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PUBLICIDADE PUBLICIDADE DOSSIER RADIOGRAFIA AO PÓS-VENDA DAS MARCAS O balanço do ano de 2014, a relação com as oficinas independentes e as técnicas de fidelização de clientes para recuperar negócio à reparação multimarca, que continua a ter um peso considerável em Portugal PROTAGONISTA RODRIGO SERRANO NA PRIMEIRA ENTREVISTA COMO RESPONSÁVEL EM PORTUGAL DA AXALTA REPINTURA OS PRODUTOS AUXILIARES FUNDAMENTAIS PARA UM TRABALHO DE QUALIDADE CARGLASS CONFERÊNCIA ANALISA IMPACTO DOS SISTEMAS ADAS

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A edição deste mês analisa o setor do pós-venda das marcas, que está a tentar recuperar o espaço perdido nos últimos anos. A análise das principais marcas em Portugal, as estratégias que estão a usar. O protagonista deste mês é Rodrigo Serrano, novo country manager da Axalta Portugal, numa entrevista exclusiva à TURBO OFICINA em que fala de vários projetos e das alterações recentes na Cromax. Destaque ainda para os números de vendas de carros novos em Portugal, um importante indicador para o pós-venda independente. Destaque para várias reportagens e artigos técnicos, entre eles um sobre os produtos auxiliares na pintura automóvel. Há muito para ler nesta edição da TURBO OFICINA que, como sempre, lhe traz 84 páginas da melhor informação do aftermarket em Portugal.

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DOSSIER

RADIOGRAFIA AO PÓS-VENDA DAS MARCAS

O balanço do ano de 2014, a relação com as oficinas independentes e as técnicas de fidelização de clientes para recuperar negócio à reparação multimarca, que continua a ter um peso considerável em Portugal

PROTAGONISTARODRIGO SERRANO NA PRIMEIRA ENTREVISTA COMO RESPONSÁVEL EM PORTUGAL DA AXALTA

REPINTURAOS PRODUTOS AUXILIARES FUNDAMENTAIS PARA UM TRABALHO DE QUALIDADE

CARGLASSCONFERÊNCIA ANALISA IMPACTO DOS SISTEMAS ADAS

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PROPRIEDADE E EDITORATERRA DE LETRAS

COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDANPC508735246

CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS

SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO

AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS

TELEFONES 211 919 875/6/7/8FAX 211 919 874

E-MAIL [email protected]

DIRETORCLÁUDIO DELICADO

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REDAÇÃOPAULO HOMEM

[email protected]É BETTENCOURT RODRIGUES

[email protected]ÓNIO AMORIM

[email protected] GOMES

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RESPONSÁVEL TÉCNICOMARCO ANTÓNIO

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DIRETORA COMERCIALANABELA MACHADO

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EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIARICARDO SANTOS

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PAGINAÇÃOLÍGIA PINTO

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GESTORA DE BASE DE DADOSANABELA RODRIGUES

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FOTOGRAFIAJOSÉ BISPO

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SECRETARIADO DE REDAÇÃOSUZY MARTINS

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COLABORADORESFERNANDO CARVALHO

MIGUEL ASCENSÃO

PARCERIASCENTRO ZARAGOZA

CESVIMAPDEKRA4FLEET

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RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 92820-652 CHARNECA DA CAPARICA

DISTRIBUIÇÃOVASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK,

QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM

TEL. 214 337 [email protected]

GESTÃO DE ASSINATURASVASP PREMIUM, TEL. 214 337 036,

FAX 214 326 009, [email protected]

TIRAGEM10 000 EXEMPLARES

REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777

INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS

OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

sumárioN.º 34 | MARÇO 2015

PROTAGONISTA Rodrigo Serrano - Axalta. P.6

REVISÃO Novidades do mercado. P.12

ESPECIALISTA Carglass. P.22Impoeste. P.24Blue Print. P.26Gamobar Peças. P.28Stand Asla. P.30Lisnova. P.32UFI Filters. P.34Entrevista Autopromotec. P.36Car Academy. P.38

4RAIO XComercial do mês - Opel Vívaro. P.52Renault Twingo + radiografia. P.54Novo motor Opel. P.56

5RadarCDK Global. P.58ACAP formação. P.60Vendas de veículos novos 2014. P.62Observador Cetelem. P.64

6 REPARAÇÃO Produtos auxiliares de pintura. P.66Peritagem. P.70Revisão das bombas de caudal. P.74Manutenção Volkswagen Passat Variant. P.76

8PNEUS Minho Tyres. P.78Notícias. P.80

OOPINIÃO Consultório jurídico. P.82

dossier Pós-venda oficial. P.40A aposta das marcas no pós-venda é cada vez maior, tentando recuperar muitos clientes perdidos nos últimos anos. Com uma forte capacidade de investimento, lançam campanhas, estratégias de fidelização e vários programas para carros mais antigos. Conheça a oferta.

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES

MONROE SELO DE CAPA

GATES RODAPÉ DE CAPA

ALPINE VERSO DE CAPA

JAPANPARTS PÁGINA 5

TRW PÁGINA 11

VALVOLINE PÁGINA 13

VALVOLINE PÁGINA 15

VALVOLINE PÁGINA 17

BLUEPRINT PÁGINA 19

FEBI PÁGINA 21

AUTODELTA PÁGINA 23

ALPINE PÁGINA 31

PETRONAS PÁGINA 33

LIQUIMOLY PÁGINA 35

MOTORTEC PÁGINA 39

ZF PÁGINA 41

FEDERAL MOGUL PÁGINA 43

PHILIPS PÁGINA 45

FUCHS PÁGINA 47

EXPOMECÂNICA PÁGINA 49

POLIBATERIAS PÁGINA 59

DPAI PÁGINA 61

CROMAX PÁGINA 65

AMBIMOTORS PÁGINA 71

SPIESHECKER PÁGINA 73

CESVIMAP PÁGINA 77

CARF PÁGINA 81

CONFERÊNCIA TURBO OFICINA PÁGINA 83

BOSCH PÁGINA 84

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4 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

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Já lá vai o tempo em que se lidava bem com uma série de pequenos custos, considerados marginais na operação de uma oficina. A crise obrigou todos a estar mais atentos, a fazer contas e a eliminar o desperdício. Uma luz ligada desnecessariamente, uma fuga no sistema de ar comprimido, a repetição de uma operação que devia ter sido feita à primeira, são tudo causas, juntamente com centenas de outros

pequenos custos, para uma fatura relevante ao final do mês, ao final do ano e ao final dos anos. Poupar é fundamental. Aprender a gerir melhor a sua oficina, independentemente do tamanho, faz parte da gestão moderna. E para isso é necessária formação relevante, em áreas distintas. Ver mais além é uma característica fundamental dos bons gestores, aqueles que estão hoje à frente das oficinas do amanhã. Esse tempo e esse custo vai ter retorno garantido. Não se esqueça que as peças podem ser premium, as instalações modernas e os equipamentos de última geração, mas se falham os recursos humanos e a sua capacidade de responderem aos desafios dos dias de hoje, todo o investimento que fez não terá grande retorno. Por muito pequena que a oficina seja, não siga pelo caminho mais fácil de recusar a mudança para melhor. É um erro com uma fatura avultada a pagar a médio prazo.Para o ajudar, a TURBO OFICINA vai organizar a sua 2ª Conferência, organizada no âmbito da Expomecânica, na Exponor, desta feita subordinada ao tema “Como reduzir custos na oficina”. Queremos repetir o sucesso da conferência do ano passado e, por isso, o nosso objetivo para a conferência deste ano é o mesmo: tratar temas que são relevantes para as oficinas todos os dias. Com ideias novas, desafios para quem assistir e que resultam em efeitos práticos para a gestão oficinal. Reduzir custos é possível e vamos mostrar-lhe como. As inscrições já estão abertas e os lugares são limitados. Não deixe para a última hora. Saiba mais em www.oficina.turbo.pt ou na pág. 83 desta edição.

EDITORIAL

Reduzir custos na oficina

As peças podem ser premium, as instalações modernas e os equipamentos de última geração, mas se falham os recursos humanos, todo o investimento que fez não terá grande retorno.

Cláudio Delicado DIRETOR [email protected]

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“Para as oficinas o que interessa é um produto rentável”O novo country manager da Axalta em Portugal fala abertamente das mudanças no grupo, da mudança de estratégia na Cromax e dos seus desafios no novo cargo. Garante que tudo isto são episódios porque, no final do dia, à oficina interessa se tem um bom produto, serviço e boa rentabilidade.

A xalta é hoje sinónimo de vitalidade e isso tem-se visto também no mercado português. Depois de concluída a transição da Dupont para a Axalta e da implementação da nova marca

Cromax, no início do ano esta marca passou a estar diretamente no mercado português, depois de muitos anos com o importador Impoeste. Foi também nesta altura que Rodrigo Serrano substituiu Manuel Valadas como country manager da Axalta em Portugal. Começou num período agitado e está agora a entrar em velocidade de cruzeiro. O novo responsável, que chega da Axalta em Espanha, é muito exigente e vê a formação como ponto vital da estratégia que defende para a empresa. A Academia Axalta vai, por isso, arrancar já em setembro e o seu grande objetivo “é fomentar a política de estar cada vez mais perto dos clientes, ajudando-os a rentabilizar mais o seu negócio”. Conta-nos com orgulho que quando entrou na Dupont, em Espanha, pouco conhecia do negócio da pintura. “A primeira coisa que fiz foi um curso de pintura e estive uma semana inteira com pintores e gerentes de oficinas. É aqui que se percebe o negócio. Depois fiz muitas semanas a viajar com os nossos comerciais a visitar oficinas para sentir

o que é o negócio no seu todo. Só depois me dediquei à pare mais teórica do mercado”. Como é que encara esta nova etapa na sua carreira depois de ter assumido o novo cargo no início de janeiro?Encaro como um desafio. É uma nova fase. Venho de Espanha, onde acumulei muita experiência, contactos e conhecimento do pós-venda e de formação. O mercado é bastante diferente em pontos como o modelo de negócio, o número intervenientes no mercado ou a quantidade de players no canal de valor. É um mercado mais direto e a dimensão dos operadores também é diferente. Mas as bases para trabalhar são as mesmas. Quais os objetivos que traçou para este seu novo desafio profissional?Um dos principais objetivos, pela posição muito forte que temos em Portugal, é defender essa liderança e, para isso, é preciso ter uma postura de crescimento e de força comercial que queremos impulsionar em Portugal. Passou mais de um ano desde que as três marcas do grupo ficaram sob a alçada da Axalta. Que balanço faz?No que diz respeito à Axalta o balanço é tremendamente positivo. A Axalta é uma nova

realidade no mercado. Saímos de uma grande empresa que era a Dupont, mas que era um conglomerado de negócios, e agora passamos para uma empresa em que o negócio é exclusivamente de tintas. A postura é totalmente diferente. Houve uma renovação de equipas, procedimentos e há um dinamismo e uma energia que se vive na empresa todos os dias. E ao nível das marcas?A nível das marcas também. No fim do dia o que os clientes querem é produtos de qualidade, bom serviço e isso é o que é importante para eles. Todos estes pontos foram reforçados com o aparecimento da Axalta. Este novo dinamismo e flexibilidade na empresa são também transmitidos ao mercado e aos clientes. As decisões de topo são meros episódios para os nossos clientes.

CONVIVÊNCIA DAS MARCASComo é que se gerem três marcas diferentes, posicionadas no segmento premium, num mercado tão pequeno como o português?É um desafio. São as três marcas premium e respondem cada uma a uma tradição de mercado que existe. Existem razões históricas e relações de canal há muito tempo. Qualquer uma das

PROTAGONISTA1

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

Rodrigo Serrano.

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três tem um posicionamento premium, uma vez que só jogamos na primeira liga. Não é um problema porque as estruturas estão montadas e cada marca tem o seu mercado havendo um um respeito absoluto entre elas. Há espaço no Grupo para uma marca com um posicionamento mais baixo no mercado?É uma questão complicada. Se me pergunta se há espaço, eventualmente pode haver. Mas não é uma gestão fácil, porque é pôr uma equipa de primeira liga a jogar na segunda ou terceira. Não é fácil garantir o êxito noutro segmento, com uma equipa premium. Há uma componente histórica e de hábitos de mercado, relações com o canal de venda e entre as próprias pessoas do mercado que não é facilmente replicável para outros segmentos. Não digo que um dia não possa acontecer, mas vejo alguma dificuldade no replicar o modelo para segmentos mais baixos. E

nem vejo grande interesse para qualquer um dos intervenientes do negócio. Uma das razões para essa aposta poderia ser o preço, um fator cada vez mais valorizado. O argumento preço é muito difícil de explicar. O argumento premium nem sempre é fácil de explicar a alguns clientes. É mais fácil vender por preço imediato do que por qualidade. Mas as marcas e a qualidade premium têm cada vez mais sentido. A questão do negócio das oficinas, vejo-o como uma corrida de Fórmula 1, onde todos os segundos contam. A nível de estrutura de custos, já não há custos marginais. Todos são importantes. Estamos num mercado maduro, com muita concorrência, com muita pressão de preços, que gera stress no sistema. Quando pensamos num produto que é premium, não é por capricho, é por qualidade e garante uma rentabilidade superior, uma produtividade

21 PROTAGONISTA

ESTAMOS DISPOSTOS A ESTAR MUITO TEMPO NESTE MODELO TRANSITÓRIO, TAMBÉM A VENDER DIRETAMENTE ÀS OFICINAS, SE NÃO APARECEREM OS DISTRIBUIDORES COM A QUALIDADE QUE QUEREMOS PARA A CROMAX.

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PERFILRodrigo Serrano tem 49 anos, é casado, tem dois filhos e regressou em janeiro às suas origens, emLisboa, onde abraçou o desafio de substituir Manuel Valadas no cargo de country manager da Axalta em Portugal. Assume-se como um gestor – formado na Universidade Católica de Lisboa –, com uma forte componente comercial e de marketing. É um apaixonado pelas coisas bem-feitas e pelas empresas bem geridas. Começou a trabalhar em 1987, em empresas pequenas do setor têxtil e, mais tarde, passou para a área do material hospitalar, onde teve os seus primeiros contactos com multinacionais. Há quatro anos surgiu a oportunidade de entrar na Dupont, em Espanha, o que o obrigou a mudar-se para Barcelona. A experiência foi excelente, sublinha, tendo trabalhado com o canal de distribuição, com responsabilidade pela captação de novos distribuidores e negociação de novos contratos, o que lhe permitiu estar muito perto do mercado. Há uma coisa que não descura: manter-se sempre muito ligado à formação, também como aluno.

Arranca já em setembro deste ano? Sem dúvida que já será nestes moldes. É algo que já existe, estamos a reestruturar para dar continuidade no tempo, com mais estrutura. É algo que já fazemos há muitos anos, mas agora a novidade é esse cariz mais contínuo. O espaço físico será a Academia Axalta, mas cada marca terá a sua academia e o seu próprio currículo. Uma das dificuldades que as oficinas têm, pela sua reduzida dimensão, é libertarem os seus recursos humanos para frequentarem a formação. Como se contorna essa questão?Explicando muito bem a importância destas formações, os profissionais em geral percebem. Às vezes é difícil tomar a decisão e libertar o recurso humano. As empresas que estão mais atentas a estas tendências e a esta necessidade e que estão mais preocupadas com a rentabilidade estão sempre mais disponíveis. Mas além da formação que damos aqui na sede, também damos formação em casa dos clientes. Não é o mesmo que virem aqui ao centro, mas tem uma vertente muito importante porque as formações dadas no nosso centro têm as condições ideias. Por isso, é importante para nós que os clientes experimentem e façam a prova na sua oficina para que vejam que o produto é efetivamente bom, mesmo quando as condições não são as perfeitas. Têm também uma rede de oficinas, a Idêntica, ligada à Spies Hecker. Esta é uma rede para manter e para fazer crescer?É claramente uma rede para manter e para fazer crescer. Neste momento temos 19 oficinas. Uma das partes importantes da relação das marcas com o mercado é fazer uma aproximação crescente ao mercado. O cliente tradicional e dono de automóvel, de uma forma geral, não sabe com que tipo de produtos é pintado o seu carro. A Idêntica representa a última fase para chegar ao cliente final e isto é importante para nós, além de garantir uma resposta de qualidade ao consumidor final, às companhias de seguros ou às gestoras de frotas, que querem ter uma rede com qualidade garantida. A rede está ligada à Spies Hecker. Continuará a ser assim ou tem algum projeto para se tornar multimarca da Axalta?Não existe nenhum projeto concreto neste momento, mas não é nenhum dogma para nós. Temos várias redes a nível europeu, normalmente associadas a uma das marcas, mas há também outras soluções multimarca Axalta. Não há dogmas nisto e o importante é o resultado final e a resposta ao cliente. Não temos nenhuma posição tomada e estamos muito satisfeitos com a performance destas oficinas. Vamos ver como enquadramos o tema multimarca no nosso grupo.

MUDANÇAS NA CROMAXTeve lugar recentemente uma reorganização da Cromax em Portugal, que era até ao final

superior, menos tempo em cabine, menos consumo de produto. Estes é que são os argumentos importantes para dar resposta às dificuldades pelas quais as oficinas possam estar a passar. Não vejo o preço como um problema, vejo é a qualidade como uma vantagem competitiva indispensável para a oficina. Claro que é muito mais fácil chegar a uma oficina e vender um produto barato, porque a nossa é uma venda técnica, que requer mais trabalho e também bastante mais conhecimento. Na corrida de Fórmula 1 todos os segundos contam e na repintura também. O preço do produto tem que ser calculado apenas no final do processo e não no início. A redução dos erros tem sido uma evolução enorme nos últimos anos. Isso faz com que o negócio seja hoje mais rentável do que há alguns anos?

Nesse sentido, claramente. Houve uma redução de reparações no mercado fruto de motivos variados como a questão económica do país, mas também a redução da sinistralidade ou a melhoria tecnológica dos próprios veículos. Isso tem causado uma forte pressão no preço e só pode ser compensado com melhorias de eficiência e de rentabilidade. É fundamental conseguir fazer mais por menos. No fundo, gasta-se menos tinta, mas tem que se aplicá-la melhor, também graças à muita tecnologia quea Axalta disponibiliza às oficinas.

FORMAÇÃO VITALCom produtos cada vez mais técnicos e mais tecnologia ligada à pintura, a aposta na formação é fundamental…É um ponto-chave do nosso negócio. Ter equipas formadas a nível interno, a nível de parceiros de distribuição e das oficinas é absolutamente vital para nós. É uma das peças do êxito do nosso negócio. Se um profissional não sabe aplicar o produto, não consegue extrair dele a melhor rentabilidade. Introduziram recentemente a formação em regime de e-learning. Já têm resultados?É uma ferramenta muito inovadora e trata-se da porta de entrada do profissional no negócio da pintura e na profissão de pintor. Explicamos à distância, de forma detalhada, ao ritmo do profissional, complementado com pequenas provas que são feitas ao longo do processo formativo, terminando com uma prova que se faz no centro de formação. Não é formação-chave, requer muito mais prática, mas permite abrir o leque de formação e dar uma primeira base formativa, muito completa, a qualquer profissional que queira entrar neste setor, mesmo que não trabalhe os nossos produtos. É uma formação aberta e genérica e não a restringimos aos nossos clientes. Mas estamos ainda no início e não temos resultados suficientes para avaliar. Nos países onde já existe há mias tempo os resultados têm sido muito bons. E ao nível da formação presencial, que alterações vão acontecer?Uma das ideias que temos é fazer cursos formativos numa lógica anual, com a Academia Axalta, com início em setembro e final em junho, onde os nossos clientes e os nossos parceiros possam ter uma expectativa de formação ao longo do tempo, com formação em vários temas. A ideia é ter uma academia, com um catálogo de formação anual e os nossos clientes sabem que têm um plano de carreira que podem fazer para evoluir profissionalmente. Todo o módulo formativo já existe, estamos a dar-lhe outra forma. Queremos introduzir uma lógica de continuidade, que é boa para todos os intervenientes neste negócio, inclusive para os pintores, que assim veem a sua formação certificada e comprovada.

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10 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

21 PROTAGONISTA

do ano importada pela Impoeste e que agora passou para a vossa alçada direta. Qual o motivo?Foi uma decisão de negócio do importador, que gerou esta situação, alheia à nossa vontade, mas temos que aceitar e tivemos que reagir de forma muito rápida, que é o que estamos a fazer. Em que fase está a reorganização?Estamos a contratar pessoas, a reforçar a equipa, a montar uma estrutura de recursos humanos adaptada a uma realidade de rede de distribuição e não de importador. No fundo, estamos a fazer uma réplica do que temos na Spies Hecker, com recursos técnicos e humanos próprios. Por outro lado, estamos a selecionar parceiros de distribuição que nos permitam chegar ao mercado com a qualidade que pretendemos. Mantêm os distribuidores que tinham?Alguns mantêm-se, tendo passado do importador para a Cromax. Estamos também a falar com outros e candidatos não nos faltam. Mas não temos pressa, queremos fazer tudo bem. Estamos a montar uma rede com preocupações de qualidade e temos que ir com

calma. Também por isso estamos a montar uma estrutura em paralelo para irmos diretos ao mercado. Não pretendemos que seja uma estrutura definitiva, mas é algo que podemos fazer à semelhança do que temos noutros mercados na Europa. Isto permite dar resposta aos clientes que querem continuar com a Cromax, aos quais não estávamos a conseguir dar resposta. Essa ligação direta à oficina é um canal de vendas transitório?Sim, pelo menos tem essa natureza nesta fase. Vamos ver como evolui o mercado. Admito que em determinadas zonas em que não tenhamos, durante algum tempo, um distribuidor, mantemos esse canal, sem problemas. Estamos dispostos a estar muito tempo neste modelo transitório se não aparecerem os distribuidores com a qualidade que queremos. Quantos distribuidores têm?Ainda é cedo par adiantar esse número, porque alguns já estão, mas há outros em formalização e outros em negociação. Ainda é prematuro falar disso.

Quais os critérios de escolha destes distribuidores?Naturalmente distribuidores que sejam comercialmente interessantes, com uma boa carteira de clientes e que conheçam bem a Cromax são pontos importantes. Queremos uma rede com muita capilaridade e que esteja muito perto do cliente. Procuramos relações com empresas que estabeleçam relações de longo prazo com as oficinas, em especial com as oficinas de futuro, com preocupações de rentabilidade, de adaptação aos tempos modernos e que se estão a preparar. Acredita que ao estrarem de forma direta vão conseguir estar mais próximos dos clientes?Creio que sim. Esse é um dos vetores determinantes da nossa atividade. É um dos objetivos e uma oportunidade. Acabamos por ter mais recursos e as oficinas vão ter acesso direto a tudo o que temos para oferecer, até as ferramentas de marketing e gestão. Neste momento passam a ter duas marcas com presença direta e uma – a Standox – através de um importador. Vão manter as duas vertentes?Sem dúvida.Vamos manter com a maior normalidade. A Robbialac, que é o importador Standox, tem feito um trabalho grande e histórico com a marca em Portugal. Estamos cómodos com este modelo. Oferecemos o nosso know-how e as nossas ferramentas e convivemos bem com as duas formas de chegar ao mercado. Em termos de produto qual será a grande novidade para este ano?Vamos ter um novo verniz, com uma tecnologia totalmente nova e patenteada pela Axalta, que marca um antes e um depois. Tem qualidades diferentes do normal a nível do tempo de secagem e não requer aquecimento artificial. Será uma tecnologia comum às três marcas e depois cada uma delas tem o seu produto adaptado à sua gama. Vai ser uma revolução.

É um apaixonado por automóveis?Sim. Gosto bastante de carrosVisita com regularidade as oficinas?Para mim é uma parte fundamental. Como comecei a 1 de janeiro logo com o desafio de montar a estrutura Cromax, não tenho conseguido estar ainda no mercado como quero. Os pintores portugueses podem esperar a minha visita nos próximos tempos.É uma pessoa intuitiva nas decisões?Sou bastante racional, metódico e estruturado e tenho que me informar sempre muito bem das coisas. Costuma decidir sozinho?Não. Um gestor nunca pode decidir sozinho. A decisão final e a responsabilidade é minha, mas não posso deixar de ouvir a equipa, o mercado e o que as pessoas têm para dizer. Considera-se um workaholic?Sou bastante viciado no trabalho e é difícil desligar.

Consegue ter dias normais?Há alturas que as coisas são mais calmas e é possível ter alguma rotina, e há outros, como este início de ano, que foi agitado e foi mais difícil. Mas é possível levar uma vida bastante normal, no que diz respeito a criar rotinas, até porque é indispensável ter um bom equilíbrio entre vida profissional e familiar. Numa função destas é preciso ter tempo para pensar, de forma estratégica e olhar para a futuro. O que gosta de fazer nos tempos livres?Ler, passear, ir para o campo e estar com a família.Tem algum hobby?Não tenho, neste momento, até porque me desabituei quando fui trabalhar para Espanha. O que mais aprecia num colaborador?Duas coisas: frontalidade e que assuma as suas responsabilidades.

DE CORPO INTEIRO

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12 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

2 REVISÃO

A Iberequipe, distribuidor de equipamentos de diagnóstico automóvel em Portugal, Angola, Brasil, Moçambique, é o novo distribuidor de CarmanScan no nosso mercado.

Iberequipe. Importador ibérico da CarmanScan

REVISÃO2

primeiro objetivo da Iberequipe é cobrir as necessidades dos clientes da marca, que possam sentir insatisfação com o serviço

prestado até então”, afirmou um responsável da empresa. Assim sendo, a Iberequipe oferece a cada cliente um ano de subscrição gratuita e mais um excelente plano de renovação de equipamentos, que permitirá a alteração dos equipamentos mais antigos da marca, pelos novos modelos “Auto I-700” e “Auto I-300”.A Iberequipe disponibiliza-se desde já em “atualizar toda a base de dados dos equipamentos CarmanScan e, para tal, o cliente utilizador só terá que entrar em contacto connosco e saber as condições que dispomos”, refere um responsável da empresa.

CARREGADORES FRONIUSTambém distribuidor oficial dos carregadores de baterias Fronius em Portugal, Angola e Moçambique, a Iberequipe apresenta uma

vasta gama de carregadores de baterias Fronius, para todo o tipo de necessidades quer oficinal de veículos ligeiros, quer de pesados, stand de vendas automóvel, motociclos, ou outros.O objetivo da Iberequipe é ajudar o cliente a colmatar as necessidades de satisfação do cliente final, fornecendo o aconselhamento do carregador de baterias Fronius, que se mais se adequa.A gama de soluções apresentada pela Iberequipe, para as oficinas, é vasta e vai desde o modelo Acctiva Easy, que permite a manutenção da bateria em veículos parados em stands, oficinas e garagens particulares, inclusivamente a manutenção de baterias em armazém, até ao modelo Acctiva Professional Flash que é um carregador de elevada performance (com Inverter de 70 A), ideal para a utilização oficinal sendo uma óptima fonte de alimentação durante o diagnóstico e reprogramação de software num veículo,

carga rápida durante uma acção de serviço na oficina ou na renovação de baterias sulfatadas.

AUTOCOM SATISFAZ CLIENTESA Iberequipe revelou os resultados do inquérito promovido pela AutoCom (equipamentos de diagnóstico) sobre a satisfação dos clientes a nível mundial.O objetivo deste inquérito é identificar áreas de melhoria e obter uma indicação do que os seus clientes pensam sobre quais são os fatores mais importantes para a AutoCom enquanto fornecedor.Para garantir a objetividade e confidencialidade, a AutoCom usou a empresa Tradewell para realizar o inquérito ao cliente.Os resultados revelam que o índice de satisfação do cliente é de 4,35, numa escala com uma classificação máxima de 5, o valor mais alto alguma vez conseguido desde que se começou a realizar este inquérito junto dos clientes, em 2012.

O“

EXPOMECÂNICA 2015. TURBO OFICINA ORGANIZA 2.ª CONFERÊNCIA

ATURBO OFICINA vai realizar, no decorrer da Expomecânica 2015, a 2.ª Conferência subordinada ao tema “Como Reduzir

Custos na Oficina”.Depois do sucesso da 1.ª Conferência organizada pela TURBO OFICINA no ano passado, que juntou 100 profissionais das oficinas, este ano trazemos-lhe uma nova conferência, com temas fundamentais para o dia-a-dia nas oficinas. Trata-se de um evento destinado ao setor do aftermarket, nomeadamente aos responsáveis oficinais, que se enquadra no âmbito das diversas iniciativas que irão decorrer na Expomecânica 2015, salão que decorre na Exponor de 5 a 7 de

junho. A 2.ª Conferência é uma organização da TURBO OFICINA e decorrerá no dia 6 de junho, entre as 9 e as 13 horas, no Centro de Congressos da Exponor. Para se inscrever na 2.ª Conferência “Como Reduzir Custos na Oficina” visite o site www.oficina.turbo.pt.

