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Cabeamento e Infraestrutura de Redes Este tutorial tem como objetivo principal compartilhar as experiências profissionais em projetos relacionados a Infra-estrutura de Redes de Computadores e Voz. Sérgio Luiz Miranda da Silva Graduado em Redes de Computadores pela UniCarioca no Rio de Janeiro, Especialização em Análise de Sistemas pela FESP, com Certificações em Infra-estrutura e Telecomunicações pela ORTRONICS, BICSI e TELEMAR. Professor do Sistema FIRJAN/SENAI em Telecomunicações, Redes e Informática, Consultor de Telecomunicações Corporativas, especialista em Redes e Infra-estrutura para convergência. Sua experiência em Telecomunicações foi adquirida coordenando equipes em BANCOS, EMPREITEIRAS, OPERADORAS DE TELECOMUNICAÇÕES e INTERENT DATA CENTERS. Email: [email protected] Categoria: Infraestrutura para Telecomunicações Nível: Introdutório Enfoque: Técnico Duração: 15 minutos Publicado em: 31/01/2005 1

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  • Cabeamento e Infraestrutura de Redes Este tutorial tem como objetivo principal compartilhar as experincias profissionais em projetos relacionadosa Infra-estrutura de Redes de Computadores e Voz.

    Srgio Luiz Miranda da Silva Graduado em Redes de Computadores pela UniCarioca no Rio de Janeiro, Especializao em Anlise deSistemas pela FESP, com Certificaes em Infra-estrutura e Telecomunicaes pela ORTRONICS, BICSI eTELEMAR. Professor do Sistema FIRJAN/SENAI em Telecomunicaes, Redes e Informtica, Consultor deTelecomunicaes Corporativas, especialista em Redes e Infra-estrutura para convergncia. Sua experincia em Telecomunicaes foi adquirida coordenando equipes em BANCOS, EMPREITEIRAS,OPERADORAS DE TELECOMUNICAES e INTERENT DATA CENTERS. Email: [email protected]

    Categoria: Infraestrutura para Telecomunicaes

    Nvel: Introdutrio Enfoque: Tcnico

    Durao: 15 minutos Publicado em: 31/01/2005

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  • Cabeamento e Infraestrutura: Introduo Este trabalho tem como objetivo principal compartilhar as experincias profissionais em projetosrelacionados a Infra-estrutura de Redes de Computadores e Voz, comentando as normas aplicveis esugerindo procedimentos saudveis a boa utilizao dos recursos de TI empregados em infra-estrutura e notem a pretenso de ser apresentado como um curso de Cabeamento de redes. Vimos encontrando uma boa concorrncia entre as Empreiteiras de Infra-estrutura, porm sabido que seutilizando das normas existentes, pouca diferena podemos encontrar nos servios propostos, desta forma omaior diferencial encontrado hoje em dia o fator atendimento, obedincia as normas aplicveis, garantiaestendida (em geral dada por Fabricantes) e o cumprimento de prazos e preos acordados (planejamento). Em geral, as empresas no "gostam" de investir em obras de infra-estrutura, a maioria dos recursosdisponibilizados em TI no contemplam a parte de cabeamento. Ledo engano, pois j est mais do queprovado tcnico e economicamente que infra-estrutura de redes (cabeamento) o MENOR peso doinvestimento e em contra partida o MAIOR funil de defeitos de uma rede de Telecomunicaes. Hoje, entretanto temos percebido um aumento do percentual de verba disponibilizadas pelos CEO's parareestruturao de redes no que se refere a cabeamento e infra-estrutura, desta forma, a melhor escolha ainda a otimizao dos recursos investidos, aplicando-se as normas adotadas internacionalmente, tais comoANSI/TIA/EIA 568 B / ANSI/TIA/EIA 569 / ANSI/TIA/EIA 606 / ANSI/TIA/EIA 607, j que ainda notemos efetivamente uma norma Brasileira que atenda a todas as caractersticas necessrias para aimplantao de um projeto fsico e lgico na rea de redes. Sugiro ainda que sejam aplicados profissionaisespecializados para tratamento de cada evento do projeto, como Civil, lgica e eltrica.

