Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso

Presidente Desembargador Rui Ramos Ribeiro

Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral Desembargador Gerson Ferreira Paes

Presidente Substituto Desembargador José Ferreira Leite

Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral Substituto Desembargador Luiz Ferreira da Silva

Juízes-Membros Titulares Jorge Luiz Tadeu Rodrigues Samuel Franco Dalia Junior Rodrigo Navarro de Oliveira

Sebastião de Arruda Almeida

Juízes-Membros Substitutos Jones Gattass Dias

Pedro Francisco da Silva André Luiz de Andrade Pozeti Gilperes Fernandes da Silva

Procurador Regional Eleitoral Thiago Lemos de Andrade

Procuradora Regional Eleitoral Substituta Ana Paula Fonseca de Góes Araújo

SECRETARIA DO TRIBUNAL

Diretor-Geral Mauro Sérgio Rodrigues Diogo

Secretário de Administração e Orçamento Nilson Fernando Gomes Bezerra

Secretário Judiciário Breno Antonio Sirugi Gasparoto

Secretária de Gestão de Pessoas Zeneide Andrade de Alencar

Secretário de Tecnologia da Informação Ailton Lopes dos Santos Júnior

Composição em 5 de março de 2012.

APRESENTAÇÃO

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, na busca de assegurar a regularidade das eleições municipais de 2012, empre-ende ações de orientação aos principais agentes do processo. Com isso, esta justiça especializada, privilegiando o interesse público, procura prevenir o descumprimento das normas.

Cabe destacar que o desconhecimento da lei não desobri-ga o seu cumprimento. Assim, por entender que tão importante quanto aplicar a norma é, também, instruir, numa ação educativa e preventiva, a cartilha está sendo elaborada em linguagem aces-sível de forma a ser compreendida por todos. Sempre foi interesse da Justiça Eleitoral que aqueles que exercem atividades políticas tenham conhecimento da legislação para que possam exercer seu desiderato sem extrapolar as barreiras da legalidade ou mesmo macular seus direitos.

O Financiamento das Campanhas de 2012 e a Prestação de Contas Eleitoral será o foco deste trabalho, que trará informações de forma clara e didática a fim de proporcionar maior segurança aos candidatos, aos comitês financeiros e aos partidos políticos. Tratando-se de uma cartilha, o trabalho elaborado, evidentemente, não ostenta a pretensão de exaurir todo o tema, mas propor uma visão geral e sistematizada sobre o assunto. O intuito é alcançar um índice de regularidade e transparência nas contas de campa-nha, objetivo que, também, vai ao encontro dos anseios de toda a sociedade.

Salienta-se que este material é de caráter meramente in-formativo, não substituindo a leitura da legislação eleitoral, da ju-risprudência e doutrina sobre o tema. Evidentemente não possui valor jurídico, tampouco vincula as decisões desta Justiça Especia-lizada. Contudo, busca contribuir para o aprimoramento das insti-tuições democráticas em nosso Estado, sempre tendo em vista o destinatário e razão de ser da Justiça Eleitoral: o cidadão.

Boa consulta!

Desembargador Rui Ramos RibeiroPresidente do Tribunal Regional Eleitoral

Você é CANDIDATO, membro de COMITÊ FINANCEIRO ou

Dirigente de PARTIDO POLÍTICO nas Eleições 2012?

ATENÇÃO para as DICAS da Justiça Eleitoral-MT para administrar

corretamente sua campanha e EVITAR PROBLEMAS com a sua

PRESTAÇÃO DE CONTAS.

SUMÁRIO

1 Procedimentos iniciais da campanha

2 Abertura da conta bancária

3 Recibos eleitorais

4 Arrecadação de recursos

5 Gastos de campanha

6 Prestação de contas

6.1 Prestação de contas parcial

6.2 Prestação de contas final

7 Julgamento das contas

8 Dicas especiais

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1. PROCEDIMENTOS INICIAIS DA CAMPANHA:NÃO ARRECADE RECURSOS, mesmo que estimáveis em dinheiro, nem REALIZE GASTOS NA CAMPANHA ANTES DE ADOTAR AS SEGUINTES PROVIDÊNCIAS:

1.1. Conhecer as REGRAS e as INOVAÇÕES das finan-ças de campanha, constantes da Resolução/TSE nº 23.376/2012.

1.2. SOLICITAR o REGISTRO no Cartório Eleitoral, pelo seu partido político:

a Registro do CANDIDATO através CANDEX.

b Registro do COMITÊ FINANCEIRO DO PARTIDO atra-vés do SRCF.

c O DIRETÓRIO DO PARTIDO POLÍTICO JÁ POSSUI re-gistro na Justiça Eleitoral

1.3. Obter o seu CNPJ no site www.receita.fazenda.gov.br da RFB - Receita Federal do Brasil, que será disponibi-lizado em até 10 dias após a solicitação do registro na Justiça Eleitoral.

1.4. Abrir CONTA BANCÁRIA ESPECÍFICA para a campa-nha, VEDADO o uso de conta já existente.

1.5. INSTALAR o SPCE – Sistema de Prestação de Contas Eleitorais em seu computador, para emissão/impressão dos RECIBOS ELEITORAIS.

