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TROTE SOLIDÁRIO: A

RESPONSABILIDADE SOCIAL E O

APRENDIZADO PRÁTICO DA

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ANDAM

JUNTOS

Fernando Antonio Azevedo Pereira (UFJF )

[email protected]

Eduardo Furtado Alves de Paula (UFJF )

[email protected]

O presente artigo objetiva demonstrar o caso de sucesso do projeto

Trote Solidário da Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção

(SEEPRO) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que traz

uma maneira inovadora de recepcionar os aalunos ingressantes

possibilitando a aprendizagem prática de conceitos básicos de

Engenharia de Produção unidos à responsabilidade social.

Objetivando o combate às prática violentas e ridicularizadoras de

recepção de alunos nas universidades.

Palavras-chaves: Planejamento, Educação em Engenharia de

Produção, Gerência de Projetos

XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos

Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.



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Trote Solidário: A Responsabilidade Social e o Aprendizado Prático da Engenharia de

Produção Andam Juntos

1. Introdução

O presente artigo tem por objetivo expor a evolução histórica do trabalho realizado com

alunos do primeiro período do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de

Juiz de Fora (UFJF), bem como seu modelo metodológico atual que o tornou um exemplo de

sucesso, alcançando um bom reconhecimento acadêmico e até da mídia local.

Trata-se de um trabalho realizado pela Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção

(SEEPRO) da UFJF em parceria com a disciplina de Introdução à Engenharia de Produção I

do curso de Engenharia de Produção da UFJF. Tem como objetivos despertar nos estudantes o

espírito de responsabilidade social, introduzir os alunos do primeiro período nas práticas do

Engenheiro de Produção, combater os “trotes” violentos e desumanos e integrar os

ingressantes ao corpo docente e demais discentes do curso.

2. História do Trote Solidário

2.1. A SEEPRO

A Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Juiz de Fora é

uma organização acadêmica que objetiva desenvolver extraclasse os alunos do curso de

Engenharia de Produção, além de promover a integração dos alunos e corpo docente do curso.

Criada em 2007, começou a operar em 2008 e desde então organiza e promove trabalhos e

eventos para atingir tal objetivo. Tais como circuitos de palestras, workshops, minicursos,

grupos de estudos, visitas técnicas, atividades esportivas e muitos outros. E, partir do primeiro

semestre de 2011, a SEEPRO passou a ser estruturada como uma empresa, com o intuito de

desenvolver seus membros de maneira prática em atividades de Engenharia de Produção.

Atualmente a SEEPRO conta com vinte membros, divididos entre quatro departamentos

(Marketing, Gestão de Pessoas, Produção e Comercial), contendo um diretor para cada, e a



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presidência, que conta, além do Diretor Presidente, com mais 2 membros (Gestor de

Estratégia e Gestor de Qualidade).

Desde o início de suas atividades a SEEPRO combate a prática de “trotes” violentos e

discriminadores com a realização de trabalhos de confraternização e acolhimento aos novos

alunos do curso, buscando sempre desenvolver ainda a sensibilidade para a responsabilidade

social que, atualmente, é tão falada e cobrada em empresas de diversos ramos. Foi criada a

Gincana Solidária, que, mais tarde, se tornaria o Trote Solidário que é praticado atualmente.

Ambos serão melhor retratados nos próximos tópicos.

2.2. História do Trote Solidário

Com o início das atividades no primeiro semestre de 2008 a SEEPRO começa a elaborar um

trabalho que objetiva combater a prática de trotes violentos e desmedidos comuns às

universidades brasileiras na época. Para tal cria e coloca em prática a Gincana Solidária.

A Gincana Solidária era uma disputa feita entre grupos de alunos do primeiro período do

curso de Engenharia de Produção para arrecadação de alimentos, remédios e roupas para

doação em entidades carentes da cidade de Juiz de Fora – Minas Gerais. Porém, tratava-se de

uma atividade somente com cunho de responsabilidade social. Além de que, doação se perde

com o tempo, a instituição terá o produto por um tempo, porém logo estará necessitando

novamente.