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  • Cabeamento e Infraestrutura: Premissas para Instalao em Redes Corporativas Introduo Neste documento veremos os conceitos para estabelecer as premissas necessrias para a elaborao deprojetos e implantao de redes de cabeamento estruturado para prdios comerciais e tomou como base asnormas relacionadas a ANSI/TIA/EIA 568-B / 569 A / 606 e 607. A filosofia na qual est baseada este sistema pressupe que o mesmo ter flexibilidade suficiente para quesejam instalados ou remanejados pontos dentro do ambiente sem que haja necessidade de passagem de cabosadicionais; porm em alguns casos onde o escopo no for uma rede estruturada, podero ser necessriasreadequaes de cabos dentro dos ambientes corporativos. O rack de rede corporativa deve comportar o SERVIDOR da LAN, os ROTEADORES/SWITCHESnecessrios e o sistema de TELEFONIA. Uma vez que o referido rack deve concentrar todos os pontos que esto distribudos no escritrio e nas salasde equipamento, as manobras necessrias tanto para instalao de novos pontos quanto para substituio deoutros, so realizadas facilmente atravs de jumpers com Patch cords. Adicionalmente, neste ponto, tambm podem ser gerenciados os sistemas de Rede de acesso ( WAN ) egerncia de energia (no-breack). Premissas Baseando-se nas normas ANSI/TIA/EIA e OSI, vamos considerar em projetos de cabeamento, umaespecificao tecnolgica que contemple no mnimo 10 (Dez) anos sem sofrer alteraes em infra-estrutura. Como no h uma definio da utilizao de cada ponto de uma rede, devemos assumir que todos os pontosso passveis de trafegar dados para a rede de dados, com uma capacidade de transmisso para atingir ou sersuperior a 1 Gbit/s. Assim, todo o cabeamento a ser utilizado deve ser Cat5e ou superior com terminaesem conector modular de 8 vias do tipo 8P8C. Os pontos cabeados at um Patch panela (painel de conexes) dentro do rack da rede corporativa, vindadiretamente dos pontos do escritrio / sala de equipamentos, estaro concentrados nos Patch panelashorizontais (malha de cabeamento horizontal). Assim, qualquer manobra necessria ser realizada a partirdeste Patch panela. Tambm devem estar terminados em Patch panel todos os cabos de telefonia, sejam eles provenientes da rua(provenientes da facilidade de entrada - Shaft ou DG) ou de um PABX. Este Patch panel ser chamado dePatch panel de voz. Os pontos de dados (ou seja, da LAN ), devem ser distribudos a partir de um SWITCH, instalado dentro dorack e fixada atravs de abas laterais, nos planos do bastidor padro 19". Este SWITCH deve estarconectado ao SERVIDOR e este por sua vez a rede corporativa.

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  • Cabeamento e Infraestrutura: Conceitos Bsicos Ate para entender as Normas aplicadas em infra-estrutura de redes, temos que saber reconhecer o que umcdigo e o que um padro de fato. Cdigos: Os cdigos fazem parte dos cdigos de eletricidade, cdigos de edifcios, cdigos contra-incencdioe tantos outros cdigos de segurana. O propsito dos cdigos, em geral, proteger as pessoas epropriedades de perigos e assegurar a qualidade de uma construo, porm no asseguram o funcionamentoperfeito do sistema. Padres: O propsito de um padro assegurar um nvel mnimo de desempenho. Padres so estabelecidoscomo a base para quantificar, comparar, medir ou julgar: Capacidade, quantidade, contedo, extenso, valor,qualidade e etc. As normas de para um sistema de cabeamento de redes, como ANSI/TIA/EIA 568 B / 569 A / 606 e 607,definem as seguintes premissas:

    Sub-sistema de distribuio secundria,Sub-sistema de distribuio primria,rea de trabalho,Salas de telecomunicaes,Salas de equipamentos,Instalao de entrada (Facilidade de entrada),Testes e certificaes,Administrao do cabeamento,Aterramento.

