tzvetan todorov. o espirito das luzes . apontamentos

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Tzvetan Todorov- O espirito das luzes. O livro dividido em 8 sees onde o autor tenta abordar o Iluminismo partindo de uma ideia central como por exemplo laicidade, autonomia e verdade sendo que em cada seo ele aborda cada ideia central e de como o iluminismo influenciou estas ideais. Sees: 1. O projeto; 2. Rejeies e desvios; 3. Autonomia; 4. Laicidade; 5. Verdade; 6. Humanidade; universalidade; As Luzes e a Europa.

1. O Projeto: Nesta primeira parte da obra o autor vai descrever o que foi o projeto iluminista suas ideias principais, seus pensadores e os desvios que alguns deram as ideias ilustradas. O projeto iluminista muito difcil de defini-lo em sua integridade e essa indefinio se deve a dois aspectos principais: a) As luzes so uma mistura de vrios elementos; (Empirismo, racionalismo,\Medievo, antiguidade). b) O pensamento era conduzido por vrios indivduos.Sendo assim as Luzes foi uma poca de debate e no de consenso de ideais. Apesar de todos os embates e dos conflitos no campo das ideais comprovasse que existiu de fato um projeto iluminista e este se baseava em trs aspectos principais: a) A autonomia: temos uma obedincia as leis fsicas e no mais aos dogmas; separao do poder temporal do espiritual; autonomia do conhecimento; a diferena entre cime e pecado (Becarria). b) A finalidade humana dos nossos atos: humanismo; a busca da felicidade substitui a da salvao; direitos inalienveis; humanidade universal. c) A universalidade: a busca de uma ideia de universalidade; os direitos universais do homem. Os iluministas tinham um forte otimismo no progresso cientifico e este ideal foi posto por terra pelo exemplo cruel das duas grandes guerras, no entanto este ideal iluminista de progresso foi at Marx e Hegel no sculo XIX. Mas a humanidade no caminha rumo ao progresso, a histria no tem um cumprimento de um objetivo. Portanto o projeto iluminista foi fundado tendo em comum os trs aspectos em comum o que lhe caracterizou enquanto u projeto de ideias e mudanas.

2. Rejeies e desvios: Nesta arte da obra autor traz as criticas e desvios que o Iluminismo sofre ao longo do curso da histria. Desde sempre As Luzes foi vitima de duras criticas por parte daqueles que pensavam diferentes e teciam suas criticas. Mas o autor adverte que essas criticas no eram feitas As Luzes realmente mas as suas caricaturas que eram distores das ideais mestras do Iluminismo, ento temos assim os desvios. O autor faz uma refutao dos desvios onde ele replica cada desvio demonstrando o lado real sem distores ou desvios. Os desvios: I. Viso de progresso linear: esse uma das principais acusaes do iluminismo, mas o autor adverte que a histria feita de autos e baixos e que os iluministas j tinham essa ideia. II. Justificativa para o colonialismo: este desvio vem da ideia de que o iluminismo pregava a ideia de um estado universal na sua concepo de universalidade o que teria aberto espao para os processos de colonizao, as esta ideia erronia pois segundo o autor o colonialismo atendia uma demanda nacional de busca de novos horizontes econmicos. III. Os totalitarismos do sculo XX: com o abandono do dogma religioso e a busca de uma razo pautada pelo homem teria culminado nos regimes totalitrios do sculo XX pois a razo humana desconhecia seus limites e o homem era quem ditava o que era certo ou errado. Este argumento facilmente derrubado j que existe uma diferena grande entre estado democrtico, sem os dogmas religiosos e uma busca da igualdade e da liberdade dos homens, de um estado totalitrio que oprime os homens e busca a exaltao de uma ideologia politica. Portanto o autor faz esse embate entre as criticas que o iluminismo recebeu que teria sido sobre sua caricatura e traz o que realmente foi o pensamento iluminista.

3. Autonomia: O espirito das luzes est na sua adeso a autonomia j dizia o filosofo alemo I.Kant, a mxima de pensar por si mesmo as Luzes. O Iluminismo tinha na autonomia seu principal fundamento pois os homens agora podem e deveriam pensar por si mesmo o que implicava em uma atitude critica. Seguindo o pensamento Iluminista tudo passvel de critica, mas no tem como negar a tradio por completo. Duas Fontes do poder real: I. o rei tem seu poder herdado de Deus, um representante de Deus na terra. II. A fonte do poder est no povo, que concede este poder ao prncipe que deve bem governar. Rousseau: o poder de origem humana e confiado a um prncipe e que o povo pode tirar a qualquer momento (vontade geral). A razo pode servir tanto ao bem quanto ao mau e depende de cada um conduzir a razo ao seu lugar correto. A autonomia no significa uma auto-suficiencia, os seres humanos necessitam de uma interao uns com os outros. O desvio de Sade: segundo pensava Sade os seres humanos buscavam a auto-suficiecia como uma forma de melhor viver. No somente o estado que pode privar os indivduos de suas liberdades individuais, existem interesses particulares que sobrepe o Estado e da mesma forma pode privar o individuo de sua liberdade: Soberania dos estados Globalizao econmica

O ceticismo generalizado e a derriso sistemtica s tem aparncia de sabedoria; desviando o espirito das Luzes, cria um forte obstculo a sua ao. (p. 62).

4. Laicidade: Laicidade

Poder espiritual Poder temporal

Um poder sempre tentar entrar no domnio do outro poder o que gera um conflito, e isso ocorreu no embate entre poder temporal e espiritual. O estado quis usar o poder espiritual a seu servio o que teria uma plenitude dos dois poderes sendo um submisso ao outro (sesaropapiro). Da mesma forma a igreja quis impor o seu projeto e controlar o poder temporal. Na Idade mdia os dois poderes tem uma convivncia de certo modo harmoniosa o que faz com que os indivduos busque qualquer tipo de autonomia. A reforma Protestante: dar um folego maior nessa busca de autonomia do pensar de cada individuo particular, qualquer um poderia questionar os telogos e por que no at Papa pois a interpretao das Escrituras era uma ao individual. Uma terceira via de poder, frente o poder temporal e o espiritual, Religio poltica: os homens afastam o poder espiritual dos assuntos de estado, mas o substitui pregando um culto as instituies do Estado, nesse sentido o estado prega o que os homens devem ou no crer. J no ps-Primeira Guerra vemos surgir vrias religies polticas: nazismo, comunismo e fascismo. Essas religies politica abolem o poder espiritual que poderia funcionar como um moderador dentro nas esferas de poder. Nos regimes totalitrios a laicidade rejeitada e a sociedade submetida ao Estado. O sagrado no est ausente nem da esfera pessoal de uma sociedade secular nem de sua esfera legal. Quanto a esfera publica, no est dominada nem por um sagrado, nem condenada ao caos das opinies contraditrias; ela pode ser reguladas por mximas que pertencem ao consenso geral. . (p. 80).