tutorial googleanalytics webdesign
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Google AnalyticsTRANSCRIPT
O objetivo desse tutorial é mostrar como você pode
usar uma ótima ferramenta para mensurar acessos e
performance do seu site e/ou campanhas, sem pagar
por isso. Vamos mostrar passo a passo como você
utilizar o Google Analytics e tirar o melhor proveito
dessa ferramenta.
Antes de falar de uma ferramenta específica, vou
explicar resumidamente a importância das métricas para
o mercado de internet. Inclusive, o principal argumento
que você pode usar na defesa de ações de marketing
digital, é que você pode mensurar o retorno de suas
campanhas on-line.
Enquanto no mundo off-line você não sabe quem
foi impactado em uma revista, ou viu um anúncio de
TV e comprou seu produto impulsionado por esse
tipo de propaganda, na internet você consegue saber
exatamente quantas visitas teve seu site, de onde elas
vieram, se foi de busca orgânica ou link patrocinado
em algum buscador, se foi de um e-mail marketing ou
banner em algum veículo segmentado. É possível saber
o comportamento da navegação de seu usuário e propor
melhoras, baseado nessas análises.
A importância dos indicadores de performance
Os indicadores de performance ou desempenho,
também conhecidos como KPI’s, são importantes
no planejamento de webanalytics. Eles servem para
determinar se as suas ações de marketing na internet
vão bem ou mal.
Cada tipo de projeto pode e deve ter indicadores
de performance específicos, ou seja, se você tem um
blog, os indicadores desse blog podem ser a taxa de
permanência, número de comentários por post, fontes
de tráfego diferente, ou seja, ter um número grande
de páginas na web apontando um link para o seu blog.
Acessos vindos de busca orgânica versus acesso diretos.
Já em um e-commerce, seus indicadores de
performance seriam números de pedidos, ticket
médio, faturamento, bounce rate (taxa de rejeição) e
página de saída. Numa campanha de mídia on-line, os
indicadores de performance poderiam ser: números de
Google Analytics - Parte 1/6Google Analytics - Parte 1/6Criando a sua primeira contaCriando a sua primeira conta
Por Gustavo LoureiroTrabalha com webanalytics desde a época em que hits era um bom indicador de performance. É membro do IAB Brasil e mantém um blog sobre marketing, negócios e empreendedorismo, o Marketeando (www.marketeando.com.br).
62 :: Webdesign
impressões, cliques, CTR (click-through rate) e ROI. Se
estiver falando em anúncios de links patrocinados, os
indicadores podem ser outros.
Resumindo: para cada necessidade, você precisa
definir os indicadores de performance diferentes. Não
adianta determinar, por exemplo, que taxa de rejeição
é importante em qualquer projeto, pois um site pode
ter realmente taxa de rejeição como um indicador de
performance, mas um blog já não precisa considerar,
pois blogs normalmente tem post’s curtos e na primeira
página, e isso faz com que o usuário leia e vá embora,
ou seja, seu blog pode ter uma taxa de rejeição alta,
mas isso não é ruim ou o fim do mundo.
Weblogs versus Tags Javascript
- Weblogs: desde que web é web, usamos weblogs
como fonte de coleta de dados inicial. Inicialmente,
eles foram criados para verificar os erros gerados em
servidores web e aos poucos passaram por melhorias,
para atender as áreas de webanalytics e marketing das
empresas. Eles são o único mecanismo de captura de
dados que irão capturar e armazenar os visitantes e o
comportamento dos robôs do mecanismo de pesquisa
em seu website. O grande problema é que esses logs
não são ideais para captura de informações comerciais e
de marketing.
- Tags Javascript: atualmente, a maioria dos
fornecedores de webanalytics usa tags javascript para
coletar dados. Com elas, conseguimos coletar mais
dados e com mais precisão. A inclusão desse código
é simples e em poucos minutos você pode ter muitos
relatórios e dados para análise.
Além de weblogs e tags javascript, existiram,
durante um tempo, os web beacons. São aquelas imagens
transparentes 1x1 pixel, dentro de uma TAG HTML <img
src=”...” />. Essas imagens transparentes geralmente são
hospedadas em um servidor de terceiros.
