovem, Escala Educacional, Florescer, Forense, FTD, Fundação Casa Lygia Bojunga, Girafinha, Girassol Brasil Edições, Global, Globo, Gryphus, Guanabara Koogan, Iluminuras, Jorge Zahar, José Olympio, Larousse do Brasil, Lê, Leitura, L&PM, Maco, Manati, Marcos da Veiga Pereira, WMF Martins Fontes, Melhoramentos, Mercuryo Jovem, Moderna, MR Bens Gráfica, Nova Alexandria, Noovha América, Nova Fronteira, Objetiva, Pallas, Paulinas, Paulus, Peirópolis, Pinakotheke Artes, PricewaterhouseCoopers, Projeto, Record, RHJ, Rocco, Roda Viva, Salamandra, Salesiana, Saraiva, Scipione, Siciliano, SM, SNEL, Studio Nobel, Zit

GESTÃO FNLIJ 2008-2011

Conselho Curador: Alexandre Martins Fontes, Carlos Augusto Lacer-da, Laura Sandroni, Luiz Alves Junior, Sonia Machado Jardim, Suzana Sanson • Conselho Diretor: Gisela Pinto Zincone (Presidente), Ísis Valéria Gomes e Alfredo Gonçalves • Conselho Fiscal: Henrique Luz, Marcos da Veiga Pereira e Terezinha Saraiva / Suplentes: Jorge Carnei-ro, Mariana Zahar Ribeiro e Regina Bilac Pinto • Conselho Consulti-vo: Alfredo Weiszflog, Ana Ligia Medeiros, Annete Baldi, Beatriz Hetzel, Cristina Warth, Eduardo Portella, Eny Maia, Ferdinando Bastos de Souza, Jefferson Alves, José Alencar Mayrink, José Fernando Ximenes, Lilia Schwarcz, Lygia Bojunga, Maria Antonieta Antunes Cunha, Paulo Rocco, Propício Machado Alves, Regina Lemos, Rogério Andrade Barbosa, Silvia Gandelman e Wander Soares • Secretária Geral: Elizabeth D’Angelo Serra

EMPRESAS QUE CONTRIBUÍRAM ESPECIALMENTE PARA ESTA PUBLICAÇÃO:

Um

imaginário de livros e leitu

ras: 40

anos da FN

LIJ

Redação da 1ª Parte (1968 a 1984)

Laura Sandroni e Luiz Raul Machado

Redação da 2ª Parte (1985 a 2008)

Elizabeth D’Angelo SerraApoio para o levantamento das informações da 2ª Parte (1985 a 2008)

Elda Nogueira e Ninfa Parreiras

Coordenação

Elizabeth D’Angelo Serra e Gisela Zincone

© Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil

Coordenação EditorialGisela Zincone

Editoração EletrônicaRejane Megale Figueiredo

RevisãoGilson BatistaClaudia Sampaio

Design de capa e caderno de fotosChristiane Mello

Ilustração da CapaRui de Oliveira

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte.Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

I29 Um imaginário de livros e leituras: 40 anos da FNLIJ / redação da 1ª parte (1968 a 1984) Laura Sandroni e Luiz Raul Machado; redação da 2ª parte (1985 a 2008) Elizabeth D’Angelo Serra; apoio para levantamento das informações da 2ª parte (1985 a 2008) Elda Nogueira e Ninfa Parreiras; coordenação Elizabeth D’Angelo Serra e Gisela Zincone. – Rio de Janeiro: FNLIJ, 2008. il.;

Ap�ndicesAp�ndices ISBN 978-85-7482-010-1

1. Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (Brasil) – História. 2. Interesses na leitura – Brasil. 3. Incentivo à leitura – Brasil. 4. Livros e leitura – Brasil. I. Sandroni, Laura C. (Laura Constância), 1934-. II. Machado, Luiz Raul, 1946-. III. Serra, Elizabeth D’Angelo. IV. Nogueira, Elda. V. Parreiras, Ninfa de Freitas. VI. Zincone, Gisela. VII. Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (Brasil)

08-4524 CDD 028.906081 CDU 028.5: 061.2(81)

14.10.08 17.10.08 009264. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Fundação Nacional do Livro Infantil e JuvenilSeção Brasileira do IBBY – International Board on Books for Young PeopleRua da Imprensa, 16 salas 1212 a 1215Rio de Janeiro, RJ – 20030-120 – BrasilTel: 21 2262-9130 / Fax: 21 2240-6649e-mail: [email protected] / www.fnlij.org.br

Sumário

Entrevista com Laura Sandroni e Elizabeth Serra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII

1ª Parte: Primeiros Passos (1968/1984)40 Anos FNLIJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3Atividades Internacionais da Fnlij . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104Ciranda de Livros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131

2ª Parte: realização ano a ano (1985/2008)1985 a 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1371985. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1401986. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1471987. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1521988. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1571989. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1631990. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1681991. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1711992. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1741993 (Ano do Jubileu de Prata da FNLIJ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1771994. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1821995. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1871996. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1921997. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1961998. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2021999. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2102000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2162001. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2232002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2292003. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2362004. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2432005. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2502006. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2562007. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2622008 (Janeiro a Julho) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270

aPÊnDiCeIntrodução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279

Atividades Nacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2801.1. Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280

VI umImagInárIodelIVroseleIturas

1.2. Listagem dos Catálogos de Bolonha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2821.3. Concursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 1.3.1. Concurso FNLIJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 1.3.2. Concursos FNLIJ Comemorativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2851.4. Exposições FNLIJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2861.5. Pr�mio FNLIJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2881.6. Pr�mios Recebidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3421.7. Projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 1.7.1. Projetos de Promoção de Leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 1.7.2. Projetos Atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 1.7.3. Distribuição de Obras de Literatura Infantil e Juvenil por Meio de Projetos . . . . . 345 1.7.4. Pesquisa FNLIJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346 1.7.5. Cursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346 1.7.6. Encontros e Seminários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347 1.7.7. Criação de Bibliotecas Infantis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3481.8. Publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3481.9. Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350

Atividades Internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380* Atividades como Seção Brasileira do IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3802.1. Comit� Executivo do IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3802.2. Congressos Bienais do IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3802.3. Dia Internacional do Livro Infantil – DILI/IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3802.4. Pr�mio IBBY-ASAHI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 2.4.1. FNLIJ Indicada como Programa de Leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 2.4.2. Membros Brasileiros do Júri do Pr�mio IBBY-ASAHI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 2.4.3. Programas de Leitura Brasileiros Indicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 2.4.4. Programas de Leitura de Outros Pa�ses Indicados2.4.4. Programas de Leitura de Outros Pa�ses Indicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381812.5. Júri do Pr�mio Hans Christian Andersen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381812.6. Lista de Honra do IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3822.7. Pr�mio Hans Christian Andersen do IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3822.8. Relatórios Bienais para o IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383

* Outras Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3832.9. Bienal de Ilustrações de Bratislava – BIB – Eslováquia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3832.10. Congresso de Cuba “Para Ler o Século XXI” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3832.11. Exposições de Ilustrações e Obras de Literatura Infantil no Exterior . . . . . . . . . . . . . . . 3832.12. Feira do Livro Infantil de Bolonha – Itália . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3832.13. Outras Feiras de Livros em que o Brasil foi o Pa�s Homenageado . . . . . . . . . . . . . . . . 3842.14. Revista Latino-Americana de Literatura Infantil e Juvenil das Seções Latino-Americanas do IBBY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384

Entrevista com Laura Sandroni e Elizabeth Serra (realizadaporCecíliaCostaJunqueira)

A longa caminhada pela paz nas páginas encantadas dos livros infantis

Criada em 1968, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) este ano está festejando os seus quarenta anos. Hora de maturidade e de caminho aberto para o futuro, já com muitos feitos e realizações no passado. Foram inúmeros os marcos, como o Congresso do IBBY no Brasil, em 1974; a vinda do professor alemão Klaus Doderer, em 1976; a da escritora e bibliotecária francesa Geneviève Patte, em 1977; os seminários realizados na Bienal de São Paulo e a mágica Ciranda dos Livros. Sempre procurando alimentar o imaginário da criança brasileira e faz�-la amar a arte das palavras, a Fundação também foi pioneira em feiras de livros nas es-colas. E teve um outro grande momento ao criar, em maio de 1998, o Salão do Livro Infantil e Juvenil, que este ano, ao completar dez anos, contou com a participação de cem editoras e com a presença de 51 mil visitantes. Recordando esta bela história, fantástica como qualquer fábula infantil, mas também bem pragmática e trabalhosa, Laura Sandroni e Elizabeth D’Ângelo Serra, em entrevista concedida à jornalista Cec�-lia Costa Junqueira, falam do longo tempo em que se dedicaram e ainda se dedicam à instituição, com muita paixão e a mente repleta de boas lembranças. Tempo em que ajudaram a desenvolver a literatura infantil e juvenil no Brasil, transformando-a numa das mais ricas do mundo. Os primeiros dezesseis anos ficaram a cargo de Laura. Após um breve interregno, sob o comando de Glória Pondé e de Eliana Yunes, Elizabeth assumiu a secretaria-geral, função que exerce nos últimos vinte anos. Mas deixemos que elas mesmas, grandes tecedoras de sonhos, nos narrem este trabalho tão bonito, cuja origem está no desejo de Jella Lepman de criar um mundo mais harmonioso através dos livros para as crianças e jovens.

Como surgiu a idéia de se criar, no Brasil, uma instituição voltada para o desenvolvimento da literatura infantil e juvenil?

LAURA SANDRONI – O doutor Péricles Madureira do Pinho era o di-retor do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), um pedaço do INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, órgão do Ministério da Educação). Em 1964, ele recebeu um convite de Carmen Bravo-Villasante, presidente da

VIII umImagInárIodelIVroseleIturas

seção do IBBY na Espanha. Na correspond�ncia, ela dizia que, naquele ano, o congresso do IBBY seria realizado em Madri.

Convidara todos os pa�ses latino-americanos e não queria abrir mão da presença do Brasil. Como o doutor Péricles sabia que Maria Luiza Barbosa de Oliveira, técnica em assuntos educacionais do INEP, estava em Paris cursando uma bolsa, ele escreveu para ela pedindo que fosse ao Congresso. Viajasse a Madri para verificar se seria interessante trazer o International Board on Books for Young People para o Brasil. Maria Luiza foi e amou. Quando voltou ao Brasil, em 1967, conversou com o doutor Péricles e disse que o IBBY era interessant�ssimo. Se criássemos uma entidade brasileira, sem dúvida dar�amos um empurrão em nossa literatura para crianças. O doutor Péricles disse, então, que ela deveria reunir to-das as pessoas que considerasse imprescind�veis ao projeto. Não haveria dinheiro, mas ele cederia o auditório do CBPE para as reuniões e poria o advogado dele às ordens, para criar um órgão ou uma fundação voltada para o livro infantil.

E o que fez Maria Luiza, depois?LS – Ela me ligou. Eu, que me formara em administração pouco antes

de casar, estava em casa a cuidar de filhos. Ligou-me e disse: “Tem uma coisa aqui não remunerada, mas voc� poderia me ajudar?” Respondi que adoraria, pois só conhecia literatura infantil de leitura e queria conhecer mais. Além disso, estava mais do que disposta a fazer algum trabalho. Passamos a nos reunir uma vez por semana, Maria Luiza e eu, na sede do CPBE. T�nhamos uma sala e o doutor Péricles nos deu também uma datilógrafa em meio expediente, a Edith Fernandes. Começamos a listar os escritores, ilustradores, editores, educadores. E fizemos uma primeira reunião. Havia poucas editoras, entre elas a Melhora-mentos e a Ebal. No auditório, foi uma conversa sem fim. No final, decidimos fazer uma comissão. Eu, Maria Luiza e dona Ruth, a única que era bibliotecária especializada em literatura infantil. Fora indicada por uma amiga: “Tenho uma tia que se aposentou e que acaba de perder o marido. Está louca para fazer alguma coisa.” Assim ganhamos dona Ruth, que foi fantástica.

Dona Ruth...qual era o sobrenome?LS – Ruth Villela Alves de Souza. Nós nos reun�amos em minha própria

casa. Também fazia parte da comissão o diretor da Ebal, Paulo Adolfo Aizen. E estava presente ainda o advogado. Decidimos que era melhor ser pobre e orgulhoso. Não ser membro do governo, porque o Instituto Nacional do Livro co-editava livros. Futuramente, poder�amos vir a achar ruim um livro co-editado pelo governo, o que iria criar uma situation, como dizem os americanos. Opta-mos por criar uma fundação de direito privado. Convocamos todas as pessoas

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que hav�amos reunido da primeira vez e demos nossa sugestão. Foi aprovada. Assinamos a ata de fundação. Em 23 de maio de 1968, a criação da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil foi oficializada em cartório. Nasceu como seção brasileira do IBBY.

E hoje há também o Salão do Livro, muito bem-sucedido.LS – O Salão é da Fundação, sempre a Fundação. O pioneirismo

em qualquer área é da Fundação. Na década de 70, foi criado em São Paulo um Centro da Literatura Infantil e Juvenil, o Celiju, por escritoras paulistas que haviam publicado livros juvenis, como Odette de Barros Mott e Lucilia Junqueira de Almeida Prado. Elas iam às escolas fazer propaganda dos próprios livros. Um grupo de autoras. Totalmente diferente da Fundação. Ninguém que trabalha aqui, na diretoria, é autor ou autora. Achamos que não cabe, eticamente. Pode ser cr�tico de livro infantil, mas não escrever para criança. Se não, ter�amos a sen-sação de estar defendendo o próprio livro. Chamamos os autores, os ilustradores e os editores para participar de todas as atividades. Mas, na direção e entre as pessoas que participam do júri da Fundação, não há autor. Se alguém publica um livro, sai do júri.

E é assim nos outros países?ELIZABETH SERRA – Agora, na presid�ncia do júri do pr�mio Hans

Christian Andersen, a presidente do IBBY está presente ex-officio. Ela não pode votar. Como havia um livro da sua editora concorrendo, deixou a presid�ncia, tendo delegado a função para a vice-presidente, uma brasileira. A maioria das seções do IBBY tem esta preocupação, mas de vez em quando ocorre uma es-corregadela.

LS – Na Argentina, é meio confuso. Eles nunca conseguiram ter uma seção atuante por causa disso. Há autores e ilustradores na diretoria. Creio que agora está um pouco melhor.

ES – É como a Laura falou. Acabam defendendo seu próprio livro. Muitas vezes as pessoas se surpreendem, ao ver que os editores são mantenedo-res da Fundação. Mas eles não participam da seleção dos livros. Editora, mesmo que seja mantenedora, não tem nenhuma influ�ncia na seleção.

As editoras são mantenedoras desde o início?LS – No começo eram duas ou tr�s, e agora são sessenta. No in�cio

não havia muitas editoras. Quando fizemos a Ciranda dos Livros, eram selecio-nados quinze t�tulos por Ciranda. No total, foram quatro Cirandas. Nas duas primeiras, conseguimos fazer com trinta editoras diferentes. Não quer�amos re-

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petir editor nem autor. Tanto que os autores foram diferentes nos sessenta t�tulos. Os ilustradores é que se repetiram, porque havia poucos. Não conseguimos, no entanto, sessenta editoras diferentes. Havia poucas editoras naquela ocasião. Hoje, no Salão, existem mais de cem.

Mais de cem dedicadas à literatura infantil?LS – Editoras em geral, no Brasil, existem muito mais do que isso. Essas

cem se ocupam de literatura infantil. Algumas são quase especializadas, e outras só fazem alguns livros. Varia muito

ES – Recentemente, foram publicados no blog do jornalista e escritor Galeno Amorim resultados da nova pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com os editores para levantar números. Faturamento do setor, exemplares, t�tulos. Recebemos aqui para avaliação. Em geral, o número que eles recebem lá, de literatura infanto-juvenil, é tr�s vezes maior do que o nosso. Depois fica claro que uma parte é reedição e outra parte é primeira edição. Por outro lado, quando o editor manda o livro para cá, ele manda já sabendo que está concorrendo. Então, nós, evidentemente, temos menos t�tulos, porque já há uma pré-seleção. Isso ficou muito claro quando fizemos a seleção dos livros para o projeto Fome de Livro. Dos 7 500 mil t�tulos recebidos, uns 5 mil, para nós, seriam lixo. Mas quisemos ficar com todo o acervo porque era um retrato do que se entendia como literatura infantil, naquele tempo, no Brasil. Elegemos 2 mil e no final ficaram 800 titulos para a compra do Fome de Livro. Este conceito do que é lite-ratura infantil é muito variado. Tem a terminologia do paradidático, que também não diz nada. E tem a literatura como leitura complementar, um conceito contra o qual batalhamos. A literatura é essencial na formação da criança.

No início da Fundação, Laura era a presidente?LS – De acordo com o primeiro estatuto, eu era diretora-executiva.

Havia ainda a diretora-secretária e a o tesoureiro. Esta denominação durou até que eu sa� e Eliana Yunes assumiu.

Quantos anos você ficou na direção, Laura?LS – Fiquei dezesseis anos. Gloria Pondé me substituiu, mas ficou só

um ano, e a�, em 1987, veio a gestão da Eliana Yunes. Em 89, a Beth assume.

Inicialmente ficava na Voluntários da Pátria?LS – É, era lá. Acho que nos mudamos para o prédio do Ministério da

Cultura em 1977, 1978. O Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais mudou-se para Bras�lia e a casa em Botafogo, linda, foi pedida pelo irmão do presidente,

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o Guilherme Figueiredo, para ser a sede da reitoria da Uni-Rio, da qual ele era o reitor. Procurei, então, a delegada do MEC, a Mônica Rector. Expliquei que precisávamos de um lugar. E ela disse que não havia problema. O prédio estava com espaço sobrando.

Vamos falar, então, dos primeiros marcos? LS – O primeiro grande marco foi a realização do 14º Congresso do

IBBY aqui, no Rio, em 1974. A proposta foi recebida por Leny Werneck, nossa representante no IBBY. Este congresso foi fantástico. Tinha gente do Brasil todo e da América Latina. Foi no Hotel Glória. Mais de quinhentas pessoas. O tema era o livro como importante instrumento na educação. Leny Werneck era a secretária executiva do Congresso. Fez um trabalho magn�fico. Nós todas nos empenha-mos. Dona Ruth era o nosso trunfo, porque, como também fora representante no IBBY, conhecia todo mundo. Foi a primeira vez que o Congresso se realizou fora da Europa. Ficamos apavoradas com a responsabilidade. Mas havia o conselho, que se reunia todo m�s. Representantes das diversas áreas que envolviam o livro: a Biblioteca Nacional, o Instituto Nacional do Livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, a Câmara Brasileira do Livro, autores e ilustradores.

E o dinheiro, veio de onde?.LS – Fomos ao ministro de Educação, que era o Ney Braga, na oca-

sião. Ele ia deixar o cargo, mas nos garantiu que deixaria assegurada a dotação de verba para o Congresso. Fomos ao Manuel Diegues, o pai do Cacá, que era dos Assuntos Culturais do MEC. Explicamos o que ia acontecer. Ele disse o evento era important�ssimo e que pod�amos contar com ele, mas pediu que procurásse-mos também a Riotur. Podiam nos dar apoio para a visita à cidade, e realmente nos cederam um ônibus.

ES – Foi muito importante este Congresso no Rio. E não só para o Brasil. Recentemente, os bolivianos me disseram que o que motivou a criação da seção do IBBY no pa�s deles foi o Congresso no Rio, em 74.

LS – Também na Venezuela o pessoal mais antigo diz que a Fundação brasileira foi a promotora da exist�ncia da seção local. Já existia na Argentina, como já disse, mas péssima, sem agir. Existia no Chile, mas nunca fizeram nada para chamar os outros pa�ses. Além disso, em 1974 criamos o pr�mio “O Melhor para a Criança”. O que existia na ocasião era a literatura para crianças peque-nas. Não havia livro juvenil no mercado. Este conceito de literatura juvenil surgiu depois. O primeiro pr�mio foi concedido a “O rei de quase tudo”. Até 78 ficou apenas este pr�mio, “O Melhor para a Criança”. Em 78 já havia alguns livros juvenis, tanto que há havia sido criado aquele grupo em São Paulo, o Celiju.

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E o que era o prêmio?LS – Era um bel�ssimo selo de ouro que o editor comprava e colava

na capa. E havia um diploma para autor, editor e ilustrador. Depois, para o tradutor. No inicio, o júri era composto por quatro ou cinco pessoas que trabalhavam na Fundação. Hoje, cerca de 30 pessoas participam, em todo o Brasil, julgando dezesseis categorias. Convidamos especialistas, professores universitários que se dedicam à literatura infantil. Eles recebem os livros das editoras em casa.

A Fundação também recebe todos os livros?LS – Assim que começamos a trabalhar, dona Ruth, eu e a Edith, a

secretária, dona Ruth disse que havia duas coisas importantes a fazer. A primeira delas era escrever para os editores pedindo os livros, os que já haviam sido publi-cados e os novos. Com isso temos hoje uma biblioteca que é a maior da América Latina, com 40 mil volumes.

ES – Ela é menos consultada do que gostar�amos. Agora, como con-tamos com o apoio da Caixa Econômica, temos informações em nosso portal sobre 16 mil livros. Futuramente, vamos pôr a capinha, caso a pessoa queira comprar o t�tulo. Várias pesquisas universitárias foram feitas aqui.

Todos os autores são brasileiros?.LS – Temos também as traduções. E quando surge uma editora nova,

também pedimos. Mas voltando às duas prioridades de dona Ruth. A segunda delas era a de que t�nhamos que criar uma publicação que informasse tudo a respeito de literatura infantil no Brasil e no mundo. Com isso, passamos a editar o Boletim Informativo. O primeiro foi editado em março de 1969. E durou até eu sair da diretoria executiva, em 84.

Como é feita a distribuição? LS – É distribu�do pelos sócios.ES – Hoje, ao todo, são cerca de 250 os sócios que pagam por ano R$

50. Professores, bibliotecários, autores e mantenedores. Nosso público alvo são os professores, os especialistas. Este o único canal que eles t�m de informação. Primeiro foi o Boletim, depois surgiu o Notícias.

LS – O Boletim era um manancial de informações. Também em 74 fomos pela primeira vez à Feira de Bolonha. A única feira de literatura infantil internacional, só para profissionais. Lutamos desde o princ�pio para ir, mas não conseguimos passagem. Até que em 74 recebemos passagem do Ministério das Relações Exteriores. Ia uma pessoa só, levando os livros que a Câmara Brasi-

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leira do Livro doava. De in�cio, nosso estande era cedido, depois passou a ser pago. Só com literatura infantil e juvenil. E um outro marco em nossa história, ainda em 74, foi a exposição no Museu de Arte Moderna. Regina Yolanda, que é ilustradora e educadora e também foi representante da Fundação no IBBY, quando ocorreu o Congresso, teve a idéia de fazer uma exposição no MAM, com livros de todos os paises do mundo. E uma exposição de desenhos feitos pelas crianças.

Há outros marcos a serem destacados?LS – Em julho de 1976, houve a vinda do professor alemão Klaus Do-

derer, diretor do Instituto de Pesquisa em Literatura Infantil da Goethe Universitat, de Frankfurt, para dar um curso. Entramos em contato com Affonso Romano de Sant’Anna, que era o diretor de Letras da PUC. Ele admitiu fazer o encontro lá na PUC. Tivemos uma semana de curso de literatura infantil e juvenil. Mas tenho que ir mais para trás. Em 1972, José Gorayeb, secretário geral da Câmara Bra-sileira do Livro, achou que seria legal ocorrer um seminário de literatura infantil em paralelo à Bienal do Livro de São Paulo. E disse que quem ia organizar este seminário era a Fundação. Dona Ruth saiu convidando estrangeiros, como o franc�s Marc Soriano. Depois, passamos a fazer sempre este seminário na Bienal de São Paulo. Convidei várias pessoas para nos ajudar. Surgiram nomes que hoje são importantes, como Regina Zilberman e Marisa Lajolo.

Quarenta anos... há outras datas ainda a serem lembradas?LS – Sim, houve a vinda da Geneviève Patte, em 77 mais ou menos.

Uma grande bibliotecária francesa, com vários livros publicados, que fez curso de biblioteca infantil nos EUA. Ela foi fazer especialização lá e, ao voltar para França, criou uma biblioteca famos�ssima, a Clamart. Sab�amos do trabalho dela e pedimos que viesse dar um curso sobre biblioteca infantil no Brasil. Ela veio e passou dois meses percorrendo o pa�s todo, de Belém a Porto Alegre. Quando o estado era pequeno, fazia apenas uma palestra. Mas nas grandes capitais, deu cursos para as bibliotecárias de bibliotecas públicas. A partir da� as bibliotecárias passaram a saber o que fazer com os livros infantis. E há ain-da uma outra história: em 79, a Fundação entrou em contato com o doutor Américo Lacombe, diretor da Casa de Rui Barbosa, propondo que ele usasse as estrebarias no jardim para uma biblioteca infantil. Ele achou a idéia ótima Essa biblioteca existe até hoje. Durante dois anos tomamos conta dela e de-pois a própria Casa de Rui Barbosa a assumiu. Foi chamada de Maria Mazetti, em homenagem a uma autora carioca de livros para crianças pequenas, com textos maravilhosos.

XIV umImagInárIodelIVroseleIturas

E nas escolas, o que vocês faziam de início?LS – Faz�amos feiras de livros. Também fomos pioneiros em feira de

livro no Brasil. Havia uma escola, a Souza Leão, que fazia feira. Fui lá e conver-sei com a responsável. Disse que a Fundação tinha que entrar na área. Ela me deu todas as dicas, foi um amor, e a Fundação assumiu. Organizei a feira no colégio São Vicente. Depois, todo mundo passou a fazer feira e não houve mais necessidade de nossa atuação. E a� aconteceu a Ciranda de Livros, que foi muito importante.

Quando começou?LS – Foi de 82 até 85. Durou quatro anos. A Ciranda era uma sa-

pateira plástica com livros. Nela cabiam 15 t�tulos, selecionados por Luiz Raul e eu. T�nhamos que resolver um verdadeiro quebra-cabeças, porque não que-r�amos repetir editora e autor. E ia da primeira a quarta série. Beneficiava 35 mil escolas, selecionadas por car�ncia. Era uma parceria da Fundação do Livro Infantil e Juvenil, da Fundação Roberto Marinho e da Hoechst. Escolh�amos os livros. A Fundação Roberto Marinho contratou a Ebal – Editora Brasil América, que ocupava uma área imensa em São Cristóvão e só fazia livros para crian-ça. Eles tinham uma linha de montagem enorme, onde produziram as caixas. Fui ver essa linha de montagem. Havia cartazes da Hoechst e um guia para o professor.

Incrível, livros em sapateira para 35 mil escolas...LS – Mandávamos dois pregos e a sapateira para colocar direto na

sala de aula. Tinha fichinha para quando o aluno tirasse o livro dele. Semente de biblioteca nas escolas, o projeto foi realmente um sucesso. E ajudou a divulgar autores como Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Lygia Bojunga e Ziraldo.

ES – A Ciranda é importante porque depois dela é que o governo criou o Programa Nacional Sala de Leitura.

A compra que o governo faz de livros infantis para as escolas está ligada de certa forma à Ciranda?

LS – Está ligada, porque nós fomos pioneiros. Quando a Ciranda ia acabar, tentamos convencer o governo de que deveria mant�-la. Não aceitaram a idéia. Deixaram passar uns dois anos e fizeram a Sala de Leitura. Era a mesma coisa, só que com muitos mais livros.

ES – Depois de Sala de Leitura o programa passou a ser chamado de Biblioteca na Escola. Quando eu estava no Proler, sugerimos a mudança de nome para implantar a palavra biblioteca no imaginário da criançada.

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E aí depois teve a coleçãozinha de livros que podia ser levada para casa.

LS – A primeira coleção fomos nós que selecionamos. Era muito boa. Depois veio uma coleçãozinha horrenda, capa colorida, mas sem nenhuma ilus-tração. Inventei que eles criaram uma categoria: o livro para pobre. O PT acabou com isso. Mas a Ciranda foi o in�cio de tudo. Só que chegou um momento em que me afastei da Fundação. Quando a Beth assumiu, ela quis que eu voltasse. Nos 25 anos da Fundação, ela fez um almoço maravilhoso na Associação Co-mercial. Fui eleita para o conselho diretor.

Bem, Beth, você teria ainda algo a acrescentar sobre este início?

ES – A missão maior foi do IBBY, criado por uma alemã judia, Jella Lepman, que voltou para Alemanha no final da guerra. Creio que para Munique. Ela sonhava com um mundo cheio de paz, com esta paz vindo através dos livros para as crianças. E criou o órgão em 1952. Em 2002. foram comemorados os cinqüenta anos da instituição, que hoje em dia se encontra espalhada por 70 pa�ses. Sim, tudo começou com Jella.

Seção do IBBY, a Fundação fez com que surgisse no Bra-sil uma literatura infantil e juvenil de ótima qualidade...

ES – É verdade. A exist�ncia da Fundação, de certa forma, impôs a quali-dade. O distribuidor de livros, que vendia livros para as escolas, acabou por perceber o seguinte: “Nós temos que oferecer livros com essa tal de qualidade que a Funda-ção fala.” Ao longo dos anos, essa qualidade foi sendo constru�da. No texto e na ilustração. Sobretudo na ilustração a tarefa não foi nada fácil. Foi dif�cil construir um gosto estético. O primeiro pr�mio da Fundação quem ganhou, em 74, foi Eliardo França, com um livro basicamente só de ilustrações. Compet�ncia art�stica, nosso ar-tista, mesmo sendo autodidata, sempre teve. O que faltava era o incentivo. Quando fomos à Feira de Bolonha, conhecemos artistas estrangeiros e os trouxemos para o Brasil. Fizemos um intercâmbio. Fomos o pa�s homenageado em 1995. Preparamos um catálogo com nossos artistas. Enfim, existem dois aspectos muitos fortes. O texto e a ilustração. O texto, já t�nhamos. Tivemos que trabalhar também a ilustração.

Podemos concluir, então, que na hora em que vocês criaram um prêmio para autor e ilustrador, estimularam toda a parte artística.

ES – Isso mesmo. E, do ponto de vista pol�tico, voc� vai ter um momen-to, durante a ditadura, em que a válvula de escape para muitos autores foi escre-

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ver para as crianças. O mercado brasileiro cresceu, também, porque o governo decidiu que deveria comprar para as escolas prioritariamente livros brasileiros. Criou-se uma situação que nossos artistas souberam aproveitar, e os editores também. E há ainda um outro fato histórico importante: a revista Recreio, que Ruth Rocha fazia com outros autores, Ziraldo, Joel Rufino, Ana Maria Machado. Ruth escrevia pequenos contos e a revista, vendida em banca, começou a ter muita procura. Os editores perceberam a demanda, pegaram os contos e fizeram livros. Paralelamente, a Fundação estava estimulando o livro infantil e juvenil com seus pr�mios. Resultado, temos hoje um crescimento no setor diferente de todo o resto da América Latina, onde é grande o peso dos livros editados na Espanha.

E a Laura volta com você.ES – Estou há 21 anos na Fundação. Em 85, 86, fica a Glória Pondé,

como diretora-executiva, junto com a Eliana Yunes. Em 87, o estatuto mudou, deu uma outra configuração à Fundação, com conselho curador e conselho diretor. Criou-se a função da secretária-geral remunerada. Laura, quando estava na diretoria executiva, não tinha remuneração fixa. Quando a Eliana vem, como secretária-geral, a Laura se afasta. Mas comigo ela volta, porque sempre a pres-tigiei. Eu já era envolvida com educação através da Regina Yolanda, que tinha uma escola em Laranjeiras, na qual trabalhei e cheguei a ser dona, o Instituto Nazaré. Era da dona Maria, tia da Regina. Comecei a conhecer a Fundação por intermédio dela. E a� conheço a Eliana Yunes e ela me convida para assumir com ela a administração da Fundação em 1987. Éramos tr�s na secretaria. Eu era a secretária administrativa. Havia também a secretária de planejamento. Dois anos depois, Eliana tem que se afastar e me pede para assumir a secretaria-geral.

E o Proler? Foi ainda no tempo da Glória Pondé? ES – Glória Pondé escreveu e encaminhou o projeto em 85 para a Fi-

nep. Em 87, a Finep aprova o projeto e quem fica responsável pela coordenação da pesquisa é a Eliana Yunes. Em 91, Affonso Romano é convidado para assumir a Biblioteca Nacional. Eliana, então, aproveita para oferecer a ele a proposta de uma pol�tica nacional para o livro e leitura. Fizemos juntas o projeto, mas a fundamentação teórica é dela. Em maio de 92, é criado o Proler. Em 96, Affonso sai da Biblioteca e entra o Eduardo Portella. Ele me convida e a mais quatro pes-soas para formarmos uma comissão do Proler. Indica-me como coordenadora. Permaneci ali até 2002. Em 1994, hav�amos criado um novo pr�mio na Funda-ção, baseado no pr�mio internacional do IBBY para melhor programa de leitura. Inicialmente, a concorr�ncia foi só no âmbito do Rio. Quando vou para o Proler, proponho que a seleção se tornasse nacional. Este concurso existirá de 1997 até

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2002. Em 2003, o governo criou um pr�mio dele. Mantivemos o nosso, que nos últimos quatro anos conta com o apoio da Petrobras.

Há uma moça lá no Paraná que a deixou comovida...ES – É uma bela história. Uma professora que vendeu uma mula. Ela

constata que os alunos estavam lendo pouco e chega à conclusão de que o que faltava para estimular as crianças eram livros de literatura infantil. Oferece, en-tão, a mula que utilizava como meio de transporte para uma rifa. Com o dinheiro da rifa, compra livros. Isso demonstra que a população quer ler. O que falta é oportunidade. O est�mulo passa pela escola e por um sistema de bibliotecas públicas, que atenda o jovem ao sair da escola.

Uma lacuna que o Otaviano de Fiore percebeu muito bem. Ele chegou a fazer 300 bibliotecas públicas em um ano. O projeto seguiu, com Lula...

ES – Acompanhei bem de perto este projeto. No primeiro ano, Otavia-no fez 45 bibliotecas. No segundo ano, passou a ter uma demanda de duzentas e pouco. Depois, passou para quatrocentas, ao ponto de que, no final, havia mais demanda das prefeituras do que bibliotecas para oferecer. Antes deste programa, não havia por parte das prefeituras uma demanda por bibliotecas públicas. Hoje, é uma realidade, Os prefeitos pedem bibliotecas.

Houve aquela história da seleção dos 3 mil livros iniciais...ES – No governo passado, havia uma comissão. No governo Lula,

já com o Galeno Amorim, houve o programa Fome de Livro. E há também o Arca das Letras, que é do tempo de Fernando Henrique. Gostaria de lembrar também que no in�cio do governo Lula, na área do livro, havia o Wally Salo-mão, só que ele morreu. Entra o Galeno. Propôs fazer esta grande compra de livros, pela internet, através de um edital virtual para todas as editoras. Nós recebemos a atribuição de escolher os livros infanto-juvenis. A seleção final saiu, mas a compra demorou a acontecer. Acho que só começou de fato a acontecer em 2005. Em 2007, creio que as últimas bibliotecas foram atendi-das. Mas foi dif�cil deslanchar. Se considerarmos a lacuna que temos na ofer-ta de livros e na cultura do uso de bibliotecas, ainda estamos muito aquém do que deveria ser feito. O conceito de uso coletivo de livros como direito do cidadão, desde a escola, tem que ser levado em conta. Isso apenas começa a acontecer. O programa Sala de Leitura foi transformado em Biblioteca na Escola. Havia o Literatura em Casa. Quer�amos que o livro fosse levado para dentro da fam�lia.

XVIII umImagInárIodelIVroseleIturas

O livro não pode ser só didático. Tem de ter a ficção, a poesia, desde pequeno. A palavra como arte.

ES – É isso a�. A gente até afirma que livro didático não forma leitor. Quando voc� tem uma fam�lia privilegiada, com acesso a livros, isso acontece por meio dela. Mas, na maior parte de nossa gigantesca população, isso não ocorre na fam�lia, porque as pessoas não t�m a cultura da leitura, não t�m di-nheiro para comprar livros, as crianças não v�em pai e mãe lendo. Este projeto Literatura em Casa foi proposto ao MEC para tentar levar de alguma maneira os livros para dentro da casa dos brasileiros, a fim de que as crianças e os jo-vens lessem junto com seus pais. Infelizmente, acabou. Nós temos trinta anos de compras de livros didáticos pelo governo e não temos jovens leitores. Falta arte, literatura.

O que achou do fato de o último Retrato do Livro indicar que o brasileiro está lendo mais? O livro per capita teria passa-do de 1,8 para 3.7...

E.S – Sem dúvida hoje as crianças e os jovens estão com oportunida-des de leitura maiores do que tinham antes. Há muito mais livros nas escolas. Com isso, as crianças estão com maior interesse na leitura do que os adultos. Um bom exemplo é o Salão de Livros, que começou pequenino e agora já tem dez anos. Este ano o aumento na visitação foi de 35%. O que é a marca do Salão, pela qual luto com unhas e dentes? As atividades são só de leitura e de ilustração. Não há dramatização. Ano passado, eram 37 mil visitantes e, agora, 51 mil. Antes era no Galpão das Artes do MAM, que virou teatro. Passamos en-tão para os jardins. Doze dias de leitura, leitura, leitura, com a presença de cem escritores e 65 editoras.

1ª Parte

Primeiros Passos1968/1984

40 Anos FNLIJ

Por iniciativa da educadora espanhola Carmen Bravo Villasante, o Cen-tro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, então dirigido por Dr. Péricles Madureira do Pinho, foi convidado, em 1964, a participar do Congresso do International Board on Books for Young People – IBBY, que se realizou em Madri, na Cidade Uni-versitária. O convite teve por objetivo dar conhecimento ao nosso pa�s do trabalho empreendido, em diferentes locais, para a difusão e o aprimoramento dos livros infantis e juvenis, assim como obter obras representativas da literatura brasileira desse g�nero para figurar em exposição que ali teria lugar. Para representar o Brasil naquele Congresso foi designada a professora Maria Luiza Barbosa de Oliveira. A necessidade de criação de uma entidade nacional que em nosso meio se dedicasse ao livro infantil e juvenil ficou evidenciada no decorrer do Congresso, devendo tal entidade filiar-se ao organismo internacional.

Somente em março de 1967, entretanto, realizou-se a primeira reunião de pessoas interessadas em participar de uma associação que reunisse editoras, autores, ilustradores, educadores, bibliotecários, tendo em vista congregar esfor-ços em favor do livro para a infância e a juventude. Coube a presid�ncia dessa reunião a um ilustre educador brasileiro, o Professor Lourenço Filho, que discor-reu sobre a utilidade de tal associação para influir na linguagem, educação e moralidade da literatura dirigida à infância e à juventude. O Sr. Simão Weissman, da Editora Delta, sugeriu que a entidade, que se propunha a fundar, deveria ser organizada nos moldes de uma Fundação financiada pelos próprios editores. Em resultado das sugestões apresentadas, foi criada Comissão destinada a definir os objetivos da Associação e decidir sobre a forma jur�dica a adotar.

À reunião seguinte, que teve lugar em abril do mesmo ano, comparece-ram o General S�lvio Walter Xavier, do Centro de Bibliotecnia, o General Prop�cio Machado Alves, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Regina Maria da Silva Monteiro, do Serviço de Biblioteconomia Estadual, Consuelo Chermont de Brito, da Biblioteca Regional de Copacabana, George Cunha Almeida, do Instituto Nacional do Livro, Simão Weissman, da Editora Delta, José Nogueira Filho, da Associação Brasileira do Livro, Wanda Rolim Lopes, educadora, Leila Silveira Lobo, Laura Cons-tância Sandroni e Maria Luiza Barbosa de Oliveira, da Comissão Organizadora.

Na reunião em apreço ficaram estabelecidos os principais objetivos da Associação:

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a) incrementar a produção do livro infantil e juvenil no Brasil;b) promover estudos e pesquisas sobre todos os aspectos do livro

infantil e juvenil;c) incentivar o autor e o ilustrador de livros infantis e juvenis;d) estimular a ampliação da rede de bibliotecas infanto-juvenis;e) divulgar e promover o livro infantil e juvenil.

A fim de opinar sobre a forma jur�dica que teria a associação, foi so-licitada a presença de um assistente jur�dico, sendo decidido, também, que um grupo menor dentre os representantes das entidades interessadas se reuniria para debater os assuntos em pauta.

Contando daqui por diante com a presença do Dr. Guido Ivan de Car-valho, assessor jur�dico, novas reuniões foram realizadas, tendo-se estabelecido que a entidade brasileira deveria ter as caracter�sticas de Fundação. Os estatutos foram elaborados em resultado dessas reuniões, assentando-se, também, que a Fundação seria dirigida por um Conselho Superior formado por representantes das entidades instituidoras da Fundação. Este Conselho ficou assim constitu�do:

• Juracy Silveira, da Associação Brasileira de Educação;• Antonio Severo Sant’Anna, da Associação Brasileira do Livro;• Francisco Marins, da Câmara Brasileira do Livro;• Sylvio Walter Xavier, do Centro de Bibliotecnia;• Péricles Madureira de Pinho, do Centro Brasileiro de Pesquisas

Educacionais;• Ruth Villela Alves de Souza, do Centro Regional de Biblioteconomia;• George Cunha de Almeida, do Instituto Nacional do Livro;• Ferdinando Bastos de Souza, do Sindicato da Indústria Gráfica do

Estado da Guanabara;• Prop�cio Machado Alves, do Sindicato Nacional dos Editores de

Livros;• Waldemar Cavalcanti, da União Brasileira de Escritores;• Lu�s Jardim, ilustrador de Livros Infantis;• Ofélia Fontes, autora de Livros Infantis;• Rodrigo Otávio Filho, representante das atividades empresariais.

No dia 23 de maio de 1968 teve lugar, no Centro Brasileiro de Pes-quisas Educacionais, a seção de instalação da nova entidade, achando-se pre-sentes os representantes das entidades instituidoras e numeroso público. Com a presença de um representante do Cartório Segadas Viana foi transcrita no livro

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competente a ata da fundação, tendo sido a mesma aprovada e assinada pelos membros fundadores e instituidores e testemunhas.

Na ocasião, o acad�mico Peregrino Júnior, Presidente da União Brasi-leira de Escritores, usou da palavra acentuando a importância da iniciativa para as letras brasileiras e congratulando-se com os seus promotores. Pelos autores de livros infantis e juvenis falou a teatróloga Maria Clara Machado, e pelos ilus-tradores o Sr. Gianvittori Calvi.

O representante do Instituto Nacional do Livro anunciou a criação do Pr�mio Viriato Correa, de Literatura Infantil, a ser conferido anualmente pelo Instituto Nacional do Livro à melhor obra inédita (texto e ilustração), no g�nero.

Em reunião do Conselho Superior do dia 02.09.68 foi eleito o Conse-lho Diretor da Fundação com os seguintes membros:

• Diretor Executivo: Laura Constância Sandroni• Diretor Secretário: Maria Luiza Barbosa de Oliveira• Diretor Tesoureiro: Paulo Adolfo Aizen, da Editora Brasil-América

Por sugestão de Ruth Villela Alves de Souza, bibliotecária formada e com especialização em biblioteca infantil nos Estados Unidos, decidimos criar uma pequena revista logo batizada Boletim Informativo, com o objetivo de docu-mentar tudo o que ocorria no campo da literatura para crianças e jovens no pa�s, além de discutir temas teóricos sobre o assunto.

Em fevereiro de 1969 já estava circulando o n° 1 do Boletim Informa-tivo, datilografado e multilitado no próprio Centro Brasileiro de Pesquisas Edu-cacionais – CBPE, onde seu diretor Dr. Péricles Madureira do Pinho havia gen-tilmente cedido, não apenas uma boa sala para funcionamento da FNLIJ, como uma eficiente secretária, a baiana Edith Fernandes Carvalho, que nos dedicava meio expediente. A capa nesses primeiros anos era uma doação da EBAL.

Em editorial por mim redigido definia-se os objetivos da publicação:

“Este é o primeiro número do Boletim Informativo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Nossa intenção é procurar, através de uma publicação bimestral, colocar em contato permanente todos os que, no pa�s, estão preocupados com o problema de literatura infantil, informando e recebendo informações, constituindo assim um pequeno elo de comuni-cação entre escritores, ilustradores, professores, editores, to-dos enfim que estão empenhados na tarefa de produzir para crianças.

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Como os recursos são poucos e os meios limitados, o nosso primeiro número não representa, também, dez por cen-to do que desejávamos fazer. Fica patente, entretanto, a nossa intenção de levar aos que se preocupam com a literatura para crianças, não só um balanço das atividades que a Fundação vem exercendo desde sua criação, como também um noticiá-rio, que na medida do poss�vel procurará ser completo sobre o que se faz no Brasil em matéria de livros infantis.

Acreditamos que o nosso trabalho só poderá render fru-tos na medida em que receber a colaboração de todos. Não nos será poss�vel atuar razoavelmente neste campo sem que os que estão na mesma seara nos ajudem, escrevendo, informando, criti-cando, permanecendo de qualquer forma em contato conosco.

E é com este estado de esp�rito, franco e aberto, que entregamos a nossa primeira mensagem, o nosso primei-ro Boletim Informativo. Esperamos sinceramente que ele venha ajudar os que estão, como nós, empenhados nesta tarefa de promover a literatura infantil no Brasil”.

No mesmo Boletim Informativo transcreve-se o regulamento do Pr�mio Viriato Correa, criado pelo Instituto Nacional do Livro – INL –, então órgão do MEC, institu�do no dia 10 de junho de 1968 pelo Decreto n° 62.844, assinado por seu Diretor Humberto Peregrino.

O que não está dito no Boletim Informativo, e é interessante agora registrar, é a história de como esse Pr�mio foi criado. Alguns meses antes o INL havia divulgado, em outro decreto, os pr�mios de romance, conto, poesia e en-saio. Lendo a not�cia nos jornais Maria Luiza e eu decidimos pedir uma audi�ncia a Humberto Peregrino, enquanto diretores da FNLIJ, para pedir-lhe que desse também esse incentivo à Literatura para crianças. Ele nos recebeu muito bem em seu escritório no prédio da Biblioteca Nacional e pouco depois promulgava o decreto criando o Pr�mio Viriato Correia para cuja primeira edição convidou-me logo a participar como membro da Comissão Julgadora.

O primeiro número do Boletim Informativo continha ainda duas cr�ti-cas do livro Proezas do Menino Jesus, de Luiz Jardim, assinadas por Rachel de Queiroz e Carlos Drummond de Andrade, transcritas do O Jornal e do Correio da Manhã respectivamente.

Havia também uma pequena relação de t�tulos enviados pela Com-panhia Melhoramentos de São Paulo e outros doados por seus autores. Assim a FNLIJ começava a constituir o seu acervo, que hoje chega a 40 mil volumes.

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O Boletim Informativo tinha de in�cio periodicidade bimensal pas-sando depois a trimestral e já no segundo número trazia na folha de rosto os nomes dos membros do Conselho Superior (órgão que traçava as diretrizes da FNLIJ e que se reunia mensalmente), do Conselho Diretor eleito por per�odos de dois anos e do Conselho Curador (que se reunia anualmente para aprova-ção do balanço).

Por curiosidade achamos que vale a pena transcrever os nomes da-queles que participaram, desde o in�cio, de nossa luta pioneira, e as instituições que representavam:

Conselho Superior• Rodrigo Otávio Filho – Presidente• Antonio Severo de Sant’Anna (Associação Brasileira do Livro)• Francisco Marins (Câmara Brasileira do Livro)• Ferdinando Bastos de Souza (Sindicato das Indústrias Gráficas do

Rio de Janeiro)• Juracy Silveira (Associação Brasileira de Educação)• Luiz Jardim (representante dos ilustradores)• Ofélia de Barros Fontes (representante dos autores)• Péricles Madureira do Pinho (Centro Brasileiro de Pesquisas Educa-

cionais)• Prop�cio Machado Alves (Sindicato Nacional dos Editores de Livros)• George Cunha de Almeida (Instituto Nacional do Livro)• Ruth Villela Alves de Souza (Conselho Regional de Biblioteconomia)• S�lvio Walter Xavier (Centro de Bibliotecnia)• Waldemar Cavalcanti (União Brasileira de Escritores)

Conselho Curador• Adonias Filho (escritor)• Fernando de Castro Ferro (editor)• Flávia da Silveira Lobo (escritora)• Geraldo Jordão Pereira (editor)• Lenyra Fraccaroli (bibliotecária paulista)

No segundo número do Boletim Informativo já aparecia o nome de Elza Bebiano, como diretora, e dos integrantes da equipe de redação, que era formada por Izá C. Figueira, Laura Sandroni e Ruth Villela Alves de Souza. No Conselho Superior agregava-se os nomes de Nylma Veloso Amarante, represen-tante dos bibliotecários e do editor Gabriel Athos Pereira, como representante das

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atividades empresariais. O acad�mico Rodrigo Otávio Filho não pôde assumir a presid�ncia do Conselho.

O tema do editorial era o Dia Internacional do Livro Infantil e a pri-meira matéria da seção intitulada “Artigos e Opiniões” constava da tradução da mensagem de 1969 de autoria de Astrid Lindgren, a grande escritora sueca, que recebera o Pr�mio H. C. Andersen em 1958, pelo conjunto de sua obra. A história, que propunha ao leitor inventar seu próprio fim, chamava-se O homem da capa preta à espanhola. A partir de 69 até este ano a FNLIJ nunca deixou de publicar e divulgar a mensagem do DILI, incentivando a sua comemoração em escolas e bibliotecas. Logo em seguida Elza Bebiano escreveu uma página sau-dando Maria Clara Machado pela conquista do Pr�mio Molière, com as peças Maria Minhoca e Aprendiz de feiticeiro. A seção “Documentos” trazia os Estatutos da FNLIJ, o “Noticiário Internacional”, os ecos do XI Congresso do IBBY e a lista dos autores até então premiados com a medalha H. C. Andersen desde 1956, quando de sua criação.

O “Noticiário Nacional” dava conta de um curso sobre Literatura In-fantil dado por Isabel Maria de Carvalho Vieira, especialista no assunto, na Esco-linha de Artes do Brasil. A mesma professora ministrava, logo em seguida, aulas sobre biblioteca infantil, no INL.

Depois vinha a lista das Bibliotecas Populares do Estado da Guana-bara subordinadas na época à Divisão de Bibliotecas e Documentação do De-partamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado. Eram apenas 12.

Como sempre o Boletim Informativo se encerrava com os comentários so-bre livros recém-publicados feitos por Ruth Villela Alves de Souza. Como curiosidade, eram os seguintes: História de uma cidade contada por ela mesma, de Leny Werneck, editado por Ao Livro Técnico; Aventuras do escoteiro Bila, de Odette de Barros Mott, já em 2ª edição pela Brasiliense; As fadas da árvore iluminada, de Ruth Bueno, pela Forense; Noé e o homem teimoso, de Lúcia Benedetti, pela Vozes; e Aderbal e Lúcia, editados pela autora, Flávia da Silveira Lobo, em sua editora Fauna.

No editorial do terceiro número, além de relatar tudo o que foi feito no primeiro ano de vida da FNLIJ informava-se que foram escolhidos representantes do órgão em dois estados: Denise Tavares, na Bahia, e Elvira Barcelos Sobral, no Rio Grande do Sul. Ambas bibliotecárias que trabalhavam há muito pela promo-ção da Literatura Infantil.

Outra novidade foi o in�cio de uma campanha de sócios contribuintes, cuja colaboração ajudaria a manter a FNLIJ. É preciso dizer que durante seus primeiros anos as poucas pessoas que trabalhavam na FNLIJ não recebiam qual-quer remuneração e reuniam-se apenas às quartas-feiras à tarde em sua sede.

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No mesmo Boletim informa-se que foram recebidas 72 cartas conten-do o fim da mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil escritas por crianças de várias escolas do Rio de Janeiro.

No “Noticiário Nacional” há uma nota sobre a COLTED – Comissão do Livro Técnico e Didático, primeiro órgão do MEC encarregado da distribuição de livros às escolas do pa�s. Outra not�cia importante informava sobre a realiza-ção, em agosto, de um Seminário sobre Literatura Infantil: “Pela primeira vez no Brasil, escritores, psicólogos e pedagogos, professores, médicos, bibliotecários e religiosos debaterão os diversos aspectos e implicações da literatura para crian-ças”. O Seminário, que teria a coordenação do acad�mico Peregrino Júnior, presidente da UBE, se realizaria na Biblioteca Regional de Copacabana e marcou a minha primeira fala em público.

Neste número ainda começávamos a publicar as obras vencedoras dos concursos para textos inéditos ou obras publicadas, o que muito nos ajudou, anos mais tarde, a preparar uma publicação relacionando pr�mios e obras vencedoras, além de livros brasileiros publicados no exterior, editada pela FUNARTE.

Em 1998, comemorando os 30 anos da FNLIJ, a relação atualizada e acrescida dos livros selecionados para os diversos projetos de est�mulo à leitura que realizamos no per�odo teve a sua segunda edição.

No Boletim Informativo n° 4 um artigo de Yan Michalski sobre a pu-blicação em livro e sob forma narrativa de O cavalinho azul, de Maria Clara Machado, pela Bruguera, com ilustrações em cores, de Marie-Louise Nery. Na página anterior Drummond saudava tr�s novos t�tulos de Flávia da Silveira Lobo: Quem vê cara, não vê coração, De estrela na testa e Gatos, publicados por sua editora Fauna e com fotos feitas por ela própria.

O “Noticiário Nacional” anunciava para o dia 20 de agosto a inau-guração, no Museu de Arte Moderna, de uma exposição da Bienal Internacional de Bratislava – BIB/67. “Os originais de doze ilustradores premiados e 17 livros ficarão expostos até o dia 31 de agosto. Além desse material estarão expostos os livros dos artistas brasileiros que seguiram para a BIB/69”.

A primeira not�cia sobre uma feira de livros em escola vem no Boletim Informativo n° 5 e diz que no Instituto Souza Leão realizou-se, de 16 a 20 de setembro/69, a IV Feira, que contou com estandes de diversas editoras e uma barraca destinada aos pais. Vários escritores compareceram para autografar e conhecer as crianças. Do programa constou ainda a exposição da BIB/67 cedida pela FNLIJ.

Com Gabriel Athos Pereira, na presid�ncia do Conselho, Irene de Al-buquerque, representante da ABE, e Mercedes P�cego, integrando a redação, sai o n° 6 do Boletim Informativo com suas sessões habituais onde se ressaltava

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a presença do Diretor da BIB, Dusan Roll, que veio ao Brasil divulgar a Bienal. Embora não conste do texto lembro-me bem do interesse que Dusan demonstrou pela incipiente literatura infantil brasileira e do almoço que gentilmente o Sr. Adolfo Aizen, da EBAL, nos ofereceu, seguido de visita às oficinas da editora.

Na 7ª edição do Boletim Informativo já com capa nova, mais “profis-sional”, lemos que Carlos Ribeiro (o famoso livreiro dono da livraria São José) passava a representar, no Conselho Superior, a Associação Brasileira do Livro, e Antonio Severo de Sant’Anna assumia o cargo de Diretor Tesoureiro.

Em sua 8ª edição, em abril de 70, no “Noticiário Nacional” informa-va-se que a Biblioteca Infantil Carlos Alberto – a primeira biblioteca especializada do Rio de Janeiro – havia comemorado o aniversário de Monteiro Lobato (18 de abril) com grande festa e exposição das suas obras. No mesmo dia, em Pe-trópolis, inaugurava-se a Toca da Coruja, um clube infanto-juvenil destinado a estimular o gosto pela leitura, criado por Elza Bebiano.

Na parte dedicada às resenhas Ruth informava que acabara de ser publicada pela Melhoramentos a 2ª edição de Ou isto, ou aquilo, de Cec�lia Meirelles, com ilustrações de Rosa Frisani. Diz ela: “É uma jóia que permanecerá para as gerações futuras”. Outro livro recomendado com entusiasmo é Rente que nem pão quente, de Maria Mazzetti, com ilustrações de Maria Amélia D. Serpa, lançado por Ao Livro Técnico. Em sua 9ª edição, de junho de 70, Elza Bebiano assina artigo intitulado “Duas velinhas pelo aniversário da Fundação”, em que faz um rápido levantamento das atividades desenvolvidas no per�odo e diz que foram “o fruto de dois anos de trabalho, dados com alegria, com o único fim de elevar o n�vel da literatura recreativa para a infância e a juventude”.

No mesmo número há Notícias da Biblioteca Pública Central de Porto Alegre e da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato de Salvador (fundada em 1950 por Denise Tavares, representante da FNLIJ) sobre as comemorações do DILI e do nascimento de Lobato. A BIML comemorava 20 anos e o Boletim Informativo re-produz sua história, que é a história da luta de Denise para realizar seu sonho.

Em agosto de 70 (Boletim Informativo n° 10) ficamos sabendo que a Fundação, a pedido do IBECC/Instituto Brasileiro de Educação Ci�ncia e Cultura, atendendo a uma solicitação da Comissão Nacional da UNESCO no Kuwait, en-viou mais de 100 livros brasileiros, doados pelas editoras para uma Exposição In-ternacional de Livros destinada a comemorar o Ano Internacional da Educação.

Lenyra Fracarolli, membro do Conselho Curador da FNLIJ e fundado-ra da Biblioteca Infantil de São Paulo, torna-se representante da FNLIJ naquele Estado.

Na seção “Documento” do mesmo número, Ruth Villela Alves de Sou-za apresenta o primeiro levantamento dos livros de autores brasileiros publicados

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no exterior. Outro levantamento interessante feito a pedido da Real Biblioteca da Dinamarca e publicado no n° 10 é o da obra de Andersen publicada no Brasil.

Em outubro informa-se que a Divisão de Bibliotecas Infanto-Juvenis do Departamento de Cultura de São Paulo lançou o terceiro Suplemento da Bibliografia Infantil em L�ngua Portuguesa (obra de Lenyra Fracarolli) abrangendo o per�odo de 1962 a 1968.

Em sua primeira edição (de 1953) apresentava 1.843 t�tulos destina-dos a crianças e jovens dos 3 aos 15 anos. Na segunda edição (de 1955) eram examinados 2.388 t�tulos. Houve antes dois Suplementos com obras editadas respectivamente entre 1955 e 1957 e 1958 a 1962.

Outra informação importante referia-se à realização da “I Bienal In-ternacional do Livro” realizada no Ibirapuera, em São Paulo, com a presença de editores estrangeiros, além das nacionais. A FNLIJ participou expondo na Bienal as ilustrações premiadas na BIB/67 que em seguida foram expostas na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato.

No Rio de Janeiro a Fundação organizou sua primeira Feira de Livros no Colégio São Vicente de Paulo, também aberta aos alunos dos colégios pró-ximos: Sion, Santo André e Ginásio Laranjeiras. Organizou-se um programa de atividades ligadas ao livro, como a “Hora do Conto”, e palestras com a partici-pação dos seguintes escritores: Vovô Fel�cio (Vicente Guimarães), Malba Tahan e Ziraldo. Mais duas feiras foram realizadas em seguida: no Colégio Juca e Chico e no Ginásio Estadual Bezerra de Menezes.

No n° 12, de dezembro de 1970, surgem dados reveladores sobre “A produção de livros infantis no Brasil em 1969”. Ruth Villela comenta que o n° 40 da Revista do Livro, do INL, divulga uma relação de t�tulos para crianças publicados nesse ano. Diz ela:

“Analisando essa relação, verificamos que dos 280 t�tulos arrolados alguns são álbuns para colorir ou recortar e ar-mar; dos t�tulos de autores brasileiros, 30 são novos lançamen-tos, outros 25 são reedições. Esse total de 55 t�tulos correspon-de a 20% das obras publicadas. Os 80% restantes são obras estrangeiras traduzidas. Só em 22 t�tulos há menção ao fato de tratar-se de uma primeira edição em L�ngua Portuguesa”.

A partir do n° 13, de março de 1971, o Boletim passa a ser trimestral e em seu “Noticiário Nacional” informa a criação pela portaria 35, de 11 de mar-ço de 1970, do programa de co-edições do INL, a ser realizado com as editoras que fizerem suas propostas com o objetivo de baratear os custos do livro.

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Em dezembro de 70 a FNLIJ assina conv�nio com o INL visando incre-mentar a produção e divulgação do livro infantil brasileiro, através de feiras de livros, publicação do Boletim Informativo, est�mulo a autores e ilustradores.

O livro Flicts, de Ziraldo, editado pela Expressão e Cultura em 69, recebeu o pr�mio Santa Rosa do INL destinado à melhor produção editorial. Em 70 já havia sido traduzido para franc�s, ingl�s e espanhol.

O SNEL e o Centro de Bibliotecnia lançam no fim de 70 o 2° volume da Bibliografia Brasileira de Livros Infantis, que arrola a produção brasileira para essa faixa etária entre julho de 1967 e dezembro de 1968. Os livros estão divi-didos por idades: 8 a 10 e 10 a 12.

Nos livros comentados encontra-se o lançamento de Arca de Noé, de Vinicius de Moraes, ilustrado por Marie Louise Nery pela editora Sabiá.

Em seu número 14 comenta a tradução dos Contos de Grimm feita por Stella Altenbernd com ilustrações de Roswitha Bitterlich-Wingen editada pela Globo, de Porto Alegre. Com dois volumes de capa dura, prefácio de Mário Quintana narrando vida e obra dos Irmãos Grimm, é uma seleção de contos para crianças. “Apresentação gráfica, enriquecida por art�sticas xilogravuras é realmente excepcional”.

No Boletim Informativo n° 15 há um artigo de Leny Werneck sobre 1972, o Ano Internacional do Livro, proclamado pela UNESCO, e a informação de que a FNLIJ junto com INL, IBECC e SNEL organizará um programa sob a di-visa “Livros para todos”. E o representante do SNEL no Conselho Superior passa a ser Décio Guimarães de Abreu.

No n° 16 já se publica o Projeto para o Ano Internacional do Livro, segundo programação da UNESCO para organizações internacionais não go-vernamentais:

I. Medidas para encorajar as atividades dos autores: a) Organizar, em acordo com o INL, dentro da II Bienal Internacional

do Livro de São Paulo, um encontro (seminário) entre autores novos, ilustradores, designers, editores, especialistas em artes gráficas, livreiros e bibliotecários, ten-do em vista a publicação de textos inéditos.

b) Instituir, em acordo com editores e empresas privadas, um concurso que vise a premiar os dois melhores textos destinados respectivamente a crianças e ado-lescentes, tendo por tema a compreensão internacional e a cooperação pac�fica.

c) Organizar um curso-laboratório de literatura infantil, com vistas à análise e à criação de textos.

d) Programar, em acordo com gráficas e editoras, estágios, cursos para autores e ilustradores, visando à maior integração destes no processo editorial.

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II. Medidas para promover o desenvolvimento das bibliotecas:a) Entrar em contato com empresas privadas no sentido de obter au-

x�lio para instalação e atualização de salas de leitura, em escolas ou quaisquer outras instituições culturais (em colaboração com o INL).

b) Organizar, em acordo com o SNEL, exposição itinerante de literatu-ra infantil, contando, se poss�vel, com a participação de outros pa�ses.

III. Medidas para desenvolver o hábito da leitura:a) Entrar em contato com a AERP da Presid�ncia da República, para

tratar da responsabilidade da exibição de filmes, em televisão, sobre o livro.b) Entrar em contato com serviços de imprensa, rádio e televisão no

sentido de obter colaboração para o desenvolvimento de uma campanha para a valorização da leitura, entre crianças e jovens.

c) Sugerir ao INEP ou à Fundação Getúlio Vargas a realização de uma pesquisa sobre hábitos de leitura de crianças de diversas regiões brasileiras.

d) Sugerir a autoridades nos sistemas educacionais de educação a incorporação dos temas do Ano Internacional do Livro aos programas escolares dos diferentes graus do ensino (em colaboração com a Comissão Nacional).

e) Sugerir a museus, escolas de arte e bibliotecas, a organização de mostras e atividades especiais (em colaboração com a Comissão Nacional).

f) Participar, em acordo com o SNEL e o INL, da confecção de material impresso de divulgação do livro e da valorização da literatura infantil e juvenil: marcadores, calendários, prospectos, catálogos.

g) Participar, em colaboração com o Serviço de Filatelia da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, de concurso para lançamento de um selo comemorativo do Ano Internacional do Livro.

No último dia 7 de dezembro foi instalada no auditório do Conselho Federal de Cultura uma Comissão Nacional para o Ano Internacional do Livro (1972) que coordenará toda a programação existente nesse sentido, no Brasil.

Fazem parte dessa Comissão representantes das seguintes entidades: Câmara Brasileira do Livro, Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Associação Brasileira do Livro, União Brasileira de Escritores, Academia Brasileira de Letras, Conselho Federal de Cultura, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Institu-to Nacional do Livro, Instituto Brasileiro de Educação, Ci�ncia e Cultura (IBECC).

Para a Direção da Comissão, foram eleitos: Presidente – Peregrino Júnior (União Brasileira de Escritores); 1° vice-presidente – Josué Montello (Con-selho Federal de Cultura); 2° vice-presidente – Odylo Costa, filho (Academia Bra-

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sileira de Letras); Secretário – George Cunha de Almeida (INL). A representante da FNLIJ, nessa Comissão, é a Profa. Leny Werneck.

Ainda no Boletim Informativo n° 16, de dezembro de 71, informa-se no “Noticiário Nacional” que Lygia Bojunga Nunes ganhou o pr�mio INL com Os colegas. A Comissão Julgadora foi formada por Flávia da Silveira Lobo e Maria Clara Machado, indicadas pelo INL, e Isabel Maria Vieira pela FNLIJ. Na segun-da fase do concurso – a de ilustração – o vencedor foi Gian Calvi, e a Comissão era composta por Ferdy Carneiro (INL) e Anna Letycia (FNLIJ) e a autora.

Há um artigo sobre ilustração do Livro Infantil de Regina Yolanda, inti-tulado “A ilustração do livro infantil”, que por sua importância reproduzimos:

“Ilustração de livro infantil brasileiro – sonho que teve in�cio mais ou menos recente. Da infância guardo a lembrança das ilustrações de Francisco Aquarone, Gilberto Trompowsky, Percy Lau, J. U. Campos, J. Carlos, Santa Rosa, Luiz Jardim, Belmonte, Antônio Paim, Oswaldo Storni e Paulo Werneck.

Catava, avidamente, as ilustrações miúdas, a preto e branco, nas folhas dos livros cheios de texto. A imaginação com-pletava o resto. Dos livros estrangeiros traduzidos mal se conhe-ciam os ilustradores: em geral seus nomes nem figuravam nas folhas de rosto das traduções. Lembro-me de um MAL pequenino, assinalado ao canto de lindas ilustrações para Grimm e Andersen, em estilo “art-nouveau”. Recentemente estive na Biblioteca Inter-nacional da Juventude, em Munique, onde dediquei uma tarde à cata do nome e da nacionalidade de MAL. Voltei sem resposta.

Era, e ainda é, em parte, este o panorama das ilus-trações para livro infantil em nosso pa�s.

Em 1936 surgiu o primeiro grande concurso de Li-teratura Infantil, promovido pelo Ministério da Educação. Vivi, ao lado de meu pai, toda a emoção de um novo livro. O edital premiava o melhor autor. Mas, pela primeira vez, a não ser em concurso de decoração carnavalesca, surgia um pr�mio especial para o ilustrador. As ilustrações deveriam ser todas coloridas e havia a recomendação de mais ilustração do que texto com a intenção de adequar o livro à criança pequena. O primeiro pr�mio coube a O Circo, de Santa Rosa. Foram tam-bém premiados A Lenda da Carnaubeira, texto de Margarida Estrela e ilustrações de Paulo Werneck; Um Passeio na Floresta, de Antônio Paim; e O Tatu e o Macaco, de Luiz Jardim. O livro

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de Santa Rosa foi entregue a Edições Francesas, Rio de Janeiro, e impresso por Desclée de Brower-Gruges, na Bélgica.

Os dois outros foram editados e impressos pelo pró-prio Ministério da Educação, com litografias de Genaro. Este processo deu às publicações um valor inestimável. Casas edito-ras dos Estados Unidos da América fizeram encomendas e com as próprias pedras litográficas foram feitas as tiragens no Brasil, em ingl�s.

Parecia que começava uma nova fase de enriqueci-mento para a nossa criança, mas em 30 anos a situação pouco mudou. Acompanhei as tentativas de vários ilustradores, como Percy Lau e Percy Deane, que por fim rumaram para outros campos, principalmente para o da propaganda. As novas téc-nicas de impressão substitu�ram as dispendiosas pedras litográ-ficas e os clich�s tipográficos. Mas, por falta de interesse edito-rial, pouco se tem feito como ilustração dos preciosos textos de nossos autores de literatura infantil.

É tão importante a ilustração, em literatura infantil, que na Europa e nos Estados Unidos os ilustradores figuram como co-autores dos livros editados. As grandes premiações de Bolonha, Bratislava e do IBBY contemplam autores e ilustrado-res. Tal critério já foi adotado no recente Concurso promovido pelo Ministério da Educação e Cultura – Instituto Nacional do Livro, que concedeu igual premiação a autores e ilustradores.”

No n° 17 um artigo interessante de Maria Alice Barroso, intitulado “O livro deve ser a primeira propriedade de uma criança”, que também considero importante reproduzir aqui:

“Tive o privilégio de visitar a ‘International Youth Li-brary’, em Munique, quando fui à Alemanha, em 1969. Além de apreciar muit�ssimo a extraordinária organização dessa bi-blioteca, que é uma viva amostragem da literatura infantil uni-versal, fiquei profundamente impressionada com o entusiasmo (quase fanatismo) de que todas as pessoas que trabalham na ‘International Youth Library’ estão possu�das: eu diria que foi um pouco desse fanatismo, dessa obsessão pelo trabalho que eu trouxe para o Instituto Nacional do Livro, conseguindo transmitir esse perigoso v�rus à pequena equipe que dirige este Instituto,

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juntamente comigo. E entre alguns programas a que nos dedi-camos, esse pouco mais de vida que é a nossa própria alma, o de literatura infantil é realmente dos mais apaixonantes.

O Ministro da Educação e Cultura do Brasil, Jarbas Passarinho, determinou que o Instituto Nacional do Livro só co-editaria livros de autores brasileiros (é preciso que eu fale de co-edição: trata-se do investimento comum que o INL mais editora particular fazem na edição de determinado t�tulo assegurando uma tiragem m�nima de 5.000 exemplares para o livro, dos quais o Instituto fica, pelo menos, com 2.000 exemplares, que são enviados às bibliotecas e salas de leitura brasileiras. Os restantes 3.000 exemplares são comercializados nas livrarias, a preços rebaixados em cerca de 40%, preços esses fixados na 4ª capa). Quando o Ministro Passarinho teve esta atitude radical (O Instituto só co-editará autores brasileiros!) era porque era uma situação extremamente radical; o baixo preço do fotolito estrangeiro havia praticamente assassinado a literatura infantil brasileira, que estagnava havia quase 30 anos.

Institu�mos dois Pr�mios de Cr$ 5.000,00 para o nosso Concurso de Literatura Infantil, um para o melhor texto, outro para as melhores ilustrações desse texto.

Enfim, já co-editamos mais de 100 t�tulos de literatu-ra infantil, só de autores brasileiros: e é com bastante orgulho que vimos inclu�dos, pela UNESCO, entre os cinco melhores livros infantis escritos nestes últimos cinco anos, em nossa ter-ra, um livro A fada que tinha idéias, de Fernanda Lopes de Almeida, ilustrações de Elvira Vigna, co-editado pelo Instituto Nacional do Livro com uma pequena editora, a Bonde, do Rio de Janeiro.

Nossos carros-bibliotecas que vão para a Amazônia ou para o pampa gaúcho, atendem, sobretudo, aos leitores infantis, numa percentagem de cinco por um. Voltamo-nos para a criança brasileira, procurando dar-lhe este privilégio, que é abrir as páginas de um livro. Queremos que ela, a criança, conheça o nosso fabulário, as nossas lendas tanto quanto a ela são acess�veis as aventuras de Alice no País das Maravilhas ou as inesquec�veis mentiras do Barão de Munchausen. Remeto, portanto, fraterna e calorosamente a mensagem do Instituto Nacional do Livro do Brasil para a ‘International Youth Library’,

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de Munique, na esperança de que estejamos cada vez mais uni-dos, em nosso trabalho em prol da divulgação de livros infantis que estejam, realmente, à altura dos olhos de uma criança”.

Entre os diversos artigos do Prof. Lourenço Filho publicados nos boletins há um no n° 18, de junho de 1972, muito interessante sobre como se escolhem os textos para publicação numa editora. Faz distinção entre publisher e editor, “que realmente examina os manuscritos, busca melhor o texto, no sentido de torná-lo mais adequado aos fins que cada série tenha em vista, e é claro, a certas condi-ções de clientela natural da coleção”. A publicação reproduz palestra realizada no auditório do CBPE em 23 de maio de 1970, data de aniversário da FNLIJ.

Outro artigo interessante nesse mesmo número introduz a questão da televisão versus leitura intitulado “Livros infantis e meios de comunicação”, de au-toria de Jan Cervenka, professor da Faculdade de Pedagogia da Universidade de Charles, na Tchecoslováquia, e da Seção Tcheca do IBBY. Transcrito do Bookbird e traduzido por May M. Sena o artigo é bem avançado, como podemos ver nos trechos que se seguem: “Em princ�pio não devemos nos preocupar com o julga-mento de um livro e um programa de TV, mas sim considerar de um lado um bom livro e um bom programa de TV e de outro um mau livro e um mau programa”.

A qualidade é fator decisivo! E mais adiante: “Sejamos sinceros: 4 ou 5 horas de leitura por dia seriam mais sadias para as crianças do que o mesmo número de horas sentada em frente a aparelho de TV”.

Na mesma edição se anunciava uma Exposição “Retrospectiva de Ilus-tração na Literatura Infantil Brasileira” dentro das comemorações da FNLIJ para o AIL, e sob a responsabilidade de Regina Yolanda, que ocorreria nos dias 22 a 29 de outubro (Semana do Livro) no saguão da “nova” sede da Caixa Econômica Federal, na Avenida Rio Branco.

No número 19 temos a informação de que a Fundação, dando pros-seguimento ao programa do AIL realizaria um Seminário de Literatura Infantil de 19 a 21 de junho, dentro da II Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Este Seminário, cujos Anais foram publicados pela FNLIJ com a co-laboração do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais em 1973, teve um temário muito interessante desenvolvido por figuras exponenciais de vários pa�ses que atenderam ao convite da Fundação, formulado por Ruth Villela Alves de Souza. Participaram os seguintes especialistas: Marc Soriano (França), professor de l�ngua e literatura francesas, da École des Hautes Études, VI e Section, Paris. Autor de importante livro sobre Perrault, sua tese de doutoramento, intitulada Les contes de Perrault: culture savante et tradition populaire, abordou o tema: “A Crise da Leitura dos Jovens e da Literatura para a Juventude”.

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Anne Pelloswski (USA), mestre com honra da Universidade de Colúm-bia, Nova Iorque; autora do livro The world of children’s Literature; diretora bi-bliotecária da UNICEF. Anne falou sobre “Literatura Infantil: aspectos nacionais e internacionais”.

Carmen Bravo Villasante (Espanha), professora de Literatura Infantil do Instituto de Cultura Hispânica de Madri; autora do livro Historia de la Literatura Universal e da Antologia de la Literatura Universal. Ela desenvolveu o tema “Lite-ratura Infantil Universal: origens e motivações comuns”.

Frida Schultz de Mantovani (Argentina). Poetisa e ensa�sta, professora visitante nas universidades do Chile e de Caracas (Venezuela). Autora de contos, poemas e teatro para crianças e ensaios como Nuevas Corrientes de la Literatura Infantil. Seu tema foi “Letra e imagem”.

Flávia da Silveira Lobo, professora de Literatura e autora da Enciclopé-dia Infantil do MEC – Mamíferos e Aves, além de vários outros livros publicados, foi a representante brasileira no Seminário. Ela propôs uma “Discussão em torno do texto”.

Além dessas confer�ncias houve vários depoimentos de autores e ilus-tradores brasileiros e estrangeiros. Os Anais trazem ainda os nomes de todos os participantes, onde se pode notar a presença de interessados de vários estados brasileiros e de pa�ses latino-americanos e ainda as conclusões a que se chegou num Documento que não apenas detecta os problemas básicos como aponta linhas de ação futura.

Como exemplo da pertin�ncia e da atualidade desse Documento cita-mos seu primeiro item:

Problemas básicos1. Crise de leitura ou regressão Cultural?Causas prováveis: 1) os meios de comunicação de massa: a força

das imagens e as novas exig�ncias para os mecanismos de leitura; 2) a explosão escolar e a democratização do ensino: o livro continuou sendo um produto desti-nado às elites culturais e não às massas; baseiam-se numa concepção de l�nguas e de vida estranha à realidade da criança.

Linhas de ação1) Realizar pesquisa de literatura oral para aproveitamento na literatura

infantil; associar a pesquisa à criação; determinação de faixas etárias e adequa-ção de vocabulário e temas; conhecimento do livro e seu valor como elemento de diálogo e comunicação entre as crianças e os adultos; desenvolver uma nova atitude face à difusão do livro: levar a criança ao livro e não o livro à criança.

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Na mesma edição l�-se que Maria Alice Barroso, diretora do INL pro-pôs o lançamento de uma coleção de Literatura Infantil Latino-Americana em sistema de co-edição, da qual participariam vários pa�ses. A proposta foi feita durante a entrega do pr�mio INL de 1973.

Na 20ª edição verificamos que Eulalie Ligneul passa a representar o Conselho Regional de Biblioteconomia enquanto Ruth Villela substitui Maria Luiza Barbosa de Oliveira, que viajou para a França, como Diretora-Secretária.

Um fato interessante é lembrado pela publicação do artigo de Gilberto Mansur sobre Monteiro Lobato: no Jornalivro de junho de 1972 cujo texto era o de Caçadas de Pedrinho. Esta foi uma das raras tentativas de baratear o preço do livro imprimindo-o em papel-jornal e vendendo-o nas bancas.

No mesmo número informa-se que no dia 15 de dezembro foram en-cerradas oficialmente as atividades do Ano Internacional do Livro. Na ocasião foram entregues os pr�mios do concurso de Literatura Infantil Paz na Terra. “A obra premiada é uma expressiva mensagem de um grupo de crianças da Escola Lourenço Castanho, de São Paulo, estimulado por um adulto de sensibilidade, a Prof. Rosa Maria Whitaker Ferreira Sampaio. Nessa obra se encontra a pureza, o humor, o drama e a verdade que as crianças sabem dizer, umas às outras e aos adultos, na sua linguagem honesta e eclética, composta de palavras e imagens”.

Para conhecimento dos leitores informamos que a obra só foi editada em 1985 com o t�tulo Paz e Guerra pela Editora Massao Ohono.

A primeira Menção Honrosa foi dada ao original de Eliardo França, O rei de quase tudo, “resultado de um trabalho criativo e de grande beleza plástica integrando texto e ilustração”. O texto foi logo publicado pela Editora Orientação Cultural, e continua sendo considerado um dos mais bem realizados e premiados livros de nossa literatura para crianças.

A partir do n° 21, o Boletim Informativo aparece de “roupa nova”. Tem agora um design mais moderno em vermelho vivo e branco com o logotipo contornado pela frase “Seção brasileira do IBBY” em letras vazadas, obra de Eliardo França e conta com a colaboração da escritora Irene de Albuquerque. No Conselho Superior uma modificação: Ronaldo Menezes substitui George Cunha de Almeida, como representante do INL. Surge o nome da representante da FNLIJ no Comit� Executivo do IBBY, Leny Werneck, e do “Coordenador de Relações Públicas”, Rubens Nogueira, (que muito nos ajudou na preparação e divulgação do XIV Congresso do IBBY).

No Conselho Diretor houve mudanças: Ruth Villela Alves de Souza é eleita Diretora-Secretária e Antonio Severo Sant’Anna, Diretor-Tesoureiro.

A representação da FNLIJ nos estados já se amplia. Além de Denise Tavares, na Bahia, e Elvira Barcelos Sobral, do Rio Grande do Sul, tivemos Alay-

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de Lisboa de Oliveira (a autora de Bonequinha preta, entre outros sucessos), em Minas, no Paraná, Maria Aimée do Amaral Portes, em Petrópolis, Suely Latiff. Em São Paulo Lenyra Fracarolli deixa seu lugar para Idaty Brandão Onaga, nova diretora da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato.

Com o t�tulo “Notas sobre a 1ª Exposição Retrospectiva de Ilustração no Livro Infantil Brasileiro”, Regina Yolanda, sua organizadora, escreve tr�s pá-ginas que vale a pena transcrever porque dão bem a medida do esforço que a montagem representou e do panorama da ilustração naquele momento, outubro de 1972.

“Dia 23 de outubro, 2ª feira, cidade do Rio de Ja-neiro, 18 horas. Fitas desatadas. Aberta a Exposição. Caixa Econômica Federal. Saguão. Luzes de máquinas fotográficas. Representantes federais e estaduais.

Ruth Villela Alves de Souza, membro do Conselho Diretor da FNLIJ, sorri e aperta as mãos dos recém-chegados. Como espectadores, por trás do desatar das fitas, sorrimos tam-bém, Edith, secretária da FNLIJ, e eu. Foi um esforço. Fim-de-se-mana sem folga. Passepartus que não acabavam mais. Prender os trabalhos num ‘Estande’ de ‘duratex’ foi mais dif�cil do que reunir todos os originais.

A exposição apresentava uma bonita mostra de li-vros editados em 1972. Ao fundo, distribu�das em cinqüenta metros de paredes, estavam expostas 399 ilustrações selecio-nadas dentre as quase mil que recebemos. Em quatro estan-tes se alinhavam, face para o público, os 219 livros mais bem ilustrados dos últimos anos. Destacados, numa outra estante, encontravam-se edições de O Tico-Tico e mais algumas rel�-quias da ilustração brasileira. Uma prateleira, ao longo de vinte metros, estava apinhada de livros para manuseio das crianças. À esquerda, um cavalete com papéis grandes e material para desenho, permitia às crianças visitantes que se manifestassem depois de examinar a Exposição.

Encontramos um número de 1913 da Revista Infantil feita em colaboração por J. Carlos e Julião Machado, repro-duzindo histórias estrangeiras. Esta revista durou poucos meses vencida pelo O Tico-Tico, que alcançou meio centenário em 1955. Vários números de O Tico-Tico estavam expostos valori-zando as criações dos artistas já mencionados e de Max Yantok,

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Alfredo Storni, Oswaldo Silva e outros... Herman Lima foi quem nos emprestou essa preciosa mostra, além de vários originais de J. Carlos e de Max Yantok.

A Lenda da Carnaubeira e Negrinho do Pastoreio, am-bos ilustrados por Paulo Werneck, também estavam presentes.

O Circo, de Santa Rosa, e Rosa Maria, de Vera Kel-sey, com ilustrações de Portinari, obras muito raras, a primeira do acervo da FNLIJ e a segunda de sua diretora-executiva, Lau-ra Constância Sandroni, enriqueciam a mostra.

A Editora Melhoramentos contribuiu com dois origi-nais de Francisco Richter, o inesquec�vel e maravilhoso ilustrador da série Biblioteca Infantil e Encanto e Verdade. Um dos origi-nais é da primeira edição de O Patinho Feio, de Hans Christian Andersen que o editara em 1915, e o outro é de O Bem-te-vi Feiticeiro da Série Encanto e Verdade.

De Francisco Richter pouco sabemos, mas sua obra, de milhares de ilustrações, encontra-se nos cofres da Editora Melhoramentos, preservada como um tesouro. Richter era bem europeu em seu trabalho. Recentemente tive a oportunidade de folhear um livro de antigos ilustradores russos do princ�pio deste século e fiquei impressionada com a semelhança de estilo. As pequeninas ilustrações de Richter t�m a riqueza de detalhe de que tanto se precisa para continuar aquilo que o texto nos dá.

Além desses originais a Melhoramentos enviou-nos alguns trabalhos de Hilda Bennett, recém-falecida. As ilustra-ções são desenhos a nanquim para Shandi de Maraly. Darcy Penteado estava presente com ilustrações para Bitu, o Carneiri-nho Sujo, feitas a cores em tinta guache.

Herbert Horn é um ilustrador com influ�ncia centro-européia. Estava representado por originais a guache, enviados pela Melhoramentos para Estórias do Fundo do Mar, de Lúcia Machado de Almeida.

Santa Rosa foi representado por pinturas a guache das Estórias da Velha Totônia, de José Lins do Rego, e por dese-nhos a preto para A Fazenda do Vovô, gentilmente cedidos, por Ruth Coelho de Almeida, autora da história.

Gian Calvi cedeu-nos, para a Exposição, os originais de Os Colegas, de Lygia Bojunga Nunes, livro premiado pelo INL em 1971; os originais de A Toca da Coruja, de Walmir Aya-

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la, premiado pelo INL em 1972 e estudos para o livro de Maria Clara Machado, A Viagem.

A Editora Globo, de Porto Alegre, foi a que nos ce-deu maior número de trabalhos, incluindo 395 originais de Oswaldo Storni, artista falecido neste ano, e que trabalhou a maior parte de sua vida para a Melhoramentos. Era um artista descritivo tendo quase sempre ilustrado a traço preto.

Nelson Boeira Faedrich, ilustrador gaúcho, de ori-gem centro-européia, reflete essa influ�ncia em seu trabalho. A capa e contracapa de Daqui Milênios, de Hans Christian An-dersen, pintada a guache, estava em exposição.

Vera Maria Mucillo estava presente com originais a nanquim e anilina das Aventuras do Avião Vermelho, de Erico Ver�ssimo.

Roswitha Bitterlich Wingen foi representada por vá-rias xilogravuras que fez para Contos de Grimm e também por várias ilustrações a nanquim para A Rainha de Neve, de H. C. Andersen. A ilustração de Roswitha é, também, marcantemente centro-européia.

Marie Louise Nery enviou as ilustrações que fez a nanquim para O Menino do Dedo Verde, de Maurice Drouon e para A Arca de Noé, de Vinicius de Moraes.

Millôr Fernandes se apresentou com ilustrações que fez para Maurício, Leão de Menino, de autoria de Flávia Maria, cedidas por Flávia Silveira Lobo, que também nos emprestou vá-rias fotografias de outros livros seus editados pela ‘Fauna’: Lúcia; Quem vê cara não vê coração; Aderbal e De estrela na testa.

Eliardo França, jovem artista que vem ilustrando para a Editora Conquista teve vários originais expostos, dentre eles os de Pirulito que bate-bate; Cadê o toucinho e Uma vez um ho-mem, uma vez um gato, de Irene de Albuquerque. A Editora Bra-sil-América também enviou várias ilustrações que Eliardo fez para O sonho do lenhador; O tesouro de Bresa; O Rabi; O cocheiro e o Anjo de Deus e A pequena Luz Azul, de Malba Tahan.

Ana Letycia estava representada pelas ilustrações que fez para Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado.

A José Olympio cedeu para a Exposição originais e reproduções de Luiz Jardim para Aventuras do Menino Chico de Assis, O boi Aruá e Proezas do Menino Jesus.

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Loyce e Roy Looney, ilustradores americanos, esta-vam presentes por terem feito, a cores, Juba, o Dragãozinho, de Celina Afonso para a Expressão e Cultura. Ainda a mesma edi-tora mandou-nos ilustrações a guache de Miguel Mascarenhas para Pedrinho e Teteca, escrito por Guilherme de Figueiredo.

Wilma Pasqualini estava representada pelos originais que fez para a História da Arca de Noé, de Guilherme de Fi-gueiredo e de Luiz Carlos Figueiredo. As ilustrações são traba-lhadas a bastão de cera, anilina e nanquim. Estavam também presentes os originais concorrentes de A Toca da Coruja, de Walmyr Angelapara do concurso do INL.

Vera Mattos contribuiu, para a mostra, com ilustra-ções enviadas pela AGIR e Cadernos Didáticos para os seguintes livros: O Cavalo do Mocinho; O leão cantor e A perna do Saci, de Edson Magalhães; Nós, Pai Nosso e Sonho 7, de Marly Cury.

Helena Miranda se apresentou com ilustrações de seu próprio livro, Pedacinhos mágicos, editado pela Ao Livro Técnico. Ainda desta editora foram expostos os originais de Al-demar Pereira feitos para História de uma cidade contada por ela mesma, de Leny Werneck.

Rente que nem pão quente, de Maria Mazzetti, ilus-trado por Maria Amélia Serpa, pertence também à Ao Livro Técnico e teve duas de suas ilustrações expostas.

A Editora Vozes cedeu, entre outras, as ilustrações a guache de O casacão mágico, de José Hildo para o texto de Maria Mazzetti.

A Primor apresentou originais da Turma do Pererê, ilustrados a nanquim por Ziraldo, alguns originais meus de O Papa Tudo e de O carneirinho, de autoria de Terezinha Eboli, e de Paula Saldanha a editora exibiu ilustrações de Tuc-Tuc e Zeca e Margarida.

Carlos Scliar mandou os desenhos que fez para A mulher que matou os peixes, de Clarice Lispector. A ilustração foi feita a pincel e nanquim.

Augusto Rodrigues tinha também ilustrações suas ex-postas do Balão Azul.

Alguns se amontoavam, com nostalgia, em frente aos números de O Tico-Tico, outros lamentavam a interrupção do surto de literatura brasileira, que parecia surgir em 1939, com

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o Concurso do Ministério de Educação para Álbuns de Estam-pas; outros apreciavam os ilustradores das décadas 40-60.

A direção da Caixa Econômica decidiu prorrogar a mostra e no dia 31 de outubro, apresentei um breve histórico da ilustração brasileira, para um grupo de pessoas interessa-das no assunto, acompanhada de 56 slides. Procurei mostrar a reação recente, nas publicações de 1972, onde já não há predominância de textos traduzidos e de fotolitos importados e comentei o sério problema de não se encontrar o nome do ilustrador na maioria dos livros impressos.

Fiz uma breve retrospectiva: dos concursos de lite-ratura infantil (ilustração); dos ilustradores brasileiros tentando mostrar os diferentes conteúdos de comunicação ora recreati-vos, ora Informativos, ora enriquecendo a mensagem do texto como est�mulo à imaginação e ao devaneio; dos diferentes estilos realistas, impressionistas, expressionistas, cubistas, sur-realistas...; das diferentes técnicas utilizadas: guache, colagem, aguada, aquarela, fotografia...

Procurei valorizar o ponto de vista da criança e do jovem para quem é feita essa literatura, exemplificando com o testemunho vivo de várias crianças.

Finalmente, apresentei as seguintes conclusões:1. O melhor livro de leitura é o livro de boa literatura

infantil, ilustrado com arte.2. Ilustração a preto ou a duas cores barateia o livro

e pode atingir o interesse da criança desde que apresente ação e beleza. Tal livro pode ser vendido a baixo preço a uma grande massa de crianças.

3. É poss�vel pensar em livros de boa literatura, com ilustrações a quatro cores e fina impressão. Tais livros, de pre-ços elevados, poderiam ter co-edição do Instituto Nacional do Livro para serem distribu�dos às bibliotecas públicas e escolares e assim serem utilizados pelas crianças em seus estabelecimen-tos de ensino.

4. Quanto mais imagens, belas imagens, e menos volume de texto, melhor a criança compreende a linguagem e a mensagem dos livros: mais desenvolve hábitos de leitura independente, de gosto pelo estudo, o que se manterá por toda a sua vida.

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5. O livro para crianças deve incluir detalhes que enri-queçam a imaginação infantil e que permitam à criança interpre-tar palavras e ilustrações de uma forma que seja exclusiva dela.

6. A variedade de ilustrações, desde que seja de boa qualidade, aguça a percepção, desenvolve a observação e for-ma no jovem leitor uma espécie de proteção contra o bombar-deamento diário de materiais visuais de menor valor.

7. A noção de relatividade deve estar presente nos materiais oferecidos às crianças, favorecendo o desenvolvimen-to de múltiplos pontos de vista.

8. Precisamos estar atentos aos objetivos de uma ci-vilização em constante mudança e não podemos perder a co-municação com os jovens, ajudando-os com nossa experi�ncia e deles recebendo toda a riqueza de seus anseios, dúvidas e constatação, o que redundará para nós adultos em novos moti-vos de atualização.”

Na edição n° 22 (abril a maio de 1973) informa-se sobre a criação do Pr�mio João de Barro, da Secretaria Municipal de Cultura, Informação, Turismo e Esporte, da Prefeitura de Belo Horizonte, e transcreve-se seu regulamento.

Da seção Livros Comentados transcrevemos, a t�tulo de curiosidade histórica, as palavras de Ofélia Fontes, colaboradora e conselheira da FNLIJ desde o primeiro momento, sobre Os Colegas da estreante, no campo em que ela era mestra, Lygia Bojunga Nunes:

“Os colegas. Ilustração de Gian Calvi, 1ª ed. Sabiá. Rio/INL, 1972. 96p. il.

É motivo de grande alegria para os que se interes-sam por crianças verificar que a literatura infantil se enriquece, constantemente, com novas e boas obras, por vezes até muito boas mesmo.

Os escritores que se dedicam a esse g�nero, que bem sabemos não ser dos mais fáceis, estão tomando consci-�ncia da importância de escrever boas histórias movimentadas, alegres, cheias de situações imprevistas e vivas.

Os Colegas, de Lygia Bojunga Nunes, está nesse rol. Trata-se de um livro cartonado, de bela apresentação e bom preço – tipo, papel, impressão, capa plastificada, 96 páginas de texto ilustradas a quatro cores.

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Os Colegas obteve o primeiro lugar no Concurso de Literatura Infantil, do Instituto Nacional do Livro, em 1971. E não só o texto foi premiado: também as ilustrações obtiveram igual destaque, pois, posteriormente, alcançaram também o pri-meiro lugar em concurso id�ntico, institu�do também no Instituto Nacional do Livro, com o objetivo de ilustrar a obra premiada.

Completam-se, de tal modo, ilustrações e texto, que não se sabe o que mais ressaltar no caso: se a graça e a es-pontaneidade da narrativa, se a graça e o movimento dos de-senhos. Estes são de autoria de Gian Galvi, o que já diz tudo, pois este artista tem mostrado o valor de seu lápis, em obras anteriormente publicadas. O desenho de Gian Calvi é de uma simplicidade que impressiona, e de uma ingenuidade que co-move... Lygia Bojunga Nunes, em Os Colegas, se revela uma escritora que sabe falar às crianças, usando uma linguagem alegre, bem ao n�vel verbal dos leitores a que se destina, e bas-tante dentro do gosto atual, com seus modismos e g�rias...

Certas ironias, que sutilmente diluiu no texto, diver-tirão os adultos que se dispuserem a ler Os Colegas para seus filhos ou alunos, como sucede com os excessivos cuidados da Dona Flor de Lis para com sua graciosa cadelinha...

O livro apresenta, aqui e ali, situações inconseqüentes e, por isso mesmo, bem infantis, como a do cãozinho, ao pro-curar pelo picadeiro o fio da conversa interrompida, ou como a cara fechada do coelhinho, que nem chave de fenda abria...

A invejável camaradagem que reina entre os colegas da história de Lygia Bojunga Nunes – dois cães vira-latas, uma cachor-rinha de luxo, um coelho e um urso – são um exemplo de relacio-namento para as crianças. E mais: a necessidade que sentem todos de participar das alegrias e sofrimentos dos companheiros; a ânsia de comunicação e as vantagens de viver do trabalho que, afinal, descobrem, são outras tantas espl�ndidas lições que suas páginas, com a maior naturalidade, insinuam em seus pequenos leitores.

É um livrinho que as crianças lerão com um prazer muito grande, semelhante talvez ao que sentimos ao recomen-dá-lo a pais e mestres.

Ofélia FontesTranscrito do Suplemento do Livro do Jornal do Brasil”.

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Em março, a equipe da FNLIJ que até então fazia um trabalho sem remuneração começou a preparar um projeto de pesquisa para apresentar ao Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais (INEP/MEC) com o obje-tivo de obter recursos para um levantamento cr�tico das obras para crianças e jovens publicadas no Brasil.

Na mesma ocasião, decidiu-se criar um pr�mio a ser concedido pela Fundação ao livro considerado “O melhor para a criança”. Em abril Gian Calvi apresentou o projeto para o “selo de ouro” que o editor do livro escolhido pode-ria colar em sua capa.

O quinto aniversário da FNLIJ foi comemorado no próprio dia 23 de maio com uma reunião de ilustradores em sua sede. Foram exibidos livros euro-peus e houve discussão sobre a função da imagem no livro destinado à criança.

No n° 23 (julho a setembro de 1973) Regina Yolanda Werneck passa a representar os ilustradores no Conselho Superior substituindo Lu�s Jardim, eleito para o Conselho Curador da FNLIJ. S�lvio Walter Xavier é também substitu�do por Hélio Araújo, como representante do Centro de Bibliotecnia. Logo no primeiro artigo Regina conta sua estada como estagiária indicada pela Fundação, na Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, onde foi estudar os álbuns ilustrados de vários pa�ses.

Nesse mesmo Boletim aparece o primeiro Informativo sobre o XIV Con-gresso do IBBY que seria realizado de 21 a 25 de outubro de 1974, no Rio de Janeiro, detalhando os temas a serem tratados.

De São Paulo a preparação de Biblioteca Infantil Monteiro Lobato com uma série de palestras lembrando os 25 anos de morte de Lobato. E em Taubaté, no “S�tio do Pica-Pau Amarelo”, o lançamento do livro Presença de Lobato, de Paulo Dantas, com a participação dos seus personagens infantis. A organização coube à União Brasileira de Escritores.

De 12 a 17 de novembro a Fundação, representada por Leny Werneck, participou do VI Encontro de Editores realizado em Caxias do Sul (RS). Ela falou sobre as atividades da Fundação e pediu ajuda para a realização do XIV Con-gresso do IBBY, no Rio de Janeiro.

No final de novembro desse mesmo ano uma importante atividade foi promovida pela Fundação: a vinda ao Brasil do editor franc�s François Faucher, diretor da Coleção Père Castor (Editora Flamarion) para realizar confer�ncias e participar de mesas redondas sobre livros para crianças bem pequenas, no Rio e em São Paulo.

A viagem teve o patroc�nio da Câmara Brasileira do Livro, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros e da Aliança Francesa. Na ocasião foi realizada uma pequena mostra de ilustradores franceses no salão da Aliança.

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François Faucher teve contato com diversos editores, ilustradores, au-tores e bibliotecários visitando também o parque gráfico das editoras Primor, Abril e Melhoramentos. Nesses encontros ele teve a oportunidade de apresentar, acompanhado de excelente documentação e apoio visual, o programa editorial da Coleção Père Castor fundada por seu pai na década de 1930, e que, se constituiu um marco na criação e produção de livros para crianças.

O Informativo n° 2 sobre o XIV Congresso do IBBY que ocorreria no Rio de Janeiro, de 21 a 25 de outubro de 1974, informa que o tema geral seria “O livro como instrumento básico à formação e ao desenvolvimento de crianças e jovens”. À delegação brasileira caberia a apresentação de Documento relativo ao subtema n° 5: “O público leitor e seu acesso ao livro”.

No Boletim n° 25 de janeiro a março de 74, um belo artigo de Flávia da Silveira Lobo lamenta a morte de Maria Mazzetti e lembra as qualidades de seu texto.

Segue-se um trabalho de François Faucher com suas impressões da viagem ao Brasil, que mostra bem o esp�rito cr�tico e objetivo do editor. Diz ele, por exemplo: “Existe uma ‘imagerie’ popular ing�nua, a dos gravadores em ma-deira. Ainda que os artistas consagrados a condenem, se o público é sens�vel a ela é uma plataforma de partida a considerar.

Pode-se encontrar inspiração popular na literatura de cordel, amea-çada pelas produções industriais em massa. Existiria então, para a tipografia, a ilustração, a ‘imagerie’ e a literatura manifestações tipicamente brasileiras. (...) É preciso, então, trabalhar em equipe, fundir os talentos e as compet�ncias numa obra comum, com a idéia de cada um dar o melhor de si mesmo sem lhe reivin-dicar a paternidade”.

No mesmo Boletim a informação de que a FNLIJ e o INEP firmaram con-v�nio com o objetivo de: realizar pesquisa sobre a literatura consumida pelos alunos de 1° grau no Estado da Guanabara e traçar um diagnóstico da literatura infantil e juvenil publicada no Brasil. O projeto terá a duração de 18 meses e a supervisão da Profª. EIza Nascimento Alves (INEP) sendo a pesquisa coordenada pela Profª. Nise Pires (INEP) e o diagnóstico por Laura Sandroni (FNLIJ). A assinatura deste conv�nio em março de 1974 marca o in�cio da profissionalização da equipe da FNLIJ. A partir da� a presença na sede se tornou diária no horário das 14 às 18 horas.

O Informativo n° 3 sobre o XIV Congresso do IBBY dizia que já estava à disposição dos interessados a ficha de inscrição para “observadores” do congres-so, e que ele seria realizado no Hotel Glória. As atividades paralelas seriam:

• Exposição Internacional de Livros para Crianças e Jovens;• Solenidade de entrega do Pr�mio Hans Christian Andersen;

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• Domingo da Fantasia: atividade com crianças visando a desenvol-ver a criatividade em relação ao livro.

No n° 26 do Boletim Informativo, Irene de Albuquerque lamenta a morte de Denise Tavares, representante da Fundação na Bahia, fundadora da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, em Salvador e com várias obras publicadas sobre biblioteca infantil.

Em seguida a not�cia de uma atividade inovadora e muito interessante: Crianças Opinam sobre Ilustrações:

“Por ocasião do julgamento das obras apresentadas para a Medalha de ilustrador do Pr�mio Hans Christian Ander-sen, 1974, resolvemos fazer uma experi�ncia com um grupo de crianças e colher diretamente suas impressões e prefer�ncias.

Com a colaboração de Celina Rondon, do Centro de Divulgação e Pesquisa, organizamos de 22 a 26 de abril a mostra, de maneira que cada artista estivesse em mesa separa-da, com 3 livros expostos.

Convidamos 150 crianças de diversos meios cultu-rais e sociais, da zona Norte e da zona Sul, de escolas públicas e de colégios particulares do Rio de Janeiro. Preferimos chamar crianças que tivessem freqüentado Escolinha de Arte ou que ti-vessem outra iniciação art�stica. Durante uma semana, os livros ficaram expostos. Nunca mais de 20 crianças de cada vez.

A idade das crianças variava entre 8 a 14 anos. Ins-creveram-se 17 candidatos de 17 pa�ses. Todos foram selecio-nados pela Seção Nacional de seu pa�s como o melhor e mais representativo dos ilustradores para crianças. Recebemos em média seis livros ilustrados de cada artista.

Estes artistas representavam os mais variados g�ne-ros e estilos.

Apurado o resultado dos votos das crianças verifica-mos o seguinte: pelas crianças de 7 a 10 anos o artista mais votado foi o da Grécia (Paulo Valassakis), porque, segundo Carlos Henrique, de 10 anos, o artista da Grécia: “... me fez entender a história pelos desenhos sem precisar ler”. Leonora, 10 anos: “porque explica mais com os desenhos”. Para os de 11 a 13 anos, o preferido foi o da França (Nicole Claveloux), “porque são diferentes, dif�ceis da gente encontrar nos livros do

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Brasil”, Cristina, 9 anos; “porque os desenhos são vivos, biru-tas, coloridos e dá alegria v�-los”, Ana Lúcia, 12 anos; “porque gostei do traço, do tipo de desenho fantástico e das cores vivas que alegram o livro”, Ana Pia, 12 anos. E pelos adolescentes foi o da Inglaterra (Charles Keeping), “muito expressivo, chocante, profundo, cores fortes e marcantes”, Margaret, 15 anos. “Adoro o tipo de desenho que não é muito fácil de se fazer. Aos poucos vão aparecendo as tonalidades variadas, as expressões, o fogo das cores, o claro e escuro”, Cec�lia, 14 anos.

Foi uma experi�ncia riqu�ssima e o depoimento das crianças nos leva a reformular nosso julgamento sobre a influ-�ncia das ilustrações em crianças de diferentes idades.”

Ainda sobre ilustração a FNLIJ promoveu no dia 28 de agosto, em parceria com a recém-criada livraria Centro de Divulgação e Pesquisa, de Celina Rondon, uma exibição de audiovisual montada por Gian Calvi sobre a ilustração do livro infantil brasileiro. Seguiu-se mesa-redonda sobre o tema coordenado por Béatrice Tanaka. Sobre as mesas os livros dos artistas que concorriam à medalha de ilustração do Pr�mio H. C. Andersen.

Nos primeiros meses de 74 a representação da FNLIJ nos estados cres-ce com a presença de Maria do Carmo Coelho em Belém do Pará, e de Maria Aimée do Amaral Portes em Curitiba, Paraná. Todas as representantes enviavam informações sobre suas atividades realizando cursos, promovendo mesas-redon-das e divulgando o Dia Internacional do Livro Infantil (2 de abril) e Notícias sobre a FNLIJ. Maria Betty Coelho Silva assumiu a representação em Salvador, Bahia.

Comemorando seu sexto aniversário a FNLIJ organizou uma mesa-redonda, no auditório da ABI, sobre Direitos Autorais com a participação de Francisco Marins (autor e editor), Hélio Araújo (do SNEL), Homero Homem (re-presentando do Sindicato dos Autores) e Hernani Durval (especialista em Direito Internacional).

A III Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em junho de 1974, reuniu 1.800 editoras nacionais e estrangeiras e deu especial �nfase à literatura infantil. O estande da Fundação foi muito visitado.

No mesmo Boletim n° 27 o Informativo n° 5 informava que 30 repre-sentantes de mais de 20 pa�ses estavam sendo aguardados para o Congresso no Rio. Dizia ainda que o evento teria recursos do Departamento de Assuntos Cultu-rais/MEC, do Conselho Federal de Cultura/MEC, da Riotur, da CBL e do SNEL.

“A exposição Internacional de Livros Infantis e Juvenis será realizada no Museu de Arte Moderna – MAM e os pa�ses participantes estão enviando livros

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selecionados – duzentos t�tulos cada um. A Bienal Internacional de Bratislava – BIB enviará um conjunto de ilustrações originais que, pela primeira vez, será mostrado na América Latina.

Está sendo organizada ainda uma atividade com crianças na qual elas terão oportunidade de a partir da leitura de uma história desenvolv�-la através de outras formas de expressão como pintura, teatro e música”. (A estas atividade deu-se o nome de ‘Domingo da Fantasia’ e ela foi tão bem sucedida que foi realizada em outras ocasiões.)

Em 1974, o IBBY realizou, pela primeira vez em sua história, um Con-gresso fora da Europa. A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, seção brasileira da entidade, foi convidada a organizá-lo e o fez na cidade do Rio de Janeiro. O tema proposto foi dividido em oito sub-temas, expostos por especia-listas de diferentes pa�ses e estudados em seguida por grupos de participantes previamente inscritos.

O Boletim n° 28 (outubro/dezembro – 1974) traz artigo de Leny Wer-neck intitulado “O XIV Congresso do IBBY visto pela Secretária-Executiva” comen-tando seus sucessos e pequenos problemas, e outro de Heliette Covas Pereira com suas observações de participante. Ainda o ponto de vista de um estrangeiro com o artigo “Impressões de um Congresso”, de Raoul Dubois, e a palavra de Regina Yolanda sobre a Exposição do MAM, lembrando que, ao lado dos livros estrangeiros, havia uma pequena exposição de desenhos infantis feitas por alu-nos de escolas cariocas.

Pretendo aqui dar uma visão geral do que foi ali discutido além das recomendações contidas no Relatório Final. Constato, ainda, que muitos dos problemas apontados continuam existindo hoje embora nas mais de tr�s – dé-cadas que nos separam daquele Congresso venha-se desenvolvendo um grande esforço no sentido de saná-los.

Naquela terça-feira, dia 22 de outubro de 1974, mais de 400 pessoas reunidas no Rio de Janeiro, no amplo auditório do Hotel Glória, para participar do 14º Congresso do International Board on Books for Young People (IBBY) ou-viram seu então presidente, o finland�s Nülo Visapaä, começar assim o discurso de recepção aos congressistas:

“Servindo-me das palavras que bem escritas e bem enunciadas t�m o poder mágico de abrir e fechar, experimen-to o sentido histórico deste momento: o IBBY atinge a idade adulta, saindo para o alto-mar, como fez outrora Fernando de Magalhães em busca de um mundo novo. Pela primeira vez seu Congresso bienal e sua Assembléia Geral são realizados fora

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da Europa. Tal decisão reflete, por um lado, notável arrojo; por outro, tornar realidade este Congresso na América Latina, par-ticularmente nesta próspera República Federativa do Brasil, se deveu à contribuição efetiva e prática das amáveis representan-tes deste Pa�s, Sras. Ruth Villela Alves de Souza e Leny Werneck, durante os últimos quatro anos, junto ao Comit�-Executivo e (com relação à primeira) no júri do Pr�mio Hans Christian An-dersen, sem esquecer os que as auxiliaram nesse esforço, seus funcionários e colaboradores”.

Talvez alguns dos presentes tenham se espantado com a informação ali contida: durante 20 anos o IBBY, organização internacional fundada pela alemã Jella Lepman em 1951 visando laços de amizade e conhecimento mútuo – que pudessem levar no futuro à paz universal – através dos livros infantis, era na reali-dade uma instituição européia. Às vésperas da maioridade seus dirigentes encon-tram coragem para enfrentar o desafio de torná-la realmente internacional e para isso escolhem a pequena entidade brasileira nos seus anos iniciais de vida.

Ouvindo essa saudação, alguns momentos básicos dessa história pas-saram pela minha cabeça. O primeiro, quando numa reunião do Comit�-Execu-tivo do IBBY, realizada em Viena nos dias 3 e 4 de setembro de 1972, a repre-sentante da Fundação, Leny Werneck, ouviu proposta para que o Brasil sediasse o 14° Congresso a realizar-se dali a dois anos, em outubro de 1974. Chegando ao Rio de Janeiro, sede da FNLIJ, contou-nos a novidade dizendo que ficara de dar uma resposta logo que poss�vel. A diretoria da Fundação, da qual à época eu fazia parte, ficou dividida entre as enormes perspectivas que a realização do Congresso abriria para o Brasil e para toda a América e as possibilidades reais de uma entidade pequena, pobre e ainda pouco conhecida nos seus quatro anos de exist�ncia, obter os recursos necessários para tanto.

Em belo gesto de coragem, o Conselho Superior da Fundação, for-mado por diferentes entidades ligadas ao livro, decidiu aceitar o desafio e já na reunião seguinte do Comit�-Executivo do IBBY, realizada em Moscou, nos dias 20 a 22 de março de 1973, era aceito “com louvor” o tema proposto pela Seção Brasileira: “O livro como instrumento de formação e desenvolvimento de crianças e jovens”, assim como a data 21 a 25 de outubro de 1974. Na mesma ocasião já se definia o método de trabalho elaborado por um grupo de colaboradores.

Logo surge o slogan para a divulgação: “O livro ensina a viver” e os subtemas, que seriam objeto de confer�ncias, seguidas por reuniões dos grupos de trabalho, nos quais os participantes poderiam inscrever-se. Uma ficha de ins-crição distribu�da no in�cio de 1974 e publicada no Boletim Informativo informava

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o local e o preço do hotel. Dizia ainda a not�cia que haveria atividades paralelas, como uma exposição internacional de livros infantis e juvenis nos amplos espaços do Museu de Arte Moderna; um “Domingo da Fantasia”, atividade com crian-ças visando a desenvolver a criatividade, tendo por base as histórias dos livros infantis; a solenidade de entrega do Pr�mio Andersen à autora (Maria Gripe, da Suécia) e ao ilustrador (Farshid Mesghali, do Irã) além, é claro, do city-tour pelos lugares tur�sticos do Rio de Janeiro.

Enquanto tudo isso era planejado, os responsáveis pela FNLIJ se des-dobravam em contatos com as autoridades do governo para obtenção de re-cursos. Assim, encontraram-se em Bras�lia com o Ministro da Educação que, entendendo a importância do evento para o Brasil, assegurou boa parte da verba necessária através de órgãos do ministério, como o Departamento de Assuntos Culturais e o Conselho Federal de Cultura; a Riotur facilitou os entendimentos com o hotel, as companhias de aviação e ofereceu o passeio tur�stico aos con-gressistas estrangeiros. Evidentemente, o Sindicato Nacional dos Editores de Li-vros (SNEL) e a Câmara Brasileira do Livro (CBL), membros fundadores da FNLIJ, empenharam-se ao máximo para ajudar-nos. Em julho de 1974 já havia 300 pessoas inscritas, de mais de 20 pa�ses.

Da América Latina tivemos representantes da Argentina, da Bol�via, do Chile, do Paraguai, do Uruguai e da Venezuela. Da América do Norte, os Estados Unidos. Da Europa, Alemanha Ocidental e Oriental, Bulgária, Dinamar-ca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Inglaterra, Iugoslávia, Portugal, Suécia, Su�ça, Tchecoslováquia e União Soviética. Da Ásia, o Japão e o Irã. Da África, o Qu�nia. A UNESCO, a OEA e o CERLAI deram apoio irrestrito ao Congresso.

Na confer�ncia inaugural, Heriberto Schiro, técnico da UNESCO e representante do Diretor Geral da entidade, acentua o crescimento do interesse pela literatura infantil “nos últimos anos” citando alguns congressos e encontros internacionais sobre o tema, entre eles o “I Seminário Latino-Americano de Lite-ratura Infantil e Juvenil”, organizado pela FNLIJ para a II Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em junho de 1972, e o Seminário Internacional de Literatura Infantil realizado pelo CERLAL (Centro Regional para a Promoção do Livro na América Latina), em Buenos Aires, de 22 a 27 de abril de 1974. Refere-se ainda à necessidade do aprimoramento da literatura infantil em qualidade e quantida-de, pois ela é essencial à formação do hábito da leitura que se forma na infância, e comenta o fato de que o preço do livro, inating�vel para as camadas menos favorecidas, transforma a leitura, necessariamente, em privilégio das minorias.

O representante da UNESCO termina sua fala lembrando a possi-bilidade de co-edições entre nossos pa�ses e garantindo o apoio da UNESCO através do CERLAL para um programa nessa área.

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O primeiro tema que foi discutido e desenvolvido nos trabalhos de grupo foi “Literatura Infantil no Qu�nia: aspectos nacionais e internacionais”, apresentado por Francis Otieno Pala, da Biblioteca Nacional daquele pa�s. O conferencista usou dados estat�sticos para mostrar que no seu pa�s a população é predominantemente jovem e o analfabetismo prevalece. Decorrem da� duas conseqü�ncias: os livros didáticos formam grande parte da produção, já que o objetivo maior é adquirir conhecimento. Por outro lado, há grande necessidade de boa literatura nacional, pois a maior parte do pouco que é publicado nessa área é tradução.

Raoul Dubois, da seção francesa do IBBY, foi o expositor do tema “Re-novação pedagógica e literatura para a juventude”. Depois de apresentar dados estat�sticos sobre o crescimento da produção de livros no mundo e lembrar que nem por isso o número de analfabetos diminuiu, ele chamou a atenção para a im-portância crescente de outros meios de comunicação como o rádio e a televisão, que não exigem o longo per�odo preparatório de aprendizagem da leitura. É neste clima, no momento em que os modelos escolares tradicionais são contestados, que ele examina as relações entre a literatura infantil e o ensino da leitura.

É preciso uma renovação pedagógica que leve em conta: a vontade de questionar um ensino baseado na autoridade do educador e na transmissão unilateral do conhecimento; a vontade de colocar em primeiro plano a alegria da criança, apelar para sua capacidade de iniciativa e dar oportunidade ao desen-volvimento de sua criatividade; a vontade de formar cidadãos ativos que tomem nas mãos os seus próprios destinos.

O tema seguinte, “O livro infantil e a tecnologia de apoio por processos audiovisuais”, foi defendido pelo brasileiro Nuno Veloso, professor da Pontif�cia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Depois de lembrar como o uso da ima-gem, do som, do cinema e até mesmo do olfato nos livros infantis tem demonstra-do preocupação em preencher o vazio de informação das histórias escritas para crianças, o conferencista tece considerações sobre o hábito da leitura. Diz ele:

“Cada vez mais, a escola aparece como uma expe-ri�ncia periférica para a maioria, significando apenas a consta-tação de que se trata de um estágio, que não tem muito a ver com a educação. A verdadeira educação não pode prescindir de uma espécie de leitura que nem sempre é proposta pela escola”.

O conferencista conclui lembrando a observação comum de que uma cultura baseada em clich�s perde muito de sua criatividade. Ressalta que ficaria

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restrito o terreno das opiniões pessoais para as crianças alimentadas por este-reótipos de som, cor, forma, tessitura e cheiro. O estado de dúvida enriquece, a partir do momento em que a criança tenta uma explicação para os conhecimen-tos que lhe são oferecidos por meio da leitura.

Rudo Moric, da Mladé Letá Editora, da Tchecoslováquia, falou sobre “O livro como meio de informação e desenvolvimento da leitura”. O desenvol-vimento harmonioso em todos os sentidos da personalidade infantil exige, desde a idade pré-escolar, a criação de entrosamento entre a teoria e a prática, entre o universo estético e o universo real, entrosamento esse que constitui a base de sua formação futura. Neste campo de trabalho, é com o aux�lio do livro, e parti-cularmente do livro infantil, que se pode influir sobre a vida afetiva e estética da criança, pois o livro infantil representa, por sua própria natureza, o ponto privile-giado de encontro entre duas artes: a da palavra e a da forma, isto é, o texto e sua ilustração – a imagem revela o texto, o texto revela a imagem e a eficácia do livro fica dessa forma aumentada.

Outro tema abordado foi “O público leitor e seu acesso ao livro”. Nelly Novaes Coelho, professora da Universidade de São Paulo, in�ciou sua fala lembrando a complexidade da relação leitor-livro num pa�s “em desenvolvimen-to” como o Brasil, que recebe enorme influ�ncia cultural dos pa�ses industria-lizados. Conceitua o livro como ve�culo de cultura e simultaneamente produto de consumo já que, atuando numa sociedade capitalista, ele necessariamente desempenha as duas funções: a de ser instrumento de educação e instrumento de lucro. Sendo uma nação jovem em pleno processo de autonomia cultural e desenvolvimento econômico, o problema se acentua.

