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SAIBA MAIS NA PÁGINA 59 N.º 26 | JULHO 2014 | 2,2€ WWW.OFICINA.TURBO.PT Juntámos quem fornece software de dados técnicos, de orçamentação e de faturação mas também quem o usa e lida com as oficinas. Quais os principais problemas deste setor? É possível sobreviver sem um bom software? O que dizem os especialistas da área SOFTWARE OFICINAL PUBLICIDADE PROTAGONISTA LUÍS SANTOS E A NOVA FASE DA IMPOESTE COM A CROMAX SOGEFI POR DENTRO DOS FILTROS DA MARCA ITALIANA NORAUTO INOVAÇÃO NA ANÁLISE DE GASES DE ESCAPE DOSSIER EM ESSEN, NO PRINCIPAL SALÃO DE PNEUS

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O destaque deste mês da TURBO OFICINA vai para o 2º Encontro do Aftermarket, dedicado ao tema do software oficina. Veja o que os principais players do setor têm a dizer. Mostramos-lhe também as principais novidades do Salão de Essen, onde se encontram todas as marcas de pneus. O protagonista deste mês é Luís Santos, da Impoeste. Destaque ainda para uma importante novidade na Norauto e saiba como desenhar ou redesenhar uma oficina de pintura. Isto e muito mais para ler este mês, na sua revista do aftermarket.

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SAIBA MAIS NA PÁGINA 59

N.º 26 | JULHO 2014 | 2,2€

WWW.OFICINA.TURBO.PT

Juntámos quem fornece software de dados técnicos, de orçamentação e de faturação mas também quem o usa e lida com as oficinas. Quais os principais problemas deste setor? É possível sobreviver sem um bom software? O que dizem os especialistas da área

SOFTWARE OFICINAL

PUBLICIDADE

PROTAGONISTALUÍS SANTOS E A NOVA FASE DA IMPOESTE COM A CROMAX

SOGEFIPOR DENTRO DOS FILTROS DA MARCA ITALIANA

NORAUTOINOVAÇÃO NA ANÁLISE DE GASES DE ESCAPE

DOSSIEREM ESSEN, NO PRINCIPAL SALÃO DE PNEUS

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s

PROPRIEDADE E EDITORATERRA DE LETRAS

COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDANPC508735246

CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS

SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO

AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS

TELEFONES 211 919 875/6/7/8FAX 211 919 874

E-MAIL [email protected]

DIRETORJÚLIO SANTOS

[email protected]

DIRETOR ADJUNTOANTÓNIO AMORIM

[email protected]

EDITOR-CHEFECLÁUDIO DELICADO

[email protected]

RESPONSÁVEL TÉCNICOMARCO ANTÓNIO

[email protected]

REDAÇÃOANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES

[email protected] GOMES

[email protected] HOMEM

[email protected] MACHADO

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DIRETORA COMERCIALANABELA MACHADO

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EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIARICARDO SANTOS

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PAGINAÇÃOLÍGIA PINTO

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FOTOGRAFIAJOSÉ BISPO

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SECRETARIADO DE REDAÇÃOSUZY MARTINS

[email protected]

COLABORADORESFERNANDO CARVALHOGUILLERMO DE LLERA

JOÃO ALMEIDAJORGE LIZARDO NEVES

MANUEL GAMEIROMIGUEL ASCENSÃO

PARCERIASCENTRO ZARAGOZA

CESVIMAP4FLEET

TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM

IMPRESSÃOJORGE FERNANDES, LDA

RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 92820-652 CHARNECA DA CAPARICA

DISTRIBUIÇÃOVASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK,

QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM

TEL. 214 337 [email protected]

GESTÃO DE ASSINATURASVASP PREMIUM, TEL. 214 337 036,

FAX 214 326 009, [email protected]

TIRAGEM10 000 EXEMPLARES

REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777

INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS

OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

sumárioN.º 26 | JULHO 2014

PROTAGONISTA Luís Santos - Impoeste. P.6

REVISÃO Novidades do mercado. P.12

ESPECIALISTA Caetano Parts. P.22Sogefi. P.24Norauto. P.28Sika. P.30Standox. P.32NCH. P.34Checkstar. P.36Expomecânica. P.38Eco-Partner. P.40

ESPECIALEncontros do Aftermarket: Software Oficinal P.48

4RAIO XComercial do Mês - Renault Trafic. P.54InovaçãoTRW. P.56

Ensaio de Longa Duração. P.58Fornecedores do BMW i3. P.60

5RadarPlanear a oficina. P.62Seguro para oficinas ACAP. P.65ExpressGlass. P.66

6 REPARAÇÃO Luzes de xénon e full LED. P.68Correias e distribuição. P.72Teste de fiabilidade Nissan Qashqai. P.74Manutenção Kia Cee´d SW. P.75Homologação de catalisadores Veneporte. P.76

8PNEUS Continental. P.78Michelin. P.80Firestone. P.81

OOPINIÃO Consultório jurídico. P.82

dossier Salão de Essen P.42Fomos à Reifen, a maior feira europeia de pneus e trazemos-lhe as principais novidades, mas também os produtos mais inovadores e as tendências de mercado.

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES

GATES CAPAEVENTO SELO DE CAPACONTINENTAL VERSO DE CAPAJAPANPARTS PÁG. 5MEYLE PÁG. 11FUCHS PÁG. 13

KRIOS A/C PÁG. 15PETRONAS PÁG. 17SWAG PÁG. 19TRW PÁG. 21MS MOTOR PÁG. 25KM PÁG. 27

AUTO DELTA PÁG. 31RPL CLIMA PÁG. 33MANN-FILTER PÁG. 35SPIES HECKER PÁG. 37AMBIMOTORS PÁG. 39ALPINE PÁG. 41

CHAVECA & JANEIRA PÁG. 43APVGN PÁG. 45SPIES HECKER PÁG. 47BERNER PÁG. 51CENTRO ZARAGOZA PÁG. 53DIA DO AFTERMARKET PÁG. 59

LIQUI MOLY PÁG. 61CARF PÁG. 67VALVOLINE PÁG. 73MOTOR PORTUGAL PÁG. 77CESVIMAP PÁG. 83ALPINE PÁG. 84

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s desafios que se colocam hoje às oficinas são enormes e, atendendo ao facto que a esmagadora maioria das oficinas têm entre 2 a 5 funcionários, estes desafios ganham ainda maior relevância. A gestão e a decisão está nas mãos de uma só pessoa e decidir torna-se uma profissão a tempo inteiro. Se decidir passa por coisas simples como tratar do economato, há decisões estruturais que implicam muito conhecimento e informação para sustentar a decisão. Este mês, a TURBO OFICINA organizou o segundo Encontro do Aftermarket, desta vez dedicado ao software oficinal e, só nesta área, o gestor de oficina tem muitas decisões a tomar. Uma coisa é certa: uma oficina moderna não pode viver sem um software de dados técnicos, sem um de orçamentação e outro de faturação. E só neste ponto há muitas decisões a tomar uma vez que existem vários softwares disponíveis no

mercado. É fundamental, antes de escolher, saber exatamente o que precisa, para que fim vai usar esses software e que resultados quer obter deles. Isso vai ajudá-lo a tomar uma decisão adaptada ao seu negócio, mas também a ter uma solução a um preço que pode pagar. Mas não facilite: há soluções que são muito baratas e apelativas, mas são só isso. Escolha uma empresa que lhe dê garantias de assistência, formação e que esteja capacitada para o ajudar sempre que precisa. Essa é uma decisão que a médio/longo prazo lhe pode poupar tempo e dinheiro. As redes facilitam, naturalmente, toda essa parte porque oferecem a solução chave na mão, mas mesmo uma oficina independente pode manter-se fora de uma rede com decisões bem ponderadas e com apoio dos seus parceiros. Pior do que decidir mal é não decidir nada. Porque uma má decisão mostra pró-atividade e abre possibilidades de avaliar a decisão e corrigi-la, quando necessário. Não deixe que o seu negócio voe ao sabor do vento.

O Dia do Aftermarket deixa-nos cada vez mais empolgados por vermos a aceitação que está a ter junto das empresas que vão marcar presença com espaço próprio, mas também do número de oficinas inscritas para visitarem o evento do ano. Se ainda não se inscreveu passe por www.oficina.turbo.pt/diadoaftermarket.

E

EDITORIALNão tenha medo de decidir

Pior do que decidir mal é não decidir nada. Porque uma má decisão mostra pró-atividade e abre possibilidades de avaliar a decisão e corrigi-la, quando necessário. Não deixe que o seu negócio voe ao sabor do vento.

O

Cláudio Delicado EDITOR-CHEFE [email protected]

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21 PROTAGONISTA

PROTAGONISTA1

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O administrador da Impoeste garante que Portugal tem os melhores pintores do mundo, mas falta ao mercado apostar mais na gestão porque pintar bem não é o mais difícil. O problema está em ganhar mais dinheiro com uma boa pintura e para isso, é preciso fazer contas.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

Luís Santos. “Só é uma boa pintura se for um bom negócio”

Éo momento ideal para a Impoeste dar um ar mais fresco, jovem e ágil à empresa, que está empenhada em fazer uma transição tranquila entre as marcas Dupont Refinish e

Cromax. Historicamente a Impoeste trabalha de forma exclusiva com uma marca e nota-se o grande entusiasmo com que Luís Santos fala desta nova fase de trabalho com a Cromax. O processo de rebranding ainda decorre e chega para reforçar uma política da Impoeste: ajudar os clientes a serem mais rentáveis.A marca Dupont Refinish foi substituída pela marca Cromax recentemente. Já há efeitos visíveis?O que aconteceu foi um rebranding e passámos de uma marca muito conhecida que era a Dupont Refinish para uma nova que se chama Cromax. Mas tudo o que são os produtos, as pessoas, as fábricas e toda a vertente técnica mantiveram-se. A qualidade dos produtos, a garantia da sua utilização e a sua performance são iguais. A mudança acontece do ponto de vista de imagem e estratégico, o que nos traz questões muito positivas. Em que sentido? Há uma renovação da imagem que acompanha

a renovação do espírito da marca. O novo espírito traz maior rapidez a acompanhar tendências de mercado e estamos prestes a lançar produtos novos comos os vernizes de baixa energia, uma nova linha de produtos mais vocacionada para veículos comerciais. Tudo o que nos queixávamos no passado, pelo tempo que as coisas demoravam, está resolvido. Hoje somos mais ágeis.Em que fase está o rebranding?As latas já começam a ter o nome Cromax. Está previsto que em dois anos, 2014 e 2015, se assista à total substituição do nome Dupont Refinish pela Cromax. Isto tem várias fases e está a correr dentro do previsto. Algumas ferramentas são fáceis de mudar como a web, outras nem tanto como as embalagens. São mais de 500 referências e os produtos têm um tempo de prateleira no circuito comercial que obriga à convivência das latas novas com as antigas. Até final de 2014 ao nível da fábrica e dos principais importadores estará tudo atualizado e com a nova imagem. Em 2015 ainda existirão produtos no mercado, com menor rotação. Como é que os clientes têm reagido a esta mudança?Curiosamente muito bem. Digo curiosamente

porque para quem está habituado a ter um nome com uma notoriedade muito grande, interiorizar que esse nome vai desaparecer cria um certo receio de que exista um impacto na parte comercial. Temos feitos muitas sessões a nível nacional para esclarecer este assunto, ao mesmo que apresentamos o novo produto estrela, o Cromax Pro. Os clientes têm reagido muito bem e isso prova que o fundamental no nosso negócio é a proximidade, transparência e a confiança. Temos até assistido a ligeiras melhorias na performance de vendas. O que se pode esperar de novos produtos Cromax?Existem na calha várias novidades mas de momento vou destacar o verniz de baixa energia. Encaixa numa tendência da Cromax, acompanhada pela Impoeste, onde somos pioneiros em áreas-chave do nosso negócio, na relação dos clientes com vista à otimização dos seus negócios. Para além das tintas, há uma série de fatores que influenciam a performance da nossa atividade. Não basta termos uma tinta com ótima fidelização de cor, bom tempo de secagem ou um catálogo alargado para pegar nessa solução e achar que temos uma resposta para o mercado em

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a ser um sucesso, com números recorde de participantes, sendo a formação paga. Há uma necessidade enorme de formação que nunca vai acabar. Foi um risco calculado ter formação paga quando costuma ser gratuita? Foi um medo enorme. Achámos que a formação como estava a ser dada era inconsequente. Para darmos o salto qualitativo e passarmos a ter formação em níveis mais elevados, tivemos que fazer um esforço na nossa aquisição de conhecimento com várias instituições. A decisão foi difícil porque passar a cobrar algo que era grátis era um risco. Começámos no início deste ano e o balanço é extremamente positivo. Chegaremos ao final do ano com 180 formandos que passaram por aqui nos diferentes 8 módulos. Damos hoje uma formação muito mais eficaz e com bastante mais conhecimento retido face ao passado. É isso que conta para nós. Conseguimos

termos de performance. O mercado exige que o sistema de trabalho seja rentável e produtivo. Pintar carros bem, toda a gente pinta. Agora bonito e brilhante durante muito tempo e a ganhar dinheiro com isso é mais difícil. Só é uma boa pintura se for um bom negócio. A Cromax tem desenvolvido muitos produtos e soluções referentes à produtividade e rentabilidade do negócio. Já não é só uma questão qualitativa dos produtos, mas os processos que os produtos permitem de forma a que a unidade de produção tenha um valor de rentabilidade igual ou superior às suas expectativas e um valor de produtividade também superior. É com base nesse trabalho que temos apresentado soluções. O novo verniz de baixa energia é um produto que permite a secagem ao ar em pouco tempo de um produto que costuma envolver gastos energéticos elevados, invertendo tudo isso: menos equipamento utilizado, menos energia, menos watts e isto significa mais lucro. Mas para aproveitar essa possibilidade é fundamental que a oficina faça contas. Esse é o problema principal. Nós estamos centrados em fornecer soluções que garantam produtividade e rentabilidade, com muitas soluções ao nível da auditoria, consultoria e formação para permitir que o decisor oficinal consiga fazer as contas corretas e decidir qual é o melhor processo para garantir maior lucro. Há uma grande confusão no mercado entre o que é o preço baixo e o lucro. O preço baixo de um produto impede, muitas vezes, que esse produto seja integrado num processo de trabalho que tem como vista a otimização da rentabilidade. Um verniz de baixa energia tem, virtualmente, um preço zero ou negativo. Temos é que provar e mostrar as contas e o cliente ter capacidade de perceber. Utilizando um valor qualquer, imaginemos que custa 100 euros por litro, esse produto com as otimizações no processo de trabalho vai permitir um resultado com uma poupança de 100 euros. O produto é grátis graças à diminuição de tempos de espera, de mão-de-obra e de desperdício. Estas contas nem sempre são fáceis de fazer. É possível poupar em todo o processo. E nós temos essa consultoria. Pequenas poupanças todas juntas são poupanças grandes ao final de um ano ou de todos os anos que a oficina existe. Temos, por vezes, tendência a retirar valor às coisas pequenas. Fizemos um estudo que apontou para o custo de um euro numa oficina de pintura, relativa aos desperdícios com aquele silvo que costumamos ouvir proveniente do ar comprimido. Custa um euro por dia, todos os dias, todas as semanas, todos os meses e todos os anos. Isto é desperdício. Há uma série deste tipo de pequenas coisas que juntas, representam um valor significativo. Estas análises e contas têm que ser feitas todos os dias. Para ajudar nesse ponto, criámos o conceito de academia de formação que está

Luís Santos tem 45 anos e entrou para a Impoeste, fundada pelo pai, aos 23 anos. Já não se lembra bem como foi o início mas esteve, desde sempre ligado à repintura. Cumpriu o Serviço Militar Obrigatório e, desde então, assumiu um papel cada vez mais importante na empresa e, hoje, gere uma equipa de 39 pessoas e um negócio que está em Portugal, Espanha e Angola. Tem ambição nas ideias e percebeu há muito que o negócio se resume a que todos os intervenientes tenham lucro. Vive obcecado pelo lucro e pelo equilíbrio financeiro das operações. Luís Santos trabalha para dar todas as ferramentas necessárias aos clientes para o conseguirem. Tudo o que sabe não saiu das cadeiras de uma Universidade, mas do dia-a-dia na empresa. No campo pessoal, vive em união de facto e tem um casal de filhos.

PERFIL

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TUDO O QUE NOS QUEIXÁVAMOS NO PASSADO COM A DUPONT, PELO TEMPO QUE AS COISAS DEMORAVAM, ESTÁ RESOLVIDO. HOJE SOMOS MAIS ÁGEIS E ESSA É A PRINCIPAL VANTAGEM

a marca de menor valor seja líder de mercado. Temos que alimentar esse serviço e o mercado tem que perceber isso. Mas é preciso ser muito rigoroso porque quando apresentamos uma solução de rentabilidade em que a oficina depois vai comprar consumíveis fora para aplicar nesse processo, está a por em causa um serviço valioso e testado que lhe prestamos e a por em causa a sua própria rentabilidade.Quais as grandes diferenças que viu acontecer no setor da repintura nos últimos anos em Portugal?Nos últimos quatro anos a grande mudança foi a regressão na apreciação do negócio pelo preço. Mudou a interpretação do conceito da otimização da mão-de-obra, da eliminação de desperdício com vista à elevação da rentabilidade e dos níveis de produtividade. O preço do produto voltou a ser o principal indicador para a decisão. À falta de níveis de ocupação das oficinas que mantivessem as estruturas de forma saudável, os decisores

voltaram-se para a diminuição de custos, mas fizeram-no de forma transversal e pouco coerente, o que acaba por ditar o aumento dos próprios custos. Ao diminuir custos num produto estamos a aumentar custos na mão-de-obra ou numa fase do processo. Isso pode até representar uma redução de custos, mas só no imediato. Não precisamos do mais barato, precisamos do mais rentável e do maior lucro por litro. Andámos 20 anos a construir esse entendimento do negócio de otimização do lucro e a partir de 2010 assistimos a uma regressão para a decisão pelo valor baixo por litro. Existem bons pintores em Portugal?Não existem bons pintores em Portugal… Existem os melhores do mundo e isto não é nenhum tipo de graxa. O nível de execução dos pintores portugueses, o cuidado, o rigor com que trabalham e o controlo sobre o resultado está ao mais alto nível. Diz que temos os melhores pintores do

valorizar a formação e isso vai ajudar a profissionalizar o mercado. Impusemos regras muito rígidas e a formação é cobrada antecipadamente, caso contrário o formando não recebe essa formação. Queremos validar a nossa academia como centro de formação e estamos a estruturar o projeto para certificação na DGERT. Como está hoje a Impoeste num mercado que passa por um momento difícil?O setor está doente, com graves dificuldades nos últimos 4/5 anos. O setor tem sobrevivido, mas há alguns indícios de recuperação nos últimos meses. A Impoeste tem dado provas nos últimos anos do dinamismo necessário para se manter saudável. Cometemos erros, como é natural, mas temos uma estrutura muito bem dimensionada para o mercado que temos. Estamos com vontade de crescer e ir atrás dos negócios. O setor da repintura automóvel tem espaço para crescer em Portugal? Não. Sem correr o risco de dizer um disparate, o mercado vai manter-se nos níveis atuais em termos de valor nos próximos anos. Prevê-se uma diminuição de volumes, com produtos mais complexos, com valor superior por litro mas menos litros vendidos. Os crescimentos das marcas não têm a ver com o crescimento do mercado, mas com a capacidade de roubarem negócio a outras marcas. Os estudos mostram que só em 2016 voltará a haver crescimento.Como analisa o mercado em Portugal?É um mercado extremamente concorrencial e muito disputado, com todas as multinacionais presentes, com alguns importadores também mas é um mercado que se agudiza em termos de luta e de preço. Os preços muito baixos, fruto da nossa economia, do valor da mão-de-obra e que se traduzem em problemas de rentabilidade das operações. Mas não nos podemos esquecer que para termos serviço temos que ter margem, e com a redução de preços não é possível ter esse serviço. Se uma parte importante do sucesso do negócio se prende com o conhecimento, os que vão só por preço chegam a um ponto que não têm margem, não têm serviço, não têm conhecimento e não conseguem otimizar lucros. A diferenciação terá que ser feita pelo serviço?Sem dúvida. Não há nenhum mercado em que

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É um apaixonado por automóveis?Gosto muito desde sempre. Sei cilindradas, potências, as cores, os modelos, as decisões. Tudo. Costuma estar sempre a reparar na pintura dos carros que passam?Não. Não vivo obcecado.Gosta de ouvir os outros nas suas decisões?Sou muito teimoso, é um dos defeitos que mais se nota. Só deixo de ser teimoso quando percebo que não tenho razão. Oiço pouco porque tenho uma visão muito emocional do negócio.Visita com regularidade as oficinas?Todas as semanas. O que mais gosto no negócio é a parte comercial, técnica e de relação com os clientes. É intuitivo nas suas decisões?Sou muito intuitivo nas decisões recorrentes, do dia-a-dia. É viciado no trabalho?Não, mas assumo que a capacidade exacerbada de comunicação nos trouxe uma necessidade de estarmos 24 horas disponíveis para tudo e todos e isso pode ser muito complicado. Tem que haver muita disciplina. Como é um dia normal para si?Chego por volta das 9 horas e acabo sempre por me dedicar, nas primeiras horas do dia, às questões da organização interna. A partir daí são questões comerciais e do período do almoço até ao fim do dia trabalho lido com os clientes. O que gosta de fazer nos tempos livres?Desde que nasceram os meus filhos tenho tido pouco tempo livre para as atividades que gosto, como vela e motos. Os meus tempos livres têm sido muito canalizados para fazer o que eles gostam, e isso vai do ballet da minha filha ao ténis do meu filho. E futebol, gosta?Sou um benfiquista doente. Fico mal disposto quando não corre bem, o que felizmente não tem sido o caso. O que mais aprecia num colaborador seu?Transparência e disponibilidade. Tem algum lema de vida?Não tenho um para a vida. Tenho andado mais obcecado nos últimos anos pela simplificação da vida. Fazer menos coisas, fazê-las melhor e de forma mais simples.

DE CORPO INTEIRO SE UMA PARTE IMPORTANTE DO SUCESSO DO NEGÓCIO SE PRENDE COM O CONHECIMENTO, OS QUE VÃO SÓ POR PREÇO CHEGAM A UM PONTO QUE NÃO TÊM MARGEM, NÃO TÊM SERVIÇO, NÃO TÊM CONHECIMENTO E NÃO CONSEGUEM TER LUCRO

mundo, falta só que tenhamos os melhores gestores do mundo?Comparam-nos muito com Espanha. É comum assistirmos a uma conversa entre profissionais da pintura em que é sabido que os pintores espanhóis são piores que os portugueses. Trabalhamos muito melhor. Mas se o pintor espanhol é pior executante, por outro lado é melhor negociante e ganha mais dinheiro. Não vamos ter que ser piores pintores, teremos é que ser melhores gestores para termos melhores negócios. Há mercado em Portugal para ser criada uma rede de oficinas de repintura automóvel?Há mercado, as redes existem, mas historicamente somos independentes e há uma incapacidade de associativismo. A Impoeste tem 5 lojas próprias. Isso garante uma cobertura que vos satisfaz?Temos uma cobertura nacional, continental e insular, que é garantida pelas nossas lojas e pelos nossos 7 distribuidores, que passarão em breve a 9. Caiu-se na ideia errada de que a Impoeste ia fazer o mercado todo por venda direta e isso não é verdade. A solução será sempre híbrida entre vendas diretas e de distribuidores. Não vamos abrir mais lojas. A cadeia de distribuição que existe no mercado português está bem sustentada?A cadeia de distribuição vive um problema terrível de pressão de preço. O cliente pressiona e quer comprar mais barato e os fabricantes também pressionam, com produtos e linhas novas que respondem a essa solicitação do mercado. No meio está o distribuidor. As margens estão a ser comprimidas. Nos últimos anos em Portugal a distribuição assistiu a uma diminuição das suas margens brutas muito significativa e neste momento as estruturas e as empresas estão a trabalhar no limite. O mercado pode ter que encontrar formas novas no negócio e vão cair alguns níveis da cadeia de distribuição. Há marcas que vão resumir o seu negócio a clientes preferenciais, deixando

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de estar presentes no resto. As marcas não podem viver de notoriedade, mas sim de vendas. Sem vendas não há marca. O desafio que se coloca ao mercado português é readquirir equilíbrio e encontrar formas novas de garantir margem suficiente para cobrir o valor do serviço para que este continue a ser prestado. Falámos da cobertura nacional mas também já deram o passo da internacionalização, para Espanha e Angola. Como está a correr?Começámos a nossa aventura espanhola depois de desafiarmos um parceiro importante como a Salvador Caetano. O que propusemos foi desenvolver um conceito de negócio que fugisse da questão do preço por litro e olhasse ao resultado. Foi aceite, fornecemos praticamente toda a operação da Salvador Caetano em Espanha e está a correr muito bem. Em Angola é diferente, começámos em 2001 a vender para lá de forma regular e, em 2010, montámos a empresa em Angola. Tem corrido bem, com altos e baixos normais, mas trabalhamos com clientes referenciais desse mercado. Foi um passo natural para quem em Portugal não tem espaço para crescer. Querem ir para mais países?Em 2014 queremos estabilizar as operações e depois então logo pensamos noutros países.

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12 TURBO OFICINA | JULHO 2014

2 REVISÃO

A Turbo Kirus é uma empresa especializada na indústria do turbocompressor, que disponibiliza uma ampla gama de turbos e cores novos. A Motor Portugal é a distribuidora oficial e exclusiva para Portugal desta marca.

Turbo Kirus. Novo negócio de turbos chega a Portugal

REVISÃO2

AKirus é uma empresa de origem espanhola que fabrica e monta os componentes para turbos naquele país e que agora tem representação

em Portugal.A MotorPortugal é o distribuidor oficial e exclusivo da nova marca de turbo Kirus para o nosso país, contando desde já com uma equipa de profissionais qualificados para responder a qualquer dúvida que possa surgir no momento da montagem do turbocompressor.A montagem do turbo Kirus realiza-se com componentes idênticos aos originais e, por este motivo, no final da sua vida útil, pode

ser reparado com os mesmos componentes que um turbo original.É prioridade da Kirus oferecer a máxima qualidade aos seus clientes. Por esse facto, a empresa dispõe de um sistema de gestão de qualidade segundo norma UNE EN ISO 9001.2008, que suporta o produto Kirus.Para a fabricação de todos os componentes do turbocompressor a Kirus dispõe de maquinaria de última geração, que juntamente com a equipa de profissionais qualificados garante a qualidade dos produtos comercializados. Todas as peças do turbo Kirus foram desenhadas

e analisadas cuidadosamente, para posteriormente serem submetidas a rigorosos controlos de qualidade.A produção do turbocompressor Kirus realiza-se em série, por isso o custo final do produto é mais económico. Refira-se que o catálogo de turbos Kirus cobre mais de 75 % das vendas por referência.Para terminar, diga-se ainda que a Kirus é completamente compatível com o turbo novo original Garrett, KKK, BorgWarner, Mitsubishi, entre outros.Mais informações em www.motorportugal.com.

