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Letchkov Ingresson

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Escala musical

Uma escala musical é 1) um grupo de notas musicais que derivam, em parte ou no todo, do material escrito de uma composição musical; 2) uma seqüência ordenada de tons pela freqüência vibratória de sons, (normalmente do som de freqüência mais baixa para o de freqüência mais alta), que consiste na manutenção de determinados intervalos entre as suas notas.

Em solfejo, as sílabas para representar as notas, de quaisquer escalas, são: Dó, Dó sustenido, Ré, Ré sustenido, Mi, Fá, Fá sustenido, Sol, Sol sustenido, Lá,Lá sustenido Si. Estas notas, no Mundo Anglo-Saxônico, são representadas pelas equivalentes seguintes letras: C, D, E, F, G, A, B, respectivamente, apesar de que, no solfejo, os anglo-saxônicos preferem usar números, substituindo as sílabas anteriormente mencionadas, por 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, embora possam também usar as sílabas em vez dos números. Similarmente, o acidente de sustenido adicionado a uma destas notas, e que adiciona meio tom na altura desta, é representado pelo símbolo "♯" na nomenclatura anglo-saxônica; enquanto o "bemol", adicionado a qualquer nota, e que diminui a altura do som da nota em meio tom, é representado pelo símbolo "♭" na nomenclatura anglo-saxônica.

História

A partir da descoberta de artefatos musicais pré-históricos, supõe-se que a primeira escala desenvolvida tenha sido a escala de cinco sons ou pentatônica, o que é confirmado pelo estudo de sociedades antigas encontradas contemporaneamente. Observando-se, no entanto, que a palavra "pentatônica" é, na verdade, substituída no vocabulário musical, pela palavra "pentafônica", uma vez que a primeira (pentatônica), remete à idéia de cinco notas tônicas em uma mesma escala ou tonalidade sonora musical, o que não é a verdade; e a segunda (pentafônica), refere-se, mais claramente, à escala ou tonalidade formada por cinco sons ou notas diferentes. As escalas de 7 notas foram prováveis desenvolvimentos da escala pentatônica e tem-se o registro de sua utilização pelos gregos, apesar de que qualquer tentativa de resgate da sonoridade dessas escalas tratar-se-á de exercício puramente especulativo.

A música grega morre junto com o Império Romano, deixando apenas uma nota de rodapé do que seria todo o sistema musical utilizado à época. O fato é que, com o surgimento do cristianismo, houve uma adoção dos ritos judaicos, e essa é a origem do que seria a música ocidental posterior. Na Idade Média, a elaboração de um sistema de escalas (vem do italiano e significa escada) levava em conta, não somente a nota fundamental do modo (fundamentalis), como também a chamada corda de recitação, que era a nota ao redor da qual a melodia se desenvolvia, sendo essa nota a mais utilizada na música. Essas escalas foram chamadas de modos eclesiásticos e compunham-se de quatro: protus, deuterus, tritus e tetrardus.

Esse sistema, chamado modal, não é um sistema totalmente definido; como há variação da corda de recitação entre duas músicas, elas podem estar dentro de um mesmo modo, mas se desenvolvem em direções diferentes, sendo reclassificadas aí, a depender do âmbito em que elas se desenvolveram, como estando no modo plagal ou autêntico.

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Além disso, a música poderia muito bem gravitar entre os modos, o que dificultaria a classificação exata sobre o modo em que ela está (ou em que modo começou, ou em que modo terminou).

Posteriormente, dois modos receberam a preferência dos compositores (o modo chamado jônico, ou tritus plagal, e o chamado eólio, ou protus plagal), sendo estes as origens das escalas diatônicas maior e menor: iniciava-se o período tonal da música.

A partir do temperamento da música, ocorrido no séc. XVIII, onde procurava-se dar os mesmos valores proporcionais aos intervalos da escala diatônica, surge uma nova escala, em que todas as notas têm o mesmo valor dentro desta: a escala cromática.

Com o segundo período do romantismo musical (romantismo nacionalista), fez-se necessária a incorporação de escalas exóticas nas quais as músicas de muitos países se baseavam. Às escalas ciganas, já conhecidas séculos antes, juntam-se escalas mozárabes, russas, eslavas, etc. Debussy incorpora a escala de tons inteiros, onde se divide a oitava em seis intervalos iguais de um tom, à música. Posteriormente, novas escalas surgiram, com a chamada música micro-tonal, além de incorporações de escalas antigas, como a indiana, que divide a oitava em 22 sons, e a escala nordestina brasileira, mistura dos modos lídio e mixolídio.

Tipos de Escalas

Na cultura ocidental as escalas mais utilizadas são :

Escala cromática Escala Maior Escala menor

Sendo que a Escala menor se divide em 3 :

Escala Menor Natural Escala Menor Harmônica Escala Menor Melódica

Grau (música)

Em teoria musical, o grau determina a posição de uma nota musical em relação à primeira nota da escala diatônica. Cada grau é representado por um número romano e recebe uma nome próprio, conforme o quadro a seguir:

Ordem Grau Nome

1º I Tônica

2º II Supertônica / Sobretônica

3º III Mediante

4º IV Subdominante

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5º V Dominante

6º VI Submediante / Superdominante / Sobredominante

7º VII Subtônica / Sensível

No caso da escala de dó maior a tônica é o dó, a supertônica é o ré, a mediante é o mi, a subdominante é o fá, a dominante é o sol, a superdominante é o lá e a Sensível é o si.

Os nomes dos graus geralmente são derivados das distâncias que mantêm com as outras notas. Desta forma, a supertônica (ou sobretônica) é o grau logo acima da tônica; a subdominante, o grau logo abaixo da dominante; a mediante, o grau intermediário (terça) entre a tônica e a dominante; a submediante (ou superdominante, ou ainda sobredominante), o grau intermediário (terça) entre a subdominante e a tônica da oitava superior. No caso do grau XVII, utilizam-se nomes específicos conforme o intervalo relativo à tônica superior: chama-se subtônica quando é de um tom (escala menor natural), e sensível, quando o intervalo é de semitom (escala maior, escala menor harmônica e escala menor melódica).