Em seguida, traça um panorama estat�stico do pa�s em termos de-mográficos e de Educação, mostra o desequil�brio econômico e a defici�ncia cultural que leva à constatação de que o consumidor de livros infantis e juvenis pertence às classes sociais economicamente mais amparadas.

Há programas de caráter educativo de iniciativa governamental e par-ticular que procuram atenuar os feitos dessa disparidade. Foram criadas algumas bibliotecas infantis, bibliotecas escolares, organizam-se feiras de livros, exposi-ções etc., insuficientes para atender à população do pa�s.

“Criatividade e pesquisa no campo da produção de livros” foi o tema desenvolvido por Lucia Binder, do Instituto Internacional de Literatura Infantil e Pesquisa sobre Leitura, na Áustria. Disse ela que o ensino moderno da leitura e as reformas educacionais exigem a inclusão da literatura infantil e juvenil no pro-cesso educativo. Em decorr�ncia disto, ativaram-se as pesquisas sobre a leitura e como incentivá-la, sobre o comportamento do leitor e seus hábitos, obtendo-se muito conhecimento novo a respeito do jovem que l�”.

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Quanto ao editor, não só é necessário saber avaliar a criatividade do autor e o valor literário de seu trabalho, mas também ser informado sobre os fatos determinantes do sucesso de sua produção, com o pensamento voltado para o jovem leitor. Com esse objetivo utiliza os resultados das várias pesquisas e planeja de forma sistemática o seu trabalho.

Outra editora, Bettina Hurlimann, da Editora Atlantis, da Su�ça, falou sobre “O equil�brio entre recursos materiais e humanos na produção de livros”.

Disse ela que não pode haver produção de livros para uso comum sem o aux�lio de editores, publicistas e impressores. Eles constituem e representam a parte ligada às condições mais ou menos materiais para a realização dos livros. Os recursos que contribuem para formar e produzir o livro para crianças dividem-se em financeiros ou materiais e outros, de natureza mais criativa e humana. Esse equil�-brio pode desaparecer se existirem no pa�s artistas e escritores muito bons, enquan-to escasseiam editores e impressores interessados ou com bastante experi�ncia para utilizar os recursos art�sticos encontrados no próprio pa�s, solicitando a colaboração dos artistas nacionais para ilustrar sua literatura clássica ou moderna.

Agnya Bartho, da União de Escritores Soviéticos, falou sobre “O trei-namento de especialistas para a produção de livros infantis”: “Um ‘especialista envolvido na confecção e produção de livros para crianças’ é uma profissão muito significativa. Desde os tempos em que a nossa jovem República Soviética estava atormentada pela fome e pela devastação, nós já faz�amos tentativas para elevar o n�vel cultural do povo. Foram feitos milhões de livros baratos para as massas. E, embora tenham sido impressos em papel de embrulho, sem qualquer capa ou ilustração, levaram ao povo as obras de Leon Tolstoi, Pushkin, Tchekhov, Shakespeare, Balzac, Dickens e Cervantes.

Todos nós que escrevemos e publicamos livros para crianças na União Soviética, temos em mente uma meta comum, que é a de preparar as gerações que surgem para a vida que os espera. Uma literatura saudável e atraente des-perta emoções e pensamentos nobres”.

Um resumo do Relatório Final do Congresso, redigido por Ann Bene-duce, do Children’s Books Council, dos Estados Unidos, Leny Werneck, da FNLIJ, e membro do Comit� Executivo do IBBY, e Dusan Roll da Bienal Internacional de Bratislava, Tchecoslováquia, dizia o seguinte:

“Das idéias e sugestões apresentadas na confer�n-cia, ao serem debatidos os relatórios, foram selecionados pon-tos que pareceram mais importantes, significativos e de maior atualidade.

Estas sugestões podem ser sintetizadas em 4 temas gerais, para um programa de ação: 1. O livro infantil, sua cria-

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ção, produção, promoção. 2. A aproximação criança-livro. 3. A formação e a preparação do adulto para fazer a aproxima-ção entre a criança e o livro. 4. O trabalho internacional com o livro infantil.

Programa e açãoO livro infantil, sua criação, produção e promoção

deve ser encarado por todos como parte integrante da cultura de cada sociedade. Autores e editores devem tomar consci�ncia dos problemas concretos da juventude atual, dando condições para que ela encontre suas respostas.

É importante que cada pa�s encoraje seus artistas e ilustradores, com incentivos especiais à criação de livros que tenham ra�zes na cultura da sua própria sociedade, sem, en-tretanto, excluir traduções e adaptações que possam contribuir para o enriquecimento cultural das crianças.

Todos concordam que existem a necessidade e o problema de produzir livros de boa qualidade para crianças, a baixo preço e em grandes tiragens; mas o alto preço do papel agrava e problema. Isto cria o perigo de haver bons livros ape-nas para crianças privilegiadas e, nesse sentido, todo o esforço deve ser feito para evitar tal seletividade, a fim de que todas as crianças tenham acesso ao livro. Em muitos casos, faz-se necessária a ajuda econômica do governo ou de instituições, sob a forma de co-edições, financiamentos ou aquisição de grandes quantidades para distribuição. É preciso sustentar o mercado de livros de boa qualidade para superar a produção unicamente voltada para fins de consumo.

Quanto à distribuição, observa-se que o livro não sai dos principais núcleos urbanos nos pa�ses subdesenvolvi-dos, sobretudo porque os eventuais compradores não t�m po-der aquisitivo nem para atender, primeiro, a suas necessidades vitais.

Aproximação criança-livroPor melhor que seja o livro, torna-se inútil se não

chega às mãos da criança para quem foi criado. Entre os mui-tos meios de aproximar o livro da criança, um dos mais eficien-tes é a biblioteca escolar, começando no jardim de infância.

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As autoridades e o público devem ser convencidos da necessidade de haver, em cada escola, uma biblioteca, or-ganizada e cuidada por pessoas especializadas.

É necessário que se faça um apelo às autoridades e professores, como também e principalmente aos pais, a fim de que compreendam a importância da leitura na formação da persona-lidade de seus filhos, e contribuam, de forma ativa, para alcançar nossos objetivos comuns. A literatura infantil constitui um problema comum à fam�lia, à escola e a todas as instituições educativas.

A formação e a preparação do adulto para fazer a aproximação entre a criança e o livro

Convém lembrar que a literatura infantil, ainda que tenha um alto lugar na pedagogia, não está a seu serviço. Ela é independente de sistemas escolares e, por isso mesmo, o estu-do desta literatura é indispensável na formação dos educadores de todas as disciplinas e de todos os n�veis.

É necessário que haja a integração entre pedagogia e literatura infantil, a partir do trabalho em sala de aula. Embora se reconheça que a literatura não está a serviço dos manuais esco-lares (livros didáticos), não se pode esquecer que esses manuais são também livros. É preciso encará-los com responsabilidade criadora, pois um manual inadequado pode ser um antilivro.

Para tanto, é desejável que se proponha estimular a investigação no campo da literatura infantil, mediante a criação de cursos de n�vel universitário e o estabelecimento de institutos e centros de documentação que tenham a possibilidade de pa-trocinar investigações sistemáticas, abrangendo não somente a problemática da literatura infantil e sua avaliação, mas também a psicologia do jovem leitor, seus hábitos de leitura, despertan-do e fomentando o indispensável prazer da leitura.

O trabalho internacional com o livro infantilAs experi�ncias dos últimos anos v�m mostrando cla-

ramente que a investigação no campo da literatura infantil e de sua integração na pedagogia é dif�cil de ser alcançada sem o intercâmbio de idéias e resultados de estudos e especialistas.

A par de pesquisas e estudos a serem desenvolvidos em n�vel nacional, os encontros internacionais devem continuar, a fim de garantir os canais de comunicação abertos, de modo a

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que os pa�ses possam ajudar-se uns aos outros pelo intercâmbio e partilhamento de experi�ncias. Além dos congressos interna-cionais, recomenda-se que sejam promovidos congressos em n�vel nacional e regional para o estudo dos problemas locais.

Editores de diferentes pa�ses podem se associar na produção e na criação de livros de modo a reduzir os custos e, ao mesmo tempo, procurar assegurar que seu conteúdo atenda às necessidades individuais das crianças de cada pa�s, com a aplicação de lei que recomende às editoras a edição propor-cional de autores nacionais e estrangeiros.

É necessário ainda que haja listas de livros recomen-dáveis à tradução e que estas, preparadas por especialistas que tenham visão internacional, sejam amplamente divulgadas e postas à disposição dos interessados.

Como conclusão, é preciso afirmar que todos aqui, nestes dias, trabalhamos animados pelo lema da UNESCO, LI-VROS PARA TODOS, e a ele acrescentamos: O MELHOR PARA A CRIANÇA”.

Se observarmos com cuidado os pontos assinalados no Relatório Final do Congresso do Rio de Janeiro, verificaremos que, apesar de todos os avanços – tais como o espantoso crescimento da produção de livros infanto-juvenis em vários pa�ses, o surgimento de editoras que se dedicam a essa área onde antes nada existia, os inúmeros livros, ensaios e teses universitários abordando aspec-tos teóricos do g�nero –, alguns problemas apontados ainda estão longe de encontrar solução.

Não chegamos, por exemplo, a um equil�brio entre traduções e a criação de textos enraizados nas diferentes culturas; em muitos pa�ses perma-nece o predom�nio do livro estrangeiro. Continuamos não tendo escolas para a formação de ilustradores, embora tenhamos verdadeiros talentos na área; o preço continua sendo muito alto para o padrão financeiro da grande maioria de nossas populações; a distribuição da produção pelo interior de nossos pa�ses continua a ser um problema insolúvel, assim como a pouca divulgação que a literatura para crianças e jovens encontra nos meios de comunicação, em toda a América Latina.

No Brasil – e penso que a questão também persiste nos demais pa�ses – o número de bibliotecas ainda é insuficiente e a biblioteca escolar, quando existe, tem acervo pequeno para um atendimento eficiente aos alunos. Os profes-sores não recebem a formação necessária para fazerem da leitura o instrumento

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essencial de crescimento intelectual, que ela é. Na maioria das vezes não são eles próprios bons leitores.

Poucas são as universidades que mant�m cursos espec�ficos sobre o tema. Quando o fazem é como especialização e não no curr�culo básico dos cursos de Letras e Educação, como seria o ideal.

A pesquisa interdisciplinar no campo da literatura infantil de forma sistemática ainda não foi considerada com seriedade e as entidades que tentam realizá-la lutam para obter recursos financeiros para sua sobreviv�ncia. Em um pa�s de proporções continentais como o Brasil o analfabetismo continua sendo o grande desafio agravado agora pela consci�ncia de que não basta ensinar a ler, mas é preciso que a leitura se torne uma necessidade permanente e, portanto, que o acesso ao livro e ao material impresso em geral seja democratizado atra-vés de uma ampla rede de bibliotecas.

O Boletim n° 29, do per�odo de janeiro a março de 1975, traz Heliette Covas Pereira fazendo parte do seu corpo de redatores. O Diretor-Tesoureiro passa a ser o editor Thex Corr�a da Silva.

Em artigo intitulado “Domingo da Fantasia”, a educadora Regina Leite Garcia, colaboradora da FNLIJ, narra essa experi�ncia pioneira em artigo que aqui resumimos.

A idéia surgiu quando os organizadores do 14° Congresso da Orga-nização Internacional do Livro Infantil e Juvenil, realizado no Rio de Janeiro, em outubro de 1974, perceberam que a criança até então tinha sido vista como objeto de discussão e não como participante do Congresso. Da idéia passaram à ação.

Convidaram representantes da Escolinha de Arte do Brasil, da Sobre-art, da Secretaria de Educação, da Secretaria de Cultura e do Museu de Arte Mo-derna. Discutiu-se muito “como fazer” e questionou-se a validade de “se fazer”. O fato de colocar um grande número de crianças num espaço amplo despertou preocupações. Seria imposs�vel prever o número de crianças que atenderiam ao chamado. E o clima indispensável à criação. Como criar esse clima naquele espaço imenso dos jardins do Museu? Como conseguir a concentração indispen-sável à criação? Ter�amos o direito de correr riscos com crianças? Riscos houve e sempre haverá quando se trabalha com crianças, ou melhor, com pessoas, pois cada pessoa é um ser único, original, e cada situação, uma situação particular. Por mais que se tenha experi�ncia, toda situação nova é um novo risco, uma nova descoberta, um novo aprendizado.

O objetivo maior da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil era aproximar a criança do livro, da literatura. Para tanto procurou-se obter a cola-

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boração de artistas que atuariam como contadores de histórias, de grupos espe-cializados em teatro infantil, como o grupo Quintal e o grupo de Ilo Krugli, que representariam histórias, de professores que trabalhariam com uma impressora na criação de histórias, enquanto outros se dedicariam a grupos empenhados na criação e ilustração de histórias. Além disso, uma equipe da Secretaria de Cul-tura instalaria uma biblioteca volante, prevendo-se também um grupo de jovens para funcionar como equipe de apoio. Por outro lado, franqueou-se às crianças a exposição de livros nacionais e estrangeiros organizada para o Congresso. Pretendia-se, dessa forma, atender aos objetivos do projeto: despertar o interesse da criança pelo livro e pela literatura, possibilitar-lhe o manuseio de livros de boa qualidade e a oportunidade de se expressar livremente, despertar nela o respeito ao outro, promover sua integração no grupo e estimular a penetração de concei-tos e comportamentos adequados a uma educação criadora.

No projeto se pretendia que o Domingo da Fantasia tivesse o caráter de uma festa coletiva e na verdade a “festa” teve in�cio com os preparativos do ambiente para a chegada das crianças. Os jovens da equipe de apoio, ao se-parar o material e as roupas, perceberam que eles também deveriam se pintar e se fantasiar para receber as crianças. Intu�am que era preciso viver antes a experi�ncia para então se capacitar a trabalhar com as crianças, ser criativo no desempenho de sua tarefa, de modo a criar condições que permitissem às crian-ças liberar também seu potencial criativo.

O trabalho para os jovens assumiu um caráter lúdico. Talvez por isso tenham conseguido criar o clima indispensável que contaminou as crianças.

O Profº. Augusto Rodrigues, que fora apenas observar, não resistiu: sua disponibilidade para a comunicação acabou atraindo um grupo e começou a trabalhar. Pretendia-se no projeto que as crianças começassem ouvindo his-tórias, vendo histórias representadas, lendo, contando histórias e culminassem criando suas próprias histórias. Algumas seguiram o que prev�amos, realizando a evolução natural do processo até chegar a criar. Outras já traziam a motivação para imediatamente fazerem suas histórias.

Qualquer que tenha sido o caminho escolhido, procurou-se contribuir para a integração da criança em nossa cultura, através da leitura de autores nacionais, das ilustrações de nossos artistas, da representação de texto de nossos poetas como Cec�lia Meirelles, enfim, através de histórias de autores brasileiros contadas por artistas nacionais.

Na avaliação efetuada na semana seguinte, de que participou a equi-pe que trabalhou com as crianças e um grupo de pessoas convidadas para trazer suas observações, debateu-se uma idéia nascida no grupo de jovens que atuou

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na equipe de apoio: que o Domingo da Fantasia não fosse um acontecimento isolado, mas o in�cio de um processo. Que se replicasse a experi�ncia nos subúr-bios, nos morros, nas favelas, nos diversos bairros.

Em seguida Ruth Villela Alves de Souza fala sobre a entrega do Pr�mio Hans Christian Andersen no XIV Congresso do IBBY:

“O Pr�mio Hans Christian Andersen é conferido bienalmente pelo IBBY a um escritor e a um ilustrador vivos cujas obras representem, na sua totalidade, importante contri-buição à literatura infantil. Além das Medalhas de Ouro, são conferidas na ocasião tr�s Menções Honrosas para os autores e ilustradores. E divulgada uma Lista de Honra com as melhores obras publicadas nos dois últimos anos, em cada pa�s membro do IBBY, indicadas pelas respectivas seções nacionais.

No dia 25 de outubro de 1974, durante o XIV Con-gresso do IBBY, no salão de Convenções do Hotel Glória do Rio de Janeiro foram entregues os pr�mios em sessão solene sob a presid�ncia de Niilo Visapää Presidente do IBBY e Virginia Haviland, presidente do Júri Internacional.

Dando in�cio à cerimônia Miss Haviland ressaltou a importância do Pr�mio, a mais alta honraria conferida a auto-res de Literatura Infantil e por isso chamado de ‘Pequeno Pr�-mio Nobel’. Em seguida leu a proclamação do Júri que con-feriu as medalhas de ouro à escritora sueca Maria Gripe e ao artista iraniano Farshid Mesghali; Menções Honrosas de texto para: Cecil Bodker (Dinamarca), Rosemary Sutcliff (Inglaterra), Colette Vivier (França); Menções Honrosas de ilustração para: Helga Aichinger (Áustria), Nicole Claveloux (França), Charles Keeping (Inglaterra).

Continuando, nomeou os citados na Lista de Hon-ra cujos diplomas foram entregues aos representantes de seus respectivos pa�ses. Pelo Brasil receberam: Maria Mazzetti pelo texto de Entrou por uma porta, saiu pela outra, e Gian Calvi pela ilustração do livro Os Colegas.

Para festejar esse acontecimento o Governador Cha-gas Freitas e Senhora ofereceram uma recepção no Palácio Guanabara. Após as palavras da presidente do Júri, o Senhor Governador saudou os vencedores e os demais representantes do XIV Congresso do IBBY. Estiveram presentes à cerimônia,

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além dos Congressistas, diversas autoridades, diplomatas es-trangeiros e figuras representativas da cultura de nosso pa�s.

Para encerrar, os convidados passaram aos jardins in-ternos do Palácio, onde foi servido um coquetel ao som da Escola de Samba da Portela que com 200 figurantes em trajes carnava-lescos apresentaram o samba-enredo do carnaval de 1974.

Integraram o júri do Pr�mio Christian Andersen de 1974 os seguintes especialistas:

Virginia Haviland – Presidente do Júri (EUA), Nulo Visapää (Finlândia), Agnya Bartho (Rússia), Raoul Dubois (Fran-ça), Ruth Villela Alves de Souza (Brasil), todos presentes ao Congresso. Lucia Binder (Áustria), Margery Fisher (Inglaterra), Branka Furlan (Iugoslávia), Alexandra Plakotari (Grécia), Hans Sonn (Alemanha Ocidental)”.

Em preparação à realização da análise cr�tica dos livros infantis e ju-venis publicados no Brasil, objeto do conv�nio entre a FNLIJ e o INEP, a equipe da Fundação ouviu no m�s de março palestras de Afonso Romano de Sant’Anna (PUC/RJ) sobre g�neros literários, de Gian Calvi sobre ilustração e aspectos grá-ficos do livro infantil e de Egl� Malheiros sobre o conto fantástico.

No dia 2 de abril, comemorando o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, participou de Exposição de Livros Americanos, no Usacenter.

Gabriel Athos Pereira, que deixava a presid�ncia da Fundação, foi eleito juntamente com Paulo Adolfo Aizen para o Conselho Curador.

Em maio de 75 o editor Ferdinando Bastos de Souza substituiu Gabriel Athos Pereira na Presid�ncia da FNLIJ.

No dia 26 de maio de 75 pela primeira vez a Fundação foi chamada por uma Universidade para organizar uma mesa-redonda sobre Literatura Infan-til. O convite foi feito pelo Diretório Central da Universidade Federal Fluminense, dentro de uma Semana Cultural por ele promovida. Participaram a convite da FNLIJ: Vicente Guimarães e Luiz Raul Machado (autores), Gian Calvi (ilustrador), Paulo Adolfo Aizen e Carlos Ramires (editores), Leda Pelegrini (educadora) e Laura Sandroni (coordenadora). As dificuldades encontradas por autores e ilustradores para editarem seus livros, os problemas enfrentados pelo editor ante a compe-tição com o produto importado, o desinteresse do livreiro pelo livro infantil, a falta de hábito de leitura, a inexist�ncia de uma pol�tica editorial, a falta de um decidido apoio do governo às bibliotecas foram alguns dos temas tratados.

Assim, foi escolhida a Ilha de Paquetá, com seus 38.000 habitantes e cerca de 600 crianças, para a primeira etapa dessa experi�ncia criativa do

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segundo Domingo da Fantasia. Houve contadores de histórias, grupos de teatro, máquina impressora, criação plástica (tintas e barro), biblioteca, criação de textos e música; o material foi todo doado pela comunidade, que também participou.

No mesmo Boletim a seção Literatura Especializada comenta dois dos primeiros livros publicados no Brasil sobre Literatura Infantil: Como ensinar – Li-teratura Infantil, de Maria Antonieta Antunes Cunha (3ª ed. São Paulo: Discubra, 1974), e Literatura Infantil, de Bárbara Vasconcelos de Carvalho (São Paulo, Lo-tus, s.d.).

Menciona ainda a publicação pela Divisão de Bibliotecas Infanto-Ju-venis do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação de São Paulo de mais um Suplemento 1970-1973 da Bibliografia de Literatura Infantil em L�ngua Portuguesa. Com a inclusão de 322 novos t�tulos no per�odo. Além dos �ndices de autores, de t�tulos e de assuntos, traz também uma bibliografia sobre Literatura Infantil em Portugu�s, Ingl�s, Italiano, Espanhol, Franc�s e Alemão. Trata-se da continuação da obra iniciada por Lenyra Fracarolli em 1953.

Outra obra de Maria Antonieta Antunes Cunha é A comicidade em Maria Clara Machado (Belo Horizonte, Ed. Bernardo Alvares, 1971).

A partir deste número o Boletim passa a contar com a colaboração de Maria do Carmo Pinheiro; outra alteração dá-se no Conselho Superior onde Fernando Sales passa a representar o Instituto Nacional do Livro.

No Boletim n° 31, do per�odo de julho/setembro/1975, vemos que a parceria com o Centro de Divulgação e Pesquisa continua ocorrendo. No dia 25 de junho reuniu-se lá um grupo interessado em ouvir Leny Werneck discorrer sobre suas viagens internacionais, ilustrando a fala com cartazes e livros de vários pa�ses.

Em Belo Horizonte, de 21 a 25 de julho de 75, realizou-se o 2° Con-gresso Nacional de Literatura Infantil e o 1° Festival Nacional de Teatro Infantil no 9º Festival de Inverno do Estado, com apoio da UFMG e da Associação Mineira de Ação Educacional.

Sob a coordenação de Maria Antonieta Antunes Cunha foram aborda-dos os seguintes temas: “O Teatro para Crianças” (Oscar Von Pfuhl); “Literatura Infantil e Quadrinhos” (Maria Lúcia Amaral); “A Televisão para Crianças” (Wilson Aguiar); “A Narrativa para Crianças” (Or�genes Lessa); “Monteiro Lobato Hoje” (Cassiano Nunes).

Em agosto e setembro realizavam-se cursos sobre Literatura Infantil em Juiz de Fora e Porto Alegre, respectivamente.

Ainda no Boletim n° 31 not�cia da terceira edição de Criação e Litera-tura, de Terezinha Casasanta (Belo Horizonte, A Grafiquinha Editora, 1969). E do Compêndio de Literatura Infantil, de Bárbara Vasconcelos de Carvalho, pelo Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, de São Paulo.

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Em agosto de 75 a Fundação inicia a elaboração de um Projeto in-titulado: “Recenseamento de autores brasileiros de Literatura Infantil e Juvenil – caracterização bio-bibliográfica desta população”. O projeto será objeto de conv�nio INEP/FNLIJ. A pesquisa para este projeto foi iniciada por Rejane Carva-lho de França e teve continuidade até sua sa�da da diretoria da FNLIJ, em 1984. O volume previsto nunca foi editado.

O Boletim n° 32 publica artigo de Fúlvia Rosemberg, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, sobre “A mulher na literatura infanto-juvenil: revisão e perspectivas”, na qual fez uma revisão das pesquisas significativas (todas estrangei-ras) e conclui que seus resultados mostram que as mulheres ocupam sempre uma posição inferior. E conclui: “Aos cr�ticos cabe a denúncia, a análise e o trabalho de divulgação dos livros não sexistas. Aos educadores incumbe toda a ação junto ao público leitor. Partindo de uma reflexão sobre suas próprias posições face à discrimi-nação sofrida pelo sexo feminino estimular os leitores a confrontarem o que l�em nos livros, com o que vivem por que o vivem, e como seria bom viver diferentemente”.

Na semana do dia 29 de outubro a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, em conjunto com o Departamento de Cultura da Secretaria de Estado da Educação e Cultura e o SNEL, realizou uma Exposição Internacional de Livros Infantis, comemorativo da Semana do Livro no Pavilhão da Escola Superior de Desenho In-dustrial (ESDI). Na ocasião a ECT lançou um selo relativo ao Dia Nacional do Livro.

Nos dois últimos meses de 1975 a Fundação realizou, com o patroc�-nio do Departamento de Cultura da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, quatro Domingos da Fantasia, nos seguintes locais: Praça Xa-vier de Brito, na Tijuca; Praça São Benedito, em Campos; Campo de São Bento, em Niterói; Teatro Arthur de Azevedo, em Campo Grande.

O pr�mio “O melhor para a criança” foi conferido pela primeira vez ao livro O rei de quase tudo, de Eliardo França editado em 1974 pela Orienta-ção Cultural, do Rio de Janeiro.

Na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia foi dado o primeiro curso de extensão sobre Literatura Infantil, nos meses de agosto e setembro. Bárbara Vasconcellos de Carvalho lecionou a parte referente à His-tória da Literatura e a representante da FNLIJ, Maria Betty Coelho Silva ensinou a arte de contar histórias.

No dia 9 de outubro mais uma palestra no Centro de Divulgação e Pesquisa. Desta vez Regina Yolanda, Eliardo França e Leny Werneck falaram sobre a BIB/75.

O Boletim n° 33 já conta com Egl� Malheiros e Helo�sa Raposo Lage ampliando assim sua equipe de redatores. Sônia M. Breda passa a ser a nova representante da Fundação no Paraná.

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Manoel Machado dos Santos substitui Décio Guimarães de Abreu, na representação do SNEL, no Conselho Superior da FNLIJ.

Nise Pires, do INEP, fez um relato da pesquisa em curso – “Hábitos e n�veis de leitura: metodologia para pesquisa” – tendo como tema a literatura consumida pelos alunos de 1º grau do Munic�pio do Rio de Janeiro (Conv�nio INEP/FNLIJ/INL).

Ainda em outubro de 1975 Leny Werneck reuniu-se com editoras do Rio e de São Paulo para falar sobre a participação do Brasil na Feira de Bolonha de 1976.

Em abril de 1976, o Boletim n° 34 nos informa que a láurea “O melhor para a criança” foi concedida ao livro Angélica, de Lygia Bojunga Nunes, com ilustrações de Wilma Pasqualini, editado em 1975, pela Editora Agir. “A láurea é dada ao melhor livro publicado a cada ano, escolhido por uma comissão espe-cialmente organizada e considerando-se o livro como um todo (texto, ilustração, diagramação) e apresenta o desenho do selo, a ser colocado pelo editor na capa do livro.

A fim de dar às crianças brasileiras oportunidade de um contato com obras de artistas estrangeiros selecionados dentre os melhores em seus próprios pa�ses como candidatos à medalha de ilustração do Pr�mio H. C. Andersen, a FNLIJ organizou duas exposições no m�s de abril. A primeira, no Centro de Divul-gação e Pesquisa, recebeu cerca de 200 crianças, entre 6 e 13 anos, proveniente de 8 diferentes escolas. A segunda exposição realizou-se no Instituto de Educa-ção e foi visitada por muitos jovens de diversos estabelecimentos de ensino.

A mostra foi patrocinada pelo Departamento de Cultura da SEC/RJ e contou com a presença de Francisco Marins, autor paulista candidato brasileiro ao Pr�mio de texto que tinha suas obras ali expostas. Depois de inaugurada a Exposição pelo diretor do Departamento de Cultura, Paulo Afonso Grisoli, Fran-cisco Marins e Eliardo França foram entrevistados pelas crianças do Instituto. Na mesma ocasião foi entregue o Diploma da láurea “O melhor para a criança” ao representante da Editora Agir, estando presentes a autora e a ilustradora.

Por iniciativa da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, do De-partamento de Letras da Pontif�cia Universidade Católica, e com o apoio do Instituto Estadual do Livro (INELIVRO), realizou-se de 12 a 16 de julho no audi-tório da PUC um Curso de Extensão de Literatura Infanto-Juvenil ministrado pelo Professor Klaus Doderer, Diretor do Instituto de Pesquisa da Literatura Infantil e Juvenil da Goethe Univesität, de Frankfurt, Alemanha.

O curso, do qual participaram mais de 100 pessoas, teve o seguinte programa: Principais aspectos da história, dos g�neros e dos problemas da Lite-ratura Infantil; Como analisar e criticar livros para jovens; Como ilustrar e escre-

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ver textos para crianças e jovens; O jovem leitor: seus hábitos, seus problemas; Tend�ncias da moderna literatura para crianças e jovens.

Terminado o curso o Professor Klaus Doderer visitou diversas institui-ções culturais brasileiras no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte.

Complementando o Curso de Extensão acima referido a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil organizou de 13 a 25 de julho uma exposição nos salões da Casa de Rui Barbosa, para dar aos interessados uma visão do que se edita hoje no Brasil.

Durante a IV Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada de 14 a 22 de agosto de 1976, foi promovido um Seminário sobre Literatura Infantil e a Formação de Hábito de Leitura coordenado pelo escritor Francisco Marins. Neste encontro entre escritores e editores, ilustradores, adaptadores, professores, bibliotecários, educadores, professorandas etc. tentou-se encontrar uma solução viável para os problemas focalizados.

O seminário foi coordenado por Nelson Rosanilha, Nely Novaes Co-elho, Leny Werneck Dornelles, André Carvalho e Fúlvia Rosemberg. Entre outros debatedores estavam Lúcia Pimentel de Góes, Gilberto Mansur, Lúcilia Almeida Prado e Ana Bernardes.

Numa promoção do Departamento de Cultura da Secretaria de Edu-cação do Rio de Janeiro foi levada a seis escolas do Estado uma Exposição de 115 livros intitulada “Sugestões para o acervo básicos de uma biblioteca escolar”. A exposição, organizada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, era acompanhada de catálogo que foi distribu�do às professoras da re-gião administrativa da qual a escola fazia parte. A professora Diana Carvalho de Siqueira, coordenadora de Comunicação do Colégio Santo Antonio Maria Zacarias, apresentou às professoras uma palestra sobre a utilização do livro em sala de aula.

O primeiro volume da Bibliografia Analítica da Literatura Infantil publicada no Brasil (1965-1974), resultado do conv�nio firmado entre o INEP/FNLIJ/INL, foi publicado pela Melhoramentos em co-edição com o Instituto Nacional do Livro.

A Biblioteca Infantil “Toca da Coruja”, organizada e mantida pela es-critora e primeira responsável pelo Boletim Informativo da FNLIJ, Elza Bebiano, foi doada ao Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis. A “Toca da Coruja” tinha em seu acervo 4.100 livros e 83 peças do folclore brasileiro, além de originais de ilustrações de artistas brasileiros.

O Boletim Informativo n° 35 fala sobre duas modificações. A primeira no Conselho Diretor, que passa a ter Egl� Malheiros como diretor-secretário; a segunda no quadro de representantes estaduais da Fundação, que inclui agora a bibliotecária Philomena Boccatteli, em São Paulo.

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Na seção artigos e opiniões a argentina Ione Maria Artigas de Sierra publica “A Literatura Infantil e Juvenil na América Espanhola”, enquanto Fúlvia Ro-semberg apresenta “Análise de Conteúdo em Literatura Infanto-Juvenil: Reflexões sobre a Escolha da Amostra”, bases da importante pesquisa que está realizando.

No Boletim Informativo n° 36 (out./dez. 76) encontramos a informação de que foi publicado em co-edição Melhoramentos/INL O livro infantil brasileiro: biblio-grafia de ilustradores, de Regina Yolanda. O livro menciona, em ordem alfabética, 470 artistas que se dedicaram à ilustração de livros para crianças no Brasil e abrange a produção desde o começo do século até 1974, num total de 1.705 obras.

No Rio, a escritora Flávia da Silveira Lobo in�ciou em agosto, na sala da Escolinha de Artes do Brasil, um curso de extensão cultural onde livros de autores brasileiros contemporâneos foram estudados a fundo.

O Boletim Informativo n° 37 se inicia com um artigo do psicólogo e educador paulista Dante Moreira Leite sobre “A influ�ncia da literatura na for-mação da criança”. Em seguida informa que a bibliotecária francesa Geneviève Patte, especialista em bibliotecas infantis e diretora da Biblioteca de Clamart, nos arredores de Paris, viria ao Brasil para cursos e palestras.

Em maio de 1977 a FNLIJ apresentou ao INEP o Projeto “Complemen-tação da Bibliografia Anal�tica de Livros Infantis e Juvenis publicados no Brasil de 1965/74 e sua suplementação no per�odo de 1975/76”.

Em junho do mesmo ano Laura Sandroni vai a São Paulo, a convite do Colégio Il Peretz para dar assessoria na organização de uma feira de livros.

No mesmo Boletim somos informados de que em agosto de 1977 a FNLIJ deixou a sede que ocupava desde sua criação, à Rua Voluntários da Pátria, n° 37 – sede do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais; mudou-se para Bra-s�lia e foi acolhida pelo Ministério de Educação e Cultura, graças à compreensão da Delegada Regional do MEC, Profª. Mônica Rector. Instalados no décimo an-dar – sala 1014 – pudemos continuar o nosso trabalho, que dessa maneira não sofreu qualquer descontinuidade.

No Boletim Informativo n° 38 todos os artigos abordam a questão da ilustração, que sempre foi tema presente em nossas publicações, seminários e mesas-redondas. Assinam os trabalhos: Walter Lorraine, ilustrador americano; Ph. Thomas, artista franc�s; François Faucher, editor do Atelier du Père Castor e Janine Despinette, especialista e estudiosa, ambos também franceses.

Entre as comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil e Juve-nil em vários estados destaca-se o que a FNLIJ promoveu no dia 2 de abril no Museu da República, com uma exposição internacional de livros, do seu acervo. Na ocasião foi entregue a láurea “O melhor para a criança/76” ao livro A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes, editado pela Agir e ilustrado por Marie Louise

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Nery. Depois da cerimônia as crianças presentes ouviram a mensagem de autor franc�s e em seguida desenvolveram atividades criativas em torno do tema utili-zando tinta, papel e barro. A exposição permaneceu aberta até 26 de abril e foi visitada por 432 crianças.

De São Paulo a representante da Fundação informa que duas cidades do interior paulista comemoraram o aniversário do criador do S�tio do Pica-Pau Amarelo com a realização de uma Semana Monteiro Lobato, pondo em discus-são diferentes aspectos da Literatura Infantil brasileira. Em Araraquara o destaque foi a confer�ncia de Lenyra Fraccaroli, criadora da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato e grande amiga do escritor.

Em Taubaté, organizada pelo Departamento de Letras da Universida-de, estiveram presentes diversos autores, entre eles: Edy Lima, João Carlos Mari-nho, Odete de Barros Mott, Samir Meserani, Maria Lajolo, Danúsia Bárbara, Ruth Rocha, Gilberto Mansur e Ana Maria Machado.

A pedido de Lia Avena, Diretora da Divisão de Bibliotecas e Documenta-ção do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação do Munic�pio do Rio de Janeiro, a FNLIJ organizou uma “Exposição Internacional de Livros Infanto-Ju-venis” de cerca de 200 volumes, destinada a percorrer as Bibliotecas Regionais do Munic�pio. A inauguração deu-se na Biblioteca Regional da Glória, com a presen-ça da Secretária de Educação Profª. Terezinha Saraiva e outras autoridades abrindo a semana do bibliotecário. A exposição ficou 15 dias em cada biblioteca.

No mesmo Boletim são elogiosamente comentadas duas primeiras edições: A Turma do Pererê nº 3, de Ziraldo, publicada pela Primor, e Ida e Volta, de Juarez Machado, que depois de editado em diversos pa�ses da Europa final-mente saiu no Brasil pela mesma Primor.

No Boletim n° 39 verificamos que entre seus redatores passa a constar o nome de Rejane Carvalho de França. No Conselho Superior, L�cia de Carvalho Medeiros passa a representar o Centro de Bibliotecnia.

Realizou-se de 12 a 23 de setembro de 1977 a Feira do Jornalista Escritor, organizada pela Associação Brasileira de Imprensa, com o apoio da Associação Brasileira do Livro e do Departamento de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Além da exposição e venda de livros vários debates se realizaram, entre eles “Ficção e realidade na literatura infanto-juvenil”, do qual participaram Maria Lúcia Amaral, Ana Maria Machado, Ziraldo, Carlos Marigny, Leny Werneck e Laura Sandroni.

Duas sugestões importantes que surgiram desse encontro merecem registro. A primeira foi a necessidade urgente de se incluir o estudo da Literatura Infantil como disciplina nas Escolas Normais e nas Faculdades de Letras. A segun-da, a idéia de se fazer uma campanha nacional estimulando o gosto pela leitura

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usando os meios de comunicação de massa, principalmente a televisão. A FNLIJ foi lembrada como sendo a entidade capaz de levar adiante estes dois projetos.

De 25 a 30 de setembro teve lugar no Hotel San Raphael em São Pau-lo o “Primeiro Encontro com a Literatura Brasil”, organizado pela Câmara Brasi-leira do Livro, e que teve como objetivo divulgar a produção literária no Brasil e no exterior. A “Literatura Infantil Atual” foi o tema de uma mesa desenvolvida por Laura Sandroni, tendo como debatedores o autor Wander Piroli e o Prof. Nelson Rosamilho. Os Anais desse Encontro foram publicados e encontram-se no acervo da Fundação.

O Boletim n° 40 traz entrevista de Rejane Carvalho de França com Lu�s Gomes Loureiro, o pai da personagem Benjamin, da famosa revista Tico-tico, que completava 88 anos na ocasião.

Comemorando a Semana do Livro, o Colégio São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, realizou com sucesso sua tradicional Feira de Livros, enquanto a Es-cola Joaquim Manuel de Macedo, em Paquetá, realizava sua primeira experi�ncia inovando por abrir a Feira à Comunidade, já que em Paquetá não há livraria.

De 25 a 28 de outubro realizou-se em Porto Alegre o encontro de es-critores intitulado “Projeto Cultura Literatura”, que visava aproximar escritores do público universitário. A Literatura Infantil teve uma mesa da qual participaram Edy Lima, Mary Weiss, Maria Dinorah (todas do Rio Grande do Sul) e ainda Wander Piroli (de Belo Horizonte) e Laura Sandroni, da FNLIJ.

O Boletim n° 41, referente ao per�odo de fevereiro/março de 1978, traz a resenha feita por Glória Pondé, que desde 1977 colaborava com a FNLIJ, sobre a Bibliografia Analítica da Literatura Infantil e Juvenil Publicada no Brasil: 1965-74 (São Paulo: Melhoramentos; Bras�lia: INL/MEC, 1977. 384p.).

“Esta pesquisa, realizada sob o patroc�nio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), apresen-ta um guia de leitura dirigido a pais, professores, bibliotecários e a todas as pessoas interessadas em Educação”.

A obra está dividida em várias seções: ficção, poe-sia, teatro, quadrinhos, informativos (biografias, ci�ncia e tec-nologia, estudos sociais, enciclopédias, dicionários, manuais) e religião. Dentro do setor ficção, os livros são agrupados de acordo com a faixa etária a que se destinam, para que o adulto se oriente na escolha do livro adequado ao grau de desenvol-vimento da criança.

O grande mérito do trabalho reside na análise de todas as obras para o público jovem, publicadas no Brasil de

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1965 a 1974, permitindo até o estabelecimento de um diag-nóstico da literatura infanto-juvenil brasileira, segundo seus principais tipos e a percentagem de traduções.

Ao final do volume, uma farta bibliografia especializa-da é fornecida aos pesquisadores deste assunto, não só em por-tugu�s como em ingl�s, espanhol, franc�s, italiano e alemão.

Trata-se de uma iniciativa extremamente importante que nos chegou com um pouco de atraso, o que não a des-merece mas demonstra sua grande necessidade. Nos EUA, já se fazem guias deste g�nero desde 1943 e, na França, desde 1959, quando Marc Soriano publica seu Guide de littérature pour la jeunesse.

Considerando o esp�rito pioneiro e o alto valor do trabalho, recomendamos que todas as bibliotecas escolares abriguem esta obra em seu acervo e divulguem-na entre os professores, principalmente.

Salientamos, ainda, que o manuseio se tornaria mais fácil se a edição apresentasse um sumário. Além disso, sugerimos que os t�tulos reescritos ou adaptados deveriam ser comparados, para que o leitor tenha uma noção precisa da qualidade das adaptações.”

Continuando a seção Literatura Especializada temos uma resenha do número especial sobre literatura infantil da Revista Brasileira de Estudos Pedagó-gicos – do INEP (nº 141 de janeiro a abril de 1977).

Entre estudos e debates encontram-se artigos de Fúlvia Rosemberg, Monique Augrés, Gian Calvi, Flávia da Silveira Lobo, Isabel Maria de Carvalho Vieira, No�mia Varella, Sérgio Mendes Dutra (aluno da Escolinha de Artes do Brasil, de 6 anos). Além destas há a tradução de um artigo de Klaus Doderer, diretor do Instituto de Pesquisas de Literatura Infantil e Juvenil da Goethe Univer-sität, de Frankfurt, e entrevistas com Lúcia Sampaio Góes e Or�genes Lessa.

O Boletim n° 42 se inicia com palavras de Egl� Malheiros saudando os 10 anos da Fundação.

Seguem-se belo artigo de Göte Klingberg sobre “O fantástico e o ma-ravilhoso como leitura para crianças e jovens de hoje”, e “Divagações sobre a literatura infantil”, de Lúcia Machado de Almeida, trabalho apresentado no 12° Encontro Nacional de Escritores realizado em Bras�lia, em abril de 78.

Mais adiante informa que, de 14 a 18 de agosto, no Pavilhão da Bienal, no lbirapuera, em São Paulo, se realizará o “Seminário Latino-Americano

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de Literatura Infantil e Juvenil” como um evento da V Bienal Internacional do Livro. Será uma promoção da Câmara Brasileira do Livro, Fundação Bienal de São Paulo e Instituto Nacional do Livro, sob patroc�nio da Secretaria de Cultura, Ci�ncia e Tecnologia do Estado de São Paulo e Secretaria Municipal de Cultura, com a colaboração do CELIJU (Centro de Estudos de Literatura Infantil e Juvenil), da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

O Seminário terá como objetivo estudar os reflexos da realidade lati-no-americana na literatura para crianças e jovens produzida em nosso continente com vistas à preparação de um programa de ação e preparação de um informe para o XVI Congresso do IBBY, e contribuição para o Ano Internacional da Crian-ça, na área espec�fica do livro.

Serão convidados a participar do Seminário representantes de pa�ses latino-americanos e de organismos internacionais e regionais atuantes nas di-versas áreas relacionadas com o livro infantil. Todo o trabalho de coordenação, realização e supervisão estará a cargo da CBL e da Comissão de Coordenação composta por Laura Sandroni, Lúcia Sampaio Góes, Odette de Barros Mott e Maria Antonieta Antunes Cunha.

Em maio realizou-se no Centro de Divulgação e Pesquisa palestras de Regina Yolanda e Ana Maria Machado sobre a Feira de Bolonha e a reunião do júri do Pr�mio Andersen, respectivamente. Além do rico conteúdo informativo do encontro, a FNLIJ expôs no mesmo local os livros dos candidatos de 19 pa�ses ao pr�mio Andersen de texto e ilustração.

O Boletim n° 43 informa que Martha Albuquerque passa a representar no Conselho Superior o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, e que no dia 12 de abril foi eleito novo Conselho Diretor, assim constitu�do: Laura Sandroni, diretora-executiva; Eleonora Beatriz de Azevedo Barroso, diretora-se-cretária, e Maria Luiza Barbosa de Oliveira, diretora-tesoureira.

“Artigos e opiniões” abre-se com um pequeno ensaio de Walter Scher-ff, pesquisador alemão e diretor, durante muitos anos da Biblioteca Internacional de Munique apresentado no Congresso do IBBY e traduzido por Leny Werneck com o t�tulo “O conto mágico!”.

Seguem-se as conclusões e recomendações do Seminário Latino-Ame-ricano de Literatura Infantil e Juvenil realizado em agosto de 1978, antecedendo a V Bienal de São Paulo. Pela primeira vez representantes de vários pa�ses do con-tinente se reuniram e trabalharam com afinco sobre suas dificuldades comuns, assim como sobre suas ra�zes culturais comuns.

Ainda sobre o seminário e ressaltando sua importância citamos as personalidades presentes à sua seção de instalação: Célia Zaher, diretora da

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Divisão de Promoção do Livro da UNESCO; Álvaro Garzón López, secretário-geral do CERLALC; Isabel Mignone, diretora da Oficina Latino-Americana do IRA (Associação Internacional de Leitura), e Regina Yolanda Werneck, representante do IBBY. Além deles também falaram: Mário Fittipaldi, presidente da CBL; Odette de Barros Mott, diretora do CELIJU, e Laura Sandroni, da FNLIJ.

O Seminário contou com um total de 450 participantes dos seguintes pa�ses: Brasil, Argentina, Bol�via, Venezuela e El Salvador.

Como curiosidade damos os números relativos à V Bienal do Livro:Durante 10 dias consecutivos 250 mil pessoas visitaram a V Bienal realiza-

da no Ibirapuera em São Paulo, entre 11 e 20 de agosto de 1978. Dela participaram 1.200 editoras de 16 pa�ses representados em 163 estandes, sendo 136 do Brasil.

Ainda de São Paulo vem a not�cia da realização na Escola de Co-municação e Artes da Universidade de São Paulo, de um curso de Literatura Infantil em n�vel de pós-graduação. As aulas foram ministradas pela Profª. Fúlvia Rosemberg, da Fundação Carlos Chagas. Após a Exposição teórica seguiam-se debates, entre os alunos, sobre as obras analisadas. O tema central do curso foi “Análise do conteúdo da Literatura Infantil e Juvenil”.

No Rio, no dia 4 de julho, Regina Yolanda fez palestra sobre “O livro e a expressão da criança”, no Instituto de Educação.

No dia 11 de julho de 1978 Maria Luiza Barbosa de Oliveira e Laura Sandroni, diretoras da FNLIJ, encontraram-se com o presidente da Casa de Rui Barbosa, o historiador e acad�mico Américo Jacobina Lacombe, para propor-lhe a criação de uma biblioteca infantil nas depend�ncias daquela instituição.

Em 19 de agosto foi entregue minuta de conv�nio entre o Instituto de Educação do Rio de Janeiro e a FNLIJ visando a dar continuidade aos trabalhos e pesquisas da Profa. Helo�sa Marinho sobre estudos da linguagem e do pensa-mento infantil.

A Profª. Glória Pondé ministrou curso intitulado “Literatura Infanto-Juvenil e realidade” nas Faculdades Integradas Estácio de Sá. Participaram 68 estudantes de Letras, professores de lº e 2° graus, psicólogos e bibliotecários. O curso contou com a presença do escritor Or�genes Lessa.

Também no Rio realizou-se um Curso de Literatura Infantil, ministrado pela professora Eliana Yunes, da PUC/RJ, promovido pelo Centro de Divulgação e Pesquisa (Rua Maria Angélica, 37 – Jardim Botânico) e pela Fundação Nacio-nal do Livro Infantil e Juvenil.

O Curso constou de oito aulas sobre os seguintes temas: Questiona-mento do conceito de literatura infantil; Fantasia e realidade – os contos popu-lares e suas vinculações com o real encanto – transfiguração m�tica; O conceito de linguagem em literatura – os valores veiculados; O herói – o conceito de

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aventura; O livro, a criança e a escola (participação de Diana Carvalho Siquei-ra); Análise da obra de um autor – para conhecimento do professor: Os Colegas, Angélica, Bolsa Amarela, Casa da Madrinha, todos de Lygia Bojunga Nunes.

Na seção Literatura Especializada uma resenha assinada por Eliana Yunes sobre um livro que até hoje continua sendo fundamental para todos os estudiosos de Literatura Infantil: Psicanálise dos Contos de Fadas, de Bruno Bette-lheim, editado pela Paz e Terra.

O Boletim n° 44, referente a outubro/dezembro de 1978, publica o trabalho apresentado no Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Ju-venil por Mário Altenfelder, Secretário de Promoção Social do Estado de São Paulo sobre a “Situação Social da Criança”.

O Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil teve como tema “O Realismo na América Latina”, durante a V Bienal do Livro de São Paulo, de 14 a 18 de agosto de 1978.

Nos últimos meses de 78 realizaram-se vários seminários sobre Literatu-ra Infantil em diferentes regiões do pa�s mostrando que o trabalho da FNLIJ, profes-sores, bibliotecários, autores e ilustradores começava a dar seus primeiros frutos:

O Departamento de Ci�ncias Sociais Aplicadas e o Mestrado em Bi-blioteconomia da Universidade Federal da Para�ba – UFPB – promoveram naque-le ano, em João Pessoa, o Curso de Literatura Infanto-Juvenil, com 30 h/aula.

Participaram do Curso ministrado por Maria Antonieta Antunes Cunha, da Universidade Federal de Minas Gerais, alunos de Biblioteconomia e Letras da Para�ba e de outros Estados (Santa Catarina, Mato Grosso, Bahia, Sergipe, Pernambuco, além de Bras�lia).

A Profª. Glória Maria Fialho Pondé (assessora técnica da FNLIJ) par-ticipou, em dezembro de 1978, respectivamente, de dois eventos realizados em Teresina: “Seminário sobre Literatura Infanto-Juvenil” e “Realidade e Curso de Literatura Brasileira Contemporânea”.

O primeiro constou da leitura das conclusões e recomendações do Seminário Latino-Americano de Literatura Infanto-Juvenil ocorrido em São Paulo, em agosto de 1978, e de trabalhos realizados por Glória Maria Fialho Pondé (li-teratura infantil), e Eliana Pondé Gringo (psicologia). O seminário foi financiado pela Livraria Punaré/Piau�, e teve o assessoramento técnico da FNLIJ. Professores de 1° grau, estudantes universitários e autores de teatro infantil, basicamente a maioria do público participante, mostraram-se interessados e preocupados com os problemas socioeconômicos decorrentes das dificuldades da região. As ativi-dades culminaram com a inauguração de um centro de artes.

O segundo evento teve o patroc�nio da Universidade Federal do Piau� e da FUNARTE. Realizou-se no Auditório Herbert Parestis, com a presença de universitários

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e pré-universitários. Foram abordados temas como “Panorama do Modernismo”, “O fantástico na obra de José J. Veiga”, “Autran Dourado e o monólogo interior” e “Auto-res piauienses de hoje”. Paralelamente ao curso, houve um ciclo de debates, ocasião em que foram discutidos os problemas da cultura local e os meios de defend�-la.

Com apoio da Academia Brasileira de Letras, a Bloch Educação – Di-visão de Cursos e Seminários realizou o 10º Seminário Nacional de Literatura Infantil, em novembro de 1978, no Teatro Adolfo Bloch. O seminário teve como tema “O valor pedagógico da obra de Monteiro Lobato” e por objetivo “O estu-do da transposição da obra infantil de Monteiro Lobato para os meios de comu-nicação e sua validade nos processos didáticos”.

Visou a professores de 1º e 2º graus, estudantes, professores e profis-sionais das áreas de pedagogia, letras, psicologia, comunicação e literatura, e teve como coordenadora executiva a Srª. Maria Célia Negreiros (Coordenadora da Divisão de Cursos e Seminários de Bloch Educação).

Foi apresentado um painel, “O valor pedagógico de Monteiro Lobato no ensino fundamental”, tendo como expositores: Teresinha Casasanta (pedago-ga e co-autora da cartilha “O S�tio do Pica-Pau Amarelo”, Belo Horizonte), Clélia Pastorello (autora da coleção didática “Ci�ncias do Visconde”), Euricles Brito da Silva (membro do Conselho Federal de Educação e professor da Universidade de Bras�lia), Athos Pereira (diretor do Livro Didático da FENAME), Sônia Robatto (au-tora infantil, diretora da Empório de Educação, São Paulo) e Gercilga Marques Saraiva de Almeida (pedagoga). Foram debatedores Eliana Yunes (professora do Curso de Pós-Graduação em Letras e diretora do Departamento de Literatura Infantil da PUC-RJ), Egl� Malheiros (assessora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), Muniz Sodré (professor, jornalista e diretor do Curso de Pós-Graduação da ECO-UFRJ), S�lvio Júlio Nassar (ex-editor de jornalismo da TV Bandeirantes, redator de Fatos e Fotos, autor infantil premiado). Atuaram como coordenador-moderador Afonso Romano de Sant’Anna (professor de Graduação e Pós-Graduação em Letras da PUC-RJ, escritor e jornalista), e coordenador ge-ral e redator Arnaldo Niskier (diretor de Bloch Educação e membro do Conselho Estadual de Educação, do Rio de Janeiro).

Realizou-se em Nova Friburgo (segundo semestre de 1978), na Fa-culdade de Filosofia Santa Dorotéia, um curso de extensão em literatura infantil, com 30 horas, sobre “Teoria da literatura infanto-juvenil”, a cargo da Profª. Elia-na Yunes (PUC-RJ).

Em novembro de 1978 a FNLIJ recebeu da Profª. Adélia dos San-tos Oliveira, do Departamento de Biblioteconomia da Universidade de Santa Catarina, o programa do ensino da disciplina Biblioteca Infantil, do Curso de Universidade.

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Com uma carga horária de 45 horas/aula e crédito 3, o curso desen-volve os seguintes itens: 1) a biblioteca infantil – conceito, finalidade, importân-cia, histórico; 2) a biblioteca infantil e sua instalação; 3) a biblioteca infantil e sua atuação como centro de informação; 4) o papel do bibliotecário na biblioteca infantil; 5) as atividades culturais e recreativas que podem ser desenvolvidas na biblioteca infantil; 6) a importância e difusão da literatura infantil; 7) o critério de seleção das obras destinadas aos usuários da biblioteca infantil; 8) o controle bibliográfico da literatura infantil em n�veis nacional e internacional; 9) o pro-cessamento técnico do material bibliográfico; 10) como incentivar a pesquisa bibliográfica; 11) informações sobre as principais bibliotecas infantis do Brasil; 12) visitas a bibliotecas infantis de Porto Alegre.

No Boletim Informativo n° 45, relativo ao per�odo de janeiro/março de 1979, temos novas colaboradoras: Generice Albertina Vieira e Terezinha Marinho, esta uma especialista em redação, revisão e preparação de originais que a FNLIJ pôde contratar em 1979, Ano Internacional da Criança, decretado pela UNESCO.

Abrindo a seção “Artigos e Opiniões” temos o texto de Laura Sandroni intitulado “O hábito de leitura e a biblioteca infantil”. Reproduzimos uma parte dele que traça um quadro da literatura infantil e do acesso ao livro, na época:

“No Seminário Latino-Americano de Literatura Infan-til e Juvenil, realizado em São Paulo durante a V Bienal Inter-nacional do Livro (agosto de 1978), pudemos verificar a seme-lhança dos problemas que uniam os pa�ses ali representados, no campo do livro para crianças e jovens. E certamente o maior deles é a criação do futuro mercado consumidor, através dos incentivos ao hábito de leitura.

A situação do Brasil é bem representativa. Em 1973 havia 18.573.193 jovens inscritos nas diferentes séries do 1º grau. Sendo, à época, a população de menos de dezoito anos de 50 milhões, vemos que mais da metade não tinha sequer acesso à rede escolar.

Desse número, 6.181.137 cursavam o primeiro ano e, no entanto, apenas 685.757 chegaram ao oitavo grau, ou seja, 1 % daqueles que entram na escola conseguem terminar o ensino fundamental.

Tendo como dado relevante o fato de que no Brasil, como na maior parte dos pa�ses latino-americanos, por motivos histórico-sociais, a fam�lia não exerce a função de formadora do hábito de ler como em pa�ses de cultura mais sedimentada,

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resta-nos a escola como última oportunidade de conquistar o enorme contingente potencial de leitores que possuem os pa�-ses em desenvolvimento”.

Em seguida se informa que a ONU proclamou o ano de 1979 Ano In-ternacional da Criança e que todas as nações-membros da entidade se compro-meteram a desenvolver em seus pa�ses programas espec�ficos sobre educação, saúde e vida social e cultural da criança.

A convite do IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ci�ncia e Cul-tura), que representa a UNESCO no Brasil, reuniram-se em 22 de junho de 1979, na biblioteca do Palácio Itamaraty, cerca de 70 pessoas representando instituições que trabalham com ou para crianças nas mais diversas áreas, com o intuito de organizar uma Comissão Nacional para o Ano Internacional da Crian-ça (AIC). Nessa reunião, presidida pelo Secretário Geral do IBECC, Agostinho Olavo Rodrigues, ficou estabelecido que as referidas instituições se dividiriam por área de atuação (educação, saúde, bem-estar, cultura etc.) em subcomissões, as quais traçariam um planejamento integrado de programas/projetos a serem desenvolvidos ao longo do AIC. Assim, o Instituto Nacional do Livro (INL), o Sin-dicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Conselho Regional de Biblioteconomia/7ª Região (CRB,7ª), a União Interna-cional de Editores (UIE) e o Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLAL), sob a coordenação da representante da FNLIJ, Laura Sandroni, elaboraram o projeto da subcomissão do livro, que vai publicado a seguir e que foi distribu�do a todas as representações da Fundação no Brasil, bem como aos associados das demais organizações e ainda às secretarias estaduais de Educação e Cultura de todo o pa�s.

Para maior clareza, o projeto foi dividido em quatro itens:1) Inquérito sobre hábitos de leitura no Brasil na faixa do 1° grau.2) Feiras de livros infantis e juvenis.3) Exposições de livros infantis e juvenis.4) Dinamização das bibliotecas existentes.5) Criação de novas bibliotecas.

II. Publicações1) Publicação, através do INL, do Dicionário de Autores Brasileiros de

Literatura Infantil e Juvenil no AIC.2) Publicação do texto da Declaração Universal dos Direitos da Criança. 3) Divulgação do AIC através da impressão do logotipo e da refer�n-

cia “1979 Ano Internacional da Criança” nos livros editados nesse ano.

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4) Ênfase especial para a literatura infantil e juvenil no programa de co-edições do INL.

5) Publicação em 1979 da “Suplementação da Bibliografia Ana-l�tica da Literatura Infantil e Juvenil publicada no Brasil referente ao per�odo 1975/1978”.

III. Cursos e seminários1) Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil prepara-

tório do AIC.2) Encontro de Professores de Literatura Infantil em n�vel universitário.3) Cursos intensivos para professores do profissionalizante pedagógico.4) Determinação às representações estaduais do INL no sentido de que

em todos os encontros patrocinados pelo órgão sejam inclu�das, na programa-ção, atividades relacionadas com a literatura infantil e juvenil.

5) Realização de um seminário sobre edição de livros infantis.

IV. Concursos1) Concurso para texto inédito de literatura infantil.2) Recomendação às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação

para a realização de concursos de redação, visando a incentivar a livre expressão criadora.

3) Recomendação às entidades e empresas que patrocinam concursos de literatura para que d�em �nfase especial aos textos de literatura infantil e juvenil no AIC.

No “Noticiário Nacional” somos informados de que a FNLIJ recebeu o Plano de Desenvolvimento do Projeto de Bibliotecas Escolares Comunitárias de Minas Gerais (1978), elaborado pela Prof.ª Etelvina Lima, para ser desenvolvido pela Diretoria de Bibliotecas da Superintend�ncia Educacional da Secretaria de Estado de Educação (MG).

Em fevereiro de 1979, no auditório da Editora Brasil-América – EBAL –; realizou-se o I Encontro de Literatura Infantil para Professores do 1° Grau. Aberto por Antônio Houaiss, o encontro ocorreu num clima de cooperação, con-tando com a participação de mais de uma centena de professores e muitos outros convidados.

Foram debatidos os temas: aspectos do trabalho plástico criador nas escolas de 1°grau; aspectos psicológicos da literatura infanto-juvenil: desenvol-vendo a criatividade, considerando diferenças individuais, aliviando tensões; a arte de contar histórias; os 45 anos da literatura em quadrinhos.

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Os assuntos foram desenvolvidos por especialistas, incluindo Laura Sandroni representando a FNLIJ, autores de livros para crianças e professores da área, que narraram suas experi�ncias.

No Boletim Informativo n°46 (gentilmente editado pela Melhoramen-tos) lemos que, no Conselho Superior, Lu�s Peixoto Gomes Filho passa a repre-sentar a Associação Brasileira do Livro, enquanto Terezinha Casasanta substitui Fernando Sales do INL.

No quadro de representantes estaduais da FNLIJ tr�s novas compa-nheiras: Maria Deise Della Costa Horta, de Bras�lia, Marietta Telles Machado, de Goiás, e Egl� Malheiros, que assume o cargo em Santa Catarina.

Dos estados recebemos diversas informações sobre atividades come-morativas do Ano Internacional da Criança (AIC):

“A Semana Nacional da Biblioteca é comemorada anualmente, em março, em todos os Estados do Brasil, com programas especiais, concursos, palestras, exposições de livros e feiras de livros em colégios visando a focalizar a importância da biblioteca para a comunidade e sua importância como fator de desenvolvimento cultural. Este ano, em comemoração ao AIC, o dia marcou o in�cio do Ano Um da Biblioteca Infantil Brasileira. Foi escolhido o lema ‘D� um livro a uma criança’, divulgado pelo Conselho Federal de Biblioteconomia.

Como uma contribuição ao AIC, o jornal Estado de Minas in�ciou uma coluna semanal sobre literatura infantil, dedicada a pais, educadores e público em geral, aos cuidados da profª. Maria Antonieta Antunes Cunha. Com a mesma motivação, o Suplemento Literário de Minas Gerais está publicando, sob o t�tulo ‘O menino é o pai do homem’, comentários assinados por Márcio de Almeida.

Em comemoração ao AIC, o SESC promoveu, durante todo o ano de 1979, atividades no sentido de dar maior assist�ncia às crianças que integram sua grande comunidade. Um dos pontos de interesse visado será a literatura infantil. No dia 7 de janeiro, o SESC promoveu a abertura de suas colônias de férias, com Domingo da Alegria, realizado no Centro de Atividades da Tijuca, que contou com programações criadoras (incluindo textos escritos), encontro de autores com o público e teatro infantil.

Em março, desenvolveu-se o programa Livros e Autores Brasileiros de Literatura Infantil e Juvenil, que teve por finalidade despertar a comunidade para a importância da literatura como instrumento de defesa e aperfeiçoamento dos valores culturais da sociedade brasileira.

O programa foi realizado em diversos centros do SESC, tendo feito parte do mesmo exposições itinerantes de livros infantis e juvenis, feira de livros, entrevistas, tarde e autógrafos, leitura dramatizada, narração de histórias, teatro

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de bonecos, projeção de filmes e elaboração de murais. A FNLIJ colaborou em-prestando seu acervo de livros estrangeiros, sempre que foi solicitada.

Como parte do seu programa para o AIC, o Teatro Casa Grande, apoiado por várias entidades, inclusive a FNLIJ, promoveu um ciclo de deba-tes ‘Pelos direitos da criança no Brasil’, em que foram discutidos temas como ‘Educação, lazer e trabalho do menor’; ‘Saúde, alimentação, habilitação e meio ambiente’; ‘Amparo legal e proteção do Estado’. Atuaram como coordenadores Oscar Niemeyer, Washington Loyello e M. Seabra Fagundes, respectivamente.

A FNLIJ recebeu de sua representante estadual, Elvira Barcelos Sobral, o seguinte informe, relatando suas atividades:

1. dentro da proposta do AIC, participou de uma campanha assisten-cial de doação de livros infantis às escolas do munic�pio, para a qual contribuiu com a seleção das obras;

2. colaboração em cursos sobre biblioteca escolar, realizados no inte-rior do Estado e promovidos pelo Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS);

3. colaboração em cursos patrocinados pela Organização Mundial de Educação Pré-Escolar – OMEP e destinados a jardineiras do interior do Estado. Em Santa Catarina será realizado um curso sobre literatura infantil e biblioteca no jardim de infância.

Para o AIC, a Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil – ABLIJ programou uma série de cursos em diversas cidades do interior do Estado de São Paulo, além de palestras e c�rculos de estudos.

A Editora Paz e Terra, o Centro Cultural Cândido Mendes e a Livraria Muro programaram a Quinzena da Literatura Infantil, no per�odo de 17 a 30 de abril de 1979, em colaboração com a FNLIJ, que cedeu o seu acervo internacio-nal e nacional para exposição.

A Quinzena constou de uma exposição do livro infantil internacional e ilustração do livro infantil nacional; uma mesa-redonda, sob a coordenação de Laura Sandroni (FNLIJ), abordando problemas de texto e ilustração, da qual participaram Luiz Raul Machado, Martha Resende Martins, Elvira Vigna (autores) e Gian Calvi (ilustrador); e um encontro de autores e ilustradores com as crianças.

De 31 de maio a 1 de junho realizou-se em Bras�lia um encontro de Coordenação dos projetos na área de Expressão e Comunicação do INEP. Laura Sandroni participou como coordenadora da ‘Bibliografia Anal�tica da Literatura Infantil Juvenil publicada no Brasil’ em curso na FNLIJ.

Programado para o primeiro semestre de 1979, realizou-se o curso ‘Literatura Infanto-Juvenil e Realidade’, nas Faculdades Integradas Estácio de Sá, promovido pelo Centro de Aperfeiçoamento e Apoio Profissional e dado pela

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professora de literatura Glória Maria Fialho Ponde, da FNLIJ. O curso dividiu-se em duas unidades interligadas e relacionadas entre si. A primeira, sobre litera-tura infantil, visando ao professor de 1º grau e normalistas; a segunda, sobre literatura juvenil, para atender aos professores de ensino médio, pedagogos, psicólogos, bibliotecários.

Foram tratados os seguintes assuntos: diagnóstico da produção bra-sileira de livro para crianças e jovens; importância das histórias infantis; desen-volvimento da linguagem infantil; literatura e comportamento infanto-juvenil; transposição da realidade na literatura para crianças e jovens. Em cada unidade, o tema geral foi desenvolvido e relacionado com o seguinte, havendo ainda trabalhos de grupo, análise de duas obras de Or�genes Lessa e entrevista com esse mesmo autor.

No auditório do Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM, realizou-se o 1° Painel da Comunicação com a Infância Brasileira, promoção da Editora Primor (RJ), em maio e junho de 1979, para os interessados no ensino de 1º grau, em geral, e, em particular, em literatura, tev�, cinema, teatro, música e história em quadrinhos. Esses tópicos foram debatidos entre o público e especia-listas das diversas áreas, participantes da mesa: Lauro de Oliveira Lima, Regina Yolanda e Ofélia Fontes – o didático e o lúdico; Laura Sandroni, Lu�s Carlos Saroldi e Carlos Marigny – literatura; Maria Helena Dutra – televisão; Helder Parente – música; Marialva Monteiro – cinema; Ana Maria Machado – teatro.

De abril a junho, o SESC de Niterói promoveu um curso de literatura infanto-juvenil, a cargo da professora de literatura Glória Maria Fialho Pondé, assessora técnica da FNLIJ. O curso integrou-se às programações culturais pro-movidas pelo SESC, no intuito de proporcionar aos seus associados uma visão mais cr�tica da literatura para crianças e jovens.

Em abril de 1979, realizou-se em Natal (RN) a II Semana de Cultura Nordestina, promoção do Ministério da Educação e Cultura e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com apoio MEC – DAC – FUNARTE e colabo-ração da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Instituto Histórico, Fundação José Augusto e Banorte.

A II Semana de Cultura Nordestina teve como coordenador nacional o escritor Homero Homem, que não poupou esforços para o �xito do evento. Constaram da programação mesas-redondas, painéis e confer�ncias, além de um seminário sobre ‘O texto literário e sua leitura’.

Os temas expostos e debatidos em mesas-redondas, por escritores, pol�ticos, educadores e artistas, versaram sobre: 1) Alencar, patriarca do romance brasileiro; 2) o coronelismo na pol�tica nordestina; 3) a criança na literatura do Nordeste (tendo como expositor Homero Homem e Nilo Pereira, e como debate-

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dores Laura Sandroni, Haroldo Bruno, Paulo Dantas, Maria Lúcia Amaral, Moacir C. Lopes; 4) presença camoniana na cultura nordestina; 5) a mulher na literatura do Nordeste; 6) correntes atuais da literatura; 7) universidade e cultura: imprensa e livro; 8) o Nordeste no cinema brasileiro.

Realizou-se também um ciclo de palestras, além de ser oferecida aos convidados e visitantes uma intensa programação art�stico-social, com espetácu-los de música, folclore e teatro do Nordeste”.

Participando das festas comemorativas do Dia Internacional do Livro Infantil, a FNLIJ inaugurou uma biblioteca destinada a crianças e jovens até 14 anos, numa das salas da Casa de Rui Barbosa, em conv�nio com essa entidade.

Para sua inauguração, foram convidados a diretoria da Casa de Rui Barbosa, autores e ilustradores, representantes da FNLIJ, adultos e crianças da comunidade. Na ocasião foram entregues os diplomas da Lista de Honra do Pr�mio Hans Christian Andersen 1978, para autor, ilustrador e tradutor, respec-tivamente Lygia Bojunga Nunes (A bolsa amarela), Ziraldo (Turma do Pererê) e Paulo Ronai (Os meninos da rua Paulo). A maior parte do acervo da biblioteca foi adquirido com verba doada pela Xerox do Brasil.

Em dezembro de 79 foi inaugurada a segunda livraria especializada em livros infantis do Rio de Janeiro, a Murinho, livraria e editora, que logo publi-cou um trabalho do Centro de Defesa da Qualidade de Vida sobre A situação da criança no Brasil contribuindo para o Ano Internacional da Criança.

No mesmo dia o jornal Correio do Povo de Porto Alegre publicou seu “Caderno de Sábado” todo dedicado à literatura infantil. A coordenação foi das especialistas Regina Zilbermann e Maria da Glória Bordini.

Na seção Literatura Especializada Glória Pondé faz a resenha da Revis-ta Brasileira de Estudos Pedagógicos n° 143, publicada pelo INEP em comemo-ração ao Ano Internacional da Criança.

No per�odo de julho a setembro/79 (Boletim Informativo n° 47 no vo-lume 46/49) notamos a chegada à equipe de redatores de uma nova colabo-radora, Sônia Rodrigues Cardoso, que, com Terezinha Marinho, se tornou res-ponsável pela preparação de originais e revisão de todos os materiais impressos produzidos na FNLIJ.

O primeiro artigo intitula-se “Educação e Lazer” e foi o trabalho apre-sentado pela Profª. Maria Antonieta Antunes Cunha no “Seminário Latino-Ameri-cano de Literatura Infantil e Juvenil”.

No “Noticiário Nacional” informa-se que a DESEP, revista trimes-tral do Banco do Brasil, dedicou seu número 67 (julho a setembro de 79) à

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criança, associando-se ao AIC. Vários aspectos relacionados à infância são abordados, inclusive o artigo “Realismo ou fantasia: eis a questão”, tema de grande interesse para os que se dedicam à literatura infantil. Desenhos infantis ilustram a capa.

Também a revista Cultura, publicação trimestral do MEC, dedicou seu n° 32 a problemas que dizem respeito à criança. Dois artigos abordam o tema livros: “Aspectos da literatura infantil no Brasil”, de Laura Sandroni, e “A criança e a biblioteca”, de Etelvina Lima. A revista divulga ainda a Declaração dos Direitos da Criança. Em destaque ilustrações para livros infantis de Portinari, Santa Rosa, Augusto Rodrigues e Paulo Werneck, obras hoje rar�ssimas e que pertencem ao acervo da FNLIJ.

Também a Revista do Conselho Estadual de Cultura de Minas Gerais, n° 8/1979 e o Minas Gerais – Suplemento Pedagógico de julho/79 dedicaram todo seu espaço às crianças.

Em julho o Real Gabinete Portugu�s de Literatura realizou um curso de atualização em Literatura Infantil e Juvenil, que contou com a participação de Laura Sandroni.

Também em julho foi firmado conv�nio com o Departamento de Im-prensa da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro para impressão do Boletim Informativo e de uma nova publicação intitulada Seleção de Livros para a Infância e a Juventude. Esta última criada no AIC apresentava bimensalmente resenhas de livros infanto-juvenis por faixas de interesse.

Na mesma ocasião teve in�cio o programa “Era uma vez...”, produzido pela TVE com seleção das histórias e apresentação de Laura Sandroni.

A FNLIJ solicitou uma bolsa de estudos à Biblioteca de Clamart (Paris), que foi concedida ao escritor Bartolomeu Campos Queirós, que então exercia o cargo de Diretor da Divisão de Bibliotecas do Estado de Minas Gerais.

No dia 15 de agosto/79 foi publicado o primeiro número de Notícias, novo órgão de divulgação mensal da FNLIJ, que ainda hoje continua a ser editado.

No Rio de Janeiro, no dia 27 do mesmo m�s, inaugurou-se a Mala-sartes, uma nova livraria especializada na Gávea. Em ambiente alegre e com móveis adequados às crianças, elas podiam manusear os livros, ouvir histórias e conhecer ilustradores brasileiros. Liderando a iniciativa, Ana Maria Machado e Cláudia Moraes.

Com o projeto Feira do Livro Infanto-Juvenil em Colégios, o Departa-mento Educacional do Jornal do Brasil dirigido por Dymas Joseph desenvolveu, no segundo semestre de 1979, o programa O Jornal do Brasil Vai à Escola, tendo por objetivo divulgar a literatura infanto-juvenil através de feiras de livros em escolas do Rio de Janeiro.

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Contando com a assessoria técnica da FNLIJ, o projeto visou a mobi-lizar crianças, pais e mestres no sentido de despertar maior interesse pela leitura; facilitar à criança o acesso ao livro; criar condições para formação de mentali-dade favorável ao livro; proporcionar à criança desenvolver-se nas situações de compra, venda e troca; ajudar o colégio na formação de biblioteca escolar e formar futuros leitores de jornal.

À escola coube fixar data e horário da feira, sempre atendendo ao calendário escolar, com exposição do acervo da FNLIJ, palestras para pais e professores e entrevistas com autores. O Jornal do Brasil pretendia continuar essa promoção em 1980 solicitando aos estabelecimentos interessados que se dirigissem ao seu Departamento Educacional.

Foi exposta na Casa de Rui Barbosa, durante a primeira quinzena de julho de 1979, uma mostra de livros infantis e juvenis de 25 pa�ses, pertencentes ao acervo da FNLIJ, juntamente com uma seleção de 150 livros alemães, da biblioteca do Instituto Cultural Brasil Alemanha (Instituto Goethe). A exposição, intitulada “A Criança e o Livro”, despertou grande interesse no público jovem e adulto que a visitou.

Realizou-se em Itaja�, Santa Catarina, em julho de 1979, o VII Festival de Inverno, patrocinado pelo governo do Estado, abrangendo vários setores da arte e educação. De sua programação constou um encontro de literatura infantil para professores do 1° grau, promovido pela editora Brasil-América (EBAL) S/A. Durante o Festival foram expostos livros brasileiros e estrangeiros do acervo da FNLIJ.

No dia 12 de outubro de 1979 a FNLIJ encaminhou ao INEP os pro-jetos “Pesquisa sobre o livro didático na área de comunicação e expressão: sua adequação a um ensino de qualidade”, coordenado pela Profª. Glória Ponde, e “Hábitos e interesses de leitura no Brasil”, coordenado por Maria Luiza Barbosa de Oliveira, com a assessoria técnica do sociólogo Carlos Alberto Medina.

Em outubro, Ofélia Fontes, Ruth Villela Alves de Souza e Laura Sandro-ni receberam diploma da União Brasileira de Escritores como personalidades do Ano Internacional da Criança por seu trabalho na FNLIJ.

Na Seção Literatura Especializada Eliana Yunes comenta o livro A li-teratura infantil, do autor argentino Jesualdo em tradução de James Amado e publicado pela Cultrix em co-edição com a USP.

No Boletim Informativo n° 48 mais informações sobre atividades co-memorativas do AIC:

Em comemoração ao AIC, foi inaugurada, em dezembro de 1979, no salão de exposições da Biblioteca Nacional, mostra de livros infantis e juvenis do acervo da própria biblioteca, com destaque para os livros premiados. A exposição

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foi inaugurada pelo diretor da Biblioteca Nacional, Dr. Pl�nio Doyle, estando presen-te o representante do ministro de Educação, prof. Marcos Almir Madeira. Foi elabo-rado um catálogo da exposição que poderá ser solicitado à Biblioteca Nacional.

A FNLIJ, a Escola Experimental Corcovado, a Livraria Castelo e o Insti-tuto Cultural Brasil-Alemanha promoveram uma exposição de livros infanto-juve-nis em portugu�s e alemão, no salão da Escola Corcovado (Rua São Clemente, 388 – Botafogo), em outubro a 10 de novembro de 1979, com obras pertencen-tes ao acervo da FNLIJ e ICBA.

Por ocasião do evento, foram entregues os pr�mios do concurso de pintura e desenho realizado na Escola, patrocinados pela Livraria Castelo, que também manteve uma banca de vendas de livros no local, durante o per�odo de realização da exposição.

Também realizou-se, quando da inauguração do evento, o lançamen-to do livro Presença dos autores alemães nos livros infantis brasileiros, de autoria de Ruth Villela Alves de Souza, presente à cerimônia. A edição contou com o patroc�nio da República Federal da Alemanha, numa contribuição às comemora-ções do AIC, sendo gratuita a distribuição da obra.

Integrando as comemorações do AIC, a FNLIJ promoveu o concurso Livros Para Um Mundo Melhor, patrocinado pela UNESCO, – Instituto Brasileiro de Educação, Ci�ncia e Cultura IBECC), Secretaria de Assuntos Culturais (SEAC) – MEC e Instituto Nacional do Livro (INL), para texto e ilustração de livros infantis.

O tema do Concurso, baseado no Documento do IBBY para o AIC, motivou os assuntos dos projetos de livro apresentados.

Por decisão da comissão julgadora, composta por Agostinho Olavo (IBECC), Álvaro Cotrim (INL), Glória Pondé (FNLIJ) e Marcos Konder Reis (SEAC), foram classificados os seguintes trabalhos: Pr�mio UNESCO: dividido entre Dona Marta Lagarta, de Telma de Oliveira Belleti e Lia Jaci Grosso, ilustrações de Angéli-ca Abreu Gonçalves Mergulhão; Fauna e Flora, de Dianne Mazur e Eliardo França; Pr�mio SEAC: O tesouro de Tico, de Walter Cunto e Jimmy Scott; Pr�mio INL (para co-edição): Menina Joana, de Tereza Alves e Helena Leão de Aquino.

I Feira do Livro InfantilEm outubro de 1979, montou-se, no Parque Farroupilha, a I Feira

do Livro Infantil, organizada pela Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo do Estado do RGS, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (seção do RGS) e Câmara Rio-Grandense do Livro, que contou com o apoio da Rede Brasil Sul – RBS e o patroc�nio do Grupo Habitasul.

A iniciativa, que teve por meta valorizar e divulgar o livro infantil e juve-nil, e estimular o desenvolvimento do hábito de leitura, reuniu toda a comunidade

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para comemorar o AIC. Atividades como encontro com autores, sessões de au-tógrafos, lançamentos de livros, teatro de marionetes e banda de música fizeram parte da programação do evento. A FNLIJ foi representada por Egl� Malheiros.

O Pr�mio Apesul – Revelação Literária/79 é uma promoção conjunta do Correio do Povo, do Instituto Estadual do Livro/RS e do Grupo Habitasul. Des-dobrando-se em cinco etapas, cada qual com um vencedor, é escolhido ao final, entre esses vencedores, o premiado do ano para cada categoria. O concurso destina-se a autores inéditos, gaúchos ou residentes no RS, sendo os pr�mios entregues numa festa, no Hotel Laje de Pedra, em Canela, com a presença de escritores de todo o pa�s e da Diretora-Executiva da Fundação.

O pr�mio para a área de literatura infantil foi institu�do este ano (1979), em homenagem ao Ano Internacional da Criança, tendo-o ganho Maria Lúcia Furtado Fontanive. As obras vencedoras, nas categorias poesias, conto/crônica e literatura infantil foram editadas em tr�s volumes, com lançamento na sessão de entrega dos pr�mios.

Sob a coordenação da Universidade de Santa Catarina, e com o apoio de vários órgãos do Estado e editoras, tendo como objetivo comemorar o AIC, realizou-se a I Feira do Livro Infanto-Juvenil de Santa Catarina, no largo do Museu de Arte, em Florianópolis, de 12 a 21 de outubro de 1979.

Além das barracas da feira, abertas ao público em horário integral, realizaram-se espetáculos de teatro e danças folclóricas, apresentação de filmes e palestras. Os temas abordados relacionaram-se com a literatura para crianças e jovens e foram apresentados pelos escritores e especialistas Maria de Lurdes Krie-ger (escritora – SC), Regina Yolanda Werneck (ilustradora – RJ), Ivete Duro (técnica em bibliotecas infantis – RGS) e Ruth Rocha (escritora – SP). Egl� Malheiros, repre-sentante da FNLIJ no Estado, participou ativamente da organização da Feira.

Associando-se às comemorações do AIC e visando a promover me-lhor integração livro-criança, o Departamento de Bibliotecas Infanto-Juvenis da Secretaria de Cultura do Munic�pio e o Centro de Estudos de Literatura Infantil e Juvenil – CELIJU organizaram um curso de literatura infantil, Em Busca do Jovem Leitor, que congregou inúmeros especialistas da área.

Em outubro de 1979, m�s da criança, numa homenagem ao AIC (Ano Internacional da Criança), o Museu de Arte de São Paulo promoveu uma expo-sição comemorativa dos 20 anos de trabalho de Maur�cio de Sousa, criador da turma da Mônica, Cebolinha, Pelezinho e Bidu.

A mostra constou de originais de diversas fases das histórias em qua-drinhos que sa�ram em jornais brasileiros; de primeiras edições nacionais e in-ternacionais; de peças teatrais; de mostras dos processos de arte e impressão de revistas; de apresentação de desenhos animados e filmes produzidos com os

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personagens do autor para TV; além de ateli� com artistas produzindo, ao vivo, histórias em quadrinhos, artes a cores, esculturas e pequena impressora. Na ocasião a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou o carimbo “Mônica no MASP”.

Um dos objetivos do MASP, além de mostrar os processos de criação e produção das artes ao público em geral, foi levar a criança também ao museu, através do poder de comunicação dos personagens da turma da Mônica, para conhecer seu fabuloso acervo art�stico.

A Fundação Cultural do Estado da Bahia, através de suas Coordena-ção de Bibliotecas, Biblioteca Central do Estado e Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, organizou e realizou com grande sucesso uma extensa programação para o m�s da criança (outubro/79), que constou de: feiras de livros, exposições, hora do conto, apresentação de grupos folclóricos e de teatro, aulas (abertas) de expressão corporal, projeção de filmes infantis, lançamento do concurso de histórias infantis “Denise Tavares” e do jornalzinho infantil da BIML.

Em setembro de 1979 a professora Eliana Yunes, a convite do Projeto Rondon, ministrou um curso de literatura infantil para professores de 1º e 2° graus, na Universidade Federal do Maranhão. Professores de vários estabelecimentos tro-caram suas experi�ncias, enriquecendo-as, num clima de grande cordialidade.

Maria Antonieta Antunes Cunha, em artigo publicado no Suplemento de Minas Gerais, fala de uma interessante experi�ncia com feira de livros em escolas.

Em tr�s escolas da capital do Estado foi instalada uma feira de livros, que funcionou dois dias em cada uma delas, com “bancas” separadas para cada editora. A venda foi efetuada pelos próprios alunos, que aproveitavam os mo-mentos ociosos para ler. Essa disponibilidade facilitou ao aluno manusear obras até então desconhecidas para ele.

Continua Maria Antonieta: “Dessa experi�ncia podemos constatar que o jovem não adquiriu o hábito de leitura porque para ele o livro não existe e nem sempre a causa é o baixo poder aquisitivo da população. A maioria dos jovens, socialmente privilegiados, não l�em porque desconhecem o livro. E a feira propi-cia esse encontro. A promoção não é custosa à escola, desde que as editoras se comprometam a colaborar em regime de ‘consignação’ e os livros não vendidos possam ser devolvidos”. O resultado da promoção deve encorajar outras escolas a promoverem feira de livros em seus estabelecimentos.

No Dia da Criança, 12 de outubro de 1979, o Centro de Criatividade de Curitiba, da Fundação Cultural (Rua Mateus Leme, esquina com Nilo Brandão, Curitiba, PR), realizou um encontro, cujo tema, “O brinquedo e a fantasia”, foi

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explorado e desenvolvido por crianças. Além das atividades criadoras, promoveu uma exposição internacional com livros infantis e cartazes do acervo da FNLIJ.

No dia 13 de outubro de 1979, realizou-se a cerimônia de inaugu-ração do retrato de Maria Mazzetti, patrono da Biblioteca Infantil da FNLIJ que funciona, desde abril do mesmo ano, em conv�nio com a Casa de Rui Barbosa. Na ocasião realizou-se a Feira do Troca-Troca, que constou da doação de um livro por uma criança em troca de uma planta. Livros e mudas foram permutados, numa alegre festa onde crianças e adultos comemoraram o “batismo” da biblio-teca, o Dia da Criança e a chegada da primavera.

Em dezembro, no auditório da Secretaria de Assuntos Culturais do MEC, e com a presença do Secretário Márcio Tavares d’Amaral, foram entregues os pr�mios UNESCO/IBECC/SEAC/INL aos vencedores do Concurso Livros para um Mundo Melhor, comemorativo do IAC e promovido pela FNLIJ. Os pr�mios consistiam em Cr$ 40.000,00 para cada autor, além da co-edição dos textos escolhidos.

Em outubro de 1979 realizou-se, em Belo Horizonte, o Curso de Li-teratura Infantil para Pais e Professores, promoção das Faculdades de Educação e Letras, e da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Ge-rais, sob o patroc�nio do Conselho Estadual de Cultura do Estado. Durante uma semana, os participantes, reunidos na sala de multimeios da Biblioteca Estadual Prof. Lu�s de Bessa, discutiram e questionaram “a situação do livro para crianças e adolescentes, no Brasil”.

Os temas foram abordados com muita agudeza e esp�rito de pesquisa pelos conferencistas El�ana Yunes, Joel Rufino dos Santos, Maria Antonieta Antu-nes Cunha, Ruth Rocha, Laura Constância Sandroni, Ana Maria Machado, Dom João R. Costa, Aires da Mata Machado Filho, sendo coordenadores Bartolomeu Campos Oueirós e Maria Antonieta Antunes Cunha. O Encontro permitiu uma avaliação dos problemas que dificultam o acesso da criança ao livro e uma to-mada de consci�ncia do papel relevante que os pais e educadores exercem na formação do hábito de leitura.

Realizou-se nas Faculdades Integradas São Tomás de Aquino, em Ube-raba, uma Semana Cultural programada pelo Instituto de Letras e coordenada pela profª. Vânia M. Resende, em outubro de 1979, com toda temática voltada para a literatura infanto-juvenil.

Do programa da Semana constaram as seguintes atividades: 1º Con-curso Literário de Literatura Infanto-Juvenil; curso de literatura infanto-juvenil para alunos dos cursos de letras, pedagogia e professores da cidade; presença das escritoras Odette de Barros Mott e Marta Azevedo Pannunzio para dialogar sobre seus livros, com alunos interessados; mesa-redonda, com a participação de professores de prática de ensino de portugu�s, psicologia, biblioteconomia,

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delegados de ensino, escritores, editores, professores de metodologia do ensino do 1° grau e supervisores, e debates sobre o tema “A realidade infanto-juvenil e a literatura hoje”; exposição de livros, com a participação das editoras Brasiliense e Ática, além de outras locais.

Convidado pela ABE (Associação Brasileira de Educação), o escritor Vicente Guimarães – Vovô Fel�cio – ministrou em outubro de 1979 um curso in-tensivo sobre “Literatura Infantil e Arte de Contar Histórias”, conseguindo a maior atenção dos interessados no assunto.

Em outubro de 1979, foram realizadas palestras e debates sobre a obra de Or�genes Lessa, na Universidade Católica de Petrópolis, em homenagem ao seu cinqüentenário literário. O Encontro foi promovido pelas livrarias Faraco, Estação e Abrarte. A obra de Or�genes Lessa foi analisada e discutida por professores e estu-diosos, como Ivan Cavalcanti Proença (Faculdade de Comunicação Hélio Alonso), Maria Antonieta Antunes Cunha (Universidade Federal de Minas Gerais), Michael Fody III (University of Southern California) e Glória Maria Fialho Pondé (FNLIJ).

A Divisão de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul, tendo em vista um maior conhecimento da literatura infantil e sua aplicação para formar o hábito da leitura, programou o Curso de Literatura Infantil – Leitura para Crianças, destinado a professores, pais e bibliotecários, no Centro Municipal de Cultura, de setembro a novembro de 1979.

Regina Zilberman – coordenadora (professora adjunta da PUC/RS), L�-gia Cademartori Magalhães (professora de literatura do curso de pós-graduação em lingü�stica e letras da PUC/RS) e Vera Teixeira de Aguiar (professora de lite-ratura brasileira da FPA) integraram o grupo de docentes que ministrou o Curso. Constou o mesmo dos seguintes temas: “Conceituação da literatura infantil”; “O conto de fadas e a literatura infantil”; “G�neros narrativos”.

A Faculdade de Educação da Unicamp, e a Associação Campineira de Bibliotecários promoveram o 2° Congresso de Leitura, destinado a professores, estudantes de cursos universitários (letras, pedagogia, comunicação), normalistas e pesquisadores no per�odo em outubro de 1979. O Congresso realizou-se no Centro de Conviv�ncia de Campinas.

O Boletim n° 49 se inicia com um �ndice cumulativo (do n° 1 ao n° 45) do qual há muito tempo todos sent�amos necessidade a fim de facilitar a locali-zação das matérias já publicadas. Contamos para o trabalho com a experi�ncia de Ruth Villela Alves de Souza e Irene de Albuquerque, duas veteranas da FNLIJ, e de Rejane Carvalho de França e Terezinha Marinho. Para a impressão tivemos, mais uma vez, o apoio da Melhoramentos e da EBAL, antigos colaboradores de nossas atividades, e da Cia T. Janer Comércio e Indústria. O �ndice foi dividido pelas seções do Boletim Informativo.

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Para pôr em dia as edições atrasadas do Boletim Informativo mais uma vez contamos com a colaboração da Melhoramentos para publicar o número 50.

Na primeira parte, que abrange jan./mar./80 encontramos uma modifi-cação no Conselho Superior: Nylma Theresa Veloso Amarante passa a representar o Conselho Regional de Biblioteconomia. Entre os representantes estaduais surge o nome de Ligia Sales de Campos Lima, de Sergipe. Terezinha Marinho passa a ser a editora do Boletim, enquanto Ana Eulália Guilhon Henriques e Kátia Fernan-des Carvalho t�m crédito como bibliotecária e datilógrafa, respectivamente.

Entre os artigos sobressai o de Fúlvia Rosemberg sobre “A representa-ção da época contemporânea na literatura para a juventude”, um aspecto parcial de pesquisa mais ampla sobre os modelos culturais veiculados por 32 romances para adolescentes publicados a partir de 1965 na Coleção Jovens do Mundo Todo, da Brasiliense. O per�odo mais abordado se situa entre 1964-74 e foi poss�vel detectar tr�s grupos indicados da época retratada: o desenvolvimento tecnológico; a atualidade pol�tica, social e esportiva; a linguagem.

Na seção Documentos as conclusões e recomendações do seminário so-bre edição de livros infantis e juvenis realizada em 78 em Bogotá, que discutiu Docu-mento prévio de autoria de Laura Sandroni e Gian Calvi que resultou no programa de co-edição latino-americanos, do qual no Brasil a Ática é a editora associada.

No “Noticiário Nacional” somos informados das seguintes atividades: Como programa de verão, a Biblioteca Infantil Maria Mazzetti organizou uma sé-rie de atividades recreativas, destinadas a crianças de quatro a 12 anos. Teve por objetivos proporcionar aos seus participantes uma conviv�ncia sadia; incentivar o hábito da leitura através de est�mulos criativos; desenvolver o interesse por livros e o hábito de freqüentar bibliotecas.

Ao inscrever-se no programa, as crianças tornaram-se automatica-mente sócias da biblioteca, adquirindo livre acesso a todas as suas atividades, inclusive ao sistema de empréstimo de livros.

No encerramento, foi oferecido às crianças um programa especial – Jardim das Histórias –, ocasião em que autores e crianças mantiveram uma troca mútua de experi�ncias.

Como parte do programa do V Encontro Cultural de Laranjeiras, Sergi-pe, realizou-se, em janeiro de 1980, o “Simpósio sobre Lúdica lnfantil,” coorde-nado por Lu�s Fernando Ribeiro. Contou com a participação de Laura Sandroni, Laura Deila Mônica e Maria Cássia Frade, como expositores.

Foram abordados os temas “O livro infantil no Brasil”, “O estudo do folclore nas escolas” e “O lendário no universo infantil”. Atuaram como debate-dores Lu�s Antônio Barreto, Wilma Rodrigues, José Maria Nascimento, L�gia Sales de Campos, Pedro Jorge, Jackson da Silva Lima e Oswaldo Trigueiro.

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Dos trabalhos, resultou serem aprovadas recomendações no sentido de intensificar o ensino como prática de valorização do repertório cultural do povo; inclusão de sessões de contadores de história nas atividades escolares; acesso de alunos ao livro, o mais cedo poss�vel, com a adoção de caixotes em classe; organização de cursos sobre literatura infantil para professores de Co-municação e Expressão; inclusão de hora do conto em sala de aula, a partir de livro lido pelos alunos, assim como dramatização e outras atividades art�sticas; criação ou dinamização para crianças e jovens nas bibliotecas públicas.

A Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, publicada pela FEBAB – Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários – apresenta em julho/dezembro de 1979 um número dedicado à literatura para crianças e biblioteca infantil.

O n° 51 correspondente a abril/junho de 1980 traz um artigo pol�mi-co do escritor equatoriano Jorge Enrique Adoum intitulado As fadas preferem as louras, no qual considera os contos de fadas como uma invasão cultural euro-péia que nada tem a ver com as sociedades multirraciais da América Latina.

No mesmo número Fúlvia Rosemberg nos mostra as discriminações étnico-raciais na literatura infanto juvenil brasileira, parte de sua pesquisa sobre Modelos culturais na literatura infanto-juvenil brasileira.

Em maio de 1980, realizou-se o 1º Seminário de Literatura Infantil, em Fortaleza (Ceará), promoção do Fórum Universitário de Educação, Ci�ncia e Cultu-ra da UFC, Departamento de Letras Vernáculas do Centro de Humanidades da UFC e do Setor Infanto-Juvenil da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel.

O Seminário teve por objetivos: 1) criar condições para o ensino da litera-tura infantil em Fortaleza; 2) promover o intercâmbio e a colaboração entre os seto-res da vida cultural cearense interessados na literatura infantil; 3) estimular a criação literária para a infância; 4) consolidar e ampliar os trabalhos e estudos realizados pelo setor infanto-juvenil da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel e pela disciplina Literatura Infantil, do curso de Letras da Universidade Federal do Ceará.

Os temas abordados em palestras e mesas-redondas foram apresen-tados e debatidos pelos professores, escritores e especialistas de literatura infantil Eliana Yunes (PUC/RJ), Maria Antonieta Antunes Cunha (UFMG), Edgar Linhares (Assessoria do Ministério da Educação e Cultura), Horácio D�dimo (escritor), B. de Paiva (professor da Escola de Teatro da UNIRIO) e Ana Maria Machado (escritora).

O curso “Por uma teoria da Literatura Infantil e Juvenil”, organizado pelo Departamento de Ci�ncia da Literatura, da Faculdade de Letras da UFRJ, e Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, realizou-se, em maio de 1980, na Faculdade de Letras dessa Universidade, tendo por objetivo a obtenção de subs�-dios para a organização de um programa de teoria da literatura infantil e juvenil.

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Foram abordados e debatidos os temas “Poética e educação”, “Pro-blema de metodologia e abordagem de texto poético”, “A ideologia no livro para crianças e jovens: o texto e a ilustração” e “O real e o maravilhoso na literatura infantil e juvenil” pelos profissionais da área de literatura infantil Francisca Nóbre-ga, Glória Maria Fialho Pondé, Sônia Salomão Khéde, Ivan Cavalcanti Proença, Eliana Yunes, Ana Maria Machado e pelo prof. Manuel Antônio de Castro, chefe do Departamento de Teoria Literária da Faculdade de Letras da UFRJ.

Encerrando o curso, foi realizada uma mesa-redonda sobre “Proble-mas da Literatura Infantil e Juvenil”, da qual participaram Laura Sandroni, Eliane Ganem, Regina Yolanda e Celina Rondon. Paralelamente aos trabalhos realizou-se urna mostra de livros do acervo da FNLIJ.

O Departamento Geral de Cultura da Secretaria Municipal de Edu-cação e Cultura da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, preocupado com os problemas que envolvem o estudo de textos literários nas escolas de 1º grau, programou o I Seminário de Literatura no 1º Grau, realizado em maio de 1980, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Do encontro participaram Nélida Piñon (“A criação literária”), Helo�sa Buarque de Holanda e Zelito Viana (“Literatura e cinema”), Dirce Cortes Riedel e Ivo Barbieri (“Meninos de romance” e “Iniciação ao estudo da narrativa literá-ria”), Renato Cordeiro Gomes (“A literatura no 1º grau”), Vera Lúcia Fallam de Figueiredo (“A formação de professores”), Marlene de Castro Correia (“Iniciação ao estudo da poesia”), Maria Helena Silveira (“A literatura e o curr�culo de 1° grau”) e Laura Constância Sandroni (“A literatura infantil no 1º grau”).

Com o objetivo de despertar a comunidade para a importância da li-teratura como instrumento de defesa e aperfeiçoamento da comunidade, o SESC vinha promovendo, havia dois anos, o projeto Livros e Autores da Literatura Bra-sileira Infanto-Juvenil, extensivo a todos os seus Centros de Atividades.

O II Encontro Livros e Autores da Literatura Brasileira Infanto-Juvenil, realizado no setor de cultura do Centro de Atividades Jessé Pinto Freire, em Tr�s Rios (RJ), em abril de 1980, constou de um curso de Literatura Infanto-Juvenil, do qual participou a FNLIJ, através de sua assessora-técnica Glória Maria Fialho Pondé; criação e representação de histórias; tarde de autógrafos; contador de estórias; sessões de cinema e teatro; e uma mesa-redonda: “A noite do escritor trirriense”. Foram também organizadas uma feira de livros e uma exposição do acervo do Centro.

Sob a orientação das professoras Regina Zilbermann, Vera Teixeira de Aguiar e Ana Mariza Filipouski, realizou-se, no Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre, no per�odo de 9 a 20 de junho de 1980, o curso Leitura para crianças nas escolas-textos e métodos, destinado a professores e bibliotecários de 1º grau.

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O curso dividiu-se em tr�s unidades, que abordaram e desenvolveram os temas: 1) a criança e a literatura infantil; 2) sugestões de literatura para crian-ças; é 3) a literatura infantil na sala de aula: metodologia de ensino.

Promovido pela Secretaria da Educação e Cultura do Munic�pio de Aracaju, realizou-se, nessa cidade, “Simpósio de Literatura Infanto-Juvenil” em abril de 1980. O Simpósio contou com a presença de Laura Sandroni, dire-tora-executiva da FNLIJ, que proferiu uma palestra durante a realização do mesmo.

A Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, de Salvador (BA), comemorou, a 18 de abril, seu 30° aniversário com uma mostra de livros de seu patrono. Como parte da programação, a professora Maria Betty contou histórias para as crian-ças, atividade que já vinha praticando havia 30 anos, sempre com �xito. Peças infantis foram encenadas e um teatro de fantoches animou o público jovem.

Para encerrar as festividades a Profª. Danúsia Bárbara fez uma pa-lestra sobre “Vida e obra de Monteiro Lobato e a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato”. Atualmente, essa biblioteca conta com um acervo de 40 mil livros e 100 t�tulos de revistas. Recebe diariamente 800 jovens, de ambos os sexos (o que ultrapassa a média de leitura da maioria das bibliotecas), e mantém um jor-nal informativo Pica-Pau Amarelo, que acompanha os principais acontecimentos culturais da cidade. Interessada em despertar na criança o gosto pela leitura, a BIML promove uma série de atividades em torno do livro, como teatro, hora do conto e jogos, todas centradas na livre escolha, no bom gosto e visando ao interesse da comunidade.

Suprindo car�ncias financeiras, a Secretaria da Educação e Cultura da Prefeitura de Aracaju conseguiu recuperar 17 vagões desativados, transforman-do-os em salas de aula, a serviço da rede escolar do munic�pio. Um dos vagões passaria a abrigar uma biblioteca pública infantil. Ficaria estacionado no centro de uma das praças da cidade, para atender a todas as crianças e jovens de Ara-caju. Este é um exemplo de que é poss�vel transformar para criar.

O Boletim Informativo n° 52 apresenta vários artigos de grande atu-alidade como: “Interesses de leitura: diagnóstico de uma realidade”, de Vera Teixeira Aguiar; “As fichas de leitura avaliam a leitura”, de Glória Pondé; “Oficina literária para alunos de 2° grau”, de Maria da Graça Aziz Cretton.

Irene de Albuquerque relembra sua amizade com Maria Helena Por-tilho (falecida em final de 1979), autora de vários livros infantis, entre os quais Retalhinho branco, considerado altamente recomendável pela FNLIJ em 1975.

Seguem-se as realizações da FNLIJ durante o Ano Internacional da Criança (AIC), bem como a análise dos seus resultados. Por seu interesse ainda atual transcrevemos esse trecho:

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• Os objetivos foram cumpridos em grande parte.• Pode notar-se um crescimento evidente no interesse

pela literatura infantil e juvenil motivado pelas atividades desen-volvidas no AIC. Esse interesse pode ser medido pela quantida-de de eventos e pelo noticiário em jornais, rádio e tev�. Nota-se, ainda, já em 1980, que o interesse continua aumentando e que todos os espaços conquistados em 79 foram mantidos e tendem a ampliar-se.

• O principal obstáculo é de ordem material (finan-ceira). O Brasil, como pa�s em vias de desenvolvimento, luta com muitas dificuldades, sobretudo no campo da difusão cul-tural e da educação.

• A ação futura vai embasar-se na descoberta de um grande interesse por parte de professores de todos os n�veis, no apoio dos órgãos do Ministério da Educação e Cultura e das Secretarias estaduais e municipais, e ainda na colaboração dos órgãos de classe dos editores brasileiros.

Continuaremos a trabalhar especialmente:a) na formação de professores de todos os n�veis;

b) na criação e melhoria das bibliotecas escolares e públicas; c) nos estudos e pesquisas sobre Literatura Infantil e Juvenil, visando ao aprimoramento dos textos, das ilustrações e da impressão; d) o follow-up se fará normalmente dentro dos trabalhos da FNLIJ.

Em junho e julho de 1980, a FNLIJ e a Faculdade de Educação da UFRJ promoveram o 1º Encontro de Professores Universitários de Literatura Infan-til e Juvenil, no auditório do Centro de Filosofia e Ci�ncias Humanas da UFRJ.

O Encontro, realizado com verba do Fundo Nacional de Desenvol-vimento da Educação, teve por objetivo promover o debate entre professores, especialistas e cr�ticos de literatura infantil e juvenil de todo o pa�s, visando a es-tabelecer um curr�culo m�nimo a ser sugerido ao Conselho Federal de Educação como disciplina nos cursos de graduação e pós-graduação das Faculdades de Educação, Comunicação, Letras, Psicologia e demais interessadas.

O programa constou de uma palestra inaugural, sobre o tema “Litera-tura infantil, abertura para a formação de uma nova mentalidade”, da Profª. Nely Novais Coelho (USP); da inauguração de uma exposição de livros infantis; das comunicações “A situação da literatura infantil e juvenil no Rio Grande do Sul”, da Profª. Vera Teixeira de Aguiar (Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ci�n-cias e Letras, PUC/RS); “Metodologia de ensino da Literatura infantil e juvenil”, da

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Profª. Ana Mariza Ribeiro Filipouski (Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ci-�ncias e Letras, (UFRGS e PUC/RS); “Literatura infantil e Juvenil: uma experi�ncia no ensino de letras”, da Profª. Maria Helena Martins (Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ci�ncias e Letras e UFRGS).

Os Anais deste Encontro estão no CEDOC da FNLIJ. Em agosto realizou-se no Ibirapuera a VI Bienal Internacional do Livro

de São Paulo. No auditório do prédio do Bienal ocorreu o II Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil que discutiu o tema “O Livro Infantil e Juvenil e as linguagens contemporâneas – o livro, os meios de comunicação e a escola”. A coordenação esteve a cargo de Fúlvia Rosemberg, Laura Sandroni, Lúcia Sampaio Góes e Maria Antonieta Antunes Cunha.

Dos debates do Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil participaram professores, especialistas, escritores, ilustradores e editores que atuam na área da literatura infantil e juvenil, como Regina Mariano, Elvira Vigna, Bartolomeu Campos Queirós, Maria Helena Kühner, Edmir Perroti, André Carvalho e Maria Antonieta Antunes Cunha.

A Argentina, o Uruguai e a Bol�via enviaram representação. Esteve também presente Mar�a Elena Rodriguez, diretora da Revista Lectura y Vida, edi-tada pela Associação Internacional de Leitura – IRA

Boletim Informativo n° 53 corresponde aos meses de outubro a de-zembro de 1980 e traz um artigo de Ferdinando Bastos de Souza, presidente da FNLIJ, sobre a “Produção do livro no Estado do Rio de Janeiro”.

Durante todo o ano de 1980 a Biblioteca Maria Mazzetti esteve à disposição das crianças da comunidade de Botafogo, local onde aprenderam a conviver com livros e a dar sua opinião sobre eles, a usar a biblioteca e a gostar de seu ambiente.

Atividades de est�mulo à leitura foram programadas regularmente, como a hora do conto e musicalização através de texto para crianças e/ou jovens.

Como parte da promoção “Vamos brincar de antigamente”, organi-zada e realizada pela equipe do Museu da Fundação Casa de Rui Barbosa, a Biblioteca Infantil Maria Mazzetti desenvolveu a programação “Como brincaram nossos avós”, que constou da pesquisa feita por crianças do bairro, de jogos, brincadeiras e lendas contadas ou vividas por nossos avós.

O projeto “Um gosto de férias” foi realizado durante o m�s de julho, época das férias escolares, aberto a outras comunidades, com a finalidade de proporcionar uma conviv�ncia sadia entre as crianças, através de atividades re-creativas que lhes desenvolvem a imaginação criadora e seu mundo mágico, com propostas art�sticas centradas na história.

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Do projeto participaram 144 crianças, sob a coordenação técnica do SESC/Copacabana Fundação Casa de Rui Barbosa, além do pessoal da Biblio-teca Maria Mazzetti, sob a supervisão de Marina Quintanilha. Como resultado imediato desse trabalho de est�mulo à leitura e à criação, verificou-se um consi-derável aumento de sócios da biblioteca e maior freqü�ncia de leitores.

Sob o patroc�nio da Fundação Rio, a FNLIJ e a UERJ promoveram, em novembro, o seminário “A Criança e sua Imagem”, realizado na UERJ. O programa, distribu�do em cinco unidades, foi desenvolvido em painéis, de que participaram especialistas das diversas áreas.

Tendo como coordenadora dos trabalhos Laura Constância Sandroni, diretora-executiva da FNLIJ, exceto no painel sobre cinema, coordenado por Li-lian Nabuco, as discussões giraram em torno dos temas “A criança e sua imagem gráfica: o livro”; “A criança e sua imagem narrativa: os quadrinhos”; “A criança e sua imagem ótica: o cinema”; “A criança e sua imagem eletrônica: a televisão”; “A criança e sua imagem dramática: o teatro”.

Fizeram parte das mesas, em suas respectivas áreas, Regina Yolanda Werneck (ilustradora e professora), Geraldo Orthof (ilustrador e aluno de de-senho industrial), Elvira Vigna (ilustradora e autoral), Paulo Condini (editor da Melhoramentos), Rui Perrotti (quadrinista e diretor-editorial da Rio Gráfica S.A.), Claudius e Fortuna (quadrinistas), Moacy Cirne (escritor e cr�tico de história em quadrinhos), Still, Flávio Migliaccio (cineastas), Jorge Laclete (cineasta e assessor-técnico do Projeto Municine), Maria da Graça de Andrade e Silva (professora e coordenadora do Projeto Municine), Marialva Monteiro (CINEDUC), Maria Hele-na Kühner (gerente da área infanto-juvenil da TVE), Geraldo Casé (produtor do S�tio do Pica-Pau Amarelo), Wanda Bedran (autora e criadora de bonecos e más-caras), Sylvia Orthof (autora e diretora) e Ana Maria Machado (autora e cr�tica).

O público, constitu�do na sua maioria de professores, bibliotecários e estudantes, participou ativamente dos debates, que foram acompanhados de uso de projetores, circuito interno de tev� e apresentação de bonecos do grupo Quintal. A UERJ imprimiu e expôs os cartazes desenhados por Geraldo Orthof, que muito contribu�ram para a divulgação do seminário.

Sob a coordenação da professora Rejane Carvalho de França (FNLIJ) realizou-se, no Centro de Divulgação e Pesquisa (Rua Maria Angélica, 37 – Rio de Janeiro), o curso Técnicas de Dinamização de Bibliotecas Infantis, para profes-sores da área de comunicação, bibliotecários e interessados.

O curso, com a duração de cinco semanas (4 horas/aula por semana) – de novembro a dezembro – teve por objetivo fornecer subs�dios pedagógicos a profissionais que atuam em bibliotecas infantis, públicas ou escolares, no sentido de relacionar o texto literário com outras linguagens art�sticas.

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Em novembro de 1980 realizou-se, no Museu da República, no Rio de Janeiro, a Reunião de Responsáveis por Núcleos de Est�mulo à Leitura, prepara-tória para a pesquisa sobre hábito de leitura a ser desenvolvida pela FNLIJ, com material preparado pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe – CERLALC.

Na seção Literatura Especializada Glória Pondé fez a resenha da revis-ta Letras de hoje n° 36, de junho de 1979, editada em Porto Alegre pela PUC/RS através do seu Centro de Estudos da L�ngua Portuguesa. A edição é toda dedica-da à Literatura Infantil.

No Boletim Informativo n° 54 somos informados de que Alfredo Weiszflog passa a representar a Câmara Brasileira do Livro no Conselho Superior e Lygia Averbuck é a nova representante da Fundação no Rio Grande do Sul. Este Boletim também traz uma grande inovação: cada edição passa a ser ilustrada por um artista diferente.

Na estréia, nosso colaborador de sempre Gian Calvi. A capa também desenhada por ele é agora uma pomba branca em fundo azul, o qual muda de tonalidade a cada edição do ano.

Entre os artigos alguns temas importantes são tratados como “Os de-ficientes da literatura”, por Tordis Orjasaeter, da Noruega, e “A importância da fantasia”, pela americana Sara Massey. Maria Helena Martins narra sua experi-�ncia com a disciplina Literatura Infanto-Juvenil no Curso de Letras da UFRGS, e somos informados de que a UNESCO declarou 1981 o Ano Internacional do Deficiente.

Em julho de 1980, a FNLIJ assinou conv�nio com a Secretaria de Assun-tos Culturais – SEAC, do MEC, para implantação do projeto Criação de Bibliotecas Infantis em Áreas Carentes, nas cidades de Recife e Salvador. O conv�nio visa a criar bibliotecas-piloto em áreas carentes, destinadas a crianças impossibilitadas de terem acesso ao livro de outra maneira, dando-lhes oportunidade assim de adquirir hábito de leitura e interesse pelo livro. O projeto, que tem como coordenadora Ma-rina Quintanilha Martinez (assessora técnica da FNLIJ), e como responsável pelo núcleo de Recife Margarida de Andrade Mateus de Lima, diretora da Biblioteca Pública Estadual, encontra-se em fase de implantação, naquela cidade.

O projeto Fazendo Artes em biblioteca infantil, objeto de conv�nio entre a FNLIJ e a FUNARTE, foi implantado pela FNLIJ, na Biblioteca Infantil Maria Mazzetti (Casa de Rui Barbosa, Botafogo) e na Favela Euclides da Rocha (Morro dos Cabritos, Copacabana). O projeto tem como coordenadora Rejane Carvalho de França (assessora técnica da FNLIJ) e como professoras de arte Cileide de Campos Fernandes e Maria Beatriz de Medeiros. O objetivo é levar educação art�stica à bi-blioteca infantil, servindo o livro de literatura para crianças e jovens como elemento

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de ligação entre os diversos setores art�sticos relacionados ao desenvolvimento da criança – artes plásticas, teatro, música, dança, expressão oral e escrita.

Na seção Literatura especializada Glória Pondé comenta a revista Ca-dernos da PUC/RJ n° 33 (agosto/80) dedicado à literatura infantil e organizada por Eliana Yunes.

A edição n° 55 do Boletim (abril/junho 81), ilustrado por Regina Yo-landa, nos informa que a livreira e antiga colaboradora da FNLIJ Celina Rondon passou a integrar o Conselho Curador da entidade, e que Ezequiel Teodoro da Silva é o representante da FNLIJ em Campinas. Na primeira página de texto uma bio-bibliografia resumida do ilustrador Gian Calvi, autor do novo projeto da publicação e dados informativos sobre Regina Yolanda, que ilustra o número em questão. Os primeiros artigos tratam sobre a questão da ilustração: o primeiro chama-se “O álbum de figuras como objeto de arte” e é de autoria da Kenneth Marantz, com tradução de Maria ln�s Duque Estrada.

Segue-se uma ótima entrevista com o dinamarqu�s Svend Otto Sven, famoso ilustrador dinamarqu�s e último ganhador do Pr�mio Andersen de ilustra-ção. O entrevistador é Jakob Gormsen e a tradução é de Leny Werneck.

Finalizando a seção Artigos uma entrevista de lsabelle Jan dada a Fre-deric Goussen intitulada “A literatura infantil nasceu quando os adultos souberam escutar os segredos das crianças”, traduzida por Elizabeth Paz de Almeida.

Irene de Albuquerque assina uma página sobre Vicente Guimarães, o infatigável Vovô Fel�cio, que falecera a 2 de julho de 80.

Em janeiro de 1981 foi institu�do o pr�mio Alfredo Machado Quintela, no valor de US$ 1.000, pelo escritor Ary Quintela em memória de seu filho pre-cocemente falecido. A Fundação publica os Anais do I Encontro de Professores Universitários de Literatura Infantil. Em fevereiro Laura Sandroni participou do treinamento, realizado em Macaé, para continuação do Projeto Implantação de Bibliotecas em Munic�pios do Estado do Rio de Janeiro.

No dia 1° de abril Laura Sandroni fez palestra no Colégio Companhia de Santa Teresa de Jesus, em preparação para uma feira de livros. No dia 6 participou do encontro de bibliotecários encarregados de bibliotecas infantis dos munic�pios do Estado do Rio de Janeiro, a convite do representante do INL.

Do dia 8 de maio a 5 de junho de 1981 realizou-se no Quintal das Artes, no Rio de Janeiro, um curso dado por Glória Pondé, assessora técnica da Fundação, abordando “Os contos de fadas e suas caracter�sticas”; “O folclore e os mitos”; “O real e o maravilhoso na literatura tradicional e contemporânea”; “A poesia infantil”. Às exposições teóricas seguiram-se análises de obras de co-nhecidos autores para crianças e jovens e, ao final do curso, foram relatadas aos inscritos experi�ncias criadoras com o livro em sala de aula e/ou bibliotecas.

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As técnicas de dinamização de bibliotecas infantis foram objeto de curso promovido pela FNLIJ e pelo Centro de Artes do Méier. O curso realizou-se no Centro de Artes (Rua Rio Grande do Sul, 83-A), de 23 de abril a 27 de maio, sob a coordenação da Rejane Carvalho de França, assessora técnica da FNLIJ.

Pela primeira vez, em 1981, o mestrado em letras da Universidade Federal da Para�ba incluiu em seu curr�culo a literatura infanto-juvenil. A respon-sabilidade do curso foi entregue à professora de literatura brasileira Sônia Maria Van Dijck Lima.

Outro mestrado dessa mesma universidade vem oferecendo a discipli-na literatura infanto-juvenil: o de biblioteconomia, ministrado pela Profª., Maria Antonieta Antunes Cunha, da UFMG.

A convite do Núcleo de Estudos Lingü�sticos e Literários da Universidade Federal da Para�ba, em conv�nio com a Universidade Regional do Nordeste, reali-zou-se, em Campina Grande, um curso de literatura infantil, ministrado pela profes-sora Vera Aguiar, do Centro de Pesquisas Literárias da Pontif�cia Universidade Cató-lica do Rio Grande do Sul, e coordenado pela professora Elizabete Marinheiro.

Em maio de 1981, o curso teve a participação de professores daque-las universidades, da Rede Estadual de Ensino da Para�ba e de Pernambuco, e de alunos do curso de letras.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, INTERCOM, realizou-se na capital paulista, nos dias de maio, o Se-minário sobre a Produção Cultural para crianças, coordenado por Edmir Perroti.

Foram debatidos os problemas referentes aos vários meios de comu-nicação e a criança. Fanny Abramovitch e Ana Mae Barbosa discorreram sobre o tema “A criança como alvo da indústria cultural”. Ambas as expositoras reco-nheceram a presença inegável, no universo infantil, dos meios de comunica-ção. Ficou claro que o adulto deve compartilhar desse universo para que possa estabelecer critérios de seleção sem impor seus conceitos e idéias às crianças, numa verdadeira relação dialética adulto criança. Tatiana Belinky e Maria Rita Kehl falaram sobre “Televisão para crianças”, enfocando o caráter do ve�culo e os conteúdos que são apresentados às crianças. Ingrid Dormieus demarcou as linhas da produção teatral para o público mirim no Brasil, mostrando a impor-tância da década de 70, quando a representação passa e ser encarada como “processo, integrando o espectador ao espetáculo. Ilo Krugli realçou o teatro de feição artesanal e lamentou que apenas uns poucos abnegados o façam sobrevi-ver. Ao final, os presentes reconheceram que o teatro e a literatura conseguiram romper o imobilismo da produção cultural para a criança em seu todo.

