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SEMANA 01
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Sumário
Bem-vindo ................................................................................................3
Introdução ................................................................................................3
Denições iniciais .....................................................................................4
Lei de Introdução ao Direito Civil (LICC) ..................................................5
Interpretação das normas jurídicas ..........................................................8
Direito positivo: fontes e normas jurídicas: ...............................................9
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Bem-vindo
Olá! Seja bem-vindo ao componente curricular Direito e Legislação I.
Esperamos que você aproveite ao máximo este componente e que os assuntos abordados aqui
possam ser incorporados ao seu dia a dia. Nesta etapa dos seus estudos, desejamos que você
apreenda os conteúdos, reveja conceitos, se recicle e reita sobre todos os aspectos que serão
apresentados.
Aproveite ao máximo este momento, pois tudo foi elaborado especialmente para você.
Bons estudos!
Introdução
O corretor de imóveis tem como principal função auxiliar as pessoas na prática de atos da vida
civil. Assim, é fundamental que domine algumas noções de direito.
Não é proibido ao proprietário de imóvel locar ou vender diretamente o seu bem, ou seja, sem a
atuação do corretor de imóveis na transação. Em razão disso, os principais objetivos do nosso
componente curricular são:
Oferecer aos alunos conhecimento técni-
co e preparação para atuar no mercado
de trabalho, munindo-os de fundamen-
tos (legais, constitucionais e derivados
dos princípios de direito) direcionados
ao labor do corretor de imóveis;
Fornecer subsídios para que os alunostutelados tenham condições de res-
ponder a questionamentos da clientela
ou resolver cases, quando demanda-
dos durante o estágio supervisionado.
A partir das leituras que oportunizaremos e da interação no ambiente EAD, nossos objetivos
certamente serão alcançados.
Veja os tópicos que serão abordados neste componente curricular:
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● Introdução ao estudo do direito;
● Pessoa natural e jurídica;
● Bens;
● Fatos e atos jurídicos;
● Negócio jurídico;
● Ato ilícito.
Definições iniciais
Em qualquer comunidade, é inevitável que surjam conitos. Disso se impõe a necessidade de
proporcionar aos sujeitos meios de pacicação social.
Nesse sentido, as regras sociais de conduta (ditadas pelo direito) têm como objetivo a realização
de justiça, sendo garantidas pelo poder de coerção (uso da força) do Estado.
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Lei de Introdução ao Direito Civil (LICC)
A atividade legislativa do Estado desenvolve-se por meio da elaboração de espécies normativas,
quais sejam:
● emendas à Constituição;
● leis complementares;
● leis ordinárias;
● leis delegadas;
● medidas provisórias.
Processo legislativo
Corresponde ao instrumento pelo qual o Estado cria o direito, elaborando normas jurídicas, o que com-
preende um conjunto de atos, como iniciativa, emendas parlamentares, deliberação, sanção e veto.
Iniciativalegislativa
Emendasparlamentares
Deliberação(ou votação)
Sanção
É o ato inaugural do processo legislativo. Trata-se da capacidadeatribuída pela Constituição Federal a alguém ou a algum órgão para
propor projetos de lei ao Poder Legislativo.
São propostas apresentadas pelos parlamentares como acessóri-
as de outras já constantes em um determinado projeto de lei. O
direito de propor emendas é atribuído apenas aos parlamentares
(deputados e senadores), que, por meio delas, inserem modi-
cações na matéria objeto do projeto de lei.
Consiste no ato decisório por meio do qual determinado projeto
de lei é aprovado ou não, após ser discutido e estudado.
É ato exclusivo do chefe do Poder Executivo, a partir do qual ex-
pressa a sua concordância com o projeto de lei já aprovado pelo
Congresso Nacional. É a sanção que transforma o projeto de lei
em lei.
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Veto
Promulgação
Publicação
É a discordância expressa do Executivo com o projeto de lei, seja por en-
tendê-lo inconstitucional, seja por considerá-lo contrário aos interesses
públicos. O veto deve ser fundamentado e pode ser parcial (discordância
com parte do projeto de lei) ou total.