Sobre o Google Analytics
O GA (Google Analytics) é uma ferramenta muito
poderosa para análise de performance dos seus
projetos web. Falo projetos web, pois com o Google
64 :: Webdesign64 :: Webdesign
Analytics, você pode analisar a performance do seu
site, campanhas de publicidade on-line tradicional (full
banner, super banner, sky) e links patrocinados, tanto no
Google Adwords (http://adwords.google.com.br) quanto
no Yahoo Search Marketing (http://searchmarketing.
yahoo.com/pt_BR).
O primeiro detalhe importante para criar a sua
primeira conta no GA é ter uma conta no Google. Duvido
muito que você não tenha uma no Gmail. Nesse caso,
você não terá muitas dificuldades!
Assim que você acessar o endereço www.google.
com.br/analytics, a página de entrada vai pedir seu e-mail
no Gmail, e sua senha. Como estou partindo do princípio
que é a sua primeira tentativa de criação de uma conta, o
site vai mostrar a seguinte tela:
Clique em inscreva-se e, no próximo passo, escolha
que site você deseja monitorar. Para isso, você deve
preencher as seguintes informações:
- URL do site: digite a URL completa (com http://) do
site que deseja monitorar;
- Nome da conta: digite o nome da conta (pode ser o
nome do site);
- País ou território do fuso horário: aqui você
(acredito, na maioria das vezes) vai colocar Brasil;
- Fuso horário: escolha o melhor fuso horário (mais
próximo de onde você se encontra).
Clicando em continuar, você vai preencher algumas
informações pessoais.
No próximo passo, você vai para o termo de
aceita. Leia atentamente esse termo para não criar
expectativas erradas com relação
a essa ferramenta/serviço/solução.
Depois de aceitar os termos de condição,
será iniciada a etapa final dessa primeira
fase, que é a criação da conta e a instalação do
código de monitoramento.
Hoje, o código de monitoramento usado pelo GA é
o que denominamos TAG. Você deve colocá-lo dentro da
sua página HTML. Na própria página de instalação, você
vai verificar que o Google pede que você insira esse
código antes do </body> no código de sua página.
Veja na imagem que, dentro do código da TAG
do GA, temos um código UA-XXXX-X que o software
gera. Esse código é seu e deve ser usado no seu site.
Enquanto você não instalar o código de monitoramento
na sua página HTML, ele mostra que o status é
desconhecido. Veja um exemplo de código dentro de
uma página HTML (o código abaixo é o código antigo).
O Google Analytics costuma atualizar os seus
relatórios a cada 24 horas. Isso significa que, depois da
instalação do código de monitoramento pela primeira
vez, normalmente leva 24 horas para que os dados sejam
exibidos em sua conta. Na prática, o Google leva menos
tempo para reconhecer seu código instalado e, caso isso
não aconteça, verifique qualquer possibilidade de erro
nessa instalação.
Caso você esteja fazendo isso pela primeira vez,
minha sugestão é que faça um teste primeiro em um
blog ou em um site simples. Caso não tenha um blog,
crie um no próprio Blogger (https://www.blogger.com/
start) para testar todas essas etapas. Na segunda parte
deste tutorial, vamos aprender como usar o gerenciador
de usuários e filtros. Até lá!
Na edição passada, fizemos uma introdução sobre
a importância dos indicadores de performance ou
desempenho, as diferenças nos processos de mensuração
através de Weblogs e Tags Javascript e o uso gratuito do
Google Analytics (www.google.com.br/analytics).
Como vimos, após criar uma conta, é fundamental
inserir um código de monitoramento em cada página do
seu site para que o Google Analytics comece a mensurar
os dados de acessos pelos ambientes.
Na segunda parte deste tutorial, vamos analisar
outra característica na etapa inicial de configuração da
ferramenta, que envolve a criação de perfis de sites.
Por que essa funcionalidade é importante?
Nem sempre a melhor forma de análise é usar o
relatório de um domínio principal. Isso porque, em
alguns projetos, um domínio pode ter vários sites
“pendurados” nele.
Para exemplificar esta situação, vamos recorrer a
um exemplo caseiro: o site da Arteccom. No domínio
www.arteccom.com.br, temos o site do Encontro de
Webdesign (EWD), da Revista Webdesign, do Fórum
Internacional de Design e Tecnologia Digital (FIND), do
Concurso Peixe Grande, entre outros.