ROBERLO. NOVA MASSA MULTIFUNCIONAL MULTI 8000

AMulti 8000 é uma massa multifuncional especialmente indicada para os utilizadores acostumados a trabalhar

com massas cremosas que possibilitam aplicações em camadas muito finas e com uma perfeita perfilagem. Este produto também é recomendado quando o usuário precisa de consertar pequenos remendos ou realizar um processo de reparação rápida. Apesar de ser uma massa de alta densidade, a finura de grão

do produto permite que ele seja lixado facilmente.Muito cremoso e de textura suave, excelente equilíbrio entre a capacidade de preenchimento e o bom acabamento antes de lixar, possibilita uma boa gradação dos contornos da zona aplicada, tempo rápido de secagem (de 15 a 20 minutos a 20ºC) e de muito fácil lixamento. Estas são, segundo a Roberlo, as principais características deste produto.

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UFI Filters. Vai até ao espaçoE

ntre 2012 e 2014, a UFI Filters reportou um crescimento superior a dois dígitos, com um incremento de margem superior

ao incremento em faturação, o que permitiu melhorar a sua posição financeira consolidada em 30%. Graças a uma operação com o grupo financeiro Italiano Unicredit está definida uma linha de financiamento de 50 milhões de euros que permitirá consolidar o programa de desenvolvimento industrial do grupo em Itália e no resto do Mundo e também sustentar futuras aquisições estratégicas do Grupo UFI.No plano estratégico, para além do primeiro equipamento onde possui uma situação de liderança, no Grupo Ufi estão previstos investimentos no Aftermarket, tanto para OES como para o mercado independente, tanto através da marca UFI como da SOFIMA, duas gamas completas de produtos garantidas com qualidade original ou equivalente ao produto original, de origem preponderantemente europeia.Outro setor em expansão, no qual o Grupo colabora de forma muito ativa, desde há já alguns anos, é o Aeroespacial, com a produção de sistemas de filtragem que estão presentes desde os helicópteros Agusta Westland até aos caças de combate e drones não pilotados Alenia Aermacchi.

Mas isto não é tudo, a versatilidade UFI Filters estende-se até ao espaço; as próximas sondas do programa espacial ExoMars, que as Agência Espacial Europeia (ESA) e russa enviarão a Marte em 2016, irão equipadas com filtros UFI.

Desenhados em colaboração com a empresa Aero Sekur, terão como missão evitar que microorganismos terrestres como as bactérias ou esporas possam contaminar o planeta vermelho durante a exploração.

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14 TURBO OFICINA | JULHO 2014

2 REVISÃO

MEYLE. NOVOS CASQUILHOS DE BORRACHA PARA FORD E VOLVO

Com a nova adição à sua oferta MEYLE/HD de casquilhos, a Wulf Gaertner Autoparts AG oferece soluções de valor

acrescentado para uma gama cada vez maior de modelos Ford e Volvo, incluindo o Ford C-Max I, Focus C-Max, Focus II e Kuga e o Volvo C70 II, S40 II e V50. Com as últimas adições, as oficinas independentes têm agora a possibilidade de oferecer serviços de valor acrescentado para uma gama de automóveis ainda mais alargada com o re-design nos novos casquilhos Ford e Volvo (ref. MEYLE 716.050.0031/32HD, 716.050.0035/0036HD e 716.050.0052/0053HD). Os casquilhos

KRIOS A/C. Gama alargada de pressostatos

AKRIOS apresentou a sua vasta gama de pressostatos para o sistema de ar condicionado.Trata-se de um sensor eletrónico que

é de grande importância para a função e para a manutenção de um ar condicionado. Este tipo de sensor é sensível às variações de pressão no circuito de refrigeração e o seu objetivo é o de proteger o circuito e o compressor de pressões excessivamente altas ou demasiadas baixas. Além disso, este sensor define a pressão de condensação do refrigerante por meio do controlo da velocidade do ventilador do condensador. No caso da pressão subir ou

descer para um nível perigoso o pressostato eletromagnético desengata a embraiagem do compressor. De um modo geral, o pressostato apenas permite que o compressor opere dentro dos níveis mínimos e máximos permitidos.A Krios A/C desenvolveu uma das maiores variedades de pressostatos no mercado, atualmente incluindo 56 códigos diretos de ajuste, cobrindo mais de 8.000 aplicações. A sua qualidade é garantida pela marca Krios A/C, uma dos principais nomes europeus na sua área, graças ao pessoal e ao investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento. Mais informações em www.kriosac.it.

FEDERAL-MOGUL. AGORA CHAMA-SE FEDERAL-MOGUL MOTORPARTS

AFederal-Mogul anunciou o mais recente passo da sua estratégia de crescimento para a área das peças, que

passa pela alteração do nome da divisão de componentes para Federal-Mogul Motorparts.Dessa forma, a nova Federal-Mogul Motorparts terá a responsabilidade de potenciar e dinamizar no mercado do pós-venda as conhecidas marcas Moog, Fel-pro, Champion, Wagner, Anco e Ferodo.O novo nome, bem como o novo logotipo, já começou a ser divulgado a nível mundial, através de campanhas de marketing para as diversas marcas de produtos que a Federal-Mogul Motorparts representa.

Reduzir os conteúdos ao fundamental e estruturar a página de forma mais clara foram os objetivos fundamentais

que levaram a ContiTech a renovar completamente o seu website ao nível dos seus componentes de acionamento por correia para o Automotive Aftermarket.Uma barra de navegação oferece uma visão geral dos grupos de produtos e serviços disponíveis. O Product Information Center (PIC) e o catálogo online também foram integrados na barra de navegação. Como resultado a página é mais clara, mais fácil de navegar e com uma estética mais apelativa.Também é possível aceder à página através do website da ContiTech e Continental, mas a forma de acesso mais simples é o acesso direto em www.contitech.de/aam. Além disso, a página está disponível em 16 idiomas. Além do website renovado, foram também renovados o guia de referências cruzadas online e o Product Information Center (PIC), no sentido de permitir uma integração sem problemas no funcionamento da nova página na Internet.

CONTITECH. NOVA PÁGINA WEB MAIS FÁCIL PARA A OFICINA

dos braços de suspensão MEYLE/HD (ref. MEYLE 714.610.0009/HD) também podem ser substituídos individualmente – tornando possível substituir o casquilho em vez do braço completo. O novo casquilho MEYLE/HD é a última adição à gama de peças individuais da Wulf Gaertner Autoparts que não se encontram disponíveis na Origem em separado, possibilitando assim às oficinas independentes oferecerem reparações com grandes vantagens em termos de tempo e dinheiro, e simultaneamente fortalecer as relações com o cliente ao fornecer um serviço mais completo.

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HELLA. AGORA COM WEBSITE EM PORTUGUÊS

AHella tem dado passos seguros na sua abordagem ao mercado português, depois de em 2012 ter reforçado a sua presença em Portugal com a abertura

da delegação em Lisboa. Para reforçar ainda mais a sua presença no nosso mercado, a HELLA lançou o seu site corporativo em português www.hella.pt. Assim, a empresa de origem alemã, pretende aproximar a sua marca e produtos ao mercado luso.Fiel à imagem estratégica global da HELLA, “Peças, Ferramentas e Serviços”, Distribuidores, Oficinas e outros profissionais do setor, vão poder consultar a vasta gama de produtos de Iluminação, Eletricidade, Electrónica, Termocontrol, Travões e Química, disponíveis para o setor do aftermarket.Este novo marco representa para a empresa o grande desafio de manter o seu compromisso de atender o mercado português com um serviço mais direto, ofrecendo informação atualizada e detalhada de todos os produtos e serviços.A HELLA tem atualmente mais de 28.000 artigos, um número que continua em crescimento, sempre com uma clara aposta na inovação e na tecnologia.

Retificadora Guimarães. Liderança ibérica na maquinação

ARetificadora de Guimarães torna--se na primeira empresa Ibérica a ter ao dispor dos seus clientes uma máquina dedicada à performance

de cabeças de motor para digitalização e maquinação em 5 eixos de câmaras de combustão, condutas de escape e admissão. É inédito em Portugal uma empresa fazer um investimento tão elevado neste setor, estando assim no topo deste segmento ao lado das melhores empresas mundiais entrando numa área muito restrita da elite mundial com equipamento deste nível.Aliando-se à Rotler, marca americana líder mundial de máquinas de preparação de motores, com uma enorme e prestigiada carreira de preparação de motores para competição desde a Nascar, Ralis, moto GP até à F1, a Retificadora de Guimarães adquiriu também à Rottler um importante programa completo de formação ao mais alto nível.Um engenheiro de performance da Rottler esteve em Guimarães e, em conjunto com a empresa Dunimex, distribuidor da

Rottler para Portugal e Espanha, tornaram possível que este curso de formação fosse um sucesso e que durante mais de 10 dias consecutivos capacitassem os funcionários dedicados a este departamento na Retificadora de Guimarães.Para completar esta nova vertente de competição a Retificadora de Guimarães adquiriu também um banco de medição de fluxos totalmente computorizado onde se podem observar e registar com gráficos todas as medições e comparações de fluxos antes e depois da maquinação, obtendo assim todo know-how necessário para os seus clientes.

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2 REVISÃO

Grupo EBI. Reforço da parceria com o IEFP

O Grupo EBI, através do seu CEO Pedro Rosado, recebeu das mãos do secretário de estado o prémio de sponsor para o

setor automóvel, pela participação no maior evento a nível nacional gerido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, o “Campeonato Nacional de Profissões”.A Rede Eco-Oficina (Grupo EBI) foi um dos patrocinadores para o setor automóvel deste evento, que terá agora novas fases com as finais europeias e mundiais.Este evento vem também reforçar o protocolo de parceria que a Rede Eco-Oficina tem com o IEFP para colocação de jovens recém formados em contexto real de trabalho nas oficinas da rede em condições especiais para estes.

NGK. CATALÓGO DE PEÇAS PARA VEÍCULOS CLÁSSICOS

ANGK atualizou recentemente o seu catálogo para automóveis mais antigos e clássicos modernos, que vai agora na 8ª edição.

A versão impressa está disponível para os distribuidores da NGK, embora a empresa disponibilize também para “download” uma versão em PDF no site www.ngk.de.

TRW. NOVO REGULAMENTO ECE R90 ELOGIADO

Pioneira na travagem e especialista líder em segurança global, a TRW Automotive Aftermarket, elogiou o futuro

regulamento ECE R90 para discos e tambores de travão, considerando-o uma grande evolução para a segurança automóvel global.A partir de Novembro de 2014, todos os discos de travão e tambores de veículos comerciais pesados (HCV) - incluindo aqueles para autocarros e reboques - fabricados e vendidos em toda a Europa terão de cumprir os requisitos mínimos definidos na legislação ECE R90. A partir de Novembro de 2016 estas regras também se vão aplicar aos automóveis ligeiros de passageiros e aos veículos comerciais ligeiros (LCV). De forma a respeitarem estas normas, as peças devem passar por uma série de testes e apresentar níveis de desempenho semelhantes aos do Equipamentos Original.“A especificação interna da TRW já ultrapassa a legislação, por isso, estamos preparados e acolhemos com agrado estas mudanças, tal como fizemos em 1999 com a introdução das normas ECE R90 para pastilhas de travão”, referiu Richard Adgey, gestor global da TRW.

Desde 2005 que a NGK publica este catálogo, que na edição deste ano inclui 5.725 referências de vela para automóveis (e também motos) fabricados entre 1931 e 1993.Este catálogo possui um grande número de imagens detalhadas do produto e listas de referências cruzadas.

MILLERS OILS. LANÇA “LATA” DE ÓLEO SEM DERRAMES

AMillers Oils lançou um novo tipo de garrafa de plástico de 5 litros para óleo, projetada para encher ou por ao nível o

óleo de motor sem derramamentos e sem a necessidade de utilizar um funil.O recipiente, com seu mecanismo de fácil-derrama, revoluciona o desenho das garrafas permitindo ao usuário controlar o fluxo do óleo, sem o uso de um funil, impedindo a contaminação e os derramamentos.A garrafa nova estará disponível em distribuidores selecionados no início de julho de 2014, com o mesmo preço que uma garrafa atual de 5L da mesma categoria de óleo.Ver mais em www.milliersoil.co.uk

FUCHS. ANTICONGELANTE MAINTAIN FRICOFIN DP COM NOVAS APROVAÇÕES

AFUCHS elevou o nível de performance do seu anticongelante Maintain Fricofin DP com novas aprovações,

nomeadamente a MB-Approval 325.6, aprovação recentemente introduzida pela Mercedes Benz.Esta aprovação é válida desde 5 de janeiro deste ano e obrigatória para todos os automóveis de passageiros de fabrico posterior a esta data. O Maintain Fricofin DP também pode ser utilizado nos veículos de passageiros de fabrico anterior.

O anticongelante Maintain Fricofin DP será um dos primeiros produtos que cumpre a aprovação MB-Approval 325.6 e, paralelamente, a aprovação a MB-Approval 325.5, existente há já algum tempo e válida para os veículos pesados.

O Maintain Fricofin DP, ao cumprir ambas as aprovações, torna-se numa excelente opção de racionalização, em especial nas frotas maioritariamente Mercedes.

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Cepsa. Apresentados novos lubrificantes XTAR

ACepsa apresentou a sua nova gama de lubrificantes XTAR. Estes novos produtos implicam uma

viragem na estratégia comercial da empresa, que pretende potenciar o peso dos seus produtos sintéticos de alta gama dirigidos a ligeiros, assim como dar destaque à tecnologia usada nas suas formulações e procurar uma diferenciação na imagem.Com esta nova gama, a Cepsa procura aumentar a sua quota de mercado garantindo uma oferta de maior valor aos clientes. “Os lubrificantes para ligeiros XTAR contam com as homologações e especificações para todo o tipo de veículos, garantindo as melhores prestações que respondem às necessidades do mercado, destacando-se pelo seu rendimento e pelas vantagens que oferecem na redução da fricção e na economia de combustível face aos lubrificantes convencionais”, explicou José Aramburu, diretor de lubrificantes da Cepsa, na apresentação dos novos lubrificantes.

Aempresa de equipamentos Conversa de Maõs, já tem disponível para comercialização a máquina de

desmontar pneus para serviço móvel e assistência em estrada da sua representada HPA / Faip. Trata-se de uma máquina de desmontar eletrohidráulica para jantes de

13 a 26 polegadas, que é disponibilizada numa de duas versões:Por um lado a versão F226 Móvel (só a máquina de desmontar)

e, por outro, a F266 Móvel com gerador, que inclui um gerador 17HP e um compressor 10/12 Bar.

CONVERSA DE MÃOS. DISPONIBILIZA FAIP PARA SERVIÇO MÓVEL

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2 REVISÃO

A SKF lançou a linha “End Of Life”, para aplicações acima de 10

anos, na gama de Bombas de Água VKPA/VKPC. A gama inclui aplicações para a maioria dos veículos das marcas europeias que circulam no nosso país, mas também aplicações para veículos asiáticos.

PALESTRA SOBRE APLICAÇÕES ROLAMENTOS AUTO SKF Pelo quarto ano consecutivo, a convite do Engº. Luís Coelho, do Departamento

AAlpine Eletronics apresentou dois novos sistemas multimédia com navegação. No caso do X800D-U

trata-se de um sistema “One Look Navi” ou “tudo em um” com ecrã tátil de 8’’. No caso do INE-W987D trata-se de um sistema “One Look Navi” com as mesmas características técnicas, mas com um ecrã totalmente amovível de 7’’.Segundo a Alpine estes dois novos sistemas reúnem o que há de melhor no aspeto técnico. Entre as funções a destacar nos dois modelos encontram-se a sua entrada HDMI, o controlo por voz, a “zona dupla” e a sua alta qualidade de áudio e vídeo, além de muitas outras prestações. A Alpine dispõe de kits de integração que permitem a cobertura de variados modelos de carros para os diferentes modelos de 8’’, incluindo o X800D-U. A instalação é muito simples e permite que se mantenham todas as prestações do sistema original, dado que se inclui, se tal for desejado, as interfaces necessárias para o controlo das funções de comandos no volante, visor, etc. Além disso, cada vez se vão adicionando mais kits para se aumentar a lista de veículos compatíveis

SKF. LINHA EOF NA GAMA DE BOMBAS DE ÁGUA VKPA/VKPC

NET PEÇAS. AMBIÇÃO EUROPEIA NAS PEÇAS USADAS

ANet Peças, o primeiro site de compra e venda de peças que opera exclusivamente através da internet, aumentou as suas expectativas

de faturação em 500% e vai iniciar o seu processo de internacionalização, até ao final do ano.Com o objetivo de ser líder no mercado europeu dentro de cinco anos, os responsáveis apontam Espanha, Alemanha,

de Engenharia Mecânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, e em reconhecimento das excelentes prestações efetuadas pelo colaborador

SKF José Oliveira (CPP) nos anos anteriores, mais de 60 alunos da cadeira de Engenharia Mecânica assistiram a uma palestra sobre Aplicações de Rolamentos Auto da SKF.A SKF orgulha-se de estar presente nestas ações, levando a estes alunos a experiência de mais de 100 anos da marca neste segmento de mercado.

Alpine. Novos sistemas multimédia com navegação

FOI NOTÍCIA QUE... … a Roberlo deu mais um passo na sua aposta forte no mercado português. Para isso, lançou uma nova versão em português do site e da newsletter. Qualquer utilizador que queira aceder à nova versão de Portugal ou do Brasil só precisa de entrar em www.roberlo.com e, ao ser detetada a língua do seu navegador, o site será aberto diretamente em português, tal como acontece nos outros idiomas.

… a Alpine desenvolveu um sistema de infotainment para os proprietários de veículos Mercedes ML e GL. O resultado é um sistema que se pode integrar nos veículos ML (W164) e GL (X164) dotando o veículo dos últimos avanços em compatibilidade multimédia, navegação e qualidade de som.

… o ContiTech Power Transmission Group desenvelvou um vídeo e um folheto que explicam como as oficinas podem obter acesso fácil e gratuito ao PIC e quais são os conteúdos que estão disponíveis no portal. Em www.contitech.de/pic é possível encontrar todas as informações importantes, sempre atualizadas, bastando introduzir o número de artigo e sem ser necessário iniciar sessão.

… a Auto Diana, Reparações de Automóveis, Lda. tornou-se, desde o início do passado mês de fevereiro, na mais recente Oficina Autorizada da rede de após-venda da Iveco, prestando serviços de assistência técnica à totalidade da gama de veículos comerciais do construtor italiano.

… a divisão de Aftermarket da TRW anunciou a nomeação de Ben Smart como diretor global dos serviços de marketing, departamento global de peças e acessórios. Ben, de 33 anos, está na TRW desde 2010 e desempenhou funções nas áreas de vendas e de marketing.

…a empresa Referência Virtual, Distribuidor Oficial Valvoline para a zona Norte de Lisboa, aumentou a sua área de intervenção geográfica com a abertura de uma nova empresa sediada em Alverca do Ribatejo de nome Referência Dupla.

… um milhão de toneladas de pneus usados já foram recolhidos e valorizados pelo Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU) gerido pela Valorpneu, desde 2003, ano em que o sistema foi implementado. Entre 2003 e final de abril de 2014, do um milhão de toneladas de pneus que passaram no SGPU, 21,5% foram recauchutados, 47,3% reciclados e 29,2% valorizados energeticamente.

… a Autopamplona comemorou no passado dia 31 de maio, 20 anos de atividade com forte dedicação e especialização no área do desporto automóvel. Os serviços técnicos da Autopamplona contemplam ainda a manutenção de carros do dia-a-dia bem como serviços técnicos especializados, onde consta um moderno banco de potência (Dyno Dynamics 450DS AWD) para carros de duas ou quatro rodas motrizes.

com estes equipamentos.No caso do INE-W987D, a Alpine também tem disponíveis numerosos kits de instalação, assim como adaptadores 2-DIN e interfaces de todo o tipo, para se compatibilizarem estes sistemas com uma grande quantidade de veículos. A integração também será plena com um bom acabamento estético e sem se perderem prestações originais.

Polónia, Holanda e Inglaterra como os mercados prioritários.A start-up portuguesa que nasceu em dezembro de 2013, conta já com mais de 300 oficinas e 70 centros de abate.Segundo Luís Vieira, CEO e fundador da Net Peças “estamos a solidificar a base de negócios no mercado português, mas este projeto tem um amplo caminho a percorrer nos mercados internacionais”.

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2 REVISÃO

MANN+HUMMEL. NOVOS FILTROS DE HABITÁCULO ELIMINAM AS PARTÍCULAS PERIGOSAS

OGrupo Mann+Hummel, consciente da repercussão da contaminação do ar na saúde, desenvolveu novos filtros

de habitáculo que garantem praticamente a eliminação de 100% das partículas contaminadas.Para proteger a saúde dos ocupantes do veículo, a Mann+Hummel desenvolveu filtros de habitáculo equipados com um miolo filtrante altamente eficiente de última geração. Entre os novos filtros encontram-se o combinado “CUK 26 009” e o filtro de partículas “Cu 26 009”, que pode usar-se como alternativa em determinados modelos de automóveis. A Mann+Filter fornece tanto filtros de partículas como combinados com a qualidade do primeiro equipamento disponível para o mercado do aftermarket.Os filtros de habitáculo intercetam as partículas sólidas e o pólen, enquanto os combinados incorporam uma capa de carbono ativo, ou seja, podem eliminar também os gases nocivos como o ozono e o benzeno, além dos odores desagradáveis.

MENAPEÇAS. INTRODUZ COMLINE NA SUA GAMA DE PRODUTOS

No ano de comemoração do seu 30º aniversário, a Menapeças decidiu acrescentar a gama de produtos

Comline ao seu portfólio de produtos.A marca Inglesa Comline, com 20 anos de experiência e sede em Luton é uma empresa com grandes aspirações a tornar-se numa referência europeia no competitivo mundo do aftermarket. Com 130.000 m2 disponíveis para armazenagem e 5.000 referências em catálogo, a operar 24 horas por dia a Comline resolve assim a cada vez maior exigência de exportação para vários países Europeus.

Comma. Alarga gama de óleos de caixa e transmissão

AComma alargou a sua gama de óleos para aplicação em caixas de velocidades e transmissões, com a introdução de um novo produto e o

alargamento de duas linhas de produto, que estão agora disponíveis. O novo produto e os alargamentos de gama acrescentaram 1301 linhas de modelo extra ao inovador sistema

online de aplicação da Comma.O novo produto, MVMTF 75W80, é um fluido para múltiplos veículos que cobrirá uma gama de veículos que necessitam de um fluido de transmissão 75W-80, API GL-4. Os fabricantes abrangidos incluem a Vauxhall/Opel, Honda, Land Rover, MINI, Mitsubishi e Volvo. Disponível em embalagens de 1 litro, o novo produto será adequado para um total de 643 linhas de modelo.A Comma também anunciou um número significativo de alargamento de aplicações para dois produtos existentes no seu portefólio de fluidos de transmissão. O EP75W-80, disponibilizado para um vasto número de modelos Renault, abrange agora mais 467 linhas de modelo, ao passo que a gama MVMTF 75W-90 irá abranger 191 linhas de modelo adicionais.

ALeirilis distribui os filtros da marca UFI. Mais uma vez a Leirilis aposta na diversificação da sua gama de produtos,

apostando na qualidade e diversidades, com o objetivo de atender às necessidades dos seus clientes/mercado.A gama de filtros UFI apresenta soluções

LEIRILIS. COMERCIALIZA FILTROS UFIpara o mercado automóvel ligeiro, pesado e industrial. Além de estar presente no Equipamento Original, a marca desenvolve e produz filtros com os mesmos níveis de inovação, qualidade e know-how tecnológico os produtos oferecidos e distribuídos no mercado de reposição.

A sua gama de produtos inclui filtros, travagem, kits de embraiagem, bombas de água, cubos de roda, juntas homocinéticas, escovas limpa vidros e lubrificantes, que cobrem a totalidade do parque automóvel europeu, japonês e coreano.A presença da Comline no TecDoc, e o seu sistema de referenciação facilitam a correta e rápida identificação e garantem a eficácia da sua aplicação. Também a disponibilidade de variada informação técnica, é uma mais-valia que a Menapeças reconhece e pretende associar ao seu currículo no aftermarket.

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Caetano Parts. Ter qualidade na venda

A Caetano Parts opera a nível nacional o negócio de peças de marca dinamizando uma série de meios e ferramentas orientados pelo objetivo de atingir o máximo de qualidade na venda.

TEXTO PAULO HOMEM

Atualmente o negócio de peças do Grupo Salvador Caetano encontra-se totalmente unificado. Até finais de 2011 a Caetano Parts Norte e Caetano

Parts Sul, apesar de trabalharem em conjunto, tinham gestão independente, mas atualmente existe apenas a empresa Caetano Parts, com gestão única. Nesse processo unificou-se o call center, a gestão de marca, os serviços administrativos e a gestão de stock passou a ser mais apurada e abrangente.Para dinamizar o negócio a Caetano Parts possui três armazéns. O principal encontra-

se no Porto, existe um segundo em Setúbal também com uma área considerável, e ainda um outro em Aveiro, embora este esteja mais dedicado às marcas do Grupo Vag.“O nosso call center está no Porto, que atende todo o país, fornecendo as peças do local onde estão da forma mais otimizada possível para o cliente”, refere Ricardo Soares, Diretor de Operações da Caetano Parts.

PORTAL DE INTERNETMesmo tendo todos os meios tradicionais de aproximação e venda ao cliente, a Caetano Parts tem feito diversos investimentos nos

meios digitais. O maior destaque vai para o portal de internet para pesquisa de stock e colocação de encomendas, que tem uma série de funcionalidades úteis para o cliente, como a consulta do histórico (mesmo para compras que não tinham sido feitas por este portal), registo de consultas, tabelas de desconto personalizadas, local de entrega (recolha em balcão ou entrega na oficina), entre muitas outras funcionalidades.Desde que foi lançada em 2010, a plataforma de peças online tem vindo a crescer, tendo registados cerca de 500 clientes, sendo que a mesma funciona exclusivamente para

ESPECIALISTA3

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independentes (maioritariamente oficinas).“São cada vez mais os clientes que utilizam a nossa plataforma, até porque as funcionalidades que integra são, de facto, uma ajuda para a gestão do negócio dos nossos clientes”, explica Ricardo Soares.Para as oficinas do Grupo Salvador Caetano existe uma espécie de bolsa interna de peças, que inclui as peças que estão em todos os concessionários e as peças dos armazéns da Caetano Parts. No fundo, a própria Caetano Parts gere todas essas peças e disponibiliza-as também para as oficinas independentes. Sendo um Grupo com forte presença nacional e com muitas estruturas de pós-venda, é natural que as vendas internas de peças ainda representem um volume considerável, mas “neste momento as vendas a independentes já são superiores a 35% e a tendência tem sido o aumento da importância dos independentes neste negocio de peças”, revela Ricardo Soares, explicando que “estamos sempre a tentar abarcar mais negócio, explorando zonas do país onde não estávamos presentes, mas também temos como objetivo melhor a qualidade da venda”.

