tribunais administrativo edson marques aula 03
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CURSO EM EXERCCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
TRIBUNAIS - CESPE/FCC
Ol pessoal,
Como estamos nos nossos estudos. Espero que evoluindo bastante.
Bem, como perceberam, h um razovel nmero de questes em
cada aula, de modo que ao final do curso, ou seja, na ltima aula, irei
enviar o resumo (sntese ou smulas) dos temas mais palpitantes.
Ento, nesta aula veremos:
AULA 03 - Poderes administrativos: poder hierrquico,
poder disciplinar, poder regulamentar, poder de
polcia.
Vamos ao que interessa.
1. (ANALISTA JUDICIRIO - TRE/MT - CESPE/2010) H
excesso de poder quando o agente pblico decreta a remoo
de um servidor no como necessidade do servio, mas como
punio.
Comentrio:
Inicialmente preciso que faamos uma rpida introduo do tema.
Ento, vale lembrar que o ordenamento jurdico confere
Administrao Pblica e aos agentes pblicos um conjunto de
prerrogativas, denominados de poderes (poderes pblicos), e deveres
administrativos, em decorrncia, como j sabemos, do princpio da
supremacia do interesse pblico sobre o privado e da
indisponibilidade desse interesse.
Assim, para o exerccio de suas funes e consecuo dos fins
pblicos, a Administrao detentora de certas prerrogativas
especiais de direito pblico. Tais prerrogativas, como disse,
denominam-se poderes administrativos.
Nesses termos, por ser esse poder administrativo outorgado aos
agentes pblicos no sentido de que cumpram suas atribuies
voltadas ao atendimento do interesse coletivo, pode-se enumerar
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QUESTES COMENTADAS
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duas caractersticas bsicas: so irrenunciveis e devem ser
obrigatoriamente exercidos.
Em razo desse duplo aspecto, os poderes administrativos impem
ao administrador o exerccio das prerrogativas e vedam a inrcia, eis
que o exerccio dessas prerrogativas obrigatrio tendo em vista o
atendimento dos anseios coletivos.
Por isso, enquanto o particular como titular de uma prerrogativa tem
a faculdade de exerc-la, o administrador tem o poder-dever de
agir. em razo disso que o Prof. Celso Antnio Bandeira de Mello
diz que se trata de um dever e no um poder, ou seja, seria para ele
um dever-poder.
Com efeito, quando esses poderes esto sendo utilizados de forma
normal, ou seja, nos limites da lei, observando seus fins, diz-se que
h o uso do poder. De outro lado, quando h o uso anormal, ou
seja, fora dos limites legais ou no observando os fins estabelecidos,
ocorre o chamado abuso de poder.
Assim, o uso do poder a utilizao normal das prerrogativas
pblicas. E o abuso de poder , conforme lio de Jos dos Santos
Carvalho Filho "a conduta ilegtima do administrador, quando atua
fora dos objetivos expressa e implicitamente traados na lei".
Por isso, podemos constatar que o poder administrativo pode sofrer
de vcio de duas espcies, sendo: por excesso ou por desvio de
poder.
Ocorre o excesso de poder quando o agente atua fora dos limites
da competncia que lhe foi atribuda, ou seja, extrapola os limites de
sua competncia ou invade competncia que no sua. Significa
dizer que o agente no tem competncia para praticar o ato.
O desvio de poder ocorre quando o agente, muito embora seja
competente, atua em descompasso com a finalidade estabelecida em
lei para a prtica de certo ato, ou seja, aqui o agente tem
competncia, porm a utiliza para alcanar fins que no os queridos
pela norma.
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O desvio de poder tambm conhecido como desvio de finalidade,
ou seja, conduta do agente pblico que d finalidade ao ato
administrativo diverso daquele previsto na lei.
Exemplo: Diretor de um rgo ou entidade que no sentido de punir,
perseguir, subordinado o remove para comarca distinta da sua sede.