Com esse raciocínio, a então Gincana Solidária foi remodelada em 2009 e passou a ser uma

consultoria solidária, na qual os alunos do primeiro período se dividiam em grupos e,

orientados por membros da SEEPRO realizavam um trabalho de consultoria de Engenharia de

Produção em instituições filantrópicas de Juiz de Fora – MG. Esse trabalho ocorria durante

todo o semestre. Deixando de lado o objetivo de doação e conceituando um foco maior de

melhoria de processos, buscando melhorias efetivas e duradouras nessas instituições.

Utilizando o conceito de melhoria contínua de processos a SEEPRO remodelou o trabalho

mais uma vez para o primeiro semestre de 2011. E começou a estabelecer etapas e prazos de

realização de cada etapa, sendo que o prazo de duração total do Trote Solidário passou a ser

de 45 dias úteis, descontando feriados e recessos, e mais uma semana para preparar as

apresentações do trabalho para a sociedade acadêmica da Faculdade de Engenharia. Passou a



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disponibilizar um conhecimento técnico inicial básico para que os alunos iniciantes possam

ter condições de analisar e desempenhar serviços por si só. A partir do segundo semestre de

2012, frente ao sucesso de execução das atividades, a SEEPRO passou a desenvolver esse

trabalho dentro da disciplina de Introdução à Engenharia de Produção I. Passando, além de ter

um foco de responsabilidade social e integração, a ser um modelo de aprendizado prático de

Engenharia de Produção, introduzindo o acadêmico de Engenharia de Produção recém

ingressado na Universidade Federal de Juiz de Fora a vida cotidiana de um profissional de

Engenharia de Produção, que atua no campo de consultorias, desenvolvendo conceitos,

técnicas e atitudes como visão sistêmica, trabalho em equipe, liderança, motivação de equipe,

gestão organizacional, gestão de projetos, entre outros. Adiante será exposto o modelo de

estruturação atual do Trote Solidário, bem como as menções de reconhecimento obtidas

durante o seu desenvolvimento.

3. O Trote Solidário

3.1. Metodologia atual

3.1.1. Pré-projeto

Cerca de duas semanas antes do início do semestre letivo começa a preparação de um

ambiente favorável à execução do Trote Solidário, uma etapa denominada pré-projeto. Todos

os membros da SEEPRO pesquisam possíveis instituições beneficentes em Juiz de Fora para

participarem, preenchendo um banco de dados com contatos e informações das mesmas.

Terminado o levantamento, são selecionadas para serem abordadas cinco instituições que

apresentam facilidades para participarem do Trote Solidário, como localização e ausência de

associação a órgãos públicos e privados, que poderiam impor entraves às mudanças propostas.

O contato é feito por membros do Departamento Comercial, que apresentam a SEEPRO e o

projeto do Trote Solidário aos administradores da instituição. É importante frisar a eles que o

objetivo não é o de arrecadar doações, mas sim implementar melhorias duradouras. Para

formalizar a participação da instituição, o responsável pela mesma deve assinar um contrato

entre as duas partes, elaborado previamente pelo Departamento Comercial.



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Com as cinco instituições participantes definidas, o Departamento de Gestão de Pessoas

seleciona dois membros por instituição, que orientarão os alunos durante a realização. Para

desempenharem este papel, a SEEPRO promove treinamentos das ferramentas de Engenharia

de Produção que poderão ser utilizadas, como 5S, Layout e Gerenciamento de Projetos.

Também são escolhidos os membros avaliadores, que analisaram os projetos desenvolvidos e

escolherão o melhor baseados em critérios técnicos.