1.6. Conhecer o seu LIMITE DE GASTOS, tratando-se de candidato.

Para sua segurança e comodidade, designe um ADMINISTRADOR FI-NANCEIRO PARA A CAMPANHA, para providenciar os detalhes buro-cráticos (documentação, registros no SPCE, movimentação financeira, ex-tratos bancários, etc), que ASSINA-RÁ em conjunto a sua prestação de contas e RESPONDERÁ SOLIDARIA-MENTE pelas informações prestadas à Justiça Eleitoral.

NÃO deixe por conta do Partido Político ou do Comitê Finan-ceiro do Partido a elaboração de sua prestação de contas, você é PESSOALMENTE responsável pelas informações nela contidas e SOFRERÁ as SANÇÕES porventura aplicadas pela Justiça Eleitoral, caso haja CAPTAÇÃO e/ou APLICAÇÃO ir-regular de recursos na campanha.

OBSERVE o LIMITE DE GASTOS que pode ser realizado na campanha, constante do seu registro de candidatura, GAS-TAR RECUROS ALÉM DESSE LIMITE sujeitará à MULTA no valor de 5 a 10 vezes a quantia excedida, a ser RECOLHIDA no prazo de 5 dias úteis da intimação da Decisão Judicial - lembrando que o Limite de Gastos do titular, inclui o do Vice.

2. ABERTURA DA CONTA BANCÁRIA:

É OBRIGATÓRIA a abertura de CONTA BANCÁRIA, mesmo que NÃO ocorra MOVIMENTAÇÃO de recursos fi-nanceiros na campanha. Já os candidatos a VICE-PREFEITO NÃO SERÃO OBRIGADOS A ABRI-LA, mas se o fizerem, sua MOVIMENTAÇÃO e os extratos devem COMPOR a pres-tação de CONTAS do candidato a PREFEITO.

Os BANCOS ou INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS com car-teira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil são OBRIGADOS a abrir a conta de campanha no prazo de até 3 dias da sua solicitação, SEM EXIGIR DEPÓSITO MÍNIMO e SEM COBRAR TAXAS de ABERTURA E MANUTENÇÃO

2.1. CANDIDATOS e COMITÊS FINANCEIROS DOS PAR-TIDOS POLÍTICOS no prazo de 10 DIAS da expedição do CNPJ, devem abrir as respectivas contas, com os seguintes DOCUMENTOS:

a Comprovante do CNPJ extraído do site da Receita Federal do Brasil: www.receita.fazenda.gov.br;

b RACE – Requerimento de Abertura de Conta Elei-toral, extraído do site da Justiça Eleitoral: www.tse.jus.br, devidamente preenchido;

c Cópia dos documentos pessoais e do comprovante de endereço.

2.2. PARTIDOS POLÍTICOS MUNICIPAIS, ESTADUAIS e NACIONAIS, no período de 01/01/2012 a 05/07/2012, com os seguintes DOCUMENTOS:

a CERTIDÃO/ESPELHO da Justiça Eleitoral, com a composição partidária e a identificação do Presiden-te e do Tesoureiro;

b DOCUMENTOS Pessoais do Presidente e do Tesou-reiro;

c RACEP – Requerimento de Abertura de Conta Eleito-ral Partidária, devidamente preenchido, extraído do site: www.tse.jus.br;

d Comprovante de inscrição no CNPJ PRÓPRIO, atra-vés de consulta ao site: www.receita.fazenda.gov.br da Receita Federal do Brasil;

CASO o diretório partidário NÃO POSSUA CNPJ PRÓ-PRIO, deve PROVIDENCIAR sua INSCRIÇÃO na Uni-dade da Receita Federal de sua circunscrição

2.3. EXCEÇÕES À ABERTURA DA CONTA:

Se NÃO HOUVER AGÊNCIA BANCÁRIA e/ou CORRES-PONDENTE BANCÁRIO no seu MUNICÍPIO, é FACULTATI-VA a abertura de CONTA para CANDIDATOS, COMITÊS FI-NANCEIROS e PARTIDOS POLÍTICOS, entretanto, a conta pode ser aberta em outro município para a correta compro-vação e/ou controle da arrecadação e aplicação dos recursos da campanha.

Nos MUNICÍPIOS com MENOS DE 20 MIL ELEITORES, que possuam agência bancária ou correspondente bancário, é FACULTATIVA a abertura da conta, SOMENTE para os can-didatos a VEREADOR.

A INOBSERVÂNCIA DAS PROVIDÊNCIAS INICIAIS E DOS PRAZOS ACIMA CITADOS PODE ENSEJAR A DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS.

3. RECIBOS ELEITORAIS

Sua EMISSÃO É OBRIGATÓ-RIA para TODO e QUALQUER RECURSO RECEBIDO, seja em DINHEIRO, CHEQUE, TRANSFE-RÊNCIA BANCÁRIA, CARTÃO de Débito/Crédito, inclusive pela INTERNET ou ESTIMÁVEL EM DINHEIRO.