Temas da Conferência Gestão de Resíduos – A influência na

redução de custos Renting de equipamentos – O Renting como

forma de reduzir investimento Help Line Técnica – O recurso a uma

linha técnica de apoio como forma de reduzir custos

Rentabilização do software de gestão – De que forma um eficiente sistema ajuda a reduzir custos

Organização oficinal – Dicas práticas de como uma boa organização na oficina tem reflexos na redução de custos.

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EQUIP AUTO 2015. 60% DA ÁREA JÁ RESERVADA

Realiza-se entre os dias 13 e 17 de outubro de 2015, no Parque das

Exposições de Paris Nord Villepinte, o Equip Auto 2015. A cerca de nove meses da data de abertura, os indicadores são promissores, estando já reservada cerca de 60% da área de exposição. Os organizadores do salão dizem-se muito satisfeitos com o lançamento do setor dos

SARRAIPA. FASANO É NOVA REPRESENTADA DE FERRAMENTA MANUAL

AFASANGAS é uma fábrica italiana de ferramenta manual, fundada em 1977 em Lecce, Itália, que começou por

desenvolver e fabricar o seu produto orientado para o sector automóvel.A FASANO TOOLS, marca da Fasangas,

representada em Portugal pela empresa de Leiria, Sarriapa, desenvolveu e projetou recentemente a “Linha Profissional”, que permitiu ampliar significativamente a sua gama de produtos Industrial e Profissional, sendo que algumas das suas ferramentas são homologados, por exemplo, pelo Grupo Fiat.Para além da “tradicional” ferramenta manual, a Fasano inclui na sua vasta gama de artigos, equipamentos únicos no mercado, graças à sua constante pesquisa e investigação, como é o caso dos recentes: Kit Bloqueio, compressómetro Gasolina / Diesel, Teste Turbo, Kit Remoção Airbags, Sistema para Ferrar Circuitos Diesel e da Bomba Manual para Caixas de Velocidade e Diferenciais (com adaptadores).

FUCHS. PRO FLEX SAE 5W-30 AUMENTA PERFORMANCE

Oóleo de motor Titan GT1 PRO FLEX SAE 5W-30 da Fuchs, produto premium lançado em 2010, viu a sua performance

aumentada com a recente adição da nova aprovação da Mercedes Benz.Este óleo de motor, que já dispunha das aprovações MB-Approval 229.51, BMW Longlife-04 e dexos2, reforça a sua perfomance com a adição da aprovação MB-Approval 229.52, especialmente desenvolvida para os novos motores BLUETEC.Com esta nova aprovação, o Titan GT1 PRO FLEX SAE 5W-30, torna-se um produto com os mais elevados requisitos de estabilidade à oxidação e economia de combustível.De salientar, que esta nova aprovação é totalmente compatível com a anterior MB-Approval 229.51..

usados no salão, que reúne fornecedores, preparadores e outros profissionais ligados aos usados.Outras novidades do salão

francês é o facto de o hall 6 receber os equipamentos, para otimizar a receção dos expositores e para os valorizar junto dos compradores, satisfazendo a procura e realçando a oferta internacional de peças e equipamentos.

DELPHI. NOVO APARELHO DE TESTES COMMON RAIL

ADelphi Product & Service Solutions anunciou o lançamento do seu aparelho de testes de funcionamento para todas as

marcas de injetores Common Rail, o YDT-35, especialmente desenvolvido em colaboração com a Hartridge, para oficinas especializadas em sistemas diesel. O YDT-35 combina as provas eletrónicas dos injetores com verificações visuais do padrão de pulverização para identificar rapidamente quais os injetores que apresentam falhas na oficina.O YDT-35 é fácil de usar, acessível e capaz de se adaptar ao ambiente da oficina. Em menos de cinco minutos e sete passos rápidos, o YDT-35 indica se um injetor pode realizar uma operação mecânica e elétrica básica, poupando tempo à oficina e ao cliente, bem como oferecer às oficinas uma oportunidade de prestar um serviço mais rentável.

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14 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

2 REVISÃO

Kavo Parts. Novo catálogo de apoios de motorA

Kavo Parts, especialista em peças para veículos asiáticos, já tem disponível o seu novo

catálogo de apoios de motor, que pode ser consultado tanto no E-Catálogo no site da marca, como também no TecDoc.A oferta da Kavo Parts em apoios de motor é muito vasta, tanto para veículos japoneses como coreanos. Estes apoios estão disponíveis tanto para motores longitudinais como transversais. A Kavo tem

NTN-SNR. NOVO CATÁLOGO DE ACESSÓRIOS JÁ DISPONÍVEL

ANTN-SNR lançou o seu catálogo de Acessórios 2015, que conta com mais de 1600 referências, das quais 173 são

novidade para este ano: 60 polias, 20 kits de acessórios, 22 polias de roda livre para o alternador, 38 dampers e 33 kits dampers com polia.Esta nova edição oferece aos profissionais uma ampla gama que cobre todas as aplicações europeias e asiáticas. Para acompanhar a constante evolução tecnológica e a complexidade dos sistemas, a NTN-SNR Aftermarket continuará o desenvolvimento de uma gama premium de acessórios composta, na sua totalidade, por produtos de qualidade original.Além disso, a informação é complementada com a informação de, no caso da secção de polias, se esta é tensora ou se é enrolador e nas polias livres de alternador encontra-se também a marca, a potência e as referências OE do alternador.

SERVIDIESEL. NOVO DISTRIBUIDOR DE FILTROS DE PARTÍCULAS DA MTS

AServidiesel, empresa especialista em sistemas Diesel e turbocompressores, adicionou um novo produto ao seu

portfólio. A partir de agora, passa a distribuir os Filtros de Partículas (FAP) da marca MTS para as regiões centro e sul de Portugal. O novo produto, extremamente técnico, atesta a qualidade de serviço da Servidiesel que encontrou assim mais uma forma de servir os seus clientes.A MTS é uma empresa italiana com mais de 40 anos ao serviço da tecnologia dos sistemas de escape. Possui hoje um programa de Filtros de Partículas (FAP) e catalisadores, muito adaptado aos modelos vendidos na Europa. Graças a um know-how muito relevante no mercado dos sistemas de escapes, a MTS consegue oferecer um produto de qualidade a preços muito competitivos.

CARF. ABRE QUINTA PLATAFORMA, EM VILA REAL

ACarf inaugurou mais uma plataforma logistica, desta vez em Vila Real de Trás-os-Montes, depois de Lisboa, Leiria,

Algarve e Porto.“Esta será a nossa 5ª plataforma logística que surge numa lógica de abrangência total do território nacional, iniciada no ano passado”, refere Paulo Carvalho, gerente da CARF.Este novo pólo, terá por finalidade dar apoio às zonas transmontanas, com um serviço bi-diário a partir do Grande Porto e Minho, bem como a partir de zonas mais localizadas no centro do País.“Tentaremos com esta nova plataforma, colmatar alguma necessidades de serviços identificadas nesta região e dar resposta às inumeras solicitações que recebemos desde a abertura da nossa filial da Maia de

grande parte dos nossos clientes”, afirma o responsável da CARF, acrescentando que “iremos também alargar a todas as zonas da nossa cobertura as entregas aos sábados e potenciar novos serviços, desde o início deste mês de Fevereiro”.

uma presença no mercado de mais de 25 anos. A gama de peças inclui itens como filtros, peças de travão, bombas de água, embraiagens, peças de direção, rolamentos de roda, velas ou escovas limpa para-brisas, além de uma grande variedade de peças elétricas. O

programa aftermarket da Kavo Parts oferece, neste momento, mais de 500 referências.Mais informações em www.kavoparts.com/pt

MOTORTEC. APRENDIZAGEM E PARTILHA DE CONHECIMENTOS

Contando com mais de 500 empresas, que entre os dias 11 e 14 de março vão expor os seus produtos na Feria de Madrid, a Motortec

Automechanika assume-se como uma importante plataforma de negócios para os profissionais do sector automóvel nas regiões da Península Ibérica, Norte de África e América Latina. Os responsáveis pelo certame referem que “a Motortec Automechanika vai transformar Madrid num Campus de aprendizagem e partilha de know-how entre profissionais da indústria automóvel”. Para tal está a ser criado um vasto programa de atividades no local, muitas delas interativas e com a participação do público, bem como um conjunto de outras iniciativas. A organização refere ainda que o este evento irá servir de palco para a realização de várias reuniões que vão juntar as empresas e participantes à principal organização do sector.

DDS AUTO. INTRODUZ BOBINAS DE IGNIÇÃO BREMI NO MERCADO

ADDS Auto apresentou uma novidade importante no mercado das bobinas de ignição. A BREMI é reconhecida pelos

seus altos padrões de qualidade no negócio de fornecimento de Equipamento Original para as mais conceituadas marcas de automóveis, há quase 90 anos, e por empregar tecnologia líder, inovadora e confiável.A gama de bobinas de ignição é atualmente composta por vasto numero de referências cobrindo, assim, 11.804 aplicações e oferecendo ampla cobertura de mercado.A DDS Auto já comercializa as velas incandescentes BREMI, com elevada aceitação no mercado nacional. Com esta nova linha de bobinas de ignição, amplia a sua oferta de produtos BREMI.

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SWAG. Catálogos com novas funcionalidadesA

SWAG introduziu novas funcionalidades nos seus catálogos em formato pdf. A partir de agora, todos os catálogos

por gama e por marcas estão disponíveis no site da SWAG com um novo formato “flip”, que permite folhear os catálogos de forma simples e fácil, facilitando também a procura de conteúdos, marcar páginas individuais como favoritas e mesmo imprimir ou gravar os ficheiros como um documento pdf.Outro destaque são os diferentes modos e visualizações de páginas, como a navegação, que permite que vá para onde pretende de forma rápida e fácil; a expansão para ecrã completo; a visualização nos modos duas páginas ou miniaturas; a visualização do índice na lateral e a possibilidade de aproximar ou afastar a imagem.Poderá também pesquisar referências SWAG e originais instantaneamente.Existem ainda dois ícones novos: o ícone lupa e o ícone ponto de interrogação. O primeiro

permite encontrar as peças de forma mais rápida e fácil através da pesquisa por marca e modelo do veículo. O segundo funciona como uma legenda, com a explicação de todas as funções do catálogo. Para aceder a todos os catálogos pdf por gama e por marca da SWAG, visite www.swag-parts.com/catalogs.

TRW. UM FORNECEDOR ÚNICO DO MERCADO DE PÓS-VENDA

Na continuação da sua campanha de comunicação dedicada ao Corner Module e depois de apresentar

mensagens importantes focadas segurança e engenharia dos componentes, a TRW resume

agora, em vídeo (https://play.buto.tv/stFFY), todos os benefícios de adquirir e instalar os componentes Corner Module.O vídeo explica a oficinas e distribuidores os benefícios comerciais, técnicos e logísticos da sua oferta de peças para os sistemas de travagem, direção e suspensão com a qualidade única do Equipamento Original (OE).A TRW fornece tudo o que é necessário para uma aplicação em todos os sistemas. Na verdade, à medida que o conhecimento do mercado aumenta, o negócio irá focar-se em “Peça. Aplicação. Perfeita.” É este o mote que resume o Corner Module.Outra vantagem para as oficinas é poderem associar-se ao “automotive Diamonds”, o programa de fidelização para oficinas.

MEYLE. QUATRO NOVOS VEIOS DE TRANSMISSÃO

Comercializado sob a gama MEYLE, a Wulf Gaertner Autoparts AG fornece agora veios de transmissão para modelos do

Grupo VAG e Ford. Os novos veios MEYLE são aplicáveis nas transmissões manuais de 5 e 6 velocidades do Volkswagen T5 e em todas as transmissões manuais do VW Sharan-I (05/95-03810), Seat Alhambra-I (04/96-03/10) e Ford Galaxy (03/95-05/06).O kit é fornecido com veio, mola, anilhas e anel de encaixe. Atualmente, a gama da MEYLE conta mais cerca de 18.500 referências.

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16 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

2 REVISÃO

Tenneco. Novas tecnologias leves para sistemas de controlo de emissõesA

Tenneco apresentou as novas tecnologias ultraleves destinadas a reduzir as emissões e a melhorar a economia de

combustível, com o objetivo de ajudar os fabricantes a reduzir o peso total do veículo.As válvulas eletrónicas usadas, por exemplo, em aplicações de desativação parcial de cilindros, oferecem uma solução leve e compacta, de baixo custo, para um design de som preciso e controlo de ruído em aplicações de sistemas de escape, assim como o controlo adaptativo de escape em veículos com desativação parcial de cilindros. O uso de válvulas eletrónicas em design de sistemas de exaustão pode também reduzir a massa da panela de escape, resultando numa redução significativa do peso total do sistema. Os coletores fabricadas pela Tenneco oferecem redução de peso até 50 por cento em comparação com os coletores de fabrico tradicional. Os dados dos testes realizados confirmam que os coletores fabricados também podem alcançar benefícios de temperatura de até 50 graus Celsius, que se traduzem numa ativação dedicada do catalisador e na melhoria da eficiência geral do catalisador.

As capacidades de integração de sistemas e engenharia da Tenneco permitem à empresa desenhar e projetar sistemas de exaustão completos, e sob medida, para atender às necessidades dos clientes, tanto no desempenho, como no peso. Um exemplo desta capacidade é o Ford Focus, para o qual a Tenneco fornece o sistema de controlo de emissões, panelas, ressonadores, conversores, catalisadores e filtros de partículas diesel. Em produção desde 2012, este sistema incorpora inovações, tais como tubos com espessura ultrafina, conversor catalítico ultraleve, suportes de haste ocos, e corpos em alumínio.

ALPINE. NOVO X800D-V PARA OS MERCEDES VIANO E VITO

AAlpine apresenta o “Infotainment Premium” X800D-V. Este sistema integra-se perfeitamente nos veículos

Mercedes Benz Viano e Vito (W6369/V639), dotando estes veículos das últimas novidades em sistemas multimédia e navegação, desfrutando, além disso, de uma elevada qualidade de som. Todos os seus componentes foram concebidos e pensados para se conseguir uma integração perfeita no veículo que, além de melhorar a sua estética, permita a conservação do equipamento original.O X800D-V foi desenvolvido a pensar minuciosamente nas necessidades e no estilo de vida dos utilizadores destes veículos, tendo um objetivo em mente: “Criar um sistema Infotainment que superasse todas as expectativas que um condutor de um furgão Mercedes Vito ou Viano pudesse ter.”

LUSILECTRA. CATÁLOGO JONNESWAY 2015 JÁ DISPONÍVEL

ALusilectra apresentou o seu novo catálogo Jonnesway 2015 de ferramentas manuais, pneumáticas e ferramentas

especiais para automóvel. Este catálogo foi publicado nas versões dedicadas ao mercado português, angolano e espanhol e inclui um significativo aumento da gama dos produtos disponibilizados.Deste modo, “a Lusilectra e a Jonnesway pretendem dar um sinal claro aos variados mercados, da aposta em disponibilizar produtos com uma excelente relação qualidade / preço, procurando ir sempre ao encontro das necessidades dos nossos clientes em termos de ferramentas para as mais diversas aplicações”, explica Raúl Vergueiro, da Lusilectra.

FOI NOTÍCIA QUE... ... desde 1 de janeiro que Dries Van den Bergh é o novo Brand Manager da Cromax para a região EMEA, que engloba a Europa, o Médio Oriente e a África.

... depois de a Mahle ter anunciado a compra da divisão Thermal da Delphi, a marca inglesa confirmou o negócio, que envolverá um total de 642 milhões de euros.

... a Glassdrive Tavira acaba de mudar as suas instalações, para a Estrada Nacional 125 na entrada de Tavira, ficando agora situada numa localização privilegiada e de fácil acesso.

... a Nissan anunciou a primeira tinta orgânica automóvel que brilha no escuro, o resultado de uma parceria com o inventor Hamish Scott.

... as 34 unidades de produção globais da Axalta Coating Systems foram novamente certificadas com a norma ISO 14001, uma certificação que a marca detém desde 2009, num processo credenciado pela Lloyd’s Register LRQA e válido por três anos.

... a Interescape anunciou que vai estar, uma vez mais, presente na Motortec – Automechanika, em Madrid. Para a edição de 2015 a Interescape leva as suas mais recentes novidades relacionadas com os sistemas de escape automóvel, com particular enfoque para as inovações mais recentes em limpeza e reparação de Filtros de Partículas.

... a LeasePlan acaba de renovar o seu Serviço de Marcações de Manutenção, através da implementação de uma plataforma online. Esta ferramenta irá permitir à empresa aceder à informação de disponibilidade da própria oficina para os serviços de manutenção e a confirmação imediata da data pretendida.

... a Rodapeças, empresa distribuidora de peças automóvel, com sede no centro do país, recebeu a distinção de PME Excelência 2014. No ano em que esta empresa comemora o seu 25º Aniversário, esta distinção constitui um importante reconhecimento na consolidação de um Projeto Empresarial ímpar no nosso país.

... a Sogefi Aftermarket Business Unit nomeou Julio Estallo como novo responsável de vendas para os mercados de Portugal e Espanha, reportando diretamente a Ricardo Albi, diretor comercial de Portugal e Espanha.

... um ano após ter apresentado pela última vez o seu catálogo de peças, a Herth+Buss volta a atualizar os seus suportes nesta área, publicando uma renovada versão que ao longo das suas 186 páginas conta com 59 novos equipamentos.

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Philips. Novidades para os faróis do automóvelA

Philips possui as únicas luzes coloridas do mercado certificadas para condução.

Mas as novidades não acabam aqui e os profissionais não foram esquecidos.Com mais de 100 anos de experiência, a Philips é responsável por algumas inovações no campo da iluminação para automóveis, nomeadamente as lâmpadas de xénon HID. Mas a mais recente proposta da marca é a personalização dos seus faróis através das lâmpadas Color Vision.

Disponíveis em amarelo, verde, azul e roxo, estas lâmpadas são as primeiras que oferecem esta possibilidade sem que isso comprometa a legalidade do seu automóvel. As lâmpadas Color Vision cumprem a legislação europeia e estão homologadas para circulação rodoviária. No entanto, o conceito é tão revolucionário que a marca incluiu um certificado de homologação na caixa e recomenda

que o traga sempre no automóvel, no caso de ser fiscalizado pelas autoridades.

ALECARPEÇAS. NOVO DISTRIBUIDOR DA MARCA VICTOR REINZ

AAleCarPeças passa, a partir de agora, a disponibilizar a prestigiada marca VICTOR REINZ na sua oferta. Este

fabricante de primeiro equipamento e marca líder no Aftermarket dispõe de uma gama completa de juntas de motor, parafusos de cabeça, retentores e colas.Com mais de 1600 referências em stock, a AleCarPeças garante uma ampla capacidade de resposta para as mais diversas solicitações. A VICTOR REINZ junta-se assim a outras marcas disponibilizadas pela AleCarPeças, como a febi, Blue Print, Hella, Beru, Hella Pagid,

Hengst, Gates, Liqui Moly, Bilstein, Luk, KM, Pierburg ou Valeo.

METELLI. NOVO SISTEMA DE EMBALAGENS PARA OS PRODUTOS

AMetelli renovou o sistema de embalagens de toda a gama de produtos Graf, KWP, Metelli e Cifam: bombas de água, peças

de travão e parte hidráulica, discos de travão, maxilas de travão, pastilhas de travão, tambores de travão e peças do motor. Esta alteração tem o objetivo de tornar o embalamento dos próprios produtos mais moderno e reconhecível, capaz de comunicar a visão institucional do grupo.Cada marca diferencia-se por uma composição

de cores marcante e original; os logótipos da Metelli, Graf, Cifam e KWP, recentemente revistos, são acompanhados pelo novo slogan “Automotive Passion” que identifica com clareza a nova missão da empresa. Todas as embalagens apresentam uma faixa azul que as associa ao Gruppo Metelli, novas referências fotográficas agregadas às cores da marca comercial completam a obra de renovação estética do sistema de embalagens.

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18 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

2 REVISÃO

António Teixeira LopesPRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ARAN, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO RAMO AUTOMÓVEL

o ano de 2014 o após venda português terá valido qualquer coisa como 2,4 mil

milhões de euros. Estimamos que cerca de um terço do valor não tenha sido

facturado e passado ao largo do fisco.

Infelizmente, para o ano de 2015, espera-se unicamente um crescimento na ordem

dos 2 a 3%. De referir que o valor do ano de 2014, foi inferior em cerca de 6% ao

valor de 2012. Enquanto os portugueses não tiverem as suas finanças em dia, o automóvel

não será uma prioridade, pois a habitação, saúde, alimentação e educação estarão sempre

antes. Receamos pela falta de seguro e pela segurança rodoviária, pois por vezes ouvimos,

que automóveis irão à inspecção com pneus emprestados.

No que respeita à reparação não legal, que valerá um terço da facturação, os incentivos em

sede de IRS são, em nosso entender, insuficientes para consciencializar os portugueses para

preferirem empresas reparadoras legais. O não legal trabalha à cabeça com 23% de desconto

na mão de obra, mas se contabilizarmos outros custos, como os ambientais, da medicina

no trabalho, entre outros, facilmente poderemos falar de 35 a 40%, inferiores aos custos de

uma oficina legal, que liquida os seus impostos e tem os seus trabalhadores na Segurança

Social e com seguro de acidentes de trabalho. Os não legais acarretam uma concorrência

perfeitamente desleal para com aqueles que todos os meses lutam para pagar os salários

(e muitas vezes o seu próprio). As autoridades deveriam combater os ilegais, pois estes

trabalham sem liquidar grande parte dos impostos, mas preferem em contrapartida fiscalizar

os legais.

A retoma ocorrerá, infelizmente, muito devagar, sendo no após venda na ordem como se

referiu dos 2 a 3% ao ano. Será imprescindível que a cadeia dos operadores do após venda

se adapte à actual realidade do povo português, cuja capacidade financeira diminuiu

substancialmente nos últimos anos. Verificamos que no dia-a-dia existem operadores que,

pese as dificuldades, se adaptaram ao novo perfil e, muitos outros que não quiseram ou não

souberam adaptar-se. Cabe aos operadores a adaptação a esta circunstância, mas de modo

algum poderão descurar o avanço da tecnologia automóvel. A formação, novos equipamentos

de diagnóstico e novas ferramentas (e saber como as usar), é mais do que indispensável.

Estamos em crer que, aqueles que ultrapassarem estes tempos de crise, deles sairão mais

fortes, seja por se terem tornado mais competitivos, como também porque irão ter menos

concorrência devido ao desaparecimento dos mais fracos. Para os que não se adaptarem o

seu fim será triste. Desde 2006, encerraram metade dos operadores.

Quanto às vendas de automóveis no ano de 2014 gostaríamos de frisar que embora não

possuindo ainda números concisos, estamos em crer que mais de metade do aumento na

ordem dos 36%, verificado em relação ao ano anterior, se terá devido às frotas nas suas

diversas componentes, tais como rent-a-car, aluguer de longa duração, etc. Estas vendas,

na sua grande maioria, não passaram pelos operadores do retalho, não estando pois ainda

reflectidas no consumidor final. Ainda faltam mais de 100.000 automóveis, ou seja cerca

de 37%, para se chegar aos valores do ano de 2008, valores esses que consideramos como

mínimos para a sobrevivência dos operadores do retalho (concessões).

Portugal, seja nas vendas como no após venda, irá recuperar devagar e sempre dependente

da situação económica do país.

Retrospetiva do ano de 2014

PARCERIA

OPINIÃO

INTERESCAPE. CONQUISTA PME LÍDER NOVAMENTE

AInterescape conquistou novamente, em 2014, o estatuto PME Líder, com a renovação da distinção atribuída pelo

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação.A Interescape conta com diversas máquinas e equipamentos especializados, com capacidade para produzir em qualquer tipo de material escapes e catalisadores, com duas marcas próprias: IeCat e IePower. Como importador Aftermarket, a Interescape detém diversas representações, com destaque para a Walker, Eberspacher, Imasaf, Bosal e AS. Como reconhecimento do trabalho desenvolvido nos últimos anos, a Interescape foi distinguida, em 2013 e 2014, com o estatuto de PME LÍDER, prémio atribuído às empresas portuguesas que se destacam pelo seu crescimento, sustentabilidade, desenvolvimento de novos negócios e capacidade de exportação, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros.

VALVOLINE. NOVA FORMULAÇÃO DURABLEND E MAXLIFE FE SAE 5W-30

Os óleos de motor da Valvoline DuraBlend FE SAE 5W-30 e MaxLife FE 5W-30 foram reformulados para os níveis de

desempenho ACEA 2010, e passaram a garantir os requisitos da Ford WSS-M2C913-C.No que diz respeito ao óleo de motor Valvoline DuraBlend FE SAE 5W-30 de formulação sintética premium, conta agora com os melhores e mais avançados óleos de base e tecnologia de ponta. O DuraBlend FE fornece desempenho, durabilidade e economia de combustível mais eficiente e é especialmente recomendado para motores Ford que exigem normas Ford WSS-M2C913-C e é compatível com as normas M2C913-A e B de óleos de motor. No que diz respeito ao óleo de motor Valvoline Maxlife FE SAE 5W-30 combina a formulação sintética premium com o multi-Life um pacote exclusivo de aditivo que ajuda a combater as quatro principais causas de avarias de motor: fugas, depósitos, lamas e fricção.O Maxlife FE 5W-30 revitaliza as áreas críticas e ajuda os motores a funcionarem melhor, por mais tempo, especialmente recomendado para motores com exigências Ford WSS-M2C913-C e é compatível com as normas M2C913-A e B de óleos de motor.

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20 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

2 REVISÃO2 REVISÃO

Neves da SilvaSECRETÁRIO GERAL DA ANECRA, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL

entrada em vigor em 15 de janeiro das novas regras de circulação

automóvel em Lisboa, aplicáveis aos veículos automóveis com matrícula

de ou anterior a 2000, veio gerar fortes constrangimentos à mobilidade e

acessibilidade para os proprietários dos veículos visados e pôr em causa

a atividade, senão mesmo a sobrevivência, de muitas micro e pequenas

empresas, particularmente do setor da reparação e manutenção automóvel,

localizadas dentro da área de exclusão de circulação.

Não ponho em causa os princípios que nortearam a génese desta medida, que

tem inerente a salvaguarda da qualidade ambiental da cidade e o cumprimento

dos limites impostos pela EU às emissões poluentes, ainda que discorde da forma

casuística e eventualmente menos ponderada como foi implementada.

Pergunto-me se esta medida terá como solução exclusiva o abate dessas viaturas

de idade superior a 15 anos – a que subjaz um incentivo à compra de uma nova –,

considerando que tal seria um contributo insuficiente para quem possa não dispor

de rendimentos disponíveis para tal negócio.

Por outro lado, como poderão sobreviver as empresas de reparação automóvel

estabelecidas no centro de Lisboa, na maioria independentes, que até agora

encontravam nas viaturas visadas uma parte significativa dos seus clientes?

Sobre a primeira questão, creio existirem soluções a considerar, nomeadamente a

instalação de GPL/GNC, com claras vantagens para os seus proprietários em termos

ambientais, energéticos e de custo/benefício.

Para tal será necessário que o IMT crie regulamentação que permita a execução da

legislação publicada em 2013 – no seguimento da luta travada pela ANECRA com vista

à eliminação dos principais entraves à adoção desta solução energética, como aliás

é reconhecido no regulamento camarário lisboeta, que exclui estas viaturas das

medidas em vigor.

Por outro lado, para dar continuidade às propostas formuladas pela Comissão da

Reforma da Fiscalidade Verde, será importante criar incentivos fiscais à instalação

destes equipamentos nos veículos afetados pela zona de exclusão, o que permitirá a

concretização dos objetivos de cariz ambiental, de mobilidade total e de redução dos

custos energéticos.

Sobre a segunda questão, sugiro que a autarquia de Lisboa introduza medidas que

atenuem os prejuízos causados às pequenas empresas de comércio e serviços,

nomeadamente as de reparação automóvel, as mais prejudicadas, por lhes ter sido

retirada parte do potencial de clientes.

Manifesto ainda a plena disponibilidade da ANECRA para para atenuar o impacto

negativo das medidas em vigor na capital.

As viaturas “não amigas do ambiente”

PARCERIA

OPINIÃO

MILLERS OIL. ABASTECE MOTORES FORD PARA A CATERHAM

Foi anunciada pela Millers Oil a assinatura do mais importante contrato ao longo dos seus 127

anos de história, com a especialista em lubrificantes a ser a escolha da Caterham para fornecedora oficial de óleos para os motores Ford que utiliza. Abrangendo todos os modelos de estrada e competição com as características acima referidas, esta escolha foi explicada por George Campbell, responsável de engenharia e desenvolvimento da Caterham., dizendo que “após termos trabalhado durante 2014 com a Millers Oil na temporada de competição, ficámos bastante impressionados com o resultado e apoio técnico providenciado”.