Assim, cada um desses sites pode ter um perfil
diferente configurado no Google Analytics. Ao fazer
isso, a tarefa de analisar projetos com objetivos tão
diferentes será extremamente facilitada.
Gerenciando o processo
Antes de analisarmos a etapa de adição de novos
perfis no Google Analytics, é importante destacar que
Google Analytics - Parte 2/6Criando perfi s de sites
Por Gustavo LoureiroTrabalha com webanalytics desde a época em que hits era um bom indicador de performance. É membro do IAB Brasil e mantém um blog sobre marketing, negócios e empreendedorismo, o Marketeando (www.marketeando.com.br).
62 :: Webdesign
a ferramenta oferece algumas opções interessantes no
gerenciamento do processo de mensuração dos dados:
- Gerenciador de usuário: pode ser usado para criar
acessos aos relatórios para várias pessoas. Você pode
inserir usuários como administradores somente com a
possibilidade de visualizar relatórios.
- Gerador de filtros: serve para, por exemplo,
desabilitar os IP’s de sua empresa ou até mesmo
desabilitar o acesso feito por alguma URL específica.
Adicionando novos perfis
Agora, veremos como é possível adicionar novos
perfis de sites dentro da sua conta no Google Analytics.
Na imagem acima, por exemplo, você estaria
configurando um perfil para visualizar a performance
exclusivamente do site do Encontro de Webdesign.
Na próxima imagem, temos um exemplo de conta
na ferramenta com vários perfis para os vários sites do
Instituto Infnet:
Assim, é possível trabalhar com relatórios de
análise para cada um dos perfis criados: o site
institucional, o hotsite do marketing digital, o site dos
cursos de graduação e pós-graduação e da newsletter
mensal (InfnetNews).
64 :: Webdesign
A s s i n e j á : w w w . r e v i s t a w e b d e s i g n . c o m . b r
64 :: Webdesign
Conclusão
Se você estiver configurando um relatório pela
primeira vez, provavelmente não será necessário
criar mais que um perfil. No mundo de Webanalytics,
lembre-se que o importante é configurar a ferramenta
para as suas necessidades.
Se você não precisa de muitos perfis, não crie
perfis desnecessários. Caso queira fazer algumas
experiências, mais uma vez a dica é criar um blog e
usá-lo como laboratório.
Na próxima edição, aprofundaremos nossos
conhecimentos sobre o Google Analytics, analisando a
configuração de metas e funil. Até a próxima!
Livro gratuito sobre Webanalytics
Quem procura material de consulta sobre métricas na
web, uma boa introdução sobre o assunto está presente no
e-book “Webanalytics: uma visão brasileira”, organizado
por Ruy Carneiro, com a participação de vários profissionais
brasileiros envolvidos com a lista de discussão “Web
Analytics Brasil” (http://tinyurl.com/lista-metricas). Gustavo
Loureiro, autor do nosso tutorial sobre Google Analytics,
marca presença nesta obra, com a apresentação de um artigo
sobre testes A/B.
Sobre o perfil para atuar neste segmento, na introdução
do livro, Cris Rothier, sócia-diretora de mídia da Lov e
presidente do comitê de métricas da IAB-Brasil, ressalta que
“é preciso muita expertise e conhecimento em resultados,
por isso o profissional de métricas, que não é um auditor de
terno e gravata enfurnado em uma pilha de documentos com
35 anos de experiência, mas sim um especialista moderno,
jovem, bilíngüe, com MBA, que analisa, pesquisa e é muito
bem-informado e que tem uma ótima formação profissional
já é muito disputado pelo mercado”. O livro está disponível
gratuitamente, no seguinte endereço: http://tinyurl.com/livro-
metricas. Boa leitura!
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Agora que já sabemos organizar os vários perfis do
nosso site, vamos aprender a criar os filtros básicos e
disponibilizar acesso a outros usuários.
Falamos por alto no texto anterior, mas nessa
parte, vou mostrar com prints de tela, pois acredito
que fique mais fácil.
Para criar acesso aos relatórios do Google
Analytics através de sua conta, você deve selecionar
a opção “Gerenciador de usuários”, como vemos na
imagem abaixo:
Depois de clicar em “Gerenciador de usuários”, você
vai para a próxima tela, onde é possível visualizar quantas
pessoas já podem acessar esses relatórios:
Clique na opção “Adicionar Usuário” e você vai para
uma nova tela onde a brincadeira realmente acontece!