Ora, ele teria competncia para remover servidores, todavia no o faz
para atender ao interesse pblico, mas por sentimento pessoal de
vingana.
Tanto quando h excesso de poder ou desvio de poder diz-se que
houve abuso de poder. Assim agindo, o agente comete ilcito
administrativo (alm de ilcito penal, Lei n 4.898/65), visto que o
abuso de poder afronta o princpio da legalidade, sujeitando-se,
portanto, ao controle administrativo (autotutela) ou judicial
(mandado de segurana, por exemplo).
Diante disso, podemos definir poderes administrativos como o
conjunto de prerrogativas de direito pblico que a ordem jurdica
confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o
Estado alcance seus fins, conforme lio de Jos dos Santos Carvalho
Filho.
Ademais, esse conjunto de prerrogativas conferidas aos agentes
administrativas pode ser distinguido sob vrios aspectos. Sendo,
portanto, possvel indicar as seguintes modalidades: a) poder
discricionrio/vinculado; b) poder regulamentar; c) poder de
polcia; d) poder hierrquico; e) poder disciplinar.
certo, no entanto, que parte considervel da doutrina tem
entendimento de que o poder discricionrio/vinculado no seria um
poder em si, mas atributo de outros poderes, ou seja, estaria inserido
em outros poderes, na realizao dos atos concernentes a algumas
atividades.
Quanto questo, observe que, como salientei, ocorre o abuso de
poder quando h uma conduta ilegtima do agente pblico, seja por
extrapolar os limites de sua competncia (excesso de poder), seja
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por usar sua competncia para finalidade diversa daquele visada pela
norma (desvio de poder ou de finalidade).
Assim, tendo em vista que o excesso ou desvio dizem respeito mais
especificamente a elementos do ato administrativo, vamos estudar
tais vcios de forma mais abrangente l.
De toda sorte, h desvio de poder e no excesso quando o agente
decreta a remoo como medida punitiva, j que utiliza sua
competncia no para atender a finalidade pblica, mas para outros
fins.
Gabarito: Errado.
2. (FCC/2010 - TRE/AM - TCNICO JUDICIRIO) Sobre o
abuso de poder, correto afirmar que:
a) para combat-lo, no h medida judicial cabvel, devendo o
prejudicado recorrer via administrativa.
b) o abuso de poder s pode revestir a forma omissiva, no a
comissiva.
c) o uso do poder lcito, enquanto o abuso pode ser lcito ou ilcito,
dependendo da finalidade.
d) a improbidade deve sempre ser considerada uma espcie de abuso
de poder.
e) todo ato abusivo nulo, por excesso ou desvio de poder.
Comentrio:
A alternativa "a" est errada. Como vimos, o abuso de poder poder
ser combatido pela via do mandado de segurana.
A alternativa "b" est errada. O abuso de poder pode ocorrer tanto
por ao quanto por omisso.
A alternativa "c" est errada. O abuso de poder uso anormal,
inadequado, ilcito do poder.
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A alternativa "d" est errada. O abuso de poder pode se verificar em
uma das modalidades de improbidade. No entanto, nem toda
improbidade considerada abuso de poder.
Assim, a alternativa correta a "E", eis que todo ato abusivo nulo,
por excesso ou desvio de poder.
Gabarito: "E".
3. (FCC/ 2010 - TRE/AL - ANALISTA JUDICIRIO) O abuso de
poder
a) no pode ser combatido por meio de Mandado de Segurana.
b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas.
c) no se configura se a Administrao retarda ato que deva praticar,
sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa.
d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio
de finalidade ou de poder.
e) embora constitua vcio do ato administrativo, nunca causa de
nulidade do mesmo.
Comentrio:
A alternativa "a" est errada. Como j observamos, o abuso de poder
pode ser combatido por meio de Mandado de Segurana, conforme
dispe o art. 5, inc. LXIX, CF/88:
LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger
direito lquido e certo, no amparado por "habeas-corpus" ou
"habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no
exerccio de atribuies do Poder Pblico;
A alternativa "b" est errada. Percebe o que destacamos. O abuso de
poder poder ocorrer tanto por ao quanto por omisso.