Escala cromática

Na música, a escala cromática é uma escala que contém 12 notas com intervalos de semitons entre elas.

Estrutura

Chamamos de cromática a escala de 12 sons criada pelos ocidentais através do estudo das frequências sonoras. A escala é formada pelas 7 notas padrão da escala diatônica acrescidas dos 5 tons intermediários.

Compreendendo

Para entendermos a escala cromática, podemos pegar o padrão da escala de dó maior e inserir os cinco sons existentes entre as notas que têm entre si o intervalo de um tom. No violão, basta seguir melodicamente casa por casa (semitom por semitom) até a 12 nota, a partir do que se repetirá a escala. No piano, tocamos todas as teclas (brancas e pretas, sem pular nenhuma) melodicamente. Esta escala serve de embasamento para alguns estilos musicais como a música serial, aleatória, dodecafônica e microtonal

Exemplos

A escala cromática possui um único formato, visto que utiliza os 12 sons da escala ocidental, portanto, nada influi (teoricamente) mudar a nota de início.

- Dó - Dó# - Ré - Ré# - Mi - Fá - Fá# - Sol - Sol# - Lá - Lá# - Si

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No caso da escala ser descendente, costuma-se bemolizar as notas:

- Si - Sib - Lá - Láb - Sol - Solb - Fá - Mi - Mib - Ré - Réb - Dó

Escala maior

Em música, escala maior é uma escala diatônica de sete notas em modo maior, um dos modos musicais utilizados atualmente na música tonal. A sequência de tons e semitons dessa escala obedece à seguinte ordem:

Tom - Tom - Semitom - Tom - Tom - Tom - Semitom

A partir da escala maior é que são formados os acordes maiores. A escala fundamental do modo maior é a escala de Dó maior, uma vez que a relação de intervalos desse modo pode ser obtida nesta escala sem a necessidade de nenhuma alteração de altura. Veja na figura abaixo as notas dessa escala e sua seqüência de intervalos na seqüência de intervalos:

dó ré mi fá sol lá si dóV V V V V V V

tom tom semitom tom tom tom semitom

Para formar escalas maiores iniciadas por outra nota é necessário acrescentar alterações de altura a algumas notas, a fim de manter a mesma seqüencia de intervalos. Em uma escala de Sol maior, por exemplo, para seguir estes intervalos, as notas serão:

Sol - lá - si - dó - ré - mi - fá# - sol. T T ST T T T ST

A nota fá não pode ser utilizada nesta sequência pois o intervalo entre mi e fá é de um semitom e entre fá e sol é de um tom. Para que a escala obedeça à ordem dos intervalos é preciso aumentar a nota fá em meio tom e torná-la um fá sustenido (fá#). Em outras escalas, para manter a relação de intervalos, é necessário reduzir a altura de algumas notas em meio tom (bemol). O ciclo das quintas define a ordem em que os sustenidos ou bemois são adicionados às escalas.

Lista com todas as escalas maiores:

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Escala menor

Em teoria musical, a escala menor é uma escala diatônica cujo terceiro grau (chamado mediante) está a um intervalo de terça menor (um tom e um semitom) acima da tônica. Ainda que alguns modos gregos antigos, como o modo dórico e o modo frígio possuam terças menores relativas à tônica, modernamente os músicos se referem a três tipos de escalas menores: a escala menor natural, a escala menor harmônica e a escala menor melódica, cada qual com uma distribuição específica dos intervalos restantes.

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Escala menor natural

Corresponde ao modo eólio antigo. Caracteriza-se pelo intervalo de um semitom entre o 2º e o 3º grau e também entre o 5º e 6º grau: 1tom, 2semitom, 3tom, 4tom, 5semitom, 6tom, 7tom

Escala menor harmônica

Apresenta a mesma estrutura da escala menor natural, exceto pelo 7º grau, que é aumentado em um semitom, construindo-se um intervalo de 2ª aumentada entre o 6º e o 7º grau da escala:

1tom, 2semitom, 3tom, 4tom, 5semitom, 6tom e meio, 7semitom

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O sétimo grau se torna sensível, apresentando uma atração tonal maior do que a da escala menor natural. A modificação dá à escala uma sonoridade oriental, e pode-se ouvir sua influência nos acordes meio-diminutos e nos acordes de sétima com nona bemol.

Como construir estas escalas?...repare... Exemplo: -Si menor (relativa maior: Ré maior)

Constrói-se a escala Si menor com os sustenidos de Ré Maior (FÁ# e DO#) e aumenta meio tom no 7º grau.

Escala Si Menor harmônicaSI DO# RE MI FA# SOL LA# SI-Ré menor (relativa maior:Fá Maior)-Mi menor (relativa maior:Sol Maior)

Depois, é só aumentar meio tom ao 7ºgrau.

OBS: Para achar a escala relativa menor abaixe um tom e meio da escala maior. Ex: Lá Maior, abaixe um tom e meio e encontrará sua relativa menor, FÁ# Menor.

Para achar a relativa maior basta aumentar um tom e meio: Ex: Sol menor, aumente um tom e meio e encontrará Sib Maior. Veja as Armadura da Clave.

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Escala menor melódica natural

Na escala menor melódica natural, além do 7º grau elevado em um semitom, a escala também eleva seu 6º grau em um semitom. Essa alteração é para facilitar o movimento melódico gerado entre o 6º e 7º graus da escala menor harmônica de 2ª aumentada. Sua forma é a seguinte:

1tom, 2semitom, 3tom, 4tom, 5tom, 6tom, 7semitom

Esta escala é utilizada em duas formas, uma ascendente e outra descendente, e ambas são herdadas da escala menor dita natural.