HELLA GUTMANN. MAIOR AMPLIAÇÃO DE GAMA EM EQUIPAMENTOS DE OFICINA

AHella Gutmann apresenta a maior ampliação de gama da sua história em equipamentos de oficina com 10

novidades que vão facilitar o trabalho dos profissionais das oficinas multimarca. Estas novidades fazem parte já do novo catálogo, que junta toda a oferta da Hella Gutmann. As oficinas terão também acesso a folhetos de cada produto, em formato PDF, que podem descarregar através do portal territoriohella.es.Os principais protagonistas do novo catálogo foram o aparelho de ajuste de faróis digital SEG V, o equipamento de gestão da pressão de pneus TPM Tool, a ferramenta de calibração de câmara CSC Tool, os equipamentos de diagnóstico mega macs e o aparelho profissional de teste de baterias BPC Tool.A partir de agora, toda a gama de equipamentos e ferramentas para profissionais, mesmo aquelas que existem na gama Hella, passam a estar unificadas sob a marca Hella Gutmann Solutions.

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Carglass. Novas oportunidades com o ADASA Carglass promoveu uma importante conferência sobre o impacto, a diferentes níveis, das modernas tecnologias que estão a ser introduzidas atualmente no automóvel. Aliás, sabe o que é o ADAS?

TEXTO PAULO HOMEM

OADAS, ou Advanced Driver Assistance System, é uma tecnologia instalada nos automóveis modernos que atua quando a segurança dos condutores é

colocada em causa pelas condições do tráfego (peões, outros carros, sinalização, etc), quer através de alertas, quer interferindo mesmo na condução do veículo.Algumas destas tecnologias aparecem normalmente associadas a determinadas siglas que identificam, por exemplo, a saída da Linha de Faixa de Rodagem (LDW), a Travagem Autónoma (AEB) ou o Assistente de Manutenção da Faixa de Rodagem (LKA), entre muitos outros.

ESPECIALISTA3

Muita desta tecnologia está incorporada no vidro para-brisas e/ou grelha frontal dos automóveis, utilizando sensores, câmaras e radares, que efetivamente apoiam o condutor na condução segura do veículo. O correto funcionamento destes sistemas tem implicações diretas na redução do nível de sinistralidade (diversos especialistas apresentaram dados concretos sobre este assunto na conferência promovida pela Carglass), mas a calibração dos mesmos é essencialmente para que o condutor possa confiar totalmente neles.Um carro que utilize ADAS e que tenha um para-brisas partido ou que tenha tido um

SIGLAS USADAS EM SISTEMAS ADASCMB Collision mitigation by brakeFCW Forward Collision WarningHMW Headway MonitoringIHC Intelligent Headlight ControlLDW Lane Departure WarningLKAS Lane Keeping and SupportLSCMB Low Speed Collision Mitigation by BrakingTSR Traffic Sign RecognitionPDW Pedestrian Detection WarningVACC Video Only Adaptive Cruise Control

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funcionamento de alguns sistemas ADAS).Numa altura em que as marcas de automóveis estão a desenvolver sistemas cada vez mais precisos de medição das distâncias por via dos sistemas eletrónicos ADAS, Chris Davies focou a sua intervenção nas câmaras, que são os componentes que mais têm a ver com os vidros do automóvel, dizendo que 75% dos fabricantes de automóveis recomendam a calibração das câmaras no caso de haver substituição do para-brisas.“Na Carglass prestamos muita atenção a isto e estamos continuamente a informar e a formar a nossa rede, bem como dotá-lo de meios tecnológicos que permitam dar resposta ao crescente número de veículos que têm sistemas ADAS com câmaras no vidro e que precisam de substituir o para-brisas”, referiu Chris Davies.A nível europeu, a Belron trabalhou em parceria com o fornecedor Hella-Gutmann, que desenvolveu um equipamento específico para a rede Carglass, que foi apresentado nesta conferência. Trata-se de um equipamento (painel de calibração, conhecido por CSC) que utiliza o software de diagnóstico da Gutmann (especificamente desenhado para a Carglass), tendo ainda um suporte físico que é acoplado às rodas do automóvel.

sinistro necessitará, após substituição / reparação, de efetuar a referida calibração de todos os novos sistemas de apoio à condução, para que estes cumpram as funções para as quais foram montadas.A Carglass em Portugal está preparada para prestar o serviço de calibração dos sistemas ADAS, recomendado pelos próprios fabricantes dos automóveis, em todas as viaturas que substituírem o vidro.Trata-se de um assunto muito importante, pois em 2014 cerca de 8% dos serviços de substituição de vidro (na rede Carglass) foram realizados em viaturas com ADAS.Para se ter noção da importância deste assunto, o própria Euro NCAP (organismo que avalia a segurança dos automóveis) fará depender em breve a sua avaliação máxima (as conhecidas 5 estrelas) da existência dos diversos sistemas ADAS nos veículos.

CONFERÊNCIAChris Davies, responsável técnico da Belron (detentora da Carglass) fez uma interessante exposição sobre para-brisas, começando por alertar para a importância de uma correta colagem na substituição dos mesmos (pela importância que o para-brisas tem na segurança do veículo e no correto

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QUANDO SE DEVE CALIBRAR UM SISTEMA ADAS?Diz a Carglass que 75% dos construtores de automóveis recomendam sempre a calibração dos sistemas ADAS após qualquer a substituição do vidro. Do lado da Hella Gutman essa recomendação estende-se também a todos aqueles carros que por algum motivo tenham sido reparados (depois de um acidente, por exemplo).Dessa forma, diz a Hella Gutmann, um sistema ADAS deve ser calibrado (ao nível da câmara dianteira) nas seguintes situações:

Após colisões; Após substituição ou ajustes efetuados na

suspensão (alinhamento da geometria das rodas, modificações na suspensão que alterem a altura do veículo, reinicialização de sensores de nível da suspensão em veículos com suspensão eletrónica);

Após substituição de senores ou dos seus suportes de UCE´s na periferia dos sistemas da câmara;

Após a substituição do para-brisas; Após deteção de código de avaria relevante ao

sistema.Durante a calibração é efetuada uma readaptação das coordenadas do sistema e da escala do sensor, de acordo com as novas circunstâncias e estado do veículo.Para que não existam problemas legais e/ou de seguros associados à calibração dos sistemas ADAS, a Hella Gutmann utiliza sempre as mesmas especificações do fabricante do veículo.

Existem duas formas de fazer a calibração: a dinâmica e a estática. Na primeira liga-se o equipamento de diagnóstico ao veículo efetuando-se uma condução de calibração (que está de acordo com as normas do fabricante do veículo), enquanto a segunda é feita com o veículo parado, utilizando-se o equipamento antes descrito.

SOLUÇÕES MOBILEYE EM SISTEMAS ADASUma das apresentações desta conferência foi realizada por Gil Ayalon, Diretor para Portugal e Espanha da Mobileye, que apresentou o Mobileye Collision Avoidance Systems (sistema de prevenção da colisão), que está disponível também para o aftermarket.Muito presente no primeiro equipamento, equipando muitos modelos de automóveis de algumas das mais importantes marcas, sendo parceira de empresas como a Delphi e a TRW e trabalhando em parceria com as principais seguradoras europeias, rent-a-car e gestoras de frotas, a Mobileye disponibiliza ainda as suas soluções para o aftermarket.Funcionando como o “terceiro olho” os sistemas da Mobileye monitorizam constantemente a estrada à frente

do veículo, identificando potenciais situações de risco através de alertas sonoros ou visuais que ajudam o condutor na prevenção ou atenuando a colisão.Alerta de colisão (com deteção de motociclos), alerta de atropelamento (incluindo deteção de bicicletas), aviso de saída de faixa de rodagem, aviso da distância de segurança para o veículo da frente e indicação do limite de velocidades são algumas das soluções da Mobileye, que desenvolveu também para smartphone uma aplicação que conecta via Bluetooth ao dispositivo, no qual são definidas uma variedade de diferentes configurações e alertas, bem como uma opção “rastreador de aviso” que permite ao condutor avaliar os últimos avisos no final de uma jornada de condução. É, por isso, ideal para monitorizar jovens condutores.

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Impoeste. Novo representante da Nexa Autocolor Desde o início de 2015 que a Impoeste passou a ser o representante exclusivo em Portugal da Nexa Autocolor, depois de terem chegado a bom porto as negociações com o Grupo PPG.

TEXTO PAULO HOMEM

T endo sempre como missão o crescimento da empresa e do seu volume de negócios, a Impoeste encetou negociações com um novo

parceiro de negócio, neste caso com o gigante Grupo PPG (num acordo que envolveu também a compra dos ativos da empresa Sotinco Refinish), que lhe permitisse atingir tal objetivo.Depois de tantos anos a trabalhar a marca DuPont, entretanto convertida em Cromax, a Impoeste passou assim a representar em Portugal, como importador exclusivo, a Nexa Autocolor.Sendo uma área de negócio que domina totalmente, este é sem duvida um novo rumo para a empresa de Torres Vedras, já que

assumiu os ativos humanos e comerciais do anterior representante da Nexa Autocolor, nomeadamente distribuidores e clientes, como também alguns profissionais que já conhecem a marca há muitos anos.O momento agora é de converter os tradicionais clientes Impoeste, num processo que já está a decorrer e que passa pela instalação de máquinas nas oficinas para trabalhar com os produtos Nexa Autocolor.“A rede de distribuidores da Nexa é maior e tem uma forte incidência local, o que nos permite alargar a rede de distribuição da Impoeste e, consequentemente, o número de clientes, pois salvo alguma exceção todos os que já eram nossos distribuidores e clientes se irão manter connosco”, começa por afirmar

Luís Santos. Sobre as implicações diretas que esta nova fase da empresa acarreta, este responsável reconhece: “existiam formas diferentes de trabalhar e de abordar o mercado na Impoeste e no anterior importador e, por isso, vai haver uma fase de transição, que está a ser muito trabalhosa mas muito gratificante e que já está a dar os seus frutos”.

MARCA LÍDER DE MERCADONão tendo em Portugal a dimensão que tem noutros mercados, por exemplo em Espanha e em Inglaterra, onde é líder, a Impoeste pretende fazer um trabalho muito forte com a marca Nexa Autocolor, que a leve também ao reconhecimento e liderança no mercado português. Esta é também uma das intenções

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do Grupo PPG. “Existem objetivos muito bem definidos sobre os interesses comuns da Impoeste e do Grupo PPG relativamente à marca Nexa, que passam por ser a marca de tintas número em Portugal”, afirma Luís Santos, mesmo reconhecendo as dificuldades existentes num mercado cada vez mais competitivo e aguerrido.Depois de tantos anos a “viver” uma outra marca, a abordagem a uma nova marca dentro da empresa está a ser encarada com muita expectativa. “A Nexa Autocolor é claramente a marca do Grupo PPG com maior importância e quota de mercado a nível europeu”, diz Luís Santos, que explica que, “em termos tecnológicos, trata-se de um marca de topo com inovações muito importantes, que investe

muito em investigação e desenvolvimento, que tem uma excelente gama de produtos e que está presente em mais de 150 países e possui uma relação de confiança e homologação com as principais marcas automóveis mundiais”.No entender do responsável da Impoeste, estando a empresa habituada a lidar e a trabalhar com grandes marcas, a diferença no mercado não se fará tanto do ponto de vista do produto mas sim do serviço. “A grande diferença será o serviço e é isso que queremos também trazer à Nexa Autocolor em Portugal”, explica Luís Santos.

FORMAÇÃOUma das áreas em que a Impoeste vai reforçar bastante (depois de o já ter feito em

2013 e 2014) é a da formação, quer para os distribuidores, quer para os clientes finais.“Estamos já a investir bastante na formação ao nível do produto, quer no cliente quer trazendo-os às nossas instalações”, afirma o responsável da Impoeste, dizendo que “a própria marca disponibilizou e vai continuar a disponibilizar técnicos que irão ajudar muito na implementação, através da formação, da marca Nexa Autocolor em Portugal, nomeadamente naqueles que já eram nossos clientes no passado e que ainda têm algum desconhecimento dos produtos da nova marca”.Dispondo já de um centro de formação com excelentes condições técnicas, a Impoeste decidiu mesmo assim renovar tecnologicamente o mesmo, assim como (e acima de tudo) em termos de funcionalidade.

OUTRAS REPRESENTAÇÕESApesar do novo acordo que a Impoeste fez com o Grupo PPG para comercializar a marca Nexa Autocolor em Portugal, não houve alterações no restante lote de representações da empresa de Torres Vedras.A empresa continua a apostar forte na marca Sata, ao nível das pistolas de pintura, bem como nos consumíveis com a EMM (nomeadamente através da Colad) e nos abrasivos com a multinacional Norton. Para além destas marcas preferenciais ao nível dos produtos complementares da pintura, a Impoeste disponibiliza ainda outras marcas de consumíveis, ferramentas e equipamentos, mantendo-se, dessa forma, como um fornecedor global na sua área de negócio.

“SER LÍDER DE MERCADO”Um dos grandes objetivos da Impoeste é ser “claramente o líder de mercado em Portugal em tintas para automóveis com a marca Nexa Autocolor”, assegura Luís Santos, responsável comercial da Impoeste.Sendo já líder em Espanha, os objetivos do Grupo PPG com a marca Nexa Autocolor passam também pelo crescimento em Portugal, mas “sabemos que existe muito trabalho a fazer em termos de divulgação da marca e da imagem da própria marca nas oficinas, que são aspetos que estão a ser trabalhados”, explica o responsável da Impoeste.

CONTACTOSIMPOESTE

RESPONSÁVEL LUÍS SANTOS

TELEFONE 261 337 250

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.impoeste.com

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Blue Print. Gama britânica ajuda a diversificar oferta A nova gama dirigida a modelos Jaguar, Land Rover e Mini foi desenvolvida em Portugal e é a nova aposta da Blue Print, talhada para trabalhar os nichos de mercado.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

O caminho da Blue Print tem sido sempre em linha ascendente. Não só em negócio, mas também na diversificação do negócio. O lançamento da gama

de britânicos é a mais recente prova dessa estratégia. A Blue Print começou por fornecer “peças japonesas para carros japoneses” há cerca de 26 anos no Reino Unido. Em 1988 os carros japoneses representavam apenas uma pequena percentagem do total de veículos nas estradas do Reino Unido, mas agora, juntamente com outros fabricantes de toda a Ásia, este número está acima dos 18%, uma realidade semelhante a Portugal. As previsões internacionais mostram que o crescimento das marcas asiáticas vai continuar nos próximos anos. A Blue Print começou com o que era um nicho de mercado e fez tudo o que era necessário para garantir ao mercado independente do pós-venda um fácil acesso às suas necessidades, com qualidade equivalente à original e suporte através do sistema de catalogação mais preciso da indústria. Em Julho de 2008 a Blue Print adotou esta filosofia para outro segmento de mercado, os veículos americanos com especificação europeia, como a Cadillac, Chrysler, Dodge, Hummer e Jeep.Agora a Blue Print anuncia o lançamento oficial de uma gama de peças de substituição para veículos tradicionalmente britânicos, começando com a Jaguar, Land Rover e Mini e

que irá ser aumentada para incluir peças para outros fabricantes britânicos. Joaquim Candeias, Managing Diretor da Ferdinand Bilstein Portugal, o novo nome da empresa que detém as marcas Blue Print, Febi e SWAG explica em pormenor à TURBO OFICINA a nova estratégia. Quais as mais-valias do lançamento da gama britânica para a Blue Print em Portugal?O lançamento desta nova gama tem como principal objetivo diversificar a oferta da Blue Print no mercado. Tradicionalmente, a Blue Print tem apostado no desenvolvimento de soluções para nichos de mercado, foi assim há 26 anos com as peças para veículos asiáticos e, em 2008, com o lançamento da gama americana, pelo que agora foi decidido apostar

num novo segmento, que é o dos veículos britânicos. A aposta inicial centra-se em peças para Jaguar, Land Rover e Mini, e apesar do parque destas marcas ser reduzido em Portugal, acreditamos que podemos aplicar a mesma filosofia de sucesso que temos utilizado nas restantes gamas. O que implicou ao bilstein group em termos de investimento este alargamento de gama?O bilstein group está continuamente a efetuar alargamentos nas suas famílias de produto, pelo que esta nova oferta da Blue Print requer o investimento normal que existe sempre que fazemos o lançamento de uma nova gama, algo que consideramos comum e faz parte da nossa maneira de estar no mercado.As marcas Mini, Jaguar e Land Rover são

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associadas a uma imagem premium. Isso pode também ajudar a tornar a imagem da Blue Print mais premium?É verdade que as marcas de origem britânica desenvolvem modelos para o segmento premium e estão associadas ao luxo, mas não foi com esse propósito que decidimos lançar esta nova gama, até porque consideramos que a marca Blue Print já tem o reconhecimento no mercado como uma marca premium. Havia uma lacuna no mercado de aftermarket no que diz respeito a carros britânicos? A concorrência é forte neste sub-segmento?Já existe no mercado pós-venda independente uma oferta variada de peças para marcas britânicas, sendo que a mesma está muito centrada em distribuidores especialistas neste tipo de veículos e também através de sites de comércio eletrónico específicos para estas marcas. A nossa aposta, no entanto, passa por poder oferecer ao mercado uma gama muito abrangente de peças para estes veículos, com qualidade equivalente à original, com uma disponibilidade de stocks para entrega no dia seguinte e com todos os serviços associados que são oferecidos pela nossa empresa.A Blue Print tem hoje uma vasta gama de peças para carros asiáticos e americanos. Agora chega aos ingleses. O objetivo é continuar a alargar, por exemplo, para marcas francesas e alemãs?A aposta da Blue Print passará por continuar a estar focada nos nichos de mercado, pelo que não está previsto que a Blue Print aposte numa oferta completa de peças para as marcas com maior representatividade no parque automóvel, nomeadamente para os fabricantes franceses, alemães e italianos, que continuarão a ser devidamente desenvolvidas pela febi e SWAG.Existe algum risco de entrar num mercado tradicionalmente da SWAG ou da febi?A razão pela qual o grupo decidiu escolher a marca Blue Print para lançar a gama de peças para veículos britânicos foi por considerar que esta gama é um nicho de mercado e, como a Blue Print já tem provas dadas no desenvolvimento com sucesso dos nichos de mercado, concluiu-se que esta aposta seria mais eficaz sobre

esta insígnia. Além deste fator, existe ainda a questão que a Blue Print é uma marca originária do Reino Unido, pelo que fazia todo o sentido que fosse esta marca a lançar a gama britânica. A febi e a SWAG continuam o desenvolvimento da sua oferta para as principais marcas automóveis.Qual a estimativa de crescimento da oferta de referências para veículos para britânicos ao longo de 2015?Considerando que a Blue Print lança uma média de 150 novos produtos por mês, podemos esperar um rápido crescimento de referências para veículos britânicos. Para além do lançamento de novos produtos, tem que se ter ainda em conta que as marcas contempladas neste início são apenas a Jaguar, Land Rover e Mini, e que a oferta será aumentada para incluir também outros fabricantes britânicos, pelo que rapidamente teremos a oferta mais completa do mercado.Esta nova gama vai ter exatamente os mesmos distribuidores em Portugal ou há possibilidade de alargar o leque a clientes específicos?A nossa intenção é que esta nova oferta da Blue Print esteja disponível apenas através da nossa rede de parceiros em Portugal, não estando por isso previsto a alargamento da nossa rede de distribuição.

O centro de desenvolvimento que existe em Portugal vai também trabalhar sobre este segmento de britânicos?Toda a pesquisa de veículos e aplicações para o desenvolvimento da gama britânica da Blue Print foi realizada pela equipa de pesquisa do bilstein group que está sediada em Portugal como, aliás, acontece com todas as gamas do nosso grupo.Que novidades se podem esperar mais da Blue Print em 2015?Ainda é prematuro revelar os nossos planos de lançamentos para a Blue Print em 2015, porque apesar de alguns projetos estarem já numa fase avançada de desenvolvimento, não existe intenção de os desvendar por enquanto. Mais próximo das datas de lançamento iremos certamente fazer a devida divulgação e promoção das novidades.

CONTACTOSBLUE PRINT

RESPONSÁVEL JOAQUIM CANDEIAS

TELEFONE 219 663 720

WEBSITE www.blue-print.com/pt/

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Gamobar Peças. Nova operação em LisboaA Gamobar Peças iniciou a sua operação de venda de peças originais em Lisboa. Mas esta não é a única novidade que este operador de peças tem para apresentar. Conheça as novidades.

TEXTO PAULO HOMEM

Opercurso da Gamobar Peças tem sido feito “peça a peça”, ou melhor, passo a passo e de forma sustentada. Desde que, em 2004, passou a usar a

designação Gamobar Peças, progressivamente a empresa foi acrescentando marcas ao seu portfólio de produtos, investindo em recursos humanos e materiais, consolidando o seu negócio na região Norte do País.Em maio de 2014 a Gamobar Peças inaugurou novas instalações (mantendo-se, contudo, na Rua Delfim Ferreira), criando condições invulgares de atendimento aos clientes em balcão, proporcionado uma melhoria na logística à oficina da Rua Delfim Ferreira. Nas novas instalações foram introduzidas

melhorias no sistema de leitura ótica que gere a atividade operacional.

LISBOAÉ nesta fase de investimento e de crescimento, que a grande novidade de momento na Gamobar Peças é o início da operação em Lisboa em janeiro último. Aproveitando as novas instalações da Gamobar em Cabo Ruivo (concessionário Opel), inauguradas em julho passado, a Gamobar Peças passou a ter disponível um armazém de peças exclusivamente destinado à sua atividade.“O alargamento estratégico da Gamobar para a Lisboa veio também potenciar a atividade das peças nessa região”, começa por dizer

Pedro Santos, responsável da Gamobar Peças, explicando que o objetivo é poder desenvolver a operação à semelhança da nossa atividade no Porto”.Desde a fase inicial da operação em Lisboa, a Gamobar Peças possui stock de todas as marcas que comercializa, tendo também já montada toda a logística que permita fazer chegar as peças às oficinas.“Além das 10 marcas (Peugeot, Opel, Chevrolet, Fiat, Lancia , Alfa Romeo, BMW, Mini, Renault e Ssangyong), podemos também fornecer outras marcas que decorram da necessidade dos clientes e dos acordos que desenvolvemos, que já temos no Porto e que agora passam a estar

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dá um nível de resposta excelente ao nosso cliente”, refere Pedro Santos, que explica que para além do comercial em Lisboa a empresa dispõe de mais cinco na região do Porto.

PROJETO ONLINEUm dos projetos que a empresa está a desenvolver para 2015 é o das vendas online. Nesta altura existe apenas uma presença institucional da Gamobar Peças no site da empresa, mas “está na altura de investir também nas venda B2B”, resumindo Pedro Santos que “é uma forma que nos permite cumprir na plenitude um atendimento total ao cliente”.Consultar o stock, catálogos eletrónicos, efetuar encomendas, consultar faturas, tracking de encomendas, pedidos de devolução, extratos conta-corrente, campanhas e outras funcionalidades estarão presentes neste site de vendas online que a empresa irá desenvolver este ano. “Esta nossa aposta no online não nos fará desinvestir na equipa comercial, antes pelo contrário, já que nunca o site irá substituir os vendedores, nem as vendas em balcão nem a aposta no call-center. Será apenas uma forma adicional de nos relacionarmos com o cliente e proporcionar mais serviço, sobretudo às oficinas independentes”, refere o responsável da Gamobar Peças.

também disponíveis em Lisboa”, afirma o mesmo responsável, dizendo ainda que “não está prevista a entrada de novas marcas no Grupo. Mas se entrarem teremos condições logísticas para as trabalhar pois existe capacidade para tal”.Para além da necessidade interna das oficinas da empresa, as oficinas independentes são o alvo principal da Gamobar Peças, à semelhança do que acontece no Porto, existindo três vetores estratégicos essenciais para o desenvolvimento desta operação: bom atendimento, nível de stock adequado às exigências do cliente e entregas rápidas. “Estas são as três áreas em que temos vindo a trabalhar e a consolidar no Porto desde 2004 e que estamos agora a replicar em Lisboa”, explica Pedro Santos.Sabendo que existe uma fase de transição nesta operação da Gamobar Peças em Lisboa, a distribuição logística nesta região é, apesar disso, diferente da que tem no Porto. Em Lisboa a opção foi por um transportador externo, embora a aposta seja nas entregas bi-diárias.“Em Lisboa e a sul do Tejo já conseguimos ter entregas bi-diárias, algo que no Porto temos a funcionar também em pleno”, refere o mesmo responsável.Uma das áreas em que a Gamobar Peças apostou foi no atendimento ao cliente. Não é por acaso que a empresa tem 15 pessoas no call-center a nível nacional, sendo que “isto

CAMPANHASUma das apostas a manter tem a ver com as campanhas, algo que as próprias marcas que a Gamobar Peças representa também têm vindo a incentivar bastante. “Temos as campanhas das marcas, mas por vezes temos também as nossas próprias campanhas. Temos mantido um ajuste de stock vs. nível de serviço ao cliente para poder manter uma campanha mais tempo face ao que sucede com a nossa concorrência”, explica Pedro Santos, dizendo que “as campanhas têm sido um ponto forte no serviço que damos ao cliente, com um impacto muito importante nas vendas”.Neste momento as vendas às oficinas independentes representam 40% das vendas da Gamobar Peças. Apesar da importância das vendas externas, a Gamobar Peças pretende manter este rácio 60/40 (interna/externa), mas “a aposta principal estará no reforço do serviço e do atendimento ao cliente, quer seja ele interno quer seja externo”, conclui Pedro Santos.

CONTACTOSGAMOBAR PEÇAS

RESPONSÁVEL PEDRO SANTOS

TELEFONE 226 152 700

E.MAIL pecas&[email protected]

WEBSITE www.grupogamobar.pt/pecas.asp

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30 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

23 ESPECIALISTA

Stand Asla. STC-Mannol em crescimentoReunindo vários distribuidores nacionais, teve lugar em Aveiro a 1.ª Convenção Stand Asla SCT-Mannol, com a presença de responsáveis destas empresas. O crescimento destas marcas em Portugal assim o justificou.

TEXTO PAULO HOMEM MANNOLO responsável da Mannol presente neste evento fez uma exaustiva apresentação sobre lubrificantes, percorrendo as principais características técnicas que regulam a qualidade dos mesmos. Os lubrificantes Mannol são desenvolvidos na sua maioria cumprindo os critérios de classificação SAE, API e ACEA. Este é um aspeto muto importante para o desenvolvimento dos lubrificantes Mannol, que cumprem, por exemplo, as especificações OEM (primeiro enchimento) dos motores que equipam os modelos automóveis das diversas marcas, como as do Grupo VAG (Seat, Volkswagen, Audi e Skoda), Mercedes Benz e Smart, bem como Renault e Dacia.Atendendo à tendência que os modernos lubrificantes revelam (menor viscosidade, maior especificidade, cumprimento dos requisitos dos lubrificantes, etc), a Mannol lançou também os “Low SAPS” de modo a satisfazer as exigências e proteger os sistemas de pós-tratamento de gases de escape (nomeadamente o filtro de partículas). A gama Mannol é muito extensa incluindo lubrificantes para motores de veículos ligeiros, pesados, agrícolas e náuticos, tendo ainda uma oferta muito consolidada em óleos hidráulicos, direção, travões, transmissão, entre outros, sem esquecer os aditivos (óleo e combustível), massas, anti congelantes e car care.

SCTNa segunda fase da convenção, foi feita uma apresentação sobre a SCT, marca que, tal como a Mannol, o Stand Asla representa em exclusivo em Portugal. A gama de produtos incide essencialmente em quatro grandes áreas: filtragem, travagem, escovas e lâmpadas. A gama de filtragem é composta por cerca de 1.500 referências em filtros de ar (ligeiros e pesados), de óleo, de habitáculo, desidratadores, de transmissão automática e de combustível. A área de travagem inclui 600 referências, divididas em calços, maxilas e avisadores de desgaste, enquanto a gama de escovas inclui as escovas standard e flat, numa ampla cobertura de parque automóvel. Ao nível das lâmpadas a gama SCT conta com cerca de 80 referências.Refira-se que em 2014 a SCT investiu muito no lançamento de novas referências nestas

OStand Asla representa desde 2011 os produtos SCT, marca com uma linha muito completa de peças e componentes para o aftermarket, e a

Mannol, uma não menos completa linha de lubrificantes, que pertence à própria SCT.A SCT é uma empresa alemã, com sede em Hamburgo, onde tem todo o centro logístico das peças que comercializa. A empresa dispõe de uma fábrica, na Lituânia (UAB SCT Lubricants), de onde saem os lubrificantes com a marca Mannol. Ao todo a empresa tem mais de 200 funcionários, uma área total de armazém superior a 40.000 m2 e está presente em 92 países em todo o mundo.A SCT está presente no TecDoc, estando a empresa muito focada no controlo de qualidade dos seus produtos, nas peças mas também nos lubrificantes, área de negócio onde dispõe de uma vasta gama de referências para o setor dos ligeiros, pesados, agrícolas entre muitos outros.Um dado muito importante na relação Stand Asla / SCT Germany têm sido as vendas em Portugal, quer dos produtos SCT, quer dos lubrificantes Mannol, com um crescimento progressivo até 2013 e exponencial no ano de 2014.Foi exatamente este bom trabalho do Stand Asla que o responsável da SCT Germany, Konstantin Klein, veio testemunhar a Portugal, através da realização da 1ª Convenção, que reuniu muitos clientes destes produtos comercializados pela empresa nortenha.