Serão IMPRESSOS/EMITIDOS através do SPCE, com modelo já definido pela Justiça Eleitoral. TODOS os CAMPOS devem ser PREENCHIDOS, com a DATA, identificação do DOADOR, VALOR da doação, ESPÉCIE e descrição do RE-CURSO (financeiro ou estimável em dinheiro), ASSINATU-RAS do DOADOR e do RESPONSÁVEL pela sua EMISSÃO. Na arrecadação de recursos pela INTERNET é dispensada, somente, a assinatura do doador.

A NUMERAÇÃO dos RECIBOS ELEITORAIS é seriada e composta por 18 dígitos, cujo PREFIXO SERÁ INFORMADO PELO PRÓPRIO SPCE, com base nos dados constantes da ficha de qualificação, cabendo ao CANDIDATO, ao COMITÊ FINANCEIRO e ao PARTIDO POLÍTICO apenas registrarem a FAIXA DE NUMERAÇÃO que irão utilizar na campanha em módulo específico do SPCE.

EXEMPLO: faixa de Numeração de 1 a 200 - quan-do da emissão/impressão do Recibo Eleitoral, o próprio SPCE preenche os demais dígitos necessários à com-posição da numeração.

4. ARRECADAÇÃO DE RECURSOS:4.1. PARA TODO E QUALQUER RECURSO PARA A CAM-

PANHA, DEVE SER EMITIDO O RESPECTIVO RECI-BO ELEITORAL, e podem ser recebidos das SEGUIN-TES FONTES:

a Recursos PRÓPRIOS DOS CANDIDATOS;

b Recursos e fundos PRÓPRIOS DOS PARTIDOS PO-LÍTICOS;

c DOAÇÕES, em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, de pessoas FÍSICAS OU DE PESSOAS JURÍDICAS;

d DOAÇÕES, por cartão de débito ou de crédito;

e Doações de OUTROS candidatos, comitês finan-ceiros ou partidos políticos;

f Repasse de FUNDO PARTIDÁRIO, através dos par-tidos políticos;

g Receita de COMERCIALIZAÇÃO de bens e/ou servi-ços e/ou da promoção de EVENTOS;

h Receita de APLICAÇÃO FINANCEIRA dos recursos de campanha.

DOAÇÕES, INCLUSIVE PELA INTERNET, PARA CANDIDATOS, COMITÊS FINANCEIROS E PARTIDOS POLÍTICOS, DEVEM OBSERVAR AS SEGUINTES REGRAS:

a RECURSOS FINANCEIROS:

Com trânsito obrigatório pela CONTA BANCÁRIA ESPECÍFICA da campanha, que podem ser em CHE-QUES cruzados e nominais, TRANSFERÊNCIA BAN-

CÁRIA, BOLETO de cobrança com registro, CARTÃO de crédito/débito e DEPÓSITOS EM ESPÉCIE, devi-damente identificados com o CPF/CNPJ do doador, INCLUSIVE PARA DOAÇÕES PRÓPRIAS DO CANDI-DATO;

b RECURSOS ESTIMÁVEIS EM DINHEIRO:

DOAÇÃO ou CESSÃO temporária de bens e/ou ser-viços, por PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS, à EXCE-ÇÃO de partidos políticos, comitês financeiros e candi-datos, devem constituir PRODUTO DE SEU PRÓPRIO SERVIÇO, DE SUAS ATIVIDADES ECONÔMICAS e os BENS PERMANENTES devem INTEGRAR O PATRI-MÔNIO DO DOADOR.

EXEMPLOS:

a Posto de combustível – pode doar combustíveis

b Gráfica – pode doar material gráfico

c Contador – pode doar serviços contábeis

d Advogado – pode doar serviços advocatícios

e Pessoas físicas – podem doar o seu próprio serviço

f Pessoas físicas/jurídicas – podem doar/ceder bens móveis/imóveis que façam parte do seu patrimônio

As DOAÇÕES ESTIMÁVEIS devem ser suportadas por TERMOS DE CESSÃO/DOAÇÃO com valor avaliado pelo pre-ço praticado no mercado, quando não possuir valor nominal - NOTAS FISCAIS em nome do doador - NOTAS EXPLICA-TIVAS detalhadas no SPCE e respectivos Recibos Eleitorais.

EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO:

a Cessão de veículo – Locadoras de veículos (valor di-ário, semanal ou mensal).

b Serviços contábeis/advocatícios - Tabelas de hono-rários do CRC ou OAB.

c Serviços de cabo eleitoral – Tabela oficial de salários praticados na região.

OS RECURSOS ESTIMÁVEIS EM DI-NHEIRO - RELATIVOS À DOAÇÃO OU CESSÃO TEMPORÁRIA DE BENS E/OU SERVIÇOS, FORNECIDOS PELO PRÓ-PRIO CANDIDATO, APENAS AQUELES INTEGRANTES DO SEU PATRIMÔNIO EM PERÍODO ANTERIOR AO PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA.

OS EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS CONTRAÍDOS PELA PESSOA FÍSICA DO CANDIDATO SERÃO CONSIDE-RADOS DOAÇÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS SE APLI-CADOS NA CAMPANHA ELEITORAL.