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Escala diatônica

Escala diatônica é uma escala de oito notas, com cinco intervalos de tons e dois intervalos de semitons entre as notas. Este padrão se repete a cada oitava nota numa seqüência tonal de qualquer escala. A escala diatônica é típica da música ocidental e concerne à fundação da tradição da música européia. As escalas modernas maior e menor são diatônicas, assim como todos os sete modos tonais utilizados atualmente.

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Histórico

As escalas que hoje em dia são conhecidas como escala maior e escala menor, na Era Medieval e na Renascença, eram apenas dois dos sete modos formados por cada escala diatônica iniciada a cada uma das sete notas de uma oitava---sendo a oitava nota numa escala a repetição da primeira nota, logicamente, uma oitava acima---. No início da Era da Música barroca, a noção musical de tonalidade estava estabelecida, baseada na idéia de um tríade central em vez de um tom central de cada modo. As escalas maiores e menores dominaram a música ocidental até o início do Século XX, parcialmente porque os seus intervalos são perfeitos para reforçar a idéia do tríade central. Alguns modos da Igreja sobreviveram até o início do Século XVIII, e até apareceram ocasionalmente durante a era clássica e novamente na música erudita do Século XX, e mais tarde no Jazz e em alguns Rock progressivos.

Usando as doze notas da escala cromática, originando em cada nota, podemos formar doze escalas maiores e doze escalas menores.

Teoria da Escala Diatônica

Todas as escalas musicais empregadas na música ocidental não passam de variantes da escala diatônica. Ela teve origem na antiga Grécia.

O sábio grego Pitágoras acreditava que tudo no universo está governado pelos números. Ele notou que, quando uma corda esticada é posta em vibração, ela produz um certo som. Se o comprimento da corda vibrante for reduzido à metade, um som mais agudo é produzido, que guarda uma relação muito interessante com o primeiro. Para entender melhor o que Pitágoras fez, vamos pensar na corda dó de uma viola ou violoncelo moderno. Quando submetida a uma certa tensão, se a corda vibra em toda a sua extensão, ela produz um som de uma certa frequência, que se convencionou chamar de dó. O instrumentista varia o comprimento da corda vibrante, pondo o dedo em certas posições na corda. O que Pitágoras fez foi dividir a corda segundo a sequência de

frações , , , . Assim foram obtidas as notas que hoje nós chamamos dó, sol, fá, mi.

Como a frequência do som produzido por uma corda vibrante é inversamente proporcional ao comprimento da corda, se atribuimos o valor 1 à frequência fundamental da corda, as frequências das outras notas que acabamos de obter resultam:

mi = , fá = , sol = .

Assim, as notas musicais são geradas a partir de relações de números simples com a frequência fundamental. Ao multiplicarmos a frequência de uma nota por 2, obtemos uma outra nota que recebe o mesmo nome da anterior. Se multiplicamos a frequência

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por , obtemos uma nota que guarda com a anterior uma relação harmônica tão interessante que ela recebe um nome especial: a dominante.

É claro que uma escala musical com só quatro notas como a que obtivemos acima é muito pobre, mas a verdade é que todas as notas musicais podem ser geradas a partir da dominante. Por exemplo, se quisermos saber qual é a dominante do mi, só precisamos

multiplicar a frequência do mi por :

* = ; obtivemos assim uma outra nota, que chamamos de si.

Se multiplicarmos a frequência do fá por obteremos a própria nota dó, provando assim

que a dominante do fá é dó: * = 2

Já sabemos que sol é a dominante de dó; para saber qual é a dominante do próprio sol,

fazemos * = . Obtemos então uma nota mais aguda que o segundo dó; dividindo sua frequência por 2 (para que ela fique na primeira gama que estamos tentando preencher),

* = - obtemos assim uma outra nota, que vamos chamar de ré.

Assim, seguindo o método acima, procurado achar a dominante de cada nota obtida (multiplicando sua frequência por 3/2), acabamos por obter a escala diatônica completa:

dó ré mi fá sol lá si dó

1 9/8 5/44/3

3/2

5/3 15/8 2

V V V V V V V

9/8

10/9

16/15 9/8 10/99/8

16/15

Percebemos que a dominante é o quinto grau da escala. Uma quinta acima do dó está o sol; uma quinta acima do sol está o ré; uma quinta acima do ré está o lá; assim, seguindo o ciclo das quintas, obtemos todas as notas da escala diatônica e retornamos ao dó.

Para sabermos em que ponto da corda dó o instrumentista deve pôr o dedo para obter as notas sucessivas da escala diatônica, basta olharmos a figura abaixo:

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Intervalos

O intervalo entre duas notas é definido da seguinte maneira: se a frequência de uma nota

é f1, e a da outra é f2, então o intervalo entre elas é a razão . Se esta razão for igual a 2, o intervalo é chamado de oitava justa. Outros intervalos também recebem nomes

especiais: = quinta justa, = quarta justa, = terça maior, = terça menor, = tom

maior, = tom menor, = semitom. O intervalo entre o tom maior e o tom menor, igual a 81/80, é chamado uma coma pitagórica, e é considerado o menor intervalo perceptível pelo ouvido humano.

Formação das escalas maiores

A escala que acabamos de obter também se chama a escala de dó maior. Se tivéssemos começado com a corda sol de um instrumento musical, e fizéssemos a mesmíssima divisão da corda que fizemos acima, obteríamos não mais a escala de dó maior, mas sim a escala de sol maior. A escala que criamos acima tem a seguinte distribuição de intervalos:

dó ré mi fá sol lá si dó

V V V V V V V

tom tom semitom tom tom tom semitom

Suponhamos que queremos formar uma escala que soe melodicamente igual à escala de dó maior, mas começando na nota sol.

sol lá si dó ré mi fá sol

V V V V V V V

tom tom semitom tom tom semitom tom

A escala acima não soa melodicamente igual à escala de dó maior, e é fácil ver porque. A distribuição dos semitons não é a mesma. Para que isto aconteça, uma nota da escala tem que ser alterada. Mais precisamente, o fá tem que subir um pouco para ficar mais próximo do sol e mais longe do mi. Ou seja: dizemos que o fá tem que virar fá

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sustenido. Resolvendo uma equação, acharemos facilmente que precisamos multiplicar a frequência desta nota por 25/24.