Ziraldo, Zélio, Ciça e Lu�s Dias apresentaram a situação do quadrinho com caracter�sticas nacionais e o problema do mercado brasileiro, que o desesti-

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mula. Gian Garfunchel e Celso Pinheiro abordaram a produção do disco infantil, mostrando que não existe uma tradição musical brasileira em disco para crianças.

As discussões sobre literatura e jornal encerraram os debates. Regina Zilberman concluiu sua exposição mostrando que “a produção nacional ainda se sujeita em muitos casos ao patroc�nio de um modo de vida marcado pela domi-nação da criança e afirmação do poder adulto”, mas que, “por outro lado, avul-ta igualmente a tend�ncia contrária [...] visando antes à �nfase na emancipação do ser humano”. Mima Pinsky falou do aumento da produção editorial de livros para crianças nos últimos anos, mas lembrou os limites impostos pelo mercado aos autores, uma vez que a escola desempenha importante papel cerceador na venda dos livros. Suzana Dias Beck e José Montes mostraram que o jornal ainda não conseguiu praticamente estabelecer-se como ve�culo destinado à criança, em parte devido às barreiras exercidas pela escola.

No dia 16 de maio Ofélia Fontes, escritora das mais conhecidas e queridas e representante dos autores no Conselho Superior da FNLIJ, falou na Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo) sobre “A importância da palavra no desenvolvimento da criança”, a convite da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato.

O Boletim de n° 56 (julho/setembro de 1981) é ilustrado por Rui de Oliveira, de quem se fez uma pequena biografia. Logo a seguir um artigo de Igor Colina, psicólogo venezuelano, sobre um tema bastante controverso, “O mito audiovisual”, seguido por outro, de Artur da Távola, sobre “A criança e a comunicação no mundo atual”.

No “Noticiário Nacional” somos informados de que foi eleito, em 9 de julho, para a cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras, o escritor Or�genes Lessa, autor de uma vasta obra destinada a adultos, jovens e crianças. Em 1980 Or�genes recebeu o pr�mio APCA (Associação Paulista de Cr�ticos de Arte), pelo conjunto de sua obra.

Em julho Laura Sandroni participou de uma reunião de avaliação do Projeto Implantação de Bibliotecas Escolares do Departamento de Cultura da SEEC/RJ, que contou com a presença das responsáveis dos seis munic�pios nos quais o projeto se desenvolve. A FNLIJ inicia um curso sobre “Técnicas de dina-mização de bibliotecas”, no Centro de Divulgação e Pesquisa, coordenado por Rejane Carvalho de França. Rejane também representou a Fundação em Semi-nário sobre pré-escola organizado pela OMEP (Organização Mundial de Ensino Pré-Escolar), realizado em Cabo Frio nos dias 29 e 30 do mesmo m�s.

No dia 30 Laura Sandroni e Ana Maria Machado participam de mesa-redonda sobre Literatura Infantil no 2° Congresso Nacional de Letras e Ci�ncias Humanas na SUAM – Sociedade Unificada de Ensino Superior Augusto Mota. No dia seguinte Ana Maria relata, no Centro de Divulgação e Pesquisa, sua

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experi�ncia de oficina de texto em Angola e Moçambique, a convite do Instituto do Livro daquele pa�s.

Nos meses de agosto e setembro a Fundação assessorou o Departamen-to Educacional do Jornal do Brasil em seu projeto de feiras de livros em escolas.

Na seção Literatura Especializada resenha de Glória Pondé sobre o n° 43, de março de 1981, da Revista Letras Hoje, da PUC/RS (Centro de Estudos da L�ngua Portuguesa), inteiramente dedicada à Literatura Infantil. Glória Pondé comenta ainda A literatura infantil na escola publicado pela Global e de autoria da Regina Zilberman. Diz ela: “Finalmente uma publicação que tem como tônica a cr�tica e a reflexão dos principais problemas da literatura infantil contemporânea”.

No número 57 (outubro a dezembro de 1981) uma novidade: peque-nos anúncios de livrarias e editoras aparecem pela primeira vez nas folhas de guarda do Boletim Informativo.

Na relação de membros do Conselho Superior vemos que Antonio Seve-ro Sant’Anna passa a representar a Associação Brasileira do Livro e Ronaldo Costa Fernandes o INL, enquanto a representação de FNLIJ se amplia: no Paraná temos agora Minam Kusman Weber, em Joinville (SC) Marta Martins da Silva e em Pernam-buco Margarida Mateus de Lima. As ilustrações desta vez são de Patr�cia Gwinner.

Na abertura um artigo de Maria Antonieta Antunes Cunha sobre “Gra-ciliano Ramos: quando a obra infantil redimensiona a obra adulta”. A seguir Maria In�s Duque Estrada escreve sobre “Livrarias para crianças”, descrevendo as caracter�sticas de cada uma delas.

Em junho e julho de 1981 realizou-se, em Uberlândia (MG), o 1º Encontro Mineiro de Professores e Especialistas de Educação, sob a coordenação da professora Maria Antonieta Antunes Cunha, da UFMG. O Encontro teve o patroc�nio da Universidade Federal de Minas Gerais e da 26 – D.R.E., Prefeitura Municipal e E. E. Bueno Brandão.

Sob a coordenação de Laura Constância Sandroni, diretora-executiva da FNLIJ, realizou-se, de 14 a 18 de setembro, no Centro Cultural do Brasil, da Academia Brasileira de Letras, o II Seminário de Literatura no 1º Grau, uma pro-moção do Departamento Geral de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

O Seminário teve por objetivo dar ao professor de 1º grau subs�dios para melhorar seu desempenho na formação do hábito da leitura de seus alunos e conseqüente melhoria da expressão escrita. O programa constou de exposições teóricas de especialistas, como Glória Maria Fialho Pondé, professora do muni-c�pio e assessora técnica da FNLIJ (“Conceito de literatura infantil e juvenil”); Luci Ruas, professora da UGF, da UFRJ e do munic�pio do Rio de Janeiro (“O conto de fadas”); Júlio César da Silva, professor das Faculdades Notre-Dame e Nova

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Iguaçu e do munic�pio do Rio de Janeiro (“Folclore, mitos e lendas”); Eliana Yu-nes, professora da PUC/RJ (“Realismo e literatura urbana”); professora Francisca Nóbrega, da UFRJ (“A poesia e a criança”), e de depoimentos e debates com autores, como também relato de experi�ncias a partir da poesia (Rejane Carvalho de França, professora de música da Escola Nacional de Música) e da narrativa (Maria Helena Werneck, professora do Estado). A freqü�ncia, ass�dua, foi de cer-ca de 500 participantes, entre professores do munic�pio, professores de escolas particulares, bibliotecários e interessados.

Como atividades paralelas realizaram-se feiras de livros infanto-juve-nis, exposição de livros de refer�ncia sobre literatura infanto-juvenil e material da FNLIJ, distribuição de relação de livros infanto-juvenis por faixas etárias, dis-tribuição de bibliografia de refer�ncia sobre o assunto e exposição do material publicado pela Divisão de Bibliotecas e Documentação do Departamento Geral de Cultura.

O VII Encontro de Literatura Infanto-Juvenil e Educação para Profes-sores do 1º Grau, promovido pela Editora Brasil-América (EBAL), realizou-se na sede da editora, na cidade do Rio de Janeiro, em julho, especialmente dirigido aos professores de 1ª a 8ª séries. Stela Leonardos, Josué Montello, Laura Cons-tância Sandroni, Maria Lúcia Amaral e Doc Comparato foram alguns dos espe-cialistas que participaram do Encontro.

Em outubro, Glória Pondé inicia curso sobre literatura infantil no Mu-seu Histórico Nacional, promovido pela MUDES em conv�nio com a FNLIJ.

No mesmo m�s Laura Sandroni participa do I Encontro de Literatura In-fantil e Juvenil promovido pelo Departamento de Letras da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, de Nova Friburgo/RJ. Depois participou do painel sobre multi-meios, organizado pela Divisão de Material de apoio da Secretaria Municipal de Educação na Escola Calouste Gulbenkian.

Em 19 de julho fala sobre “A importância da biblioteca infantil escolar e pública na formação do hábito de leitura”, no Centro Cultural da Academia Brasileira de Letras como parte do I Encontro de Bibliotecários do Rio de Janeiro.

Ainda em julho realizou-se na Universidade Federal de Pernambuco o Seminário “Promoção do Hábitos de Leitura”, organizado pela FNLIJ por so-licitação da Biblioteca Central daquela Universidade. Os conferencistas foram: Teresinha Marinho e Laura Sandroni, da equipe da FNLIJ, Ezequiel Teodoro da Silva, presidente da ALB – Associação de Leitura Brasil, e Margarida Mateus de Lima, Diretora da Biblioteca Pública do Estado e representante da FNLIJ em Pernambuco.

Tendo como tema geral “Lutas pela democratização da Leitura no Bra-sil”, realizou-se em Campinas, São Paulo, em novembro, o 3º Congresso de

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Leitura do Brasil – COLE. Promovido pela UNICAMP – Faculdade de Educação, Secretaria Municipal de Cultura e Centro de Estudos, Educação e Sociedade (CEDES), teve ainda o apoio do CNPQ e do INEP e realizou-se no Centro de Conviv�ncia Cultural de Campinas. Na ocasião discutiram-se as bases de uma associação de leitura e o projeto de seus estatutos.

O escritor e pedagogo Paulo Freire fez a confer�ncia de abertura do Congresso falando sobre a “Importância da Leitura”. Cerca de 700 pessoas esti-veram presentes, incluindo especialistas de todo o pa�s, que relataram e discuti-ram suas experi�ncias. A FNLIJ foi representada por sua diretora-executiva Laura Sandroni, que participou da mesa-redonda sobre o tema “Em busca de uma pol�tica concreta para o desenvolvimento da leitura no Brasil”. Também a asses-sora-técnica, Rejane Carvalho França, apresentou uma comunicação intitulada “Biblioteca Infantil, espaço criador de integração comunitária”.

Nesse mesmo ano a UNICAMP oficializou a inclusão da cadeira de Literatura Infantil no seu curr�culo de pós-graduação, sob a responsabilidade da professora Marisa Lajolo.

Ainda em novembro, realizou-se no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro uma Exposição de livros infantis alemãs, promovida pelo Instituto Cultural Brasil-Alemanha e Livraria Castelo, com apoio da FNLIJ.

Em dezembro a Fundação assinou conv�nio com o munic�pio de Ni-terói para implantação de bibliotecas escolares nas 21 escolas da rede pública daquele munic�pio.

Em Literatura Especializada Francisca Nóbrega comenta a tese de doutoramento de Ezequiel Teodoro da Silva, que logo foi publicada sob o t�tulo O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova psicologia da leitura, pela Cortez Editora.

O ano de 1982 (Boletim n° 58/janeiro a março) se inicia com a capa marrom, cujo tom varia nas edições seguintes. As ilustrações são de Elvira Vig-na, a partir dos desenhos originais de André Le Blanc para as edições dos livros de Monteiro Lobato editados pela Brasiliense em 1947, pois, em 1982, come-morava-se o centenário de nascimento do escritor considerado o fundador da literatura infantil brasileira. Todos os artigos são sobre ele: Zinda Vasconcellos assina “Ressuscitando o sentido pol�tico da obra infantil em Lobato”, Ruth Rocha rememora fatos de sua vida como leitora de Lobato para falar de sua biografia e termina com as seguintes frases:

“Os que leram Lobato na infância aguçaram seu senso cr�tico, sua tend�ncia libertária, seu amor à verdade, seu horror à hipocrisia, sua fé no pro-gresso do homem. E entre eles estão, certamente, os que hoje escrevem para as crianças no Brasil. E assim se perpetua sua influ�ncia.”

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Segue-se “Monteiro Lobato, uma vida, uma obra” verbete do Dicioná-rio de autores de livros para crianças e jovens, a ser editado pela FNLIJ (o que infelizmente nunca veio a acontecer). Talvez a parte mais importante do verbete seja o que relaciona obras sobre o autor – artigos, cr�ticas, livros, teses – publi-cados até aquela data.

Um artigo interessante e inovador é “A literatura infantil como recurso básico ao processo de alfabetização”, de Ana Maria Disch�nger Marshall, profes-sora alfabetizadora em escola da rede pública de Porto Alegre, RS. Ela narra sua experi�ncia no uso de livros infantis em programa de reforço de aprendizagem para alunos em fase de alfabetização. Um ponto que chama a atenção é o fato de a Biblioteca Luc�lia Minssen, através de sua diretora Ivette Duro, ter colocado à disposição da escola 40 t�tulos adequados à situação.

Como atividade do Programa de Incentivos à Produção e Difusão Cul-tural da Secretaria Municipal de Educação e Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Departamento Geral de Cultura, através da Divisão de Documentação e Bibliotecas, organizou, com assessoria da FNLIJ, o ciclo de palestras “O Texto – Condutor de Experi�ncias Criadoras”. O evento faz parte das comemorações do centenário de Monteiro Lobato e integra-se no programa Dinamização da Ação das Bibliotecas Regionais – 1982. As palestras, a serem realizadas no au-ditório da Biblioteca Regional de Copacabana, de 26/3 a 13/4, destinam-se a professores, bibliotecários e interessados.

Serão trabalhados os seguintes temas: “Biblioteca infantil e biblioteca escolar – organização, caracter�sticas e finalidade”, por Elvira Barcelos Sobral; “Literatura e recreação – atividades em torno do livro, narrativa de histórias”, por Marina Quintanilha Martinez; “Literatura infantil e juvenil – histórico, significado, valores, caracter�sticas, importância na formação do leitor”, por Eliana Yunes; “Criação literária em prosa e verso – trabalho com a criança partindo da sua própria experi�ncia, programa de sensibilização e formação poética”, por Célia Maria Pinto Costa; “O livro de pano e seu manuseio pela criança pequena – uti-lidade, interesse, confecção”, por Isis Valéria; “Música na biblioteca infantil e na escola do 1º grau – experi�ncias criadoras, tendo como elemento condutor o texto, mobilizando a criança ou o jovem para a compreensão do mundo sonoro circundante”, por Rejane Carvalho de França; “Arte e natureza – mobilização da criança para compreensão do seu mundo visual significativo, através de sua expressão, levando-a a querer ler e compreender esse mundo”, por Maria Lúcia Freire; “Teatro na biblioteca infantil e na escola do 1° grau – postura e adequa-ção, jogo dramático”, por Silvia Ademe; e “Trabalho prático integrado; Clã do Jabuti, teatro e música – experi�ncias envolvendo o texto de Monteiro Lobato A chave do Tamanho”.

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Em decorr�ncia da programação, foi feito um acompanhamento prá-tico em várias bibliotecas regionais do munic�pio do Rio de Janeiro pelos autores das palestras.

Na seção Literatura Especializada, Regina Zilberman participa com re-senha sobre o texto de Marisa Lajolo, “Usos e abusos da literatura na escola Bilac e a literatura escolar na República Velha”, sua tese de doutoramento na área de Teoria Literária e Literatura Comparada, mais tarde publicada pela Editora Globo de Porto Alegre (1981).

Maria Antonieta Cunha comenta os Cadernos da PUC/RJ n° 34, se-gundo número todo dedicado à literatura infantil organizado por Eliana Yunes, enquanto Maria Aparecida Roncato resenha “Tr�s momentos do conto infantil”, dissertação de mestrado apresentada na PUC/RS por Maria Teresa Bassanesi. O primeiro momento aborda a literatura infantil brasileira antes de Lobato, o segundo a renovação trazida pelo escritor e o terceiro o realismo, cujo principal representante é Wander Piroli.

Na edição de n° 59 (abril/junho de 1982) temos modificações no Conselho Superior pois o INL passa a ser representado por Armando Freitas Fi-lho, o Conselho Regional de Biblioteconomia por Benta Rosa Ribeiro, e Henrique Sérgio Gregori passa a ser representante das atividades empresariais. No Conse-lho Curador Jairo Marques Neto substitui Luiz Jardim. Mais duas representações da FNLIJ: Vânia Resende, em Uberaba, e Marta Pannunzio, em Uberlândia, am-bas no Estado de Minas Gerais.

O ilustrador da edição é Gerson Lopes de Andrade, que dá continui-dade à recriação dos personagens de Lobato.

Os artigos também são a continuação do texto de Zinda Vasconcelos e do verbete sobre Lobato, do Dicionário de Autores em elaboração pela FNLIJ. Marlene Sousa Santos, de São Paulo, fala sobre a “Biblioteca escolar: processo embrionário na formação do hábito de leitura”.

As comemorações do centenário de Lobato continuam. Entre diversas Notícias que o Boletim publica está uma exposição no saguão da Biblioteca Nacional inaugurada a 19 de abril/82, com edições da obra do autor, cartas a amigos e intelectuais, ilustrações de artistas já desaparecidos e fotos da época em que Lobato empreendia suas lutas pelo progresso do Brasil.

A Biblioteca Maria Mazzetti organizou uma exposição com livros pu-blicados entre 74 e 81, pertencentes ao acervo da FNLIJ, incluindo as reedições de Lobato.

A OLAC – Oficina Literária Afrânio Coutinho –, com o apoio da Se-cretaria Municipal de Educação e Cultura e sob a coordenação da FNLIJ, re-alizou no auditório da Faculdade Notre-Dame o seminário “Monteiro Lobato

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e a literatura infantil contemporânea”, que constou das seguintes palestras: “A literatura infantil e o contexto cultural brasileiro”, expositora Eliana Yunes, autor-debatedor Or�genes Lessa; “O universo ideológico de Lobato”, exposito-ra Zinda Vasconcelos, debatedora Laura Sandroni; “O folclore, os mitos e as lendas”, expositor Júlio César, autor-debatedor Joel Rufino dos Santos; “Lobato e o espaço de ensino”, expositora Francisca Nóbrega, autora-debatedora Fer-nanda Lopes de Almeida; “As manifestações do realismo”, expositora Glória Maria Fialho Pondé, autora-debatedora Eliane Ganem; “O real e o mágico em Lobato”, expositora Luci Ruas, autora-debatedora Maria Lúcia Amaral; “Lo-bato tradutor: uma janela para o mundo”, expositora Ana Maria Machado, autora-debatedora Stela Leonardos; “Experi�ncias criadoras a partir de textos lobatianos”, expositoras Rejane Carvalho de França e Maria Célia Pinto Costa; “Lobato e a cultura de massa”, expositora Sônia Salomão Khéde, autora-deba-tedora Reg�na Yolanda.

Para encerrar o evento foi organizada uma mesa-redonda com a par-ticipação de Maria Helena Silveira (“A adaptação de Lobato para a TV”), Regina Yolanda (“Problemas da ilustração de livros infantis”) e Eliane Ganem (“Proble-mas da editoração de livros infantis”), coordenada pela diretora executiva da FNLIJ, Laura Sandroni.

A Editora Brasiliense lançou uma luxuosa edição em papel-b�blia com 1915 páginas contendo toda a sua obra infantil de Lobato intitulada Edição centenário 1882-1982.

O Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas do Instituto de Bioci�ncias, Letras e Ci�ncias Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho promoveu o III Seminário Regional de Literatura, realizado de 10 a 14 de maio, em São José do Rio Preto, tendo como tema a “Literatura infanto-juvenil” e como escritor homenageado Monteiro Lobato.

O Seminário constou de confer�ncias, mesas-redondas, palestras e comunicações, encontro de professores de 1º e 2º graus e lançamento de livros. A FNLIJ fez-se representar na pessoa de sua diretora-executiva Laura Constância Sandroni, que falou, na abertura do evento, sobre o “Panorama da literatura infanto-juvenil brasileira”. Rejane Carvalho de França, assessora-técnica da FNLIJ enviou uma comunicação intitulada “O livro integrado e visto como objeto de arte: ponto de partida de outras manifestações art�sticas”.

O Boletim n° 60 (julho a setembro de 1982) é ilustrado por Gerson Conforto (hoje Gerson Conforti) que, como os demais no ano de 82, trabalha os personagens de Monteiro Lobato. Os artigos, de autoria de Maria Teresa Gonçalves Pereira e Francisca Nóbrega, abordam diferentes aspectos da obra do escritor.

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Glória Pondé faz uma carta sobre a morte de Haroldo Bruno, ocorrida no m�s de julho/82, e comenta os pr�mios da FNLIJ explicando a maneira como os mesmos são concedidos. Diz ela:

“Visando a premiar os melhores escritores e ilustradores, a FNLIJ insti-tuiu essas láureas, anuais, que se referem às primeiras edições de autor nacional, lançadas no ano anterior, conforme data impressa no volume”.

Concorrem todos os exemplares que chegam à FNLIJ, até a data da primeira reunião da Comissão Julgadora, a qual realiza uma seleção prévia, levando em consideração o conjunto: texto, ilustração e aspectos gráficos (dia-gramação, impressão e acabamento). Neste primeiro encontro, o especialista em ilustração avalia a parte pictórica e exclui os livros que não se enquadram no critério estabelecido. A equipe de pré-seleção é sempre constitu�da de profis-sionais que atuam em diversas áreas: ilustrador, professor, livreiro, bibliotecário, cr�tico literário.

Em seguida, os outros membros analisam os textos para verificar a qualidade literária e, assim, organizar uma lista que é enviada aos cr�ticos e pro-fessores de literatura infanto-juvenil do pa�s. Essa lista serve como sugestão e não é r�gida: se o especialista não concordar com ela, pode sugerir outros t�tulos para serem premiados. Nem todos os profissionais contatados enviam parecer. Alguns se consideram impedidos, outros, por motivos diversos, não respondem. As obras que recebem indicação para o 1° lugar, mas que não obt�m essa classificação, são consideradas “Altamente Recomendáveis”.

A FNLIJ in�ciou esta premiação em 1974 e até 1977 só havia a láurea “O Melhor para a Criança”, em virtude do percentual pouco expressivo de livros para os adolescentes. Com o surgimento de obras para jovens, a partir de 1978, instituiu-se “O Melhor para o Jovem” e, em 1982, criou-se “O Melhor Livro sem Texto”, pelo aparecimento de t�tulos destinados à criança que ainda não sabe ler mas pode elaborar oralmente suas histórias, com base nas imagens dessas publicações. Sempre que se cria uma nova láurea, concorrem todas as obras que se enquadram na categoria, publicadas nos anos anteriores.

Examinando o número de livros recebidos e os dos premiados Glória realiza uma interessante s�ntese do panorama editorial de 1975 a 1981, que reproduzimos a seguir:

– Em 1975, a oferta de t�tulos nacionais em 1ª edição era de 42 obras; em 1978 chegou a 107, havendo uma sens�vel queda no ano seguinte. A partir de 1980, recupera-se o aumento da produção.

– Em termos de qualidade, ocorreu também uma melhoria significa-tiva, a partir de 1980. Verificou-se, nesse ano, que 24% da produção já se en-quadrava nos critérios de qualidade editorial e literária requeridos pela FNLIJ. No

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per�odo seguinte, o percentual cresceu para 34,9, o que atesta o alto n�vel de nossos escritores e ilustradores, que tem merecido atenção até do exterior, com tradução de várias obras e concessão de pr�mios.

– Por último o crescimento da oferta de livros destinados aos adolescen-tes, cujo tratamento gráfico aponta o cuidado dos autores, ilustradores e editores. Em 1981, o número de livros juvenis superou o dos infantis, na pré-seleção, ato inédito que demonstra uma verdadeira explosão de textos para adolescentes.

O ilustrador Gian Calvi, com relação aos pr�mios de 1981, assim se manifestou:

“‘O Melhor para a Criança’, ‘O Melhor para o Jo-vem’ e ‘O Melhor Livro sem Texto’ estão definitivamente melho-res. Faz bem a gente ver quantos bons livros, textos e ilustrações apareceram. Quantas editoras novas e quantas boas idéias. Dá vontade de ser de novo criança, para aproveitar toda essa chance de escolha e dá vontade de ter pais que percebam que os bons livros brasileiros estão a�, é só escolher o tema, a idéia, o desenho e abrir a porta para o prazer da fantasia”.

A concessão anual de pr�mios permitiu à FNLIJ pesquisar as neces-sidades do mercado. Há algum tempo esta instituição vem alertando sobre a escassez de livros para o pré-leitor e para o jovem. De acordo com o quadro estat�stico, pudemos verificar que a indústria editorial é sens�vel a essas pesquisas e responde positivamente, colocando no mercado os livros espec�ficos para as faixas etárias que carecem de textos para leitura.

A evolução do livro infantil deve ser considerada satisfatória, se aten-tarmos para a crise em que o pa�s mergulhou, na segunda metade dos anos 70. Assim, contribu�ram para o fortalecimento do mercado editorial, a melhoria da qualidade dos textos e o aumento do número de leitores: a intensa discussão do problema em congressos, seminários e debates de toda ordem, nas universida-des, escolas e páginas da imprensa; a lei da reforma de ensino que considerou “conveniente” o uso de textos de autores brasileiros no ensino de Comunicação e Expressão de 1° grau; a instituição de pr�mios para autores e ilustradores.

Deste modo, a concessão desses pr�mios permitiu a melhoria e o aumento da produção editorial, à medida que foram apontadas car�ncias, e favoreceu a consagração de escritores, como também o surgimento de valores novos, contribuindo para a maioridade da literatura infantil brasileira. Prestigiar o público, apontando-lhe o que há de melhor, e prestigiar escritores, ilustradores e editores de todas as regiões do pa�s é uma das principais metas da FNLIJ.

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Associando-se às comemorações do centenário de nascimento de Monteiro Lobato, a Metal Leve (do bibliófilo José Mindlin) produziu uma edição fac-similar, fora do comércio, da 1ª edição de A menina do Narizinho arrebitado, com ilustrações de Voltolino, lançada pela Revista do Brasil, em 1920, então propriedade do autor.

Nesse Boletim surge a primeira not�cia sobre o Projeto Ciranda de Livros:

“A FNLIJ interessada em expandir suas idéias de criação de novas bibliotecas e de alternativas que mobilizem a criança a adquirir o hábito de leitura, tornando-a, conseqüen-temente, mais consciente e integrada no grupo social em que vive, elaborou um projeto visando à modificação do quadro atual no que diz respeito à criança carente brasileira. Para con-seguir seu objetivo contou com o apoio de Fundação Roberto Marinho e patroc�nio da Hoechst do Brasil em estreita cola-boração com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, do MEC e das secretarias de educação estaduais e municipais, e de vários editores.

O projeto, planejado para suprir a inexist�ncia de bibliotecas na grande maioria das escolas rurais do pa�s, cerca de 150 mil em seu total, pretende atingir 30 mil desses esta-belecimentos, ou seja, 1.209 mil alunos carentes impossibilita-dos de adquirir o livro por meio próprio. Estruturado em quatro etapas, cada Ciranda de Livros se constitui de uma biblioteca básica de 15 t�tulos, selecionados pela FNLIJ, um Guia de Lei-tura para pais e professores, cartão de leitor, fichas de circula-ção. O acompanhamento se dará através de questionários de avaliação, correspond�ncia ativa com os interessados, boletim bimensal e promoção de seminários regionais e nacionais.

O critério para doação das Cirandas contará com a colaboração das secretarias estaduais e municipais de Educa-ção. A FNLIJ participa de todas as etapas do projeto e é res-ponsável pela seleção dos t�tulos e redação do Guia de leitura para pais e professores”.

Durante a realização da 34ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci�ncia – SBPC, que teve lugar em Campinas, SP, em julho, a literatura infanto-juvenil foi discutida numa Sessão de Comunicação Coorde-

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nada, da qual participaram Glória Pondé, assessora técnica da FNLIJ como coor-denadora, a ilustradora Regina Yolanda Werneck, as professoras Sônia Salomão Khéde, da Faculdade de Letras da UFRJ, Eliana Yunes, da PUC-RJ, Maria Lajolo, da UNICAMP, e Maria Antonieta Antunes Cunha, da UFMG.

O tema “Rumos da pesquisa em literatura infanto-juvenil brasileira” despertou vivos debates e interesse em um público de 70 pessoas.

Antecedendo a VII Bienal Internacional do Livro, realizada em São Paulo, em agosto, promoção da Câmara Brasileira do Livro e Sindicato Nacional dos Edi-tores de Livros, com apoio do Ministério da Educação e Cultura/Instituto Nacional do Livro, Secretaria de Estado da Cultura e Educação de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e de Educação de São Paulo, Centro de Estudos de Literatura Infantil e Juvenil e Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, teve lugar, no Pavilhão Bienal, no Parque Ibirapuera, o Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil, tendo por tema “Literatura infanto-juvenil e ideologia”, e coorde-nadores Edmir Perroti, Laura Constância Sandroni, Lúcia Pimentel de Sampaio Góis, Maria Antonieta Antunes da Cunha e Maria Nazaré de Castro Pena; a programação do Seminário constou de mesas-redondas, grupos de estudos, comunicações e ses-são plenária final. Um grupo de profissionais diretamente vinculados aos trabalhos com a literatura infantil se reuniu para discutir mais profundamente os problemas relacionados com o tema “literatura e ideologia” no II Encontro de Especialistas.

Os temas das mesas-redondas foram “Ideologia e linguagem verbal – forma e conteúdo; “Ideologia e linguagem não-verbal ; “Ideologia e leitura”; “Ideologia e história literária – Lobato”.

Além desses eventos, a VII BIL instituiu pr�mios para melhor texto e melhor ilustração infanto-juvenil, em primeira edição no per�odo de agosto de 1980 a março de 1982. Previamente foram consultadas 100 pessoas ligadas à área de literatura infantil que indicaram 10 t�tulos para cada um desses pr�mios. A fase final de votação realizou-se durante a reunião do grupo de profissionais, que escolheram como vencedores Lygia Bojunga Nunes, com O sofá estampado – 1° lugar para melhor texto, e Eliardo França, com a Coleção “Gato e Rato” – 1° lugar para melhor ilustração.

Na seção Literatura Especializada são comentados a dissertação de mestrado de Ana Mariza Ribeiro Filipousky apresentada no Instituto de Letras da UFRGS, intitulada “O universo narrativo de Monteiro Lobato, um mundo de men-tira e verdade; visão cr�tica de uma literatura infanto-juvenil”, por Zinda Vascon-cellos, e o livro de Eliana Yunes, Presença de Lobato, publicado pela Divulgação e Pesquisa, por Maria Teresa Gonçalves Pereira.

O Boletim Informativo de n° 61 (outubro a dezembro de 82) traz um anúncio da Ciranda de Livros que contém um aspecto dos mais significativos do

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projeto. Diz o seguinte: “Uma extensa e prolongada campanha de comunicação vai espalhar a boa nova também entre o público adulto, sensibilizando-o para a importância do livro na formação cultural da garotada”. É preciso lembrar que esse projeto pioneiro levou o livro, pela primeira vez, para a televisão, sendo veiculado freqüentemente no chamado “horário nobre”. Foram 400 inserções cada ano, dos quatro em que se desenvolveu.

Outro anúncio se refere ao Concurso de cartazes comemorando o 15º aniversário da FNLIJ, com apoio do Banco Crefisul de Investimentos. Objetivava-se escolher o cartaz para a mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil de 1983 escrita por Lygia Bojunga Nunes (Pr�mio Andersen/82) com o t�tulo Livro: a troca. Todo o regulamento era detalhado, assim como os valores dos cinco pr�mios a serem concedidos.

O número de representantes da FNLIJ cresce. Em Campo Grande (MS) Ceila Puia Ferreira, em Porto Velho (RO) Glória Valadares Granjeiro, e em São Lu�s (MA) Laura de Paula iniciam um trabalho que se revelou fecundo.

A ilustração ficou por conta de Flávia Savary, ainda sobre as persona-gens de Lobato, e os artigos continuam a examinar aspectos de sua obra. Nesta edição Luci Ruas contempla “O real e o mágico em Monteiro Lobato”.

Na seção Literatura Especializada, Sônia Salomão Khéde comenta o recém-lançado livro de Zinda Vasconcellos, O universo ideológico da obra infan-til de Monteiro Lobato, e Luci Ruas a dissertação de Mestrado apresentada por Maria Teresa Gonçalves na PUC/RJ, intitulada “Processos expressivos na literatu-ra infantil de Monteiro Lobato”.

No Boletim n° 62 (janeiro a março de 83) lemos que Or�genes Lessa passou a representar a União Brasileira de Escritores no Conselho Superior, en-quanto Thex Correia da Silva integra agora o Conselho Curador e Isabel Car-valho Vieira aceita o cargo de representante da FNLIJ, em Bras�lia. A ilustração deste número é de Angela Lago.

Um artigo de Denise Escarpit “Sobre a imagem: meio de comunicação e expressão da criança pequena” abre a seção “Artigos” seguido de uma última homenagem a Lobato concretizada num excelente artigo de José Guilherme Mer-quior – republicado do Jornal do Brasil – intitulado “A lição de Lobato”.

Através do “Noticiário Nacional” somos informados de que o Boletim Informativo recebeu da União Brasileira de Escritores a láurea de Mérito Cultural entregue em cerimônia realizada na Academia Brasileira de Letras, no dia 15 de outubro de 1982, a Teresinha Marinho, responsável pela publicação, e a Laura Sandroni, diretora-executiva da FNLIJ.

O Documento aprovado no encerramento do 1° Encontro de Profes-sores Universitários de Literatura Infantil e Juvenil, realizado na cidade do Rio

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de Janeiro, de junho a julho de 1980, por iniciativa da FNLIJ e com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, foi encaminhado aos conse-lhos estaduais de Educação e Cultura dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, através da presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros – SNEL, Sra. Regina Bilac Pinto Zingoni.

Em seu of�cio, encarece a urg�ncia da inserção da disciplina literatura infantil e juvenil nos curr�culos das Escolas Normais e cursos de Letras, Educação, Comunicação, Psicologia, Biblioteconomia e demais escolas envolvidas na for-mação do professor de l° e 2° graus, em n�vel de graduação e pós-graduação, além de considerar a importância do trabalho desenvolvido pela FNLIJ.

A matéria foi relatada no plenário do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, que aprovou a disciplina como obrigatória entre aquelas de caráter eletivo. O Conselho Estadual de Educação de São Paulo aconselhou a inclusão da literatura infantil e juvenil como disciplina complementar ou optativa do curr�culo pleno de programas de graduação.

O Secretário de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, Arnaldo Niskier, além de considerar excelente a iniciativa, restaurou a adoção da disciplina no Instituto de Educação do Rio de Janeiro. Também lembrou que as escolas da rede oficial do estado incluem a literatura infantil como disciplina autônoma nos cursos de Estudos Adicionais com aprofundamento em Pré-Escolar e Alfabetização.

A Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo ofe-rece a seus alunos a matéria, e as Faculdades Integradas da Universidade de Uberaba – FIUBE, a partir de 1982, a lecionam não somente nos cursos de Letras, como também nos de Pedagogia e Educação, como disciplina eletiva.

O Pr�mio Alfredo Machado Quintela de 1982 foi entregue no dia 7 de março à escritora Luc�lia Junqueira de Almeida Prado, em cerimônia realizada na sede da Fundação. O original O amor é um pássaro vermelho foi logo publicado pela Record, conforme o conv�nio firmado entre a FNLIJ e aquela editora.

Seguem-se os diversos pr�mios concedidos por diferentes entidades cujo levantamento iniciado desde as primeiras edições do Boletim foram mais tarde reunidos numa publicação intitulada Literatura Infantil e Juvenil: lista de obras e autores premiados organizada pela FNLIJ, e publicada pela FUNARTE, através de seu Centro de Documentação dirigido pela bibliotecária Kátia Carva-lho, em 1985.

Em Literatura Especializada encontramos uma preciosa “Bibliografia sobre Literatura Infanto-Juvenil Brasileira – per�odo 1976-1981”, assinada por Esmeralda V. Negrão, Regina P. Pinto e Fúlvia Rosemberg pesquisadoras da Fun-dação Carlos Chagas.

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Orgulha-nos verificar que grande parte dos artigos citados foram pu-blicados no Boletim Informativo e nos Anais do I Encontro de Professores Univer-sitários de Literatura Infantil e Juvenil, ambas publicações da FNLIJ.

No número 63 (abril a junho de 1983) notamos mudanças no Con-selho Regional de Biblioteconomia, que passa a ser representado por Zilda Cruz Leal Martins. Entre os representantes surge o nome de Francisco Aurélio Ribeiro, de Vitória (ES), e Egl� Malheiros (SC) é substitu�da por Tânia Piacentini. A ilustra-ção é de Ana Raquel.

Em comemoração ao 15° aniversário de criação, a FNLIJ organizou alguns eventos tendo como centro de atenção o livro e a criança, objetos de trabalho do programa que executa.

Com o apoio do Banco Crefisul, a FNLIJ instituiu um concurso de car-tazes para selecionar aquele que simbolizaria o Dia Internacional do Livro Infantil de 1984, inspirado na mensagem “Livro, a troca”, da escritora Lygia Bojunga Nunes, detentora do pr�mio Hans Christian Andersen de 1982. Os trabalhos ins-critos, num total de 719, foram expostos nas depend�ncias do Museu da Repúbli-ca, e os pr�mios nos valores de Cr$ 500 mil, Cr$ 300 mil, Cr$ 200 mil, Cr$ 150 mil e Cr$ l00 mil foram entregues. A comissão que escolheu os cinco premiados foi constitu�da por Mary Ann Pedrosa, Israel Pedrosa, Constantino K. Kovovaeff e Gian Calvi. A classificação foi a seguinte: 1° lugar – Bernardo Cardoso de Oli-veira, Herc�lia Cardoso de Oliveira, Olga Anastácia Cardoso e Ângela Cardoso Lago; 2° lugar – Joaquim Caetano Neto; 3° lugar – Eva Furnari; 4° lugar – Ângela Maria Cardoso Lago; 5° lugar – José Sady Almada.

Conjuntamente foram expostos originais de Rico, Angela Lago, Eva Furnari, Angélica Mergulhão, Rui de Oliveira, Flávia Savary, Regina Yolanda, Paulo Werneck e Lila Figueiredo, ilustradores contemporâneos de livros infantis reconhecidos no Brasil e alguns premiados no exterior.

A partir da mesma data, 22 de maio até 12 de junho, foram expostos ao público painéis com documentação relativa às atividades da FNLIJ no per�odo 1968-83, e apresentado um audiovisual sobre a história da ilustração de livros infantis.

Na cerimônia de inauguração da exposição usaram da palavra a di-retora-executiva da FNLIJ, Laura Sandroni, o presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, e o presidente do Banco Crefisul, Henrique Sérgio Gregory. Na ocasião foram também anunciados os nomes das obras, dos autores e ilustradores laureados pela FNLIJ em 1982.

Outro evento programado para comemorar os 15 anos da FNLIJ foi o Domingo da Fantasia, em maio, nos jardins do Palácio do Catete. Cerca de 700 crianças de todas as idades, acompanhadas de seus familiares, assistiram

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a um concerto da orquestra de câmara da Casa do Estudante do Brasil, regida pelo maestro Nilo Hack, que deu in�cio às atividades criativas que se desenvol-veram durante toda a tarde. Música, teatro, artes plásticas, movimento, jogos e brinquedos em torno da Ciranda de Livros, animados por pessoas que atuam nessas áreas, congregaram histórias e cirandas dando movimento e colorido aos jardins do Museu, numa imensa “ciranda de crianças” envolvidas pelo mundo da fantasia e da beleza.

Em junho, os ilustradores realizaram uma mesa-redonda para discutir os problemas relativos ao exerc�cio de suas atividades e suas relações de trabalho com as editoras. Organizada também pelo Centro de Divulgação e Pesquisa, que comemorava 10 anos de criação, participaram da mesa-redonda como exposi-tores Regina Yolanda, Flávia Savary, Rui de Oliveira, Kinkas e Gian Calvi. Aproxi-madamente 30 artistas que atuam na área discutiram assuntos de seu interesse.

Dando continuidade ao projeto Ciranda de Livros, a Ciranda nº 2 ficou pronta para distribuição a partir de julho, àquelas escolas que responderam ao questionário enviado com a de nº 1.

Acompanhando a Ciranda nº 2 um segundo guia de leitura, destinado aos professores e bibliotecários, contendo, além da apresentação das obras, informações e sugestões de trabalho, dados referentes a autores e ilustradores e uma bibliografia especializada.

A seção Literatura Especializada complementa a Bibliografia sobre li-teratura infanto-juvenil brasileira de 1976 a 1981 feita por pesquisadores da Fundação Carlos Chagas.

O Boletim nº 64 (junho a setembro de 1983) é ilustrado por Ivan e Marcelo e traz um longo artigo da bibliotecária francesa Geneviève Patte, no qual reflete sobre o papel das obras de ficção no desenvolvimento da criança e na construção de sua personalidade.

Na seção Documento estão as propostas para o barateamento dos custos na produção de livros infantis e juvenis na América Latina, do ponto de vista da ilustração, aprovadas pelos participantes do I Encontro Latino-Americano de Ilustradores de Livros Infantis e Juvenis, realizado em Curitiba em junho de 1980 sob a coordenação de Gian Calvi e apoio do CERLALC.

O “Noticiário Nacional” faz um apanhado geral das atividades re-alizadas por diferentes ilustradores e pela FNLIJ desde o I Encontro até a data do Boletim – cursos, exposições, mesas-redondas e concursos – e termina por informar que há um comit� de artistas gráficos elaborando os estatutos de uma futura Associação de Ilustradores. Desde o in�cio, a FNLIJ apóia esta iniciativa que beneficia o setor da produção literária e garante, cada vez mais, a qualidade gráfica dos nossos livros para crianças e jovens.

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Sobre o Projeto Ciranda de Livros somos informados de que Laura San-droni e Alfredo Gonçalves – seus coordenadores – participaram do XIV Encontro de Editores e Livreiros para expor aos participantes o desenvolvimento do Projeto.

A not�cia seguinte refere-se às viagens a diversos estados nas quais os coordenadores tiveram contato com as Secretarias de Educação para avaliar a utilização do primeiro conjunto de livros e apresentar o segundo. Sobre outros projetos da Fundação somos informados de que estão em andamento duas pes-quisas por ela desenvolvidas.

A primeira abrange escolas da rede municipal de ensino do Rio de Ja-neiro. O projeto “O livro didático na área de comunicação e expressão” consta, em suas diferentes etapas, de uma pesquisa junto a 250 professores de 1° grau, visando a traçar seu perfil e obter informações sobre quais livros didáticos utiliza.

A segunda pesquisa, de âmbito nacional, refere-se a “Hábitos e inte-resses de leitura”. Envolvendo uma equipe de técnicos em sociologia, psicologia e pedagogia foram elaborados os instrumentos da pesquisa, distribu�dos a várias pessoas de diferentes cidades brasileiras que aplicarão questionários e testes a professores e alunos, detectando o comportamento da criança e os fatores do ambiente social que a envolvem, com relação à leitura.

Ambas as pesquisas são de responsabilidade da FNLIJ e resultam de conv�nio assinado com a Financiadora de Estudos e Projetos/FINEP, com dura-ção prevista de 12 a 18 meses respectivamente, a partir de abril de 1983. Em setembro foi realizado o Curso de Literatura Infantil organizado pela FNLIJ em colaboração com o CERLAL, Secretaria de Estado de Educação e Cultura da Bahia e a Fundação Cultural do Estado da Bahia.

O curso, coordenado por Maria Betty Coelho Silva, da Divisão de Lite-ratura Infantil da FCEBA, e por Rejane França, assessora técnica da FNLIJ, ficou a cargo de Isa Aderne Vieira e Glória Pondé, também da FNLIJ, e teve duração de 40 horas. A programação constou de aulas sobre “Fundamentos da literatura infanto-juvenil”, “Os contos de fadas”, “As manifestações do realismo”, “O fol-clore e o popular’, “Poesia infantil”, “Literatura infantil e processo educativo”, “A narrativa de histórias”, “Literatura infantil e sua dinâmica na sala de aula” e “A criação e a comunicação de massa”.

Atenderam ao curso um total de 114 participantes, entre professores (de 1° a 3° graus), bibliotecários, pedagogos, escritores, livreiros, profissionais de teatro e artes plásticas, jornalistas e assistentes sociais.

Em Literatura Especializada, Glória Pondé comenta Leitura em crise na escola: alternativas do professor, organizado por Regina Zilberman para a Mercado Aberto; Cátia Miranda resenha o n° 35 dos Cadernos da PUC/RJ sobre Monteiro Lobato, organizado por Eliana Yunes; Maria Teresa Gonçalves Pereira

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apresenta A literatura infantil de Jesualdo Sousa, publicado pela Cultrix em tradu-ção de James Amado e Ana Maria Lisboa de Mello escreve sobre a dissertação de mestrado de Maria do Socorro Rios Magalhães, apresentada na PUC/RS so-bre a “Literatura infantil sul-rio-grandense: a fantasia e o dom�nio do real”, na qual aborda obras de Érico Ver�ssimo, Edy Lima e Lygia Bojunga Nunes.

No Boletim Informativo n° 65 (outubro a dezembro de 1983) encontra-mos novos representantes estaduais da Fundação: em Boa Vista (RR), Reginaldo Gomes de Oliveira, e em João Pessoa (PB), Ana Córdula. A ilustração dessa edição é de Angélica Mergulhão.

Entre os artigos há um de Lauro de Oliveira Lima sobre “A biblioteca escolar”, que começa por esta atual�ssima definição: “Escola é uma biblioteca cercada de alunos e professores por todos os lados”. O texto foi apresentado no I Seminário Nacional sobre bibliotecas realizado em Bras�lia em outubro de 1982.

Em novembro de 1983 foi realizada a I Feira Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no Copacabana Palace. Como evento paralelo foi organizado um Seminário sobre “O livro na atualidade brasileira”, que contou com uma mesa sobre literatura infantil coordenada por Laura Sandroni, da qual participa-ram Ana Maria Machado, Eliana Yunes, Rui de Oliveira e Ziraldo. A Fundação teve um estande onde expôs os livros premiados, suas publicações e conjuntos da Ciranda de Livros. O projeto teve um estande próprio com um VT informativo e painéis fotográficos das diversas etapas de sua realização.

O 4° Congresso de Leitura do Brasil (COLE) teve lugar em Campinas, com cerca de 300 participantes de todo o pa�s. A diretora-executiva da FN-LIJ participou da mesa que discutiu os “Subs�dios para uma pol�tica de leitura”, juntamente com a escritora Maria Alice Barroso, diretora do Instituto Nacional do Livro (INL), a professora Nelly Novaes Coelho (USP) e a bibliotecária Zila Mamede. Neste congresso Ezequiel Theodoro da Silva foi eleito Diretor da ALB – Associação de Leitura do Brasil.

Numa promoção conjunta da FNLIJ e da Fundação Espaço Cultural da Para�ba e da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Para�ba, foi realizado em João Pessoa um curso de literatura infantil, em outubro e novembro de 1983.

O curso, que teve a duração de 40 horas, foi ministrado por Rejane Carvalho de França e Glória Pondé (assessoras técnicas da FNLIJ), e contou com a participação de 80 alunos entre professores, técnicos em educação, bibliotecá-rios, psicólogos, artistas plásticos e estudantes.

Em Literatura Especializada, Laura de Paula comenta o livro de Ja-cqueline Held, O imaginário no poder, da Summus, e também Gramática da fantasia, de Gianni Rodari, da mesma editora.

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O número 66, referente aos meses de janeiro a março de 1984, infor-ma que Maura Sardinha passa a representar o Sindicato Nacional dos Editores de Livros e Nancy Gonçalves da Nóbrega o Centro Regional de Biblioteconomia. Entre os representantes estaduais surge o nome de Ana Albertina Graça Branco, sediada em Campina Grande, Para�ba. A ilustração é de Eva Furnari.

A página cinco traz uma novidade intitulada “Conversa com o leitor”, que transcrevemos:

“Neste ano de 1984 vamos procurar manter uma conversa mais direta com voc�, leitor habitual das publicações da FNLIJ, e a rec�proca está valendo...

Este número do Boletim Informativo, nº 66, traz ape-nas as seções que voc� costuma encontrar sempre. Aos poucos, pretendemos ir acrescentando espaços que d�em conta da cor-respond�ncia que nos chega sobre as matérias publicadas. E publicar algumas entrevistas que esperamos realizar de vez em quando com autores, ilustradores e editores que se dedicam à literatura infantil e juvenil.

Voc� continuará a ser informado através de nossos noticiários, resenhas cr�ticas de obras, artigos e transcrições de Documentos que sejam resultado de eventos realizados. Con-tamos com sua colaboração para transformar o Boletim num ve�culo cada vez mais próximo de voc�”.

O primeiro artigo, assinado por Glória Pondé, Nilda Alves e Wanda Rolim dá conta das pesquisas “O livro didático nas áreas de Comunicação e Expressão – sua adequação a um ensino de qualidade”, que se desenvolvia com recursos da FINEP (Financiadora de Estudos e Pesquisas) desde abril de 1983. Os dados então abordados formavam a primeira fase do projeto cujo corpo se constitu�a dos livros didáticos adotados no Munic�pio do Rio de Janeiro.

Vale a pena verificar o que, àquela altura, a equipe da FNLIJ já havia detectado:

“A análise qualitativa dos livros de Comunicação e Expressão que mereceram a prefer�ncia dos professores do 1º grau nos levou à constatação de que tais livros não ajudam o professor a desenvolver nos alunos o gosto pela leitura, não contribuem para a formação de hábitos de leitura inteligente, nem estimulam a reflexão e a cr�tica, pelas razões que passa-remos a expor.

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Os textos, em geral, estão no n�vel de compreensão dos alunos e apresentam boa legibilidade, mas não desenvol-vem conteúdos atraentes. Freqüentemente são fragmentos de obras originais maiores, não se observando nenhuma preocu-pação em relação ao fato de que, dessa maneira, as idéias esboçadas ficam sem conclusão ou de que a narrativa “morre” sem um desfecho satisfatório. Além de tornar o texto desinteres-sante, isso dificulta a organização das idéias e contribui para um mau desenvolvimento da expressão escrita da criança”.

Em seguida Nancy Nóbrega, em pequeno artigo, questiona a bibliote-ca infantil tal como existe em sua maioria e propõe mudanças para torná-la mais atraente, enquanto Irene de Albuquerque, em “Saudades de Cec�lia Meirelles”, realiza bela s�ntese de sua vida e obra.

Nesse primeiro trimestre a equipe da FNLIJ desdobrou-se participando de seminários e cursos em São Gonçalo, Macaé, Campo Grande (MS), Recife e Rio de Janeiro.

Em março, o pr�mio Alfredo Machado Quintella foi concedido pela terceira vez, tendo sido dividido entre dois originais O outro lado do tabuleiro, de Eliane Ganem, e Zé Carrapeta, o guia de cego, de Assis Brasil, ambos editados posteriormente pela Record.

Sobre os projetos em desenvolvimento informa-se que foi lançada a Ciranda de Livros n° 3, enquanto continua a pesquisa “Interesses e Hábitos de Leitura”, desenvolvida também com recursos da FINEP.

Sobre este trabalho, dizia Maria Luiza Barbosa de Oliveira, sua coor-denadora:

“A pesquisa, ‘Interesses e Hábitos de Leitura’ visa a conhecer o desempenho e a prática em leitura dos alunos de 3ª a 5ª séries das escolas de lº Grau em todo o Brasil e as variáveis individuais e sociais que lhe são intervenientes. As respostas dadas serão analisadas em seus aspectos descritivo, correlacional e lingü�stico.

O questionário destinado às fam�lias dos alunos tem a finalidade de avaliar o est�mulo pela leitura existente entre seus diferentes membros.

Aos diretores de escolas foi aplicado um questionário no intuito de verificar as atividades promovidas e os materiais usados para a motivação da leitura no meio escolar.

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Um outro questionário foi destinado aos professores para conhecer sua formação, a metodologia utilizada para en-sino da leitura e seu próprio interesse pela literatura infantil.”

Na seção Literatura Especializada, Victória Coelho comenta dois t�tu-los recém-editados: Literatura infanto-juvenil: um gênero polêmico, por Sônia Sa-lomão Khéde, reunindo ensaios de diversos autores (Vozes), e Literatura Infantil: teoria e prática, de Maria Antonieta Antunes Cunha (Ática).

O Boletim Informativo de n° 67 traz modificações no Conselho Superior: a Câmara Brasileira do Livro passa a ser representada por Helo�sa F. de Faria, en-quanto o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais tem agora Jader Medeiros Brito como seu representante. O Conselho Diretor tem como Diretora-Executiva Glória Pondé, eleita em 12 de abril; continuando em seus postos Eleonora Beatriz de Azevedo Barroso (Diretora-Secretária) e Maria Luiza Barbosa de Oliveira (Diretora-Tesoureira). O Conselho Curador não sofre alterações. Laura Sandroni continua na equipe editorial do Boletim. O ilustrador da edição 67 é Rico Lins.

A “Conversa com o leitor” diz o seguinte:

“A chegada do trimestre assinalou a mudança na di-retoria-executiva da FNLIJ. Laura Sandroni afastou-se para dar lugar a Glória Pondé, conosco há seis anos. Laura agora é asses-sora especial da entidade e continuará colaborando nos projetos, sempre emprestando seu dinamismo. A nova diretoria continua contando com o diálogo para a troca de experi�ncias, sempre bem-vindas e que enriquecem e aperfeiçoam nosso trabalho.

Neste número do Boletim voc� vai encontrar outra novidade: uma lista de livros que foram recebidos aqui na FN-LIJ no primeiro semestre de 1984. Eles passam a compor o nos-so acervo e constituem a matéria-prima de nossas atividades, sendo analisados nas Bibliografias Analíticas que organizamos, além de se transformarem na fonte de nossas resenhas na Se-leção de livros para a infância e juventude. Estes novos livros, mais o acervo constitu�do nesses 16 anos de trabalho, podem ser consultados aqui na sede pelos sócios e pelo público em geral. Dessa forma voc�, leitor, estará melhor informado das atividades do nosso mercado editorial.

Também neste número do Boletim temos um exce-lente artigo de Fanny Abramovich sobre sua recente viagem a Cuba para participar do júri do Pr�mio Casa de las Américas.

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O artigo seguinte é sobre cr�tica de livros infantis. Apesar de publicado em 81 nos EUA, continua atual e pertinente, valendo sempre a pena uma reflexão sobre o assunto.

A mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil de 1984 e o cartaz foram distribu�dos, pela FNLIJ, a todos os pa�ses afiliados à IBBY e aos nossos representantes nos Estados, além das bibliotecas, Secretarias de Educação e Cultura, e to-dos aqueles que pudessem utilizá-los na divulgação.

Em termos de Brasil, podemos garantir que a reper-cussão foi grande. Jornais de todos os Estados abriram espaço para a literatura infantil, naquele dia, assim como estações de televisão e emissoras de rádio. Foram programadas por escolas, bibliotecas e livrarias diversas atividades para as crianças na se-mana comemorativa do DILI. Também vários seminários, debates e confer�ncias sobre o assunto foram organizados pelos repre-sentantes da FNLIJ que, ativos e interessados, trabalharam com afinco na divulgação da literatura infantil e das nossas atividades. Agradecemos a todos e podemos dizer que o esforço valeu”.

Como se trata de um texto pouco conhecido de Lygia aproveitamos para reproduzi-lo:

Livro: a trocaPara mim, livro é vida; desde que eu era muito pe-

quena os livros me deram casa e comida.Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo;

em pé, fazia parede; deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado. E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.

De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras. Fui crescendo, e derrubei telhados com a cabeça. Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais �ntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de con-sertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.

Todo o dia a minha imaginação comia, comia e co-mia; e de barriga assim toda cheia me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só esco-

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lher e pronto, o livro me dava. Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que – no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.

Mas como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar.

Lygia Bojunga Nunes

A edição 68 (julho a setembro de 1984), ilustrada por Paula Saldanha, é apresentada da seguinte maneira:

“Conforme prometemos, este número do Boletim In-formativo traz uma entrevista com Rico Lins, realizada quando de sua vinda ao Rio, em agosto deste ano. Voc�s vão poder conhecer um pouco esse jovem artista que ilustrou o nosso úl-timo número.

Aproveitando o momento em que muitos discutem os descaminhos da reprografia aqui entre nós, não hesitamos em pu-blicar um artigo de Felipe Alliende, que tão bem esclarece o assun-to. Para os que confiam no livro, é uma boa dose de esperança.

Um outro assunto abordado neste número é a liga-ção literatura-psicologia. Não há muitos trabalhos, acess�veis ao público em geral, que tratem do assunto. Procuramos incre-mentar um pouco a matéria publicando a confer�ncia de Alicia Prieto sobre o papel da história infantil na aprendizagem das emoções no pré-escolar. Saiu a Bibliografia anal�tica, volume 2, uma publicação que concentra nosso empenho com relação à cr�tica e análise dos livros que chegam à FNLIJ. Reputamos de grande importância para orientação e pesquisa de nossos sócios e demais pessoas interessadas na literatura infantil”.

Além dos cursos e seminários que já se tornavam atividades habituais da Fundação o “Noticiário Nacional” dedicou uma página à 8ª Bienal Interna-cional do Livro de São Paulo:

“Quase 800 professores, bibliotecários e especialis-tas do Brasil, Argentina, Uruguai, Bol�via e Colômbia assisti-

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ram, em de agosto em São Paulo, SP, ao 4° Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil, que contou com a participação, entre outros, de Maria Lajolo, Nelly Novaes Co-elho, Ricardo Daza (Cerlal), Eliana Yunes, Glória Pondé, Laura Constância Sandroni e Rejane Carvalho de França (FNLIJ), Ana Maria C. Peres, Selma A. P. M. Dias, Maria da Graça Segolin, Regina Yolanda, Eva Furnari e Lu�s Camargo apresentando co-municações e conduzindo debates e cursos.

Um dos pontos que despertou maior interesse duran-te o Seminário foi a apresentação de um audiovisual destinado ao público jovem, sobre a produção do livro, em que este apa-rece como protagonista, contando a sua história.

Já à 8ª Bienal Internacional do Livro, compareceram mais de 450 mil pessoas em visita a 600 estandes, onde estive-ram expostas mais de 100 mil obras nacionais e estrangeiras.

O estande da Ciranda de Livros apresentou, com grande sucesso e repercussão entre o público infantil, espetácu-los de teatro de bonecos baseados nas histórias da Ciranda. Os espetáculos estiveram a cargo de Marilda e Manuel Kobachuk e Maria Luiza Lacerda.”

O 2° volume da Bibliografia Analítica foi publicado pelo Mercado Aberto em co-edição do INL. O per�odo abrangido é de 1975-1978 e contém 1.043 verbetes, dando conta de 1.890 t�tulos que chegaram à Fundação. Traz também um balanço da produção dos livros para crianças e jovens e um estudo sobre as faixas de interesse e fases de crescimento da criança.

Maria Tereza Gonçalves Pereira, na seção Literatura Especializada, tece considerações sobre os livros Problemas da Literatura Infantil, de Cec�lia Meirelles, pela Nova Fronteira, e A violência na literatura infantil e juvenil, de Antonieta Dias de Moraes, lançado pela Global.

O último número do Boletim Informativo (n° 69 – outubro a dezembro de 1984) volta a trazer o nome de Alfredo Weiszflog como representante da Câmara Brasileira do Livro, no Conselho Superior e apresenta duas novas repre-sentantes da Fundação, Mariza B. Teixeira Mendes, em Bauru, e Marylene Barac-chini, em Ribeirão Preto, ambas situadas no estado de São Paulo. A ilustração é da dupla Denise e Fernando.

O primeiro artigo é de autoria de Ruth Villela Alves de Souza e intitula-se “A participação da FNLIJ no campo internacional”. E começa com as seguintes frases:

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“Podemos apreciar duas fases no desenvolvimento das atividades da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. A primeira, de 1968 a 1974, são as descobertas, os contatos ini-ciais com as instituições cong�neres e as primeiras avaliações.

Depois de 1974, isto é, depois do Congresso da IBBY no Rio, in�ciou-se a segunda fase, partindo-se para um estágio mais profissional, que culminou com o lançamento do Projeto Ciranda de Livros, o maior entrosamento com o CERLAL e a mar-cante atuação da FNLIJ nos demais pa�ses da América Latina”.

As palavras da D. Ruth foram proferidas na cerimônia de entrega da Menção Honrosa do Pr�mio Iraque de Alfabetização da UNESCO à FNLIJ pela realização do Projeto Ciranda de Livros. A solenidade, promovida pelo IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ci�ncia e Cultura), representante oficial da UNESCO no Brasil, realizou-se no Salão Nobre do Palácio Itamaraty no dia 5 de dezembro de 1984.

O pr�mio concedido anualmente aos que mais se destacaram na luta contra o analfabetismo foi entregue à diretora-executiva da FNLIJ, Glória Pondé, pelo Presidente do IBECC, depois que a escritora Maria Alice Barroso falou sobre o trabalho realizado pela Fundação no Brasil e Ruth Villela Alves de Souza sobre as suas realizações no campo internacional. Concorreram ao Pr�mio 37 entida-des de todo o mundo.

Atividades Internacionais da FNLIJ

A FNLIJ, como vimos, é ligada ao International Board on Books for Young People – IBBY – desde sua criação. Trata-se de uma organização interna-cional, categoria C da UNESCO, fundada em 1953 pela bibliotecária e escritora alemã Jella Lepman (1891-1970), e que reúne hoje 100 pa�ses.

Entre os seus principais objetivos encontram-se: estimular os esforços em todos os pa�ses para difundir a literatura destinada a crianças e jovens; pro-mover a criação de bibliotecas infantis e os estudos sobre essa literatura espec�fi-ca, bem como o aperfeiçoamento dos profissionais que trabalham nesse campo. Estimular o intercâmbio entre esses pa�ses através de encontros internacionais e a tradução de obras de diferentes culturas.

Para conhecer as atividades promovidas internacionalmente pelo IBBY, imaginadas e postas em prática por sua fundadora, penso que o melhor é repro-duzir artigo que escrevi para o Notícias nº 3, de março de 2002.

“Jella Lepman, criadora do IBBY

“Quem hoje visita a Biblioteca Internacional da juventude instalada no belo castelo renascentista de Schloss Blutenburg in Obermenzing, em Munique, fica deveras im-pressionado pela magnitude do trabalho que ali se realiza. Trata-se do maior acervo de livros destinados a crianças e jovens editados em todo o mundo, que recebe, em salas climatizadas, o tratamento técnico necessário para a perfeita organização de um Centro de Documentação e Pesquisa, no qual trabalham especialistas de diferentes pa�ses e vários estagiários.

Do outro lado, dando para os amplos jardins que cir-cundam a bela construção, uma biblioteca aberta às crianças do bairro, que podem pegar os livros que desejarem e l�-los ao ar livre, quando o tempo permite, freqüentar oficinas de dese-nho e música, ou ainda brincar simplesmente perto do grande lago onde cisnes, patos e gansos nadam elegantemente. Esco-lares uniformizados visitam todos os dias os vários ambientes da biblioteca, acompanhados por funcionários atenciosos.

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Vendo tantas atividades paralelas realizadas num am-biente espantosamente silencioso, o visitante, encantado, não pode nem de leve suspeitar que essa magn�fica instituição tenha nascido do sonho de uma mulher capaz de imaginar, olhando as ru�nas de Munique, que as histórias escritas e publicadas nos diferentes pa�ses poderiam construir uma sólida ponte de amiza-de e compreensão mútua entre crianças de todo o mundo.

No dia 29 de outubro de 1945, aos cinqüenta e quatro anos de idade, Jella Lepman, alemã de origem judia, voltava ao pa�s onde nascera, a bordo de um avião militar americano, trajando uniforme de major.

A missão para a qual tinha sido escolhida, na Em-baixada americana em Londres, onde trabalhava, era a de con-selheira para questões relativas à mulher e à infância. Em suas memórias, ela diz que aceitou o desafio de voltar à Alemanha ao término da guerra porque sabia que as crianças não eram culpadas pelos crimes cometidos pelos adultos.

Entre os escombros de Munique destru�da, ela ob-servava os meninos perambulando sem objetivo e começava a construir sua utopia de criar laços entre nações através dos livros e em busca de paz. Como mulher prática que era, não traçou grandes planos, nem teorizou sobre os objetivos que de-sejava alcançar, mas simplesmente redigiu uma carta, enviada a diversas embaixadas, expondo a situação das crianças de Munique e pedindo que mandassem livros de seus respectivos pa�ses. Prontamente atendida, ela conseguiu ajuda para orga-nizar uma exposição com esse material, que aumentava a cada dia, e por entre as ru�nas da cidade pôde dar, às crianças e a seus pais, a visão de uma terra de paz, com muitas imagens de outras culturas e histórias diversas em vários idiomas.

No dia 3 de julho do ano seguinte, a exposição era inaugurada graças ao trabalho do pessoal da Biblioteca de Munique, que organizou como pôde a grande quantidade de livros recebidos, ajudado por alguns especialistas estrangeiros que vieram acompanhando as doações.

A abertura foi festiva, com Jella Lepman em seu belo uniforme, representantes da Cidade, do Comando da Base americana, o diretor da biblioteca e Erich Kästner, o mais im-portante autor alemão da época, amigo de Jella e que a apoiou

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em todos os momentos. O sucesso foi tão grande que no ano seguinte a exposição foi apresentada em Hamburgo.

Mrs. Lepman, como gostava de ser chamada, so-nhava mais alto. Com sua tremenda energia e capacidade de convencimento conseguiu que uma bela casa, que resistira aos bombardeios, fosse cedida pelo governo da Baviera para a criação de uma Biblioteca Internacional da Juventude. Situada no meio de um parque em Kaulbachstrasse, 11, recuperada e montada com recursos da Fundação Rockefeller e da Cidade de Munique, a biblioteca começou a funcionar em 1948 para alegria de crianças e adultos. Além dos livros de seu acervo, que continuava a crescer, havia hora do conto, oficina de desenho e de música e a presença constante de autores e ilustradores que vinham conhecer o trabalho de Mrs. Lepman e conversar com freqüentadores sobre suas obras.

A idéia de criar laços entre nações através dos livros para crianças em busca da paz universal era, no entanto, maior do que uma biblioteca e Jella Lepman começou, já em 1949, a trabalhar sua realização. Muitas conversas com Erich Kästner e Richard Bamberger, professor austr�aco, delinearam o que viria a ser o International Board on Books for Young People (IBBY), criado formalmente em 1953, em congresso realizado de 1 a 4 de outubro, em Zurique, com a participação de representantes de 21 pa�ses e com ajuda da UNESCO, da Alemanha, da Áus-tria e da Su�ça. O pensamento de Jella Lepman, que já residia em Zurique, não se fundamentava em teorias literárias, mas sim no ideal de paz que ela advogava com paixão. Para con-cretizar os seus sonhos ela não dava importância à burocracia: o importante era fazer, e fazer logo. Com esse sentido prático ela encorajou estudos sobre a literatura para crianças e jovens e a difusão em escala internacional dos livros infantis foi uma conseqü�ncia de sua determinação e coragem.

A criação do Pr�mio Hans Christian Andersen, outor-gado pela primeira vez em 1956, decorreu dessa valorização do g�nero. Mais uma idéia generosa dessa mulher a quem tan-to devem todos os que trabalham na área e que, na realidade, tão poucos conhecem.

Mas sua obra ainda não estava completa. Com Ri-chard Bamberger lança, em novembro de 1957, o primeiro

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número de Bookbird, uma publicação trimestral destinada a levar informações sobre livros para crianças e jovens a todas as nações da Terra.

Em 1966, foi comemorado pela primeira vez o Dia Internacional do Livro Infantil, a 2 de abril, aniversário de Andersen, considerado o patrono mundial da Literatura para crianças.

Jella Lepman faleceu no dia 4 de outubro de 1970 em seu apartamento em Zurique, tendo recebido várias home-nagens oficiais. A Biblioteca Internacional da Juventude mu-dou-se para o castelo em 1983 e sua grande sala principal recebeu o nome de sua fundadora.

Graças a Jella Lepman, a literatura para crianças e jovens tem a importância que hoje se reconhece, tornou-se in-ternacional e aberta a novas idéias, versátil e rica em sua diver-sidade. As sólidas estruturas que ela criou foram e continuam a ser os fundamentos desse extraordinário desenvolvimento de que somos testemunhas e participantes”.

Além dessas atividades propostas diretamente pelo IBBY a seus associa-dos, existem duas outras importantes realizações internacionais das quais a FNLIJ participa: a Bienal Internacional de Bratislava (BIB) e a Feira de Bolonha.

A primeira, que se realiza bienalmente, reúne originais de ilustrações de livros infantis e juvenis enviados pelas seções nacionais ou pelos ilustradores interessados. Há diversos pr�mios concedidos por um júri internacional especial-mente convidado pela organização da BIB.

A Feira de Bolonha ocorre todos os anos na cidade de Bolonha, Itália, recebe apenas editores, autores, ilustradores, tradutores, ou seja, aqueles que estão diretamente ligados à produção dos livros destinados a crianças e jovens. Os estandes são comprados pelos pa�ses interessados, que organizam as ex-posições. No Brasil a FNLIJ seleciona os livros enviados, organiza um catálogo em ingl�s e estimula a participação de editores, autores e ilustradores. Há uma exposição paralela de ilustrações e são atribu�dos pr�mios.

Existem outras feiras importantes como a de Frankfurt, a de Buenos Aires e a de Paris, entre outras. Mas Bolonha é a única espec�fica de livros para crianças e jovens. A Fundação é solicitada a participar de algumas delas, mas apenas Bolonha é uma atividade rotineira, como veremos a seguir.

Logo no primeiro número do Boletim Informativo (de fevereiro de 1969) lemos que a mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil de 1968,

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“Amigos em todas as partes do mundo”, foi recebida e divulgada em escolas e bibliotecas.

Temos também Notícias sobre o XI Congresso do IBBY, realizado de 25 a 29 de setembro de 1968, em Amriswil, na Su�ça. Dele participaram repre-Amriswil, na Su�ça. Dele participaram repre-, na Su�ça. Dele participaram repre-sentantes de 34 pa�ses integrantes das seções nacionais filiadas ao IBBY. O Brasil esteve presente na pessoa de Elza Bebiano, redatora-chefe do Boletim Informati-vo, que viajou sem qualquer ajuda financeira da Fundação, que ainda não tinha recursos para tanto.

Na mesma edição há informações sobre a II Bienal Internacional de Bratislava conclamando os ilustradores brasileiros a enviarem suas obras sendo no máximo 10 ilustrações pertencentes a um ou no máximo dois livros.

Já no número 2 do Boletim Informativo somos informados de que em abril de 1969 a FNLIJ comemorava o Dia Internacional do Livro Infantil (DILI), cuja mensagem de responsabilidade da seção sueca era de autoria da já consa-grada escritora vencedora do Pr�mio Andersen, em 1958, Astrid Lindgren, com uma deliciosa narrativa intitulada “O homem da capa preta”.

Para divulgar a mensagem pedimos a “conhecidos escritores que t�m espaço nos jornais, que escrevam sobre o tema; enviamos às televisões a história de Astrid Lindgren pedindo que ela fosse contada aos pequenos tele-espectadores e distribu�mos cartazes alusivos à data nas principais livrarias do Rio e de São Paulo pedindo que exibam livros infantis em suas vitrines durante a semana”.

No terceiro número do Boletim lemos que o ilustrador Gianvittore Calvi (o conhecido Gian Calvi), do qual se dá vários dados de sua carreira até aquele momento, foi convidado pela FNLIJ para representar o Brasil no júri da BIB/69. Além dele, enviaram seus trabalhos: Vera Matos, Luiz Jardim, Regina Yolanda, Miguel Mascarenhas e Marie Louise Nery. Fala-se também detalhadamente da Revista Bookbird, publicada trimestralmente pelo IBBY, e transcrevem-se os Esta-tutos da BIB (Bienal Internacional de Bratislava).

O regulamento do pr�mio Hans Christian Andersen está na edição de número 4, onde também se informa que “uma Exposição Itinerante da Bienal Internacional de Bratislava/67 será inaugurada no dia 20 de agosto daquele ano (1969) no museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Na mesma sala estarão livros dos ilustradores que enviaram seus originais para a BIB/69”.

No Boletim seguinte (número 5) informa-se que Maria Clara Ma-chado foi indicada pela Fundação candidata brasileira à Medalha de autor do Pr�mio H. C. Andersen e que seus livros editados no exterior e no Brasil foram entregues à Divisão de Difusão Cultural do Itamaraty, endereçados ao presidente do júri internacional do citado pr�mio a ser conferido no congresso do IBBY em 1970.

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O sucesso da exposição da BIB/67, bem como de artistas brasileiros no MAM, também é registrado: compareceram artistas plásticos e um grande público interessado.

Na sexta edição registra-se a presença do Sr. Dusan Roll, que veio ao Brasil para divulgar a Bienal de Ilustrações de Bratislava, da qual é secretário-geral.

Na edição seguinte, já de fevereiro de 1970 (nº 7), a Fundação pro-move pela terceira vez o DILI. Desta vez a narrativa motivadora é da escritora iugoslava Ela Peroci e publica artigo de Gian Calvi comentando sua participação no júri da BIB/69.

No mesmo Boletim not�cia-se que em concurso promovido pela UNESCO de biografias de homens célebres destinadas aos jovens foram se-lecionados os textos de Ofélia Fontes, representante dos autores de Literatura Infantil e Juvenil no Conselho Superior da FNLIJ, e Terezinha Éboli, autora bas-tante conhecida.

Em sua oitava edição, de abril de 1970, no Boletim lemos que se realizou em Bolonha, Itália, o XII Congresso do IBBY com o tema “Literatura da Juventude e a civilização contemporânea”. Ruth Villela Alves de Souza foi a re-presentante brasileira. Nessa ocasião foi eleita, por indicação, da FNLIJ, membro do Comit�-Executivo do IBBY.

Durante o Congresso, como ocorre tradicionalmente, foi entregue o Pr�mio H. C. Andersen a Gianni Rodari (autor italiano) e Maurice Sendak (ilus-trador americano). Tendo sido indicado pela Fundação o escritor Herberto Sales para a Lista de Honra do IBBY pelo livro Sobradinho dos pardais, editado pela Melhoramentos; Ruth Villela recebeu o diploma em seu nome.

Em seu número 9, em artigo comemorativo do segundo aniversário da Fundação, Elza Bebiano cita seus direitos exclusivos, como seção brasileira do IBBY:

• Indicar o melhor livro de autor vivo editado a cada bi�nio nas cate-gorias texto, ilustração e tradução para constarem da Lista de Honra da entidade e receberem o diploma correspondente.

• Indicar os candidatos ao Pr�mio Andersen: autor e ilustrador vivos, pelo conjunto de sua obra.

• Votar e ser votado para cargos de direção e do Comit�-Executivo do IBBY.

• Indicar representantes para os Congressos da entidade.

Há, ainda, um pequeno artigo não assinado, mas certamente escrito por Ruth Villela Alves de Souza descrevendo o XII Congresso do IBBY do qual participou e comentando o prazer de percorrer a 7ª Feira Internacional do Livro

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para a Infância, de Bolonha, à qual se acrescentava a 4ª Exposição Internacional de Ilustradores.

O tema do Congresso era “Literatura Juvenil num mundo em mudan-ça”, debatido por todos os delegados em seus diversos aspectos. Nesse Congresso foi eleito o presidente do IBBY, o finland�s Nilo Visapää (que presidiria em 1974 o Congresso do Rio de Janeiro) e entre os membros do Comit�-Executivo a própria Ruth. Participava ainda como membro ex officio a fundadora do IBBY, Jella Lep-man, Richard Bamberger autor do pioneiro Como estimular o hábito da leitura, publicado aqui pela Editora Cultrix, e Virg�nia Haviland, que também iria ao Con-gresso em 74, eleita presidente do júri do Pr�mio Andersen.

Em sua 10ª edição um levantamento precioso de autoria de Ruth Ville-la Alves de Souza: quais os livros infantis de autores brasileiros já traduzidos em outras l�nguas?

No mesmo Boletim a Fundação atende a um pedido da Real Biblioteca da Dinamarca, que estava elaborando uma bibliografia das traduções da obra de Andersen em todo o mundo e relaciona o que já foi traduzido no Brasil.

Informa-se também que a Fundação indicou o escritor Leonardo Ar-royo, grande conhecedor da Literatura para crianças e autor de Literatura Infantil Brasileira (São Paulo: Melhoramentos, 1968), para membro do júri do Pr�mio Andersen de 1972.

Na edição seguinte (11ª, de setembro de 1970) informa-se que Ruth Villela esteve presente na reunião do CE do IBBY realizada em Zurique no dia 21 de agosto de 1970.

Ruth, antes de viajar, estabeleceu contato com entidades voltadas para o livro infantil no Chile, no Uruguai e na Venezuela, levando seus proble-mas ao IBBY que desejava incrementar relações com os pa�ses em desenvolvi-mento.

O Boletim Informativo de nº 10 (dezembro/70) publica artigo do pre-sidente do IBBY Nilo Visapää lamentando a morte de Jella Lepman, ocorrida no dia 4 de outubro daquele ano.

No mesmo Boletim e em homenagem à grande figura da fundadora do IBBY a tradução do prefácio de J. E. Morpurgo, para o seu livro A Bridge of Children’s Books, no qual ele relata a criação da Biblioteca Internacional de Muni-que movida pela idéia de construir uma ponte de livros infantis entre os pa�ses para aumentar a compreensão das diferentes culturas e com isso evitar as guerras. Uma bel�ssima idéia que ela só fez ampliar em sua bastante longa vida.

Na seqü�ncia dados sobre a Biblioteca, entre eles o fato de que em 1966 possu�a mais de 100 mil volumes em 50 diferentes idiomas. Só por curiosi-dade procurei saber quantos livros havia hoje lá, obtive a seguinte resposta: 570

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mil volumes para crianças e jovens, 30 mil livros teóricos sobre Literatura Infantil e Juvenil. Quanto aos idiomas, hoje passam dos 100.

Na mesma edição encontramos dados sobre a 8ª Feira do Livro de Bolonha e sua 5ª Exposição de Ilustradores a realizar-se de 1 a 4 de abril de 1971. A Fundação só conseguiu organizar o estande Brasileiro nessa Feira Inter-nacional em 1974.

Em seu nº 13, de março de 1971, o Boletim Informativo passa a ser trimestral. Em seu “Noticiário Internacional” fala sobre a revista Bookbird, órgão oficial do IBBY que tem entre seus objetivos divulgar as melhores obras publi-cadas em cada pa�s indicando-os para tradução e estimular novas pesquisas no campo da Literatura Infantil e Juvenil. Seus artigos são assinados pelos mais famosos especialistas na matéria.

Tendo começado a circular em 1963 é dirigido por Richard Bamber-ger, diretor do Instituto Internacional de Literatura Popular, de Viena, Áustria. A assinatura na época custava US$5 (cinco dólares), e era publicado em ingl�s, l�ngua oficial do IBBY.

Em junho (nº 14) há refer�ncia às comemorações do DILI/71 cuja mensagem vinda da Grécia abordava: “O livro é uma janela aberta para o mundo”.

Sobre a 8ª Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha e a 5ª Mostra de Ilustradores há artigos de Regina Yolanda, ilustradora já então muito ligada à FNLIJ, que pôde estar presente juntamente com o artista plástico Darcy Penteado. Os dois tiveram seus trabalhos expostos, bem como Vera Matos. Regina mencio-na que, apesar de o Brasil não ter um estande próprio, o livro Flicts, de Ziraldo, circulou nas suas traduções para o ingl�s e o espanhol.

Durante a feira o diretor da Bookbird organizou um encontro com representantes das publicações sobre livros infantis e juvenis, e Regina Yolanda representou o nosso Boletim Informativo.

Em setembro (nº 15) informa-se que no dia 10 daquele m�s seria inaugurada a BIB/71 e que os ilustradores brasileiros presentes através de seus livros seriam: Carlos Scliar, Marie Louise Nery, Gioconda Uliana Campos, Gian Calvi, Anna Let�cia, Herbert Horn, Vera Matos e Regina Yolanda.

A pedido da UNESCO a Fundação indicou 5 livros para uma biblio-grafia seletiva de caráter internacional. A t�tulo de curiosidade, a� vão eles: Proe-zas do menino Jesus, de Luiz Jardim; O cavalinho azul, de Maria Clara Machado; O sobradinho dos pardais, de Herberto Sales; Justino, o retirante, de Odette de Barros Mott; e A fada que tinha idéias, de Fernanda Lopes de Almeida.

O Boletim nº 16 dedica grande espaço aos projetos da FNLIJ para a comemoração do Ano Internacional do Livro/72, decretado pela UNESCO.

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Sobre o assunto falamos mais detidamente na primeira parte deste trabalho. A representante da Fundação na Comissão Nacional da AIL foi Leny Werneck, que já há algum tempo estava integrada ao grupo pioneiro da entidade.

O mesmo número publica a mensagem para o DILI/72, “Encontre um amigo com um livro”, escrita por Meindert Dejong, o primeiro autor americano a receber o Pr�mio Andersen.

A edição de março (nº 17) dedica-se inteiramente a temas nacionais, enquanto o de junho (nº 18) narra as realizações da FNLIJ no Ano Internacional do Livro.

Neste número há refer�ncia ao 3º Catálogo de Biblioteca Internacio-nal de Munique intitulado The best of the best. A seleção de livros indicados pela FNLIJ, por faixas etárias ali se encontra. Em fevereiro deste ano Leny Werneck foi indicada pela Fundação para estágio nessa Biblioteca e ali organizou exposição de livros brasileiros.

Somos informados, também, sobre a reunião do júri internacional do Pr�mio H. C. Andersen/72, realizado em Cascais, Portugal, nos dias 22 e 23 de março. Para a Lista de Honra do IBBY foi indicado o livro Justino, o retirante, da autora paulista Odette de Barros Mott.

O XIII Congresso do IBBY realizou-se em Nice, França, nos dias 19 a 22 de maio, e seu tema foi: “O papel da leitura no desenvolvimento das crianças e jovens em nossa sociedade em transformação”. As representantes brasileiras foram Leny Werneck e uma delegação formada por Maria Luiza Barbosa de Oli-veira, uma das fundadoras da entidade, as bibliotecárias Eulalie Ligneul e Marina Quintanilha, colaboradoras da Fundação, e Elvira Barcellos Sobral, sua repre-sentante no Rio Grande do Sul.

Nessa ocasião Leny Werneck foi eleita para o Comit� Executivo do IBBY, no lugar de Ruth Villela que preferiu não ser reeleita para o cargo.

A edição de nº 19 (setembro/72) se dedica às comemorações do AIL, das quais se destaca a realização do “Seminário de Literatura Infantil”, nos dias 19 a 21 de junho, dentro da II Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O importante aqui é o alto n�vel de conferencistas internacionais que aceitaram o convite feito por Ruth Villela quando era membro do Comit� Executivo do IBBY. Citamos: Anne Pellowsky, da Biblioteca Pública de Nova Iorque e professora da Universidade de Colúmbia no curso de pós-graduação para bibliotecários; Marc Soriano, professor de L�ngua e Literatura Francesas na Sorbonne e autor de importantes livros sobre Perrault e outros; Fryda Mantovani, poetisa argentina que se dedica à poesia para crianças. Maiores detalhes encontram-se na parte nacional deste trabalho.

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Na edição nº 20 (dezembro/72) a not�cia da reunião do CE do IBBY nos dias 3 e 4 de setembro, em Viena, Áustria. Leny Werneck participou e nela recebeu a proposta de que o Brasil sediasse o XIV Congresso do IBBY, em outubro de 1974, como narrado na parte nacional deste relato. Na ocasião Ruth Villela Alves de Souza foi eleita para o júri do Pr�mio Andersen/74.

Além da proposta de temas a representante brasileira, Leny Werneck, apresentou o programa completo do Encontro abrangendo o método de trabalho e o calendário, elaborados por um grupo de colaboradores da Fundação.

Entre janeiro e março de 1973 o Boletim nº 21 informa que, de 27 a 30 de março foi realizada, na Venezuela, a II Reunião de Especialistas em materiais educativos e bibliotecas, convocada pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Ruth Villela foi a representante no grupo que discutiu questões da literatura para crianças. Dentre as decisões do grupo destacam-se as seguintes:

1. Criação de um Centro Latino-Americano de Literatura Infantil e Ma-teriais Educativos. Além de reunir a documentação para consulta, investigação e avaliação de livros deveria também promover a pre-paração de especialistas em literatura infantil.

2. Que em n�vel nacional se considere a importância de incluir o estu-do da matéria nas instituições de ensino superior.

3. Que os governos incrementem os serviços bibliotecários como uma maneira de difundir orientação bibliográfica adequada, tanto na escola como no lar.

4. Que se incremente a utilização sistemática da literatura infantil na educação, não esquecendo que o folclore constitui um de seus as-pectos principais como uma das mais aut�nticas expressões da alma coletiva.

No mesmo Boletim vemos que o CE reuniu-se em Moscou nos dias 20, 21 e 22 de março, recebendo as propostas das seções nacionais para o tema do XIV Congresso. A sugestão brasileira, “O livro como instrumento de formação e desenvolvimento da criança e do jovem”, foi aprovada com louvor.

No Boletim seguinte (nº 22) lemos ainda que Regina Yolanda foi indi-cada para membro do júri de BIB/73, para a qual foram selecionadas obras de artistas brasileiros num total de 62 ilustrações de 16 livros. Enviaram suas obras os seguintes ilustradores: Eliardo França, Gian Calvi, Marie Louise Nery, Mirte Barroso, Paula Saldanha, Regina Yolanda, Vera Matos e Vilma Pasqualini.

Na edição de nº 23 informa-se que Regina Yolanda estagiou na Bi-blioteca Internacional de Munique no m�s de janeiro, com o objetivo de estudar

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os álbuns ilustrados dos diversos pa�ses (picture book). Em artigo ela conta com detalhes o que viu por lá.

Na Seção Documento há dados sobre o “Instituto Internacional para Literatura Infantil e Pesquisa da Leitura”, de Viena, precedidos de informações sobre o “Clube do Livro para Crianças”, assinadas por Richard Bamberger, seu diretor.

Na edição seguinte, de número 24 (outubro a dezembro de 1973), Regina Yolanda relata sua participação na BIB dando informações valiosas sobre o evento. Em seguida houve a reunião do Comit� Executivo do IBBY em Zurique, com a presença de Leny Werneck e Regina Yolanda. Na ocasião comemorou-se o vigésimo aniversário da Instituição.

O DILI foi comemorado em abril com o tema “Leve um livro aonde voc� for”, criado pela escritora inglesa Joan Aiken.

Há ainda a not�cia sobre a vinda do editor franc�s François Faucher, diretor da coleção Père Castor (Editora Flammarion) que participou a convite da FNLIJ, com o apoio da Aliança Francesa, do SNEL e da CBL, de diversos encon-tros com editores, autores, ilustradores e bibliotecários no Rio e em São Paulo, detalhados na primeira parte deste trabalho.

O Boletim nº 25 (janeiro a março de 1974) dedica seu espaço à progra-mação do XIV Congresso que seria realizado em outubro no Rio de Janeiro.

A edição seguinte, de nº 26, apresenta um grande artigo de Walter Scherf, diretor da Biblioteca Internacional de Munique abordando o tema “O IBBY e os problemas de tradução de livros infantis” no qual sugere ações da entidade em favor das boas traduções.

No Noticiário Internacional a informação de que o CERLAL (Centro Regional para a Promoção do Livro na América Latina) organizou Seminário em Buenos Aires nos dias 22 a 27 de abril reunindo representantes da Argentina, do Brasil, da Bol�via, do Chile, da Colômbia, do Equador, do Paraguai, do Uruguai e da Venezuela para troca de experi�ncias e estudo dos problemas comuns sobre livros infantis. Representaram o Brasil Leny Werneck, da FNLIJ, Arnaldo Maga-lhães de Giácomo, da Melhoramentos, e Gian Calvi, que apresentou um audio-visual sobre a ilustração no Brasil. Ruth Villela selecionou os livros brasileiros para uma exposição e organizou o respectivo catálogo.

Nos dias 8 e 9 de maio de 1974 reuniu-se em Atenas, Grécia, o júri internacional encarregado de examinar os candidatos às Medalhas Hans Chris-tian Andersen para autor e ilustrador de livros infanto-juvenis; pr�mio que, por sua importância, é chamado o “Pequeno Pr�mio Nobel”.

O júri, que se renova a cada quatro anos, é constitu�do de oito mem-bros de diferentes pa�ses e idiomas. Ruth Villela Alves de Souza, indicada pela FNLIJ, foi eleita para esse júri, e participou desta reunião.

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Nos dias seguintes, 10 e 11 de maio, no mesmo local, reuniu-se o Comit� Executivo do IBBY, com a presença de Leny Werneck. Na ocasião foram discutidos detalhes sobre o XIV Congresso a ser realizado no Rio de Janeiro em outubro de 1974.

No Boletim Informativo nº 27 encontramos novas informações sobre o XIV Congresso, detalhadas na primeira parte deste relato.

Na edição seguinte (nº 28) já os ecos do Congresso em artigos de diferentes personalidades que a ele estiveram presentes. As informações detalha-das do mesmo estão na parte nacional deste relato.

Durante o Congresso foi eleito o novo CE do IBBY com a reeleição de Leny Werneck representando o Brasil, logo escolhida para a vice-presid�ncia, assim como Dusan Roll (da BIB), segundo a praxe de ascenderem a essa posição os dois membros mais votados na Assembléia Geral. Foi também eleito para o Comit� Executivo Efra�n Subero, da Venezuela, tendo assim a América Latina dois representantes. Foi decidido então que haveria um seminário anual das seções latino-americanas para maior troca de informações e cooperação entre eles.

Na edição de número 29 (janeiro a março de 1975), em artigo de Ruth Villela sobre o Pr�mio Andersen, somos informados de que a escritora sueca Maria Gripe e o ilustrador iraniano Farshid Mesghali receberam no Congresso do Rio as respectivas medalhas. Maria Mazzetti, recentemente falecida, havia sido indicada para a Lista de Honra, com o livro Entrou por uma parte, saiu pela ou-tra, tendo seu marido, Henrique Mazzetti, recebido o diploma. Também indicado pelas ilustrações do livro Os colegas, premiadas pelo INL, o artista Gian Calvi.

Em 1975 comemorava-se o centenário de morte de Hans Christian Andersen, patrono da Literatura Infantil, cuja data de nascimento realiza-se em todo o mundo o Dia Internacional do Livro Infantil. A Seção Dinamarquesa en-carregou-se de promover a data com um belo pôster-livro com o conto “A colina dos Elfos”, cujos fotolitos foram distribu�dos gratuitamente a todas as Seções do IBBY. Traduzido o texto pôde-se, pela primeira vez, editar o cartaz distribu�do a bibliotecas, escolas e assinantes do Boletim.

No número seguinte (nº 30) a not�cia de que o Brasil teve, pela primeira vez, um estande na Feira de Bolonha, realizada de 4 a 8 de abril/75, em sua 12ª edição, que contou com cerca de 50 pa�ses e 500 editoras. O espaço foi cedido aos pa�ses em desenvolvimento pela organização da Feira e os livros enviados pelas editoras foram selecionados pela FNLIJ. A participação do Brasil foi poss�vel graças ao interesse do Ministério das Relações Exteriores, que cedeu a passagem de avião à Câmara Brasileira do Livro e ao Sindicato Nacional dos Editores de Livros, que financiaram o transporte dos volumes. Leny Werneck cuidou do estande, que recebeu muitos interessados, e estabeleceu bons contatos com editores de ou-

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tros pa�ses. Para a 9ª Exposição de Ilustrações enviaram trabalhos: Regina Yolanda, Vera Matos, Béatrice Tanaka e Paula Saldanha.

Leny Werneck viajou em seguida para Copenhagen onde, de 11 a 14, foi realizada nova reunião do CE do IBBY.

No mesmo ano Leny participou do seminário sobre “A literatura infantil a serviço da compreensão internacional e da cooperação pac�fica”, realizado de 15 a 21 de maio no Teerã, a convite da UNESCO.

De 1º a 3 de junho esteve presente na Biblioteca Pública de Boston, em simpósio sobre “Livros Infantis em todo o mundo”. Na exposição paralela estavam 70 t�tulos brasileiros e um catálogo com resumo de cada um em ingl�s. Leny foi a conferencista convidada e falou sobre a situação do livro no Brasil e na América Latina.

O Boletim Informativo nº 31 (julho a setembro/75) apresenta artigo de Regina Yolanda sobre sua participação no júri da 5ª Exposição de Ilustrações de Bratislava, iniciada no dia 31 de agosto. Nela, pela primeira vez, um artista brasileiro é premiado: Eliardo França recebe Menção Honrosa pelas ilustrações de O rei quase tudo, editado pela Orientação Cultural, do Rio de Janeiro. Além dele enviaram seus trabalhos: Sandra Abdala, Maria Heloisa Penteado, Mário Cafiero, Gian Calvi, Jaime Cortez, Maria Nazareth Costa, Vera Mucillo, Regina Yolanda e Ione Saldanha.

Ainda em Bratislava realizou-se a reunião do CE do IBBY nos dias 4 e 5 de setembro, com a presença da representante brasileira Leny Werneck.

Na edição nº 32 (outubro a dezembro de 75) publica-se a tradução da mensagem do DILI, desta vez escrita por duas jovens iranianas, intitulada “O peixinho mágico”, e foi divulgada em escolas, bibliotecas e meios de comuni-cação. A FNLIJ organizou uma “Exposição Internacional de Livros Infantis” na Escola Superior de Desenho Industrial, com o patroc�nio do Departamento de Cultura do munic�pio e do SNEL.

Uma comissão especialmente reunida escolheu Francisco Marins, es-critor paulista de obra numerosa e traduzida em diversos idiomas, como candi-dato brasileiro à medalha de autor do Pr�mio H. C. Andersen. Para a Lista de Honra foram indicados O Velho que foi embora, de Leny Werneck, e a ilustração de Eliardo França para o livro Uma vez um homem, uma vez um gato, de Irene de Albuquerque.

O nº 33 relata a realização de um curso de extensão em literatura infantil ministrado pelo Professor Klaus Doderer, diretor do Instituto de Pesquisa em Literatura Infantil e Juvenil da Goethe Universität, de Frankfurt, Alemanha. A Fundação teve a colaboração do Departamento de Letras da PUC/RJ, que pro-porcionou o espaço para as aulas durante uma semana.

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Foi o primeiro curso em n�vel universitário do pa�s e dele participaram cerca de 100 interessados inclusive professores de diversos estados, que em seguida criaram a cadeira da matéria em suas universidades. Em seguida ao curso, o Profes-sor Doderer visitou diversas instituições culturais no Rio, São Paulo e Bras�lia.

No Boletim nº 34 (abril a junho/76) lemos que em novembro de 75 o editor Carlos Ramires foi a Paris dando seqü�ncia ao projeto de Intercâmbio Brasil-França, que trouxera François Faucher a nosso pa�s. No mesmo m�s Leny Werneck esteve em Montevidéu no Encontro sobre co-edições promovido pelo CERLAL.

O Pr�mio Andersen de 1976 foi concedido em reunião do júri rea-lizada em Viena nos dias 6 e 7 de abril, da qual participou Ruth Villela Alves de Souza. A medalha de autor foi para a dinamarquesa Cecil Bodker e a de ilustração a Tatjana Mevrina, da União Soviética; as medalhas foram entregues no XV Congresso do IBBY, que se realizou em Atenas no m�s de setembro. Na seqü�ncia inaugurou-se a 11ª Feira de Bolonha (de 8 a 11), na qual mais uma vez o Brasil teve seu estande com 122 livros selecionados pela Fundação. Foi distribu�do um catálogo com informações sobre os livros expostos. Ruth Villela organizou a mostra e recebeu os interessados. Antecedendo a Feira realizou-se a reunião do Comit� Executivo do IBBY com a presença de Leny Werneck.

Na edição de nº 35 (julho a setembro de 1976) somos informados de que Leny Werneck participou do 6º Congresso da União de Escritores da URSS como convidada especial.

No nº 36 (outubro a dezembro de 76) há artigo de Regina Yolanda, representante do Brasil no XV Congresso do IBBY, e eleita para o Comit� Execu-tivo do IBBY inaugurado no dia 28 de setembro de 76 em Atenas, Grécia, com o tema “Como pode a Literatura ir ao encontro das necessidades da criança moderna: o conto de fadas e a poesia em nossos dias”. Leny Werneck também participou do Congresso, além de Fúlvia Rosemberg, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas de São Paulo, que apresentou o trabalho “A representação da época contemporânea brasileira nos livros para a juventude”. Participaram ainda Cec�lia Barzaghi e Cec�lia Reggiani Lopes, pós-graduadas em literatura Infantil trabalhando em editoras paulistas.

Durante o Congresso foram entregues os diplomas da Lista de Honra a Leny Werneck, que recebeu também o de Eliardo França. Em seguida, nos dias 3 e 4, Regina Yolanda participou da reunião do CE, e Leny Werneck visitou a Feira de Frankfurt e fez palestra na Goethe Universität a convite do Professor Klaus Doderer.

O nº 37 (janeiro a março de 1977) traz a mensagem do DILI de au-toria do escritor franc�s Jaques Charpentreau, “A alegria de ler”, como sempre divulgado em bibliotecas e escolas do pa�s.

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Em seguida já se divulga a visita que a bibliotecária francesa Ge-neviève Patte faria ao Brasil em setembro, quando daria cursos e palestras em Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianó-polis, Curitiba e São Paulo, ficando até novembro entre nós. O patroc�nio foi da Aliança Francesa e da FNLIJ.

Geneviève Patte é uma especialista em bibliotecas para crianças e jo-vens, tendo criado a Biblioteca Infantil de Clamart, nos arredores de Paris. Lá se desenvolvem várias atividades que favorecem a iniciativa dos pequenos usuários levando-os a assumir tarefas, participar do jornal mural e da escolha de novos t�tulos. Há um clube de leitura e material audiovisual, além de uma pequena impressora. Geneviève veio conhecer nossas bibliotecas e falar sobre sua grande experi�ncia aos profissionais da área.

Na edição de nº 38 (abril a junho de 77) informa-se que pela terceira vez consecutiva o Brasil participaria da Feira de Bolonha com um estande coletivo orga-nizado pela Fundação. Regina Yolanda, encarregada da participação brasileira, diz que enviaram livros as seguintes editoras: Abril, Ática, Primor, Saraiva e Agir.

Flicts, de Ziraldo (Primor), e A bolsa amarela, de Lygia Bojunga (Agir), despertaram mais interesse. Leny Werneck esteve também presente a convite dos organizadores da Feira. Um catálogo dos livros expostos com comentários em ingl�s foi distribu�do.

Lemos ainda que a Biblioteca Pública de Boston publicou os docu-mentos da Mostra Internacional do Livro Infantil, que realizou em maio/junho de 1975. Além do catálogo de livros expostos reuniu os trabalhos apresentados, entre os quais aquele apresentado por Leny Werneck, intitulado “A criança, sua cultura e os criadores de livros infantis na América Latina”.

O Boletim de nº 39 (julho a setembro de 1977) já anuncia o 16º Con-gresso do IBBY a realizar-se em Würzburg, na Alemanha; o tema foi “O realismo na literatura infantil”. Além disso, há informações sobre a viagem de Geneviève Patte, que realizou cursos e palestras em Belém, Recife e Salvador, com grande sucesso.

A edição nº 40 relata as etapas seguintes da viagem em Belo Horizon-te, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e São Paulo. A vinda de Geneviève demonstrou, mais uma vez, a importância da troca de experi�ncias para a aquisição de novos conhecimentos e desenvolver novas técnicas.

A mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil para 1978, divul-gada neste número, é de autoria do escritor australiano Colin Thiele, e se intitula “Um mundo de vida nos livros”.

Nos dias 29 de agosto a 1º de setembro Regina Yolanda participou de uma reunião promovida pela UNESCO na cidade de Skarrildhus, na Dinamarca,

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para discutir “Aspectos e problemas da Literatura”. Em seguida já em Bratislava (5 a 8 de setembro) participou do júri da BIB/77, examinando os trabalhos enviados por artistas de 34 pa�ses. Neste ano foram selecionados para a Exposição tra-balhos de Eliardo França, Gerson Lopes de Andrade, Marie Louise Nery e Wilma Pasqualini. Logo depois, na reunião do CE do IBBY, na mesma cidade, tratou-se da programação do 16º Congresso do IBBY e de uma exposição especial de livros infantis que seria realizada na Feira de Frankfurt de 1978, em preparação ao Ano Internacional da Criança em 1979.

A pedido da Biblioteca Internacional da Juventude, de Munique, a Fundação fez um levantamento dos livros infantis brasileiros aqui premiados.

No Boletim seguinte (nº 41 – janeiro a março de 78) somos informados de que os livros A bolsa amarela, de Lygia Bojunga, A turma do Perer� nº 3, de Ziraldo, e Os meninos da Rua Paulo, traduzido por Paulo Rónai, foram indicados para a Lista de honra do IBBY. O escritor Francisco Marins, cuja obra se encontra em vários idiomas, foi novamente indicado para o Pr�mio Andersen. O júri inter-nacional deste importante Pr�mio se reuniu em abril no Irã, e Ana Maria Macha-do, professora de literatura, jornalista e autora de livros para crianças e jovens indicada pela Fundação, foi eleita para participar do júri.

Concorreram 19 pa�ses e os vencedores receberam suas medalhas no XVI Congresso do IBBY, em Würsburg (RFA), no m�s de outubro. A exposição de livros infantis e juvenis comemorativa do Ano Internacional da Criança (1979), realizada pela XXX Feira de Frankfurt – a maior e mais importante do mundo – contou com 50 livros de cada pa�s participante. O estande brasileiro foi or-ganizado pela FNLIJ. Os t�tulos relacionados neste Boletim nº 41 integraram o catálogo da Feira.

Realizou-se de 3 a 20 de março em Buenos Aires a IV Feira Interna-cional do Livro, com o slogan “O livro, do autor ao leitor”. Lembrando o Ano Internacional da Criança foi dada �nfase à Literatura Infanto-Juvenil e cada pa�s presente tinha um dia destinado à promoção de sua literatura com palestras, projeção de filmes etc. No dia do Brasil, Laura Sandroni apresentou confer�ncia sobre “Literatura Infantil Brasileira Hoje”, a convite da Embaixada do Brasil e aproveitando a estadia participou de encontro que contou com representantes do Uruguai, do Paraguai, e do ex-presidente Niilo Visapäa pelo IBBY, além de Heriberto Schiro, do CERLALC.

Dentro do tema proposto para o XVI Congresso do IBBY a Fundação selecionou 20 livros de narrativas realistas. Essa bibliografia se encontra neste Boletim nº 41.

Na edição seguinte, de nº 42 (abril a junho de 78), informa-se que Ana Maria Machado participou da reunião do júri do Pr�mio Andersen realizada nos

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dias 6 e 7 de abril, no Teerã. Avaliados os concorrentes, a medalha de autor foi concedida à americana Paula Fox e a de ilustrador a Sven Otto Svend.

Nos dias seguintes houve reunião do CE do IBBY com a presença de Regina Yolanda, na qual se sugeriu que cada seção nacional apresentasse um projeto para as comemorações do Ano Internacional da Criança e reviu-se o que estava sendo feito para a exposição em Frankfurt e para o XVI Congresso do IBBY, ambas atividades a serem realizadas em outubro.

Mais uma vez realizou-se a XV Feira de Livros Infantis e Juvenis de Bolonha; cujo estande organizado pela Fundação contou com a presença de Regina Yolanda. Para a XII Mostra de Ilustradores apenas os trabalhos de Vera Matos foram selecionados.

O Boletim informativo de nº 43 (julho a setembro de 78) traz um documento preparado pelos participantes do Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil realizado no Pavilhão da Bienal Internacional do Livro, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, de 14 a 18 de agosto como parte da V Bienal, com o objetivo de estudar os reflexos da realidade latino-americana na Literatura destinada a crianças e jovens, produzida em nosso continente.

A coordenação ficou com uma comissão convidada pela Câmara Bra-sileira do Livro (CBL) composta por Lucia Pimentel de Sampaio Góes, Odette de Barros Mott (ambas escritoras de São Paulo), Maria Antonieta Antunes Cunha (professora da UFMG) e Laura Constância Sandroni (da FNLIJ).

Estiveram presentes delegações de argentinos, bolivianos, venezuela-nos e salvadorenhos, que levaram suas contribuições aos debates e grupos de trabalho. Um total de 450 pessoas participaram do Seminário.

Entre os dias 17 de agosto e 10 de setembro houve uma exposição de livros brasileiros na Biblioteca Pedagógica da Dinamarca, em Copenhagen, organizada por Leny Werneck, que lá estagiava. A FNLIJ selecionou os t�tulos e recebeu apoio para enviá-los da Embaixada do Brasil naquele pa�s e do SNEL.

De 18 a 23 de outubro realizou-se a XXX Feira de Livros de Frankfurt, Alemanha, onde foram expostos cerca de 280 mil t�tulos de 78 pa�ses membros da ONU, em 70 mil metros quadrados. O tema deste ano foi “A criança e o li-vro”, antecipando o Ano Internacional da Criança (1979). Além de mesas-redon-das e confer�ncias houve uma exposição de 50 livros representativa da produção editorial de cada pa�s, tendo a Fundação sido encarregada da seleção brasileira. Convidada pela Embaixada da Alemanha no Brasil a diretora-executiva da FNLIJ, Laura Constância Sandroni, representou o pa�s nesse evento. Além da mostra se-letiva o Brasil montou um estande com 1.400 t�tulos de 29 editoras, organizado pela CBL e pelo SNEL.

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Em seguida, as pessoas ligadas ao IBBY viajaram para Würsburg onde de 23 a 28 se realizou o XVI Congresso da entidade. O Brasil teve uma grande delegação. Dela participaram a escritora paulista Luc�lia Junqueira Prado, a contadora de histórias Stella Libanio Christo (que ficaria mais tarde conhecida como mãe de Frei Betto), as bibliotecárias gaúchas Yvette Duro e Lily Margaret Kolb, a escritora Edy Lima e o jornalista Antônio Hohlfeldt, ambos também gaúchos, a professora Cristina Martins Porto e Ruth Villela Alves de Souza, Leny Werneck, Rejane Carvalho de França, Laura Sandroni (convidada pela embaixada) e Regina Yolanda membro do Comit�-Executivo do IBBY.

Todos participaram das diversas atividades do Congresso, destacando-se a entrega do Pr�mio Andersen na qual recebemos os diplomas dos brasileiros indicados para a Lista de Honra.

No dia 23 houve a reunião do CE, que decidiu que o XVII Congresso seria realizado em Praga, tendo por tema “O papel dos livros na vida da criança pequena”, em outubro de 1980. O IBBY apresentou o nome de Astrid Lindgren como candidata ao Pr�mio Nobel no Ano Internacional da Criança.

No dia 27 reuniu-se a Assembléia Geral do IBBY, quando foi eleito o presidente para o bi�nio 1978/1980, Knud E. Hauberg Tychen, da Dinamarca; Dusan Roll, da Tchecoslováquia, foi o presidente do júri do Pr�mio Andersen, e vice-presidentes o japon�s Shigeo Watanabe e a brasileira Regina Yolanda.

O Boletim Informativo nº 45 (fevereiro a março de 79) dedica espaço ao Ano Internacional da Criança publicando a declaração do IBBY, o documento da UNESCO e o Projeto Brasileiro para o AIC. A reunião convocada pela UNES-CO no Brasil, representada por Agostinho Olavo e realizada na grande sala do Palácio Itamaraty, está descrita na parte nacional deste livro.

O DILI neste ano foi comemorado com a mensagem escrita por Assen Bossev, da Bulgária, autor de mais de 60 t�tulos para crianças. O t�tulo: “O livro – uma fonte de amizade”.

Na primeira semana de março, em Atenas, Grécia, realizou-se a expo-sição internacional “O Livro de Estórias e as Crianças”, integrando as comemo-rações deste pa�s para o AIC.

A pedido da Altrene School, através da Embaixada do Brasil em Ate-nas, a FNLIJ foi solicitada pela Divisão de Difusão Cultural do Ministério das Relações Exteriores (Bras�lia) a enviar uma mostra representativa do pa�s. Foram selecionados 34 t�tulos.

Realizou-se em Ancara, Turquia, na última semana de março, a Feira Mundial de Livros Infantis, como parte das atividades desenvolvidas pelo Banco da Agricultura da República da Turquia, durante o AIC.

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Para esta feira, foram enviados 50 t�tulos brasileiros, selecionados pela FNLIJ, a pedido da Embaixada do Brasil em Ancara, através da Divisão de Difu-são Cultural do Ministério das Relações Exteriores/Bras�lia). Foi remetido também um artigo de Laura Sandroni sobre a literatura infantil no Brasil, para distribuição aos participantes.

A edição de nº 46 (abril a junho de 79) relata a participação de Laura Constância Sandroni e Gian Calvi coordenando o seminário promovido pelo CER-LALC, sob o patroc�nio da UNESCO sobre edições de livros infantis, de 19 a 23 de fevereiro, em Bogotá, Colômbia. Presentes representantes de 10 pa�ses latino-ameri-canos, além de Leny Werneck e Ramon Nieto como especialista e chefe de setor de publicações da UNESCO, respectivamente, e ainda membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) e o presidente do IBBY, Knud Tchssen.

Segundo o documento final divulgado pelo CERLALC, o seminário possibilitou um intenso e profundo intercâmbio de experi�ncias nos diferentes aspectos relacionados com o livro infantil.

Um dos aspectos mais importantes do Encontro foi a proposta de co-edições de livros infantis entre os pa�ses interessados, plenamente realizada nos anos seguintes.

Entre 31 de março e 3 de abril realizou-se a 16ª Feira de Bolonha e a sua mostra de ilustradores. Além dos 145 pa�ses presentes realizaram-se dois seminários. Um sobre jornal escolar e outro, patrocinado pela UNESCO, sobre edição de livros nos pa�ses em desenvolvimento. Neste último a Fundação foi representada por Ana Maria Machado, tendo Regina Yolanda e Leny Werneck se ocupado do estande brasileiro, como sempre muito visitado. Alguns ilustradores compareceram naquele ano: Rui de Oliveira, Gian Calvi, Jeanete Musatti, Jô Oliveira e Rico Lins.

Em seguida reuniu-se mais uma vez o CE do IBBY com a presença de Regina Yolanda, vice-presidente da entidade.

Em seu nº 47 (junho a setembro de 79) temos informações sobre as diversas atividades comemorativas do AIC, no Brasil e no mundo, e a not�cia de que Bartolomeu Campos de Queirós foi indicado pela Fundação para bolsa de estudos na Biblioteca Infantil de Clamart, em Paris.

A edição de nº 48 (outubro a dezembro de 79) também aborda even-tos realizados no Ano Internacional da Criança e destaca a participação da FNLIJ no seminário “Literatura juvenil para as Américas”, realizado de 15 a 19 de outubro, no Centro de Capacitação Docente de El Mácaro, Venezuela, reunindo as várias áreas de produção do livro. Doze pa�ses estiveram presentes e os brasi-leiros indicados pela Fundação foram os autores Ana Maria Machado e Odette de Barros Mott, o ilustrador Gian Calvi e a cr�tica Laura Constância Sandroni.

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Na BIB/79 a artista plástica Jeanete Musatti recebeu Menção Honrosa pela ilustração do livro Sonhos de Pondji, editado pela Massao Ohno, de São Paulo. O mesmo livro foi considerado o melhor livro estrangeiro para jovens por Loisirs Jeunes, publicação francesa de grande prest�gio. Ainda em Bratislava a representante brasileira Regina Yolanda foi agraciada com a Plaqueta de Honra, por trabalhos de divulgação do evento.

Em seguida e na mesma cidade reuniu-se o Comit� Executivo do IBBY.O Boletim nº 49 é lançado excepcionalmente em dezembro de 79 um

�ndice cumulativo de todas as matérias publicadas desde seu primeiro número.A edição nº 50 (janeiro a março de 80), gentilmente produzida pela

Melhoramentos para atualizar a publicação, traz documento com as conclusões e recomendações do seminário sobre edição de livros infantis e juvenis realizado em Bogotá já referido em número anterior da publicação.

O Júri do Pr�mio Andersen reuniu-se nos dias 23 e 24 em Bolonha, e Lygia Bojunga Nunes, indicada pela Fundação ao Pr�mio Andersen, teve sua obra considerada Altamente Recomendável. Ana Maria Machado era membro do Júri.

Para a Lista de Honra foram selecionados Uma estranha aventura em Talalai, de Joel Rufino dos Santos, na categoria autor; O menino Pedro e seu boi voador, pelas ilustrações de Rico e Maia ou a 53ª semana do ano, na tradução de Ana Maria Machado.

A XVII Feira de Bolonha realizou-se de 27 a 30 de março com a pre-sença de Ana Maria Machado como responsável pelo estande, e a de algumas editoras interessadas. Os ilustradores que tiveram as obras expostas e estiveram presentes no evento foram: Gian Calvi, Rico, Jô Oliveira e Béatrice Tanaka. O es-tande foi ainda mais procurado do que habitualmente pela divulgação da quase premiação de Lygia Bojunga no Pr�mio Andersen.

Outro acontecimento que despertou a atenção dos profissionais do livro foi o lançamento de Nasino, nosso conhecido Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, em sua tradução italiana patrocinada pela Embaixada do Brasil em Roma.

A mostra de ilustradores foi neste ano organizada pelo Centro de Ca-pacitação Docente de El Mácaro, na Venezuela, com 38 obras de artistas de 12 pa�ses da América Latina. Gian Calvi montou a exposição e fez o cartaz e o catálogo da mostra.

Antes da Feira reuniram-se o CE do IBBY com a presença de Ana Maria Machado que representou a vice-presidente da organização, Regina Yo-landa, impossibilitada de comparecer. Na ocasião tratou-se entre outros temas da organização do XVII Congresso a realizar-se em Praga, de 28 de setembro a 3 de outubro.

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A edição nº 51 (abril a junho de 80) se dedica aos temas nacionais e na seguinte, nº 52 (julho a setembro de 80), encontramos a descrição e avalia-ção de todas as atividades realizadas em comemoração ao Ano Internacional da Criança, concluindo que grande parte dos objetivos foram cumpridos, notando-se um crescimento do interesse pela literatura infantil e juvenil. As metas futuras da Fundação foram assim descritas: trabalhar na formação de professores de todos os n�veis; na criação e melhoria das bibliotecas escolares e públicas; nos estudos e pesquisas sobre literatura infantil e juvenil visando ao aprimoramento dos textos, das ilustrações e de impressão.

De 18 a 22 de agosto, realizou-se o II Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil dentro da VI Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A coordenação esteve a cargo de Comissão da qual a Fundação parti-cipou na pessoa de sua Diretora-Executiva, e o tema foi “O livro infantil juvenil e as linguagens contemporâneas”. Estiveram presentes autores e professores da Argentina, do Uruguai e da Bol�via.

A edição nº 53 (outubro a dezembro de 80) traz informações sobre a “Reunião de responsáveis por núcleos de est�mulo à leitura”, promovida pela FNLIJ com recursos do CERLAL/UNESCO e apoio do Museu da República. Nos dias 6, 7 e 8 de novembro reuniram-se cerca de 30 pessoas de diferentes estados do Brasil e representantes do CERLAL. Teve como finalidade conhecer, e com de-talhes, o trabalho de cada um dos presentes. Os trabalhos foram publicados em livro pelo CERLAL, e em seguida no Brasil, com o t�tulo A criança e o livro: guia prático de est�mulo à leitura.

O ilustrador Rui de Oliveira foi agraciado com o Pr�mio Noma, do Centro Cultural Asiático da UNESCO, por seu trabalho no livro Manu, a menina que sabia ouvir, editado pela Vega, de Belo Horizonte, em 1978.

De 28 de setembro a 4 de outubro realizou-se em Praga, Tchecoslo-váquia, o XVII Congresso do IBBY, com o tema “Livros para crianças bem peque-nas”. A FNLIJ foi representada por Regina Yolanda que na Assembléia Geral se despediu dos membros do CE do IBBY, onde ficou durante 8 anos e indicou o nome de Carmen Diana de Dearden, da Venezuela, com vistas a uma renovação da representação da América Latina na entidade.

A eleição, realizada logo após, reconduziu os presidentes do IBBY e do Pr�mio Andersen e elegeu novos membros para o CE, inclusive a candidata apontada pelo Brasil, que viria mais adiante a presidir a instituição. No mesmo dia reuniu-se o CE ainda com os membros que deixavam o cargo, e Ana Maria Machado representou o Brasil.

O Pr�mio Andersen foi entregue a Bohumil Riha, autora da Tchecos-lováquia, e ao ilustrador Suekichi Akaba, do Japão, e os diplomas da Lista de

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Honra foram dados à representante brasileira para serem entregues a Joel Rufino dos Santos e Rico. Ana Maria Machado, estando presente, recebeu o seu como tradutora de Maia ou 53ª semana do ano.

O Boletim Informativo nº 54 (janeiro a março de 81) informa que Ana Maria Machado recebeu o pr�mio Casa de las Américas, de Cuba, na categoria literatura brasileira pelo original de “De olho nas penas”, que foi publicado em seguida no Brasil pela Salamandra.

Informa ainda que o ano de 1981 seria o Ano Internacional do Defi-ciente e que o IBBY preparou atividades para promov�-lo na área do livro infantil. Foi realizado pela Fundação um levantamento de t�tulos publicados no Brasil com personagens com alguma defici�ncia, e dos órgãos que se ocupam do problema.

A edição seguinte, nº 55 (abril a junho de 81), informa que se realizou em Tucson, Arizona, nos dias 21 e 22 de abril, um simpósio que debateu proble-mas atuais da literatura para crianças. A FNLIJ foi representada pela poetisa e pintora Ana Elisa Gregori, sua associada.

Realizou-se em Bolonha, de 2 a 5 de abril, a 18ª Feira do Livro para a Juventude. Como ocorre todos os anos a FNLIJ selecionou os livros que integra-ram o estande brasileiro com o apoio do Itamaraty, da CBL e do SNEL. Este ano o estande teve melhores instalações e condições de atendimento ao público. Ana Maria Machado recebeu o apoio do embaixador brasileiro em Roma, Mário Gib-son Barbosa, que colocou uma funcionária à disposição e enviou representante à inauguração da Feira. Estiveram presentes editores da Melhoramentos, da Ática, da Abril, da Record, da Rio Gráfica e do C�rculo do Livro.

A UNESCO patrocinou seminário sobre “Livros para crianças deficien-tes”, realizado durante os dias da Feira.

O Boletim nº 56 (julho a setembro de 81) divulga o XVIII Congresso do IBBY que seria realizado em Cambridge, Inglaterra, de 6 a 10 de setembro de 1982, com o tema “A história no universo mutável da criança”, e dá toda a programação do mesmo.