É a declaração ocial de que a lei existe; é a comunicação aos
destinatários da lei de que esta foi criada segundo o procedimen-
to constitucional e que, portanto, é válida. A promulgação cabe
ao presidente da República. Contudo, se este não o zer em 48
horas, caberá ao presidente do Senado fazê-lo.
Torna a lei pública, consistindo no ato de comunicação ocial. A
inserção no Diário Ocial é condição para a lei entrar em vigor e
tornar-se ecaz.
Para se criar uma lei ordinária, o procedimento legislativo a ser seguido, por exemplo,
é o seguinte:
O projeto de lei éapresentado, o que, emregra, ocorre perante aCâmara dos Deputados.
A casa (Câmara dosDeputados ou SenadoFederal) na qual tenhasido concluída avotação envia o projetode lei ao presidenteda República, que,concordando,sancioná-lo-á.
O projeto de lei aprovado poruma casa é revisto pela outra emum só turno de discussão e devotação e, se aprovado pela casarevisora, é enviado diretamenteà sanção presidencial; ouarquivado, se rejeitado.
Há a deliberaçãoe a votação.
O veto poderáser rejeitadopela maioriaabsoluta doSenado Federalou da Câmarade Deputados.
A casa legislativarevisora (em regra,o Senado Federal)revisa o projeto, elá se repetem todasas fases anteriores.
O projeto é examinadopelas comissõespermanentes, as quaiselaboram pareceres.
Se o presidente da Repúblicaconsiderar o projetoinconstitucional ou contrário aosinteresses públicos, vetá-lo-átotal ou parcialmente no prazo de15 dias, comunicando o fato aopresidente do Senado Federal.
Se o projeto de lei foremendado, volta àcasa iniciadora, paraque se manifestesobre as emendas.
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TIMELINE DA CRIAÇÃO DE UMA LEI ORDINÁRIA
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Ultrapassado o procedimento constitucional de elaboração, segundo a Lei de Introdução ao Códi-
go Civil (Decreto-Lei nº 4.657 , de 4 de setembro de 1942), a lei começa a vigorar em todo o país
45 dias depois de ocialmente publicada.
Em outros países, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-se três meses depois de
ocialmente publicada.
Entende-se como vigência a existência especíca da norma jurídica em determinada época. O in-
tervalo entre a publicação da lei e o início de sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis. Antesdo decurso da vacatio legis, a lei nova não será obrigatória. Esse tempo permite que o povo tome
conhecimento do seu conteúdo antes mesmo da sua efetiva obrigatoriedade (art. 5º, II, da CF).
O Código Civil de 2002, por exemplo, teve uma vacatio legis de 365 dias, somente entrando em vigor
no ano de 2003.
Convém, no entanto, destacar que, se antes de a lei entrar em
vigor ocorrer nova publicação de seu texto por questões de re -ticação, os prazos acima mencionados transcorrerão da nova
publicação. E mais: as correções realizadas em textos de lei já
em vigor fazem com que a lei em questão seja considerada nova.
Não se estabelecendo vigência temporária (prazo determinado), a lei cará em vigor até que
outra a modique ou revogue, segundo o princípio da continuidade da lei .
Revogação é o ato de tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatorie -
dade no todo (ab-rogação) ou em parte (derrogação), podendo ser expressa ou
tácita, caso em que ocorre incompatibilidade entre a lei nova e a antiga.
Tem-se desse modo que, depois de publicada a lei e decorrida a vacatio legis, a obrigatoriedade
se estende a todos os membros da sociedade. Não é então mais permitida a desobediência soba alegação de falta de conhecimento.
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Interpretação das normas jurídicas
A tarefa dos juízes de direito e dos tribunais é solucionar os conitos
sociais por meio da aplicação das leis.
Como aplicar as leis?