Google Analytics - Parte 3/6Gerenciador de acesso e fi ltrosGerenciador de acesso e fi ltros
tutoorriaalPor Gustavo LoureiroTrabalha com webanalytics desde a época em que hits era um bom indicador de performance e mantém um blog sobre marketing, negócios e empreendedorismo, o Marketeando (www.marketeando.com.br).
62 :: Webdesign
A imagem anterior mostra que você deve inserir
um endereço de e-mail válido para o Google Analytics.
Depois, você determina o tipo de acesso que esse
usuário vai ter e por último você escolhe que site vai
ficar na sua conta.
Caso você selecione a opção “Administrador”, não
será preciso dizer quais perfis o usuário vai ter acesso,
pois como administrador, o usuário tem acesso a todos
os perfis da conta.
Se você decidir usar o “Visualizar relatório” apenas,
aí você precisa escolher o perfil e clicar em “Adicionar”,
do lado esquerdo para o direito, como mostra a tela
anterior. Por último, clique em “Salvar alterações” e um
novo usuário poderá acessar os relatórios do seu site.
Para “Gerenciar Filtros”, você deve usar o link como
na imagem abaixo:
Os dois principais filtros que podem ser criados (e
que já ajudam bastante) são os filtros para excluir tráfego
de um endereço web e de um endereço de IP. Muitas
vezes, você deseja desconsiderar o acesso de um site
parceiro ou até mesmo deseja desconsiderar o IP da
empresa onde trabalha.
A seguir, você poderá ver as duas formas de
configuração.
64 :: Webdesign64 :: Webdesign
Na imagem anterior, temos a tela onde é possível
fazer a exclusão de um endereço de IP.
Na imagem acima, vimos um exemplo de como
configurar a exclusão de todo o tráfego de um domínio. As
duas opções são ótimas e por mais que pareçam básicas,
tem muita empresa por aí que não faz essa configuração.
Ou seja, os números não têm precisão. Vendo
um relatório assim, você pode até achar que está
indo bem, mas no fundo está muito mal com relação à
performance do seu site.
Bom, a parte bem básica sobre uso de Google
Analytics já está praticamente finalizada. Na próxima
edição, vamos aprofundar um pouco mais no aprendizado
de funil de compra, configuração de metas e também
vamos começar a aprender a mensurar nossas campanhas
de banners, com a ferramenta “Criador de URL”, e de links
patrocinados com a ferramenta de “Acompanhamento de
conversões”. Até lá!
64 :: Webdesign64 :: Webdesign
Vou deixar para a parte final deste tutorial a explicação sobre funil, pois acho que o assunto é uma das melhores formas de tomar decisões com relação a conversões no seu site. Nesta edição, vamos falar sobre o criador de URL do Google.
Imagine que você trabalhe numa empresa e deseja fazer uma propaganda num site segmentado para o público-alvo de seu negócio. Dependendo do site onde você for fazer o anúncio, esse veículo coloca o banner para rodar em um AdServer.
O AdServer é basicamente um sistema que gerencia todos os banners que vão aparecer no veículo. No mercado, temos alguns bons fornecedores: a Predicta possui o Predicta Maestro; a ÚNICA possui o Atlas; e o Google - não tem muito tempo - comprou a Double Click e com isso adquiriu o DART (famoso AdServer usado por vários veículos no Brasil). Algumas empresas representam o DART. No Rio de Janeiro, você tem a Hi-midia, mas acredito que existam outras. Além disso, há outros fornecedores de AdServer.
A forma de cobrança dessas ferramentas é por CPM. Veja um exemplo: você vai colocar um banner no UOL (webventure) e o veículo (UOL) promete entregar 250 mil impressões desse formato. No caso do UOL, eles já usam o DART, da Double Click, mas caso você não queira acreditar nos números dos veículos, embora eles sejam auditados, você pode contratar outra tecnologia para gerenciar essa peça.
No caso, usando o Maestro ou o Atlas como solução, você pode ter mais controle de suas campanhas e, na maioria das vezes, ainda recebe uma grande ajuda de profissionais de mídia dentro dessas empresas. Algo como uma consultoria. Mas como a Predicta e a ÚNICA cobrariam por isso?