23 ESPECIALISTA

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TRÊS PERGUNTAS A JORGE SÁ STAND ASLA

Qual o objetivo da realização da 1.ª Convenção da SCT – Mannol?Tivemos como objetivo reunir os nossos principais distribuidores dos produtos SCT/Mannol, com os quais temos desenvolvido uma parceria de trabalho muito interessante, para o desenvolvimento e promoção destas marcas no nosso mercado. Consideramos que a partilha de informação, troca de opiniões, colocação de dúvidas e debate sobre novas necessidades emergentes no mercado são experiências fundamentais para o crescimento conjunto do Stand Asla, dos nossos distribuidores e do próprio fabricante SCT/Mannol.Quais serão as principais novidades que irão lançar na marca SCT e Mannol?O nosso compromisso é, antes de mais, disponibilizar no nosso mercado todas as novidades de gama que a SCT/Mannol continuamente desenvolve. Para além disso, fará sentido o alargamento de gama em algumas linhas de produto SCT menos trabalhadas neste momento, como por exemplo, maxilas de travão ou avisadores de desgaste.Em poucos anos a SCT – Mannol teve um forte crescimento nas vendas do Stand Asla. Como prevê o futuro destas marcas no universo de marcas do Stand Asla?A SCT/Mannol tem demonstrado uma grande atenção ao mercado e às suas novas exigências, desenvolvendo constantemente a sua de gama. Este fator é muito importante para nós enquanto representantes da marca. Acima de tudo, a óptima aceitação destes produtos no mercado é uma realidade. Por este motivo, tal como até este momento, a SCT/Mannol continuará a ser uma forte aposta do Stand Asla (não descurando obviamente o trabalho desenvolvido nas outras marcas também distribuídas pelo Stand Asla).

CONTACTOSSTAND ASLA

TELEFONE 220 917 000

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.stand-asla.pt

http://encomendas.stand-asla.pt

áreas de produto, que permitiu uma melhor cobertura de mercado, aposta que irá ser mantida em 2015.

WEBSITEA SCT proporciona aos seus distribuidores muita informação técnica, que está também disponível nos sites da SCT (www.sct-germany.de / www.sct-catalogue.de) e Mannol (www.mannol.de), sendo que muita dessa informação está em português (com tradução integral em breve). É também possível aceder a toda a informação de gama e preços SCT/Mannol, no site http://encomendas.stand-asla.pt).

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32 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

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Lisnova. Fortalece relação com a KdieselIniciado um novo ciclo no começo de 2015, a Lisnova aposta numa diferente proximidade com os seus clientes no setor diesel, como se prova pela recente formação da Kdiesel, com a apresentação de um novo equipamento.

TEXTO PAULO HOMEM

Esta empresa familiar, com nova estrutura societária, sendo Jorge Vaz o Sócio Gerente (e participação dos seus irmãos António Vaz e Rui Vaz), a

Lisnova, empresa sediada em Lisboa, inicia um ciclo na sua longa história, agora na área diesel.Trabalhando autonomamente, a Lisnova está focada nos sistemas diesel e em tudo o que seja equipamentos, ferramentas, peças e acessórios, sendo uma firma de importação e exportação. “A nossa atividade permite abordar esta área de negócio de uma forma ampla, o que é uma enorme vantagem neste negócio face às empresas que se constituem atualmente neste setor”, começa por referir Jorge Vaz, profissional com 22 anos de vendas em sistemas diesel.É este “know-how” que a empresa está a potenciar agora, tendo como suporte um parceiro de referência internacional, a Kdiesel (empresa italiana).“A relação que temos com a Kdiesel vai trazer

muitas vantagens para os nossos clientes, pois é uma marca que está em constante evolução ao nível das peças, ferramentas e dos equipamentos nos sistemas de injeção diesel”, refere o Sócio Gerente da Lisnova.

NOVO EQUIPAMENTOA Lisnova reuniu muito recentemente, durante três dias, um conjunto de profissionais da área técnica em sistemas diesel para efetuarem uma formação com Giuseppe Monea, da Kdiesel, na qual foi também apresentado um novo equipamento para teste de injectores, o Master 100.Três dias de formação, sendo dois deles dedicados a sistemas common-rail Bosch e Denso (onde o novo equipamento Master 100 dá resposta), e o terceiro dedicado ao sistema injector-bomba PLD/UIP e PDE através do equipamento Cam-Box (da Kdiesel), orientado para sistema de diesel em motores para ligeiros e pesados.O Master 100 é um novo equipamento para

sistemas common-rail que permite trabalhar um injetor de cada vez (existe um outro equipamento com o mesmo software que trabalha quatro injetores em simultâneo). Trata-se de um equipamento com uma produtividade enorme, devido à sua rapidez de operação face a outros equipamentos semelhantes existentes no mercado, que agora passa a estar disponível em Portugal através da Lisnova.

FORMAÇÃOUma das apostas da Lisnova daqui para frente será também na formação. Depois desta

23 ESPECIALISTA

CONTACTOSLISNOVA

RESPONSÁVEL JORGE VAZ

TELEFONE 218 166 450

E.MAIL [email protected]

WEBSITE N.D.

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recentemente ministrada, uma nova formação está a ser preparada e estruturada.“O nosso principal objetivo é a venda de peças e acessórios para sistemas diesel. O facto de também comercializarmos equipamentos, torna impossível dissociar isso da formação”, refere Jorge Vaz, dizendo que “a parceria com a Kdiesel vem precisamente no sentido de potenciar o conhecimento e o interesse do mercado nesta área”.Para além da formação outro dos objetivos da Lisnova é desenvolver o acompanhamento técnico à distância, contando para isso com a experiência de Jorge Vaz e do apoio dos fornecedores da Lisnova.

MERCADONesta nova fase da Lisnova, Jorge Vaz afirma que “temos uma equipa pequena mas muito motivada e com vontade de fazer um trabalho de proximidade com os nossos clientes e fornecedores, recorrendo aos mais de 20 anos de experiência que temos neste setor”.A Lisnova propõe-se, entre outros objetivos, manter a sua representatividade nacional, como se provou nesta formação onde estiveram clientes, entre outras regiões, de Vila Real, Olhão, Viseu, Porto, Leiria e Lisboa.“Existe sem dúvida muita concorrência no negócio das peças diesel e os sistemas evoluíram muito ao nível da fiabilidade, o que faz com que se venda menos peças”, explica Jorge Vaz, dizendo que a diferenciação “acaba por se fazer pela especialização e por estarmos sempre a acompanhar as novas tecnologias ao nível da reparação dos sistemas de injeção diesel, daí as nossas parcerias”.

DIESEL EM TODA A LINHAA Lisnova assume-se claramente como uma empresa especializada em sistemas diesel.Para além da marca de referência em ferramentas e equipamentos, que é a Kdiesel, com a qual a Lisnova tem vindo manter uma proveitosa relação de trabalho tanto na venda como na assistência técnica e formação, a empresa detém ainda outras representações de relevo.É o caso da MIAC, parceiro ao nível dos equipamentos diagnóstico (com o Autocom) e da Deteq/Marbed, que possuem também linhas de equipamento para sistemas diesel, que cobrem determinadas necessidades específicas (sistemas desde os mais antigos aos atuais). Tendo resposta para sistemas Bosch, Delphi, Denso e Siemens, entre outros, a Lisnova possui uma oferta diversificada ao nível de peças originais e não originais, tendo como exemplo destas a representação da marca alemã FLAG.

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UFI Filters. Apoiar os distribuidoresO objetivo do novo responsável da marca em Portugal é reforçar a ligação com os sete distribuidores que o grupo tem no nosso país e crescer juntamente com eles.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

L uís Vicente entrou na UFI Filters no início deste ano para substituir Pedro Proença no cargo de Area Manager para Portugal da Divisão Aftermarket da UFI Filters. À

TURBO OFICINA o novo responsável pelas marcas UFI e Sofima em Portugal explicou os objetivos para o mercado português. A forte

aposta é na rede de distribuidores, sete no total. “Na análise que fiz desde a minha entrada pude comprovar que o Pedro Proença fez um excelente trabalho nos últimos dois anos, a começar pela própria rede de distribuição que temos. O objetivo passa por fortalecer a ligação e a parceria com os nossos distribuidores e

apostar forte neles porque se eles cresceram nós crescemos”, explica Luís Vicente. Até porque, acrescenta, “devemos sempre procurar a zona de desconforto com os nossos distribuidores, mas sempre com os nossos distribuidores, porque eles também têm capacidade para crescer, inclusive noutras zonas do país, e é nessa tarefa que vamos apostar e ajudá-los”. Uma das zonas onde há margem para crescer é na zona sul. A rede está bastante estável e conta com quatro distribuidores para a UFI (A. Vieira, Bragalis, Centrauto e Leirilis) e três para a Sofima (Autozitânia, Fimag e Soulima). Atualmente em Portugal o mix de vendas entre as duas marcas é de 53% para a UFI e 47% para a Sofima. “A UFI sempre foi mais reconhecida como marca de primeiro equipamento e é o nome do próprio grupo. O nosso desafio é tornar uma mais-valia ter duas marcas. Cada uma tem o seu posicionamento e temos que trabalhar com os distribuidores porque temos duas soluções diferentes para o mercado”, explica Luís Vicente. A UFI é uma empresa italiana e está, naturalmente, muito ligada aos construtores italianos. “Existe essa imagem entre um fabricante de filtros italiano e os construtores italianos. Para nós não é nenhuma menos-valia. Mas o mercado tem que saber que estamos presentes cada vez mais na origem em marcas alemãs. Com a abertura de uma nova unidade na República Checa estamos também mais perto do mercado alemão”. Em 2015, sublinha Luís Vicente, um dos objetivos é trabalhar a gama alemã com os distribuidores. Na Sofima, uma das gamas muito forte e onde a marca está a apostar são os filtros para modelos asiáticos. Nas duas marcas a cobertura do parque automóvel está acima dos 90%. O calendário de formação para 2015 está neste momento a ser delineado com os distribuidores. Mas este é também um ano onde Luís Vicente vai analisar a entrada da marca no segmento dos pesados, onde a UFI tem tradição fora de Portugal, beneficiando também da experiência do responsável português nessa área. Nunca será antes de 2016. “Temos o know-how e a tecnologia. Na área dos pesados é fundamental entrar muito bem e não se podem correr riscos por ser um mercado bastante mais fechado e exigente”, sublinha. Luís Vicente, anteriormente na Valeo, vai também assumir a posição anteriormente ocupada por Pedro Proença na Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, em representação da UFI Filters.

23 ESPECIALISTA

CONTACTOSUFI FILTERS

AREA MANAGER PORTUGAL LUÍS VICENTE

TELEFONE 969 374 101

SITE www.ufifilters.com

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36 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

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Autopromotec. Aftermarket cada vez mais forte em BolonhaA edição deste ao da Autopromotec promete mais expositores, mais visitantes e muitas atividades paralelas relacionadas com formação, informação e novas tecnologias. A garantia é dada por Renzo Servadei, diretor-geral da Autopromotec, em entrevista à TURBO OFICINA.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

Qual é hoje a importância da Autompromotec para o setor do aftermarket? Nos anos ímpares a Autompromotec

é o maior salão de aftermarket na Europa. Em 2013 contámos com 1514 expositores de 51 países de todo o mundo e algumas destas empresas marcam presença em Bolonha e não estão em mais nenhum salão. Trabalhamos há 50 anos para sermos um ponto de encontro global para todo o setor do aftermarket e edição após edição temos conseguido fortalecer esse objetivo. A Autopromotec é hoje um salão muito reconhecido pelos equipamentos. Esta especialização foi algo que procuraram? Absolutamente. Os pavilhões da Autopromotec dedicados aos equipamentos para oficinas representam, por si só, a maior feira especializada nesse setor específico. Isto deve-se ao facto de, em Itália, existir a maior

concentração de fabricantes de equipamentos oficinais, a maioria deles líderes mundiais, vendendo mais de 80% da sua produção no estrangeiro. Estas empresas vão estar todas na Autopromotec, com as suas marcas próprias ou com as marcas dos seus distribuidores. Para os visitantes esta é uma oportunidade única de estar perto do melhor que se faz no mercado.A crise que afetou os países do sul da Europa como Itália, Espanha e Portugal obrigou a alterar alguma coisa na estratégia do salão?Ainda que estejamos a atravessar um período de crise, observamos que o setor do aftermarket está, em parte, em contraciclo. Por exemplo, nos países que referiu, a crise causou uma grande quebra na venda de carros novos nos últimos anos, mas isto fez com que os veículos existentes tenham que durar mais anos e, consequentemente, precisem de mais assistência. A mudança de estratégia pode

passar, pelo contrário, pelo facto das empresas terem que oferecer novas soluções com preços mais baixos para encorajar os proprietários desses veículos que estão a tentar adiar ao máximo quaisquer pequenas reparações. Acredita que o negócio garantido pela Autopromotec vai aumentar este ano? Quais são as previsões em comparação com a última edição?Para a edição de 2015 da Autopromotec estamos a observar um aumento da procura por parte dos expositores, alguns deles novos com origem na Europa, mas também na Ásia

23 ESPECIALISTA

OS PAVILHÕES DEDICADOS AOS EQUIPAMENTOS PARA OFICINAS REPRESENTAM, POR SI SÓ, A MAIOR FEIRA ESPECIALIZADA NESSE SETOR ESPECÍFICO

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e algumas das empresas que repetem a sua presença querem espaços maiores. Por outro lado, estamos a trabalhar muito na promoção internacional do salão, convidando o máximo de compradores e clientes estrangeiros para virem a Bolonha. Para isso vamos replicar o programa de negócios que aplicámos em 2013, que gerou cerca de 560 reuniões de trabalho. A partir dos dados que já temos, podemos afirmar que o negócio este ano vai aumentar. Quais os destaques do salão deste ano? Que novidades vão ter e o que podem esperar visitantes e expositores?A maioria das novidades vai chegar através da agitação e esforço tecnológicos que estão a afetar toda a indústria do aftermarket automóvel: existem vários campos de inovação envolvidos e cada sector do salão vai mostrar importantes novidades. O setor dos pneus e equipamentos de diagnóstico, em particular, vai apresentar novidades relevantes para o mercado. Os sistemas de infomobilidade continuam a evoluir de forma muito rápida e serão muitas as novidades também nesta área. Por outro lado, os novos standards de emissões poluentes são, cada vez mais, uma realidade do mercado, com uma preocupação cada vez maior na eficiência energética. Do lado dos pesados, a Autopromotec 2015 vai ter um foco muito grande no GNL, o gás natural aplicado aos motores de veículos pesados. A aposta passa também por terem formações, conferências e demonstrações ao vivo? O que é que os visitantes não podem perder?Também na próxima edição, a agenda de eventos do AutopromotecEDU vai discutir os temas mais relevantes do aftermarket, a economia e as novas oportunidades de negócio. A evolução tecnológica está a obrigar as empresas a investirem cada vez mais em informação, formação e equipamentos. Mas o esmagamento das margens e o aumento dos custos, muitas vezes, não deixam que as empresas sigam os seus planos de desenvolvimento. O AutopromotecEDU vai ajudar as empresas ao apresentar aos seus visitantes as novas oportunidades para melhorar a sua atividade através de formação técnica e informação. As reuniões, debates e discussões do AutopromotecEDU estão pensadas para deixarem os participantes a par da sua concorrência, atualizados (especialmente no que diz respeito às inovações tecnológicas) e vão ajudar a tirar partido dos novos meios de comunicação, além de poderem seguir as melhores práticas do setor. Ainda na agenda do AutopromotecEDU, o International Automotive Aftermarket Meeting 2015 tem o seu foco no tema “Veículos conectados – negócio conectado. Oportunidades e desafios para o Aftermarket”. Os expositores, além disso, vão oferecer as tradicionais

demonstrações ao vivo nos seus stands, e vão também organizar várias reuniões e apresentações, garantindo aos visitantes muitas oportunidades de aprendizagem. É fácil equilibrar as necessidades dos expositores com as dos visitantes? Quais são os grandes desafios para a organização?Acolher tantos expositores e visitantes não é fácil, especialmente quando vêm de países tão diferentes. Mas é importante lembrar que a Autopromotec é o único salão detido por associações de comércio, o que significa que os expositores (alguns deles) são uma espécie de sócios do certame. Isto faz com que a Autopromotec seja um evento similar a outros mas, ao mesmo tempo, muito diferente, sendo especialmente desenhada para responder às necessidades das empresas: os nossos objetivos passaram sempre por sermos altamente especializados e juntar diretamente os fabricantes com os

distribuidores e os utilizadores. Termo-nos mantido fiéis a este princípio tornou tudo mais simples para nós. A presença de empresas vai crescer este ano?Sim, e olhando para o número de expositores prevemos que vamos ter um bom crescimento face a 2013, com um forte interesse das empresas em exporem no próximo mês de Maio em Bolonha. Mas quero recordar que a Autopomotec quebrou o seu recorde de participantes em 2013. No que diz respeito à presença de empresas portugueses como expositores, quais são os números para este ano?Para já, temos cinco expositores de Portugal, mais um do que em 2013. Mas uma vez que ainda estamos a receber alguns interessados, esperamos que o número de empresas portuguesas ainda possa crescer até Maio. Que papel tem um país pequeno como Portugal na indústria global?Desde que a indústria se tornou verdadeiramente global, acredito que o conceito de pequenos países dexou de existir. Ainda mais na União Europeia, onde as regras relacionadas com a indústria automóvel são definidas a um nível comunitário e a internet garante a todos a oportunidade de investir em conhecimento e desenvolvimento. Portugal continua a ser um país importante na produção automóvel, o que faz do país muito interessante especialmente no que diz respeito à produção de componentes e peças de reposição. Porque é que os profissionais portugueses devem visitar a Autopromotec?A Autopromotec é cada vez mais o ponto de encontro internacional onde se apresentam as mais recentes tecnologias e produtos relacionados com o aftermarket e é onde é possível conhecer os principais players desta indústria. Os visitantes têm uma grande oportunidade de descobrir e testar novos produtos para os seus negócios, ficar a par das tendências do mercado, ver novas ideias de negócio e sugestões para novos serviços e soluções para melhorarem as suas oficinas e empresas. Como player conhecedor do mercado, que análise faz do aftermarket europeu neste momento?Num período de muitos desafios para outros setores económicos, a indústria do aftermarket europeia mantém-se uma área muito forte da economia. Os bens continuam a ter que ser transportados e as pessoas continuam a precisar e a querer mover-se e viajar. Já referi o facto de os carros estarem a ser usados por mais anos o que traz mais assistência, mas também acredito que o sucesso da Autopromotec demonstra a vontade de investir, de inovar e desenvolver, características fortes deste setor.

MAIS INFORMAÇÃO EM WWW.AUTOPROMOTEC.COM

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38 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Car Academy. Aposta na formação com qualidade A Car Academy é um novo projeto formativo que surge para dar resposta às necessidades das oficinas independentes ao nível da componente técnica, mas não só.

TEXTO PAULO HOMEM

O lançamento oficial da Car Academy terá lugar no final do mês de março, através da realização de um “Open Day” que servirá sobretudo para dar a

conhecer o espaço físico desta nova academia de formação, como também toda a oferta formativa que a mesma se propõe a fazer nos próximos meses.A TURBO OFICINA antecipa-lhe um pouco do que será a Car Academy, tendo até já visitado o espaço de formação, mas que por não estar ainda concluído e por se realizar o “Open Day” ficará para mostrar na próxima edição.No entender do responsável da Car Academy (que será apresentado no Open Day), pessoa com experiência na formação

e na técnica automóvel, este projeto acaba por surgir como forma de cobrir uma lacuna formativa, acima de tudo nas oficinas independentes mas também nas oficinas de marca. O foco estará centrado na formação técnica (ver quadro) mas também irá ser feita formação em áreas muito importantes como a metodologia de receção, atitude comportamental e da própria gestão. São áreas onde o responsável da Car Academy diz que ainda se vê algum amadorismo e nas quais existe um défice de formação associado à própria manutenção automóvel, apesar de reconhecer que existem estruturas de formação de referência em Portugal.

CERTIFICAÇÃOAs instalações da Car Academy estão localizadas no Cacém (Sintra, Lisboa), dispondo de duas salas teóricas com 21m2 cada, uma área destinada à formação prática e ainda uma zona de convívio, bem como todas as restantes estruturas de apoio. O objetivo é claramente, segundo o responsável

CONTACTOSCAR ACADEMY

TELEFONE 910 121 151

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.caracademy.pt

23 ESPECIALISTA

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da Car Academy, a certificação deste centro de formação pela DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho), estando a ser ultimados todos os aspetos do caderno de encargos para alcançar tal objetivo.Dessa forma, todos os formadores estarão certif icados, o que levará a que a formação ministrada possa contar para o número de horas de formação obrigatórias por lei, mas também permitir à Car Academy concorrer a fundos. Por outro lado, será também uma forma de atestar os técnicos de ar condicionado, o que só poderá ser feita por uma entidade certif icada pela DGERT.Apesar de já existir um plano de formação, o certo é que a Car Academy está a dar os primeiros passos e mesmo existindo um plano de negócios definido, a intenção é fazer tudo bem feito e de acordo com os processos formativos definitivos pela DGERT.Quer o responsável da Car Academy, quer os formadores que irão ser responsáveis pela formação, são profissionais já com muita experiência e que, no decorrer das suas vidas profissionais, estão devidamente atualizados no plano técnico, até porque continuam muito ligados ao setor automóvel precisamente pela área técnica. Aliás, todos os formadores que exercem a sua atividade na Car Academy são detentores de CAP (Certificado de Aptidão Profissional) para lecionar em contexto de formação profissional.

PARCERIASUm trabalho que também já foi feito pela Car Academy foi a identificação das escolas profissionais (de nível 4, o que corresponde ao 12º ano técnico-profissional), de modo a criar um protocolo que permita a esses jovens ter um a dois dias de formação no início das suas carreiras profissionais como mecânicos.Também em estudo está o desenvolvimento de parcerias com diversas estruturas / empresas que estejam ligadas ao aftermarket (marcas, grossistas de peças, etc.) de modo a poderem utilizar as instalações da Car Academy para, também elas, poderem desenvolver os tradicionais cursos de formação que realizam, só que num ambiente pensado para o efeito.

WORKSHOPSUm centro de formação como o que a Car Academy pretende vir a ser não se limitará apenas à formação técnica, propriamente dita.Assim, no plano definido pela empresa estão também contemplados uma série de workshops que têm uma função não apenas formativa, mas também informativa.De fora estarão as formações meramente comerciais, que é uma área formativa que a Car Academy não pretender abordar, já que a sua vocação é claramente o pós-venda.

PLANO DE FORMAÇÃO E WORKSHOP’SFormação técnica

CA02 - Eletrónica automóvel (24h)07/04/2015 a 23/04/2015 - Ter e Qui

CA03 - Multiplexagem (24h)16/06/2015 a 02/07/2015 - Ter e Qui

CA04 - Injeção Diesel (32h)06/04/2015 a 22/04/2015 - Seg, Qua e Sex29/06/2015 a 15/07/2015 - Seg, Qua e Sex

CA07 - Sistemas segurança ativa / passiva (16h)26/05/2015 a 04/06/2015 - Ter e Qui

CA08 - Transmissão automática (24h)05/05/2015 a 21/05/2015 - Ter e Qui

CA11 - Climatização e ar condicionado (24h)04/05/2015 a 15/05/2015 - Seg, Qua e Sex25/05/2015 a 05/06/2015 - Seg, Qua e Sex15/06/2015 a 26/06/2015 - Seg, Qua e Sex

WORKSHOPS - SÁBADOS (8h)

WS01 - Filtros partículas23/05/2015

WS02 - STOP AND START30/05/2015

WS03 - Sistemas híbridos11/04/201520/06/2015

WS04 - Gestão eletrónica17/04/201527/06/2015

WS05 - Veículos elétricos09/05/2015

WS06 - Redes multiplexadas16/05/2015

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40 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Pós-venda. A via oficial A realidade do pós-venda automóvel em Portugal é muito favorável à reparação independente face à reparação oficial, nos concessionários das marcas. As razões mais comummente apontadas são questões financeiras, parque automóvel envelhecido mas também o resultado de uma política de anos em que as marcas descuraram o serviço pós-venda para os carros fora de garantia. Aliado a isso, o pós-venda independente fez um árduo trabalho nos últimos anos em termos técnicos, tecnológicos e de atendimento ao cliente. No entanto, as marcas inverteram esta situação com o início da crise, quando a venda de carros novos caiu a pique. Os resultados não são imediatos mas o que estão as marcas a fazer em Portugal para fortalecer o pós-venda?

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

dossierd

PARA SE PERCEBER O ESTADO ATUAL DO PÓS-VENDA OFICIAL É IMPORTANTE FAZER UM BALANÇO DE 2014 E EM QUE MEDIDA O CRESCIMENTO DA VENDA DE

VEÍCULOS NOVOS VAI INFLUENCIAR ESTA ÁREA. BMW O ano de 2014 revelou-se um ano muito positivo para a BMW e MINI em Portugal. Este foi o melhor ano de vendas de peças para a nossa rede de concessionários e reparadores autorizados. Observamos igualmente uma maior concorrência no setor do após venda ano após ano. A nível unitário existe uma maior pressão a nível de rentabilidade de uma peça ou de um serviço, no entanto, o nosso volume de entradas nas oficinas e nas vendas de peças é maior, o que no global da rentabilidade podemos afirmar que esta tem-se mantido mais ou menos estável. Além disso, a BMW e a MINI registaram, nos últimos 10 anos, ótimos

Quem respondeu?