Na seqü�ncia, a edição nº 57 (outubro a dezembro de 81) informa que a Fundação indicou para a Lista de Honra do Pr�mio H. C. Andersen de 1982 o livro O misterioso rapto de Flor do Sereno, de autoria de Haroldo Bruno; a ilustração de Patr�cia Gwinner para o livro Era uma vez duas avós, a tradução de Wilma Freitas Ronald de Carvalho do livro O leopardo, e manteve Lygia Bojunga Nunes como candidata à medalha de autor do Pr�mio Andersen.

No Boletim Informativo nº 58 (janeiro a março de 82) not�cia sobre o lançamento do primeiro livro do projeto apresentado ao CER-

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LAL em fevereiro de 1979 para co-edições na América Latina. Trata-se de Contos, mitos e lendas para crianças da América Latina, do qual par-ticiparam a Ática (Brasil), a Plus Ultra (Argentina), a Norma (Colômbia) e a Ekaré/Banco del Libro (Venezuela).

A edição seguinte, de nº 59 (abril a junho de 82), lembra o DILI, cuja mensagem ficou a cargo da escritora Kika Pulcheriou, do Chipre, e intitulava-se “O livro – Sol da Paz”. Nos dias 30 e 31 de mar-ço reuniu-se o CE do IBBY com Carmen Diana de Dearden representando a América Latina.

A XIX Feira de Bolonha realizou-se de 29 de março a 6 de abril e foi considerada uma das melhores graças à vitalidade do mercado livreiro. Foram 881 expositores de 58 pa�ses e na mostra de ilustradores 34 artistas selecionados.

Neste ano o Brasil teve outro estande, além daquele organizado pela Fundação, o da Editora Melhoramentos.

Em Bolonha o IBBY divulgou o ganhador do Pr�mio Andersen: Lygia Bojunga Nunes, pelo conjunto de sua obra. O fato teve repercussões altamen-te positivas na participação brasileira na Feira, ocorrendo grande visitação ao nosso estande brasileiro. A medalha foi entregue durante o Congresso do IBBY, como sempre.

A BIB/81 ocorreu de 7 a 10 de setembro com a participação de ilustra-dores brasileiros entre 250 artistas de 31 pa�ses, e a presença de Regina Yolanda. Houve paralelamente uma exposição de livros que falavam sobre deficientes f�sicos, comemorando o Ano Internacional da Criança Deficiente, promovida pelo IBBY.

O Boletim Informativo nº 60 (julho a setembro de 82) informa sobre a participação da Fundação na II Assembléia Internacional “Bandeira da Paz”, realizada em Sófia, Bulgária, de 15 a 25 de agosto. Tendo enviado desenhos de crianças brasileiras no primeiro evento em 1979 a FNLIJ recebeu desta vez convite para duas crianças acompanhados de um responsável.

Rejane Carvalho de França representou a Fundação que selecionou um menino de 10 anos e uma menina de 12 anos para participarem das ati-vidades art�sticas oferecidas: canto, música instrumental, desenho, escultura e literatura.

Na edição nº 61 (outubro a dezembro de 82) lemos que o XVIII Con-gresso do IBBY realizou-se em Cambridge, Inglaterra, de 6 a 10 de outubro. Na Assembléia Geral da entidade Ana Maria Machado foi eleita para o Comit� Executivo, ampliando para duas pessoas a representação da América Latina. Na cerimônia de encerramento foi entregue a medalha de autor a Lygia Bojunga Nu-nes, com grande festa dos brasileiros presentes pois pela primeira vez o pr�mio foi dado a autor latino-americano.

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Na edição de nº 62 (janeiro a março de 83) not�cia-se a realização da XX Feira de Bolonha com o estande brasileiro exibindo a primeira Ciranda de Livros, projeto do qual a parte nacional deste livro dá detalhes.

Estiveram presentes à Feira, além de Ana Maria Machado, a autora Lygia Bojunga Nunes e os ilustradores Gian Calvi, Rico e Béatrice Tanaka. Na reunião do CE do IBBY, com a presença de Ana Maria Machado, Rico Lins foi eleito para o Júri do Pr�mio Andersen.

Na edição seguinte, de nº 63 (abril a junho de 83), not�cia sobre o Con-curso Internacional “Pinóquio Hoje”, comentando o centenário de publicação de Pinóquio, do autor italiano Carlo Collodi, organizado pela Fundação que leva seu nome. O Instituto Italiano de Cultura incumbiu a Fundação de realizar o concurso no Brasil, e vários estados enviaram os desenhos de seus livros. O júri presidido por Regina Yolanda selecionou 10 trabalhos e apontou o vencedor da Escola Gua-temala, do Rio de Janeiro. O pr�mio, uma passagem para a criança e outra para seu acompanhante que tiveram uma estada de sete dias em Pescia onde se realizou uma grande exposição de todos os desenhos enviados por diversos pa�ses.

A convite do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina (CERLAL), a diretora-executiva da FNLIJ, Laura Constância Sandroni, vi-sitou a Câmara Argentina do Livro, em Buenos Aires, de 24 a 28 de maio. A visita teve por objetivo expor o projeto Ciranda de Livros, iniciativa da FNLIJ, da Fundação Roberto Marinho e da Hoechst do Brasil, e os editores argentinos. Também foram feitos contatos com jornais locais e com o embaixador brasileiro, que se interessou por uma futura mostra de livros e ilustradores nacionais na capital argentina.

A Fundação lançou concurso para ilustradores brasileiros realizarem o cartaz do Dia Internacional do Livro Infantil/84, inspirado na mensagem escrita por Lygia Bojunga Nunes. No dia 2 de maio reuniu-se na sede da Fundação o júri para este Concurso, formado por: Mary Anne Pedrosa e Gian Calvi representan-do a FNLIJ, Israel Pedrosa, indicado pelo Banco Crefisul, patrocinador do cartaz, e um representante do SNEL. Angela Lago foi a vencedora.

Na edição seguinte, de nº 64 (junho a setembro de 83), vemos que a BIB/83 foi inaugurada no dia 9 de setembro com 2.250 trabalhos de 305 artistas de 43 pa�ses, sendo 11 brasileiros. Dois estiveram presentes, Ana Raquel, que exibiu suas ilustrações, e Rico que, indicado pela Fundação, substituiu Ana Maria Machado na reunião do CE e participou do júri da Bienal.

A Editora Melhoramentos recebeu Menção Honrosa pelo livro Um ho-mem no sótão, do autor e ilustrador Ricardo Azevedo.

O Boletim nº 65 (outubro a dezembro de 1983) informa que de 3 a 13 de novembro realizou-se no Copacabana Palace a I Feira Internacional

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do Livro do Rio de Janeiro com a participação de 86 editoras nacionais e estrangeiras.

No seminário paralelo sobre “O livro na atualidade brasileira” hou-ve uma mesa-redonda dedicada à literatura infantil coordenada por Laura Sandroni. Participaram Ana Maria Machado, Eliane Yunes, Ziraldo e Rui de Oliveira.

Na edição de nº 66 (janeiro a março de 84) informa-se sobre a reali-zação no Rio de Janeiro do “Congresso Regional do Livro para a América Latina e Caribe”, de 6 a 9 de dezembro de 1982. A Fundação participou apresentando o projeto Ciranda de Livros.

Foram indicados para a Lista de Honra do IBBY/84 os seguintes livros – texto Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado; ilustração – Regina Yolanda pelo trabalho nesse mesmo livro; tradução – Maria Aparecida Moraes Rego, por Os irmãos coração de leão, de Astrid Lindgren.

Na mesma época foi lançado em Bogotá com distribuição para a América Hispânica o livro El niño y el libro, resultado do encontro realizado no Rio de Janeiro reunindo experi�ncias de est�mulo à leitura, como já foi not�ciado à época de sua realização. Além do CERLAL participam da edição a Editorial Kapelusz Colombiana S/A e a Pro-Cultura S/A. No Brasil o livro foi editado pela Ática.

A edição seguinte, de nº 67 (abril a junho de 84), volta a not�ciar o DILI, cuja mensagem “Livro: a troca” foi escrita por Lygia Bojunga Nunes, ven-cedora da medalha referente a texto, do Pr�mio Hans Christian Andersen. Tanto o cartaz do concurso como a mensagem foram distribu�dos a todos os pa�ses filiados ao IBBY e às Secretarias de Educação e Cultura e Bibliotecas de todo o Brasil. Este fato abriu mais espaços nos meios de comunicação para divulgação do DILI e do trabalho da Fundação.

Há ainda a informação de que o júri internacional do qual participou Rico Lins, representando a FNLIJ concedeu o Pr�mio Andersen a outra austr�aca, Christine Nostlinger, e ao ilustrador japon�s Mitsumaso Anno, ambos pelo con-junto de suas obras.

O júri reuniu-se durante a Feira de Bolonha onde, mais uma vez, fo-ram expostos os livros brasileiros.

No Boletim nº 68 (julho a setembro de 1984) somos informados de que Laura Sandroni, especialmente convidada pelo CERLAL, participou do 1º Congresso Latino-Americano de Leitura e Escrita, realizado de 9 a 13 de julho na Universidade de São José da Costa Rica. Ali relatou as experi�ncias brasileiras na FNLIJ com relação ao est�mulo ao hábito da leitura e apresentou a Ciranda de Livros em todas as suas etapas. A Fundação Roberto Marinho preparou um

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audiovisual contendo os anúncios do projeto veiculados pela Rede Globo. Essa parte interessou vivamente os participantes, pois mostra como a TV pode contri-buir para o est�mulo ao hábito da leitura.

A edição seguinte, de nº 69 (outubro a dezembro de 1984) foi o último número do Boletim Informativo. Nele se encontra um artigo de Ruth Villela Alves de Souza, fundadora da FNLIJ e encarregada dos contatos com o IBBY durante muitos anos, intitulado “A participação da FNLIJ no campo internacional”.

Diz ela no in�cio de seu texto:

“Podemos apreciar duas fases no desenvolvimento das atividades da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. A primeira, de 1968 a 1974, são as descobertas, os contatos iniciais com as instituições cong�neres e as primeiras avaliações. Depois de 1974, isto é, depois do Congresso do IBBY no Rio, in�ciou-se a segunda fase, partindo-se para um estágio mais profissional, que culminou com o lançamento do Projeto Ciran-da de Livros, o maior entrosamento com o CERLAL e a marcante atuação da FNLIJ nos demais pa�ses da América Latina.

Assim, está a Fundação em plena fase de expansão para além de suas fronteiras, inaugurando novo ciclo de verda-deira exportação de know-how brasileiro.

Para coroar todos estes esforços e realizações, no in�cio deste ano, a IBBY resolveu indicar nossa Fundação para o Pr�mio de Alfabetização da UNESCO. O resultado é o moti-vo que nos traz aqui. Peço licença para ler um trecho da carta datada de 8 de outubro de 1984 em que o diretor-geral da UNESCO, Amadou-Mahtar M’ Bow transcreve o parecer do júri que nos concede a Menção Honrosa do referido pr�mio: ‘... pelo Projeto Ciranda de Livros que, desde 1982, tem forneci-do livros para mais de 3 milhões de crianças; bem como pela competente abordagem da Fundação em promover a alfabeti-zação, incutindo desde cedo o hábito da leitura, fortalecendo o poder de influ�ncia da escola e provendo material de leitura para jovens além dos limites escolares’.

A carta, encaminhada a Miguel Azaola, atual pre-sidente da IBBY, assim termina: ‘Agradeço por ter apresentado esta meritória candidatura e ficarei grato se o Sr. transmitir à fundação minhas calorosas congratulações’. Segue-se a assi-natura de Amadou-Mahtar M’ Bow”.

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Estas foram as palavras proferidas por D. Ruth no dia 5 de dezembro de 1984 na entrega da Menção Honrosa do Pr�mio Iraque de Alfabetização, da UNESCO, à FNLIJ, no Salão Nobre do Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.

No mesmo Boletim há not�cia da realização do XIX Congresso do IBBY em Nicósia, Chipre, nos dias 9 a 14 de outubro. Ana Maria Machado apresentou o projeto Ciranda de Livros, com a colaboração de Eliane Yunes – o que desper-tou o maior interesse na grande platéia internacional.

Glória Pondé como diretora-executiva da Fundação apresentou traba-lho sobre “A literatura infanto-juvenil brasileira contemporânea: da produção à recepção”.

Na Assembléia Geral do IBBY foi eleito o Comit� Executivo para o bi�nio 84/86, e Ana Maria Machado reeleita foi indicada para a vice-presid�ncia do órgão.

No mesmo m�s de outubro realizou-se em Cochabamba, Bol�via, no Centro Pedagógico e Cultural Portales, o Encontro Sub-Regional dos Centros de Documentação em Literatura Infantil. Patrocinado pela OEA, CERLAL, e o próprio Centro o Encontro recebeu participantes de todos os pa�ses da América Latina. O Brasil foi representado por Laura Sandroni.

De 10 a 18 de novembro realizou-se a 4ª Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil do México. O estande do Brasil foi muito visitado e as tr�s pri-meiras Cirandas estavam ali expostas.

Ciranda de Livros

Durante muito tempo, a FNLIJ pensou em desenvolver um projeto de distribuição de livros de literatura para escolas carentes, de forma a iniciar uma biblioteca onde não houvesse. Uma das idéias era chamada de Caixa de Livros, prevendo a doação de caixas – de madeira ou plástico – que, superpostas, fos-sem formando as estantes de uma pequena biblioteca.

Em 1981, foram feitos os primeiros contatos com a Fundação Roberto Marinho, através do então Secretário-Geral José Carlos Barboza de Oliveira. Laura Sandroni e Maria Luiza Barbosa de Oliveira levaram a idéia básica da FNLIJ em várias reuniões. Havia a necessidade de se buscar um terceiro parceiro que bancasse o projeto, e havia a facilidade de se articular com a TV Globo (co-irmã da FRM) para a divulgação do mesmo. O parceiro foi encontrado: a Hoechst do Brasil, importante presença na indústria qu�mica, que desejava firmar seu nome através de um projeto nas áreas cultural e educativa. O conv�nio foi firmado em 1982 e já previa um desdobramento do projeto por quatro anos, com a doação de minibibliotecas (15 t�tulos por ano) para 30 mil escolas de todo o Brasil.

Nascia a Ciranda de Livros, o maior programa de distribuição de livros de literatura infantil e juvenil até então levado a efeito em nosso pa�s.

Muita gente participou do projeto, mas os nomes que se mantiveram durante toda a sua duração foram Laura Sandroni, Alfredo Gonçalves, Ronal-do Panayotis Contopoulos, Claudia de Miranda e Luiz Raul Machado, além de José Carlos Barboza de Oliveira, diretor da Fundação Roberto Marinho, seja no desenvolvimento das idéias e sua concretização, seja na seleção dos livros, seja na coordenação do trabalho. Toda a equipe da FNLIJ se engajou na Ciranda, especialmente Rejane Carvalho de França e Glória Pondé, na elaboração dos Guias de Leitura.

No caso da seleção, a FNLIJ estabeleceu critérios muito claros: a qua-lidade literária, com �nfase nos livros premiados e que marcaram a trajetória da literatura brasileira para crianças e jovens; o equil�brio entre autores consagrados e novos; a qualidade gráfica, já que as edições especiais para a Ciranda seriam iguais às existentes no mercado, apenas com a colocação do logotipo do projeto e dos patrocinadores na quarta capa; a não-repetição de autores, garantindo a presença de 60 escritores significativos; a repetição m�nima de ilustradores; a va-

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riação ao máximo das editoras, abrindo-se espaço tanto para as grandes quanto para as pequenas casas publicadoras.

O mostruário foi um achado. Depois do estudo de diversas possi-bilidades, a solução encontrada foi a de um display plástico (hoje comum em bancas de jornais, mas na época só tendo um similar para exposição de cartões-postais). Com espaço para os 15 livros, o mostruário pendurado na sala de aula ou na biblioteca exibiria a “cara” dos livros, com sua capa, t�tulo e nome do autor e do ilustrador, e não a lombada, como nas estantes. O mostruário, junto com os livros e o Guia de Leitura, ia dobrado e embalado com segurança numa caixa de papelão.

A editora carioca EBAL garantiu a linha de montagem do kit e os Cor-reios, com efici�ncia, efetivaram a distribuição por todo o pa�s, até lugares de dif�cil acesso.

O material dirigido especialmente aos professores foi objeto de lon-gas discussões e cuidadosa preparação por parte da equipe de especialistas da FNLIJ. Optou-se por chamá-lo de Guia de Leitura. Nas quatro edições do Guia, apresentava-se o projeto, os livros que faziam parte de cada Ciranda, seus autores e ilustradores e uma série de sugestões para facilitar e tornar mais pra-zeroso o contato com os livros nas escolas. Na apresentação do primeiro Guia, apareceu a frase que se tornou o slogan do projeto: “Fazer girar a Ciranda de Livros e ajudar as crianças brasileiras a descobrirem que a leitura é uma gostosa brincadeira”. Desde o começo, a idéia era vincular a leitura ao prazer e não a tarefas escolares ou trabalhos didáticos.

No segundo Guia, outra frase emblemática que marcou o projeto: “A Ciranda de Livros é uma semente de biblioteca”. De fato, o pacote mandava também para as escolas fichas de controle de empréstimo e pequenas carteiras de sócio. A idéia básica era ajudar a formar pequenas bibliotecas.

Os Guias traziam também textos sobre: o interesse pela leitura; o há-bito de ler; as diferenças; o que fazer com os que não l�em; uma conversa com os pais; sugestões de acompanhamento de leitura (a partir dos livros de cada conjunto); sugestões de atividade art�stica; produção de textos na escola; cria-ção de feiras de livros. No final de cada Guia, uma bibliografia especializada e acess�vel e dicas de contatos para maiores informações sobre leitura e literatura. No fim do quarto Guia – que era o último do projeto – havia uma indicação de livros que poderiam fazer parte de novas Cirandas e que eram portanto uma boa indicação para ampliação de acervo de uma biblioteca. Além disso, informava-se sobre outros t�tulos dos autores “cirandeiros” e fornecia-se uma bibliografia selecionada de autores estrangeiros de literatura infantil e juvenil, tanto clássicos como contemporâneos.

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De 1982 a 1985, 30 mil escolas carentes de milhares de munic�pios receberam 60 t�tulos representativos de nossa literatura. O foco principal era o contingente de 4,5 milhões de crianças, de 1ª a 4ª séries. Mas a faixa atingida foi muito maior. Principalmente porque uma das mais importantes caracter�sticas do projeto foi sua divulgação pela televisão. A TV Globo colocou no ar, em horário nobre, milhares de chamadas com animações feitas a partir das histórias e dos personagens dos livros da Ciranda e com mensagens institucionais do projeto. Só a t�tulo de exemplo, as editoras informaram à FNLIJ, na época, que foram feitas várias edições dos livros divulgados através da campanha da Ciranda, para venda nas livrarias de todo o pa�s.

Durante os quatro anos de funcionamento da Ciranda, existiu uma Caixa Postal para atendimento a professores, pais e crianças, que recebia quase 1.000 correspond�ncias por m�s.

Ao término do projeto, foi realizada uma ampla pesquisa, coordenada pelo sociólogo Carlos Alberto Medina, que confirmou terem sido alcançados os principais objetivos da Ciranda.

A Ciranda de Livros correu o mundo, sendo mostrada pela FNLIJ em congressos e encontros do IBBY e outros; teve um estande na Feira de Livros de Bolonha, onde foi apresentada por Ana Maria Machado, e recebeu da UNESCO o pr�mio Iraque de Alfabetização, como a maior contribuição ao trabalho com leitura, entre vários outros de diferentes instituições.

Diferentes pa�ses buscaram informações detalhadas que lhes permitis-sem organizar cirandas adaptadas a suas realidades. Assim, a Fundação Equa-toriana para o Livro Infantil e Juvenil, similar à FNLIJ, implantou seu próprio pro-grama intitulado Casita de Lectura, nos moldes da Ciranda de Livros. O mesmo ocorreu na Costa Rica com a Ronda de Libros.

Para que voc�, leitor, sinta o entusiasmo com que as equipes da FNLIJ e da FRM trabalharam neste projeto reproduzo aqui o texto que escrevi para o livro editado pela Hoechst por ocasião do término do projeto, Ciranda de Livros: Memória de um projeto pioneiro.

“Eu sou uma observadora privilegiada da Ciranda de Livros, porque participei do projeto desde sua concepção, como diretora-executiva da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil à época, e estou mergulhada nas tarefas de avaliação até hoje. Como especialista em literatura infanto-juvenil atuan-do para ampliar o alcance dos livros nos últimos 15 anos, con-sidero a Ciranda a coroação de um trabalho. Não no sentido de que, depois dela, não é preciso fazer mais nada. Mas no

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sentido de que ela foi e é uma resposta a todos os problemas detectados no setor da leitura para criança.

A Ciranda alterou o quadro existente. Mexeu com tex-to, ilustração e qualidade editorial. Mexeu com editoras, livra-rias, professores, pais, alunos nas escolas e crianças em casa. Hoje, no Brasil, as pessoas ainda l�em pouco. Mas já se pode dizer que l�em mais e estão mais receptivas ao livro. Isso é, em parte e sem sombra de dúvida, efeito da Ciranda de Livros e da forma original como o projeto foi imaginado e realizado.

Porque doação de livros sempre houve. Mas não com uma perman�ncia de 4 anos e nem com um planejamento tão completo para responder a todas as questões práticas e filosóficas de uma campanha maciça de est�mulo à leitura junto a escolas carentes. Agora, no momento da avaliação, verifica-se que o projeto funcionou muito bem toda vez que encontrou o público exato para o qual foi criado: os professores, alguns dos quais nunca haviam lido ficção, passaram a valorizar o livro, e as crianças estão gostando imensamente de ler. É um prazer muito grande participar de um projeto com a possibilidade de faz�-lo bem, com recursos para desenvolver todos os caminhos considerados necessários.

A Ciranda de Livros deu certo, mas ainda vai render muitos frutos, porque não se esgotou no Brasil e é um modelo, provado na prática, para qualquer pa�s onde haja populações alijadas dos grandes centros de circulação dos bens culturais. Pode haver algo melhor para um pa�s do que um projeto que for-nece material para as crianças serem efetivamente alfabetizadas e leva as pessoas a pensarem por si mesmas? Por isso mesmo, acho que o Estado deve dar continuação ao trabalho iniciado pela empresa privada. Sob pena de ser responsável pela para-da no desenvolvimento da alfabetização efetiva e pela regressão dos jovens ao analfabetismo por falta de objetos de leitura”.

Laura Sandroni

2ª Parte

Realização Ano a Ano1985/2008

1985 a 2008

APRESENTAÇÃOO relato sobre as atividades da FNLIJ, o per�odo de 1968, ano de sua

criação, até 1984, inclusive, foi feito por Laura Sandroni, Diretora Executiva da FNLIJ até 1983. Ela se baseou nas informações contidas no Boletim Informativo da FNLIJ e enriquecido por sua viv�ncia à frente da instituição. Laura contou também com a colaboração de Luiz Raul Machado com quem trabalhou na FNLIJ e em especial no projeto Ciranda de Livros. No final do relato, que abarca o ano de 1984, lemos que, em abril desse ano, Gloria Pondé substituiu Laura na Diretoria Executiva da FNLIJ, e Laura continuou atuando como consultora especial da instituição. O Boletim Informa-tivo publicado desde a criação da FNLIJ tem também o seu último número naquele mesmo ano. Embora já conhecendo a história desse per�odo foi emocionante, para mim, acompanhar o relato de Laura em perseguir os objetivos que uniram a ela, Maria Luiza Barbosa de Oliveira e Ruth Vilela de Souza tornando-se uma meta de vida para as tr�s e para aqueles que contagiaram, ampliando para horizontes inima-gináveis a crença na força da leitura de bons livros para todos.

A segunda parte do livro, que vai de 1985 a 2008, passa a ser rela-tada por mim como Secretária de Administração (1987 e 1988), quando Eliana Yunes era Secretária-Geral, e como Secretária-Geral desde 1989. Com o obje-tivo de esclarecer aos leitores gostaria de trazer uma breve explicação sobre a estrutura da FNLIJ a partir de 1985.

No per�odo de 1985 a 1986 a FNLIJ foi dirigida por Glória Ponde, que contou com a colaboração de Eliana Yunes. Frente a um novo momento histórico do pa�s, e com as novas demandas que a FNLIJ passou a ter em função da importância do seu trabalho, esses dois anos foram de intensa discussão que culminaram na mudança dos estatutos da FNLIJ a fim de preparar a instituição para outra etapa de sua história. Assim, em 1986, um novo estatuto foi aprovado e a estrutura administrativa mudou. Os cargos executivos, Diretora Executiva, Tesoureira e Secretária, foram substitu�dos por uma Secretaria Geral com as tr�s funções – Secretaria Geral, Administrativa e de Planejamento. A FNLIJ passou a contar com um Conselho Diretor formado também por tr�s integrantes para apoiar diretamente o trabalho da Secretária-Geral.

Com essa medida a FNLIJ deu o primeiro passo na direção da sua profissionalização. Os antigos cargos executivos passaram a ser reconhecidos

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como profissionais da FNLIJ e todos que prestavam serviços a FNLIJ, em caráter permanente, passaram também a ter vinculo trabalhista a partir de 1988.

Em janeiro de 1987, Eliana me convidou para integrar a Secretaria Geral da FNLIJ, como Secretária de Administração. A partir de 1989, Eliana retirou-se do cargo e indicou-me para ocupar a sua função de Secretária-Geral permanecendo como colaboradora da FNLIJ até 1992.

Para esta segunda parte, que inclui dois anos (1985 e 1986) dos quais não participei, tomei como base o informativo mensal da FNLIJ, o Notícias, os relatórios anuais e os documentos do arquivo da instituição. Solicitei a Elda No-gueira (que entrou para a FNLIJ no in�cio de 1987 e que me acompanhou todos esses anos com pequenas interrupções) que fizesse o primeiro levantamento das informações, ano a ano. Depois da leitura do material levantado encaminhei mi-nhas anotações para Ninfa Parreiras, membro da equipe, para que pesquisasse algumas informações que achei incompletas. Com a ajuda da equipe do Arquivo da FNLIJ, Graan Barros e Edilma Trindade da Anunciação, Ninfa foi completando as lacunas. Depois, retomei os levantamentos feitos a fim de “costurar” as infor-mações. À medida que realizava essa última leitura fui realizando nova pesquisa quanto a fatos e datas. Para esta fase precisei da ajuda de Luc�lia Soares e Jane Oliveira.

O fato é que iniciamos o trabalho em novembro de 2007 e termi-namos em julho de 2008. Paralelamente ao trabalho de pesquisa, sempre que podia eu relia os levantamentos e surgia uma nova indagação que resultava em outra demanda. O trabalho aumentava a cada leitura, até que a definição da data de publicação se aproximou e tivemos que encerrar a pesquisa.

À medida que cada assunto ocasionava perguntas e lembranças o tra-balho foi ficando mais complexo e atraente. O desejo de aprofundar a investiga-ção se misturava com a angústia pela prem�ncia do tempo. Movidas pelo desejo de recontar e partilhar logo a satisfação por rever tanta história, e lembrá-la para tantos que participaram e participam dela, conseguimos encerrar o trabalho, apesar do muito que ficou faltando contar e de muita gente que não deu para citar mas que está por trás de cada momento.

Seriam necessários muitos meses ainda de pesquisa, talvez anos, para que a proposta de um livro que registrasse os 40 anos da fundação ficasse completa. Mas o que nos deu ânimo para pôr um ponto final foi a certeza de que reunir em um livro algumas das principais informações sobre a FNLIJ abre a possibilidade de despertar o interesse dos leitores para buscar, por meio de novas pesquisas, as histórias completas de cada trabalho. Ou seja, seria imposs�vel registrar todas as atividades desse per�odo de 24 anos e seus detalhes.

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Cada parágrafo, cada evento, cada leitura, cada envolvimento relata-do é um mar de pequenas e grandes histórias que os responsáveis pelo arquivo organizam e preservam, como guardiães dessa memória.

Agradecemos, primeiro, ao Sr. Eliomar Coelho, que cuidou do arquivo na primeira fase permanecendo mesmo depois do afastamento de Laura San-droni, que já se foi, e nos últimos 10 anos à Edilma e depois a Graan, que veio fazer parte da equipe. Hoje são quase 1.00 (mil) caixas que guardam a história da FNLIJ. Costumo dizer que a história institucional da promoção da leitura no Brasil se encontra nessas caixas.

O critério adotado na apresentação desta segunda parte é diferente do que foi usado por Laura e contribui para variar o ritmo da leitura.

Apresentaremos as atividades principais, ano a ano, cada qual dividi-do em duas partes, uma nacional e outra internacional.

Optamos também por apresentar no final, em anexos, as atividades que se repetem todos os anos, como indicações de candidatos, pr�mios, con-cursos, mensagem do DILI e outras. Há também um texto detalhado relatando o projeto Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, pela sua importância para a instituição.

Julho/2008,Elizabeth D’Angelo Serra.

1985

NACIONALA FNLIJ obteve o t�tulo Declaratório como Instituição de Utilidade Pú-

blica, decreto 91.412 de 09 de julho de 1985. Este t�tulo permite que as enti-dades (pessoas jur�dicas) que fazem doações à FNLIJ se beneficiem das isenções fiscais previstas em lei.

A edição e distribuição do informativo Notícias ocorreu durante todo o ano de 1985, divulgando as atividades da FNLIJ e not�ciando todos os eventos referentes à literatura infantil, exposições, lançamentos e atividades art�sticas re-lacionadas ao mundo da criança e dos livros.

O projeto Ciranda de Livros, uma iniciativa conjunta entre a FNLIJ, a Fundação Roberto Marinho e Hoechst do Brasil, teve prosseguimento. Neste ano foi lançada a Ciranda de Livros número 4, no dia 4 de março, com uma grande festa no auditório da Academia Brasileira de Letras. Presentes todos os representantes das entidades responsáveis pelo projeto, representantes de auto-res, ilustradores e editores. Uma caixa da Ciranda 4 foi entregue aos alunos da Escola Municipal Henrique Dodsworth, especialmente convidada.

No campo das pesquisas foi conclu�do o estudo sobre os livros esco-lares mais utilizados pelos professores da rede municipal do Rio de Janeiro, sob a coordenação da professora Glória Pondé. Iniciado em 1983, o projeto contou com o patroc�nio da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos.

A pesquisa Interesses e Hábitos de Leitura, sob a responsabilidade de Maria Luiza Barbosa de Oliveira, teve prosseguimento. Este trabalho visava a conhecer o desempenho e a prática de leitura dos alunos de 3ª a 5ª séries das escolas de primeiro grau em todo o Brasil.

Rejane Carvalho de França, coordenadora dos cursos promovidos pela FNLIJ foi responsável pela realização de inúmeros cursos e palestras durante o ano em várias cidades e estados, com apoios diferentes.

Com o projeto Ciranda de Livros foram realizados cursos nas seguintes escolas e bibliotecas:

Escola Estadual Condessa do Rio Novo, com a participação da Secre-taria Municipal de Educação e Saúde de Tr�s Rios; Escola Estadual de Furnas do Munic�pio de Alpinópolis/MG, com a participação da Fundação Real Grande-za/Furnas; Escola Municipal Sobral Pinto, de Jacarepaguá, com a participação

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da 15º DEC da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro; Colégio Estadual Higino da Silveira, de Teresópolis, RJ, com a participação do CREC de Teresópolis e Livraria Ponto de Encontro; Escola Estadual Pedro Álvares Cabral de São João de Meriti, com a participação da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro; Palestra no I Encontro de Bibliotecas de Volta Redonda na Prefeitura Municipal de Volta Redonda, RJ; Palestra sobre a ideologia nos livros da Ciranda de Livros, em Bras�lia, a convite da Associação de Bibliotecários do DF; Curso Literatura Infantil e Juvenil na Escola, na Biblioteca Central de Salvador, Bahia; Curso Literatura Infantil e Juvenil, no CETAPES – Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento de Professores do Esp�rito Santo/ES, com a participação da Se-cretaria de Cultura do Esp�rito Santo; Curso Literatura Infantil e Juvenil na Escola, na Escola Estadual Pedro Álvares Cabral de São João de Meriti/RJ, com a partici-pação da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro.

Com o apoio de outras entidades foram realizados:Curso A Arte de Contar Histórias, no centro de Divulgação e Pesquisa;

Promoção do Centro de Divulgação e Pesquisa Sociedade Cultural Ltda; Curso A Literatura Juvenil e a Criação, no Centro Interescolar Walter Orlandini – Escolas Estaduais; Promoção do Departamento de L�ngua Portuguesa e Oficina Literária do CIEP de São Gonçalo/RJ; Curso Literatura Infantil e Juvenil, no Centro de For-mação e Treinamento de Professores Pe. José de Anchieta de Manaus, AM. Pro-moção da Secretaria de Educação do Amazonas; III Seminário de Dinamização de Bibliotecas no SESC – Centro de Atividades de Nova Friburgo/RJ, promoção SESC Nova Friburgo; Curso Literatura Infantil e Juvenil no SESC de Tr�s Rios/RJ, Promoção do SESC Tr�s Rios/RJ.

Com o apoio do CERLALC – Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe – os cursos realizados foram:

Curso Literatura Infantil e Juvenil em São Lu�s/MA, com a participação de professores de 1º e 2º graus das escolas de São Luis, técnicos da UFMA, universi-tários e demais interessados da comunidade. Promoção da UFMA; Curso Literatura Infantil e Juvenil em Cuiabá/MT para professores e alunos do curso de Letras da UFMT, bibliotecários e músicos, promoção da Fundação Cultural de Mato Grosso.

Também foram desenvolvidas ações junto ao PRONASEC/PRODA-SEC-SEEC/RJ.

Com o Departamento de Cultura da Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro realizou o levantamento sobre a literatura oral e práticas culturais tradicionais ligadas à vida produtiva das comunidades no intuito de melhorar o en-sino na região dos munic�pios de Valença (Osório e Pedro Carlos) e Itabora� (Distri-to de Tanguá). Foram produzidos folhetos com o material coletado com orientação para o uso escolar, treinamento de professores para a utilização da literatura oral

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nas atividades curriculares de leitura nas escolas. Foi feita a produção gráfica de relatos de trabalho de campo do PRONASEC e material colhido em levantamento sobre literatura popular e práticas produtivas tradicionais na área rural. Encontros voltados para a divulgação da Coleção Contos Populares de Sambaetiba, editada pelo PRONASEC em 1984 fizeram parte também das atividades realizadas.

No dia 31 de março de 1985, nos Jardins do Museu da República, foi realizado o Domingo da Fantasia festejando o Dia Internacional do Livro Infantil com o patroc�nio da Ciranda de Livros (Fundação Roberto Marinho e Hoechst to Brasil). O evento contou também com o apoio de editoras e livrarias especializa-das na cidade do Rio de Janeiro. Para comemorar o Dia da Criança, a Hoechst promoveu o programa Leitura no Parque em Bras�lia e em Recife. Em Bras�lia, Laura Sandroni representou a FNLIJ no coquetel realizado no salão Nobre da Imprensa Nacional. O evento contou com a presença da Primeira-Dama, Dona Marly Sarney, do Ministro da Cultura, Alu�zio Pimenta, do Ministro da Justiça, Fernando Lyra e outras autoridades.

Como parte da Semana de Ecologia, promovida pela Associação Bra-sileira de Ecologia, foi realizado um Domingo da Fantasia no Parque Lage, no Rio, em 8 de dezembro.

Além do Pr�mio da FNLIJ, foram concedidos o Pr�mio Alfredo Macha-do Quintella e o Pr�mio Especial Alfredo Machado Quintella.

O Pr�mio Alfredo Machado Quintella/85, para textos inéditos de lite-ratura juvenil, foi para dois vencedores, como em 1983: Os dois passos pássaros e o vôo arcanjo, de Nilma Gonçalves Lacerda e O canto da ave maldita, de Marco Túlio Costa. Participaram da comissão julgadora: Sônia Salomão Khéde, Maura Sardinha e Laura Sandroni. Foram ainda concedidas menções honrosas a O sol da liberdade, de Giselda Laporta Nicolelis, A salamandra de jade, de Ivanir Alves Callado e O arco-íris e as pedras, de Mirna Pinsky.

Já o Pr�mio Especial Alfredo Machado Quintella foi institu�do pela FNLIJ e pelo Sr. Ary Quintella para premiar a melhor monografia inédita sobre uma obra de Literatura infantil e juvenil brasileira. A motivação para esse pr�mio foi a de comemorar o Ano Internacional da Juventude em 1985. Os candidatos ao pr�mio, estudantes universitários de até 25 anos, matriculados ou graduados em curso de literatura infantil, apresentaram monografias inéditas sobre livros e autores da literatura infantil e juvenil brasileira. A vencedora, Íris Gomes da Cos-ta, foi premiada com uma bolsa de estudos de um ano no valor de um salário m�nimo. Fizeram parte da comissão julgadora: Ligia Vassalo e Rosa Cuba Riche, professoras de literatura da UFRJ e Luiz Raul Machado, especialista em literatura infantil. Bem do seu tamanho, de Ana Maria Machado, foi o livro trabalhado na monografia vencedora do Pr�mio.

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O Pr�mio FNLIJ contou com a participação de 395 livros publicados em 1984, em primeira edição. Foram selecionadas 39 obras, através de uma comissão formada por Laura Sandroni, Sonia Regina Cardoso, Celina Rondon, Regina Yolanda e Vera Varella, que foram avaliadas por 14 cr�ticos. Veja os pre-miados no anexo correspondente.

A participação da FNLIJ em congressos, encontros e feiras durante o ano foi intensa, organizando o I Congresso Brasileiro de Literatura Infantil e Juvenil em conjun-to com a Fundação MUDES e a Universidade Federal Fluminense. Paralelamente ao I Congresso realizou-se o III Encontro de Especialistas de Literatura Infantil e Juvenil, em Niterói, de 22 a 26 de julho. Participaram do Congresso 600 pessoas, entre professo-res, cr�ticos, escritores e especialistas em literatura infantil. Debates, palestras e seminá-rios foram realizados com o objetivo de refletir sobre as potencialidades e tend�ncias culturais dos nossos dias, correlacionando-as com a literatura infantil. As entidades promotoras do Congresso contaram com o apoio das empresas: Coca-Cola, Nestlé, Xerox e das editoras e livrarias Ebal, Ao Livro Técnico, Atual, José Olympio, Ler, Me-lhoramentos, Nova Fronteira, Cedibra, Rocco, Distribuidora Record, Editorial Nórdica, Edições Antares, C�rculo do Livro, Vig�lia, Passárgada, Diálogo, Panorama e Sapinho.

A FNLIJ participou por intermédio de sua diretora-executiva Glória Pondé e dos assessores técnicos Rejane Carvalho França, Luis Raul Machado e Laura Sandroni do 2º Seminário de Literatura Infanto-Juvenil (21 a 25 de outu-bro), organizado pela Fundação Severino Sombra em Vassouras, RJ, em come-moração ao centenário dos Irmãos Grimm.

Laura Sandroni e Rejane Carvalho França também participaram do 1º Encontro de Literatura Infantil (07 a 11 de janeiro) promovido pela Fundação Cultura do Estado da Bahia e do XII Encontro de Literatura Infantil e Juvenil e Educação para professores de 1º grau promovido pela Editora Ebal.

No X Encontro de Professores do Pré-Escolar, promovido pela Secreta-ria Municipal de Educação, de 8 a 10 de julho, Laura Sandroni fez uma confe-r�ncia sobre A criança e a comunicação.

De 18 a 22 de novembro, realizou-se em São Paulo o seminário O Encontro do Desenho e do Produto na América Latina, com a participação de Glória Pondé e Regina Yolanda Werneck na mesa-redonda A comercialização e a distribuição de projetos e originais em relação ao livro infantil.

A FNLIJ esteve presente na II Feira Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no São Conrado Fashion Mall, no estande montado pela Ciranda de Livros apresentando várias atrações para o público infantil.

Na Feira do Livro Infantil e Juvenil de São Carlos, promovida pela Escola de Biblioteconomia e Documentação, a Fundação participou com um estande onde apresentou suas publicações.

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A Biblioteca da FNLIJ recebeu 823 exemplares que foram devidamente registrados e catalogados. Esse número engloba não somente livros dedicados à criança e ao jovem, mas também teses e obras sobre assuntos correlatos.

Em outubro de 1985 houve eleição da nova diretoria pelo Conselho Superior da FNLIJ. A Diretora-Executiva Glória Pondé foi reempossada no cargo, José Alu�zio Belizário de Souza assumiu o cargo de Diretor-Tesoureiro em substi-tuição a Maria Luiza Barbosa e Eliana Lúcia Madureira Yunes Garcia, o cargo de Diretora-Secretária em substituição a Eleonora Beatriz de Azevedo Barroso.

INTERNACIONALA participação da FNLIJ na Feira Internacional de Literatura Infantil de

Bolonha (28 a 31 de março) contou com o apoio do Ministério das Relações Exte-riores, da Embaixada do Brasil em Roma e da VARIG. Ana Maria Machado, repre-sentando a FNLIJ, esteve presente. Como vice-presidente do IBBY, compareceu à reunião do Comit� Executivo do IBBY realizada durante a Feira. Ao final, foi feita a doação, dos livros brasileiros expostos, para a Biblioteca Internacional da Juventu-de – BIJ em Munique, Alemanha, parceira da FNLIJ no IBBY.

Rico Lins, ilustrador, foi responsável pela criação e montagem do es-tande do IBBY, que apresentou uma exposição de livros para crianças deficientes.Rico criou também o cartaz da mostra.

Dos livros doados para a BIJ foram selecionados oito para fazer par-te do catálogo Seleção da Biblioteca Internacional da Juventude, Categoria Infantil.

Para participar da Bienal de Ilustração de Bratislava – BIB/85 esteve presente Regina Yolanda Werneck, membro do Conselho Superior da FNLIJ, que fez parte do júri da BIB, indicada pela FNLIJ. Regina apresentou no simpósio da Bienal o trabalho Ilustração, linguagem internacional.

A FNLIJ, como seção brasileira do IBBY, foi convidada para organizar o estande brasileiro na Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil do México. Foram selecionados 240 livros especializados para crianças e jovens. Esta Feira, internacionalmente conhecida, permitiu o conv�vio dos brasileiros com represen-tantes dos setores editoriais latino-americanos.

Personalidades do mundo do livro infantil estiveram na sede da funda-ção durante o ano.

Como desdobramento do Encontro Regional de Centros de Documen-tação em Literatura Infantil, realizado em Cochabamba, Bol�via, em outubro de 1984, a FNLIJ recebeu a vista de Clara Budnik, representante do Banco del Libro, seção do IBBY na Venezuela. Esta visita estreitou o intercâmbio entre o Brasil e

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a Venezuela, os dois eixos que poderão compor a rede de informações sobre literatura infantil e juvenil na América Latina. O Projeto Interamericano de Lite-ratura Infantil – PILI, órgão ligado à OEA, convidou bolsistas do Brasil, Equador e Bol�via para realizarem treinamento no Banco del Libro, em Caracas. Sonia Regina Cardoso, representante da FNLIJ, participou do programa onde teve a oportunidade de estudar o funcionamento do Centro de Documentação do Ban-co del Libro, sendo suas observações de grande utilidade para a dinamização do CEDOC da FNLIJ.

Em 10 de julho, a visita foi de 16 bibliotecárias e professoras dos Es-tados Unidos e Canadá interessadas na literatura infantil e juvenil produzida no Brasil. As visitantes assistiram às sessões de um Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, organizado por Luis Raul Machado e Laura Sandroni, no Centro de Divulgação e Pesquisa/RJ.

Roberto Diaz Castilho, diretor da Editorial Nueva Nicarágua. a convite da FNLIJ e do Centro de Divulgação e Pesquisa, fez uma interessante exposição seguida de debates com autores, ilustradores, professores e livreiros.

O diretor da seção espanhola do IBBY e diretor da editora SM, Jorge De-lkader Teig, abriu possibilidades para o mercado brasileiro do livro infantil, diante do interesse do visitante pela tradução e edição de livros brasileiros na Espanha.

Foram selecionados t�tulos de livros infantis para o colóquio sobre a imagem dos idosos, da velhice e da morte na literatura infantil e juvenil, realizado em Paris pela Fundação Nacional Francesa de Gerontologia, com o apoio da UNESCO e da UNICEF.

Foi organizada a palestra da escritora e especialista em literatura para crianças e jovens na França, Denise Escarpit, juntamente com o SESC, sobre o tema Uma visão da literatura como iniciação à leitura. Glória Pondé foi a debatedora.

Junto com outras entidades que trabalham com crianças e jovens a convite do CINEDUC (Cinema e Educação) por ocasião do II Fest Rio, a FNLIJ participou do encontro com o representante do Centre International du Film pour l’Enfance et la Jeunesse-CIEFEJ ligado à UNESCO. No encontro surgiu a idéia da criação de uma seção nacional do CIEFEJ e a necessidade de contatos futuros para trabalhos que liguem cinema/v�deo e livro no Brasil.

Como seção brasileira do IBBY, a FNLIJ foi convidada, pela segunda vez, pela República Popular da Bulgária para selecionar os jovens representantes do Brasil para participar da III Assembléia Internacional Bandeira da Paz, que objetivava promover a compreensão e a amizade entre os povos pelo encontro dos jovens através das artes em Sófia, Bulgária, de 10 a 20 de julho. Acompa-nhados por Glória Pondé, diretora-executiva da FNLIJ e da professora Denise Maria de Souza Mendonça, dez crianças que se destacaram em diferentes setores

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de criação (música, literatura, artes plásticas e iniciação cient�fica) participaram da Assembléia. A Bulgária ofereceu a passagem para duas crianças e um re-presentante da FNLIJ. Regina Yolanda e Elizabeth Serra conseguiram apoio com um banco que tornou poss�vel levar mais oito crianças. Importante registrar que ainda não existia a lei de incentivos fiscais. Também fez parte do grupo Paula Saldanha, que, junto com Denise, preparou as crianças para a viagem. Jô de Oliveira fez o desenho comemorativo para a camiseta amarela que as crianças brasileiras usaram como uniforme. Como desdobramento da Assembléia Inter-nacional foi criado, no dia 27 de setembro, o Centro Brasileiro Bandeira da Paz. Em seu segundo encontro, na Biblioteca Maria Mazzetti, da Fundação Casa de Rui Barbosa, RJ, Glória Pondé, Rejane Carvalho França, Paula Saldanha e Denise Mendonça, entre outros, formalizaram a criação do Centro e discutiram a pro-posta de educação voltada para as artes, como forma de atendimento entre os povos e de manutenção da paz mundial.

1986

NACIONALNo Notícias 11, de novembro de 1985, lemos que a FNLIJ se propôs

a comemorar o bicentenário dos Irmãos Grimm. Para isto, procurou o Consulado Geral da Alemanha, a Lufthansa, o Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Instituto Goethe) e a Biblioteca Nacional. E a FNLIJ foi recebida de braços abertos. A comemoração foi de fato intensa e marcou o ano de 1986. Por esse trabalho, a importância para a literatura infantil e juvenil universal da obra dos Grimm pôde ser lembrada no Brasil e trabalhada de maneiras diferentes a partir da proposta da FNLIJ.

O Festival Grimm, como se chamou a comemoração promovida pela FNLIJ, foi coordenado por Laura Sandroni e Luiz Raul Machado, e compreendeu um concurso de monografia, seminário e exposição sobre os Irmãos Grimm e o Domingo da Fantasia. Fizeram parte da Comissão julgadora do concurso de mo-nografia uma representante do Instituto Cultural Brasil-Alemanha, Jutta Meurer, a cr�tica de literatura do Jornal do Brasil, Vivian Wyler, a professora de literatura infantil da UFRJ e representante da FNLIJ, Francisca Nóbrega. O primeiro lugar foi concedido ao trabalho de autoria de Antonio da Silva Brandão, de Jundia�, SP, que ganhou uma viagem à Alemanha com direito ao Roteiro das Fadas – cidades onde viveram e pesquisaram os Irmãos Grimm. Ana Maria Machado ganhou o segundo lugar. Ângela Leite de Souza e Regina Yolanda Werneck receberam menção honrosa.

O Domingo da Fantasia, com a colaboração da Biblioteca Maria Mazzetti, no Museu da República, Rio de Janeiro, atraiu inúmeros interessados.

Foram realizados seminários com palestras, debates, exposições de livros nacionais (do acervo da FNLIJ) e internacionais com a participação de especialistas como Regina Yolanda Werneck, Walter Sichel e a escritora Marina Colasanti. Também houve exposição itinerante dos livros. O ilustrador Guto Lins foi o autor da ilustração do cartaz comemorativo da data.

Como resultado permanente da celebração foi elaborado o Boletim FNLIJ Especial 200 anos Grimm, em co-edição com a Editora Universitária Fe-deral Fluminense.

Outro evento importante foi realizado neste ano, e que poder�amos chamar como um embrião do atual Salão FNLIJ. Trata-se da I Feira Nacional do

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Livro Infantil e Juvenil: O Mundo Maravilhoso do Livro, de 3 a 12 de outubro. No espaço da Passarela do Samba, no Rio de Janeiro, foram armados 53 estandes para a venda de livros para crianças e jovens de diversas editoras e livreiros. Houve atividades diversas com sessões de autógrafos, brincadeiras orientadas por professores especializados, com o objetivo de apresentar o livro como op-ção de lazer. A FNLIJ contou com o apoio do Sindicato Nacional de Editores de Livros/SNEL, da Câmara Brasileira do Livro/CBL, das Secretarias Municipais de Cultura e de Esportes e Lazer e da Riotur. A comercialização dos estandes foi feita pela FAG – Arquitetura Promocional Ltda. Visitaram a Feira aproximadamente 50 mil pessoas, sendo que 103 escolas das redes de ensino oficial e particular organizaram visitas de grupos de alunos acompanhados por seus professores.

A FNLIJ participou também da 9ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, ocorrida de 21 a 31 de agosto. Participou do V Seminário Latino-america-no de Literatura Infantil e Juvenil e do III Simpósio sobre Biblioteca, atividades pa-ralelas à Bienal. Glória Pondé, como diretora executiva da FNLIJ esteve presente ao evento. Os profissionais latino-americanos presentes foram: Rosa Elena Cerdas Sáenz (Costa Rica); G. Max Munchel (Bol�via); Saul Schkluik B. (Chile); Nora Go-mez (Argentina); Ana Maria Bavosi (Uruguai) e Centro de Difusión e Investigación de la Literatura Infantil e Juvenil – CEDILIJ (Argentina). A FNLIJ também colaborou com a CBL, promotora da Bienal, para a organização da 1ª Mostra Nacional de Ilustrações Infantis e Juvenis, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No Notícias lemos que os números finais da Bienal surpreenderam até os seus organizadores superaram as previsões mais otimistas e que quase 800 mil pessoas visitaram os estandes, comprando uma média de 1 livro por visitante. O artigo termina com uma curiosa observação: “Mas o que mais fala ao coração (e à mente) de quem lida com literatura para crianças é o fato de que 60% dos livros vendidos eram infantis e juvenis. Alguma coisa está mudando para melhor no pa�s.”

Em junho foram divulgados os vencedores do Pr�mio FNLIJ relativo à produção de 1985.

Foi realizado o projeto Criação e Dinamização de Bibliotecas Infantis e Juvenis em conv�nio com a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor/FU-NABEM, com o objetivo de promover o gosto pela leitura entre os menores abri-gados pela instituição, no Rio de Janeiro. Foi instalada uma biblioteca infantil na sede da Escola Quinze de Novembro, em Quintino, Rio de Janeiro, para atendimento a leitores de até 12 anos de idade. Como já existia uma biblioteca juvenil, a mesma foi remodelada e teve seu acervo aumentado com o apoio da Golden Cross. Marina Quintanilha e Eliana Yunes ficaram responsáveis pela FNLIJ e Elizabeth D’Angelo Serra, então Secretária Nacional de Educação da FUNABEM, mediou a ação.

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Com o apoio do CERLALC – Centro Regional para o Fomento de Livro na América Latina e o Caribe foi desenvolvido o projeto Oficinas de Leitura, em seis estados brasileiros (Maranhão, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina, Esp�rito Santo, Goiás), com a preparação de professores, bibliotecários e recreadores para planejar e instalar outras Oficinas de Leitura para dinamizar e desenvolver o processo de leitura.

Deu-se prosseguimento à produção da 2ª Bibliografia Anal�tica da Literatura Infantil e Juvenil de 1979 a 1982.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro foi contatada para a criação de um Curso de Especialização em Literatura Infantil em parceria com a FNLIJ.

Foi elaborado o projeto Livro Didático de L�ngua Portuguesa, encami-nhado para a FINEP a fim de obter financiamento.

INTERNACIONALO 20º Congresso do IBBY, realizado de 18 a 23 de agosto, em Tó-

quio, Japão, com o tema: Por que você escreve para crianças? Criança, por que você lê? Contou com a presença de especialistas e autores internacionais, como Michael Ende (Alemanha) e Maurice Sendak (EUA). Ana Maria Machado e Gian Calvi (Brasil) fizeram parte do time de craques internacionais.

Em 1984, a cidade de Hamelin, Alemanha, celebrou o 700º aniver-sário da lenda do Flautista de Hamelin com um pr�mio de Literatura Infantil e Juvenil, entregue em março de 1986. A vencedora foi Lygia Bojunga, com a versão alemã de A casa da madrinha.

Com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, da VARIG e da Embaixada do Brasil e com a colaboração da Asociación de los Cafeteros, da Biblioteca Lu�s Angel Arango e do Centro de Estudos Brasileiros, foi organizada uma exposição de livros brasileiros em Bogotá, Colômbia, com a presença de Eliana Yunes e Glória Pondé.

No Festival Internacional de la Flor de Septiembre, em Portoviejo, Equador, estiveram presentes Glória Pondé e Laura Sandroni, com palestras. E no Seminário de Literatura Infantil de Trujillo, Peru, Eliana Yunes participou com uma palestra.

O ano de 1986 foi repleto de mudanças para a FNLIJ. O informativo Notí-cias só teve tr�s números publicados, os números 1 e 2 de janeiro e fevereiro, e o nú-mero 12, de dezembro. Transcrevemos, abaixo, o editorial publicado no Notícias 12.

Notícias Número Especial, dezembro de 1986.

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Conversando com o Amigo da FNLIJQuase um ano sem Notícias. Um ano dif�cil para a FNLIJ, interna e

externamente. Internamente, a Fundação se propôs a ser repensada, após a mu-dança de sua diretoria: a provisória funcionou desde março até agora, houve a redação de novos estatutos, formação do novo Conselho Superior e, neste m�s de dezembro, será eleita a nova diretoria. A FNLIJ passou por um per�odo de organização institucional em busca de uma infra-estrutura sólida, capaz de permitir que exerça com segurança o seu papel de organismo nacional da litera-tura infantil e juvenil: divulgar, analisar e debater os problemas da leitura infantil, dentro e fora da escola.

Foi e está sendo um per�odo dif�cil: a FNLIJ busca a sua maioridade institucional, árdua tarefa de deixar de ser (só) criança. Para isso, a Fundação procura se abrir para novas perspectivas dentro de sua área, sistematizar seu centro de documentação, colaborar com diversas instituições e pesquisadores, não renegando a sua história – bonita e dif�cil. Quando criou a Ciranda de Li-vros, chegou à vice-presid�ncia do IBBY, outorgou pr�mios nacionais, promoveu o autor e o ilustrador brasileiros, estimulou a criação da linha infanto-juvenil em mais de uma centena de editoras do pa�s e tantas outras coisas mais. E, neste ano, sem pessoal em número suficiente, NÃO CONSEGUIMOS ATENDER AOS NOSSOS COMPROMISSOS EDITORIAIS.

Externamente, a FNLIJ enfrentou um per�odo igualmente conturbado. Apesar de sermos uma Fundação privada, temos uma articulação com institui-ções como o MEC e agora o MinC (muito além do fato de “morarmos” no 5º andar do Palácio Capanema...) Agora mesmo toda a área cultural – especifica-mente a área do livro – começa a passar por uma profunda transformação que deve incluir o trabalho da FNLIJ.

Em 85 e 86, por exemplo, não tivemos a verba do FNDE para qualquer projeto. Houve, na prática, falta de apoio para uma área extremamente impor-tante do ponto de vista pol�tico e cultural. Nós e voc�s sabemos que a leitura bem orientada pode modificar os processos educativos e redirecionar a escola para um aprendizado prazeroso. Contudo, os responsáveis pelo que seria uma pol�tica nacional de leitura parecem ainda não acreditar nisso e t�m contribu�do para a desassist�ncia à criança leitora. A FNLIJ, sendo uma instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública, precisa do apoio financeiro de pessoas f�sicas, jur�dicas, entidades públicas e privadas para atuar. E nunca tivemos apoio suficiente.

Voc� deve estar pensando: “Mas eu paguei a anuidade...” Sim, amigo, é verdade, mas essa anuidade permite apenas que consigamos enviar-lhe o ma-terial. Não permite a edição propriamente dita, ou seja, os custos de produção e editoração de cada informativo precisam de apoio bem maior. E isto não se

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viabilizou em 1986. Por isso, nesse per�odo NÃO CONSEGUIMOS ATENDER AOS NOSSOS COMPROMISSOS EDITORIAIS.

Eis algumas das causas do nosso sil�ncio. Mas, apesar das dificulda-des, o ano foi produtivo: já estamos começando a adquirir segurança para voltar a contatar voc�s. Voltamos com as nossas Notícias. No começo do ano que vem, voc� receberá um Boletim Informativo especial.

Queremos desejar-lhes um Natal bem feliz e muita paz para 87.E até janeiro, com mais Notícias.

1987

Da mesma forma que encerramos o relato do ano de 1986 com o editorial do Notícias, abrimos o relato de 1987 com a mensagem inicial do ano e uma nova fase da FNLIJ.

Notícias1 – v.9, n.1, janeiro, 1987.

NOVOS CONSELHOS, NOVA DIREÇÃO. No dia 12 de janeiro, com a presença de representantes dos minis-

térios da Cultura e da Educação, a FNLIJ, de acordo com o novo Estatuto, deu posse aos 17 membros de seu novo Conselho de Administração.

Dele fazem parte: Alfredo Weiszflog (Câmara Brasileira do Livro), Mar-cos Vin�cius Vilaça (União Brasileira de Escritores), Wladimir Murtinho (Instituto Nacional do Livro), Pedro Demo (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-cacionais – INEP), Maria Alice Barroso (Biblioteca Nacional), Helena de Miranda Rosa e Souza (Conselho Regional de Biblioteconomia), Werner Klatt (Associação Brasileira das Indústrias Gráficas – ABIGRAF), Sérgio Lacerda (Sindicato Nacional dos Editores de Livros – SNEL), G� Orthof (Associação dos Ilustradores do Rio de Janeiro), Arnaldo Niskier, Mário Machado, Ferdinando Bastos de Souza, Celina Rondon, Affonso Romano de Sant’Ana, Horácio Macedo, José Mindlin e Henri-que Sérgio Gregori.

O Conselho fez a sua primeira reunião para eleger o seu presidente e o vice – recaindo a escolha em Arnaldo Niskier e Maria Alice Barroso – e para nomear o novo Conselho Curador (Terezinha Saraiva, Henrique Luz e Paulo Adolfo Aizen – titulares; Maria do Carmo Marques Pinheiro, Italo Viola e Márcio Tavares do Amaral – suplentes) e o novo Conselho Diretor (Nelson Guimarães, Bernardo Chaves de Mello e Sérgio Pereira da Silva).

A Secretaria Geral, nomeada pelo Conselho Diretor, está formada por Eliana Yunes (secretária executiva), Sonia Gomes de Mattos Ferreira (secretária de planejamento) e Elizabeth D’Angelo Serra (secretária de administração).

Aos que sa�ram, o muito obrigado da Fundação. Aos que chegam, bom trabalho.

A todos, muitas realizações.

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NACIONALEm 1987, o Notícias volta a ser publicado mensalmente e conta com o

apoio cultural da Xerox. A equipe do Notícias é formada por Luiz Raul Machado, Maria Célia Barbosa e Anna Claudia Ramos.

A FNLIJ mudou do 5º andar para o 10º do Palácio Gustavo Capanema.O ano in�ciou com uma boa not�cia. Foi assinado contrato de patro-

c�nio com a White Martins S/A com o apoio da nova Lei de Incentivos Fiscais do Ministério da Cultura, Lei Sarney, decretada em 1986, para a implantação do projeto Livro Mindinho, Seu Vizinho (1987/1988) que teve como objetivo a criação de minibibliotecas e a organização de cursos de promoção de leitura para comunidades carentes na periferia do Rio de Janeiro por um per�odo de dois anos. Vinte minibibliotecas foram criadas em bairros do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nilópolis, Niterói, São Gonçalo, Itabora� e Paracambi. Cada uma contou com um acervo inicial de 700 t�tulos nacionais e estrangeiros, para adultos e crianças. A idealizadora e coordenadora do projeto foi Eliana Yunes.

Teve in�cio o projeto Viagem da Leitura (1987/1988), criado pelo Ins-tituto Nacional do Livro (INL) do Ministério da Cultura (MinC), com a mediação do embaixador Wladimir Murtinho junto à Fundação Roberto Marinho, e patro-cinado pela Ripasa Indústria de Papéis (com o apoio da Lei de Incentivos Fiscais do Ministério da Cultura – Lei Sarney). O projeto contou com o apoio técnico da Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários, FEBAB, na pessoa de Wal-da Antunes, e da FNLIJ. O Viagem era destinado a bibliotecas públicas e oferecia capacitação de recursos humanos e distribuição de 60 livros de literatura selecio-nados pela FNLIJ para bibliotecas públicas em todo o pa�s, por um per�odo de dois anos. O acervo de livros seguiu para 3050 bibliotecas ligadas ao INL. Em parceria com a FEBAB foi elaborado um manual para orientação do trabalho dos bibliotecários quanto ao tratamento e ao uso dos livros de literatura selecionados pela FNLIJ. A representante da FNLIJ no projeto foi Eliana Yunes.

Proposto pela FNLIJ, teve in�cio o projeto pioneiro de leitura em hospi-tais: Meu livro, meu companheiro, com a parceria do Instituto Nacional de Assis-t�ncia Médica da Previd�ncia Social, INAMPS, e a participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. O projeto contemplava o atendimento a crianças e adolescentes internados em 10 hospitais do INAMPS, na cidade do Rio de Janeiro, com uma pequena biblioteca móvel. A coordenação do projeto foi de Elizabeth Serra.

A proposta de um Curso de Pós-Graduação em Literatura Infantil e Ju-venil a ser realizado em parceria com a FNLIJ, foi apresentado à Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro, previsto para ser realizado a partir de março de 1988.

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No dia 2 de abril, o Jornal do Brasil publicou uma edição especial da coluna de Eliana Yunes (que aparecia todo sábado, comentando a produção cultural para crianças), falando sobre o Dia Internacional do Livro Infantil, DILI, o IBBY e o momento atual da literatura infantil e juvenil no Brasil.

No dia 12 de julho o programa da TV Manchete Homens e Livros, sob o comando de Glória Alvarez, tratou do tema livros para crianças e jovens. Eliana Yunes falou sobre o Pr�mio de Poesia da FNLIJ Odylo Costa, filho, e Glória Pondé entrevistou Maria Eduarda, viúva de Or�genes Lessa.

O Pr�mio FNLIJ para a produção de 1986, depois de ampla consulta a cr�ticos, livreiros, pesquisadores e professores de literatura infantil e juvenil, foi decidido a partir das opiniões de Maria da Gloria Bordini, Fanny Abramovich, Ta-tiana Belinky, Glória Pondé, Sonia Salomão Khéde, Vera Varella, Maria Elizabeth Vasconcellos, Maria Teresa Gonçalves e Eliana Yunes.

O Boletim Especial 200 anos dos Irmãos Grimm foi publicado. Tratou-se de um volume especial do Boletim da FNLIJ com as palestras do Seminário 200 Anos Grimm, realizado na Fundação Casa de Rui Barbosa, em abril de 1986, e as monografias premiadas no concurso promovido pela FNLIJ, o Consu-lado Alemão e o Instituto Cultural Brasil-Alemanha e a Lufthansa.

O 2º Congresso Brasileiro de Literatura Infantil e Juvenil, promovido pela FNLIJ, foi realizado, de 20 a 24 de julho, na Universidade Federal Flumi-nense – UFF, com os temas A Literatura Infantil e Juvenil e os meios de comunica-ção e Contribuições da Literatura Infantil e Juvenil para o ensino da língua mater-na. O congresso contou com a presença de 720 inscritos e 120 palestrantes. O Notícias 8 traz o depoimento de muitos autores elogiando a iniciativa e lamenta que quase nada sa�sse nos jornais e nenhuma matéria nas TVs: “Criança e livro não dão Ibope nem manchete nesse pa�s. Uma pena.”

Estiveram presentes ao congresso, por iniciativa própria, representan-tes da FNLIJ do Acre, Esp�rito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais (Uberaba), Para�ba (Campina Grande). Foi assinado um Protocolo de Coopera-ção entre a FNLIJ e os representantes.

Com o apoio do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social, a FNLIJ e a Associação dos Ilustradores do Rio de Janeiro – AIRJ realizaram a Mostra de Ilustrações para Crianças – Rio 87. A exposição foi no Espaço BNDES, no Rio de Janeiro, com a publicação de um catálogo, com 150 originais de 29 artistas de todo o Brasil. As ilustrações foram selecionadas por João de Souza Leite (designer), Laura Sandroni e Rubem Grilo (artista plástico).

Em uma iniciativa da FNLIJ e da fam�lia de Odylo Costa, filho foi lan-çado o Pr�mio de Poesia Odylo Costa, filho (com cerimônia na FNLIJ), tendo sido vencedor o texto Ponto de tecer poesia, de Sylvia Orthof. O livro foi impresso pela

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EBAL, ilustrado por G� Orthof e lançado juntamente com a entrega do Pr�mio, na Academia Brasileira de Letras em 1988.

A FNLIJ selecionou as ilustrações brasileiras para participar da Bienal de Ilustrações de Bratislava 1987 e organizou palestra sobre o evento no Museu Nacional de Belas Artes, com depoimentos das ilustradoras Regina Yolanda e Ana Raquel.

A FNLIJ recebeu a visita de 14 escritores (Ungulani Ba Ka Khosa, Mia Couto, Albino Magaia, António Cardoso, Manuel Rui, David Mestre e Corsino António Fortes) do continente africano, provenientes de Moçambique, Angola, São Tomé e Pr�ncipe, Guiné Bissau e Cabo Verde, tendo coordenado a progra-mação da comitiva de escritores no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Sonia Ferreira deixou a Secretaria de Planejamento e Ana Filgueiras assumiu o cargo.

INTERNACIONALSonia Ferreira, secretária de Planejamento, foi representar a Fundação

na Feira de Bolonha retomando essa atividade que foi interrompida em 1986, trazendo na bagagem um belo relatório sobre a situação da presença brasileira na Feira, com sugestões para outras participações.

Em parceria com o Instituto Autónomo Biblioteca Nacional da Venezuela e o Banco del Libro, no dia 23 de março, foi inaugurada uma exposição de livros infantis, I Exposición del Libro Infantil Brasileño y Venezolano, no Centro de Estudos Brasileiros na embaixada brasileira em Caracas, Venezuela. A iniciativa da FNLIJ contou com o patroc�nio de Petróleos da Venezuela e o apoio da Varig. A ilustrado-ra Mariana Massarani esteve presente no evento.

A secretária-geral, Eliana Yunes, participou da Feira Internacional de Literatura Infantil e Juvenil, na Cidade do México, quando proferiu o discurso de abertura a convite da Secretaria de Educação Pública – SEP – do México. Houve a participação da responsável pela representação do Brasil, Vera Novak de Assis. No estande brasileiro foram apresentados 354 livros, inclusive alguns traduzidos para o espanhol, pela Editora Melhoramentos.

Eliana Yunes também participou da 5ª Conferencia Europea de Lectu-ra, em Salamanca, Espanha.

A secretária de Administração, Elizabeth D’Angelo Serra participou do Taller Iberoamericano realizado em Caracas, Venezuela, para apresentação do Tesauro em Literatura Infantil e Juvenil. Esteve também representando o Brasil Yvette Duro (Centro Referencial de Literatura Infantil e Juvenil da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul). Eliana Yunes, de passagem para Manágua, esteve

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presente em um dos dias do Taller. Na ocasião foi formada a Rede Latino-Ameri-cana de Centros de Documentação em Literatura Infantil e Juvenil e Associados.

Eliana Yunes esteve em Manágua, em julho, para o I Festival Interna-cional del Libro Nicarágua 87 e trabalhou como assessora dos Ministérios da Cultura e da Educação, a convite do governo sandinista.

Elizabeth D’Angelo Serra, em caráter pessoal, esteve em Cuba e fez visita ao IBBY cubano.

Laura Sandroni esteve no Primer Congreso Internacional de Literatura Infanto-Juvenil, de 9 a 12 de outubro, em Tucumán, Argentina, organizado pelo Centro de Información e Investigación em LIJ, da Universidad Nacional de Tucu-mán. Apresentou os projetos Ciranda de Livros e Viagem da Leitura.

Luiz Raul Machado recebeu uma bolsa de pesquisa da Biblioteca Inter-nacional da Juventude de Munique, IJB, Alemanha. Durante o per�odo da sua pes-quisa, colaborou com a leitura e os resumos de livros brasileiros durante 2 meses, na seção ibérica e ibero-americana, com Evelin Höhne, responsável pela seção.

Eliana Yunes esteve também presente na 5ª Confer�ncia Europea de Lectura, em Salamanca.

O 20º Congresso do IBBY ocorreu pela primeira vez na Ásia, no Japão. Quem abriu os trabalhos, a convite da seção japonesa do IBBY, promotora do evento, foi Ana Maria Machado. No seu discurso Ana Maria deu uma visão pano-râmica da literatura infantil no Brasil e respondeu à pergunta-tema do Congresso: Escritor, por que você escreve para crianças? Depois do Congresso, houve um seminário em Osaka, no Instituto Internacional de Pesquisas sobre Literatura Infan-til, reunindo 20 participantes escolhidos para discutir o estabelecimento de uma rede de intercâmbio de informações. O encerramento foi franqueado ao público, tendo reunido 600 pessoas. Ana Maria Machado participou do seminário.

Por indicação das seções inglesa e soviética, Ana Maria Machado foi eleita no Congresso em Tóquio para ser presidente do júri do pr�mio do IBBY Hans Christian Andersen, de1988. O Brasil já teve como representantes no júri Ruth Vilela Alves de Souza, Leny Werneck, Regina Yolanda, Rico Lins e a própria Ana Maria que teve a honra de ser escolhida para presidir tão importante júri.

1988

NACIONALO Notícias continua a ter o apoio da Xerox. Maria Alice Martins passa

a fazer parte da equipe. Luiz Raul é substitu�do por Luciana Sandroni a partir do número 3 e Ricardo Fortes substituiu Maria Célia Barbosa a partir do número 4.

De acordo com o novo estatuto da FNLIJ de 1987, a Secretaria Geral passou a ser exercida por tr�s funções: Executiva, Administrativa e de Planeja-mento. Em 1988 a Secretaria de Planejamento foi ocupada por Sonia Salomão Khéde, pelo per�odo de junho a dezembro, tendo a secretária-geral e de Admi-nistração acumulado depois as funções de Planejamento. Nesse mesmo ano, a FNLIJ trabalhou com 58 funcionários contratados no regime da CLT; 5 estagiárias e 7 funcionários cedidos de órgãos públicos. Para a execução de projetos espe-c�ficos, durante o ano contratou 23 pessoas em regime de prestação de serviços. A secretária-geral, Eliana Yunes, teve como principal função a liderança técnica e pol�tica da Fundação; estabeleceu contatos que abriram as portas para a par-ticipação de órgãos do governo e empresas privadas que efetivamente viabiliza-ram a FNLIJ em 1988. Coube à secretária administrar as verbas recebidas, com atuação nas áreas técnico-pedagógica, pol�tica e de negociação, numa atuação integrada com a secretária-geral.

A equipe da FNLIJ foi estruturada da seguinte maneira:Centro de Documentação e Pesquisa – CEDOP: biblioteca, documen-

tação, pesquisa e edições; Centro de Atividades – CEAT: projetos, eventos, recur-sos humanos, imagem; Assessorias Nacional e Internacional; Assessoria Jur�dica; Assessoria de Comunicação Visual; Setor de Sócios e Serviço de Apoio Adminis-trativo – SAA.

Para comemorar os 20 anos da FNLIJ, foram organizados os seguintes projetos: Confecção de v�deo institucional 20 Anos da FNLIJ; Confecção do v�-deo O autor e sua obra (10 autores) e o projeto Imagem da criança brasileira.

A entrega do Pr�mio FNLIJ aos Melhores Livros de 1987 foi realizada, em novembro, em cerimônia na Biblioteca Pública Estadual do Rio de Janeiro, – BPERJ, durante o Festival de Leitura e contou com a presença do secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Raphael de Almeida Magalhães.

A FNLIJ e a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em comemoração ao Dia Internacional do Livro infantil, DILI, promoveram a mesa-

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redonda Literatura e hábito de leitura, com a presença de Maria Elisa Berredo, Regina Yolanda Werneck, Marisa Borba (que coordenou a mesa-redonda) e Sô-nia Khéde, no Auditório do Instituto de Nutrição Annes Dias, no Rio de Janeiro.

Com o objetivo de divulgar o Pr�mio Hans Christian Andersen/IBBY foi realizada uma exposição, na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro – BPERJ, com os livros que concorreram ao Pr�mio.

Teve in�cio o 1º Curso de Especialização (pós-graduação lato-sensu) em Literatura Infantil, numa parceria FNLIJ/Universidade Federal do Rio de Ja-neiro. As professoras foram Eliana Yunes, Francisca Nóbrega, Glória Pondé, Luci Ruas, Maria Elizabeth Vasconcellos, Rosa Maria Gens e Sônia Khéde. O CERLALC viabilizou a vinda das representantes estrangeiras, enriquecendo o curso. Alga Marina Elisagaray veio de Cuba, Cec�lia Betolli, da Argentina e Silvia Castrillón, da Colômbia. Aproveitando a presença das estrangeiras, foram organizadas ex-posições e palestras com os especialistas em universidades e bibliotecas sobre a literatura infantil e juvenil em seus pa�ses.

O projeto Imagens da Criança Brasileira foi realizado em parceria com o Paço Imperial, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu Nacional de Belas Artes e a Fundação Casa de Rui Barbosa. Consistiu de exposição de fotogra-fias dos séculos XIX e XX, seminário, show musical Varinha de Canção, exposição de originais de ilustrações e exposição de pinturas, esculturas, desenhos e gravuras do MNBA. Foram realizadas tr�s palestras na Academia Brasileira de Letras.

Elizabeth D’Angelo Serra participou, nos dias 21 a 23 de abril, da reunião das esposas de prefeitos das capitais, em Vitória, Esp�rito Santo, quando proferiu a palestra de abertura.

Eliana Yunes e Elizabeth D’Angelo Serra estiveram presentes no III Con-gresso Estadual do Livro – SEEC/UERJ.

Elizabeth Serra participou do Seminário de Literatura Infantil e Juvenil no Acre e Rondônia como parte do projeto de formação de Recursos Humanos – FNLIJ/CERLALC.

Mais uma vez, com o apoio da fam�lia de Odylo Costa, filho, foi rea-lizado o 2º Concurso do Pr�mio Odylo Costa, filho, que teve como vencedor o original Jogo da fantasia, de Elias José.

Participaram representando a FNLIJ, como membros do júri do Pr�mio Bienal de Literatura Infantil e Juvenil, organizado pela Câmara Brasileira do Livro, Anna Claudia Ramos, Eliana Yunes, Luciana Sandroni e Ninfa Parreiras.

Eliana Yunes participou também como membro do júri, no Pr�mio Mercedes Benz de Literatura Juvenil em São Paulo, SP, com a colaboração do Instituto Goethe. O pr�mio foi dado à melhor obra de literatura juvenil publicada a partir de 1986.

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Foi assinado um conv�nio de apoio ao projeto RECRIANÇA, do Mi-nistério da Previd�ncia e Assist�ncia Social/LBA, dirigido a crianças de 6 a 17 anos de fam�lias de baixa renda, que atingiu 7.000 professores e 300.000 crian-ças. Coube à FNLIJ a administração da produção de material técnico – v�deos, cartilhas e um jornal – e a formação dos profissionais. Foram distribu�das 250 minibibliotecas com um acervo selecionado pela FNLIJ de 100 livros cada, para 13 estados brasileiros. Além da seleção, a FNLIJ foi responsável pelo projeto editorial de um conjunto de 7 cartilhas e o curso para os representantes dos 13 estados brasileiros que ocorreu em Niterói, durante uma semana. A representan-te da FNLIJ no projeto foi Elizabeth D’Angelo Serra.

O projeto Livro Mindinho, seu Vizinho implantou 20 minibibliotecas comunitárias em regiões menos privilegiadas da cidade do Rio de Janeiro e munic�pios vizinhos e 31 em alguns estados do Brasil (Acre, Bahia, Esp�rito San-to, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piau�, Rondônia). A minibiblioteca para o Rio de Janeiro continha um acervo de 84 livros para crianças e pais e para outros estados um acervo de 26 livros, com cursos para os mediadores das comunidades. Os livros foram selecionados pela FNLIJ.

O projeto Meu livro meu companheiro, INAMPS/Rio, de janeiro a de-zembro, implantou minibibliotecas em 10 hospitais da rede pública do INAMPS, com a proposta de atingir 3.000 crianças e adolescentes hospitalizados. Cada minibiblioteca era formada por 150 t�tulos selecionados pela FNLIJ e material de artes plásticas. O projeto tinha o foco de promover a formação leitora dos profis-sionais da saúde que atuavam junto às crianças por meio de cursos.

O Projeto Leia, criança, leia, aprovado pela Lei de Incentivos Fiscais, patrocinado pela Belgo-Mineira Bekaert Artefatos de Arame Ltda., teve in�cio com a formação de pequenas bibliotecas em 20 favelas do Rio e em outras de di-ferentes estados brasileiros (Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Rondônia e Rio Grande do Sul).O projeto promoveu cursos para as comunidades atendidas.

A FNLIJ foi mais uma vez convidada para organizar o III Concurso Bandeira da Paz que propiciou a ida de duas crianças à Sófia, Bulgária, para a Assembléia de Crianças Bandeira da Paz. Para divulgar o evento, a FNLIJ ob-teve o apoio da AMIL – Assist�ncia Médica Internacional. A rede Manchete de TV divulgou o concurso no Programa da Angélica. Fabr�cio Alexandre Martins Rodrigues, 9 anos, premiado pelo desenho, e Leonardo Mendes Santiago, 11 anos, premiado pelo texto, foram à Sófia. Os dois ficaram 12 dias na Assembléia Internacional de Crianças em Favor da Paz e foram acompanhados de Maria Lucia Fontoura, que trabalhava na FNLIJ.

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Em parceria com o Cineclube Estação Botafogo, Rio de Janeiro, foi desenvolvido o projeto O Índio na Literatura, de 9 a 22 de abril, com exibição de filmes, exposição de livros de literatura infantil e juvenil sobre �ndios do acervo FNLIJ e venda de livros da Livraria Artes e Artimanhas, localizada ao lado do Cineclube. Novamente em parceria com o Estação Botafogo, foi realizado o pro-jeto 100 anos da Abolição, em maio, e publicação de resenhas de livros sobre o tema na Resenha de Livros para a Infância e a Juventude da FNLIJ.

Foi realizado o Seminário sobre os suplementos infantis nos jornais brasileiros e o incentivo à leitura, na Associação Brasileira de Imprensa, por ini-ciativa do Instituto Nacional do Livro, como parte do projeto Ler mais, ler melhor, de Leny Werneck e da FNLIJ, representada por Eliana Yunes.

Na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro – BPERJ, a FNLIJ promoveu e organizou o Festival da Leitura coordenado por Eliana Yunes, com o patroc�nio da Fundação Cultural Nestlé. O ilustrador Gerson Conforti criou um bel�ssimo cartaz para o evento. Foram realizadas oficinas de ilustração para adultos com a participação de Tord Nygren, da Suécia (que veio pela exposição trazida pelo IBBY da Suécia que percorria a América Latina); cursos de contado-res de histórias; oficinas infantis de desenho, palavra, leitura, teatro; palestras sobre as bibliotecas infantis e a literatura infantil da Suécia, proferida por Helena Vermcrantz; A importância da rede latino-americana para a literatura infantil e juvenil, por Elizabeth Serra; A História em Quadrinhos, por Osmar Martinez; A li-teratura infantil e juvenil, por Mirta Yañez (Cuba); A produção de literatura infantil e juvenil hoje, por Laura Sandroni; A literatura infantil e juvenil na escola, por Marisa Borba; A literatura infantil e juvenil dentro de casa, por Lucy Ruas; A ilustração do herói, por Regina Yolanda; A leitura da imagem na literatura infantil e juvenil, por Francisca Nóbrega; No mundo das fadas, por Luiz Raul Machado; as exposições Livros premiados pela FNLIJ; Livros suecos de literatura infantil e juvenil; Livros da rede latino-americana de literatura infantil e juvenil; Petits Yeux – grands images, da França; Quadrinhos nacionais e livros infanto-juvenis de Cuba.

Evelin Höhne, da Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, esteve no Brasil para participar em São Paulo do Seminário Teuto-brasileiro de Literatura Infantil. Evelin também esteve no Rio de Janeiro, na Academia Brasilei-ra de Letras, quando proferiu uma palestra a convite da FNLIJ, sobre a Biblioteca Internacional da Juventude de Munique.

Com o apoio financeiro da Fundação Vitae, para pagamento de re-cursos humanos, compra de material permanente, equipamentos e material de consumo, o projeto de Revitalização do Centro de Documentação e Pesquisa, CEDOP, da FNLIJ tornou-se uma realidade. As gestões em defesa da FNLIJ pelo embaixador Wladimir Murtinho foram decisivas para a conquista desse apoio.

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A FNLIJ acumulou ao longo dos 20 anos um acervo especializado de e sobre literatura infantil e juvenil que deveria ser divulgado. Para tal, era necessário um tratamento técnico do acervo. O projeto previa a duração de 3 anos (1988 a 1990) e compreendeu a informatização de acervos; tratamento de catalogação de livros, periódicos e documentos; pesquisas e publicações. Foram adquiridos computadores, impressoras e foi feita a contratação de pessoal. Em dezembro, o acervo tratado da FNLIJ já dispunha de 12.784 livros de literatura infantil e ju-venil; 606 livros sobre literatura infantil e juvenil; 10.000 documentos, trabalhos, teses, informações; 405 t�tulos de periódicos e 326 duplicatas Havia 10.000 t�tulos do acervo a serem ainda tratados.

Foram desenvolvidas duas pesquisas relevantes no CEDOP da FNLIJ, com apoio/financiamento de diferentes órgãos: Por uma Pol�tica Nacional de Difusão da Leitura, com o apoio da FINEP, e Alfabetização e Leitura, com o apoio do INEP, FNDE e CNPQ.

Depois do encontro dos representantes da FNLIJ ocorrido no II Con-gresso de LIJ, ocorrido em 1987, em Niterói, vários deles revitalizaram seus trabalhos e foram criadas novas representações. Em 1988 somaram 21, lo-calizadas nos estados do Acre, Amazonas, Ceará, Esp�rito Santo, Goiás, Ma-ranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Para�ba, Piau�, Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco. A fim de construir um elo mais direto com os representantes foram elaborados quatro números do Correio do representante com Notícias sobre as atividades e promoções da FNLIJ e dos representantes nos estados.

A FNLIJ esteve presente na 10ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo com um estande cedido pela CBL. Aproveitando a oportunidade da presen-ça de editores de literatura infantil e juvenil, a FNLIJ deu in�cio a uma campanha de mantenedores, para viabilizar financeiramente a instituição. Na primeira sema-na da campanha tornaram-se mantenedores 10 instituições: Câmara Brasileira do Livro, Fundação Nestlé de Cultura, Continac Formulários Cont�nuos, Vera Cruz Seguros, Editora Expressão e Cultura, Cl�nica Ênio Serra, Livraria José Olympio Editora, Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Pirahy Celulose e Amil.

INTERNACIONALCom o apoio do Ministério das Relações Exteriores e por interfer�ncia

direta do embaixador Wladimir Murtinho, presidente da Fundação Pró-Leitura, diretor do INL e membro do Conselho de Administração da FNLIJ, a Secretaria Geral da FNLIJ participou dos seguintes eventos:

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• Feira de Bolonha, Itália, 7 a 10 de abril, cuja representante foi Elia-na Yunes, que conseguiu da direção da Feira a promessa de doação de livros de literatura infantil estrangeiros para a FNLIJ. Em Roma, Eliana fez uma palestra no Centro de Estudos Brasileiros da Embai-xada do Brasil.

• 1ª Confer�ncia Internacional da Biblioteca Internacional da Juventu-de de Munique, Alemanha, com a representação de Eliana Yunes.

• Feira Internacional do Livro em Bogotá, Colômbia, Eliana Yunes le-vou a exposição Mostra de Ilustrações para Crianças.

• Feira Internacional do Livro no México, Cidade do México. A FNLIJ esteve representada por Eliana Yunes, com um estande onde expôs a mostra de livros De Lobato a Bojunga, percurso histórico da LIJ brasileira, acompanhada de catálogo.

• Congresso do IBBY em Oslo, Noruega , cujo tema foi Literatura infantil e a nova m�dia, com a presença e Elizabeth D’Angelo Serra, como representante da FNLIJ e de Ana Maria Machado, como pre-sidente do Júri Hans Christian Andersen.

• Pr�mio Catalunha de Ilustrações, em Barcelona, Espanha. A FN-LIJ, representada por Elizabeth D’Angelo Serra, foi convidada pela Fundação Enciclopédia Catalã e pelo Conselho Catalão do Livro. A FNLIJ divulgou o Pr�mio no Brasil e selecionou as ilustrações a serem enviadas para concorrer ao pr�mio. O brasileiro José Flávio Teixeira foi um dos ilustradores que recebeu o diploma do pr�mio.

• Primer Seminario Taller de Literatura Infantil Y Juvenil em Buenos Aires, Argentina, quando Sonia Salomão Khéde representou a FNLIJ, com a confer�ncia Personagens e Perfis Culturais da LIJ Brasileira Contempo-rânea e participou da mesa-redonda sobre Promoção da Leitura.

• 39ª Exposição Internacional de Livros Infantis e Juvenis, na Biblio-teca do Estado da Baviera, Munique, Alemanha. A FNLIJ enviou às editoras brasileiras uma seleção de livros a serem remetidos para fazer parte da exposição.

No dia 18 de agosto a FNLIJ recebeu em sua sede um grupo de escri-tores portugueses de literatura infantil e juvenil: Natércia Rocha, Alice Vieira, An-tonio Torrado, José Jorge Letria, Matilde Rosa Araújo, Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães. Esses autores foram convidados para o 1º Encontro Luso-Brasileiro de Literatura Infantil, evento paralelo da 10ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. De passagem pelo Rio visitaram a FNLIJ, quando ocorreu uma provei-tosa troca de opiniões sobre a literatura para crianças e jovens dos dois pa�ses.

1989

NACIONALO Notícias, passou a contar com o apoio da Xerox. A edição e reda-

ção ficaram a cargo de Eliane Sonderman, substitu�da por Leny Cordeiro e depois Ângela Romito. A diagramação e montagem ficou a cargo de Cristina Melibeu e depois Igor Holzer. A partir do Notícias 3 o jornal passa a ter uma bonita diagra-mação com detalhe colorido que muda a cada m�s.

O Conselho Administrativo, o Conselho Diretor e a Secretária-Geral foram renovados em cerimônia realizada no dia 27 de março. Alfredo Weisflog foi empossado como presidente do Conselho Administrativo no lugar de Arnaldo Niskier. Para o Conselho Diretor entraram Antonio Carlos Gomes da Costa, do UNICEF, o publicitário Celso Japiassu e José Raimundo Romeo, subsecretário Es-tadual de Educação. Elizabeth Serra assumiu a Secretaria Geral, em substituição a Eliana Yunes, que passou a supervisora do Centro de Documentação e Pesquisa e assessora da Secretaria. A Secretaria de Planejamento ficou a cargo de Maria Elisa Berredo e a Secretaria de Administração, de Marilda Reis de Almeida. Na ocasião foram homenageados tradicionais amigos da instituição e da literatu-ra infantil. Ruth Vilela de Souza, Laura Sandroni e Glória Pondé, ex-diretoras da FNLIJ, receberam a medalha Vinte Anos da FNLIJ (completados em 1988) além de Affonso Romano de Sant’Anna, Ana Maria Machado, Eduardo Portella, Egl� Malheiros Miguel, Ferdinando Bastos de Souza, Flávia Silveira Lobo, Irene Albu-querque, Leny Werneck, Maria Alice Barros, Maria Antonieta Cunha, Maria Betty Coelho da Silva, Maria Célia Barbosa da Silva, Maria Lu�za B. de Oliveira, Paulo Adolfo Aizen, Prop�cio Machado Alves, Regina Yolanda Werneck e Wladimir Mur-tinho. A Belgo-Mineira, Xerox do Brasil e Hoechst Indústrias Qu�micas, entre 20 nomes, ganharam o diploma de Amigos da Literatura Infantil e Juvenil Brasileira.

Por proposta do Conselheiro Arnaldo Niskier, foi elaborado o Guia de ilustradores Infantis Brasileiros. A coordenação foi de Sonia Salomão Khede, pela FNLIJ. O patrocinador foi o Banco Bandeirantes e a editora foi a Consultor. O Guia foi lançado na IV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, em agosto.

A FNLIJ recebeu 2.500 livros de literatura infantil e juvenil estrangeiros da Feira de Bolonha prometidos à Eliana Yunes pela direção da Feira, em 1987. Elizabeth Serra, em Barcelona, durante o Pr�mio Catalunha de Ilustração, fechou o acordo com a diretora da Feira de Bolonha, Francesca Ferrari, que estava presente.

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Chegando ao Brasil, procurou a Varig e o Instituto Italiano de Cultura (ITC) para apoiar a remessa dos livros que pesavam 700 kilos. Em junho, foi organizada, na Bi-blioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro (BPERJ) a Mostra de Livros e Ilustrações da Feira de Bolonha, como o apoio do Consulado Italiano e do IIC como parte do projeto Itália viva! Um futuro que vem de longe. O evento contou com a presença de Francesca Ferrari. A FNLIJ recebeu além da doação dos livros, 55 reproduções de ilustrações de livros da Exposição de Bolonha e um belo cartaz para o evento com a bandeira do Brasil e a marca da Feria de Bolonha, impresso na Itália.

A FNLIJ recebeu a Mostra de Livros Cient�ficos para Jovens através do mundo organizada pelo IBBY França, com a presença da bibliotecária francesa Geneviève Patte. A exposição, ocorrida em junho de 1989, veio acompanhada de um belo catálogo. No SESC Rio de Janeiro, parceiro da FNLIJ nessa empreita-da, Geneviève falou sobre A leitura, a criança, a biblioteca, quando apresentou suas experi�ncias com a difusão da leitura em uma cidade operária francesa.

O III Congresso de Literatura Infantil da FNLIJ foi realizado na Uni-versidade Estadual do Rio de Janeiro, de 21 a 28 de julho. O público presente foi de 500 pessoas vindas de 18 estados. Na solenidade de abertura, presidida pela secretária-geral, Elizabeth Serra, foram homenageados Ferdinando Bastos de Souza, como presidente de honra do congresso, e Eliana Yunes, que recebeu uma menção de agradecimento por seu trabalho. A temática ficou centrada em duas questões: A cr�tica de livros de literatura infantil – como e para que e Ilustra-ção de livros – funções e leituras. O Congresso contou com inúmeras atividades paralelas, como exposições, teatro, feira de livros e sessões de v�deo.

Os anais do II e III Congressos de Literatura Infantil e Juvenil foram publicados com o apoio das editoras EBAL e Ao Livro Técnico.

A FNLIJ recebeu a Grande Mostra de Ilustrações da BIB, com 79 re-produções fotográficas de ilustrações premiadas nos 21 anos da Bienal de Ilus-trações de Bratislava – BIB.

Em conv�nio com a BPERJ foram organizados cursos com o objetivo de difundir a criação de bibliotecas. Os cursos no Estado do Rio foram feitos em 3 pólos, através do Sistema Estadual de Bibliotecas (SEB). O primeiro foi na capital, o segundo em Para�ba do Sul e o último em Macaé.

A convite do UNICEF a FNLIJ organizou e divulgou no Brasil, o Con-curso Internacional Ezra Jack Keats, de Ilustração. O carioca Nelson Macedo foi escolhido representante do Brasil no Pr�mio Internacional UNICEF – Ezra Jack Keats, com as ilustrações, em apenas uma cor, da obra A noite é um circo sem lona, da Editora Record.

Foi aprovada com louvor a pesquisa realizada pela FNLIJ, sob orientação de Eliana Yunes, Por uma Pol�tica Nacional de Leitura pela FINEP – Financiadora de

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Estudos e Projetos. O projeto de pesquisa foi apresentado à FINEP, por Glória Pondé, ainda diretora-executiva da FNLIJ, sobre os hábitos de leitura no Brasil das décadas de 1930 a 1960, marcos da rede pública de ensino e da criação de órgãos voltados para a cultura pelo Estado. A pesquisa mostrou que em todos os momentos as me-didas adotadas pelos governos não tiveram continuidade, além de terem sido incon-sistentes já que não houve uma discussão com a sociedade e não ocorreu apoio dos meios de comunicação para se difundir o hábito da leitura. O resultado da pesquisa fundamentou a proposta apresentada à Fundação Biblioteca Nacional, em 1991, que deu origem ao Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER.

A FNLIJ recebeu o Pr�mio Estácio de Sá do Estado do Rio de Janeiro, na categoria Literatura.

Pela primeira vez a FNLIJ participou da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. O Sindicato Nacional de Editores de Livros cedeu um estande de 140m2, onde foram expostos livros de todo o mundo doados pela Feira de Bo-lonha, livros cient�ficos para os jovens (mostra organizada pelo IBBY – França), a mostra De Lobato a Bojunga, retrospectiva histórica dos mais destacados autores brasileiros de LIJ, e os livros premiados da FNLIJ.

A cerimônia de entrega do Pr�mio FNLIJ para os melhores livros publi-cados em 1988, foi no Dia de Monteiro Lobato, 18 de abril, no Palácio Gustavo Capanema. Compareceram à cerimônia cerca de 50 pessoas, entre autores, ilustradores, editores e amigos da FNLIJ.

A revista Pirlimpimpim número 1, pronta desde outubro de 1988, foi publicada com o apoio do Grupo Gilberto Huber.

Junto à PUC/RJ foi promovido o ciclo de confer�ncias Revitalizando Lobato no Cinqüentenário de o Pica-pau Amarelo e o Minotauro.

Criança lendo, Araxá vivendo, criado pela FNLIJ, é o nome do projeto elaborado pela FNLIJ para a Secretaria Municipal de Educação de Araxá, Minas Gerais. Foram feitas inúmeras atividades em torno da leitura de livros infantis e juvenis e a FNLIJ levou uma exposição de ilustradores na Casa de Dona Beja, onde se deu a inauguração oficial do projeto, no dia 6 de abril. Para desencadear o projeto, a FNLIJ e a SME lançaram um concurso de desenho a partir do texto da mensagem do DILI: Leia e Passe adiante. Houve cobertura da imprensa e da televisão. O livro infantil foi levado aos quatro cantos da cidade, das praças à uni-versidade. Cerca de cinco mil crianças foram atingidas na fase inicial do projeto.

Ocorreu o 2º Curso de Pós-graduação em Literatura Infantil e Juvenil, uma parceria FNLIJ e UFRJ. Patrocinado em sua parte internacional (professores estrangeiros) pelo CERLALC, o curso foi coordenado por Eliana Yunes e Glória Pondé. O sucesso do curso se refletiu no número de inscritos. Houve 70 candi-datos para 20 vagas.

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Foi criada a campanha Vamos dar as mãos, em prol de mais sócios para a FNLIJ com descontos para os que conseguissem mais filiações. No dia 15 de dezembro foi reforçada a campanha, no intuito de se conseguir um número de sócios que atendesse às necessidades de manutenção da FNLIJ.

Na primeira página do Notícias 12, de 1989, a FNLIJ publicou a men-sagem do IBBY dirigida a todos os chefes de Estado de todo o mundo para fazerem de 1990 – Ano Internacional da Alfabetização – o ano em que todas as crianças terão a oportunidade de aprender a ler.

No balanço das atividades do ano o Notícias registra que a FNLIJ encaminhou 92 projetos com uma média de sete por m�s. A imensa maioria, por falta de financiamento, não pôde ser desenvolvida.

INTERNACIONALNeste ano, a FNLIJ não participou da Feira de Bolonha por falta de

recursos para a ida de um representante. Os livros brasileiros enviados pela FNLIJ e o catálogo elaborado para as feiras internacionais chegaram ao destino, mas não foram expostos.

Elizabeth D’Angelo Serra, representando a FNLIJ, foi convidada a participar das comemorações dos 10 anos do Movimento Bandeira da Paz, na Bulgária, a convite do governo búlgaro. A FNLIJ foi a entidade brasileira convidada para o encontro por ter sido a única instituição que se propôs a divulgar, no Brasil, a Bandeira da Paz, evento voltado para crianças de até 14 anos. Antes de entrar para a FNLIJ, Elizabeth promoveu a ida de um grupo de alunos; depois, já na Fundação, foi em busca de apoio para promover o evento nacionalmente e, por intermédio do conselheiro Arnaldo Niskier, teve o apoio da TV Manchete.

A participação em eventos internacionais teve o apoio da Fundação Pró-Leitura, do Ministério da Cultura:

• Feira Internacional do Livro, em Bogotá, Colômbia, de 29 de abril a 7 de maio. Eliana Yunes levou a exposição Mostra de Ilustração para Crianças. Os livros infantis brasileiros chegam à Colômbia no Centro de Informações do Livro Infantil e Juvenil Brasileiro.

• 9ª Feira Internacional de LIJ, na Cidade do México. Eliana Yunes representou a FNLIJ e apresentou a mostra de livros de literatura infantil e juvenil – 1979-1989: A novíssima LIJ Brasileira –, acompa-nhada de um catálogo.

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• Feira de Guadalajara, México, Eliana Yunes abriu o seminário Fo-mento da Leitura.

• Congresso de Literatura Infantil e Juvenil, da Sociedade de Pesquisa em Literatura Infantil e Juvenil, em Salamanca, na Espanha. Elizabeth D’Angelo Serra representou a FNLIJ.

• Bienal de Ilustrações de Bratislava. Elizabeth Serra representou a FNLIJ e, aproveitando a viagem, fez uma visita à Biblioteca Interna-cional da Juventude de Munique, Alemanha.

• Congresso Internacional de LIJ em Tucumán, Argentina. Eliana Yu-nes representou a FNLIJ e, em Buenos Aires, participou da Bienal de Arte Infantil, única na América Latina, do Instituto de Educação atra-vés da Arte, e da Exposição de Ilustração de Autores Brasileiros.

Ana Maria Machado participou do júri do pr�mio HCA na condição de presidente e foi reeleita.

1990

NACIONALA partir de 15 de março de 1990, 75 dias após a posse de Fernando

Collor, a FNLIJ passou a sofrer cortes de patroc�nio e de apoios financeiros em seus projetos. Em conseqü�ncia, foi obrigada a diminuir sua equipe de funcioná-rios. Foi um ano de luta pela sobreviv�ncia da instituição.

Em abril, para não demitir ninguém mais da equipe, a Secretaria Geral reduziu o ritmo de trabalho a fim de cortar os custos. Porém, no segundo semestre, se viu obrigada a demitir quase toda a equipe, ficando somente com quatro funcionários. Para fazer frente aos custos decorrentes das demissões vendeu duas linhas de telefone que à época significavam uma expressiva quan-tia. Os tr�s membros da Secretaria Geral abriram mão de receber seus salários por 6 meses.

O Notícias foi mantido como uma forma de resist�ncia, embora sua periodicidade tenha sido afetada. A partir do nº 3, Notícias volta a sair sem cores e a partir do 4 e 5, não houve trabalho de fotocomposição. Estes números sa�ram juntos, com apenas 2 páginas a partir de então. Com o objetivo de divulgar o Ano Internacional da Alfabetização, a logomarca criada pela UNESCO foi im-pressa em todos os Notícias do ano.

Com o patroc�nio da Amil, a FNLIJ trouxe ao Rio o grupo venezuelano Cuentos y Encantos que estava em Minas Gerais (Isabel de Los Rios, venezuelana, e Luiz Carlos Neves, brasileiro, natural de Minas Gerais) que fez uma apresen-tação no Teatro Glauce Rocha e ministrou um curso de formação de contadores de histórias. É oportuno registrar que é essa a origem da profissionalização dos contadores de história no Brasil.

O projeto Meu Livro, Meu Companheiro foi implantado em São Paulo com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado.

Foram realizadas reuniões mensais com as associações de moradores e hospitais para a análise do projeto de minibibliotecas Livro Mindinho, seu Vi-zinho e Meu Livro, Meu Companheiro, instaladas pela FNLIJ, visando contribuir para a manutenção das mesmas.

Com o apoio da CBL, a FNLIJ participou da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Além de um estande em conjunto com o Centro de Literatura Infantil e Juvenil, CELIJU, a FNLIJ contou com outro espaço, no 3º andar, com

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a Exposição de Ilustrações de Bratislava. A FNLIJ e o CELIJU realizaram o Semi-nário Nacional de Literatura Infantil e Juvenil e o Seminário de Literatura, Arte e Educação.

Nos dias 5 a 9 de março, realizou- se, na PUC-Rio de Janeiro, o I Colóquio Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil, organizado pela FNLIJ e pelo Projeto de Literatura Infantil, PILI , com apoio da Organização dos Estados Americanos. O Colóquio discutiu sobre Seleção de livros. Como? Por quê? Para quê?, e sobre a organização, estrutura e financiamento da Rede de Centros de Documentação de Literatura Infantil e Juvenil. Na reunião a FNLIJ, a Fundação German Sanchez Ruiperez, da Espanha, e o Centro de Córdoba, na Argentina, foram eleitos para o Conselho Diretivo da Rede de Centros de Documentação de Literatura Infantil e Juvenil para o bi�nio 90/91. Estiveram presentes representan-tes dos 18 Centros de Documentação.

Uma livraria e biblioteca da FNLIJ foi inaugurada no Mercado São José, em Laranjeiras, Rio de Janeiro, como um espaço de lançamentos de livros, narração de histórias e formação de idosos para integrarem uma equipe de con-tadores de histórias.

Foi organizada uma exposição com 79 reproduções fotográficas das ilustrações premiadas da Bienal de Ilustrações de Bratislava no Instituto de Arqui-tetos do Brasil, no Rio de Janeiro; na Bienal do Livro de São Paulo e em Goiâ-nia, onde Elda Nogueira esteve representando a FNLIJ. As ilustrações retornaram para a FNLIJ, conforme acordado com a BIB.

Um conv�nio com o Instituto Nacional do Câncer, Rio de Janeiro, foi assinado para a implantação do projeto Meu Livro, meu Companheiro a ser desenvolvido em 1991.

No Notícias 9, está publicada uma carta enviada pela FNLIJ ao mi-nistro da Educação, Carlos Chiarelli, contendo uma cr�tica ao encaminhamento do Programa de Alfabetização e Cidadania, que não contemplou instituições que lidam com essa área.

Na coluna Opinião, do Jornal do Brasil, no 1º caderno, página 11, de 24 de agosto, foi publicado o artigo de Elizabeth D’Angelo Serra, A força da leitura, onde ela discute questões relacionadas ao livro e à leitura no pa�s, aler-tando para a importância da leitura na formação dos professores e na construção da cidadania de todos.

O convite de Vitor Musumessi, presidente da Associação de Represen-tante de Editores do Rio de Janeiro, ARERJ, Elizabeth Serra, representando a FNLIJ apresentou a palestra Leitura na escola, no 2º Encontro da Associação.

Prosseguimento da campanha de mantenedores: a FNLIJ terminou o ano com 20 mantenedores.

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INTERNACIONALNelson Cruz, Nelson Macedo, Marilda Castanha, Angela Lago e Re-

gina Yolanda tiveram seus trabalhos selecionados pela FNLIJ para participar da seleção de ilustrações da Feira do Livro de Bolonha.

Com a negativa do governo em custear as passagens, às vésperas do evento, Elizabeth Serra resolveu assumir as despesas da viagem para que a FNLIJ não ficasse, pelo segundo ano consecutivo, sem participar da Feira. Para atender aos visitantes ela contou com o apoio de José Orlando e André Carvalho, da Editora L�; da Editora Melhoramentos, com estande próprio, e do autor Ronal-do Simões Coelho. Muitos amigos estrangeiros ficaram felizes pela presença da FNLIJ e manifestaram espanto pela aus�ncia em 1989. Uma exposição de livros selecionados pela FNLIJ e um catálogo atra�ram a atenção dos interessados.

Também sem apoio e para que a FNLIJ se fizesse presente no 22º Congresso do IBBY, em Williamsburg, nos Estados Unidos, Eliana Yunes assumiu as despesas de viagem e apresentou diversas experi�ncias brasileiras de alfabeti-zação através da literatura infantil.

No final do ano, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, somente para a passagem, a FNLIJ pôde estar presente na Feira de Livros Infantis da Cidade do México, levando a exposição A Literatura Infantil na Alfabetização, com livros para pré-leitores e leitores iniciantes. A FNLIJ preparou um catálogo trilingüe (portugu�s, ingl�s e espanhol), com 84 páginas, 95 autores (escritores e ilustradores), 22 editoras e 76 t�tulos. Elizabeth Serra representou a FNLIJ, custe-ando a sua própria estada.

1991

NACIONALConforme dito no relato de 1990, a FNLIJ in�ciou o ano de 1991 com

o quadro de funcionários reduzid�ssimo, devido à grave crise financeira vivida pelo pa�s, principalmente nas entidades ligadas à cultura.

À medida que projetos eventuais surgiam, profissionais antigos ou novos eram convidados a trabalhar como prestadores de serviço por tempo determinado, já que a FNLIJ não tinha orçamento para assumir um contrato fixo de trabalho.

O projeto Meu Livro, Meu Companheiro foi instalado no Instituto Na-cional do Câncer, INCA, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, continuaram os con-tatos com a Secretaria Estadual de Saúde no sentido de ampliar o projeto Meu Livro, Meu Companheiro naquele estado.

Foi assinado conv�nio com a Fundação Biblioteca Nacional para a publicação das duas pesquisas sobre literatura infantil e juvenil brasileira de-senvolvidas pela FNLIJ para distribuição ao Sistema Nacional de Bibliotecas: A literatura infantil na alfabetização e Retrospectiva histórica da literatura infantil e juvenil brasileira. As publicações sa�ram em 1992.

Foi inaugurada a Biblioteca Favo do Saber na Escola Favo de Mel, em Petrópolis, Rio de Janeiro, depois de terem sido organizados cursos de promoção de leitura por meio do projeto Semente de Leitura, com a presença de Sylvia Orthof e Elizabeth D’Angelo Serra.

Foi feita a divulgação e organização no Brasil do Pr�mio Internacional UNICEF – Ezra Jack Keats de Ilustrações.

Por iniciativa de Maria Antonieta Antunes Cunha, foi publicada a Pir-limpimpim 2, na revista Releitura, da Biblioteca Pública Municipal de Belo Hori-zonte. A ilustração na literatura infantil é o tema da revista.

A FNLIJ, por intermédio de Eliana Yunes e Elizabeth Serra, apresentou a Affonso Romano de Sant’Anna, tão logo ele assumiu a presid�ncia da Fun-dação Biblioteca Nacional, em dezembro de 1990, uma proposta de criação de um programa de incentivo à leitura, baseado na experi�ncia e na pesquisa desenvolvidas pela FNLIJ, financiada pela FINEP, sob a coordenação de Eliana Yunes. Aceita a proposta, Eliana Yunes e Elizabeth Serra deram forma ao projeto intitulado Programa Nacional de Incentivo à Leitura, Proler, que foi apresentado à FBN no in�cio de 1991.

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Foi firmado um conv�nio entre a FNLIJ e a FBN, com o objetivo de se criar um programa visando recuperar a capacidade das bibliotecas estaduais e municipais para um trabalho de sistematização técnica e administrativa dos pro-gramas de incentivo à leitura.

A FNLIJ solicitou à FBN, por orientação do professor José Raimundo Romeo, membro do Conselho Diretor da FNLIJ, o pedido de cessão para a FNLIJ de uma casa situada à rua Pereira da Silva, nº 82, para sua nova sede.

Foi firmado conv�nio com a FBN para assessorar a fase preparatória do que seria o Programa Nacional de Leitura e para o uso da Casa da Leitura, como sede da FNLIJ e do Proler.

A divulgação do Pr�mio FNLIJ 91, relativo à produção de 1990, foi feita no dia 18 de abril e uma nova categoria foi acrescentada: Pr�mio Malba Tahan – O Melhor Livro Informativo.

A FNLIJ apoiou a criação do grupo de contadores de histórias Moran-dubetá, cujos integrantes eram Benita Prieto, Celso Sisto, Eliana Yunes e Lúcia Fidalgo. Os integrantes do grupo fizeram o Curso de Contadores de Histórias promovido pela FNLIJ, em 1990.

Foram aprovados os pedidos de registro das marcas dos projetos Meu Livro, Meu Companheiro e Leia, Criança, Leia.

O número de sócios mantenedores da FNLIJ aumentou: em de-zembro de 1991, a FNLIJ contava com 26 mantenedores, em 1990, contava com 20.

A FNLIJ criou, em parceria com o Instituto Nazaré, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, um júri infantil para leitura e seleção dos melhores livros do ano. Foram examinados 43 t�tulos Altamente Recomendáveis pela FNLIJ e premiadas, ao final, tr�s obras.

A FNLIJ selecionou e organizou a participação brasileira na Bienal de Ilustrações de Bratislava 1991.

A FNLIJ foi convidada a participar do I Festival do Livro Infanto-Juvenil de São Bernardo do Campo, em outubro. Elizabeth Serra participou de mesa-re-donda sobre o tema Como desenvolver o hábito da leitura, juntamente com Ivete Faria e Márcia F. Freire.

INTERNACIONALNovamente com o apoio do Ministério das Relações Exteriores a FNLIJ

participou da 28º Feira de Livros Infantis de Bolonha, Itália. A FNLIJ apresentou a exposição A Literatura na Alfabetização acompanhada de um catálogo elabo-rado especialmente para a Feira. Pela primeira vez, foi adquirido um estande

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pela FBN, administrado pela FNLIJ, graças ao conselheiro Affonso Romano de Sant’Anna, então presidente da FBN.

Maria das Graças Monteiro Castro, responsável pelo CEDOP/FNLIJ, participou do Encontro da Rede de Centros de Documentação de Literatura In-fantil e Juvenil, em Caracas, Venezuela, com o apoio da Organização dos Esta-dos Americanos.

Eliana Yunes participou do Congresso Latino-americano de Lecto-es-critura organizado pela International Reading Association, em Buenos Aires, Ar-gentina, com o apoio da Fundação Biblioteca Nacional.

1992

NACIONALO Notícias continuou sem apoio externo. A produção é da pequena

equipe e tem como revisora Jane Augustin, como datilógrafa Andréa Bianchi, depois Claudia Cabral e depois Maria Célia Barbosa. Foi publicado com uma pá-gina somente, com exceção do número 8, que teve 4 páginas. No Notícias 3 inicia a coluna Biblioteca, que passa a divulgar todos os livros recebidos pelo CEDOP.

Elizabeth D’Angelo Serra participou da mesa-redonda A promoção da leitura no Brasil: Programas Institucionais, no Encontro Internacional de Leitura em Minas, realizado de 25 a 30 de outubro, em Belo Horizonte, MG, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de BH, BH-Shopping e Câmara Mineira do Livro. Maria Antonieta Cunha foi a coor-denadora. A FNLIJ disponibilizou a exposição de ilustrações, cartazes, pôsteres e folders da Feira de Bolonha e da Bienal de Bratislava, exibidos na Biblioteca Pública Estadual Professor Luis de Bessa, em Belo Horizonte. Estiveram presentes como convidadas da SMC-BH as portuguesas Maria José Sottomayor e Maria Marta Martins, além do diretor da Bienal de Bratislava, Igor Svec. Depois, Maria José, Maria Marta e Igor estiveram no Rio de Janeiro a convite da FNLIJ para inaugurarem a exposição de ilustrações de BIB no Arquivo Nacional, quando deram palestra para bibliotecários do munic�pio. O evento no Rio contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

O Notícias 2 publicou o texto Literatura e Ecologia, elaborado pela equi-pe da FNLIJ para o catálogo sobre o tema para a Feira do México de 1991. Durante a ECO – 92, a FNLIJ e o Consulado da França, no Rio de Janeiro, realizaram de 10 a 17 de junho, no Museu da Imagem e do Som, uma exposição de livros sobre o meio ambiente. O objetivo foi levar para a ECO-92 temas como A educação como base da consciência ecológica e O livro como instrumento dessa educação. No dia 13, houve um mesa-redonda sobre Uma educação ecológica ou uma educação de qualidade que resultará em uma educação ecológica?, com Paula Saldanha,Vitor Mussumeci e Claudia Moraes, com coordenação de Elizabeth D’Angelo Serra.

A FNLIJ foi uma das convidadas de honra da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo na solenidade de entrega do acervo literário às bibliotecas hospitalares. O Meu livro, Meu Companheiro fez parte, desde 1990, do progra-ma Arte, Cultura e Lazer, dessa Secretaria. Elizabeth Serra esteve presente.

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A ilustradora Pinky Wainer, com Pipistrelo das mil cores, de Zélia Gat-tai, da editora Record, foi selecionada para representar o Brasil no Pr�mio In-ternacional UNICEF – Ezra Jack Keats. A FNLIJ foi convidada pelo UNICEF a participar do júri nacional do Pr�mio Ezra Jack Keats.

Em março de 1992 houve alteração do Estatuto da FNLIJ aprovado pelo Ministério Público. Dentre as alterações o prazo das Gestões muda de 2 para 3 anos.

Foram eleitos os novos Conselhos da FNLIJ para o per�odo de 1992 a 1995. Para o Conselho Curador: Paulo Alberto Monteiro de Barros, Alfredo Weiszflog, Paulo Eduardo Bluhm, Celina Rondon, Washington Olivetto e Cel-so Lafer. Empossado, o Conselho Curador nomeou os novos Conselhos Dire-tor, Fiscal e Consultivo, a saber: Conselho Diretor: Ferdinando Bastos de Souza (Presidente), Maria Antonieta Antunes Cunha e David Silberg; Conselho Fiscal: Henrique Luz, Terezinha Saraiva, Paulo Adolfo Aizen, Ítalo Viola, Marcio Tavares do Amaral e Maria do Carmo Pinheiro Marques; Conselho Consultivo: Affonso Romano de Sant’Anna, Ana Lygia Medeiros, Antonio Carlos Gomes da Costa, Belmiro Braga, Dil Márcio, Edmir Perrotti, Eliana Yunes, Ezequiel Theodoro da Sil-va, José Midlin, José Raimundo Romeo, Laura Sandroni, Lucia Jurema Figueirôa, Marcos F. Moraes, Maria Alice Barroso, Maura Ribeiro Sardinha, Paulo Manoel Protásio, Paulo Roberto Rocco, Regina Yolanda Werneck, Vitor Mussumesi e Wla-dimir Murtinho.

A entrega do Pr�mio FNLIJ/91 ocorreu durante a 12ª Bienal Interna-cional do Livro de São Paulo, que contou com a participação do presidente do Conselho Diretor, Ferdinando Bastos, Alfredo Weiszflog, Laura Sandroni e Regina Yolanda, membros do Conselho Consultivo da FNLIJ e uma presença expressiva de autores, ilustradores, editores e professores que lotaram o auditório do Museu de Arte Contemporânea, no Ibirapuera.

Aproveitando o evento da Bienal, foi promovida uma reunião com os editores de livros, com o apoio da CBL, para a FNLIJ expor as suas atividades de promoção da leitura e propostas de entendimento para uma ação conjunta que contribua para intensificar a formação de leitores em todo o Brasil.

Foi firmado um conv�nio com a Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer do Rio de Janeiro, para dinamizar as bibliotecas populares, com cursos dirigidos aos profissionais que trabalham nas bibliotecas. Como primeiro passo a FNLIJ participou, junto ao Departamento de Bibliotecas, da organização do VI Semi-nário de Bibliotecas Públicas e Difusão do Livro, em meados de novembro. Pa-ralelamente, a FNLIJ realizava em suas bibliotecas públicas populares – Campo Grande e Botafogo –, um diagnóstico da situação das bibliotecas no munic�pio. O trabalho foi coordenado por Elizabeth Serra e contou com a participação

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de Maraney Freire e Marina Quintanilha que sa�ram em campo para fazer o diagnóstico. Ao final, a FNLIJ apresentou um documento à Secretaria com as conclusões e sugestões sobre o trabalho de formação de leitores nas bibliotecas do munic�pio.

No Notícias 12 o editorial de encerramento do ano trazia o t�tulo 1992: A luta pela ética e também pelo conhecimento.

INTERNACIONALLúcia Fidalgo, bibliotecária da Fundação, foi designada para repre-

sentar a FNLIJ na II Reunião sobre o estado atual e as estratégias de desenvolvi-mento das bibliotecas públicas da América Latina e Caribe, de 3 a 7 de fevereiro, em Caracas, Venezuela.

O 23º Congresso Internacional do IBBY, foi realizado em setembro, em Berlim. Angela Lago, que foi receber o diploma de integrante da Lista de Hon-ra do IBBY, nomeada pela FNLIJ, representou também a instituição. Os editores de Ângela deram o apoio para a sua viagem em reconhecimento à importância do evento.

Com apoio do Ministério das Relações Exteriores, Elizabeth Serra es-teve presente na Feira de Bolonha representando a FNLIJ. A 26ª Exposição de Ilustradores da Feira de Bolonha selecionou 92 ilustradores estrangeiros, entre 918 inscritos. Desses, 2 trabalhos de artistas brasileiros: Mariana Massarani e Ivan & Marcelo.

Para o Festival da Cultura Brasileira, em junho, em Zurique, na Su�ça, por iniciativa do Instituto do Livro Infantil Su�ço, Fundação Johanna Spyri, com a colaboração da Seção Ibero-americana da Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, Alemanha. A FNLIJ doou os livros selecionados para a mostra do Suplemento sobre Literatura Infantil, do Brazilian Book Magazine e livros da mos-tra Literatura e meio ambiente, preparadas para a Feira de Bolonha.