Definição: Sustenir uma nota é multiplicar sua frequência por 25/24.

Similarmente, se quisermos criar uma outra escala que soe melodicamente igual à escala de dó maior, mas começando na nota fá, veremos que teremos que alterar uma nota da escala. Mais precisamente, o si vai ter que virar si bemol.

Definição: Bemolizar uma nota é multiplicar sua frequência por 24/25.

Escala pentatônica

Denominam-se escalas pentatônicas, em música, ao conjunto de todas as escalas formadas por cinco notas ou tons. As mais usadas são as pentatônicas menores e as maiores, que podem ser ouvidas em estilos musicais como o blues, o rock e a música popular. Muitos músicos denominam-na simplesmente de penta.

História

Afirma-se que surgiu na China, por algum músico que reuniu as divisões melódicas propostas por Pitágoras,[1] que descobriu que, se uma corda gerava uma nota "x" e fosse dividida ao meio, geraria a mesma nota porém uma oitava acima, ou dividida em 3 gerando outro intervalo harmônico e assim sucessivamente[1]. Foi o início da harmonia na música.

A escala pentatônica organizada com as divisões em três propostas por Pitágoras, era gerada em seis intervalos distintos: si, dó, ré, mi, sol, lá. A proximidade da nota si para a nota dó era muita e, quando tocadas juntas, geravam uma "dissonância". Por essa razão foi retirada a nota si desta escala, sendo formada a escala de 5 tons.

Pentatônica maior

A escala pentatônica maior, mais usada, é aquela derivada da escala maior (ou jônica, iônica) quando tiramos o 4º e o 7º grau. Exemplo de escala pentatônica maior em Dó (C):

C D E G A (ou Dó Ré Mi Sol La) ⇒ repare que as as notas F (Fá) e B (Si) da escala maior natural foram suprimidas

T 2 3+ 5 6 ⇒ graus da escala

Obs: qualquer escala de 5 notas com a terça maior poderia ser considerada como uma pentatônica maior, porém esta é a forma mais comum.

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Pentatônica menor

O mesmo raciocínio feito para a construção da escala pentatônica maior pode ser feito para construir a pentatônica menor que é baseada na escala menor natural, porém sem o 2º e o 6º grau. Veja o exemplo de uma escala pentatônica menor em Dó (C):

C Eb F G Bb (ou Dó Mib Fa Sol Sib)

T b3 4 5 b7

Obs: qualquer escala de 5 notas com a terça menor poderia ser considerada uma pentatônica menor porém esta é a mais usada.

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Esta é a escala preferida pelos músicos de blues, rock e metal. Nela podemos incluir, ainda, uma sexta nota, no grau b5, também chamada de blue note, formando assim uma escala típica do blues.

Outras escalas pentatônicas

Como já foi dito, podemos montar escalas pentatônicas bastando, para isto, pegar 5 notas distintas quaisquer.

Pentas menores:C Eb F G Bb ⇒ penta menor com sonoridade próxima da escala menor de blues.C Eb F Ab Bb ⇒ penta menor com sonoridade próxima da escala frígiaC Db F G Bb ⇒ penta menor com sonoridade japonesaC Eb F G A ⇒ penta menor com sonoridade jazz

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C Eb F A Bb ⇒ penta menor com sonoridade alteradaPentas maioresC D E G A ⇒ penta maior com sonoridade próxima da escala maior naturalC D E G Bb ⇒ penta maior com sonoridade próxima da escala mixolídiaC D E Gb A ⇒ penta maior com sonoridade jazz ou lídio

Escala exótica

Em música, chamam-se escalas exóticas as escalas musicais que não obedecem à formação normal das escalas pentatônicas, diatônicas e cromáticas. Em geral são escalas microtonais, escalas diatônicas com alterações em um ou mais graus ou escalas produzidas artificialmente.

Principais Escalas Exóticas

Escala hexafônica (tons inteiros) Escala Cigana Escala Árabe Escala nordestina Lídio b7

Escala hexafônica

A escala hexafônica é uma maneira de organização melódica, formada por seis notas musicais, que não possui um formato absoluto de distribuição intervalar. Sua forma mais comum é a escala de tons inteiros, formada somente por intervalos de um tom entre as notas.

Descrição

A escala de tons inteiros forma-se, estabelecendo uma tônica e, sobre esta, mais cinco notas, respeitando o intervalo de um tom entre elas.

Exemplos

1. Partindo da tonalidade de dó maior:

dó - ré - mi - fá# - sol# - lá#

2. Partindo da tonalidade de sol:

sol - lá - si - dó# - ré# - mi#

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Outras formas

Pouco comuns, podem ocorrer outras formas de organização com seis notas, que, não tendo um padrão definido, ficam a critério do compositor. A título ilustrativo, damos algumas possibilidades:

1. Excluir a dominante (causa um efeito de menor tensão)

dó - ré - mi - fá - lá - si

2. Aleatório

sol - lá - si - dó - ré# - fá#

Escala cigana

A escala cigana é uma forma de organização melódica que ficou conhecida por esse nome devido ao fato de ser muito utilizada pelos ciganos. Ainda é muito usada na música erudita, sendo muitos os que abordaram seus formatos, como Brahms e Liszt. Esta abordagem é característica do estilo de composição adotado pelos compositores do período romântico, que se inspiravam nas sonoridades próprias dos povos dos seus países ou das regiões de origem destes compositores - por isso também se afirma que o romantismo é um período nacionalista. Franz Liszt, cujo nome original, Férenc, denota sua nacionalidade húngara, tinha convivido com a tradição dos povos ciganos presentes em seu país natal, que lhe inspiraram com suas tradições culturais e musicais. Também como ele, o compositor Zoltan Kodály (também de nacionalidade húngara, como Liszt) se inspirou nas sonoridades da tradição cigana para realizar as suas criações musicais.