A apresentação do Trote Solidário aos alunos participantes é feita por volta da segunda

semana letiva, durante uma aula cedida pelo professor. Preparada pelo Departamento de

Marketing, contem informações sobre a SEEPRO e o Trote, exemplos de projetos realizados

em edições anteriores e a metodologia utilizada. Ao fim da apresentação, os alunos são

divididos em cinco grupos, e cada equipe será responsável por uma instituição. É entregue o

nome, endereço e contatos da instituição, além dos telefones e disponibilidade dos

orientadores. Com isso, se encerra a etapa do pré-projeto e começa o projeto Trote Solidário.

3.1.2. Projeto

A execução tem duração de aproximadamente um mês e meio, e as principais atividades

realizadas são reuniões de equipe e visitas à instituição. Para coordenar e acompanhar o

projeto, a SEEPRO fornece o Gerenciador do Trote Solidário, programa que deve ser

preenchido semanalmente pela equipe e enviado para seus orientadores. O Gerenciador é uma

ferramenta importantíssima, agregando informações como o contato da instituição e dos

integrantes da equipe, espaço para relatarem as visitas realizadas, agenda de atividades,

planejamento e cronograma do projeto. A dupla de orientadores também deverá enviar um

Gerenciador próprio para os avaliadores, relatando as atividades da semana e o desempenho

individual dos membros da equipe. Ambos os arquivos serão fundamentais para a avaliação

dos projetos.

Figura 1 – Capa do Gerenciador



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Fonte: Organizado pela Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção

Figura 2 – Plano de projeto do Gerenciador


Figura 3 – Cronograma de projeto no Gerenciador



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Na primeira reunião com o grupo, os orientadores deverão instruí-los a preencher

corretamente o Gerenciador, sanando inevitáveis dúvidas. Ao fim de cada semana, eles devem

enviar o Gerenciador atualizado com novas informações, seguindo o planejamento descrito na

tabela a seguir.

Tabela 1 – Cronograma de Envio do Gerenciador

1° Semana Dados da instituição, diagnóstico de visitas, e dados da equipe.

2° Semana Diagnóstico de visitas, Cronograma e Plano de Projeto (até a segunda etapa).

3° Semana Diagnóstico de visitas, Plano de Projeto (da terceira à quinta etapa) e

Atividades.

4° Semana Diagnóstico de visitas e Atividades

5° Semana Diagnóstico de visitas e Atividades.


Na mesma reunião, os orientadores informam que o agendamento das visitas à instituição,

bem como o objetivo de cada uma, é de responsabilidade da própria equipe. Porém, não

poderá ser realizada nenhuma visita sem a presença de pelo menos um orientador.

A realização do Trote Solidário pelos alunos é dividida em quatro etapas. A primeira é a de

Conhecimento da instituição, onde a equipe procura coletar todos os aspectos que a

caracterizam, como missão, público atendido e espaço físico e material. Após a conclusão



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desta etapa, os orientadores entregam ao grupo um referencial teórico, na forma de cartilhas,

sobre as ferramentas da Engenharia de Produção que poderão ser utilizadas no projeto.

Na fase de Diagnóstico, a equipe analisa atentamente a instituição para levantar quais os seus

pontos de melhoria. A seguir, a etapa de Solução faz os alunos proporem mudanças para

atenuar os problemas identificados. Por fim, as soluções são aplicadas na fase de

Implementação. Em todas as etapas, devem ser realizadas, no mínimo, uma visita e duas

reuniões.

3.1.3. Finalização dos projetos

Com o encerramento das etapas de execução dos projetos, os grupos prepararam a divulgação

dos resultados para a atividade acadêmica. Eles devem confeccionar uma apresentação de

slides, de duração máxima de vinte minutos, mostrando histórico e atividades da instituição,

pontos de melhoria identificados, as soluções implantadas e uma breve conclusão.

Primeiramente, esta apresentação é feita apenas para os membros da SEEPRO, para que os

orientadores possam corrigir eventuais falhas e prepara-los para a apresentação final. Além

disso, os avaliadores já tiram suas últimas conclusões para escolherem o melhor trabalho.