De 24 a 31 de maio, Elizabeth Serra participou do Encontro da Rede de Centros de Documentação de Literatura Infantil e Juvenil na Espanha, jun-tamente com mais 24 Centros de Documentação que também fazem parte da Rede. Esse encontro foi patrocinado pela Editora SM e Fundação Sanchez Ruipe-rez, quando convidaram representantes dos IBBYs da América Latina. A cidade onde foi realizada a reunião foi Jerez de La Frontera.

1993 (Ano do Jubileu de Prata da FNLIJ)

NACIONALO Notícias foi publicado com o apoio de diversas editoras e passou

a ter a diagramação de Christiane Mello. Marta B. Neiva Moreira, estagiária de comunicação, se junta à equipe da FNLIJ para redigir o Notícias e Luiz Raul Machado se torna supervisor a partir do número 9. Também a partir do Notícias 2, a citação seção brasileira do IBBY é inserida no cabeçalho do Notícias, com o objetivo de divulgar o órgão internacional associando-o diretamente à FNLIJ.

O Notícias 5, em comemoração aos 25 anos da FNLIJ, ocorridos no dia 23 de maio, teve uma tiragem de 13.000 exemplares com o apoio da RIPASA e da editora EBAL, com editorial do presidente da FNLIJ, Ferdinando Bastos de Souza e vários depoimentos parabenizando a FNLIJ pela data. A FNLIJ agrade-ceu a todos os amigos, registrando que nos seus depoimentos e testemunhos a equipe encontrava o apoio necessário para vencer as dificuldades. Há também o registro de que tramitava no Congresso Nacional o Projeto de Lei, do deputado Artur da Távola, instituindo o Dia Nacional da Leitura, no dia 23 de maio, em homenagem à FNLIJ. Infelizmente o projeto foi indeferido.

O Sindicato Nacional de Editores de Livros – SNEL – e a Associação dos Representantes de Editores do Estado do Rio de Janeiro – AREERJ – publica-ram matérias em seus jornais sobre os 25 anos.

O suplemento literário Idéias, do Jornal do Brasil, de 3 de abril de 1993, dedicou uma longa matéria ao livro infantil dando destaque aos 25 anos da FNLIJ.

Da Colômbia, Silvia Castrillon, presidente da Fundalectura, seção co-lombiana do IBBY, a FNLIJ recebeu uma bela placa de prata pelo aniversário.

O CERLALC parabenizou a FNLIJ em seu informativo e o Jornal das Letras, de Portugal, publicou matéria sobre os 25 anos da FNLIJ.

Ziraldo presenteou a FNLIJ com um Menino Maluquinho com um livro na cabeça, no lugar da tradicional panela. A marca colorida foi capa do Notícias 5. Mauro Taubman, proprietário da loja Company, imprimiu as camisetas come-morativas, como uma coleção especial, com o s�mbolo do Menino Maluquinho, comemorando o Jubileu de Prata da FNLIJ.

A grande festa de comemoração dos 25 anos da FNLIJ se deu com um almoço de adesões na Associação Comercial do Rio de Janeiro, com a presença de cem pessoas, para homenagear Laura Sandroni. Como a FNLIJ estava fecha-

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da devido à greve dos funcionários públicos, no Palácio Gustavo Capanema, a equipe de profissionais da FNLIJ foi trabalhar na resid�ncia de Elizabeth Serra, de onde foram expedidos os convites e organizada a comemoração. Estiveram presentes ao almoço o pai de Laura, Austregésilo de Athayde e sua fam�lia, Ruth Villela Alves de Souza, mantenedores da FNLIJ, autores vindos de outros esta-dos, especialistas e colaboradores. Maria Luiza Barbosa de Oliveira, uma das fundadoras da FNLIJ, entregou oficialmente os volumes da pesquisa Interesses e Hábitos de Leitura, iniciada em 1980 na FNLIJ, com o apoio do CERLALC e da FINEP, que ela coordenou. O presidente da FNLIJ, Ferdinando Bastos de Souza, proferiu belo discurso sobre o trabalho da FNLIJ e Luiz Raul Machado também fez um discurso emocionado.

O programa Arte de Ler, apresentado por C�cero Sandroni, na TV Edu-cativa, recebeu Elizabeth Serra e Marina Quintanilha, que falaram sobre os 25 anos da FNLIJ.

Com 15 anos a mais que a FNLIJ, o IBBY comemorou, neste ano, os seus 40 anos e a FNLIJ enviou mensagem pela data. Na Feira de Bolonha houve comemoração.

O Dia Internacional do Livro Infantil – DILI, 2 de abril, foi comemora-do no Museu da República, no Rio de Janeiro, com várias atividades. Durante o evento Estação Leitura, no Museu da República, a FNLIJ apresentou uma mostra de livros infantis e juvenis de todo o mundo e de cartazes do DILI, quando foi lançado um concurso sobre a mensagem para alunos e professores das escolas municipais da 1ª Delegacia de Educação – SME-RJ. Também foi organizada no mesmo local uma exposição sobre Monteiro Lobato.

A assinatura de um conv�nio com a Fundação MUDES possibilitou a remuneração de oito estagiários, viabilizando, desta forma, a continuidade do trabalho da Fundação.

No 9º Congresso de Leitura do Brasil – COLE, da ALB, na UNICAMP, em Campinas, SP, Elizabeth D’Angelo Serra, participou da mesa-redonda Políticas Nacionais de Leitura: uma análise, ao lado de Ezequiel Theodoro da Silva (UNI-CAMP) e Francisco Gregório (PROLER – Casa da Leitura). Com a representante da Secretária de Saúde de São Paulo, Valéria Marques, apresentou também pa-lestra sobre o projeto Meu Livro, Meu Companheiro, em São Paulo.

Na VI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro a FNLIJ partici-pou com dois estandes doados pelo SNEL e FAG Eventos Internacionais. Graças ao apoio do presidente do SNEL, Sérgio Machado, e da diretora de Eventos Para-lelos da VI Bienal, Maria Eug�nia Stein, a FNLIJ organizou uma biblioteca infantil modelo que recebeu o nome de Menino Maluquinho. A loja Tok Stok emprestou os móveis. A inauguração da biblioteca contou com as presenças do prefeito

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César Maia, da secretária de cultura Helena Severo e do senador Darcy Ribeiro, que desatou o laço de fita azul. Ziraldo esteve presente prestigiando a iniciativa, além de Ana Ligia Medeiros, conselheira da FNLIJ e diretora da Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro e do ex-diretor da FNLIJ Sérgio Pereira da Silva, além de muitos amigos.

Na ocasião também foi assinado o protocolo de intenções do projeto A escola vai à biblioteca com a Prefeitura e as Secretarias de Educação e Cultura pelo presidente da FNLIJ Ferdinando Bastos de Souza. Na biblioteca, foi apre-sentada uma exposição de ilustrações que tiveram destaque em exposições inter-nacionais no último ano. No estande institucional, foi organizada uma exposição com os livros premiados pela Fundação desde 1974. Elizabeth D’Angelo Serra apresentou palestra no VII Seminário de Bibliotecas Públicas e Difusão do Livro, na mesa-redonda O Espaço Familiar e a Formação de Leitura.

A entrega do Pr�mio FNLIJ/92 ocorreu durante a Bienal e contou com o apoio da UFRJ, que imprimiu os convites. Foram 660 livros concorrentes, ana-lisados por 54 votantes. Neste ano, foi institu�do o Pr�mio Hors-concours para aqueles autores (escritores ou ilustradores) que receberem mais de tr�s premia-ções da FNLIJ. Duas novas categorias foram criadas para o Pr�mio, Poesia e Es-critor Revelação. A divulgação da lista de nomes dos votantes do Pr�mio FNLIJ na revista da CBL trouxe um retorno positivo, com o envio satisfatório de livros pelas editoras à FNLIJ e aos votantes, facilitando o trabalho voluntário dos leitores.

Durante a Bienal, a FNLIJ foi entrevistada pelas Rádios Roquete Pinto e CBN e pelo Bom dia, Rio, da TV Globo.

A 1ª edição do Concurso Os Melhores Programas de Incentivo à Leitu-ra junto a Crianças e Jovens foi lançada para o estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de divulgar os trabalhos de promoção de leitura no estado, na VI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, com o apoio do SNEL e das Secretarias de Educação e de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. A idéia do concurso é baseada no IBBY – Asahi Reading Promotion Award, um concurso internacional que o IBBY realiza em parceria com o jornal japon�s Asahi Shimbun, visando à premiação de instituições que desenvolvam programas originais e consistentes de promoção da leitura para crianças e jovens.

A FNLIJ fez parte da primeira parte da seleção do Pr�mio Jabuti para as categorias de literatura infantil e juvenil e ilustração.

Foram organizados cursos de 30 horas para a segunda fase do projeto Dinamização de Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro, desenvolvi-do pela FNLIJ em seis bibliotecas da rede municipal, em Campo Grande, Bangu, Irajá, Méier, Santa Cruz e Penha. Em setembro, Ezequiel Theodoro da Silva minis-trou a palestra sobre Leitura, Biblioteca e Cidadania.

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Nilma Lacerda, como voluntária, in�ciou uma Oficina de Resenha junto à equipe da FNLIJ visando a contribuir para a formação da equipe da FNLIJ.

Por indicação do conselheiro e presidente, Ferdinando Bastos, o Con-selho Diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro convidou Elizabeth Serra, para apresentar aos empresários o trabalho desenvolvido pela FNLIJ em prol do est�mulo à leitura junto às crianças e jovens.

Elizabeth Serra participou com palestras do VII Seminário de Bibliote-cas Públicas e Difusão do Livro, na SUAM, com a palestra A Leitura em Sala de Aula; da confer�ncia Literatura e Ecologia, na Escola Municipal Roma; do Fórum de Educação promovido pela Cesgranrio, e do Seminário da Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro, cujo tema foi O Jovem Leitor.

Também representou a FNLIJ como consultora para a Fundação de As-sist�ncia ao Educando, FAE, para o projeto básico de reformulação do Programa Nacional de Sala de Leitura/Biblioteca Escolar e do seminário para avaliação do mesmo programa, ocorrido em Belo Horizonte, na Fundação João Pinheiro.

Estiveram no Rio de Janeiro e foram visitar a FNLIJ o coordenador do CERLALC, o colombiano Luis Fernando Sarmiento; as mexicanas Marta Acevedo, Peggy Spinoza e Maria Luiza Valdivez, responsáveis pelos Rincones de Lectura, do governo mexicano e Perla Suez do Centro de Difusão e Investigação em Literatura Infantil e Juvenil (CEDILIJ), em Córdoba, Argentina.

A FNLIJ deu continuidade à campanha de mantenedores, com um total de 29 de mantenedores.

INTERNACIONALMaria Antonieta Cunha, membro do Conselho Diretor, indicada pela

FNLIJ, representou o Brasil nos dois mais importantes júris internacionais de lite-ratura infantil e ilustração: o Pr�mio Hans Christian Andersen/IBBY e a Mostra de Ilustrações da Feira de Bolonha.

Foram selecionadas as ilustrações brasileiras para participar da Bienal de Ilustrações de Bratislava, e Angela Lago foi convidada para coordenar um workshop para ilustradores de pa�ses em desenvolvimento.

A participação brasileira nas feiras de livros internacionais passou a ser responsabilidade do Departamento Nacional do Livro – DNL, da Fundação Biblioteca Nacional. O diretor do DNL era o escritor Marcio Souza e o presidente da FBN, Affonso Romano de Sant’Anna. Em reconhecimento ao trabalho desen-volvido na Feira de Bolonha, desde 1974, o DNL convidou a FNLIJ para ser a responsável oficial pelo estande brasileiro na Feira. A FNLIJ convidou as editoras

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de literatura infantil e juvenil para participarem do projeto e contou com a parti-cipação de 13 editoras que ocuparam os dois estandes comprados pela FBN.

Elizabeth Serra representou a FNLIJ em Bolonha. Por indicação de Al-fredo Weiszflog, ela participou do seminário Fomento e desenvolvimento da co-produção e do intercâmbio editorial entre Itália e a América Latina, apresentando palestra sobre o trabalho da FNLIJ. Na oportunidade foi entregue uma pequena e bela publicação colorida intitulada Who’s Who na América Latina que reuniu autores e ilustradores indicados pelos seus pa�ses. A FNLIJ selecionou os tr�s autores e tr�s ilustradores brasileiros, preparou e enviou o material para a publi-cação. Ana Maria Machado, Angela Lago, Eliardo França, Lygia Bojunga, Rui de Oliveira e Ziraldo Alves Pinto foram os selecionados.

A ilustração de Angela Lago do livro Cântico dos Cânticos foi uma das 80 selecionadas pelo júri da Feira de Bolonha para a Mostra Internacional de Ilustradores.

A FNLIJ foi convidada pela Câmara Brasileira do Livro a fazer par-te da comissão organizadora da presença brasileira na Feira de Frankfurt, em 1994, quando o Brasil seria o pa�s homenageado. Elizabeth Serra foi designada Curadora para a Mostra de Ilustradores e Escritores Brasileiros, representando a FNLIJ. Na função, foi à Feira de Frankfurt de 1993 com a comissão brasileira e participou do Seminário de Leitura promovido pelo Comit� de Leitura, da União Internacional de Editores (UIE), com a palestra Experiências de promoção de lei-tura no Brasil através da FNLIJ e da Feira de Livros, e estabeleceu os contatos para a realização das atividades sobre literatura infantil e juvenil para a presença brasileira, em 1994.

1994

NACIONALO Notícias foi publicado todos os meses, em alguns acompanhado de

um suplemento. Ricardo Benevides foi o estagiário e Luiz Raul fez a supervisão.No suplemento do Notícias 6 a FNLIJ divulgou a Declaração dos

Direitos da Criança Leitora (e algumas disposições sobre as crianças e a li-teratura), de autoria do colombiano Fernando Vasquez Rodrigues, publicada no boletim EL LIBRO, do CERLAC. A tradução foi de Beatriz Dusi e Iraides Coelho.

Luiz Raul Machado e Claudia de Miranda foram convidados por Eli-zabeth Serra (curadora da Mostra de Ilustradores e Escritores, representando a FNLIJ na Feira de Frankfurt) para participar do projeto que incluiu, além da ex-posição, um livro e atividades em bibliotecas e escolas de Frankfurt com autores brasileiros.

O Livro para Crianças no Brasil, editado pela CBL, e que faz parte de uma coleção de mais 14 livros que formaram uma Brasiliana Frankfurt com pro-jeto gráfico de Moema Cavalcanti, recebeu o Pr�mio da Associação Paulista de Cr�ticos de Arte – APCA, como o Melhor Acontecimento Cultural.

A FNLIJ e o Instituto Italiano de Cultura, com o apoio do Departamen-to Nacional do Livro, da Fundação Biblioteca Nacional, promoveram, no Museu da República, no Rio de Janeiro, em abril, a exposição O Livro Infantil na Feira de Bolonha, com cartazes da feira, reproduções das capas dos livros premiados, catálogos preparados pela FNLIJ e livros do IIC.

O Notícias 9 traz na primeira página a matéria com o t�tulo Pr�mio FNLIJ em clima de festa sobre a cerimônia da entrega do Pr�mio FNLIJ, ocor-rida durante a 13ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no auditório do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Um total de 696 livros foram recebidos e avaliados por 56 votantes da FNLIJ. Das 48 editoras que enviaram livros, 33 ti-veram livros pré-selecionados. Estiveram presentes autores, editores, especialistas e colaboradores da FNLIJ, com um coquetel oferecido pelas editoras. Também durante a Bienal, Elizabeth Serra participou do Seminário de Literatura Infantil, com a palestra O Livro Infantil Brasileiro e sua Repercussão Internacional, e da primeira reunião com editores para definir a participação brasileira na Feira de Bolonha 95, onde o Brasil foi também o pa�s homenageado.

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Elizabeth Serra participou do seminário Cidade e Educação, da Se-cretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, com a palestra Intervenções Institucionais e Sistemas Educativos.

Nos dias 22 e 23 de junho, foi realizado o I Encontro Regional do Fó-rum de Experiências na Escola: Leitura e Prazer, no Instituto de Educação Rangel Pestana em Nova Iguaçu. Elizabeth Serra participou de mesa-redonda com Sônia Lamounier (FAE), Vera Figueiredo (SEE-RJ) e Ana Maria Machado.

No dia 28 de julho, em cerimônia no Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio, foi entregue o Pr�mio Latino-Americano de Contos para Crianças, da UNICEF, a Marina Colasanti. Participaram de uma mesa-redonda a auto-ra, Ferdinando Bastos (presidente da FNLIJ), Ângela Matheus representante da UNICEF) e Elizabeth Serra. Após receber o pr�mio, Marina encantou a todos os presentes narrando, sem o microfone, o conto inédito A morte e o rei ou O rei e a morte. O texto foi publicado, dois anos depois, no Notícias 5, de 1996.

Como resultado da Oficina de Resenhas oferecida por Nilma Lacerda para a equipe da FNLIJ foi publicado um catálogo Resenhas na FNLIJ – Os Premia-dos de 92, que contou com o apoio das editoras com livros selecionados para a im-pressão. O lançamento ocorreu no Salão Portinari, do Palácio Gustavo Capanema.

Em setembro, Propicio Machado Alves assumiu o cargo de presidente da FNLIJ em substituição a Ferdinando Bastos de Souza.

O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Cláudio Men-donça, alertado por Lucia Jurema, membro do Conselho da FNLIJ, da situação de dificuldade por que passava a entidade, assinou conv�nio com a FNLIJ para a instalação do Centro de Documentação e Pesquisa (CEDOP) da FNLIJ e de uma Biblioteca Infantil Modelo, no Instituto de Educação do Rio de Janeiro. A inaugu-ração da biblioteca e do CEDOP da FNLIJ contou com a presença do ministro da Educação e do Desporto, Murilio de Avellar Hingel, do governador do Estado do Rio de Janeiro, Nilo Batista, e do secretário de Educação do Rio de Janeiro.

A FNLIJ recebeu um estande na 2º Feira Nacional do Livro Infanto-juvenil de Ribeirão Preto, onde foi montada uma exposição com os livros premia-dos e altamente recomendáveis da FNLIJ em 92 e 93.

Em parceria com a SEE-RJ, foi organizado o I Congresso de Leitura e Literatura Infanto-Juvenil do Rio de Janeiro, no Instituto de Educação, com mais de 800 participantes. Helenice Moraes, representando a SEE-RJ, e Lucia Jure-ma, representado a AREERJ, foram as responsáveis pelo sucesso de público e pela excelente organização do congresso. Como evento paralelo, foi organizado um encontro com escritores premiados pela FNLIJ e houve a apresentação das obras premiadas pela FNLIJ em 1994, uma exposição sobre o Centro de Docu-mentação e Pesquisa – CEDOP/FNLIJ. Enquanto mesas-redondas aconteciam

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pela manhã, 25 oficinas foram desenvolvidas no per�odo da tarde. Maria José Sottomayor, especialista portuguesa, especialmente convidada para o evento, desenvolveu uma oficina com os professores sobre a relação entre texto e ima-gem no livro infantil.

A entrega aos vencedores do Concurso FNLIJ, Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens do Rio de Janeiro, ocorreu no Salão Portinari do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, uma cerimô-nia cercada de emoção, quando Ana Maria Machado foi escolhida madrinha do projeto por seu entusiasmo com a proposta de valorizar o trabalho daquelas que promovem, muitas vezes, anonimamente, a formação de leitores por meio da literatura.

A editora de literatura infantil e juvenil, Vânia Rezende, representando as editoras Bertrand Brasil e Civilização Brasileira buscou uma parceria com a FNLIJ para organizar um seminário dirigido a professores, bibliotecários e edu-cadores. O seminário A leitura da violência através da literatura foi coordenado por Luiz Raul Machado.

Elizabeth Serra foi entrevistada por Jô Soares, quando falou do traba-lho da FNLIJ.

O jornal do Sindicato Nacional de Editores de Livro, de novembro, publicou entrevista com o presidente da FNLIJ, Prop�cio Machado Alves.

A Fundação MUDES rescindiu o contrato com a FNLIJ que viabilizava a contratação de 8 estagiários.

A FNLIJ terminou o ano de 1994 com 31 mantenedores, dois a mais que em 1993.

INTERNACIONALO Departamento Nacional do Livro, da Fundação Biblioteca Nacional

aumentou o espaço destinado ao Brasil na Feira de Bolonha, comprando um estande de 145m2. A FNLIJ, responsável pela organização da presença brasileira, contou com o apoio de 18 editoras. Elas se fizeram presentes com seus livros e alguns dos seus editores. O catálogo preparado pela FNLIJ apresentou uma seleção de livros e teve como tema Família: companheira na leitura, em comemo-ração ao Ano Internacional da Fam�lia, UNESCO. A FNLIJ também apresentou a exposição Três Autores, Três Ilustradores Brasileiros, sobre os artistas seleciona-dos para o catálogo Who’s Who na América Latina, de 1993, com o apoio da UFRJ. A iniciativa foi de Rui de Oliveira, que trouxe o apoio da universidade. A exposição contou com um belo material com folhetos personalizados para cada autor. Os seis artistas selecionados foram Rui de Oliveira, Angela Lago, Eliardo

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França, Ziraldo, Lygia Bojunga e Ana Maria Machado, que estiveram presentes em Bolonha. Uma prévia da exposição foi apresentada na sede da FNLIJ, no Rio de Janeiro, com a presença de autores e profissionais da área. Além dos seis autores citados, estiveram presentes, em Bolonha, Marina Colasanti e Ruth Rocha, formando o grupo de ouro da literatura brasileira e levando ao estande um número expressivo de interessados em suas obras.

Durante a Feira de Bolonha se reuniu o Comit� de Leitura da União Internacional dos Editores. Elizabeth Serra participou da reunião, representando a FNLIJ.

A FNLIJ encaminhou acervo de livros e material de divulgação para a Sala de Leitura da Biblioteca Pública de São Francisco, EUA, cidade que abrigou a seleção brasileira de futebol.

As Seções Latino-americanas do IBBY se reuniram, de 1º a 13 e agos-to, na Colômbia, a convite da Fundalectura, seção colombiana do IBBY. Partici-param, em Bogotá, de 1º a 5 de agosto, do Seminário Internacional de Literatura Infantil da América Latina e, em Santandercito, de 7 a 13 de agosto, da Reunião das Seções Latino-americanas do IBBY. A reunião buscou um posicionamento de aliança entre as seções do IBBY. Elizabeth D’Angelo Serra representou a FNLIJ.

A FNLIJ teve participação intensa na Feira de Frankfurt 1994, onde o Brasil foi o pa�s homenageado. Coordenou uma série de workshops com autores e ilustradores brasileiros em diferentes bibliotecas da cidade, assim como partici-pou de mesa-redonda sobre O livro para crianças no Brasil. Pela FNLIJ estiveram presentes Elizabeth D’Angelo Serra, Luiz Raul Machado e Claudia de Miranda. A FNLIJ fez um trabalho de mobilização para a presença dos mais de 20 autores presentes na Alemanha. Sete deles tiveram suas passagens pagas pela Editora Melhoramentos. Apesar dos altos custos, todos os outros artistas bancaram suas próprias viagens, considerando-as como investimento profissional. A exposição na Kinder und Jugenbibliothek (popularmente conhecida como KiBi) ganhou o nome de Uma festa para os olhos, batismo feito por Judith Schleyer, bibliotecária brasileira responsável pela parte alemã das atividades com crianças de l�nguas estrangeiras no sistema de bibliotecas de Frankfurt. Ela mediou, junto às escolas e bibliotecas da cidade, a preparação da visita dos nossos autores. O trabalho de Judith foi determinante para o sucesso do encontro com as crianças alemães. Um catálogo preparado pela 46ª Feira do Livro de Frankfurt sobre o Brasil relacionou 320 eventos sobre nosso pa�s e cultura. Desses, 28 eram sobre literatura infantil. O Notícias 12 traz um belo artigo de Luiz Raul Machado, intitulado Invasão Bra-sileira, sobre a presença brasileira em Frankfurt.

Depois de Frankfurt, Elizabeth Serra e outros autores seguiram para a Espanha a fim de participar do 24º Congresso do IBBY, em Sevilha. Quatorze

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brasileiros participaram do congresso. Ana Maria Machado foi uma das confe-rencistas, com a palestra Ideologia e os valores dominantes na literatura para crianças e jovens, tendo sido aplaudida de pé. Roseana Murray e Marilda Casta-nha receberam, na ocasião, os diplomas da Lista de Honra do IBBY. No Notícias 2, de 1995, sob o t�tulo IBBY–Sevilha: uma experiência emocionante, foram pu-blicados os relatos das duas autoras, por Lino de Albergaria e Elizabeth Serra.

1995

NACIONALO Notícias passou a contar com o apoio da Pricewaterhouse. Ricardo

Benevides esteve como estagiário até o número 3, tendo sido substitu�do por Renata Porto Guedes. A supervisão ficou a cargo de Luiz Raul Machado e Ninfa Parreiras e, depois do número 9, de Laura Sandroni. A partir do número 3, Eliza-beth Serra assume como responsável pelo Notícias. Também a partir do mesmo número, o cabeçalho incorpora o logotipo do IBBY.

Em fevereiro, a alemã Lioba Betten, vinda de um evento em Belo Ho-rizonte, apresentou palestra no Arquivo da Cidade. Lioba, coordenadora do projeto Books for All da IFLA (Associação Internacional de Bibliotecários) trouxe sua experi�ncia sobre instalação de pequenas e grandes bibliotecas. O Instituto Goethe apoiou o evento com tradução simultânea. O Notícias 3 publicou pela primeira vez no Brasil o Manifesto da Biblioteca Pública, elaborado pela UNES-CO, em 1994. O manifesto foi entregue à FNLIJ por Lioba.

Foi lançado, no dia 30 de abril, no restaurante Quadrifoglio, no Rio, o catálogo de ilustrações para a Feira de Bolonha, Brazil! A bright blend of colours, quando o Brasil é o pa�s homenageado. Também estiveram expostos os cartazes especialmente criados para a exposição e o cartaz da Feira de Frankfurt sobre a exposição dos autores brasileiros com ilustração de Eliardo França. Vários ami-gos e representantes de instituições estiveram presentes.

No dia 23 de maio a FNLIJ comemorou seu aniversário no Instituto de Educação do Rio de Janeiro com entrega de pr�mios e com a palestra de Ana Ma-ria Machado A Ideologia nos livros infantis, que a autora apresentou, em outubro de 1994, no 24º Congresso do IBBY, em Sevilha. Luiz Raul Machado apresentou a autora, fazendo um discurso emocionado sobre a vida e a obra de Ana.

Foram eleitos os novos Conselhos da FNLIJ para o per�odo de 1995 a 1998. Para o Conselho Curador: Alfredo Weiszflog, Ferdinando Bastos de Souza, Gisela Bluhm, José Bantim, Maria Antonieta Cunha e Sérgio Abreu Machado. Empossado, o Conselho Curador nomeou os novos Conselhos Diretor, Fiscal e Consultivo, a saber: Conselho Diretor: Propicio Machado Alves (Presidente), Lau-ra Sandroni, Ricardo Augusto Pamplona Vaz; Conselho Fiscal: Henrique Luz, José Elias Salomão, Terezinha Saraiva, Paulo Adolfo Aizen, Marcio Tavares do Amaral e Maria do Carmo Pinheiro; Conselho Consultivo: Ana Lygia Medeiros, Antonio

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Carlos Gomes da Costa, Celina Rondon, Edmir Perrotti, Eliana Yunes, Ezequiel Theodoro da Silva, Geraldo Jordão Pereira, José Midlin, José Raimundo Romeo, Lucia Jurema Figueirôa, Maria Alice Barroso, Maura Sardinha, Paulo Protásio, Paulo Rocco, Regina Yolanda Werneck, Vitor Musumessi e Wladimir Murtinho.

A organização da VII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro doou dois estandes para a FNLIJ, onde foi instalada a Biblioteca Infantil Modelo. A novidade ocorrida no estande da FNLIJ foi a realização da primeira performan-ce dos ilustradores, que recebeu o t�tulo Vinte maneiras de ler um livro, murais pintados ao vivo por ilustradores de livros infantis (Ivan Zigg, Regina Yolanda, entre outros). A idéia surgiu de uma conversa com o ilustrador Ivan Zigg sobre a necessidade de valorizar a ilustração dos livros infantis e juvenis como expressão de arte. Ivan conseguiu papelão para servir de base e os artistas levaram seus instrumentos de trabalho. Foi uma experi�ncia diferente também para os ilustra-dores. Os painéis ilustrados ficaram expostos na Biblioteca Infantil Modelo da FNLIJ, situada no Instituto de Educação do Rio de Janeiro. A experi�ncia repetiu-se em 1999, quando a FNLIJ realizou o seu 1º Salão do Livro para Crianças e Jovens, tornando-se uma das marcas do evento. No estande da FNLIJ na Bienal foram distribu�dos folhetos sobre o projeto Semente da Leitura, proposta da FNLIJ de assessoria a escolas para promoverem a leitura e constru�rem bibliotecas atu-alizadas com obras de qualidade.

A entrega do Pr�mio FNLIJ ocorreu durante a VII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Dez editoras, oito ilustradores, sete autores e tr�s tradutores foram contemplados com o Pr�mio FNLIJ.

Em parceria com a Associação dos Ilustradores do Rio de Janeiro, a FNLIJ também organizou para a Bienal a mesa-redonda A nova imagem do livro infantil, que proporcionou uma interessante discussão sobre ilustração nos livros infantis.

Como evento paralelo da Bienal, a FNLIJ, o Instituto Goethe do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura e Lazer do Rio de Janeiro, apresen-taram a exposição Na imagem a viagem, de livros infantis alemães e brasileiros que ficou exposta, durante todo o m�s de agosto, na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro.

No dia 3 de agosto a FNLIJ participou do programa Um Salto para o Futuro, da TV Educativa do Rio de Janeiro. A apresentadora Jacira Lucas recebeu Elizabeth Serra, Rosa Maria Ferreira, representante da FNLIJ no Maranhão, além de Márcia Feldman e Márcia Leite.

A FNLIJ participou, nos dias 17 a 21 de julho, do 10º COLE, Con-gresso de Leitura da Associação de Leitura do Brasil (ABL-UNICAMP), de maneira nova. A convite de Luis Percival Britto, presidente da ABL, organizou um encontro como parte da nova programação do Congresso que propunha a participação

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direta de colaboradores de várias partes do pa�s realizando Encontros Internos. O Encontro da FNLIJ teve o t�tulo A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil a serviço da leitura, com a apresentação de cinco palestras e um painel. Sob a coordenação de Elizabeth D’Angelo Serra, participaram Nilma Lacerda, Danuse Vieira, Beatriz Dusi, Ira�des Coelho, Ma�sa Aleksandravicius, Christiane Mello, Maria das Graças Monteiro e Maraney Freire.

A secretária-geral Elizabeth D’Angelo Serra representou também a FNLIJ em outros eventos, apresentando palestras distintas. Listamos abaixo algumas delas:

• O jogo do livro infantil – encontro de trabalho e algazarra, do Cen-tro de Alfabetização, Leitura e Escrita – CEALE, da Faculdade de Educação da UFMG.

• 47º Congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci�ncia – SBPC (em São Lu�s, Maranhão), de 9 a 14 de julho, com o tema: A Bi-blioteca como Espaço de Formação do Leitor. A exposição Brazil! A bright blend of colours esteve exposta na Biblioteca Pública Benedito Ferreira Leite, por convite da sua diretora Rosa Maria, representante da FNLIJ.

• V ASSEL-RIO – Associação de Estudos de Linguagem do Rio de Ja-neiro – Congresso com o tema: Estudos da Linguagem: Memórias, Atualidades e Perspectiva, no Instituto de Letras da Universidade Fe-deral Fluminense.

• Paixão de Ler – Rio de Janeiro, de 24 a 31 de outubro – Organi-zação e participação do encontro Vivências de Literatura Infantil e Juvenil, no Centro Calouste Gulbenkian.

A assinatura de novo conv�nio com a Secretaria de Educação do Es-tado do Rio de Janeiro possibilitou a continuidade do tratamento de informati-zação de aproximadamente 10.000 registros de obras do acervo da FNLIJ, no IERJ. Neste ano, cerca de 3.000 t�tulos e 6.000 exemplares do acervo referentes aos anos de 1991 e 1994 receberam tratamento técnico. A Biblioteca Infantil Modelo FNLIJ, localizada também no IERJ, fechou o ano com um acervo de mais de 1.648 volumes, graças à inserção de cerca de 200 novas obras, todas devidamente registradas, catalogadas e classificadas. Com um atendimento es-pecializado, os alunos do IERJ (uma média de 100 usuários por dia) puderam contar com o serviço de empréstimo domiciliar, através do qual foram retirados, em média, 85 livros por dia.

Sob a coordenação de José Inácio Parente, Ninfa Parreiras representou a FNLIJ com a palestra Literatura infantil e juvenil no Brasil, do evento Exposição Artes do Livro, do CCBB.

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Laura Sandroni e Elizabeth Serra participaram do Encontro de Escri-tores do Mercosul, da mesa Proposta para uma ação integrada dos países do Mercosul. O evento ocorreu em São Paulo, de 4 a 6 de dezembro.

INTERNACIONALUma importante conquista do esforço brasileiro da FNLIJ que contou

com o apoio decisivo dos editores, escritores e ilustradores, da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério das Relações Exteriores e de todos que direta ou indireta-mente trabalham e colaboram com a FNLIJ, foi a aceitação da proposta apresenta-da pela FNLIJ para que o Brasil fosse o pa�s homenageado na Feira de Bolonha.

A proposta para a presença brasileira surgiu em 1994, durante a Feira de Bolonha, quando Elizabeth D’Angelo Serra se reuniu com a diretora da feira, Francesca Ferrari, juntamente com Ana Maria Machado e Ziraldo, que criaram o t�tulo Brazil! A bright blend of colours e o conceito do que veio a ser a exposição de ilustradores. A programação visual da exposição e do catálogo foi feita por Christiane Mello e Marcelo Ribeiro, com um pião colorido que representa a mis-tura de cores brasileira. Para a confecção do catálogo de ilustrações, que reúne 90 ilustrações, de 30 artistas, Elizabeth Serra convidou Laura Sandroni, Maria Antonieta Cunha e Regina Yolanda para fazerem os textos de abertura. A Editora Ática publicou o belo catálogo todo a cores. O convite para a exposição foi uma peça em terceira dimensão, que ao abrir fazia saltar o pião, s�mbolo da expo-sição. A peça do convite recebeu os maiores elogios do responsável por toda a parte gráfica da Feira, o professor Lanza. O estande brasileiro foi adquirido pela Fundação Biblioteca Nacional por intermédio do Departamento Nacional do Livro. A Câmara Brasileira do Livro cuidou da remessa e administração dos livros para Roma e o consulado brasileiro apoiou o transporte dos livros para Bo-lonha. Além dos estandes comprados pelo Brasil, a Feira de Bolonha doou mais 2 estandes, onde foi poss�vel expor a mostra levada para a Feira de Frankfurt. A FNLIJ contou ainda com verba do Ministério da Cultura e recursos indiretos da Ática, Ripasa, Banco BRJ e FBN.

Participaram do estande brasileiro 23 editoras de literatura infantil e ju-venil. Elizabeth Serra representou a FNLIJ. Também estiveram presentes Christiane Mello e Marcelo Ribeiro, que conceberam a exposição. Além de responsáveis pela montagem da exposição estiveram recebendo os visitantes no amplo espaço da entrada da feira onde estavam as ilustrações.

O embaixador do Brasil, em Roma, Rubens Ricupero, esteve presente na abertura da exposição e ficou muito impressionado com a produção editorial brasileira para crianças.

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O Notícias 6 traz ampla reportagem sobre a presença brasileira em Bolonha.

A exposição Brazil! A bright blend of colours foi coroada de sucesso e atravessou a Europa, indo para Estocolmo, Suécia, em setembro e em de-zembro para Quito, no Equador. Helena Vermcrantz, bibliotecária brasileira que vive na Suécia, foi a responsável por levar a exposição para a Feira do Livro de Gotemburgo e teve o apoio do Instituto do Livro Infantil Brasileiro, sob sua coordenação. Ana Maria Machado, Angela Lago, Ciça Fittipaldi e Ziraldo esti-veram presentes como convidados. Em Quito, a exposição foi patrocinada pela embaixada do Brasil no Equador e foi montada no Colégio de Arquitetos, como parte das atividades da II Jornada de Desenho Gráfico. Ana Maria Machado representou a FNLIJ no evento, com uma palestra na Universidade Católica com artistas especializados em ilustração de livros sobre fauna e flora e uma oficina sobre ilustração e editoração.

Também viajou a exposição O livro para crianças no Brasil, apresen-tada em Frankfurt/1994 e na Colômbia, em maio, na VIII Feira Internacional do Livro de Bogotá. Elizabeth Serra participou representando a FNLIJ. Estiveram presentes como convidados da Feira Marina Colasanti, Angela Lago, Eva Furnari, Ana Maria Machado e Ziraldo.

Maria Antonieta Antunes Cunha foi indicada pela FNLIJ para ser nova-mente membro do júri do Pr�mio Hans Christian Andersen do IBBY.

A FNLIJ selecionou os trabalhos de ilustradores brasileiros para con-correrem aos pr�mios da Bienal de Ilustradores de Bratislava, 1995. A ilustradora Angela Lago recebeu a BIB Plaque, pelas ilustrações do livro Cena de rua. Eliza-beth D’Angelo Serra representou a FNLIJ no evento e fez parte da mesa-redonda A ilustração como valor, no Simpósio Internacional de Ilustração.

A FNLIJ promoveu a divulgação no Brasil do II Encontro Ibero-america-no de literatura para Crianças e Jovens, de 4 a 9 de dezembro, em Havana, pro-movido pela seção cubana do IBBY, sob a presid�ncia de Emilia Gallego. Nilma Lacerda, atra�da pela programação, foi por conta própria e a FNLIJ nomeou-a representante da FNLIJ. A ida de Nilma contribuiu para fortalecer o in�cio de uma longa e bela história entre as seções do IBBY de Cuba e do Brasil. O escritor Rogério Andrade Barbosa também foi prestigiar o evento.

1996

NACIONALO informativo mensal Notícias, com maior número de páginas, deve

sua transformação à PriceWaterhouse, que através de um de seus diretores, Hen-rique Luz, engajou-se também como mantenedora, defendendo os objetivos ins-titucionais da FNLIJ. A equipe ganhou o estagiário Paulo Chico Garcia Paes.

A partir do número 5 o Notícias passa a usar o novo logotipo da FNLIJ e insere as cores azul e amarelo nas suas páginas.

Um dos primeiros resultados do esforço de Silvia Castrillon à frente da Fundalectura, seção colombiana do IBBY que reuniu na Colômbia as seções lati-no-americanas, foi a criação da Revista Latino-Americana de Literatura Infantil e Juvenil. Reproduzimos abaixo parte do texto de apresentação do nº1 da Revista.

“Um dos temas debatidos com mais profundidade pelos participantes na Reunião de Seções Latino-americanas do IBBY, que se realizou em Villa Leyva, Colômbia, em agosto de 1994, foi a necessidade de fomentar na região os estudos cr�ticos e pesquisas relacionadas com a literatura e os livros para crianças e adoles-centes. Dentre os acordos planejados naquela ocasião estava a criação da publica-ção especializada Revista latino-americana de literatura infantil e juvenil (RELALIJ), de periodicidade semestral, cujo primeiro número foi lançado em maio de 1995.

Faltava em nosso âmbito uma revista dedicada de forma exclusiva à análise e promoção das obras e criadores da literatura infantil e juvenil. Esta pu-blicação, produto do IBBY latino-americano, propõe-se a preencher esse espaço e contribuir, dessa maneira, para a melhor divulgação dos autores e obras da América Latina.

Em cada número daremos �nfase a um pa�s diferente. Esta edição inicial da Revista latino-americana de literatura infantil e juvenil é dedicada ao Brasil, como reconhecimento não só da riqueza de sua literatura para crianças e jovens, como também de sua destacada trajetória nos estudos cr�ticos e pesqui-sas de significativo valor.”

Com o apoio da conselheira Maria Antonieta, a FNLIJ conseguiu pu-blicar o 1º número da RELALIJ em portugu�s, pela Revista Leitura, da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte. A tradução foi de Ninfa Parreira.

A FNLIJ comemorou os seus 28 anos com imagem nova. A nova logo-marca da FNLIJ, criada por Christiane Mello e Marcelo Ribeiro, foi apresentada

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no Teatro Adolpho Bloch. A parceria com a Bloch se deu por intermédio de Anna Maria Rennhack, que era a diretora de Bloch Educação.

A Fundação Biblioteca Nacional comprou tr�s estandes na Feira de Bolonha e a FNLIJ organizou a presença brasileira dos editores produzindo um catálogo com a lista dos premiados pela FNLIJ em 1994 e uma pré-seleção dos melhores de 95. Também produziu matéria sobre Ana Maria Machado e Ciça Fit-tipaldi, indicadas pela FNLIJ para o Pr�mio Hans Christian Andersen de 1996.

Elizabeth D’Angelo Serra, representando a FNLIJ, foi convidada a par-ticipar de 2 programas para a TV sobre Literatura Infantil e Juvenil a saber:

• elaboração de conteúdo, acompanhamento e participação ao vivo em conjunto com Márcia Feldman, apresentadora do programa Salto para o Futuro, da TVE, com uma série sobre literatura infantil, dentro de um programa interativo, em rede nacional para 30.000 professores;

• elaboração de conteúdo e acompanhamento da série Literatura In-fantil, produzida pela MultiRio e veiculada pela Rede Bandeirantes, num projeto de educação a distância da Secretaria de Educação do Munic�pio do Rio de Janeiro.

Foi assinado o segundo aditivo ao conv�nio com a SEE/RJ para o ter-ceiro ano de parceria e perman�ncia no Instituto de Educação do Rio de Janeiro, IERJ.O CEDOP se manteve em funcionamento cuidando de revistas e documen-tos e aberto aos sócios, para pesquisa, durante todo o ano de 1996.

Por meio do Projeto de Continuidade do CEDOP com verba do PRONAC/MINC foi poss�vel reorganizar os periódicos nacionais e estrangeiros, inventário do acervo, resenhas dos livros Altamente Recomendáveis FNLIJ 1995, informati-zação dos documentos técnicos e atualização do catálogo referencial.

A FNLIJ, representada por Elizabeth Serra, esteve presente, na reunião da Câmara Setorial do Livro, realizada em São Paulo em 26 de março; nos dias 2 e 3 de junho, na Casa da Leitura, no Rio de Janeiro. Elizabeth compôs o Grupo de Trabalho I, que discutiu os subtemas Políticas e Programas de Leitura e Valorização da Leitura nos dias 13 e 14 de maio, na Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo. No Notícias 6, há uma matéria intitulada Governo Federal cria a Câmara Setorial do Livro.

Em setembro, Elizabeth D’Angelo Serra foi convidada, pelo presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Eduardo Portella, a participar da coordenação do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, permanecendo até dezembro de 2002. Ela atuou como coordenadora da comissão por todo o per�odo e atuando na função de secretária-geral da FNLIJ, o que possibilitou divulgar nacionalmente o trabalho da FNLIJ e integrar as duas ações que visam ao mesmo fim. No car-go, foi responsável pela instalação das duas bibliotecas da Casa da Leitura, que recebeu orientação direta da FNLIJ por meio de sua bibliotecária Maraney Freire

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Costa. A seleção de livros comprados para as bibliotecas foi também feita pela FNLIJ como colaboração.

A FNLIJ trouxe para o Brasil, imediatamente depois da realização da Feira de Bolonha, onde houve a exposição O Jardim Secreto, organizada pela Feira para celebrar os 30 anos da Mostra de Ilustradores. A exposição se deu no saguão do Edif�cio Adolpho Bloch, a partir do dia 20 de maio e contou com o apoio e parceria da Bloch Educação (que comemorava seus 25 anos), por intermédio de Anna Maria Rennhack. Outros apoios foram decisivos para que a FNLIJ pudesse realizar o evento: Livraria Martins Fontes Editora; Banco BRJ; Istituto Italiano di Cultura; FUNARTE e Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro. Essa exposição, com originais de 30 ilustradores estrangeiros premiados pela Feira de Bolonha, foi organizada por sua diretora, Francesca Ferrari, em parceria com Kyoko Matsuda, Japão. Os ilustradores Carme Solé Vendrell, David Mckee, Max Vethuijs e Roberto Innocenti, acompanhados do editor Klaus Flug-ge, da Andersen Press, de Londres, foram convidados pela FNLIJ para o evento e participaram de palestras e oficinas oferecidas aos ilustradores brasileiros. A exposição foi acompanhada de original e bel�ssimo catálogo (portfólio). Na oca-sião, também foi apresentada a exposição Brasil! Uma brilhante mistura de cores, preparada para a Feira de Bolonha 1995. No Notícias 7, há uma matéria com as impressões dos ilustradores estrangeiros sobre a visita ao Rio.

No dia 23 de maio, dia do aniversário da FNLIJ, no Teatro Bloch, ocor-reu a cerimônia de entrega dos Altamente Recomendáveis da FNLIJ, sendo pres-tada uma homenagem à Sylvia Orthof, que esteve presente. Ao final foi oferecido pela Bloch um bel�ssimo coquetel, quando os amigos puderam confraternizar e celebrar a data.

Organização da exposição Letras e imagens dos 8 aos 80, com repro-duções de ilustrações de renomados ilustradores brasileiros, no Centro Cultural Gama Filho, no Rio de Janeiro. Heloisa Alves, da ARCO, foi a responsável pelo projeto da exposição e por mediar o contato com o CCGF.

A entrega do Pr�mio FNLIJ ocorreu durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em cerimônia especial, no dia 14 de agosto. Os 36 votantes avaliaram 682 livros recebidos pelo CEDOP-FNLIJ; escolheram 137 como Alta-mente Recomendáveis e 11 como premiados.

Elizabeth Serra participou dos seguintes eventos, representando a FNLIJ:• Seminário Ensino Básico na América Latina, Experiências, Reformas,

Caminhos, do Programa de Reforma Educativa para a América Latina – PREAL, da DEMEC RJ, com a palestra A leitura como o mais básico dos instrumentos.

• Congresso Internacional Cidade e Educação na Cultura pela Paz, no Rio de Janeiro, organizado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

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A participação no Paixão de Ler, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, se deu por meio das atividades realizadas na Biblioteca Infantil Modelo FNLIJ e do CEDOP, instalados no Instituto de Educação do Rio de Janeiro com a coordenação de Maraney Freire, bibliotecária-chefe da FNLIJ.

Laura Sandroni participou da mesa-redonda Literatura infantil, a pro-dução e a escola, na UERJ, a convite da professora Raquel Villardi, coordenadora da Pós-graduação em educação.

O escritor cubano Joel Franz Rosell esteve visitando a FNLIJ.O Notícias 12, traz o editorial intitulado Em tempo de parcerias, regis-

trando um ano de muitas ações e anunciando um novo momento.

INTERNACIONALParticipação na Feira do Livro Infantil de Bolonha, em abril, em parce-

ria com a Fundação Biblioteca Nacional /Departamento Nacional do Livro, Câ-mara Brasileira do Livro, Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores e editores brasileiros. Foi realizada uma mesa-redonda sobre Monteiro Lobato (FBN/DNL), com a presença de Elmer C. Barbosa, Ana Maria Machado, Ciça Fittipaldi, João Maia, Eliana Yunes e Laura Sandroni, por ocasião do lançamento do Pr�mio Monteiro Lobato, criado pela FBN. Estiveram representando a FNLIJ: Elda Nogueira, Elizabeth D’Angelo Serra, Laura Sandroni e Ninfa Parreiras.

De 5 a 26 de novembro, a exposição Brazil! A bright blend of colours, organizada para a Feira de Bolonha 95 e O Livro para Crianças no Brasil, or-ganizada para a Feira de Frankfurt 94, foram levadas para Lisboa, com o apoio da Fundação Maria Ulrich, por iniciativa da especialista em literatura infantil e juvenil Maria José Sottomayor. A exposição foi instalada no belo Palácio da Independ�ncia, no centro de Lisboa tendo sido visitada por escolas da cidade. Foram convidadas a ir a Lisboa: Elizabeth D’Angelo Serra, Christiane Mello e Marcelo Ribeiro, pela FNLIJ, além das ilustradoras Angela Lago e Eva Furnari. Foi produzido um belo folder especialmente para o evento, com tiragem de 7.500 exemplares.

Ciça Fittipaldi, foi indicada pela FNLIJ para participar em maio, na Venezuela, de uma oficina de ilustração, organizada pelo Banco Del Libro, seção venezuelana do IBBY.

A FNLIJ indicou o ilustrador Roger Mello, para ilustrar a tradução ale-mã de Terra dos meninos pelados, de Graciliano Ramos.

1997

NACIONALO Notícias de 97 continua tendo Laura Sandroni como supervisora

e a partir do número 7 ela passa a fazer a revisão. Luciana Sandroni substitui Paulo Chico na redação. No número 11, a FNLIJ introduz o Suplemento que passa a publicar artigos ou resumos de teses, sobre literatura infantil e juvenil ou leitura. O primeiro artigo publicado é de Rosa Maria Cuba Riche: O Feminino na literatura infantil e juvenil brasileira: poder, desejo e memória. Iniciada a partir do Notícias 5 de 1996, a coluna Recomendações continuou durante todo o ano. Ninfa Parreiras escreveu as resenhas dos livros escolhidos pela equipe da FNLIJ.

A Editora Bloch, motivada com a exposição Jardim Secreto realizada pela FNLIJ no Edif�cio Bloch, em 1996, fez Anna Maria Rennhack, editora da Bloch Educação, valorizar a criação brasileira na área de literatura infantil. Para isto, criou, em 1996, o Prêmio Bloch Educação – 25 anos. Foram recebidos 259 t�tulos, de 43 editoras. O livro vencedor foi O Menino do Rio Doce, publicado pela Cia das Letrinhas, com texto de Ziraldo e ilustrações das irmãs Dumont. A cerimônia da entrega do Pr�mio foi na Editora Bloch e consistiu em viagem para a Feira de Bolonha. Receberam ainda menções honrosas Angela Lago, pelo livro Uma Palavra Só, da Editora Moderna e Roger Mello, pelo livro Maria Teresa, da Editora Agir. Fizeram parte do júri além de Anna Maria Rennhack, Lilia Alves, do Sindicato Nacional de Editores de Livros, Cec�lia Sobreira, da Fundação de Apoio ao Estudante – FAE, Elizabeth Serra, da FNLIJ e Fernando Barbosa Lima, do jornal da TV Manchete. O Notícias 3 publicou entrevista com Anna sobre o pr�mio.

A FNLIJ e a Empresa de Marketing Cultural criaram o projeto Ateli� do Artista, que contou com o patroc�nio do Jornal O Dia. O objetivo do projeto, que unia a educação e a cultura, foi o de promover o encontro do aluno com os escritores e ilustradores de livros infantis. O 1º Ateliê do Artista aconteceu na quadra da Escola de Samba União da Ilha do Governador, com mais de 3.500 crianças da 1ª à 4ª séries, de 30 escolas da rede municipal de ensino da Cidade do Rio de Janeiro. Os professores das escolas foram convidados a participar de uma reunião com a FNLIJ especialmente planejada para orientá-los quanto à visita ao Ateliê, a fim de contribuir para o trabalho de preparação das crianças para o encontro com os artistas. Visando contribuir para que a literatura estivesse presente na casa das crianças, um dos diferenciadores do projeto foi presentear

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cada criança com um livro contendo a dedicatória do escritor e do ilustrador. O projeto inclu�a também um concurso de textos e ilustrações. Como produto final, foi elaborado um livro sobre o projeto com declarações dos organizadores, dos artistas e das crianças que participaram do projeto. A responsável pelo projeto foi Elizabeth Serra.

A Editora Bloch mais uma vez este ano, foi parceira da FNLIJ ofere-cendo o Teatro Adolpho Bloch para comemorar o aniversário da Fundação em maio. Na oportunidade foi feita a entrega dos certificados para os livros Altamen-te Recomendáveis FNLIJ/96, quando o compositor Braguinha esteve presente. Elizabeth Serra agradeceu a Ana Bentes Bloch e a Anna Maria Rennhack pelo apoio. Foi prestada uma homenagem a Prop�cio Machado Alves.

No dia 3 junho, novamente contando com apoio da Bloch Educação, foi inaugurada, no Edif�cio Adolpho Bloch, uma exposição de 150 reproduções fotográficas de ilustrações internacionais da Mostra de Ilustradores de Bolonha 97, doadas para a FNLIJ pela Feira de Bolonha.

No dia 12 de junho, a Bloch Educação comemorou seus 26 anos, e em cerimônia Anna Maria Rennhack homenageou Anna Bentes pelo seu trabalho na editora e Elizabeth Serra pelo trabalho de promoção da leitura.

A FNLIJ foi responsável pelo I Seminário de Literatura para Crianças e Jovens, no 11º COLE, organizado pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), de Campinas, SP, de 15 a 18 de julho. O seminário faz parte de um dos sub-temas sobre leitura que configuram a nova fase do Congresso de Leitura (COLE), com seminários independentes integrando uma programação comum. A coordenação do seminário da FNLIJ ficou a cargo de Elizabeth D’Angelo Serra. Participaram 360 pessoas. A proposta do seminário foi analisar as tr�s ultimas décadas da produção de LIJ no pa�s. O texto-base foi de Ana Maria Machado, A ideologia e o livro infantil. As confer�ncias do seminário foram dadas por Ana Maria Macha-do, Ruth Rocha, Laura Sandroni, Maria Antonieta Cunha, Maria da Glória Bor-dini, Ana Lucia Brandão, Nilma Lacerda, Graça Paulino, Ricardo Azevedo e Ciça Fittipaldi. A FNLIJ esteve também presente no estande da ALB podendo atender ao número expressivo de professores e bibliotecários interessados em conhecer melhor a FNLIJ. Para fortalecer o trabalho pela democratização da leitura, a ALB e a FNLIJ resolveram iniciar uma campanha de associação cruzada. Quem se associasse a FNLIJ estaria associado ao COLE e vice-versa.

A Seleção Anual da FNLIJ, que culmina com o Pr�mio FNLIJ, incorpo-rou neste ano algumas novidades em seu processo tais como a criação do Acer-vo Básico (obras não consideradas para a lista dos Altamente Recomendáveis, mas que possuem alguma qualidade) e a categoria Reedições (obras antigas, reeditadas com novo ilustrador ou nova capa).

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Os certificados do Pr�mio FNLIJ 96 foram entregues no dia 16 de agosto, na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. No dia anterior a FN-LIJ recebeu o Pr�mio Jabuti Amigo do Livro, da Câmara Brasileira do Livro. Após a cerimônia da entrega de pr�mios, a FNLIJ recebeu os convidados para um coquetel em seu estande, cedido pelo SNEL e pela Fagga Eventos. O coquetel foi uma gentileza das editoras premiadas: Cia das Letrinhas, Agir, RHJ, Miguilim, Projeto, Dimensão, Ática, Martins Fontes e L&PM.

O aditivo do conv�nio com a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEE-RJ) viabilizou mais um ano de trabalho do CEDOP. O Centro se manteve em funcionamento cuidando de revistas e documentos e esteve aberto aos sócios para pesquisa no Instituto de Educação do Rio de Janeiro durante todo o ano de 1997. Na Biblioteca Infantil Modelo, situada no Instituto de Educação, sob a coordenação de Maraney Freire, chefe do CEDOP, foram registrados e catalogados 543 livros, ampliando o acervo da Biblioteca com uma média de empréstimos domiciliares aos alunos da escola de 150 livros por dia. A Biblioteca desenvolveu diversas atividades, dentre as quais destacamos os projetos Ziraldo: exposição, levantamento bibliográfico, biografia e leitura de histórias e Monet: pesquisa, exposição de livros e biografia.

A SEE-RJ solicitou à FNLIJ uma seleção de 1.200 t�tulos para orientar a compra de livros de 145 escolas com bibliotecas-pólo, em uma feira de livros, na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro. Os acervos selecionados pela FNLIJ foram para a pré-escola; 1ª à 4ª séries do 1º grau; 5ª à 8ª séries do 1º grau; 2º grau; leituras para o professor; livros para consultas e pesquisas (refer�ncias).

O Concurso Melhores Programas de Incentivo à Leitura a Crianças e Jovens, criado em 1994 pela FNLIJ, foi retomado. Elizabeth D’Angelo Serra, se-cretária-geral da FNLIJ, membro da comissão Coordenadora do PROLER, propôs que o concurso da FNLIJ, com somente uma edição ocorrida em 1994, fosse reto-mado em uma parceria com o PROLER para apresentarem juntos o 2º Concurso. Com a parceria foi poss�vel ampliar a área de abrang�ncia para todo o pa�s e o concurso passou a ser realizado anualmente. A comissão julgadora do concurso foi formada por Jane Paiva e Percival Leme Brito, do PROLER; C�nara Dias e So-nia Moreira, do Ministério da Educação; Giselda Brasil, do Sistema Nacional de Bibliotecas / FBN; Laura Sandroni e Elizabeth D’Angelo Serra, da FNLIJ. Foram analisados 135 projetos enviados de todas as regiões do Brasil (19 estados e 46 munic�pios). No dia 22 de abril, véspera do Dia Mundial do Livro, o presidente Fernando Henrique Cardoso, anunciou o concurso no programa Palavra do Pre-sidente e na Hora do Brasil, destacando que já estava mais do que na hora de o governo começar a se preocupar com a leitura no pa�s. No dia 23, o ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, reforçou as palavras do presidente.

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O programa Leia Professor, Leia, do PROLER, encaminhou material da FNLIJ para integrar o Kit enviado a 20 comit�s do PROLER que indicaram 180 escolas para receb�-lo. Do kit fizeram parte os anais dos tr�s Congressos da FNLIJ e materiais informativos. Além disto, as 180 escolas receberam o Notícias da FNLIJ, por 1 ano.

A FNLIJ e Ana Maria Machado foram convidadas a participar da cerimônia de recepção ao imperador do Japão Akihito e à imperatriz Michiko, oferecida pelo governador Marcello Alencar, no Palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. O encontro da imperatriz com Ana Maria e Elizabeth Serra foi uma solicitação da própria imperatriz, que é escritora e tradutora de literatura infantil e juvenil e conhecedora do trabalho do IBBY. A seção japonesa do IBBY encaminhou ao cerimonial no Rio o pedido da imperatriz. No encontro com as duas brasileiras, a imperatriz dispensou a intérprete se comunicando diretamente em ingl�s.

Elizabeth D’Angelo Serra participou, como consultora, pela FNLIJ, de programas de incentivo à leitura e divulgação de livros de literatura infantil e juvenil, no Canal Futura, nos programas: Tirando de Letra, para jovens sobre literatura, e Nota Dez, para professores.

O Notícias 9 dedicou matéria especial a Sylvia Orthof, que faleceu em julho. Leo Cunha escreveu um emocionado depoimento sobre Sylvia. Foi pu-blicada uma bibliografia com as suas principais obras e dois pequenos poemas inéditos da autora que reproduzimos aqui:

Se eu me forVou de bagagemSem ter malaE compromissoVou de anjoSem ter asaVou morandoSem ter casaVou medirO infinito.

Hoje sou mais ontemE me resvaloEm pensamentoE lembrançaVirei criança

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INTERNACIONALFoi realizada mais uma seleção dos trabalhos de ilustradores brasi-

leiros para participarem da Bienal de Ilustrações de Bratislava 1997. Marilda Castanha foi indicada pela FNLIJ para participar do workshop de ilustradores em Bratislava, dirigido aos artistas da América Latina.

O Notícias 11 divulgou o lançamento do livro The best children’s books in the world, da editora Byron Press, que incluiu o livro Cena de rua, de Angela Lago.

O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Eduardo Portella ga-rantiu novamente a participação do Brasil, na 34ª Feira de Bolonha, em abril, por meio do Departamento Nacional do Livro, tendo à frente Elmer Barbosa. A FBN comprou o correspondente a quatro estandes (128m²) oferecendo um am-plo espaço para exposição e recepção aos interessados. O layout do estande foi feito novamente este ano por Heloisa Alves, da Arco. A CBL administrou o envio de livros e a embaixada do Brasil em Roma, por intermédio do conselheiro João Batista Cruz, cuidou do envio dos livros e das placas com o nome das editoras. Além disto, foram enviados materiais de divulgação do Brasil para distribuição aos visitantes pela chefe do setor de Imprensa e Divulgação, Susan Kleeban-ck. Participaram do estande coletivo 18 editoras que viabilizaram os custos de montagem e recepção. O catálogo da FNLIJ foi apresentado no Brazilian Book Magazine, da FBN e publicado pela Ediouro, com capa de Elizabeth Teixeira, do livro A torre encantada. Pelo pr�mio de literatura infantil do Bloch Educação – 25 anos, estiveram presentes Anna Maria Rennhack e Marilu Dumont, representando as irmãs bordadeiras, que ganharam o pr�mio de ilustração no livro O Menino do Rio Doce, de Ziraldo, que não pôde estar presente. Elizabeth Serra repre-sentou a FNLIJ e foi acompanhada de Ninfa Parreiras. Maria Lizette dos Santos esteve representando a FBN.

Jean Perrot, professor de Literatura Comparada da Universidade Paris 13 e diretor do Instituto Charles Perrault, esteve em São Paulo em junho, a convite de Edmir Perrotti. Aproveitando sua vinda ao Brasil, a FNLIJ entrou em contato com Edmir e com o apoio do PROLER convidou o professor Perrot para uma visita ao Rio de Janeiro, quando ele se apresentou na Casa da Leitura para uma palestra e visitou a sede da FNLIJ. Depois, seguiu para Belo Horizonte a convite de Maria Antonieta Cunha.

De 10 a 14 de novembro, Nilma Lacerda esteve no IV Encontro Ibe-roamericano de Literatura para Niños Y Jovenes, em Cuba, representando nova-mente a FNLIJ. Também esteve presente Bartolomeu Campos de Queirós. Nilma apresentou o trabalho Plumas y Malestar en la Literatura Brasileña e foi convidada a encerrar o encontro. Bartolomeu, segundo as palavras de Nilma, seduziu a

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platéia com a conversa simples e encantada que é uma de suas marcas pessoais. Durante o evento realizou-se o 2º Encontro das Seções Regionais Latino-Ameri-canas do IBBY. Na oportunidade foi criada a Cátedra Mirta Aguirre de Literatura para Niños y Jovenes, tendo como vice-coordenadora a Nilma, representando também a FNLIJ.

Ainda em novembro, Elizabeth D’Angelo Serra, participou da Confe-r�ncia Internacional de Leitura, no Egito, a convite da UNESCO, representando o governo brasileiro, por indicação da Secretaria do Livro e da Leitura, do Minis-tério da Cultura.

1998

NACIONALO Notícias continua com a mesma equipe. Em comemoração aos 30

anos da FNLIJ, a primeira página do Notícias 5, do m�s de maio, aniversário da FNLIJ, foi colorida, com ilustração de Helena Alexandrino, feita especialmente para a FNLIJ. Além disto, o logo da FNLIJ ganhou uma caracterização pelos 30 anos, o presidente da FNLIJ, Prop�cio Machado Alves, escreveu um contundente editorial, vários autores registraram belos depoimentos. Há também um artigo sobre as ações da FNLIJ e o Suplemento, de número 3, foi escrito por Laura Sandroni sobre A História da Literatura Infantil nos 30 anos da FNLIJ. Na última página do mesmo Notícias, há uma foto com a equipe da FNLIJ. No ano, foram publicados os Suplementos de 2 ao 6.

A cerimônia de entrega dos pr�mios aos vencedores do II Concurso FNLIJ/PROLER dos Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil, em parceria com o PROLER, foi realizada no dia 3 de março, no saguão da Biblioteca Nacional, e teve o apoio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação/FNDE/MEC. O presidente da Fundação Biblio-teca Nacional, Eduardo Portella, abriu a cerimônia. Em seguida Elizabeth Serra registrou que a cerimônia era a primeira da comemoração dos 30 anos da FNLIJ e prestou homenagem a Ana Maria Machado, eleita madrinha do concurso, na sua primeira edição em 1994, e a Laura Sandroni. O edital para o III Concurso FNLIJ/PROLER foi lançado no final do ano.

Por meio do projeto Semente de Leitura, a FNLIJ prestou assessoria para montagem de uma biblioteca escolar em Teófilo Otoni, MG, na Aprender, Produzir Juntos – APJ; e no Rio de Janeiro, na Creche Terezinha Amorim. O pro-jeto foi criado para apoiar escolas na criação de bibliotecas e seleção de acervos de qualidade. A responsável foi Maraney Freire, bibliotecária e chefe do Centro de Documentação da FNLIJ.

Pelo quarto ano consecutivo a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEE-RJ) assinou mais um aditivo ao conv�nio firmado com a FNLIJ em 1995. Além dos serviços prestados com o apoio do conv�nio, foram ministrados cursos de for-mação de profissionais de salas de leitura em 15 regiões do estado do Rio de Janeiro.

O ilustrador eslovaco Dusan Kállay, premiad�ssimo internacionalmen-te, foi a Belo Horizonte a convite da Editora Dimensão para uma palestra. Por

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gentileza da editora, ele veio ao Rio de Janeiro para participar de um encontro com ilustradores e especialistas organizado pela FNLIJ, na Casa da Leitura, em 5 de março.

Com estande cedido pela Câmara Brasileira do Livro, a FNLIJ partici-pou da 15ª Bienal Internacional de São Paulo, de 29 de abril a 10 de maio, no ExpoCenterNorte. No dia 2 de maio a FNLIJ entregou os certificados dos livros Altamente Recomendados em bonita cerimônia que contou com cerca de 250 convidados. Um coquetel foi oferecido pela Editora do Brasil. Importante registrar que, na cerimônia de abertura da Bienal, Propicio Machado Alves, presidente da FNLIJ, foi homenageado por todo o seu trabalho dedicado ao livro e à leitura. Alfredo Weiszflog, ex-presidente da FNLIJ, fez um belo discurso de improviso rela-tando a vida de um dos pioneiros do mercado editorial, lembrando que Prop�cio foi um dos instituidores da FNLIJ, vice-presidente do SNEL e da União Internacio-nal de Editores e presidente do conselho do CERLALC.

A Editora Bloch foi novamente parceira importante da FNLIJ, disponibi-lizando o seu auditório, no Teatro Adolpho Bloch, para a entrega do Pr�mio FNLIJ e para comemorar os 30 anos da instituição. Estiveram presentes os amigos editores, escritores, ilustradores, colaboradores e parceiros da FNLIJ, inclusive de outros estados. Foram apresentadas duas exposições: uma sobre a FNLIJ e outra lembrando 50 anos sem Monteiro Lobato intitulada Jardim de Palavras e Imagens. O segundo número da Revista Latino-americana de Literatura Infantil, em portugu�s e publicada pela Editora Dimensão foi lançado nesse dia, depois de 3 anos do seu lançamento em espanhol. Inúmeros foram os apoios e parce-rias recebidos para fazer da celebração um sucesso: PriceWaterhouse (edição do Notícias 5 colorido com os 30 anos FNLIJ; empresa Hoffman (data show utilizado na cerimônia); Lidador (vinho da confraternização); Global Editora (o bolo do aniversário); Editora Nova Fronteira (atendimento às crianças que visitam a exposição de Monteiro Lobato e a da FNLIJ); Câmara Brasileira do Livro (di-versos apoios); Sindicato Nacional dos Editores de Livros (diversos apoios); Bloch Educação (em especial à Anna Maria de Oliveira Rennhack, pela parceria trazida entre a Bloch e a FNLIJ e pelo coquetel oferecido).

Para homenagear Lobato a FNLIJ lançou o concurso Uma carta para Lobato, para alunos do primeiro grau das escolas públicas que visitaram a ex-posição Jardim de Palavras e Imagens no prédio da Manchete. Foram recebidas 3.700 cartas de todo o Brasil. Os premiados, dois de texto e tr�s de desenho, receberam livros e eram de diferentes cidades: Angra dos Reis (RJ), Rio Claro (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (SC) e Joinville (SC).

Em homenagem aos 30 anos da FNLIJ, a Câmara Mineira do Livro nos deu mais um presente. Por indicação de Maria Antonieta Antunes Cunha, lan-

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çou o Prêmio 30 anos FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil. As editoras de Minas Gerais que participaram foram Alis, Compor, Miguilim, Formato, Dimensão, L�, RHJ e Mazza, destinando 3% da venda das edições para a FNLIJ no per�odo de vig�ncia do 1º contrato da obra.

A Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro também homena-geou a FNLIJ pelos seus 30 anos ao conceder uma das homenagens pelos 125 anos da BPERJ. Junto com a FNLIJ, receberam a mesma homenagem: Maria Alice Barroso, Sergio Machado, Evelise Freire Mendes e Leonel Kaz. Elizabeth Serra agradeceu em nome da FNLIJ e parabenizou a BPERJ pelo apoio dado à divulgação de literatura infantil e juvenil.

O Boletim Proleitura, da Unesp, de junho, lembrou os 30 anos da FNLIJ divulgando seu trabalho.

Elizabeth D’Angelo Serra continuou como consultora para o programa Tirando de Letra, do Canal Futura, e participando do programa Nota dez, des-tinado a educadores, com um quadro semanal sobre literatura infantil e juvenil. Além de dicas sobre livros foram entrevistados Ana Maria Machado, Ziraldo e a especialista portuguesa Maria José Sottomayor. Mais de 30 t�tulos já foram apre-sentados no programa. A equipe da FNLIJ participou como júri do concurso Ma-ratona das Letras, com o tema O livro que mais gostei, promovido pelo Tirando de Letra. Foram 44 participantes e os 3 ganhadores, um de São Paulo e os outros 2 do Rio, visitaram a FNLIJ além do Museu Nacional de Belas Artes, Biblioteca Nacional, e o PROJAC, da TV Globo.

Maria José Sottomayor esteve no Brasil a convite do governo de Minas Gerais para realizar uma oficina no projeto Cantinho da Leitura. Em seguida, ela veio ao Rio de Janeiro a convite da FNLIJ com o apoio do PROLER quando mi-nistrou na Casa da Leitura um curso de criação de livros artesanais. Foi a terceira vez que Maria José veio ao Brasil trabalhar com os professores.

Por meio de um conv�nio com o FNDE, a FNLIJ foi responsável pela seleção de 105 t�tulos para o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) do Ministério da Educação a ser distribu�dos para 36 mil escolas públicas do Ensi-no Fundamental de todo o pa�s. O critério que norteou o trabalho da FNLIJ foi reunir nesse pequeno número de t�tulos os livros mais expressivos e significativos da produção brasileira de qualidade. Por proposta da FNLIJ, pela primeira vez a compra de livros de literatura para as escolas contemplou um percentual de livros traduzidos a fim de garantir para as crianças das escolas públicas o contato com os clássicos internacionais, bem como uma pequen�ssima representação do que há de novo no exterior. Como base para essa seleção usou-se a extensa lista de livros Altamente Recomendáveis e premiados pela FNLIJ, além dos clássicos anteriores à premiação. A lista foi enviada ao MEC acompanhada de relatório detalhado sobre

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os critérios de seleção e de dois pareceres sobre cada livro escolhido. Logo após as compras dos livros e sua distribuição a FNLIJ pleiteou ao MEC que publicasse os pareceres como apoio aos professores. Como não obteve resposta positiva, so-licitou então a autorização para divulgá-los no site da FNLIJ, o que foi concedido. Porém, sem condições de custear o trabalho de digitação na linguagem HTML, a funcionária Maria Célia Barbosa aprendeu o processo e, meses depois, conseguiu dar a formatação necessária aos textos para colocar no site da FNLIJ. A persist�ncia da FNLIJ para divulgar os pareceres valeu a pena. Os pareceres estão dispon�veis, até hoje, na rede universal com consulta permanente. A seleção feita pela FNLIJ ficou conhecida como os Livros da Casinha, por serem acondicionados em uma caixa de papelão que ao abrir sua tampa formava um telhado e os livros eram expostos na própria caixa em posição de uma estante. Elizabeth Serra foi a respon-sável pelo processo de seleção e contou com a colaboração de Fátima Miguez, Laura Sandroni e Nilma Lacerda para a confecção final do relatório.

A primeira edição do projeto Ateliê do Artista, em parceria com a EMC, Empresa de Marketing Cultural, ocorreu em 1997 e a cerimônia de en-trega dos certificados aos ganhadores do concurso promovido entre os alunos que participaram do projeto ocorreu no dia 19 de maio, no auditório do jornal O Dia, patrocinador do projeto. O sucesso do projeto foi grande, conquistando o patrocinador para apoiar a sua segunda edição. De 5 de outubro a 7 de de-zembro, durante oito semanas, o II Ateliê do Artista, montado este ano, no Jardim Botânico, recebeu 4.500 crianças que conversaram com escritores e ilustrado-res do Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de receberem de presente um livro autografado pelo artista. As escolas receberam um acervo de 54 livros. Foram comprados pelo projeto um total de 7 mil exemplares de t�tulos selecionados pela FNLIJ. Visitaram o Ateli� crianças de 41 escolas dos bairros da Glória, Catete, Laranjeiras, Cosme Velho, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea e Rocinha.

Tomaram posse em julho, no Salão Portinari do Palácio Gustavo Ca-panema, os membros dos Conselhos da FNLIJ, eleitos pelos instituidores e man-tenedores da FNLIJ para o per�odo 1998-2001, a saber: Conselho Curador: Maria Antonieta Antunes Cunha, José Bantim Duarte, Altair Ferreira Brasil, Rafael de Almeida Magalhães, Ana Ligia Medeiros, Lilia Maria Alves. Conselho Diretor: Regina Bilac Pinto (presidente), Marcos da Veiga Pereira, Laura Sandroni. Conse-lho Fiscal: Henrique Luz, Maria do Carmo Marques Pinheiro e Terezinha Saraiva. Conselho Consultivo: Antonio Carlos Gomes da Costa, Ezequiel Theodoro da Silva, Celina Dutra da Fonseca Rondon, Edmir Perrotti, Eliana Yunes, Geraldo Jordão Pereira, José Mindlin, José Raymundo Martins Romeo, Lúcia Jurema Fi-gueirôa, Maria Alice Barroso, Maura Ribeiro Sardinha, Paulo Manoel Protásio, Paulo Rocco, Regina Yolanda Werneck, Victor Mussumeci e Wladimir Murtinho.

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No dia 22 de julho, foi inaugurada a exposição Livros de Qualidade para Crianças e Jovens com Deficiências, na BPERJ. A exposição veio do Centro de Documentação de Livros para Crianças e Jovens com Defici�ncia, do IBBY, da universidade de Oslo, na Noruega, numa iniciativa da agente literária Ana Maria Santeiro e teve o apoio da FNLIJ. Ana Maria teve conhecimento da exposição no estande do IBBY, na Feira de Bolonha.

Realizou-se, em Porto Alegre, nos dias 1 e 2 de julho, o seminário Leitura e Desenvolvimento Social promovido pelo Instituto Marc Chagall em par-ceria com o curso de pós-graduação em Letras, da PUC-RS e com o Núcleo de Integração Universidade & Escola, da UFRGS. A FNLIJ esteve representada por Elizabeth Serra, na mesa-redonda Monteiro Lobato, um precursor da leitura cri-tica, juntamente com o professor Antonio Hohfeldt, PUC-RS, sob a coordenação de Regina Zilbermann. O evento contou também com a participação de Graça Paulino (UFMG), Márcia Abreu e Marisa Lajolo (Unicamp).

Quando a FNLIJ soube que a presidente do IBBY cubano, Emilia Gal-lego estaria indo à Argentina, convidou-a para passar antes pelo Brasil. Ela este-ve na Casa da Leitura, participou da Semana de Educação da UERJ, a convite de Jane Paiva, membro da Comissão Coordenadora do PROLER, e foi a Belo Hori-zonte com o apoio da Secretaria de Cultura do Munic�pio e da Câmara Mineira do Livro, onde realizou duas palestras. No Notícias 11, há uma entrevista onde ela expressa suas impressões sobre o Brasil e fala do trabalho do IBBY cubano. Foi a primeira vez que Emilia veio ao Brasil.

Para registrar o Paixão de Ler, evento que se realiza no Rio, em sua 6ª edição, promovido pela Secretaria de Cultura da Cidade, a FNLIJ convidou a escritora Nilma Lacerda para escrever um texto sobre essa paixão que é a leitura e que foi publicado no número 11 do Notícias.

No Notícias 9 há uma nota que ficou esquecida pelo tempo e que agora, relendo os informativos para esta publicação, resgatamos. A nota diz que a grande comemoração dos 30 anos da FNLIJ se daria com a realização do 1º Salão do Livro Infantil, previsto para ser realizado, no Museu de Arte Moderna, de 3 a 8 de novembro, na semana do evento Paixão de Ler. Depois, na primeira página do Notícias 10, a FNLIJ avisa que o 1º Salão foi adiado devido à crise econômica e que a nova data será divulgada oportunamente.

O premiado ilustrador espanhol, Jesus Cában, esteve no Rio de Janei-ro de 19 a 23 de outubro, ministrando um curso para ilustradores no Museu de Arte Moderna. A vinda de Jesus foi patrocinada pelas editoras Projeto e Dimen-são, com o apoio da FNLIJ.

Como desdobramento da Confer�ncia Internacional de Leitura, ocor-rida em 1997, no Egito, quando esteve presente Elizabeth Serra, a UNESCO

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solicitou que, por intermédio do PROLER, da FBN e da FNLIJ, o Brasil organizas-se o 1º Encontro Regional Leitura para Todos (Reading for all). Aproveitando a oportunidade da realização do Encontro Nacional de Avaliação e Perspectivas 99 do PROLER foi organizada, com o apoio da UNESCO, a 1ª Jornada Nacional e Latino-americana em Prol da Leitura. Participaram nove pa�ses da América Latina e Caribe (como seções do IBBY). Em seguida, foi realizado o Encontro Regional das Seções Latino-americanas do IBBY. Os encontros foram realizados em con-junto para que todos pudessem ter um proveito, ou seja, que a América Latina conhecesse o trabalho de leitura feito no Brasil e vice-versa. O evento aconteceu de 7 a 12 de dezembro, no Hotel Mirador, Rio de Janeiro, com representantes da Argentina, Bol�via, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Peru e Uruguai.

Foi lançado o livro 30 anos de Literatura para crianças e jovens – algu-mas leituras, organizado por Elizabeth Serra, que reúne algumas das palestras do 1º Seminário sobre Literatura para Crianças e Jovens, realizado em 97, no 11º COLE. O livro foi publicado graças ao empenho de Luis Percival Leme Brito, presidente da Associação de Leitura do Brasil, em parceria com a Editora Mercado das Letras.

O livro Um olhar sobre a cultura brasileira, organizado pelo então mi-nistro da Cultura, Francisco Weffort, e o escritor Marcio Souza foi publicado pelo Ministério da Cultura. A ressaltar que os primeiros artigos são sobre literatura e a promoção da leitura: A literatura brasileira, de Eduardo Portella e Carlos Sepúl-veda e As políticas do livro, de Ottaviano de Fiori. Logo em seguida vem o artigo de Elizabeth Serra, O livro e a literatura Infantil.

Os 30 anos da FNLIJ foram not�ciados por diferentes jornais e revistas. O suplemento Educação, da Folha Dirigida, de 6 a 12 de outubro, dedicou a matéria de capa à literatura infantil e ao trabalho da FNLIJ, quando Laura Sandroni foi entrevistada. A revista Veredas, do Centro Cultural Banco do Brasil; Correio Brasiliense; revista Veja Rio; revista Manchete e Tribuna da Imprensa fizeram matérias especiais.

O Jornal do Brasil noticiou na Seção Opinião, no Caderno Idéias e no Caderno Mulher. Neste caderno, a FNLIJ foi matéria da 1ª página, sob o t�tulo Altamente Recomendáveis, com foto de Laura Sandroni e Elizabeth Serra.

Em dezembro de 1998 a FNLIJ contava com 48 mantenedores.

INTERNACIONALComo membro da comissão coordenadora do PROLER, Elizabeth Ser-

ra participou do 18º Salão do Livro de Paris, de 20 a 25 de março, como con-vidada da Fundação Biblioteca Nacional. Para o Salão, a FNLIJ organizou uma seleção de 50 autores de literatura infantil brasileira para o estande da FBN. O

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Notícias 2 publicou a lista dos livros selecionados. Elizabeth coordenou a única mesa-redonda que discutiu a literatura brasileira para crianças e jovens com a presença de Ana Maria Machado, Ruth Rocha e Ziraldo. Ela também participou da mesa Políticas de Incentivo à Leitura, cuja coordenação foi feita por Glória Pondé, que estava na França para um pós-doutorado em Letras.

Depois de Paris, Elizabeth seguiu para Roma onde, desde o dia 19 de março, estava a exposição Brazil! A bright blend of colors, apresentada em Bolonha em 1995 e que agora voltava à Itália para a Embaixada do Brasil. O interesse de levar a exposição partiu da secretária Susan Kleenback, do Itama-raty, que envidou todos os esforços para que ela acontecesse. Na ocasião, foi organizada uma mesa-redonda na Biblioteca Centrale per Ragazzi, da Prefeitura de Roma, com a presença de autores e ilustradores brasileiros. A bibliotecária Letizia Tarantello, diretora da biblioteca, produziu um catálogo sobre a exposição a partir das informações que recebeu da FNLIJ. O catálogo foi custeado pela Prefeitura de Roma e incluiu os autores que puderam assumir os gastos da para-da em Roma, antes de seguir para Bolonha e assim atender à programação na embaixada e na biblioteca. Os autores foram Ana Maria Machado, Ana Raquel, Luis Raul Machado, Nilma Lacerda e Ziraldo.

De Roma, a representante da FNLIJ seguiu para Bolonha para par-ticipar da 35ª Feira de Bolonha. A parceria da Fundação Biblioteca Nacional, Departamento Nacional do Livro e editores brasileiros foi novamente confirmada, garantindo o estande de 128m². O tradicional trabalho da FNLIJ, a organização para a Feira de um catálogo (seleção, resenha de livros infantis brasileiros e tradução) foi apresentado no Brazilian Book Magazine, da FBN, com ilustração da capa feita especialmente por Helena Alexandrino e impresso com o apoio da Editora do Brasil. Foi entregue o Pr�mio Monteiro Lobato da FBN à melhor tradu-ção de livro brasileiro para crianças e jovens, para In�s Kroebel, por Na terra dos meninos pelados, de Graciliano Ramos, publicado pela Verlag Nagel & Kimche. As ilustrações foram de Roger Mello, indicado pela FNLIJ a pedido da editora.

Nos dias 27 e 28 de abril, Laura Sandroni, representando a FNLIJ, participou de duas reuniões importantes na Colômbia com as seções latino-ame-ricanas do IBBY. A primeira reunião foi na sede do CERLALC, e discutiu os termos de um conv�nio para a produção de um CD-ROM contendo um repertório ibero-americano de livros para crianças e jovens, selecionados pelas seções do IBBY. A segunda reunião foi na sede da Fundalectura, seção colombiana do IBBY, para tratar da organização do 27º Congresso do IBBY, a realizar-se no ano 2000, na cidade de Cartagena de Las Índias, na Colômbia.

A FNLIJ indicou Helena Rodarte, da Editora Record, para participar de um encontro entre editores canadenses e latino-americanos de livros para crian-

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ças e jovens, patrocinado pelo IBBY, International Publishing Partnership Program, The Association for the Export of Canadian Books, Groundwood Books, Annick Press e Kids Can Press.

A América Latina foi homenageada no 14º Salão do Livro para a Ju-ventude de Montreuil (25 a 30 de novembro) e o Brasil foi destaque. A FNLIJ foi chamada a participar, selecionando 100 t�tulos de mistério e fantasia e enviando os resumos dos livros e biografias dos autores para o catálogo publicado pelo Salão. Ana Maria Machado foi convidada a participar representando os escrito-res brasileiros.

Com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, por interfer�ncia do embaixador Wladimir Murtinho, foi poss�vel participar do 26º Congresso do IBBY ocorrido em Nova Deli, Índia. A secretária-geral, Elizabeth D’Angelo Serra, representou a FNLIJ, tendo participado de uma exposição plenária dos trabalhos de algumas seções do IBBY em que apresentou um esboço das ações da seção brasileira. Roger Mello, que compareceu ao congresso, recebeu o diploma da Lista de Honra do IBBY, nomeado pela FNLIJ.

No Notícias 3, de 1999, há um relato de Elizabeth sobre a participa-ção no Congresso.

1999

NACIONALO Notícias teve as seguintes modificações em sua equipe: o jornalista e

escritor Marcio Vassalo foi responsável pela redação e pela revisão dos números 1 e 2. No Notícias 3, Rubia Mazzini passou a fazer a revisão e Thiene Barreto entrou como estagiária. A partir do número 4, Rubia assume também a redação. Marcelo Ribeiro substituiu Christiane Mello na diagramação, a partir no Notícias 9.

As resenhas dos livros recomendados pela equipe da FNLIJ, feitas por Ninfa Parreiras desde seu in�cio, passam a contar com outros colaboradores.

Na IX Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, ocorrida de 20 de abril a 2 de maio, a FNLIJ participou com um estande institucional oferecido pelos organizadores e do II Encontro dos Profissionais de Ensino, onde ocorreu o Fórum de Debates de Literatura Infantil. Elizabeth D’Angelo Serra foi responsável pela assessoria ao seminário, organizado pela Rede Globo, na bienal A impor-tância da leitura na educação.

A entrega dos certificados de Altamente Recomendável da FNLIJ aos es-critores, ocorreu durante a bienal e contemplou escritores, ilustradores, tradutores e editores de 72 livros para crianças e jovens. Quarenta e nove especialistas espa-lhados por 15 estados brasileiros analisaram 804 t�tulos publicados em 1998.

Embora fosse o ano da Bienal no Rio, a Câmara Brasileira do Livro decidiu criar no mesmo per�odo o Salão do Livro de São Paulo. A FNLIJ se fez representar por Elizabeth Serra, que foi convidada a apresentar palestra no Semi-nário Nacional de Literatura Infantil e Juvenil

A FNLIJ assinou novo conv�nio com o governo do Estado do Rio de Ja-neiro, por intermédio da Secretaria de Cultura, para a implantação do projeto Bi-blioteca para Todos, que teve como meta a instalação de bibliotecas públicas nos munic�pios do Rio de Janeiro que ainda não tinham bibliotecas, principalmente nas regiões mais carentes. Coube à FNLIJ a tarefa de formar os promotores de leitura para atuar nas bibliotecas do projeto, com cursos, debates e palestras. Além disto, selecionou 2.000 t�tulos para o acervo inicial a ser comprado pelas prefeituras, com verba do programa Uma biblioteca por Município, da Secretaria do Livro e da Leitura, do Ministério da Cultura. O secretário de Cultura do Estado, Adriano de Aquino, deu todo apoio ao projeto, que contou com a determinante atuação de Cláudio Mendonça, ex-secretário de Educação do Estado atuando

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então no Núcleo de Estudos Governamentais (NUSEG), na UERJ. Na gestão de Cláudio na Secretaria de Educação, foi assinado o conv�nio para a atuação da FNLIJ no Instituto de Educação do Rio de Janeiro, que permaneceu por 4 anos. O projeto Biblioteca para Todos foi uma criação em conjunto da FNLIJ, representa-da por Elizabeth Serra, Cláudio Mendonça e Ana Lygia Medeiros, representando a Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro. A redação do projeto foi feita pelos tr�s que registraram o projeto no Escritório de Direitos Autorais, da FBN, em nome da FNLIJ. Elizabeth e Ana Lygia foram as responsáveis técnicas do pro-jeto. O projeto foi lançado em um almoço concorrido, no Clube de Engenharia, no Rio, e contou com a adesão de artistas da TV Globo para divulgá-lo, como Glória Pires, Let�cia Spiller e Irene Ravache. As bibliotecas instaladas contaram com a assessoria direta da FNLIJ e da BPERJ. O Notícias 8 registrou o in�cio do projeto contando detalhes.

A entrega dos certificados do Pr�mio FNLIJ/98 ocorreu na Salão Porti-nari, do Palácio Gustavo Capanema. Na cerimônia a FNLIJ homenageou a escri-tora Tatiana Belinky, que recebeu o Pr�mio FNLIJ O Melhor para Criança, com a obra Os dez sacizinhos. A festa do Pr�mio FNLIJ reuniu 200 pessoas. De um total de 804 livros recebidos pela FNLIJ para concorrerem ao Pr�mio, 85 eram reedi-ções e 5 teóricos. Foram 12 categorias premiadas. No mesmo dia, 17 de junho, a FNLIJ também entregou os pr�mios do concurso Uma Carta para Lobato às cinco crianças vencedoras (que vieram acompanhadas dos seus professores); do concurso literário 30 Anos FNLIJ, promovido pela Câmara Mineira do Livro (foram oito obras premiadas, mas os autores não puderam comparecer) e do 3º Con-curso FNLIJ/PROLER Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil (os vencedores vieram ao Rio, a convite do PROLER).

A Associação de Leitura do Brasil (ALB) convidou Elizabeth Serra, re-presentando a FNLIJ, para coordenar novamente o Seminário sobre Literatura para Crianças e Jovens, que terá a sua segunda edição no Congresso de Leitura (COLE), na UNICAMP, realizado em julho. O tema escolhido por Elizabeth para o seminário foi Lendo o Projeto de Sociedade apresentado às Crianças e Jovens no Livro Infantil e Juvenil, e o tema geral do congresso foi Múltiplos objetos, múltiplas leituras: afinal o que lê a gente? Emilia Gallego veio ao Brasil como convidada do COLE para o seminário e pôde divulgar o Congresso Lectura 99, que foi realizado em Havana. Participaram do seminário Bartolomeu Campos de Queirós, Nilma Lacerda, Helena Rodarte, Tatiana Belinky e Laura Sandroni. Durante o COLE, foi lançado o número 3 da Revista Latino-americana de Literatura Infantil e Juvenil, produzida pela Fundalectura, seção colombiana do IBBY que tem como editores as seções latino-americanas. A Editora Dimensão em colaboração com a FNLIJ, assumiu a publicação. O primeiro número foi publicado em 1996, numa edição

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especial da Releitura (revista da Biblioteca Pública Infantil de Belo Horizonte, MG) e o segundo foi publicado também pela Editora Dimensão. Os tr�s primeiros nú-meros foram traduzidos por Ninfa Parreiras e o quarto por Laura Sandroni.

Neste ano a FNLIJ partiu para o desafio de realizar o seu Salão do Livro, conforme anunciou em 1998, no formato de uma feira anual ou bienal, porém com um diferenciador importante, ditado pelo perfil institucional e sua mis-são: divulgar e promover livros de qualidade visando à formação de leitores como contribuição para uma educação criadora e cr�tica. Sem estar muito claro ainda como esse caminho seria percorrido surgiu assim o Salão do Livro para Crianças e Jovens, realizado de 5 a 15 de novembro no Galpão das Artes, no Museu de Arte Moderna (MAM), que disponiblizou o espaço a custo simbólico tão logo fomos solicitar a parceria. Na época era diretora do MAM Maria Regina Nascimento Bri-to. A idéia logo conseguiu o apoio dos editores de literatura infantil e juvenil, que veio acompanhado de outros como o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, a Câmara Brasileira do Livro, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janei-ro, a Cia. Suzano de Papel e Celulose, ABRELIVROS, AREERJ, Desk, PROLER/FBN, Ministério da Educação, além da empresária Ariadne Coelho, que chegou à FNLIJ por intermédio de Virgilio Moretzon. Participaram 33 editoras, além de instituições ligadas ao livro e à educação. Pela importância que o Salão FNLIJ assumiu na história da Fundação, reservamos um capitulo à parte no Ap�ndice deste livro.

O III Ateliê do Artista, e último da série, realizado de 23 de agosto a 22 de outubro, teve como sede o Museu do Trem em Engenho de Dentro e recebeu alunos de 40 escolas de 19 bairros da região. Como nos outros anos, foram premiados os alunos com trabalhos de texto e ilustração, com uma pequena coleção de livros tanto para eles quanto para as escolas. A entrega dos pr�mios aos alunos do II Ateliê ocorreu no dia 7 de julho, no auditório do jornal O Dia, patrocinador do projeto.

Laura Sandroni foi responsável pela atualização do catálogo Literatura Infantil e Juvenil: Obras e Autores Premiados, publicado pela Editora do Brasil. O primeiro havia sido publicado, em 1985, pela FUNARTE em parceria com a FNLIJ, também coordenado por Laura. O trabalho de atualização demandou quase 2 anos da pequena equipe do CEDOP que teve a coordenação de Mara-ney Freire, chefe do setor.

Como membro do Comit� Carioca e da Comissão Coordenadora do PROLER, Elizabeth Serra participou no IV Encontro Nacional do PROLER e mediou, pela FNLIJ, a vinda da bibliotecária francesa Geneviève Patte para par-ticipar do evento. Também como membro do Comit� Carioca, Maraney Freire, representou a FNLIJ na organização do III Encontro Estadual do PROLER, realiza-do na Biblioteca Pública do Rio de Janeiro.

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A FNLIJ foi destaque na revista da Associação Brasileira das Indústrias Gráficas (ABIGRAF) em novembro, em matéria de duas páginas: Incentivando a leitura.

A entrega dos Pr�mios do IV Concurso FNLIJ-PROLER Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil, ocor-reu no dia 09 de dezembro, na Casa da Leitura, Rio de Janeiro, com mais de 100 pessoas, contando com a presença do presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Eduardo Portella.

Elizabeth Serra durante alguns anos procurou a TV Globo e a TV Edu-cativa para propor a criação de um programa sobre livros infantis. A idéia foi trazida de uma de suas participações na Bienal de Bratislava, quando assistiu à apresentação de programas de leitura de livros criados nos Estados Unidos pela Westwood. A proposta consistia na apresentação de livros selecionados e sua leitura, simples e direta, feita por um adulto, de forma a atrair as crianças e aproveitando a televisão como meio para divulgar livros e promover a leitura na fam�lia e entre amigos. Na medida em que iniciava a leitura a câmera se apro-ximava do livro e as ilustrações se animavam. Ao final, a câmera se afastava, mostrando o adulto lendo a parte final da história do livro. Mônica Pinto, que estava na TV Educativa quando Elizabeth Serra apresentou a proposta a Márcia Feldman, então responsável pelo programa Salto para o Futuro, foi convidada por Regina de Assis a participar da criação do Canal Futura. Já no Canal Futura, Mônica solicitou a Elizabeth que apresentasse o projeto de leitura dos livros na televisão. Depois de alguns meses, Mônica conseguiu que o Canal, com apoio da TV Globo, investisse na idéia que recebeu o nome de Livros Animados. A produtora No Ar foi contratada para desenvolver o programa que contou com a assessoria da FNLIJ, por intermédio de Elizabeth Serra. O programa ganhou um pr�mio latino-americano e a série, composta de 10 programas, cada um apre-sentando 2 livros, teve mais 3 produções.

A FNLIJ continuou participando dos programas Tirando de Letra e Nota Dez, do Canal Futura. Além desses programas regulares, Elizabeth D’Angelo Ser-ra esteve, em outubro, no programa Café Literário, produzido pela Multirio e exibido pela TVE, sobre tend�ncias e perspectivas da literatura infantil e juvenil. O programa foi apresentado pela professora Beatriz Resende e contou também com a participação da escritora e jornalista Cristiane Costa.

Em novembro, Elizabeth também participou do programa Sem Censu-ra, da TVE, coordenado por Leda Nagle, para divulgar o 1º Salão do Livro para Crianças e Jovens.

A FNLIJ recebeu visitas de estrangeiros em sua sede: Patricia Aldana (Canadá), vice-presidente do IBBY, que veio para a Bienal de São Paulo; Emilia

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Gallego (Cuba), presidente da seção cubana do IBBY (veio para o Congresso de Leitura); Philipe Davene (França), especialista em leitura (veio a convite da FNLIJ e do PROLER-FBN, com apoio do Consulado da França) e Maria José Sottomayor (Portugal), especialista em ilustração que, estando na Argentina, aproveitou para vir ao Brasil e participar do Salão do Livro.

Para comemorar o Natal com leitura e livros a FNLIJ, por intermédio de Laura Sandroni, então conselheira, apresentou um programa ao Bradesco, que gostou da idéia e contratou a FNLIJ para realizá-lo. O programa criado constava de leitura de histórias para crianças, em pleno dia de Natal, 25 de dezembro, no Parque do Cantagalo, Rio de Janeiro, para mais de 500 crianças. Foi montado um grande cenário com sofás e estantes com livros. Maraney Freire e Elda No-gueira foram as responsáveis pelo projeto.

A SME-RJ convidou Elizabeth D’Angelo Serra para apresentar a pa-lestra inaugural do X Encontro Imagem-meio Reflexo, organizada pelo Depar-tamento Geral de Educação e da Divisão de M�dia e Educação, no dia 13 de setembro, no auditório do SENAI. O tema da palestra foi Leitura: um exercício de cidadania. Ana Maria Machado também participou do evento apresentando uma palestra.

A FNLIJ prestou uma assessoria em Angra dos Reis, RJ, para o Serviço de Biblioteca Escolar da Rede de Escolas Municipais de Angra dos Reis. Maraney Freire, bibliotecária da FNLIJ, foi a nossa representante.

A FNLIJ ficou entre os cem primeiros selecionados da 3ª edição do Pr�mio Itaú-UNICEF para projetos de organizações civis que contribuam para a melhoria do ensino no pa�s, que recebeu 734 inscrições.

O primeiro acontecimento virtual da FNLIJ aconteceu em agosto. A FNLIJ entrou para a rede universal, com um site simples, com layout feito, por cortesia, pela Editora Moderna, oferecido pelo conselheiro Ricardo Feltre, diretor da editora. O espaço foi dividido em seções como Pr�mios, Eventos e Notícias.

No m�s de junho, Laura Sandroni e Maria Luiza Barbosa de Oliveira foram convidadas a participar dos 20 anos da Biblioteca Infantil Maria Mazzetti, (criada pela FNLIJ em 1979), na Fundação Casa de Rui Barbosa.

No III Encontro Franco-Brasileiro de Análise do Discurso, ocorrido de 13 a 15 de outubro, promovido pela UFRJ, UFF e Circulo Interdisciplinar de Análise do Discurso, Laura Sandroni representou a FNLIJ apresentando a palestra Universo Ideológico de Lygia Bojunga Nunes.

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INTERNACIONALApesar da crise econômica causada pela desvalorização do real, 12

editoras aderiram ao estande coletivo para garantir a presença brasileira na Feira de Bolonha.

Depois da presença de Maria Antonieta Cunha, em 1993, como membro do júri internacional da exposição de ilustrações da Feira de Bolonha, foi aceita a indicação da FNLIJ para a participação brasileira, neste ano, com Helena Rodarte, da Record, que integrou o júri. Fizeram também parte do júri representantes da França, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha.

A exposição de livros selecionados pela FNLIJ foi acompanhada do ca-tálogo com um resumo em ingl�s que este ano teve a chancela do Brazilian Book Magazine, da Fundação Biblioteca Nacional, e a capa criada especialmente pelo ilustrador Eliardo França. Elizabeth D’Angelo Serra esteve representando a FNLIJ.

Oito ilustradores brasileiros tiveram seus trabalhos selecionados pela FNLIJ para a Bienal de Ilustrações de Bratislava 1999 e o artista Roger Mello foi indicado para participar do workshop de ilustradores.

O Congresso Lectura 99, em Havana, realizado pela seção cubana do IBBY, de 22 a 26 de novembro, foi amplamente divulgado pela FNLIJ e pelo PROLER, que convidaram Emilia Gallego a vir ao Brasil em julho para divulgar o congresso no Rio de Janeiro e no COLE. Sob o tema Aventuras, venturas e desventuras de crianças e jovens leitores o Congresso abrigou também o IV En-contro Ibero-americano de Literatura para Crianças e Jovens, com 38 brasileiros participando do evento. Elizabeth Serra esteve representando a FNLIJ quando foi convidada a encerrar o evento em cerimônia na Biblioteca Nacional de Cuba Jose Mart�, ao lado do presidente do Instituto Cubano do Livro, da representante do México e de Emilia Gallego. Também estiveram presentes Nilma Lacerda, representando a FNLIJ na vice-presid�ncia da cátedra Mirta Aguirre além de apresentar uma palestra. O ministro da Educação Paulo Renato de Souza foi representado pela professora Sonia Moreira, coordenadora do programa Renda M�nima do MEC e membro da comissão coordenadora do PROLER.

Elizabeth D’Angelo Serra foi convidada pelo Centro de Difusión y In-vestigación de Literatura Infantil (CEDILIJ) a participar, em Córdoba, Argentina, do júri do I Concurso de Literatura para Crianças e Jovens das Mercociudades, com 88 trabalhos inscritos do Brasil e Argentina.

Nos dia 18 e 19 de outubro, Laura Sandroni esteve na Colômbia, para participar pela segunda vez do Encontro Latino-americano do IBBY com o objetivo de preparar o 27º Congresso do IBBY de 2000, em Cartagena das Índias, quan-do estiveram presentes 15 representantes das 11 seções latino-americanas. No dia 20 os representantes se deslocaram para Barranquilla, quando participaram do Seminário Latino-americano de Literatura Infantil e Juvenil.

2000

NACIONALO Notícias 1 e 2 contou ainda com a participação de Rubia Mazzini,

na redação. Do número 4 ao 7 Gabriela Temer substitui Rubia. A partir do núme-ro 8 a redação foi de Magda Frediani. A PriceWaterHouse brindou os leitores do Notícias publicando, no número de junho, um Caderno Especial de 20 páginas que reproduziu o dossi� sobre Ana Maria Machado preparado pela FNLIJ para apresentá-la como candidata ao Pr�mio Hans Chsitian Andersen 2000, do IBBY, do qual foi a vencedora como escritora. E, a partir de novembro, o Notícias passou a ter 12 páginas.

Em março ocorreu o lançamento da série Livros Animados, uma par-ceria entre o Canal Futura e a FNLIJ exibida no Canal Futura e na TV Globo. Os programas foram reprisados durante todo o ano e a FNLIJ assinou contrato para a consultoria da segunda série.

No Notícias 3, foi publicada uma carta de Ricardo Azevedo contando como foi sua viagem à Suécia, patrocinada pelo Instituto Sueco e pela Universi-dade de Estocolmo. Ele faz um resumo da sua palestra sobre a literatura infantil seus aspectos e problemas e conta que encontrou material da FNLIJ no Instituto Sueco do Livro Infantil. Luis Camargo esteve presente e falou sobre a poesia infantil no Brasil.

No dia 29 de abril, às 16 horas, em cerimônia no auditório Graciliano Ramos, durante a 16ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo (28 de abril a 7 de maio) a FNLIJ divulgou os livros Altamente Recomendáveis FNLIJ/1999, nas diversas categorias. À mesa estiveram presentes os conselheiros Marcos Pereira e Lilia Alves. Na oportunidade, também foi divulgada a lista do Acervo Básico FNLIJ, com livros que embora não tenham o selo de qualidade da FNLIJ merecem estar numa seleção de acervos de bibliotecas que possam oferecer uma varie-dade maior de leitura para crianças e jovens. Ao final da cerimônia, a Editora Moderna ofereceu aos convidados um coquetel em seu estande.

No mesmo dia, pela manhã, a FNLIJ, o FNDE/MEC e o PROLER/FBN organizaram uma mesa-redonda intitulada O Programa de Livros Didáticos e de Literatura para a Escola Pública Brasileira, sob a coordenação da Drª. Mônica Messemberg, secretária executiva do FNDE. Ottaviano de Fiore foi convidado a compor a mesa que teve a mediação de Elizabeth Serra.

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No dia 15 de julho, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio, se reuni-ram os membros da FNLIJ, diversos convidados, escritores e ilustradores premia-dos para a cerimônia de entrega do Pr�mio FNLIJ 2000, referente à produção de 1999. A festa foi também para homenagear Ana Maria Machado pelo Pr�mio Hans Christian Andersen do IBBY, em 2000. Lygia Bojunga, também vencedora do pr�mio em 1982, esteve presente e deu um depoimento de gratidão a Ana Maria Machado, pelo Pr�mio e pela divulgação que faz da literatura infantil brasileira. Na entrega do Pr�mio FNLIJ a atriz Cássia Kiss fez a leitura do livro premiado de Manoel de Barros, Exercícios de ser criança, e o escritor Luis Fulano de Tal (Luis Carlos de Santana) vencedor da categoria Revelação, com a obra A noite dos cristais pediu 1 minuto de sil�ncio, em memória da educação brasileira. Na ocasião, houve o lançamento da Revista Latino-Americana de Literatura In-fantil e Juvenil nº 4, em portugu�s, publicada pela FNLIJ com o apoio da Editora Dimensão e traduzida por Laura Sandroni. Silvia Castrillón, diretora desta seção, e responsável pela revista, esteve presente na cerimônia. Silvia veio ao Brasil para divulgar, no COLE, em Campinas, o 27º Congresso do IBBY em Cartagena de Índias, na Colômbia. Em seu discurso, Silvia comentou sobre a importância do 27o Congresso, feito na América Latina, por latino-americanos, e sobre o signi-ficado do tema Um Mundo Novo para um Novo Mundo.

Com o objetivo de divulgar a obra de escritores e ilustradores latino-americanos, ela contou que a Fundalectura criou o Concurso UTOPIA, baseado em mensagem, de Gabriel Garc�a Márquez, escolhida para o 27º Congresso do IBBY. A FNLIJ, responsável pela divulgação do Congresso no Brasil, ficou incumbida de organizar a participação dos ilustradores brasileiros e publicou no Notícias 3 o regulamento do concurso e o texto de Garc�a Márquez. Ao final da cerimônia a Editora Moderna ofereceu um coquetel aos presentes para comemo-rar os pr�mios e celebrar a vitória de Ana Maria Machado.

Pelo terceiro ano consecutivo, a FNLIJ foi convidada a participar da série Salto para o Futuro, da TV Escola, também veiculado pela TVE e diversas outras emissoras educativas. Elizabeth Serra continuou como a responsável pela consultoria geral e elaborou o texto gerador da série Leituras do Brasil. A pro-posta da série foi conhecer, ver e ler o Brasil através dos livros de literatura para crianças e jovens. Os textos discutidos em cada programa foram elaborados por Fátima Miguez, Nilma Lacerda e Ninfa Parreiras. Participaram do programa ao vivo: Elizabeth D’Angelo Serra, Laura Sandroni e Ruth Rocha, no 1º dia; Ana Maria Machado, Fátima Miguez e Marisa Borba, no 2º dia; Jane Paiva, Ninfa Parreiras e Zélia Versiani, no 3º dia; Angela Lago, Maria das Graças Monteiro e Marisa Lajolo, no 4º dia; e Bartolomeu Campos de Queirós, Nilma Lacerda e Ricardo Azevedo, no 5º e último dia.

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O Concurso França-Brasil de Literatura para Crianças, uma ação con-junta do IBBY franc�s e do IBBY brasileiro, foi criado e organizado pelo Bureau du Livre da Embaixada da França no Brasil, Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e La Joie par les Livres/ IBBY (França), com o objetivo de estimular a interação literária entre os dois pa-�ses. A idéia do pr�mio foi de Geneviéve Patte, bibliotecária francesa e membro do IBBY franc�s, quando esteve no Brasil a convite do PROLER, indicada por Elizabeth D’Angelo Serra, como membro da coordenação do órgão. A proposta foi a de que cada ano o concurso de texto ocorresse em um dos dois pa�ses, e que a ilustração do livro fosse feita pelo outro pa�s. As publicações seriam uma co-edição entre editoras brasileiras e francesas. Infelizmente, o processo foi interrrompido por dificuldades com a editora francesa que ficou responsável pela publicação na França. O texto premiado no Brasil selecionado dentre 40 originais recebidos foi Entre os bambus, de Edna Maria de Lopes Bueno. Pelo pro-blema citado, o pr�mio de viagem para Edna nunca foi concretizado, pois o livro não foi editado na França. Posteriormente, a Editora Global publicou o livro no Brasil, encerrando assim uma idéia que podia ter prosseguido e que esperamos, em algum momento, possa ser retomada.

O 2º Salão do Livro para Crianças e Jovens, foi realizado de 10 a 15 de novembro, no Galpão das Artes do MAM.

Ninfa Parreiras, representando a FNLIJ, participou como membro do júri do Pr�mio Agir Conhecendo Nossos Clássicos, que trata da vida e obra de grandes autores brasileiros e de mesa-redonda da Semana Cultural do Ginásio Integrado Magdalena Kahan (GIMK) sobre a formação do leitor e a importância da leitura.

Em parceria com a Casa da Leitura, do PROLER, no Rio de Janeiro, a FNLIJ organizou em março e abril a mostra de ilustradores franceses com exibição de trabalhos e livros, com a presença da artista Beatrice Tanaka e da Aliança Francesa.

Elizabeth D’Angelo Serra e Laura Sandroni receberam o diploma Or-gulho Carioca, oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Tr�s outras profissio-nais da área de literatura para crianças e jovens foram homenageadas: Ana Ma-ria Machado, Eliana Yunes e Lygia Bojunga. Por estarem em Bolonha, Elizabeth e Ana Maria não puderam comparecer à cerimônia.

A FNLIJ promoveu curso para professores na Casa da Leitura PROLER, Rio de Janeiro. O curso, ministrado por Elizabeth D’Angelo Serra, baseou-se no programa Nota Dez, do Canal Futura, em que Elizabeth apresentava o quadro sobre literatura infantil e juvenil.

A FNLIJ participou do 4º Encontro Técnico Nacional dos Programas PNLD/2000 e PNBE/2000 do FNDE, de 23 a 26 de maio, em Florianópolis,

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SC, representada pela bibliotecária Maraney Freire, que falou da importância da leitura no contexto educacional brasileiro.

A entrega dos pr�mios aos vencedores do 5º Concurso FNLIJ/PROLER Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil ocorreu, no dia 12 de dezembro, no auditório do Palácio Gustavo Ca-panema, no Rio de Janeiro.

A FNLIJ recebeu a visita da editora inglesa Zosia Knopp, da Walker Books, que teve tr�s livros selecionados para o acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) do MEC e vindo ao Brasil para a Bienal de São Paulo.

A FNLIJ participou do Congresso Internacional de Educação Pública: Educação para todos – o desafio do terceiro milênio, em 11 e 12 de setembro, no Riocentro, com a organização da Biblioteca Infantil, onde foram expostos os livros Altamente Recomendáveis e os premiados da FNLIJ.

Foi realizada a Oficina de Arte: Literatura e Imagens – Construindo Livros, com Maria José Sottomayor, na Casa da Leitura, uma parceria da FNLIJ e do PROLER, de 28 a 30 de agosto.

A FNLIJ recebeu o Pr�mio Estácio de Sá (um troféu e R$50 mil) do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro na categoria Literatura, em no-vembro, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 7 de novembro, Elizabeth D’Angelo Serra e Ana Maria Machado receberam a Medalha da Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura. A cerimônia foi no Palácio do Planalto, em Bras�lia, com a presença do ministro Francisco Weffort e do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que entregou a comenda.

A entrega dos pr�mios do III Ateliê do Artista/1999 aos alunos ven-cedores e às escolas municipais do Rio de Janeiro que participaram do projeto ocorreu no auditório do jornal O Dia. Foram premiados 4 textos e 4 ilustrações.

Para compor o acervo de cada biblioteca do Projeto Biblioteca para Todos, concebido pela FNLIJ, em parceria com o Núcleo de Estudos Governa-mentais (NUSEG) e a Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro, a FNLIJ fez a seleção de 2.000 t�tulos baseada nos premiados e Altamente Recomendáveis, além dos clássicos nacionais e internacionais.

O VII Encontro Nacional do PROLER foi organizado em parceria com a FNLIJ e contou com a presença de Silvia Castrillón, da seção colombiana do IBBY.

Durante o ano de 2000, o Instituto Ecofuturo convidou Elizabeth Serra, representando a FNLIJ, para ir a São Paulo quando foram constru�das as bases para a parceria entre a Fundação e o Instituto para a participação da FNLIJ no projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso.

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INTERNACIONAL A Feira de Livros Infantis de Bolonha teve como tema os 500 anos do

Brasil, especialmente abordados no catálogo com 14 livros. Houve resenhas de 114 livros de 41 editoras, com o apoio da Editora Record com a impressão do catálogo e da Mergulhar Serviços Editoriais, com o fotolito. Dezenove editoras participaram do estande brasileiro, onde estiveram expostos os t�tulos selecio-nados pela FNLIJ para o 2º acervo do Programa Nacional Biblioteca da Esco-la (PNBE/FNDE), os livros dos autores indicados para o Pr�mio Hans Christian Andersen: Ana Maria Machado, Escritor; Marilda Castanha, Ilustrador, e os do Catálogo FNLIJ para Bolonha 2000 (Selection of Books for Children and Young People), organizado pela FNLIJ, tendo por base a produção editorial brasileira de 1999. Mônica Messemberg, presidente do FNDE/MEC, foi como representante do MEC e fez a palestra O Programa de Livros Didáticos e de Literatura para a Escola Pública. Elizabeth Serra representou a FNLIJ. André Moura, da FNLIJ, foi a Bolonha para apoiar o trabalho do estande e conhecer a Feira. O grande acontecimento da Feira de Bolonha foi a not�cia de que o Pr�mio Hans Christian Andersen 2000, concedido a cada dois anos pelo International Board on Books for Young People (IBBY) saiu para Ana Maria Machado, indicada pela FNLIJ, que preparou um amplo dossi� com traduções de algumas de suas obras. À época, Ana Maria contava com 104 obras para crianças e adolescentes. Pela segunda vez, o Pr�mio HCA saiu para uma autora brasileira. A primeira vez, em 1982, foi para Lygia Bojunga. A emoção vivida por todos os brasileiros presentes foi indescrit�vel. No coquetel oferecido aos estrangeiros, ela agradeceu aos editores brasileiros pelo respeito à criação dos autores. Lembremos a presença de Waldir Martins Fontes, freqüentador ass�duo da Feira de Bolonha e apoiador das ações da FNLIJ, que juntamente com todos nós vibrou com o pr�mio. Infelizmente, não voltaria a Bolonha, pois veio a falecer no final de 2000.

Por indicação de Emilia Gallego, Elizabeth Serra participou do III En-contro Internacional de Educação Infantil: Infância e Desenvolvimento, realizado em Havana, de 10 a 14 de julho, a convite do governo cubano. O objetivo foi o intercâmbio entre os educadores latino-americanos e de outros pa�ses do mundo sobre a educação, o desenvolvimento e a saúde das crianças, assim como pro-mover alternativas e estratégias que permitam desenvolver ações conjuntas. Na oportunidade Elizabeth pôde desfrutar de um contato mais próximo com Emilia Ferreiro, também convidada.

Como seção brasileira do IBBY, a FNLIJ participou na elaboração do Catálogo de Escritores e Ilustradores Latino-americanos, apresentado no 27º Congresso do IBBY. Vinte e cinco escritores e ilustradores brasileiros foram se-lecionados pela FNLIJ em 1999 para fazer parte do catálogo, do qual constam

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mais de 200 autores. Publicado pela Fundalectura especialmente para o 27º Congresso, o catálogo contou com a colaboração de todas as seções latino-americanas (Argentina, Bol�via, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Mé-xico, Peru, Uruguai e Venezuela) e foi distribu�do para editores de outros pa�ses, a fim de divulgar os autores da América Latina. O objetivo maior era o de que os trabalhos selecionados revertessem em uma exposição na Feira de Bolonha, divulgando os artistas latino-americanos do livro para crianças. Infelizmente, com a sa�da de Silvia Castrillon da Fundalectura, meses após o 27º Congresso, esse objetivo, que ela levava com muita determinação, se perdeu. Esperamos que em algum momento essa idéia possa ser concretizada.

A participação brasileira no 27o Congresso do IBBY em Cartagena, Colômbia, de 18 a 22 de setembro, com o tema O novo mundo para um mundo novo: livros infantis para o novo milênio, levou 68 brasileiros, sendo a segunda maior delegação estrangeira. O congresso reuniu mais de 800 pessoas, represen-tando 40 pa�ses. Os brasileiros estiveram representados por autores, ilustradores, editores, bibliotecários, cr�ticos, pesquisadores, professores e demais especialis-tas da área da literatura para crianças e jovens. Vários eventos marcaram a parti-cipação brasileira neste encontro quando Ana Maria Machado recebeu o Pr�mio Hans Christian Andersen. A FNLIJ organizou a presença dos editores brasileiros na Feira de Literatura Infantil e Juvenil, com indicação de vôo, hospedagem, etc. Da FNLIJ estiveram presentes: Elda Nogueira, Elizabeth D’Angelo Serra, Laura Sandroni, Maraney Freire e Ninfa Parreiras. Os livros enviados pelas editoras para exposição foram doados à seção colombiana do IBBY, Fundalectura.

Durante o 27º Congresso, em assembléia geral do IBBY, Elizabeth D’Angelo Serra foi eleita para o Comit� Executivo e convidada pela presidente eleita Tayo Shima, do IBBY japon�s, para exercer o cargo de vice-presidente da organização, reforçando, assim a participação latino-americana na entidade. Elizabeth ficou no cargo da vice-presid�ncia por dois mandatos consecutivos.

Neste ano, o Comit� Executivo se mobilizou para se reunir excepcio-nalmente na Basiléia, Su�ça, durante um dia no m�s de dezembro, a fim de discu-tir o congresso de 2002 nesta cidade. Por sugestão de Elizabeth D’Angelo Serra, durante a 1ª reunião do Comit� Executivo (CE), logo após o congresso, o IBBY enviou carta-convite àqueles membros do CE que solicitaram e cada um recebeu apoio para a viagem. O apoio para Elizabeth D’Angelo Serra foi concedido pelo Ministério da Cultura – MinC.

Ninfa Parreiras ganhou uma bolsa de estudos para a Biblioteca Inter-nacional da Juventude de Munique. Além de desenvolver uma pesquisa sobre o desamparo na LIJ, Ninfa auxiliou a seção ibero-americana da Biblioteca, fazendo resumos e resenhas de livros brasileiros e organizou uma exposição no Consu-

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lado do Brasil, com obras da literatura infantil brasileira contemporânea que depois foram doadas à Biblioteca.

A FNLIJ se fez presente no Mercado Mundial de Educação, em Van-couver, Canadá, em maio, representada por Elizabeth D’Angelo Serra, que pro-feriu a palestra O livro e a política do livro e da leitura no Brasil na mesa Spotlight Brazil, da qual participaram também Carlos Alberto de Oliveira (UERJ) e Cleide Ramos (Multirio).