Os CANDIDATOS, os COMITÊS FINANCEIROS e os PARTIDOS POLÍTICOS poderão arrecadar recursos pela INTERNET, devendo disponibilizar mecanismo em página eletrônica, que permita a inserção dos seguintes requisitos:

a Identificação do DOADOR pelo nome ou razão so-cial com CPF/CNPJ;

b Emissão de RECIBO ELEITORAL para cada doação realizada;

c CRÉDITO na CONTA BANCÁRIA específica até a

data da eleição;

d VENCIMENTO DE BOLETOS de cobrança até o dia da eleição;

e TERMINAL DE CAPTURA nas doações por cartão de crédito/débito.

4.2. Os LIMITES DE DOAÇÕES que deverão ser OBSER-VADOS PELOS RESPECTIVOS DOADORES, serão apurados pela RECEITA FEDERAL DO BRASIL, atra-vés das informações consolidadas dos valores doados, extraídos das prestações de contas de CANDIDATOS, COMITÊS FINANCEIROS E PARTIDOS POLÍTICOS, repassadas pela Justiça Eleitoral, são os seguintes:

a PESSOAS FÍSICAS - Até 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano de 2011, declarados à Re-ceita Federal do Brasil,

EXCETO: não serão computadas neste limite, as DO-AÇÕES ESTIMÁVEIS EM DINHEIRO relativas à uti-lização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, DESDE QUE O VALOR DA DOAÇÃO NÃO ULTRAPASSE R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), apurados conforme o valor de mercado, bem como a ATIVIDADE VOLUNTÁRIA, PESSOAL E DIRETA DO ELEITOR em apoio à candidatura ou partido político de sua preferência;

b PESSOAS JURÍDICAS - Até 2% do faturamento bruto auferido em 2011, declarado à Receita Federal do Brasil.

c VEDAÇÃO: para doações por PESSOAS JURÍDICAS que tenham iniciado ou retomado suas atividades no ano-calendário de 2012.

d DOAÇÕES DO PRÓPRIO CANDIDATO - Até o valor máximo do LIMITE DE GASTOS estabelecido para a campanha, caso o candidato utilize recursos pró-prios.

e DOAÇÕES ENTRE CANDIDATOS, COMITÊS FI-NANCEIROS E PARTIDOS POLÍTICOS - mediante recibo eleitoral e NÃO estão sujeitas aos limites aci-ma fixados, EXCETO se oriundas de recursos pró-prios do candidato, que deverão respeitar o limite de 10%, estabelecido para pessoas físicas.

A EXTRAPOLAÇÃO DOS LIMITES DE DOAÇÃO será co-municada à Justiça Eleitoral pela Receita Federal do Brasil, sujeitando o INFRATOR/DOADOR ao pagamento de MULTA NO VALOR DE 5 A 10 VEZES a quantia em excesso, sem prejuízo de responder o candidato por abuso do poder eco-nômico

A PESSOA JURÍDICA que ultrapassar o limite, além da aplicação da MULTA acima citada, estará sujeita à PROIBI-ÇÃO DE PARTICIPAR DE LICITAÇÕES públicas e de cele-brar contratos com o poder público pelo período de ATÉ 5 ANOS, por decisão da Justiça Eleitoral.

4.3. Aos CANDIDATOS, COMITÊS FINANCEIROS e PAR-TIDOS POLÍTICOS é EXPRESSAMENTE PROIBIDO RECEBER DOAÇÃO em dinheiro ou estimável em dinheiro dos órgãos abaixo relacionados e, caso se-jam recebidos deverão ser TRANSFERIDOS AO TE-SOURO NACIONAL, por meio GRU (Guia de Recolhi-

mento da União), até 5 dias após a decisão definitiva que julgar a prestação de contas, com a apresentação do respectivo comprovante de recolhimento dentro desse mesmo prazo:

a Entidade ou governo estrangeiro;

b Órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenientes do po-der público;

c Concessionário ou permissionário de serviço público;

d Entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória em virtude de disposição legal;

e Entidade de utilidade pública;

f Entidade de classe ou sindical;

g Pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recur-sos do exterior;

h Entidades beneficentes e religiosas;

i Entidades esportivas;

j Organizações não governamentais que recebam re-cursos públicos;

k Organizações da sociedade civil de interesse público;

l Sociedades cooperativas de qualquer grau ou na-tureza, cujos cooperados sejam concessionários ou permissionários de serviços públicos ou que estejam sendo beneficiadas com recursos públicos.

4.4. Os RECURSOS DE ORIGEM NÃO IDENTIFICADA caracterizam-se pela falta de identificação do doa-

dor e/ou informação de números inválidos do CPF/CNPJ, caso ocorram, deverão ser registrados na res-pectiva prestação de contas, NÃO PODEM SER UTI-LIZADOS pelos partidos políticos, candidatos ou comitês financeiros e, deverão ser TRANSFERIDOS AO TESOURO NACIONAL, por meio GRU, até 5 dias após a decisão definitiva que julgar a prestação de con-tas, com a apresentação do respectivo comprovante de recolhimento dentro desse mesmo prazo.