A aplicação da lei envolve a sua interpretação. E a Lei de Introdução ao
Código Civil orienta o julgador para que, na aplicação da lei, atenda aos seus ns sociais (objetivo
de uma sociedade) e às exigências do bem comum (preservação de valores vigentes em umadeterminada sociedade).
No entanto, quando o magistrado não encontrar uma lei especíca que o ajude a solucionar um
caso, a própria lei indica o que deve ser feito. Deve o julgador se valer do uso de três instrumentos
Analogia
Princípiosgerais dodireito
Costume
Consiste em aplicar a um caso não contemplado de modo direto ou es-
pecíco pelas normas jurídicas uma lei que prevê uma hipótese distinta
mas semelhante. A analogia pode ser denida como a utilização de uma
norma X que apresente pontos de semelhança para a solução de umcaso concreto, para o qual, a princípio, não se encontrem especícas.
São normas jurídicas de valor genérico que orientam a compreensão
do ordenamento jurídico em sua aplicação, estejam ou não expressa-
mente escritas na lei. São regras de conduta que norteiam o juiz na in-
terpretação da norma.
Para ser utilizado pelo julgador, o costume deverá, primeiramente, ser
utilizado pela sociedade e, em segundo lugar, ser inequívoco, derivan-
do de uma prática longa, uniforme, constante, pública e geral. Como
exemplo de costume, temos a prática de passar cheque pós-datado, o
que se congura um exemplo de direito consuetudinário.
Lembre-se de que o cheque, nos termos da Lei nº 7.357/85, é uma or -dem de pagamento à vista, mas, na nossa sociedade, a prática de pas-
sar o cheque para ser descontado em data posterior, em comum acordo
entre as partes, é amplamente aceita.
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Direito positivo: fontes e normas jurídicas:
Ao conjunto de princípios e de regras que regem a vida social de determinada sociedade em
dada época dá-se o nome de direito positivo. Pode-se dizer ainda que corresponde aos coman-dos que vêm do Estado e que devem ser obrigatoriamente cumpridos.
O conceito de direito positivo está ligado à ideia de vigên-cia, pois remete ao sistema de normas jurídicas em vigorpara determinado povo.
As fontes do direito (ponto de partida para a busca da norma jurídica) subdividem-se em formais
e não formais. As fontes formais correspondem:
● à lei;
● aos princípios gerais do direito;
● ao costume;
● à analogia.
Por outro lado, as fontes informais consistem:
● na jurisprudência (decisões dos tribunais);
● na doutrina (conjunto de princípios que servem de base para um sistema).
É costume no direito brasileiro reunir as regras de determinado ramo do
direito nos chamados códigos. Quando falarmos em código, estamos
falando de leis. Existem livros que fazem a junção de vários códigos;
alguns, em miniatura, para facilitar o manuseio.
Quase todos esses códigos são estruturados em uma parte geral e uma parte especial, reunidas
em um livro.
Código Civil, Código Penal, Código Penal Militar, Código Tributário
Existem ainda os códigos de processo, os quais contêm as regras especícas de processo dedeterminado ramo. A legislação processual é aquela que regra o processo, ou seja, a forma
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de se buscar e de se aplicar o direito.
O processo é o meio pelo qual as pessoas buscam a satisfação dos seus direitos, que estão
assegurados na legislação (ação judicial).
Código de Processo Civil, Código de Processo Penal, Código de Processo
Penal Militar.
A legislação chamada de extravagante corresponde às leis que estão fora desses códigos,
mas ligadas àquele ramo do direito. A boa técnica indica que se reúnam esses diplomas comaquelas normas para aplicação conjunta com os códigos. Ex.: Código Civil: Lei de Registros
Públicos (Lei nº 6.015/73); Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91); etc.
No componente Direito e Legislação I, é importante que o aluno acompanhe
a evolução dos conteúdos pela leitura paralela da legislação. O acompa-
nhamento poderá ser feito pelos livros impressos ou por consulta a sites
de legislação. Para realizar a pesquisa, basta que o interessado saiba se a
legislação é municipal, estadual ou federal.