2001

NACIONALO Notícias manteve a mesma equipe, acrescida da participação de

Claudia Gonçalves Pinto para a revisão. O número 1 publicou o Manifesto sobre a biblioteca escolar, traduzido do folheto da Biblioteca Nacional do Canadá, recebi-do por intermédio do IBBY do Canadá. No número 2, há um artigo de Ninfa Par-reiras, sobre a sua estada na Biblioteca da Juventude de Munique como bolsista.

Os vencedores do 6º Concurso FNLIJ/PROLER: Os Melhores Progra-mas de Incentivo à Leitura junto às Crianças e Jovens de todo o Brasil do ano de 2001 receberam seus pr�mios no dia 10 de dezembro, no Auditório da Casa da Leitura, PROLER, no Rio de Janeiro.

A entrega dos certificados referentes aos livros considerados Altamente Recomendáveis e dos indicados como Acervo Básico, publicados em 2000, ocor-reu, no dia 18 de abril, no Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro. Participa-ram da seleção 42 votantes, de 13 estados do pa�s – especialistas em literatura, professores e bibliotecários – que depois de nove meses de leitura, encontros, pré-seleções elegeram os melhores livros para crianças e jovens em 16 categorias: Criança, Jovem, Imagem, Tradução Criança, Tradução Jovem, Tradução Informa-tivo, Informativo, Poesia, Revelação Escritor, Revelação Ilustrador, Projeto Editorial, Ilustração, Livro-Brinquedo, Teatro, Teórico, Reconto. A maioria dos editores, além de enviar os cinco exemplares para a FNLIJ, também tem, cada vez mais, contribu-�do com o trabalho dos votantes, enviando os livros para suas casas. O trabalho dos votantes é voluntário e a leitura é feita nos horários livres em suas casas.

Durante a X Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro a FNLIJ recebeu um estande onde foi montada uma Biblioteca Infantil e Juvenil com o acervo das obras premiadas pela FNLIJ além dos clássicos. Durante o evento, no dia 18 de maio, foi feita a entrega dos certificados do Pr�mio FNLIJ quando foi prestada uma homenagem à escritora Ruth Rocha, pelos seus 70 anos, no auditório Carlos Drummond de Andrade, no Riocentro.

Laura Sandroni participou da Primavera dos Livros (de 19 a 21 de outubro), no Jockey Club do Rio de Janeiro, com a palestra Políticas de aquisição de livros pelo governo.

Encontros com Emilia Ferreiro, dias 8 e 9 de maio, foi o evento pro-movido na Casa da Leitura, PROLER, Rio de Janeiro, e na UERJ, em parceria da

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FNLIJ com o PROLER e a UERJ. Foram realizadas duas palestras: Leitura, biblio-tecas e alfabetização e Passado e presente dos verbos ler e escrever. O Notícias registrou amplamente os Encontros.

Elizabeth D’Angelo Serra coordenou o III Seminário sobre Literatura para Crianças e Jovens, um dos seminários do 13º Congresso de Leitura – COLE da Associação de Leitura do Brasil – ALB, de 17 a 20 de julho. A palestra de abertura foi feita pela escritora e professora Teresa Colomer, da Universidad Au-tonoma de Barcelona. O tema de sua palestra Uma nova crítica para um novo século; foi apresentado em 2000, durante o 27o Congresso do IBBY, em Cartage-na. Aproveitando a sua vinda ao Brasil, Teresa esteve também no Rio de Janeiro e visitou a FNLIJ. Maraney Freire e Ninfa Parreiras, da FNLIJ, também estiveram presentes no COLE.

Elizabeth Serra foi convidada a participar da Comissão de Avaliação e Seleção dos Livros para o Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE 2001, do FNDE/MEC, representando a FNLIJ, que criou o projeto Literatura em minha casa. O Literatura presenteou as crianças das 4ª e 5ª séries de todas as escolas públicas brasileiras, com uma coleção de 5 t�tulos. A secretária do Ensino Fun-damental do MEC, Iara Prado, inspirou-se no projeto Ateliê do Artista da FNLIJ para o Literatura. Faziam parte da Comissão, juntamente com Elizabeth, Raquel Figueredo Alessandri Teixeira, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), Adeum Hilário Sauer, da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), Luiz Percival Leme Britto, da Associação de Leitura do Brasil e os técnicos especialistas em leitura, literatura e educação Antonio Au-gusto Gomes Batista, Maria da Glória Bordini, Maria José Martins de Nóbrega e Andréa Kluge Pereira.

Pelo quarto ano consecutivo, Elizabeth Serra foi convidada a participar, como consultora, do programa Salto para o Futuro, da TV Escola. A relação entre a literatura e os temas de relevância social, denominados temas transversais, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, foram discutidos, em cinco programas que tiveram como tema Literatura e temas transversais. Estes foram os programas: Literatura e programas de governo (Elizabeth D’Angelo Serra, Maria Antonieta Antunes Cunha e Eliane Mingues), Literatura e pluralidade cultural (Marisa Borba, Roger Mello e Marcelo Xavier), Literatura e ética (Graça Paulino, Marina Cola-santi, Ninfa Parreiras), Literatura, trabalho e consumo (Bartolomeu Campos de Queirós, Jane Paiva e Marta de Senna), Literatura, meio ambiente e saúde (Bia Hetzel, Ciça Fittipaldi, Maria José Nóbrega).

O 3o Salão do Livro para Crianças e Jovens, foi realizado de 9 a 18 de novembro, no Galpão das Artes do Museu de Arte Moderna. No dia 9 de novem-bro, na abertura oficial do 3º Salão, o deputado estadual Délio Leal entregou a

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Medalha Tiradentes à FNLIJ, oferecida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, destinada a premiar pessoas e entidades que se destacaram pelos serviços prestados ao estado e à comunidade. Regina Bilac Pinto, presidente da FNLIJ recebeu a medalha em nome da instituição.

Pelo projeto Biblioteca para Todos, a FNLIJ participou da instalação e inauguração da unidade de Angra dos Reis e fez o diagnóstico técnico dos espa-ços f�sicos das bibliotecas a serem instaladas (Belford Roxo, Mesquita, Guapimi-rim) e participou de reuniões da SOCIP (Sociedade Civil de Interesse Público), da qual a FNLIJ é membro.

Devido a mudanças na Secretaria de Estado de Cultura, a subsecretá-ria de Estado de Cultura, Graça Salgado, solicitou à FNLIJ, a realização de um diagnóstico do projeto Biblioteca para Todos em cada uma das 11 bibliotecas implantadas, bem como do desenvolvimento do serviço técnico-administrativo durante os seus dois primeiros anos de implantação. O objetivo do diagnóstico foi o de subsidiar as novas diretrizes estabelecidas para a execução do referido projeto. Com a criação do projeto Biblioteca para Todos, desde 1999, estabele-ceu-se uma parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e a FNLIJ. Em 2001, a Fundação apresentou uma nova proposta: A Revitalização das Bibliotecas Públicas do Estado do Rio de Janeiro. O projeto, porém, não teve desdobramentos.

A equipe da FNLIJ fez nova seleção de livros para a 3ª série do pro-grama Livros Animados, do Canal Futura.

Depois de uma fase preparatória o Instituto Ecofuturo contratou a FNLIJ para realizar o projeto Bibliotecas Comunitárias, que consiste na instalação de bibliotecas em comunidades desprovidas de acesso a livros. Foram assinados dois contratos. O primeiro foi para a instalação das primeiras 10 bibliotecas sob a responsabilidade da FNLIJ em 5 estados brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Esp�rito Santo e Maranhão) seguindo o modelo da FNLIJ. O segundo contrato foi para fazer somente o estudo da comunidade e diagnóstico para instalação de 15 bibliotecas do estado da Bahia em parceria com a Secre-taria de Cultura do Estado.

A revista Presença Pedagógica da Editora Dimensão, de Belo Hori-zonte, MG, publicou matéria sobre a FNLIJ, escrita por Ninfa Parreiras. Elizabeth D’Angelo Serra foi entrevistada e falou sobre o 27º Congresso do IBBY e sobre o mercado editorial brasileiro.

A FNLIJ apoiou o evento comemorativo em Uberaba, MG, juntamente com o PROLER, em homenagem a Ziraldo: 40 anos de A turma do Perer�; 30 anos de Flicts e 20 anos de O menino maluquinho, organizado por Vânia Resen-de, votante da FNLIJ.

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Elizabeth D’Angelo Serra proferiu a palestra A criança e a leitura: profis-sionais do futuro para 50 profissionais no dia 2 de outubro, na Sul América Segu-ros, seção Rio de Janeiro. Também esteve no 2º Salão do Livro de Belo Horizonte, MG, quando coordenou a mesa-redonda Literatura & televisão, cinema e vídeo.

A exposição Jardim palavras e imagens: uma homenagem a Monteiro Lobato, realizada pela FNLIJ, em 1998, esteve novamente exposta na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro, em outubro, numa parceria da FNLIJ com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.

Maraney Freire, da FNLIJ, deu aula no curso Organização e Dinami-zação de Bibliotecas Escolares para bibliotecários na Casa da Leitura PROLER. Representando a FNLIJ, como membro do Comit� Carioca do PROLER, Maraney participou da organização do 8º Encontro Regional do PROLER, em parceria com a FBN-MinC, a BPERJ, a SME- RJ e a SMC-RJ.

A FNLIJ participou em Bras�lia e no Rio de Janeiro, representada por Elizabeth D’Angelo Serra e Maraney Freire, das reuniões da Socinfo (Sociedade da Informação), programa dirigido a bibliotecas públicas, ONGs e outras insti-tuições que prestam serviços de informação à comunidade.

Elizabeth D’Angelo Serra foi convidada por Galeno Amorim, secretário municipal de Cultura de Ribeirão Preto, para participar do projeto Leitura para a cidade. Elizabeth se reuniu com a equipe da Secretaria. Por solicitação do secre-tário, a FNLIJ elaborou e enviou um anteprojeto que não se concretizou.

Representando a FNLIJ e o PROLER, Elizabeth D’Angelo Serra partici-pou da campanha Tempo de Leitura, do Ministério da Educação, lançada dia 10 de setembro, com uma teleconfer�ncia, veiculada pela TV Executiva.

No V Congresso de Ci�ncias Humanas, Letras e Artes, promovido pelo IFES do Estado de Minas Gerais, Elizabeth D’Angelo Serra, participou da mesa-redonda Letramento literário, no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto, MG.

INTERNACIONALO catálogo preparado pela FNLIJ para a 38a Feira do Livro de Bolo-

nha apresentou 149 t�tulos, selecionados a partir da produção editorial brasileira do ano 2000. A fim de homenagear Ana Maria Machado que ganhou o Pr�mio Hans Christian Andersen do IBBY, em 2000, o catálogo apresentou matéria sobre as duas vencedoras brasileiras do pr�mio com chamada na capa: Lygia Bojunga e Ana Maria Machado: Brasil – dois Prêmios Hans Christian Andersen. Dezessete editoras estiveram representadas no amplo estande adquirido pela Biblioteca Na-cional e Câmara Brasileira do Livro. Estiveram representados órgãos públicos li-

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gados ao Ministério da Cultura: o Departamento Nacional do Livro, da Fundação Biblioteca Nacional, e o Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER/FBN. E, como todos os anos dando apoio à FNLIJ também esteve presente a Câmara Brasileira do Livro. Novas conquistas foram obtidas por escritores e editores brasi-leiros. A Editora Companhia das Letrinhas recebeu o Pr�mio New Horizons, com o livro Nas ruas do Brás, de Dráuzio Varella, com ilustrações de Maria Eug�nia. Valorizando a premiação, a Companhia das Letras convidou os autores para irem à Feira receber seus certificados. Como parte das homenagens às escritoras Lygia Bojunga e Ana Maria Machado, a FNLIJ organizou duas exposições: uma na embaixada brasileira em Roma (com uma palestra de Ana Maria Machado sobre a literatura para crianças e jovens no Brasil) e outra na Feira de Bolonha, com o t�tulo: Brasil – dois Prêmios Hans Christian Andersen. Para representar a FNLIJ, esteve presente Elizabeth D’Angelo Serra, que também participou das reuniões do Comit� Executivo do IBBY, no qual é vice-presidente. Ninfa Parreiras, da FNLIJ, foi a Bolonha, pela terceira vez, a fim de participar do trabalho de recepção no estande brasileiro. Laura Sandroni, indicada pela FNLIJ, foi escolhida na reunião do Comit� Executivo do IBBY para o Júri do Hans Christian Andersen.

Os artistas brasileiros que se candidataram com seus trabalhos foram selecionados para a Bienal e estão no Catálogo da BIB/2001, que se encontra no CEDOP/FNLIJ. Estiveram presentes em Bratislava, neste ano, Regina Yolanda Werneck, como especialista internacional convidada para orientar o trabalho dos ilustradores no Workshop de Ilustradores UNESCO – BIB e Marcelo Ribei-ro, como ilustrador convidado a participar de um workshop. Elizabeth D’Angelo Serra também esteve em Bratislava, como membro do Comit� Executivo do IBBY, para a reunião ordinária do Comit�. A Bienal de Ilustrações de Bratislava, des-de sua origem, tem uma estreita vinculação com o IBBY e durante esta Bienal, tradicionalmente, há uma mostra dos trabalhos do artista vencedor do Pr�mio Andersen na categoria Ilustração. A partir de 1999, a exposição acrescentou as obras do escritor vencedor do Andersen. Dessa forma, em 2001, a BIB apresen-tou a exposição das obras literárias da escritora premiada pelo IBBY em 2000, Ana Maria Machado, que contou com o apoio da FNLIJ. Elizabeth, fazendo parte do subcomit� do Pr�mio IBBY–Asahi para Programas de Leitura, participou da reunião do júri. O candidato brasileiro, indicado pela FNLIJ, foi o vencedor do Concurso FNLIJ/PROLER Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura, do ano de 1999, o projeto Mala de Leitura, que ficou entre os finalistas. Em 2002, o pro-jeto premiado foi Pelo Direito de Ler (Por el Derecho a Leer) da CEDILIJ (Centro de Difusión e Investigación de Literatura Infantil e Juvenil) de Córdoba, Argentina, realizado em centros comunitários urbanos e rurais. O Pr�mio Asahi foi entregue no 28º Congresso do IBBY, na Basiléia, na Su�ça, em 2002.

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Em novembro ocorreram em Havana o Congresso Lectura 2001 – Para ler o século XXI e o V Encontro Ibero-americano de Literatura para Crianças e Jo-vens, numa parceria entre o Comit� Cubano do IBBY, a Cátedra Ibero-americana Mirta Aguirre e a FNLIJ, com o apoio da UNESCO, da UNICEF e da Asociación de Educadores de Latinoamerica y el Caribe. Durante o evento, foi escolhido o Pr�mio Ibero-americano Para ler o século XXI, cujo vencedor foi a Argentina, com o texto La casita azul, de Sandra Comino. Elizabeth D’Angelo Serra esteve em Havana, representando a FNLIJ e participou do júri desse pr�mio, juntamente com Patr�cia Aldana e Emilia Gallego. No Brasil, foi feita uma ampla divulgação do congresso, que contou com a presença de Emilia convidada a participar do 13º COLE, em Campinas.

A Feira Internacional de Guadalajara, no México, ocorreu em novembro, na qual o Brasil foi o pa�s homenageado. A Fundação Biblioteca Nacional convidou Elizabeth Serra, que coordenava o PROLER, para participar de uma mesa-redonda sobre literatura infantil e juvenil, nas quais estiveram os autores brasileiros Ziraldo, Ana Maria Machado, Rogério Andrade Barbosa e Luciana Savaget.

Elizabeth D’Angelo Serra participou do júri do Pr�mio Latino-america-no de Literatura Infantil y Juvenil Norma – Fundalectura, promovido pelo Grupo Editorial Norma e pela Fundación para el Fomento de la Lectura – Fundalectura, seção do IBBY da Colômbia, juntamente com Elisa Boland, da Argentina, Maria Elena Maggi, da Venezuela, Mar�a Candelaria Posada, do Grupo Editorial Norma e Carmen Bravo, da Fundalectura. Os jurados se reuniram em Bogotá em 4 de dezembro de 2001, indicando como vencedor Eduardo M. Dayán, da Argentina, autor da obra Palomas son tus ojos. O pr�mio de Autor Revelação foi concedido a Esteban Alfredo Pérez, também da Argentina, com o livro Sueño de novela.

Regina Yolanda Werncek participou do Simpósio Internacional Lendo imagens: arte, narrativa e infância, realizado em Cambridge, Inglaterra, de 1 a 4 de setembro.

Elizabeth D’Angelo Serra foi convidada para a Feira do Livro em Cór-doba, Argentina, e apresentou a confer�ncia Os problemas sociais das crianças e sua relação com a leitura, dia 15 de setembro.

2002

NACIONALO Notícias passou a ter redação de Magda Frediani, a partir do núme-

ro 2 continuando o restante da equipe. No número 8, apresentou ampla matéria sobre Ruth Rocha, que foi eleita membro titular do PEN CLUB, com belo discurso de recepção feito por Ana Maria Machado.

Em 8 de janeiro, é institu�do, pelo presidente da República, o dia 18 de abril, como o Dia Nacional do Livro Infantil, data natal�cia do escritor Monteiro Lobato. Desde o in�cio dos anos 70, a FNLIJ, representada por Laura Sandroni, fazia um trabalho de divulgação do dia 18, na tentativa de transformá-lo no dia oficial do livro infantil. Mais recentemente, procurada pelos advogados dos her-deiros do autor, a FNLIJ preparou um documento com as justificativas para fazer do dia do nascimento de Lobato o dia do livro para crianças.

O PROLER, programa no qual a FNLIJ contribuiu para sua criação e formulação, completou 10 anos, em 13 de maio, com comemorações diversas: exposição 10 anos PROLER, placa comemorativa, mesas-redondas etc. Ziraldo, a pedido da FNLIJ, criou uma imagem para marcar a data, que foi aplicada em carta-zes distribu�dos pelos comit�s do programa em todo o pa�s e bibliotecas e escolas.

A FNLIJ promoveu na Casa da Leitura, no Rio, o curso Ética, Estética e Afeto na Literatura para Crianças e Jovens, ministrado por Ninfa Parreiras e coor-denado por Elizabeth D’Angelo Serra. O curso de 40 horas, de 7 de março a 6 de junho, teve como ponto de partida a obra homônima, organizada pela FNLIJ e publicada pela Editora Global, em 2001, fruto de um seminário organizado no 12º COLE, em 1999.

Também em parceria com o PROLER, a FNLIJ promoveu outros even-tos e palestras na Casa da Leitura: A influência de Lobato na moderna literatura infantil e juvenil (Laura Sandroni); Seleção de acervos de literatura infantil e juvenil (Elizabeth D’Angelo Serra e Ninfa Parreiras); Mala de Leitura, do Centro de Tra-balhadores da Amazônia (Maria do Socorro D’Avila); Leitura, literatura e internet (Aimeé Veja Belmonte, de Cuba, e Luciana Savaget); Literatura e imagem (Graça Monteiro, Ricardo Azevedo, Teresa Breves e Eva Furnari) e a exposição dos livros premiados pela FNLIJ.

A participação da FNLIJ na I Bienal do Livro de Petrópolis e Região Serrana, ocorrida de 8 a 17 de março, no Palácio Quitandinha, se deu pela pre-

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sença de Elizabeth D’Angelo Serra na mesa-redonda Leitura e Literatura Infantil e de Maraney Freire desenvolvendo a oficina Biblioteca na escola.

A FNLIJ realizou, neste ano, um importante inventário do seu acervo na-cional de literatura infantil e juvenil. Foram aferidos 39.514 volumes e 24.472 t�tulos de livros nacionais no Centro de Documentação e Pesquisa – CEDOP/FNLIJ. Pode ser considerado o maior acervo de literatura infantil e juvenil da América Latina. Dele fazem parte livros raros, como a primeira edição de O noivado de Narizinho, de Monteiro Lobato, da Companhia Editora Nacional, publicado na década de 1920, entre outros tantos t�tulos antigos e atuais. A partir do levantamento das obras da base de dados do CEDOP e que não constavam mais do acervo, foram solicitados novos exemplares às editoras, para uma constante atualização das obras catalogadas no CEDOP. Também foi feito o inventário dos livros estrangeiros do acervo da FNLIJ. São 11.000 livros provenientes de 46 pa�ses, entre os quais Alemanha (853), Argentina (896), França (968) EUA (704). Nesse mesmo ano foi contratada uma equipe para o tratamento do Arquivo da instituição, com a separação e documentação de corres-pond�ncias, projetos, contratos, documentos, fotos, fitas de gravação etc.

Em uma iniciativa para promover a leitura de livros feita pelos adultos para as crianças, a FNLIJ resolveu lançar a campanha Leia Comigo!, e o Concurso FNLIJ Leia Comigo!, no final de 2001 e in�cio de 2002. Para participar os inscritos enviaram um relato ficcional ou de uma situação real, que abordasse a leitura partilhada entre adultos e crianças e/ou jovens. Os vencedores do Concurso FNLIJ Leia Comigo: relato real, Brincando com os sentidos, de Caio Fernando Abreu, São Paulo; relato ficcional, Não vá embora, Clarice, de Elo� Elizabet Bocheco, São José, SC. A entrega dos pr�mios aconteceu durante o 4º Salão da FNLIJ, em novembro.

A entrega dos certificados Altamente Recomendáveis FNLIJ, ocorreu no dia 26 de abril, na 17ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Nesta oca-sião, foram também divulgados os livros do Acervo Básico. Um dos momentos mais emocionantes deste evento foi a presença da escritora Tatiana Belinky, muito aplaudida por todos. A entrega do Pr�mio FNLIJ, ocorreu no dia 23 de maio, dia do aniversário da FNLIJ, no Salão Portinari, do Palácio Gustavo Capanema. Esti-veram presentes Paulo Rocco, presidente do SNEL e membro do Conselho Con-sultivo, Marcos Pereira, Laura Sandroni e Regina Bilac Pinto, do Conselho Diretor, além de editores, escritores, ilustradores e amigos. Nas duas cerimônias foram feitas homenagens especiais a uma das votantes e colaboradoras mais antigas da FNLIJ: a professora, arte educadora, escritora, promotora de leitura, Marina Quintanilha Martinez, falecida em março deste ano. No evento do Rio, partici-param as crianças do Projeto Santa Clara, instituição para a qual Marina havia doado o acervo da Biblioteca Infantil Manoel Lino da Costa e onde atuava como colaboradora e contadora de histórias. O Notícias 6, traz matéria sobre Marina.

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Em assembléia, no dia 14 de junho, instituidores e mantenedores da FNLIJ elegeram os membros do Conselhos da FNLIJ para o per�odo 2002-2005. Foram eleitos: Conselho Curador: Eduardo Portella, Marcos Pereira, Maria Anto-nieta Antunes Cunha, Regina Bilac Pinto, Roberto Feith, Wander Soares. Conselho Diretor: Carlos Augusto Lacerda (presidente), Laura Sandroni, Sônia Machado. Conselho Fiscal: Ana Lygia Medeiros, Henrique Luz e Terezinha Saraiva. Suplen-tes: Celina Dutra da Fonseca Rondon, Maria do Carmo Marques Pinheiro, Regina Lemos. Conselho Consultivo: Alfredo Weiszflog, Alexandre Martins Fontes, Anne-te Baldi, Bia Hetzel, Daniel Feffer, Felipe Lindoso, Ferdinando Bastos de Souza, Fernando Paixão, José Alencar Mayrink, José Bantim, Lilia Schwarcz, Luiz Alves, Lúcia Jurema Figueirôa, Ottaviano de Fiore, Paulo Rocco, Prop�cio Machado Al-ves, Ricardo Arissa Feltre, Rogério Andrade Barbosa e Vladimir Ranevsky.

O novo presidente do Conselho Diretor, Carlos Augusto Lacerda, em sua primeira carta aos conselheiros e mantenedores, comentou sobre seu entu-siasmo ao iniciar a gestão, colocando seus objetivos para este próximo bi�nio: aumentar o número de associados da FNLIJ; consolidar os pr�mios oferecidos pela FNLIJ assim como a realização do Salão do Livro para Crianças e Jovens; obter patroc�nio para informatizar devidamente o acervo da FNLIJ, entre outros.

Elizabeth D’Angelo Serra participou como consultora do programa Salto para o Futuro, da TV Escola, pelo terceiro ano consecutivo. Este ano o tema foi Literatura e imagem. Os objetivos principais desta série consistiram em ana-lisar e discutir com os professores os livros de literatura para crianças e jovens e seus conteúdos, textos e ilustrações. O programa foi apresentado de 26 a 30 de agosto. Participaram dos debates escritores, ilustradores, professores e especia-listas em arte e literatura: 1º programa Importância da imagem na história da hu-manidade, com a presença de Marina Colasanti, Heloisa Prieto e Maria Nazareth Soares Fonseca; 2º programa A arte olhando o mundo, com a presença de Ninfa Parreiras, Roger Mello e Maria das Graças Monteiro de Castro; 3º programa A imagem invade os livros, com a presença de Maraney Freire, Ricardo Azevedo e Wellington Arber; 4º programa A imagem nas paredes da escola, com a presença de Cynthia Rodrigues, Eva Furnari e Maria Tereza Pereira Breves; 5º programa A relação entre a literatura e a TV, com a presença de Elizabeth D’Angelo Serra, Monica Pinto e Clarice Fukelman. O Notícias 10 deu destaque à Série.

A FNLIJ foi convidada por Ceciliany Alves, representando a editora FTD, a organizar a 1ª Confer�ncia FTD de Educação e Cultura, um dos eventos comemo-rativos dos 100 anos da Editora, ocorrida no dia 22 de outubro, no Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo. A confer�ncia teve como tema geral A leitu-ra literária, os mitos e a Internet na formação do leitor. Os conferencistas convidados foram Roger Chartier, da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, que

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discursou sobre a temática do livro Do Leitor ao navegador – Os desafios do novo mundo textual e Ana Maria Machado, que falou sobre seu livro Como e por que ler os clássicos universais. Após as confer�ncias e os debates, houve a mesa-redonda com o tema A imaginação e a fantasia criando as explicações sobre a vida, com os escritores Bartolomeu Campos Queirós e Daniel Munduruku, e a palestra do ilustra-dor Nelson Cruz: Um passeio pela ilustração dos livros para crianças. A confer�ncia teve a participação de 600 professores. Aproveitando a presença do historiador Ro-ger Chartier no Brasil, a FNLIJ e a Fundação Biblioteca Nacional, contando também com o apoio da Editora FTD, promoveram a sua vinda ao Rio e organizaram uma confer�ncia com o autor, que apresentou o tema Leituras e leitores populares – sécu-los XV-XIX. A confer�ncia foi no auditório Machado de Assis, da Biblioteca Nacional.

A Globonews esteve na FNLIJ para entrevistar Elizabeth Serra para o programa Almanaque sobre o trabalho da FNLIJ: tr�s décadas voltadas para o ideal de promover um mundo melhor através da leitura.

O 4º Salão do Livro para Crianças e Jovens ocorreu de 22 de novembro a 1º de dezembro, no Galpão das Artes do Museu de Arte Moderno no Rio. A FN-LIJ e o PROLER receberam, no Rio, os vencedores do 7º Concurso FNLIJ/PROLER – 2002 Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil. Os projetos vencedores: 1º lugar – Leia e passe adiante, Uberaba, MG; 2º lugar – Canto de leitura, ONG Ler e Agir, Rio de Janeiro, RJ; 3º lugar – Va-mos ler Camaçari, Camaçari, BA. A cerimônia de entrega dos pr�mios ocorreu na abertura do 4º Salão com uma bonita festa e depoimentos emocionantes. Foram publicados, em parceria com o PROLER, da FBN, dois volumes e um CD com resu-mos dos programas inscritos no Concurso FNLIJ/PROLER Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil. O primeiro volume, organizado pela FNLIJ, traz resumos do primeiro (em âmbito estadual, 1994) e do segundo Concurso (em âmbito nacional, 1997). O segundo volume, organizado pelo PROLER, traz o terceiro e quarto Concursos (ambos nacionais, 1998 e 1999).

A FNLIJ lembrou os 20 anos do projeto da FNLIJ Ciranda de Livros, com exposição e homenagens no 4º Salão FNLIJ do livro para Crianças e Jovens.

No dia 28 de novembro, Elizabeth D’Angelo Serra recebeu, a Medalha da Ordem do Mérito Educativo, em Bras�lia, DF. O Ministro da Educação Paulo Renato Souza fez a entrega das condecorações no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Como seção brasileira do IBBY a FNLIJ ficou responsável pela mensa-gem do Dia Internacional do livro infantil – DILI do IBBY de 2003. Para isto, soli-citou a Ana Maria Machado que escrevesse o texto e para a ilustração promoveu o Concurso Latino-americano de Ilustrações, a partir da mensagem feita por Ana. Mais de 60 trabalhos foram inscritos, provenientes de diferentes pa�ses da Améri-

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ca Latina (Brasil, Argentina, México, Colômbia, Peru). A divulgação do concurso foi feita pelas seções latino-americanas do IBBY. O vencedor do Concurso foi o artista colombiano Rafael Yockteng. A Editora Ática patrocinou a impressão do folder e do cartaz com a mensagem DILI 2003, traduzida para as l�nguas oficiais do IBBY e a ilustração. A FNLIJ enviou os cartazes para todas as seções nacionais do IBBY além da ampla divulgação no Brasil.

A FNLIJ participou de programa da Multirio, no dia 8 de agosto. Eli-zabeth D’Angelo Serra foi a representante da instituição, com uma reportagem sobre a literatura infantil e juvenil.

Aimeé Belmonte, professora do Instituto Internacional de Jornalismo e membro da seção cubana do IBBY, esteve no Rio de Janeiro, para divulgar o Congresso Lectura 2003, realizado em Havana.

A FNLIJ participou da Primavera dos Livros 2002, de 20 a 22 de se-tembro, no Armazém do Rio/RioARTE, no Cais do Porto. Elizabeth D’Angelo Serra participou da mesa oficial de abertura do evento.

O projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado em 12 e 13 de agosto, no Fórum de Ci�ncia e Cultura da UFRJ promoveu o Fórum de avaliação e atuali-zação do projeto. Elizabeth D’Angelo Serra foi convidada a participar da mesa-re-donda Por que contar histórias, quando falou sobre o projeto Meu livro, meu compa-nheiro da FNLIJ, projeto pioneiro na ação de ler histórias para crianças em hospitais, com preparação dos profissionais da saúde, realizado no final do anos 80.

A Secretaria do Estado de Educação do Rio de Janeiro realizou o En-contro de Gerentes de Ensino, Gestão e Integração dos Coordenadores Regio-nais, no dia 24 de setembro, no auditório do Edif�cio Lúcio Costa. Elizabeth D’Angelo Serra, convidada a participar, como representante da FNLIJ, proferiu a palestra O livro e a leitura: uma importante ferramenta na educação.

A FNLIJ organizou o Curso de Organização de Biblioteca e Promoção da Leitura em Itanhandú, MG, em 26 e 27 de setembro (organização de biblio-tecas) e em 4 e 5 de dezembro (promoção de leitura). O curso, com 40 horas, foi ministrado por Anna Claudia Ramos. Também organizou o Curso de Auxiliar de Biblioteca, em Rio das Ostras, RJ, ministrado por Maraney Freire, a partir de janeiro de 2003, durante 5 sábados.

O V Encontro Estadual de Leitura PROLER RJ, em 4 e 5 de novembro teve a presença de Elizabeth D’Angelo Serra na mesa de abertura e de Ninfa Parreiras, na mesa-redonda A imaginação e a fantasia criando as explicações sobre a vida.

Duas bibliotecas receberam da FNLIJ doação de livros recebidos das editoras; a Primeira Igreja Batista do Cosme Velho e o Serviço de Educação e Organização Popular – SEOP de Petrópolis que doou ao Centro Comunitário de Vila Leopoldina, na localidade de Pedro do Rio.

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INTERNACIONALA convite do embaixador Wladimir Murtinho, Elizabeth D’Angelo Serra

participou de uma mesa-redonda sobre literatura para crianças e jovens no Salão Internacional do Livro, da Imprensa e de Multim�dia em Genebra, Su�ça, quando o Brasil foi o pa�s homenageado: Le Brésil en Toutes Lettres. Com este t�tulo, o Salão de Genebra procurou mostrar a diversidade regional, cultural e étnica que se expressa por meio de uma única l�ngua, o Portugu�s. Além da representante da FNLIJ/ PROLER, dois autores de literatura infantil e juvenil participaram da mesa-redonda Literatura para crianças e jovens: Ana Maria Machado, vencedora do Pr�mio Hans Christian Andersen em 2000, na categoria escritor, e Nelson Cruz, autor e ilustrador de livros para crianças, indicado para o HCA em 2001, na cate-goria ilustrador. A presença brasileira em Genebra foi organizada pelo embaixador Wladimir Murtinho, do MinC. O estande ficou a cargo da EMC – Empresa de Ma-rketing Cultural. Estiveram presentes Iara Prado, secretária do Ensino Fundamen-tal, e Mônica Messemberg, secretária Executiva do FNDE, ambas representando o MEC, e Ottaviano de Fiore, secretário do Livro e da Leitura, do MinC.

A participação da FNLIJ, na 39ª Feira do Livro Infantil de Bolonha, de 10 a 13 de abril, contou com novos apoios e parceiros para a representação brasileira na Feira. Pela primeira vez o estande brasileiro teve montagem especial, cujo projeto foi da FAGGA Eventos com o apoio do FNDE/MEC. A parceria da FBN/MinC, da CBL e do SNEL, viabilizou, como nos anos anteriores, a compra do estande. Dezessete editoras brasileiras participaram do estande coletivo. O catálogo preparado pela FNLIJ para a Feira, apresentou 134 t�tulos, entre séries e coleções, de 49 editoras, apresentando 121 escritores e 73 ilustradores. A capa foi uma criação de Ziraldo, que também foi o autor homenageado pela FNLIJ em comemoração aos 22 anos de O menino maluquinho, 32 anos de Flicts e 42 de A turma do Pererê. Laura Sandroni participou do júri do Pr�mio Hans Chris-tian Andersen 2002, que se reuniu na Basiléia, imediatamente antes da Feira, tendo ido em seguida para Bolonha participar da confer�ncia de imprensa do IBBY, quando são anunciados os ganhadores do Pr�mio. A surpresa caracteriza esse emocionante momento. Os jurados t�m que manter o segredo do resultado até o momento do anúncio oficial. Elizabeth Serra foi a representante da FNLIJ e contou com a ajuda de Elda Nogueira e Maraney Freire para o trabalho de recepção no estande.

O 28o Congresso – Jubileu do IBBY, realizado na Basiléia, Su�ça, de 29 de setembro a 3 de outubro de 2002, foi uma data marcante para o IBBY. Leena Maisen, secretária executiva do IBBY por 32 anos, anunciou a sua sa�da, sendo portanto o seu último Congresso na função. Ela se dedicou inteiramente ao trabalho da instituição, acompanhando pessoalmente a criação de cada nova

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seção e vivendo as alegrias e os problemas decorrentes desse dif�cil trabalho. Elizabeth Serra representou a FNLIJ, participando também como membro do Co-mit� Executivo e vice-presidente do IBBY. O congresso teve como objetivo fazer uma reflexão sobre a missão do IBBY na promoção da literatura para crianças e jovens: Os livros para crianças e jovens podem ajudar a construir um mundo melhor? Os livros infantis constituem uma ponte entre adultos e crianças? Como avaliar a qualidade dos textos e/ou das ilustrações dos livros de literatura para crianças e jovens? Os livros de literatura para crianças e jovens podem contribuir para o desenvolvimento pessoal, para a paz mundial e para a compreensão e a tolerância entre todos os povos do planeta? Participaram também pelo Brasil, Ninfa Parreiras, como membro da equipe da FNLIJ, Maria do Socorro D’Ávila de Oliveira, que viajou a convite do PROLER para apresentar o trabalho que coor-dena no Acre, Mala de Leitura e que foi vencedor do Concurso FNLIJ/PROLER de 1999: Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura. Ana Maria Machado, uma das principais conferencistas do evento, prestou o seu apoio a Maria do Socorro na mesa-redonda. Estiveram presentes também os escritores Luciana Savaget, Rogério Andrade Barbosa, Ricardo Cunha Lima, as especialistas Alba Regina Bueno, Maria Luiza Bretas, Neide Medeiros e Renata Junqueira de Souza.

Durante a 28° Assembléia Geral realizada na Basiléia, Su�ça, foi eleito o novo presidente do IBBY: Peter Schneck, da Áustria. Elizabeth D’Angelo Serra foi reeleita e escolhida pelo presidente para continuar como vice-presidente jun-tamente com Nilima Shima, escritora e presidente da seção indiana do IBBY/ As-sociação de Escritores e Ilustradores da Índia (AWIC). Os outros membros eleitos foram: Nathalie Beau (Paris, França), Peter Cacko (Bratislava, Eslov�nia), Huang Jianbin (Fuzhou, China), Neira Cruz (Santiago de Compostela, Espanha), Anne Pellowski (Winona, MI, Estados Unidos), Vagn Plenge (Copenhague, Dinamarca), Chieko Suemori (Tóquio, Japão) e Jant van der Weg-Laverman (Leeuwarden, Ho-landa). O Notícias 11 apresenta diversas notas sobre o congresso.

Laura Sandroni fez parte do júri do Pr�mio Latino-americano de Lite-ratura Infantil e Juvenil Norma Fundalectura/2003, que se reuniu em Bogotá, Colômbia, em outubro. Também fizeram parte do júri os seguintes especialistas: Maria Fernanda Paz Castillo (Venezuela), Patr�cia van Rhijn (México), Maria Can-delária Posada (representante da Editora Norma) e Carmen Barvo (representante da Fundalectura). A obra Amigo se escribe con H, da autora equatoriana Ma-ria Fernanda Heredia Pacheco, foi a grande vencedora. O pr�mio para autores iniciantes foi concedido ao texto El secreto de la casa Gris, da autora uruguaia Maria Gabriela Armond Ugon Pérez.

2003

NACIONALA FNLIJ foi responsável pela mensagem e pôster para o Dia Inter-

nacional do Livro Infantil do IBBY. O texto da mensagem ficou a cargo de Ana Maria Machado – vencedora do Pr�mio Andersen em 2000 – e a ilustração de Rafael Yockteng, colombiano, vencedor do Concurso IBBY–DILI Latino-america-no de Ilustrações, promovido pela FNLIJ em 2002. O cartaz com a ilustração e a mensagem, traduzida para o ingl�s, para o alemão, para o franc�s e para o espanhol, foi enviado pela FNLIJ às 64 seções do IBBY, com o apoio da Editora Ática. A FNLIJ, como seção responsável pela produção e divulgação da Mensa-gem DILI 2003, promoveu o concurso latino-americano, para selecionar uma ilustração e criar o cartaz.

Para o Pr�mio FNLIJ os livros foram analisados por uma equipe de 33 votantes de 12 estados do Brasil (772 livros publicados por 116 editoras). Deste total, 95 livros foram selecionados como Altamente Recomendáveis e 88 foram indicados para compor o Acervo Básico. A entrega dos certificados aos autores e editores foi realizada em cerimônia no Palácio Gustavo Capanema, no Auditório Gilberto Freyre, no Rio de Janeiro, em 29 de abril. Dos 95 t�tulos selecionados como Altamente Recomendáveis, 23 foram escolhidos para o Pr�mio, em 16 categorias. Nesta edição do Pr�mio FNLIJ destacou-se o número expressivo de livros apontados como Hors Concours, demonstrando a alta qualidade da pro-dução editorial de 2002. Os certificados aos vencedores do Pr�mio FNLIJ/2002, nas diversas categorias, foram entregues durante a comemoração dos 35 anos da FNLIJ, na XI Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, em 23 de maio.

Foi promovido o Concurso FNLIJ 35 anos: Despertando o envolvimento das crianças com a literatura, com o objetivo de comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil, 2 de abril, e os 35 anos da FNLIJ. O concurso, aberto a pro-fessores, bibliotecários, educadores e a qualquer pessoa que promova a leitura entre crianças, teve como ponto de partida a mensagem DILI/IBBY – 2003, que foi produzida e organizada pela FNLIJ (texto de Ana Maria Machado e ilustração de Rafael Yockteng). Foram recebidos 201 textos, provenientes de todas as regi-ões brasileiras. Um júri de nove educadores e especialistas em literatura infantil selecionou os melhores trabalhos. Para este concurso a FNLIJ teve o apoio da Editora Ática. Foram vencedores:

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• 1° lugar: A mascate das almas, de Caio Silveira Ramos, de São Paulo, SP.

• 2º lugar: Um dia especial, de Márcia Mascarenhas de Rezende Ca-margos.

• 3º lugar: Uma amiga, certo dia, de Simone Saueressig.

Foi realizada a premiação do 2º Concurso Leia Comigo!, da FNLIJ: com o objetivo de enfatizar a importância da leitura compartilhada entre o adulto e a criança e/ou jovem, a FNLIJ, além de desenvolver ações diversas voltadas para a escola, para a biblioteca e outros espaços sociais, também tem procurado divulgar, junto às fam�lias, a importância da leitura, acreditando que o adulto é o principal mediador deste interesse da criança e do jovem pelos livros. Foi feita uma divulgação junto à imprensa, às escolas, às secretarias de educação e cultura e às bibliotecas, distribu�dos 5.000 folhetos com a Mensa-gem DILI/IBBY, impressos pela Editora Ática. Foram inscritos 31 textos nas duas categorias (relato real e relato ficcional). Vencedores: Relato de Ficção – Estra-nhos habitantes ao fundo do mar, de Simone Saueressig, Nova Hamburgo, RS, e Relato Real – O duende João Vieira, de Alberto Moby Ribeiro da Silva, Campo Grande, Rio de Janeiro.

O PROLER foi um importante parceiro da FNLIJ para a realização do Concurso FNLIJ/PROLER Melhores Programas de Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil, no per�odo de 1997 a 2002, em âmbito nacional. Como órgão governamental, a associação do PROLER permitiu também o reconhecimento da importância da iniciativa da FNLIJ. Neste ano, apesar de não ter sido poss�vel contar com a participação do PROLER, a FNLIJ deu continuidade ao concurso que criou a fim de não interromper as conquistas alcançadas, na esperança de, mais à frente, retomar essa parceria. Foram recebidos 11 projetos, provenientes de 4 estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pará). O resultado final contemplou tr�s colocados e uma como menção honrosa. Os vencedores dos concursos receberam acervos de livros para crianças e jovens, entregues numa cerimônia informal, na sede da FNLIJ, no m�s de dezembro: 1º lugar – Programa Radiofônico Cante e Conte outra Vez, de Fernanda Milanez, Nova Friburgo, RJ; 2º lugar – Outras Palavras, de Maria Cristina de Paula Machado, Colégio Impe-rial, Rio de Janeiro, RJ; 3º lugar – Momentos de Esperança, de Felisberto Antonio Leo, Grupos de Perseverança, Rio de Janeiro, RJ. Menção honrosa: Projeto terra Brasilis, de Claudia Pimentel, Escola Oga Mitá, Rio de Janeiro, RJ.

A FNLIJ elaborou a cartilha Literatura – modos de usar, um guia para uti-lização dos livros do PNBE 2001 e 2002 – Literatura em minha casa, por solicitação do Ministério da Educação com o objetivo de apresentar as coleções do programa

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Literatura em minha casa – livros de literatura distribu�dos pelo MEC em 2002 e 2003, para alunos de escolas públicas de todo o pa�s. Por problemas burocráticos do próprio MEC, o trabalho não foi publicado em 2002. No in�cio de 2003, o MEC solicitou a reformulação de alguns pontos, mas a obra continua inédita.

A comemoração dos 35 anos da FNLIJ ocorreu na XI Bienal Interna-cional do Livro do Rio de Janeiro. As tr�s fundadoras da FNLIJ – a bibliotecária Ruth Villela de Souza, a cr�tica literária Laura Sandroni e a educadora Maria Luiza Barbosa de Oliveira – foram as grandes homenageadas. Num estande concedido pelo SNEL e pela FAGGA Eventos, promotores da Bienal, a Biblioteca FNLIJ atendeu às crianças, aos jovens e aos professores, possibilitando realizar um projeto há muito planejado: uma biblioteca em plena Bienal! A Biblioteca da FNLIJ ofereceu aos visitantes um encontro com os melhores livros de literatura infantil e juvenil, selecionados pela FNLIJ. No Auditório do pavilhão Azul, no dia 23 de maio, foram entregues os pr�mios da FNLIJ: Pr�mio FNLIJ para os livros publicados em 2002; o Pr�mio do Concurso FNLIJ 35 anos, que teve como tema Despertando o envolvimento das crianças com a literatura, inspirado na mensa-gem DILI/IBBY 2003; os certificados para os autores que fizeram parte da Lista de Honra do IBBY em 2002 e foi lançada a edição 2003 dos concursos 2º Leia Comigo! e o 8º Concurso FNLIJ Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens.

Renovou-se a parceria com o Instituto Ecofuturo da Cia. Suzano de Papel e Celulose, no projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, resultado de um compromisso com a leitura, principalmente a leitura literária, visando à criação das Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, como espaços de formação, construção e exerc�cio da cidadania. Já foram instaladas, e estão funcionando, 10 bibliotecas em 5 estados brasileiros. Nos dias 8 e 9 de maio de 2003, em São Paulo, o Instituto Ecofuturo organizou o 2º workshop do projeto de Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, tendo a participação do presidente do Instituto Eco-futuro, Marcos Egydio, de Christine Fontelles, gerente de Projetos Educacionais e de representantes das bibliotecas. Na ocasião, Elizabeth D’Angelo Serra, secre-tária-geral da FNLIJ, apresentou um balanço das dez bibliotecas implantadas. O processo de continuidade do projeto também foi discutido. A FNLIJ e o Ecofuturo t�m recebido e-mails, cartas e fotos mostrando a alegria dos coordenadores das bibliotecas e também dos moradores das regiões onde elas foram implantadas. Essas manifestações são motivo de orgulho e de entusiasmo, pois demonstram que os objetivos do projeto estão se tornando realidade.

Pela quarta vez consecutiva, a Associação de Leitura do Brasil (ALB) convidou a FNLIJ, representada por Elizabeth D’Angelo Serra para organizar o 4º Seminário sobre Literatura para Crianças e Jovens, com o apoio institucional da

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Unicamp e da Secretaria Municipal de Educação de Campinas. A partir da frase tema do 14º COLE: As coisas, que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase, de Carlos Drummond de Andrade, o seminário procurou refletir como a literatura está sendo tratada e considerada na escola brasileira. Professores, bibliotecários, escritores, editores e especialistas em literatura, convidados pela FNLIJ, analisa-ram os programas governamentais que promovem a literatura na escola e dis-cutiram, entre outros temas, a realidade dos cursos de formação de professores e sua relação com a literatura, bem como a importância de resgatar a leitura de Monteiro Lobato e das obras clássicas para a formação leitora. Foram recebidas 81 comunicações isoladas e 17 comunicações coordenadas, todas organizadas em subtemas para a apresentação pela FNLIJ. Convidados da FNLIJ para as mesas-redondas: Bartolomeu Campos de Queirós, Cynthia Rodrigues, Elizabeth D’Angelo Serra, Jane Paiva, Laura Sandroni, Maria das Graças Monteiro Castro, Maria José Nóbrega, Maraney Freire, Nilma Lacerda e Roger Mello.

A convite da organização do evento, Elizabeth D’Angelo Serra partici-pou da 10ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, RS, realizada de 26 a 29 de agosto, no campus da Universidade de Passo Fundo. Vozes do Terceiro Milênio: a arte da inclusão foi o tema da jornada.

O 5º Salão do Livro para Crianças e Jovens foi realizado, de 12 a 21 de setembro, no Galpão das Artes do MAM. A abertura oficial contou com a presença de autoridades, editores, ilustradores, jornalistas e demais convidados. Mais uma vez, a FNLIJ contou com o patroc�nio da BR Distribuidora/ Petrobras e o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Câmara Brasileira do Livro, do Sindicato Nacional de Editores de Livros, da ABRELIVROS e da Cia. Su-zano de Papel e Celulose. Trinta e oito estandes das editoras mostraram o que há de melhor no campo da literatura para crianças e jovens. Os estandes da FNLIJ, da Associação de Escritores e Ilustradores e da Secretaria Municipal de Educação ofereceram uma diversidade de encontros entre os autores, os livros e seus lei-tores. O escritor Bartolomeu Campos de Queirós recebeu homenagem especial em comemoração aos seus 30 anos de carreira. Como nos anos anteriores, o Espaço FNLIJ de Leitura valorizou os lançamentos de livros e o ato de ler trechos dos livros enquanto a Biblioteca Infantil e a Biblioteca Jovem, as novidades deste ano, atra�ram milhares de visitantes. Mais de 80 livros foram lançados. A Visita-ção Escolar levou ao Salão cerca de 11 mil estudantes de 86 escolas particulares e 188 escolas públicas. Pelo terceiro ano consecutivo, toda criança que visitou o Salão ganhou um livro. Para isso, a FNLIJ comprou e distribuiu 18 mil exemplares de obras literárias para crianças e jovens.

O 5º Seminário FNLIJ de Literatura para Crianças e Jovens foi rea-lizado na Cinemateca do MAM, nos dias 15 e 16 de setembro, com o apoio

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da Cia. Suzano de Papel e Celulose, por meio do Instituto ECOFUTURO, que coordena as Bibliotecas Ler é Preciso. O tema do 5º Seminário, que reuniu um público de quase 150 pessoas, foi Literatura na escola: professores e alunos lei-tores. O centenário de nascimento de Portinari, um dos mais importantes artistas brasileiros, foi comemorado em 2003. Durante a solenidade de abertura do 5º Salão FNLIJ do Livro, o artista, que ilustrou um único t�tulo de literatura infantil, Maria Rosa, foi homenageado pela FNLIJ. Sua neta, Maria Cândida Portinari, esteve na cerimônia e recebeu da FNLIJ uma placa em homenagem ao avô. Por sugestão da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEI-LIJ, a FNLIJ prestou ao ilustrador Ivan Wash Rodrigues uma justa homenagem pelo conjunto de sua obra, que inclui publicações como o Atlas Histórico Escolar, Casa Grande & Senzala e História do Brasil em Quadrinhos (Editora Brasil-América – EBAL).

O Notícias do Salão, redigido pelo escritor e jornalista Márcio Vassallo teve uma tiragem de 15.000 exemplares, apresentando toda a programação do Salão, entrevistas e depoimentos de autores e de muitas personalidades ligadas ao evento.

O concurso FNLIJ Nossa Leitura do 5° Salão do Livro para Crianças e Jovens teve nove trabalhos inscritos, de escolas particulares e públicas. Os vencedores do concurso receberam acervos de livros para crianças e jovens, entregues numa cerimônia informal, na sede da FNLIJ, no m�s de dezembro: 1º lugar – Um relato sobre a visita ao V Salão FNLIJ do Livro, de Rosane da Silva Gomes e 2º lugar – Os escritores contam suas histórias nas escolas, de Claudia Regina do Nascimento, da Sociedade Educacional Professora Maria Antonia, de Cachoeiras de Macacu, RJ.

Na Primavera dos Livros 2003, a FNLIJ participou, por intermédio de Elizabeth D’Angelo Serra, do fórum de discussões para profissionais do merca-do editorial. Em maio do mesmo ano, Elizabeth integrou a mesa-redonda de abertura do Seminário Nacional do Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude – CBTIJ, no SESC – Rio.

A FNLIJ participa do segundo workshop do Projeto Bibliotecas Comu-nitárias Ler é Preciso, dias 8 e 9 de maio, na Livraria Casa de Livros, SP. Elizabeth D’Angelo Serra e Maraney Freire representaram a Fundação.

INTERNACIONALParticipação na 40ª edição da Feira de Livros Infantis de Bolonha tendo

como parceiros o SNEL, a CBL e a FBN. Estiveram presentes no estande brasileiro as editoras: Ática; Brinque-Book; Caramelo; Cia. das Letrinhas; FTD; Global; Mar-

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tins Fontes; Melhoramentos; Mercuryo; Scipione; Studio Nobel. Cento e quarenta e seis livros de literatura para crianças e jovens (de 127 escritores e 79 ilustrado-res) foram selecionados a partir da produção editorial de 2002 para o catálogo de Bolonha, assim como uma homenagem aos ilustradores brasileiros de LIJ. A capa, de Nelson Cruz, ilustrador brasileiro indicado ao Pr�mio Hans Christian An-dersen 2002. A Exposição de Ilustradores, preparada para o 4º Salão do Livro da FNLIJ, foi adaptada e apresentada no estande, sendo depois levada para a Suécia e para Roma. A FNLIJ contou com a parceria da Global Editora, da Mergulhar Serviços Editoriais (uma empresa do grupo R. R. Donneley – América Latina) e da Companhia Suzano de Papel e Celulose para a impressão do catálogo.

Laura Sandroni, do Conselho Diretor da FNLIJ, foi reeleita para mem-bro do Júri do Pr�mio Hans Christian Andersen do IBBY, na seção que avaliará a obra dos escritores.

O Congresso Lectura 2003, Para ler o século XXI, foi realizado de 28 de outubro a 1 de novembro, em Havana. Organizado pelo IBBY cubano, teve a parceria da FNLIJ, da Fundalectura, da Colômbia, da Associación de Lectura Infantil e Juvenil Argentina, e do IBBY do Canadá. Os organizadores homena-gearam os 50 anos do IBBY, apresentando uma retrospectiva dos temas que centraram a atenção de alguns dos congressos mundiais da instituição, ocorridos em diferentes datas e regiões, visando avaliar, assim, à luz do momento atual, a vig�ncia, a importância e a transcend�ncia que mant�m estes temas. Na confe-r�ncia de abertura, a escritora e acad�mica brasileira Ana Maria Machado falou sobre o tema Ler e Crescer, que será o foco do Lectura 2005. A escritora Laura Sandroni, do Conselho Diretor da FNLIJ, apresentou a confer�ncia O Livro como instrumento de formação e desenvolvimento de crianças e jovens: 14º Congresso do IBBY. O tema abordado nessa confer�ncia foi o Congresso do IBBY, organi-zado pela FNLIJ, no Rio de Janeiro, em 1974, o primeiro a ser realizado fora da Europa. A escritora Nilma Gonçalves Lacerda, vice-coordenadora geral para a América Latina e o Caribe da Cátedra Ibero-americana, Mirta Aguirre, apresen-tou a Confer�ncia: Sonhos, livros e a noite em Bagdah. Elizabeth D’Angelo Serra, secretária-geral da FNLIJ, vice-presidente do IBBY e vice-presidente do Comit� Organizador do Lectura 2003, fez o Encerramento / Avaliação do Congresso.

Joel Rufino dos Santos, escritor, e Angela Lago, ilustradora, foram os can-didatos brasileiros indicados para o Pr�mio Hans Christian Andersen IBBY – 2004.

Para a Lista de Honra do IBBY 2004 foram indicados o escritor Ricardo Azevedo (Trezentos parafusos a menos, Editora Companhia das Letras), o ilustra-dor Nelson Cruz (Conto de escola. Texto de Machado de Assis, Editora Cosac Naify) e a tradutora Marina Colasanti (As aventuras de Pinóquio: histórias de uma marionete. Texto Carlo Collodi, Editora Companhia das Letrinhas).

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A FNLIJ indicou os ilustradores brasileiros para o júri e workshop de ilustradores da Bienal de Ilustrações de Bratislava (BIB), de 5 a 9 de setembro, e a premiada ilustradora Angela Lago para participar do júri internacional desta Bienal, por seu excelente trabalho como artista e por sua reflexão cr�tica e esté-tica sobre as ilustrações de livros de literatura brasileira para crianças e jovens. Na 18ª Bienal, em 2001, a ilustradora Regina Yolanda, reconhecida interna-cionalmente por seu trabalho, foi membro deste júri. A FNLIJ também indicou o ilustrador Andrés Sandoval, que participou do workshop, organizado pela BIB, que só contou com seis ilustradores em 2003. Os ilustradores brasileiros Marilda Castanha, Nelson Cruz, Marcelo Pimentel e Marcelo Ribeiro tiveram seus traba-lhos expostos junto aos 306 ilustradores de 38 pa�ses.

A coletânea sobre a obra do escritor austr�aco Karl Bruckner é publica-da na Áustria. Nela há um artigo de Ninfa Parreiras sobre as obras de Bruckner publicadas no Brasil. Quando foi bolsista da Biblioteca Internacional da Juven-tude de Munique, em 2000, ela foi convidada por Peter Schneck a participar de um seminário sobre o escritor austr�aco, em Viena, Áustria.

Elizabeth D’Angelo Serra, como representante da FNLIJ, esteve em Estocolmo, Suécia, para a entrega do Pr�mio ALMA e para fazer parte de uma mesa-redonda sobre Projetos de Promoção da Leitura para Crianças no Brasil, em junho. O evento foi organizado pela seção sueca do IBBY.

2004

NACIONALDesde o número 7 de 2003 a diagramação do Notícias está a car-

go da empresa Arco. Foram publicados 4 suplementos como encarte especial do informativo. O tradicional Balanço Anual da instituição não foi publicado em 2003. Uma retrospectiva do referido ano foi apresentada no Notícias 2, de 2004. No Notícias 10, os 30 anos de edições de livros infantis da Ática foi come-morado, apresentando textos de Fernando Paixão e Regina Mariano.

No in�cio de uma manhã de março a FNLIJ recebeu um telefonema da Suécia avisando que Lygia Bojunga havia ganhado, o 3º Premio ALMA. Foi uma emoção e imediatamente telefonamos para ela a fim parabenizá-la. Lygia ainda estava atordoada com a not�cia. Tinha sido acordada cedo, também com o telefonema de lá, e custou a perceber o que estava ocorrendo. Naquele dia, a FNLIJ parou. Ficou incumbida de apoiar Lygia na divulgação da not�cia pelo Bra-sil afora. O Notícias 5 traz na primeira página a foto de Lygia e informa sobre o pr�mio e no Notícias 6 há uma matéria relatando o evento da entrega do pr�mio, em Estocolmo, com a presença do ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil e da Rainha Silvia, da Suécia. Segundo Lygia, foram dias de um conto de fadas.

No dia 1º de abril, véspera do Dia Internacional do Livro Infantil e Juve-nil, Laura Sandroni participou, com a escritora Rosa Amanda Strausz, do programa Rio, a cidade, produzido pela MultiRio e veiculado pela TV Bandeirantes. A apre-sentadora do programa é Kátia Chalita. Em maio, Laura fez palestra na Universida-de do Sul de Santa Catarina (UNISUL) sobre Literatura infantil e juvenil brasileira.

A Biblioteca Infantil e Juvenil Maria Mazzetti da Casa de Rui Barbosa, criada pela FNLIJ, completou no dia 2 de abril 25 anos, comemorados com inúmeras atividades registradas pela FNLIJ no Notícias.

Em 2004, comemoramos os 30 anos do Pr�mio FNLIJ com 16 cate-gorias. As editoras, ao exibirem com orgulho em seus catálogos os t�tulos que recebem o selo FNLIJ, como uma garantia de qualidade para o leitor, nos enche de orgulho e faz com que o processo seja cada vez mais aprimorado. Na Seleção Anual de 2004 foram recebidos 912 t�tulos, uma expressiva mostra da vitalida-de da produção editorial brasileira neste setor. Desse total, foram selecionados 122 livros considerados Altamente Recomendáveis, e 198 livros indicados para compor o Acervo Básico (AB). O Pr�mio FNLIJ foi entregue dia 18 de agosto,

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no auditório do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Carlos Augusto Lacerda, presidente do Conselho Diretor da FNLIJ, falou sobre a importância do trabalho da instituição e fez um balanço da participação das editoras: em 1999, o Pr�mio FNLIJ teve 658 concorrentes e, neste ano de comemoração dos 30 anos do Pr�mio, foram recebidos 914 trabalhos, um crescimento de quase 50%. Neste ano, não houve a entrega dos certificados aos livros Altamente Recomen-dáveis. Ganhador do Pr�mio FNLIJ Melhor Reconto, com o livro Amazonas, no coração encantado da floresta, publicado pela Cosac & Naify, Thiago de Mello veio especialmente do Amazonas para a cerimônia do pr�mio, surpreendendo a todos e dando um depoimento emocionante.

Em março a FNLIJ organizou uma agenda de atividades para a Casa da Leitura, onde Ninfa Parreiras falou sobre o Dia Internacional do Livro Infantil; em abril, Ferreira Gullar falou de sua tradução de Dom Quixote de La Mancha e Luciana Sandroni de sua obra Minhas memórias de Lobato; em maio, Joel Rufino dos Santos, indicado ao Pr�mio HCA do IBBY foi o convidado, juntamente com Laura Sandroni, membro do júri do Pr�mio, e Daniel Munduruku; em agosto, o poeta Ricardo da Cunha Lima falou de poesia, juntamente com a ilustradora Mariana Massarani. Em todas as atividades houve uma exposição e venda de livros montada pela FNLIJ.

Nilma Lacerda, professora do NUTES, criou um evento inédito sobre leitura. O Seminário Nacional Saúde e Leitura foi realizado de 5 a 8 de outubro no campus da Cidade Universitária da UFRJ, promovido pelo Núcleo do Cen-tro de Ci�ncias da Saúde (NUTES, da UFRJ); a Cátedra Mirta Aguirre (Havana, Cuba) e o Museu da Vida da FIOCRUZ. A FNLIJ foi convidada a ser parceira do evento. A programação, excelente, atraiu o público durante os quatro dias. Ana Maria Machado fez a palestra de abertura Palavras para a saúde. Daniel Mun-duruku e Carlos Diego Santos Muniz (jovem voluntário) falaram sobre Histórias e Leituras. No segundo dia, a programação foi a seguinte: Políticas para uma Arti-culação Saúde e Leitura. Mesa-redonda com João Carlos Serra (Meu Livro, meu companheiro (INAMPS/FNLIJ); Valdir Cimino (Ong Viva e Deixe Viver!); Galeno Amorim (Programa Fome de Livro do MinC) O Riso, a leitura, a Saúde. Mesa-redonda com Wellington Nogueira (Doutores da Alegria); Eneida Simões Fonseca (UERJ); Sima Ferman (INCA).Contar Histórias é Construir Saúde – mesa-redonda com Carla Gruzman (Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ); G� Orthoff (ilustrador); Daiz� Pinho Vechi (Projeto Biblioteca Viva em Hospitais / Ministério da Saúde). No terceiro dia: Bem de Leitura, bens de Saúde – mesa-re-donda com Emilia Gallego (IBBY Cuba/Cátedra Ibero-americana Mirta Aguirre); Jean Hébrard (Ministère de l’Education et de la Jeunesse – França); Marcelo Land (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira)/IPPMG/UFRJ). Literatura:

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um sentido para a vida – Palestra de Laura Sandroni; A Dimensão Humanista na Formação dos Profissionais que Atuam na Área da Saúde – mesa-redonda com André Malhão (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/FIOCRUZ); Ana Luiza Vessoni (Escola Paulista de Medicina/UNIFESP); Sherrine Njaine Borges (psi-canalista); Virg�nia Schall (Centro de Pesquisa Renné Rachou/FIOCRUZ).

No último dia, Saúde, Saúdes: Múltiplas Lentes para Essa Representa-ção, palestra de Carlos Coloma (Fundação Nacional de Saúde/FUNASA/Minis-tério da Saúde). Seis propostas na Saúde para Este Milênio – palestra de Ricardo Ceccim (Ministério da Saúde/UFRS).

O Ministério da Cultura, por intermédio da Fundação Biblioteca Nacio-nal, publicou um edital pela internet para compra de livros de todos os g�neros para as bibliotecas públicas brasileiras como parte do Programa Fome de Livro. Foi uma gigantesca operação de leitura e a FNLIJ foi convidada a participar, selecionando os livros para crianças e jovens. O coordenador do processo foi Galeno Amorim. A FNLIJ analisou 7 mil livros de literatura infantil e juvenil durante 5 meses e 2016 obras foram selecionadas. As responsáveis pelo processo foram Laura Sandroni e Elizabeth Serra, que escreveram pareceres para todos os livros. Trabalharam no apoio ao pro-cesso de escrita dos pareceres Ira�des Coelho, Ísis Valéria Gomes, Magda Frediani, Ma�sa Aleksandravicius, Maraney Freire, Marisa Borba e Ninfa Parreiras.

Por solicitação da Unique Talent Brazil, instituição de intercâmbio edu-cacional e cultural, a FNLIJ recebeu uma delegação americana de Bibliotecários, em 22 e 23 de março. Foram 15 representantes de diversas bibliotecas e institui-ções americanas que visitaram a FNLIJ, onde assistiram a uma apresentação de André Muniz, Elizabeth D’Angelo Serra e Ninfa Parreiras sobre Literatura infantil brasileira – visão geral, e também foram à Casa da Leitura, à ABL e à Biblioteca Beth Serra, da Primeira Igreja Batista do Cosme Velho.

A Unique Talent conheceu a FNLIJ pela internet buscando atender à demanda de seus clientes americanos que queriam conhecer instituições que trabalhassem com literatura infantil e junto às crianças. Procurada pela empresa, Elizabeth Serra montou a programação para a visita dos bibliotecários no Rio bem como em outros estados. Foi uma experi�ncia interessante, pois a Unique Talent convidou a FNLIJ para participar de um almoço e um jantar de confra-ternização, quando foi poss�vel ampliar a troca de idéias sobre o trabalho com crianças em bibliotecas e o contraste dos serviços oferecidos nos dois pa�ses.

O 6o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi realizado de 16 a 26 de setembro no Galpão das Artes do Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. A sigla FNLIJ passou a fazer parte do t�tulo do evento. A grande home-nageada foi Lygia Bojunga, por ter ganhado o Pr�mio Astrid Lindgren Memorial Award, ALMA, da Suécia.

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Um acontecimento novo e inesperado deste ano foi a demanda ocor-rida para realizar um evento, em Fortaleza, baseado no Salão FNLIJ do Livro. A demanda surgiu de um casal, freqüentador do Salão no Rio, que se mudava para Fortaleza a trabalho e que gostaria de ter o mesmo tipo de evento por lá para levar seus filhos. Depois de muita insist�ncia para que aceitássemos o desafio, foi assinado um contrato entre a FNLIJ e a BossaStudio para a realização do evento, que se chamou Circo das Letras. O circo foi armado na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), de 22 a 30 de maio. Ca-rinhosamente denominamos o circo de primeiro filhote do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Merece registro e destaque a determinação do casal para realizar o evento. Giselle Martins Venâncio, doutora em história da leitura e professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e seu marido, Henrique Paes de Carvalho, se comprometeram em manter para o evento a mesma filo-sofia do Salão FNLIJ do Livro. Elizabeth Serra, convidada a participar do evento, representando a FNLIJ, fez a confer�ncia de abertura do Seminário Literatura na Escola, organizado em parceria com a FNLIJ e participou da mesa-redonda sobre Políticas públicas de promoção da leitura. O seminário foi concorrid�ssimo, com a presença de professores de munic�pios vizinhos. Graça Lima apresentou uma excelente palestra sobre ilustração e Roger Mello proporcionou uma movi-mentada conversa com o público que ficou entusiasmado com a bela aula sobre o tema proporcionada pelos dois artistas. Ao lado de muitos autores e editores que aceitaram o desafio da realização do Circo das Letras, a secretária-geral da FNLIJ vibrou com o sucesso da iniciativa de levar a filosofia da FNLIJ para tão longe. Nos Notícias 7 e 10 há extensa matéria sobre o evento, que contou com vários apoios locais dentre os quais destacamos os da Secretaria Estadual de Cul-tura, do Sindicato do Comercio Varejista de Livros do Ceará, tendo a frente a sua entusiasmada presidente, Mileide Flores e a Universidade Estadual do Ceará.

Maraney Freire, representando a FNLIJ, organizou a Biblioteca FNLIJ e o Espaço de Leitura da 1a Feira de Livros de Nilópolis, realizada de 25 a 29 de outubro de 2004, no ABEU Colégios, de Nilópolis, Rio de Janeiro, organizada pela Arco Arquitetura e Produções. Quinze autores de literatura infantil e juvenil foram convidados para atividades com os alunos das escolas visitantes. O evento ficou a cargo da empresa Arco Arquitetura e Produções, que convidou a FNLIJ para organizar as atividades. A Arco foi, até este ano, a empresa contratada pela FNLIJ para a produção dos Salões, no MAM. Sempre sob orientação da FNLIJ, a Arco foi responsável pela montagem nos Salões FNLIJ da Biblioteca, do Espaço de Leitura, das diversas exposições, da criação gráfica, dos folders e cartazes e de outros suportes diferentes que iam sendo demandados pela FNLIJ a cada ano. Com a experi�ncia adquirida nos anos de trabalho com a FNLIJ, Heloisa Alves,

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proprietária da Arco, criou o evento em Nilópolis que obteve o patroc�nio por meio da lei estadual de incentivos fiscais à cultura.

O 9º Concurso FNLIJ – Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil premiou trabalhos de diferentes regiões do pa�s. Além do Rio de Janeiro, foram premiados trabalhos em Peabiru, PR, Qui-xadá, CE e Joinville, SC. Receberam menções honrosas os trabalhos de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

Também o 3º Concurso Leia Comigo premiou textos de diferentes re-giões. Um foi de Fortaleza e outro de São Paulo. O segundo concurso Nossa Leitura do Salão FNLIJ teve como vencedora a professora Miriam Ramos Rocha, da Associação Educacional de Niterói, RJ.

A FNLIJ foi convidada a participar de duas revistas: Nós da Escola, uma publicação da MultiRio, entrevistou Ninfa Parreiras sobre o papel da ima-gem nos livros para crianças. Para a revista Ci�ncia Hoje das Crianças, Ninfa Parreiras preparou um artigo sobre os contos de fadas de Hans Christian Ander-sen e Elizabeth D’Angelo Serra preparou um texto sobre os livros e a leitura, que foi adaptado pela jornalista Mara Figueira.

Ninfa Parreiras foi entrevistada na sede da FNLIJ pelo programa Co-mentário Geral, da TVE, sobre a presença do ovo na literatura infantil, em junho.

A FNLIJ e o Instituto Ecofuturo, da Cia. Suzano de Papel e Celulose, firmaram novo conv�nio para a criação de mais 20 Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso. Dessas, 10 são no estado de Pernambuco. Em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, em Recife, foi assinado, no dia 26 de junho, o termo de parceria entre o Instituto Ecofuturo, o governo do Estado de Pernambuco, através das Secretarias de Educação e Cultura, e as prefeituras dos 10 munic�pios que receberam o projeto. Como intervenientes assinaram a FNLIJ e o Instituto Ayrton Senna. Estiveram presentes, o governador do estado, Jarbas Vasconcelos, o se-cretário de Educação e Cultura, Mozart Neves Ramos, o presidente do Instituto Ecofuturo, Daniel Feffer, e Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ.

A FNLIJ recebeu a visita de amigos estrangeiros: Francesca Ferrari (ex-diretora da Feira do Livro Infantil de Bolonha), em março; Maria Carolina Bloch-berger (criadora uma biblioteca de l�ngua portuguesa, em Viena, Áustria) e Vagn Plenge (dinamarqu�s membro do Comit� Executivo do IBBY).

INTERNACIONALA participação na 41a Feira de Bolonha teve como foco principal a co-

memoração dos 30 anos de nossa presença neste evento internacional apresen-tando a literatura brasileira para crianças e jovens. Doze editoras participaram

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do estande coletivo brasileiro expondo seus livros. A Câmara Brasileira do Livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros e a Fundação Biblioteca Nacional conti-nuaram como parceiros para a compra do estande. O catálogo FNLIJ’s Selection for Bologna apresentou 127 livros de 43 editoras, agrupados em sete categorias: criança, jovem, informativo, poesia, teatro, teórico e reconto, que representam a produção de 115 escritores e 80 ilustradores. A homenagem da FNLIJ este ano foi para os escritores ind�genas com encarte especial colorido no catálogo. O fato motivador foi a Menção Honrosa do Pr�mio Tolerância da UNESCO, recebido por Daniel Munduruku em 2003. Uma bela entrevista foi feita por Marcio Vasallo com Daniel, por encomenda da FNLIJ e com apoio da Global Editora, publicada em ingl�s no catálogo e, em portugu�s, no Notícias 7. Parceiras da FNLIJ para o catálogo: a Editora Ática, se responsabilizou pela versão para o ingl�s; a Nova Fronteira cuidou do projeto gráfico; a Martins Fontes ofereceu o fotolito para impressão e a Global Editora, a impressão. A Cia. Suzano de Papel e Celulose forneceu o papel. A FNLIJ organizou também, novamente, com o apoio da Global Editora, a ida de Daniel Munduruku à Feira. Como atividade da Feira, organizou uma palestra para apresentação do escritor ao público estrangeiro, que con-tou com uma expressiva presença dos membros do IBBY. A palestra, intitulada Livros Infantis brasileiros escritos por autores indígenas, foi lida em portugu�s e traduzida para o ingl�s por Lenice Bueno, editora da Moderna. A palestra foi publicada no Notícias 7. Elizabeth D’Angelo Serra foi à Feira representando a FNLIJ e Helo�sa Alves, da Arco, esteve presente a convite da FNLIJ para apoiar o trabalho no estande. Laura Sandroni, como membro do Júri do Pr�mio Hans Christian Andersen, se reuniu na Basiléia, Su�ça, antes da Feira, seguindo depois para Bolonha. O IBBY anuncia os vencedores do Pr�mio HCA na confer�ncia de imprensa que organiza todos os anos, durante a Feira de Bolonha.

Dos inúmeros desdobramentos da presença brasileira em Bolonha um deles tem o seu braço em Moçambique. Dalva Nascimento, brasileira que durante um per�odo em Bolonha trabalhou no estande brasileiro para a FNLIJ, mudou-se com o marido para Moçambique, na África. Lá criaram o projeto Biblioteca Am-bulante em Moçambique, com apoio do governo italiano por meio do projeto de cidades-g�meas. Como Bolonha é cidade g�mea de Maputo foi poss�vel desenvol-ver o projeto. Dalva, sabendo da presença brasileira na Feira, entrou em contato com a FNLIJ para pedir uma doação de livros brasileiros. A partir deste ano de 2004, a FNLIJ tem destinado um número expressivo de livros ao projeto e recebe sempre uma carta oficial do governo moçambicano agradecendo pelo apoio além de material escrito e em DVD em que a FNLIJ é sempre citada como apoiadora.

A FNLIJ participou do 29º Congresso do IBBY, na Cidade do Cabo, África do Sul. Elizabeth D’Angelo Serra, além de representar a FNLIJ, participou

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como vice-presidente do Comit� Executivo do IBBY que se reuniu no evento, como o faz em todos os congressos. Entre outras tarefas, fez parte do júri do Pr�-mio IBBY-Asahi e foi responsável pelo processo de eleição para o novo per�odo de gestão do IBBY. Elda Nogueira, candidata ao novo Comit� Executivo, indicada pela FNLIJ, esteve presente a fim de apresentar a sua candidatura, sendo eleita para o novo per�odo (2004-2006) e mantendo assim a representação do Brasil no Comit�. Tendo permanecido por dois per�odos consecutivos, tempo máximo permitido pelos estatutos do IBBY, Elizabeth deixou o Comit� Executivo.

A Fundação Germán Sánchez Ruipérez, da Espanha, convidou Eliza-beth Serra para apresentar uma palestra no XI Simpósio sobre Literatura Infantil e Leitura – Políticas de Leitura Públicas e Privadas – III Encontro Ibero-americano, realizado em Madri, na Espanha, de 25 a 27 de novembro. O tema da palestra foi: Ser leitor no Brasil: valor e privilégio das elites. Também participou do Simpó-sio a escritora Teresa Colomer, que já esteve no Brasil, a convite da FNLIJ, entre outros especialistas. Na oportunidade, Elizabeth Serra pediu licença aos organi-zadores do encontro para fazer a entrega solene do certificado do Pr�mio FNLIJ 2003 para o Melhor Livro Teórico, A Formação do Leitor Literário à autora, Teresa Colomer. O livro foi publicado em 2002, pela Global Editora, com tradução de Laura Sandroni. O encontro tem a caracter�stica de não ser aberto ao público em geral, reunindo somente especialistas convidados, o que permitiu um excelente aprofundamento das questões tratadas.

2005

NACIONALA diagramação do Notícias voltou a ser feita por Christiane Mello,

por meio da sua empresa Zero Produções. No Notícias 2 a FNLIJ apresentou o Relatório Anual de 2004.

A FNLIJ in�ciou o trabalho de premiação dos melhores livros em 1974 com o Pr�mio Ofélia Fontes, O Melhor para criança. Comemorando os 30 anos de pr�mio, no ano passado, a FNLIJ organizou uma exposição dos livros premia-dos para ir à Feira de Bolonha que também foi apresentada no Salão FNLIJ. Para ampliar a oportunidade até os sócios da FNLIJ, o Notícias 9 publicou a lista de todos os premiados na categoria Criança com as capas coloridas, presente da PricewaterHouseCoopers, que patrocina a impressão do informativo.

Nos dias 25 e 26 de fevereiro, o diretor do Conselho Bolsa de Valores Sociais da BOVESPA, Raymundo Magliano Filho, juntamente com outros diretores e com alguns conselheiros da BVS estiveram em Alter do Chão, no Pará, para conhecer o trabalho da ONG Saúde e Alegria em comunidades ribeirinhas do rio Tapajós, que recebe recursos da BVS. Elizabeth D’Angelo Serra, como membro do conselho, participou da visita, tendo oportunidade de levar livros de literatura infantil para entregar às comunidades visitadas.

Elizabeth D’Angelo Serra apresentou a palestra Um mergulho na li-teratura infantil brasileira, no dia 22 de março, na Universidade da Mulher, em Petrópolis, RJ.

A FNLIJ foi convidada pela Academia Brasileira de Letras, para ser a curadora da exposição Sob o domínio da imaginação, em comemoração ao bicentenário de Hans Christian Andersen. A exposição ficou a cargo do Centro de Memória da Academia, com a coordenação geral de Irene Moutinho. O res-ponsável pelo projeto e execução da exposição foi Anselmo Maciel, também da ABL. Foram apresentadas as obras de Andersen que fazem parte do acervo da FNLIJ e que pela primeira vez estavam sendo expostas. Também foram apresen-tados os originais das ilustrações de Eliardo França, cedidas pela editora Ática e v�deos cedidos pelo Arquivo Nacional. A exposição permaneceu aberta de 5 de abril até o final de julho para visitas, inclusive de escolas, e recebeu mais de 1.800 visitantes. Houve um ciclo de confer�ncias organizado pelo acad�mico e filólogo Evanildo Bechara, durante cinco terças-feiras, sobre a vida e a obra de

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HCA, com a presença de Ana Maria Machado, Per Johns, Isabel Maria Carvalho Vieira, Cec�lia Costa Junqueira e Arnaldo Niskier.

Em comemoração pelo Dia Internacional do Livro Infantil, 2 de abril, a FNLIJ foi convidada para um debate ao vivo no programa Atualidades, da Rádio MEC-AM, no Rio de Janeiro, com o apresentador Eduardo Fajardo. Estiveram presentes: Ninfa Parreiras (FNLIJ), os escritores Luciana Sandroni e Marcio Trigo e Cristina Zaremba da Câmara Facó (coordenadora pedagógica).

Pelo segundo ano, foi realizado o Circo das Letras, na cidade de For-taleza, Ceará, de 2 a 10 de abril, considerado o primeiro filhote do Salão FNLIJ. Como no ano anterior, o Circo foi montado na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Diversos autores e especialistas em literatura infantil e juvenil estiveram presentes no seminário e na feira. A FNLIJ foi representada por Elizabeth D’Angelo Serra.

A FNLIJ e o Programa de Alfabetização, Documentação e Informação (PROALFA) da UERJ, representado por sua diretora Anna Helena Moussatché, organizaram o X Ciclo de Estudos em Alfabetização. No dia 25 de abril, Nilma Lacerda fez a palestra Texto literário e biblioteca: um rumor essencial, e no dia 30 de maio, Cynthia Rodrigues apresentou a palestra Ler como necessidade social: uma história da leitura.

Laura Sandroni fez a confer�ncia de abertura Diversos aspectos da literatura para crianças e jovens do IV Encontro de Literatura Infantil da Faculdade de Letras da UFRJ, de 3 a 5 de maio, no Rio de Janeiro.

Os certificados para os livros Altamente Recomendáveis foram entregues em cerimônia durante a XII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no dia 13 de maio, no Auditório Fernando Sabino. Os autores e editoras presentes receberam seus certificados das mãos dos seguintes conselheiros presentes à cerimônia: Alfredo Weiszflog, Carlos Augusto Lacerda, Eduardo Portella, Prop�cio Machado Alves e So-nia Machado. Foram analisados 1.065 livros pela equipe de votantes da FNLIJ.

A FNLIJ, representada por Elizabeth D’Angelo Serra, foi convidada no-vamente a organizar o V Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, realizado no 15º Congresso de Leitura (COLE), de 5 a 8 de julho, promovido pela Associação de Leitura do Brasil. O tema norteador dos debates do seminário foi A importân-cia dos clássicos universais para a educação. Foram recebidas 280 inscrições, sendo que 86 inscritos, de 13 estados diferentes, foram selecionados. Além de Elizabeth, estiveram presentes Claudia Campos, Cynthia Rodrigues e Maria Alice Ferreira Gomes, da equipe da FNLIJ, atuando em alguns dos seminários. Elizabe-th Serra participou também do VII Seminário de Bibliotecas quando apresentou, com Christine Fontelles, diretora de educação do Instituto Ecofuturo a palestra Políticas de bibliotecas impulsionadas pelo 3º setor, em que refletiam sobre a

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experi�ncia do projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, do Instituto Ecofu-turo. Silvia Castrillon foi convidada do 15º COLE, para apresentar a confer�ncia Políticas de Leitura e Participação Cidadã, quando participou, também, de uma mesa no Seminário de Literatura Infantil. Aproveitando sua vinda ao Brasil, a FNLIJ convidou-a a vir ao Rio e apresentar uma palestra proferida no dia 11 de julho, no Casarão do Cosme Velho.

No dia 11 de julho tomaram posse os novos conselhos da FNLIJ para a gestão 2005-2008: Conselho Diretor: Bia Hetzel, Gisela Zincone (Presidente) e Ísis Valéria Gomes; Conselho Curador: Carlos Augusto Lacerda, Laura Sandroni, Luiz Alves Junior, Regina Lemos, Sonia Machado e Suzana Sanson; Conselho Fiscal: Henrique Luz, Marcos da Veiga Pereira e Terezinha Saraiva e Suplentes do Conse-lho Fiscal: Jefferson Alves, Mariana Zahar e Regina Bilac Pinto; Conselho Consulti-vo: Alfredo Weiszflog, Alexandre Martins Fontes, Annete Baldi, Ana Lygia Medeiros, Cristina Warth, Eduardo Portella, Eny Maia, Evanildo Bechara, Ferdinando Bastos de Souza, Fernando Paixão, José Alencar Mayrink, Lilia Schwarcz, Lygia Bojunga, Maria Antonieta Cunha, Olavo Monteiro de Carvalho, Paulo Rocco, Prop�cio Ma-chado Alves, Rogério Andrade Barbosa, Silvia Gandelman e Wander Soares.

No dia 27 de setembro foram entregues os certificados do Pr�mio FN-LIJ 2005, no Salão José de Alencar, da Academia Brasileira de Letras. A solenida-de foi aberta por Gisela Zincone, presidente do novo Conselho Diretor da FNLIJ. Participaram também da cerimônia e entregaram os certificados, Laura Sandroni, membro do Conselho Curador; Ísis Valéria, membro do Conselho Diretor, Ma-ria Antonia Goulart, Coordenadora de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Nova Iguaçu e Elizabeth D’Angelo Serra que conduziu a cerimônia.

Novo contrato foi assinado entre o Instituto Ecofuturo e a FNLIJ para a ins-talação de mais 23 bibliotecas do projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso.

Para a 4a edição do programa Livros Animados, do Canal Futura, a FNLIJ foi convidada a dar nova assessoria. O Canal Futura dirigiu o foco des-sa edição para a cultura brasileira afro-descendente, em atendimento à Lei nº 10.639, de 2004, do Ministério da Educação. Os livros apresentados foram selecionados pela FNLIJ e pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabeti-zação e Diversidade/MEC.

A nova atividade do ano foi o convite recebido pela FNLIJ para organizar a 1ª Bienal do Livro Infanto-Juvenil de Nova Iguaçu se-guindo o conceito do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Rodrigo Ba-ggio, do Centro de Democratização da Informática, e Ziraldo foram as pessoas que indicaram a FNLIJ para a prefeitura de Nova Iguaçu. A Bienal ocorreu de 8 a 16 de outubro, marcando as comemorações da Semana da Criança e do Professor. O local foi o SESC de Nova Iguaçu. Ziraldo foi o curador e padrinho

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do evento, tendo criado o logotipo exibido em outdoors por toda a via Dutra. A Prefeitura destinou R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) para a compra de livros para as escolas municipais, selecionados e adquiridos diretamente pelos profes-sores da rede e pela equipe da Secretaria Municipal de Educação nos estandes das editoras. O modelo adotado para as compras dos livros pelos professores foi o mesmo utilizado no Salão FNLIJ em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Mais de 50 editoras participaram do evento. Uma biblioteca com quase 100m², foi montada na entrada da Bienal. Com a localização privilegiada, chamava a atenção do visitante para a sua importante função social, que é a de possibilitar o acesso aos livros de maneira democrática. O Espaço FNLIJ de Leitura contou também com uma área de quase 100m², onde 27 t�tulos foram lançados e inúmeros encontros com autores e performances foram realizados. Também a exemplo do que ocorre no Salão FNLIJ, a parceria entre a Fundação e as editoras que participaram do evento possibilitou que todas as crianças e jovens da rede pública municipal de Nova Iguaçu, que visitaram a Bienal, ganhassem um livro de presente. Vinte e quatro mil alunos participaram da visitação à Bienal, sendo vinte mil estudantes da rede municipal de educação de Nova Iguaçu e quatro mil de estabelecimentos particulares, públicos estaduais e de outros munic�pios. Por solicitação de Maria Antonia Goulart, Coordenadora de Desenvolvimento Social da Prefeitura, a FNLIJ organizou uma exposição de ilustrações que se chamou Viva a ilustração!, com reproduções de originais de artistas estrangeiros (29 artistas de diferentes pa�ses) e brasileiros (30 artistas).

O 7º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens ocorreu de 17 a 27 de novembro. Desde sua primeira edição, o Salão foi realizado no Galpão das Artes do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro. Com a construção de um teatro no local do Galpão das Artes, neste ano o Salão foi transferido para os jardins do MAM, o que possibilitou aumentar a área total. Uma estrutura de 2.000 metros quadrados, em lona branca, foi erguida para receber 64 estandes das melhores editoras nacionais de literatura infantil e juvenil. Durante o 7º Salão foram entregues os pr�mios aos vencedores dos Concursos FNLIJ.

Para comemorar as tr�s décadas dedicadas à seleção de livros de lite-ratura para crianças e jovens, a FNLIJ preparou, para a Feira de Bolonha, uma seção especial no catálogo com todas as obras premiadas nesta categoria, bem como uma exposição no estande brasileiro da feira. E também no 7º Salão FNLIJ do Livro houve uma exposição com painéis que reproduziram as capas dos livros e a distribuição de um folheto impresso com os premiados da categoria criança. No Notícias 9, todas as capas em cores foram reproduzidas.

Laura Sandroni representou a FNLIJ no 6º Salão do Livro de Minas Gerais e Encontro de Literatura, de 11 a 21 de agosto, em Belo Horizonte, par-

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ticipando da mesa-redonda A importância de ler. Laura também esteve presente na 11ª Jornada de Literatura de Passo Fundo, RS, e na I Festa do Livro e da Leitura de Aracati, CE, quando fez parte da mesa-redonda Espaços de promoção da leitura.

Uma delegação do IBBY chin�s esteve no Brasil e visitou a FNLIJ no dia 23 de setembro. A delegação era formada por 10 editores chineses mem-bros do CBBY China e do seu presidente Hai Fei. O objetivo foi o de promover a divulgação do próximo Congresso do IBBY, a ser realizado em Pequim, em 2006. Recepcionaram os editores: Carlos Augusto Lacerda, Ísis Valéria Gomes, Laura Sandroni e Elizabeth D’Angelo Serra. Aproveitando a oportunidade, a FN-LIJ conseguiu, por intermédio de Luciana Savaget, que a Globonews estivesse na Fundação para entrevistar a delegação para o programa Conta Corrente. A delegação chinesa ofereceu um jantar de confraternização quando estiveram presentes além de Gisela Zincone, Isis Valéria e Elizabeth Serra, os escritores Luiz Antonio Aguiar, representando a FNLIJ, Luciana Savaget e Rogério Andrade Barbosa, inscritos no congresso.

Como parte da ação do programa Ler é Preciso, o Instituto Ecofuturo organizou um fórum, em Cabo de Santo Agostinho, PE, nos dias 14 e 15 de dezembro, que reuniu os representantes da rede de Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso do estado. A FNLIJ foi parceira na organização do programa. Elizabeth D’Angelo Serra falou sobre O papel das bibliotecas. Estiveram presentes como palestrantes Bartolomeu Campos de Queirós, Roger Mello e Socorro Accioli. Tam-bém participaram Rosangela Bezerra e Marisa Borba, como professoras dos cursos ministrados pela FNLIJ para o projeto. O encontro teve o apoio da UNESCO.

INTERNACIONALA presença na 42ª Feira de Bolonha contou com o apoio da Câmara Bra-

sileira do Livro, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros e da Fundação Bibliote-ca Nacional. Doze editoras participaram do estande coletivo. O catálogo preparado pela FNLIJ teve como tema a comemoração dos 30 anos do Pr�mio FNLIJ O Melhor para Criança. Elizabeth D’Angelo Serra representou a FNLIJ e Elda Nogueira, como membro do Comit� Executivo do IBBY, apoiou o trabalho no estande.

Para a 20ª BIB – Bienal de Ilustrações de Bratislava – de 9 de setembro a 31 de outubro, a FNLIJ organizou a presença dos trabalhos brasileiros fazendo a seleção daqueles que foram enviados para a Mostra. O ilustrador Rui de Oli-veira, indicado pela FNLIJ, fez parte do júri recebendo apoio da UFRJ para sua viagem. O ilustrador Fernando Vilela, também indicado pela FNLIJ, participou do workshop de ilustradores, conseguindo apoio junto às editoras para sua viagem.

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A seção cubana do IBBY, presidida por Emilia Gallego, realizou o Con-gresso de Leitura 2005, Para ler o Século XXI – Por uma Cultura de Paz, em Ha-vana. A FNLIJ, a seção do IBBY canadense e a Fundalectura (seção colombiana do IBBY) participaram do evento como co-promotores e Elizabeth D’Angelo Serra foi a vice-presidente do congresso. A escritora Marina Colasanti foi convidada a proferir a palestra de abertura do Congresso. Porém, Elizabeth e Marina não pu-deram viajar por causa de um furacão que passou pela ilha na data da viagem. Marina teve seu texto lido na abertura do congresso por Nilma Lacerda.

Em reconhecimento ao trabalho pioneiro liderando a FNLIJ e pelo de-senvolvimento da literatura infantil e juvenil no Brasil, Laura Sandroni foi eleita, pelo Comit� Executivo do IBBY, Membro Honorário da entidade. Pela primeira vez, um latino-americano recebe esse reconhecimento.

Com a decisiva participação de Elda Nogueira, que está morando em Marselha, foi poss�vel divulgar a literatura infantil e juvenil por ocasião do ano do Brasil na França. A participação ocorreu durante a Comédie du Livre, em Montpellier, de 20 a 22 de maio. Elda, como representante da FNLIJ, administrou todo o processo de negociação com os promotores do evento. Além dessa parte burocrática mas necessária, Elda leu obras dos autores Ana Maria Machado, Lygia Bojunga e Nelson Cruz, no estande da Direção Departamental do Livro e da Leitura. Foi organizada também uma exposição de ilustrações de Nelson Cruz com o apoio da Editora Cosac Naify. Nelson teve sua passagem custeada pelo evento e pôde estar presente, enriquecendo as atividades em torno dos seus livros. Aproveitando a viagem, esteve em Paris onde divulgou o seu trabalho.

Pelo mesmo motivo da atividade em Marselha, ano do Brasil na França, a FNLIJ doou um acervo de livros brasileiros levados para a Feira de Bolonha para o Salão do Livro de Montreuil (em novembro), na França. Elda Nogueira, represen-tando a FNLIJ, apresentou um painel sobre a literatura infantil brasileira, em Paris, para um grupo de bibliotecários a convite da organização dos eventos ligados à literatura infantil brasileira. O Notícias 9 apresentou matéria sobre os eventos.

A Editora Routledge, na Taylor & Francis Group, com sede em Londres e Nova Iorque, lançou a 2ª edição da International Companion Encyclopedia of Children’s Literature, revista e ampliada, por seu editor Peter Hunt. A FNLIJ indi-cou Laura Sandroni para escrever um ensaio sobre a literatura infantil no Brasil. A enciclopédia foi publicada em dois volumes, de mais de 600 páginas cada um, com a participação de especialistas de diversos pa�ses. O texto de Laura é o único de pa�s latino-americano a ser contemplado na obra.

Por indicação da UNESCO, Elizabeth Serra participou como membro do Júri do Pr�mio Ibero-americano de Literatura Infantil e Juvenil Edições SM em sua 1ª edição. A reunião dos jurados para escolha dos vencedores ocorreu em Toledo, Espanha, em 14 de outubro.

2006

NACIONALA partir do Notícias 7, a redação do informativo passou a ser feita

por Kátia Thomas, jornalista. A revisão foi feita por Claudia Pinto e por Ninfa Parreiras. No Notícias 3, está o Balanço Anual de 2005. A capa do Notícias 5 co-memora os 38 anos da FNLIJ com uma bela montagem da Zero Produções, com imagens diversas de logotipos de projetos e eventos de que a FNLIJ participou, além de foto de Ruth Villela, uma das fundadoras da FNLIJ, Ana Maria Machado e Lygia Bojunga. A montagem foi utilizada para um pôster que está exposto na FNLIJ. No mesmo número 5, há uma primeira matéria que noticia o destino dos livros recebidos pelos votantes depois de lidos. Os leitores apóiam inúmeras pe-quenas ações de leitura na sociedade, bem como dão origem a novos projetos.

A impossibilidade de viajar para Havana, por causa do furacão Wil-ma, para participar do Lectura 2005 deixou Marina Colasanti e Elizabeth Serra, muito frustradas. Marina contou o episódio em sua coluna, no Caderno B, de domingo, de 30 de outubro de 2005, do Jornal do Brasil, que foi reproduzido no Notícias 1, onde também foi publicado o belo texto Quando a diferença funda a identidade, que ela escreveu para evento, lido por Nilma Lacerda, que conseguiu chegar à ilha antes da intempérie.

A divulgação dos livros, autores e ilustradores premiados pela FNLIJ, referentes à produção de 2005, ocorreu, no dia 2 de agosto, no Auditório Ma-chado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional. Antes da entrega dos certifi-cados aos vencedores foi comemorado o t�tulo de Membro Honorário do IBBY recebido por Laura Sandroni, em Bolonha, no dia 27 de abril, durante a confe-r�ncia de imprensa que o entidade internacional realiza durante a Feira daquela cidade. Laura, emocionada, leu o discurso proferido na cerimônia da Itália e que foi publicado no Notícias 4. O evento foi prestigiado pelo representante do Ministro da Cultura do Brasil, professor Adair Rocha. Da Seleção Anual da FNLIJ, que culmina com o Pr�mio FNLIJ, participaram 30 votantes voluntários, de todo o pa�s. Foram lidos e analisados 849 t�tulos, a saber: 593 de autores brasileiros e 256 de autores estrangeiros.

A Petrobras, patrocinadora do 8º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, desde a terceira edição, deu nota 90 e conceito Excelente na avaliação do Salão FNLIJ, em 2006. A oitava edição do Salão foi realizada de 24 de agosto

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a 3 de setembro, nos jardins do Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro. A Alemanha foi o pa�s homenageado, apresentando uma bela exposição de ilus-tradores e trazendo ao Brasil a ilustradora premiada Juta Bauer.

A parceria da FNLIJ com a Secretaria de Educação do Munic�pio do Rio de Janeiro, por meio da Divisão de M�dia e Educação, sob a responsabilidade de Simone Monteiro, levou a SME-RJ a solicitar à FNLIJ a criação de um curso sobre literatura infantil e juvenil e leitura para os professores das Salas de Leitura e da Educação Infantil. A identidade de objetivos entre o trabalho da Secretaria e a FNLIJ quanto à formação de leitores, com �nfase na literatura, foi o vetor para essa demanda a partir do trabalho desenvolvido no Salão FNLIJ do Livro. Assim, Elizabeth D’Angelo Serra, representando a FNLIJ, organizou e coordenou o Curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores a partir das condições dadas pela SME-RJ, tais como carga horária, calendário escolar, locais dos cursos, disponibilidade de horário dos professores. O recurso financeiro para a realização do curso veio do FNDE para formação de professores com contrapartida da SME. Embora pla-nejado para o 1º semestre, ele só começou em agosto e terminou em dezembro.

Foram atendidas 30 turmas, com 30 alunos-professores, em 20 aulas, ministradas por 19 professores especializados no assunto.

Os cursos ocorreram em locais escolhidos pela SME-RJ tendo como critério a localização das 10 Coordenadorias de Ensino do Munic�pio (CRE’s), de forma a atender aos professores nas regiões em que estão situadas as escolas em que trabalham. Os bairros onde foram ministrados os cursos são: Bangu, Barra da Tijuca, Campo Grande, Catete, Engenho de Dentro, Guadalupe, Inhaúma, Irajá, Moneró, Olaria, Oswaldo Cruz, Praça Seca, Quintino Bocaiúva, Santa Cruz, Taquara e Vila Militar.

O curso se constituiu de 3 temas gerais paras todas as turmas (20 de Salas de Leitura e 10 de Educação Infantil), com duas aulas para cada uma dos turmas:

Tema 1 – História da literatura infantil nacional e internacional: Luiz Raul Machado e Laura Sandroni

Tema 2 – A vida e a obra de Monteiro Lobato: Luciana Sandroni e Sonia Travassos

Tema 3 – Relações entre alfabetização, letramento, leitura: Nilma Lacerda.

Além dos temas gerais, para as turmas de Sala de Leitura, o curso abordou os seguintes conteúdos, com uma aula para cada, à exceção do tema Uma leitura dos autores premiados pela FNLIJ, com duas aulas:

A vida e obra de Ana Maria Machado – Rogério Saturnino A vida e a obra de Bartolomeu Campos de Queirós – Maria Lilia Simões A vida e a obra de Lygia Bojunga – Ninfa Parreiras

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A vida e a obra de Marina Colasanti – Rona Hanning A vida e a obra de Ziraldo – Vânia Resende Ilustração – Graça Lima Literatura Ind�gena – Daniel Munduruku Uma leitura dos autores premiados pela FNLIJ – Marisa Borba Traduções e adaptações – Ricardo BenevidesPara as turmas de Educação Infantil foram destacados os seguintes

conteúdos, com uma aula para cada:A vida e a obra de Ruth Rocha – Cynthia Rodrigues A vida e a obra de Sylvia Orthof – Luiz Raul Machado A vida e a obra de Ziraldo – Vânia ResendeUm encontro com os autores Mary e Eliardo – Com os autores.Andersen, Perrault e Grimm (adaptações e versões) – Cláudia Pimentel. Ilustração – Graça LimaLivro de imagem – Graça Lima Livro brinquedo, livro jogo – Cláudia PimentelLiteratura ind�gena- Daniel MundurukuPoesia – Márcio VassaloTambém foram programadas aulas práticas, que compreendiam visi-

tas, para todos os cursistas de Sala de Leitura e de Educação Infantil. Para isso, as turmas foram mantidas nos mesmos horários em que estavam previstas as aulas ministradas nas escolas. Foram tr�s tipos diferentes de aula-visita:

1. Visita ao Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, anterior à abertura oficial do Salão ao público, o que favoreceu a circulação dos cursistas e o contato com os estandes, livros e instituições lá representadas.

2. Visita a uma biblioteca popular, para as turmas de Sala de Leitura e Visita à biblioteca da Casa da Leitura, para as turmas da Educação Infantil. Na visita, as turmas conheceram a rotina de empréstimo, pesquisa e leitura na biblio-teca, bem como outras atividades, o acervo, a catalogação de livros etc.

3. Visita ao Palácio Gustavo Capanema, à sede da Fundação Na-cional do Livro Infantil e Juvenil e à sede da Fundação Biblioteca Nacional. Na oportunidade, os cursistas tomaram contato com bens culturais (livros, painéis de pintura, obras arquitetônicas, jardins etc.), que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro.

Em todas as ocasiões, havia um professor ou monitor para receber as turmas e guiar o grupo de cursistas; mostrar o local, a função, a importância do mesmo para a formação dos professores cursistas e os acervos lá existentes. Foi um curso pioneiro que se repetiu, para um número menor de alunos, nos anos 2007 e 2008.

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O término do curso foi uma avaliação feita por todos os alunos das 30 turmas orientadas por alguns dos professores do curso. O instrumento de avaliação foi constru�do pela FNLIJ em parceria com a SME-RJ:

Os objetivos foram plenamente alcançados, pois a cada aula minis-trada, a cada escola visitada, a cada conversa, os depoimentos de professores e cursistas demonstraram o acerto do conteúdo e da metodologia. Um conteúdo que privilegiou a literatura e uma metodologia que explorou a leitura intensiva, isto é, o livro foi sempre o principal instrumento de trabalho.

No entanto, há que se ler muito para descobrir o mundo, para des-cobrir os caminhos a trilhar. Há que se ler muito para poder fazer escolhas. E foi para contribuir nessas escolhas que a SME, por meio da Divisão de M�dia, e a FNLIJ somaram esforços para levar a riqueza da literatura para aqueles cuja tarefa principal deve ser a de incentivar a leitura e a de formar leitores.

Por demanda da Fundação Biblioteca Nacional, por meio da Direto-ra-Executiva, Célia Portella e da bibliotecária da FBN responsável pelo setor de eventos, Suely Dias, a FNLIJ organizou um novo projeto, o Natal com Leituras na Biblioteca Nacional, nos dias 18 e 19 de dezembro, no Espaço Eliseu Visconti. O Natal contou com o apoio do Instituto C&A que possibilitou comprar livros para doação aos visitantes além de convidar escritores e ilustradores para partilhar com as crianças a leitura de livros e a arte de ilustrar. O evento teve entrada franca. Nos dois dias foi realizado, no final do dia, um bate-papo às 17h. No dia 18, com a escritora Ana Maria Machado, e no dia 19, com Marina Colasanti. Ambos me-diados pelo jornalista e escritor Marcio Vassalo. A FNLIJ montou uma Biblioteca e um Espaço de Leitura onde eram realizadas performances com os ilustradores.

No projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, do Instituto Ecofutu-ro, a FNLIJ realizou 27 ações de diagnósticos, supervisão e cursos. De 13 cursos em quatro estados – Pernambuco, São Paulo, Bahia e Minas Gerais – foram formados 251 alunos. A duas instituições realizaram ainda um primeiro encontro, nos dias 19 e 20 de abril de 2006, no Rio de Janeiro, com os especialistas que vão a campo desenvolver o projeto, para avaliar o trabalho realizado, visando a aprimorar as atividades. O programa Ler é Preciso recebeu o Pr�mio LIF, conce-dido pela Câmara do Comércio França-Brasil.

O Dia Nacional do Livro Infantil, 18 de abril, foi comemorado em uma visita à Unidade Municipal de Educação Infantil – UMEI Neuza Brizola, em Niterói, RJ, cuja professora foi premiada com o Concurso Nossa Leitura do Salão FNLIJ. Participaram da visita Gisela Zincone, Ísis Valéria Gomes, Elizabeth D’Angelo Serra e as professoras Claudia Feres Leite (RJ), Gloria Valladares (RO), Patr�cia Martins (GO), Rosa Ferreira Lima (MA) e Vânia Rezende (MG), que estavam no Rio para participar do encontro sobre o projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso.

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A Assembléia Geral da FNLIJ foi realizada dia 22 de novembro, no auditório do SNEL, no Rio de Janeiro. A mesa da Assembléia foi composta por Gisela Zincone, presidente do Conselho Diretor da FNLIJ; Ísis Valéria Gomes, membro do Conselho Diretor da FNLIJ; Lúcia Riff, membro do Conselho Diretor da FNLIJ e Elizabeth D’Angelo Serra. Na apresentação dos trabalhos da FNLIJ em power point, foram destacadas as principais ações do per�odo de julho de 2005 a outubro de 2006. Foi apresentado e distribu�do aos participantes o novo portfólio sobre a FNLIJ, com impressão feita pela Editora Global, para divulgar a instituição. Os certificados de participação como candidatos brasileiros ao Pr�-mio Hans Christian Andersen – IBBY foram entregues a Joel Rufino dos Santos, como escritor e a Rui de Oliveira, como ilustrador.

Elizabeth D’Angelo Serra participou, como convidada, dos seguintes eventos onde representou a FNLIJ: 20 anos da Oficina da Palavra – APLIC, de Rosa Cuba Riche, colaboradora e votante da FNLIJ, no dia 10 de maio, na Fundação Biblioteca Nacional; 1ª Bienal de Poesia e Trovas de Paquetá, Rio de Janeiro, com a palestra de abertura do evento: A literatura e a formação do leitor, dia 13 de julho, e também pela Coordenadora do Núcleo de Extensão do Centro de Ci�ncias Sociais da UERJ, para apresentar a palestra A literatura infantil e a ludicidade, no dia 15 de dezembro.

A FNLIJ deu apoio à organização do XI Encontro do PROLER, no Au-ditório Machado de Assis, na Fundação Biblioteca Nacional, nos dias 3 e 4 de maio, no Rio de Janeiro. O tema do encontro, O livro e a leitura – argumentações e experiências, reuniu 50 dos 84 comit�s do PROLER.

Laura Sandroni recebeu a Medalha de Honra ao Mérito do Livro da Fundação Biblioteca Nacional pela criação da FNLIJ.

A FNLIJ ofereceu livros à Escola Sol Nascente, que perdeu sua biblio-teca em inc�ndio, em Paul�nia, SP.

O Programa de Adoção de Entidades Culturais da Caixa Econômica Federal selecionou 31 instituições em todo o pa�s para investimentos totais de R$3,5 milhões. A seleção dos projetos foi realizada por comissão julgadora e a FNLIJ foi uma das beneficiadas, recebendo R$ 187.854,00 para o projeto Literatura para Crianças e Jovens no Brasil, que tem como meta o trabalho de base para disponibilizar, pela internet, informações de parte do acervo de livros da instituição, além da modernização do site.

Estiveram em visita à FNLIJ o mineiro Luiz Carlos Neves, que vive na Venezuela, e sua esposa Isabel de Los Rios. Ambos são advogados e integrantes do Grupo En Cuentos y Encantos e estiveram no Rio em 1990, quando minis-traram a Oficina Conta Conto, promovida pela FNLIJ, no teatro Glauce Rocha, com apoio da Amil.

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A Secretaria de Educação de Barra Mansa (RJ) contratou a FNLIJ para participar do encerramento do seu IV Momento Literário, evento promovido pela di-visão de Salas de Leitura, tendo à frente a professora Elizabeth Gonçalves. O evento ocorreu na sede do SESC da cidade e a FNLIJ levou livros e móveis para montar uma biblioteca e entre outro espaço organizou as performances dos ilustradores. Foram dois dias em que as crianças, jovens e fam�lias da cidade entraram em contato com a variedade de livros de qualidade do acervo da FNLIJ além de desfrutarem do encontro com escritores e ilustradores vindos do Rio de Janeiro, a convite da FNLIJ. Bartolomeu Campos de Queirós e Elizabeth Serra participaram do evento de aber-tura com a presença de autoridades locais e crianças das 60 escolas e suas fam�lias, numa bela festa de congraçamento pelo trabalho realizado ao longo do ano.

INTERNACIONALNa 43ª Feira do Livro de Bolonha, Itália, de 27 a 30 de março, os bra-

sileiros presenciaram um momento histórico emocionante, quando Laura Sandroni recebeu do presidente do IBBY, Peter Schneck –, que convidou Elizabeth Serra para partilhar o momento –, o t�tulo de Membro Honorário do IBBY. Foi um orgulho ou-vir os elogios ao trabalho de Laura, à frente da FNLIJ, seção brasileira do órgão, em meio a uma platéia internacional. Esteve presente à cerimônia o professor Adair Rocha, representando o ministro da Cultura do Brasil. C�cero Sandroni, marido de Laura, prestigiou a esposa e representou a fam�lia. A FNLIJ organizou o estande coletivo, reunindo 12 editoras, com o apoio da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura e do SNEL. O catálogo preparado pela FNLIJ apresentou 192 t�tulos, de 277 escritores e ilustradores, e apresentou edições comemorativas do bicentenário de Hans Christian Andersen e dos 400 anos da publicação de Don Quixote de La Mancha, além de destaque aos brasileiros indicados ao Pr�mio HCA, o escritor Joel Rufino dos Santos e o ilustrador Rui de Oliveira. Elda Nogueira esteve presente em Bolonha para as reuniões do Comit� Executivo do IBBY, além de trabalhar no estande atendendo aos visitantes.

O 30º Congresso do IBBY ocorreu, em Macau, China, de 20 a 24 de setembro e reuniu mais de 300 participantes de 50 pa�ses. Livros infantis e de-senvolvimento social foi o tema do Congresso que teve como representantes da FNLIJ Gisela Zincone, Elizabeth D’Angelo Serra e Elda Nogueira, que participou das reuniões do Comit� do IBBY como membro, tendo sido reeleita para o novo per�odo (2006-2008) quando foi escolhida para vice-presidente juntamente com o representante dos Estados Unidos, Ellis Vance. Do Brasil estiveram também pre-sentes os autores Luciana Savaget, Rogério Andrade Barbosa e a pesquisadora e votante da FNLIJ, Sueli Cagneti.

2007

NACIONALO Notícias contou com a participação de Káthia Thomas até o número

6, este partilhado com Magda Frediani que, a partir do número 7, voltou a assu-mir a redação, após um ano de aus�ncia. O número 5 contou com a colabora-ção de Ricardo Benevides. No Notícias 3 foi publicado o Balanço Anual referente a 2006. Durante o ano, o Notícias publicou entrevistas com Célia Portella, Nelly Novaes Coelho e Ana Maria Machado. Foram publicados dois Suplementos.

O projeto Literatura Brasileira para Crianças e Jovens, para o trata-mento das informações da Biblioteca do CEDOP da FNLIJ, com patroc�nio da CEF para a primeira fase, por meio da Lei de Incentivos Fiscais do MinC, come-çou a ser desenvolvido, o que permitiu a compra de novos computadores para dar maior agilidade no tratamento das informações, bem como a contratação de bibliotecárias e de serviços especializados de informática para instalação de sistema e manutenção de softwares, além da construção de um portal para subs-tituir o site da FNLIJ. O software Arches L�ber, da W.A. Corbi, usado pela FNLIJ, foi substitu�do pelo Biblivre e no final do ano pelo Pergamum.

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro ofereceu nova-mente o curso organizado pela FNLIJ Leitura, Literatura e Formação de Leitores aos professores da rede municipal. Sem os recursos do FNDE, como ocorreu em 2006, a SME disponibilizou as vagas para um grupo menor de professores (150) que atuam nas Salas de Leitura. Os locais de realização do curso foram indicados pela Divisão de M�dia e Educação/SME levando em conta a disponibi-lidade de salas, já que ocorreram em escolas, e a facilidade de acesso. O curso teve in�cio no dia 14 de junho com uma aula inaugural ministrada por Laura Sandroni, no Centro de Refer�ncia da Educação Pública, no Centro do Rio. A estrutura do curso foi mantida e os professores convidados pela FNLIJ para dar as aulas foram os mesmos do ano passado. A avaliação final ocorreu em 27 de novembro de 2007.

O trabalho da FNLIJ para o Instituto Ecofuturo, no Projeto Ler é Pre-ciso, em 2007, compreendeu a conclusão dos processos de implantação das bibliotecas do contrato assinado em 2005 e foram realizados trabalhos para implantação de bibliotecas no munic�pios dos estados de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Bahia, Esp�rito Santo e Rio de Janeiro. Um novo contrato foi assina-

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do para a criação de mais 14 bibliotecas. Com o objetivo de avaliar o desenvol-vimento do projeto, foi realizado, em março, o segundo encontro de avaliação, com os especialistas e responsáveis das duas instituições parceiras, no Parque das Neblinas, Mogi das Cruzes, SP. Indicada pelo Ecofuturo, a FNLIJ fez a seleção e a compra de acervos para a Fundação Arymax. O Ecofuturo que apóia, desde a 1ª edição, o Seminário FNLIJ de literatura Infantil e Juvenil, evento paralelo ao Salão FNLIJ, enviou representantes de nove bibliotecas comunitárias para parti-ciparem do 9º Seminário do Salão FNLIJ, no Rio de Janeiro, que ocorreu de 28 a 30 de maio.

O 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens aconteceu de 23 de maio a 3 de junho de 2007, nos jardins do Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro. A Suécia foi o pa�s homenageado e apresentou a Exposição Astrid Lindgren e Direitos Humanos com presenças de Annika Thor, escritora, Christi-na Björk, escritora, Helena Vermcrantz, bibliotecária, Johanna Hellsing, escritora, Nora Lampert, representante do Astrid Lindgren Memorial Award – ALMA, e Mar-gareta Winberg, embaixadora da Suécia.

O Pr�mio FNLIJ foi entregue no dia 28 de maio, no final do primeiro dia do 9º Seminário FNLIJ, quando também foram entregues os pr�mios de todos os quatro concursos da FNLIJ. Para esta 33ª edição da Seleção Anual da FNLIJ foram recebidos 1015 t�tulos de 90 editoras. Desses, 16 livros de 10 editoras, sendo 9 escri-tores, 7 tradutores e 4 ilustradores foram agraciados com o Pr�mio FNLIJ 2007.

O Conselho Estadual de Leitura do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Cultura, RJ, enviou para a FNLIJ uma Moção de Louvor pelo sucesso do 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Na avaliação do Conselho, o evento alcançou plenamente seus objetivos, oferecendo ao público presente atividades que possibilitaram ampliar o acesso ao livro. O Conselho Estadual de Leitura realizou sua reunião mensal durante o 9º Salão, no dia 24 de maio, com a presença da presidente do Conselho Diretor da FNLIJ, Gisela Zincone, e de Ana Lygia Medeiros, Antonio Olinto, Anna Maria Renhack, Elizabeth Maria Ramos de Carvalho, Maria Regina Simões Sales, Mariza Russo e Ronaldo Martins Lauria. A Moção de Louvor foi encaminhada à FNLIJ por Malvina Tânia Tuttman, presidente do Conselho Estadual de Leitura.

Representando a FNLIJ, Elizabeth D’Angelo Serra participou de dois eventos em São João Del Rey, MG, Capital Brasileira da Cultura de 2007. O primeiro evento foi o Encontro do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Mu-nicipais de Minas Gerais, de 26 a 28 de setembro, promovido pelo Sistema de Bibliotecas Públicas (SEB) de MG. Elizabeth foi convidada pela superintendente do SEB, Maria Augusta da Nóbrega Cesarino, apresentando a palestra: Leitura literária e Biblioteca Pública. Ricardo Azevedo fez a palestra de abertura. Barto-

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lomeu Campos de Queirós também participou do encontro. O outro evento do qual Elizabeth participou foi a I FELIT – Festival de Literatura de São João Del Rey, MG, de 7 a 9 de dezembro, na mesa Literatura Infantil: Saberes e sabores, juntamente com os autores Ronald Claver e Ronaldo Simões Coelho.

Laura Sandroni, Luis Raul Machado e Maria Ângela Villela propuse-ram à FNLIJ fazer uma parceria com o Instituto Cultural Austregésilo de Athayde (ICAA) para organizar o I Encontro de Editores de Livros Infantis e Juvenis. A idéia foi muito bem recebida pelo Conselho Diretor da FNLIJ e pela secretária-geral, que buscaram apoio junto ao Instituto C&A e o Sindicato Nacional de Editores de Livros. Nos dias 17 e 18 de outubro, no ICAA, no Rio de Janeiro, foi realizado o Encontro contando com a participação de representantes de 21 editoras, do Rio, de São Paulo e de Minas Gerais. O evento foi gravado e os anais serão enviados a todos os participantes. O sucesso da idéia e da sua realização gerou a expec-tativa de um segundo encontro.

O Instituto C&A, novo e importante parceiro da FNLIJ no trabalho de formação de leitores, contratou a Fundação para organizar o Seminário Prazer em Ler de Promoção da Leitura: Nos Caminhos da Literatura, em São Paulo, SP, de 22 a 24 de agosto. Uma das áreas de investimento do Instituto C&A é o pro-grama Prazer em Ler de promoção da leitura. Como resultado de uma avaliação interna do programa, o Instituto optou por apoiar projetos que tivessem como objetivo principal a formação de leitores por meio da literatura. Áurea Alencar, representando o Instituto C&A e Elizabeth Serra, a FNLIJ, foram as coordenadoras do seminário. Abriram o evento o presidente do Instituto C&A, Paulo de Castro, e a presidente da FNLIJ, Gisela Zincone. Paulo de Castro participou dos tr�s dias do evento, acompanhando atentamente, cada palestra. Isis Valéria, do Conselho Dire-tor, representando a presidente da FNLIJ, que precisou se ausentar, esteve também presente durante todo o seminário. Os palestrantes convidados proporcionaram aos mais de 600 participantes tr�s dias marcados pela qualidade das suas apre-sentações, resultando em grande proveito para todos. As palestras foram publica-das em livro, pela editora Peirópolis, contratada pelo Instituto C&A para editar e publicar o livro, que será distribu�do para os participantes. Os palestrantes foram os brasileiros Angela Lago, Graça Lima, Ana Maria Machado, Luiz Percival Leme Britto, Daniel Munduruku, Regina Zilberman, Marisa Lajolo, Bartolomeu Campos de Queirós, Marina Colasanti, Nilma Gonçalves Lacerda, Ricardo Azevedo, Nelly Novaes Coelho, além dos estrangeiros Teresa Colomer – Barcelona, Espanha; Xosé Antonio Neira Cruz – Santiago de Compostela, Espanha; Silvia Castrillón – Bogotá, Colômbia e Cecilia Bettolli – Córdoba, Argentina. Aproveitando a vinda dos especialistas estrangeiros ao Brasil, para o Seminário em São Paulo, a FNLIJ e o Instituto C&A organizaram, no Rio, o Encontro Hispano-americano de

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literatura infantil e juvenil – Prazer de Ler, em uma parceria com o Sindicato dos Professores das Escolas Particulares do Rio de Janeiro, RJ, no dia 27 de agosto. O público carioca, cerca de 200 pessoas que não puderam ir ao seminário em São Paulo, teve a oportunidade de assistir às palestras desses especialistas. Tanto em SP, como no RJ, Teresa Colomer fez o lançamento de seu livro Andar entre livros – A leitura literária na escola, com tradução de Laura Sandroni, publicado pela editora Global. O Notícias 11 apresenta longa matéria sobre os dois seminários.