QUALIDADE NA VENDAPara este responsável da Caetano Parts a “qualidade na venda” traduz-se não só no investimento na plataforma online e num call center unificado com 20 profissionais, mas também a nível logístico (entregar mais cedo e com mais fiabilidade).“Fazemos entregas porta a porta em todo o país e ilhas. Funcionamos com um operador logístico que faz rotas exclusivas para a Caetano Parts nas zonas abrangentes do Porto e Lisboa / Setúbal, embora tenhamos outros operadores para o resto do país”, refere Ricardo Soares, acrescentando que “vamos a zonas do país onde fazemos apenas um entrega por dia até outras zonas onde chegamos a fazer quatro entregas diárias”.Fundamental para o negócio é a equipa de 11 vendedores que a Caetano Parts tem

no terreno. “O tempo dos apontadores de encomendas já passou, atualmente a nossa equipa comercial faz muito mais um trabalho de gestão do cliente em que o foco está na gestão das expectativas do cliente e na apresentação de tudo o que lhe temos para oferecer para além das peças, como as novas rotas logísticas, campanhas, a plataforma online, novas peças, entre outros serviços”, afirma Ricardo Soares.Uma outra forma que tem complementado muito o telefone (via call center) tem sido a utilização do Skype que tem sido “uma muito boa alternativa ao telefone. São cada vez mais os clientes que utilizam esta via, nomeadamente para questões um pouco mais técnicas e complicadas, mas com excelentes resultados”, assegura o mesmo responsável.

TODAS AS MARCASO portfólio de produto da Caetano Parts inclui naturalmente todas as marcas que o Grupo Salvador Caetano representa em Portugal, mas “temos como objetivo dar um serviço generalizado em peças originais, seja de marcas

A Caetano Parts tem instalações no Porto, Aveiro e Setúbal

representadas pelo Grupo ou não”, revela Ricardo Soares, adiantando que “só faz sentido para um operador como a Caetano Parts estar neste negócio se a oferta for o mais abrangente possível. Digamos que neste aspeto também estamos muito bem posicionados”. A Caetano Parts comercializa também peças de aftermarket. Por um lado são os lubrificantes Galp , por outro as baterias Varta e as lâmpadas Osram e ainda disponibiliza velas NGK.“O nosso core business são as peças originais, é nessas que vamos continuar a investir”, afirma o Diretor de Operações da Caetano, referindo ainda que “vamos proporcionar sempre as melhores condições possíveis, em termos de preço, rapidez de entrega, stock, etc, para que os nossos clientes adquiram peças originais”.Refira-se que, para além das peças originais e de aftermarket que disponibiliza ao mercado, a Caetano Parts comercializa ainda consumíveis e pneus. “Queremos ser um fornecedor global. A nossa especialidade é a peça original mas os restantes produtos permitem-nos ser o mais abrangentes possível para o nosso cliente”, explica Ricardo Soares.

INVESTIMENTOSUma das novidades da operação da Caetano Parts vai ser a transferência do armazém do Porto para Gaia, que deverá acontecer no início do segundo semestre. Não sendo maior que o atual em área bruta, o novo armazém terá maior capacidade de armazenamento.Será mais operacional, possibilitará a concentração de atividade e proporcionará a possibilidade de abarcar novas linhas de produto no futuro.

O Call Center da Cateano Parts funciona no Porto tendo 20 profissionais dedicados a essa área

CONTACTOSCAETANO PARTS

DIRETOR DE OPERAÇÕES RICARDO SOARES

TELEFONE 226 190 620

WEBSITE www.caetanoretail.pt

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3 ESPECIALISTA

Sogefi. Qualidade e inovação no ADN A Sogefi, fabricante de filtros de referência nos mercados globais, realizou um evento técnico para a imprensa especializada em Marbella, onde apresentou uma panorâmica de resultados e da sua presença no mundo, novidades tecnológicas, marcas, explicando a importância da aposta crescente na qualidade e na inovação dos seus produtos.

TEXTO JOÃO CERQUEIRA EM MARBELLA

Oevento, denominado “Sogefi Filter Experience”, quis dar também a conhecer as principais diferenças entre filtros de boa e de má qualidade,

com os engenheiros da marca a demonstrar, com produtos reais, as suas principais propriedades, tanto pela positiva como pela negativa.

356 MILHÕES DE EUROS DE FACTURAÇÃO NO PÓS-VENDA EM 2013A Sogefi é uma empresa global, encontrando-se presente diretamente em 21 países da Europa, Ásia e América do Norte e do Sul, onde detém um total de 41 fábricas e emprega cerca de 6.800 funcionários.

Em 2013, o Sogefi Group atingiu um volume de negócios recorde de 1335 milhões de euros. No período entre 2004-2013, a faturação do Grupo cresceu cerca de 35%, de forma contínua, excepto no ano de 2009, em que sofreu uma perda de resultados na casa dos 20%, como consequência da crise global. O ano passado, o volume de faturação do segmento pós-venda registou mais de 356 milhões de euros (26,7%). Em 2013, a principal área de negócios foi dirigida ao mercado de primeiro equipamento para automóveis ligeiros de passageiros (56,4%), com o mercado OEM de veículos industriais a ser responsável por 11,8% dos resultados, a indústria ferroviária 1%, e os restantes negócios do grupo 2,5%.

A importância do mercado OEM de ligeiros de passageiros é mesmo muito grande, com 8 dos 10 modelos mais vendidos na Europa a virem equipados de fábrica com produtos da Sogefi. Por exemplo, o Renault Clio, número dois em vendas no velho continente, incorpora a entrada turbo, as tubagens de refrigeração, o módulo de óleo, a carcaça do termostato e as barras estabilizadoras deste fabricante italiano. Já no decurso deste ano, começou a fornecer também os filtros de óleo para o Volkswagen Polo, que ocupa atualmente o quarto lugar no ranking de vendas europeu.A penetração no segmento de automóveis de gama alta é também muito elevada e um motivo de orgulho para a Sogefi, que

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fornece componentes para os modelos Ferrari 599 e California, Maserati Quattroporte e Gran Turismo, Mercedes SLK e S-Class V8, Bentley Mulsanne, Audi A8 e BMW série 5.

INVESTIMENTO EM I&D JÁ REPRESENTA 3% DO VOLUME DE FACTURAÇÃOCom um enfoque muito grande no desenvolvimento de novos produtos, a Sogefi tem vindo a acompanhar o aumento das exigências ao nível dos motores, as novas tipologias e tecnologias de motores, patenteando filtros inovadores e reforçando a sua aposta na qualidade e nos ensaios.O forte investimento em I&D da Sogefi, acaba de ser reforçado com um acordo de colaboração por um período de 3 anos, firmado recentemente com o Politécnico de Milão, tendo em vista a realização de iniciativas conjuntas de investigação e desenvolvimento no sector automóvel.A investigação será centrada nos materiais, processos, desenho e ensaio de sistemas motores e componentes de suspensão, o que implicará a colaboração entre os cientistas e engenheiros da Sogefi e os académicos do Politécnico de Milão, que irão trabalhar em setores tão diversos como a energia, a mecânica, e as engenharias aeroespacial e química.

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NOVAS TECNOLOGIASEntre as novas tecnologias encontram-se os filtros de óleo Chevron para as famílias mais recentes de motores de combustão, um filtro mais pequeno que apresenta entre mais 15 e 20% de superfície de filtragem graças a um novo processo de dobragem com material filtrante mito fino ao redor de um eixo central situado dentro dum cilindro. Trata-se também dum filtro com menos partes metálicas, desenhados para suportar fluxos, nalguns casos, até 60 litros de óleo por minuto a temperaturas máximas de 155 graus.A Diesel3Tech é outra tecnologia patenteada pela Sogefi, exclusivamente para motores a gasóleo, com capacidade para filtrar até 95% das partículas, graças à junção de três matérias de filtragem de alto rendimento, contidas num único elemento filtrante. Foi desenvolvida também para dar resposta aos novos compostos de gasóleo, com níveis muito baixos de enxofre e à primeira geração de biocombustíveis, produzidos a partir de óleos vegetais e animais (suporta até 30% de incorporação de biodiesel no gasóleo).

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3 ESPECIALISTA

Segundo Andrea Taschini, director-geral da Unidade de Negócios de Aftermarket da Sogefi, “a inovação no setor automóvel, começando pela redução do peso e o aumento da eficiência dos veículos, depende cada vez mais dos fabricantes de componentes. A Sogefi aumentou nos últimos anos, de 2% para quase 3% do volume total de receitas, os seus investimentos em investigação e desenvolvimento.”Taschini também fez questão de sublinhar, no decurso do evento, que “o valor do nosso compromisso com a I&D não se limita aos clientes de primeiro equipamento, estendendo-se de igual modo a todos os clientes do pós-venda que queiram disfrutar de produtos com as mesmas tecnologias e especificações.”

FILTROS DE AR DE HABITÁCULO COM ENORME POTENCIAL DE CRESCIMENTO NO PÓS-VENDA A Unidade de Negócios de Aftermarket da Sogefi é hoje um dos fornecedores de filtros para veículos líderes de mercado na Europa, tanto para OES como para IAM. A Sogefi fornece o mercado de pós-venda com as marcas Purflux, CoopersFiaam, Fram e Tecnocar, esta última distribuída exclusivamente em Itália, oferecendo uma

Como é que a rede da Sogefi está estruturada na Península Ibérica?Na Península Ibérica trabalhamos com uma estrutura própria e uma rede de distribuidores comerciais. Em Portugal, mais concretamente, estamos a trabalhar com um distribuidor local.Onde é que estão centradas as operações?As operações para a Península Ibérica estão centradas em Cerdanyola del Valles, nas imediações de Barcelona, onde temos uma fábrica da Sogefi e os escritórios centrais. Na unidade de Barcelona, a Sogefi produz vários tipos de filtros, nomeadamente filtros ecológicos, filtros de ar e filtros de habitáculo, filtros de combustível, etc.A fábrica de Cerdanyola del Valles produz só para o mercado ibérico ou também para outros mercados de exportação?Atualmente, as referências que fabricamos são exportadas para vários países. Há uns anos, produzíamos apenas para o mercado espanhol, mas a Sogefi adoptou uma política de produção em que cada fábrica produz um conjunto de referências específicas para os mercados regionais.Qual foi o volume de faturação o ano passado na Península Ibérica?O nosso volume de negócios anual ronda os 30 milhões de euros na Península Ibérica. O ano passado, em Espanha, crescemos cerca de 10%. Em Portugal também estamos a crescer.E quanto à estratégia de crescimento em Portugal?O que estamos a fazer em Portugal, onde basicamente se vendem três marcas, Purflux, Fram e CoopersFiaam, é trabalhar no alargamento da carteira de clientes para essas marcas através do nosso agente local. Em Portugal, também estamos no segmento dos componentes para pesados com a Sogefi Pro. Os resultados das vendas são bons. Quais as perspetivas de futuro da Sogefi no mercado ibérico?Do ponto de vista estratégico, a política de crescimento da Sogefi no mercado ibérico vai continuar a assentar no futuro, como até aqui, na aposta no lançamento de novos produtos, mais produtos com tecnologias inovadoras, muitos produtos de qualidade com um valor acrescentado de mercado, procurando sempre ter mais referências no mercado do que a concorrência. Com a introdução de novas referências, aumentando a oferta, as perspectivas são boas.

“FATURAMOS CERCA DE 30 MILHÕES NA PENÍNSULA IBÉRICA”

APESAR DE SER UMA EMPRESA MUITO FORTE NO PÓS-VENDA NA SUA GAMA DE PRODUTOS, AS MAIORES OPORTUNIDADES ESTÃO NOS FILTROS DE AR DE HABITÁCULO

ENTREVISTA RICARDO ALBI

DIRETOR COMERCIAL ESPANHA E PORTUGAL AFTERMARKET BUSINESS UNITgama completa de sistemas de filtração,

com a mesma qualidade dos componentes originais destinados aos principais fabricantes automóveis europeus, americanos e asiáticos.A Sogefi conta com uma larga experiência enquanto empresa fornecedora das oficinas independentes, distribuindo uma panóplia de produtos que abrange, sobretudo, os bancos para filtros de gasóleo, filtros de óleo, filtros de ar e filtros de ar para o habitáculo.Apesar de ser uma empresa muito forte no pós-venda em toda a sua gama de produtos, neste momento, as maiores oportunidades de crescimento estão centradas nos filtros de ar de habitáculo, um componente automóvel que com índices de crescimento anual no mercado de reposição superiores a 10%. Só no mercado de pós-venda francês, por exemplo, em 2011, venderam-se 3,3 milhões de filtros de ar de habitáculo e, no ano passado, esse número ascendeu aos 4,4 milhões, o que reflete bem o enorme potencial de crescimento deste tipo de produto. A Sogefi tem perto de 300 referências de filtros de ar de habitáculo e, só no ano passado, lançou 50 novas referências, prevendo que o mercado independente de pós-venda atinja mais de 50% das vendas totais deste produto em 2016.

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Como reinventar um negócio à custa de uma máquina de diagnóstico podia muito bem ser o título de um livro com a assinatura da Norauto. A rede de oficinas francesa acaba de acrescentar à sua gama de serviços a solução “ecoperformance”, que analisa as emissões do sistema de escape para prevenir e detetar avarias no automóvel.

TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES

FOTOS JOSÉ BISPO

Uma ação de charme no Instituto Politécnico de Setúbal, que serviu também para apresentar a empresa, foi a estratégia utilizada pela Norauto para

apresentar o serviço “ecoperformance” — um teste de diagnóstico que analisa cinco gases de escape emitidos pelo automóvel. A máquina da Bosch conta com um software específico desenvolvido exclusivamente para a rede de oficinas francesa pela Spheretech, sendo capaz de determinar o estado de vários sistemas do automóvel, como a admissão, injeção, turbo, válvula EGR e escape.

MELHOR É DIFÍCILEste serviço inovador permite agir de forma preventiva sobre a manutenção do automóvel, bem como resolver problemas que de outra forma não seriam detetados: enquanto as habituais máquinas de diagnóstico, através de uma ligação à centralina, analisam apenas a parte eletrónica do carro, o teste “ecoperformance” faz a leitura dos gases por intermédio de uma sonda colocada no escape, cuja leitura pode facilmente ser extraída para diversos problemas em componentes mecânicos. O processo demora entre 10 a 15 minutos e pode traduzir-se numa poupança de milhares de euros para o cliente final, dependendo da gravidade das falhas detetadas. No final do teste é-lhe entregue um relatório de leitura simplificada, com as cores verde, amarelo e vermelho a ilustrarem a inexistência ou intensidade dos problemas.Se a análise for realizada atempadamente, a grande maioria das falhas erros podem ser solucionadas recorrendo a aditivos que são colocados no sistema de injeção. O cliente fica satisfeito — o diagnóstico e a colocação de aditivos pode ficar resolvido por 69 euros, enquanto a substituição de um filtro de partículas supera os 1000 euros —, mas, no caso de a máquina detetar um problema grave sem reparação, o cliente fica igualmente a ganhar pela atuação preventiva que a máquina possibilita. Já a oficina revitaliza, de imediato, o negócio das peças. Melhor é difícil.O serviço “ecoperformance” é neste momento incorporado gratuitamente no pacote de revisão oficial da viatura proposto pela Norauto, mas pode igualmente ser efetuado, à parte, a pedido do cliente, com um custo de 29,95 euros. A máquina de diagnóstico verifica os valores de oxigénio, dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxidos de nitrogénio (gases geridos pela válvula EGR) e hidrocarbonetos (ambos filtrados pelo catalisador) emitidos pelo motor, cuja maior

Norauto.Ecoperformance

Presente em oito países com 482 centros e mais de 8000 colaboradores, a Norauto é uma das redes de oficinas mais importantes da Europa. 78% dos 430 colaboradores portugueses estão em regime de contrato sem termo, uma segurança pouco comum nos dias que correm

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incidência pode resultar em graves problemas. “Através desta máquina, tendo em conta o oxigénio e o CO2 medidos pelo motor, conseguimos verificar se o carro está ou não a ter o desempenho desejado”, explica Leandro Carreteiro, gerente de oficina da Norauto Alfragide.

VANTAGEM COMPETITIVAJosé Martins, responsável pela introdução deste novo serviço em todas as oficinas da rede Norauto em Portugal, explicou à TURBO OFICINA que este analisador de gases “é um exclusivo Norauto desenvolvido pela Bosch” e que oferece uma vantagem exclusiva da rede em relação aos concorrentes: “O exclusivo é nosso pelo menos durante um ano” e assume-se como um grande vantagem perante a nossa concorrência”. O diretor da região centro/sul da Norauto revela que a solução ecoperformance já se encontra disponível em todas as oficinas da rede (cada uma conta com uma máquina de diagnóstico) e que cerca de “300 colaboradores” — 80 por cento das equipas de oficina — tiveram formação nesta área. A procura e os resultados associados estão a ser muito positivos: “Só na semana passada foram efetuadas 750 operações à conta do diagnóstico inicial, que vão desde a colocação do aditivo, à limpeza de filtros e à substituição de peças”. José explica ainda que existem inúmeros componentes eletrónicos que controlam componentes mecânicos, mas que nem sempre essas análises eletrónicas detetam todos os problemas: “Esquecemo-nos de que o motor continua a ser uma máquina térmica com componentes mecânicos e é por isso que esta máquina completa o tipo de diagnóstico mais comum. É um auxílio que aumenta a possibilidade de detetarmos corretamente qual a avaria do carro. Como atua de forma preventiva, consegue identificar avarias de válvula EGR e filtros de partículas, ajudando, por isso, a reduzir o consumo e a prolongar a vida do veículo”.

CONTACTOSNORAUTO

RESPONSÁVEL JOSÉ MARTINS

TELEFONE 214 250 880

E.MAIL [email protected]

INTERNET www.norauto.pt

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30 TURBO OFICINA | JULHO 2014

3 ESPECIALISTA

Na área industrial o setor automóvel tem um lugar próprio dentro da Sika, disponibilizando esta empresa um conjunto de produtos para vidros e carroçarias. A empresa tem como estratégia aumentar a sua rede de distribuidores em Portugal.

TEXTO PAULO HOMEM

preciso juntar chapa com chapa). Alguns destes produtos podem ser usados em conjunto com a tecnologia de soldadura.Para qualquer destas áreas a Sika disponibiliza ainda um conjunto de pistolas, ferramentas e acessórios que facilitam a aplicação dos produtos.

NOVIDADESUm dos pontos fortes da Sika é a sua presença no primeiro equipamento, fornecendo muitos dos construtores de automóvel existentes. “O facto de fornecermos os fabricantes de

Asubstituição de vidros e a reparação de carroçarias são as duas áreas do aftermarket onde a Sika possui uma diversificada gama de produtos.

A empresa dispõe de um série de produtos para a substituição de vidros (não tem qualquer produto para a reparação de vidros), que vão desde colas, ativadores, detergentes e auxiliares para essa finalidade, sendo esta área denominada Auto Glass Replacement (AGR).Na carroçaria automóvel os produtos são basicamente para colagens (para todo o tipo de colagens estruturais) e selagens (em que é

Sika. De profissionais para profissionais

automóveis, permite que a Sika disponibilize produtos que correspondam as exigências dos profissionais da reparação”, afirma David Santos, Head of Target Market Industry da Sika em Portugal.Impulsionados também por isso, a Sika tem vindo a lançar cada vez mais novidades na área da reparação automóvel. Só em 2014 foram apresentadas duas novidades, o SikaPower 4720 (cola epoxi para colagem estrutural) e o SikaPower CleanAid (esponja para descontaminação de vidro na substituição).De uma forma geral a evolução dos produtos

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tem vindo a permitir a redução dos tempos de operação, mas também uma menor quantidade de produto e ainda uma menor preparação de superfície (em alguns produtos já não é necessário a aplicação do primário). Fica a ideia de que são produtos com custos elevados, mas David Santos refuta essa ideia, argumentando que “no SikaPower 4720, por exemplo, aplica-se muito menos quantidade de produto face a outras colas existentes, pois não é necessário um cordão tão grande para fazer uma colagem estrutural. Dessa forma, o preço por aplicação é relativamente baixo, mas a poupança de tempo é grande e a rentabilidade é muito mais elevada”.Diga-se que até ao final de 2014, a Sika vai ainda

lançar uma terceira novidade, neste caso um produto para reparação de carroçaria.

DISTRIBUIÇÃONa área da reparação automóvel a Sika não está presente diretamente no mercado. Aposta sobretudo numa rede de distribuidores com formação da Sika, embora dê todo o apoio na formação aos clientes oficinais por via desses distribuidores.“Temos um rede de distribuidores pequena que está presente em grande parte do país, mas temos como objetivo alargar a mesma”, refere David Santos, acrescentando que “queremos reforçar a nossa implementação na zona Sul, é esse o nosso grande objetivo para 2014”.

PRODUTOS REPARAÇÃO AUTOMÓVELA Sika engloba nos produtos de reparação automóvel, os produtos de reparação de carroçaria e os produtos de substituição de vidros.Assim para carroçaria, os produtos de reparação para veículos ligeiros são: Selantes e colas de assemblagem

Sikaflex 527 AT (selante híbrido universal) Sikaflex 529 AT (selante híbrido aplicável com

pistola especial e que permite imitar cordões de selagem de origem)

Sikaflex 552 AT (cola híbrida de assemblagem)

SikaLastomer 710 (selagens várias que permitem posterior desmontagem) Cola estrutural

SikaPower 4720 (epoxi bi-componente aplicável com pistola de aplicação normal) Protecção inferior de viaturas

SikaGard 6440 (anti-gravilha convencional) SikaGard 6470 (anti-gravilha com alto poder

de cobertura) SikaGard 6220 (cera de protecção de

tubagens) Reparação de plásticos

SikaPower 2900 Ao nível da substituição de vidros a Sika disponibiliza várias soluções de colagem dos vidros desde 1 hora de tempo de imobilização até 6 horas cobrindo desde veículos ligeiros a pesados

As redes de vidro são os principais distribuidores dos produtos Sika na área da substituição de vidros, enquanto na área dos produtos de reparação de carroçarias a Sika tem distribuidores que são retalhistas de peças ou de tintas automóvel.“Os nossos produtos exigem sempre uma abordagem técnica por parte de quem os comercializa, por isso procuramos sempre os distribuidores que também nos possam garantir essa vertente”, afirma David Santos.Atendendo a essa abordagem técnica, a Sika dispõe de um pessoa que trabalha exclusivamente para a reparação automóvel, um técnico de laboratório e um responsável técnico (ambos transversais a todo o setor industrial). “Com esta equipa tentamos juntar sempre à parte teórica da formação uma componente prática para demonstrar a aplicação dos produtos. Para a Sika é muito importante esta componente da demonstração até para podermos comprovar a rentabilidade dos mesmos”, revela o responsável pelo área industrial da Sika em Portugal.A Sika Portugal tem instalações em Vila Nova de Gaia, Ovar (fábrica e armazém) e Alfragide, sendo que em qualquer deles existem condições para ministrar ações de formação, embora “na área industrial, onde o nosso aftermarket se inclui, fazemos formação acima de tudo no distribuidor, por questões de proximidade com os seus clientes oficinais”.

MERCADOSe na área dos produtos de substituição de vidro não existe muita concorrência, o responsável da Sika garante que ao nível dos produtos de reparação de carroçarias estão constantemente a aparecer novas marcas e novos produtos. “Muitos destes produtos concorrem pelo preço, embora também existam alguns que têm a sua qualidade. Certo é que a concorrência é mesmo muito grande”, assegura David Santos.

CONTACTOSSIKA

HEAD OF TARGET MARKET INDUSTRY DAVID SANTOS

TELEFONE 223 776 900

WEBSITE prt.sika.com

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32 TURBO OFICINA | JULHO 2014

3 ESPECIALISTA

A diminuição de mercado nas tintas, a nível europeu, trouxe novos desafios para este setor. Olaf Adamek, novo Brand Manager da Standox fala em exclusivo para a TURBO OFICINA sobre produto, ameaças, oportunidades e os novos desafios que marca e as oficinas enfrentam.

Em toda a Europa somos confrontados com uma importante diminuição de mercado, assim como com a ferocidade competitiva do mesmo. Como Brand Manager da Standox, a minha tarefa mais importante é posicionar a nossa marca para um maior reconhecimento e aproximá-la ainda mais dos nossos clientes de forma a fidelizá-los e conquistar novos negócios. E como pensa que vai conseguir isso?A nossa prioridade é proporcionar aos nossos

Olaf Adamek é, desde Setembro de 2013, o novo Manager Brand da Standox. Executivo experiente, já exerceu inúmeros cargos de direção em grandes

mercados Europeus, no Oriente Médio, África e Ásia. A TURBO OFICINA questionou-o sobre os seus objetivos para a marca, a situação no setor automóvel e os últimos desenvolvimentos na Standox.Qual entende que deve ser o objetivo principal da sua nova função?