4.5. A COMERCIALIZAÇÃO DE BENS/SERVIÇOS E/OU PROMOÇÃO DE EVENTOS por candidatos, comitês financeiros e partidos políticos para arrecadar re-cursos para campanha poderá ser FISCALIZADA pela Justiça Eleitoral, deverá ser COMUNICADA FORMAL-MENTE e com antecedência mínima de 5 DIAS ÚTEIS ao Juízo Eleitoral, e ainda:

a Toda a DOCUMENTAÇÃO da sua realização (notas fis-cais, contratos, recibos eleitorais,..) ficará à disposi-ção da Justiça Eleitoral;

b Deverá ser emitido RECIBO ELEITORAL para cada re-curso arrecado - constituem-se em DOAÇÕES, e estão sujeitos aos limites legais fixados;

c Depositar na CONTA BANCÁRIA específica o MON-TANTE bruto dos recursos arrecadados, antes de sua utilização.

4.6. Data Limite para Arrecadação de Recursos:

ATÉ O DIA DA ELEIÇÃO os candidatos, os comitês financeiros e os partidos políticos poderão ARRE-CADAR RECURSOS e contrair obrigações, inclusive na ocorrência de segundo turno, para àqueles que dele participarem.

4.6.1. ARRECADAÇÃO DE RECURSOS APÓS O DIA DA ELEI-ÇÃO:

a Exclusivamente para a QUI-TAÇÃO de despesas contra-ídas e não pagas até àquela data, que deverão estar IN-TEGRALMENTE QUITADAS até a data da entrega da prestação de contas à Jus-tiça Eleitoral.

b As DÍVIDAS de campanha poderão ser ASSUMI-DAS pelo partido político, que responderá SOLIDA-RIAMENTE com o candidato, e, neste caso, não en-sejarão a desaprovação das contas, as quais deverão ser comprovadas por documento idôneo permitido pela legislação tributária, emitido na data da rea-lização da despesa

Os recursos arrecadados pelos partidos políticos, para a quitação de dívidas de campanha por eles assumidas, deverão transitar pela conta bancária específica de cam-panha, que somente será encerrada após a quitação de to-dos os débitos, bem como, observarão os limites legais de aplicação (de 10% e 2% para os doadores pessoas físicas e jurídicas, respectivamente, e os limites de aplicação do fundo partidário, determinados na Lei nº 9.096/95) e às fontes lí-citas de arrecadação.

4.7. A ARRECADAÇÃO de recursos na campanha eleitoral será comprovada pelos seguintes DOCUMENTOS:

a RECURSOS FINANCEIROS – CANHOTOS dos RE-CIBOS ELEITORAIS integralmente preenchidos e

os EXTRATOS BANCÁRIOS da conta específica da campanha.

b RECURSOS ESTIMÁVEIS EM DINHEIRO - DOA-ÇÃO/CESSÃO DE BENS E/OU SERVIÇOS serão comprovados pelos CANHOTOS DOS RECIBOS ELEITORAIS devidamente preenchidos, e DOCU-MENTO FISCAL emitido pela pessoa jurídica doa-dora e TERMO DE DOAÇÃO por ela firmado - DO-CUMENTO FISCAL em nome do doador ou TERMO DE DOAÇÃO por ele firmado, quando se tratar de doação feita por pessoa física - TERMO DE CES-SÃO quando se tratar de bens de pessoa física ou jurídica, cedidos temporariamente ao candidato, comitê financeiro ou partido político.

5. GASTOS DE CAMPANHA:

NÃO EFETUE GASTOS na cam-panha ANTES da adoção dos PRO-CEDIMENTOS INICIAIS citados no item 1 desta cartilha (Solicita-ção do Registro, Abertura de Conta Bancária, Emissão de Recibos Elei-torais através do SPCE) – o ÚNICO GASTO PERMITIDO antes da aber-tura de conta e emissão dos recibos eleitorais, porém, após a solicitação do registro e obtenção do CNPJ, é SOMENTE a CONTRATAÇÃO devi-damente formalizada da INSTALAÇÃO FÍSICA DE COMITÊS DE CAMPANHA de CANDIDATOS e de PARTIDOS POLÍTI-COS (locação do imóvel, ligação de água, luz, telefone),

a partir de 10 de junho de 2012, SEM O DESEMBOLSO FINANCEIRO.

CANDIDATO - OBSERVE O LIMITE DE GASTOS que pode ser realizado na campanha, para NÃO SER MULTA-DO, lembrando que os gastos efetuados em benefício de outros candidatos, comitês financeiros ou partidos polí-ticos, devem ser registrados em sua prestação de contas e serão doações estimáveis em dinheiro e ENTRAM NO SEU LIMITE DE GASTOS.

Os GASTOS de campanha estão relacionados no artigo 30 da Resolução/TSE nº 23.376/2012 e, devem ser REGIS-TRADOS na prestação de contas de quem os realizou, na data da compra/contratação INDEPENDENTE DO SEU PAGAMENTO.