Em novembro, de 27 a 29, a FNLIJ foi novamente convidada pelo Ins-tituto C&A para participar do Encontro de Educadores das ONG’s apoiadas pelo Instituto. O evento foi em São Paulo. A Fundação organizou aulas sobre literatura infantil ministradas por Laura Sandroni, Luiz Raul Machado, Vânia Rezende, Daniel Munduruku e Graça Lima. Bartolomeu C. de Queirós foi convidado para participar como mediador de todos os cursos em reuniões plenárias. Elizabeth Serra foi res-ponsável pela organização e esteve presente ao evento com Áurea Alencar e Ana Dourado, do Instituto C&A. Isis Valéria esteve presente na abertura do Encontro.

Ninfa Parreiras, representou a FNLIJ, participando do debate sobre a peça A cama, de Lygia Bojunga, no dia 13 de fevereiro, na TV Cultura de São Paulo. E, no, segundo semestre, participou do programa Atualidades, da Rádio MEC, no dia 23 de outubro, na Semana Nacional do Livro e da Leitura.

Elizabeth Serra foi novamente convidada, pela Associação de Leitura do Brasil, a coordenar o Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, representando a FNLIJ, no 16º Congresso de Leitura do Brasil – COLE, de 10 a 13 de julho, na UNICAMP, Campinas, SP. Este ano, foram realizados 15 seminários no COLE entre os quais, o IV Seminário da FNLIJ. O tema geral do COLE, escolhido por Luiz Percival de Britto, foi um poema de Ferreira Gullar Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las. Inspirado nele, o tema escolhido pela FNLIJ para o Seminário foi: A literatura infantil rompendo as armadilhas do mundo. Partici-param também do seminário Cynthia Rodrigues, da FNLIJ, Simone Monteiro, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e os escritores Luiz Raul Machado, Nilma Lacerda, Luiz Antonio Aguiar e Anna Claudia Ramos. Ezequiel Theodoro da Silva foi o presidente do COLE deste ano coordenando a entrega do troféu da ALB e as confer�ncias do Congresso. José Mindlin e Ferreira Gullar receberam Menções Especiais; Luiz Percival de Britto e João Wanderley Geraldi, receberam o t�tulo de Presidentes de Honra da ALB. As Menções Honrosas foram para: Elizabeth D’Angelo Serra, Maria In�s Ghilardi Lucena, Marisa Philbert La-jolo e Regina Zilbermann.

Laura Sandroni e Elizabeth D’Angelo Serra foram convidadas a parti-cipar de Ciclo de Palestras do Projeto Biblioteca Viva, em Hospitais do Instituto Fernandes Figueira (IFF): Crianças, jovens, literatura e saúde. O projeto, embora

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não conte mais com recursos do Ministério da Saúde continua vivo por dedica-ção de Carmem Muricy e da equipe que a acompanha.

Laura Sandroni esteve no SESC Niterói para o evento A origem do seu mundo mágico, de 21 de agosto a 11 de outubro, que comemorou os 125 anos de nascimento de Monteiro Lobato e apresentou uma palestra sobre sua obra. O evento foi organizado pelo Espaço Tatiana Belinky da jornalista Mônica Martins.

A Prefeitura de Barra Mansa contratou novamente a FNLIJ para partici-par do encerramento do evento Momento Literário, em sua 5ª edição, promovido pela Secretaria de Educação do Munic�pio e coordenado por sua idealizado-ra, Elizabeth Gonçalves, assessora das Salas de Leitura da SME-BM. O evento ocorreu nos dias 22 e 23 de novembro, no SESI. Como no ano passado, a participação da FNLIJ consistiu em organizar atividades de leitura com autores e ilustradores. Nilma Lacerda fez a palestra de abertura. Esteve presente o secretá-rio municipal de Educação, Luis Felipe Camelo de Freitas.

Em tempo de apropriação dos suportes eletrônicos como nova m�dia para divulgar e promover a leitura literária foi lançada a revista eletrônica Tigre Albino de poesia infantil, criada pelo poeta Sergio Caparelli, e pelas especialistas Regina Zilbermann e Maria da Gloria Bordini, todos do Rio Grande do Sul. A FNLIJ foi convida a participar como parceira. Elizabeth D’Angelo Serra é a edito-ra da Seção Tigre em Movimento, que oferece relatos de trabalhos práticos com poesia infantil, feitos em salas de aula e bibliotecas. Laura Sandroni integra o Conselho Editorial da revista. O site é www.tigrealbino.com.br

A FNLIJ, a Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto C&A promoveram a segunda edição do Natal com Leituras, de 4 a 7 de dezembro, no Espaço Eliseu Visconti, na Biblioteca Nacional. Foram realizados bate-papos com os escritores e performances com os ilustradores para o público infantil. A FNLIJ apresentou as exposições A imagem do medo na ilustração de livros infantis brasileiros e As visões da Emília – o olhar de sete ilustradores, cedida pelo Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Todas as crianças que participaram do evento ganharam na sa�da um livro de presente, como ocorre no Salão FNLIJ.

Ísis Valéria Gomes, participou como membro do júri internacional do III Prêmio Ibero-americano de Literatura Infantil e Juvenil 2007, nos dias 17 e 18 de outubro, no Rio de Janeiro, como representante do IBBY. Foram apresentadas 16 candidaturas. Bartolomeu Campos de Queirós ficou entre os finalistas. A ven-cedora foi a escritora espanhola Montserrat Del Amo. O Pr�mio é apoiado pela Fundação SM, pelo Centro Regional para o fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLALC), pelo IBBY, pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ci�ncia e Cultura (OEI) e pela Organização das Nações Uni-das para a educação, Ci�ncia e Cultura – OREALC-UNESCO.

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INTERNACIONALLogo no in�cio do ano, aconteceu na Espanha, de 4 a 10 de fevereiro

o 8º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Pontevedra, na Gal�cia, promovido pelo Conselho de Pontevedra, a Junta de Gal�cia e Fundação Caixagal�cia. E, em seguida, na Itália, na cidade de Parma, em 17 e 18 de fevereiro, aconteceu a Convenção Internacional de Editores e Promoção da Leitura para a Infância com foco na América Latina, no evento Minimondi, promovido pela Libreria Fiaccadori. Elizabeth D’Angelo Serra foi convidada a participar dos dois eventos, represen-tando a FNLIJ. Ana Maria Machado e Rui de Oliveira também foram convidados, levando a arte brasileira do livro para crianças em palestras e exposições. O Salão de Pontevedra escolhe, a cada ano, um tema para o seu Salão e nesta 8ª edição o tema foi o Medo. Por solicitação dos organizadores, Luis Bará, diretor-geral de Criação e Difusão Cultural do Conselho da Gal�cia e da diretora do evento, Helena Torres, a FNLIJ preparou a exposição A imagem do medo na ilus-tração de livros infantis brasileiros, com ilustrações de 34 artistas brasileiros com a curadoria de Elizabeth Serra e colaboração de Rui de Oliveira. A exposição, preparada por Christiane Mello, teve as ilustrações fotografadas por Rodrigo Azevedo diretamente dos livros selecionados, aparecendo no formato da página do livro com o texto e foi enviada para Pontevedra pela internet. Lá, os organi-zadores do Salão, fizeram as impressões das ilustrações em papel e montaram a exposição. Um belo folder foi impresso, graciosamente, no Brasil, pela Gráfica RCB proporcionando o registro da exposição e sua divulgação. Ana Maria Ma-chado apresentou sua confer�ncia Medo, Histórias, Crianças em portugu�s, e foi muito aplaudida pelos galegos, além de lançar o livro Niña Bonita, pela editora Ekaré. O evento ocorreu no Palácio da Cultura de Pontevedra. Rui de Oliveira apresentou palestra sobre seu trabalho, intitulada A relação entre texto e imagem – Estilo & Abordagem. Seu trabalho também fez parte de uma exposição de ilustradores espanhóis, sendo ele o único estrangeiro, apresentada em painéis individuais. Ambas as atividades foram apresentadas em um prédio antigo no Centro Histórico de Pontevedra. Aproveitando a ida à Pontevedra, os tr�s brasi-leiros foram convidados pelo IBBY da Gal�cia a irem até Santiago de Compostela para uma reunião com seus associados, quando apresentaram um panorama da literatura infantil e juvenil brasileira, entrevistados por Xosé Neira Cruz, escritor e principal responsável pelo convite de visita à Espanha. Em Parma, Elizabeth e Ana Maria apresentaram palestras e Rui de Oliveira, uma bela exposição sobre seu trabalho. O evento em Parma foi organizado pela Associação Minimondi sob a coordenação de Silvia, Paola e Rochana. Também foi convidada a participar a editora Isabel Coelho, da Cosac Naify. Da América Latina havia representantes da Argentina, do Equador, do México e da Colômbia.

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Pelo 33º ano consecutivo, a FNLIJ participou da Feira do Livro de Bo-lonha, na Itália, contando com os parceiros FBN, CBL e SNEL e com 19 editoras que aceitaram o convite para participar do estande coletivo. O estande brasileiro teve também a honra de receber o embaixador do Brasil na Itália, Adhemar Bahadian, acompanhado de sua esposa, Marlene Bahadian e do secretário Davi Pinto. O embaixador foi a Bolonha para prestigiar a presença brasileira na Feira e para apresentar uma palestra na Universidade de Bolonha. A capa do catálogo preparado pela FNLIJ foi uma ilustração de Rui de Oliveira. O catálogo apre-sentou 225 t�tulos de 54 editoras publicados em 2006, incluindo 226 escritores e 146 ilustradores. A grande comemoração para os brasileiros, foi ter entre os livros premiados da Feira, o brasileiro Lampião e Lancelote, com texto e ilustra-ções de Fernando Vilela, publicado pela Editora Cosac Naify, que recebeu a Menção Honrosa na categoria New Horizons. Fernando Vilela e Isabel Coelho, representando a editora, receberam o pr�mio. A cerimônia foi na biblioteca do Archimginasio, da Universidade de Bolonha, situada na Piazza Maggiore em um prédio medieval criando um clima inesquec�vel para todos que compartilhavam com eles este momento de reconhecimento internacional da qualidade do livro brasileiro. A FNLIJ recebeu da Biblioteca Internacional da Juventude o catálogo White Ravens, de 2007, preparado pela biblioteca e lançado sempre na Fei-ra de Bolonha. Foram selecionados pela equipe da biblioteca alemã seis livros brasileiros a partir de uma lista enviada pela FNLIJ acompanhada de resenhas. O catálogo apresentou 250 t�tulos, em 30 idiomas, provenientes de 45 pa�ses. Também durante a Feira, foi lançado o número 45 da revista Bookbird do IBBY, contendo um artigo sobre o Pr�mio da FNLIJ, escrito por Elizabeth Serra e vertido para o ingl�s por Elda Nogueira. Elda, presente em Bolonha, participou, como membro do Comit� Executivo do IBBY, das reuniões da entidade e trabalhou no estande brasileiro com Elizabeth Serra. Elizabeth apresentou a palestra O que e quem escreve hoje para crianças e jovens na América Latina? no seminário pro-movido pela Fundação SM sobre a literatura infantil e juvenil latino-americana. A FNLIJ faz, tradicionalmente, doações de livros a diversas instituições no exterior. Entre as instituições beneficiadas neste ano estão: Embaixada do Brasil em Roma; Biblioteca Infantil em Roma (Biblioteche di Roma); Projeto Gamelagem – Esco-las (Maputo, Moçambique) e Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, Alemanha.

Gisela Zincone, presidente da FNLIJ, participou da inauguração do NAMI Island International Children’s Book Festival 2007 (Festival do Livro da Coréia do Sul), de 1 de maio a 1 de julho, em Seul, na Coréia do Sul, a convite do KBBY, seção coreana do IBBY e levou livros brasileiros que foram expostos no evento. Diversos representantes do IBBY do mundo todo estiveram presentes no evento.

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A Bienal de Ilustração de Bratislava (BIB) foi realizada de 7 a 26 de ou-tubro. A FNLIJ fez a seleção das ilustrações dos artistas brasileiros que enviaram seus trabalhos para apresentação na BIB. Eliardo França, indicado pela FNLIJ, foi um dos membros do júri internacional que selecionou os artistas vencedores da mostra. Angela Lago recebeu a Plaqueta de Prata (BIB Plaquete) pelo livro João Felizardo, o rei dos negócios. A ilustradora Rosinha Campos participou do workshop dos ilustradores, indicada pela FNLIJ. Eliardo e Rosinha assumiram os gastos com suas viagens. Elda Nogueira participou das reuniões do Comit� Executivo do IBBY, representando a FNLIJ.

Dentro das comemorações promovidas pela cidade de Bogotá (Co-lômbia) como Capital Mundial do Livro, em 2007, foi realizado nos dias 7 a 9 de outubro, o I Simpósio do Livro Infantil e Juvenil Colômbia – Brasil, numa pro-moção da Asolectura, da Prefeitura de Bogotá, da Secretaria Distrital de Cultura, Recreação e desporto e da BibloRed. Silvia Castrillon, presidente da Asolectura e idealizadora do simpósio, recebeu a todos os convidados com tratamento es-pecial prestigiando o livro brasileiro para crianças e jovens. Foram convidados a participar do simpósio Elizabeth D’Angelo Serra, representante da FNLIJ, e os escritores Bartolomeu Campos de Queirós, Angela Lago, Mariana Massarani, Roger Mello, Graça Lima, Nilma Lacerda e Daniel Munduruku. Todos apresen-taram palestras levando um panorama bem variado sobre a literatura brasileira para crianças e jovens. O evento foi realizado em uma das tr�s novas grandes bibliotecas da cidade, a Biblioteca Virgilio Barco, pertencente a BibloRed. No grande hall de entrada da biblioteca havia uma exposição dos livros brasileiros premiados pela FNLIJ e enviados pelos editores a pedido de Silvia Castrillon, que atra�a os participantes a cada intervalo, quando aproveitavam para conversar, tirar fotos e até entrevistar os autores brasileiros.

De 23 a 27 de outubro, em Havana, o IBBY cubano realizou o Con-gresso Lectura 2007 Para ler o século XXI – Por um ser humano melhor. O comit� organizador foi formado por Emilia Gallego, presidente do IBBY cubano, Eliza-beth D’Angelo Serra (Brasil), vice-presidente; Patr�cia Aldana (Canadá); Carmen Barvo (Colômbia) e Aimée Veja Belmonte (Cuba), coordenadora geral, e Nilma Lacerda, responsável pelo Comit� Cientifico. Gisela Zincone, presidente do Con-selho Diretor, e Elizabeth D’Angelo Serra foram representando a FNLIJ. Estiveram presentes também os escritores Daniel Munduruku, Marina Colasanti e Nilma Lacerda, apresentando palestras, além de outros 20 brasileiros. O Notícias 4, de 2008, traz mais detalhes sobre o evento em Cuba.

2008 (janeiro a julho)

NACIONALO Notícias continua com a mesma equipe.O número 5 foi totalmente dedicado à comemoração dos 40 anos

da FNLIJ, com formato especial e tiragem de 10 mil exemplares oferecido pela PriceWaterHouseCoopers para distribuição no 10º Salão FNLIJ.

O 3º Curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores organizado pela FN-LIJ para a SME RJ, foi estruturado para atender, como no ano passado, 150 professo-res de Salas de Leitura das escolas da Rede Municipal do Rio de Janeiro. O curso teve in�cio no dia 20 de maio, no auditório do 7º andar, do Palácio Gustavo Capanema, com aula inaugural de Laura Sandroni e com final previsto para outubro.

Ziraldo, mais uma vez, presenteou a FNLIJ com sua arte criando a marca comemorativa dos 40 anos da FNLIJ.

O IV Encontro de Avaliação do Projeto de Bibliotecas Comunitárias Ler É Preciso, do Instituto Ecofuturo, foi realizado no Rio, de 05 a 07 de março, reu-nindo 15 profissionais, do Rio de Janeiro e de outros estados, para refletir sobre os processos diretamente ligados à atuação da FNLIJ. Foi assinado um aditivo ao contrato de 2007 para a instalação de mais duas bibliotecas (uma na Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, com o patroc�nio da OI Futuro e a outra em Estrela do Sul, MG, com o patroc�nio da SATIPEL).

A Academia Brasileira de Letras - ABL e a FNLIJ prestaram homenagem ao escritor Monteiro Lobato organizando o Seminário Lembrando Lobato: no Dia Nacional do Livro, 18 de abril. Sob a coordenação e a mediação de Laura San-droni, o seminário contou com a presença da Acad�mica Ana Maria Machado e dos escritores José Roberto Whitaker Penteado e Marisa Lajolo que proferiram palestras sobre Lobato.Todas as palestras estão dispon�veis no site da FNLIJ por meio de um link com o site da ABL. Lygia Bojunga apresentou ao final do dia o seu monólogo O Livro. Houve ainda: Exposição sobre Monteiro Lobato – obra in-fantil – com livros do acervo da FNLIJ e exibição do DVD Furacão da Botocúndia, de Vladimir Sacchetta, Márcia Camargo e Carmen Lúcia de Azevedo.

O 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, foi realizado de 21 de maio a 01 de junho.

No dia 21, no MAM, o Conselho Diretor e a Secretária-Geral receberam os amigos da FNLIJ para comemorar os 40 anos da instituição. O público presente

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foi muito além do esperado: 600 pessoas, aproximadamente. Participaram da festa os representantes estrangeiros do IBBY convidados especialmente para a data: Pa-tr�cia Aldana (presidente), Ellis Vance (vice-presidente), Leena Maisen (ex-secretária- geral), Siobáh Parkinson (revista Bookbird), Liz Page (diretora de projetos), Emilia Gallego (presidente da seção do IBBY de Cuba) e Silvia Castrillon (ex-presidente do IBBY da Colômbia). Colaboraram para as comemorações as seguintes edito-ras e instituições: Global Editora, Brinque-Book Editora, Editora Melhoramentos, Companhia das Letrinhas, Edições SM, Editora Ática, Editora FTD, Editora Paulinas, Editora Projeto, Instituto Pró-Livro, Instituto C&A, Instituto Ecofuturo, Istituto Italiano di Cultura, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Petrobras, Câmara Brasileira do Livro, Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura e Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Em agradecimento a essas empresas e instituições a FNLIJ presenteou-as com um belo diploma especialmente criado pelo ilustrador Rui de Oliveira. Aos presentes à festa foi entregue um certificado com detalhe dessa ilus-tração de Rui de Oliveira e um fac-s�mile do estatuto de criação da FNLIJ.

Dos 1.037 livros recebidos para a leitura e seleção a FNLIJ selecionou 19 obras premiadas em diferentes categorias que receberam o Pr�mio FNLIJ 2008. Participaram das leituras 26 membros votantes de todo o Brasil.

A entrega do Pr�mio FNLIJ-2008, ocorreu no dia 26 de maio, durante o 10º Salão FNLIJ, na sede do Istituto Italiano di Cultura – IIC do Rio de Janeiro, com o apoio do Consulado Geral da Itália, seguida do concerto Diacomo Puccini e seus contemporâneos. Após a apresentação foi oferecido aos convidados, um t�pico jantar calabr�s por parte do Instituto Italiano para o Comércio Exterior. Estiveram presentes os ilustradores italianos, Roberto Innocenti e Francesco Altan, que vieram especialmente para o evento. A Itália foi o pa�s homenageado na 10ª edição do Salão FNLIJ.

Além do Prêmio FNLIJ, na mesma cerimônia ocorreu a entrega de pr�mios aos vencedores dos concursos FNLIJ: 13º Concurso FNLIJ/Petrobras Me-lhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o País; 7º Concurso FNLIJ Leia Comigo; 5º Concurso FNLIJ Curumim e 5º Concurso FNLIJ/INBRAPI Tamoios.

O 10º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, organizado con-comitantemente ao 10º Salão FNLIJ, ocorreu de 26 a 28 de maio, na Cinemate-ca do MAM com o tema Vozes da literatura infantil e juvenil no Brasil e no Mundo, que também inclu�a o 5º Encontro de Autores Indígenas: Razões para conhecer os povos indígenas, no terceiro dia do seminário.

Em 2007, a FNLIJ teve o projeto Caravana Monteiro Lobato aprovado pelo edital do Programa de Democratização Cultural Votorantim, para ser desen-volvido em 2008. O projeto da FNLIJ que concorreu com mais de 1.500, dos

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quais 12 foram selecionados, prev� a apresentação de autores consagrados da literatura infantil brasileira em palestras sobre a obra de Monteiro Lobato com o objetivo de criar núcleos de leitura permanentes junto aos educadores. Inicial-mente planejado para 20 cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste do pa�s, foi reduzido para 8 cidades. A duração prevista é de 5 meses, incluindo a impressão de uma brochura sobre as atividades, com as transcrições das pales-tras. A FNLIJ vai contar com parceiros especialistas em leitura nas cidades, dos quais alguns membros do júri do Pr�mio FNLIJ e outros representantes do PRO-LER. O acesso do público aos eventos será gratuito. O projeto deverá ocorrer no segundo semestre de 2008.

Eleição e posse dos Conselhos FNLIJ para o tri�nio 2008/2011.No dia 17 de julho de 2008, reuniram-se em assembléia na Plená-

ria Muniz Aragão, localizada no Palácio Gustavo Capanema, os Instituidores e Mantenedores da FNLIJ, para eleger a nova gestão da instituição para o tri�nio 2008-2011. No mesmo dia, os novos conselheiros tomaram posse. Estes são os representantes eleitos para os Conselhos FNLIJ 2008/2011:

Conselho CuradorAlexandre Martins FontesCarlos Augusto Mariani LacerdaLaura Athayde Sandroni Luiz Alves JuniorSonia da Cruz Machado JardimSuzana Taves David Sanson

Conselho DiretorAlfredo Gonçalves Manso FilhoGisela Pinto Zincone (Presidente)Ísis Valéria Gomes

Conselho FiscalHenrique LuzMarcos da Veiga PereiraTerezinha Saraiva

Suplentes do Conselho FiscalJorge CarneiroMariana ZaharRegina Bilac Pinto

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Conselho ConsultivoAlfredo WeiszflogAna Ligia MedeirosAnnete BaldiBeatriz Bozano HetzelCristina Fernandes WarthEduardo Mattos PortellaEny MaiaFerdinando Bastos de SouzaJefferson AlvesJosé Alencar MayrinkJosé Fernando XimenesLilia Moritz SchwarczLygia BojungaMaria Antonieta Antunes CunhaPaulo Roberto RoccoProp�cio Machado AlvesRegina Célia Vasconcelos LemosRogério Andrade BarbosaSilvia Gandelman Wander Soares

INTERNACIONALElizabeth Serra, como representante da FNLIJ, compareceu ao I Semi-

nário Internacional de Cultura Escrita e Atores Sociais, de 14 a 17 de fevereiro, em Tonanzintla, Puebla, México, evento paralelo da 2ª FILEC - Feira Internacional da Leitura, Ci�ncia e Literatura. Ela apresentou a palestra Panorama da literatura para crianças e jovens no Brasil – principais escritores, ilustradores, editoras e ações institucionais. A exposição O Medo na Ilustração preparada para o 8º Salão de Pontevedra, Espanha, realizado em fevereiro de 2007 foi exposta no evento.

Pelo 34º ano consecutivo, a FNLIJ esteve presente na Feira do Livro de Bolonha, na Itália, divulgando a produção literária brasileira para crianças e jovens. O estande brasileiro foi organizado pela FNLIJ, contando com a parceria da Fundação Biblioteca Nacional – FBN, a Câmara Brasileira do Livro – CBL e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros – SNEL. Vinte e duas editoras participa-ram do estande coletivo. Elda Nogueira, como membro do Comit� Executivo do IBBY, participou das reuniões da entidade e trabalhou no estande brasileiro. Gisela Zincone, Presidente do Conselho Diretor da FNLIJ e Elizabeth Serra estiveram como

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representantes da Fundação. A FNLIJ faz, tradicionalmente, doações de livros a di-versas instituições no exterior. As instituições beneficiadas com a doação de livros foram: Embaixada do Brasil em Roma; Biblioteca Infantil em Roma (Biblioteche di Roma); Projeto Gemelagem – Escolas (Maputo, Moçambique) e Biblioteca Inter-nacional da Juventude de Munique, Alemanha. Neste ano, destacamos a doação feita à seção do IBBY da Coréia, para o NAMBOOKOO8 – The 4th Nami Island International Children’s Book Festival, de 01 de maio a 30 de junho.

Terminando o relato sobre esses mais de 20 anos na FNLIJ, nós nos sentimos muito felizes por poder partilhar tantos acontecimentos impor-tantes com tantas pessoas, de inúmeros lugares no pa�s e no mundo.

Gostar�amos de registrar os agradecimentos mais sinceros pelo privilégio de podermos falar de um lugar antes ocupado por Laura Sandroni, que semeou e adubou, com suas amigas, Ruth Villela e Maria Luiza de Oli-veira, o caminho que estamos percorrendo. Também agradecer in memorian à Gloria Pondé, que nos deixou precocemente, e à Eliana Yunes, com quem muito aprendemos.

O nosso agradecimento especial a todos os votantes do Pr�mio FNLIJ, que deram a sua contribuição ao longo desses anos. São eles que, com suas leituras e cr�ticas, alicerçam o chão para erguer o principal patrimô-nio da FNLIJ, o pr�mio para os melhores livros para crianças e jovens.

Também agradecemos a todos os conselheiros, mantenedores e editores que acreditam na FNLIJ, contribuindo de maneiras distintas para que ela possa completar, tão garbosamente, esse seu 40º aniversário.

Aos escritores e ilustradores brasileiros, que nos enchem de orgu-lho com sua arte e sua generosidade, nosso mais carinhoso agradecimento.

Para finalizar, gostar�amos de falar do nosso desejo de que toda essa bela história da FNLIJ, de dedicação a um justo e simples sonho, constru�da por tantas mentes e tantos corações amigos, como nos contam os relatos deste livro, possa, cada vez mais, multiplicar-se em outras ações e novos projetos, que fortaleçam o caminho para formar uma nação brasileira leitora e também escritora da sua própria história.

Votantes FnliJ desde 1987Ana Albertina G. Branco • Ana Maria Albernaz • Ana Maria

Clarck Peres • Ana Maria F. Filipouski • Ana Virginia Heine Reis • André Mu-niz de Moura • Angela Leite de Souza • Angela Maria G. Amarante • Anna Claudia Ramos • Anonio Holfedt • Beldia Cagnoni Balestra • Benita Lamas Gonzales • Benita Prieto • CEALE (Centro de Alfabetização do Letramento Literário – UFMG)• Ceila Maria P. Ferreora • Celina Rondon • Celso Sisto • Claudia Moraes • Constância Lima Duarte • Cynthia M. Campelo Rodri-gues • Domingo Gonzalez Cruz • Edmilson M. Rodrigues • Edmir Perrotti • Edson Elias Andrade Berbay • Egl� Malheiros • Elda Helena Sousa Nogueira • Eliana Yunes • Elias José • Elizabeth D’Angelo Serra • Elizabeth Hazin • Esmeralda Vailati Negrão • Ezequiel Teodoro da Silva • Fanny Abramovitch • Fátima Miguez Martins • Flávio Martins Carneiro • Francisca Nóbrega • Francisco Aurélio Ribeiro • Fulvia Rosemberg • G� Orthof • Gerson Conforti • Gláucia Maria M. Pécora • Glória Kirinus • Glória Pondé • Glória Valada-res Granjeiro • Guido Heleno • Ira�des Maria Pereira Coelho • Isabel Maria de C. Vieira • Isis Valéria • Jane Elizabeth G. Augustin • Janice Provençano Leal • João Luis C. T. Ceccantini • Laura Batisti Nardes • Laura de Paula •

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Laura Sandroni • Ligia Cadermatori • Ligia Chiappini M. Leite • Lilian Lopes M. da Silva • Livraria Malasartes • Livraria Tempo de Ler • Lucia Fidalgo • Luciana Sandroni • Luc�lia Helena do Carmo Garcez • Lucy Ruas • Luisa Lobo • Luiz Percival Leme Brito • Luiz Raul Machado • Magda Becker • Maisa Aleksandravicius • Maraney Freire Costa • Márcia Batista • Márcia Filgueiras • Márcia Lisboa da Costa • Margareth Amoroso • Maria Antonieta A. Cunha • Maria Betty Coelho Silva • Maria Carolina M. Macedo • Maria da Glória Bordini • Maria das Graças Castro • Maria das Graças V. Lins • Maria de Lourdes P. L’Abbate • Maria Dinorah Luz do Prado • Maria do Carmo Moura Frazão • Maria do Socorro Dantas Mouré • Maria do Socorro Moré • Maria Elizabeth G. Vasconcelos • Maria Helena Hansen • Maria José Nóbrega • Maria Lúcia Peixoto • Maria Luiza de Almeida Lucci • Maria Neila Geaquinto • Maria Teresa Gonçalves • Maria Tereza Bom-fim Pereira • Maria Za�ra Turchi • Marina Quintanilha Martinez • Marisa Borba • Marisa Lajolo • Mau-r�cio Correia Leite • Mirna Pinsky • Nelly Novaes Coelho • Nancy Nóbrega • Neide Medeiros Santos • Nueza Salim • Nilma Golçalves Lacerda • Ninfa Parreiras • Pensilvania Diniz Guerra Santos • PROALE (Programa de Alfabeti-zação e Leitura – UFF)• Regina Celeste dos R. Rodrigues • Regina Lúcia Faria de Miranda • Regina Yolanda Werneck • Regina Zilberman • Renata Junquei-ra de Souza • Rita Maria Silva Costa • Robson Neves Rodrigues • Rogério Lima • Rogério Rodrigues • Rosa Maria Cuba Riche • Rosa Maria de C. Gens • Rosa Maria de Queiroz • Rosa Maria Ferreira Lima • Rosângela Maria de Queiroz Bezerra • Samir Mesarani • Sandra Nakamura Vivas • Sonia Khéde • Sonia Rodrigues Mota • Sonia Travassos • Sueli de Souza Cagneti • Tania Damasio Rocha • Tania Piacentini • Tatiana Belinky • Terezinha Alvarenga • Vania Maria Rezende • Vera Lucia dos Santos Varella • Vera Teixeira Aguiar • Vitória Formighieri • Werner Zotz • Zélia Granja Porto.

Apêndice

Introdução

Conforme descrito no texto introdutório da segunda parte deste livro, este ap�ndice aborda as atividades da FNLIJ e obedece ao critério de divisão em atividades nacionais e internacionais.

Neste ap�ndice e em seus anexos constam atividades que se repetem todos os anos ou a cada dois anos anos, como indicações de candidatos a pr�mios internacionais, indicação de trabalhos de ilustradores para a Bienal de Bratislava, mensagens do DILI, nomeações para a lista de honra do IBBY, concur-sos, a lista com todas as categorias do Pr�mio FNLIJ, por ordem cronológica de criação, informações sobre cada edição do salão FNLIJ, entre outras.

Informações complementares e mais detalhadas sobre os Concursos ou Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, por exemplo, podem ser encon-tradas no site da FNLIJ: www.fnlij.org.br.

Atividades Nacionais

1.1. Bibliotecas comunitárias Ler é PrecisoA Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil foi contratada, em

2001, para desenvolver e implantar a metodologia deste projeto para o Insti-tuto Ecofuturo, ONG vinculada à Suzano Papel e Celulose (informações mais detalhada estão dispon�veis no site: www.ecofuturo.org.br). É uma ação que con-sidera a biblioteca como espaço democrático de acesso ao conhecimento, por meio da formação de leitores. Almeja caracterizar-se como um pólo irradiador de cidadania no qual a prática da leitura é instrumento fundamental para o seu exerc�cio pleno, além de indispensável à formação educacional de qualidade. Sua prioridade é criar condições para que a própria comunidade atendida se conscientize da importância do conv�vio com o texto escrito e possa praticar a leitura e a escrita de maneira permanente e variada.

Em 2001, o Ecofuturo contratou a FNLIJ para implantar dez bibliotecas comunitárias nos munic�pios de Duque de Caxias, RJ; Salvador, BA; Turmalina, MG; Urbano Santos, MA; Itatinga, Mauá, Mogi das Cruzes, Suzano, São Lu�s do Paraitinga e São Miguel Arcanjo, SP.

Em 2004, foi firmado um contrato com o Intituto Ecofuturo para a implantação de mais 15 bibliotecas: Aimorés/MG; Altinho, PE; Bom Conselho, PE; Calçados, PE; Camaçari, BA; Casinhas, PE; Granito, PE; Lagoa do Carro, PE; Lagoa dos Gatos, PE; Mairiporã, Meu Guri, SP; Natividade da Serra/SP; Rio Formoso, PE; Sairé, PE; Trindade, PE e Coopamare, São Paulo, SP. Dessas 15, 10 foram para Pernambuco, em uma parceria com a Secretaria de Educação do Estado.

Em 2005 houve um novo contrato para a implantação de mais 23 novas bibliotecas e a revitalização de duas, doze delas novamente em Pernam-buco. As novas bibliotecas são: Barroso, MG; Magé, RJ; Manari, PE; Fernando de Noronha, PE; Conceição da Barra, ES; Garanhuns, PE; Taiaçupeba, Distrito de Mogi das Cruzes, SP; Biritiba-Mirim, SP; Alambari, SP; Paraty, RJ; Joselândia, MA; Alagoinha, PE; Arcoverde, PE; Bezerros, PE; Bonito, PE; Bu�que, PE; Camo-cim de São Félix, PE; Pedra, PE; Chão de Estrelas – Recife, PE; São Joaquim do Monte, PE; Itagua�, RJ; Venturosa, PE e CEDECA, São Paulo, SP. E as bibliotecas revitalizadas foram: Salesópolis – SP e Paraibuna – SP.

Em 2007, o contrato inclui a implantação de mais 14 bibliotecas: Flores, PE; Panelas, PE; Copacabana, RJ; Parintins, AM; a definir; Jurema, PE;

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Itapirapuã Paulista, SP; Jd. Panorama, SP; São Roque, SP; Porto Feliz, SP; Belterra, PA; Congonhas do Campo, MG; Tijuca, RJ e Estrela do Sul, MG.

Assim, atualmente, em 2008, são mais de 60 bibliotecas nos estados de Bahia, Pernambuco, Maranhão, Esp�rito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Cada uma das bibliotecas recebe, em média, 500 usuários por m�s. São mais de 1.300 auxiliares de biblioteca e promotores de leitura formados e mais de 100 mil livros doados.

Com o objetivo de contribuir para o trabalho de leitura em biblioteca comunitária, a FNLIJ e o Instituto Ecofuturo, por meio da aferição dos resultados alcançados com a instalação de bibliotecas comunitárias, assinaram um contrato de parceria para a criação de um sistema de avaliação para o Projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, que ofereça indicadores de leitura visando subsidiar pol�ticas públicas, quanto para o investimento privado em projetos de promoção da leitura. Para tanto, o Ecofuturo contratou Ricardo Paes de Barros, coordenador de pesquisas de pol�ticas públicas do IPEA.

A metodologia da FNLIJ para instalar a biblioteca inclui o diagnóstico de cada região e da comunidade contemplada com a biblioteca, ministra os cur-sos de preparação dos profissionais na área de promoção da leitura e de noções de biblioteconomia, ao formar auxiliares de biblioteca. Além disso, a FNLIJ sele-ciona e trata o acervo bibliográfico e faz a supervisão das bibliotecas já implan-tadas, quatro meses após a inauguração. Nesses primeiros meses, a comunidade sugere t�tulos de livros que vão compor o acervo espec�fico de cada biblioteca. Para a implantação de bibliotecas, a FNLIJ seleciona um acervo inicial de cerca de 400 livros de literatura infantil e juvenil e livros informativos e coordena o curso de formação dos promotores de leitura – pessoas da comunidade que irão ler com e para as crianças e jovens, para orientá-los em sua formação leitora. Durante todo o per�odo, que dura em torno de 8 meses a 1 ano, a FNLIJ trabalha em conjunto com o Ecofuturo, prestando assessoria às comunidades atendidas.

O Ministério da Cultura – MinC tem apoiado o projeto, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Outro apoio importante na primeira fase do projeto foi o da empresa IBM, que doou nove computadores para as bibliotecas. Houve a intermediação da FNLIJ, que recebeu os equipamentos para repassá-los às bibliotecas. Tal iniciativa reforça o conceito de que o acesso à literatura e a inclusão digital são elementos importantes na formação de indiv�duos conscientes, cr�ticos e informados.

Os parceiros patrocinadores das bibliotecas comunitárias até o mo-mento são: Suzano Papel e Celulose, Holcim, Philips, Cia. Siderúrgica Nacio-nal, Cia. Vale do Rio Doce, Avon, Instituto Oi Futuro, Ferrovia Centro-Atlântica, Telefônica.

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A FNLIJ e o Instituto Ecofuturo estão abertos para receber novos par-ceiros e patrocinadores. As prefeituras das cidades contempladas com bibliotecas t�m sido importantes parceiras na implantação e manutenção das bibliotecas.

1.2. Listagem dos catálogos de BolonhaDesde de 1977 a FNLIJ prepara um catálogo com a seleção de t�tulos

de Literatura Infantil e Juvenil brasileira para ser apresentado na Feira de Bolonha anualmente.

Atualmente consta no catálogo uma seleção dos t�tulos publicados no ano anterior, com resenhas e capas coloridas dos livros; a divulgação do Pr�mio FNLIJ do ano corrente; a indicação dos candidatos brasileiros ao Pr�mio Hans Christian Andersen, que ocorre a cada dois anos; e a lista das editoras brasileiras participantes da feira, além dos apoiadores do catálogo. Também pode haver, eventualmente, uma homenagem a algum autor ou a uma data comemorativa.

A descrição das informações detalhadas de cada edição do catálogo consta, para consulta, no site da FNLIJ: www.fnlij.org.br.

1.3. Concursos Como instituição mais antiga voltada para a promoção da leitura no

Brasil, a FNLIJ procura, por meio de seus concursos, identificar e dar publici-dade aos diversos programas de incentivo à leitura junto aos públicos infantil e juvenil já existentes no Brasil, além de estimular o desenvolvimento de novos programas – Concurso FNLIJ/Petrobras Os Melhores programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil; enfatizar a importância da leitura literária e informativa, compartilhada entre adultos, crianças e jovens – Concurso FNLIJ Leia Comigo!; estimular os professores a desenvolver junto a seus alunos a leitura de livros de literatura para crianças e jovens de autores ind�genas – Concurso FNLIJ Curumim; para fortalecer a produção de obras li-terárias, de autoria ind�gena, para crianças e jovens – Concurso FNLIJ Tamoios. A lista completa de todos os vencedores dos concursos está dispon�vel para consulta no site: www.fnlij.org.br.

1.3.1. Concursos FNLIJConcurso FNLIJ/Petrobras Melhores Programas de Incen-tivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil

A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil criou, em 1994, o Concurso FNLIJ – Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crian-ças e Jovens com o objetivo de valorizar o empenho de pessoas e entidades

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engajadas em iniciativas de promoção da leitura, divulgar suas ações, facilitar a troca de informação entre os que se dedicam a essa área, a fim de construir uma rede que fortaleça e enriqueça o trabalho de todos, bem como possibilitar o estudo e o aperfeiçoamento dessas ações. É o concurso pioneiro no g�nero que possibilita a formação de um importante banco de dados sobre os programas de promoção da leitura no pa�s e que, portanto, pode subsidiar pesquisas e pol�ticas de leitura.

Como seção brasileira do International Board on Books for Young People/IBBY, a FNLIJ inspirou-se no pr�mio internacional da instituição, o IBBY – Asahi Reading Promotion Award, para programas de leitura, concedido desde 1987. Este pr�mio é uma parceria entre o IBBY e o jornal Asahi Shimbun, de Tóquio, Japão, que visa premiar instituições que desenvolvam programas de pro-moção da leitura para crianças e jovens originais e consistentes, escolhidos por um júri internacional indicado pelas seções do IBBY. O Asahi Shimbun expressa, assim, há 18 anos, sua dimensão empresarial generosa e comprometida com a formação de jovens leitores, integrando-se à rede do IBBY em escola global. O pr�mio de aproximadamente 10 mil dólares é entregue ao vencedor no Congres-so do IBBY, sediado num pa�s membro da instituição a cada dois anos.

Em 1994, a FNLIJ conseguiu promover o 1º Concurso FNLIJ – Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens, o primei-ro no g�nero do pa�s, representando uma tentativa solitária, sem divulgação pela imprensa. Somente a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro apoiou, timidamente, a iniciativa. Cartazes foram impressos e enviados por meio de comunicação interna da SEE/RJ às escolas do estado.

Apesar das dificuldades, o concurso revelou o que a FNLIJ acreditava: apresentou como vencedor uma experi�ncia de sucesso realizada pela Universi-dade Federal Fluminense. Numa ação pioneira, o projeto levava às cidades do estado do Rio de Janeiro a semente da leitura para professores de escolas públi-cas. O Programa de Alfabetização – PROALE, Universidade Federal Fluminense, inaugurava uma ação coordenada de promoção da leitura até as salas de aula, com uma proposta de estudo e planejamento participativo. Infelizmente, o con-curso não teve continuidade em 1995.

Em 1996, Eduardo Portella, conhecedor e antigo parceiro da FNLIJ, ao assumir a presid�ncia da Fundação Biblioteca Nacional, convidou Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ, para integrar a Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Incentivo à Leitura – o PROLER. Assim, a primeira contri-buição levada pela FNLIJ ao PROLER foi o Concurso, que imediatamente ganhou a adesão e o apoio do presidente da instituição, como de toda a Comissão Coordenadora. O projeto pôde crescer e se multiplicar, conforme o imaginado

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pela FNLIJ desde o in�cio, ganhando força e conteúdo com a participação de companheiros da Comissão Coordenadora do PROLER.

Em 1997, a FNLIJ realizou o 2º Concurso, incorporando ao t�tulo a sigla do Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER –, e viabilizando a ampliação da divulgação para todo o território brasileiro. O PROLER produ-ziu folhetos, cartazes e assumiu a postagem dos mesmos, trazendo também a participação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, que apoiou sua divulgação para toda a rede de escolas públicas, por intermédio de suas publicações e sistema de comunicação.

Outra conquista com a parceria do PROLER foi trazer ao Rio de Ja-neiro os vencedores, entrevistá-los e torná-los conhecidos por meio da m�dia. O ministro da Cultura, por meio da Secretaria do Livro e da Leitura, coordenada por Ottaviano de Fiore, uniu-se ao projeto em 1999, o que possibilitou proceder a um levantamento quantitativo dos concursos realizados até esta data.

O PROLER foi um importante parceiro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil de 1997 a 2002. O apoio do governo federal transformou Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil num concurso de âmbito nacional, contribuindo para fortalecer a rede em prol da formação de uma sociedade leitora, meta da FNLIJ desde sua criação, mas que não tinha condições para realizá-lo sozinha. Como órgão governamen-tal, a associação do PROLER permitiu também o reconhecimento da importância da iniciativa da FNLIJ.

Em 2003, apesar de não ter sido poss�vel continuar contando com a participação do PROLER, a FNLIJ deu continuidade ao Concurso, certa da ne-cessidade de investir nas conquistas alcançadas. Isso aconteceu em 2005, com a parceria da Petrobras, que passou a oferecer um pr�mio em valor financeiro, a partir do 10º Concurso.

Concurso FNLIJ Curumim – Leitura de Obras de EscritoresIndígenasConcurso dirigido a adultos que trabalham com a promoção de

obras literárias de autoria ind�gena. A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, com o propósito de incentivar a produção literária para crianças e jovens e a leitura, tem promovido concursos de textos para professores que incentivam a leitura literária junto a crianças e jovens. Em 2004, a FNLIJ in�-ciou a parceria com o INBRAPI – Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual, presidido pelo escritor Daniel Munduruku. Como uma ação de for-talecimento da nova década dos povos ind�genas (2005 – 2015), proclamada pela UNESCO, em parceria com o INBRAPI, através do Núcleo de Escritores

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e Artistas Ind�genas, NEArIn, a FNLIJ promove este concurso. Realizado desde 2004, em parceria com o INBRAPI, a partir de 2006, conta com a participação do Núcleo de Escritores e Ilustradores Ind�genas (NEII). Seleciona textos que registram experi�ncias com obras de autores ind�genas em salas de aula, bi-bliotecas, escolas, comunidades, desenvolvidas por professores, bibliotecários e educadores. Uma bibliografia recomendada de obras ind�genas acompanha o regulamento.

Concurso FNLIJ Tamoios de Textos de Escritores IndígenasConcurso dirigido a autores ind�genas, ou que possuam alguma filia-

ção ind�gena, realizado como uma ação de fortalecimento da nova década dos povos ind�genas (2005 – 2015), proclamada pela UNESCO, em parceria com o INBRAPI, Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual, através do Núcleo de Escritores e Artistas Ind�genas, NEArIn. A FNLIJ realiza este concurso desde 2004, em parceria com o INBRAPI. E, a partir de 2006, conta com a par-ticipação do Núcleo de Escritores e Ilustradores Ind�genas (NEII). Seleciona textos literários inéditos de escritores ind�genas, em prosa ou poesia.

Concurso Leia ComigoConcurso dirigido a adultos, pais, professores, educadores, que quei-

ram relatar uma experi�ncia com a leitura dirigida às crianças e adolescentes. Iniciado em 2002, em duas categorias (relato real e relato ficcional), para expe-ri�ncias bem-sucedidas de leitura compartilhada de adultos com crianças e/ou jovens. A FNLIJ tem procurado incentivar nas fam�lias o interesse pela leitura, acreditando que o adulto é, efetivamente, o mediador desse interesse da criança e do jovem pelos livros. Como parte integrante dessas ações, a FNLIJ criou a campanha Leia Comigo! em 2001, e o Concurso FNLIJ Leia Comigo! em 2002, que agora se encontra em sua 7ª edição. Podem se inscrever adultos que tenham uma experi�ncia com a promoção da leitura ou que criem um relato de ficção, cujo assunto principal seja a leitura compartilhada.

1.3.2. Concursos FNLIJ ComemorativosA FNLIJ, com o objetivo de homenagear datas comemorativas de sig-

nificativa importância para a Literatura Infantil e Juvenil, criou alguns pr�mios comemorativos. São eles:

• Concurso FnliJ 35 anos: realizado em 2003, ano em que a FNLIJ divulgou a mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil – DILI/IBBY. Dirigido a educadores, professores e bibliotecários que propusessem uma atividade de promoção da leitura literária a partir da mensagem do DILI.

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• Concurso literário FnliJ 30 anos: organizado e coordenado, em 1998, pela Câmara Mineira do Livro, com o objetivo de comemorar os 30 anos de criação da FNLIJ. O concurso premiou textos inéditos de Literatura Infantil e Juvenil produzidos no Brasil.

• Concurso Uma Carta para lobato: atividade comemorativa do 30º aniversário da FNLIJ. Os alunos inscritos com idade de 6 a 15 anos participaram com cartas em forma de texto ou ilustração e enviaram uma mensagem dirigida a Monteiro Lobato, em 1998, com o apoio da Bloch Educação.

• Concurso Paz na terra: em 1972, por ocasião do Ano Internacional do Livro, premiava texto e ilustração integrados e inéditos para o público infantil.

1.4. Exposições FNLIJPara incentivar e promover a divulgação dos autores de Literatura In-

fantil e Juvenil no Brasil, a FNLIJ organiza, com regularidade, exposições de ilustrações, textos e imagens. Dentre elas, destacamos:

• exposição de ilustrações da Bienal de ilustrações da Bratislava – BiB. Exposição de ilustrações originais de livros infantis, realizada no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, em 1969.

• Grande mostra de ilustrações Bienal de ilustrações de Bratislava – BiB 22 anos. Exposições de 29 reproduções dos originais premiados na Bienal de Ilustrações da Bratislava, realizada no Pavilhão da Fundação Bienal Ibirapuera, São Paulo, de 22 de agosto a 2 de setembro de 1990. Mostra de reprodução fotográfica, a cores, de trabalhos de artistas de 19 pa�ses.

• mostra de ilustradores. Exposição de ilustrações de livros infantis brasileiros, organizada com a Associação dos Ilustradores do Rio de Janeiro (AIRJ), com o patroc�nio do BNDES, em 1987.

• imagens da Criança. Exposição de 60 fotos de imagens de crianças dos séculos XIX e XX, selecionadas do MAM, Rio de Janeiro. Foi realizada de 11 de outubro a 13 de novembro de 1988, em comemoração aos 20 anos da FNLIJ, em parceria com o Paço Imperial – SPHAN/Fundação próMemória e MAM. Fotos de Flávio Dann, Herm�nia Nogueira Borges, José Medeiros e outros.

• exposição Prêmio andersen. Exposição de 295 livros dos 19 pa�ses que concorreram ao pr�mio Hans Christian Andersen – HCA, do IBBY, de 6 a 15 de julho de 1988. O Brasil concorreu na categoria Escritor, com a indicação de Ziraldo, com a apresentação de 29 livros de autoria dele. A exposição foi realizada na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro e contou com a par-ticipação especial de Ana Maria Machado, presidente do Júri do Pr�mio HCA, em 1988. De 31 de agosto a 9 de setembro de 1988, a exposição foi reaberta na Biblioteca do CEM Presidente João Goulart – CIEP de Ipanema.

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• na imagem a Viagem. Exposição de livros alemães e brasileiros para crianças, com a parceria da FNLIJ, do Instituto Goethe Rio de Janeiro, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, – Secretaria de Estado de Cultura e Espor-te, Biblioteca Pública do Estado de Rio de Janeiro. A exposição foi realizada de 3 a 25 de agosto de 1995, na BPERJ. Foram realizadas mesas-redondas, oficinas, cursos e leitura de histórias.

• Crescendo lendo imagens. Exposição de ilustrações de livros infantis brasileiros, preparada para o Centro Cultural Gama Filho, no Rio de Janeiro, de 2 de abril a 10 de maio de 1996. São as imagens da exposição Brasil! Uma Brilhante Mistura de Cores!, organizada pela FNLIJ, em 1995, quando o Brasil foi o pa�s homenageado na Feira do Livro de Bolonha. Escritores como Ana Maria Machado, Marina Colasanti e Ziraldo estiveram presentes em atividades voltadas às crianças ou aos professores.

• o Jardim secreto – mostra de ilustrações de livros infantis – Feira de Bolonha de 1996. Exposição de 30 ilustrações originais de artistas estrangei-ros, provenientes da Feira de Livros Infantis de Bolonha, Itália. Cada ilustração foi especialmente criada para a Mostra O Jardim Secreto. No Brasil, a FNLIJ contou com a parceria da Bloch Educação, de 20 a 31 de maio de 1996, no Edif�cio Adolpho Bloch, Rio de Janeiro.

• Jardim de Palavras e imagens – Uma Homenagem a monteiro loba-to. Exposição comemorativa dos 30 anos da FNLIJ, composta de 14 painéis rela-cionados à FNLIJ, ao cinqüentenário de morte de Monteiro Lobato; livros de Lobato e cartas escritas por ele. Além, disso, reproduções de ilustradores de Lobato (J. U. Campos, Voltolino, André Le Blanc etc). O Centro Cultural Banco do Brasil cedeu objetos (uma boneca Em�lia e uma canastra) que acompanharam a exposição Visões de Emília. Foi realizada no Rio de Janeiro, RJ, no Edif�cio Adolpho Bloch, de 22 de maio a 26 de junho de 1998; na Secretaria Municipal de Belo Horizonte, de 21 de agosto a 2 de setembro de 1998; em Teresópolis, RJ, em abril de 1999.

• Viva a ilustração! Exposição de reproduções de ilustrações de livros infantis de 29 artistas de diferentes pa�ses, organizada pela FNLIJ. As ilustrações participaram de dois importantes eventos internacionais: a Feira do Livro de Bo-lonha, realizada na Itália, e a Bienal de Ilustrações de Bratislava, Eslováquia. Esta exposição foi especialmente preparada para a Bienal do Livro Infanto-juvenil de Nova Iguaçu, RJ, no SESC, de 8 a 16 de outubro de 2005.

• no salão FnliJ do livro para Crianças e Jovens. Realizado anual-mente no Rio de Janeiro, desde 1999. A cada ano, a FNLIJ prepara uma exposi-ção temática, histórica ou comemorativa.

• a imagem do medo na ilustração de livros infantis Brasileiros. Exposição de ilustrações de livros infantis organizada pela FNLIJ originalmente

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para o VIII Salão do Livro Infantil e Juvenil de Pontevedra, Gal�cia, em fevereiro de 2007. No Brasil, a exposição foi apresentada no Natal com Leituras, na Bi-blioteca Nacional – Rio de Janeiro, em 2007; no Seminário do Instituto C&A, em São Paulo, em 2007 e no 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, no MAM-Rio, em 2008.

1.5. Prêmio FNLIJ Em 1974, a FNLIJ in�ciou a sua premiação anual, com o Prêmio FnliJ

– o melhor para Criança, distinção máxima concedida aos melhores livros infan-tis e juvenis, que hoje conta com diversas categorias: Criança, Jovem, Imagem, Poesia, Informativo, Tradução Criança, Tradução Jovem, Tradução Informativo, Tradução Reconto, Projeto Editorial, Revelação Escritor, Revelação Ilustrador, Me-lhor Ilustração, Teatro, Livro Brinquedo, Teórico, Reconto e Literatura de L�ngua Portuguesa. As diversas categorias do Pr�mio FNLIJ levam os nomes de autores consagrados da Literatura Infantil e Juvenil, como uma homenagem da FNLIJ a esses talentosos escritores.

A FNLIJ concedeu Pr�mios Especiais, em 1997, 1998 e 1999, a obras em nova edição de autores falecidos (Carlos Drummond de Andrade e Rubem Braga) e a obras de coleções anteriormente premiadas.

Desde 1992, a FNLIJ criou o Hors Concours para cada pr�mio, a fim de estimular novos escritores e ilustradores. Ele ocorre quando o mais votado na categoria já ganhou pelo menos tr�s vezes o Prêmio FNLIJ como escritor ou ilustrador.

Prêmio FNLIJ Ofélia Fontes – O Melhor para a Criança

1974T�tulo: O rei de quase tudo Escritor: Eliardo França Ilustrador: Eliardo França Editora: Orientação Cultural (Atualmente, pela Mary & Eliardo França; Zit Editora)

1975T�tulo: Angélica Escritor: Lygia Bojunga Ilustrador: Vilma Pasqualini Editora: Agir (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

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1976T�tulo: A bolsa amarela Escritor: Lygia Bojunga Ilustrador: Marie Louise Neri Editora: Agir (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

1977T�tulo: Pedro Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós Ilustrador: Sara Ávila de Oliveira Editora: Miguilim

1978T�tulo: Coleção Gato e rato Escritor: Mary França Ilustrador: Eliardo França Editora: Ática

1979T�tulo: Raul da ferrugem azul Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Patr�cia Gwinner Editora: Salamandra

1980T�tulo: O curumim que virou gigante Escritor: Joel Rufino dos Santos Ilustrador: Lúcia Lacourt Editora: Salamandra

1981T�tulo: O que os olhos não vêem Escritor: Ruth Rocha Ilustrador: José Carlos de Brito Editora: Salamandra

1982T�tulo: Uni, duni e tê Escritor: Angela Lago

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Ilustrador: Angela Lago Editora: Comunicação (Atualmente, pela Editora Compor)

1983T�tulo: Os bichos que tive Escritor: Sylvia Orthof Ilustrador: G� Orthof Editora: Salamandra

1984T�tulo: É isso ali Escritor: José Paulo Paes Ilustrador: Carlos Brito Editora: Salamandra

1985T�tulo: Uxa, ora fada, ora bruxa Escritor: Sylvia Orthof Ilustrador: Tato Editora: Nova Fronteira

1986T�tulo: O menino marrom Escritor: Ziraldo Ilustrador: Ziraldo Editora: Melhoramentos

1987T�tulo: Uma ilha lá longe Escritor: Cora Rónai Ilustrador: Rui de Oliveira Editora: Record

1988T�tulo: A mãe da mãe da minha mãe Escritor: Terezinha Alvarenga Ilustrador: Angela Lago Editora: Miguilim

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1989T�tulo: As viagens de Raoni Escritor: Pedro Veludo Ilustrador: Demóstenes Vargas Editora: Miguilim

1990T�tulo: Sua alteza a Divinha Escritor: Angela Lago Ilustrador: Angela Lago (colaboração de ilustradores anônimos e antigos) Editora: RHJ

1991T�tulo: O menino de olho d’água Escritor: José Paulo Paes Ilustrador: Rubens Matuck Editora: Ática

1992Hors-Concours T�tulo: De morte! Escritor: Angela Lago Ilustrador: Angela Lago Editora: RHJ

T�tulo: Eu e minha luneta Escritor: Cláudio Martins Ilustrador: Cláudio Martins Editora: Formato

Hors-Concours T�tulo: O problema de Clóvis Escritor: Eva Furnari Ilustrador: Eva Furnari Editora: Santuário (Atualmente, pela Editora Global)

1993T�tulo: Asa de papel Escritor: Marcelo Xavier

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Ilustrador: Marcelo Xavier Editora: Formato

1994T�tulo: Coleção Assim é se lhe parece Escritor: Angela Carneiro, Lia Neiva, Sylvia Orthof Ilustrador: Roger Mello, Mariana Massarani, Elisabeth Teixeira Editora: Ediouro

1995T�tulo: A cristaleira Escritor: Graziela Bozano Hetzel Ilustrador: Roger Mello Editora: Ediouro (Atualmente, pela Editora Manati)

1996T�tulo: Menino do Rio Doce Escritor: Ziraldo Ilustrador: Bordados de Angela Dumont, Antonia Diniz Dumont, Marilu Dumont. Martha Dumont, Sávia Dumont sobre desenhos de Demóstenes Vargas Editora: Companhia das Letrinhas

1997T�tulo: Minhas memórias de Lobato Escritor: Luciana Sandroni Ilustrador: Laerte Editora: Companhia das Letrinhas

1998T�tulo: Dez sacizinhos Escritor: Tatiana Belinky Ilustrador: Roberto Weigand Editora: Paulinas

1999Hors-Concours T�tulo: ABC doido Escritor: Angela Lago

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Ilustrador: Angela Lago Editora: Melhoramentos

Hors-Concours T�tulo: Fiz voar o meu chapéu Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: ZeFlávio Teixeira Editora: Formato

T�tulo: Ludi na Revolta da Vacina: uma odisséia no Rio Antigo Escritor: Luciana Sandroni Ilustrador: Humberto Guimarães Editora: Salamandra

2000T�tulo: Chica e João Escritor: Nelson Cruz Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Formato (Atualmente, pela Editora Cosac Naify)

Hors-Concours T�tulo: Indo não sei aonde buscar não sei o quê Escritor: Angela Lago Ilustrador: Angela Lago Editora: RHJ

2001T�tulo: Mania de explicação Escritor: Adriana Falcão Ilustrador: Mariana Massarani Editora: Salamandra

Hors-Concours T�tulo: Meninos do mangue Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Companhia das Letrinhas

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2002T�tulo: A princesinha medrosa Escritor: Odilon Moraes Ilustrador: Odilon Moraes Editora: Companhia das Letrinhas

Hors-Concours T�tulo: De carta em carta Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Salamandra

Hors-Concours T�tulo: Menina Nina: duas razões para não chorar Escritor: Ziraldo Ilustrador: Ziraldo Editora: Melhoramentos

T�tulo: O dono da verdade Escritor: Bia Hetzel Ilustrador: Mariana Massarani Editora: Manati

Hors-Concours T�tulo: Sete histórias para sacudir o esqueleto Escritor: Angela Lago Ilustrador: Angela Lago Editora: Companhia das Letrinhas

2003Hors-Concours T�tulo: Abrindo caminho Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Elizabeth Teixeira Editora: Ática

Hors-Concours T�tulo: Até passarinho passa Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós

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Ilustrador: Elizabeth Teixeira Editora: Moderna

T�tulo: O segredo da chuva Escritor: Daniel Munduruku Ilustrador: Marilda Castanha Editora: Ática

2004T�tulo: Pedro e Lua Escritor: Odilon Moraes Ilustrador: Odilon Moraes Editora: Cosac Naify

2005Hors-Concours T�tulo: Cacoete Escritor: Eva Furnari Ilustrador: Eva Furnari Editora: Ática

Hors-Concours T�tulo: João por um fio Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Companhia das Letrinhas

T�tulo: Murucututu a coruja grande da noite Escritor: Marcos Bagno Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Ática

Hors-ConcoursT�tulo: Procura-se lobo Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Laurent Cardon Editora: Ática

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2006Hors-Concours T�tulo: Felpo Filva Escritor: Eva Furnari Ilustrador: Eva Furnari Editora: Moderna

T�tulo: O menino, o cachorro Escritor: Simone Bibian Ilustrador: Mariana Massarani Editora: Manati

2007T�tulo: O jogo de amarelinha Escritor: Graziela Bozano Hetzel Ilustrador: Elisabeth Teixeira Editora: Manati

Prêmio FNLIJ Orígenes Lessa – O Melhor para o Jovem

1978T�tulo: A casa da madrinha Escritor: Lygia Bojunga Ilustrador: Regina Yolanda Editora: Agir (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

1979T�tulo: Uma idéia toda azul Escritor: Marina Colasanti Ilustrador: Marina Colasanti Editora: Nórdica (Atualmente, pela Editora Global)

1980T�tulo: O sofá estampado Escritor: Lygia Bojunga Ilustrador: Regina Yolanda Editora: Civilização Brasileira (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

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1981T�tulo: De olho nas penas Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Gerson Conforto Editora: Salamandra

1982T�tulo: Bisa Bia, Bisa Bel Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Regina Yolanda Editora: Salamandra

1983T�tulo: Vida e paixão de Pandonar, o cruel Escritor: João Ubaldo Ribeiro Ilustrador: Ivan & Marcelo Editora: Nova Fronteira

1984T�tulo: O outro lado do tabuleiro Escritor: Eliane Ganem Ilustrador: Rui de Oliveira Editora: Record

1985T�tulo: Tchau Escritor: Lygia Bojunga Ilustrador: Regina Yolanda Editora: Agir (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

1986T�tulo: Fruta no ponto Escritor: Roseana Murray Ilustrador: Sara Ávila Editora: FTD

1987T�tulo: A visitação do amor Escritor: Jorge Miguel Marinho

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Ilustrador: Odilon Moraes Editora: Contexto

1988T�tulo: Indez Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós Editora: Miguilim (Atualmente, pela Editora Global)

1989T�tulo: O assassinato do conto policial Escritor: Paulo Rangel Ilustrador: Mário Cafiero Editora: FTD

1990T�tulo: Em busca de mim Escritor: Isabel Vieira Ilustrador: Michele Lacocca Editora: FTD

1991T�tulo: Minerações Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós Ilustrador: Paulo Bernardo Vaz Editora: RHJ

1992T�tulo: Entre a espada e a rosa Escritor: Marina Colasanti Ilustrador: Marina Colasanti Editora: Salamandra

1993T�tulo: Te dou a lua amanhã... biofantasia de Mário de Andrade Escritor: Jorge Miguel Marinho Ilustrador: Saulo Garroux (projeto gráfico) Editora: FTD (Atualmente, pela Editora Ática)

T�tulo: Ana Z, aonde vai você? Escritor: Marina Colasanti

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Ilustrador: Marina Colasanti Editora: Ática

1994T�tulo: Atentado Escritor: Sonia Rodrigues Mota Ilustrador: Wilson Cotrim Editora: Ediouro

1995T�tulo: Chifre em cabeça de cavalo Escritor: Luiz Raul Machado Ilustrador: Graça Lima Editora: Nova Fronteira

Hors-Concours T�tulo: Por parte de pai Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós Editora: RHJ

1996T�tulo: Contos contidos Escritor: Maria Lúcia Simões Editora: RHJ

Hors-Concours T�tulo: Ler, escrever e fazer conta de cabeça Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós Editora: Miguilim (Atualmente, pela Editora Global)

Hors-Concours T�tulo: O abraço Escritor: Lygia Bojunga Ilustrador: Rubem Grilo Editora: Agir (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

Hors-Concours T�tulo: Seis vezes Lucas Escritor: Lygia Bojunga

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Ilustrador: Regina Yolanda Editora: Agir (Atualmente, pela Editora Casa Lygia Bojunga)

1997T�tulo: As fatias do mundo Escritor: Nilma Gonçalves Lacerda Ilustrador: Regina Yolanda Editora: RHJ

1998T�tulo: A odalisca e o elefante Escritor: Pauline AlphenEditora: Companhia das Letras

1999T�tulo: A alma do urso Escritor: Gustavo Bernardo Ilustrador: Ana Raquel Editora: Formato

“Hors concours” T�tulo: A cama: romance Escritor: Lygia Bojunga Editora: Agir

T�tulo: A noite dos cristais Escritor: Lu�s Fulano de Tal (Lu�s Carlos de Santana) Editora: Editora 34

2000T�tulo: Quando eu voltei, tive uma surpresa: cartas para Nelson Escritor: Joel Rufino dos Santos Editora: Rocco

2001T�tulo: O Mário que não é de Andrade Escritor: Luciana Sandroni Ilustrador: Spacca Editora: Companhia das Letrinhas

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Hors-Concours T�tulo: Penélope manda lembranças Escritor: Marina Colasanti Editora: Ática

2002Hors-Concours T�tulo: A casa das palavras e outras crônicas Escritor: Marina Colasanti Ilustrador: Marina Colasanti Editora: Ática

T�tulo: Luna Clara e Apolo Onze Escritor: Adriana Falcão Ilustrador: José Carlos Lollo Editora: Salamandra

T�tulo: Mohamed: um menino afegão Escritor: Fernando Vaz Ilustrador: Marcos Guilherme Editora: FTD

2003T�tulo: Cunhataí: um romance da guerra do Paraguai Escritor: Maria Filomenna Ilustrador: Bouissou Lepecki Editora Talento

2004T�tulo: Crônicas de São Paulo: um olhar indígena Escritor: Daniel Munduruku Editora: Callis

Hors-Concours T�tulo: O olho de vidro do meu avô Escritor: Bartolomeu Campos de Queirós Editora: Moderna

302 umImagInárIodelIVroseleIturas

2005T�tulo: Lis no peito: um livro que pede perdão Escritor: Jorge Miguel Marinho Editora: Biruta

2006T�tulo: O rapaz que não era de Liverpool Escritor: Caio Riter Editora: SM

2007T�tulo: Era no tempo do rei: um romance da chegada da corte Escritor: Ruy Castro Editora: Objetiva

Prêmio FNLIJ Luís Jardim – O Melhor Livro de Imagem

1981T�tulo: Coleção Peixe-vivo Ilustrador: Eva Furnari Editora: Ática

T�tulo: Ida e volta Ilustrador: Juarez Machado Editora: Primor (Atualmente, pela Editora Agir)

1982T�tulo: A bruxinha atrapalhada Ilustrador: Eva Furnari Editora: Global

1983T�tulo: Filó e Marieta Ilustrador: Eva Furnari Editora: Paulinas

1984T�tulo: Outra vez Ilustrador: Angela Lago Editora: Miguilim

40anosdaFnlIJ 303

1985T�tulo: A menina e o cobertor Ilustrador: Lu�s Lorenzon Editora: FTD

1986T�tulo: Chiquita Bacana e outras pequititas Ilustrador: Angela Lago Editora: L�

1987T�tulo: O dia-a-dia de Dadá Ilustrador: Marcelo Xavier Editora: Formato

1988T�tulo: A menina da tinta Ilustrador: Maria José Boaventura Editora: Vig�lia

1989: não houve premiação nesta categoria

1990:T�tulo: A menina e o dragão Ilustrador: Eva Furnari Editora: Formato

1991:T�tulo: Noite de cão Ilustrador: Graça Lima Editora: Salamandra

1992:Hors-Concours T�tulo: Cântico dos cânticos Ilustrador: Angela Lago Editora: Paulinas

304 umImagInárIodelIVroseleIturas

Categoria: imagem T�tulo: Pula gato! Ilustrador: Marilda Castanha Editora: Santuário

Hors-Concours T�tulo: Truks Ilustrador: Eva Furnari Editora: Ática

1993T�tulo: O caminho do caracol Ilustrador: Helena Alexandrino Editora: Studio Nobel

T�tulo: O gato viriato Ilustrador: Roger Mello Editora: Ediouro

1994T�tulo: A bela e a fera Ilustrador: Rui de Oliveira Editora: FTD

Hors-Concours T�tulo: Cena de rua Ilustrador: Angela Lago Editora: RHJ

1995T�tulo: Zoom Escritor: Istvan Banyai Ilustrador: Gilda de Aquino (tradução) Editora: Brinque-Book

1996Não houve premiação nesta categoria

40anosdaFnlIJ 30�

1997T�tulo: Leonardo Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Paulinas (Atualmente, pela Editora Scipione)

1998Não houve premiação nesta categoria

1999Não houve premiação nesta categoria

2000T�tulo: Seca Ilustrador: André Neves Editora: Paulinas

2001T�tulo: Emoções Ilustrador: Juarez Machado Editora: Agir

2002T�tulo: Chapeuzinho Vermelho e outros contos por imagem Escritor: Luciana Sandroni (adaptação) Ilustrador: Rui de Oliveira Editora: Companhia das Letrinhas

2003Não houve premiação nesta categoria

2004Hors-Concours T�tulo: A raça perfeita Ilustrador: Angela Lago e Gisele Lotufo Editora: Projeto

T�tulo: Coleção História muda? (No fim do mundo muda o fim; O amor cego do morcego; Omar e o mar) Ilustrador: Cláudio MartinsEditora: Dimensão

30� umImagInárIodelIVroseleIturas

2005T�tulo: O rouxinol e o imperador Escritor: Hans Christian Andersen Ilustrador: Taisa Borges Editora: Peirópolis

2006T�tulo: A linha do Mário Vale Ilustrador: Mário Vale Editora: RHJ

2007T�tulo: A pequena marionete Ilustrador: Gabrielle Vincent Editora: Editora 34

Prêmio FNLIJ Monteiro Lobato:a melhor tradução/adaptação-Criançaa melhor tradução/adaptação-informativoa melhor tradução/adaptação-Jovema melhor tradução/adaptação-reconto

1988tradução CriançaT�tulo: Salada russa Escritor: Vários autores. Tatiana Belinky (tradução) Editora: Paulinas

1989tradução Criança T�tulo: O rei Bigodeira e sua banheira Escritor: Audrey Wood. Gisela Maria Padovan (tradução) Ilustrador: Don Wood Editora: Ática

tradução Jovem T�tulo: Carmen Escritor: Prosper Merimée. Francisco Balthar Peixoto (tradução) Ilustrador: Gennaro Urso Editora: FTD

40anosdaFnlIJ 30�

1990tradução Criança T�tulo: Di-versos russos Escritor: Tatiana Belinky (tradução). Samuel Marchak (adaptação) Ilustrador: Cláudia Scatamacchia Editora: Scipione

tradução Jovem T�tulo: Cartas do meu moinho Escritor: Alphonse Daudet. Paulo Mendes Campos (tradução e adaptação) Ilustrador: Carlos Eduardo S. de Andrade Editora: Scipione

1991tradução Criança T�tulo: Contos de Grimm Escritor: Wilhelm e Jacob Grimm. Maria Helo�sa Penteado (texto em portugu�s) Ilustrador: Anastassija Archipowa Editora: Ática

1992tradução Criança T�tulo: O teatro de sombras de Ofélia Escritor: Michael Ende. Luciano Vieira Machado (tradução) Ilustrador: Friedrich Hechelmann Editora: Ática

1993tradução Criança T�tulo: A cortina da tia Bá Escritor: Virg�nia Woolf. Ruth Rocha (tradução) Ilustrador: Julie Vivas Editora: Ática

1994tradução Criança T�tulo: A bruxa Salomé Escritor: Audrey Wood. Gisela Maria Padovan (tradução)

30� umImagInárIodelIVroseleIturas

Ilustrador: Don Wood Editora: Ática

tradução informativo T�tulo: Coleção As origens do saber (A criação da pintura; O céu e seus mistérios; O fogo, amigo ou inimigo?; A música dos instrumentos) Escritor: Pierre Marchand (coordenação). Vários tradutores Ilustrador: Anne de Bouchonoy (coordenação) Editora: Melhoramentos

tradução Jovem T�tulo: Kamô e a idéia do século Escritor: Daniel Pennac. Dau Bastos (tradução) Ilustrador: Jean-Philippe Chabot Editora: Salamandra

1995tradução Criança T�tulo: O pintor de lembranças Escritor: José Antonio Del Cañizo. Charles Kiefer (tradução) Ilustrador: Jesús Gabán Editora: Projeto

tradução informativo T�tulo: O teatro no mundo (Coleção As origens do saber) Escritor: Pierre Marchand (coordenação). Célia Regina de Lima (tradução) Ilustrador: Anne de Bouchony (coordenação) Editora: Melhoramentos

tradução Jovem T�tulo: O mundo de Sofia Escritor: Jostein Gaarder. João Azenha Junior (tradução) Editora: Companhia das Letras

1996tradução Criança T�tulo: Coleção A Epopéia de Gilgamesh (O rei Gilgamesh, A última busca de Gilgamesh, A vingança de Ishtar) Escritor: Ludmilla Zeman. Sérgio Capparelli (tradução)

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Ilustrador: Ludmilla Zeman Editora: Projeto

tradução informativo T�tulo: O mensageiro das estrelas Escritor: Peter S�s. Luciano Vieira Machado (tradução) Ilustrador: Peter S�s Editora: Ática

tradução Jovem T�tulo: A comédia de erros Escritor: Mary Lamb (adaptação). Márcio Godinho de Oliveira e Johnny Mafra (tradução) Ilustrador: Al�cia Cañas Cortázar Editora: Dimensão

tradução Jovem T�tulo: A tempestade Escritor: Mary Lamb (adaptação). Sérgio Godinho de Oliveira e Zélia Almeida (tradução) Ilustrador: Bernhard Oberdieck Editora: Dimensão

tradução Jovem T�tulo: O mercador de Veneza Escritor: Mary Lamb (adaptação). Sérgio Godinho de Oliveira e Johnny Mafra (tradução) Ilustrador: Dusan Kállay Editora: Dimensão

tradução Jovem T�tulo: Otelo Escritor: Mary Lamb (adaptação). Sérgio Godinho de Oliveira e Johnny Mafra (tradução) Ilustrador: Benoit Chieux Editora: Dimensão

tradução Jovem T�tulo: Romeu e Julieta

310 umImagInárIodelIVroseleIturas

Escritor: Mary Lamb (adaptação). Márcio Godinho de Oliveira e Leo Cunha (tradução) Ilustrador: Marine D’antibes Editora: Dimensão

1997tradução Criança T�tulo: Fábulas Escritor: La Fontaine. Ferreira Gullar (tradução) Ilustrador: Gustave Doré Editora: Revan

tradução informativo T�tulo: O diabo dos números Escritor: Hans Magnus Enzensberger. Sérgio Tellaroli (tradução) Editora: Companhia das Letras

tradução informativo T�tulo: O mais belo livro das pirâmides Escritor: Anne Millard. Barbara Theoto Lambert (tradução) Editora: Melhoramentos

tradução Jovem T�tulo: Jornal da Grécia Escritor: Anton Powell & Philip Steele. Regina Coeli Régis Junqueira (tradução) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Dimensão

1998tradução Criança T�tulo: Frederico Escritor: Leo Lionni. Monica Stahel (tradução) Ilustrador: Leo Lionni Editora: Martins Fontes

Tradução InformativoT�tulo: Coleção Artistas Famosos: Miró – Nicholas Ross; Picasso – Antony Mason; Michelangelo – Jen Green; Van Gogh – Andrew Hughe

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Escritor: Helena Gomes Klimes e Nadine Trzmielina (tradução)Editora: Callis

Tradução Informativo T�tulo: Coleção O que sabemos sobre: O que sabemos sobre Hinduísmo? Anita Ganeri; O que sabemos sobre Cristianismo? Carol Watson; O que sabemos sobre Judaísmo? Doreen Fine Escritor: Henrique Amat R�go Monteiro e Miriam B. B. Gabbai (tradução)Editora: Callis

tradução Jovem T�tulo: Duas vidas, dois destinos Escritor: Katherine Paterson. Ana Maria Machado (tradução) Editora: Moderna

1999tradução Criança T�tulo: Em cima e embaixo Escritor: Janet Stevens. Luciano Vieira Machado (tradução) Ilustrador: Janet Stevens Editora: Ática

tradução informativo T�tulo: Coleção Mestres da Música (Bach, Beethoven, Mozart, Tchaikovsky) Escritor: Mike Venezia. Loly Amaro de Souza (tradução) Ilustrador: Mike Venezia Editora: Moderna

tradução JovemT�tulo: Outroso: um outro mundo Escritor: Graciela Montes. Ana Maria Machado (tradução) Editora: Moderna

2000tradução Criança T�tulo: Coleção Harry Potter (Harry Potter e a pedra filosofal; Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban; Harry Potter e a câmara secreta)Escritor: J. K. Rowling. Lia Wyler (tradução) Editora: Rocco

312 umImagInárIodelIVroseleIturas

tradução informativoT�tulo: Coleção Descobertas: Picasso, o sábio e o louco – Marie-Laure Bernadac e Paule du Bouchet; O céu, mistério, magia e mito – Jean-Pierre Verdet; O cinema, invenção do século – Emmanuelle Toulet; Jesus, o Deus surpreendente – Gérard Bessière Escritor: Adalgisa Campos da Silva; Eduardo Brandão e L�dia da Mota Amaral (tradução) Editora: Objetiva

tradução JovemT�tulo: Balzac e a costureirinha chinesa Escritor: Da� Sijie. Vera Lucia dos Reis (tradução) Editora: Objetiva

2001tradução Criança T�tulo: Bravo, Sr. William Shakespeare!; Sr. William Shakespeare Teatro Escritor: Sérgio Tellaroli (tradução) Ilustrador: Márcia Williams Editora: Ática

tradução Criança T�tulo: Coleção Os mais belos balés para crianças Escritor: Geraldine McCaughrean. Maria Luiza Newlands (tradução) Ilustrador: Angela Barrett Editora: Salamandra

tradução informativo T�tulo: V de Van Gogh Escritor: Marie Sellier. Eduardo Brandão (tradução) Editora: Companhia das Letrinhas

tradução Jovem T�tulo: Sorteio da morte Escritor: Humbert Bem Kemoun. Carlos Sussekind (tradução)Editora: Companhia das Letras

40anosdaFnlIJ 313

2002tradução Criança Hors-Concours T�tulo: As aventuras de Pinóquio Escritor: Carlo Collodi. Marina Colasanti (tradução) Ilustrador: Odilon Moraes Editora: Companhia das Letrinhas

tradução Criança T�tulo: Histórias do Cisne Escritor: Hans Christian Andersen. Hildegard Feist (tradução) Chris Riddell Editora: Companhia das Letrinhas

tradução Criança T�tulo: As crônicas de Nárnia Escritor: C. S. Lewis. Paulo Mendes Campos e Sil�da Steuernagel (tradução) Ilustrador: Pauline Baynes Editora: Martins Fontes

tradução informativo T�tulo: Dinossauros: uma história natural Escritor: Paul Barret. Carlos S. Mendes Rosa (tradução) Ilustrador: Raul Mart�n Editora: Martins Fontes

tradução Jovem T�tulo: Dom Quixote de la Mancha Escritor: Miguel de Cervantes Saavedra. Ferreira Gullar (tradução e adaptação) Ilustrador: Gustave Doré Editora: Revan

2003tradução Criança Hors-Concours T�tulo: A redação Escritor: Antonio Skármeta. Ana Maria Machado (tradução) Ilustrador: Alfonso Ruano Editora: Record

314 umImagInárIodelIVroseleIturas

tradução Criança T�tulo: Avós Escritor: Chema Heras. Miriam Gabbai (tradução) Ilustrador: Rosa Osuna Editora: Callis

tradução informativo T�tulo: Por dentro da Arte (Como e por que se faz arte; Os segredos da arte) Escritor: Elizabeth Newbery. Maria da Anunciação Rodrigues (tradução)Editora: Ática

tradução Jovem Hors-Concours T�tulo: Bicos quebrados Escritor: Nathaniel Lachenmeyer. Marina Colasanti (tradução) Ilustrador: Robert Ingpen Editora: Global

tradução Jovem T�tulo: Coleção Contos e poemas para crianças extremamente inteligentes de todas as idades (primavera, outono, verão) Escritor: Harold Bloom. José Antonio Arantes (tradução)Editora: Objetiva

2004tradução Criança T�tulo: O velho louco por desenho Escritor: François Place. André Viana (tradução) Ilustrador: François Place Editora: Companhia das Letrinhas

tradução informativo T�tulo: Coleção Nos passos de... (Aladim; Alexandre o Grande; Cristóvão Colombo; Ulisses) Escritor: Thierry Aprile; Marie-Thérèse Davidson e Jean-Paul Duviols (adaptação). Renée Eve Levié (tradução) Ilustrador: Vários Ilustradores Editora: Rocco

40anosdaFnlIJ 31�

tradução Jovem T�tulo: Contos de Fadas: edição comentada e ilustrada Escritor: Maria Tatar (edição, introdução e notas). Maria Luiza X. de A. Borges (tradução) Ilustrador: Vários Ilustradores Editora: Jorge Zahar

2005tradução/adaptação Criança T�tulo: Raposa Escritor: Margaret Wild. Gilda de Aquino (tradução) Ilustrador: Ron Brooksl Editora: Brinque-Book

tradução/adaptação informativo T�tulo: Anne Frank Escritor: Josephine Poole. Marcelo Pen (tradução) Ilustrador: Angela Barret Editora: SM

tradução/adaptação Jovem T�tulo: Por um simples pedaço de cerâmica Escritor: Linda Sue Park. Eneida Vieira Santos (tradução) Editora: Martins Fontes

2006tradução/adaptação Criança T�tulo: Os corvos de Pearblossom Escritor: Aldous Huxley. Luiz Antonio Aguiar (tradução) Ilustrador: Beatrice Alemagna Editora: Record

tradução/adaptação T�tulo: Jovem Escritor: Andar duas luas Sharon Creech. Fernando Santos (tradução) Editora: Martins Fontes

tradução/adaptação Jovem T�tulo: Nenhum peixe aonde ir

31� umImagInárIodelIVroseleIturas

Escritor: Marie-Francine Hébert. Maria Luiza X. de A. Borges (tradução) Ilustrador: Janice Nadeau Editora: SM

tradução/adaptação informativo T�tulo: Com vocês, Klimt! Escritor: Bérénice Capatti. Mônica Esmanhotto (tradução) Ilustrador: Octaviana Monaco Editora: SM

tradução/adaptação reconto T�tulo: Histórias de Ananse. Adwoa Badoe Escritor: Marcelo Pen (tradução) Ilustrador: Baba Wagué Diakité Editora: SM

2007tradução/adaptação T�tulo: Criança O carteiro chegou Escritor: Janet Ahlberg. Eduardo Brandão (tradução) Ilustrador: Allan Ahlberg Editora: Companhia das Letrinhas

tradução/adaptação informativo T�tulo: Arte para compreender o mundo Escritor: Véronique Antoine-Andersen. Maria da Anunciação Rodrigues (tradução) Ilustrador: Henri Fellner Editora: SM

tradução/adaptação JovemT�tulo: A invenção de Hugo Cabret Escritor: Brian Selznick. Marcos Bagno (tradução) Ilustrador: Brian Selznick Editora: SM

tradução/adaptação T�tulo: Reconto As mais belas histórias das Mil e uma Noites Escritor: Arnica Esterl. Alexandre Flory (tradução)

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Ilustrador: Olga Dugina Editora: Cosac Naify

Prêmio FNLIJ Malba Tahan – O Melhor Livro Informativo

1990T�tulo: Coleção Viajando através da História Escritor: Nicolau Sevcenko (adaptação) Editora: Scipione

1991T�tulo: Coleção De mãos dadas com a natureza Escritor: Vários autores Editora: Salamandra

1992T�tulo: Coleção O homem e a comunicação Escritor: Ruth Rocha & Otavio Roth Ilustrador: Raquel Coelho Editora: Melhoramentos

1993T�tulo: A terra é sua. E cuide dela! Escritor: Josep Rosell. Olga de Sá (tradução) Ilustrador: Xan López DominguezEditora: Santuário

1994T�tulo: Coleção Alecrim dourado Escritor: Geruza Helena Borges Ilustrador: Geruza Helena Borges Editora: Mazza

1995T�tulo: Noções de coisas Escritor: Darcy Ribeiro Ilustrador: Ziraldo Editora: FTD

31� umImagInárIodelIVroseleIturas

1996T�tulo: De dois em dois: um passeio pelas bienais Escritor: Renata Sant’Anna, Maria do Carmo Escorel de Carvalho e Edgar BittencourtEditora: Martins Fontes

T�tulo: Serafina e a criança que trabalha Escritor: Jô Azevedo, Iolanda Huzak e Cristina Porto Ilustrador: Michele Iacocca Editora: Ática

1997T�tulo: O livro das árvores Escritor: Jussara Gomes Gruber (organização) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Benjamin Constant – AM. Organização geral dos professores Ticuna bilingües (atualmente, pela Editora Global)

1998T�tulo: Coleção Terra Brasilis (A viagem do descobrimento; náufragos, traficantes e degredados) Escritor: Eduardo Bueno Ilustrador: Ana Adams (projeto gráfico) Editora: Objetiva

1999T�tulo: Teatro Escritor: Raquel Coelho Ilustrador: Raquel Coelho Editora: Formato

informativo especial T�tulo: Brasil 500 Anos. A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens Escritor: Hans Staden. Pedro Süssekind (tradução) Ilustrador: Marcus Wagner (projeto gráfico) Editora: Dantes

40anosdaFnlIJ 31�

2000T�tulo: Circo universal Escritor: Raimundo Carvalho e Ivan Lu�s B. Mota Ilustrador: Demóstenes Vargas Editora: Dimensão

2001informativo Hors-Concours T�tulo: Agbalá: um lugar-continente Escritor: Marilda Castanha Ilustrador: Marilda Castanha Editora: Formato

T�tulo: Brasil, olhar de artista Escritor: Kátia Canton Ilustrador: Raquel Salles e Kátia Canton (projeto gráfico) Editora: DCL

2002Categoria: informativo T�tulo: Retrato da arte moderna: uma história no Brasil e no mundo ocidental (1860-1960) Escritor: Katia Canton Ilustrador: Marcos Lisboa (projeto gráfico) Editora: Martins Fontes

2003T�tulo: Batuque, samba e macumba: estudo de gestos e de ritmo, 1926/1934 Escritor: Cec�lia Meireles Ilustrador: Cec�lia Meireles Editora: Martins Fontes

2004informativo Hors-Concours T�tulo: Almanaque Ruth Rocha Escritor: Ruth Rocha Ilustrador: Alberto Linares; Alcy; Cláudio Martins; Elisabeth Teixeira; Gilles Eduar; Helena Alexandrino; Ivan Zigg; Luiz Maia;

320 umImagInárIodelIVroseleIturas

Maria Eug�nia; Mariana Massarani; Marilda Castanha; Miadaira; Rogério Borges; Suppa e Walter Ono Editora: Ática

T�tulo: Explicando a filosofia com arte Escritor: Charles Feitosa Editora: Ediouro

2005T�tulo: Álbum carioca: energia elétrica e cotidiano infanto-juvenil (1920-1949) Escritor: Marilza Elizardo Brito (organização) Editora: Centro da Memória da Eletricidade

2006T�tulo: Almanaque dos quadrinhos: 100 anos de uma mídia popular Escritor: Carlos Patati e Flávio Braga Editora: Ediouro

2007T�tulo: Leonardo desde Vinci Escritor: Nilson Moulin Ilustrador: Rubens Matuck Editora: Cortez

Prêmio FNLIJ Odylo Costa Filho – O Melhor Livro de Poesia

1992T�tulo: Tantos medos e outras coragens Escritor: Roseana Murray Ilustrador: Guto Lins Editora: FTD

1993T�tulo: Lé com cré Escritor: José Paulo Paes Ilustrador: Alcy Editora: Ática

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1994T�tulo: O velho que trazia a noite Escritor: Sérgio Caparelli Ilustrador: Cec�lia Iwashita Editora: Kuarup (Atualmente, pela Editora Global)

1995T�tulo: Poesia fora da estante Escritor: Vera Aguiar, Simone Assumpção e Sissa Jacoby (organização) Ilustrador: Laura Castilhos Editora: Projeto

1996T�tulo: 33 ciberpoemas e uma fábula virtual Escritor: Sérgio Caparelli Ilustrador: Marilda Castanha Editora: L&PM

1997T�tulo: Receitas de olhar Escritor: Roseana Murray Ilustrador: Elvira Vigna Editora: FTD

1998T�tulo: Ri melhor quem ri primeiro: poemas para crianças (e adultos inteligentes) Escritor: José Paulo Paes (seleção e tradução) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Companhia das Letrinhas

1999T�tulo: Exercícios de ser criança Escritor: Manoel de Barros Ilustrador: Bordados de Angela Dumont, Antônia Diniz Dumont, Marilu Dumont, Martha Dumont, Sávia Dumont, sobre desenhos de Demóstenes Vargas Editora: Salamandra

322 umImagInárIodelIVroseleIturas

2000T�tulo: Um gato chamado gatinho Escritor: Ferreira Gullar Ilustrador: Angela Lago Editora: Salamandra

2001T�tulo: Clave de lua Escritor: Leo Cunha Ilustrador: Eliardo França Editora: Paulinas

2002Não houve premiação nesta categoria

2003T�tulo: Cantigas por um passarinho à toa Escritor: Manoel de Barros Ilustrador: Martha Barros Editora: Record

2004T�tulo: Galeio: antologia poética Escritor: Francisco Marques (Chico dos Bonecos) Ilustrador: Tina Vieira Editora: Peirópolis

2005T�tulo: Declaração de amor Escritor: Carlos Drummond de Andrade. Pedro Augusto Graña Drummond e Luis Maur�cio Graña Drummond (concepção e seleção) Ilustrador: Mariana Massarani Editora: Record

2006T�tulo: Lampião & Lancelote Escritor: Fernando Vilela Ilustrador: Fernando Vilela Editora: Cosac Naify

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2007Categoria: Poesia Hors-Concours T�tulo: Minha ilha maravilha Escritor: Marina Colasanti Ilustrador: Marina Colasanti Editora: Ática

Categoria: Poesia T�tulo: Poeminha em língua de brincar Escritor: Manoel de Barros Ilustrador: Martha Barros Editora: Record

Prêmio FNLIJ Revelação Escritor

1992T�tulo: Eu e minha luneta Escritor: Cláudio Martins Ilustrador: Cláudio Martins Editora: Formato

1993T�tulo: Lições de girafa Escritor: Leo Cunha Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Miguilim

T�tulo: O sabiá e a girafa Escritor: Leo Cunha Ilustrador: Graça Lima Editora: Nova Fronteira

T�tulo: Pela estrada afora Escritor: Leo Cunha Ilustrador: Cláudia Ferreira Editora: Atual

1994T�tulo: Ver de ver meu pai

324 umImagInárIodelIVroseleIturas

Escritor: Celso Sisto Ilustrador: Roger Mello Editora: Nova Fronteira

1995T�tulo: Coleção de bruxas de meu pai Escritor: Rosa Amanda Strausz Ilustrador: Fernando Nunes Editora: Salamandra

T�tulo: Mamãe trouxe um lobo para casa Escritor: Rosa Amanda Strausz Ilustrador: Fernando Nunes Editora: Salamandra

1996T�tulo: Contos contidos Escritor: Maria Lúcia Simões Editora: RHJ

1997T�tulo: Menino bom Escritor: Lúcia Fidalgo Ilustrador: Robson Alves Editora: Dimensão

1998T�tulo: A odalisca e o elefante Escritor: Pauline Alphen Editora: Companhia das Letras

1999T�tulo: A noite dos cristais Escritor: Lu�s Fulano de Tal (Lu�s Carlos de Santana) Editora: Editora 34

2000T�tulo: Fabíola foi ao vento Escritor: Ricardo Benevides

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Ilustrador: Marcelo Ribeiro Editora: Revan

T�tulo: Nas ruas do Brás Escritor: Dráuzio Varella Ilustrador: Maria Eug�nia Editora: Companhia das Letrinhas

2001Não houve premiação nesta categoria

2002Não houve premiação nesta categoria

2003:T�tulo: Cunhataí: um romance da Guerra do Paraguai Escritor: Maria Filomenna Ilustrador: Bouissou Lepecki Editora: Talento

T�tulo: Ivan Filho-de-boi: um conto da mitologia russa Escritor: Marina Tenório Ilustrador: Fernando Vilela Editora: Cosac Naify

2004T�tulo: Contos árabes para jovens de todos os lugares Escritor: Maria Lu�sa Soriano Martins Ilustrador: Marcelo Bicalho Editora: Alis

2005T�tulo: Língua de trapos Escritor: Adriana Lisboa Ilustrador: Rui de Oliveira Editora: Rocco

2006T�tulo: Lampião & Lancelote Escritor: Fernando Vilela

32� umImagInárIodelIVroseleIturas

Ilustrador: Fernando Vilela Editora: Cosac Naify

2007Não houve premiação nesta categoria

Prêmio FNLIJ Revelação Ilustrador

1993T�tulo: Os incríveis seres fantásticos Escritor: Samir Meserani Ilustrador: Mariza Dias da Costa Editora: FTD

1994Não houve premiação nesta categoria

1995T�tulo: Que história é essa? Escritor: Flávio de Souza Ilustrador: Pepe Casals Editora: Companhia das Letrinhas

1996T�tulo: Menino do Rio Doce Escritor: Ziraldo Ilustrador: Bordados de Angela Dumont, Antonia Diniz Dumont, Marilu Dumont. Martha Dumont, Sávia Dumont sobre desenhos de Demóstenes Vargas Editora: Companhia das Letrinhas

1997T�tulo: Menino bom Escritor: Lúcia Fidalgo Ilustrador: Robson Alves Editora: Dimensão

1998Não houve premiação nesta categoria

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1999T�tulo: Francisco Gabiroba Tabajara Tupã Escritor: Celso Sisto Ilustrador: Celso Sisto Editora: EDC

2000T�tulo: O porco Escritor: Bia Hetzel Ilustrador: Filipe Jardim e Flora Sonkin Editora: Manati

2001T�tulo: Poesia Visual Escritor: Sérgio Caparelli Ilustrador: Ana Cláudia Gruszynski Editora: Global

2002T�tulo: Ifá, o adivinho Escritor: Reginaldo Prandi Ilustrador: Pedro Rafael Editora: Companhia das Letrinhas

2003T�tulo: Ivan Filho-de-boi: um conto da mitologia russa Escritor: Marina Tenório Ilustrador: Fernando Vilela Editora: Cosac Naify

2004Não houve premiação nesta categoria

2005Não houve premiação nesta categoria

2006Não houve premiação nesta categoria

32� umImagInárIodelIVroseleIturas

2007Não houve premiação nesta categoria

Prêmio FNLIJ Glória Pondé – O Melhor Projeto Editorial

1993T�tulo: Coleção Folclore de casa Escritor: Angela Lago Ilustrador: Angela Lago Editora: RHJ

1994T�tulo: Coleção Assim é se lhe parece Escritor: Angela Carneiro, Lia Neiva, Sylvia Orthof Ilustrador: Roger Mello, Mariana Massarani, Elisabeth Teixeira Editora: Ediouro

1995T�tulo: Cinco histórias do bruxo do Cosme Velho Escritor: Machado de Assis Ilustrador: Tatiana Sperhacke (projeto gráfico) Editora: Projeto

1996T�tulo: Menino do Rio Doce Escritor: Ziraldo Ilustrador: Bordados de Angela Dumont, Antonia Diniz Dumont, Marilu Dumont. Martha Dumont, Sávia Dumont sobre desenhos de Demóstenes Vargas Editora: Companhia das Letrinhas

1997T�tulo: O livro das árvores Escritor: Jussara Gomes Gruber (organização) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Benjamin Constant – AM. Organização geral dos professores Ticuna bilingües (Atualmente, pela Editora Global)

40anosdaFnlIJ 32�

1998T�tulo: Amazonas: águas, pássaros, seres e milagres Escritor: Thiago de Mello Ilustrador: Bordados de Angela Dumont, Antônia Diniz Dumont, Marilu Dumont, Martha Dumont, Sávia Dumont, sobre desenhos de Demóstenes Vargas Editora: Salamandra

1999T�tulo: Faróis de milha: a aventura da primeira brasileira no rali Granada – Dacar Escritor: Leilane NeubarthIlustrador: Walter Oliveira e LeiIane Neubarth (fotos) Editora: Objetiva

2000T�tulo: Festas, o folclore do Mestre André Escritor: Marcelo Xavier Ilustrador: Gustavo Campos e Eug�nio Sávio (fotos) Editora: Formato

2001T�tulo: Jardins Escritor: Roseana Murray Ilustrador: Roger Mello Editora: Manati

2002T�tulo: Uma alegria selvagem: a vida de Santos Dumont Escritor: Bia Hetzel Ilustrador: Graça Lima Editora: Manati

2003T�tulo: Luz e força movimentando a história Escritor: Liliana Neves Cordeiro de Mello (organização) Ilustrador: Liliana Neves Cordeiro de Mello (projeto gráfico) Editora: Centro da Memória da Eletricidade

330 umImagInárIodelIVroseleIturas

2004T�tulo: Abecedário do Millôr para crianças Escritor: Millôr Fernandes Ilustrador: Guto Lins e Susan Johnson Editora: Nova Fronteira

T�tulo: Maria Peçonha Escritor: André Neves Ilustrador: André Neves Editora: DCL

Projeto editorial Hors-Concours T�tulo: No longe dos gerais: a história da condução de uma boiada no interior de Minas Escritor: Nelson Cruz Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Cosac Naify

2005T�tulo: Álbum carioca: energia elétrica e cotidiano infanto-juvenil (1920-1949) Escritor: Marilza Elizardo Brito (organização) Editora: Centro da Memória da Eletricidade

2006T�tulo: Lampião & Lancelote Escritor: Fernando Vilela Ilustrador: Fernando Vilela Editora: Cosac Naify

2007T�tulo: Zubair e os labirintos Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Companhia das Letrinhas

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Prêmio FNLIJ A Melhor Ilustração

1994T�tulo: O macaco e a boneca de cera Escritor: Sonia Junqueira Ilustrador: Roger Mello Editora: Atual

1995T�tulo: A cristaleira Escritor: Graziela Bozano Hetzel Ilustrador: Roger Mello Editora: Ediouro (Atualmente, pela Editora Manati)

1996T�tulo: Maria Teresa Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Agir

1997T�tulo: Coleção Sonhar para acordar (Mateus, Noel, Leonardo) Escritor: Nelson Cruz Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Paulinas (Atualmente, pela Editora Scipione)

a melhor ilustração “Hors Concours” T�tulo: Griso, o unicórnio Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Brinque-Book

1998T�tulo: Cantigamente Escritor: Leo Cunha Ilustrador: Marilda Castanha e Nelson Cruz Editora: Ediouro

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a melhor ilustração “Hors Concours” T�tulo: Cavalhadas de Pirenópolis Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Agir

1999T�tulo: Pindorama: terra das palmeiras Escritor: Marilda Castanha Ilustrador: Marilda Castanha Editora: Formato

2000Não houve premiação nesta categoria

2001T�tulo: Clave de lua Escritor: Leo Cunha Ilustrador: Eliardo França Editora: Paulinas

a melhor ilustração Hors-Concours T�tulo: Meninos do mangue Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Companhia das Letrinhas

2002T�tulo: A princesinha medrosa Escritor: Odilon Moraes Ilustrador: Odilon Moraes Editora: Companhia das Letrinhas

a melhor ilustração Hors-Concours T�tulo: Conto de escola Escritor: Machado de Assis Ilustrador: Nelson Cruz Editora: Cosac Naify

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2003T�tulo: Robinson CrusoéEscritor: Daniel Defoe. Fernando Nuno Rodrigues (adaptação) Ilustrador: Marcelo Ribeiro Editora: DCL

T�tulo: Você lembra, pai? Escritor: Daniel Munduruku Ilustrador: Rogério Borges Editora: Global

2004T�tulo: Rubens, o semeador Escritor: Ruth Rocha Ilustrador: Rubens Matuck Editora: Salamandra

a melhor ilustração Hors-Concours T�tulo: Nau Catarineta Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Manati

2005T�tulo: Lampião e Maria Bonita: o rei e a rainha do cangaço Escritor: Liliana Lacocca Ilustrador: Rosinha Campos Editora: Ática

a melhor ilustração Hors-Concours T�tulo: João por um fio Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Companhia das Letrinhas

2006T�tulo: Lampião & Lancelote Escritor: Fernando Vilela Ilustrador: Fernando Vilela Editora: Cosac Naify

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2007T�tulo: Thapa Kunturi: ninho do condor Escritor: CárcamO. Ilustrador: CárcamO Editora: Companhia das Letrinhas

Prêmio FNLIJ Gianni Rodari – O Melhor Livro Brinquedo

1997T�tulo: Drácula: um livro abra-a-aba de arrepiar Escritor: Keith Faulkner. José Amaro (tradução) Ilustrador: Jonathan Lambert Editora: Companhia das Letrinhas

1998T�tulo: Coleção Livro de pano do bebê Maluquinho Escritor: Ziraldo Ilustrador: Ziraldo Editora: Melhoramentos

1999T�tulo: Coleção Esfregue e cheire (Jardim; Comida)Editora: Salamandra

2000T�tulo: Feliz Natal Ninoca! Escritor: Lucy Cousins. Maria Elza M. Teixeira (tradução) Editora: Ática

2001T�tulo: A girafa que cocoricava Escritor: Keith Faulkner. Iran de Souza (tradução) Ilustrador: Jonathan Lambert Editora: Companhia das Letrinhas

2002Não houve premiação nesta categoria

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2003Não houve premiação nesta categoria

2004T�tulo: Coleção Ache o bicho (Correndo a todo vapor; Está na hora de comer; Futebol, tênis...; Mamãe, papai...; Pintas, listras...; Tambores, Clarinetas...) Escritor: Svjetlan Junakovic. Roberta Saraiva (tradução) Ilustrador: Svjetlan Junakovic Editora: Cosac Naify

2005T�tulo: A casa dos ratinhos Escritor: Maria-José Sacré Ilustrador: Maria-José Sacré Editora: Salamandra

2006T�tulo: Os três porquinhos Escritor: Cyril Hahn. Eduardo Brandão (tradução) Ilustrador: Cyril Hahn Editora: Companhia das Letrinhas

2007T�tulo: De um a dez... Volta outra vez Escritor: Betty Ann Schwartz. Renata Siqueira Tufano Ho (tradução) Ilustrador: Susie Shakir Editora: Melhoramentos

Prêmio FNLIJ Lucia Benedetti – O Melhor Livro de Teatro

1997T�tulo: Zé Vagão da roda fina e sua mãe Leopoldina Escritor: Sylvia Orthof Ilustrador: Gerson & Pedro Conforti Editora: Nova Fronteira

1998T�tulo: Dom Miguel, Rei de Portugal

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Escritor: Roberto Athayde Editora: Agir

1999T�tulo: Os saltimbancos Escritor: Sergio Bardotti. Chico Buarque de Hollanda (tradução) Ilustrador: Sonia Magalhães Editora: Global

2000T�tulo: Histórias de lenços e ventos Escritor: Ilo Krugli Ilustrador: Ana Luisa Sigon & Ilo Krugli Editora: EDC

2001T�tulo: O cavalo transparente Escritor: Sylvia Orthof Ilustrador: Ana Luisa Sigon Editora: EDC

2002T�tulo: Coleção Dramaturgos do Brasil (Teatro de Aluísio de Azevedo e Emílio Rouède; João Roberto Faria (organização); Teatro de João do Rio; Orna Messer Levin (organização); Teatro de Álvares de Azevedo: Macário/Noite na taverna; Escritor: Antonio Candido (organização) Editora: Martins Fontes

teatro Hors-Concours T�tulo: Curupira Escritor: Roger Mello Ilustrador: Graça Lima Editora: Manati

2003T�tulo: Uma mulher vestida de sol Escritor: Ariano Suassuna Ilustrador: Zélia Suassuna Editora: José Olympio

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2004T�tulo: A fada que tinha idéias Escritor: Fernanda Lopes de Almeida Ilustrador: André Neves Editora: Projeto

2005T�tulo: O caminho das pedras: peça em um ato Escritor: Eliana Martins e Rosana Rios Ilustrador: Joubert Editora: Companhia das Letras

2006Não houve premiação nesta categoria

2007T�tulo: Tuhu, o menino Villa-Lobos Escritor: Karen Acioly Editora: Rocco

Prêmio FNLIJ Cecília Meireles – O Melhor Livro Teórico

1999T�tulo: Contracorrente: conversas sobre leitura e política Escritor: Ana Maria Machado Editora: Ática

2000T�tulo: Cartas do São Francisco: conversas com Rilke à beira do Rio Escritor: Nilma Gonçalves Lacerda Ilustrador: Demóstenes Vargas Editora: Projeto Caminho das Águas (Atualmente, pela Editora Global)

2001T�tulo: Texturas: sobre leitura Escritor: Ana Maria Machado Editora: Nova Fronteira

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2002T�tulo: Como e por que ler os clássicos universais desde cedo Escritor: Ana Maria Machado Editora: Objetiva

2003T�tulo: A formação do Leitor Literário: narrativa infantil e juvenil Escritor: Teresa Colomer. Laura Sandroni (tradução) Editora: Global

2004T�tulo: Trança de histórias: a criação literária de Ana Maria Machado Escritor: Maria Teresa Gonçalves Pereira & Benedito Antunes (organização)Editora: UNESP

2005T�tulo: Como e por que ler a literatura infantil brasileira Escritor: Regina Zilberman Editora: Objetiva

2006T�tulo: História universal da destruição dos livros: das tábuas sumérias à guerra do Iraque Escritor: Fernando Báez. Léo Schlafman (tradução) Editora: Ediouro

2007T�tulo: O amor e o diabo em Angela Lago: a complexidade do objeto artístico Escritor: André MendesEditora: UFMG

Prêmio FNLIJ Figueiredo Pimentel – O Melhor Livro Reconto

2000T�tulo: Odisséia, de Homero Escritor: Ruth Rocha Ilustrador: Eduardo Rocha Editora: Companhia das Letrinhas

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2001T�tulo: O casamento entre o céu e a Terra Escritor: Leonardo Boff Ilustrador: Pata Macedo e Adriana Miranda (fotos) Editora: Salamandra

2002T�tulo: Ifá, o adivinho Escritor: Reginaldo Prandi Ilustrador: Pedro Rafael Editora: Companhia das Letrinhas

reconto Hors-Concours T�tulo: Histórias à brasileira. A Moura Torta e outras Escritor: Ana Maria Machado Ilustrador: Odilon Moraes Editora: Companhia das Letrinhas

2003T�tulo: Amazonas no coração encantado da floresta Escritor: Thiago de Mello Ilustrador: Andrés Sandoval Editora: Cosac Naify

2004T�tulo: Contos árabes para jovens de todos os lugares Escritor: Maria Lu�sa Soriano Martins Ilustrador: Marcelo Bicalho Editora: Alis

reconto Hors-Concours T�tulo: Nau Catarineta Escritor: Roger Mello Ilustrador: Roger Mello Editora: Manati

2005T�tulo: Palavra cigana: seis contos nômades Escritor: Florencia Ferrari

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Ilustrador: Stephan Doitschinoff Editora: Cosac Naify

reconto Hors-Concours T�tulo: O cavaleiro dos sonhos: As aventuras e desventuras de Dom Quixote de la Mancha Escritor: Ana Maria Machado & Candido Portinari Editora: Mercuryo Jovem

2006:T�tulo: Viagem pelo Brasil em 52 histórias Escritor: Silvana Salerno Ilustrador: Cárcamo Editora: Companhia das Letrinhas

2007:T�tulo: Histórias tecidas em seda Escritor: Lúcia Hiratsuka Ilustrador: Lúcia Hiratsuka Editora: Cortez

reconto Hors-Concours T�tulo: João Felizardo o rei dos negócios Escritor: Angela-Lago Ilustrador: Angela-Lago Editora: Cosac Naify

Prêmio FNLIJ Henriqueta Lisboa – O Melhor Livro de Literatura de Língua Portuguesa

2005T�tulo: Antologia de poemas portugueses para a juventude Escritor: Henriqueta Lisboa (organização)Editora: Peirópolis

2006T�tulo: Contos e lendas de Macau Escritor: Alice Vieira Ilustrador: Alain Corbel

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Editora: SM

2007T�tulo: Conversa com Fernando Pessoa: entrevista e antologia Escritor: Carlos Felipe Moisés Editora: Ática

T�tulo: Branca-Flor e outros contos Escritor: Ana de Castro Osório. Org. Bartolomeu Campos de Queirós Ilustrador: Renato Izabela Editora: Peirópolis

Prêmio Especial

1997T�tulo: Casa dos Braga: memória de infância Escritor: Rubem Braga Editora: Record

T�tulo: Coleção Mineiramente Drummond (A palavra mágica; As palavras que ninguém diz e Histórias para o rei) Escritor: Carlos Drummond de Andrade Editora: Record

T�tulo: Coleção Verso na prosa, prosa no verso (A cor de cada um; A senha do mundo; Criança dagora é fogo! e Vó caiu na piscina) Escritor: Carlos Drummond de Andrade Editora: Record

T�tulo: Pequena Antologia do Braga Escritor: Rubem Braga Editora: Record

1998T�tulo: Jornal do Egito Escritor: Scott Steedman. Regina Régis Junqueira (tradução) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Dimensão

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T�tulo: Jornal dos Astecas Escritor: Philip Steele. Imaculada Campos Bernardes (tradução) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Dimensão

1999T�tulo: Coleção A de Artista (C de Cézanne; M de Matisse; T de Tolouse-Lautrec) Escritor: Marie Sellier. Eduardo Brandão (tradução) Editora: Companhia das Letrinhas

T�tulo: Jornal da Idade da Pedra Escritor: Fiona Macdonald. Renato A. S. Gomes (tradução) Ilustrador: Vários ilustradores Editora: Dimensão

1.6. Prêmios RecebidosPor suas realizações, a FNLIJ já recebeu os seguintes Pr�mios:• Medalha e Diploma de Menção Honrosa do Pr�mio de Alfabetização

da UNESCO, em 1984, pelo projeto Ciranda de Livros.• Plaqueta de Honra da Bienal de Ilustrações de Bratislava, Eslová-

quia, em 1987.• Pr�mio Estácio de Sá de Literatura do Governo do Estado do Rio de

Janeiro, em 1989 e 2000.• Pr�mio Melhor Acontecimento Cultural de Literatura Infantil de 1994

da Associação Paulista de Cr�ticos de Arte – APCA pelo O Livro para Crianças no Brasil, em parceria com a Câmara Brasileira do Livro – CBL, preparado para a Feira de Frankfurt, em 1994, quando o Brasil foi o pa�s homenageado.

• Pr�mio Jabuti 1997 – Amigo do Livro, da Câmara Brasileira do Livro.

• Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ, recebeu a Medalha da Or-dem do Mérito Cultural, no grau de Comendador, concedida pelo Ministério da Cultura, entregue pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio do Planalto, em 2000.

• Medalha Tiradentes da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, indicada pelo deputado estadual Délio Leal, em 2001.

• Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ, recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Cultural, no grau de Cavaleiro, concedida pelo

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Ministério da Educação, entregue pelo presidente Fernando Henri-que Cardoso, no Palácio do Planalto, em 2002.

• Laura Sandroni, uma das fundadoras da FNLIJ, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito do Livro, concedida pela Fundação Biblioteca Nacional, pela criação da FNLIJ, em 2006.

• Pelo trabalho institucional desenvolvido em benef�cio da Literatura Infantil e Juvenil nas últimas tr�s décadas, Laura Sandroni, uma das criadoras da FNLIJ, passa a ser Membro Honorável do IBBY e rece-be um certificado, por ocasião da Feira de Bolonha, em 2006.

1.7. Projetos A FNLIJ foi pioneira no pa�s em projetos de est�mulo à leitura, ao

beneficiar uma clientela de crianças e jovens que não t�m acesso permanente a um acervo variado de livros de qualidade. O critério utilizado para descrever os projetos foi a ordem cronológica de sua criação e a divisão em projetos criados e executados pela FNLIJ e em parceria com outras instituições.

1.7.1. Projetos de Promoção da Leitura

*Projetos criados e executados pela FNLIJ• Ciranda de livros. Distribuição de 60 livros de literatura para esco-

las públicas, de 1982 a 1985, com o apoio da Fundação Roberto Marinho e da Hoescht do Brasil. A Ciranda de Livros, durante seus quatro anos de exist�ncia, possibilitou que cerca de 35 mil escolas brasileiras, tanto da zona rural como da zona urbana, recebessem um acervo de 15 livros por ano, livros estes da melhor qualidade e de autores pouco conhecidos nas escolas à época. Hoje são consi-derados clássicos da Literatura Infantil.

• livro mindinho, seu Vizinho. Criação de minibibliotecas com acer-vos e pequenos cursos para comunidades carentes na periferia do Rio de Janeiro, em 1987 e 1988, com o apoio da White Martins S/A (Lei de Incentivos Fiscais/ MinC).

• leia, Criança, leia. Criação de minibibliotecas em favelas, em 1988, com o apoio da Belgo Mineira Ltda. (Lei de Incentivos Fiscais/ MinC).

• Biblioteca para o projeto recriança/mPas. Promoção de leitura para programas destinados às crianças que não freqüentavam a escola, em 1988 e 1989, financiados pelo então Ministério da Previd�ncia e Assist�ncia Social.

• meu livro, meu Companheiro. Criação de minibibliotecas para crianças e jovens em hospitais públicos, com acervos e cursos para os professo-res dos hospitais, em 1988 e 1990, com o apoio do Ministério da Previd�ncia

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Social – Superintend�ncia do Rio de Janeiro, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e do Instituto do Câncer no Rio de Janeiro em 1991.

• Programa nacional de incentivo à leitura. Em 1991, a FNLIJ apre-sentou à Fundação Biblioteca Nacional a proposta para a realização do Progra-ma Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER, que teve in�cio em 1992. De 1996 a 2002, a FNLIJ participou da Comissão Coordenadora do Programa que se desenvolve em todo o pa�s.

• ateliê do artista. Contribuição para a formação leitora das crian-ças das escolas públicas do Rio de Janeiro, por meio do contato com escritores e ilustradores. Cada criança recebeu um livro autografado, em 1997, 1998 e 1999. Em parceria com a Empresa de Marketing Cultural – EMC e com o apoio do jornal O Dia (Lei de Incentivos Fiscais/MinC).

• salão FnliJ do livro para Crianças e Jovens. Realizado anualmen-te, desde 1999, no Rio de Janeiro, com o objetivo de contribuir para a formação de leitores, com foco na Literatura Infantil e Juvenil.

* Em parceria.• Viagem da leitura. Distribuição de 60 livros de literatura para biblio-

tecas públicas em todo o pa�s, em 1987 e 1988, com o apoio do Instituto Nacional do Livro, Fundação Roberto Marinho e Ripasa Indústria de Papéis (Lei Sarney).

• Proler – Programa nacional de incentivo à leitura. A FNLIJ apre-sentou à Fundação Biblioteca Nacional uma proposta de criação de um progra-ma nacional de incentivo à leitura, baseada na sua experi�ncia institucional e na pesquisa financiada pela FINEP por uma pol�tica nacional de leitura, em 1991. Esta proposta deu origem ao PROLER, criado em 1992.

• Promoção de leitura literária na televisão. A FNLIJ, desde 1996, participa na elaboração e apresentação de programas de divulgação da lite-ratura para crianças e jovens na televisão brasileira, em parcerias com redes e programas de TV (Multirio / TV Educativa / TV Futura).

1.7.2. Projetos atuaisEm continuidade ao trabalho pioneiro da FNLIJ na promoção da leitu-

ra, destacamos os projetos que a FNLIJ desenvolve atualmente, em parceria ou por iniciativa própria:

* Projetos criados e executados pela FNLIJ• Concurso os melhores Programas de incentivo à leitura junto a

Crianças e Jovens de todo o Brasil. Ação criada pela FNLIJ para promover a leitura e mapear as iniciativas de incentivo à leitura existentes. Concurso estadual

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(Rio de Janeiro, em 1994) e nacional em parceria com o Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER, da Fundação Biblioteca Nacional, em 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002. A partir de 2003, a FNLIJ, sem a parceria do PROLER, tem realizado o Concurso em âmbito nacional. Desde 2005, a FNLIJ conta com o patroc�nio da Petrobras.

• Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Realizado anualmente, no Rio de Janeiro, desde 1999. É a única feira de livros exclusi-vamente de obras de Literatura Infantil e Juvenil, com lançamentos de livros, encontros com autores, performances de ilustradores e um seminário dirigido ao público adulto.

* Em parceria• Bibliotecas Comunitárias ler é Preciso. O Instituto Ecofuturo, em

1999, criou as Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso. A partir de 2001, a FNLIJ foi contratada para executar este projeto para o Instituto Ecofuturo, ONG vincu-lada à Suzano Papel e Celulose. É uma ação que considera a biblioteca como um espaço democrático de acesso ao conhecimento.

• momento literário de Barra mansa. A FNLIJ foi curadora em 2006 e 2007. Organizou a programação das atividades, como encontros com autores e mesas-redondas sobre literatura infantil e juvenil, além da montagem de uma biblioteca para crianças e jovens.

• natal com leituras. Realizado anualmente, no m�s de dezembro, desde 2006, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto C&A e a Fundação Biblioteca Nacional. Promove a leitura, por meio de encontros com escritores, além de exposições de livros de Natal e de ilustrações. Todas as crianças que participam do evento ganham um livro de presente.