Standox. “Nem todos os repintores estão preparados para admitir soluções de alta tecnologia”

clientes produtos que lhes permitam entregar sempre resultados perfeitos. Os nossos sistemas de produtos inovadores e de alta qualidade estão perfeitamente adaptados para alcançar este objetivo. No entanto, devemos ter em mente que as necessidades e exigências dos clientes variam muito; máxima produtividade e um elevado rendimento por veículo não são necessariamente os parâmetros fundamentais em todas as oficinas. Para sermos reconhecidos como um parceiro de confiança precisamos

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de nos concentrar de forma firme nos nossos clientes. Quais vão ser os próximos desafios que as oficinas vão ter de enfrentar num futuro próximo?O aumento da pressão competitiva, o papel crescente desempenhado pelas seguradoras, e as novas tecnologias vão exigir uma resposta flexível por parte das oficinas. Quando falo em novas tecnologias não me refiro apenas a avanços tecnológicos nas tintas ou nas técnicas de repintura, mas também progressos na engenharia automóvel. Novas tecnologias de propulsão e sistemas inteligentes de assistência ao condutor têm preocupado os repintores no sentido de, a médio prazo, perderem o negócio da sinistralidade. No entanto, parece-me que esses riscos estão a ser extrapolados. Os novos sistemas de assistência ao condutor, por exemplo, não implicam uma ameaça ao negócio da repintura. Pelo contrário, na verdade, pode até significar novas oportunidades. Afinal de contas, menos acidentes graves significam menos perdas totais, o que conduz ao incremento de trabalhos profissionais de reparação. Isto é evidente se nos basearmos em experiências anteriores, como a introdução da travagem anti bloqueio ou os sistemas de controlo de tração. O meu conselho para as oficinas é o seguinte: respondam a estas tendências adotando métodos de reparação eficientes. Somente aqueles que fornecem métodos de reparação de vanguarda poderão beneficiar destes desenvolvimentos. De que forma a Standox apoia as oficinas?Para começar, fornecendo-lhes sistemas flexíveis de produtos que vão ao encontro das suas necessidades específicas. Eficiência e produtividade são fundamentais para operações de repintura de grande envergadura e para aquelas oficinas que têm acordos especiais com as seguradoras. Outros repintores atribuem maior importância à facilidade de aplicação e à confiabilidade dos resultados atendendo ao elevado volume de veículos. É por este motivo que a Standohyd, o nosso sistema de pintura de base aquosa, com resultados comprovados, continuará a desempenhar um papel importante junto do nosso produto emblemático, o sistema base bicamada Standoblue. Proporcionar sistemas de pintura flexíveis é fundamental,

tendo em conta as diferentes necessidades dos repintores em diferentes países e regiões. O mesmo se aplica na gestão da cor, com um papel de liderança na indústria através das nossas ferramentas digitais de cor como o Genius iQ, o nosso sistema eletrónico de medição de cor. Mas compreendemos que nem todos os repintores estão hoje preparados para admitir estas soluções de alta tecnologia. Por este motivo continuamos a melhorar e a atualizar o nosso reconhecido sistema Colorbox. Que expectativas podem ter os clientes em relação à Standox no futuro? A Standox foi sempre uma marca inovadora. De futuro, é nossa intenção continuar a fornecer produtos altamente produtivos, flexíveis e de fácil utilização. Atualmente, estamos a trabalhar num novo verniz, que fornecerá várias propriedades únicas. Para além de uma secagem rápida e lixável, este novo verniz possui a característica adicional de proporcionar um brilho incomparável. Por outro lado, estamos a trabalhar num primário que, combinado com aditivos específicos, pode ser utilizado sobre diferentes substratos tais como aço ou plástico. Existe também um sistema de mistura totalmente automático, que pode perfeitamente substituir o processo de mistura de tinta manual. Concebido para fornecer tinta pronta a aplicar, este sistema encontra-se já em fase de testes. Adicionalmente a tudo isto, vamos continuar a apoiar os nossos clientes com aconselhamento personalizado e ações de formação

abrangentes. Esta última será brevemente complementada com um moderno programa de e-learning que proporcionará aos repintores a capacidade de ampliar, de forma interna, os seus conhecimentos e as suas capacidades de acordo com as necessidades de gestão e no momento adequado de cada oficina. Por fim, qual é a avaliação que faz da situação atual da Standox?Embora o mercado nas nossas regiões centrais da Europa Ocidental tem permanecido, por vários anos, em declínio temos mantido com sucesso, ou até melhorado, a nossa quota de mercado. Consolidamos ainda mais a nossa posição de liderança na Europa e tornamo-nos um forte concorrente no mercado exterior. Novas oportunidades de crescimento resultam da nossa empresa mãe, Axalta Coating Systems, uma empresa global que emprega mais de 12,000 funcionários. A Standox está solidamente implantada como uma marca premium no nosso setor. Vamos continuar a trabalhar numa gestão específica, de qualidade efetiva de forma a consolidarmos a nossa mensagem principal: trabalhar com a Standox proporciona aos repintores profissionais a garantia de um resultado perfeito.

CONTACTOSSTANDOX

BRAND MANAGER OLAF ADAMEK

WEBSITE www.standox.com

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3 ESPECIALISTA

NCH. O poder da água para lavar peçasA NCH Portugal disponibiliza um equipamento que faz uma combinação ecológica de pressão, calor e química para lavar peças e componentes numa solução à base de água. Fomos conhecer o equipamento e como ele pode chegar às oficinas.

TEXTO PAULO HOMEM

ANCH é um multinacional americana que está em Portugal há muitos anos. A empresa disponibiliza diversos produtos e serviços para

o setor automóvel (embora trabalhe para muitos outros setores) sendo um deles um equipamento de lavagem de peças e componentes, designado por Torrent 500.Este equipamento é fabricado pela NCH sendo também a própria empresa que produz todos os produtos químicos que permitem fazer uma lavagem ecológica.A empresa não vende o equipamento às oficinas, sendo feito apenas um género de contrato de aluguer (de um, dois ou três anos) sendo todo o serviço garantido pela própria NCH, isto é, o levantamento de resíduos, a manutenção, a resolução de avarias, reposição do produto, etc, estão incluídos no valor mensal a pagar pela oficina (todos os meses um técnico da NCH desloca-se à oficina do cliente).

LAVAGEMO Torrent 500 não é apenas mais um equipamento de lavagem de peças. Os resultados da sua operação são, no entender da NCH, surpreendentes a diferentes níveis, destacando-se o facto de o mesmo trabalhar em ambiente aquoso, reduzindo o tempo de operação em cinco vezes face a uma máquina automática (menos custo de mão-de-obra).Neste equipamento são usados potentes inibidores de corrosão, o que permite lavar todo o tipo de metais de forma segura. Utiliza também um tecnologia única do clarificador que separa os contaminantes da solução de limpeza.Pela forma como está desenhado, o Torrent 500 reduz a exposição a compostos orgânicos e voláteis e a produtos químicos perigosos, impede a inalação e a absorção cutânea de hidrocarbonetos nocivos, elimina os vapores nocivos e os risco de incêndio.Em termos ecológicos o sistema usado pela Torrent 500 não utiliza solventes, reduz a utilização de recursos não renováveis e

rápida, estando de imediato seca e disponível para ser usada.No fundo, o grande segredo do equipamento de lavagem de peças está na química que esta solução disponibiliza, mas que é algo que a NCH mantém no segredo dos deuses.Refira-se que a NCH possui uma longa história nos equipamentos e soluções de lavagem de peças, que se iniciou em 1927, passando pelos sistemas solventes (década de 50) e pelos sistemas à base de água (década de 90). A NCH tem neste momento mais de 25.000 máquinas de lavar peças em toda a Europa, tendo em 2013 entrado em Portugal com a Torrent 400, que muito recentemente deu lugar à Torrent 500.

CONTACTOSNCH PORTUGAL

DIRETOR COMERCIAL JOSÉ CHUMBINHO

TELEFONE 213 807 515

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.ncheurope.com

reduz drasticamente a produção de resíduos perigosos.Em termos práticos a operacionalidade do Torrent 500 é outro dos seus trunfos. O operador dirige o jato de alta pressão do detergente à base de água para a peça, limpando a mesma de forma eficaz, segura e

O Torrent 500 utiliza a água quente (e a pressão) para, juntamente com alguns químicos, lavar as peças. Nestas fotos pode ver-se o antes e o depois de uma lavagem com este equipamento

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3 ESPECIALISTA

A rede de oficinas embandeiradas Magneti Marelli é promovida há mais de 24 anos em Portugal pelo Stand Asla. Chegaram a ser 128 oficinas, mas

com a entrada do conceito de rede Checkstar apenas 62 oficinas estão agora abrangidas por este conceito. As restantes, o Stand Asla não as abandonou, antes pelo contrário, manteve-as com a bandeira Magneti Marelli, prestando-lhes uma série de serviços, até porque muitos são já clientes históricos.Um processo que está concluído na rede Checkstar é que todas as 62 oficinas estão de acordo com plano de imagem preconizado para este rede. Existem obrigatoriedades a cumprir a esse nível (bem como existem itens facultativos), sendo também obrigatório o equipamento de diagnóstico Magneti Marelli devidamente atualizado, seja ele o Tester Vision, Tester Logic ou o Test Flex.

Checkstar. Rede com tradição e futuroNenhuma oficina pode ser Checkstar se não tiver a imagem corporativa desta rede oficinal. É este esforço de renovação da imagem da rede que tem condicionado favoravelmente o crescimento e a visibilidade da mesma. Mas existem várias novidades.

TEXTO PAULO HOMEM

Logicamente que existem depois acordos comerciais ao nível das peças Magneti Marelli, mas que permite às oficinas recuperar parte do investimento efetuado.“Trata-se de um conceito que vai ao encontro das necessidades das oficinas e do mercado atual”, começa por referir Artur Pereira, coordenador da rede Checkstar, explicando que comercialmente “todos os meses temos campanhas específicas para a rede unicamente de produtos Magneti Marelli”.É na componente técnica que o Stand Asla sempre se demarcou da concorrência. É histórico o investimento da empresa nessa área, dispondo atualmente para a rede Checkstar de um plano de três formações por ano (definidas pela Magneti Marelli e que estão de acordo com as necessidades das oficinas), que são ministradas no Porto (Perafita), Coimbra, Setúbal, Lisboa (Santa Iria da Azóia),

Albufeira e na Madeira (em parceria com o distribuidor).Ao nível do suporte técnico o Stand Asla disponibiliza para a rede Checkstar dois técnicos a tempo inteiro para a ajuda às oficinas, estando já associados mais de 200 profissionais do sector através desta linha.Para além disso, o Stand Asla continua “a ter três técnicos em Portugal (norte, centro e sul), que prestam todo o tipo de assistência

CONTACTOSREDE CHECKSTAR

COORDENADOR ARTUR PEREIRA

TELEFONE 220 917 016

E-MAIL [email protected]

WEBSITE www.magnetimarelli-checkstar.pt/pt

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presencial, dispondo de meios técnicos para qualquer intervenção ou apoio à oficina”, refere Artur Pereira, argumentando que “é um investimento raro nos dias de hoje, mas que no Stand Asla achamos que continua a ser compensador quando se fala em servir o cliente”.

AUTODATAMuito recentemente a rede Checkstar desenvolveu com o Autodata um protocolo, permitindo às oficinas da rede o acesso a esta plataforma com custos mais em conta. “É uma plataforma líder na sua área que é muito importante para as nossas oficinas da rede Checkstar, que assim passam a ter mais uma solução nesta área dos dados técnicos”, refere Artur Pereira.

CRESCIMENTOQuando se tem mais de 60 oficinas com bandeira Magneti Marelli, será de esperar que o desenvolvimento da rede Checkstar, em termos o número de aderentes, esteja minimamente assegurado. Neste momento existe mais de uma dezena de oficinas que poderão, a breve prazo, integrar a rede. Para uma oficina se candidatar à rede Checkstar terá que ter, no mínimo, dois técnicos e ter uma área de receção para os clientes, tendo depois de cumprir todos os requisitos obrigatórios (acima descritos) bem como cumprir minimamente com os restantes que, embora não sejam obrigatórios, são fortemente recomendadas (como é o caso da formação).“A nossa aposta não é serem muitos, mas sim termos connosco aqueles que queiram

vestir a camisola Checkstar. Isto é um aspeto muito importante e que gostava de realçar”, refere Artur Pereira. Os 24 anos que tem de presença em Portugal associado ao facto de a Magneti Marelli ser um fabricante de primeiro equipamento permite, no entender do coordenador da Checkstar, uma diferenciação

desta rede no mercado em Portugal. Também por esta razões, e por via da preparação técnica que tem, vai ser anunciado, em breve na rede Checkstar, o serviço de revisão oficial. “É uma situação que está prevista na lei e para a qual estamos aptos tecnicamente para a realizar na rede”, conclui Artur Pereira.

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MAGNETTI MARELLI APOSTA EM MAIS PRODUTOO investimento e renovação que tem sido feito na rede Checkstar tem ainda outra face, que é a aposta que a empresa italiana tem feito no desenvolvimento da suas linhas de produto.Atualmente a linha de produtos já inclui componentes de 1º equipamento, elétricos e eletrónicos, mecânica e de consumo. A gama disponível inclui alternadores, motores de arranque, sondas lambda, velas incandescentes e de ignição, baterias, lubrificantes, escovas, filtros, iluminação, lâmpadas, sistemas térmicos, etc.Uma das mais recentes novidades é o lançamento dos lubrificantes Magneti Marelli, que antes não estavam disponíveis e reforçam a aposta no alargamento da gama de produtos, mais virados para o setor da mecânica, onde tem cada vez mais serviços, mesmo que a rede seja tendencialmente uma rede elétrica.

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Entre os dias 3 a 5 de outubro, a Exponor vai receber no Pavilhão 6, a primeira edição da Expomecânica, um evento que, tal como o nome indica, se destina ao negócio do aftermarket.

Expomecânica. Salão de aftermarket na Exponor

AKikai Eventos é a empresa promotora da primeira edição da Expomecânica. Apesar de recente, esta empresa tem nos seus quadros profissionais com

muita experiência e conhecimento de feiras e salões profissionais, nomeadamente na Exponor.“Na análise que fizemos ao mercado, achamos que existe um valor económico captável pela ausência de uma oferta qualificada a norte no setor do aftermarket no domínio dos salões profissionais”, começa por explicar José Manuel Costa, gerente da Kikai Eventos e promotor da Expomecânica. A razão da criação deste evento é justificadpelo facto de “existir no norte uma grande paixão por automóveis e por tudo o que tenha a ver com esta área”.A escolha da Exponor também acabou por ser óbvia, pelo enorme conhecimento que os responsáveis da Kikai têm deste espaço,

TEXTO PAULO HOMEM

também por ser um local sobejamente conhecido e “porque, para este setor do aftermarket, a Exponor responde muito bem em termos de infraestruturas. Só para dar um exemplo, o Pavilhão 6 dispõe de ar comprimido, o que é muito importante para um evento que envolva as oficinas”, revela o José Manuel Costa.A escolha da data (de 3 a 5 de outubro) deve-se única e exclusivamente à realização, na mesma data e também na Exponor, do Autoclássico, um evento que tem registado um enorme sucesso ao nível de público e expositores relacionados com o setor automóvel.

QUATRO PILARESSão quatro os pilares em que assenta a Expomecânica: Peças e Equipamentos; Reparação e Manutenção; Tecnologias de informação e Gestão; e Estações de Serviço.

“É um evento desenhado de e para profissionais. É este o foco”, revela José Manuel Costa, adiantado que o objetivo é “aproximar e integrar os profissionais que trabalham no mercado do pós-venda automóvel, oferecendo informação, diversão e principalmente negócios”.É intenção da Kikai tornar a Expomecânica num evento de referência no setor oficinal e numa plataforma de negócios. Na Expomecânica vão ser dinamizadas uma série de ações, nomeadamente passatempos, criação de prémios, palestras, espaço demonstração, cursos e formação, leilões, segurança rodoviária, business car lounge, entre outras.“Queremos também que o expositor se envolva neste evento”, afirma o responsável da Kikai alertando para a importância das empresas saírem da sua zona de conforto e também elas promoverem e dinamizarem a

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sua presença e o evento em si. Será também organizada a “Oficina Modelo”, uma iniciativa que visa colocar a funcionar uma oficina que tenha bons níveis de eficiência, totalmente equipada com tudo o que seja necessário (equipamentos, software, ambiente, etc). “Cada empresa poderá estar representada nesta oficina modelo com um

produto, um equipamento ou um serviço”, explica José Manuel Costa.A Kikai Eventos, que também promove uma série de ferramentas de comunicação e de marketing, tem como objetivo atingir os 60 expositores nesta primeira edição, estando as confirmações a decorrer em bom ritmo, segundo o responsável da empresa.

PRESENÇAS CONFIRMADAS*ExtrasecurityMaxolitMGMSparkes&SparkesInfortrónicaEurotyreA. VieiraGT Alarm - LeatronicTuga dos PneusIntermacoSousa dos RadiadoresInforapCetrusMasterSensorStarextraslineVieira & FreitasTelepeças

* até 23 de junho

CONTACTOSKIKAI EVENTOS

GERENTE JOSÉ MANUEL COSTA

TELEFONE 226 105 194

E-MAIL [email protected]

WEBSITE www.expomecanica.pt

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3 ESPECIALISTA

Com muitos anos na área da consultoria ambiental, a Eco-Partner tem na proximidade e na especialização no setor automóvel

um dos seu trunfos.Ao longo da sua história foi pioneira na conceção, desenvolvimento e implementação de diversas soluções ambientais, que passaram pela informatização da atividade (novas ferramentas de interface com o cliente), pela gestão de resíduos (a empresa possui alvará), pelo serviço Ecowash (disponibilizando equipamentos de limpeza de peças e pistolas de pintura) e por muitos outros com destaque para a certificação como entidade formadora (por parte da DGERT) que habilitou a empresa a prestar serviços de formação certificada.Atendendo também às dificuldades económicas que as oficinas em geral atravessam, mas também recorrendo a todo o seu konw-how nesta área ambiental, a Eco-Partner acaba de apresentar o EcoReady.

Eco-Partner. Novo serviço EcoReadyComo especialista no desenvolvimento de projetos na área ambiental, a Eco-Partner acredita que as questões ambientais podem e devem ter um efeito positivo em qualquer oficina. Para o provar apresentou o novo serviço EcoReady.

GESTÃO AMBIENTALOs serviços EcoRaedy destinam-se a empresas do setor automóvel que pretendam delegar a sua gestão ambiental, garantindo o cumprimento de toda a legislação aplicável.Muito focado nos reparadores autorizados de marca, nas oficinas independentes e nas oficinas de redes de serviços rápidos, os serviços EcoReady foram concebidos para a se adaptarem às necessidades específicas de oficinas de mecânica e oficinas que façam também colisão.Quais são então as vantagens que uma oficina pode tirar do EcoReady?Em primeiro lugar, poder contar com um único interlocutor, especializado, para resolver todas as questões relacionadas com o ambiente (desde gestão de resíduos, limpeza de separadores, responsabilidade ambiental, descargas de águas, monitorizaçãoo de chaminés, licenciamentos, formação certificada em ambiente, etc). No fundo, a ideia é que exista uma linha direta entre a Eco-Partner e a oficina em questões ambientais.Outra vantagem é que a Eco-Partner assume,

de forma proactiva, a gestão ambiental, controlando o risco de incumprimento da legislação nesta área e, muito importante, evitando as pesadas e inesperadas multas.Com este serviço EcoReady a Eco-partner passa a gerir o orçamento ambiental com mais rigor, racionalizando e controlando os custos para que não existam surpresas.Não menos importante é a questão da formação. A Eco-Partner passa a assegurar a formação dos colaboradores da oficina em gestão de resíduos / ambiente, contribuindo para as 35 horas de formação anual obrigatória por lei. Como se disse, esta formação está certificada.É intenção da Eco-Partner, através do EcoReady, assegurar o cumprimento da legislação ambiental sem sobrecarregar (em tempo e em recursos financeiros) os responsáveis oficinais.Dessa forma, o EcoReady foi desenhado de forma modular e com reduzido custo mensal que, no limite, pode ser zero, podendo os serviços ser subscritos de forma gradual e personalizada, em função das necessidades e capacidades financeiras de cada oficina.

TEXTO PAULO HOMEM

CONTACTOSECO-PARTNER

GERENTE MARTA LAMPREIA

TELEFONE 219 666 750

E-MAIL [email protected]

WEBSITE www.eco-partner.pt

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Reifen 2014. O mundo dos pneus reunido A TURBO OFICINA foi até à Alemanha tomar o pulso ao setor dos pneus, no maior salão europeu da especialidade. O controlo de pressão de pneus marcou o evento, tal como os prémios de inovação e algumas novidades das marcas presentes.

TEXTOS CLÁUDIO DELICADO EM ESSEN

dossierd

AReifen, em Essen, Alemanha, é a mais importante feira de pneus da Europa e este ano reuniu cerca de 20 mil visitantes, de 130 países. A equipa

da TURBO OFICINA também lá esteve, entre os 64% de visitantes estrangeiros, o que corresponde a um crescimento de 12% face à edição anterior. Com 670 expositores de 44 países, foram mais as empresas presentes, apesar de se notar um decréscimo dos expositores provenientes da Ásia. Das marcas líderes de mercado (incluindo os 20 maiores produtores de pneus do mundo) às empresas mais pequenas, todos trouxeram novidades mas, mais do que mostrar as

novidades, o principal objetivo das empresas é fazer contactos, falar com os clientes e desenvolver novos negócios. A próxima edição tem lugar entre 24 e 27 de maio de 2016.No primeiro dia da Reifen Essen, foi assinado um acordo de cooperação entre a Automechanika e a Reifen Essen no sentido de alargar a oferta das feiras Automechanika a nível mundial. A Automechanika e a Reifen Essen, ambas feiras líderes nos respetivos setores, passam a apresentar o setor dos pneus como grupo de produto específico. As empresas que estão no setor dos pneus e que marcaram presença na Reifen Essen

vão assim poder contar com 14 plataformas internacionais Automechanika para a apresentação dos seus produtos, de Moscovo a Xangai, de Joanesburgo a Istanbul ou Dubai. É possível que a partir de 2018 a Reifen e a Automechanika se possam mesmo fundir.

DESTAQUE PARA O TPMSOs sistemas de controlo de pressão de pneus (TPMS) foram as estrelas do salão. Não foi por acaso, uma vez que existiram várias marcas a abordar o assunto, além de ter havido uma conferência específica sobre um tema cada vez mais atual. Porquê? A sua montagem será obrigatória no primeiro equipamento

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Reifen 2014. O mundo dos pneus reunido

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em todos os veículos que se fabriquem na Europa a partir do próximo dia 1 de novembro deste ano. Por isso, foi importante referir os aspetos legais desta nova legislação europeia, os sistemas homologados, mas também os diferentes sensores que são montados para a monitorização da pressão dos pneus e a sua instalação, assim como os kits de reparação e as ferramentas especiais necessárias para a sua manipulação, instalação e substituição. Durante a conferência foram sublinhadas as vantagens do TPMS, tanto para o consumidor final como para os profissionais do setor. Para os primeiros, é importante para garantir que os pneus circulam sempre com a pressão correta, o que reflete uma condução mais segura e um consumo de combustível mais controlado. Para os profissionais dos pneus, a vantagem passa por poderem especializar mais o seu negócio, uma vez que estes sistemas vão obrigar a melhores conhecimentos técnicos mas também a que as oficinas e casas de pneus disponham de equipamentos específicos. Entre as centenas de stands presentes, mostramos-lhe algumas novidades apresentadas durante o Salão de Essen, uma vez que não há espaço para colocar nestas páginas todos os expositores do maior salão europeu de pneus.

“Esta presença serve para recebermos os nossos clientes de Portugal e Espanha mas também para darmos força ao lançamento da nova marca Achilles na Europa, que aposta num segmento premium budget. Mas vamos também ter novidade nas compras online, seguindo a nossa política de estar sempre à frente nas questões tecnológicas. Vamos ter uma aplicação para smartphones e tablets com o nosso catálogo completo, novos projetos de fidelização. Antevemos um segundo semestre muito ativo, também com a abertura de um armazém em Madrid e ampliação do de Barcelona.”

MANUEL FÉLIX EUROTYRE

MARCA A MARCA

BRIDGESTONEO stand de 550 m2 serviu de base à presença da Bridgestone em Essen, com destaque para a gama completa das marcas Bridgestone, mas também da Firestone, Bandag e Protread. Além da entrada no segmento agrícola e de várias novidades no segmento de pesados, a Bridgestone levou também a sua mais recente tecnologia à Alemanha, nomeadamente o seu sistema de Monitorização de Pressão (TPMS) e a última versão da aplicação ToolBox.

CONTINENTAL A marca alemã aproveitou o imponente stand de cerca de 450 metros quadrados para mostrar as principais gamas das suas marcas. Além da Continental (leia mais na pág. 78), destaque para a Uniroyal, Semperit, Barum e Matador.

ETERNITYA Eternity é a nova marca do Grupo Al Dobowi para o mercado europeu de pneus. A marca optou pelos mercados de Espanha e Portugal para a sua primeira fase de comercialização no continente europeu. Esta é uma marca que se caracteriza

pela excelente relação entre qualidade e preço, assim como a sua ampla cobertura de dimensões. Estreia-se com quatro modelos: Ecopeak, Ecosade, Ecology e Ecovive, destinados ao segmento médio

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d dossier

confort e altas prestações. Os novos modelos contam um desenho muito atual e com uma gama de dimensões em linha com as necessidades do mercado. Progressivamente serão lançados no mercado novos pneus para ligeiros, 4×4 e comerciais, além de uma gama de pneus para camiões, durante o próximo ano.

FALKEN A marca japonesa trouxe à Europa importantes novidades, com uma gama totalmente nova. Foi em Essen a primeira apresentação pública tanto do novo pneu Azenis FK453 Run Flat como do mais eficiente Sincera SN832 Ecorun, lançado em Ascari, na Primavera de 2014. Além dos pneus, a Falken destacou a sua nova tecnologia de produção NEO-T01, uma nova forma de construir pneus para produzir produtos mais precisos e leves. O Azenis FK453 Run Flat estará inicialmente disponível em 245/45RF18 96Y e 99Y 275/40RF18. O novo Falken Sincera SN832

um BMW Série 4 com as cores da polícia, para simbolizar o facto da marca de pneus ser uma das marcas aprovadas pela BMW, através do Ventus S1 EVO2. Este pneu representa o melhor equilíbrio entre desempenho molhado e seco, talhado para altas performances. No entanto, satisfaz o desempenho e as necessidades ambientais através da minimização da resistência ao rolamento e aplicação ótima do perfil. Graças à sua fábrica na Hungria e do Centro Europeu de Desenvolvimento na Alemanha, a fabricante de pneus diz que a Europa há muito que se tornou sua segunda casa. O destaque durante o salão foram os pneus de elevada performance. Num segmento muito importante na Europa a marca apresentou também a gama Kinergy Eco, que representa a aposta em pneus ecológicos.

INFINITY Depois de ter lançado, em 2013, as suas gamas de pneus de alta performance para ligeiros (Ecomax e Ecosis), a Infinity continuou a desenvolver a performance dos seus produtos. Agora, em 2014, destaque para o Ecopioneer (para jantes de 13 e 14 polegadas) e o Ecovantage (um novo pneu para veículos comerciais ligeiros). A Infinity entra também em duas áreas onde não estava, através do pneu Enviro, o primeiro pneu de alta performance para SUV, disponível para jantes de 16 a 19 polegadas; e nos pneus de inverno, com o Ecosnow, pouco interessante para Portugal.

INTERSTATE A fabricante de pneus premium budget apresentou nada menos do que três novas gamas completas de pneus (Eco, Race DNRT e IST Run-flat) e 87 novos tamanhos. Na exposição deste ano, a Interstate aproveitou para dar a conhecer o seu portfólio de produtos de mais de 300 tamanhos de pneus de Verão e 280 tamanhos de inverno. O objetivo da Interstate é assumir-se como um fornecedor completo.

KENDA A marca tailandesa foi a Essen sublinhar o seu novo slogan: “Foco na Europa”. A Kenda apresentou todo o seu portfólio de produtos para o mercado europeu. O destaque vai para o KR23 A KOMET PLUS, um pneu desenvolvido para ajudar no bom controlo do veículo, em especial em superfícies molhadas e escorregadias, garantindo uma experiência de condução confortável. Destaque ainda para o KR26 VEZDA AST, um pneu de alta performance com um perfil mais duradouro e que garante melhor handling e excelente controlo e estabilidade em curva para um elevado conforto de condução. A Kenda vai gerir toda a sua atividade europeia a partir do novo quartel-general em Oldenburg, na Alemanha.