CADA CANDIDATO, COMITÊ FINANCEIRO E PARTI-DO POLÍTICO é RESPONSÁVEL pelo pagamento de SUAS PRÓPRIAS DESPESAS, SOMENTE poderão ser efetuadas por MEIO DE CHEQUE NOMINAL OU TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA, RESSALVADAS àquelas de PEQUENO VALOR, no máximo R$ 300,00, que poderão ser pagas em dinhei-ro, através de Fundo de Caixa, e sujeitas aos MESMOS RIGORES DE FISCALIZAÇÃO.

FUNDO DE CAIXA – para utilizar em TODO O PERÍODO DA CAMPANHA ELEITORAL, com o trânsito prévio dos recursos na Conta Bancária é fixado pelo quantitativo do eleitorado do município:

a Até 40 mil eleitores - até R$ 5.000,00;

b Mais 40 mil até 100 mil eleitores - até R$ 10.000,00

c Mais de 100 mil até 200 mil eleitores - até R$ 15.000,00

d Mais de 200 mil até 500 mil eleitores – até R$ 20.000,00

e Mais de 500 mil até 900 mil eleitores – até R$ 30.000,00

f Mais de 900 mil eleitores - até R$ 50.000,00

PARTIDOS POLÍTICOS que aplicarem FUNDO PARTI-DÁRIO ou recursos RECEBIDOS DE PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS (inclusive de exercícios anteriores) devem man-ter em sua escrituração contábil, contas específicas para o registro desta movimentação, com a IDENTIFICAÇÃO DO DESTINATÁRIO/BENEFICIÁRIO, a DISCRIMINAÇÃO DA ORIGEM dos recursos e DEPÓSITO NA SUA CONTA ES-PECÍFICA DE CAMPANHA, RESSALVADOS os recursos do FUNDO PARTIDÁRIO, que devem ser MOVIMENTADOS NA CONTA BANCÁRIA ESPECÍFICA PARA ESTE FIM. A apli-cação desses recursos deverá constar da PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CAMPANHA, bem como, da PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL DO EXERCÍCIO DE 2012, dos respectivos DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS.

TODO o MATERIAL IMPRESSO de campanha deve con-ter o número do CNPJ ou do CPF do RESPONSÁVEL pela confecção, bem como de quem a CONTRATOU, e a respecti-va TIRAGEM.

A DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA dos GASTOS DE CAMPANHA (Notas Fiscais, Faturas e Recibos quando permi-tidos pela legislação fiscal), deve ser EMITIDA em NOME DE QUEM REALIZOU A DESPESA: CANDIDATO, COMITÊ FI-NANCEIRO ou PARTIDO POLÍTICO e pode ser requisitada pela Justiça Eleitoral.

São VEDADAS quaisquer DOAÇÕES em dinheiro, TRO-FÉUS, PRÊMIOS e AJUDAS de qualquer espécie, feitas POR CANDIDATO a pessoas FÍSICAS OU JURÍDICAS entre o REGISTRO e a ELEIÇÃO.

É VEDADA A CONFECÇÃO, UTILIZAÇÃO, DISTRIBUI-ÇÃO por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de CAMISETAS, CHAVEIROS, BONÉS, CANETAS, BRINDES, CESTAS BÁSICAS OU QUAISQUER OUTROS BENS OU MATERIAIS que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

As MULTAS ELEITORAIS aplicadas a partidos ou candi-datos SÃO DESPESAS DE CAMPANHA, devem ser registra-das na prestação de contas, e compõem o LIMITE DE GAS-TOS DO CANDIDATO.

6. PRESTAÇÃO DE CONTAS:

É OBRIGATÓRIA a apresentação da PRESTAÇÃO DE CONTAS contendo todas as receitas e todas as despesas da campanha, elaborada através do SPCE (Sistema de Presta-ção de Contas Eleitorais) pelos CANDIDADOS, COMITÊS FINANCEIROS dos partidos políticos e DIRETÓRIOS DOS PARTIDOS POLÍTICOS em todas as suas esferas (munici-pais, estaduais e nacionais).

MESMO QUE NÃO TENHA REALIZADO CAMPANHA, o CANDIDATO que renunciar, desistir, for substituído ou tiver o seu registro indeferido pela Justiça Eleitoral DEVE PRESTAR CONTAS do período que participou do processo eleitoral.

Em caso de FALECIMENTO DE CANDIDATO, a obriga-ção de prestar contas, referente ao período em que realizou campanha, será do seu administrador financeiro ou do seu partido político.

6.1. PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL

O RELATÓRIO PARCIAL será EXTRA-ÍDO DO SPCE e ENCAMINHADO através da página da INTERNET da justiça eleito-ral: www.tse.jus.br pelos CANDIDATOS, COMITÊS FINANCEIROS e PARTIDOS POLÍTICOS em duas ocasiões:

a 1º RELATÓRIO = No período de 28/07 a 02/08/2012

b 2º RELATÓRIO = No período de 28/08 a 02/09/2012

6.2. PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL

QUEM DEVE APRESENTAR?