Normalmente, essas empresas cobram um CPM extra. Imagine que o UOL cobrou um valor de 25,00 por CPM. Ou seja, a cada mil impressões de seu banner, o UOL cobra o valor de 25,00. O fornecedor de AdServer cobraria um valor extra para cada CPM gerenciado. O valor real depende da relação que você tem com a empresa, mas gira em torno de R$ 0,35 e 0,50. Dependendo da negociação, você consegue pagar até menos. Sim, eu também não acreditei quando recebi uma proposta a primeira vez que precisei de um serviço como esse. O que mais me assusta é que tem muito anunciante
Google Analytics - Parte 4/6Criador de URLsCriador de URLs
tutoorriaalPor Gustavo LoureiroTrabalha com webanalytics desde a época em que hits era um bom indicador de performance e mantém um blog sobre marketing, negócios e empreendedorismo, o Marketeando (www.marketeando.com.br).
“mão de vaca” que não quer pagar esses centavos para ter mais controle de sua campanha.
No exemplo anterior, se os fornecedores citados cobrassem 0,50 para gerenciar sua peça, isso significaria pagar 6.250,00 (250 x 25) ao UOL e mais 125,00 ao fornecedor de AdServer. Se você pretende trabalhar com um AdServer - e eu acho “economia porca” não usar -, o ideal é entrar em contato com os fornecedores e negociar com eles, ok? Abaixo, vemos um print de tela do DART, da Double Click, para um super banner veiculado no Webinsider.
Acima, os números de um dia de campanha e abaixo um relatório mais voltado para os anúncios, que lá fora eles chamam de criatives.
Repare que, dos três banners que estão sendo veiculados, somente um teve clique. Os outros até apresentaram impressão, mas não tiveram cliques. Caso a empresa onde você trabalhe não queira usar um AdServer, você pode acompanhar o número de cliques de seus banners usando, por exemplo, o criador de URLs do Google (http://tinyurl.com/6znun9).
Os links de campanha consistem em um endereço
URL, seguido de um ponto de interrogação e das
variáveis de sua campanha.
64 :: Webdesign
A imagem anterior mostra a página onde você pode
gerar URLs personalizadas para suas campanhas. Na
etapa 1, em “URL do site”, você escreve a URL normal do
site ou hotsite da campanha. Ou melhor. Você escreve a
URL da página de destino (landing page).
Na etapa 2, você preenche com a origem da
campanha (pode usar o nome do veículo nesse item),
mídia da campanha (aqui você pode dizer qual o formato
do anúncio), termo da campanha (aqui, caso esteja usando
link patrocinados, você pode identifi car as palavras-chave),
conteúdo da campanha (esse é um bom ponto para
fazer teste A/B para seus anúncios) e no último, nome da
campanha, você pode escrever o nome da sua campanha
para depois fazer a análise no Google Analytics.
Depois de preencher todas essas informações, ou
as informações que você achar mais importantes, você
deve clicar no botão “Gerar URL”, na etapa 3. Veja o print
abaixo com os dados preenchidos, como se fosse fazer
um acompanhamento de um banner do Encontro de TI no
site TIMaster.
A URL completa fica assim: http://www.
encontrodeti.com.br/site/?utm_source=timaster&utm_
medium=superbanner&utm_content=bannera&utm_
campaign=eventodeti.
Você pode usar essa ferramenta/URL gerada
em qualquer tipo de campanha. De banner a links
patrocinados e, inclusive, pode usar também para ações
de mídias sociais, mas tome cuidado: no Orkut, por
exemplo, você precisaria colocar essa URL demonstrada
acima visível e muitos usuários poderiam achar que é um
vírus e não clicariam no seu link.
Mas a pergunta que você deve estar fazendo é:
como esses resultados aparecem nos relatórios do Google
Analytics? Você deve ir em “visitantes”, “fontes de tráfego”
e depois clicar em “campanhas”. Ao lado, vão aparecer as
informações de performance das suas campanhas, sejam
elas campanhas de banner, links patrocinados ou outro
formato que você esteja mensurando.
Repare no item “dimensões”, pois ali você pode fazer
análise pelos outros itens inseridos na URL que você gerou.