BMW (BMW e Mini) – Sérgio Leitão Gomes, Diretor de após-venda

Citroën – Luís Cavaco, Responsável comercial de peças e serviços

Fiat (Alfa Romeo, Fiat e Lancia) – Nuno Lopes, responsável de pós-venda

Ford – Pedro Paula Pinto, diretor de pós-venda

Honda – Frederico Borges de Sousa, Diretor-adjunto de pós-venda

Kia – Francisco Águas, Diretor de Após-venda

Mercedes (Mercedes e Smart) – Wolfgang Saum, Diretor de pós-venda

Mitsubishi – João Bitoque, Diretor de após-venda

Opel – Paulo Beirolas, Diretor de pós-venda

Peugeot – Vítor Martins, Responsável comercial de peças e serviços

Renault – Pedro Nunes, Responsável após-venda

Seat – Luís Rosa, After sales manager

SIVA (Audi, Skoda, Volkswagen e Volkswagen Comerciais) – Pedro Prazeres, Diretor de serviço após-venda

Toyota – Graça Pinto, Diretor de divisão após-venda

Volvo – João Rocha, Diretor de after sales

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resultados de vendas de automóveis novos assim como no mercado de importados usados, onde a BMW tem um peso muito significativo. Como é normal, este crescimento está-se a refletir e é expectável que se reflita num maior volume de negócios no após venda.CITROËN Foi feito, em 2014, um trabalho ímpar que permitiu manter, quer os níveis de entradas, quer os volumes de faturação, apesar da redução elevada do parque rolante. O crescimento que pretendemos dever-se-á ao esforço das campanhas de retenção e fidelização que levaremos a efeito, uma vez que os crescimentos que temos de parque de 2013 e 2014 são muito inferiores às reduções que sofremos com a “saída” do parque rolante dos últimos 10 anos.FIAT O ano de 2014 foi caracterizado pelo início da inversão de um período muito marcado pela diminuição do parque circulante, em que a rede de Concessionários teve que levar a cabo esforços de adaptação de estruturas a uma realidade de negócio diferente. Assim, em 2014, a rentabilidade global do negócio pós-venda foi o resultado de uma atividade que começou a dar os primeiros sinais de crescimento, em estruturas devidamente dimensionadas permitindo, em muitos casos, melhorar a rentabilidade. No que diz respeito aos carros novos, de facto, todos os indicadores nos permitem concluir que o negócio pós-venda vai crescer em 2015, não só pelo efeito do crescimento do parque circulante como também pela evolução positiva do número médio de quilómetros percorridos anualmente.FORD O ano de 2014 foi especialmente desafiante para a marca em todos as áreas, pois foi o primeiro ano de transição para uma estrutura ibérica. Foi preenchido por desafios internos e externos mas globalmente temos de considerar que foi um ano moderadamente positivo. O “moderado” advém do facto de não termos conseguido crescer em volume de negócios (face a 2013), mas mesmo assim conseguimos cair menos que a redução de parque a 7 anos. Em relação aos veículos ovos, em 2014 a Ford cresceu 42,4% (mais 6,2% que a indústria) no total de ligeiros (com comerciais ligeiros). Este facto é obviamente uma excelente notícia, não só globalmente para a marca, mas igualmente positivo para o pós-venda, pois terá impacto no parque circulante Ford e, por consequência, no número de viaturas que vamos continuar a assistir.HONDA O negócio do pós-venda em 2014 decorreu de acordo com os objetivos e expectativas da marca mantendo-se, no entanto, ligeiramente abaixo de 2013. O

“REGISTÁMOS MAIS DE 370 MIL HORAS DE TRABALHO, COM UM VOLUME DE FATURAÇÃO QUE RONDOU OS QUASE 40 MILHÕES DE EUROS.” PEUGEOT

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crescimento da venda de unidades novas da Honda não foi da mesma ordem de grandeza do mercado, pelo que não esperamos que este aumento geral do mercado tenha o impacto proporcional no negócio do pós-venda Honda.KIA O ano de 2014 foi de forte crescimento tanto na área de vendas de automóveis como no pós-venda. O crescimento do pós-venda Kia cifrou-se em cerca de 20%. O forte crescimento de vendas de novos só pode influenciar muito positivamente o negócio do pós-venda Kia.MERCEDES 2014 foi um ano muito positivo, tanto a nível da evolução do negócio como da rentabilidade no geral. Aumentámos o número de veículos assistidos nas nossas oficinas, o que teve como consequência o aumento da venda de peças originais. Conseguimos isto sem colocar em causa a rentabilidade do negócio, o que nos deixa muito satisfeitos. Em virtude das medidas que fomos tomando durante os últimos anos, conseguimos também que o crescimento da venda de veículos novos se tenha iniciado já durante os últimos anos. Naturalmente, acreditamos que o efeito das vendas exponencie os nossos resultados.MITSUBISHI O balanço do pós-venda no ano de 2014 foi positivo e as vendas de peças originais e venda do serviço estiveram ao nível do ano de 2013. A rentabilidade do negócio foi igual à do ano anterior. Apesar do crescimento das vendas de veículos novos, ainda não se vai notar em 2015 o impacto destas vendas no negócio pós-venda. Estima-se que os anos 2015 e 2016 da Mitsubishi sejam o “ bottom line” da evolução do negócio do pós-venda , iniciando-se em 2017 o crescimento do mesmo para as marcas Mitsubishi Motors e Fuso. OPEL A evolução foi positiva no que diz respeito a vendas por parque circulante. Da mesma maneira, houve um incremento de rentabilidade para a rede de pós-venda. No que diz respeito ao crescimento de venda de carros novos, esse efeito deverá projetar-se com maior impacto no ano de 2017.PEUGEOT Apesar de instável, deve considerar-se um ano positivo. Registámos mais de 370 mil horas de trabalho, com um volume de faturação que rondou os quase 40 milhões de

euros. Significa que mantivemos o mesmo nível de atividade de 2013, tendo incrementado a faturação por força de um parque de viaturas assistido com mais idade. Tudo leva a crer que, para a marca, quer o crescimento das vendas de viaturas novas e usadas, quer os esforços de reconquista e fidelização dos clientes conduzirão a um incremento do negócio.RENAULT Dada a situação do mercado automóvel nos últimos anos o parque rolante, e nomeadamente o parque até 5 anos, continua a diminuir isso não pode deixar de se refletir no após-venda. No entanto, em 2014 cumprimos com os objetivos traçados no início do ano mantendo uma política de ações de fidelização do parque atual e que tem surtido resultados positivos. Não esqueçamos que os anos de 2012, 2013 e 2014 foram, para o mercado automóvel os piores dos últimos 10 anos pelo que não esperamos um efeito positivo imediato no após-venda com o crescimento da venda de novos. SEAT Em 2014 a rede SEAT Service conseguiu contrariar a tendência do mercado em geral e do parque automóvel em particular, encarando o futuro de uma forma menos ameaçadora. Todo o trabalho feito assenta fundamentalmente numa estratégia que visa a manutenção do clientes atuais, a conquista de novos clientes e a recuperação de clientes em risco, abraçada por uma estratégia de comunicação e marketing pioneira no setor, ostentando como bandeira o conceito FACTOR3. O negócio pós-venda, fruto das políticas de manutenção seguidas pela marca, reflete sempre um período de desfasamento relativamente aos resultados das vendas de viaturas novas. No caso da SEAT, com a introdução, há uns anos, do conceito manutenção long-life, 30.000 kms ou 24 meses,

garantiram-se períodos mais alargados entre manutenções para a esmagadora maioria dos seus modelos. Em períodos de inversão de ciclo de vendas de viaturas, pode dar a entender algum contraciclo no pós-venda, como resultado de efeito referido.SIVA O balanço do após venda em 2014 das marcas representadas pela SIVA é bastante positivo tendo em conta a redução do volume de vendas de viaturas novas verificado nos últimos anos. O ano de 2014 terminou sem variação de horas vendidas versus 2013 no cômputo geral das nossa marcas. Tal só foi possível tendo em conta os vários programas e ações das marcas, com vista à fidelização assim como à reconquista de clientes que já não nos visitavam, para além das ações locais levadas a cabo pelas redes de oficinas autorizadas. Todas estas ações implicaram um importante esforço de comunicação, recursos humanos e comercial, fazendo com que a rentabilidade do após venda seja afetada. O crescimento nas vendas de veículos novos em 2013 e 2014 vão dar um contributo importante ao após venda, fazendo com que o segmento Ia (1 e 2 anos) volte a crescer, 23% para o total das marcas SIVA. No entanto, ainda estamos a um nível muito abaixo do que seria necessário para contribuir, por si só, para um aumento dos clientes ativos, sem que não seja necessário um aumento das taxas de fidelização.TOYOTA Apesar de todos os indicadores negativos, foi um ano positivo face aos objetivos traçados, tendo a incorporação de peças por parque circulante mantido os mesmos valores de 2013, o que, face à quebra de parque circulante, é bastante positivo. A quebra de vendas de 2010 a 2012 foi de cerca de 60%, logo é impossível recuperar já em 2015, pois as vendas de viaturas de 2013 em diante, estão longe dos valores de 2010.VOLVO Em 2014, registamos um crescimento médio de 3,9% (vs. 2013), com um aumento global de rentabilidade nas peças originais para a rede de concessionários Volvo - sem prejuízo de níveis de eficiência e dos índices de satisfação de clientes que foram os melhores desde 2008 (início de atividade da Volvo Car Portugal). O crescimento das vendas automóveis foi bom, mas ainda longe dos níveis onde o mercado deveria estar. Na Volvo estamos alinhados com a consolidação da recuperação económica em Portugal, mas podemos afirmar de uma forma “moderadamente otimista” que esperamos continuar a crescer em 2015, tanto em vendas como no negócio após venda.

E A REDE DE CONCESSÕES, COMO SE CARACTERIZA EM CADA UMA DAS MARCAS E QUE INVESTIMENTOS FORAM FEITOS PARA AS MODERNIZAR?BWW Em 2014 apenas encerrou atividade um reparador autorizado BMW. A rede conta atualmente com 44 pontos de serviço autorizados BMW, 21 dos quais são igualmente

“O PRINCIPAL INVESTIMENTO NA NOSSA REDE FOI NA ÁREA DA FORMAÇÃO, SOBRETUDO TÉCNICA DE FORMA A GARANTIR A MELHOR QUALIDADE DE SERVIÇO” RENAULT

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44 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

2D DOSSIER

pontos de serviço autorizado MINI. Existe ainda, em Lisboa, um concessionário exclusivo MINI com vendas e serviços. A curto prazo, ainda este ano, está prevista a abertura de um concessionário em Évora com vendas de automóveis novos, usados e serviço após venda. Passado que está o período mais crítico de crise no nosso setor, estamos agora numa fase de profunda remodelação da imagem da marca e dos nossos concessionários. Os investimentos na rede começaram no fim de 2014 e prolongar-se-ão até meados de 2016, com o objetivo de renovar a rede em todo o território nacional, obviamente tendo em atenção melhor servir os nossos clientes e potenciar o negócio BMW e MINI no seu todo.CITROËN Em 2014 verificou-se uma redução dos pontos de venda num ajustamento ao mercado, tal como se verificou em todos os setores empresariais do nosso país. Temos atualmente 86 reparadores na rede Citroën, após uma redução de cerca de 8% face a 2013. Temos uma rede com uma nova imagem, quer no interior, quer no exterior. Temos em curso um investimento no âmbito tecnológico, com os nossos gestores de cliente a serem dotados de “Service PADs” que tornam o ato de receção dos clientes e das suas viaturas mais célere e mais eficiente com uma resposta pronta em termos de ofertas e de preço fechado, garantindo transparência e tranquilidade ao cliente. Desenvolvemos um serviço de marcação online para avançar já no 1º trimestre, que permite ao cliente marcar diretamente os serviços a efetuar na agenda do seu reparador. Oferecemos ainda um serviço de assistência a todas as viaturas da marca até 8 anos de idade, sem restrições sobre manutenção, ou garantia, e com serviços de mobilidade associados. FIAT A cobertura geográfica da nossa rede de concessionários manteve-se, tendo existido algumas alterações pontuais de localização. Hoje a nossa rede de concessionários está

presente em 58 pontos de serviço em Portugal Continental e 3 pontos nas Ilhas.FORD Neste momento estamos num processo de alteração profunda da rede e a estratégia aponta claramente para uma redução do número de operadores a nível nacional. Neste momento dispomos de um total de 53 pontos de assistência a nível nacional (Portugal Continental e ilhas).HONDA Em 2014 a rede Honda passou de 29 para 27 oficinas, moldando-se às necessidades atuais do mercado da marca e do parque circulante. KIA Ente aberturas de novas oficinas, reparadores autorizados Kia e fecho de contratos antigos a rede de assistência manteve-se com os mesmos 34 pontos de assistência oficial que inclui assistência nas ilhas da Madeira, S. Miguel e Terceira. Foram, e continuam a ser, feitos melhoramentos ao nível das áreas de atendimento ao cliente de modo a torná-las cada vez mais confortáveis e investimentos na imagem de marca e na qualificação dos nossos técnicos.MERCEDES Atualmente a rede de oficinas Mercedes-Benz é composta por 45 pontos de assistência, divididos em veículos ligeiros de passageiros Mercedes-Benz e smart, veículos comerciais ligeiros e pesados. Consideramos que temos o número de oficinas correspondente às necessidades do mercado e à dimensão do nosso país.MITSUBISHI Estabilidade é a palavra que melhor identifica a presença da Mitsubishi em Portugal. Em 2014 o número de oficinas não se alterou. Em Portugal, incluindo Açores e Madeira, existem 50 oficinas autorizadas

Mitsubishi Motors e Fuso. Entendemos o pós-venda como um negócio de proximidade, pelo que a existência das oficinas em número para uma boa cobertura de área é crucial para a existência de um pós venda de marca. Foram efetuados investimentos (renovação) em equipamentos de diagnóstico e em meios de informação, onde já se inclui o diagnóstico remoto. Na rede Mitsubishi todos os equipamentos de diagnóstico são propriedade da MMP - Mitsubishi Motors de Portugal). Investimos também em formação técnica com enfoque em diagnóstico e tecnologia de veículos elétricos e híbridos plug-in.OPEL A rede estabilizou no que diz respeito a cobertura geográfica. Na verdade, os pontos que encerraram foram substituídos por outros, assegurando presença de qualidade em todas as áreas relevantes. Atualmente a nossa rede integra um total de 74 reparadores autorizados. Centrámos grande parte dos esforços em formação e ferramentas especiais. Em alguns casos melhorámos instalações e imagem.PEUGEOT Mantemos para já os mesmos 65 reparadores autorizados. Seguindo o movimento de mudança de imagem da marca a nível mundial, renovámos 14 espaços em 2014 com inclusão das áreas após-venda, estando a restante rede prevista para o decorrer de 2015. A competência técnica das nossas equipas continua a ser uma orientação permanente. Tendo sido um ano particularmente forte no lançamento de novos modelos e motorizações, desenvolvemos conteúdos e formação destinada à totalidade dos nossos quadros do após-venda da rede de reparadores autorizados.RENAULT A nossa rede adaptou-se ao contexto de crise e de diminuição da atividade. Ainda assim, a capilaridade da rede e a proximidade com os nossos clientes - que é uma prioridade estratégica no após-venda - manteve-se inalterada. O principal investimento na nossa rede foi na área da formação, sobretudo técnica de forma a garantir sempre, e em quaisquer circunstâncias, a melhor qualidade de serviço aos nossos clientes.SEAT A nossa estratégia desde há alguns anos assenta na manutenção de uma estrutura de rede adequada à realidade nacional. Apesar de alguma adaptação pontual da rede SEAT Service, houve uma preocupação clara de não prejudicar os princípios referidos. Contamos atualmente com uma rede SEAT Service, nos seus diversos figurinos, de 55 unidades ativas. Aparentemente em contraciclo com o período vivido, foram atualizadas todas as oficinas em termos de capacidades e sistemas de diagnóstico. Por outro lado, foram introduzidos novos procedimentos de forma a ir mais ao encontro do cliente e da sua conveniência, como novos processos de receção ativa e programas de fidelização. Por fim, alargou-se o investimento em comunicação e marketing, de forma a informar os clientes das vantagens e ofertas a nível local e nacional.

“HÁ CERCA DE DOIS ANOS LANÇÁMOS O CARTÃO BMW VALUE&CARE QUE OFERECE AOS CLIENTES DESCONTOS DE 10% NAS PEÇAS E NA MÃO-DE-OBRA.” BMW

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SIVA Durante o ano de 2014 o núme2ro de oficinas autorizadas das nossas redes manteve-se estável, com 59 oficinas autorizadas da marca Volkswagen, 43 da AUDI, 41 da SKODA e 51 da Volkswagen Veículos Comerciais, para Portugal Continental e Ilhas. O investimento nas oficinas durante o ano de 2014 foi essencialmente ao nível da comunicação, na retenção de colaboradores de forma a não desperdiçar os investimentos já realizados e muito na formação dos atuais colaboradores ao nível das competências comerciais e comportamentais.TOYOTA Em 2014 só fechou um pequeno operador (reparador autorizado), neste momento temos 55 oficinas em Portugal Continental, 1 no arquipélago da Madeira, e 4 no arquipélago dos Açores, totalizando 60 oficinas. Temos realizado vários programas com a nossa rede de oficinas, de retenção de clientes e melhoria continua na qualidade do serviço e atendimento aos clientes, mas o mais marcante em 2014 foi a “e-receção ativa”, um processo de atendimento mais personalizado com cada cliente, e com fortes ferramentas e tecnologias de gestão de serviços e produtos, ao longo de todo o ciclo da viatura e do cliente.VOLVO Temos 23 concessionários Volvo. Em 2014 acrescentamos mais um concessionário Volvo, que reflete a dinâmica comercial da marca e também a cobertura ideal do território nacional. O cliente é o mais importante para a Volvo e, nesse sentido, iniciamos um ciclo de renovação da oferta de serviço Volvo, com a modernização e adaptação das oficinas para a introdução do novo conceito “Volvo Personal Service” que passa pela marcação do serviço através do contacto direto com o “técnico pessoal de serviço”, hora de “check in” e “check

out” da viatura (a filosofia “lean” permite a execução da maioria dos serviços em menos de 1 hora com 2 técnicos a trabalhar na viatura do cliente), cumprimento do orçamento pré aprovado pelo cliente e ainda possibilidade de aguardar pelo serviço no concessionário Volvo com “wifi” gratuito e algumas outras “mordomias” diferenciadoras. UM DOS SEGREDOS DO PÓS-VENDA É A FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES. QUE TÉCNICAS TÊM USADO AS MARCAS PARA ESSE FIM?BMW Em primeiro lugar, a essencial e vital atenção à satisfação dos nossos clientes, que queremos que esteja, em conjunto com os nossos concessionários e reparadores autorizados, sempre no topo do mercado. Seguidamente, os contratos de manutenção de série BMW Service Inclusive (BSI) e MINI Service Inclusive (MSI), ambos válidos durante 5 anos ou 100.000 km para a BMW e 80.000 km para a MINI, são outra das vertentes da estratégia. Toda a manutenção geral de base dos automóveis está incluída no preço do automóvel; a mudança de óleo do motor incluindo atestos, filtro de óleo, verificação e substituição, caso necessário, de filtro de ar, filtro de combustível, microfiltro, velas de ignição e líquido de travões. Para

os veículos com 5 ou mais anos, o programa BMW Value&Care, lançado já há alguns anos, dispõe de pacotes a preços fixos competitivos, onde estão incluídas as principais operações de manutenção e revisão. Em complemento, há cerca de dois anos lançámos o cartão BMW Value&Care que oferece aos clientes descontos de 10% nas peças e na mão-de-obra (excluindo os pacotes BMW Value&Care), descontos de 6 a 7 cêntimos em combustíveis na BP e assistência em viagem gratuita renovável por 24 meses a cada novo serviço ou aquisição na rede oficial. No que respeita à marca MINI, esta também tem o seu programa próprio para os veículos com mais de 5 anos, trata-se do Programa MINI Regeneration onde estes nossos clientes podem igualmente usufruir de pacotes de preços competitivos para a manutenção do seu MINI. No ano passado, à semelhança do cartão BMW Value&Care, lançámos um cartão MINI Regeneration, com condições em tudo semelhantes, para os clientes proprietários dos MINI com 5 ou mais anos. Qualquer um dos cartões é de adesão gratuita, bastando apenas uma inscrição nos sites da BMW ou da MINI.CITROËN As ações de fidelização à marca foram transversais ao parque. Suportámo-nos num forte programa de CRM, através do qual contactamos os clientes diretamente por SMS e telefone no sentido de alertar para a manutenção programada (baseado num fiável sistema de estimativa da quilometragem), em ações de IPO e ofertas diretas para cada cliente/veículo em função da fidelização/quilometragem/sazonalidade. Desenvolvemos ainda ações nacionais de preço fechado para pacotes de manutenção e ações específicas por modelos e idades de veículo.FIAT A nossa estratégia de fidelização de clientes assenta no princípio da oferta adequada a cada tipologia de clientes, começando nos produtos de extensão de garantia e contratos de manutenção. Especificamente para veículos com mais de 5 anos disponibilizamos o produto Classic Service onde, de uma forma simples, o cliente tem acesso a pacotes de serviço e peças com posicionamentos de preço vantajosos adequados para esta fasquia de parque circulante. Esta tipologia de produto – Classic Service - é também comunicada através do conceito Go Outdoor que nos permite colocar no vidro dos veículos ofertas promocionais especificas e dirigidas a cada cliente. Dinamizamos campanhas promocionais sazonais onde, para além de check up gratuito, os nossos clientes têm à sua disposição um conjunto de promoções adequadas ao período especifico do ano. Complementarmente às campanhas promocionais temos os Cool Days que se realizam ao fim de semana, onde a área pós-venda do concessionário assegura não só a realização de check-up como proporciona a possibilidade de efetuar test- drive com a nova gama de modelos. Transversal a qualquer das iniciativas é também o facto de assegurarmos a todos os clientes que efetuem manutenção

“UMA OFICINA INDEPENDENTE OU UM FROTISTA TEM AGORA, ATRAVÉS DA PLATAFORMA EMBPEÇAS, A POSSIBILIDADE DE ENCOMENDAR AS PEÇAS ONLINE”MERCEDES

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na rede de concessionários a continuidade do serviço de assistência em estrada que inclui, entre outros, o veiculo de substituição gratuito.FORD Modéstia à parte, penso que somos um exemplo ao nível de marketing de pós-venda, facto que é reconhecido por concessões que representam várias marcas e não por nós. Iniciámos esta caminhada não agora, nem em 2014, é algo que já tem cerca de 15 anos na marca. Neste momento, para além de campanhas táticas pontuais, continuamos a apostar em 4 pilares: Manutenção Ford Motorcraft a €99; Pneus Motorcraft – a preços imbatíveis e oferecemos o triplo da diferença a qualquer cliente que encontre um preço mais barato; Oferta IPO; Operações a Preços Fechado.HONDA Optámos por apostar na qualidade do atendimento/serviço dos clientes existentes e seguimento dos clientes reforçando a fidelização e índices de satisfação, em detrimento de campanhas massivas.

KIA A Kia oferece aos seus clientes 7 anos de garantia pelo que nos é mais fácil reter clientes no pós-venda oficial até porque os preços praticados pela nossa rede de concessionários e reparadores autorizados é muito competitivo. A isto acresce a grande competência dos nossos técnicos, todos certificados pela marca.MERCEDES O nosso principal argumento é, sem dúvida, a excecional qualidade de serviço que prestamos aos nossos clientes. Para além disso, estamos disponíveis sempre que os nossos clientes necessitam, com o Service24h e a Linha de apoio acidentes que estão disponíveis 24 horas por dia, 365 dias por ano. Como complemento, temos serviços de mobilidade que garantem sempre uma alternativa para o cliente, seja um veículo de substituição, hotel, despesas de repatriamento, etc. Noutra vertente, apostamos nos Contratos de Serviço. Em função do modelo do veículo e do número de quilómetros que o cliente faz

por ano, existe uma renda mensal fixa que inclui o plano de manutenção previsto para esse período. Atualmente temos disponíveis quatro tipos de contratos de serviço, sendo o Excellent o mais completo. Assim garantimos que o cliente está livre de preocupações ou surpresas no momento de realizar a manutenção do seu automóvel. Para os veículos com mais idade sabemos que o fator preço é um dos fatores de decisão mais importantes para o cliente. Para estes veículos temos o programa “lifecyclepricing” que inclui as peças de desgaste mais utilizadas a preços mais competitivos, com o objetivo de fidelizar estes clientes. Acima de tudo, tentamos diferenciar-nos dos nossos concorrentes com serviços inovadores e estando presente sempre que o cliente necessita. Os nossos concorrentes dizem que fazem os serviços mais baratos. O nosso posicionamento é outro: a Mercedes-Benz faz mais e melhor e a preços competitivos.

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MITSUBISHI A estratégia do nosso pós-venda assenta em alguns pilares, destacamos 4: Formação (técnica dos mecânicos e não técnica aos rececionistas); Sistemas eficazes de informação técnica e diagnóstico de avarias; o Controlo e monitorização da atividade pós-venda e, por último, a “transparência” na relação com os clientes (tendo, por exemplo, disponibilidade dos preços de manutenção para consulta). É através destas práticas continuadas que garantimos o futuro do negócio Mitsubishi em Portugal incluindo o pós-venda. Adicionalmente, e para adequar a oferta ao exigido pelo mercado (com enfoque nos veículos fora da garantia), comercializamos packs de peças de manutenção (Economic Kits) que representam uma poupança de cerca de 25% comparativamente à compra individual das peças. Realizamos ainda campanhas conjuntas Vendas e Pós Venda, para apresentação de novos produtos, baseada em ofertas vantajosas para os clientes (por exemplo, para comemorar os 50 anos da Canter em Portugal, apresentámos a nova Canter e oferecemos a mudança de óleo do motor e filtro por 50 euros). Por último em 2014, criamos pacotes de preço fechado de serviço e peças.OPEL Criámos o portal myOpel.pt, que faculta a cada um dos nossos clientes acesso personalizado e permite-lhes interagir diretamente com o concessionário que selecionaram como ‘favorito’. O sistema emite alertas quando se aproximam datas de manutenção programada ou IPO. Além disso, para os veículos com mais idade, realizámos campanhas com descontos consideráveis em peças e em mão de obra.

PEUGEOT A estratégia passa por fazer chegar a mensagem ao cliente final de que os preços praticados pela reparação autorizada da marca Peugeot, quando comparados para um mesmo tipo de operação (onde se incluam componentes e consumíveis equivalentes), não são assim tão diferentes. Dentro desta estratégia estão naturalmente os Packs Peugeot (Operações de manutenção e desgaste com preço fechado), as campanhas com preços competitivos, etc. Fazemos tudo isto, sendo exigentes com a qualidade de serviço que prestamos e que tem demonstrado resultados evidentes. Fomos considerados “Marca Escolha do Consumidor” pelo segundo ano consecutivo, atribuição que é corroborada pelos inquéritos de satisfação cliente inter-construtores, que nos colocam entre as 3 melhores marcas generalistas em Portugal. Toda esta mecânica é materializada no nosso Cartão Cliente MyPeugeot que procura acompanhar os clientes no decorrer da vida útil da sua viatura, traduzindo em vantagens o facto de estar fidelizado à marca. Nestas vantagens estão incluídos descontos em reparações, benefício de parcerias, acesso a campanhas e serviços diferenciadores. RENAULT O preço é sempre um fator a ter em consideração, e por isso apostámos, por exemplo, nos forfaits e outras ações de preço fechado aumentando assim a competitividade do preço já que no que diz respeito à qualidade de serviço ela é inquestionavelmente superior à providenciada por outros operadores. Também temos apostado na nossa marca Motrio, com preços bastante competitivos e uma oferta multimarca.

SEAT A nossa estratégia assenta em 3 frentes distintas e complementares: manutenção dos clientes atuais, conquista de novos clientes e recuperação de clientes em risco. Essa estratégia é enquadrada por uma política integrada de marketing, utilizando como bandeira de comunicação o conceito FACTOR3. Este conceito, que relaciona vantagem cliente e idade da sua viatura, permite dar cobertura e identidade a outras atividades de comunicação e marketing que desenvolvemos quer a nível nacional, quer a nível local, junto com a rede SEAT Service. Passou ainda a ser oferecido um período de garantia mais alargado, definiram-se produtos específicos para viaturas com mais de 5 anos, como a gama de peças Economy, foi incentivado o contacto regular com os clientes no sentido da prevenção e assessoria, e foi adaptada a oferta dos serviços de forma a responder a solicitação de novos canais emergentes.SIVA A estratégia seguida foi a que já temos vindo a implementar nos últimos anos, em que começámos com a implementação de um sistema central de Pacotes de Serviço, que permite a comunicação de preço fixo para a intervenção, logo na marcação e a rápida e fácil definição de campanhas pontuais, as marcações proativas em que contactamos os atuais clientes de acordo com as suas necessidades individuais apresentando propostas adaptadas de forma a melhorar os índices de fidelização, diminuindo o abandono dos atuais clientes e a recuperação de clientes perdidos, fundamental para garantir níveis aceitáveis de ocupação da capacidade instalada das oficinas autorizadas. Tudo isto assente em processos de serviço que permitem prestar um serviço de qualidade para que os nossos clientes percecionem as vantagens de estarem numa rede de oficinas autorizadas.TOYOTA Desde 2012 que temos acentuado uma estratégia muito centrada na retenção de clientes, nomeadamente nos clientes com Toyota com mais de 5 anos (após término da garantia da marca), com pacotes de serviços a preços muito competitivos, e um programa de contactos pro ativos a todos os nossos clientes (one-to-one), oferecendo produtos e serviços adequados aos clientes e aos anos da viatura.VOLVO Na Volvo, privilegiamos a relação e o contacto direto com os nossos clientes; temos um programa de fidelização “passaporte técnico” com vantagens exclusivas para viaturas com mais de 4 anos e também algumas campanhas mais táticas de curto prazo com descontos imediatos para alguns produtos Volvo e também serviço de manutenção programada (vulgo revisões).