“A grande novidade é o pneu Ecovan da linha Ecoline. Já tínhamos especializado este pneu em ligeiros, agora alargámos a gama também a furgões, offroad e 4x4. Nos ligeiros a novidade é a jante de 18 polegadas, já disponível no mercado. Para as jantes pequenas temos disponível a gama Greenline. Estes produtos vão ajudar-nos também no mercado português, o mercado com mais recauchutados por metro quadrado. É um mercado muito duro onde existem alguns problemas de pagamento, mas onde temos crescido e onde temos muito para crescer. Neste momento temos também um negócio forte na recauchutagem integral de pneus Hankook para frotas”

PEDRO SÁNCHEZGRUPO SOLEDAD

Ecorun está disponível em 19 tamanhos diferentes para jantes de 13 a 15 polegadas.

FEDERAL A fabricante tailandesa celebrou o seu 60º aniversário em Essen e aproveitou para apresentar as suas novidades ao nível de PCR, UHP, SUV e pneus de inverno e também os pneus específicos para drift, sendo que a marca é patrocinadora da modalidade. A Federal trouxe o line-up completo de produtos para a Alemanha, incluindo as gamas Formoza, COURAGIA, 595, Himalaia ICEO e FMS.

GOODYEAR / DUNLOP No stand de 500 metros quadrados a Goodyear/Dunlop apresentou as suas principais gamas, mas partilhou também o espaço com as suas duas outras marcas: Fulda e Sava. Destaque para a estreita cooperação da Dunlop com a Mercedes-AMG. A empresa mostrou também alguns protótipos de pneus e o objetivo a longo prazo é aplicar as tecnologias e compostos utilizados nestes pneus, o Goodyear EfficientGrip AA, o Dunlop Sport BluResponse AA, mas também às linhas de produtos verdes da empresa - Goodyear EfficientGrip e Dunlop Sport BluResponse.

GT RADIAL A gama Champiro é sobejamente conhecida na GT Radial, mas em Essen foi apresentado o Champiro FE1, desenvolvido pelo centro de investigação da marca para garantir maior durabilidade, quilometragem e performance melhorada especialmente em piso molhado. O piso consegue agora melhor remoção da água, o que garante melhor proteção contra a aquaplanagem. Por outro lado, apresenta também menor resistência ao rolamento. A GT Radial investiu forte neste pneu, que pretende que venha a ser líder na sua gama.

HANKOOK O stand da marca coreana ocupou mais de 300 metros quadrados, onde se destacaram

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KUMHO O fabricante coreano de pneus apontou uma série de estreias para a Reifen 2014. Entre as novidades para pesados (falaremos disso em pormenor na próxima Turbo Oficina Pesados) mas também no segmento dos pneus de inverno, um segmento marginal em Portugal, destaque para a estreia do pneu Solus HA31, que vai entrar no mercado no Outono e, gradualmente, substituir a Solus Vier KH21. A nova linha estará disponível num total de 35 tamanhos para diâmetros de roda entre 13 e 16 polegadas e perfis de 80 a 50. Em comparação com o pneu antecessor, a Kumho reivindica melhor desempenho, nomeadamente na utilização em molhado e na travagem em pisos molhados e escorregadios.

LASSA A marca turca de pneus chegou em força a Essen, expondo vários produtos recém-

introduzidos no mercado. O destaque na marca produzida pela Brisa, uma joint-venture da Bridgestone/Sabanci foi a nova gama UHP: Phenomena. Outra nova família de pneus é a Greenways, no segmento dos pneus ecológicos, que chega agora ao mercado, com 20 referências com índices de velocidade T e outros tantos no índice H, para jantes de 14 a 16 polegadas e tamanhos de perfil 70-55. A Lassa Tyres está apostada no mercado europeu e em Portugal. De acordo com Irmak Sozer, da marca turca, o mercado português está nos planos de crescimento da marca, graças à recente parceria com a Pneurama.

LING LONG A marca chinesa trouxe 12 novos produtos à Alemanha, entre os quais o Green-Max 4X4 HP, os R701, LR650, LTL812 e o LDL831. Muitos clientes e potenciais clientes passaram para conhecer as novidades de um fabricante que tem ganho mercado na Europa.

MAXXIS A marca tailandesa foi a Essen lançar o tão aguardado Energtra MEco3. O novo pneu para ligeiros vem com uma área de contacto reforçada para um melhor pisar e melhor performance em piso molhado. O novo MEco3 foi projetado com uma parede lateral inovadora para poupança de energia, que ajuda a reduzir a resistência

ao rolamento, melhorando a economia de combustível e proporcionando uma viagem mais confortável. A performance em piso molhado foi também uma preocupação no desenvolvimento deste pneu. A Maxxis apresentou também os Pro R1, Victra VS01, Arctictrekker WP05, All Season AP2, Wormdrive AT980E e Camparo.

“Levamos daqui novidades de todas as marcas que representamos. Na Nankang destaque para a evolução dos pisos no patamar médio alto e um pneu novo de 13 e 14 polegadas na gama ecológica. A marca Toyo, até final do ano, vai lançar o Evo8 de estrada, vai surgir um pneu de 4x4, o Open Country, para reforçar o mercado médio alto no segmento dos SUV. A Petlas mostra um crescimento em toda a gama de ligeiros, mas também nos camiões, com a nova gama lançada até final do ano. Na Ling Long destaque para o Green-Max, HP e UHP com mais medidas. Nos camiões vai ser lançada uma nova gama ainda este ano. Estas novidades vão ajudar-nos no mercado português que, nos primeiros três meses do ano, mostrou uma ligeira melhoria face a 2013. Provavelmente os utilizadores decidiram prolongar a vida do carro e tiveram que trocar os pneus.”

RUI CHORADODISPNAL

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PRÉMIOS DE INOVAÇÃO TECNOLOGIA E PRODUTOS

A Yokohama, construtor japonês, convenceu os jurados graças a uma representação visual do comportamento aerodinâmico e acústico dos pneus no rolamento. Em parceria com a autoridade espacial japonesa JAXA e com a ajuda de um supercomputador de pesquisa aeroespacial, a equipa de investigadores foi capaz de mostrar que o nível de ruído do rolamento de um pneu de um carro também depende da estrutura da banda de rodagem do pneu, que é submetido a vários fluxos de compressão. Os novos resultados estão a ajudar a desenvolver pneus mais silenciosos e mais aerodinâmicos.

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS E MEIO AMBIENTEO “óscar” nesta categoria foi para o fabricante alemão de jantes, Borbet, pelo seu processo “Jante Natureza”, que junta à tradicional utilização de alumínio um mineral natural. Esta matéria-prima é processada e, como um esqueleto, é integrada na jante sempre que a utilização do metal não é necessária estaticamente. Isso conduz a uma redução de peso sem perda de resistência.

CONCEITOS DE SERVIÇO/OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOSO especialista italiano de equilibradoras de pneus CEMB venceu esta categoria, graças ao sistema Paguro P2 para equilibrar pneus de camiões e autocarros. Devido a uma economia de espaço e através de uma operação manual, é especialmente útil para o serviço móvel.

MOTOR VEHICLE SERVICECom a sua ferramenta de limpeza de pernos, a empresa Counteract Balancing Beads venceu esta categoria. O usuário pode limpar até dez parafusos de roda em três minutos, em comparação com as escovas de aço convencionais.

MICHELIN A marca francesa apresentou em Essen uma ampla gama de seus produtos, incluindo muitos novos lançamentos. Para o setor especialista em recauchutagem também foram apresentadas novidades da Pneu Laurent e Recamic, ambas pertencentes ao grupo Michelin. No segmento de ligeiros destaque para o Pilot Sport Cup 2, o LATITUDE Sport 3, o Alpin 5, o Michelin Primacy 3 ZP e o ENERGY TM EV, este último especialmente dedicado aos veículos elétricos.

NANKANG A fabricante tailandesa apresentou três novos pneus para o mercado europeu. Entre eles estão o UHP AS-2, eco-pneu NA-1 e o pneu N-607+. Com estas novidades a Nankang quer crescer no mercado europeu, mas mereceu também destaque durante a feira o pneu ECO-2 +, o primeiro pneu produzido na Tailândia a receber uma menção de performance pela TÜV, refere a empresa.

NEXEN Num stand de 520 metros quadrados a Nexen mostrou a sua nova gama nos pneus, com destaque para o novo N’BLUE HD Plus. Durante a exposição, a Nexen exibiu um total de 21 pneus, incluindo pneus premium recentemente desenvolvidos. A empresa coreana dividiu o espaço em quatro zonas – PCR, SUV, pneus de inverno e Primeiro Equipamento. Além do referido pneu, foram apresentadas mais duas novidades: Winguard Snow G e Winguard WT1.

PIRELLI A marca italiana focou-se muito nos pneus para comerciais e camiões, com várias novidades. Entre os destaques do salão está a mais recente evolução da Pirelli da série: 01 e uma nova gama de pneus NOVATREAD. O respeito pelo meio ambiente foi uma prioridade na agenda da Pirelli em Essen, com as inovações, incluindo a gama NOVATREAD: uma nova gama de pneus totalmente reconstruído usando moldes originais Pirelli. O processo de recauchutagem com um elevado controlo de qualidade significa que NOVATREAD está entre os principais players do mercado, garante a marca. Os produtos NOVATREAD são ideais para aqueles que procuram o mesmo tipo de desempenho como pneus novos, mas a um preço muito vantajoso.

TOYO A marca japonesa apresentou um novo conceito de stand mais dinâmico e foi exatamente essa a imagem que quis passar ao público europeu. Além de mostrar toda a gama de pneus, com especial destaque para os Nanoenergy3, no segmento eco. O terceiro modelo da familia NanoEnergy beneficia de uma construção melhorada e um novo polímero na composição do piso. Devido a estas melhorias foi aumentada a durabilidade do pneu, o desempenho em piso molhado e a eficiência de combustível. Mas a marca aproveitou este salão para relançar todos os seus sites, num total de 15, um por cada língua (incluindo o português). Foi também apresentada uma nova versão para plataformas móveis (smartphones e tablets).

YOKOHAMA Para demonstrar o seu know-how, a Yokohama exibiu o “Aero-Y concept car”, que combina as diferentes áreas de negócio da empresa, ostentando os pneus da próxima geração da marca, protótipo projetado para reduzir a resistência do veículo ao ar, controlando o fluxo de ar nas cavas das rodas. Esta visão de futuro esteve presente juntamente com os produtos atuais da Yokohama, como é o caso dos pneus BluEarth, Geolandar e Advan. A Yokohama sublinhou a presença do seu Advan ST

“Esta feira é importante para mostrarmos os nossos produtos, uma vez que estamos já em 11 países. Face ao ano passado o negócio dos pneus está a melhorar, com um crescimento razoável nos primeiros meses deste ano. Com aproximadamente 3 anos de atividade, a AB International promove nestes eventos da especialidade os seus serviços de trading bem como as principais marcas de pneus que distribui para todo mundo através dos seus dois centros de operação situados em Portugal (Mealhada) e no Dubai. Esta feira teve ótimos resultados. Fomos abordados exatamente por quem pretendíamos. Neste momento, os mercados asiático, africano e da América do Sul já nos conhecem, e tudo se torna mais fácil para nós. Temos um dos nossos maiores objetivos concretizados.”

nos Mercedes Classe G, a nova versão desenvolvida para o GLA e o pneu runflat para o Classe S, além do Advan Sport V105 N-0, que é montado no Porsche Panamera.

ZENISES O Grupo Al Dobowi criou a Zenises, o seu novo grupo empresarial para a Europa. Este grupo, proprietário da marca Infinity e distribuidor na Europa das marcas Westlake e Ling Long, aproveitou a presença em Essen para anunciar a nova empresa, que se centrará apenas no negócio europeu. A nova empresa anunciou também a criação de uma nova marca de pneus, a Z, que pretende ter uma oferta no campo dos pneus de altas prestações, mas com uma boa relação preço/qualidade e um desenho atrativo. Estarão disponíveis, no início, 40 dimensões.

ANDRÉ BANDEIRA ALVES BANDEIRA

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Encontros do Aftermarket. Maior integração no softwareO segundo encontro temático da TURBO OFICINA teve como pano de fundo o software disponível para as oficinas. As empresas mais relevantes do setor reconhecem a existência de várias soluções no mercado, mas definem a segmentação das propostas e uma maior integração do software para continuar a satisfazer o cliente.

TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES FOTOS JOSÉ BISPO

Após o sucesso da primeira edição, a TURBO OFICINA dá seguimento à sua série de encontros temáticos — espaços de reflexão informais que têm

como objetivo reunir os especialistas de cada uma das diversas áreas de negócio do enorme tecido empresarial do aftermarket. Depois da formação, optámos por discutir os desafios do software, a forma como ele responde às dificuldades dos agentes que trabalham neste setor, os caminhos a seguir para uma maior rentabilidade e a forma como a informação ali contida se deve adaptar às necessidades do cliente final (neste caso a oficina). Mas, com tantas soluções de orçamentação, de gestão oficinal e de referências de peças, não haverá informação a mais para as oficinas lidarem? Aloísio Cruz, gestor de produto da INFORAP, acredita que sim: “Penso que existem muitas soluções no mercado, cada

O segundo encontro temático da TURBO OFICINA decorreu no Hotel Amazónia Jamor

uma com diferentes informações, conteúdos e formas de abordar o setor, mas que, ainda assim, podem criar alguma confusão na cabeça do cliente. Nós estamos habituados a trabalhar com oficinas e concessões de marca, em que não havia esta confusão, porque o setor das oficinas multimarca é uma abordagem relativamente recente. Representa uma percentagem pequena, mas a experiência que a nossa empresa tem como desenvolvedora de soluções de gestão de suporte para as empresas fez-nos estar em alerta para conseguirmos responder a este setor”.

INTEGRAR E PERSONALIZARSer capaz de oferecer soluções personalizadas para cada cliente é cada vez mais importante, até porque o mercado português é maioritariamente dominado por pequenas e médias empresas. Nesse sentido, as empresas

de software têm procurado oferecer pacotes cada vez mais abrangentes que integrem um conjunto de soluções de orçamentação e gestão oficinal. A INFORAP não é diferente: “Temos tido necessidade de fazer integração com estes softwares de orçamentação — TECDOC, GT ESTIMATE, EUROTAX —, até porque não é fácil para uma oficina escolher qual o melhor. É necessário ter uma noção do conteúdo que lhes é proposto, mas isso também levanta outro problema: o facto de as pessoas que tomam este tipo de decisões nem sempre terem a formação mais indicada”.Carla Nunes, chief sales officer da ALIDATA, alinha com a necessidade de integrar diversas soluções, mas não acredita que exista demasiada oferta no mercado: “Penso que tudo o que existe está muito bem segmentado. No software de gestão de oficinas sei imediatamente qual a minha

especialE

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concorrência e se conhecer o meu cliente sei perfeitamente qual a melhor solução para ele. Penso que a concorrência é salutar — faz-nos pedalar. Como sempre trabalhámos com multimarca e as questões das integrações, não encontramos qualquer dificuldade neste processo. Implementar a marca é fácil — é só criar os catálogos. Penso que não existem empresas a mais, mas acho que as oficinas e as casas de peças têm de identificar qual a melhor solução que serve os seus interesses”. A diferenciação acontece assim pelo valor acrescido que cada operador consegue proporcionar ao seu cliente, até porque, nos tempos que correm, já não existe software de má qualidade: “Hoje qualquer software tem de ser bom, porque o cliente é bom. Antes vendíamos o hardware e oferecíamos o software. Hoje é o contrário: eu não abdico de lhe vender o software e posso dar-lhe o hardware. Cabe-nos a nós, empresas de software, de consultoria, tentar mostrar ao cliente a mais-valia deste tipo de soluções. Obviamente que as integrações aqui são fulcrais e hoje já começa a haver maior abertura. Se eu faço uma integração com uma empresa de orçamentação, eu não quero entrar no negócio dela. O nosso objetivo é servir o cliente e deixá-lo satisfeito com o que tem”. Nesse sentido, Carla Nunes elogia a mudança de mentalidade que existe entre empresas que anteriormente eram concorrentes e hoje olham para si como potenciais parceiros: “A base instalada e as integrações têm melhorado. Há 10 anos, quando se falava na integração de software de orçamentação acusavam-nos de que queríamos a base de dados. Hoje essa situação é diferente, até porque não faz sentido o cliente ter que lançar à mão a sua base de dados. A única empresa que ainda não fizemos a integração é a AUDATEX, de resto já o fizemos com a EUROTAX e a GT ESTIMATE. Agora estamos a trabalhar com as marcas. Fizemos interfaces com a SIVA, catálogos da Nissan, entre outros.”

prestam ao mercado, afirmando, por outro lado, que, há outras que “têm de ficar para trás” nesta altura de crise: “As coisas têm de evoluir e há quem acompanhe as tendências e quem não tenha essa capacidade”. No caso concreto da empresa que representa, considera que estão preparados: “Apesar da nossa juventude — estamos há cerca de cinco anos e meio em Portugal —, enveredamos, desde cedo, por este caminho das integrações numa perspetiva de crescimento, mas também de forma a podermos proporcionar aos nossos clientes uma maior eficácia através da redução de custos e poupança de tempo”. REDUZIR PARÂMETROSOrientar o cliente na solução que melhor serve os seus interesses é cada vez mais uma competência dos fornecedores, até porque “eles próprios têm pouca formação para fazer essa segmentação”, refere Nuno Costa, product manager da EUROTAX— uma ideia partilhada com Aloísio Cruz, da INFORAP. Diz ainda que “as aplicações já não são um conjunto de dados disponíveis, mas também um interface que tem de ser fácil de utilizar”,

Júlio Arnaut, key account manager da GT MOTIVE, diz que uma das formas de crescer no negócio do software passa por “integrar para servir o cliente”. No entanto, salienta que a nível de orçamentação há pouca coisa que as ferramentas da sua empresa não consigam cobrir: “A nossa solução permite-lhes tirar os tempos, as referências, os preços e ainda por cima detetar o que é determinante em orçamentação — os overlaps. Não me parece que haja software a mais, parece-me é que cada um tem de escolher aquilo que mais se adapta à sua realidade. Mas também é verdade que esse responsável pode não ter capacidade para fazer essa análise”. Júlio refere que, mais do que vender, as empresas que operam no setor têm que ajudar o cliente nesse caminho: “Ainda encontramos muita gente a fazer orçamentação em cima de dados técnicos puros, como o AUTODATA, e depois não conseguem somar esses tempos para fazer uma orçamentação. Só as ferramentas de orçamentação é que podem fazer esse trabalho por ele. Fazem dedução dos tempos combinados e traçam operações secundárias por via da operação principal escolhida”. Este responsável mostra-se preocupado com o facto de alguns operadores utilizarem soluções TECDOC para fazerem um orçamento que não é o mais correto: “Sim, o problema é o independente pensar que já está competitivo porque oferece um valor de mão-de-obra, de tarifa horária, mais barato do que o que costuma encontrar num concessionário de marca. Mas, se o cliente tiver o cuidado de ir a uma marca e a um independente, e este não estiver a utilizar um software de orçamentação, o que acontece é que ele quando chega ao independente tem, sim, uma tarifa mais baixa, mas está a ser-lhe debitado mais tempo porque não teve a dedução das horas combinadas. Se o cliente somar os tempos vai perceber isso e parece-me que ele não vai gostar muito disso”. Júlio Arnaut acredita, assim, que é por este motivo que as oficinas independentes têm de se equipar de acordo com as funções que

“AS PESSOAS QUE ESCOLHEM SOFTWARE NEM SEMPRE TÊM A FORMAÇÃO MAIS INDICADA” ALOÍSIO CRUZ

“NÃO EXISTE SOFTWARE A MAIS. EXISTE SIM SOFTWARE DIRECIONADO PARA VÁRIOS TIPOS DE CLIENTES”SAULO SACO

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e que as integrações são determinantes para o sucesso do negócio: “Até há bem pouco tempo não estávamos integrados com software de gestão e sim com empresas de peritagem como a DEKRA. Verificámos depois que era importante integrar com sistemas como a ALIDATA, porque é um fator de diferenciação no mercado e porque acaba por ser uma mais-valia para ambas as partes”. A formação é outra das apostas da empresa: “Todas as quartas-feiras recebemos os nossos clientes para lhes dar formação específica sobre como operar os diversos sistemas”.Para combater a crise e continuar a crescer no mercado, Pedro Barros, managing partner da TIPS4YOU, refere que as empresas que desenvolvem software têm de apresentar soluções mais simples que se ajustem à dimensão dos seus clientes: “A maioria das oficinas tem entre três a cinco operativos e todos nós temos, por vezes, o defeito de apresentar soluções para o topo da pirâmide e não para a base que a suporta. Eu gostava de ver no mercado soluções que descomplicam a orçamentação e a gestão, software que, em poucos cliques, permita ao cliente o acesso a informação completa e fácil de compreender”. Num setor cada vez mais concorrencial, os gerentes das oficinas têm de perceber que, sem o auxílio do software, é impossível singrar neste negócio. Pedro Barros afirma que “os dados técnicos começam a representar para as oficinas o mesmo que uma chave de bocas” — uma ferramenta indispensável à sua atividade. No entanto, os softwares de faturação e de gestão oficinal revelam-se “uma dor” porque a maioria não tem tempo para atender os clientes e, ao mesmo tempo, dar conta de uma ficha

de obra repleta de parâmetros: “A maior parte destas oficinas não tem uma receção. É o dono que faz tudo — atende, encomenda, repara. Por isso, quando lhes oferecemos uma solução que, à partida, já lhes traz uma vantagem técnica, isso é algo que eles valorizam e compreendem. Quando se integram os dados técnicos dentro de um software de orçamentação já estamos a falar a linguagem deles”. É por este motivo que o responsável da TIPS4YOU é da opinião de que a grande maioria dos softwares deviam ser básicos: “Uma ficha de artigos devia ter quatro a cinco campos — referência, designação, preços de custos, preços de venda e pouco mais. Se depois se pudesse integrar este pacote com um TECDOC ou outra ferramenta de orçamentação, perfeito”.Saulo Saco, administrador da Leirilis, não

acredita que existam softwares a mais: “Existem sim softwares direcionados para vários tipos de clientes”, afirma. Concorda igualmente que a maior parte da oficinas são “pequenas” e é por isso que a empresa que representa está ter tanto sucesso no mercado: “O que nós pretendemos com a orçamentação direta do nosso portal de compras é dar ao cliente uma loja aberta, online, em que ele pode consultar o preço e fazer a encomenda logo de seguida. Não faz a integração com um ERP, mas permite que o cliente tenha, no momento, um orçamento de reparação, sabendo quanto é que a peça vai custar e o que ele terá de adquirir na origem numa ferramenta fácil”.Apesar de algumas divergências de opinião, a existência de várias soluções no mercado não parece assustar a maioria destes operadores. Mas há algo em que todos parecem estar de acordo: a necessidade de uniformizar códigos. Aloísio Cruz, da INFORAP, salienta esta realidade como um dos principais problemas da integração do software: “Existe uma grande dificuldade em integrar o código, por exemplo, da GT ESTIMATE com o de outras empresas, porque as referências são totalmente distintas. Isto representa igualmente um problema para as oficinas e é nesse sentido que acredito que a diversidade de software no mercado causa alguns problemas ao cliente final.” Sobre soluções low-cost, o mesmo responsável levanta algumas dúvidas: “Como é que um software easy (fácil) para o utilizador pode também ser easy ao nível da integração de dados e da informação prestada? Há uma razão para usar AUTODATA, outra para usar GT ESTIMATE, TECDOT, EUROTAX… Mas eu não consigo ter tudo. Eu tenho que fazer

Integrar os diversos software é cada vez mais uma realidade comum a todas as empresas que operam neste negócio

“AINDA ENCONTRAMOS MUITA GENTE A FAZER ORÇAMENTAÇÃO EM CIMA DE DADOS TÉCNICOS PUROS”JÚLIO ARNAUT

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escolhas. E às vezes o que é fácil acaba por não ter nada e depois passamos a ter que integrar uma série de campos que complicam todo o desenvolvimento.”Carla Nunes, da ALIDATA, reforça a necessidade de aplicar os softwares à dimensão dos clientes: “O que interessa se uma ficha de artigos tem 20 campos se o dono da oficina, que é também mecânico, diretor de compras e rececionista não tem tempo para carregar essas equivalências? Quando vamos para uma microoficina, um lançamento de peças era uma coisa de outro mundo. Para empresas grandes, com a pessoa da logística, da receção da oficina, o chefe de oficina, etc, faz sentido. Mas na prática e quando chega a altura dos custos, ambas as situações são válidas. Se a nossa solução estiver posicionada para a base da pirâmide temos que pensar nos cinco campos da ficha de artigo e no POS. Quando estamos a falar de oficinas que representam marcas, que estão dentro de uma rede, e querem um bocadinho mais, a oferta tem que ser outra. A sensação que tenho é que nunca tenho tudo, porque há sempre um campo que falta para cada uma das suas necessidades. No fundo, nós, enquanto produtores de software, também temos de ser capazes de fazer uma triagem do que nos interessa atrair. Isso tem a ver com segmentação de mercado e onde é que as empresas se querem posicionar. Nós, ALIDATA não nos queremos posicionar em micro empresas que apenas estão focadas no preço. E não temos solução para eles”.