    Vamos comentar cada uma dessas premissas, porm no darei enfase na parte eltrica (Aterramento), poisessa rea dever ser tratada por profissionais da rea de eletrotcnica. Da veremos a importncia devincular as normas e padres Internacionais as nossas realidades. Sub-sistema de distribuio secundria Esse sub-sistema consiste em dois (2) elementos bsicos - Os caminhos e espaos e o sub-sistema decabeamento secundrio, que o cabeamento horizontal (tambm conhecido como malha horizontal), ouseja, a infra-estrutura e o cabeamento utilizado para alimentar a malha de cabos que conecta as estaes detrabalho (voz e dados). Esses sub-sistema prev:

    Pontos de telecomunicaesCabos reconhecidos

    Tipos de cabos reconhecidos Dimetro tpico

    UTP ou ScTP (FTP) 4-pares / 100 W 3.6 mm at 6.3 mm

    Cabos com 2 F.O monomodo ou multimodo 2.8 mm ou 4.6 mm

    STP 4-pares / 100 W 7.9 mm a 11 mm

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  • Categoria / desempenho Definio

    Categoria 3 At 16 Mhz

    Categoria 5 At 100 Mhz

    Categoria 5e At 100 Mhz

    Categoria 6 At 250 Mhz

    Categoria 7 At 600 Mhz

    Fibras pticas LB mnima = 160 a 500 Mhz

    Conexes para transio de cabos,Blocos de conexo cruzada (ou Patch panel),Jumpers ou cordes de manobra (ou Patch cords),Conectores reconhecidos.

    Conectores metlicos Conectores pticos

    8P8C (RJ45)Conector SC / ST / FC / ESCON /FDDI / ST Duplex / SC Duplex

    * utilizao de tcnica deconectorizao T-568-A e T-568-B

    Tcnicas de conectorizao de cabos de par-tranado metlico

    Tcnica T-568 APino

    CorTcnica T-568 BPino

    Cor

    1 Branco / Verde 1 Branco / Laranja

    2 Verde 2 Laranja

    3 Branco / Laranja 3 Branco / Verde

    4 Azul 4 Azul

    5 Branco / Azul 5 Branco / Azul

    6 Laranja 6 Verde

    7 Branco / Marrom 7 Branco / Marrom

    8 Marrom 8 Marrom

    A norma tambm prev uma sub-diviso do sub-sistema secundrio, para distinguir sub-sistemas SEM ouCOM cordes ou jumpers de manobra (Patch cords) para equipamentos, chamados de Enlace e Canal. Enlace

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  • Canal

    Sub-sistema de distribuio primria Esse sistema considera a parte que fornece uma conexo entre as salas de equipamentos / salas detelecomunicaes e instalaes de entrada. Um sistema primrio normalmente fornece:

    Conexes dentro de edifcios, como entre pisos/andares (backbone intra-edifcio); Conexes, entre edifcios, em ambientes parecidos com um campus (backbone inter-edifcios).

    Esse sub-sistema prev:

    Caminhos de cabos: Shaft, condutes, canal de distribuio, penetraes no piso ou fendas. Salas de equipamentos: reas onde os sistemas de telecomunicaes esto armazenados econectados ao sistema de cabeamento. Salas de telecomunicaes: reas ou localizaes que contm equipamentos detelecomunicaes para conectar o cabeamento secundrio ao sistema primrio. Instalaes de entrada de servios de telecomunicaes: Uma rea ou localizao onde oscabos da planta externa entram em um edifcio. Meios de transmisso: Os cabos reconhecidos so: F.O multimodo 62.5/125 m m e 50/125 m m Par tranado 100 W Cabo coaxial 50/75 W (p/CFTV)

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  • (*) Topologia em estrela para cabeamento principal e secundrio (backbone).

    rea de trabalho As reas de trabalho so aqueles espaos em uma edificao onde ficam os usurios finais e que interagemcom os equipamentos de TI e Telecomunicaes. As reas de trabalho contemplam:

    Telefones (STFC e VoIP) Modems Terminais Impressoras FAX Computadores

    (*) Nas reas de trabalho, a norma ANSI/TIA/EIA 568 B prev a seguinte caracterstica de instalao detomadas de telecomunicaes (outlets).

    Salas de Telecomunicaes

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  • As salas de telecomunicaes so geralmente considerados espaos reservados para atender determinadopiso de um edifcio, fornecendo o ponto de conexo entre os caminhos de distribuio primrios esecundrios. Um projeto de uma sala de telecomunicaes depende de:

    Tamanho da edificao (considerar uma (1) sala para cada 1000m2 de piso til atendido) Espao de piso atendido (lembre-se - a malha horizontal no pode passar de 90m) Necessidade dos ocupantes Servio de telecomunicaes utilizados Necessidades futuras (expanso)

    Sala de Equipamentos uma sala que tem a finalidade de fornecer espao e de manter um ambiente operacional adequado paragrandes equipamentos de comunicao e/ou computadores. Elas devem prover:

    Contm terminaes, interconexes e conexes cruzadas para cabos de distribuio detelecomunicaes Incluem o espao de trabalho para o pessoal de telecomunicaes So constitudas e dispostas de acordo com requisitos rigorosos devido a natureza, ao custo,ao tamanho e a complexidade do equipamento envolvido. o ambiente que prove a operao dos equipamentos ativos, tais como: Servidores,Mainframes, PABX, No-breaks e etc.