Veja que, no exemplo acima, eu selecionei uma análise
por conteúdo do anúncio e o relatório mostrado é outro.
Se você deseja fazer um acompanhamento mais
detalhado e consistente, use o AdServer, mas caso não
consiga convencer os gestores de sua empresa a investir em
um, essa opção pode judar a mensurar campanhas on-line.
Outro bom uso dessas URLs é quando você estiver
fazendo anúncios no Yahoo Search Marketing ou
UOL Link. Você pode ter um relatório comparativo de
performance de três dos principais players de Sponsored
Links no Brasil.
Caso use os dois (AdServer e Ferramenta de URLs),
pelo amor de deus, não compare os números do AdServer
com os números do Google Analytics! Ou, pior ainda: não
compare performance de banner com performance de
links patrocinados. São formatos diferentes e, com isso,
os objetivos também são diferentes.
Além disso, de maneira geral, não devemos
comparar duas ferramentas de web analytics. Essas
ferramentas são softwares, sistemas, e cada um é
implementado de uma forma, ou seja, é bem provável
que os números sejam diferentes. Se você não quiser ficar
maluco, escolha a melhor solução para a sua empresa e
depois analise os números só por ferramenta que você
escolheu, ok?
Outra dica importante é que o Google não dá
suporte ao Google Analytics, mas ele indica empresas
no Brasil que são parceiras e que podem oferecer essa
consultoria a quem interessar (eu indico). No Brasil,
temos a Cadastra, a MídiaClick e a Mídia Digital. A lista
completa está disponível em: http://tinyurl.com/suporte-
parceiros. Até o próximo artigo!
tutorial :: 65
62 :: Webdesign
Como essa série está chegando ao final, antes de falar da importância de saber analisar os dados/relatórios para tomar decisões, vou explicar como trabalhar com metas e analisar um funil de conversão.
A grande maioria dos sites possui objetivos e quando você consegue alcançar um, pode dizer que alcançou uma meta. É comum também que os sites tenham muitos objetivos. Sendo assim, você poderia ter várias metas.
Bom, em se tratando de Google Analytics, você só pode trabalhar com quatro metas por perfil. O que é suficiente para a grande maioria dos projetos na web. Projetos maiores, como os sites de e-commerce, podem precisar de mais que quatro metas.
Para configurar metas no Google Analytics, a primeira questão importante é definir o que você deseja como objetivo. Seu site é um e-commerce e você tem como objetivo a venda de produtos? Seu site é um site de conteúdo e seu objetivo é o cadastro? Seu site é de uma promoção e seu objetivo é que ele tenha muitas indicações para amigos?
Todos os exemplos acima podem ser considerados metas de um site. Você pode trabalhar com várias metas, pois pode ter uma meta de cadastro e uma meta de vendas ao mesmo tempo. Ou determinar de que
parte do site você quer acompanhar a compra feita pelo usuário do seu site. Ou seja, você quer saber se o usuário está comprando de uma vitrine, está entrando diretamente na página do produto ou se está comprando da página principal. Veja o caso da imagem ao lado.
Essa imagem é um exemplo não real que simula etapas de uma compra em uma loja virtual. O funil, nesse caso, serve justamente para auxiliar o profissional de web
Google Analytics - Parte 5/6Metas e funil de conversãoMetas e funil de conversão
tutoorriaalPor Gustavo LoureiroProfessor e responsável pelas ações de marketing digital do Instituto Infnet. É um dos autores do e-book “web analytics: uma visão brasileira”, membro da web analytics association e mantém um blog sobre marketing, negócios e empreendedorismo, o Marketeando.
analytics a verificar onde possivelmente os usuários estão desistindo da compra.
Às vezes, o usuário desiste porque o preço com o frete fica mais alto do que ele estava disposto a pagar; ou desiste porque a página de produto não tem uma boa descrição do produto. Assim, com a análise do funil, você pode verificar onde está perdendo suas vendas ou seus cadastros.
Um exemplo, agora mais real, foi o formulário criado para a pré-inscrição no curso de Marketing Digital do Infnet. Esse site é, na verdade, um suporte para as aulas. Como precisávamos demonstrar de verdade, no módulo de métricas do curso, como deveria ser a configuração de uma meta e como poderia ser feita a análise de um funil, criamos um formulário de inscrição, onde o aluno que deseja fazer o curso possa efetuar seu cadastro.