POTENCIAR O NEGÓCIOSerá que as empresas de software dão mais do que as pessoas realmente necessitam? Júlio Arnaut admite que sim, mas salienta que nem sempre se podem fazer soluções “a retalho” só para agradar um cliente: “É capaz de haver excesso de informação, mas nós, ao contrário do que acabou de dizer a Carla, não podemos escolher segmentar o mercado. Temos uma aplicação 100 por cento online para toda a Europa e é com ela que queremos chegar

ao maior número possível de clientes. Não cortamos a aplicação aos pedaços. Ela consegue dar resposta a todos, porque isso causaria internamente confusões. Quando aparece um modelo novo para carregar para uma empresa como a GT ou a EUROTAX são muitas e muitas horas de trabalho, portanto fazer pedaços não era bem o caminho que eles escolheram. Nós aí estamos como um parceiro de todos os players do mercado e segmentamo-lo em três áreas - renting, seguradoras e gabinetes e pós-venda. Depois, o que temos, e mais uma vez porque é uma aplicação online, são pacotes de utilização a retalho. Se a oficina é grande tem um pacote maior, se for mais pequena tem um pacote menor e paga, naturalmente, menos por ele. Mas a ferramenta em si não a podemos cortar em pedaços para responder a maiores ou menores organizações. A ferramenta e a base de dados são únicas, a única coisa que acontece é a sua tradução para as diferentes línguas europeias. Júlio Arnaut revela ainda que “a mecânica e pintura” são as áreas que os seus clientes mais exploram da ferramenta comercializada pela GT MOTIVE.É ponto assente que o software é imprescindível na gestão do negócio, mas será que estas ferramentas podem igualmente potenciá-lo? Será que as oficinas sabem como as utilizar da melhor maneira de forma a aumentar a sua rentabilidade e atrair mais

clientes? “Podem ainda não saber, mas nós tentamos instrui-las da melhor maneira nesse sentido”, afirma Nuno Costa, da EUROTAX, salientando que as oficinas podem utilizar o software como uma forma de credibilizar o seu serviço e fidelizar, assim, o cliente: “Se ele optar pela transparência e mostrar ao cliente que a ferramenta do seu negócio é credível e não uma busca simples pelo Google

“ANTIGAMENTE AS APLICAÇÕES INFORMÁTICAS ERAM DESENVOLVIDAS POR PROGRAMADORES SEM FOCO NO UTILIZADOR”NUNO COSTA

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“O IMPORTANTE NÃO É SÓ FAZER REPARAÇÕES, MAS TAMBÉM RECEBER CLIENTES E FIDELIZÁ-LOS”ÁLVARO OLIVEIRA

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poderá incrementar os níveis de satisfação do cliente”. Sobre o EUROTAX, refere que o mais recente desenvolvimento passou pela criação de uma zona de orçamentação rápida cujo sucesso foi já comprovado: “Estimámos que 80 por cento dos orçamentos conseguem ser feitos a partir de um conjunto de peças e daí termos criado uma zona de acesso facilitado dentro da própria aplicação que permite aos gerentes das oficinas pesquisar rapidamente o que necessitam”. Esta evolução do interface representa um corte com o passado e uma tendência que veio para ficar: “Antigamente, as aplicações informáticas eram desenvolvidas por programadores sem foco no utilizador, situação distinta do que hoje acontece”, afirma.Com a entrada em força das oficinas de marca no mercado, potenciada, sobretudo, pelo fim da garantia que era atribuída exclusivamente ao fabricante no momento da reparação, Pedro Barros, da TIPS4YOU, alerta que as oficinas independentes “têm de perceber que os seus principais concorrentes não são a oficina do lado, mas sim a marca. Neste momento estamos mais ou menos numa situação 30/70, mas a situação vai complicar-se porque os carros estão mais evoluídos, a informação é gigantesca e eles têm de estar preparados”. Pedro acrescenta que “estamos numa situação de crise porque deixamos de ter confiança na banca e uma das razões para se levar o carro à marca é precisamente a confiança. Estas ferramentas de software permitiram às oficinas dar uma garantia oficial igual à da marca, porque os dados técnicos são comprados diretamente aos construtores de automóveis, e essa é uma mensagem muito importante para se transmitir ao cliente final, que aquilo que eu vou fazer é preconizado pela marca. O software é assim responsável por trazer o cliente, criar mais confiança e manter e acrescentar negócio.”Saul Saco, da Leirilis, admite que o software pode ajudar as oficinas no processo de angariação de clientes, mas reconhece que essa tarefa nem sempre é fácil, tal como as integrações dos diversos programas: “Pôr os

técnicos a falar com diversas empresas é uma confusão desgraçada porque falam línguas completamente diferentes”, afirma.

VENDER SERVIÇOSÁlvaro Oliveira, diretor da INFORTRÓNICA, empresa que representa a ALIDATA em Portugal, refere que o tecido empresarial das oficinas é maioritariamente composto por estruturas pequenas e que o mercado encolheu cerca de 50%, de 10 000 empresas registadas em 2009: “Isto também mostra a qualidade de gestão que, neste momento, temos nas oficinas e que se vê, desde logo, na ausência de formações, já que os funcionários não aparecem, ora porque não acham útil para a oficina aprender o que vendem, ora porque o patrão considera que é um desperdício de tempo”. Álvaro refere que “as oficinas vendem peças, mas não vendem serviços” e que as peças vendem-se pela “durabilidade e qualidade”, enquanto o serviço vende-se pela “qualidade e atendimento” — factores muito mais importantes do que as peças. “Enquanto essa situação acontecer não vamos ter oficinas boas, embora o próprio mercado esteja a obrigar as oficinas a fazer essa mudança porque têm a concorrência

das redes, que estão a ganhar, a crescer; e têm as marcas que estão a descer de patamar e a sair do bico da pirâmide com a multimarca”. O diretor da INFORTRÓNICA diz ainda que há muitas ferramentas no mercado de gestão e que as oficinas são muitas vezes inimigas de si mesmas ao não reconhecerem essa necessidade. Por outro lado, Álvaro acredita que “a panóplia de soluções ao nível da gestão, orçamentação e informação técnica estão ainda a trabalhar muito isoladas porque os standards não foram criados, não existe uma ficha OBD para todos”. Determinante para o perfil do cliente português é mesmo a formação: “Têm de perceber que o importante não é só fazer reparações, mas também receber clientes e fidelizá-los. Por vezes querem ter tudo, como a melhor máquina de diagnóstico, mas depois utilizam-na pouco. Querem software mais evoluído, mas depois não o sabem utilizar como deve ser. Portanto também há necessidade desses clientes perceberem que são pequenos, que não são grupos nem são concessionários e por isso têm que trabalhar com ferramentas à medida da sua dimensão”.Nesse sentido, a visão da ALIDATA passa por criar “uma espinha dorsal” no que aos processos da oficina diz respeito: “Mais do que as características, estamos a tentar mostrar os benefícios do nosso software. Pretendemos manter um produto que dentro da oficina pode depois ser ligado com outras ferramentas técnicas com integração do AUTODATA nessas aplicações. Queremos que ele tenha ao seu dispor software de gestão, orçamentação, catálogos de peças e facilitar essa integração para que ele possa gerir a oficina com todo o conhecimento na ponta dos dedos. Hoje é extremamente difícil carregar todas as peças, efetuar as tarefas e faturar ao cliente, tudo ao mesmo tempo, porque passam mais tempo a fazer orçamentos do que a trabalhar.”Pedro Barros, da TIPS4YOU, concorda com esta visão: “A missão da oficina não é reparar e sim oferecer mobilidade. A reparação é o garante dessa mobilidade, mas, para tal, eu necessito de oferecer um serviço utilizando as peças como o tal hardware e por isso preciso de vender o serviço. Penso que temos a responsabilidade de evangelizar o mercado e promover esta mudança de atitude e comportamento. Da nossa parte queremos dinamizar estes serviços, promovendo a venda das peças e reduzir, através do software, o tempo em que a viatura está imobilizada na oficina”.

“AS APLICAÇÕES JÁ NÃO SÃO UM CONJUNTO DE DADOS DISPONÍVEIS, MAS TAMBÉM UM INTERFACE QUE TEM DE SER FÁCIL DE UTILIZAR”NUNO COSTA

“A BASE INSTALADA E AS INTEGRAÇÕES TÊM MELHORADO”CARLA NUNES

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Renault Trafic Energy dCi 120. O escritório-móvelProcurando manter as características que a tornaram num dos comerciais favoritos do público, a Renault Trafic apresenta melhoramentos em diversas áreas, onde se destacam os equipamentos tecnológicos e de conetividade, as diversas adaptações e configurações possíveis e também a nova gama de motorizações, agora a contar com a tecnologia Twin Turbo.

RAIO X4

TEXTO NUNO FATELA

Anova imagem exterior da Trafic apresenta o novo logo da Renault, que aparece agora envolvido num fundo negro para maior

destaque. Mantendo o apreciado desenho quadrangular da carroçaria, que permite o transporte de três europaletes, as maiores novidades encontram-se no habitáculo deste furgão. Com materiais agradáveis ao toque, a nova integração dos comandos no volante, as informações digitais no painel de instrumentos e os novos compartimentos de arrumação (até noventa litros em catorze locais diferentes) são algumas das alterações visíveis na Trafic. Existem, no entanto, outras diferenças que estão “camufladas”, com a marca apostada em transformar este comercial num verdadeiro escritório ambulante.

Para isso haverá a possibilidade de incluir um suporte para telemóvel e outro para tablet junto ao painel, ao rebater o banco central (nas versões três lugares) existe um espaço para um computador portátil e um quadro para visualizar documentos e há também várias entradas USB disponíveis. Neste ponto, destaque ainda para os diversos sistemas multimédia que a Renault integrou na Trafic, com o R-Link ou o MEDIA NAV acessíveis através do ecrã de sete polegadas em posição central. Localizado logo abaixo da área do vidro, este sistema permite observar as informações de trabalho sem colocar em perigo a segurança rodoviária. Também será possível optar pelo R & GO da Renault, que permite aceder a diversos serviços e informações do veículo através de uma App para Smartphone ou Tablet.

CONFORTO, ADAPTABILIDADE E POTÊNCIAUm dos parâmetros a que o fabricante francês mais dispensou atenção nesta terceira geração foi o conforto do condutor, já que por se tratar de um veículo de trabalho, há a necessidade de passar muitas horas sentado. Procurando dotar a Trafic de uma posição de condução similar à dos monovolumes e SUVS, a Renault rebaixou o assento 36 mm e colocou as costas do banco mais inclinadas. Além disso, é possível regular a altura (60mm), profundidade (200mm) e apoio lombar do banco, além da altura e profundidade do volante. Aquando da apresentação do modelo foi possível descobrir o imenso mundo de possibilidades para a Renault Trafic, que poderá adotar mais de 250 configurações diferentes, entre versões de cabine aumentada, autocaravanas, transporte

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de congelados, combi ou muitas outras. Disponível entre as versões L1H1 (comprimento 4,999m; altura 1,971m; volume 5,2 m3) e a L2H2 (comprimento 5,399m; altura 2,465m; volume 8,6m3), apresenta também diversas funcionalidades para arrumação de carga e aumentar a capacidade de transporte. A maior dessas novidades é o sistema de alçapões que se encontra sobre o lugar do passageiro, que permite o transporte de equipamentos como cabos ou tubos e confere um comprimento de carga de até mais 1,21m a este furgão. Haverá também a opção por uma tomada de 12 volts junto à porta traseira e a chave mãos livres, que permite abrir de forma independente as portas do habitáculo ou do espaço de carga, mantendo o resto da viatura segura. Uma das principais novidades para esta

terceira geração da Renault Trafic será a introdução dos motores Twin Turbo, ficando o catálogo completo com quatro motorizações. Além dos renovados dCi 90 (pode incluir Start & Stop) e dCi 115, que apresentam uma média de consumos

Inúmeras possibilidades é uma das definições da Renault Trafic. Vários espaços de arrumação, múltiplas configurações para a área de carga, com os alçapões por baixo do assento do ocupante e diversos sistemas de conectividade são representativos da adaptabilidade deste modelo. A nova Trafic chega em Setembro e ainda não tem preços definidos

inferior em cerca de um litro em relação à anterior geração, passam a estar disponíveis as unidades Energy dCi 120 Twin Turbo e Energy dCi 140 Twin Turbo. Além de permitirem melhores acelerações, estes motores ajudam também a manter os consumos baixos, com a marca a anunciar 5,9 l/100km no modelo de 120 CV e de 6,1 l/100km para o motor de 140 CV, ambos com Start & Stop. Além disso, a marca colocou também os sistemas de auxílio ao arranque em subida e Extended Grip para controlo de tração. Ao conduzir o modelo destaque, especialmente para os motores Twin Turbo, a capacidade de resposta ao acelerador, tanto no momento do arranque como em recuperações a velocidades superiores. Confortável e bem insonorizada, a condução a bordo da nova Renault Trafic reforça os argumentos de liderança.

FICHA TÉCNICA

RENAULT TRAFIC ENERGY DCI 120 DIMENSÕES C/L/A : L1H1 - 4,99m; 2,28m; 1,97m | L2H2

- 5,39m; 2,28m; 2,46m

CARGA: 1075 A 1270 KG

VOLUME ÚTIL: 5,2 A 8,6 m3

MOTOR: 1,6 TWIN TURBO 120 CV COM START & STOP

CONSUMO: 5,9L/100KM (155 G/KM)

VELOCIDADE MÁXIMA: N.A.

BINÁRIO: 320NM ÀS 1500 RPM

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24 RAIO X

TRW. Carros cada vez mais autónomos Fomos à pista de Hockenheim experimentar as novidades tecnológicas que a TRW está a desenvolver na área da segurança e do conforto. Mas neste negócio não existem grandes perspetivas para o aftermarket.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO EM HOCKENHEIM

A TRW organizou a ação TecDays para mostrar a jornalistas de todo o mundo o que está a desenvolver em termos eletrónicos para aumentar o

conforto e a segurança dos modelos que vão chegar ao mercado dentro de meses. Alguns sistemas já estão em produção, mas tivemos oportunidade de experimentar também o futuro. A grande novidade foi a Direção Automática de Emergência que ajuda o condutor a desviar-se de obstáculos e a evitar os acidentes. Mas a tecnologia está cada vez mais avançada e o condutor é cada vez mais “obrigado” a conduzir bem. Ainda assim, os carros totalmente autónomos ainda vão demorar, na melhor das hipóteses, 10 anos. Não por falta de tecnologia, mas por questões

legislativas. Para já, estamos no passo 3 de 6 para se chegar aos carros totalmente autónomos. Estamos na fase da condução semiautónoma. Ou seja, os sistemas eletrónicos “apenas” ajudam o condutor, porque a legislação obriga a que o condutor tenha que ter um papel ativo na condução e, por exemplo, as marcas só podem desenvolver tecnologia em que o condutor pode retirar as mãos do volante para os sistemas de estacionamento ativo. A estrela do dia foram o Assistente de Viragem de Emergência (ESA) e a Direção Automática de Emergência (Automatic Emergency Steering - AES), instalados num Opel Insígnia. Numa situação de emergência, quando travar já não evita o acidente, assim que o condutor der início a

uma manobra de evasão para se desviar de um obstáculo, o ESA ajuda. O sistema aplica uma força adicional na direção para ajudar o condutor durante a manobra e assisti-lo na estabilização do veículo. Por exemplo, se o condutor se tenta desviar de um obstáculo que o sistema reconheceu como estando na rota de colisão, o sistema vai calcular a melhor trajetória para desviar o carro e aplicar maior força na direção para garantir a trajetória perfeita e evitar a colisão, funcionando em dois momentos: no desviar do obstáculo, mas também em estabilizar o veículo. É uma espécie de teste do alce assistido. O condutor mantém sempre o controlo do carro e pode contrariar o sistema se assim o entender através do volante. O objetivo é que o ESA possa

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aumentar a capacidade de resposta ajudando o condutor a reagir de forma mais rápida e precisa. O AES automaticamente vira a direção e coloca o veículo na faixa ao lado para evitar a colisão com o objeto detetado. O ESA usa informação da câmara de vídeo e também dos sensores de radar para garantir uma imagem em tempo real e precisa da estrada, com um interface para a o sistema de direção elétrica (EPS). Este sistema, em conjugação com o sistema de Travagem Automática de Emergência faz com que, por exemplo, o sistema trave automaticamente quando reconhece um obstáculo à frente e há risco de colisão, mas se o condutor iniciar no volante a manobra para se desviar do obstáculo, o carro deixa de travar e aciona o assistente de viragem.

Este sistema foi desenvolvido pela TRW em parceria com a Universidade TU Dortmund e antecipa o que a tecnologia vai ser capaz de oferecer, de série para produção já a partir de 2017 em seis marcas diferentes, apesar de não ser pública a informação de quais são. Além deste, foram vários os sistemas testados, entre eles alguns que, além do conforto, acrescentam também segurança. É o caso do Encaixe Ativo do Cinto de Segurança (ABL) que, do lado do conforto, sobe o encaixe do cinto de segurança para que seja mais fácil encaixá-lo. Do lado da segurança, pode acrescentar o Controlo Ativo de Retrator (ACR) que, quando o sistema deteta uma situação crítica ativa os pré-tensores do cinto, baixando o encaixe

ENTREVISTAPETER AUSTEN

DIRETOR GLOBAL DE SISTEMAS DE ASSISTÊNCIA

À CONDUÇÃO DA TRW

A legislação limita muito o desenvolvimento destas novas tecnologias de assistência à condução?É restritiva quanto à condução autónoma, mas deixou de ser tão restritiva em relação à condução semiautónoma, onde se inserem todos os sistemas que experimentámos aqui hoje. Podemos ter a assistência de direção do Insignia já hoje em termos de legislação. O que a lei diz é que um condutor tem que continuar a ter a responsabilidade da condução e tem que ter as mãos no volante. O sistema não vai contra isso. A condução autónoma é mais restritiva e a linha entre uma e outra está no facto de o condutor ter ou não as mãos no volante e ter ou não ter os olhos na estrada.Mas estão preparados para a condução totalmente autónoma?Estamos a trabalhar nessa direção. Não acredito que ao dia de hoje alguém possa dizer que está preparado para o passo 6 que se prevê que seja aplicado lá para 2025, mas isso ainda está tão distante que não é seguro confirmá-lo. Mas aos dias de hoje nem sequer podemos avançar mais do que passo 3, por causa da legislação. Ainda tem que haver uma grande abertura ao nível da legislação, que vai demorar alguns anos. Porque isso vai implicar desresponsabilizar cada vez mais o condutor e isso é um passo gigante e que é preciso dá-lo com muita cautela. Com estes sistemas acha que é o melhor amigo ou pior inimigo das seguradoras?Diria que o melhor amigo. Muitas seguradoras estão já a praticar descontos para veículos segurados que tenham este tipo de sistema. E isso prova que gostam e concordam com estes

sistemas. O segundo ponto é que há uma evidência claríssima que a introdução deste tipo de sistemas reduz drasticamente os acidentes, a sua gravidade e as mortes na estrada e isso são custos para as seguradoras. Isso é numa vertente maxi, porque se olharmos para uma vertente micro, os acidentes mais comuns são as colisões por trás e este é também o tipo de acidentes mais fácil de evitar com estes sistemas. Este tipo de acidentes custam milhares e milhares de euros às seguradoras por ano. Hoje o ponto fulcral do desenvolvimento destas tecnologias é a segurança? Estes sistemas nasceram, boa parte deles, como uma proposta de conforto. Agora é muito acerca de segurança. Mas a melhor forma de ver esta questão hoje é que os construtores automóveis, em muitos casos, têm que instalar os sistemas de segurança para atingirem os padrões de segurança EURONCAP e fazem-no gratuitamente para quem compra o carro. Pela segurança as pessoas não pagam porque acreditam que tem que lá estar, mas pelo conforto estão dispostas a pagar. Este tipo de tecnologias são um grande desafio para o aftermarket. Como vai ser?A tecnologia moderna que estamos a desenvolver na TRW na direção, travagem e nos airbags, tem uma taxa de falhas de 2.4 por cada milhão de peças produzidas, o que é muito baixo. Por isso, a fiabilidade do que fazemos é grande e isso faz com que eu não quisesse estar no aftermarket nestes próximos tempos no que diz respeito a este tipo de sistemas. A única altura em que será preciso uma destas peças novas é quando se parte por um acidente e aí é substituído, porque todos estes sistemas vão durar a vida útil de um carro.

para baixo para que o corpo dos ocupantes fique “colado” às costas do assento, evitando lesões graves na zona abdominal. Do lado da assistência à condução destaque também para o sistema de Travagem de Emergência Automática que, até aos 40 km/h trava o carro de forma automática depois de o radar ou a câmara (ou ambos em conjunto, consoante o sistema escolhido pelo construtor automóvel) detetar um obstáculo (seja um carro, um caixote do lixo ou uma parede) e do condutor não reagir ao alerta sonoro dado pelo sistema. Por outro lado, o sistema pode também detetar peões que se atravessam à frente do carro – funcionando também até aos 40 km/h – e pode também detetar ciclistas e animais, usando o mesmo princípio de funcionamento.

1 A nova geração da câmara de vídeo, S-Cam3, oferece seis vezes maior capacidade de processamento face à anterior geração da câmara (chega em 2016); 2 O novo radar AC1000 passa a ter capacidade de monitorizar 360º em torno do carro; 3 A TRW desenvolveu a segunda geração do Safety Domain ECU (SDE) que será o cérebro de todas as funções da condução semiautónoma

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24 RAIO X

Ensaio de longa duração.Análise microscópicaDepois da segunda grande revisão fizemos a primeira radiografia aos injetores, uma operação feita pela ADAI em Coimbra.

TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO

Feita a segunda grande revisão já relatada na anterior edição da Turbo Oficina , o Renault Clio SportsTourer ficou pronto para a segunda metade

deste ensaio não sem antes passar pelo Instituto Politécnico de Leiria onde realizou vários testes de potência, a análise dos gases de escape bem como a prova de consumo de acordo com a norma europeia. De Leiria seguiu para Coimbra para repetir os testes de ruido e vibrações pela equipa da ADAI coordenada pelo engenheiro João Carrilho que seguiu a mesma metologia dos ensaios anteriores. Com a repetição deste teste pretendemos ver até que ponto há degradação dos parâmetros iniciais. A estadia em Coimbra ficou também marcada pela análise microscópica do estado dos injetores que apresentamos nesta edição. Estes foram retirados no concessionário da Renault em Lisboa e transportados até ao laboratórios da ADAI onde foram

fotografados por uma câmara microscópica. Este teste aos injetores permitiu ver até que ponto o combustível utilizado (Galp G Force) tem cumprido uma das suas funções que é a limpeza deste peça fundamental do sistema de alimentação de qualquer motor de injeção direta, para além da forma como ele é queimado, ainda que isso dependa de outros fatores nomeadamente estruturais como o número de orifícios ou da forma da câmara de combustão. Neste caso, os injetores utilizados têm sete orifícios para uma melhor atomização do combustível. Hoje está cientificamente comprovado que quanto maior for a atomização melhor é o rendimento do motor com vantagens para o consumo e para as emissões. Com o aumento do número de orifícios diminuiu o seu diâmetro. É por essa circunstância que a limpeza que o combustível tem de manter através de aditivos especiais é de enorme importância.

Aquilo que podemos comprovar da análise agora feita é que, ao fim de 30 mil quilómetros, o G Force da Galp tem cumprido bem essa função fundamental. Os resíduos carbonosos à volta dos orifícios são perfeitamente normais em todos os injetores enquanto a sua cor revela uma queima eficiente. De salientar que a média de consumo aumentou um pouco, passando para os 6,2 litros, o que representa um desvio de 2,5 litros em relação ao que a Renault indica, devido ao aumento da velocidade média que passou para os 97 km/h por termos feito mais auto-estrada nos últimos 1000 Km.De realçar que os custos de manutenção se mantêm dentro dos valores recomendados pela marca, com tendência até para uma certa redução por não ter sido necessário mudar alguns elementos como o filtro de ar do motor.

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62 TURBO OFICINA | JULHO 2014

25 radar

Consultoria. Planificação e desenho de uma oficinaA construção ou o redesenho de uma oficina de carroçaria e pintura implica riscos, ao juntar um compromisso a longo prazo e um investimento de capital importante. Neste tipo de projetos o êxito começa com uma boa planificação.

distribuir a área de receção e atendimento ao cliente?”A este respeito, podemos dizer que não existe um desenho de oficina universal, mas podem seguir-se uma série de diretrizes que permitirão encontrar esse ponto ótimo de equilíbrio entre os objetivos da oficina e as possíveis limitações que se apresentarão (físicas, de orçamento, etc). Um erro que

Quando se toma uma decisão com estas características, a primeira dúvida que surge ao proprietário é qual será a distribuição e o

equipamento ideal para maximizar a eficiência e a rentabilidade. A partir daí, surgem uma série de incertezas: “onde deve ficar a área de pintura?”, “quantos postos de preparação são necessários?”, “como

RADAR5

acontece com frequência é acreditar que mais equipamento e mais metros quadrados garantem, automaticamente, um maior lucro. Estes elementos podem aumentar a capacidade da oficina, mas aumentam também os custos gerais e os custos de exploração. Eficiência e rentabilidade são em função da capacidade física da oficina e da posterior gestão que seja aplicada, sendo

TEXTO FRANCISCO J. ALFONSO PEÑA PARCERIA

Page 63: Turbo Oficina 026

JULHO 2014 | TURBO OFICINA 63

que ambas devem ser tidas em conta desde o início.

POR ONDE COMEÇAR?O primeiro passo será contar com um plano de viabilidade, que garanta uma visão mais clara e objetiva de todos os campos do projeto e que nos permita conhecer os aspetos críticos e avaliar as possibilidades de investimento. Trata-se de uma ferramenta que nos ajudará a avaliar se esta iniciativa económica tem possibilidades de sustentar-se no tempo e vai facilitar a tomada de decisões.Neste plano devem avaliar-se uma série de questões: análise de mercado, estratégia de negócio e objetivos empresariais da oficina.

ANÁLISE DE MERCADODispor da informação relevante sobre os elementos essenciais que caracterizam o mercado: clientes (procura), concorrência (oferta) e fatores externos. Isso implica uma combinação sensata de dados locais, estatísticas, valores empíricos e tendências previsíveis. Estabelecer o potencial de mercado é necessário para determinar o volume de negócio e, com isso, o tamanho da oficina:

Dimensões da área de captação de clientes;

Volume de população; Densidade de veículos; Número de matrículas; Necessidades de reparação

e sinistralidade; Concorrência existente e seus serviços; Tendências de mercado.

UM ERRO FREQUENTE É ACREDITAR QUE MAIS EQUIPAMENTO E MAIS METROS QUADRADOS GARANTEM AUTOMATICAMENTE MAIOR LUCRO

O DESENHO DEFINE TAMBÉM OS PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E ESTILO DE GESTÃO

ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOO objetivo centra-se em como se vai posicionar a empresa no longo prazo, estabelecer planos e definir prioridades, recursos e meios:

Definição do perfil do cliente: cliente privado, seguradoras, empresas de renting, etc;

Estratégia de uso: reparação e pintura, oficina independente, multimarca, franchising, etc;

Atividades futuras do negócio: extensão dos serviços a atividades paralelas que prometem bons retornos, como pintura de motos, veículos comerciais ligeiros, venda de peças, etc.;

Decisão sobre o objetivo de crescimento:

quota de mercado alcançável e possível ampliações da oficina;

Seleção de equipamentos e tecnologia mais eficiente;

Possibilidade de associações e estratégias comerciais comuns.

OBJETIVOS EMPRESARIAIS DA OFICINAPara concluir esta fase, definir os objetivos empresariais da oficina permitirá determinar que postos de trabalho são necessários e com que nível de equipamento:

Reparação-tipo a realizar; Volume de reparações; Pessoal; Horas disponíveis.

DAR FORMA À OFICINAUma vez estabelecido o plano de viabilidade, é o momento de analisar as questões relacionadas com o desenho e a estrutura da oficina.

Postos de trabalho e equipamentoUma vez definido o volume de reparações e o pessoal para realizá-las, é necessário definir o número e o nível de equipamento dos postos de trabalho. Um bom começo é determinar o tipo e o número de cabinas de pintura, pois isso definirá a capacidade para garantir trabalho. Quantas oficinas

Área de consultoria para Oficinas do Cesvimap

O QUE FAZ O CESVIMAP?

LAYOUT E PLANOS DE DISTRIBUIÇÃO

ESTUDO DO MERCADO E ANÁLISE DE VIABILIDADE

PROJEÇÃO ECONÓMICA PARA

OS PRIMEIROS ANOS DE

FUNCIONAMENTO

PESSOAL: ESTRUTURA

E PERFIS

SUPERFÍCIES DE OCUPAÇÃO.