Descrição

Trata-se de uma escala menor harmônica (escala menor húngara) com uma alteração ascendente de um semitom no IV grau. Além da sonoridade cigana e húngara, esta escala pode ser considerada como parte da família de escalas com sonoridade bizantina e pode ser usada para improvisos em acordes menores com a sétima maior, Cm(Maj7), ou em acordes dominantes alterados.

Exemplos

1. Partindo da tonalidade de Lá menor:

lá - sí - dó - ré# - mí - fá - sol#

2. Partindo da tonalidade de Sol menor:

sol - lá - síb - dó# - ré - míb - fá#

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Escala árabe

A escala árabe é uma maneira de organização melódica, formada por notas bem semelhantes à formação da escala diatônica ( maior e menor) . A escala árabe pode ser entendida também com maior ou menor . A escala árabe maior apresenta um alteração de um semiton abaixo no segundo grau e no sexto grau de sua escala . Ex: do - reb - mi - fa - sol - lab - si - do .

I IIb III IV V VIb VII VIII

(Podemos afirmar que a escala árabe maior, é uma escala diatônica maior com o II grau e o VI grau abaixados ) .

A escala árabe menor é semelhante à uma escala diatônca menor harmônica, com uma diferença do IV que é aumentado Ex: lá - si - do - re# - mi - fa- sol# - lá

I II III IV# V VI VII VIII

Escala nordestina

Escala nordestina é uma denominação popular para alguns tipos de escalas musicais comuns nos estilos musicais da Região Nordeste do Brasil. Visto que não se conhecem outras referências ao termo, na prática, ele pode representar três escalas distintas, duas modais em seu formato moderno e uma exótica.

Determinações

Na grande maioria dos casos, ao usar o termo escala nordestina, busca-se caracterizar o modo mixolídio. Algumas exceções aplicam tal denominação ao modo dórico (que pode ser visto, nos estilos nordestinos, como uma forma menor da escala mixolídia) ou ainda, a escala conhecida como Lídio b7 (pronuncia-se lídio bemol 7, ou lídio bemol, ou mesmo lídio com sétima menor), sendo que qualquer uma das referências está correta (por tratar-se de formas populares para designar tais escalas).

Mixolídio

Altamente empregado na música nordestina, o modo é comum no baião, nos frevos, e em diversos outros estilos desta região.

Exemplo de escala mixolídia:

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Exemplo de melodia em mixolídio moderno:

Dórico

O dórico caracteriza-se por ser um modo cuja tônica forma um acorde menor com sétima menor, por este motivo, popularmente, este modo pode ser visto como um "mixolídio menor".

Exemplo de escala no modo dórico:

Lídio b7

Uma escala exótica formada através do modo lídio, onde diminui-se a sensível em um semitom formando a partir da sétima maior original, uma sétima menor. Este sistema é pouco aplicado na prática mas vem ganhando destaque especialmente com os guitarristas atuais da região (que parecem usar bem a forma).

Aparentemente, a determinação "lídio com sétima bemol" é uma classificação oriunda do jazz ou da bossa-nova pouco comum nos métodos musicais brasileiros.

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Exemplo de escala em lídio b7:

Exemplo de melodia em lídio b7:

Lídio b7

A escala musical conhecida como lídio b7 (pronuncia-se lídio bemol 7, ou lídio com sétima menor ou ainda lídio com sétima bemol), é uma maneira de organização melódica dos sons.

Descrição

Também chamada popularmente de escala nordestina, a lídio b7 deriva do modo lídio e possui alteração descendente de um semitom no sétimo grau (sensível). Sua formação intervalar é a seguinte:

- T - T - T - st - T - T - st - T (onde T = tom e st = semitom)

Exemplos

1. Partindo da tônica dó (dó lídio b7):

dó - ré - mí - fá# - sol - lá - síb

2. Partindo da tônica sol (sol lídio b7):

sol - lá - sí - dó# - ré - mí - fá

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Música microtonal

Música microtonal é a música que usa microtons — intervalos de menos do que um semitom, ou como Charles Ives declarou, as "notas entre as rachaduras" do piano.

Terminologia

O termo música microtonal refere-se a qualquer música cuja afinação não é baseada nos semitons com temperamento igual, tais como:

ocidental entonação justa música indonésia música gamelan música clássica indiana

Um termo alternativo cobrindo explicitamente tais possibilidades seria: música xen-harmônica.

Escalas microtonais que são tocadas contiguamente são cromaticamente microtonais. Aquelas que não são tocadas contiguamente utilizam os diversos timbres contíguos como versões alternativas de intervalos maiores (Burns, 1999).

História

O compositor italiano do renascimento e teórico Nicola Vicentino (1511-1576) [1] experimentou com micro-intervalos e construiu, por exemplo, um teclado com 36 teclas para a oitava, conhecido como arquicímbalo. Contudo, os experimentos de Vicentino foram, em primeira instância, motivados por sua pesquisa (como ele a via) no antigo tipo de música grego chamado de genus, e por seu desejo de contar com intervalos acusticamente puros dentro de composições cromáticas.