    OBS.: Sugere-se o seguinte padro de ambiente para refrigerao para salas de equipamentos:

    Temperatura = 18 a 24 C Umidade relativa = 30 a 55 % Dissipao de cabos = 750 at 5000 BTUs/h/gabinetes Iluminao uniforme = 500 lux medido a 1m do cho

    Instalao de Entrada Esse ponto do sub-sistema deve prover:

    Acesso aos provedores de servio de telecomunicaes Distribuio do backbone (Intra-edifcio e inter-edifcios) Acesso a sistemas de automao predial Acesso a sistemas de CFTV

    Sugere-se que toda distribuio e acesso a uma facilidade de entrada devem ser dual (duplicadas) para seobter redundncia. Testes e Certificaes O procedimento de teste fator crtico para assegurar a integridade completa e satisfatria de desempenhodo sistema de cabeamento, um teste apropriado prove:

    Maximizar a longevidade do sistema Minimizar as paradas e manutenes Facilita as atualizaes do sistema e reconfiguraes

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  • Os testes requeridos para cabos de cobre so:

    Continuidade: Um teste de continuidade determina se os condutores individuais nocabeamento esto corretamente conectados. Loop de resistncia em CC: a resistncia do cabo condutor com a extremidade oposta aocabeamento em teste. Comprimento: Determina o comprimento eltrico do cabo, pelo mtodo de reflexo nodomnio do tempo (TDR), ou seja, calcula o tempo que um pulso leva para ir at o final e voltar(demora pela ida e volta).

    Comprimento = NVP x (atraso pela ida e volta) x C / 2 Onde:

    C = Velocidade da luz m/sNVP = Velocidade nominal de propagao, expressada como uma frao da velocidade da luz. Propagation delay / delay skew (Atraso na propagao / desvio no atraso): o atrasonecessrio para o sinal viajar pelo cabo, considera tambm a diferena entre o par mais rpido eo mais curto do cabo. Atenuao: a perda na potncia / energia do sinal, enquanto o sinal viaja no cabo. Para aatenuao, quanto menor a perda em dB, melhor o desempenho do cabo. Perda de retorno: a relao da tenso refletida e a tenso incidente. E esse resultado usado como indicador da uniformidade da impedincia do cabo. NEXT (Near end crosstalk): A perda NEXT uma medida de um acoplamento de sinal entrequaisquer dois (2) pares ao longo do comprimento de um cabo, medida na extremidade prxima. ELFEXT (Equal level far-end crosstalk): a relao expressa em dB, de um sinal atenuadosobre um par medido na extremidade mais distante. ACR (Attenuation to crosstalk ratio): a diferena calculada entre a atenuao e as medidasde crosstalk para o cabo de par tranado. Testes de rudo: Rudo externo pode contribuir para a degradao do desempenho sobrequalquer sistema de transmisso (com a exceo da F.O).

    Os testes requeridos para cabos coaxiais so: O cabeamento coaxial usado em aplicaes BROADBAND (banda larga), tais como: CFTV e CATV. Ocabo coaxial um meio de baixa impedancia, 50 ou 75 W , com uma nica via de transmisso e requisitamos seguintes testes:

    Loop Impedancia Comprimento Atenuao Rudo

    Os testes requeridos para cabos de F.O so:

    Atenuao: a perda de potncia ptica medida em dB. As propriedades fsicas das emendasde F.O, conectores, adaptadores e switches contribuem para a atenuao total do sistema.

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  • Largura de banda ptica: a medida da capacidade de transporte de informao no sistemade cabeamento e dependente da qualidade e do comprimento da fibra. Teste de comprimento: O comprimento da F.O em geral, medido atravs de um OTDR(Optical time domain reflectometer).