Como se trata de um formulário de pré-inscrição, precisamos de muitas informações do interessado, pois ele realmente vai fazer uma pré-matrícula no hotsite. Minha meta é que o usuário faça o cadastro e só considero que o cadastro foi feito quando ele chega à página http://tinyurl.com/conclusao-ifnet. Ou seja, se ele chegar nessa URL, eu atingi minha meta de pré-inscrição.
O grande desafio da meta é que, antes da página de conclusão.aspx ou obrigado.aspx, o usuário tem duas etapas que precisa passar. A primeira é a página inicial de cadastro (faça sua reserva), onde ele vai
colocar suas informações pessoais. Veja o formulário:Além do formulário
de cadastro ser longo, o valor da formação está exposto e mesmo que o aluno veja a possibilidade de parcelamento, ele pode perder o interesse em preencher o cadastro até o fi m. Caso preencha o
62 :: Webdesign
primeiro cadastro, ele vai para uma segunda etapa, onde vai informar que é o pagante do curso. Veja a imagem anterior:
Caso ele mesmo seja o pagante, existe um checkbox
que preenche os dados desse usuário novamente para
que ele não precise preencher tudo de novo. Não tenho
dúvida que esse processo é cansativo e vou mostrar
agora como o funil mostra o comportamento dos usuários
quando chega à página “faça a sua reserva”, no hotsite
da “Formação em Marketing Digital no Infnet”.
Pedi um relatório do dia 15 de setembro de 2007
até o dia 15 de outubro de 2008. Isso mostra como as
pessoas que acessaram o site se comportaram quando
passaram por essa página:
Repare que, em aproximadamente um ano de
hotsite no ar, das 2.555 pessoas que entraram na página
de reserva, somente 110 foram em frente. Para ajudar na
melhora dessa taxa de conversão, podemos usar o teste
A/B. Com esse teste, podemos simular uma versão de
página com preço e outra sem preço, entre outras coisas.
Caso você se interesse em aprofundar seus
conhecimentos sobre teste A/B, leia o livro “web analytics:
uma visão brasileira” (http://tinyurl.com/livro-metricas),
pois lá tem um capítulo falando mais sobre esse assunto.
Ok, mas como configurar as metas ou Goals no
Google Analytics? Primeiramente, vá em “configurações
do perfil” e lá você tem o item “metas de conversão e
funil”. Repare que você tem G1, G2, G3 e G4. O G é de
Goal, que traduzindo seria a meta ou objetivo que você
pretende atingir. Veja que, na figura anterior, existe uma
meta configurada em G1.
Clicando em editar, repare que vai aparecer a
seguinte tela:
Assim que confi gurar a meta, o ideal é que você deixe
essa meta ativa. Na opção de correspondências, você tem
três tipos e a exata é a mais simples de se trabalhar.
A correspondência por título e expressões regulares
é usada em sites com conteúdo dinâmico, onde as URLs
também são geradas dinamicamente. Sendo assim, você
pode pegar parte comum da URL em correspondência
por título e trabalhar com a mais complexa de todas as
correspondências, que seria a correspondência com uso
de expressões regulares. O ideal é pedir ajuda ao pessoal
de TI de sua empresa, caso você seja um profissional de
marketing e precise configurar sua página com uso de
expressões regulares, ok?
Em seguida, você preenche o nome da meta. Pode
ser: venda, cadastro, inscrição, lead e assim por diante.
Caso sua meta tenha um valor, o ideal é cadastrar um
valor para sua meta. Mesmo que seja um cadastro, você
pode colocar simbolicamente que cada cadastro vale 1.
Como você cadastrou a URL da meta, ou seja, algo como
muitoobrigado.html, agora você precisa dizer ao Google
Analytics por quais páginas esse usuário vai passar para
atingir seu objetivo.
Repare que esse funil tem duas etapas apenas e a
página de objetivo. No próximo artigo, vamos falar sobre
os principais indicadores de resultados de cada relatório
do Google Analytics e como eles podem nos ajudar.
tutorial :: 63
Chegamos ao último texto dessa série e vou fechar
não só com o Google Analytics, como falando também de
web analytics de uma maneira geral.