Quando experimentava com seu violino em 1895, Julián Carrillo(1875-1965)[2] descobriu a décima-sexta parte de um tom, ou seja, dezesseis sons nitidamente diferentes entre os tons Sol e Lá, emitidos pela quarta corda do violino. Ele designou sua descoberta como “Sonido 13” (o décimo-terceiro som). Julián Carrillo reformulou as teorias e a física da música. Ele inventou uma notação musical numérica simples, que pode representar escalas baseadas em qualquer divisão da oitava, como terças, quartas, quintas, sextas, sétimas e assim por diante (mesmo que Carrillo tenha escrito, a maior parte do tempo, para quartas, oitavas e décima-sextas combinadas, a notação é capaz de representar qualquer subdivisão imaginável). Ele inventou instrumentos musicais novos, e adaptou outros para produzir microintervalos. Compôs uma extensa quantidade de música microtonal e gravou cerca de 30 de suas composições.

Alguns compositores ocidentes abraçaram o uso das escalas microtonais, dividindo uma oitava em 19, 24, 31, 53, 72, 88 tons iguais e até em escalas de partições de tons, além da mais comum de 12. Os intervalos entre os tons podem ser iguais, criando um ‘’temperamento igual’’, ou diferentes, como no sistema entonação justa ou temperamento linear.

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Microtonalismo no rock

A banda norte-americana de hardcore punk Black Flag (1976-86) fez uso de intervalos microtonais, através do guitarrista Greg Ginn, um apaixonado pelo free jazz e também conhecedor de música clássica moderna. (Durante o ponto alto da banda, no final da década de 1970 e início dos anos 80, muito antes de o punk estadunidense fosse dominante, a banda foi considerada, não injustificadamente, um grupo de rua hostil, apesar de que o tempo reconheceu seu trabalho com um considerável sucesso). Uma canção que vale a pena é “Damaged II”, do LP de 1981 “Damaged” – uma gravação ao vivo, em estúdio, o uso intencional de quartas e oitavas sugere um guitarra em perigo de explodir. Outra canção é “Police Story”, da qual a maioria das versões acaba em uma cadência tocada em tons de quarta exatos, com efeito similar.

Outros artistas do rock que utilizam a microtonalidade em suas obras são Glenn Branca (que criou muitas obras sinfônicas para conjuntos de guitarras elétricas afinadas de forma microtonal) e Jon e Brad Catler (que tocam guitarra elétrica microtonal e guitarra-baixo elétrica).

A banda norte-americana Zia, fundada pela compositora Elaine Walker lançou alguns álbuns de rock parcialmente microtonais desde o início dos anos 1990. Seus trabalhos incluem o uso da escala de Bohlen-Pierce. Ligação para a banda Zia

Modos gregos

Na Grécia antiga, as diversas organizações sonoras (ou formas de organizar os sons) diferiam de região para região, consoante as tradições culturais e estéticas de cada uma delas. Assim, cada uma das regiões da antiga Grécia deu origem a um modo (organização dos sons naturais) muito próprio, e que adaptou a denominação de cada região respectiva. Desta forma, aparece-nos o modo dórico (Dória), o modo frígio (da região da Frígia), o modo lídio (da Lídia), o modo jónio (da região da Jónia) e o modo eólio (da Eólia). Também aparece um outro — que é uma mistura dos modos lídio e dórico — denominado modo mixolídio.

História

Historicamente, os modos eram usados especialmente na música litúrgica da Idade Média, sendo que poderíamos também classificá-los como modos "litúrgicos" ou "eclesiásticos". Existem historiadores que preferem ainda nomeá-los como "modos gregorianos", por terem sido organizados, também, pelo papa Gregório I, quando este se preocupou em organizar a música na liturgia de sua época. No final da Idade Média a maioria dos músicos foi dando notória preferência aos modos jónio e eólio que posteriormente ficaram populares como Escala maior e Escala menor. Os demais modos ficaram restritos a poucos casos, mas ainda são observados em diversos gêneros musicais. O sétimo modo, o lócrio foi criado pelos teóricos da música para completar o ciclo, mas é de raríssima utilização e pouca aplicabilidade prática. De fato, o modo lócrio existe como padrão intervalar, mas não como modo efetivamente, visto que a ausência da quinta justa impede que haja sensação de repouso na tríade sobre a nota fundamental. Por outro lado, tanto a música erudita quanto a música popular do século XX (marcadamente o jazz) acolheram o uso da quarta aumentada (ou quinta diminuta),

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pois a tensão proporcionada pela dissonância pode ser aproveitada com finalidades expressivas.

Fundamentação

Os modos baseiam-se atualmente na escala temperada ocidental, mas inicialmente eram as únicas possibilidades para a execução de determinados sons. Desde a antiga Grécia os modos já se utilizavam caracterizando a espécie de música que seria executada. Os modos, bem definidos então, eram aplicáveis de acordo com a situação, por exemplo: se a música remetia ao culto de um determinado deus deveria ser em determinado modo, e assim para cada evento que envolvesse música. Com o temperamento da escala e a estipulação de uma afinação padrão, os modos perderam gradativamente a sua importância, visto que a escala cromática englobava a todos e harmonicamente foi possível classificá-los dentro dos conceitos "maior e menor". O uso de frequências determinadas possibilitou o desenvolvimento das melodias na música juntamente com a harmonia e, com isto, na atualidade, os modos facilitam a compreensão do campo harmónico e sua caracterização, mas não possuem mais funções individuais. O fato de não mais estabelecermos diferença entre bemol e sustenido na escala cromática veio a restringir ainda mais o emprego de modos na música, senão como elemento teórico. Os modos podem ser entendidos com extensão da escala natural de dó maior. As notas dó ré mi fá sol lá si fazem parte de dó jônico. Se aplicarmos essas mesmas notas transformando a tónica em ré, teremos ré mi fá sol lá si dó, um ré menor dórico. Em mi menor temos mi fá sol lá si dó ré mi, um mi menor frígio, e assim por diante.

Os modos

Nada mais são que uma série de sons melódicos pré-definida. Ao todo são 7, mais 7 variações destes.