A alternativa "c" est errada. Ento, o abuso pode ser por ao ou
omisso. Assim, se a Administrao retarda ato que deva praticar,
estar cometendo abuso de poder.
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A alternativa "e" est errada. O abuso, em qualquer de suas formas,
sempre causa de nulidade.
Assim, a alternativa "d" a correta. O abuso de poder pode se
configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de
finalidade ou de poder.
Gabarito: "D"
4. (FCC/2010 - MPE/RN - AGENTE ADMINISTRATIVO) Sobre o
poder da autoridade, analise:
I. A autoridade, embora competente para praticar o ato, vai alm do
permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas.
II. A autoridade, embora atuando nos limites de sua competncia,
pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela
lei ou exigidos pelo interesse pblico.
Tais espcies configuram, tcnica e respectivamente,
a) desvio de finalidade e uso de gesto de poder.
b) desvio de poder e excesso de poder.
c) abuso de poder e uso regular do poder.
d) uso de gesto do poder e excesso de poder.
e) excesso de poder e desvio de finalidade.
Comentrio:
Quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai
alm do permitido e exorbita no uso de suas faculdades
administrativas temos o excesso de poder.
Por exemplo, quando o chefe imediato aplica a pena de demisso a
servidor que comete ilcito grave. Veja que a pena at poderia ser
adequada, porm o chefe imediato no tem competncia para tanto,
por isso, embora competente para aplicar a punio, no caso
exorbitou no uso de suas faculdades, foi alm do que lhe era
permitido.
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Quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua
competncia, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos
objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse pblico, ocorre o
desvio de poder ou de finalidade.
Por exemplo, quando aquele mesmo chefe, com a finalidade de
perseguir ou de punir outro servidor, que lhe subordinado, mas que
no tem muita simpatia, o remove para outra localidade, no para
atender a necessidade do servio, mas para satisfazer seu ego.
Gabarito: "E".
5. (FCC/2010 - TRE/AM - ANALISTA JUDICIRIO) Considere os
conceitos abaixo, sobre os poderes administrativos.
I. Poder que o Direito concede Administrao, de modo explcito ou
implcito, para a prtica de atos administrativos com liberdade na
escolha de sua convenincia e oportunidade.
II. Poder de que dispe o Executivo para distribuir e escalonar as
funes de seus rgos e ordenar a atuao dos seus agentes,
estabelecendo a relao de subordinao entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
III. Faculdade de punir internamente as infraes funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e
servios da Administrao.
Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes
a) regulamentar, vinculado e disciplinar.
b) arbitrrio, disciplinar e de polcia.
c) vinculado, subordinado e hierrquico.
d) de polcia, disciplinar e hierrquico.
e) discricionrio, hierrquico e disciplinar.
Comentrio:
Na assertiva "I", temos o poder discricionrio que o poder que o
Direito concede Administrao, de modo explcito ou implcito, para
a prtica de atos administrativos com liberdade na escolha de sua
convenincia e oportunidade.
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Na assertiva "II", verificamos a ocorrncia do poder hierrquico, ou
seja, poder de que dispe o Executivo para distribuir e escalonar as
funes de seus rgos e ordenar a atuao dos seus agentes,
estabelecendo a relao de subordinao entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
Na assertiva "III", observa-se o poder disciplinar, que a faculdade
de punir internamente as infraes funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e servios da
Administrao.
Assim, temos poder discricionrio, hierrquico e disciplinar, ou seja,
alternativa "E".
Gabarito: "E".
6. (FCC/2010 - TRE/RS - ANALISTA JUDICIRIO) Sobre os
poderes administrativos, considere as seguintes afirmaes:
I. A discricionariedade do poder discricionrio diz respeito apenas
convenincia, oportunidade e contedo do ato administrativo.