Os textos anteriores tinham um foco mais técnico:
criação de usuários, filtros, funil de conversão, entre
outros. Mas quem normalmente usa o Google Analytics
quer justamente analisar os números. Então, é importante
falar de algumas métricas básicas e principalmente falar
na importância de se criar uma cultura de web analytics na
empresa onde você trabalha.
O Google Analytics tem uma grande quantidade de
relatórios, com várias métricas que você pode usar para
tomar decisões sobre o futuro do seu site, campanha, ou
negócio. Temos essas métricas divididas em visitantes,
fontes de tráfego, conteúdo e metas. Se o seu site tem
uma versão e-commerce, você ainda teria outra opção.
Na última versão do Google Analytics, existe a
possibilidade de gerar relatórios personalizados e
segmentos avançados. No ETI (www.encontrodeti.com.
br), realizado em novembro de 2008, fi z uma apresentação
sobre Google Analytics com foco em campanhas de
marketing digital, e-mail marketing, links patrocinados, SEO
e até ações em mídias sociais. Muitas dessas informações
você consegue no relatório de fontes de tráfego.
Google Analytics - Parte 6/6Gran FinaleGran Finale
tutoorriaalPor Gustavo LoureiroTrabalha com webanalytics desde a época em que hits era um bom indicador de performance e mantém um blog sobre marketing, negócios e empreendedorismo, o Marketeando (www.marketeando.com.br).
62 :: Webdesign
Além da visão geral, você tem números de tráfego
direto, sites de referência, mecanismos de pesquisa, onde,
por exemplo, você consegue saber quem acessa seu site e
por qual mecanismo de pesquisa esse acesso é feito.
Na fi gura acima, temos um relatório que mostra não
só quantos acessos eu tive do Orkut, como revela também
de onde foi feito esse acesso no Orkut. Então, você sabe
quem acessou o seu site vindo por scrap, quem veio por um
link em comunidade, quem venho por testemunho e quem
clicou no seu site em algum profi le.
Nesse exemplo, você pode decidir investir mais em
ações junto a moderadores de comunidades ou em ações
agressivas junto ao seu público-alvo, através de scrapbook.
64 :: Webdesign64 :: Webdesign
Na imagem acima, temos um relatório mostrando a
performance da versão do anúncio. Eu posso visualizar a
performance pelo conteúdo do anúncio ou posso também
visualizar por campanha, como na imagem abaixo.
Bom, além do Google Analytics, existem outros
fornecedores de soluções em métricas para campanhas
e websites. Certifica, Predicta, Omniture e WebTrends
são alguns deles. Todos são muito bons e são pagos. A
primeira pergunta que acho que você vai querer fazer é:
por que pagar por uma ferramenta de web analytics se o
Google Analytics é grátis?
Isso é uma grande vantagem
quando o seu site não exige
relatórios muito customizados.
Agora, se você trabalha em uma
empresa que precisa de mais profundidade
nas análises, você só encontra isso em
ferramentas como Predicta (www.predicta.com.br),
Omniture (www.omniture.com/en/), WebTrends (www.
webtrends.com.br/), por exemplo.
Além de pagar pela customização de relatórios,
você também paga pela consultoria, ou seja, a
Predicta não vai simplesmente instalar um código de
acompanhamento no seu site e apresentar relatórios
com números. Normalmente, você tem profissionais
que fazem treinamentos e ajudam com orientações nas
tomadas de decisão.
Se você quiser uma opinião sobre como contratar
um fornecedor de web analytics, tem um artigo meu
sobre esse assunto no Webinsider (http://tinyurl.com/
contratar-fornecedor).
Espero que nesses textos eu tenha passado, acima
de tudo, uma visão imparcial sobre o mercado de web
analytics e principalmente sobre uma ótima ferramenta
que é o Google Analytics.
Quem procura por mais informações, existe no
YouTube (www.youtube.com/user/googlebrasil) um
canal com vários vídeos de treinamentos dos próprios
funcionários do Google e claro que ninguém melhor do
que eles para falar sobre seus produtos, certo?
O Google Analytics é como um remédio tarja
preta. Se você não sabe usar, ele vai causar vários
problemas para você e seu negócio. Se você usar
da maneira certa, ele ajuda e muito na melhora da
performance de vendas e de campanhas de marketing
on-line. Abraços e sucesso a todos!