QUAL A TAXA DE ABANDONO NAS MARCAS APÓS O PERÍODO DE GARANTIA?BMW A taxa é de cerca de 40% a 50%.CITROËN A marca tem em marcha uma forte ação sobre os contratos de serviço, onde se pretende fidelizar os clientes através da

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extensão de garantia e manutenção, de forma a contrariar a tendência efetiva de abandono dos serviços oficiais. A fidelização dos “citroënistas” é superior à média do mercado, e ficam ligados à marca durante mais tempo.FIAT Para nós o indicador mais importante é taxa de fidelização por segmento dentro no parque circulante até 10 anos e neste indicador conseguimos crescer 4% em 2014, atingindo uma idade média de parque assistido dentro da nossa rede de concessionários de 5,8 anos, facto que vem confirmar a preferência dos nossos clientes pela nossa tipologia de serviços.FORD n.d.HONDA n.d.KIA Ainda não temos esses dados pois só agora os primeiros carros vendidos em 2007 estão a sair de garantia.MERCEDES Naturalmente que se sente um efeito na retenção de clientes após o período de garantia. No nosso caso, mesmo no segmento dos veículos com mais de 8 anos temos ainda uma taxa de retenção muito interessante.MITSUBISHI Estimamos que seja cerca de 30%.OPEL Não possuímos dados oficiais fiáveis que nos permitam fazer uma avaliação rigorosa. Concentramo-nos em assegurar os melhores níveis de qualidade para minimizar essa taxa. PEUGEOT A taxa de abandono após o primeiro ano ronda os 35%. Ou seja, nos últimos anos, cerca de 35% dos clientes têm tendência a abandonar a reparação autorizada da marca após o fim da garantia contratual.RENAULT As nossas ações destinam-se a fidelizar o parque existente. Temos vindo a tornar a nossa oferta de serviços cada vez mais competitiva em termos de preços de forma a

contrariar a perceção de que o serviço nas redes de marca é mais caro que noutros operadores. SEAT Com o alargamento do período de garantia na SEAT pretendemos que esse abandono seja menos sentido na franja dos 4 / 5 anos. SIVA A taxa de abandono das redes de oficinas autorizadas tem vindo a diminuir nos últimos anos de forma significativa e varia muito entre marcas. Os resultados obtidos em 2014 mostram que a taxa de abandono no caso da AUDI foi de 21%, para a Volkswagen foi de 23%, na SKODA de 39% e 42% para a Volkswagen Veículos Comerciais.TOYOTA A nossa taxa de retenção de clientes de viaturas até 5 anos (garantia da marca) é de cerca de 63%, e de mais de 5 anos de cerca de 28%.VOLVO Depende dos modelos Volvo: se considerarmos a gama Volvo XC e Cross Country (XC90, XC70 e XC60) registamos fidelização na ordem dos 70%, ou seja, apenas 3 em cada 10 clientes não visitam um concessionário Volvo por ano. Na restante gama temos uma média de fidelização de 57% - isto considerando o parque circulante a 10 anos.

EM PORTUGAL A REPARAÇÃO INDEPENDENTE TEM UM PESO MUITO FORTE. QUAIS AS RAZÕES QUE AS MARCAS APONTAM PARA JUSTIFICAR ESTA REALIDADE?BMW São dois os principais fatores que influenciam a mudança para a reparação independente. A primeira prende-se com o facto de que para a reparação oficial é impossível estar presente numa amplitude territorial semelhante à da reparação independente, ou seja, ter em cada cidade, vila ou aldeia um ponto de serviço autorizado. Existe também a perceção no mercado, para todas as marcas, de que a reparação oficial é mais cara, o que na realidade, no caso da BMW e da MINI, não é verdade. Por exemplo, os pacotes dos nossos Programas BMW Value&Care e MINI Regeneration comprovam-no, pois oferecem para as mais variadas

operações recorrentes de manutenção preços muito competitivos, que diferem os serviços da reparação oficial da reparação independente, sendo que estas operações são realizadas pelos técnicos certificados das nossas marcas utilizando exclusivamente peças originais BMW e MINI.CITROËN Aos olhos do cliente poderemos apontar algumas vantagens que as redes independentes teoricamente teriam face aos serviços oficiais, mas os únicos que conhecem os veículos desde a sua nascença somos nós, a marca. É como temos na nossa assinatura em termos de serviço: “Porquê abdicar da competência Citroën”.FIAT O principal motivo está relacionado com a idade do parque circulante, pois o comportamento do mercado de venda de veículos novos dos últimos 3 anos teve impacto significativo na idade média dos veículos.FORD Historicamente sempre existiu a ideia que “reparar na marca” é caro. Nós temos conseguido provar aos nossos clientes que aliar a competitividade de preços, a uma rede de concessionários com técnicos altamente especializados, equipados com as últimas tecnologias e com instalações de grande qualidade, é uma realidade. Além disso temos tanta certeza do que comunicamos que, por exemplo nos pneus, oferecemos o triplo da diferença a qualquer cliente que encontre um preço mais barato.HONDA À medida que os veículos vão envelhecendo, apesar das necessidades de reparação poderem aumentar, as prioridades que por vezes os clientes dão à qualidade da reparação/manutenção passam para um plano secundário, optando assim pelas redes independentes existindo, no entanto, a perceção, errada, de que o serviço da rede oficial é mais caro.KIA Porque muitas redes de marca durante muito tempo não tiveram a atenção devida a esta área de negócio. A situação irá mudar muito rapidamente.MERCEDES Para 2015, continuaremos a apostar na qualidade, dedicação e especialização, por forma a garantir a satisfação e fidelização dos clientes aos serviços após-venda da marca. Para o efeito, as oficinas autorizadas Mercedes-Benz investem na formação específica dos técnicos, na utilização de equipamentos de diagnósticos adequados, em ferramenta especial e utilizam peças originais. Naturalmente, é muito difícil para uma oficina independente assegurar todos os pontos anteriores, o que poderá ter reflexo na qualidade de trabalho.MITSUBISHI A expressão atualmente existente das oficinas independentes deve-se, em grande medida, a marcas de grande volume e a veículos de baixa tecnologia que não obrigam a grandes investimentos e cujo mercado pode ser discutido unicamente com o fator preço. Creio também que esse paradigma irá mudar, pelo que a prazo só subsistirão as melhores oficinas, isto é, com melhor qualidade de serviço pós

“PARA VEÍCULOS COM MAIS DE 5 ANOS TEMOS O CLASSIC SERVICE ONDE O CLIENTE TEM ACESSO A PACOTES DE SERVIÇO E PEÇAS COM PREÇO VANTAJOSO” FIAT

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venda. De qualquer das formas a Mitsubishi e a sua rede, mesmo com os investimentos já efetuados, apresentam já hoje um preço de mão de obra muito competitivo.OPEL Depende da idade do parque circulante. É sabido que até cinco anos de idade do veículo a reparação autorizada tem uma quota de cerca do dobro da independente. A partir dos cinco anos, é verdade que o mercado independente ganha expressão.PEUGEOT Existem várias razões que concorrem para este facto, desde logo os indexados aos ainda recentes anos de forte contração económica. Para a procura de soluções de reparação e manutenção mais baratas, os clientes basearam-se na ideia errada de que a reparação autorizada é muito mais cara. Conforme o acima referido, trata-se de um dos nossos principais eixos de comunicação.RENAULT Foi criada a ideia no cliente que a reparação oficial é mais cara que a reparação independente. Sabemos que a qualidade do serviço que podemos prestar aos nossos clientes, na nossa rede de marca, é superior à prestada por outros operadores e, portanto, o nosso objetivo só pode ser contrariar esta perceção tornando a relação qualidade/preço cada vez mais percetível para os clientes.SEAT Há vários fatores que podem ser apontados mas preferimos focalizar 2: experiência e perceção. Experiência de aquisição, no sentido em que novos utilizadores de uma viatura usada, independentemente da idade da viatura, desde que compradas através de diversos canais independentes, pode inviabilizar por si a experiência de um contacto com a rede oficial, ou seja, nunca será possível uma análise comparativa entre o serviço prestado e o preço praticado. Depois, não dizemos que não haja um grau de perceção assente nalguma razão histórica ou hereditária que terá alimentado esse preconceito ao longo do tempo, mas basta fazer uma comparação direta, como já demonstrado em alguns estudos e investigações, para perceber que numa grande parte das situações, a perceção generalizada penalizante da reparação oficial faz cada vez menos sentido. SIVA A reparação independente tem mais mercado em Portugal do que a reparação oficial devido essencialmente à idade média elevadíssima do nosso parque automóvel.TOYOTA A grande diferença é que a reparação independente não é especialista em nenhuma marca, logo o potencial deles é o mercado total. No caso das marcas, obviamente que nos centramos especificamente nas nossas viaturas, logo com menos potencial.VOLVO De uma forma geral, pela falta de oferta diferenciadora dos concessionários oficiais das marcas face aos reparadores independentes; o cliente final tem de ficar completamente satisfeito com a experiência de serviço e sentir que está a pagar um valor justo pelo serviço efetuado num concessionário oficial da marca.

QUAL O COMPORTAMENTO DA VENDA DE PEÇAS OFICIAIS PARA AS OFICINAS INDEPENDENTES EM 2014?BMW O negócio está a evoluir de forma positiva. Atualmente temos um projeto interno em curso e dedicamos mais tempo e atenção a este canal muito importante do negócio após venda. Uma das vertentes deste nosso projeto é o de dar apoio aos nossos concessionários e reparadores autorizados com menos experiência na área, o que se tem revelado fundamental para alcançar resultados dentro das nossas expectativas.CITROËN Em 2014 aumentámos a nossa faturação ao parque 10 anos, num contexto de redução do mesmo de cerca de 8%. Quer isto dizer que vendemos mais peças, sobretudo suportados na orientação do sell-out dos nossos distribuidores, não só para os reparadores autorizados, mas também para o canal externo (reparação independente, etc.).FIAT n.d.FORD Esta fatia de negócio reduziu cerca de 5%.HONDA n.d.KIA Evoluiu com normalidade acompanhando o aumento do parque circulante Kia.MERCEDES O negócio de balcão é bastante importante na nossa atividade e tem vindo a crescer nos últimos anos. Temos noção que não é possível ter todos os clientes nas nossas oficinas pelo que pelo menos é importante que utilizem peças originais da marca. De forma a darmos resposta a esta necessidade, criámos uma plataforma online de fidelização para as oficinas independentes. Ou seja, o cliente de uma oficina independente ou um frotista, que habitualmente vai ao balcão de uma das nossas oficinas autorizadas comprar peças originais, agora, através da plataforma eMBPeças, tem a possibilidade de encomendar as peças online, ficar a par de campanhas de peças e obter pontos por cada compra efetuada. Esses

pontos acumulados podem ser rebatidos por artigos da marca. Esta é uma via que nos tem trazido resultados bastante positivos, pois permite-nos conhecer melhor o nosso cliente, ter acesso ao histórico de compras, perceber quais as peças adquiridas mais frequentemente e assim adaptar as campanhas para cada cliente específico, indo ao encontro das suas necessidades. MITSUBISHI As vendas de peças Mitsubishi ao balcão mantêm-se nos 50% do total de vendas de peças originais a independentes. Concluímos que os veículos reparados em oficinas próprias dos grandes frotistas ou em oficinas independentes continuam, pela exclusividade de algumas peças, a utilizar peças originais Mitsubishi.OPEL Manteve-se em linha com o ano anterior.PEUGEOT A nossa evolução de 4% está sustentada na manutenção dos mesmos volumes de atividade após-venda e no crescimento da atividade de venda ao exterior (reparadores independentes).RENAULT Também aqui cumprimos com os objetivos inicialmente traçados. SEAT No nosso caso, a venda de peças a independentes, apesar de alguma variação residual positiva, podemos concluir que tem mantido alguma estabilidade nos últimos anos.SIVA A venda de peças das oficinas autorizadas para as oficinas independentes em 2014 apresentou um ligeiro acréscimo quando comparado com 2013, o que se retirarmos o efeito do aumento de preços podemos dizer que a variação em termos nominais foi particamente nula.TOYOTA Temos tido um comportamento estável desde os últimos 10 anos, e representa cerca de 30% das nossas vendas de peças.VOLVO No caso da Volvo, a venda de peças para as oficinas independentes representa cerca de 12%, um valor estável nos últimos anos.

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Opel Vívaro 1.6 CDTi. Espírito alemãoMais moderno, eficiente e maior, permite transportar mais carga com custos de utilização mais controlados. O novo motor 1.6 CDTi tem uma utilização muito agradável.

RAIO X4

Anova geração do Vivaro já chegou ao mercado nacional. Fruto da parceria entre a aliança Renault-Nissan e a Opel, partilha o projeto com Renault

Trafic e também com a Nissan Primastar. A nova geração do furgão alemão conta com um novo visual, de acordo com as mais recentes novidades de design da Opel - a grelha ampla e proeminente, faróis elaborados e o vinco típico da marca - mas, sobretudo, está mais apelativo, eficiente e tem maior volumetria de carga. A segunda geração Vívaro foi concebida para aliar a funcionalidade de um veículo comercial ligeiro com as características de um escritório sobre rodas. Existem soluções práticas como o banco dianteiro central, que pode ser rápida

e facilmente convertido numa pequena mesa, capaz de servir de apoio a um computador portátil. Instrumentos de trabalho ou objetos pessoais do dia-a-dia podem ser guardados em espaços no tablier, na consola central, ou numa gaveta com 42 litros sob o banco dianteiro do passageiro.Com duas alturas de tejadilho, o novo Vívaro surge mais capacitado para o transporte de carga do que o antecessor, já que ambos os comprimentos de carroçaria aumentam em 216 mm as medidas anteriores. Na versão L1H1, o Vívaro conta com 4998 mm de comprimento e 1971 mm de altura. Agora, é possível transportar, por exemplo, três europaletes lado a lado. O volume do compartimento de carga é agora de 5,2 m3, sendo que o compartimento de carga tem uma largura máxima de 1662 mm (1268 mm entre

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO os arcos das rodas), um comprimento de 2537 mm e uma altura de 1387 mm. O acesso ao compartimento de carga é facilitado pelas portas traseiras e pela porta lateral deslizante, que tem uma altura de 1284 mm e uma largura de 1030 mm. Para o transporte de objetos especialmente longos, a porta direita pode permanecer aberta num ângulo de 90°, podendo a outra ser fechada autonomamente. As aberturas existentes sob o banco do passageiro da frente e na antepara da cabina constituem também uma alternativa para o transporte de objetos mais compridos.

MOTOR EFICIENTEO motor mais equilibrado para uma utilização diária é o novo 1.6 CDTI, com 115 CV desta versão (está disponível também nas

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MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 53

FICHA TÉCNICA

OPEL VÍVARO 1.6 CDTI DIMENSÕES C/L/A: 4,99 M; 1,2,28 M; 1,1,97 M

CARGA: 668-1024

VOLUME ÚTIL: 5,2 M3

MOTOR: 1.6 CDTI 115 CV

CONSUMO: 6,5 L/100 KM (170 G/KM)

DEPÓSITO: 90 L

BINÁRIO: 300 NM A 1750 RPM

PREÇO: 26.090 €

variantes de 90 CV e na versão bi-turbo deste motor com 120 CV, nas versões Combi). Por comparação com a gama de motorizações da anterior geração, estes novos motores conseguem reduzir o consumo de combustível em mais de 1 litro no ciclo misto. O consumo médio anunciado para esta versão é de 6,5 l/100 km. Em condições normais, sem carga, conseguimos ficar pouco abaixo dos 8 l/100 km, permitindo percorrer mais de 1000 km com um depósito. O condutor pode ainda usar o modo de “eco” (através de um botão na consola) que limita a entrega de potência e faz uso mais racional da climatização, ajudando assim a controlar os consumos. O Opel Vívaro recebe ainda melhorias no capítulo da segurança. Além do sistema ABS, com distribuição eletrónica do esforço de travagem (EBD), o condutor pode contar com o apoio de sistemas como a assistência nas travagens de emergência (EBA), assistência em arranques em planos inclinados (HSA) e pelo evoluído programa de estabilidade eletrónico (ESP) dotado de controlo da tração

(TC) e sistema de atenuação de oscilações da carroçaria.Em termos de equipamentos há uma vasta lista de opcionais para configurar o Vívaro à medida de cada empresa, com vários luxos disponíveis (pagos à parte), como o sistema multimédia IntelliLink, com ecrã tátil, sensores de estacionamento traseiros por 300 euros (500 euros com câmara incluída) ou sistema de abertura sem chave (400 euros). Nesta versão as jantes de série são de aço, de 16 polegadas, com pneus Goodyear Cargo Marathon na medida 205/65. O preço a pagar pela versão que vê nas fotos é de 26.090 euros, sendo que os preços começam mil euros abaixo deste valor para a versão com motor de 90 CV.

No interior é notória a parceria com a Renault, que se vê nos comandos ou no painel de instrumentos, mas ergonomia e espaços de arrumação não faltam. Os bancos são confortáveis e conta até com um modo fora de estrada para otimizar a tração em terrenos com menor aderência

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54 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Renault Twingo. Tudo atrás A nova geração do citadino francês aposta em motor e tração traseiros, numa solução técnica que foge ao que é comum no segmento. Qual o resultado desta estratégia partilhada com a smart para o forfour?

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

A Renault já não tinha nenhum carro de tração traseira desde os famosos R8 ou R9. Agora, com o lançamento da terceira geração do Twingo, resultante

de uma parceria com a Smart, é uma espécie de regresso ao passado numa reinterpretação moderna. O conhecido motor 0.9 TCe de 3 cilindros (presente no Clio ou no Captur) encontra-se colocado sob a mala, o que exigiu uma engenhosa intervenção técnica pois foi preciso rodar o motor 49 graus e substituir 50 porcento das peças. Ainda assim, os técnicos da marca francesa conseguiram manter os mesmos 90 CV e um bom equilíbrio, num carro que tem uma altura ao solo fora do normal quando comparado com os seus concorrentes mais diretos. Tudo porque partilha plataforma com o Smart Forfour, que terá uma versão elétrica com as baterias alojadas sob o habitáculo. Para ver ou mexer no motor é necessário levantar o fundo plano da tampa da mala e desapertar quatro pequenos parafusos. É curioso que qualquer carga que se transporte na bagageira acaba por aquecer ligeiramente depois de uma viagem mais longa. Os componentes básicos mantêm-se à frente, com a bateria, o óleo e os depósitos da água e da

refrigeração a permanecerem no lugar habitual. Para abrir o capô é necessário, no entanto, de soltar as duas extremidades da grelha dianteira, rodar a fechadura com a chave do carro e agarrar em dois puxadores para que a tampa se solte. Um elástico em “x” garante que ela não cai ao chão. Não é muito prático. A grande vantagem de não ter o motor sobre o eixo dianteiro é poder aumentar o ângulo da direção. O Twingo tem um diâmetro de viragem invejável, com os 8,6 metros necessários para inverter a marcha, o que o coloca na liderança do segmento. Apesar da utilização de motor e tração traseiros, seria de esperar um comportamento desportivo. Mas a verdade é que o Twingo mantém a sua veia citadina. Sente-se a falta do peso do motor sobre o eixo dianteiro, que se revela um pouco leve e distante na comunicação entre a estrada e o condutor. Para compensar, a suspensão está mais firme, sem chegar a ficar desconfortável, e o ESP é muito sensível, não sendo possível desligá-lo.Os preços do novo Twingo começam nos 11.950 CV na versão SCe (motor na versão atmosférica com 70 CV) e nos 14.460 euros para esta versão TCe (motor turbo de 90 CV) na versão Sport.

24 RAIO X

A solução de abertura do capot não é prática

O que está debaixo do capot

Debaixo do forro da bagageira está o motor

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MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 55

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56 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

24 RAIO X

Opel. Turbo anima motor 1.0 O novo motor tricilíndrico ganhou o prémio de melhor tencologia 2014 da Revista Turbo e marca uma nova era nos citadinos da marca alemã.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

A Opel estreou nos seus modelos mais pequenos o novo motor 1.0 turbo a gasolina, com duas variantes de potência: 90 e 115 CV.

O novo motor de 3 cilindros, para além de ter um funcionamento suave, graças ao veio de equilíbrio que roda em sentido contrário ao da cambota, reage bem ao acelerador oferecendo boas prestações e simultaneamente consumos reduzidos.O novo motor é um dos mais evoluídos da sua classe a par do motor Ecoboost da Ford, em relação ao qual tem a particularidade de utilizar um veio de equilíbrio. Este sistema, usado pela primeira vez num motor tão pequeno a gasolina, funciona em sentido contrário ao movimento da cambota pelo que elimina uma grande parte das forças de segunda ordem dentro de cada cilindro suavizando, dessa forma, o funcionamento naturalmente mais desiquilibrado de um motor de 3 cilindros, pela simples circunstância de que cada ignição se faz em inter valos de 270º. Outro fator que contribui para o trabalhar suave deste pequeno motor é o seu baixo peso (106 kg), fruto da redução da massa das principais peças móveis e da utilização do alumínio na construção do bloco e da cabeça. Uma outra caraterística surpreendente é o seu elevado rendimento medido por uma pressão média efetiva que se situa nos 21,76 bares. Este é um valor excecionalmente elevado que resulta da combinação da injeção direta com a sobrealimentação. A prova disso é o seu desempenho, com destaque para o elevado binário que chega aos 170 Nm logo a partir das 1800 rpm. Esta capacidade que explora muito bem os 115 CV da versão mais potente ref lete-se nas prestações mais relevantes como as acelerações e recuperações onde a nova caixa manual de 6 velocidades revela ser rápida, precisa e suave. Com revisões espaçadas no tempo (30 mil quilómetros) e um consumo de combustível baixo para o rendimento (apesar da Opel anunciar 5l/100 km de consumo médio, em condução real conseguimos uma média perto dos 6l/100 km) o novo motor marca uma nova etapa para os citadinos da Opel. Para já, está disponível no Adam e no Corsa.

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58 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

CDK Global. Topo da gestãoAutoline e ASWIN são dois DMS que a multinacional americana CDK Global comercializa em Portugal. Nesta nova fase da empresa, que se separou da ADP, continua a existir uma clara orientação para as grandes empresas do setor automóvel.

TEXTO PAULO HOMEM

Desde setembro de 2014 que a ADP, SL passou a ser a CDK Global (Portugal), que resulta de um processo de separação a nível mundial do

negócio dos sistemas de informação para o sector automóvel (Dealer Services) daquela empresa.Quer isto dizer que a CDK Global, que tem presença mundial, é uma empresa que passou a dedicar-se em exclusivo aos sistemas de informação para o setor automóvel.“No fundo nada mudou, apenas a divisão Dealer Services da ADP foi autonomizada tendo agora o nome de CDK Global, que é uma empresa autónoma. Tudo o resto se manteve”, começa por dizer Rogério Avelino, Country Manager da CDK Global, adiantado que “sendo uma identidade relativamente nova, estamos em Portugal desde 1997 com os nossos serviços e há mais de 40 anos a nível mundial”.

RADAR5

DMSTrabalhando de forma exclusiva para o setor automóvel com sistemas de gestão de concessionários e oficinas (e com uma forte relação com os construtores automóveis), a CDK Global disponibiliza o Autoline e o ASWIN. Com um total de 3.300 utilizadores em Portugal, dos quais 80% são clientes Autoline, este é o DMS utilizado pelas principais marcas e grupos de retalho automóvel. “Em Portugal trabalhamos com grandes empresas do setor automóvel, mas temos também clientes oficinais que, em geral, podem estar associados a determinados grupos e marcas”, explica Rogério Avelino, dizendo também que “temos um género de Autoline um pouco mais leve, denominado Autoline Select, destinado a agentes, reparadores ou oficinas com orientação para a evolução do negócio pós-venda”.Com tantos anos de desenvolvimento dos DMS a nível mundial, a grande mais-valia da

CDK Global, no entender deste responsável, são os “interfaces” que tem com as marcas. “No fundo o nosso DMS interage com tudo o que a marca precisa para trabalhar com o setor automóvel, a diferentes níveis como garantias, peças, reclamações, etc.”, explica Rogério Avelino.

VHC TOUCHPara além de todas as funcionalidades de gestão dos DMS que comercializa e de o mesmo ser adaptado às necessidades de cada cliente, a CDK Global dispõe de uma série de produtos associados, nomeadamente no Autoline, que permitem potenciar a informação para os sistemas de gestão, mas também gerir eficazmente determinadas áreas mais sensíveis do negócio automóvel, como é o caso da VHC Touch (gestão da revisão do automóvel), Advanced Parts (gestão de armazéns de peças) e CTI (ligação do DMS a centrais telefónicas).“Temos um conjunto de soluções em redor dos

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DMS, que os clientes podem associar ao seu sistema de gestão, para desenvolver o negócio e reduzir custos através de uma gestão mais apurada”, explica o Country Manager da CDK Global.Uma das novidades mais recentes é precisamente o VHC Touch. Trata-se de uma solução App para o tablet de gestão da revisão do automóvel (que interage apenas com os DMS da CDK Global), de fácil utilização que permite potenciar o negócio na oficina através da criação de um orçamento em tempo real e na presença do cliente.“É uma ferramenta muito útil não apenas para aumentar a rentabilidade do pós-venda, potenciando a presença do carro na oficina, como é uma excelente ferramenta de fidelização, que permite interagir com o cliente mais regularmente”, afirma Rogério Avelino.Tendo sido lançada recentemente em Portugal, esta ferramenta está a ser pilotada num grupo de retalho, mas estará já em funcionamento em diversos clientes da CDK Global em abril próximo no nosso país, mas que a nível internacional já está a ser utilizada há algum tempo noutros mercados.

MERCADOApesar da sangria que atravessou o setor das vendas e pós-venda oficial, nem por isso a CDK Global alterou a sua estratégia e o seu foco, que continuam a ser as marcas, concessionários e oficinas e os grandes clientes do setor automóvel. Contudo, o Country Manager da empresa em Portugal, diz que, por via da ligação de alguns grupos de retalho (que já usam os DMS da CDK Global) ao sector independente (ao nível das oficinas e peças), em breve o Autoline poderá estar a funcionar numa rede oficinal.“Qualquer cliente que esteja ligado ao setor automóvel poderá ser potencial cliente da CDK Global em Portugal, mas temos o nosso foco muito bem definido e não é só em Portugal, mas sim a nível global”, afirma Rogério Avelino, dizendo que “ainda temos mercado em Portugal para crescer. Existem oportunidades interessantes em determinadas marcas e outros clientes que queremos trabalhar”.Refira-se que a CDK Global (Portugal) é também responsável pelo mercado angolano, onde a empresa já está muito bem implantada com o Autoline, trabalhando praticamente com todos os grandes operadores do setor automóvel naquele país.

PRINCIPAIS SOLUÇÕES CDK GLOBAL

A CDK Global possui no mercado, de forma genérica, dois DMS, o Autoline e o ASWIN. Para além disso, possui também soluções complementares que podem interagir com os DMS de modo a potenciar negócios, fidelizar clientes, reduzir custos, etc.Tratam-se de soluções cliente / servidor, que podem funcionar no servidor do cliente ou através de uma solução em que é a própria CDK Global que fornece também o serviço de alojamento: Cloud Hosting da CDK Global.

AUTOLINEÉ utilizado por mais de 4000 concessionários em 50 países. Oferece uma abordagem totalmente integrada na gestão de concessionários e oficinas, com todas as operações empresariais chave incorporada numa única solução de software.

CONTACTOSCDK GLOBAL

RESPONSÁVEL ROGÉRIO AVELINO

TELEFONE 210 986 100

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.cdkglobal.pt | www.youtube.com/

user/CDKGlobalVideo

ASWINO Aswin é um DMS destinado a reparadores autorizados, agentes e concessionários das redes de distribuição, com um alto nível de integração com os processos das Marcas: Planificador de oficina; agenda de marcações em ecrã plasma; envio de mensagens SMS.

SOLUÇÕES COMPLEMENTARES AOS DMS

CTITransforma os telefones em máquinas de vendas e de serviço ao cliente assistidas por computador. Liga o sistema telefónico à base de dados do DMS de cada cliente.

VHC TOUCHA aplicação móvel que lhe permite concluir uma revisão de automóvel em qualquer dispositivo tablet. Utilizando a mais recente tecnologia de ecrã sensível ao toque para avançar para o passo seguinte.

CLOUD HOSTINGEm vez de gerir todas as suas aplicações de TI, pode deixar que a CDK Global o faça e as execute a partir de um centro de dados seguro: Cloud Hosting. O seu Dealer Management System (DMS) também pode ser alojado na Cloud, fazendo com que as dificuldades e a manutenção de TI deixem de existir.

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60 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

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TEXTO CLÁUDIO DELICADO

AAssociação Automóvel de Portugal (ACAP), através da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI) criou a unidade de formação de curta

duração “Gestão e Organização da Oficina”. Este novo projeto nasce para responder a uma necessidade do setor que, “na sua maioria, é constituído por micro, pequenas e médias empresas”, explica João Nunes, membro da comissão executiva da DPAI. Esta realidade aliada à elevada complexidade tecnológica dos veículos e à necessidade cada vez maior de qualificação dos trabalhadores que operam na área da

manutenção e reparação automóvel levou a que a DPAI, em estreita colaboração com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP), criasse uma unidade de formação de curta duração (UFCD), a qual se encontra integrada no Catálogo Nacional de Qualificações (www.catalogo.anqep.gov.pt), sob a designação “Gestão e Organização da Oficina”, que tem por base, entre outros, os seguintes objetivos:

Implementar na oficina os indicadores de gestão oficinal;

Promover o trabalho em equipa;

Implementar o método de receção oficinal; Reconhecer a importância do controlo de

qualidade e colocar em prática procedimentos que garantem a qualidade dos trabalhos;

AS FORMAÇÕES DE CURTA DURAÇÃO SÃO SEMPRE UMA MAIS-VALIA, DESDE QUE BEM PREPARADAS E DIRECIONADAS ÀS NECESSIDADES DO CLIENTE ALVO

ACAP. Aposta na formação de curta duração Além do calendário normal de formações da ACAP, já disponível com os módulos para março, a DPAI responde com um projeto de formações de curta duração para dar resposta a uma necessidade do mercado.