    Administrao do Cabeamento Um sistema de administrao efetivo em telecomunicaes e TI crucial para uma operao eficiente emanuteno da infra-estrutura e equipamentos em uma rede. Porm um processo muito complexo, destaforma, vamos nos ater somente ao cdigo de cores para identificao da infra-estrutura e algumas sugestesdobre controle.

    Cdigo de cores (Norma ANSI/TIA/EIA 606)

    COR Ambiente que identifica

    LaranjaPonto de demarcao (terminao do escritrio central efacilidades de entrada)

    Verde Conexo de rede (equipamentos de rede e auxiliares)

    Violeta Equipamentos comuns (PABX, LAN, MUX entre outros...)

    Branco Backbone (Primeiro nvel)

    Cinza Backbone (Segundo nvel)

    Azul Cabo secundrio (HC)

    Marrom Backbone (Inter-edifcios)

    Amarelo Miscelneas (Auxiliares, alarmes, segurana e etc...)

    Vermelho(Pontos reserva (tambm usado em sistemas telefnicoschaveados (KS)

    Aterramento e vinculaes ao terra A parte de Aterramento e vinculao ao terra deve ser realizada por profissionais capacitados tecnicamenteno segmento eletrotcnico, pois qualquer distrbio nesses tipo de instalao alm de danificar equipamentose instalaes, colocam em risco a vido dos ocupantes da instalao. A norma ANSI/TIA/EIA 607 sugerealguns segmentos que devem ser descritos em uma infra-estrutura, tais como:

    Terra para equipamentos de CA Condutor de vinculao Condutor de eletrodo de aterramento Sistema primrio de vinculao para telecomunicaes Condutor de vinculao interconectando o sistema primrio de vinculao paratelecomunicaes Barramento de aterramento para telecomunicaes Barramento principal de aterramento de telecomunicaes

    Obs.: No se esquecendo que todo esse aterramento de telecomunicaes deve ser vinculado ao

    aterramento do edifico para no dar diferena de potencial.

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  • Outro detalhe importante que deve ser lembrado no projeto, em relao a tubulaes metlicas de descidade cabeamento de antenas por exemplo, que devem ser aterrados sempre, assim como eletrocalhas emambientes de distribuio de malha de piso.

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  • Cabeamento e Infraestrutura: Redes Corporativas Agora que j vimos um bsico sobre infra-estrutura de redes, podemos nos aventurar em uma especificaomodelo para REDES Corporativas: Rack O rack de rede corporativa deve ser instalado, com a finalidade de concentrar os diversos equipamentos ecabos que possuem ligao entre si. Este rack deve ter as seguintes especificaes, quando utilizados emescritrios de pequeno porte. Para escritrios de grande porte, com distribuio de pessoas e estaes de trabalho em diversos andares,deve ser utilizado rack estrutural padro de 19" instalados em cada andar. Nestes racks devem ser instaladosos Patch panels e os SWITCHS/ROTEADORES, onde sero realizados as terminaes de cabos LAN vindosdas estaes de trabalho, cabos de pares de telefonia e cordes pticos para conexo SERVIDOR/SWITCH. Nestes racks devero conter organizadores horizontais, sendo um (1) para cada Patch panel ou equipamentoativo da rede e organizadores verticais (ARGOLAS), sendo um (1) a cada 30 cm distribudas pelo perfiladodo rack em ambos os lados. Switches/Roteadores O Switch/Roteador tem como finalidade tornar possvel a comunicao entre as estaes de trabalho(Micros da rede) de uma mesma rede ou de segmentos de redes diferentes. Para cada tipo de aplicao, ser definido um Switch/Roteador que melhor atenda as especificaes daqueladeterminada situao. Interconectar a rede de cabeamento estruturado aos diversos equipamentos do sistema atravs dePatch cords deve prover as seguintes caractersticas tcnicas obrigatrias:

    Patch panel modular de 19" totalmente compatvel com cabeamento UTP (Unshilded TwistedPair) Cat5e ou Cat6 seguindo as normas ANSI/TIA/EIA 568B em todos os aspectos (caractersticaseltricas, mecnicas e outras) Modelo de 24 portas, modulares de 8 vias e 8 posies (RJ45) fmea na parte frontalseparados em conjunto com conexo traseira do tipo IDC 110 Dever possibilitar, sem problemas, a operao a taxas de transmisso superiores a 1 Gbit/s.