Os CANDIDATOS, os COMITÊS FINANCEIROS DE PAR-TIDOS POLÍTICOS e os DIRETÓRIOS DOS PARTIDOS PO-LÍTICOS.

ONDE APRESENTAR?

a CARTÓRIO ELEITORAL – CANDIDATOS, COMI-TÊS FINANCEIROS DE PARTIDOS POLÍTICOS E DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS MUNICIPAIS.

b TRE – DIRETÓRIOS ESTADUAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS.

c TSE – DIRETÓRIOS NACIONAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS

QUANDO?

a PARA O 1º TURNO – Até 06/11/2012:

Para os CANDIDATOS, os COMITÊS FINANCEIROS e PARTIDOS POLÍTICOS:

b PARA O 2º TURNO – Até 27/11/2012:

O CANDIDATO que o disputar, de toda a movimenta-ção da campanha

O COMITÊ FINANCEIRO de partido, conjutamente com o seu PARTIDO POLÍTICO, que tenham candida-to concorrendo ao 2º turno apresentarão:

1 Em 06/11/2012 sobre a movimentação relati-va ao primeiro turno

2 Em 27/11/2012 de TODA a movimentação da campanha somando do 1º e do 2º turnos

CANDIDATO, COMITÊ FINANCEIRO e PARTIDO PO-LÍTICO – CADA UM É RESPONSÁVEL pela CONFECÇÃO e ENTREGA de suas CONTAS à Justiça Eleitoral, ELABORA-DAS OBRIGATORIAMENTE ATRAVÉS DO SPCE, contendo:

a PEÇAS impressas geradas no SPCE, devidamente assinadas;

b EXTRATOS bancários legais/válidos da CONTA DE CAMPANHA;

c EXTRATOS da CONTA DO FUNDO PARTIDÁRIO pelos PARTIDOS POLÍTICOS, para comprovar a movimentação deste tipo de recursos;

d COMPROVANTES de recolhimento ao partido das SOBRAS DE CAMPANHA, se houver;

e CÓPIA DO CONTRATO firmado com instituição fi-nanceira ou administradora de cartão de crédito, se for o caso;

f DECLARAÇÃO da direção partidária comprovando o recebimento das sobras de campanha, quando hou-ver.

g MÍDIA ELETRÔNICA gerada no SPCE (CD, Pen dri-ve, ..)

NÃO SERÃO CONSIDERADAS PRES-TADAS, SENDO NECESSÁRIA A RE-APRESENTAÇÃO DAS CONTAS QUE APRESENTAREM AS SEGUINTES IN-CONSISTÊNCIAS:

a AUSÊNCIA do NÚMERO DE CON-TROLE nas peças impressas;

b DIVERGÊNCIA entre o NÚMERO DE CONTROLE constante das peças impressas e aquele gerado na mídia;

c INCONSISTÊNCIA ou ausência de dados;

d FALHA NA MÍDIA;

e QUALQUER OUTRA FALHA que impeça a recepção eletrônica das contas e das peças na base de dados da Justiça Eleitoral.

TODOS OS DOCUMENTOS relativos às contas da cam-panha (bancários, fiscais, eleitorais, etc) devem ser GUAR-DADOS pelos CANDIDATOS, COMITÊS FINANCEIROS E PARTIDOS POLÍTICOS ATÉ 180 DIAS após a diplomação ou ATÉ A DECISÃO FINAL das contas, se pendente de jul-gamento qualquer processo judicial a elas inerente

SOBRAS DE CAMPANHA, em recursos financeiros e bens/materiais permanentes serão TRANSFERIDAS AO PARTIDO POLÍTICO da circunscrição do pleito, com a apre-sentação do comprovante do depósito e/ou da declara-ção da direção partidária, confirmando seu recebimento.

7. JULGAMENTO DAS CONTAS:7.1. As Prestações de Contas serão

apreciadas e julgadas pela Jus-tiça Eleitoral, que decidirá pela APROVAÇÃO, APROVAÇÃO COM RESSALVAS, DESAPRO-VAÇÃO E NÃO PRESTAÇÃO DAS CONTAS, nas seguintes esferas:

a TRIBUNAL SUPERIOR ELEI-TORAL – decidirá sobre as con-tas dos DIRETÓRIOS NACIO-NAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS;

b Os TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS – decidi-rão sobre as contas dos DIRETÓRIOS ESTADUAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS;

c Os JUÍZES ELEITORAIS – decidirão sobre as contas dos CANDIDATOS, dos COMITÊS FINANCEIROS e dos DIRETÓRIOS MUNICIPAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS.

SERÃO JULGADAS NÃO PRESTADAS AS CONTAS quan-do:

a Não apresentadas no prazo determinado;

b Não reapresentadas, perante a impossibilidade de sua recepção (por falha/inconsistência na mídia, divergência do número de controle da mídia com as peças, entre outros);

c Apresentadas sem documentos que possibilitem a sua análise, cuja falha não seja suprida em 72 horas da intimação;

CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS - Caso sejam apresentadas, não serão objeto de novo julgamento, se-rão consideradas apenas para fins de divulgação e regula-rização no Cadastro Eleitoral ao término da legislatura.