II. Poder hierrquico a faculdade de punir as infraes funcionais
dos servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e
servios da Administrao.
III. Por fora do poder disciplinar o Chefe do Executivo pode distribuir
e escalonar as funes dos seus rgos, ordenar e rever a atuao
dos seus agentes.
IV. Poder regulamentar a faculdade de que dispem os Chefes de
Poder Executivo de explicar a lei para sua correta execuo, ou de
expedir decretos autnomos sobre matria de sua competncia ainda
no disciplinada em lei.
V. Quando o Poder Executivo exorbita do seu poder regulamentar
pode ter seus atos sustados pelo Congresso Nacional.
Est correto o que se afirma SOMENTE em
a) I e III.
b) I, IV e V.
c) II, III e V.
d) II e IV.
e) III e IV.
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Comentrio:
A assertiva "I" est correta. De fato, a discricionariedade do poder
discricionrio diz respeito apenas convenincia, oportunidade e
contedo do ato administrativo, ou seja, margem de liberdade em
se decidir o conveniente, oportuno, bem como o contedo do ato.
A assertiva "II" est errada. o poder disciplinar que a faculdade
de punir as infraes funcionais dos servidores e demais pessoas
sujeitas disciplina dos rgos e servios da Administrao.
A assertiva "III" est errada. Por fora do poder hierrquico o
Chefe do Executivo pode distribuir e escalonar as funes dos seus
rgos, ordenar e rever a atuao dos seus agentes.
A assertiva "IV" est correta. Poder regulamentar a faculdade de
que dispem os Chefes de Poder Executivo de explicar a lei para sua
correta execuo, ou de expedir decretos autnomos sobre matria
de sua competncia ainda no disciplinada em lei.
E, enfim, a assertiva "V" tambm est correta. Quando o Poder
Executivo exorbita do seu poder regulamentar pode ter seus atos
sustados pelo Congresso Nacional, conforme art. 49, inc. V, da
CF/88, que assim dispe:
Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao
legislativa;
Assim, as assertivas "I", "IV" e "V" esto corretas, sendo a
alternativa "B" a correta.
Gabarito: "B".
7. (FCC/2010 - TRF 4a REGIO - ANALISTA JUDICIRIO) Em
relao aos poderes administrativos, INCORRETO afirmar:
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a) O poder de polcia administrativa, tendo em vista os meios de
atuao, vem dividido em dois grupos: poder de polcia originrio e
poder de polcia outorgado.
b) O poder disciplinar da Administrao Pblica e o poder punitivo do
Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judicirio no tem qualquer
distino no que se refere sua natureza.
c) Os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade so
apontados como relevantes e eficazes limitaes impostas ao poder
discricionrio da Administrao Pblica.
d) A Administrao Pblica, como resultado do poder hierrquico,
dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades de seus rgos e agentes no seu ambiente interno.
e) Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo tm suporte no
poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer
autoridade administrativa tm fundamento em um genrico poder
normativo.
Comentrio:
A alternativa "a" est correta. O poder de polcia administrativa,
tendo em vista os meios de atuao, vem dividido em dois grupos:
poder de polcia originrio, aquele concedido administrao direta,
aos entes polticos, e poder de polcia outorgado, aquele concedido s
autarquias.
A alternativa "b" est errada. O poder disciplinar da Administrao
Pblica e o poder punitivo do Estado (jus puniendi) exercido pelo
Poder Judicirio so distintos quanto a sua natureza, eis que um
concedido ao Estado, submetido ao Direito penal, e o outro a
Administrao Pblica, ante a subordinao administrativa, submetido
ao Direito Administrativo.
Ademais, o poder punitivo aplica-se a qualquer pessoa que tenha
cometido ilcito penal, j o poder disciplinar somente se aplica s
pessoas subordinadas disciplina administrativa.