    Patch Cord Usados tanto para a rea do TR "Telecommunication Room" (Sala de telecomunicaes) como para rea detrabalho "WA" - Patch cords so os cabos de cross-connect utilizados para a interligao entre os diversosequipamentos do sistema de uma rede estruturada. So utilizados para facilitar as manobras necessrias tantona instalao de novos pontos na rede, como para substituio de pontos j existentes. E devero seguir as seguintes especificaes - Patch cord flexvel Cat5e ou Cat6, 24 AWG 8P8Cmacho/macho confeccionado em fbrica e testado/certificado conforme norma ANSI/TIA/EIA 568B (Obs.:Devem ser manufaturados, devido a caractersticas eltricas do meio, j que o mtodo de teste reflexo do

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  • sinal e desta forma, qualquer segmento superior a 12 m causar erro e valores de medio distorcidos). Caractersticas tcnicas obrigatrias:

    Conectores modulares de 8 posies do tipo 8P8C (RJ45) em ambas as extremidades Condutores de cobre multifilares de 24 AWG, com caractersticas eltricas e mecnicasmnimas compatveis com os padres Cat5e ou Cat6 (dependendo do padro adotado) Capa de PVC com marcao de comprimento indelvel Dever necessariamente ser conectorizado, testado e certificado em fbrica Dever possuir capa para o conector 8P8C (RJ45) para evitar que o cabo UTP faa curvairregular, com proteo de trava do conector (As capas devem ser removveis e em coresvariveis)

    Possibilitar a identificao alfanumrica atravs de etiqueta acoplada a capa do conector8P8C (RJ45).Obs.: No so admitidos Patch cords confeccionados em campo devido a falta de certificaodo produto.

    Comprimento O comprimento dos Patch cords podem variar de 1 m a 6 m dependendo da conexo que iro atender, edevero ser utilizados de forma a garantir alm da performance de funcionamento, garantir a arrumao dorack. VI) Outlet connector ("tomadinha") - Tomada modular de 8 posies, com contatos do tipo IDC na partetraseira e conector 8P8C (RJ45) fmea na parte frontal para conexo de conectores RJ45 e/ou RJ11 machos. Caractersticas tcnicas obrigatrias:

    Conectores IDC com caractersticas eltricas e mecnicas mnimas compatveis com ospadres para Cat5e e Cat6 (testados at 500 Mhz) Um mesmo mdulo dever permitir sua utilizao em espelhos (faceplates), caixas de pisoaparentes (surface mount box), caixas de piso metlicas embutidas ou Patch panels modulares. Testado pelo mtodo PowerSum at 500 Mhz O mdulo dever possuir opes variadas de cores para escolha da mais adequada Dever possuir janela auto-retrtil com um cone de identificao (Voz ou Dados),manufaturados em material plstico colorido, para proteo contra poeira. A janela dever serum acessrio separado fisicamente do corpo do conector fmea, evitando que qualquer dano najanela auto-retrtil inutilize o conector 8P8C (RJ45).

    Nmero mpar: O nmero mpar deve ser da tomada com previso para ser usada em Voz (ramal, modem,fax, CFTV, alarmes e etc.) Nmero par: O nmero par deve ser da tomada com previso para ser usada em Dados (Rede ethernet,ATM, token ring e etc.) EXCESSES I: Caso seja necessrio, nada impedir que um determinado ponto, as duas tomadas 8P8C(RJ45) sejam de Dados ou de Voz (P.e.), bastando pata tanto que seja manobrado no rack o correspondentePatch cord.

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  • Cabos e Conectores Cabo UTP - Devero ser empregados 04 (quatro) cabos UTP para dada Outlet/Connector, ou seja, 01 paraDados, 01 para Voz e 02 para reserva.OBS.: Para a Rede Corporativa, os cabos da malha horizontal sero na COR AZUL e os Patch cords, seroBRANCOS para Dados e VERDES para Voz. Tipos de cabos: Os cabos UTP devem ser Cat5e ou Cat6, 4 pares, 8 vias, 250 - 500 Mhz, em conformidadecom a norma ANSI/TIA/EIA 568B, com resistncia de 100 ohms, bitola de 24 AWG e com taxas detransmisso de at 1 Gbit/s ou superior. Infra-estrutura Deve ser prevista em lay-out, a distribuio fsica das estaes de trabalho e pontos de rede, bem como oencaminhamento de eletrocalhas sob o piso elevado. Esse encaminhamento se for para F.O dever seresteiramento superior e se for cabo metlico, poder ser eletrocalha, engeduto sob o piso ou esteirasinferiores. Dimensionamento da instalao Devem ser considerados para efeito de dimensionamento, salvo consideraes em contrrio, as seguintespremissas com relao a quantidade mnima de tomadas nos vrios ambientes do prdio.