7.2. A DECISÃO/SENTENÇA que julgar as contas de cam-panha DESAPROVADAS ou NÃO PRESTADAS impli-cará em PENALIDADES:

a AOS CANDIDATOS:

1 Contas Não Prestadas – impede a obtenção de certidão de quitação eleitoral até o final da legislatura, persistindo os efeitos até a efetiva apresentação das contas.

2 Contas Desaprovadas – impedirá a obtenção de certidão de quitação eleitoral.

SE OCORREREM GASTOS IRREGULARES com recursos do FUNDO PARTIDÁRIO ou AUSÊNCIA DE SUA COMPRO-VAÇÃO, a decisão que julgar as contas determinará a DE-VOLUÇÃO do valor ao TESOURO NACIONAL, no prazo de 5 DIAS após o seu trânsito em julgado.

CANDIDATO QUE NÃO PRESTAR CONTAS NO PRAZO NÃO SERÁ DIPLOMADO, enquanto perdurar a omissão. Os omissõs terão seus nomes DIVULGADOS E ENCAMINHA-DOS ao Ministério Público Eleitoral, para as providências a seu cargo.

b AOS PARTIDOS POLÍTICOS:Contas julgadas Não Prestadas ou Desaprovadas – ao

partido político, em relação às suas próprias contas e às contas do comitê financeiro que a ele estiver vinculado – a perda do direito ao recebimento da quota do fundo par-tidário, do ano seguinte ao trânsito em julgado da decisão/sentença, pelo período de 1 a 12 meses, sem prejuízo de os candidatos beneficiados responderem por abuso do po-der econômico ou outras sanções cabíveis.

GASTOS IRREGULARES com FUNDO PARTIDÁRIO ou ausência de sua comprovação, pelo partido político, pelo comitê financeiro ou pelo candidato, serão recolhidos ao Tesouro Nacional no prazo de 5 dias após o trânsito em julgado da sentença/decisão que determinou sua restituição.

8. DICAS ESPECIAIS:8.1. CUMPRA todos os PRAZOS de-

terminados: para o REGISTRO DE CANDIDATURA, abertura de CONTA BANCÁRIA, envio de PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL, entrega da PRESTA-ÇÃO DE CONTAS FINAL, e es-pecialmente aos MANDADOS da Justiça Eleitoral (para apresentação de documentos, esclarecimentos e/ou regularizações, etc), que deverão ser cumpridos em 72 HORAS da notificação – estas falhas formais podem ensejar a DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS.

8.2. PLANEJE a administração financeira de sua campanha, verifique o CORRETO PREENCHIMENTO e/ou apresentação dos DOCUMENTOS relativos à presta-ção de contas, posto que, CONTAS DE-SAPROVADAS ou NÃO PRESTADAS IMPEDEM a obtenção de CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL, o que IM-POSSIBILITA, entre outras atividades, a EXPEDIÇÃO DE PASSAPORTES, A POSSE EM CONCURSO PÚBLICO e a CONCORRÊN-CIA a CARGO ELETIVO nas próximas eleições.

8.3. CONFIRME/CONSULTE no site da RFB: www.re-ceita.fazenda.gov.br a REGULARIDADE dos CPFs e CNPJs pertencentes aos DOADORES e FORNECE-DORES/PRESTADORES DE SERVIÇOS da campanha, registrados em sua prestação de contas, eles SERÃO AVALIADOS PELA RFB, e, caso apresentem inconsis-tências, ensejarão DILIGÊNCIAS da Justiça Eleitoral junto ao candidato, ao comitê financeiro ou ao par-tido político, para apresentar ESCLARECIMENTOS e/ou REGULARIZAÇÃO e, NEM SEMPRE os respecti-vos DOADORES/FORNECEDORES são localizados pelo candidato/comitê financeiro/partido político, em TEMPO HÁBIL para atender a NOTIFICAÇÃO da Jus-tiça Eleitoral - EM 72 HORAS

8.4. NÃO RECEBA DOAÇÕES FINANCEIRAS NEM EFE-TUE GASTOS NA CAMPANHA, sem TRANSITAR OS RECURSOS FINANCEIROS PELA CONTA BANCÁRIA específica. Tal procedimento pode ensejar ocorrência de “caixa dois”, com a consequente DESAPROVAÇÃO

das contas e a aplicação das PENALIDADES inerentes ao fato.

8.5. FAÇA TODOS OS PAGAMENTOS DAS DESPESAS DA CAMPANHA ATRAVÉS DE CHEQUES NOMIMAIS OU TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA, em atendimento à legislação eleitoral, bem como, para demonstrar a TRANSPARÊNCIA DAS FINANÇAS DE SUA CAMPA-NHA ELEITORAL.

9. LEGISLAÇÃO:a Lei nº 9.504/1997

b Lei nº 9.096/1995

c Lei nº 11.300/2006

d Lei nº 12.034/2009

e Resolução/TSE nº 23.376/2012

f Carta - Circular BACEN n° 3.551/2012

g IN Conjunta RFB/TSE n° 1.019/2012