A avaliação dos projetos é feita inicialmente com uma análise dos Gerenciadores enviados

semanalmente pelas equipes e orientadores. Assim é possível visualizar a evolução de todos

durante a execução. Com o encerramento dos projetos, a equipe avaliadora baseia-se nos

Gerenciadores e apresentações informais para atribuir uma nota a cada equipe. Tal nota é uma

média ponderada de três categorias de critérios: Pessoal, Projeto e Apresentação, cada uma

agrupando vários quesitos mensuráveis. É montado então um ranking de notas finais, e a

equipe com a maior será a vencedora daquela edição do Trote Solidário.

Tabela 2 – Critérios de Avaliação dos Projetos

Critério Peso Quesito

Pessoal 2

Comprometimento

Dedicação

Pontualidade

Trabalho em equipe

Projeto 3

Inovação

Adequabilidade

Cumprimento de prazos



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Qualidade

Planejamento

Riscos e Problemas

Apresentação 1

Oralidade

Organização

Slides

Tempo


A apresentação final encerra o Trote Solidário com as equipes divulgando os projetos para um

público composto de alunos do curso, professores entusiastas e incentivadores do Trote

Solidário e representantes das instituições que participaram. No final da cerimônia, o diretor

da Faculdade de Engenharia anuncia os grupos que realizaram os melhores trabalhos e a

premiação por colocação.

3.2. Casos de sucesso

3.2.1. ABAN

A Associação Beneficente e Cultural Amigos do Noivo (ABAN) recebeu o Trote Solidário na

edição do segundo semestre de 2012. Criada em 1997, no bairro Dom Bosco, a instituição

promove atividades educacionais junto a famílias em estado de vulnerabilidade social. A

ABAN possui diversas filiais em comunidades de Juiz de Fora e Paraíba do Sul, porém os

alunos desenvolveram seu projeto na matriz da instituição. Além de ser o centro

administrativo, lá é feito o recebimento de doações e o estoque do bazar, além da fabricação

dos “Produtos do Noivo” que são vendidos para complementar a renda (Portal ABAN, 2013).

Figura 4 – Comparativo antes (esquerda) e depois (direita) da sala de estoque



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Fonte: Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção - UFJF

A equipe responsável pela ABAN logo diagnosticou que o estoque do bazar estava

desorganizado, repleto de roupas distribuídas aleatoriamente pela sala, e sem um controle

efetivo das peças que entravam e saíam. As soluções pensadas incluíram mudar o

aproveitamento do espaço, minimizar os custos com a estocagem e reaproveitar materiais

disponíveis. Para isso, se valeram de duas importantes ferramentas da Engenharia de

Produção: 5S e Organização do Layout.

Figura 5 – Setor de triagem e exemplo de etiquetagem


A sala do bazar passou a ser dividida em duas por uma cortina instalada pelo grupo. Em uma

parte, funcionaria a triagem das peças que chegam ao depósito, para serem separadas por

atributos como tamanho, cor, etc. O restante da sala seria o estoque. Nele, os alunos

instalaram araras com cabides para que possam ser penduradas camisas, agasalhos e vestidos

antes amontoados. Assim, foi liberado espaço nas estantes, que passou a guardar apenas



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calças e peças maiores. Além disso, etiquetas afixadas nas prateleiras indicavam a separação

por tamanho e tipo.

Figura 6 – Comparativo antes (esquerda) e depois (direita) do layout da sala de estoque


Para realizar um controle do estoque, o grupo implementou um gerenciador eletrônico de fácil

uso, que permitia gerenciar a entrada e saída de itens, emitir relatórios detalhados sobre a

quantidade de itens armazenados e dar um demonstrativo financeiro das compras e vendas do

bazar.