    Instalao de 03 (trs) Outlet/Connector por rea de trabalho Instalao de 03 (trs) Outlet/Connector na sala de recepo * Instalao de 03 (trs) Outlet/Connector em cada sala de reunio Instalao de 02 (dois) Outlet/Connector em cada sala de transito * Instalao de 03 (trs) Outlet/Connector em cada sala de Gerncia * Instalao de 01 (um) Outlet/Connector por cada impressora Instalao de 01 (um) Outlet/Connector por cada sala de superviso de no-breack

    Lgica e Telefonia LOGICA - Os sinais sero encaminhados do SWITCH, atravs de cross-connect, para os Patch panelshorizontais, respeitando a tabela de distribuio de conexes. TELEFONIA - O cabo de telefonia chegar no Shaft de telefonia do andar e ser concentrado no Patchpanel de Voz do rack da rede corporativa. Os sinais dos ramais de telefonia (ou linhas diretas / tronco) so encaminhados do Patch panel de Voz para oPatch panel horizontal, respeitando a tabela de distribuio de conexes. Encaminhamento de Cabos A partir do rack corporativo, devem ser lanados os cabos UTP, que seguiro atravs de eletrocalhasmetlicas existentes, at os locais onde estaro os pontos das estaes de trabalho, salas de reunio,recepo e etc., conforme orientaes do lay-out da rea. Identificao

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  • Como padro de identificao para os componentes da rede de cabeamento estruturado devem ser utilizadasas seguintes especificaes, sendo que essas identificaes no podem ser feitas a mo, somente cometiquetadoras digitais e o conjunto deve oferecer boa esttica/acabamento. OBS.: Os cabos devero ser amarrados nos racks com VELCRO e em hiptese nenhuma com abraadeirasplsticas (tensores). Identificao de Patch panel - A identificao das sadas de telecomunicaes (outlet/connector) queconstituem o Patch panel devero ser cabo/tomada conectada em suas extremidades, de tal forma que essanumerao seja seqencial - como: 001, 002, ... , 00n e etc. at a ltima conexo do ltimo Patch panel.Identificao do Patch cord - No obrigatrio a numerao de Patch cords. Identificao de outlet/connector - Cada outlet/connector dever ser numerada seqencialmente, como: 001,002, ... , 00n at a ltima outlet/connector. Devem ser identificados atravs de etiquetas adesivas. Identificao de cabos - Cada cabo deve possuir identificao por etiquetas plsticas, empregando pelomenos 3 dgitos, em cada uma de suas extremidades. Devendo corresponder a respectiva numerao dasoutlet/connector (tomadas de telecomunicaes). Identificao de cabos - Cada cabo deve possuir identificao por etiqueta plstica, empregando pelo menos3 dgitos, em cada uma de suas extremidades. Devendo corresponder a respectiva numerao dasoutlet/connector. Tipos de meios para passagem de cabos de Telecomunicaes e Eltrica Devero ser utilizados para o encaminhamento de cabos de Telecomunicaes (metlico e tico) e Eltricos,eletrocalhas, dutos de PVC, sealtube e canaletas aparentes. As eletrocalhas devero ser implantadas semtampo, para evitar acidentes e facilitar a operao da manuteno de redes e devem ser distribudas daseguinte forma:

    Cabos pticos: As eletrocalhas sero colocadas no teto (esteiramento superior) Cabos metlicos (telecomunicaes): As eletrocalhas sero colocadas no piso (sob o pisoelevado - quando for aplicvel) Cabo eltricos: As eletrocalhas sero colocadas no piso (sob o piso elevado) - porm semformar linhas paralelas com as eletrocalhas de cabos de Telecomunicaes para evitar EMI.