Page 61: Turbo Oficina 34

Caracterizar a relação com o cliente e reconhecer a importância da excelência no atendimento;

Gerir a insatisfação, o conflito e as reclamações com clientes e fornecedores;

Esta formação deverá ser ministrada a todos os profissionais qualificados nas oficinas (Responsável Técnico Auto), cuja função é garantir a qualidade dos serviços técnicos realizados nas mesmas;Fazem parte desta unidade formativa, com uma duração total de 50 horas, os seguintes módulos:

Perfil de competências do Responsável Técnico Auto;

Caracterização do mercado de reparação auto e liberalização do setor;

Controlo do trabalho e controlo do tempo de oficina;

Trabalho em equipa; Método de receção oficinal; Controlo de qualidade; Relação com o cliente; Satisfação vs. insatisfação do cliente; Gestão de conflitos; Gestão de reclamações; Implementação de um sistema de gestão e

tratamento de reclamações.

“As formações de curta duração são sempre uma mais-valia, desde que bem preparadas e direcionadas às necessidades do cliente alvo para essas formações. Podemos sempre nessas formações de curta duração efetuar atualizações a formações anteriores, como também poderemos aprofundar matéria relevante e especifica de interesse profissional”, explica João Nunes. Ainda assim, existe sempre uma limitação por parte das pequenas oficinas em abdicarem de um recurso humano para poder receber formação. Para João Nunes “as formações modulares são uma necessidade transversal às pequenas e grandes oficinas, para além de facilitarem a componente de dispensa do recurso humano, conseguem de forma mais particularizada validar as competências de cada formando. Pode, no seguimento das dificuldades encontradas, proceder-se a um maior reforço de ensino nas áreas de obstáculos específicos”.

AÇÕES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM MARÇO A ACAP/DPAI tem, ao longo dos anos, apostado na formação dos empresários do setor e dos seus trabalhadores e 2015 não será exceção, refere João Nunes, da comissão executiva da DPAI. “Para além das formações habituais, iremos apostar noutras áreas/ações de formação, como é o caso da problemática da Gestão e Sucessão em Empresas Familiares, com uma enorme importância para a economia e sociedade portuguesa, com um tecido empresarial composto em mais de 90% por micro, pequenas e médias empresas, na sua esmagadora maioria de âmbito familiar. Iremos, também, apostar nas áreas do ambiente e da higiene, segurança e saúde no trabalho, proporcionando às empresas conhecimento das suas responsabilidades e obrigações legais, por forma a evitar coimas elevadas”.A ACAP é uma entidade formadora acreditada, com vários anos de experiência na realização de ações de formação especialmente direcionadas para o Setor Automóvel. “Contamos com uma vasta equipa de formadores com ampla experiência profissional e pedagógica, todos eles detentores de CCP – Certificado de Competências Pedagógicas (ex-CAP). Ao fazer formação na ACAP as empresas estão a cumprir com a obrigação legal de ministrar, anualmente, 35 horas de formação certificada aos seus colaboradores (artigo 131º do Código do Trabalho)”, explica João Nunes, que acrescenta: Os associados da ACAP beneficiam de preços especialmente reduzidos nas ações de formação, sendo que, em algumas delas, podem participar gratuitamente, como é o caso da ação “As Empresas Familiares e a Sucessão”. A ACAP está, igualmente, preparada para corresponder às necessidades específicas de cada empresa, podendo realizar a formação nas suas instalações.

Calendário As Empresas Familiares

e a Sucessão (Novo)A problemática da Gestão e Sucessão em Empresas Familiares é de enorme importância para a economia e sociedade portuguesa, com um tecido empresarial composto em mais de 90% por micro, pequenas e médias empresas, na sua esmagadora maioria de âmbito familiar. Dada a pertinência do tema para os diferentes setores de atividade, também para o setor automóvel e dada a missão da ACAP de apoiar as empresas associadas através da disponibilização de informação de suporte à gestão e às decisões mais estratégicas

para a continuidade e crescimento do negócio, por outro, a ACAP vai levar a cabo um conjunto de ações que visam informar, sensibilizar e trabalhar o tema Sucessão Empresarial em empresas de base familiar.Lisboa: dia 10 Março (11h00-13h00);Porto: dia 12 Março (11h00-13h00).Preço para associado: GratuitoPreço para não associado: €50,00

Comunicação e Gestão de ConflitosObjetivosIdentificar as fases e objetivos da comunicação;Aumentar a fidelização dos clientes;Comunicar eficazmente;Diminuir a conflitualidade.

Lisboa: dias 18 e 19 Março (09h30-18h00);Porto: dia 27 Março (09h30-18h00).Preço para associado: €110,00Preço para não associado: €170,00

Gestão de Risco AmbientalObjetivosConhecimento das responsabilidades ambientais aplicáveis à empresa; Diagnóstico relativo ao risco de incumprimento das obrigações legais;Criação de um sistema de gestão em conformidade legal;Garantir o cumprimento dos requisitos legais e evitar coimas elevadas.

Lisboa: dia 24 Março (09h30-13h30);Porto: dia 27 Março (09h30-13h30).Preço para associado: €70,00Preço para não associado: €110,00

As empresas associadas beneficiam, ainda, de um desconto sobre o preço indicado, em função do número de inscrições que efetuarem numa mesma ação:3 participantes – 5% de desconto;4 ou mais participantes – 10% de desconto.

Mais informações em http://pecasauto.acap.pt/, através do email formaçã[email protected] ou do número 213 035 300 (Alexandra Afonso).

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62 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

ACAP. Previsão de crescimento para o mercado nacional O setor automóvel em Portugal está a recuperar. Quem o diz é a ACAP, que vaticina mais crescimento nos próximos tempos. Contudo, a idade média do parque circulante continua a subir, sendo agora de quase 12 anos nos ligeiros de passageiros.

TEXTO JOSÉ MACÁRIO

De acordo com os dados divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP) o setor automóvel está bem e recomenda-se. O ano

de 2014 foi de crescimento, tanto nas vendas como na produção, tendo saído das unidades fabris nacionais um total de 161 509 automóveis, distribuídos entre 117 74 4 ligeiros de passageiros, 40 868 comerciais ligeiros e 2897 pesados. A Autoeuropa foi a unidade mais produtiva no ano que passou, com um total de 102 250 automóveis a sair da linha de montagem da unidade de Palmela, mais 12,1% que em 2013. De forma inversa, a unidade da PSA de Mangualde foi a única que viu os números descerem, registando uma quebra de 5,7% na produção face a 2013.Do total de unidades produzidas, 96,3% destinaram-se à exportação, com a Alemanha a consumir 21,2% deste volume, seguida da China (16,4%) e da França (12,7%).

VENDAS TAMBÉM CRESCEMTambém o mercado continua a retoma, tendo 2014 sido o segundo ano consecutivo de crescimento, desta feita de 36,1% face a 2013, com um total de 172 390 automóveis vendidos. Ainda assim, este resultado está 32% abaixo da média dos últimos 15 anos. As vendas de ligeiros de passageiros cresceram 28,5% face a 2013, para um total de 142 826 unidades. A maior fatia foi para automóveis do segmento B, com 36,8%, seguindo-se os segmentos C e D, respetivamente, com 34,5% e 10% das vendas. Nos comerciais ligeiros o crescimento é de 43,8% face a 2013, tendo sido comercializados em 2014 um total de 26 166 unidades. Também a crescer estão os pesados. Em 2014 venderam-se 3365 unidades, mais 31,8% do que no ano anterior.Com o aumento das vendas sobe também a receita de ISV arrecadada pelo Governo, que em 2014 foi de 466 milhões de euros, mais

32,3% do que em 2013, valor que o executivo de Passos Coelho crê que ascenda aos 560 milhões de euros em 2015, de acordo com o Orçamento de Estado. O IUC arrecadado também cresceu, desta feita 8,1% face a 2013, com um total de 276,4 milhões de euros a entrarem no erário público.Apesar do crescimento registado, a média de idades do parque automóvel português (que a 31 de dezembro de 2014 contava 5 740 200 automóveis) cresceu em 2014. A média dos ligeiros de passageiros cresceu para os 11,8 anos (+0,1 anos), a dos comerciais ligeiros para os 11,6 anos (+0,3 anos) e a dos pesados para os 14,6 anos (+0,5 anos).

AMBIENTE PROTEGIDOA provar que o ambiente – ou o preço dos combustíveis – pesa cada vez mais na altura de comprar um automóvel novo está o crescimento das vendas dos automóveis elétricos, híbridos e a gás, que agora são

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL

2005 2006

221.060

EM 2014 A PRODUÇÃO AUTOMÓVEL FICOU 8.0% ABAIXO DA MÉDIA DA PRODUÇÃO DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS

227.325

176.242 175.155

126.015

158.729

192.242

163.561154.016 161.509

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

MÉDIA 15 ANOS = 253.619

FONTE: ACAP

2009 2010 2011 2012 2013 20142008

275.127 272.754

203.760191.362 172.390

126.689 113.435

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VENDAS DE VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

Page 63: Turbo Oficina 34

MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 63

responsáveis por 2,1% do mercado. Nesta categoria, os híbridos são os preferidos, com 1926 unidades vendidas, seguindo-se os movidos a gás, com 782 unidades. Em 2014 foram ainda vendidos 189 automóveis 100% elétricos e 100 modelos híbridos plug-in.Em queda (e ainda bem) continuam as emissões de CO2. Nos últimos oito anos este valor tem descido sempre, fixando-se em 2014 nos 111 g/km, menos 3 g/km que em 2013,

valores muito abaixo dos 144 g/km registados em 2007.

BOAS PREVISÕES Para a ACAP, os próximos tempos serão risonhos para o mercado automóvel nacional, com previsões de crescimento nas vendas tanto em 2015 como em 2016. Para este ano a associação do setor prevê um crescimento de 11% face a 2014, apontando para a venda de 187 mil unidades, valor que ascenderá às 197 mil

unidades em 2016, um aumento de 5% face ao previsto para este ano.Durante este ano, e aproveitando o ciclo eleitoral, a ACAP irá reunir-se com os vários partidos políticos para apresentar propostas, nomeadamente a da criação de um grupo de trabalho interministerial para reformular o processo de legalização automóvel, que atualmente envolve três Ministérios, tendo em consideração as melhores práticas europeias.

VENDAS DE VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

ELÉTRICOS, GPL E HÍBRIDOS – 2013 E 2014

2013 2014

Total de 2160 veículos2.0% do mercado total

Total de 3002 veículos2.1% do mercado total

10521052

887

166

55 100

189

787

HÍBRIDOS (ELÉTRICOS)

HÍBRIDOS (GN/GPL)

ELÉTRICOS

PLUG-IN

EVOLUÇÃO DAS EMISSÕES MÉDIAS DE CO2 –LIGEIROS DE PASSAGEIROSUNIDADE: G/KM

144139 134

128124 120 114

111

2009 2010 2011 2012 2013 201420082007

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64 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Observador Cetelem. Oportunidades para faturarA mais recente compilação de estudos do Observador Cetelem caracteriza de forma negativa o mercado automóvel nacional. Os portugueses necessitam de trabalhar o dobro da média europeia para comprar carro novo e contam com um parque automóvel cada vez mais envelhecido, mas são também dos primeiros a tornarem-se consumidores, mantendo-se a aposta nos Diesel. Se olhar para as entrelinhas dar-se-á conta que continuam a existir muitas oportunidades para faturar.

Todas as oficinas e empresas que compõem o aftermarket português têm plena noção de que a faturação é, regra geral, superior nos automóveis

que utilizam motores Diesel, face aos gasolina, e que um parque automóvel envelhecido traduz-se, forçosamente, em maiores necessidades de reparação. É por isso que algumas das tendências reveladas pelo Observador Cetelem, empresa do Grupo BNP Paribas, devem ser encaradas com algum otimismo por estes operadores, ao contrário do que acontece com o consumidor final, que naturalmente gostaria de poder trocar de viatura mais vezes e durante menos tempo. De acordo com o mais recente estudo, a idade média do parque automóvel português chegou aos 10,6 anos, acima da média europeia que se situa nos 9,7. “Os casos de incentivos ao abate não foram suficientes para acabar com o envelhecimento do parque automóvel na Europa. O Observador Cetelem já dava conta

As análises económicas e de marketing, bem como as previsões, para o Caderno Automóvel 2015, foram efetuadas em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE (www.bipe.com). Os inquéritos de campo ao consumidor foram conduzidos pela TNS Sofres, durante o mês de julho de 2014, em catorze países (Bélgica, Alemanha, Espanha, França, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, Turquia, Japão, Estados Unidos, Brasil, China e África do Sul), com amostras representativas das populações nacionais, num total de 7.550 pessoas questionadas pela Internet. Para mais informa-ções: www.cetelem.pt ou www.oobservador.pt

QUOTA DO DIESEL NAS MATRÍCULAS DE VEÍCULOS PARTICULARES NOVOS EM 2013DIESEL, UMA EXCEÇÃO EUROPEIA... E TURCA EM %

* Dados de 2012Fonte: BIPE e federações de construtores

BE DE ES FR IT PL** PT UK

MÉDIA EUROPEIA 8 PAÍSES 55%

65

47

66 67

54

37

72

50

25 radar

de um parque envelhecido de 7,9 anos em 2006; situação que continuou a progredir ultrapassando agora a média dos 9 anos na Europa e de 10,6 anos em Portugal”, explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem. O mesmo estudo diz ainda que Portugal possui uma das maiores taxas de esforço para aquisição de automóvel e que os consumidores portugueses destinam cerca de um ano e meio de rendimentos à compra automóvel, significativamente mais do que a generalidade dos europeus, que precisam de menos de um ano. Para aferir a taxa de esforço, o Observador Cetelem analisou o número de anos de rendimentos necessários para um habitante médio adquirir um Volkswagen Golf ou equivalente e constatou que, na Europa, apenas os polacos têm uma taxa de esforço superior à dos portugueses, já que necessitam, em média, de 1,8 anos de rendimento para poder adquirir uma viatura. No outro extremo está a Alemanha, a Bélgica e a França, onde os automobilistas disponibilizam apenas 0,6 anos de rendimentos para a compra de viatura. Isso não nos impede, no entanto, de sermos dos mais novos a comprar uma viatura: em média, os portugueses compram um automóvel novo aos 48 anos, quatro anos antes do que a generalidade dos europeus. Com 46 anos, em média, os compradores espanhóis são os únicos, entre os europeus, a adquirir veículo novo mais cedo. Ainda assim, o estudo indica que, na generalidade, o comprador europeu está a ficar mais velho. O mesmo acontece com os portugueses, que apresentavam uma média de 44 anos em 2007.Uma nota final para os Diesel, tipo de motorizações em que Portugal se apresenta como líder destacado na Europa, com uma quota de mercado de 72% relativamente aos veículos particulares novos a gasóleo.

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66 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Materiais de luxo. Produtos auxiliares na área da pintura

São muitos os trabalhos que exigem um bom acabamento. O pintor conta com diferentes materiais de diversas marcas de tinta: isolantes, massa de poliéster, impressões para vários fundos, aparelhos, tintas e vernizes. Existem também outros materiais complementares muito necessários para a reparação e pintura: recipientes de mistura, filtros, fita de isolamento, etc. Estes devem estar perfeitamente combinados para que o somatório de todos eles resulte num trabalho de qualidade.

Devido ao elevado número de produtos auxiliares empregues na área da pintura, vamos classificá-los pela sua utilização nas diversas etapas

do trabalho, desde que o veículo entra na oficina até que este é preparado, pintado e, finalmente, entregue ao cliente.

ARTIGOS UTILIZADOS NA PREPARAÇÃO E ACABAMENTOGrande parte destes utensílios utilizam-se nos procedimentos de trabalho que devem complementar a pintura: a preparação e o embelezamento.

Coberturas de rodasQuando o veículo já está na zona de preparação, na fase de aspiração e lixamento, é recomendável utilizar coberturas de roda para proteger as jantes e os pneus da poeira ocasionada pela própria lixa de massas e aparelhos, assim como das pulverizações de tinta e aparelhos.Esta proteção também se pode utilizar nos trabalhos de aplicação de pinturas de acabamento com a mesma finalidade: evitar pulverizações de pintura e verniz.

Panos e tecidosPara realizar as operações de limpeza e desengorduramento de superfícies utilizam-se panos especiais, que não larguem linhas nem fibras que poderiam afetar a pintura na forma de poeiras. Os panos denominados “não tecidos” são os mais indicados para a limpeza e desengorduramentos à base de água, já que, quando se utiliza papel de celulose, estes decompõem-se, deixando muita celulose nas superfícies.

Recipiente da misturaPara fazer as misturas de cor costumavam utilizar-se os próprios recipientes de laca ou verniz, previamente limpos com dissolvente. Atualmente as misturas fazem-se em copos ou amostras de plástico calibrados com diversas proporções de mistura. A capacidade destes

PARCERIA

TEXTO ANDRÉS JIMÉNEZ GARCÍA

REPARAÇÃO6

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MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 67

copos de mistura pode oscilar entre 265 ml (os mais pequenos) e os 2300 ml.

Sistemas de preparação de misturasHá uma evolução nos copos de mistura, com os novos sistemas de preparação desta. Para além de os substituírem, os novos copos podem ser montados na pistola aerográfica através de um adaptador. Desta forma os copos descartáveis têm uma dupla função: preparação e aplicação de mistura. Assim se poupa tempo na aplicação e, sobretudo, na limpeza dos equipamentos aerográficos, já que o copo ou depósito original da pistola é substituído pelo descartável.Também se gastam menos materiais de pintura, como o dissolvente de limpeza e a própria pintura de acabamento, pois não é necessário passar a tinta de um recipiente para outro, evitando a perda de produto que fica nas paredes destes.

Filtros e adesivosAntes de aplicar as tintas de reparação e acabamento recomenda-se a passagem destas por filtros de diferentes medidas, para extrair resíduos e impurezas que poderiam ser projetados pela pistola. Dependendo das pinturas, a malha do filtro pode variar entre 190 e 200 micron para filtrar o aparelho e a tinta monocamada, e 125 micron para filtrar as bases bicamada ede água.Os coadores ou filtros costumam ser de papel mas também podem ser plástico e de diferentes cores para identificar o a medida de filtragem.Nos sistemas de preparação da mistura também se usam filtros adaptados à forma de cada fabricante sendo em todos os casos de plástico.

Varetas misturadoras descartáveisUma vez preparada a mistura de pintura é necessário homogeneizá-la para que todos os pigmentos ou produtos se liguem bem. Para esta tarefa utilizam-se umas varetas ou réguas

de plástico descartáveis, com ou sem escalas de calibração.Ao fazer a mistura de tintas à base de água o ideal é usar copos de mistura de plástico e varetas também de plástico. Assim evitam-se possíveis contaminações da pintura.

PRODUTOS PARA TRABALHOS DE ISOLAMENTO Os produtos de isolamento são utilizados nos processos de preparação e nos de acabamento.

Fita de isolarAs fitas utilizam-se em trabalhos de isolamento dos vários acessórios existentes nos veículos e também para ligar os plásticos de isolamento. As de utilização geral são, principalmente, para trabalhos de preparação de superfícies. As de alto rendimento ou resistentes à água utilizam-se nos acabamentos. Têm várias dimensões (13, 19,

25, 28 e 50 mm), tanto as de uso geral como as de alto rendimento.

Fita de levantar borrachasAjuda a isolar os vidros colados e as molduras. Esta fita tem duas partes diferentes: uma rígida que se coloca debaixo da borracha e que a levanta ligeiramente, outra com adesivo para a fixar à borracha de contorno do vidro. Desta

Panos de limpeza e desengorduramento Sistemas de preparação e aplicação de misturas

OS PRODUTOS AUXILIARES DEVEM ESTAR PERFEITAMENTE INTEGRADOS E COMBINADOS PARA RENTABILIZAR OS PROCESSOS PRODUTIVOS

Copos de misturas

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68 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Sistema PPS, de 3M

forma, podem realizar-se pinturas sem correr o risco de manchar as molduras e borrachas.

Fitas de esponjaSão utilizadas para a aplicação de pinturas de acabamento. Estão disponíveis em vários formatos e medidas, mas o seu objetivo é comum: proteger as zonas interiores dos veículos. Colocam-se entre as molduras e as portas, entre as portas e os estribos, entre os capôs e os guarda-lamas, etc.

Papel de isolar ou mascararÉ o produto mais utilizado em conjunto com a fita. O papel de isolar está disponível em várias medidas (30, 45, 60, 90 e 120 cm).Fazem-se todos os tipos de isolamentos com este papel mas, sobretudo, os de proteção dos vidros dianteiros, traseiros e laterais, nas pinturas completas e no isolamento de peças que não devem receber tinta.

Plásticos de isolamentoPouco a pouco, o plástico de isolamento foi conquistando terreno ao papel até repartir a sua utilização em partes iguais.

Fita de alto rendimento

Fitas de uso geral

DEPOIS DA MONTAGEM DOS ACESSÓRIOS O VEÍCULO REGRESSA À ÁREA DE PINTURA PARA O SEU ACONDICIONAMENTO E ELIMINAÇÃO DE POSSÍVEIS DEFEITOS

Cinta levanta-borrachas Enchimento de espuma

Também está disponível em várias medidas e muitos com a sua própria fita adesiva num dos extremos, o que facilita muito a sua colocação. Ainda assim, o que mais se usa são as bobinas de plástico com larguras que podem oscilar entre os 4 e os 6 metros por 150 metros de comprimento. São fornecidos com uma pequena lâmina para cortar à medida necessária e adaptá-los às formas do veículo.

PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIESOs principais materiais são os abrasivos nas suas mais variadas formas.

Discos de lixaOs discos de lixa mais utilizados são os de 150 mm, com 6, 8 e 15 orifícios ou os mais recentes, multiperfurados. A granulação vai dos mais grossos P80 ou P100 até aos mais finos P600 ou P800. Os microabrasivos destinam-se à eliminação de defeitos e trabalhos de polimento e vão desde o P1000 ao P 4000. Também há discos disponíveis em 125, 75 e 33 mm para eliminação de defeitos.

Almofadas abrasivas ou abrasivos pré-cortadosEstes são os abrasivos que se destinam ao lixamento manual. Não costumam ser muito grossos e a sua granulometria vai desde P320 até P800 ou P1000.Com as almofadas e as fitas pré-cortadas preparam-se as superfícies para receber o aparelho. Também se utilizam no seu lixamento e nos vernizes, assim como nas pinturas velhas já endurecidas.

Abrasivos tridimensionais ou scotch-briteEste tipo de abrasivos é utilizado em trabalhos mate, já que eliminam pouca quantidade de espessura. A sua principal função é abrir o poro, matear as superfícies e preparar uma boa aderência para a pintura de acabamento.Utilizam-se principalmente à mão e são seguros para mateados de superfícies de difícil acesso para as lixadoras, como zonas interiores, cavas de roda, compartimento do motor e peças plásticas, como os para-

26 reparação

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MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 69

choques com muitas entradas de ar ou grelhas.

Fitas para lixas planas ou polainas. Têm vários comprimentos e larguras e estão indicadas para superfícies planas ou para lixamentos sobre arestas muito pronunciadas. Estão disponíveis em toda a granulometria necessária para realizar qualquer tipo de lixamento, tal como os discos abrasivos de 150 mm.PROCESSOS DE ACABAMENTOFizemos referência a vários produtos auxiliares comuns ao processo de preparação e de embelezamento, mas há alguns outros mais específicos para o acabamento.

Panos de apanhar o póEstes panos utilizam-se antes de aplicar a pintura de acabamento, seja ela de base bicamada ou verniz, para apanhar e eliminar qualquer pequena marca de pó ou sujidade que possa provocar um defeito na camada de acabamento.Atualmente estes panos adaptaram-se às tintas à base de água e fabricam-se com um adesivo menos agressivo e mais adaptado a estas tintas aquosas.

Amostras de cor e placasÉ muito aconselhável fazer amostras de cor antes de aplicar a cor final. Podem fazer-se quando se aplica a cor em zonas interiores do veículo, já que neste caso a afinação da cor não é tão crítica como nas zonas exteriores. Estas amostras fazem-se sobre chapas metálicas na mesma posição, com fundo idêntico e o número de mãos que a aplicação definitiva da pintura.Na parte posterior destas chapas metálicas identificar-se-á o código da cor, a marca ou modelo e/ou a matrícula do veículo ao qual se aplicou a cor. Assim, conseguimos provas de

cor e suas variantes feitas por nós próprios, mais reais e exatas.

PREPARAÇÃO E ENTREGA DO VEÍCULOUma vez pintado o veículo e decorrido o tempo necessário para que a pintura esteja completamente seca, montam-se os acessórios.

Compostos de polimento e brilhoDepois de realizar a montagem do veículo na área de carroçaria, este volta à secção de pintura para completar os trabalhos de preparação. É este o momento de eliminar

Zonas exteriores Composto de polimento e abrilhantamento final

Panos para limpar o pó (Tack Rag)

possíveis defeitos, como manchas de pó ou sujidade, descolamentos, pequenas pulverizações ou algum arranhão ocasionado na montagem dos acessórios.Para fazer estes trabalhos utilizam-se vários compostos de polimento, mais ou menos abrasivos e, finalmente, aplica-se um composto de brilho, a fim de resolver os pequenos defeitos e restaurar o brilho da camada final de acabamento. Na aplicação de cada composto de polimento e brilho utilizam-se panos de microfibra. Assim se prepara um veículo para entregar ao cliente.

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70 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Peritagem. Capacidade para entender o cliente

As companhias de seguros oferecem uma grande variedade de serviços, assim como vários produtos, com a peculiaridade de que se paga antes do

uso dos serviços estipulados pelo contrato. Quando ocorre um sinistro, na gestão de cada processo intervêm, por outro lado, diversas pessoas: mediadores, peritos, técnicos de reboque, telefonistas, agentes… Tudo isso contribui para gerar um serviço muito específico, que deve ser oferecido ao cliente com a máxima atenção.

A importância do atendimento ao cliente ganha, a cada dia que passa, maior protagonismo, seja qual for o setor em que a empresa desenvolve a sua atividade. O atendimento ao cliente e a qualidade do serviço converteram-se num elemento diferenciador. Hoje, qualquer empresa deve integrar estes aspetos na sua política e nos seus objetivos.

PARCERIA

O CLIENTE DA COMPANHIA SEGURADORAOs serviços disponibilizados pelo conjunto de pessoas que pertencem a uma companhia de seguros dependem, pois, de uma série de fornecedores e das relações que se estabelecem entre eles – clientes internos - com um objetivo comum e final, que é a satisfação do cliente externo, entendido este como a empresa ou pessoas que consomem os bens ou utilizam os serviços. De todos os atores que intervêm na mediação de um sinistro, a atuação do perito é, talvez, dos que lida com o segurado, uma das de maior importância, ao encontrar-se numa posição intermédia entre a companhia de seguros e o segurado. Além disso, há uma segunda relação, que se pode definir como interna, entre a oficina e

o perito. Uma definição correta deste tipo de relações é fundamental para poder oferecer ao cliente externo um bom serviço.

ATENÇÃO AO CLIENTEO apoio ao cliente é o conjunto de prestações que o próprio segurado espera, além do próprio bem ou serviço, segundo expectativas de preço e imagem. Gerir a qualidade de serviço ou a atenção ao cliente é totalmente diferente do controlo da qualidade dos bens materiais. Existem muitas formas de definir a qualidade. Apesar disso, no caso do apoio ao cliente por parte de uma companhia de seguros, todos têm claro que se produz quando o tratamento e a atenção dada respondem da forma mais apropriada à procura e expectativas de cada usuário.

TEXTO JOSÉ ANTONIO MAURENZA ROMÁN

26 reparação

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O PERITO DEVE APRENDER COM OS ERROS DURANTE O SERVIÇO E INCENTIVAR O CLIENTE A DAR SUGESTÕES DE MELHORIA

Mediante a política de seguros, a entidade adquire um compromisso de prestação de determinados serviços e coberturas (como a avaliação num determinado tempo, colocar à disposição do segurado um veículo de substituição, etc); a companhia e todas as pessoas que participam na tramitação do sinistro devem zelar pelo cumprimento do estabelecido.

QUALIDADE DE SERVIÇOA necessidade de oferecer qualidade de serviço ou qualidade de apoio ao cliente nasce desde o momento em que a empresa, seja qual for a sua atividade, oferece um elemento diferenciador; o cliente de hoje dá por certo que ao adquirir um produto adquire também o direito a um bom atendimento. No entanto, com a aplicação do conceito de qualidade de serviço escalamos mais um degrau no relacionamento com o cliente. O objetivo é claro: ganhar a confiança dos clientes que chegam à nossa empresa e

potenciar a publicidade do nosso produto através da sua própria satisfação. O resultado final é a fidelização de um cliente ao qual podemos oferecer novos produtos e a captação do seu círculo pessoal mais imediato através da recomendação. Desde o momento em que a empresa é capaz de proporcionar qualidade de serviço em todos o seu âmbito deixa de ser uma mera

comercializadora de um produto para ser uma referência na prestação de serviços.A função do perito neste ponto é determinante, pois, inconscientemente, o segurado associa à sua atividade todo o serviço aportado pela empresa e, inclusive, aspetos da reparação do veículo que, em muitos casos, dependem do profissional reparador.