Compreendendo

Partimos da escala padrão diatónica (a que se forma pelas notas sem acidentes) dó - ré - mi - fá - sol - lá - si, e sobre cada uma destas notas criamos uma nova escala diatónica. Quando fazemos isto, a relação dos tons é alterada, consequentemente todo o campo harmónico também muda, visto que, ao estabelecer uma nota como a inicial, estabelece-se a tónica da nova escala. Para ser mais claro, na escala musical temos funções que classificamos como graus para cada uma das notas, de acordo com sua posição acerca da primeira. Portanto, (nota por nota) sendo os graus: tónica, super-tónica, mediante, sub-dominante, dominante, super-dominante e sensível (para, por exemplo: dó - ré - mi - fá - sol - lá e si), o que mudamos no sistema modal é esta função de cada uma, criando uma nova relação entre os graus e notas. Tudo isso deve-se unicamente por estabelecermos uma nova tônica mantendo os intervalos.

Como são

Da escala diatónica: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, extraímos a relação intervalar de tons (T) e semitons (st) seguinte: T - T - st - T - T - T - st. Sempre que existir esta relação intervalar, teremos o modo jónio ou escala maior (no caso, de dó). Se firmarmos como tónica o ré, usando a mesma escala diatónica, teremos: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó: T - st - T

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- T - T - st - T. Sempre que esta relação existir, teremos o modo dórico, e assim por diante:

Modos

Por tons e semitons:

T - T - st - T - T - T - st: Jónio(Port. Europeu) T - st - T - T - T - st - T: Dórico st - T - T - T - st - T -T: Frígio T - T - T - st - T - T - st: Lídio T - T - st - T - T - st - T: Mixolidio T - st - T - T - st - T - T: Eólio st - T - T - st - T - T - T: Lócrio

Por intervalos:

1J 2M 3M 4J 5J 6M 7M : Jônio(Port. Bras.) 1J 2M 3m 4J 5J 6M 7m : Dórico 1J 2m 3m 4J 5J 6m 7m : Frígio 1J 2M 3M 4+ 5J 6M 7M : Lídio 1J 2M 3M 4J 5J 6M 7m : Mixolídio 1J 2M 3m 4J 5J 6m 7m : Eólio 1J 2m 3m 4J 5° 6m 7m : Lócrio

Exemplos

dó - ré - mi - fá - sol - lá - si: Jónio ré - mi - fá - sol - lá - si - dó: Dórico mi - fá - sol - lá - si - dó - ré: Frígio fá - sol - lá - si - dó - ré - mi: Lídio sol - lá - si - dó - ré - mi - fá: Mixolídio lá - si - dó - ré - mi - fá - sol: Eólio si - dó - ré - mi - fá - sol - lá: Lócrio

Entendendo melhor

Para sabermos utilizar tais sistemas na prática, devemos ter em mente que a escala musical actual é cromática, portanto, podemos estabelecer uma tonalidade e sobre esta (sem mover a nota da tónica) estabelecer cada uma das funções de um modo.

Exemplo

Partindo sempre da nota dó:

Jônio: dó - ré - mi - fá - sol - lá - si Dórico: dó - ré - mi♭ - fá - sol - lá - si♭ Frígio: dó - ré♭ - mi♭ - fá - sol - lá♭ - si♭

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Lídio: dó - ré - mi - fá♯ - sol - lá - si Mixolídio: dó - ré - mi - fá - sol - lá - si♭ Eólio: dó - ré - mi♭ - fá - sol - lá♭ - si♭ Lócrio: dó - ré♭ - mi♭ - fá - sol♭ - lá♭ - si♭

Isso cria, para cada modo, um novo campo harmónico, uma tónica em escalas diferentes.

Resumindo...

MODO TerçaIntervalo Característico

Nota Diferencial

Referencial à Escala Diatônica Moderna

JÔNIO maior ----- ----- Idêntica à Dó Maior

DÓRICO menor 6ª Maior Si Ré Menor

FRÍGIO menor 2ª Menor Fá Mi Menor

LÍDIO maior 4ª aumentada Si Fá Maior

MIXOLÍDIO maior 7ª menor Fá Sol Maior

EÓLIO menor ----- ----- Idêntica à Lá menor

LÓCRIO menor2ª menor e 5ª diminuta

Dó e Fá Si Menor

Classificação atual

Atualmente, classificamos os modos como maiores e menores, de acordo com o primeiro acorde que formarão em seu campo harmônico.

Modos maiores

Jônio Lídio Mixolídio

Modos Menores

Dórico Frígio Eólio Lócrio (este podendo ser também classificado como diminuto)

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Aplicabilidade

Para aplicarmos os modos praticamente, devemos ter conhecimento sobre harmonia para compreender os encadeamentos harmônicos que cada escala modal propõe. Na realidade, é muito simples: se, por exemplo, tocamos uma música na tonalidade de dó maior, cuja tônica (estabelecemos) é o sol, estamos trabalhando com o modo "sol mixolídio" (muito usado em músicas nordestinas). Se, harmonicamente, em uma música cujo tom está em dó maior, surge um acorde de ré maior, estamos no modo "dó lídio". Conhecer os modos facilita a interpretação e composição musical, desde que tenhamos bem óbvia a questão da harmonia.

Modo frígio

Descrição

O modo frígio forma-se estabelecendo como tônica a terceira nota da escala diatônica, pode ser classificado como um modo menor, possui a seguinte configuração intervalar:

T - 2m - 3m - 4J - 5J - 6m - 7m ( onde m = menor e J = a justos )

Exemplos

1. Partindo da tonalidade de dó maior, temos o mí frígio:

mí - fá - sol - lá - sí - dó - ré

2. Partindo da tonalidade de sol, temos o sí frígio:

sí - dó - ré - mí - fá# - sol - lá

3. Partindo da tonalidade de láb temos o dó frígio:

dó - réb - míb - fá - sol - láb – sib

Modo lídio

Descrição

O modo lídio forma-se estabelecendo como tônica a quarta nota da escala diatônica, podendo ser classificado como um modo maior, possui a seguinte relação intervalar:

- T - T - T - st - T - T - st (onde T = tom e st = semitom).