Figura 7 – Tela do Gerenciador de Estoque


3.2.2. Casa São Camilo de Lélis

Na edição do Trote Solidário do primeiro semestre de 2012, um dos melhores projetos foi

realizado na Casa São Camilo de Lélis, localizada no bairro Santa Luzia. A instituição, uma



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associação civil sem fins lucrativos fundada em 1971, presta atendimento médico a pessoas

carentes da cidade.

A equipe fez os primeiros diagnósticos na área de divulgação que visa arrecadar doações e no

cadastro de pacientes, feito manualmente e de difícil consulta após o arquivamento. A solução

implantada foi a digitalização dos dois processos, por mídia social e planilha de cálculo,

respectivamente.

Figura 8 – Comparativo antes (esquerda) e depois (direita) da biblioteca

Fonte: Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção – UFJF

Figura 9 – Comparativo antes e depois da sala de arquivos


Porém, o destaque deste projeto foi a utilização dos 5s na instituição, mais especificamente

em três locais: a biblioteca, a sala de arquivos e o bazar. Na biblioteca, os livros foram

organizados conforme a frequência de uso e pregaram cartazes conscientizando o bom uso

deles. Na sala de arquivos, os documentos foram organizados conforme o tema



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(administrativos ou médicos) e separados por ordem alfabética. O resultado de ambas as

melhorias foi a fácil consulta de livros e arquivos, além do incentivo à limpeza e conservação

dos mesmos.

Figura 10 – Comparativo antes e depois da sala do bazar


Figura 9 – Comparativo antes e depois da garagem/depósito


Já o bazar apresentava um quadro de desorganização e acúmulo de sujeira, com peças de

roupas em excesso e guardadas sem nenhum critério. Em várias visitas, a equipe de alunos

executou a organização do bazar, eliminando roupas inutilizadas, limpando o espaço e

separando por categorias. Além disso, havia uma garagem ao lado que era usada como

depósito, e o grupo optou por reformá-la, descartar as ferragens lá guardadas que não seriam

reutilizadas e, com isso, aproveitar o espaço como um anexo do bazar, onde é feita a triagem

das doações que chegam.



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7. Considerações Finais

O Trote Solidário concluiu sua quinta edição na formatação atual em fevereiro de 2013

obtendo um bom reconhecimento acadêmico e social, o que demonstra que os objetivos de

sua criação estão sendo alcançados. Isso ocorre graças ao compromisso, dedicação e o bom

planejamento dos membros da SEEPRO e até mesmo dos demais acadêmicos do curso que

abraçam verdadeiramente o projeto e tem uma participação ativa nas edições seguintes.

No dia 25 de dezembro de 2012 a assistente social, Sheyla Gonçalves, da ONG Seguidores do

Bem (SEBE) disse ao jornal Tribuna de Minas: “Somos uma ONG, não temos condições de

pagar por consultorias e ao mesmo tempo precisamos nos organizar para atender melhor à

comunidade.” (TRIBUNA DE MINAS, 25 de dezembro de 2012).

O Trote Solidário já atingiu cerca de dezoito entidades carentes, desde que passou a ter o

formato de consultoria. E em todas essas entidades a gratidão e os elogios ao projeto são

infindos. Em palavras do diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz

de Fora, Professor Hélio Antonio da Silva, durante a cerimônia de encerramento da última

edição do Trote Solidário, “projetos como este devem ser replicados e inspirar outros cursos e

universidades” (SEEPRO, 2013).

REFERÊNCIAS

Portal ABAN – Associação Beneficente e Cultural Amigos do Noivo – www.aban.org.br –

acessado em abril de 2013.

Portal SEEPRO – Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção – www.seepro.org –

acessado em abril de 2013.

TRIBUNA DE MINAS: Trote além do solidário. Juiz de Fora – MG, 25 de dezembro de 2012

às 07:00 horas de Brasília. Encontrado em www.tribunademinas.com.br/cidade/trote-alem-do-

solidario-1.1208311.

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