A alternativa "c" est correta. De fato, os princpios da razoabilidade
e da proporcionalidade so apontados como relevantes e eficazes
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limitaes impostas ao poder discricionrio da Administrao Pblica,
eis que serve para verificar a atuao dentro dos limites legais.
A alternativa "d" est correta. A Administrao Pblica, como
resultado do poder hierrquico, dotada da prerrogativa de ordenar,
coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus rgos e agentes
no seu ambiente interno.
E, a alternativa "e" tambm est correta. Os atos normativos do
Chefe do Poder Executivo tm suporte no poder regulamentar, ao
passo que os atos normativos de qualquer autoridade administrativa
tm fundamento em um genrico poder normativo.
Gabarito: "B".
8. (FCC/2009 - DPE/MA - DEFENSOR PBLICO) Dentre os
chamados Poderes da Administrao, aquele que pode ser
qualificado como autnomo e originrio em determinadas
situaes previstas na Constituio Federal o poder
a) hierrquico, que permite autoridade superior a possibilidade de
punio disciplinar independentemente de expressa previso legal.
b) disciplinar, na medida que permite a imposio de sanes no
previstas em lei.
c) regulamentar, que permite o exerccio da funo normativa do
Poder Executivo com fundamento direto na Constituio Federal.
d) discricionrio, que permite Administrao Pblica atuar sem
expressa vinculao lei, nos casos em que inexista disciplina
normativa para o assunto.
e) de polcia, que permite Administrao Pblica a prtica de atos
administrativos, preventivos e repressivos, para a disciplina de
situaes no previstas pela legislao.
Comentrio:
Conforme verificamos, decorre do art. 84, inc. IV e VI da CF/88 o
exerccio do poder regulamentar, o qual permite o exerccio da funo
normativa do Poder Executivo.
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Gabarito: "C".
9. (FCC/2009 - TJ/SE - TCNICO JUDICIRIO) Sobre os
poderes administrativos INCORRETO afirmar que
a) o poder normativo ou poder regulamentar o que cabe ao Chefe
do Poder Executivo da Unio, dos Estados e dos Municpios, de editar
normas complementares lei.
b) o poder hierrquico o que cabe Administrao para apurar
infraes e aplicar penalidades aos servidores e s demais pessoas
sujeitas disciplina administrativa.
c) o poder de polcia exercido sobre todas as atividades que
possam, direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade.
d) a avocao consiste no poder que possui o superior de chamar
para si a execuo de atribuies cometidas originalmente a seus
subordinados.
e) o poder de polcia originrio aquele exercido pelas pessoas
polticas do Estado (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios)
alcanando os atos administrativos.
Comentrio:
A alternativa "a" est correta. O poder normativo ou poder
regulamentar o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da Unio,
dos Estados e dos Municpios, de editar normas complementares lei.
A alternativa "b" est incorreta. O poder disciplinar o que cabe
Administrao para apurar infraes e aplicar penalidades aos
servidores e s demais pessoas sujeitas disciplina administrativa.
A alternativa "c" est correta. De fato, o poder de polcia exercido
sobre todas as atividades que possam, direta ou indiretamente,
afetar os interesses da coletividade, de modo que podem sofrer
restries, limitaes ou condicionamentos em razo do interesse
coletivo.
A alternativa "d" est correta. A avocao consiste no poder que
possui o superior de chamar para si a execuo de atribuies
cometidas originalmente a seus subordinados.
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A alternativa "e" est correta. O poder de polcia originrio aquele
exercido pelas pessoas polticas do Estado (Unio, Estados, Distrito
Federal e Municpios) alcanando os atos administrativos.
Gabarito: "B".