    OBS.: Todas as calhas, canaletas e tubos metlicos devero ser devidamente ATERRADOS. Organizao dentro dos racks Dentro de racks, sejam eles abertos ou fechados, algumas consideraes se fazem necessrias, baseadas naspremissas de que devemos facilitar ou operacionalizar os eventos de manuteno, tais como:

    Subida dos cabos na vertical: Eltrica devem subir pelo lado ESQUERDO e lgica pelo ladoDIREITO (Obedecendo a fonte de alimentao dos equipamentos) sempre que possvelpadronizar desta forma. Subida dos cabos deve ser feita pelo GERENCIADOR de cabos em ARGOLA pelas lateraisdos racks, com amarrao a cada 15 cm com VELCRO para cabos UTP, FTP e cordes pticos,

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  • podendo ser utilizada abraadeiras plstica somente para amarrao de cabos rgidos de energiaeltrica e cabos coaxiais (quando utilizados). Distribuio dos cabos na horizontal: Os cabos devem ser distribudos horizontalmente pelosequipamentos dentro de GERENCIADORES horizontais, sendo que dever ser contemplado um(01) ORGANIZADOR de cabos para cada passivo do rack (Patch panel). Dentro dos ORGANIZADORES horizontais podero ser utilizadas abraadeiras plsticas,observando sempre a curvatura dos cabos e trao imposta na abraadeiras para no danificar oencapamento do cabo. Patch cords: Sempre Patch cords flexveis, manufaturados (No permitido o uso de Patchcords em cabos rgidos e feitos em campo - para cabos UTP e FTP) Amarrao dos cabos dentro das Eletrocalhas: Cabos UTP e FTP lanados na forma dechicote com no mximo 15 cabos juntos, amarrados por abraadeiras de VELCRO comespaamento de no mximo 30 cm por lance. Utilizando-se ESTEIRA pode-se realizar aamarrao dos cabos com barbante encerado.

    Formato da documentao O As-built dever conter o diagrama do local (ou planta em CAD), com a posio dos racks envolvidos, salade telecomunicaes, sala de equipamentos, calhas, caminhos e todas as suas intersees. Alm da planta em mdia magntica e papel, devem ser entregues planilhas com informaes detalhadassobra a instalao, conforme sugesto abaixo:

    Documentao de cada rack - Informando qual equipamento est no rack e onde e como eleest conectado Documentao de portas - Informando sobre o que est conectado em cada porta de umdeterminado equipamento (por rack) Documentao das eletrocalhas e outros caminhos - Informando o caminho que o cabo estpercorrendo e suas intersees Relatrio de testes e certificaes Identificao (espelhamento) de DG's e Racks no local.

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  • Cabeamento e Infraestrutura: Consideraes Finais Podemos observar que para se ter uma infra-estrutura slida e com um nvel muito baixo de defeitos, temosque atentar para padres, que ora simples de serem aplicados, so de muita importncia para o bomfuncionamento da Rede. Repare, que temos que considerar que um Enlace de Rede nada mais do que um circuito eltrico ou pticoque considerando as caractersticas dos meios de transmisso, so imunes a rudos e distores ouinterrupes caso no estejam instalados de forma segura e se considerando fatores externos. Referncias

    Telecommunication Distributed Method Manual 9 a Edition da BICSI (Relativo aos documentos daANSI/TIA/EIA 568 B / 569 A / 606 e 607);Telecommunication Cabling Installation Manual 2 a Edition da BICSI;Manual de procedimentos AT&T GRL-NT-10749 Ver. A.

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  • Cabeamento e Infraestrutura: Teste seu Entendimento 1. A que se destina uma infra-estrutura de cabeamento estruturado?

    voz;

    informtica;

    imagem;

    telecomunicaes (Voz/Dados/Imagem). 2. Qual a metragem mxima de um Enlace?

    100 m;

    70 m;

    90 m;

    122 m. 3. Uma infra-estrutura de cabeamento estruturado deve ser projetado para ter uma vida til de:

    1 ano;

    enquanto durar a tecnologia implementada;

    depende da aplicao;

    10 anos. 4. Qual teste deve ser feito no cabeamento estruturado para garantir-mos que no haja conexocruzada nos pares e desta forma identificar-mos conectores mau feitos?

    ACR;

    Lenght;

    NEXT;

    PowerSun. 5. Porque no podemos utilizar cordes ou jumpers confeccionados em campo?

    porque no temos como testar o jumper, j que os parmetros no podem ser checados devido a poucametragem (menos de 12 metros);

    porque so caros e difceis de confeccionar;

    porque no existem ferramentas para isso;

    N.R.A.

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