Exemplos

1. Partindo da tonalidade de dó maior, temos o fá lídio:

fá - sol - lá - sí - dó - ré - mí

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2. Partindo da tonalidade de sol, temos o dó lídio:

dó - ré - mí - fá# - sol - lá - sí

3. Partindo da tonalidade de ré temos o sol lídio:

sol - lá - sí - dó# - ré - mí - fá#

Modo jónio

O modo jônio consiste dos mesmos componentes do modo maior, com a segunda nota como sua tônica:

1. Partindo da tonalidade de dó maior, obtemos ré jônio:

Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó

2. T - st - T - T - T - st

Modo eólio

História

Suas origens remotam à teoria musical formada na Grécia antiga, baseada em torno da escala natural relativa em lá (A, i.e., a mesma nota tocada pelas teclas brancas do piano de lá a lá). A tradição helênica nomeou essa escala simples de modo hipodório (subdório); o atual modo eólio e o modo lócrio devem ter sido formados a partir de variações daquele (talvez baseados em escalas cromáticas).

O termo modo eólio caiu em desuso na Europa medieval, à medida que a música sacra baseou-se entorno de oito modos musicais: a escala natural relativa em ré (D), mi (E), fá (F) e sol (G), cada qual com seu modo autêntico e modo plagal em contrapartida.

Em 1547, Heinrich Glarean publicou seu Dodecachordon. Essa obra tinha como premissa a existência de doze modos diatônicos ao invés de oito. Parece que o repertório popular de então usava parte desses modos adicionais, mas não o repertório oficial de música sacra. Glarean adicionou o eólio como o nome do novo nono modo: o modo natural relativo em lá com a quinta como sua dominante. O décimo modo, a versão plagal do modo eólio, foi denominado hipoeólio (subeólio), baseado na mesma escala relativa, mas com uma terceira menor como sua dominante, e tendo o alcance melódico a partir de uma quarta perfeita abaixo da tônica até uma quinta perfeita acima desta.

Como a música polifônica substituiu a música monofônica medieval, os modos populares adicionados por Glarean tornaram-se as bases da divisão entre escala menor e escala maior, criadas pela música clássica europeia.

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Formato atual

O modo eólio, como se aplica atualmente na música ocidental, possui a seguinte constituição intervalar:

- T - st - T - T - st - T - T

Exemplos

O modo eólio consiste dos mesmos componentes do modo maior, com a sexta nota como sua tônica:

1. Partindo da tonalidade de dó maior, obtemos lá eólio:

lá - sí - dó - ré - mí - fá - sol

2. Partindo da tonalidade de sol maior, obtemos mí eólio:

mí - fá# - sol - lá - sí - dó - ré

Muitas músicas populares, como Summertime, do musical de 1935 Porgy and Bess, usam o modo eólio.

Tetracorde

Tradicionalmente, tetracorde é uma série de quatro tons que preenchem um intervalo de quarta justa, numa freqüência de proporção 4:3. Modernamente, o termo é usado para qualquer segmento de escala ou série tonal de quatro notas.

O termo tetracorde deriva da teoria musical da Grécia antiga. Literalmente, significa "quatro cordas", referindo-se originalmente a instrumentos como a harpa, a lira ou a cítara — o termo conota que as cordas sejam contíguas.

Gêneros

A teoria musical da Grécia antiga distingue três gêneros de tetracordes. Esses gêneros são caracterizados pelo maior dos três intervalos do tetracorde:

Diatônico

Um tetracorde diatônico tem um intervalo característico que é menor ou igual à metade do intervalo total do tetracorde (cerca de 249 cents). Esse intervalo característico é, amiúde, ligeiramente menor (aproximadamente 200 cents), tornando-se um tom inteiro. Classicamente, o tetracorde diatônico consiste em dois intervalos de tom e um de semitom.

Cromático

Um tetracorde cromático possui um intervalo característico que é maior que metade do intervalo total do tetracorde, contudo não maior que quatro quintos do

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intervalo (entre 249 e 398 cents). Classicamente, o intervalo característico é uma terça menor (aprox. 300 cents), e os dois intervalos menores são semitons.

Enarmônico

Um tetracorde enarmônico tem um intervalo característico maior que quatro quintos do intervalo total do tetracorde (maior que 398 cents). Classicamente, o intervalo característico é uma terça maior (de dois tons) e os intervalos menores são de meio semitom.

Uma vez que os três gêneros simplesmente representam as variações de intervalo possíveis dentro de um tetracorde, vários aspectos (chroai) de tetracordes com afinações específicas já foram relacionados.

Modo mixolídio

O modo mixolídio, na música, é um dos modos gregos. Caracteriza-se por ser um modo misto, ou seja, é uma fusão da relação intervalar do segundo tetracorde do modo lídio com o primeiro (ou segundo) tetracorde do modo dórico

Descrição

O modo mixolídio forma-se estabelecendo como tônica a quinta nota da escala diatônica, sendo um dos modos maiores, possui a seguinte relação intervalar: - T - T - st - T - T - st - T (onde T = tom e st = semitom).

Exemplos

1. Partindo da tonalidade de dó maior, temos o sol mixolídio:

sol - lá - si - dó - ré - mi - fá

2. Partindo da tonalidade de sol, temos o ré mixolídio:

ré - mi - fá# - sol - lá - si - dó

3. Partindo da tonalidade de fá temos o dó mixolídio:

dó - ré - mi - fá - sol - lá - sib

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Modo dórico

Descrição

O modo dórico forma-se estabelecendo como tônica a segunda nota da escala diatônica, possuindo a seguinte relação intervalar:

- T - st - T - T - T - st - T (onde T = tom e st = semitom).

3. Partindo da tonalidade de síb temos o dó dórico:

dó - ré - míb - fá - sol - lá - síb