1.7.3. Distribuição de Obras de Literatura Infantil e Juvenil por Meio de Projetos• em escolas públicas, com o projeto Ciranda de livros – pioneiro

na distribuição de livros em escolas carentes e na zona rural de todo o pa�s (de 1982 a 1985).

• em comunidades carentes, com o projeto Livro Mindinho, seu Vizi-nho – criação de minibibliotecas para comunidades carentes na periferia do Rio de Janeiro, em 1987 e 1988.

• em hospitais públicos, com o projeto Meu Livro, meu Companhei-ro – criação de minibibliotecas para crianças e jovens em hospitais públicos, de 1988 a 1991.

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• no ateliê do artista. Cada criança recebeu um livro autografado, em 1997, 1998 e 1999.

– no salão FnliJ do livro para Crianças e Jovens. Cada criança ou adolescente que visita o Salão FNLIJ recebe de presente, ao sair da feira, um livro de qualidade.

1.7.4. Pesquisa FNLIJ• o hábito de leitura – a Biblioteca infantil. Realizada a partir do

Seminário Latino Americano de Literatura Infantil e Juvenil, durante a V Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, em 1978.

• o livro Didático de Comunicação e expressão – sua adequação a um ensino de qualidade. Realizada graças a um conv�nio da FNLIJ com a UFF e a FINEP, em 1983. A equipe técnica responsável pela coordenação e execução foi: Glória Maria Fialho Pondé, coordenadora; Nilda Alves, especialista em me-todologia da pesquisa e Wanda Rollin Pinheiro Lopes, especialista em supervisão educacional.

• Pesquisa sobre interesses e Hábitos de leitura. Iniciada em 1983 e conclu�da em 1988, foi coordenada por Carlos Alberto de Medina, tendo o suporte técnico de Elizabeth Paz de Almeida, na área de lingü�stica; Maria Alice Bogossian, na área de psicologia e Maria Luiza Barbosa de Oliveira, na área de pedagogia. Esta pesquisa teve o apoio da UNESCO e FINEP.

• Por uma Política nacional de Difusão da leitura. A partir de 1987, foi coordenada por Eliane Yunes e financiada pela FINEP, que veio a dar origem ao Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), em 1991.

• “literatura infantil e Juvenil e alfabetização. A partir de 1987, foi coordenada por Eliane Yunes e financiada pela FINEP.

1.7.5. Cursos Dentre os cursos organizados pela FNLIJ, destacamos:• Curso de especialização em literatura infantil e Juvenil. Elaborado

pela FNLIJ e promovido pela UFRJ, em 1987, coordenado por Glória Pondé e Eliana Yunes. O curso contou com o apoio do CELARLC para trazer professores estrangeiros.

• Cursos sobre Biblioteca infantil. Em 1977, a FNLIJ trouxe ao Brasil, com o apoio da Aliança Francesa, a bibliotecária francesa Geneviève Patte, que proferiu cursos sobre Biblioteca Infantil, do Pará ao Rio Grande do Sul.

• Curso de Dinamização de Bibliotecas infantis. Em 1980, 1981, 1982, a FNLIJ, aliada ao Centro de Divulgação e Pesquisa promoveu um curso sobre técnicas de dinamização de bibliotecas infantis nas áreas da literatura,

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artes plásticas, música e teatro. Este mesmo curso foi coordenado pela FNLIJ e promovido pelo SESC, em 1983.

• Curso de literatura infantil na livraria Pasárgada. Em 1983, numa promoção conjunta com a Livraria Pasárgada, a FNLIJ coordenou o curso sobre Literatura Infantil e Juvenil, destinado a professores, bibliotecários, universitários e demais pessoas interessadas.

• Cursos promovidos em ação conjunta com a livraria Divulgação e Pesquisa: técnicas de contar Histórias – em 1984; literatura infantil e Folclore – em 1984; a arte de contar Histórias – em 1985.

• Curso de Treinamento em oficina Literária. Curso ministrado pela FNLIJ no “Brizolão” de São Gonçalo e coordenado pelos professores de oficina literária dos Cieps, em 1985.

• Curso leitura, literatura e Formação de leitores. A FNLIJ foi contra-tada pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro para organizar e coordenar um curso de Literatura Infantil e Juvenil para 900 profes-sores de salas de leitura e de educação Infantil, em 2006. O curso foi novamente oferecido a 150 professores, respectivamente, em 2007 e 2008.

• Oficinas de Leitura – CERLALC. Foram oferecidos vários cursos de Literatura Infantil, com o apoio do CERLALC, em 1987, 1988 e 1989.

1.7.6. encontros e seminários• seminário de literatura infantil. Dentro da Bienal do Livro de São

Paulo, a partir de 1972 até 1980.• 14º Congresso de literatura infantil do iBBY. Em 1974, no Rio de

Janeiro, RJ. Foi o primeiro congresso do IBBY a ser realizado fora da Europa.• literatura infantil na Universidade Brasileira. Em 1976, a FNLIJ orga-

nizou, juntamente com o Departamento de Letras da PUC – Rio e com o apoio do Instituto Estadual do Livro, um Curso de Extensão de Literatura Infantil e Juvenil, mi-nistrado pelo professor Klaus Doderer, da Goethe Universität, Frankfurt, na Alema-nha. Este seminário contou com a presença de professores de vários estados que ao retornarem às suas universidades criaram a cátedra de Literatura Infantil e Juvenil.

• 1º encontro de Professores Universitários. Em 1980, a FNLIJ orga-nizou, juntamente com a Faculdade de Educação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

• 1º encontro de Pessoas que trabalham com Programas de incen-tivo à leitura. Em 1980, a FNLIJ organizou, no Museu da República, com o patroc�nio do CERLALC, publicado na obra a criança e o livro: guia prático de estímulo à leitura, organizado por Laura Sandroni e Luiz Raul Machado, Editora Ática, em 1986. Também publicado em espanhol pelo CERLALC, em 1983.

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1.7.7. Criação de Bibliotecas Infantis• Biblioteca infantil e Juvenil maria mazzetti. Em 02 de abril de

1979, foi criada esta biblioteca nos jardins da Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. O pioneirismo se deve à ação de parceria com órgão público. Até 1982, a biblioteca teve suas atividades coordenadas voluntariamente pela equipe da FNLIJ, que tratou os livros e desenvolveu atividades com as crianças. Atualmente, a administração é feita pelo Governo Federal.

• Biblioteca infantil de Brasília teimosa. Em 30 de abril de 1981, foi inaugurada esta biblioteca em Recife, na Comunidade Bras�lia Teimosa, em con-v�nio entre a Secretaria de Ação Cultural (SEAC/MEC) e a FNLIJ. A responsável era a professora Marina Quintanilha Martinez. A biblioteca foi aberta dentro de uma comunidade carente para proporcionar o acesso ao livro às crianças caren-tes, com a colaboração da comunidade local. Posteriormente, outra profissional responsável (da Biblioteca Estadual de Pernambuco) ficou a cargo da biblioteca.

1.8. PublicaçõesO Centro de Documentação e Pesquisa (CEDOP) da FNLIJ constitui

uma refer�ncia da Literatura Infantil e Juvenil; um manancial de informações pre-ciosas de e sobre Literatura Infantil e Juvenil capaz de subsidiar aos interessados da área. Apesar de suas limitações financeiras tem produzido publicações com o apoio e parcerias de governo, instituições privadas e editores, a fim de orientar especialistas e pesquisadores. As publicações estão dispon�veis para consulta no CEDOP, que recebeu o apoio inicial da Caixa Econômica Federal para dispo-nibilizar num portal as informações de e sobre os livros de Literatura Infantil e Juvenil existentes em seu acervo. Para a segunda fase, o projeto recebeu o apoio da Petrobras.

• Bibliografia Analítica da Literatura Infantil e Juvenil, volume I. Bi-bliografia que abrange o per�odo de 1965 a 1974, publicada pela Editora Me-lhoramentos e INL.

• Boletim informativo. Periódico trimestral, com artigos, ensaios, rese-nhas de livros, publicado de 1969 a 1984.

• Catálogos com resenhas de livros infantis e juvenis para Feiras de livros internacionais. Catálogos de livros infantis e juvenis, organizados pela FN-LIJ para as feiras de livros de Bolonha (Itália), do México (México), desde 1974.

• Bibliografia Analítica da Literatura Infantil e Juvenil, volume II. Bibliografia que abrange o per�odo de 1975 a 1978, publicada pela Editora Mercado Aberto e INL.

• seleção de livros para a infância e a Juventude. Publicação com resenhas de livros, de 1979 a 1983.

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• Notícias. Boletim mensal publicado desde 1979 até o presente mo-mento. Traz os acontecimentos relacionados à leitura e ao livro infantil e juvenil no Brasil e no mundo. Com o apoio da PriceWaterHouseCoopers desde 1995, tem ti-ragem de 1.000 exemplares. O Notícias circula por todo o Pa�s e divulga o trabalho da FNLIJ e a leitura de qualidade para crianças e jovens; é distribu�do aos sócios.

• anais do encontro de Professores Universitários de literatura in-fantil e Juvenil. Anais com textos e trabalhos do Encontro de Professores Univer-sitários de Literatura Infantil e Juvenil, em 1980.

• anais do XiV Congresso do iBBY. Anais do Congresso do IBBY rea-lizado no Rio de Janeiro, em 1984.

• el nino y el libro: Guia Práctica de estimulo a la lectura. Laura Sandroni & Luiz Raul Machado (compilado). Traducido por Luz Jaramillo en cola-boración con David Jiménez P. Publicado por CERLAL/Kapelusz Comobiana/Pro-cultura, em 1984.

• anais dos três Congressos FnliJ de literatura infantil e Juvenil. São anais com textos dos congressos organizados pela FNLIJ, em 1985, 1987 e 1989.

• a Criança e o livro: Guia Prático de estímulo à leitura. Laura San-droni & Luiz Raul Machado (org.). Publicado pela Editora Ática, em 1986.

• Catálogo nacional: mostra de ilustrações para Crianças – rio 87– BnDes. Catálogo organizado pela FNLIJ, para a Mostra de Ilustrações para Crianças, no Rio de Janeiro, em 1987.

• revista Pirlimpimpim. Revista sobre Literatura Infantil e Juvenil, a número 1 com o apoio do Instituto Nacional do Livro, em 1989; e a número 2, como o número 0 da revista Releitura da Biblioteca Pública Infantil de Belo Ho-rizonte, da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte. A publicação não teve continuidade por falta de patroc�nio.

• resenhas na Fundação nacional do livro infantil e Juvenil. Publica-ção com resenhas de obras premiadas de 1992, com o apoio de várias editoras.

• Catálogo: o livro para Crianças no Brasil. Catálogo de livros in-fantis e juvenis, escritores e ilustradores, organizado pela FNLIJ e EMC. Publicado pela Câmara Brasileira do Livro – CBL, em 1994, quando o Brasil foi o pa�s homenageado na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.

• Catálogo: Brasil! a Bright Blend of Colours. Catálogo de ilustra-ções de livros infantis, organizado pela FNLIJ. Publicado pela Editora Ática, em 1995, quando o Brasil foi o pa�s homenageado na Feira do Livro de Bolonha, na Itália.

• revista latino-americana de literatura infantil e Juvenil das seções latino-americanas do iBBY (números 1, e 2, em 1995 e 3 e 4, em 1996). Revista

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organizada pela Fundalectura, seção colombiana do IBBY. Publicação da versão em portugu�s, com o apoio da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil, da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, no primeiro número, e da Editora Di-mensão, nos números seguintes. Além desses quatro números, foram publicados mais dez números, que constam do acervo do CEDOP, dispon�veis.

• Publicações sobre o projeto ateliê do artista. São tr�s publicações com relatos e registros sobre o projeto Ateliê do Artista, desenvolvido pela FNLIJ e pela EMC, com o apoio do jornal O Dia (Lei de Incentivos Fiscais), em 1997, 1998 e 1999.

• obras Premiadas e acervos selecionados (1968-1998). Catálogo com listas de obras premiadas. Organizado pela FNLIJ e publicado pela Editora do Brasil, em 1998.

• 30 anos de literatura para Crianças e Jovens. Livro decorrente do I Seminário sobre Literatura para Crianças e Jovens, no 11º COLE/ALB, realizado em 1999. Publicado pela Editora Mercado das Letras, em 1999.

• Ética, estética e afeto na literatura para Crianças e Jovens. Li-vro decorrente do II Seminário sobre Literatura para Crianças e Jovens, no 12º COLE/ALB, realizado em 2001. Publicado pela Editora Global, em 2001.

• ler é preciso. Livro decorrente do seminário realizado no I Salão FN-LIJ do Livro para Crianças e Jovens. Publicado pela Editora Global, em 2002.

• Biblioteca da escola – Pelo Direito de ler. Publicação feita pela FNLIJ para o PROLER, em 2002.

1.9. Salão FNLIJ do Livro para Crianças e JovensA Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ criou,

em 1999, o 1º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. A idéia surgiu em uma reunião do Conselho Diretor e do Conselho Curador, apresentada por Lilia Alves, Membro do Conselho Curador da FNLIJ à época. Faziam parte do Con-selho Diretor: Regina Bilac Pinto, como presidente, e os diretores Laura Sandroni e Marcos Veiga Pereira, e do Conselho Curador: Altair Ferreira Brasil, Ana Lygia Medeiros, José Bantim Duarte, Maria Antonieta Antunes Cunha, Rafael de Almei-da Magalhães e Lilia Maria Miranda Alves.

O Salão FNLIJ, de acordo com seus objetivos institucionais, apresen-tou-se com a missão de promover a cultura escrita como atividade fundamental para a formação cultural e educacional das crianças e jovens, por meio de pro-moção da leitura.

A aus�ncia de um evento exclusivamente de livros de literatura e informa-tivos para crianças e jovens foi motivadora para que a FNLIJ, editoras de Literatura Infantil e Juvenil e autores acreditassem na idéia e arriscassem seu investimento.

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Assim, a FNLIJ criou um evento com um caráter institucional, em que o livro para crianças e jovens, seus autores e editores, e a leitura literária sejam o centro das atenções, sem a necessidade de recorrer a outros suportes, apre-sentando a leitura como um bem em si. No Salão FNLIJ, os livros didáticos, de refer�ncia, religiosos ou de auto-ajuda não são expostos nem vendidos. Há 40 anos, a FNLIJ acredita que a formação de leitores se constrói pela prática da leitura literária e é ela que consolida a base humanista dos profissionais de qualquer área.

Como iniciativa de caráter educacional, destacamos a instalação de uma biblioteca no Salão. Como uma ação que visa a orientar os educadores, os pais e os professores sobre o seu valor social, a biblioteca está presente não só como um local onde as crianças e jovens possam desfrutar da leitura de livros de qualidade, mas também como um espaço de formação educacional para os pro-fessores, que podem dispor de uma seleção cuidadosa de t�tulos. A organização do Seminário FNLIJ garante aos professores o contato com autores e especialistas de Literatura Infantil e Juvenil, que participam de mesas-redondas debatendo temas concernentes ao universo literário e de formação do leitor.

O primeiro apoio decisivo para a realização do Salão FNLIJ veio dos editores de livros para crianças e jovens. Sem patroc�nio, no primeiro e segundo anos, a receita conseguida por meio das editoras que investiram no evento ga-rantiu a execução do projeto.

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM acreditou no even-to cobrando um valor simbólico pela locação do Galpão das Artes, onde foram realizadas as seis primeiras edições do Salão. Em 2005, iniciada a construção do teatro – o Vivo Rio, projetado na década de cinqüenta por Affonso Eduardo Reidy, o Galpão foi demolido. Sendo assim, grandes tendas suspensas sobre os Jardins do MAM abrigaram o Salão FNLIJ, em 2005, 2006, 2007 e 2008.

A participação da Prefeitura do Munic�pio do Rio de Janeiro foi deter-minante desde a primeira edição do Salão, quando ofereceu apoio, em dinheiro, para a sua realização, mostra o compromisso com a formação de leitores. A partir do 3º Salão, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação e a das Culturas, a Prefeitura tem investido na compra de livros para acervos de salas de leitura e bibliotecas. Essa ação continuada tem permitido a criação de uma prática que co-responsabiliza os professores, quanto à qualidade das obras apre-sentadas aos alunos, e o mesmo para os bibliotecários, quanto aos livros ofere-cidos ao público infantil e juvenil. Além disso, a Prefeitura custeia as entradas dos seus alunos ao evento e faz um trabalho preparatório para a visita das crianças cujos resultados positivos são percebidos, tanto pelos editores, bem como pelos autores e pela equipe da FNLIJ.

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Um importante desdobramento do Salão junto à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro foi a dimensão formadora de alunos e profes-sores. Assim é que, em 2006, a FNLIJ foi contratada pela SME para organizar o curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores, que incluiu a visitação guiada de professores da rede municipal de ensino (900 professores em 2006 e 150 em 2008). Eles foram recebidos por profissionais que os apresentaram o Salão FNLIJ, contaram a história do evento, mostraram os estandes institucionais, as diferentes exposições e espaços de atividades. Como em 2006 e em 2007, o estande cedido pela FNLIJ à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro ficou em local de destaque, numa área de 23 m², logo na entrada do evento, para que a equipe pudesse recepcionar as escolas da rede e expor trabalhos que são realizados pelos alunos.

A participação da Petrobras, por intermédio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, a partir de 2001, foi decisiva para realizar, a cada ano, o Salão FNLIJ com mais conforto e acréscimos baseados na qualidade do atendimento presta-do, o mais poss�vel personalizado, fugindo do modelo de evento para multidões, o que garantiu o sucesso do projeto junto ao público, à imprensa e apoiadores, e o convite, por iniciativa do Conselho Petrobras Cultural, de continuidade de pa-troc�nio, na modalidade Escolha Direta, para o 7º, 8º e 9º Salão FNLIJ. O Salão ocorre em um espaço pequeno, por opção da FNLIJ, a fim de oferecer condições adequadas às diferentes faixas etárias, bem como segurança na movimentação das crianças e jovens. A partir de 2006, a Petrobras oferece o Espaço Petrobras como uma área de atividades, com leitura de histórias para as crianças.

A parceria da FNLIJ com a Petrobras permitiu, a partir do 3º Salão, que a FNLIJ adquirisse junto à editoras um livro de leitura, novo, por um preço simbólico (R$1,00, inicialmente, e posteriormente a R$1.50). O livro é dado como lembrança do Salão às crianças e aos adolescentes que visitam a feira e tem como objetivo fortalecer a idéia da leitura.

No 7º Salão de 2005, a FNLIJ comemorou a 10a edição do Concurso FNLIJ – Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil –, com a importante adesão e apoio da Petrobras. A Petrobras aumentou o valor do patroc�nio para que a FNLIJ pudesse programar este con-curso oferecendo, além de livros, pr�mios em dinheiro para os tr�s primeiros colocados. Com esta verba, a FNLIJ pôde também divulgar nacionalmente o regulamento do concurso, atualizar os dados sobre os ganhadores das nove edições anteriores e avaliar de que forma o pr�mio contribuiu na projeção e promoção dos programas de incentivo à leitura selecionados.

A expectativa da FNLIJ, a cada ano, é que novos parceiros se integrem ao projeto, principalmente quando comprometidos com o mesmo ideal, a difusão

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da leitura como base para a cidadania. Em 2006, a conquista para o 8º Salão FNLIJ foi o Instituto C&A, mantido pela rede de lojas de roupas C&A, deu continui-dade a seu apoio em 2007, para o 9º Salão FNLIJ e em 2008, para o 10º Salão. O engajamento de uma corporação, fora do grupo empresarial ligado à produção de livros, ao decidir destinar recursos para promover a leitura, é um exemplo a ser seguido por todos os empresários preocupados em formar cidadãos cr�ticos.

A PriceWaterHouseCoopers, além de ser mantenedora da FNLIJ, já tem dado esse exemplo ao viabilizar, há 13 anos, a publicação mensal do Notícias, boletim mensal da Fundação, e produzir, em grande tiragem, desde a 5ª edição do Salão, um jornal com informações sobre o evento que é distribu�do para os visitan-tes. Foram produzidos 10.000 exemplares do Notícias 05, de maio de 2008, além de 5.000 encartes para o Notícias de fevereiro de 2008, contendo os regulamentos do 13º Concurso FNLIJ Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crian-ças e Jovens de todo o Brasil, 7º Concurso Leia Comigo!, 5º Concurso Curumim e 5º Concurso Tamoios, que foram enviados para Secretarias de Educação e Cultura e bibliotecas de todos os estados brasileiros para divulgar essas iniciativas.

A perman�ncia do apoio do setor editorial confirma, mais uma vez, a importância institucional do evento: Associação Brasileira de Editores de Livros – Abrelivros; Câmara Brasileira do Livro – CBL, e Sindicato Nacional dos Editores de Livros – SNEL, que acompanham a FNLIJ desde os primeiros Salões e também são mantenedores da FNLIJ.

A Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEI-LIJ e o Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI – tiveram, nesse 10º Salão FNLIJ, como nos últimos anos, um estande institucio-nal com 10 m², cedido pela FNLIJ, em que puderam expor t�tulos de literatura para crianças e jovens.

O Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, evento concomitante ao Salão, tem sido realizado na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – em tr�s dias consecutivos. O Seminário conta, desde sua primeira edi-ção, que ocorreu em 1999, com o apoio do Instituto Ecofuturo, cujas bibliotecas do projeto Ler é preciso, foram desenhadas pela FNLIJ.

Pelo quinto ano consecutivo, o Instituto Ind�gena Brasileiro para Pro-priedade Intelectual – INBRAPI – é parceiro da FNLIJ na organização do Encontro de Autores Ind�genas, num dos tr�s dias do seminário.

Em alguns anos, o Salão prestou uma homenagem a um diferente pa�s. Os pa�ses já homenageados: França, em 2001; Cuba, em 2002; Alema-nha, em 2006; Suécia, em 2007 e Itália, em 2008.

Desde o 1º Salão FNLIJ, para comodidade do público, a FNLIJ or-ganiza a Praça de Alimentação. Lá, as crianças podem lanchar à vontade em

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longas mesas coloridas, os professores descansam de suas compras e trocam informações com seus pares. Além dos quitutes, para editores, autores e especia-listas em leitura e literatura, a Praça de Alimentação se apresenta como lugar de encontros, de conversas informais e de planos futuros.

A partir de 2007, houve acréscimos na estrutura do Salão FNLIJ: a construção de uma tenda de 100m², que abrigou uma sala de apoio para reu-niões e refeições para convidados durante os dias do Seminário de Literatura In-fantil e Juvenil, com entrada restrita pela Praça de Alimentação, e a de um posto médico, para melhor atendimento ao público.

Para que o público pudesse acompanhar os acontecimentos do Salão, foram produzidos 10.000 folders com o mapa de localização dos estandes, a programação da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do Espaço FNLIJ de Leitura e distribu�dos entre os visitantes do evento e participantes do Seminário.

Os ingressos para o Salão FNLIJ são vendidos a preços populares, atualmente, R$ 3,00 (tr�s reais). As crianças e jovens de comunidades pobres pré-agendadas com a produção do evento, pessoas da terceira idade, pessoas com defici�ncia e professores da rede municipal do Rio de Janeiro não pagam ingresso em sua visita ao evento.

Para que os visitantes possam identificar os integrantes das equi-pes que trabalham no Salão, são confeccionadas camisetas, especialmente para o evento. As camisetas são utilizadas pelas equipes de trabalho: gerentes e coordenadores de equipes: equipe de produção, administração, monitores da Bi-blioteca FNLIJ/Petrobras e Espaço FNLIJ de Leitura, monitores da visitação escolar, equipe de recepcionistas, equipe de limpeza, equipe de bilheteiros e roleteiros, equipe de montagem, equipe de manutenção e equipe para distribuição gratuita de livros para as crianças e jovens que visitaram o Salão. Convidados especiais e autores receberam de presente da equipe FNLIJ uma camiseta especial.

A Performance dos Ilustradores, atividade pioneira da FNLIJ, realizada no Espaço FNLIJ de Leitura, foi criada, por sugestão do ilustrador Ivan Zigg, para valorizar a arte de ilustrar livros e existe desde o 1º Salão. Em um livro de qualidade, além de um bom texto, a ilustração deve ser vista como uma expressão de arte.

1º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 5 a 15 de Novembro de 1999Ao abrir suas portas no Dia Nacional da Cultura, 5 de novembro, o

1º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens inovou, de maneira bastante positiva, ao introduzir ao público toda a riqueza da produção editorial brasileira nessa área, num evento pioneiro.

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Durante os dez dias, o Galpão das Artes do MAM foi palco de mesas redondas, encontros, lançamentos de obras e leitura, muita leitura, com 33 es-tandes de diferentes editoras. Os destaques desta edição ficaram por conta da Biblioteca Infantil, que com seus excelentes livros divertiu e encantou as crianças, e o Espaço FNLIJ de Leitura, onde ocorreram os mais diversos lançamentos edi-toriais na área da Literatura Infantil e Juvenil, com a presença dos autores, além das performances de ilustradores que desenharam ao vivo, em painéis. Foram 34 editoras, 6.000 t�tulos expostos.

Paralelamente ao evento, ocorreu na Cinemateca do MAM o 1º Seminá-rio de Literatura Infantil e Juvenil que teve como centro das discussões o tema Ler é Preciso, durante dois dias, em que participaram professores e profissionais da área.

A FNLIJ contratou a EMC, Empresa de Marketing Cultural, para produ-zir o 1º Salão. Por intermédio da EMC, criou a marca Moema Cavalcanti do 1º Salão e produziu um belo caderno como registro das atividades do Salão.

A primeira edição do Salão teve um público estimado de 3.600 visitantes.

Por todo o seu pioneirismo e originalidade, o Salão foi motivo de gran-de destaque na imprensa carioca, com matérias e fotos em jornais. O 1º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi realizado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; Ministério da Educação, Câmara Brasileira do Livro, Sindicato Nacional dos Edi-tores de Livros, Fundação Biblioteca Nacional, ABRELIVROS; AREERJ; do Instituto Ary Carvalho, O Dia, Mergulhar, empresária Ariadne Coelho; Suzano Papel e Celulose, por intermédio do Instituto Ecofuturo, Desk Móveis Escolares, Museu de Arte Moderna, Ediouro, Global Editora e Salamandra.

2º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens:10 a 15 de Novembro de 2000Mais de 20 mil pessoas compareceram ao 2º Salão FNLIJ do Livro para

Crianças e Jovens, realizado novamente no Galpão das Artes do MAM. A abertura oficial do evento ocorreu no dia 9 de novembro, com a presença de autoridades, representantes de diversas instituições, escritores, ilustradores e imprensa.

A grande homenageada foi a escritora Ana Maria Machado, vence-dora do Pr�mio Hans Christian Andersen 2000, do IBBY, que é considerado o Nobel da literatura infantil. No Espaço FNLIJ de Leitura, foram lançados mais de 20 livros, além das performances dos ilustradores, que desenharam em painéis ali instalados, para deleite do público.

A partir desta edição do Salão até o 5º Salão, a marca usada para promover o evento foi o Menino Maluquinho, do Ziraldo.

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Durante dois dias, na Cinemateca do MAM, realizou-se o 2º Seminá-rio de Literatura Infantil e Juvenil, que trouxe o tema Na Literatura, os temas trans-versais dos Parâmetros Curriculares Nacionais à luz das discussões. O Seminário contou com o apoio do projeto Ler é preciso, do Instituto Ecofuturo, vinculado à Suzano Papel e Celulose.

Foram 30 as editoras que participaram desta edição do Salão. Mar-caram presença com estandes especiais, a convite da FNLIJ: a Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEI-LIJ, a Associação dos Representantes de Editoras do Estado do Rio de Janeiro – AREERJ; o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação – FNDE/MEC e o Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER/FBN.

Visitaram o 2º Salão 135 escolas, 83 da rede municipal de ensino. Foram mais de 5.000 crianças.

O Salão foi amplamente divulgado na m�dia eletrônica, por meio do Canal Futura e da MultiRio e nos jornais de circulação nacional, como Segundo Caderno do Globo (RJ); O Globo Eventos, na coluna de Danuza Leão, no Jornal do Brasil (RJ); no Estadão (SP), na Folha de São Paulo (SP) e no InfoJB (RJ).

O 2º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi uma realização da FNLIJ, com o patroc�nio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Companhia Suzano de Papéis e Celulose, tendo como apoiadores: Associação Brasileira de Editores de Livros, ABRELIVROS; Câmara Brasileira do Livro, Sindi-cato Nacional dos Editores de Livros; BrasilPrev; AREERJ; Desk Móveis Escolares; Cequipel; Manjar Alimentos Congelados, Museu de Arte Moderna; Unimed e Varig. A Arco foi a empresa contratada pela FNLIJ para produzir o Salão.

3º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 8 a 18 de Novembro de 2001O 3º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens mais uma vez usou o

espaço do Galpão de Artes do MAM para a sua grande festa da Literatura Infantil e Juvenil, que durou dez dias no m�s de novembro. Neste ano, o Salão cresceu expo-nencialmente, tanto em sucesso de público e cr�tica como em infra-estrutura e boas idéias. A entrada da BR Distribuidora como patrocinadora permitiu que os visitantes pudessem desfrutar de uma climatização adequada e da ampliação da Biblioteca Infantil, que passou a ocupar um espaço equivalente a seis estandes. Esta edição do Salão contou com a participação de 29 editoras e 13.800 visitantes.

Nos cartazes, marcadores de livros e ingressos, o Menino Maluquinho, a marca do Salão, convidava as crianças e os adolescentes a entrarem no mundo da imaginação criado pelos livros.

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A nova idéia deste ano foi a doação de um livro a cada criança que compareceu ao Salão. A FNLIJ conseguiu comprá-los pelo preço simbólico de um real, assim, mais de quinze mil livros foram distribu�dos. A Prefeitura da Ci-dade do Rio de Janeiro destinou a quantia de quinhentos reais a cada escola municipal que visitou o Salão, para que esta pudesse aumentar o acervo de suas bibliotecas com livros comprados no evento.

A literatura francesa para crianças foi homenageada durante o Salão. Foi cedido um estande ao Consulado da França, que pôde apresentar ao pú-blico presente todas as peculiaridades da produção editorial destinada a crian-ças daquele pa�s. Como convidado especial, esteve presente o ilustrador franc�s François Place.

A Biblioteca, além de ampliada, foi dividida em duas partes, a infantil e a juvenil. Lá, também, foram exibidos os v�deos do programa Livros Animados do Canal Futura, com a consultoria da FNLIJ.

Mais de 90 escritores e ilustradores passaram pela Biblioteca e pelo Espaço FNLIJ de Leitura, onde ocorreram lançamentos, rodas de leitura, perfor-mances de ilustração e papos descontra�dos entre autores e leitores.

O 3º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, realizado na Cinema-teca do MAM, reuniu professores, escritores, ilustradores, editores e livreiros em torno do tema Ler literatura para ver, ouvir e ler melhor, e contou com o apoio do Instituto Ecofuturo da Suzano Papel e Celulose, com o projeto Ler é preciso.

O Notícias teve edição especial durante o evento, o Notícias do Sa-lão, que trazia informações sobre o evento, a programação, depoimentos e en-trevistas com as estrelas que passaram pelo Galpão das Artes durante aqueles dez dias.

Foi contratada uma assessoria de imprensa, que criou um mural na entrada com os clippings das matérias sobre o Salão publicadas nos principais jornais e revistas nacionais, como Jornal do Comércio (RJ); O Fluminense (RJ); Tribuna da Imprensa (RJ); Tribuna de Petrópolis (RJ); Diário de Petrópolis, Veja-Rio (RJ), Estado de São Paulo (SP); Folha de São Paulo (SP), O Globo (RJ); Jornal do Brasil (RJ); O Dia (RJ) e Extra (RJ).

O 3º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens teve patroc�nio da BR Distribuidora e o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Câmara Brasileira do Livro, Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Associação Brasi-leira de Editores de Livros e Associação dos Representantes e Editores do Estado do Rio de Janeiro e Museu de Arte Moderna. A Arco continua sendo a empresa produtora do Salão.

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4º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 22 de Novembro a 1 de Dezembro de 2002Em sua quarta edição, e já consagrado como um dos acontecimentos

mais significativos da cidade do Rio de Janeiro, o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens obteve grande sucesso de público, largamente divulgado pela imprensa.

Quarenta e tr�s editoras estiveram presentes com estandes espalhados pelos oitocentos metros quadrados do Galpão das Artes do MAM, onde também se realizaram as tr�s outras edições do Salão. Cuba foi escolhida como pa�s ho-menageado, recebeu um estande onde expôs obras literárias para crianças. Esse acontecimento foi poss�vel graças a uma parceria entre o IBBY brasileiro (FNLIJ) e o IBBY cubano. A presidente da instituição, Emilia Gallego, apresentou a palestra Cuba, um país de leitores e aproveitou para divulgar o Congresso Leitura 2003, que lá se realizou. Esta edição do Salão contou ainda com a presença de Maria José Sottomayor, especialista portuguesa em ilustração de livros infantis.

Assim como no ano anterior, a marca usada para divulgar o Salão foi o Menino Maluquinho, do Ziraldo.

Os 20 anos da Ciranda de Livros, projeto pioneiro de incentivo à leitu-ra, promovido pela Hoescht do Brasil, Fundação Roberto Marinho e FNLIJ, tam-bém foram lembrados e comemorados. A Ciranda de Livros, durante seus quatro anos de exist�ncia, possibilitou que cerca de 35 mil escolas brasileiras, tanto da zona rural como da zona urbana, recebessem um acervo de 15 livros por ano, da melhor qualidade e pouco conhecidos nas escolas.

No centenário do poeta Carlos Drummond de Andrade, o Salão pres-tou sua homenagem a um dos grandes expoentes da literatura nacional. Outras homenagens foram prestadas para: Paulo Renato de Souza, ministro da Educa-ção; Iara Prado, secretária do Ensino Fundamental/MEC; Ottaviano de Fiore, se-cretário do Livro/MinC; César Maia, prefeito da Cidade do Rio de Janeiro; Julio Bueno, presidente da BR Distribuidora e Daniel Feffer, presidente do conselho do Instituto Ecofuturo.

Novamente, a FNLIJ proporcionou a distribuição de um livro a cada crian-ça que compareceu ao Salão, iniciativa que já aconteceu na terceira edição do even-to. Na sa�da, cada criança ou cada adolescente recebia um livro como cortesia.

As novidades desse ano ficaram por conta da leitura de livros por per-sonalidades da TV e do teatro. Marcaram presença na leitura para o público: Elisa Lucinda, Cássia Kiss, Antônio Calloni, Ka�ke Brito, entre outros. Outra novidade foi a participação do CDI, Centro de Democratização da Informática, que junto com a FNLIJ realizou a campanha A Tecnologia não é Inimiga da Leitura. Foram também realizadas atividades voltadas para adultos, no Espaço FNLIJ de Leitura.

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A Cinemateca do MAM mais uma vez abrigou as discussões do 4º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, com o tema PNBE: O direito de ler Lite-ratura, que ocorreu durante os dias 25 e 26 de novembro, e visava à reflexão e argumentação sobre o Programa Nacional Biblioteca na Escola, do FNDE/MEC.

Este ano contamos com um público de 5.189 visitantes; 2.008 alunos de escolas particulares; 5.908 alunos de escolas municipais; 31 crianças não pagantes de ingresso, além dos convidados e professores/compradores que fo-ram credenciados.

Esta edição do Salão tem uma significativa divulgação nos periódicos: Jornal do Brasil; Extra; entrevista de Elizabeth Serra publicada no caderno Prosa & Verso, do jornal O Globo; Jornal do Comércio; Tribuna da Imprensa, Folha Dirigida e na revista Veja Rio. Houve divulgação também na m�dia online: JB Online e Globo Online. Elizabeth Serra também foi entrevistada para o programa Revista Rio, da Rádio Nacional; para a Rádio Roquette Pinto; para a Rádio MEC; para Rádio Nacional; para CBN; para Rádio Globo e para a CNT. Já para a TV, a apresentadora da Globo News, Mariana Araújo, fez uma reportagem para o programa Almanaque e Elizabeth Serra foi entrevistada pelo programa 1º Time, TVE Brasil; junto com o prefeito César Maia para o Bom Dia Rio, da Rede Globo; com o ministro Paulo Renato para o programa Sem Censura, da TVE; para o Canal Futura e para o programa Rio: a cidade, da MultiRio.

O 4º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi uma realização da FNLIJ, com o patroc�nio da BR Distribuidora, por meio da Lei Rouanet de In-centivos Fiscais, tendo como apoiadores: o Museu de Arte Moderna, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, a Câmara Brasileira do Livro, a Companhia Suzano de Papel e Celulose, por intermédio do Instituto Ecofuturo, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Programa Nacional de incentivo à Leitura (PROLER), da Fundação Biblioteca Nacional e editoras participantes do evento. Novamente a Arco é a empresa produtora do Salão.

5º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 12 a 21 de Setembro de 2003Mais de 35 mil pessoas compareceram ao 5º Salão FNLIJ do Livro

para Crianças e Jovens. Este número, um recorde na história do evento, demons-tra que o objetivo da Fundação, de democratizar e valorizar a cultura escrita para crianças, não é um sonho distante.

Em 2003, o Salão trouxe para o Galpão das Artes do MAM novas atrações, entre elas a criação de uma nova Biblioteca, destinada ao público jovem, com mais de mil t�tulos premiados pela FNLIJ. Passaram por lá persona-

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lidades que demonstraram seu apreço pela leitura, leram para o público, entre eles o rapper Gabriel, o Pensador; o ator Othon Bastos; o jornalista Pedro Bial e os jogadores de futebol Túlio e José Carlos.

Mais uma vez, a marca usada para divulgar o Salão foi o Menino Maluquinho, do Ziraldo.

O Espaço FNLIJ de Leitura privilegiou o lançamento de livros, conversas com autores, performances de ilustração e leitura partilhada fei-ta por personalidades. Estiveram presentes no Espaço: Elisa Lucinda, Bia Be-dran, Marina Colasanti, Roger Mello, Maur�cio de Souza, entre outros. Mais de 120 autores, entre escritores e ilustradores compareceram ao 5º Salão FNLIJ do Livro. Entre os homenageados deste ano estavam o escritor Bartolomeu Campos de Queirós e o ilustrador Ivan Walsh Rodrigues, além de uma homena-gem póstuma a Cândido Portinari, em comemoração ao seu centenário.

A profusão de livros ficou a cargo dos estandes de 38 editoras, além dos estandes especiais da FNLIJ, da Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEI – LIJ) e da Secretaria Municipal de Educação. Nesses estandes ocorreu uma série de encontros entre autores e leitores.

A partir desta edição do Salão, a FNLIJ assumiu a coordenação dire-tamente da visitação escolar, tanto da Rede Municipal de Educação quanto das escolas particulares, e passou a fazer um trabalho personalizado junto às escolas interessadas em visitar o Salão, fornecendo informações aos professores e sugerin-do atividades a ser desenvolvidas com seus alunos antes e depois da visita. O Salão recebeu um grande número de alunos, foram mais de 12 mil estudantes de escolas públicas e particulares. Cada representante das 1.040 escolas de Ensino Funda-mental da Rede Municipal de Educação recebeu uma verba da Prefeitura, no valor de R$500,00 (quinhentos reais) para compra de livros para as salas de leitura das escolas. A Prefeitura disponibilizou também para a Secretaria de Cultura a quantia de R$500,00 (quinhentos reais) para comprar livros para as bibliotecas públicas.

Outra novidade de 2003 foi o concurso Nossa leitura do 5º Salão do Livro da FNLIJ, aberto a professores que visitaram o evento. O pr�mio visava a prestigiar a escola que apresentasse o melhor projeto de integração do evento ao dia-a-dia escolar.

O 5º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil teve como tema A Lite-ratura na Escola: Professores e Alunos Leitores, e contou com a participação de profissionais da área de educação, da cultura e da m�dia, além dos professores, bibliotecários, escritores e agentes culturais inscritos. A especialista portuguesa, Maria José Sottomayor, participou como palestrante convidada.

Como nos dois anos anteriores, cada criança e jovem que visitou o Salão ganhou um livro de presente.

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Foi dado amplo destaque ao 5º Salão FNLIJ nos jornais, revistas, emis-soras de TV e rádios da cidade do Rio de Janeiro e também de outras localidades, sendo, inclusive, divulgado em horário nobre. Foram quase 90 matérias, incluin-do revistas, reportagens, filmagens, crônicas, colunas assinadas. Este trabalho foi realizado por uma assessoria de imprensa contratada pela FNLIJ.

O 5º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, realizado pela FNLIJ, contou com o patroc�nio da BR Distribuidora e com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; da Câmara Brasileira do Livro; Sindicato Nacional dos Editores de Livros; Associação Brasileira dos Editores de Livros, Suzano Papel e Celulose – Instituto Ecofuturo e as editoras participantes do evento. A Arco continua sendo a empresa produtora do Salão.

6º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 16 a 26 de Setembro de 2004A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil realizou o seu 6º Salão

FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens de 16 a 26 de setembro de 2004, no Galpão das Artes do Museu de Arte Moderna, com o patroc�nio da Petrobras e o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. No Salão, crianças e adoles-centes tiveram a oportunidade de manusear livros de literatura e informativos e puderam partilhar o ato de ler com pais, parentes e amigos.

Em um espaço de aproximadamente 800m2, em 56 estandes de 48 editoras, estavam expostos livros para crianças e adolescentes. Além dos estan-des com editores, a FNLIJ ofereceu dois espaços para os visitantes desfrutarem da leitura: na Biblioteca FNLIJ estavam mais de dois mil livros, todos de acordo com o padrão de qualidade que caracteriza as seleções da FNLIJ, há mais de 30 anos. Outra grande atração foi o Espaço FNLIJ de Leitura, destinado aos lançamentos de obras, conversas de autores com seus leitores e onde também ocorreram as performances dos ilustradores para o público, em novo local, uma tenda anexa ao Galpão. A área ficou reservada e as atividades aconteceram com sucesso, sem tantos ru�dos.

Como no Salão anterior, a FNLIJ coordenou a visitação escolar das escolas municipais e particulares, e orientou, por meio de uma reunião com as escolas inscritas, as atividades a ser desenvolvidas com os alunos antes e depois da visita.

Como demonstração de seu comprometimento com a permanente atualização do acervo das bibliotecas escolares, a Prefeitura repete a ação inicia-da no ano anterior e novamente libera R$500,00 (quinhentos reais) para cada escola da Rede Municipal de Educação visitante do Salão comprar livros.

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A partir do 6º Salão, a marca usada para divulgar o evento passou a ser a logomarca da FNLIJ, um menino e uma menina em um ato de leitura compartilhada, com leves variações a cada edição. E também foi a partir desta edição que deu-se in�cio à apresentação de exposições no Salão. A exposição estreante foi Os 30 anos do Prêmio FNLIJ, com livros, autores e editores que, ao longo desses 30 anos, ganharam o pr�mio nas categorias O Melhor para a Criança e O Melhor para o Jovem. Esta mostra teve lugar nos corredores do Galpão das Artes.

A grande homenageada do 6º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi a escritora Lygia Bojunga, vencedora do pr�mio Hans Christian An-dersen, do IBBY, em 1982, e que recentemente foi agraciada com o pr�mio concedido pelo governo sueco, o ALMA – Astrid Lindgren Memory Award. Lygia teve um estande de sua editora, a Casa Lygia Bojunga, onde estavam expostos todos os seus livros.

Dois outros estandes especiais fizeram parte do evento. Um deles era dedicado à literatura ind�gena para crianças, que tem despertado um crescente interesse no público. Com isso, houve a presença de diversos escritores ind�genas.

A Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEI-LIJ, também contou com um estande especial. Antiga e importante parceira da FNLIJ desde o primeiro Salão, este ano veio como apoiadora oficial do evento.

A doação de um livro para cada criança e jovem que visitam o Salão ocorre mais uma vez nesta edição, consolidando-se como uma prática de sucesso.

O 6º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil da FNLIJ ocorreu pa-ralelamente ao Salão, na cinemateca do MAM. Nele se discutiu O livro como instrumento de formação e desenvolvimento de crianças e jovens. Esse tema fora debatido há exatos 30 anos, durante o 14º Congresso do IBBY, realizado no Rio de Janeiro. Nesta edição do Seminário FNLIJ, pela primeira vez, ocorre o Encon-tro de Autores Ind�genas, inaugurando uma iniciativa da FNLIJ na divulgação da Literatura Ind�gena.

Em 2004, o Salão FNLIJ do Livro já deu frutos. Foi realizado em Forta-leza, no Ceará, o Circo das Letras, inspirado na proposta de trabalho da FNLIJ, que prontamente deu o seu apoio.

Foram feitos cartazes, outdoors, folders com a programação do Espa-ço FNLIJ de Leitura, da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do 6º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil. Foram confeccionados também galhardetes para ser expostos em diversos bairros do Rio de Janeiro, além de credenciais, banners, adesivo, certificados, cupons para compra de livros etc.

Como mostra da comprovada aceitação do Salão, o evento obteve extensa divulgação nos principais jornais do pa�s (Caderno Prosa & Verso de O

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Globo, Jornal do Comércio, Caderno Idéia & Livros do Jornal do Brasil, Folha Dirigida, Sessão do Extra, do Extra – O Estado de São Paulo, Tribuna da Impren-sa, Revista do Clube do Assinante de O Globo). A divulgação foi feita por N�cia Ribas, Mônica Catta e Carlos Braga.

O 6º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, realizado pela FNLIJ, contou com o patroc�nio da BR Distribuidora e com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – Secretaria Municipal de Educação; da Câmara Brasileira do Livro; Sindicato Nacional dos Editores de Livros; Associação Brasilei-ra dos Editores de Livros; da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil; Suzano Papel e Celulose – Instituto Ecofuturo e as editoras participantes do evento. Este foi o último ano em que a Arco foi a produtora contratada pela FNLIJ.

7º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 17 a 27 de Novembro de 2005O 7º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens aconteceu no pe-

r�odo de 17 a 27 de novembro de 2005, no Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro. Realizado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil com o patroc�nio da Petrobras e o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Educação, este evento cada vez mais se firma no calendário cultu-ral da cidade. O patroc�nio da BR Petrobras, por intermédio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, de 2001 a 2003, e da Petrobras, em 2004 e 2005, foram decisivos para realizar o Salão FNLIJ.

Com o Galpão das Artes em obras, o evento teve que mudar o m�s habitual de realização e se adaptar a um local diferente: uma ampla tenda de aproximadamente 2.000 m² nos jardins do MAM. Este belo espaço é um dos mais famosos cartões-postais do Rio de Janeiro. Durante os 11 dias de evento, cerca de 25.000 visitantes puderam manusear e ler livros de literatura infantil e juvenil e informativos, distribu�dos em 64 estandes de 46 editoras; participar de encontros com autores e ilustradores; conhecer e comprar livros nos estandes das editoras e partilhar com seus familiares, professores e amigos.

Novamente coube à FNLIJ a coordenação da visitação escolar das escolas municipais e particulares, e a orientação, por meio de uma reunião com as escolas inscritas, sobre as atividades a ser desenvolvidas com os alunos antes e depois da visita.

Mais uma vez a Prefeitura honrou o compromisso com a atualização do acervo das bibliotecas escolares, liberando R$500,00 (quinhentos reais) para compra de livros por cada escola da Rede Municipal de Educação visitante do

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Salão. E como no ano anterior, a marca usada para divulgar o evento foi a lo-gomarca da FNLIJ.

Esse ano, o Salão deu destaque especial ao concurso FNLIJ Os Melho-res Programas de Incentivo à Leitura para Crianças e Jovens de todo o Brasil, que comemorou sua 10ª edição. Pela primeira vez, nesses dez anos, a FNLIJ pôde oferecer um pr�mio em dinheiro para os ganhadores, por meio do patroc�nio da Petrobras.

No Espaço FNLIJ de Leitura, ocorreram 76 lançamentos, 11 encontros e 6 performances dos ilustradores, que permitiram a presença de 85 autores. Na Bi-blioteca FNLIJ/Petrobras foram apresentados mais de tr�s mil livros, todos de acordo com o padrão de qualidade que caracteriza as seleções da FNLIJ, há 37 anos, além dos tradicionais encontros com autores, que se realizaram de hora em hora.

Foram produzidos 7.000 folders com a programação da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do Espaço FNLIJ de Leitura e distribu�dos entre os visitantes do 7o. Salão e participantes do Seminário.

O Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil ocorreu, paralela-mente ao Salão, de 21 a 23 de novembro, na cinemateca do MAM e abordou os temas A importância dos clássicos universais para a educação, Bienal de Ilustra-ções de Bratislava e o II Encontro de Escritores Indígenas. Esta edição do Seminá-rio contou com a participação da palestrante colombiana Sylvia Castrillon, que ministrou a palestra Os Clássicos para crianças na América Espanhola.

Mais uma vez, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil selecio-nou os vencedores de alguns dos concursos de 2005, voltados para a valoriza-ção da leitura entre crianças e jovens brasileiros. Os concursos realizados anual-mente pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil estão atraindo cada vez mais concorrentes em todo o pa�s e os pr�mios e certificados foram entregues na solenidade de abertura do Salão FNLIJ.

A FNLIJ preparou várias exposições como atração para os visitantes do seu 7º. Salão do Livro para Crianças e Jovens. Logo na entrada, os cartazes das seis edições anteriores do Salão lembravam as marcas criadas para os eventos. O do 1º. Salão contou com a artista Moema Cavalcanti. Do 2º. ao 5º. Salão, o Menino Maluquinho, do Ziraldo, passeou pela cidade convidando o público para a visita ao evento. Nos cartazes do 6º. e do 7º. Salão, a logomarca da FNLIJ, uma menina e um menino lendo, se movimenta para levar a mensagem da leitura compartilhada.

As comemorações dos 400 anos de Dom Quixote, 200 anos de Hans Christian Andersen e os 100 anos de Peter Pan, Julio Verne e Érico Ver�ssimo, que ocorreram em 2005, somam quase mil anos de boas leituras e lembram a sua importância para a educação.

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Numa vitrine, na entrada do Salão, foram expostos, para conhecimen-to dos visitantes, os t�tulos que estavam sendo doados para crianças e jovens na sa�da do evento.

A FNLIJ, como seção brasileira do International Board for Young Peo-ple, o IBBY, a cada dois anos, indica os candidatos brasileiros ao Pr�mio Hans Christian Andersen, nas categorias escritor e ilustrador. Para o Pr�mio HCA 2006, os candidatos brasileiros são Joel Rufino dos Santos, como escritor, e Rui de Oli-veira, como ilustrador. No estande da FNLIJ, foi organizada uma exposição com os livros dos dois artistas, que merecem estar em todas as casas e bibliotecas.

Com o objetivo de destacar a importância da ilustração nos livros para crianças e jovens, a FNLIJ organizou a mostra Viva a Ilustração!, exposta em quatro estandes localizados nos finais dos corredores do Salão, que trouxe reproduções de originais de artistas estrangeiros e brasileiros, já apresentadas ao público em outras ocasiões.

Além das editoras, a Associação de Escritores e Ilustradores de Litera-tura Infantil e Juvenil (AEI-LIJ), convidada pela FNLIJ, ocupou um estande especial no Espaço FNLIJ de Leitura. A Secretaria Municipal de Educação do Munic�pio do Rio de Janeiro, que participa do projeto desde o 1º. Salão FNLIJ, pôde organizar melhor o seu espaço, em 18 m². A FNLIJ montou o seu estande institucional ao lado da biblioteca, sua menina dos olhos.

Como nos anos anteriores, houve a distribuição de livros para as crianças e jovens que visitaram o Salão.

Foram 3.315 os alunos agendados pela FNLIJ para visitar o Salão. Dos 6.000 ingressos disponibilizados pela FNLIJ para alunos das escolas mu-nicipais, 5.299 foram utilizados pela SME, além da gratuidade para alunos de escolas municipais que não se credenciaram junto à SME, para ONGs e profes-sores/compradores indicados pelas SME e SMC.

O 7º Salão foi bem divulgado pelos principais meios de comunicação. Os canais de TV fizeram uma ampla cobertura do evento. Foram veiculadas matérias na Rede Globo, TVE, Rede TV, Bandeirantes, Record, CNT, Futura e GloboNews. Na m�dia impressa, teve destaque nos jornais O Globo, Jornal do Brasil, O Dia, Extra, Jornal do Commércio, Tribuna de Petrópolis, O Fluminense e Folha Dirigida. As emissoras de rádios, como CBN, Rádio Nacional, Roquette Pinto, JB FM, Rádio Paradiso, Antena 1 e MEC também realizaram entrevistas, chamadas e matérias sobre o evento.

A sétima edição do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, con-tou com o patroc�nio da BR Distribuidora e com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – Secretaria Municipal de Educação; da Câmara Brasileira do Livro; Sindicato Nacional dos Editores de Livros; Associação de Escritores e

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Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil; Suzano Papel e Celulose – Instituto Ecofuturo e as editoras participantes do evento.

A partir deste ano, a FNLIJ passou a produzir diretamente o Salão e contratou a empresa M. Magalhães para a montagem. A M. Magalhães é a mesma empresa contratada pela Arco nos anos anteriores, o que favoreceu a parceria com a FNLIJ.

8º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 23 de agosto a 3 de setembro de 2006Aconteceu de 23 de agosto a 3 de setembro de 2006, o 8º Salão FNLIJ

do Livro para Crianças e Jovens, nos jardins do MAM do Rio de Janeiro, em uma ampla tenda de aproximadamente 2.000 m², que recebeu 30 mil visitantes em 2006. Realizado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, com o patroc�nio da Petrobras e o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Educação, e da Suzano Papel e Celulose, o evento cada vez mais se firma no calendário cultural da cidade do Rio de Janeiro. Nesta edição ganhou também o apoio do Instituto C&A

Em 2006, o pa�s homenageado foi a Alemanha. A especialista alemã Renate Raecke e a ilustradora alemã Jutta Bauer vieram ao Brasil para participar do Salão e do 8º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, quando contaram suas experi�ncias profissionais com ilustrações. A Exposição de Ilustração Con-temporânea de Livros Infantis na Alemanha foi organizada pelo Instituto Goethe e pelo Museu de Livros Ilustrados de Troisdorf, apresentando 65 reproduções de ilustrações de 13 artistas alemães contemporâneos. Desde esta edição do Salão, a Petrobras passa a ter um estande no evento, o Espaço Petrobras, oferecendo mais um local de atividades para as crianças, como a leitura de histórias.

Este ano, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro ganhou um merecido destaque no Salão. A FNLIJ cedeu um estande de 25m², logo na entrada do evento, para que a equipe pudesse recepcionar as escolas da rede em visitação ao evento e expor trabalhos que v�m sendo realizados pelos alunos.

O primeiro dia do Salão foi dedicado aos professores da Rede Muni-cipal de Educação do Rio de Janeiro. No dia 23 de agosto, 900 educadores que participavam do curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores, ministrado pela FNLIJ e oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, visitaram o Salão. No Espaço FNLIJ de Leitura e na Biblioteca FNLIJ/Petrobras, conheceram a organização e a programação protagonizada pelos autores. Visitaram a Exposição Ilustração Contemporânea de Livros Infantis na Alemanha. Puderam também analisar a produção das editoras expositoras e o trabalho desenvolvido pelos parceiros da

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FNLIJ, que ocuparam estandes institucionais. Durante o percurso, os professores ouviram palestras explicativas sobre o funcionamento do Salão, sobre critérios para avaliação de publicações e seleção de acervo.

A visita, de duração de duas horas e meia, em dois turnos (manhã e tarde) foi acompanhada pelas seguintes profissionais: Cláudia Pimentel, Cynthia Rodrigues, Marisa Borba, Ninfa Parreiras, Socorro Acioli e Sonia Travassos.

Para as escolas particulares, públicas federais, estaduais e municipais que desejam levar seus alunos, a FNLIJ, há quatro anos, tem feito um trabalho personalizado, mediante a realização de reuniões de orientação para os profes-sores das escolas interessadas na visita com o objetivo de oferecer informações importantes para que o aproveitamento pelas crianças e jovens seja o melhor.

O Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, evento paralelo ao Salão, realizado na Cinemateca do MAM de 28 a 30 de agosto, contou, em 2006, com o apoio da Cia. Suzano, por meio do Instituto Ecofuturo, que coordena as biblio-tecas do projeto Ler é preciso, do Instituto Goethe e do Instituto Ind�gena Brasilei-ro para Propriedade Intelectual (INBRAPI). Os temas debatidos: A Ilustração nos Livros Infantis, Lendo a Palavra no Livro para Crianças e Jovens e III Encontro de Escritores Indígenas.

O Salão mais uma vez deu destaque especial ao concurso FNLIJ Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura para Crianças e Jovens de todo o Bra-sil, em sua 11ª edição. Pelo segundo ano consecutivo, a FNLIJ pôde oferecer um pr�mio em dinheiro para os ganhadores, por meio do patroc�nio da Petrobras.

Somente no Espaço FNLIJ de Leitura, ocorreram 70 lançamentos, 5 encontros, 18 mini-palestras e 11 performances dos ilustradores, que permitiram a presença de 94 autores, 10 especialistas e 2 atores. Além dos tradicionais lançamentos, este ano, o Espaço FNLIJ de Leitura trouxe novidades: performan-ces comentadas pela ilustradora Rosinha Campos, de Pernambuco, vencedora do Pr�mio FNLIJ/2006 na categoria Melhor Ilustração e minipalestras para edu-cadores, sobre livros premiados pela FNLIJ em 2006, com a participação dos autores e votantes da FNLIJ.

Na Biblioteca FNLIJ/Petrobras foram expostos mais de 2.500 livros, to-dos de acordo com o padrão de qualidade que caracteriza as seleções da FNLIJ, há 38 anos, realizados os tradicionais encontros com autores, além da leitura de livros feita pela equipe da FNLIJ.

Na Cinemateca do MAM, no dia 31 de agosto, foram exibidas 4 ses-sões, para as crianças que visitavam o Salão, com episódios da série Um Menino Muito Maluquinho, produzidos pela TVE Brasil, com patroc�nio da Petrobras. No encerramento da última sessão, às 16 horas, as crianças tiveram uma grande surpresa. O escritor Ziraldo e o ator mirim Pedro Saback, que interpreta o per-

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sonagem na série, também estavam assistindo aos episódios, sem que a platéia soubesse. Os dois subiram ao palco para bater um papo com as crianças.

A exemplo da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, a Petrobras ofereceu a cada uma das 14 instituições por ela apoiadas um ta-lonário, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), para compra de livros nas editoras expositoras do 8º Salão FNLIJ. As instituições beneficiadas foram: AMAI-JUREC (Lar Betel); CADEC (Centro Adventista de Desenvolvimento Comunitário do Magarça); Casa da Cultura (CEASM); Programa Petrobras Jovem Aprendiz; Cia. Étnica de Dança; Constelação Pró-Saber; Guardiões do Mar; IPPC (Instituto Protetor dos Pobres e Crianças) do Abrigo Maria Imaculada; Nós do Morro; Ong Ler e Agir; Orquestra Mirim Armando Prazeres; Projeto Olho Vivo – Bem TV; Vila Ol�mpica da Mangueira e Vila Ol�mpica da Rocinha.

O Instituto C&A, novo patrocinador, organizou, neste 8º Salão FNLIJ, um estande para apresentar aos visitantes o Prazer em Ler, programa de incentivo à leitura entre os seus funcionários e instituições parceiras, sendo destaque o tra-balho com a literatura. O Prazer em Ler é uma nova frente de trabalho do Instituto C&A concebido nos últimos dois anos e lançado, nacionalmente, em fevereiro deste ano, com o propósito de formar leitores e estimular melhores práticas de leitura entre crianças, adolescentes e suas fam�lias.

Para a exposição no Salão, pela primeira vez apresentada no Brasil, foi feita uma seleção de 13 obras representativas da criação de importantes ilustra-dores alemães de livros infantis. A exposição foi acompanhada de um catálogo da oficina do designer gráfico e ilustrador Frank Georgy, com apresentação de Renate Raecke. O catálogo, em edição bil�ngüe (portugu�s-alemão) contém as reproduções, em cores de todas as obras, assim como textos elucidativos dos próprios artistas. A exposição oferecia uma visita orientada por um profissional em ilustrações e especialistas do Instituto Goethe. O Instituto produziu também um folder, contendo as ilustrações e um breve histórico de cada artista apre-sentado na exposição, que foi distribu�do entre os visitantes do Salão FNLIJ e participantes do Seminário.

A FNLIJ também organizou exposições de literatura em painéis. No ano em que se comemora os 100 anos do vôo do 14 Bis, a FNLIJ preparou uma pequena exposição e uma mini-palestra com autores que pesquisaram e publica-ram livros para crianças e jovens sobre Santos Dumont. A influ�ncia dos livros de Júlio Verne na busca determinada de Santos Dumont para realizar o seu sonho de voar esteve em destaque na exposição.

Mais uma vez a logomarca da FNLIJ foi utilizada para divulgar o Sa-lão. E como no ano anterior, logo na entrada, os cartazes das sete edições ante-riores do Salão lembravam as marcas criadas a cada ano para o evento. E como

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nas edições anteriores, as crianças e jovens que visitaram o Salão, ganharam um livro de presente.

Nas paredes da Biblioteca FNLIJ/Petrobras, no Espaço FNLIJ de Leitura e na Praça de Alimentação, cartazes e painéis das edições anteriores do Salão FNLIJ lembram temas e homenagens que lhe deram origem.

Na sexta-feira, 1º de setembro, foi feita a premiação dos vencedores do 5º Concurso FNLIJ Leia Comigo! e do 11º Concurso FNLIJ Os Melhores Pro-gramas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil, com o patroc�nio da Petrobras.

Foram montados 60 estandes para expositores e ocupados por 56 edito-ras de literatura infantil e juvenil do pa�s. Além dos estandes para as editoras, foram organizados estandes institucionais: Petrobras, com 36m², Secretaria Municipal de Educação do Munic�pio do Rio de Janeiro, com 25m², Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEI-LIJ, com 18m², Instituto C&A, com 9m², e Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual, com 6m².

Foram produzidos cartazes, folders com a programação do Espaço FNLIJ de Leitura, da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do 8º Seminário FNLIJ de Lite-ratura Infantil e Juvenil. Foram confeccionados também galhardetes para serem expostos em diversos bairros do Rio de Janeiro, além de credenciais, banners, adesivos, certificados, cupons para compra de livros etc.

O 8º Salão FNLIJ do Livro despertou não só o interesse do público-alvo, mas também da imprensa em geral, com a assessoria de imprensa a cargo da Factu-al Comunicação, empresa contratada pela FNLIJ. Foram veiculadas reportagens no Bom Dia Rio e no RJ-TV, da TV Globo, no programa Sem censura, da TVE, na TV Ban-deirantes, Record, TV Alerj e Canal Futura. Foi exibida no Fantástico, da TV Globo, a reportagem gravada com as atrizes Raquel de Queiroz e Carolina de Oliveira, que visitaram o Salão para o quadro Repórter por um dia. O evento foi ainda divulgado nas rádios CBN, Nacional e Rio de Janeiro, entre outras. A revista Veja Rio e o jornal O Globo deram destaque ao Salão com matérias no Prosa & Verso, na Revista, na Coluna do Ancelmo, na Coluna Gente Boa, no Globo Zona Sul e no Globinho. Também o Jornal do Brasil, Jornal do Comércio, O Fluminense, Tribuna da Imprensa, Folha Dirigida, O Dia, Extra, Meia Hora, e O Povo not�ciaram o evento.

O 8º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens contou com o pa-troc�nio da BR Distribuidora e com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – Secretaria Municipal de Educação; da Câmara Brasileira do Livro; Sin-dicato Nacional dos Editores de Livros; Associação Brasileira dos Editores de Livros; Instituto C&A; Instituto Goethe; Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil; Suzano Papel e Celulose – Instituto Ecofuturo e as editoras participantes do evento.

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9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 23 de maio a 3 de junho de 2007O 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens aconteceu de 23

de maio a 03 de junho de 2007, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em uma ampla tenda de aproximadamente 2.000 m². Durante os 12 dias de evento, cerca de 40.000 visitantes puderam manusear e ler livros de literatura infantil e juvenil e informativos, participar de encontros com autores e ilustradores, conhecer e comprar livros nos estandes das editoras e partilhar leituras com seus familiares, professores e amigos.

Neste 9º Salão FNLIJ, assim como na 8ª edição do evento, a Petrobras organizou um estande, numa área de 36 m². O tema em destaque foi Direitos da Criança, que faz parte da pol�tica de responsabilidade social da Petrobras, o Programa Petrobras Fome Zero, que visa a oferecer apoio a diversos projetos voltados para a saúde, a segurança e a educação de crianças e adolescentes. Além dos animadores culturais. Este ano a Petrobras convidou autores, que con-versaram e leram suas histórias para as crianças presentes.

Mais uma vez a marca do Salão foi a logomarca da FNLIJ e na entrada do evento foram expostas as marcas das edições anteriores. Também neste Salão houve a doação de livros para cada criança e jovem presentes.

Na Cinemateca do MAM, no dia 31 de junho, foram exibidas quatro sessões, para as crianças que visitavam o Salão, com episódios da série Um Me-nino Muito Maluquinho, produzidos pela TVE Brasil, com patroc�nio da Petrobras. No encerramento da última sessão, às 16 horas, as crianças tiveram uma grande surpresa. O escritor Ziraldo, convidado pela FNLIJ a pedido da Petrobras, estava na platéia.

Foram disponibilizados, gratuitamente, pela FNLIJ 1.200 ingressos para crianças e jovens de nove instituições ou projetos apoiados pela Petrobras: Associação Homens do Amanhã, APAE, Centro da Cidadania, De Volta para Casa, NEACA, Solidariedade, Associação Nova Aliança, Ojubá-Axé e Associa-ção Ben�zio Silva. A Petrobras ofereceu a cada uma dessas instituições um taloná-rio no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para compra de livros nas editoras expositoras do 9º Salão FNLIJ. E a Prefeitura do Rio de Janeiro também liberou verba de R$500,00 (quinhentos reais) para que as escolas municipais visitantes do Salão comprassem livros para atualização de suas salas de leitura.

Para visitar o Salão, o Instituto C&A convidou 550 crianças e jovens de 10 instituições/projetos educativos: TEAR, CECOM, Esquina do Livro, Cruzada do Menor, Se Essa Rua Fosse Minha, Parque Colúmbia, Plantando o Futuro, NEAC, CIESPI e Meninas e Mulheres do Morro. E mais uma vez a FNLIJ se encarregou da organização da visitação escolar e da orientação aos professores.

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O encerramento do primeiro dia do Salão FNLIJ, 23 de maio, deu es-paço à abertura oficial, que teve seu ponto alto na homenagem prestada à Suécia, pa�s homenageado nesta edição, representado por Margareta Wenberg, embaixa-dora da Suécia. Estiveram presentes consagrados escritores, como Lygia Bojunga e Ziraldo; parceiros como Eliane Costa, gerente de Patroc�nios da Petrobras; Simone Monteiro, da Divisão de M�dia e Educação da SME/RJ; Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro – CBL; Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacio-nal dos Editores de Livros – SNEL; Luiz Antonio Aguiar, presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil; Daniel Munduruku, Diretor-presidente do Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI; e o acad�mico Antonio Olinto, diretor-geral do Departamento de Documentação e Informação Cultural, da Secretaria das Culturas, além de outras personalidades do universo da literatura infantil. Representando a FNLIJ, estiveram na solenidade a presidente do Conselho Diretor, Gisela Zincone, a diretora Ísis Valéria, a conselhei-ra e fundadora da instituição Laura Sandroni e a secretária-geral, Elizabeth Serra.

Em 2007, a Suécia foi o pa�s homenageado do 9º Salão FNLIJ com a Exposição Astrid Lindgren e Direitos Humanos e com presenças de Annika Thor, escritora; Britt Isaksson, especialista; Christina Björk, escritora; Helena Ver-mcrantz, bibliotecária e coordenadora do Salon de Libro de Pontevedra; Johan-na Hellsing, escritora; Nora Lampert, representante do Astrid Lindgren Memorial Award – ALMA; Lygia Bojunga, escritora brasileira que ganhou o Pr�mio ALMA em 2004; e Margareta Winberg, embaixadora da Suécia; no 9º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, que teve lugar na Cinemateca do MAM, no dia 28 de maio, com a temática A Literatura Infantil na Suécia e o Prêmio Astrid Lindgren Memorial Award – ALMA. Além dos convidados suecos, o escritor e membro do IBBY, Xosé Neira Cruz, veio da Gal�cia para participar do Seminário.

Para a mostra inédita no Rio de Janeiro, a FNLIJ cedeu uma área, 75 m², e ofereceu a montagem no evento. A parceria do Instituto Sueco e da Embai-xada da Suécia e a colaboração da Seção do IBBY da Suécia foram fundamentais para a vinda dessa exposição, que apresentou o trabalho de Astrid Lindgren, au-tora de mais de 80 livros, traduzidos em mais de 70 l�nguas, e criadora da famo-sa personagem P�ppi Meialonga e dá nome ao Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA), pr�mio internacional estabelecido pelo governo sueco, para honrar a sua memória e promover a literatura para crianças e jovens mundialmente.

O Consulado Geral da Suécia criou um folder, contendo uma pequena biografia da escritora Astrid Lindgren, e um breve histórico de outros artistas do livro suecos apresentados na exposição (Elsa Beskow, Ilon Wikland, Maria Gripe, Christina Björk, Selma Lagerlöf, Ulf Stark, Lena Anderson, Björn Berg, Anna-Clara Tidholm), que foi distribu�do entre os visitantes do Salão FNLIJ.

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Para homenagear e lembrar a escritora Sylvia Orthof (1932-1997), foram montados, na Biblioteca FNLIJ/Petrobras, dois painéis apresentando em destaque seus livros premiados pela FNLIJ e em estantes foram expostas as suas obras mais significativas. Sylvia Orthof tornou-se uma das mais conhecidas escri-toras brasileiras de literatura para crianças e jovens, tendo lançado mais de 120 t�tulos. Muitos de seus livros foram ilustrados pelo seu segundo marido, Tato.

Na programação da Biblioteca FNLIJ/Petrobras, foram agendadas lei-turas das seguintes obras da escritora: Ervilina e o princês, publicada pela Editora Memórias Futuras, Maria vai com as outras, da Editora Ática, Os bichos que eu tive, editada pela Salamandra, que ganhou o Pr�mio FNLIJ Ofélia Fontes – O Me-lhor para Criança, em 1983, e Uxa, ora fada, ora bruxa, da Editora Nova Frontei-ra, vencedora do Pr�mio FNLIJ Ofélia Fontes – Melhor para Criança, em 1985.

No dia 2 de junho, foi prestada uma homenagem especial à Sylvia Orthof, em que amigos, leitores e admiradores de sua obra falaram sobre ela. O encontro se realizou às 19 horas, na Biblioteca FNLIJ/Petrobras, com a presença dos autores Leo Cunha, Luiz Raul Machado e Ricardo Benevides. O público pre-sente pôde assistir também a um documentário sobre a escritora, produzido pela Escola Oga Mitá, em 1998, um ano após a sua morte.

Os autores brasileiros indicados pela FNLIJ ao Pr�mio Christian An-dersen do IBBY, em 2008, Bartolomeu Campos de Queirós (escritor) e Rui de Oliveira (ilustrador) foram apresentados ao público do Salão FNLIJ numa exposi-ção, em painéis, na Biblioteca FNLIJ/Petrobras, em que constavam uma pequena biografia e os t�tulos selecionados para concorrer ao pr�mio. Na parte externa à Biblioteca FNLIJ/Petrobras, foram expostos 5 painéis com os t�tulos das obras, seus autores, tradutores e editores, ganhadores do Pr�mio FNLIJ 2007, referente à produção editorial de 2006, em 15 categorias.

A Editora Projeto, uma das mantenedoras da FNLIJ, fundada em 2 de abril de 1992, em Porto Alegre, RS, realizou, em comemoração aos seus 15 anos de instituição, a Exposição temática Ler é para cima. As reproduções das obras foram expostas em 15 painéis no espaço em frente aos estandes do INBRAPI, Fundação C&A e AEI-LIJ.

Foram criados e produzidos painéis institucionais com informações so-bre a FNLIJ, como seção brasileira do IBBY, sobre o Pr�mio Internacional Hans Christian Andersen, cujos autores brasileiros são indicados pela FNLIJ, sobre o Jornal de publicação mensal da FNLIJ – o Notícias, e sobre o site da FNLIJ.

Na segunda-feira, dia 28 de maio, na Cinemateca do MAM, se reali-zou a premiação aos vencedores do 12º Concurso FNLIJ/Petrobras Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil, desde 2005 patrocinado pela Petrobras, do 6º Concurso FNLIJ Leia Comigo!,

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do 4º Concurso FNLIJ Curumim Leitura de Obras de Escritores Indígenas, do 4º Concurso FNLIJ Tamoios de Textos de Escritores Indígenas e da 33ª edição do Pr�mio FNLIJ, que pela primeira vez é entregue durante o Salão.

Nesta nona edição, a biblioteca foi instalada em 62m², como sempre, à entrada do Salão. Essa localização visa a chamar a atenção do visitante da sua importante função social que é a de oferecer democraticamente o acesso aos li-vros. A FNLIJ tem como objetivo, com essa biblioteca, contribuir para a educação cultural dos professores e pais no sentido de valorizar o uso da biblioteca escolar e pública como locais de uso coletivo. A Biblioteca FNLIJ/Petrobras recebeu 28 autores para lançamentos de livros. Foram lançados 25 t�tulos, dentre inéditos ou novas edições. Nos 17 encontros, os autores leram e conversaram com as crianças, com seus professores e pais, aproximando-os da aventura de ler. Fala-vam de suas prefer�ncias e gostos, valorizando sempre a leitura e despertando o interesse dos visitantes. Muitos, tendo tido conhecimento prévio da programação pela internet ou por jornais, foram em busca dos autores prediletos. Também estiveram na Biblioteca, fazendo leituras, o ator convidado Antonio Calloni, o es-critor e compositor Gabriel, o Pensador, e a atriz Marina Ruy Barbosa. Em alguns momentos, durante a programação, o espaço da Biblioteca foi utilizado pelos votantes do Pr�mio FNLIJ para leituras. Participaram dessa atividade: Gláucia Mollo, Socorro Acioli e Tereza Bom-Fim.

A Biblioteca FNLIJ/Petrobras foi palco da homenagem à Sylvia Orthof, realizada no dia 2 de junho, às 19h, pelos autores Leo Cunha, Luiz Raul Macha-do e Ricardo Benevides, que falaram da obra da escritora, da relação pessoal e profissional que mantinham com ela e da importância dos seus livros para crianças de todas as idades.

No dia 26 de maio, houve uma mini-palestra sobre o livro A linha do Mário Vale, de Mário Vale, vencedor do Pr�mio FNLIJ Luís Jardim/2007 – O Melhor Livro de Imagem. O autor e a bibliotecária Rosa Lima, votante do Pr�mio FNLIJ, falaram sobre a obra e conversaram com público presente sobre as idéias que as “linhas” transmitem.

O Espaço FNLIJ de Leitura, área estruturada este ano em 66m², é o palco para os lançamentos de livros com a presença dos seus autores e as performances dos ilustradores, oferecendo a oportunidade para um bate-papo sobre o processo de criação, num momento único entre autores e seu público leitor. Um total de 81 autores/tradutores lançaram livros. Como no ano anterior, as performances foram diárias e comentadas pela ilustradora Rosinha Campos, de Pernambuco, convidada pela FNLIJ. Nas 12 performances dos ilustradores realizadas, 23 artistas estiveram criando livremente em grandes painéis nesse 9º Salão FNLIJ. Participaram das quatro mini-palestras para educadores, sobre livros

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premiados pela FNLIJ em 2007, seis autores: Caio Riter, Carlos Patati, Fernando Vilela, Flávio Braga, Simone Bibian; e votantes da FNLIJ: Cynthia Rodrigues (Rio de Janeiro – RJ), Regina Zilberman (Porto Alegre – RS), Teresa Bom-Fim (São Lu�s – MA) e Zélia Versiani (Belo Horizonte– MG).

Para o 9º Salão FNLIJ foram montados 67 estandes, ocupados por 65 editoras de literatura infantil e juvenil do pa�s. Sessenta e cinco estandes tinham 9 m² e dois, 7,5 m², totalizando 600 m².

Além dos estandes para as editoras, foram organizados estandes insti-tucionais: para a Petrobras, com 36m², para a Secretaria Municipal de Educação do Munic�pio do Rio de Janeiro, com 22m², para a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, com 10m², para o Instituto C&A, com 10m², para o Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual, com 10m², e para o Consulado Geral da Suécia, que apresentou a exposição Astrid Lindgren e Direitos Humanos, trazida ao Brasil pelo Instituto Sueco e Embaixada da Suécia, com uma área de 75 m². A praça de alimentação ocupou uma área de 150 m², abrigando um estande de 42 m².

Foram confeccionados cartazes, folders com a programação do Es-paço FNLIJ de Leitura, da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do 8º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, além de galhardetes fixados em postes de diversos bairros do Rio de Janeiro, credenciais, banners, adesivos, certificados, cupons para compra de livros etc.

Para a nona edição do Salão, a FNLIJ contratou novamente a Fac-tual Comunicação para divulgar o evento. Durante os 12 dias de duração do evento, o Salão conquistou um total de 107 matérias em jornais, revistas, sites da Internet, emissoras de TV e rádio. O Salão foi not�cia em 10 diferentes jor-nais, que publicaram 45 matérias. Foi not�ciado na revista Veja Rio e ganhou destaque em seis emissoras de TV, em 17 matérias apresentadas. Foi também divulgado em oito emissoras de rádio. Na internet foram produzidas 34 maté-rias sobre o evento.

O 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens contou com o patroc�nio da BR Distribuidora e com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – Secretaria Municipal de Educação; Câmara Brasileira do Livro; Sindicato Nacional dos Editores de Livros; Associação Brasileira dos Editores de Livros; Instituto C&A; Consulado Geral da Suécia – Instituto Sueco, da Embai-xada da Suécia; Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil; Suzano Papel e Celulose – Instituto Ecofuturo; Instituto Ind�gena Brasi-leiro para Propriedade Intelectual; PriceWaterHouseCoopers e editoras partici-pantes do evento.

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10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens: 21 de maio a 1 de junho de 2008O 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens aconteceu de 21

de maio a 1 de junho de 2008, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O público bateu o recorde, aumentando em 35% em relação ao ano anterior. Desta vez cerca de 50.000 visitantes puderam conhecer novos t�tulos e compartilhar a leitura de livros de Literatura Infantil e Juvenil e informativos, além de participar de encontros com autores e ilustradores. Com o patroc�nio da Petrobras, o evento reuniu 66 editoras com os mais recentes lançamentos para o público infantil e juvenil, além de autores e ilustradores brasileiros e estrangeiros. O salão, que se firmou ao longo da última década como o mais importante evento do ramo no Brasil, contou com 50 mil visitantes.

Além dos estandes para as editoras, foram organizados estandes insti-tucionais para a Petrobras, para a Secretaria Municipal de Educação do Munic�-pio do Rio de Janeiro, para a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEI-LIJ), para o Instituto C&A, para o Instituto Ind�gena Brasileiro para Propriedade Intelectual (INBRAPI), e para o Consulado Geral da Itália – Ins-tituto Italiano de Cultura.

Esta edição é duplamente comemorativa, pois marca os 10 anos de criação do Salão FNLIJ e 40 anos de atuação da FNLIJ. E para comemorar a data, autores consagrados participaram do evento, entre eles Lu�s Fernando Ver�s-simo, Ziraldo, Ana Maria Machado, Lygia Bojunga, Marina Colasanti, Joel Rufino, Adriana Falcão, Eva Furnari, Ricardo Azevedo e Bia Bedran; nomes que ajudaram a inscrever a Literatura Infantil e Juvenil brasileira entre as melhores do mundo. No Espaço FNLIJ de Leitura houve lançamentos de novos t�tulos e a presença de deze-nas de autores. No mesmo espaço aconteceram performances de alguns dos mais reconhecidos ilustradores brasileiros, como Rui de Oliveira (indicado brasileiro ao Pr�mio Hans Christian Andersen deste ano), Roger Mello, Fernando Vilela, Ivan Zigg, André Neves, Caulos, Guto Lins e Odilon Moraes, além de dois especiais convidados, os ilustradores italianos Roberto Innocenti (vencedor do Pr�mio Hans Christian Andersen deste ano) e Francesco Tullio Altan.

Na Biblioteca FNLIJ/Petrobras houve, além de lançamentos, encontros com autores e leituras de histórias, proporcionando ao público visitante momen-tos literários especiais.

Importante novidade do 10º Salão FNLIJ foi o reconhecimento da Pe-trobras à filosofia de trabalho da FNLIJ, entregando-lhe a elaboração da progra-mação de atividades de seu estande. Assim, foi contratada uma equipe de profis-sionais da leitura que, de hora em hora, lia histórias para as crianças em todos os dias do evento, sob a orientação da FNLIJ. Houve também encontros com escrito-

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res e ilustradores especialmente convidados. Desta forma, foi poss�vel a harmonia entre as programações do Espaço FNLIJ de Leitura, da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do Espaço Conhecer Petrobras, de acordo com o projeto da FNLIJ.

Durante o evento foram realizados 127 lançamentos de livros, 47 en-contros, 13 performances de ilustradores e 163 leituras de textos, com a presença de 118 escritores e ilustradores, além de atores e jornalistas convidados, entre eles Antonio Calloni, Gabriel, o Pensador, Cássia Kiss, Maria Flor e Pedro Bial.

Para coroar o duplo aniversário, o pa�s homenageado pela FNLIJ só poderia ser a Itália, berço da maior feira de Literatura Infantil e Juvenil, a Feira de Bolonha, que sempre recebeu a FNLIJ de braços abertos e onde a literatura infantil e juvenil brasileira ganha visibilidade internacional. O estande da Itália, graças ao apoio da empresa italiana Terna Participações e à organização do Ins-tituto Italiano de Cultura, contou com uma biblioteca particular com livros em ita-liano e teve suas paredes e chão decorados com ilustrações de Roberto Innocenti e Francesco Tullio Altan, dois dos principais nomes do livro infanto-juvenil na Itália, que vieram ao Brasil prestigiar o Salão e comentar suas respectivas obras e a importância da ilustração no livro infantil e juvenil. O corredor de acesso ao Pavilhão Itália hospedou uma mostra de 30 ilustrações de jovens gráficos italia-nos, premiados ao longo destes últimos anos pela Fiera del Libro per Ragazzi, de Bolonha, cedido pela organização da Feira como presente à FNLIJ.

Como retribuição à homenagem da FNLIJ, o Instituto Italiano de Cul-tura ofereceu sua sede no Centro do Rio de Janeiro para a cerimônia de entrega do Pr�mio FNLIJ e dos Concursos FNLIJ 2008 na noite do dia 26 de maio. Na ocasião, foi organizado um concerto em homenagem aos 150 anos do nasci-mento de Giacomo Puccini, com as participações do maestro Marra e da sopra-no Angela Papale e oferecido um jantar calabr�s aos convidados pelo Instituto Italiano para o Comércio no Exterior – ICE.

Além do convidado italiano, o Salão contou ainda com a presença de outros convidados internacionais, como a escritora espanhola Montserrat Del Amo, ganhadora do III Pr�mio Ibero-americano de Literatura Infantil e Juvenil 2007, que teve o apoio das Edições SM para sua vinda, e a escritora irlandesa Siobhán Parkinson que veio ao Brasil pela primeira vez. Ambas participaram de encontros com o público jovem na Biblioteca FNLIJ/Petrobras.

O 10° Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil aconteceu de 26 a 28 de maio, na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro. Direcionado aos educadores, o seminário, visando a refletir a presença de tantos convidaos estrangeiros, debateu o tema Vozes na Literatura Infantil no Brasil e no mundo. O primeiro dia foi aberto com o tópico Literatura e Ilustração Italiana, com a presença dos ilustradores italianos Roberto Innocenti e Francesco Túlio Altan,

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além das escritoras e ilustradoras Eva Furnari e Marina Colasanti, ambas de origem italiana. Neste dia, o público foi agraciado ainda com a presença de Ziraldo, surpresa do dia, que contou um pouco de sua história desde os tempos do Pasquim até os dias de hoje. Outro tópico abordado foi Ação Internacional do IBBY sobre pol�ticas de fomento à leitura em diversos pa�ses. O IBBY é o órgão que a FNLIJ representa no Brasil, e Elda Nogueira, vice-presidente da instituição, mediou o ciclo de debates, que teve as participações da canadense Patsy Aldana (atual presidente do IBBY), da inglesa Liz Page (diretora de comunicação, no-vos projetos e de serviços para associados do IBBY), da cubana Emilia Gallego (presidente do IBBY cubano), da colombiana Silvia Castrillon (ex-presidente do IBBY) e da escritora irlandesa e editora da revista Bookbird, do IBBY, Siobhán Parkinson. O primeiro dia foi encerrado com a mesa formada pela pesquisadora literária Laura Sandroni, o escritor Luiz Raul e pelas escritoras Lygia Bojunga e Ana Maria Machado. No segundo dia, foram debatidos os temas A Literatura no Ensino Médio, com Luiz Antonio Aguiar, escritor e diretor da AEI-LIJ e Luiz Percival Leme Britto, doutor em lingü�stica e professor do curso de pós-graduação em Educação da Universidade de Sorocaba; Machado de Assis no Ensino Médio, com Gustavo Bernardo, professor e escritor; Dom�cio Proença, professor titular da UFF e membro da Academia Brasileira de Letras e Marta de Senna, pesquisa-dora da Fundação Casa de Rui Barbosa; A prática e a teoria do trabalho com LIJ na Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro, com L�da Maria da Fonseca, professora da rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro; Ana Claudia Car-doso Morerira de Almeida, professora da rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro e Simone Monteiro, diretora da Divisão de M�dia e Educação – SME/RJ; Sistema de avaliação do projeto Biblioteca Comunitárias Ler é Preciso – Instituto Ecofuturo; Indicadores de Leitura, com Ricardo Paes de Barros, coordenador de pesquisas de pol�ticas públicas do IPEA; Christine Fontelles, diretora de Educação e Cultura do instituto Ecofuturo e Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ; Mon-teiro Lobato, sempre, com Laura Sandroni, escritora; Márcia Camargos, escritora e Ísis Valéria, membro do Conselho Diretor da FNLIJ. O terceiro dia foi dedicado ao 5º Encontro de Autores Ind�genas – Razões para conhecer os povos indígenas. Este encontro contou com a presença de escritores e artistas dos povos: Asha-ninka, Baniwa, Gurarani, Krenak, Kura-Bakairi, Makuxi, Maraguá, Munduruku, Nambikwara, Pira-Tapuia, Potiguara, Sater�-Mauwé, Terena, Tukano, Umutina Xavante e Wapixana.

Para celebrar os 40 anos da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, foi organizado em grande estilo, ao final do primeiro dia do evento, no dia 21 de maio, um encontro entre amigos. O coquetel, realizado no salão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, reuniu cerca de 600 pessoas num

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clima descontra�do, com música e bate-papo, superando todas as expectativas. Sua realização foi poss�vel graças ao apoio do MAM, do Instituto Pró-Livro e das editoras Melhoramentos, Edições SM, Brinque-book, Ática, Global, Cia das Letri-nhas, FTD, Projeto e Paulinas. A festa marcou também o lançamento do novo site da FNLIJ, patrocinado pela Caixa Econômica Federal e pela Petrobras, que, além do layout reformulado, passou a dispor as informações do acervo da biblioteca.

A festa contou com a presença de alguns dos principais nomes da Literatura Infantil e Juvenil do pa�s. A presidente do International Board on Books for Young People (IBBY) Patsy Aldana e o staff internacional da instituição – com representantes do Canadá, Estados Unidos, Su�ça, Irlanda e Cuba – também compareceram ao evento. Era a primeira vez, após a realização do congresso internacional do IBBY no Brasil em 1974, que os representantes do comit� exe-cutivo do IBBY retornavam ao pa�s. A festa também contou com outras presen-ças renomadas internacionais ligadas à Literatura Infantil e Juvenil no mundo: os ilustradores italianos Roberto Innocenti, Francesco Tullio Altan e as escritoras Monserrat del Amo, da Espanha, e Silvia Castrillon, da Colômbia.

Dentre os homenageados da noite, estavam Laura Sandroni e Maria Luiza Barbosa Oliveira, que representaram a categoria das Fundadoras. O IBBY Internacional foi representado por Patricia Aldana (Canadá) e Emilia Gallego (Cuba). Celina Rondon subiu ao palco em nome dos Votantes, enquanto Carlos Augusto Mariani Lacerda representou o grupo dos Conselheiros.

Richard Alves (Global Editora) recebeu a homenagem para a catego-ria dos Editores de LIJ e Mantenedores, papel exercido por Paulo Roberto Rocco (SNEL) e Rosely Boschini (CBL) para as Instituições de Editores de Livros. MinC e FBN foram representados por Adair Rocha e Celia Portella. Ana Paula Pires (Pe-trobras), por sua vez, recebeu os agradecimentos como representante do grupo de Parceiros Empresariais, Institucionais e Governamentais. Coube a Lygia Bojun-ga e Rui de Oliveira as homenagens em nome dos Escritores e dos Ilustradores, respectivamente. Por fim, Maria Celia Barbosa da Silva representou os Funcioná-rios e Colaboradores.

Mais uma vez a marca do Salão foi uma nova versão da logomarca da FNLIJ, mas a novidade deste ano foi a criação, pela programadora visual Christiane Mello, de uma logo especial pelos 40 anos da FNLIJ. Para os 10 anos, foram duas as logomarcas, pois além da citada, a FNLIJ foi presenteada por Zi-raldo com uma logomarca especialmente criada para comemoração de seus 40 anos, assim como ela já havia feito para a comemoração dos 25 anos.

A tradicional doação de livro a cada criança e jovem visitantes do Salão se repetiu nesta edição e, devido ao número inesperado de novos visitante, houve nova compra de livro.

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Foram confeccionados cartazes, tr�s folders: um com a programação do Espaço FNLIJ de Leitura, da Biblioteca FNLIJ/Petrobras e do Espaço Petrobras, um segundo com a programação do 10º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil e um terceiro sobre os destaques do evento, além de galhardetes fixados em postes de diversos bairros do Rio de Janeiro, credenciais, banners, adesivos, certificados.

As exposições organizadas pela FNLIJ foram apresentadas em vários espaços diferentes no Salão. Na entrada, havia a exposição dos livros para doa-ção às crianças e jovens na sa�da do Salão. Na Biblioteca FNLIJ/Petrobras e no Espaço FNLIJ de Leitura, havia uma exposição sobre os convidados estrangeiros. No corredor, seis painéis expunham os livros ganhadores do Pr�mio FNLIJ 2008 – produção 2007. Na praça de alimentação 15 painéis contavam flashes da história da FNLIJ em uma linha do tempo de 1968 a 2008.

Este ano a Petrobras ofereceu a dez instituições, cujos projetos contam com seu apoio, uma verba no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para com-pra de livros. E a Prefeitura do Rio de Janeiro também liberou verba de R$500,00 (quinhentos reais) para que a Secretaria de Educação comprasse livros para as salas de leitura das escolas municipais selecionadas e também para que a Se-cretaria das Culturas comprasse livros para atualização do acervo da bibliotecas municipais. Uma grande novidade foi a substituição dos cupons para compra de livros por um cartão magnético que foi entregue a cada um dos professores e representantes da instituições selecionadas para comprar livros.

Também para a décima edição do Salão, a FNLIJ contratou a Factual Comunicação para divulgar o evento. Foram veiculadas reportagens no Bom Dia Rio e no RJ-TV (na 1ª e na 2ª edições) e no Jornal Nacional, da TV Globo, no programa Sem censura, da TVE, na TV Bandeirantes, no Jornal das dez, da GloboNews, na Record, no Canal Brasil.

Foi exibida no Fantástico, da TV Globo, uma gravação com o ven-cedor do quadro Soletrando, do programa Caldeirão do Hulk diretamente do Salão. A revista Veja Rio e o jornal O Globo deram destaque ao Salão com matérias no Prosa & Verso, na Revista, na Coluna do Ancelmo, na Coluna Gente Boa, no Globo Zona Sul e no Globinho. Também o Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, O Fluminense, Tribuna da Imprensa, Folha Dirigida, O Dia, Extra, Meia Hora, e O Povo noticiaram o evento.

O evento contou com o patroc�nio da Petrobras, por meio de Lei de Incentivos Fiscais, e apoios da Caixa Econômica Federal (CEF), da Prefeitura do Rio de Janeiro – Secretaria Municipal de Edicação, Grupo Suzano – Instituto Ecofuturo, Instituto C&A, Grupo Peixoto de Castro, Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional do Editores (SNEL), Consulado Italiano, Grupo Terna, Abrelivros e editoras participantes do evento.

atividades internacionais

ATIVIdAdES INTERNACIONAIS QuE A FNLIJ dESENVOL-VE COMO SEÇÃO BRASILEIRA dO INTERNATIONAL BOARd ON BOOkS FOR YOuNG PEOPLE – IBBY

A FNLIJ desenvolve atividades internacionais especificamente relacio-nadas à sua condição de seção brasileira do IBBY e também outras atividades que são, na verdade, decorrentes dessa condição. Assim, agruparemos as ativi-dades em dois blocos: atividades como seção brasileira do IBBY e outras ativida-des. Informações detalhadas sobre as atividades do IBBY em outros pa�ses estão dispon�veis no site: www.ibby.org.

* ATIVIdAdES COMO SEÇÃO BRASILEIRA dO IBBY

2.1. Comitê Executivo do IBBYA FNLIJ pode indicar candidatos ao Comit� Executivo.

2.2. Congressos bienais do IBBYA FNLIJ divulga, participa e pode se candidatar a receb�-lo. Em 1974,

foi realizado no Rio de janeiro, o 14º Congresso Internacional do IBBY, o primei-ro fora do Hemisfério Norte.

2.3. Dia Internacional do Livro Infantil – DILI/IBBYA FNLIJ, como seção brasileira do IBBY, traduz e divulga anualmente

a mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil. Publica no seu Notícias do m�s de janeiro a mensagem traduzida, com uma reprodução da ilustração de cada ano. Nos anos de 1984 e 2003, a FNLIJ foi a responsável pela criação da mensagem (texto e ilustração) e pela tradução para os idiomas oficiais do IBBY (ingl�s, franc�s, alemão e espanhol). As escritoras Lygia Bojunga e Ana Maria Machado foram as criadoras das mensagens e os ilustradores Angela Lago e Rafael Fabrice Yockteng Benalcázar foram responsáveis pela ilustração dos anos 1984 e 2003, respectivamente. A lista completa com as mensagens de todos os anos está dispon�vel, para consulta, no site da FNLIJ: www.fnlij.org.br.

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2.4. Prêmio IBBY-ASAHIO pr�mio IBBY-ASAHI é concedido anualmente a um grupo ou institui-

ção que desenvolve atividades de significativa contribuição à promoção da leitura entre crianças e jovens. O pr�mio foi criado pela seção japonesa do IBBY e a FNLIJ, como seção do IBBY, é responsável pela indicação dos candidatos brasileiros, po-dendo ainda indicar ou apoiar indicações de candidatos de outros pa�ses.

2.4.1. FNLIJ Indicada como Programa de Leitura1991: pela Colômbia1996: pela Colômbia e pelo Peru1997: pela Colômbia e pela Costa Rica

2.4.2. Membros Brasileiros do Júri do Prêmio IBBY-ASAHI2002: Elizabeth D`Angelo Serra2004: Elizabeth D`Angelo Serra2005: Elda Nogueira2007: Elda Nogueira

2.4.3. Programas de Leitura brasileiros indicados pela FNLIJ para o Prêmio IBBY-ASAHI2002: Malas De Leitura (Brasil)2004: Malas De Leitura (Brasil)2006: Malas De Leitura (Brasil)

2.4.4. Programas de Leitura de outros países indicados pela FNLIJ para o Prêmio IBBY-ASAHI1988: Banco del Libro Venezuela (Venezuela) – vencedor1989: La Joie par les livres (França)1991: Centro Pedagógico y Cultural Portales (Bolivia)1994: Fundalectura (Colombia)1995: Fundalectura (Colombia) – vencedor1998: Tambogrande siembra lectura (Peru) – vencedor – indicado pelo Brasil, Bolivia e Peru2000: Bunko Project (Mexico) – indicado pela Espanha e apoiado pelo Brasil e Costa Rica

2.5. Júri do Prêmio Hans Christian AndersenDesde 1972, bianualmente, a FNLIJ, como seção do IBBY, indica um

escritor e um ilustrador brasileiros, cuja obra seja merecedora de concorrer ao

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Pr�mio Hans Christian Andersen do IBBY. Além disso, a FNLIJ pode indicar um especialista brasileiro para fazer parte do júri do Pr�mio HCA. Segue a lista dos brasileiros que fizeram parte do júri:

1972: Leonardo Arroyo1974: Ruth Villela Alves de Souza1976: Ruth Villela Alves de Souza1978: Ana Maria Machado1980: Ana Maria Machado1984: Rico Lins1984: Rico Lins1986: Rico Lins1988: Ana Maria Machado – presidente do júri1990: Ana Maria Machado – presidente do júri1994: Maria Antonieta Cunha1996: Maria Antonieta Cunha 2002: Laura Sandroni2004: Laura Sandroni2008: Elda Nogueira (como vice-presidente, representando o presidente do IBBY)

2.6. Lista de Honra do IBBYA cada dois anos, como seção do IBBY, a FNLIJ indica um escritor, um

ilustrador e um tradutor brasileiros, que estejam vivos e que tenham uma obra merecedora de figurar na Lista de Honra do IBBY, uma nomeação internacional, que compreende uma exposição e um catálogo com os livros de todos os pa�ses. A exposição e o catálogo são apresentados no Congresso Bienal do IBBY e na Feira do Livro Infantil de Bolonha. As nomeações da FNLIJ para as Listas de Hon-ra do IBBY estão dispon�veis no site: www.fnlij.org.br.

2.7. Prêmio Hans Christian Andersen do IBBYO Nobel da Literatura Infantil e Juvenil: a FNLIJ indica desde 1970, a

cada dois anos, os candidatos (um escritor e um ilustrador) vivos pelo conjunto da sua obra. Em 1982, a escritora Lygia Bojunga foi a vencedora do Pr�mio HCA do IBBY. Em 2000, foi a vez de a escritora Ana Maria Machado receber o Pr�mio. A lista completa de escritores e ilustradores brasileiros indicados ao HCA está dispon�vel, para consulta, no site: www.fnlij.org.br.

40anosdaFnlIJ 3�3

2.8. Relatórios bienais para o IBBYA FNLIJ envia, a cada dois anos, um relatório sobre todas as atividades

desenvolvidas no per�odo.

* OuTRAS ATIVIdAdES

2.9. Bienal de Ilustrações de Bratislava – BIB – EslováquiaA FNLIJ, como seção brasileira do IBBY, é responsável pela seleção dos

ilustradores brasileiros que apresentam trabalhos para a Bienal de Ilustração de Bra-tislava. Além disso, quando solicitada, a FNLIJ indica um profissional para membro do júri e um ilustrador para participar dos workshops da bienal. A Lista dos ilustradores participantes da BIB está dispon�vel para consulta no site da FNLIJ: www.fnlij.org.br.

2.10. Congresso de Cuba “Para Ler o Século XXI”A FNLIJ divulga e participa desde 1999.

2.11. Exposições de ilustrações e de obras de literatura infantil no exteriorDentre as exposições que a FNLIJ organizou e levou aos exterior,

destacamos:• Brasil! a Bright Blend of Colours – Brasil! uma Brilhante mistura de

Cores! Exposição de 159 ilustrações originais de livros infantis, organizada pela FNLIJ. Acompanhou um catálogo publicado pela Editora Ática, em 1995, quan-do o Brasil foi o pa�s homenageado na Feira do Livro de Bolonha, na Itália. Além disso, foi para Estocolmo (Suécia), Quito (Equador), em 1995; Lisboa (Portugal), em 1996 e Roma (Itália), em 1998.

• o livro para Crianças no Brasil. Exposição de livros infantis e juve-nis, com trabalhos de 24 ilustradores e 36 escritores, além de uma homenagem a Monteiro Lobato, organizada pela FNLIJ e EMC. Catálogo publicado pela Câ-mara Brasileira do Livro – CBL, em 1994, quando o Brasil foi o pa�s homenage-ado na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.

• a imagem do medo na ilustração de livros infantis Brasileiros. Exposição de ilustrações de livros infantis organizada pela FNLIJ para o VIII Salão do Livro Infantil e Juvenil de Pontevedra, Gal�cia, em fevereiro de 2007. Ainda em 2007, foi para Quito (Equador) e, em 2008, foi para Puebla (México).

2.12. Feira do Livro Infantil de Bolonha – ItáliaA FNLIJ organiza a participação brasileira anual, na maior feira de

livros infantis do mundo, desde 1974.

3�4 umImagInárIodelIVroseleIturas

2.13. Outras Feiras de Livros em que o Brasil foi o país homenageadoFrankfurt, em 1994; o Salão do Livro em Paris, em 1998 e Guadala-

jara, em 2001.

2.14. Revista Latino-americana de Literatura Infantil e Juvenil das seções latino-americanas do IBBY

A FNLIJ é a co-editora brasileira (a nº 1 foi publicada com o apoio da Biblioteca Pública Infantil de Belo Horizonte – MG; as de nº 2; 3 e 4 foram publi-cadas com o apoio da Editora Dimensão). As de número 1 e 2 foram publicadas em 1995 e a de número 3 e 4, em 1996. Além desses quatro números, foram publicados mais dez números, que constam do acervo do CEDOP, dispon�veis.

Este livro foi diagramado utilizando as fontes Futura Lt Bt e Humanst521 Bt e impresso pela Gráfica Cromosete, em papel Chamois-bulk 90 g, no quarto trimestre de 2008.

1968 Criação da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ

1969 Primeira

edição do Boletim Informativo da FNLIJ

Primeira marca da FNLIJ

Carta de Jella Lepman, fundadora do International Board on Books for Young People – IBBY, na qual celebra a criação da FNLIJ como Seção Brasileira

trecho da carta:

Zurique, 12 de junho de 1968

Caro Senhor De Pinho,

Que maravilha – minhas mais sinceras congratulações pela fundação da Seção Brasileira do IBBY! Esperamos que frutifi-que uma troca de idéias, sugestões, contatos pessoais e uma cooperação que atenda à nobre proposta: o entendimento internacio-nal pelos livros infantis. Faremos certamen-te todo o possível para o progresso da nossa causa comum.(...)

Edição do Boletim

Informativo da FNLIJ no ano

de 1983

Jella Lepman

Péricles dos Santos Madureira de Pinho, diretor do INEP – Ministério da Cultura

14º Congresso Internacional do IBBY realizado no Hotel Glória, Rio de Janeiro1974

Mesa de abertura do Congresso

Heriberto Schiro, diretor do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe – CERLALC, Leny Werneck, secretária-executiva do Congresso e Niilo Visapää, presidente do IBBY

Congressistas nacionais e internacionais

Cerimônia de entrega do Prêmio Hans

Christian Andersen, no Palácio

Guanabara

Grupo de trabalho do 14º Congresso, com a presença de Ruth Rocha, a terceira a partir da esquerda

A escritora Maria Gripe, da Suécia, e o ilustrador Farshid Mesghali, do Irã, receberam o prêmio HCA das mãos da presidente do júri, Virginia Haviland. O Governador Chagas Freitas discursou ao lado da primeira-dama, Zoé Chagas Freitas.

Presença de Ruth Villela Alves de Souza, uma das fundadoras da FNLIJ, no Congresso

O ilustrador Gian Calvi, autor da ilustração ao lado, criada especialmente para o Congresso

Bibliografia Analítica da Literatura Infantil

1977

Primeira Edição do Prêmio FNLIJ

Primeiro catálogo produzido pela FNLIJ para a Feira de Bolonha

1974

O Rei de Quase-Tudo, de Eliardo França, foi a primeira obra agraciada com o Prê-mio FNLIJ Ofélia Fontes – O Melhor Livro para a Criança.

Selos para os livros premiados

Catálogo produzido para aFeira de Bolonha, em 2000.A ilustração da capa é de autoria de Roger Mello.

1979 2 de abril – Inauguração da Biblioteca Maria Mazzetti, na Fundação Casa de Rui Barbosa

A partir da esquerda: Laura Sandroni, Américo Jacobina Lacombe, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa e Aurélio Buarque de Holanda

Ruth Villela Alves de Souza e

Ofélia Fontes

A partir da esquerda: Alayde Ayer Pimenta da Cunha, Ruth Villela Alves de Souza, Leila Macedo Soares Lobo, Américo Jacobina Lacombe, Laura Sandroni, Rejane Carvalho de França, Ana Eulália Guillon, Glória Pondé e Lúcia Vargas

Publicação do primeiro número do Notícias, jornal da FNLIJ, no Ano Internacional da Criança

1979

1980

A FNLIJ organizou, no Museu da República, com o patrocínio do CERLALC, o 1º Encontro de pes-soas que trabalham com Programas de Incentivo à Leitura, em 1980. Os textos apresentados neste encontro foram publicados no livro A Criança e o Livro: Guia Prático de Estímulo à Leitura, organi-zado por Laura Sandroni e Luiz Raul Machado, publicado pela Editora Ática, em 1986. Também editado em espanhol pelo CERLALC, em 1983.

1981 FNLIJSegunda marca da FNLIJ

Inauguração da Biblioteca Infantil de Brasília Teimosa, Recife, PE.

Mariana Quintanilha Martinez, professora e responsável pela Biblioteca, observa atentamente.

1982

Diploma da Menção Honrosa do Prêmio de Alfabetização da UNESCO, pelo projeto Ciranda de Livros, em 1984

Projeto Ciranda de Livros, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e patrocínio da Hoechst do Brasil

Dois dos quatro displays da Ciranda que formavam uma mini-biblioteca.

Laura Sandroni, Roberto Marinho, Claudio Sonder, presidente da Hoechst do Brasil e José Carlos Barbosa de Oliveira, diretor cultural da Fundação Roberto Marinho, na ocasião da assinatura do convênio

Indicação vitoriosa da escritora Lygia Bojunga para o Prêmio Hans Christian Andersen – IBBY1982

1983

1984

Pesquisa sobre interesses e hábi-tos de leitura, realizada por Carlos Alberto Medina, Maria Luiza Barbosa de Oliveira e Elizabeth Paz de Almeida. Convênio entre a FNLIJ, a Uni-versidade Federal Fluminense – UFF e a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP

Cartaz

comemorativo do DILI – Dia

Internacional do Livro Infantil,

produzido pela FNLIJ e ilustrado por Angela Lago

Realização de projetos de mini-bibliotecas em comunidades carentes, com o apoio de empresas por meio da então recém-criada Lei Sarney

1987

ProjetoViagem da Leitura, para Bibliotecas Públicas, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, patrocinado pela Ripasa S.A. Celulose e Papel

Cartilhas produzidas para o Ministério da Previdência e Assistência Social para o projeto Recriança

Projeto de mini-bibliotecas em hospitais do Ministério da Previdência e Assistência Social

Notícias, impresso com o apoio da Xerox Comércio e Indústria Ltda.

1989Prêmio Estácio de Sá, categoria Literatura, concedido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Prêmio novamente recebido pela FNLIJ, em 2000.

Na foto acima: Eliana Yunes e Elizabeth Serra, na cerimônia de entrega do prêmio

Na foto ao lado: Regina Bilac Pinto, presidente da FNLIJ, recebe o diploma, entre o Governador Anthony Garotinho e a Vice-Govenadora Benedita da Silva.

III Congresso de Literatura Infantil e Juvenil da FNLIJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Mesa de abertura e Anais do Congresso

Lygia Bojunga, Eliane Yunes e Maria Antonieta Cunha

Público participante do Congresso

1991 Apresentação à Fundação Biblioteca Nacional da proposta de criação do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, instituído em 1992, com a sigla PROLER. A pesquisa Por uma Política Nacional de Difusão da Leitura, desenvolvida pela FNLIJ e financiada pela FINEP, foi o ponto de partida desta proposta.

Matéria publicada no Jornal do Brasil em 26/03/91

Marca criada por Ziraldo a pedido da FNLIJ

Biblioteca Infantil da Casa da Leitura, criada

sob orientação da FNLIJ

199325 anos da FNLIJ

1994A FNLIJ é a responsável pela curadoria e organização da exposição e do catálogo de literatura infantil e juvenil para a Feira de Frankfurt, quando o Brasil foi o país homenageado.

As fundadoras da FNLIJ, Ruth Villela Alves de Souza, Maria Luíza Barbosa de Oliveira e Laura Sandroni. Ao fundo, Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ. Ao lado, o Notícias comemorativo da data com a marca criada por Ziraldo.

Acima: os autores brasileiros Rogério Andrade Barbosa, Marilda Castanha e Luiz Raul Machado

Ao lado: a equipe organizadora da exposição e do catálogo, Cláudia de Miranda, Heloísa Alves, Elizabeth Serra e Luiz Raul Machado

1994

Folheto de divulgação do 2º Concurso Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil, realizado em parceria com o PROLER.

1º Concurso Melhores Programas de Incentivo à Leitura para Crianças e Jovens

Gloria Pondé, representante do PROALE/UFF, vencedor do 1º lugar no Concurso e Carlos Augusto Lacerda, Diretor de Comunicações do SNEL

Cerimônia de abertura da exposição 3 autores e 3 ilustradores brasileiros, realizada pela FNLIJ e pela UFRJ, no estande brasileiro da Feira de Bolonha, Itália

Inauguração da Biblioteca Modelo no Instituto de Educação do Rio de Janeiro

1995

Primeira Performance dos Ilustradores realizada no estande da FNLIJ na VIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

Reunião de Votantes da FNLIJ na Biblioteca Modelo do Instituto de Educação – RJ em 1995

Reunião de Votantes da FNLIJ na sede da instituição, em 2004

O Brasil foi o país homenageado na Feira de Bolonha, na Itália, e a FNLIJ foi a responsável pela curadoria e produção da exposição e do catálogo.

1995

1º Seminário de Literatura para Crianças e Jovens no 10º Congresso de Leitura do Brasil – COLE

Embaixador Rubens Ricupero, Francesca Ferrari, diretora da Feira, representante do Ministério da Cultura da Itália, Elizabeth Serra e Marisa Ricupero

Nilma Lacerda apresentou a palestra A resenha da FNLIJ como provocadora de leituras e suas bases teóricas.

Sessão de abertura do 16º COLE, realizado em julho

de 2008. Em primeiro plano, Nilma Lacerda, Elizabeth Serra

e Ferreira Gullar.

1996

No ano de 1995 ocorreu a primeira participação da FNLIJ no Seminário Ibero-Americano de Literatura para Crianças e Jovens, que, em 1997 passou a se chamar Lectura para Leer el XXI. A FNLIJ esteve presente em todas as edições posteriores.

Emília Gallego, presidente do IBBY de Cuba, Elizabeth Serra, Embaixador Tilden Santiago, Cícero Sandroni e Patricia Aldana, presidente do IBBY do Canadá, presentes no Lectura para Leer el XXI, 2003.

Exposição Jardim Secreto, da 33ª Feira de Bolonha, apresentada no Brasil com o apoio da Editora Bloch

Prêmio Jabuti – Amigo do Livro, da Câmara Brasileira do Livro19

97

Elizabeth Serra e os ilustradores brasileiros, Mariana Massarani, Roger Mello, Guto Lins, Graça Lima, Gerson Conforti e Ivan Zigg com os ilustradores Carmem Sole (Espanha), David Mckee (Inglaterra), Max Velthuijs (Holanda) e Roberto Innocenti (Itália)

1997

O projeto Ateliê do Artista – em parceria com a EMC – Empresa de Marketing Cultural e patrocínio do jornal O Dia, atendeu, durante três anos, às crianças das escolas da Rede Municipal do Rio de Janeiro. Todas as crianças ganhavam um livro autografado pelo autor.

Rogério Andrade Barbosa

Bia Hetzel

Roseana Murray

1998

30 anos da FNLIJ

anos

1968 - 1998

Capa do caderno “Mulher”, do Jornal do Brasil, de 29 de agosto de 1998

1999

Representantes da FNLIJ e dos Governos Federal e Estadual do Rio de Janeiro, no almoço de apresentação do projeto

Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE/Ministério da Educação – Seleção de livros feita pela FNLIJ

Criação do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens1999

Marca do 1º Salão FNLIJ criada por Moema Cavalcanti

Ministro Paulo Renato, Regina Bilac Pinto e Elizabeth Serra, durante a cerimônia de abertura do 1º Salão FNLIJ

Regina Bilac Pinto, presidente

da FNLIJ, Alfredo Weiszflog

e Propício Machado Alves,

ex-presidentes da FNLIJ

Sônia Mograbi, Secretária Municipal de Educação, Paulo Rocco e Ziraldo

A partir da esquerda: Ruth Rocha e Lygia

Bojunga

A partir da esquerda: Bartolomeu Campos de Queirós e Ana

Maria Machado

Abaixo, a partir da esquerda: Marina Colasanti e Eliardo e Mary França

Eva Furnari e Angela Lago Rogério Andrade Barbosa Ziraldo

Acima: Rui de Oliveira e Rosinha Campos. Ao lado: homenagem a Sylvia Orthof

Distribuição de Livros: toda criança ganha um livro na saída do Salão.

As convidadas alemãs: Renate Raecke, especialista, e Jutta Bauer, ilustradora

Helena Torres, coordenadora do Salón de Libro de Pontevedra, Xosé Neira Cruz, do IBBY da Galícia, Elizabeth Serra, Ana Maria Machado e Rui de Oliveira

À esquerda, as convidadas suecas Annika Thor, Cristina Björk, Johanna Hellsing, Helena Vermcrantz, e, ao centro, Lygia Bojunga. À direita, Nora Lampert, Margareta Winberg, Embaixadora da Suécia, Louise Anderson, Consulesa Honorária da Suécia e Elizabeth Serra.

Os ilustradores italianos Roberto Innocenti e Francesco Tullio Altan

Cássio Potiguara, Luciano Mutina, Gilberto Makuxi e Olívio Jekupé no 5º Encontro de Autores Indígenas

Indicação vitoriosa de Ana Maria Machado para o Prêmio Hans Christian Andersen

2000

Elizabeth Serra recebendo do Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a Medalha da Ordem do Mérito Cultural

27º Congresso do IBBY em Cartagena das Índias, Colômbia

No alto: Laura Sandroni, Elizabeth Serra, Angela Lago, Elda Nogueira, Rosinha Campos e Annete Baldi

Na foto ao lado: Maraney Freire, Ninfa Parreiras, Margaret Meek (Inglaterra), Elizabeth

Serra e Elda Nogueira

28º Congresso do IBBY na Basiléia, Suíça

Grupo brasileiro participante do Congresso

Entrega da Medalha Tiradentes pelo Deputado Federal Délio Leal, realizada durante o 3º Salão FNLIJ

Da esquerda para a direita: Laura Sandroni, Regina Bilac Pinto, Elizabeth Serra e Marcos da Veiga Pereira

2001

1º contrato com o Instituto Ecofuturo, da Cia. Suzano Papel e Celulose, para execução do projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso – BCLP, com a instalação de 10 unidadess

2001

2004O escritor Daniel Munduruku recebendo o certificado do Prêmio FNLIJ Ofélia Fontes – O Melhor Livro para a Criança – das mãos de Roberto Feith, membro do Conselho Curador da FNLIJ

Maraney Freire (FNLIJ), Liane Muniz (Ecofuturo), João Miguel Barbosa (BCLP – São Paulo), Marcilio José Lemos (BCLP – São Paulo), Christine Fontelles (Ecofuturo), Elizabeth Serra e Darcy Almeida Melo (BCLP – Maranhão)

1ª Bienal do Livro Infanto-Juvenil de Nova Iguaçu, organizada pela FNLIJ para a Prefeitura deste município, com a presença, ao centro, do prefeito Lindberg Farias

2005

1º Curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores para 900 professores da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro 20

06

Notícias, edição comemorativa dos 30 anos do Prêmio FNLIJ Ofélia Fontes. Impresso a cores pela PricewaterhouseCoopers

O Circo das Letras, primeiro filhote do Salão FNLIJ,

realizado em Fortaleza, pelo

Bossa Studio

2006

1º Natal com Leituras na Biblioteca Nacional realizado em parceria com a Fundação Biblioteca Nacional e com o apoio do Instituto C&A

Célia Portella, Marina Colasanti, Eduardo Portella, Ana Maria Machado e Elizabeth Serra

Muniz Sodré e Tite Delamare, diretora da ONG Esquina do Livro, apoiada pelo Instituto C&A

Primeiro ano em que a FNLIJ participa do Momento Literário de Barra Mansa – RJ, promovido pela prefeitura dessa cidade

2007

Laura Sandroni recebendo o título de Membro Honorário do IBBY, em Bolonha

1º Encontro de Editores de Literatura Infantil e Juvenil – LIJ, promovido em parceria com o Instituto Cultural Austregésilo de Athayde – ICAA

Homenagem a Regina Yolanda durante o 9º Seminário FNLIJ

Lourdinha, da Editora Leitura, Laura Sandroni, Lenice Bueno, da Editora Moderna, e Daniela Cajueiro, da Editora Nova Fronteira

Luiz Antonio Aguiar, Rogério Andrade Barbosa, Anna Claudia Ramos, Mauricio Veneza, Regina Yolanda Werneck, Rui de Oliveira e Laura Sandroni

Biblioteca da FNLIJ e criação do portal da FNLIJ, patrocinado, na primeira fase, pelo Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais e, na segunda fase, pela Petrobras

2007

Seminário Prazer em Ler, em parceria com o Instituto C&A, em São Paulo

Ana Cristina Medeiros (RN);

Paulo Castro, presidente do

Instituto C&A; Gisela Zincone,

presidente da FNLIJ; Regina

Célia Lico Suzuki (SP)

Festa de 40 anos da FNLIJ2008

Marca comemorativa dos 40 anos da FNLIJ criada por Ziraldo

Gisela Zincone, presidente da FNLIJ

Maria Luiza Barbosa de Oliveira, Ísis Valéria, Laura Sandroni e Elizabeth Serra

Representantes do IBBY – Leena Maissen (Suíça), Ellis Vance (USA), Emilia Gallego (Cuba), Patricia Aldana (Canadá), Elda Nogueira (Brasil) e, ao fundo, Siobhán Parkinson (Irlanda) e Liz Page (Suíça)

Convidados presentes à festa dos 40 anos da FNLIJ, realizada no MAM – RJ.

Funcionários e colaboradores da FNLIJ, em maio de 2008

Maria Célia Barbosa, representando os funcionários da FNLIJ, na entrega do certificado