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72 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

26 reparação

É necessário, por isso, não só realizar um bom trabalho pericial, como também que o segurador tenha conhecimento do procedimento levado a cabo; o seguimento das reparações deve efetuar-se com diligência, assim como informar o segurado do que foi feito.

POTENCIAL PARA A RELAÇÃO COM OS CLIENTESAs capacidades de trato com o cliente devem ser potenciadas e cultivadas mediante a formação adequada. Em qualquer caso, é necessário considerar certas condições necessárias para a relação com os clientes, quer sejam os próprios segurados, quer sejam as oficinas e, inclusive, os fornecedores da empresa:

1. Disposição para o trabalhoDar serviço e cumprir com o contratado, que não significa dizer “sim” a tudo e cair no servilismo. Toma-se por certo que o perito sabe fazer uma peritagem, mas é necessário, além disso, que o faça de forma interessada.

2. Capacidade de comunicaçãoAprender a superar as barreiras de

comunicação entre as pessoas implicadas. Compreender o cliente e fazer-lhe ver que parte do nosso trabalho é satisfazer as suas necessidades.

3. Tratamento cordial Afetividade e empatia: estas duas palavras definem o tratamento com o cliente em qualquer atividade, mais ainda naqueles casos em que o trabalho do perito pode implicar uma situação delicada para o segurado.

4. MemóriaReconhecimento dos nossos clientes; convém recordar o seu nome, as suas preferências, assim como ter uma ideia das suas características de personalidade.

5. DiscriçãoNão falar mal dos clientes, como regra de ouro; muito menos na sua presença ou de outros clientes.

6. DiligênciaTrabalhar bem e à primeira. Fazer notar a nossa predisposição para oferecer um serviço de qualidade.

7. ImagemHarmonia, limpeza, educação e compenetração ao trabalhar em grupo são fundamentais, não só para garantir um bom serviço, mas também para projetar um ótimo ambiente e tratamento.

O PERITO, NA CADEIA DE ASSISTÊNCIA No setor segurador intervêm diversas pessoas na assistência ao segurado: peritos, mediadores, telefonistas, oficinas, empresas

de reboque… São membros de uma cadeia, que deve ter, como objetivo final, a satisfação do cliente. Informar com diligência, responder com brevidade ao segurado, cumprir os prazos nos processos de peritagem, reparação e tramitação, manter o cliente informado em tudo o que lhe diz respeito e à sua viatura são aspetos que não se podem descurar. Neste sentido, o perito deve aprender com os erros cometidos no processo ou no serviço prestado e incentivar o segurado a fazer recomendações para que essa informação possa ajudar a melhorar o serviço prestado no futuro. O perito de seguros tem uma dimensão profissional, baseada em fundamentos técnicos, que ocupa uma grande percentagem do tempo na entrevista com o cliente, na qual obtém a informação necessária para a realização do orçamento e possíveis trabalhos posteriores, como os relatórios. Na entrevista recolhe dados sobre a ocorrência do acidente, os danos produzidos, etc. e oferece informação acerca dos processos de reparação, procedimento a seguir pela empresa, etc.O perito deve criar empatia com o cliente, nesta e em todas as partes do processo, atendendo ao impacto que pode causar a informação que se lhe oferece e assumindo, em todo o momento, a responsabilidade das ações levadas a cabo e realizando de forma diligente o trabalho.

AS CAPACIDADES DE TRATO COM O CLIENTE DEVEM SER POTENCIADAS COM A FORMAÇÃO ADEQUADA

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74 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Direções. Revisão da bomba de duplo caudal A revisão da bomba de caudal duplo é uma oportunidade que a oficina não deve deixar escapar. Aqui explicamos como levá-la a cabo.

Alguns veículos de topo de gama (como por exemplo o Mercedes-Benz Classe S, desde o modelo W220 ao S600, passando pelo 55AMG) utilizam

bombas de direção formadas por um rotor tradicional de palhetas (ver artigo anterior) acoplado a uma bomba de pistões radiais. A primeira bombeia o óleo para a direção, enquanto a segunda bombeia o óleo que vai para a suspensão traseira, mantendo a sua altura constante.Por si só, este componente seria praticamente

eterno, se não fosse o facto de ninguém se lembrar de verificar o nível e qualidade do óleo da direção quando o carro muda de proprietário, até que a bomba avaria e tem de ser mudada. Aqui começam os problemas, pois se, por um lado, a peça original é muito cara, por outro lado não existem peças de substituição não originais. A isto acresce que o segundo ou terceiro proprietário do carro já não é tão endinheirado como o primeiro. Aqui surge então a oportunidade da oficina. De facto, se em vez de se comprar a peça original,

realizarmos a revisão na oficina, ficaremos com a margem e o cliente ficará mais satisfeito porque poupa imenso dinheiro.Convém esclarecer os seguintes pontos:

Para calcular a margem de lucro basta perguntar qual é o preço e ter em conta que a única coisa a fazer é mudar um punhado de vedantes. Para além disso, a margem é tão elevada que a assistência a estas peças realiza-se em países de mão-de-obra caríssima, como no Japão ou na Suécia.

O cliente ficará satisfeito, não só por

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26 reparação

TEXTO CARLOS PANZIERI

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MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 75

poupar bastante dinheiro mas também porque ficará com uma peça de qualidade e com dois anos de garantia.

COMO FAZERBomba LUK 2108197CPrimeiro lava-se a bomba, eliminando o mínimo indício de gordura, terra e poeira (imagem 01). Depois tira-se o vedante que se encontra no eixo, perto da polia. Bater no rebordo do depósito com um martelo de borracha ou PVC até retirá-lo do seu alojamento (imagem 02). Desta forma, coloca-se a descoberto o lado exterior da bomba de pistões radiais.Com a ferramenta EMMETEC Z-20010, extrair o vedante que faz a estanquicidade entre a bomba de pistões e o depósito (imagem 03).Desapertar os quatro parafusos que apertam a bomba de pistões ao resto da bomba (imagem 04).Desapertar os parafusos dispostos radialmente, extrair os respetivos pistões e molas e colocá-los de forma que não se misturem entre si (imagem 05).Introduzir um extrator de guilhotina no alojamento do freio do eixo pela lado da polia. Depois, com um extrator tradicional de dois

outros estão cortados a seco (vão até às placas frontais de pressão). Extrair a placa inferior de pressão e o seu vedante (imagem 16).Tirar todos os vedantes , retentores e anilhas de teflon (imagem 17, 18 e 19).Desapertar a válvula limitadora (imagem 20) e verificar que a agulha e o seu alojamento não estão gastos (imagem 21).Desaconselha-se a substituição do casquilho, a menos que não haja outra solução. Substituir todos os componentes de selagem com o correspondente kit EMMETEC, ou escolhendo as peças soltas do catálogo. Para esta operação, utilizar sempre as ferramentas EMMETEC da série Z-09319. Aconselha-se substituir o depósito original pelo novo (EMMETEC T-03706). É precisamente esta peça que dá mais problemas, sem contar que ao retirá-la do seu lugar com um martelo, muito provavelmente ficará deformada.Montar todas as peças pela ordem oposta à da desmontagem, juntando um pouco de vedante nos parafusos de aperto dos pistões radiais.Realizar um teste em banco apto para bombas de caudal duplo como o EMMETEC Z-27002.

ou três dentes, pressionar sobre o eixo e, desta forma, tirar o corpo da bomba de pistões (imagem 06).Com a ferramenta EMMETEC Z-20010, tirar o o-ring e o retentor do corpo da bomba de pistões radiais (imagem 07).Assim fica o corpo principal da direção (imagem 08) onde se aloja a bomba de palhetas. Do lado que dá para a bomba de pistões, tirar os vedantes e os anéis de teflon.Extrair o eixo, o rolamento e a sua anilha (imagens 09 e 10).Desapertar os três parafusos que juntam a tampa da bomba de palhetas, a própria bomba e o corpo principal (imagem 11).Levantar muito delicadamente a tampa (imagem 12) e extrair o diafragma (imagem 13).Tirar a placa frontal superior e o vedante (imagem 14) exibindo a bomba de palhetas.Notar que o estator apresenta uma marcação em forma de “D” que indica a posição de montagem correta. Tirar o estator (imagem 15) e as palhetas com muito cuidado para que não caiam. Se alguma delas tiver saído do seu lugar, convém examiná-las com uma lupa, verificando se uns lados estão arredondados (entram em contacto com o estator) enquanto

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76 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Anova geração Passat chega com muita tecnologia e a qualidade de construção que já se conhece da marca alemã. É também uma das carrinhas

preferidas para as frotas de empresas para os seus quadros médios e superiores. Por isso, é importante perceber quanto custa a manutenção programada desta carrinha, aqui analisada na sua versão de entrada na gama diesel: com o motor 1.6 TDI de 105 CV. Os cálculos são feitos a 48 meses ou 120 mil quilómetros, sem IVA.A maior fatia da manutenção recai sobre os pneus, com um total de 1893,67 euros. Os 10 pneus incluídos no plano têm um custo de 1747,07 euros, para a medida 215/55R16V. A esse valor é preciso juntar 76,60 euros das equilibragens, 45 euros para os alinhamentos de direção e 25 euros para as válvulas. Todos os componentes relacionados com o material de desgaste representam um preço de 1364,91 euros. O componente mais dispendioso, as pastilhas da frente,

Manutenção. Volkswagen Passat VariantA nova carrinha Passat mantém um forte apelo, em especial para as frotas de empresas. Analisamos aqui a manutenção programada para a versão 1.6 TDI, o acesso à gama diesel.

POTÊNCIA (CV) 105

CILINDRADA (CC) 1598

EURONCAP

CO2 113

TRANSMISSÃO MANUAL

CAIXA DE VELOCIDADES 6 VELOCIDADES

CARROÇARIA CARRINHA

VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES

REVISÕES 925,31 €

MÃO-DE-OBRA 226,92 € [5,7]

ÓLEO 554,18 € [4]

CAPACIDADE DO CARTER (LITROS) 4,3

TIPO DE ÓLEO ESPECIAL

FILTRO DE ÓLEO 42,72 € [4]

FILTRO DE AR 21,08 € [1]

FILTRO DE PÓLEN 44,74 € [2]

FILTRO DE COMBUSTÍVEL 35,67 € [1]

VELAS - € [0]

DESGASTE 1.364,91 €

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS FRENTE 211,77 € [4]

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS TRAS 28,40 € [2]

PASTILHAS FRENTE 456,39 € [4]

PASTILHAS TRAS 174,93 € [2]

DISCOS FRENTE 204,57 € [1]

DISCOS TRAS 157,45 € [1]

LIQUIDO DE TRAVÃO 31,40 € [1]

EMBRAIAGEM - € [0]

CARGA AR CONDICIONADO 100,00 € [1]

ESCAPE - € [0]

BATERIA - € [0]

AMORTECEDOR FRENTE - € [0]

AMORTECEDOR TRAS - € [0]

BOMBA AGUA - € [0]

FILTRO PARTICULAS - € [0]

TAREFAS EXTRA - € [0]

AVARIAS - € [0]

ELÉCTRICAS - € [0]

TOTAL - € [0]

PNEUS 1.893,67 €

PNEUS FRENTE 215/55R16V

PNEUS TRÁS 215/55R16V

PNEUS 1.747,07 € [10]

ALINHAMENTO DE DIRECÇÃO 45,00 € [3]

EQUILIBRAGEM 76,60 € [10]

VÁLVULA 25,00 € [10]

OUTROS 515,46 €

IPO 27,00 €

INFLAÇÃO 488,46 €

AJUSTES - €

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

TOTAL 4.699,35 €

/100 KMS 3,92 €

COMBUSTÍVEL

* VALORES SEM IVA

PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA

MARCA, MODELO E VERSÃO PRAZO/ QUILOMETRAGEM CARACTERÍSTICAS VEÍCULO

VAGPAS0271A: VOLKSWAGEN PASSAT VARIANT 1.6 TDI 105 BLUEMOTION 5P48/120000

PARCERIA

representam 456,39 euros do valor total. Seguem-se as escovas limpa para-brisas da frente (211,77€), os discos da frente (204,57€), as pastilhas de trás (174,93€) e os discos de trás (157,45€). É necessário ainda somar os 100 euros do carregamento do ar condicionado, 31,40 euros do líquido de travão e 28,40 euros das escovas limpa para-brisas traseiras.No campo da revisão, a conta a pagar é de 925,31 euros. Analisando parcela a parcela, o óleo especial é o custo mais pesado – 554,18 euros – graças às quatro trocas, sendo que em cada uma são gastos 4,3 litros. A troca de filtros (de combustível, óleo, ar e pólen) representa, no total, 144,21 euros. A mão-de-obra para toda a manutenção tem um preço de 226,92 euros, o que representa 5,7 horas de trabalho. Contas feitas, a fatura a pagar pela manutenção é de 4699,35 euros, o que representa um custo de 3,92 euros por cada 100 km percorridos – um valor muito competitivo para as empresas.

26 reparação

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78 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

Minho Tyres. “Criamos uma grande confiança com os clientes”A Minho Tyres é o grossista de pneus que está localizado mais a norte de Portugal. Nem por isso está distante do mercado e da realidade do mesmo, dispondo das ferramentas certas para nele ser competitivo. Este mês terá um novo site de vendas online.

AMinho Tyres iniciou a sua atividade em março de 2008. Tudo começou com uma oficina associada a um posto de abastecimento. Naquela altura, a

procura de pneus era grande e a oferta era pouca. Com o negócio de revenda de pneus a aumentar acabou por nascer a Minho Tyres. A empresa passou por diversas fases ao longo da sua curta história que a levou, em maio de 2014, para outras instalações, em Barroselas.O seu gerente, Hugo Miguel Oliveira, disse à TURBO OFICINA que a Minho Tyres está atualmente implementada no mercado de uma forma sólida e que até poderão existir novidades este ano. Quantos pneus vende anualmente a Minho Tyres?Estamos com uma média de vendas anual na casa dos 22.000 pneus.Quanto é que isso representa em termos de stock médio de pneus (em quantidades)?Temos em média um stock de 4.000 pneus com uma movimentação mensal por volta dos 1500 pneus.Em 2014 passaram a ocupar novas instalações, em Barroselas (Viana do Castelo). Qual é a dimensão do vosso armazém? Atualmente estamos a trabalhar com dois armazéns. Dessa forma conseguimos ter uma área com cerca de 1.000m2 no total.Dispõem de uma equipa de vendas no terreno? Quantos vendedores têm?Temos uma equipa de dois vendedores, que trabalham diariamente no terreno e estão também em contacto com os clientes por telefone. Estar em constante contacto com os clientes é uma forma de os mesmos se sentirem sempre bem acompanhados.Como funcionam em termos logísticos? Fazem entregas em 24 horas em qualquer lugar de Portugal?Trabalhamos com um transportador que faz entregas em qualquer ponto de Portugal continental em 24 horas. Para as entregas perto da zona envolvente da Minho Tyres, temos obviamente a capacidade de entregar no próprio dia.Em termos de política de produtos qual tem sido a estratégia seguida pela Minho Tyres?Comercializamos todo o tipo de marcas, essencialmente Michelin, Kleber, BFgoodrich, Kormoran, Bridgestone, Firestone, Goodyear e Dunlop. A nossa aposta principal é com o Grupo Michelin. Atualmente as grandes TEXTO PAULO HOMEM

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MARÇO 2015 | TURBO OFICINA 79

marcas têm uma linha mais barata na qual vale a pena investir em relação às marcas chinesas, pois existe uma garantia e um serviço de apoio ao cliente que funciona muito bem.A Minho Tyres não tem nenhuma marca em exclusivo?De momento não. Estamos a trabalhar para este ano podermos ter um representação da Minho Tyres, nomeadamente ao nível do segmento Budget. Iremos estar presentes em vários salões para estudar essa hipótese, tendo assim uma oferta em linha com aquilo que o mercado nos pede.Dinamizam regularmente campanhas para os vossos clientes?Temos sempre o cuidado de fazer uma campanha quinzenal ou mesmo mensal promovendo quatro ou cinco medidas de primeira linha ou mesmo de segunda linha sem obrigatoriedade de compra de quantidades. Respeitamos assim os nossos clientes que não são obrigados a comprar pneus que não precisam.Em termos de abrangência de gama a Minho Tyres disponibiliza todo o tipo de pneus?A Minho Tyres vende pneus para ligeiros, comerciais, pesados, 4x4, agrícolas e de engenharia.Quais são vantagens e pontos fortes da Minho Tyres face a outros operadores na distribuição de pneus?Os nossos pontos fortes são o nosso produto, a rapidez de entrega e a fidelização de clientes nos quais criamos uma grande confiança com eles.Para quantas casas de pneus vendem em Portugal?Temos uma carteira de 600 clientes, dos quais 200 compram regularmente.Qual a opinião que tem sobre o mercado português ao nível da distribuição pneus?O sistema de distribuição em Portugal está bem desenvolvido. Existe uma grande quantidade de grossistas, com grandes stocks de primeiras linhas a segundas linhas, com possibilidade de entrega bidiária. A concorrência é feroz e é preciso estar muito atento às exigências dos clientes e tentar, acima de tudo, satisfazer essas mesmas exigências com produto bom, barato e entregue de forma rápida. Os nossos clientes são todos os retalhistas que têm o consumidor à sua frente e quer ser atendido e satisfeito nesse momento. Por tudo isso, muitas vezes a revenda torna-se uma luta.

CONTACTOSMINHO TYRES

RESPONSÁVEL HUGO MIGUEL OLIVEIRA

TELEFONE 258 735 738 / 258 735 137

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.minhotyres.com

VENDAS ONLINE B2B REPRESENTAM 50%O site de vendas online, disponível através do endereço www.minhotyres.com, representa 50% das encomendas.“Este mês o novo site entrará em funcionamento. Será mais moderno, mais convidativo e mais prático. O cliente poderá consultar todo o nosso stock e obter respostas mais rápidas com o objetivo de satisfazer os nossos clientes”, diz Hugo Miguel Oliveira, gerente da Minho Tyres.Consultar stocks, fazer encomendas, observar pisos e consultar as campanhas regulares da Minho Tyres são algumas das muitas funcionalidades que tem este site de vendas online B2B.

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80 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

28 PNEUS

S. José Logística de Pneus. Representante exclusivo Goodride

Depois de vários anos a dinamizar e comercializar Goodride, marca que desenvolveu bastante no mercado

nacional, a S. José Logística de Pneus anuncia agora que assinou um acordo de exclusividade para a distribuição desta marca em Portugal.A Goodride é produzida é produzida pelo maior fabricante de pneus da China, sendo ao mesmo tempo o 10º maior fabricante de pneus Mundial e 4º maior fabricante mundial de pneus de camião.Para este responsável, “isto só foi possível depois do nosso excelente trabalho de desenvolvimento da marca em Portugal, no que foi fundamental, a ajuda que a qualidade dos pneus Goodride nos tem habituado,

CARPNEU. NOVO CENTRO INAUGURADO EM BRAGA

ACarpneu tem um novo centro de assistência especializado, que acaba de inaugurar em Braga, elevando assim para quatro os

centros de assistência da marca no nosso país: Famalicão, Matosinhos, Ponte de Lima e Braga.Localizado na freguesia bracarense de

MOTRIO. NOVO MODELO CONQUEST É FEITO NA CONTINENTAL

Os concessionários Renault vão passar a ter disponível um novo pneu da Motrio, denominado Conquest.

O novo modelo Motrio Conquest distingue-se pela excelente estabilidade e precisão da condução. O equilíbrio de desempenho quer em piso seco quer em molhado, as distâncias de travagem curtas, a resistência ao aquaplaning e o baixo nível de ruído são outras características deste pneu.A baixa resistência ao rolamento que conduz a um desgaste do pneu mais lento é assegurado, sobretudo, pela introdução no processo de fabrico de um composto flexível em sílica.Disponível em três gamas (Conquest, Conquest Sport e Conquest Van) a cobertura da gama alargou-se substancialmente, sobretudo no que se refere aos veículos comerciais. Nesta fase vão estar disponíveis 27 medidas para pneus de ligeiros e SUV´s e 5 para veículos comerciais.

DISPNAL PNEUS. APRESENTA NOVO TOYO PARA DENTRO E FORA DE ESTRADA

OOpen Country A/T Plus é um pneu construído propositadamente para o mercado europeu, que estará disponível

na Primavera de 2015. Um novo pneu para dentro e fora de estrada, que estará disponível em 25 medidas.Projetado para melhorar o desempenho em piso molhado e travagem e ao mesmo tempo melhorar a condução a alta velocidade, o novo pneu responde plenamente aos requisitos do Regulamento 117 fase 2 sobre ruído reduzido. O Open Country A/T Plus é 2 dB mais silencioso do que o antecessor significando uma redução de 28% no ruído externo.O novo Open Country A/T Plus dispõe de maior mobilidade para os condutores que o usam em percursos off-road. Com um padrão de piso assimétrico, o design rígido do bloco e os novos polímeros no piso juntam-se para oferecer incomparável performance tanto dentro como fora de estrada.

FOI NOTÍCIA QUE... … a Toyo anunciou que o Proxes R39 na medida 185/60R16 86H foi escolhido como equipamento original para o novo Mazda2, apresentado recentemente e que chega a Portugal em Março. Os pneus Toyo ajudam este citadino a oferecer uma combinação de economia de combustível e performance. Neste momento, a Toyo é responsável pelo equipamento original dos Mazda 2, 3, 5 e CX-5.

… o pneu de série mais rápido do mundo em circuito, o Michelin Pilot Super Sport, foi homologado em exclusivo como primeiro equipamento para os novos modelos F da Lexus, os RC F e GS F, o que reforça o elo de ligação do fabricante com os mais conceituados e exigentes construtores de veículos. As dimensões homologadas foram a 255/35 R19 dianteira e 275/35 R 19 traseira.

… a Bridgestone vai desvendar uma nova gama de pneus e novas tecnologias no Salão de Genebra, como a mais recente geração de pneus de tecnologia “Run-Flat” e ainda o novo conceito AirFree (não-pneumático), que visa uma baixa manutenção a par com o facto de ser sustentável, ao maximizar a reciclagem de pneus usados e de outros recursos.

… a Dunlop lançou no mercado quatro medidas do pneu Sport BluResponse com classificação AA, cumprindo assim o desafio de alcançar esta classificação lançado em 2012, quando apresentou pela primeira vez um protótipo de um pneu AA (205/55 R16 94V XL, 205/55 R17, 95V XL, 215/55 R16 97H XL e 225/60 R16 102W XL).

… a revista alemã ACE (em colaboração com o instituto GTÜ ) classificou o Kumho Solus HS51 como pneu recomendável nos seus testes a pneus de verão, fruto das prestações nas categorias aquaplaning e travagem em piso molhado.

… a gama ADVAN da Yokohama vai ter duas novidades: ADVAN NEOVA ADO8R e ADVAN SPORT V 105. As opções mais ecológicas da Yokohama também contam com novas adições, destacando-se nesta novidades a baixa resistência e elevada prestação em piso molhado dos pneus BluEarth-A AE-50.

… a Vulco voltou a apostar na expansão ibérica e apresenta o novo associado em Portugal: a oficina Pneus da Cidade.

… a Pirelli anunciou que acaba de ampliar a sua gama de pneus Carrier, uma oferta especialmente desenvolvida para furgões e utilizando as mesmas tecnologias incorporadas nos pneumáticos para automóveis de performances superiores. Existem agora mais cinco opções de 14’’: 165/70 R14 89R; 175/70 R14 88T; 175/65 R14 90T; 185/80 R14 102R; e 195/80 R14 106C. Passa a estar disponível uma nova opção de 16’’, com a adição à oferta Carrier de uma nova versão com as características 227/75 R16 121R. Desta forma a Pirelli indica estar a reforçar a sua cobertura do mercado de furgões.

Frossos, este novo centro Carpneu surge integrado na política de expansão e de proximidade com o cliente que a empresa nortenha tem vindo a implementar.A Carpneu Braga localiza-se no Loteamento Quinta do Carreiro – lote 5, em Braga.

sendo neste momento, sem dúvida, uma marca Quality a preços Budget”.Refira-se que, simultaneamente, a S. José Logística de Pneus irá iniciar um trabalho de desenvolvimento da marca Goodride na vizinha Espanha.

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82 TURBO OFICINA | MARÇO 2015

O A obrigação de indemnizar decorrente de acidente de viação

No entanto, a lei obriga a que para que exista obrigação de indemnizar se tenham de reunir cumulativamente os seguintes pressupostos: (i) que se verifique a prática

de um acto ou de um facto que, (ii) sendo ilícito, (iii) possa ser imputado a uma pessoa ou entidade jurídica; (iv) que haja dano para o lesado, e (v) que se consiga demonstrar que aquele facto ou acto foi a causa daquele dano. Caso não se verifique algum destes pressupostos, não haverá lugar à obrigação de indemnizar.O artigo 483.º do Código Civil e os referidos pressupostos da responsabilidade civil, sendo aplicável aos danos emergente de acidentes de viação, estabelece: “Aquele que com dolo ou mera culpa violar ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legal destinada a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação.” Como dissemos, tem por base um acto voluntário, ou controlável pela vontade. Mas a lei não deixa desprotegido o lesado de acidente de viação, mesmo quando não se consiga provar a culpa do condutor:É que por outro lado, e independentemente da prática de um acto voluntário, o nosso Código Civil estabelece ainda, na parte do Direito das Obrigações respeitante à responsabilidade civil, pelo risco ou objectiva, que aquele que tiver a direcção efectiva de qualquer veículo de circulação terrestre e o utilizar no seu próprio interesse - ou seja o dono de um carro/veículo que o destine à satisfação do seu interesse - ainda que por intermédio de comissário, responde pelos danos provenientes dos riscos próprios do veículo, mesmo que este não se encontre em circulação (n.º 1 do art.º 503º). Esta responsabilidade é, porém, excluída, nos termos do art.º 505º, nos casos em que o acidente seja imputável ao próprio lesado, ou a um terceiro, ou quando resultar de causa de força maior estranha ao funcionamento do veículo.Quanto ao dano e à sua quantificação, deve esclarecer-se que (embora sempre sujeito a controvérsia quanto à sua avaliação) a obrigação

de indemnizar inclui: danos patrimoniais, aqui se incluindo danos emergentes do acidente, físicos ou materiais, mas também os lucros cessantes (aquilo que o lesado teria caso o acidente não se tivesse verificado); mas também os danos não patrimoniais, aqui se incluindo, entre outros, os transtornos e incómodos resultantes da privação prolongada do uso do veículo, tais como a necessidade de levantar mais cedo para ir para o trabalho e o regresso mais tardio a casa, entre outros.É importante referir que, quanto aos beneficiários da indemnização, a responsabilidade por danos causados por veículos aproveita ainda a terceiros, bem como às pessoas transportadas (art. 504.º Código Civil). Havendo contrato de transporte, a responsabilidade cobre os danos da pessoa transportada assim como os seus pertences. Se, pelo contrário, o transporte for gratuito, a responsabilidade cobrirá apenas os danos pessoais da pessoa transportada.Por outro lado, caso resulte a morte de alguém em consequência do acidente, têm direito à indemnização, título de danos patrimoniais, (i) as pessoas que poderiam exigir direito de alimentos ao lesado ou aqueles a quem o lesado os prestava (ii) os herdeiros da vítima e ainda (iii) as pessoas que tiveram despesas ou prestaram serviços para tratar, salvar ou assistir o lesado. Já quanto aos danos não patrimoniais, terão direito a eles (i) o cônjuge não separado judicialmente de pessoas e bens e os descendentes; (ii) na falta destes, os ascendentes; (iii) na falta também daqueles, os irmãos, e ainda, de forma genérica (iv) os herdeiros, pelos danos não patrimoniais sofridos pela vítima em consequência da lesão do direito à vida.Existem portanto dois tipos de responsabilidade possíveis e, independentemente da responsabilidade pelo risco ter sido transferida para uma seguradora, devem verificar-se todos os requisitos acima descritos para serem indemnizáveis os danos resultantes de acidente de viação, indemnização essa que pode variar em função do destinatário e natureza dos danos.

MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO

ADVOGADO

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email

para: [email protected] indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica.

O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia

opinião

Todos temos a noção mais ou menos genérica de que, em caso de acidente de viação, deveremos ser indemnizados por quem deu causa ao acidente através do seu seguro.

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