10. (FCC/2009 - DPE/SP - DEFENSOR PBLICO) Em relao
aos poderes administrativos, assinale a alternativa que
apresenta ordem de idias verdadeira.
a) O regulamento autnomo, sobre temtica no prevista em lei, de
autoria dos chefes do Executivo vlido e est dentro do mbito do
chamado Poder Regulamentar.
b) Caracterizam-se como atributos do poder de polcia discricionrio o
juzo de convenincia e oportunidade, a auto-executoriedade e a
coercibilidade, obedecidos os requisitos da competncia, objeto,
forma, finalidade e motivo, bem assim os princpios da administrao
pblica, consistentes na legalidade, moralidade, proporcionalidade e
vinculao.
c) Normas gerais e abstratas editadas pela Administrao Pblica de
forma independente ou autnoma em relao a regras gerais no so
admitidas no Direito Administrativo brasileiro, ressalvadas situaes
excepcionais previstas necessariamente na Constituio Federal de
1988.
d) Normas gerais e abstratas editadas pela Administrao Pblica
para a explicitao de conceitos legal mente previstos no so
admitidas no Direito Administrativo brasileiro, haja vista a existncia
de matrias absolutamente reservadas lei pela Constituio Federal
de 1988.
e) So atribuies da Administrao Pblica, decorrentes
exclusivamente do poder hierrquico, delegar atribuies, impor
prestao de contas, controlar e avocar atividades dos rgos
subordinados, aplicar sanes disciplinares e editar atos
regulamentares.
Comentrio:
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A alternativa "a" est errada. A previso de decreto autnomo para
dispor sobre certas situaes previstas na CF/88, art. 84, inc. VI, na
se confunde como o regulamento, o qual dever dispor sobre
temtica prevista em lei.
A alternativa "b" est errada. Se se trata de poder de polcia
discricionrio, no estar submetido ao princpio da vinculao.
A alternativa "c" est correta. De fato, normas gerais e abstratas
editadas pela Administrao Pblica de forma independente ou
autnoma em relao a regras gerais no so admitidas no Direito
Administrativo brasileiro, ressalvadas situaes excepcionais
previstas necessariamente na Constituio Federal de 1988, conforme
art. 84, inc. VI, por exemplo.
A alternativa "d" est errada. Decorre do poder regulamentar a
edio de normas gerais e abstratas editadas pela Administrao
Pblica para a explicitao de conceitos legalmente previstos,
conforme estabelece o art. 84, inc. IV, da CF/88.
A alternativa "e" est errada. As atribuies de editar atos
regulamentares e aplicar sanes, muito embora tambm decorram
do poder hierrquico, decorrem dos poderes regulamentares e
disciplinar, respectivamente.
Gabarito: "B".
11. (ASSESSOR JURIDCO - PREF. NATAL/RN - CESPE/2008)
O poder vinculado no existe como poder autnomo; em
realidade, ele configura atributo de outros poderes ou
competncias da administrao pblica.
Comentrio:
importante percebemos o seguinte: Quando a lei no traa todos os
parmetros para atuao do agente administrativo, cabendo-lhe
avaliar a convenincia e oportunidade dos atos que intenciona
praticar, dando margem para valorao dessa conduta, configura-se
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o poder discricionrio, ou seja, poder do agente de decidir
acerca da convenincia e oportunidade em atuar, por exemplo.
Assim, poder discricionrio o poder concedido ao agente pblico
que mensurando a convenincia e oportunidade, diante de mais de
uma ou vrias condutas possveis, elege aquela que melhor atenda ao
interesse pblico.
Entenda que a convenincia diz respeito s condies para exerccio
do poder. E, a oportunidade refere-se ao momento em que ele deve
ser praticado.
Assim, tome como exemplo, a necessidade de a Administrao
adquirir material de consumo (caneta, papel etc). A lei determina que
seja licitado, mas o momento (oportunidade) e as condies
(convenincia) para tanto ser definida pelo administrador, com base
no seu planejamento administrativo.