DISTRIBUIÇÃO E DIMENSIONAMENTO

INSTALAÇÕES GERAIS

SELEÇÃO DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTO

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64 TURBO OFICINA | JULHO 2014

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conhecemos em que este ponto se revelou um dos problemas típicos? Os postos de preparação têm que estar equilibrados com as cabinas de pintura e, se a isto juntarmos a sala de misturas, teremos uma primeira ideia do que necessitamos na zona de pintura. Na zona de carroçaria é fundamental traçar uma diferenciação entre os postos gerais de reparação e os destinados às bancadas para reparações estruturais. Os seus requisitos e necessidades são diferentes. Chegados a este ponto, parece que existe

uma inclinação natural para planificar tantos postos de trabalho como nos permita o espaço disponível nas instalações. Contudo, estamos a falar de postos de trabalho que têm que oferecer ao operário espaço suficiente à volta do carro pra trabalhar com segurança, assim como para o equipamento e para as peças. No seu dimensionamento podem tomar-se como referência valores empíricos existentes e aqueles postos que podem necessitar de obras mais profundas (bancadas, área de preparação, cabina de pintura) têm que ser desenhados para o equipamento concreto que se vai instalar.

Fluxos de trabalhoO desenho de uma oficina não consiste apenas em como acomodar a bancada ou a cabina de pintura dentro de quatro paredes; trata-se também de definir os

procedimentos de trabalho e o estilo de gestão; ou seja, como se vai desenrolar o fluxo de trabalho dentro da oficina, desde que o carro entra até que seja devolvido ao cliente, depois de reparado.Nada aumenta mais a eficiência da oficina do que fluxos de trabalho bem desenhados, com os quais é possível otimizar os ciclos de tempo. Todo o movimento desnecessário de um veículo é tempo perdido.

Distribuição em planta ou layoutO layout ou a distribuição em planta da oficina é um elemento que definirá o que vai ser a oficina, com todas as suas mais-valias e inconvenientes. Tendo claros os critérios anteriores, trata-se de montar o puzzle. Há que considerar que todas as alterações no tamanho ou ocupação de uma dessas peças do puzzle podem ter um efeito dominó e perturbar toda a distribuição.Além de como instalar os postos de trabalho, há que ter em conta os corredores de acesso e as zonas comuns. Colocar os postos de trabalho perpendiculares às paredes oferece o máximo aproveitamento do espaço, mas também requer maior dimensão nos corredores para aceder a eles. Se os postos se distribuem com uma determinada inclinação, teremos a situação oposta. Em resumo, trata-se de encontrar o equilíbrio entre os postos de trabalho e a sua funcionalidade.

OUTROS FATORES A CONSIDERARPara um desenho adequado da oficina, devemos considerar também:

Instalação elétrica e de ar comprimido adequadas;

Equipamentos como as cabinas de pintura precisam da instalação de chaminés;

As condições de iluminação são muito importantes, em especial nos trabalhos de pintura. Não é comum que um operário se queixe do excesso de iluminação;

Ruído que se pode produzir para, caso necessário, planear um isolamento adequado;

Necessidades de lugares de estacionamento para veículos à espera de reparação ou reparados e para os próprios clientes;

Zona para armazenar as peças, os materiais e as peças desmontadas à espera de voltarem a ser montadas nos veículos;

Zona para atender os clientes, assim como os que esperam para ser atendidos;

Exterior e fachada atrativos para dar uma boa primeira impressão.Tudo isto terá sempre que ser feito de acordo com a legislação vigente, nomeadamente no que diz respeito também às questões de higiene e segurança no trabalho e também às questões ambientais. A área de consultoria do Cesvimap criou um software de gestão para garantir a maior rentabilidade às oficinas.

EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE SÃO CALCULADOS EM FUNÇÃO DA CAPACIDADE FÍSICA DA OFICINA E DA POSTERIOR GESTÃO

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JULHO 2014 | TURBO OFICINA 65

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal) em parceria com a CA Seguros (Grupo Crédito Agrícola) lançou, para os associados, um seguro “específico” de responsabilidade civil empresarial, que protege qualquer produto ou serviço (que tenha corrido menos bem) e que cause um dano em determinado bem do cliente.

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ACAP. Seguro de assistência à reparação para todas as oficinas

Q ualquer oficina (de mecânica, chapa ou pneus) deve ter o tradicional seguro multirriscos, que protege de um incêndio ou de uma outra situação

anómala. Este seguro não protege, contudo, algo que corra menos bem com o serviço que foi prestado ou com a produto em si (por exemplo, uma peça), pois não é um produto pensado para essa finalidade. Depois de um ano de trabalho, nomeadamente por insistência da Comissão de Retalhistas de Pneus da ACAP, e mais concretamente do seu responsável Pedro Nascimento, foi agora assinado um protocolo entre a ACAP e a CA Seguros, que passa pela disponibilização a todos os associados (embora seja muito direcionado para oficinas e casas de pneus) de um seguro de responsabilidade civil, que funciona como um “seguro de assistência à reparação”.Apesar de não ter ainda oficialmente este nome, este seguro vem ao encontro de uma lacuna que sempre existiu nas oficinas em geral, pois visa dar cobertura a qualquer problema decorrente de um produto ou de uma assistência à reparação ou manutenção que tenha corrido menos bem (seja na montagem de uma peça, um pneu, ou outro qualquer componente).

SEGUROEste produto agora desenvolvido pela CA Seguros, é um normal seguro de responsabilidade civil empresarial, mas que tem em vista a particularidade das atividades

TEXTO PAULO HOMEM

dos associados da ACAP para os quais foram desenvolvidos um leque de capitais a segurar e de garantia de capitais, em função da dimensão do negócio de cada associado. Existem assim três planos de capitais a segurar (de 100.000 a 500.000 euros) com prémios anuais distintos, podendo cada oficina contratar aquele que esteja mais de acordo com as suas necessidades de serviço (ver tabela).Como se disse, este seguro de responsabilidade civil empresarial garante danos causados a terceiros pelo exercício de uma determinada atividade. Existe uma cobertura base, uma outra cobertura para

bem confiados e outra cobertura para erros e omissões de funcionários.As vantagens para qualquer associado de contratar este seguro são diversas, começando pela segurança de ter um produto que possa cobrir algo que corra menos bem com o veículo do cliente, mas para o cliente que deixa o seu carro numa oficina (que tenha este seguro) é também um fator de segurança para ele.Este “seguro de assistência à reparação” pode ser subscrito por qualquer associado da ACAP em qualquer dos mais de 800 balcões do Crédito Agrícola espalhados por todo o país.

CONTACTOSACAP

TELEFONE 213 035 300

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.acap.pt

COBERTURA BASE DANOS EM BENS CONFIADOS ERROS/OMISSÕES DE FUNCIONÁRIOS PRÉMIO ANUAL

Plano 1 100.000€ 100.000€ 30.000€ 211,33

Plano 2 250.000€ 250.000€ 30.000€ 300,04

Plano 3 500.000€ 500.000€ 30.000€ 372,89

TABELA SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL ACAP/CA SEGUROS

Condições especiais: Duas (2) estações de serviço / oficinas de reparação de veículo; Dez (10) bem confiados; Franquia (10%), mínimo de 250€ até máximo de 1000€

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66 TURBO OFICINA | JULHO 2014

Pela 11.ª vez a rede ExpressGlass reuniu-se para realizar a sua tradicional convenção anual, numa altura crítica para o negócio do retalho de vidro a nível nacional. Apesar dos bons indicadores, exige-se mais e melhor à rede.

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ExpressGlass. Fazer mais e melhor

Os desafios para os operadores de vidro automóvel em Portugal são enormes. Não se pode dizer que o cenário é negro, mas já teve melhores

dias e as razões são diversas.Em primeiro lugar porque a pressão das seguradoras é cada vez maior ao nível do preço, com uma redução significativa, registada nos últimos 2 anos.O parque automóvel circulante também tem vindo não só a ficar cada vez mais velho, mas pior que isso é que não tem havido substituição do mesmo (têm-se vindo a vender poucos automóveis novos). Estima a ExpressGlass que a frota circulante caiu mais de 30% nos últimos 5 anos em Portugal, e o cenário é que essa tendência continue nos próximos anos, isto é, o número de carros que vão ficar parados será superior ao número de carros novos que entram em circulação.O número de quilómetros percorridos por automóvel também tem vindo a cair,

TEXTO PAULO HOMEM

portanto o risco de quebra de um vidro é obviamente cada vez menor.Um factor também importante é que, no negócio do vidro em Portugal, apareceu em 2014 mais uma player, aumentando para cinco o número de operadores a disputar os mesmos clientes.“Mais dificuldades económicas, menos carros na estrada e que andam menos quilómetros, mais concorrência e maior pressão no preço. Apesar deste cenário negativo a ExpressGlass conseguiu crescer em termos efetivos, nos primeiros cinco

meses de 2014, cerca de 12% face ao período homólogo de 2013, o que é absolutamente fantástico” refere Júlio Rodrigues, Administrador do grupo Nors, adiantando que isso traduz apenas uma situação: “ganhámos quota de mercado”.Por esta razão, o responsável da empresa, refere que “o que conta na realidade para este resultado é que somos realmente melhores que os outros. Neste mercado o importante não é sermos os maiores mas sim os melhores. Haver mais concorrência não é necessariamente mau, é sim mais uma oportunidade de podermos demonstrar que somos os melhores”.

COMERCIALClaramente apostada na diferenciação, a ExpressGlass tem vindo a investir fortemente na área comercial. A empresa tem investido em recursos humanos que estão cada vez mais ativos no terreno na captação e angariação de clientes para toda a

CONTACTOSEXPRESSGLASS

ADMINISTRADOR JÚLIO RODRIGUES

DIRETORA EXECUTIVA JOANA MARQUES

TELEFONE 808 211 690

WEBSITE www.expressglass.pt

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vidro que fornece a rede ExpressGlass, tem havido uma dinâmica comercial muito forte, “concentrando mais o número de fornecedores e, também por essa via, comprando melhor, o que se traduz num ganho para a rede”, assegura o mesmo responsável, reforçando que também se investiu muito na qualidade do produto, atendendo a que na ExpressGlass apenas se utiliza vidro de fabricantes de primeiro equipamento.

SERVIÇOS ADICIONAISSem abdicar da sua especialização na área do vidro, vender produtos e serviços adicionais é uma estratégia da rede ExpressGlass. Aplicação de películas, polimento de faróis, gravação de matrículas, substituição de escovas são serviços que a rede já faz, como passou também recente a disponibilizar um Kit Auto, que mais não é do que um conjunto de produtos Car Care e de conveniência que poderão ser comercializadas ao cliente final.Foi também dinamizado, através de um protocolo entre a ExpressGlass e a Atlantic Car Wash, um serviço de lavagem automóvel ecológico, já que não utiliza água. O objetivo é que os centros da ExpressGlass possam vir a dinamizar este serviço aos clientes finais, tendo sido feitas demonstrações no decorrer desta convenção.

rede, nomeadamente clientes com frotas (e outros), já que a ExpressGlass tem acordos com 100% do mercado das seguradoras, canal através do qual realiza cerca de 80% dos seus serviços.“O mais importante de tudo é a relação que cada um de nós desenvolve com os nossos clientes, sejam eles mediadores sejam clientes finais, e por isso não podemos ficar apenas à espera que o cliente entre pela porta dentro. Teremos que ser, cada um dos aderentes, ativos na busca de mais clientes. Teremos que estar incessantemente a procurar de novos clientes”, afirma Júlio Rodrigues reforçando a importância do desenvolvimento comercial numa estrutura como a da ExpressGlass.Para além do investimento na área comercial, outra forte aposta que a ExpressGlass pretende fazer é na reparação de vidros. É uma área em que os aderentes da rede estão a ser incentivados a investir mais, por razões que se prendem com a rentabilidade, com a diversificação de serviço, com a especialização e com a relação comercial com as seguradoras. “A reparação não só incrementa a nossa especialização em vidro, como tem um impacto muito positivo na eficiência da operação e na rentabilidade das lojas”, afirma Júlio Rodrigues.Também na Axial, empresa grossista de

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DESAFIO TÉCNICOA ExpressGlass desenvolveu, pela segunda vez, o Desafio Técnico. Primeiro numa fase regional, onde foram apurados os finalistas, com as provas finais a terem lugar na XI Convenção Anual. Os cinco finalistas presentes tiveram que realizar duas provas distintas, uma de reparação de vidro e outra de substituição.Diego Reis, do Serviço Móvel de Reparação, foi o vencedor, seguido por Paulo Parente, da ExpressGlass de Viana do Castelo, Rui Barata da ExpressGlass de Beja, Eduardo Ferreira do Serviço Móvel de Leiria e Pedro Pereira, da ExpressGlass do Porto Marquês.Também no decorrer da Convenção foram atribuídas distinções a diversas lojas e pessoas que se destacaram no ano 2013 na rede ExpressGlass. As profissionais distinguidas foram Maria João Catarino (Gestor de sinistros do ano) e Carla Gonçalves (Promotor comercial do ano). Na classificação da melhor loja da rede ExpressGlass em 2013, destaque para as três primeiras classificadas, que foram Loja Norteshopping (1º classificado), Loja de Porto Alto (2º classificado) e Loja da Covilhã (3º classificado).

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68 TURBO OFICINA | JULHO 2014

Iluminação. Instalação de luzes xénon e full LEDUma melhor iluminação aumenta a segurança mas antes de atualizar o sistema de iluminação do carro há que conhecer as condições técnicas a respeitar.

TEXTO MIGUEL A. CASTILLO

Ainstalação de dispositivos de iluminação em automóveis está regulamentada pelo regulamento CEPE/ONU nº48. Nesse regulamento,

estabelecem-se, entre outros, os requisitos dos faróis médios e máximos. Estabelece-se também a visibilidade que esses faróis devem apresentar, assim como a orientação horizontal de cada um deles e a inclinação vertical da linha de corte dos faróis médios.

Talvez a maior particularidade que podemos encontrar no Regulamento nº48 seja que para os faróis médios se estabelecem os níveis de exigência em função do fluxo luminoso da lâmpada. Se este fluxo superar os 2000 lumen, requer-se a instalação de dispositivos de limpeza dos faróis e não se permite a utilização de dispositivos de regulação da inclinação do eixo de acionamento manual. Uma lâmpada de halogénio H7 de 55W

homologada segundo o regulamento CEPE/ONU nº37 pode ter um fluxo luminoso em torno dos 1500 lumen. Uma lâmpada de xénon homologada de 35W, segundo o regulamento CEPE/ONU nº99 pode ter um fluxo luminoso superior a 2800 lumen. Esta diferença no fluxo luminoso emitido por cada tipo de lâmpada marca a diferença na aplicação do Regulamento nº48. As lâmpadas de xénon, ao superar os 2000 lumen, necessitam da

PARCERIA

Os dispositivos de limpeza são necessários para um fluxo superior a 2000 lumen

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JULHO 2014 | TURBO OFICINA 69

instalação de dispositivos de limpeza e nivelamento automáticos.Os dispositivos de iluminação equipados com lâmpadas de incandescência devem reger-se pelos critérios estabelecidos no regulamento CEPE/ONU nº 112, o qual define o perfil de distribuição das luzes médias e máximas e diversas especificações para os dispositivos equipados com lentes de plástico. Num dispositivo homologado segundo o regulamento nº112 a marca de homologação mais frequente que podemos encontrar são as letras “HC”, “HR” ou “HCR”.Para os dispositivos equipados com lâmpadas de descarga (xénon) os requisitos que devem cumprir estão descritos no regulamento CEPE/ONU 98. Neste regulamento coloca-se especial cuidado em garantir que as lentes de

OS DISPOSITIVOS DE LIMPEZA DEVEM ESTAR HOMOLOGADOS SEGUNDO O REGULAMENTO CEPE/ONU Nº45

plástico não sejam deterioradas pela radiação UV emitida pelas lâmpadas de descarga. Dado que o foco de radiação das lâmpadas de descarga é geometricamente distinto do das lâmpadas de incandescência, não é possível misturar este tipo de lâmpadas, pois as luzes do veículo não cumprirão com os requisitos de segurança para os restantes utilizadores da via. Num dispositivo homologado segundo o regulamento nº98 a marca de homologação mais frequente que podemos encontrar são as letras “DC”, “DR” e “DCR”.Os dispositivos de iluminação full led, nos quais as lâmpadas de incandescência são substituídas por várias lâmpadas led, estão destinados a substituir os dispositivos atuais. A principal vantagem deste tipo de dispositivos está na poupança de energia

Na imagem da esquerda mostra-se a linha de corte de eixo de cruzamento de um dispositivo de iluminação homologado segundo o regulamento CEPE/ONU nº112 e equipado com a correspondente lâmpada de incandescência. Na imagem da direita mostra-se a linha de corte do mesmo dispositivo no qual se instalou uma lâmpada de xénon. Esta linha de corte não cumpre os requisitos exigidos e não se pode garantir que o veículo não encandeia os condutores dos veículos que circulam em sentido contrário.

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70 TURBO OFICINA | JULHO 2014

que permitem e que, logicamente, se traduz num menor consumo de combustível. Os requisitos a cumprir pelos dispositivos de iluminação full led estão regulamentados pelo mesmo regulamento que regula os dispositivos de incandescência, o regulamento CEPE/ONU 112. As marcas de homologação são semelhantes às correspondentes aos dispositivos equipados com lâmpadas de incandescência.Para os dispositivos full led, o regulamento 48 estabelece a necessidade de instalar dispositivos de limpeza apenas se o fluxo luminoso superar os 2000 lumen, mas o dispositivo nivelador é imprescindível, independentemente do fluxo luminoso.Os dispositivos de limpeza necessários no caso de as lâmpadas médias superarem os 2000 lumen devem garantir também um mínimo de segurança. Devem estar homologados cumprindo os requisitos do regulamento CEPE/ONU nº45, segundo o qual o dispositivo de limpeza deve limpar o eixo

25 radar

de cruzamento e de forma opcional o eixo da estrada. De uma maneira geral, confirma-se se estes dispositivos se mantêm operacionais em condições extremas de temperatura (entre -35 e +80 graus C) e também depois de o líquido de limpeza ter congelado. Quando estão em funcionamento não devem gerar sombra excessiva nem ocupar mais de 20 por cento da superfície iluminante no eixo de cruzamento, para além terem de funcionar à velocidade máxima do veículo ou, pelo menos, até aos 130 km/h.Quanto ao depósito do líquido de limpeza, este deve ter capacidade suficiente para pelo menos 50 ciclos de limpeza dos faróis e, se for utilizado o mesmo depósito para a lavagem de faróis e de vidros, deve ter capacidade para, pelo menos, mais um litro. O funcionamento dos lava-faróis pode ser automático ou ativar-se, pelo menos, num ciclo de limpeza ao acionarem-se os lava-para-brisas e se as luzes estiverem acesas. Os dispositivos de limpeza devem ainda garantir uma eficácia de limpeza de 70 por cento. Isto significa que, depois de realizar um ciclo de limpeza, o dispositivo de iluminação deve recuperar 70 por cento da sua capacidade de iluminação inicial. O mais importante deste regulamento é que as caraterísticas do dispositivo de limpeza (pressão e caudal, número de expressores, distância de projeção…) estão associadas às caraterísticas do farol e do veículo e os resultados não são extrapoláveis para outros

faróis ou veículos. Assim, o dispositivo lava-faróis instalado deve corresponder ao farol que equipa o veículo. A instalação do dispositivo de limpeza obriga, na maioria das situações, a substituir também o para-choques, pois é nele que é fixado. Finalmente, falta-nos analisar a necessidade de regular de forma automática o eixo de iluminação quando se superam os 2000 lumen. Com o objetivo de evitar encandeamentos aos condutores que circulam em sentido contrário, é necessário regular o eixo de luz de forma que, independentemente da carga (ocupantes e bagagem) que o veículo transporta, o eixo de iluminação permaneça constante. Isto consegue-se instalando um sensor no eixo dianteiro e outro no eixo traseiro, de forma a informar uma centralina eletrónica que determina quando é necessário atuar sobre a regulação dos faróis. Este sistema de medição da inclinação do veículo evita ambiguidades devido à circulação em vias com pendente. Os sensores e a centralina devem assegurar que se cumprem os requisitos estabelecidos no regulamento R48 para todas as combinações de carga estabelecidas.Tudo o que foi descrito nas linhas anteriores corresponde a um breve resumo dos requisitos a cumprir pelas luzes de xénon e full led, mas em cada aplicação particular devem sempre e cada um dos regulamentos aplicáveis.

COM O OBJETIVO DE EVITAR ENCANDEAMENTOS AOS CONDUTORES QUE CIRCULAM EM SENTIDO CONTRÁRIO

Lava-faróis homologados segundo o regulamento CEPE/ONU n.º 45

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72 TURBO OFICINA | JULHO 2014

26 reparação

Distribuição. Sistema vitalÉ um dos sistemas mais importantes na mecânica e, mesmo para os mais experientes, é importante ter sempre a teoria atualizada para pô-la em prática sem erros.

Sabe qual o tipo de distribuição do veiculo a intervir? Esta pergunta que pode ser feita a vários técnicos, pois a população em geral não

saberá responder e para isso é preciso dar esta informação o mais detalhada, dado o custo da intervenção e a importância deste sistema. Hoje em dia, com a variedade de marcas e diferentes tipos de motor, existem várias formas de distribuição, embora tenham o mesmo fim, o seu funcionamento e material na qual as peças são construídas são diferentes. Para os técnicos, dada a importância deste sistema, é relativamente fácil acertar na resposta quer pela prática quer pelos meios de informação disponibilizados pelas marcas ou outros.As correias são o tipo mais comum de acionamento dos componentes que intervém na distribuição. Fabricadas num material flexível, normalmente feito de camadas

Cada fabricante tem o seu tipo de perfil de correia para melhor se adaptarem ao perfil das polias do motor.Como peça de desgaste as correias têm que ser substituídas, variando o período/quilometragem de intervenção com aspetos técnicos como temperatura, regime, localização, posição das polias e roletes tensores, vãos e a sua própria composição e por estas razões é importante o acompanhamento e visualização do estado da correia em cada revisão, apesar de poder estar dentro do período preconizado para a sua duração.Algumas correias já são banhadas em óleo num processo muito idêntico às correntes. A tampa de distribuição é estanque estando a polia da cambota banhada em óleo e isto ajuda na durabilidade da correia não a deixando ressequir prematuramente, sendo estas feitas com um composto resistente ao óleo, diferentes das ditas “normais”, pouco resistentes a este produto.As correias têm como vantagem o menor ruído em trabalho, tal como o menor custo de substituição, porém comparada com as distribuições metálicas (corrente ou carretos) têm que ser substituídas mais frequentemente e, quando estão no fim de vida, não demonstram sinais a não ser visuais do seu estado não fazendo qualquer ruído antes de rebentarem.As correntes de distribuição são um pouco mais caras em caso de substituição mas temos que ter em atenção que a vida útil de uma corrente é superior às correias, podendo durar a vida útil do motor, precisando de pouca manutenção, estando sempre em contacto com o óleo. As ligas metálicas que estão na sua composição são mais resistentes ao desgaste e a esforços extremos. Quando se desgastam em excesso, o seu diagnóstico é fácil pois começam a fazer barulho sendo esta uma das vantagens em relação às correias. Como consequência este desgaste pode causar atrasos no ponto do motor pois ganham muita folga baixando assim o rendimento do motor tendo uma relação direta com o tamanho das correntes.Cumprir as características do óleo é de elevada importância para qualquer motor, tendo particular importância nos motores

de lonas e borracha vulcanizada. Alguns motores já utilizam correias com ligas de metal. Novos desenvolvimentos de motores recaem principalmente na cabeça e aí a distribuição tem um papel preponderante, exigindo do técnico um cuidado acrescido na intervenção.

TEXTO PEDRO NUNES*

* FORMADOR DA AMBIMOTORS

Desgaste lateral

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com distribuição por corrente (ou correntes) pois a tensão apicada é efetuada por força hidráulica, daí a importância do lubrificante e das suas características.Os carretos são os menos utilizados no sistema de distribuição. Poucos são os motores que utilizam este tipo de distribuição, sobretudo pelo peso e custos de produção, embora sejam estes que apresentam menores problemas mecânicos porque apresentam menor desgaste e, por conseguinte, menos folgas, não atrasando o ponto do motor obtendo sempre um rendimento máximo. Este sistema não precisa de qualquer manutenção pois pode durar a vida útil do motor sem problemas

VERIFICAÇÕES E MANUTENÇÃO Em caso de dúvida sobre o tipo de utilização da viatura, é aconselhado a escolha do tipo de condução severa, que normalmente encurta o período da sua substituição, como é o caso dos táxis; veículos porta-a-porta; veículo com utilização permanente de reboque; utilização em pequenas viagens com o motor a frio ou até mesmo condução em altas velocidades devem ser tomadas em conta na altura da substituição. Deve-se verificar sempre se existem danos nas correias como:- Desgaste lateral (dano nas polias ou desalinhamento das mesmas ou tensores);- Desgaste nos dentes e falhas (tensão incorrecta ou travamento);- Falhas na correia (Polia com desgaste ou temperatura excessiva no motor)Podem ainda ocorrer danos graves na correia e, consequentemente, no motor por mau manuseamento na montagem ou armazenamento da correia.Procurando estes sintomas de envelhecimento e desgaste natural protege-se sempre o cliente de surpresas desagradáveis e dispendiosas.Na substituição de uma correia/corrente de distribuição deve-se ter em atenção o manual

de reparação da marca ou outro para o procedimento de substituição ser o correto, utilizando os pontos de sinalização do ponto do motor originais, não os alterando ou danificando - tal como o seu sentido de rotação e tensão. Em caso de contaminação com óleo, combustível, água ou outros solventes, estes podem provocar danos na correia e assim procede-se de imediato à sua substituição.

Para limpar a correia usa-se uma escova de pelo macio sem torcer ou virar ao contrário pois danifica a sua estrutura e diminui a sua vida útil. Embora os custos destas intervenções sejam altos, torna-se baixo quando temos em conta a reparação do motor em caso de falha deste sistema. Por isso, é importante informar os clientes para este facto e recomendar a sua substituição como preconizado.

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PARCERIA

Falhas na correiaDesgaste nos dentes e falhas

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26 reparação

Fiabilidade. Nissan Qashqai 1.5 dCi AcentaCinco notas positivas em oito é a avaliação da Dekra para o Nissan Qashqai. Em Portugal, onde continua a ser muito procurado no mercado de usados, uma versão 1.5 dCi diesel com cinco anos pode custar 12 050 euros.

Chegou em 2007 e foi uma verdadeira pedrada no charco. A Nissan desistia da berlina tradicional e preenchia o espaço do Almera com um SUV que

teve aceitação surpreendente por parte dos europeus. O Qashqai tornou-se um êxito, uma moda e obrigou os construtores generalistas a olharem de outro modo para o que era então um nicho de mercado pouco representativo. Foi a afirmação do conceito crossover.O Qashqai teve um grande aliado desde o início, que foi o motor diesel de origem Renault, já que o “pequeno” 1.5 dCi, então ainda com 106 CV, permitia preços concorrenciais para um diesel, a oferta mais desejada entre nós. A isso, a marca nipónica juntou um pacote de equipamento muito razoável a tornar o Qasqhqai ainda mais apetecível.O sucesso permitiu mesmo que a Nissan lançasse uma versão de sete lugares, o Qashqai+2, entretanto descontinuado e “substituído” pelo novo X-Trail, lançado pouco depois da segunda geração do Qashqai, já à venda em Portugal, muito melhorado e elogiado.No mercado de usados, o Qashqai é um modelo com bastante procura. Um modelo

de 2009, com nível de equipamento Acenta, versão intermédia, está avaliado em 12 050€ (custava novo 25 700€).Aerodinâmica, motor e acessibilidade foram sempre os pontos fracos do Qashqai, a juntar aos reparos quanto à largura do banco traseiro. Conforto, comportamento e relação preço /equipamento os pontos fortes de um carro que não tem grande historial de problemas. Há registo de terem merecido atenção os primeiros

1.5 dCi, mais tarde de ter sido necessário “mexer” no ESP e, por fim, de problemas na direção numa série reduzida de veículos.