V-se que o poder discricionrio encontra-se dentro dos limites
permitidos ou estabelecidos pela prpria lei. No entanto, em que pese
essa abertura, o poder discricionrio possui limitao, de modo que
pode sofrer controle administrativo e judicial, por excessos, desvios
ou mesmo por ilegalidades, bem como, no seu mrito, pela prpria
Administrao Pblica.
Com efeito, no mbito da discricionariedade deve-se observar a
adequao da conduta ao alcance da finalidade (razoabilidade
/ proporcionalidade) expressa em lei.
Discute-se se possvel o controle judicial dos atos praticados com
base no poder discricionrio.
Nesse sentido, com base nos limites impostos permitido que o
Poder Judicirio afira a legalidade e razoabilidade do ato, vedando-se,
to s, se imiscuir nos critrios de convenincia e oportunidade que
foram firmados com base nos parmetros legais, salvo se tais
critrios so abusivos / excessivos, desproporcionais (ilegais, ento).
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Esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior
Tribunal de Justia:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - MANDADO
DE SEGURANA - AUSNCIA DE DIREITO LQUIDO E
CERTO - SOBREPOSIO DE REAS - LICENCIAMENTO
AMBIENTAL - EXPLORAO DE FLORESTAS - DISPUTA
POSSESSRIA - MRITO DE ATO ADMINISTRATIVO -
EXAME DE LEGALIDADE.
1. Age com discricionariedade Secretrio Estadual de
meio ambiente que, amparado por atos normativos,
suspende procedimentos administrativos e rev licenas
e autorizaes ambientais por motivo de disputa
judicial possessria quanto sobreposio de rea em
que se encontram os recursos florestais.
2. Ausncia de direito lquido e certo decorrente da falta
de demonstrao da titularidade de domnio e posse da
rea tida como sobreposta pela autoridade coatora.
3. No cabe ao Poder Judicirio, salvo em caso de
ilegalidade, defeito de forma, abuso de autoridade ou
teratologia, adentrar no mrito do ato administrativo
revendo o juzo de convenincia e oportunidade da
autoridade tida como coatora.
4. Recurso ordinrio no provido. (RMS 25.267/MT, Rel.
Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 19/05/2009, DJe 09/06/2009)
preciso salientar, ademais, que todos os atos administrativos so
passveis de controle judicial. Os atos discricionrios, no entanto,
podem sofrer controle acerca dos seus elementos vinculados que
estaro previstos na norma, bem como nos elementos discricionrios
quanto razoabilidade e proporcionalidade (limites da legalidade).
A discricionariedade est baseada nos limites legais, de modo que
no h discricionariedade contra legem, ou seja, contrria ao
direito, lei, pois configuraria prtica arbitrria.
No se deve, outrossim, confundir a discricionariedade com conceitos
jurdicos indeterminados.
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Conceitos jurdicos indeterminados, conforme explica Jos dos Santos
Carvalho Filho, so termos ou expresses contidos em normas
jurdicas, que, por no terem exatido em seu sentido, permitem que
o intrprete ou o aplicador possam atribuir certo significado, mutvel
em funo da valorao que se proceda diante dos pressupostos da
norma. que sucede com expresses do tipo 'ordem pblica', 'bons
costumes', 'interesse pblico', 'segurana nacional'.
Significa dizer que conceitos jurdicos indeterminados so expresses
previstas no mbito da norma, que no foram definidas, determinado
seu alcance, cabendo ao aplicador, intrprete, determinar seu
sentido. (Ex. Manifestao de apreo ou desapreo, boa-f,
moralidade administrativa etc).
Claro, no entanto, que h certa margem de discricionariedade em
certos conceitos jurdicos indeterminados.
A discricionariedade reside no campo da aplicao da norma, de
forma que permite ao administrador, dentro da margem legal,
observando a oportunidade e convenincia, ponderar os interesses
concorrentes dando prevalncia ao que melhor atenda ao fim
perseguido.
Diz-se, de outro lado, que o poder vinculado ou regrado quando
a lei define todos os elementos e requisitos necessrios prtica de
ato inerente ao poder conferido Administrao.