TRÊS NÚMEROS VERMELHOSPara a Dekra, conceituada empresa de análise do setor automóvel cujos dados a TURBO OFICINA utiliza, o Qashqai merece números vermelhos em três dois oito parâmetros de avaliação – sistema de travagem; sistema elétrico, eletrónica e luzes; e defeitos consideráveis (quadro ao lado).Aconselha os potenciais compradores a terem em atenção, no imprescindível “test drive” antes da decisão de compra, a possibilidade de se notarem ruídos ao nível do eixo traseiro, o que será sinal da necessidade da mudança dos amortecedores.Nos carros na casa dos 50 mil quilómetros convém ter em atenção o estado dos discos dos travões, frequentemente em mau estado.Devem ter em atenção igualmente o funcionamento das luzes, sobretudo a resposta dos máximos, suscetível de dar problemas.No que respeita ao motor, a avaliação é a melhor de todas face aos valores médios do segmento – mais de 50% acima da média.

PARCERIA

DEFEITOS DE MONTAGEM MÉDIA SEG. 1.5 DCI ACENTA

CHASSIS/DIREÇÃO 8.9 8.2

MOTOR/AMBIENTE 9.2 4,4

CARROÇARIA/ESTRUTURA/INTERIOR 2,1 1.3

SISTEMA DE TRAVAGEM 12.5 13.2

PARTE ELÉTRICA/ELETRÓNICA/LUZES 23.4 26.1

AVALIAÇÃO GERAL

DEFEITOS NÃO RELEVANTES 70% 71.1%

PEQUENOS DEFEITOS 14.7% 12,3%

DEFEITOS CONSIDERÁVEIS 15.3% 16.6%

ÍNDICE DEKRA

Os resultados apresentados refletem as conclusões principais de um estudo sobre a fiabilidade das diferentes marcas e modelos que a Dekra Internacional realiza todos os anos em diversos mercados europeus

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JULHO 2014 | TURBO OFICINA 75

Ultrapassada alguma desconfiança inicial por ser uma marca coreana, a Kia (a par da Hyundai) conseguiu ir ganhando mercado em Portugal,

com uma imagem cada vez mais forte de fiabilidade, muito graças aos 7 anos de garantia. Com preços atrativos na compra, fomos ver se os valores de manutenção programada para um período de 48 meses ou 120 mil quilómetros também estão em linha com esta política.A maior fatia da manutenção fica a cargo das peças de desgaste. As pastilhas da frente são responsáveis por um valor de 557,32 euros para quatro unidades, seguidas pelas escovas limpa para-brisas da frente (297,84 euros), pelos discos da frente (288,08 euros), pelos discos de trás (201,80 euros) e pelas pastilhas traseiras (185,64 euros). A estes valores é preciso juntar apenas 100 euros para uma carga do ar condicionado. A fatia seguinte fica a cargo dos pneus, na medida 205/55R16H nesta versão 1.6 CRDI

Manutenção. Kia Cee’d SW 1.6 CRDiEste mês analisamos os valores da manutenção programada de uma carrinha que, com o tempo, foi ganhando mercado em Portugal: a Kia Cee’d.

POTÊNCIA (CV) 128

CILINDRADA (CC) 1582

EURONCAP

CO2 116

TRANSMISSÃO MANUAL

CAIXA DE VELOCIDADES 6 VELOCIDADES

CARROÇARIA CARRINHA

VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES

REVISÕES 960,50 €

MÃO-DE-OBRA 249,48 € [6,6]

ÓLEO 291,50 € [4]

CAPACIDADE DO CARTER (LITROS) 5,3

TIPO DE ÓLEO SEMI-SINTÉTICO

FILTRO DE ÓLEO 58,80 € [4]

FILTRO DE AR 48,04 € [2]

FILTRO DE PÓLEN 167,20 € [4]

FILTRO DE COMBUSTÍVEL 145,48 € [4]

VELAS - € [0]

DESGASTE 1.689,72 €

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS FRENTE 297,84 € [4]

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS TRAS 59,04 € [2]

PASTILHAS FRENTE 557,32 € [4]

PASTILHAS TRAS 185,64 € [2]

DISCOS FRENTE 288,08 € [1]

DISCOS TRAS 201,80 € [1]

LIQUIDO DE TRAVÃO - € [0]

EMBRAIAGEM - € [0]

CARGA AR CONDICIONADO 100,00 € [1]

ESCAPE - € [0]

BATERIA - € [0]

AMORTECEDOR FRENTE - € [0]

AMORTECEDOR TRAS - € [0]

BOMBA AGUA - € [0]

FILTRO PARTICULAS - € [0]

TAREFAS EXTRA - € [0]

AVARIAS - € [0]

ELÉCTRICAS - € [0]

TOTAL - € [0]

PNEUS 1.365,78 €

PNEUS FRENTE 205/55R16H

PNEUS TRÁS 205/55R16H

PNEUS 1.219,18 € [10]

ALINHAMENTO DE DIRECÇÃO 45,00 € [3]

EQUILIBRAGEM 76,60 € [10]

VÁLVULA 25,00 € [10]

OUTROS 495,99 €

IPO 27,00 €

INFLAÇÃO 468,99 €

AJUSTES - €

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

TOTAL 4.511,99 €

/100 KMS 3,76 €

COMBUSTÍVEL - €

* VALORES SEM IVA

PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA

MARCA, MODELO E VERSÃO PRAZO/ QUILOMETRAGEM CARACTERÍSTICAS VEÍCULO

KIACED0113A: KIA CEED SW 1.6 CRDI 128 ISG MORE 5P 48/120000

PARCERIA

de 128 CV. O custo total é de 1219,18 euros para 10 unidades, a que é preciso depois somar 76,60 euros das 10 equilibragens, 45 euros dos três alinhamentos de direção e 25 euros das 10 válvulas. As revisões chegam em terceiro lugar nos patamares de custos, com um total de 960,50 euros. O valor mais alto, como é normal, é o do óleo semi-sintético (291,50 euros) para quatro trocas, cada uma delas a consumir 5,3 litros. A mão-de-obra (6,6 horas) representam 249,48 euros na fatura. É necessário acrescentar mais quatro parcelas: 4 filtros de pólen (167,20 euros); 4 filtros de combustível (145,48 euros); 4 filtros de óleo (58,80 euros); e 2 filtros de ar (48,04 euros). Contas feitas, a carrinha Kia Cee´d tem um custo de 4511,99 euros de manutenção programada para 48 meses ou 120 mil quilómetros, valor que representa 3,76 euros por cada 100 quilómetros percorridos. O valor está em média com os rivais do segmento.

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76 TURBO OFICINA | JULHO 2014

26 reparação

Veneporte. Homologação de catalisadoresA Veneporte, ao potenciar a sua produção ao nível dos sistemas de controlo de emissões (catalisadores e filtros de partículas), pretende assumir-se como um dos principais fabricantes de todos os componentes do sistema de escape e ao mesmo tempo, contribuir de forma positiva e responsável para a melhoria da saúde pública e sustentabilidade do ecossistema.

Afilosofia de desenvolvimento e produção da Veneporte é, sempre que possível, definida à imagem dos produtos de origem, cumprindo com

todos os requisitos legais impostos pela regulamentação.

HOMOLOGAÇÃOComo podemos reconhecer se um Conversor Catalítico é ou não homologado?Para saber se um conversor catalítico está ou não homologado, temos que ter em consideração as diretivas em vigor. Após homologação, o respetivo código deverá estar sempre marcado na parte inferior da box do conversor catalítico, de acordo com a correta posição de montabilidade no veículo e deve ser conferido, quer pelo proprietário, quer pelos centros de inspeção técnica. CONVERSORES CATALÍTICOS HOMOLOGADOS VS NÃO HOMOLOGADOSTodos os fabricantes e instaladores de conversores catalíticos têm a obrigação de fornecer o respetivo certificado de homologação. A responsabilidade da montagem de produtos não homologados é do instalador podendo implicar, também, responsabilidade ao próprio utilizador.

Não é permitida (são proibidos e ilegais) na União Europeia a instalação de conversores catalíticos não homologados.

CONVERSORES CATALÍTICOS NÃO HOMOLOGADOS

Uma contrapressão errada poderá produzir fugas de hidrocarbonetos não queimados e oxigénio, podendo causar a fusão do conversor catalítico, provocando a sua deterioração e em muitas situações ruído;

A contrapressão incorreta provoca situações de perda de combustível e oxigénio em cada ciclo de admissão e consequentemente, perda de força do próprio veículo.

A contrapressão incorreta também produz fuga dos hidrocarbonetos não queimados, o que origina que uma parte dos gases de escape não estão a ser transformados, permanecendo poluentes e enviados para a atmosfera neste estado, com impacto negativo para a saúde humana.

A instalação de produtos não homologados está sujeita, nos diferentes países, a coimas elevadas. A responsabilidade de instalação de produtos não homologados recai sobre o instalador.

Os conversores catalíticos de substituição para veículos automóveis devem seguir as disposições uniformes presentes no Regulamento 103 da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), relativas à sua homologação.Todas as marcações de números de homologação são padrão, o que significa, que a sua disposição, posição e tamanho devem seguir sempre um critério específico estabelecido nas respetivas diretivas e não podem ser alterados.Esta marcação permite identificar quais os conversores catalíticos que estão corretamente homologados.

CONVERSORES CATALÍTICOS HOMOLOGADOS A contrapressão e o nível de ruído são

idênticos ao do Equipamento Original (OEM/OES);

A contrapressão correta é importante para o bom desempenho do motor;

Respeitam os requisitos ao nível dos valores de emissões padrão exigido pela União Europeia;

Permitirá uma maior durabilidade das componentes do sistema e do próprio motor;

O consumo de combustível será semelhante ao especificado pela própria marca;

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78 TURBO OFICINA | JULHO 2014

Continental. A ciência ao serviço do desenvolvimentoA TURBO OFICINA foi a Hannover, Alemanha, conhecer a nova gama Conti.eContact da Continental que passa a equipar alguns dos mais importantes veículos híbridos do parque automóvel.

Num ambiente diversificado, pudemos apreciar as qualidades do Conti.eContact, que passa a partir de agora a equipar veículos híbridos como o Opel

Ampera, o BMW 5 ActiveHybrid, o Lexus LS 600h e o Porsche Cayenne S Hybrid, bem como todos os outros SUV híbridos.

NA ESTRADAA Continental preparou um trajeto nos arredores de Hannover, para que os jornalistas tivessem uma perceção real de quais os predicados do Conti.eContact. No percurso efetuado, recorremos ao Lexus LS 600h e ao Opel Ampera e constatámos que o ruído proveniente do rodado dos pneus era praticamente inexistente em ambos os casos,

o que torna a utilização do Conti.eContact um verdadeiro prazer. Graças ao recurso da tecnologia apelidada de “Green Chili”, o composto de sílica de novo Conti.eContact para veículos híbridos é produzido de tal forma que o atrito interno das partículas de enchimento e os polímeros é menor do que nos compostos de borracha convencionais, o que reduz consideravelmente o ruído. Também a tecnologia designada como “ContiSilent”, que consiste no uso de uma fina camada de espuma de poliuretano fixa ao piso do pneu, reduz as vibrações que são geradas quando o pneu está em movimento e que são posteriormente transmitidas ao chassis, reduzindo, assim, ainda mais o nível de ruído no habitáculo de cada veículo.

NA PISTA DA CONTINENTALNo programa da visita, seguiram-se algumas iniciativas dinâmicas no chamado Contidrom, o principal centro de testes da Continental, que está diretamente ligado ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da casa alemã.

Premium Wet Performance:Utilizando o BMW Série 3, um carro já com 14 anos, os técnicos da Continental dotaram-no com os novos pneus ContiPremiumContact 5 e convidaram os jornalistas a rodarem num traçado molhado artificialmente, de modo a que se pudesse testar as qualidades do novo produto em condições de chuva ou fraca aderência. Apesar de haver locais onde a água era abundante, a verdade é que os novos pneus

TEXTO TIAGO CARVALHO ALVES EM HANNOVER

8pneus

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JULHO 2014 | TURBO OFICINA 79

cumpriram a sua função na perfeição. Para se poder estabelecer um termo de comparação, a Continental levou de seguida os mesmos condutores a sentarem-se nos BMW Série 1 de 2010, mas com os antigos pneus de 2000, os Premium Contact, de modo a que se pudesse criar um juízo de valor do desenvolvimento do produto num período de 10 anos e comparar diferentes comportamentos. Com os pneus mostrados há 10 anos e com um carro relativamente recente, as “atravessadelas” sucederam-se com alguma frequência, com um ou outro susto no horizonte.

Tyre Pressure Monitoring Systems:Algo tão simples como a pressão correta dos pneus pode influenciar de forma tão acentuada o comportamento de qualquer veículo. Para comprovar isso mesmo, a Continental montou um esquema bastante simples, mas eficaz. Utilizando dois BMW diferentes, os condutores tinham que rodar a cerca de 60 km/h numa reta e sem travar, virar repentinamente para a esquerda e seguir em frente, sem tocar nos pinos. Se à primeira análise esta parecia ser uma tarefa fácil de realizar, a verdade é que um dos carros tinha a pressão incorreta nos pneus traseiros, o que fazia com que este atravessasse facilmente a traseira. Com o veículo com a pressão correta, esta operação era facilmente ultrapassada.

A PERFORMANCE PURA E DURAQue a “competição apura a raça”, disso ninguém tem a menor dúvida e talvez por essa mesma razão a Continental tenha deixado “o melhor para o fim.” Guiar o Mercedes-Benz A45 AMG, o Porsche Macan S e o Audi S3 em situações de ritmo mais desenvolto e utilizando os ContiSport Contact 5P, mostrou que esta proposta – apesar de ampla – uma vez que tanto serve na perfeição para veículos desportivos, como para um SUV com uma utilização mais desportiva, é uma oferta amplamente válida.

TESTES E MAIS TESTESSe até aqui tudo o que fizéramos tinha sido no plano essencialmente prático, a etapa,

denominada de “Automated Indoor Braking Analyzer” não deixa de ser menos fascinante, apesar de aqui não haver praticamente mão humana. Inaugurado em 2002, o AIBA foi um passo em frente no que se refere à tecnologia de testes e simulações e até aos dias de hoje é o único centro de travagem “indoor” existente no mundo.Aqui realizam-se os mais exigentes testes automatizados, sendo possível testar qualquer coisa como cerca de 100.000 pneus durante um ano, independentemente das condições climatéricas que se sintam em Hannover. Ao todo podem ser utilizados cinco diferentes tipos de piso, sob as mais diversificadas condições atmosféricas, sendo que este quadro pode ser alterado numa questão de minutos.Para ter uma ideia mais aproximada do que se trata, imagine lançar de forma totalmente controlada e monitorizada, um automóvel numa pista com 300 metros de extensão a uma velocidade que pode oscilar entre os 0 e os 120 Km/h. Aqui o objetivo é claramente simular as mais variadas condições, como a temperatura do piso, temperatura do ambiente, piso molhado ou seco, gelo, etc. Graças à tecnologia empregue neste sistema, é possível controlar “indoor” as forças de travagem, bem como o desgaste dos pneus que existe no momento compreendido entre o ponto de travagem

inicial e o momento em que o carro fica completamente imobilizado.

MUITO PARA ALÉM DE PNEUSApesar da Continental ser hoje em dia reconhecida como um dos maiores fabricantes de pneus do mundo, a marca preocupa-se igualmente com “tudo o que está por trás do pneu”. O aftermarket passa pela filosofia da Continental. Afinal de contas, se o automóvel é uma mistura de componentes interligados, não basta somente produzir um deles, não efetuando mais nenhuma outra relação. Por entre os componentes fabricados pela Continental para o mercado de componentes contam-se inúmeros itens, como os travões de cerâmica, as válvulas de controlo de pressão, suspensões, máquinas específicas para lidar com os seus produtos, entre outros. Naturalmente que a Continental oferece o seu “know-how” aos seus clientes, ministrando-lhes cursos de formação e atualização de conhecimentos nesta área. Atualmente, o Centro de Treino de Frankfurt na Alemanha é aquele que conhece maior movimento. Com a obrigatoriedade de todos os fabricantes automóveis passarem a vender os seus veículos com o sistema monitorizado de controlo de pressão de pneus a partir de Novembro deste ano, a Continental antecipa-se assim a uma nova fase da história do automóvel.

O CONTI.ECONTACT PASSA A EQUIPAR VEÍCULOS HÍBRIDOS COMO O OPEL AMPERA, O BMW 5 ACTIVEHYBRID, O LEXUS LS 600H E O PORSCHE CAYENNE S HYBRID

CONTACTOSCONTINENTAL

TELEFONE 252 499 234

E.MAIL N.D.

INTERNET www.continental.pt

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80 TURBO OFICINA | JULHO 2014

Michelin.

A Michelin tem cinco gamas de pneus que permitem equipar todos os SUV do mercado. A mais recente unidade a entrar para este lote é o Latitude Sport 3, um pneu 100% para asfalto.

TEXTO PAULO HOMEM

Em 2009 os SUV representavam 1,2 milhões de unidades na Europa, mas em 2016 irão atingir cerca de 2,5 milhões. Mais de 65% dos SUV

vendidos serão do segmento C (tipo Nissan Qashqai). São os pneus de 17 e 18 polegadas que mais têm crescido neste segmento, enquanto as jantes 15 /16 têm vindo a perder importância.Sabendo bem da importância deste segmento, a Michelin apresentou a terceira geração de pneus para SUV destinado ao uso em estrada, que designou por Latitude Sport 3.A segurança foi um dos fatores em que a Michelin mais trabalhou neste novo pneu. O seu desenvolvimento permite travar 2,7 metros antes, em solo molhado, que a geração anterior (Latitude Sport 2). A estas performances, o pneu adiciona duração e contribui para a redução do consumo de combustível dos veículos.Para obter estes resultados o novo com o Latitude Sport 3 possui um inovador composto do piso, que tem uma largura de desenho 10% superior (escoa melhor a

água), a nervura central do piso melhora a condução em momentos de travagem ou de aceleração, a tela dupla (apenas em algumas versões) aumenta a robustez de um pneu para ser usado apenas em estrada, entre outros pequenos avanços que evitam, por exemplo, uma grande deformação do pneu.No seu primeiro ano de comercialização, o novo pneu comercializa-se em 28 dimensões/referências diferentes para poder equipar o maior número de SUV possíveis, que já estão em circulação ou que vão sair brevemente das fábricas. O campo dimensional nesta fase inclui medidas para jantes 18, 19 e 20

polegadas (entre 235/55 a 295/40), que estão disponíveis para o mercado de substituição. HOMOLOGAÇÕESTendo iniciado agora a sua comercialização na Europa, o Latitude Sport 3 já foi homologado para diversos SUV, com destaque para o Porsche Macan, cuja venda na Europa começou em abril, já vindo equipado de série com os novos Michelin em jante 18, 20 e 21 polegadas.A BMW, para o seu X5, e a Volvo, para o seu XC 90, também já vêm equipados de série com o novo pneu Michelin Latitude Sport 3 nas três dimensões especificadas.Refira-se que a Michelin beneficia da experiência adquirida nos últimos 12 anos na construção de pneus para SUV, desenvolvidos especialmente em estreita colaboração com a Porsche.

28 pneus

Oferta completa para SUV

CONTACTOSMICHELIN ESPAÑA PORTUGAL, S.A.

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WEBSITE www.michelin.pt

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JULHO 2014 | TURBO OFICINA 81

Firestone. Início de uma nova faseA Bridgestone nunca abdicou da qualidade de construção dos pneus Firestone. Porém, a marca estava esquecida na Europa mas a partir do lançamento do novo Destination HP, a marca vai passar a ter uma nova vida.

TEXTO PAULO HOMEM EM VALÊNCIA

Amarca Firestone passou largos anos na sombra da toda poderosa Bridgestone, fabricante à qual pertence. Agora os responsáveis

da Bridgestone Europe querem dar-lhe muito mais visibilidade e renovar o seu posicionamento, como uma marca jovem mas detentora de uma história centenária.O pontapé de saída foi o lançamento do pneu para SUV e crossovers urbanos, o Destination HP, num evento de vários dias que levou a Valência, em Espanha, aos retalhistas e à imprensa europeia.Em ambiente descontraído, o lema “Freedom to Drive” (Liberdade para Conduzir) foi o mote da apresentação do Destination HP, onde foram percorridas todo o tipo de percursos (cidade, estrada, auto-estrada, terra, testes em pista seca e molhada) precisamente para mostrar a versatilidade deste novo produto da Firestone.

DESTINATION HPConsiderado como produto emblemático pela Firestone, o novo Destination HP vai competir num dos segmentos de mercado em maior expansão na Europa na área dos pneus, que é o segmento dos SUV. O Destination HP possui uma aparência desportiva ao nível do piso, muito semelhante ao Firehank SZ90u (o pneu mais desportivo da Firestone), ao qual foram adicionadas outras características para o segmentar como pneu para SUV, nomeadamente a maior altura do pneu, um tipo de construção que dá prioridade ao conforto de rolamento, maior quilometragem e, muito importante, um desenvolvimento técnico que lhe permite ser o melhor do segmento no que diz respeito à aderência em piso molhado, certificado com a etiqueta de classificação B Euro na aderência em piso molhado, o que acontece nas cinco medidas do Destination HP introduzidas no mercado em 2014.Nesta fase de lançamento, o Destination HP está disponível em jante de 15, 16 e 17 polegadas, com um campo dimensional que vai de 215 a 245 que, no fundo, são as 12 mais importantes medidas de pneus para SUV,

CONTACTOSBRIDGESTONE PORTUGAL, LDA.

TELEFONE 212 307 350

WEBSITE www.firestone.pt

estando previsto o lançamento de mais nove medidas em Setembro de 2014.É intenção dos responsáveis da Bridgestone fazer crescer as vendas na Europa com a Firestone, embora em mercados como o português esta marca tenha uma penetração bem superior à média na Europa. Para além de uma série de produtos de merchandising que a marca terá disponível para o retalho (e para os clientes), a Firestone vai lançar, ainda em 2014, um novo website e vai apostar muito na comunicação e na publicidade para garantir mais visibilidade para a marca.Dispondo de uma gama já suficientemente

completa para veículos ligeiros e comerciais ligeiros (que agora foi reforçada com o Destination HP), também faz parte da estratégia o lançamento de três novos pneus na Europa, destacando-se um pneu para todas as estações.

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82 TURBO OFICINA | JULHO 2014

O Requisitos para atividade de transformação GPL

Nessa circunstância, importa ver, do ponto de vista legal, quais os requisitos e formalismos prévios que têm de ser verificados antes que uma oficina

possa prestar esse serviço.O regime jurídico para a utilização e instalação de GPL e GN, está consagrado na Lei 13/2013 de 31 de Janeiro, que determina no seu artigo 7.º os grupos profissionais relativos às actividades de fabrico, adaptação e reparação de automóveis movidos a GPL e GN, a saber: (a) Mecânico de auto/gás e (b) Técnico de auto/gás.Ao mecânico de auto/gás compete executar o fabrico, adaptação e reparação dos diversos componentes dos sistemas de GPL e GN, assim como a afinação dos motores dos veículos automóveis ao passo que ao técnico de auto/gás compete controlar a execução material das actividades de fabrico, adaptação e reparação de automóveis movidos a GPL e GN, assim como verificar os materiais e componentes utilizados e o cumprimento das normas regulamentares. Compete ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP (IMT), regular o exercício daqueles grupos profissionais, cabendo-lhe, entre outras, a atribuição de conferir os respectivos títulos profissionais, atribuição essa que, no entanto, pode ser delegada em organismos e associações terceiras que detenham conhecimentos técnicos nessa área.Os interessados em obter título profissional para o exercício da actividade de mecânico de auto/gás devem reunir os seguintes requisitos: (a) Possuir formação adequada na área da mecânica ou mecatrónica automóvel, designadamente através de: (1). Curso de mecânica ou mecatrónica automóvel, constante do Catálogo Nacional de Qualificações da Agência Nacional para a Qualificação, I. P.; (2) devem deter certificação profissional obtida em processo de reconhecimento, validação e certificação de competências, de mecânica ou mecatrónica automóvel; (3) Outra formação adequada na área da mecânica ou mecatrónica automóvel, aceite por despacho

do presidente do conselho directivo do IMT, I. P. e (4) Experiência superior a três anos em mecânica automóvel demonstrada através da apresentação de curriculum vitae, acompanhado por declaração das respectivas entidades empregadoras que corrobore a experiência desenvolvida. Por fim, verificados todos os requisitos anteriores, os candidatos terão ainda de frequentar, com aproveitamento, cursos de formação adequados à especialidade de mecânico de auto/gás.Por sua vez, os interessados em obter título profissional para o exercício da actividade de técnico de auto/gás devem cumprir os seguintes requisitos: (a) ter mais de 18 anos e (b) possuir a escolaridade mínima obrigatória ou certificação de competências que dê essa equivalência, devendo ainda ter formação adequada na área da mecânica ou mecatrónica automóvel, designadamente demonstrando ter um curso de mecânica ou mecatrónica automóvel, constante do Catálogo Nacional de Qualificações da Agência Nacional para a Qualificação, I. P.; Certificação profissional obtida em processo de reconhecimento, validação e certificação de competências, de mecânica ou mecatrónica automóvel; ter ainda outra formação adequada na área da mecânica ou mecatrónica automóvel, aceite por despacho do presidente do conselho directivo do IMT, I. P. e, por fim, devem ainda ter experiência superior a três anos em mecânica automóvel demonstrada através da apresentação de curriculum vitae, acompanhado por declaração das respectivas entidades empregadoras que corrobore a experiência desenvolvida. Verificados todos estes requisitos, tal como é exigido aos candidatos a mecânicos de auto/gás, os candidatos terão ainda de frequentar, com aproveitamento, cursos de formação adequados à especialidade de técnico de auto/gás.Os cursos de formação requeridos para a obtenção do título de mecânico ou técnico de auto/gás, devem ser obrigatoriamente reconhecidos pelo IMT, IP.

MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO

ADVOGADO

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações

específicas, por favor envie-nos um email para: [email protected] indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica.

opinião

Face ao actual contexto de crise, são muitos os que ponderam alargar os serviços que prestam à instalação de sistemas para a utilização do GPL (gases de petróleo liquefeito) e para o GN (gás natural comprimido e liquefeito) como combustível em veículos.

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