Assim, para alguns doutrinadores, tais poderes (vinculado e
discricionrio) no seriam propriamente poderes, mas atributos de
outros. Nesse sentido o entendimento da Professora Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, para quem os poderes discricionrios e vinculados
"no existem como poderes autnomos; a discricionariedade e a
vinculao so, quando muito, atributos de outros poderes ou
competncias administrativas".
Para a professora Di Pietro s existiria os poderes normativo,
disciplinar, hierrquico e de polcia.
Gabarito: Certo.
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12. (OFICIAL DE INTELIGNCIA - ABIN - CESPE/2008) No
h que se confundir a discricionariedade do administrador em
decidir com base nos critrios de convenincia e oportunidade
com os chamados conceitos indeterminados, os quais carecem
de valorao por parte do intrprete diante de conceitos
flexveis. Dessa forma, a discricionariedade no pressupe a
existncia de conceitos jurdicos indeterminados, assim como
a valorao desses conceitos no uma atividade
discricionria, sendo passvel, portanto, de controle judicial.
Comentrio:
Como ressaltado, no se deve confundir a discricionariedade com
conceitos jurdicos indeterminados.
Os conceitos jurdicos indeterminados so termos ou expresses
contidos em normas jurdicas, que no foram definidos com exatido,
carecendo de interpretao, valorao. (Ex: "bem comum", "boa-f",
"decoro" etc).
A discricionariedade a atuao com liberdade, ou seja, com
possibilidade de se avaliar, analisar, as opes que se apresentam, e,
dentro da margem legal, definir sob o aspecto da oportunidade e
convenincia da realizao do ato que melhor atenda o fim
perseguido.
Importante, no entanto, destacar que existem autores que entendem
que h discricionariedade quando a lei utiliza os conceitos jurdicos
indeterminados, sobretudo, quando h essa indefinio acerca do
alcance do instituto.
Por exemplo, saber o que boa-f todo mundo sabe, mas defini-la
exatamente, no. Ento haveria um ncleo comum, mas dentro
desse ncleo uma margem de mutao de sentido, no que se
aplicaria uma interpretao, uma integrao do alcance.
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Todavia, mesmo diante dessa situao, no se pode confundir uma
coisa com outra.
Gabarito: Certo.
13. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ADMINISTRATIVA - STF -
CESPE/2008) No exerccio do poder hierrquico, os agentes
pblicos tm competncia para dar ordens, rever atos, avocar
atribuies, delegar competncia e fiscalizar.
Comentrio:
Inicialmente temos que entender que na Administrao h uma
hierarquia funcional, ou seja, uma relao de subordinao existente
entre os vrios rgos e agentes.
Assim, tendo em vista essa hierarquia, concedida a prerrogativa da
Administrao, ou do administrador, de ordenar, coordenar, controlar
e corrigir as atividades administrativas.
Esses atributos tambm chamados de poderes de comando, de
fiscalizao, de reviso, de delegao e de avocao da atividade
administrativa.
Por isso que se diz que do poder hierrquico decorrem as
faculdades implcitas para o superior, tais como a de dar ordens e
fiscalizar o seu cumprimento, a de delegar e avocar atribuies e a de
rever atos dos subalternos.
Trata-se, como destacado, de uma relao de subordinao entre os
vrios rgos e agentes componentes de uma estrutura
administrativa.
No se deve, no entanto, confundir subordinao com vinculao
administrativa. A subordinao decorre do poder hierrquico e desta
a autotutela. A vinculao resulta do poder de superviso ministerial
(tutela) sobre a entidade vinculada e exercida nos limites legais,
no retirando a autonomia administrativa da entidade.
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Gabarito: Certo.
14. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ADMINISTRATIVA - STF -
CESPE/2008) O funcionamento racional da estrutura
administrativa pressupe uma configurao interna embasada
em relaes que assegurem coordenao entre as diversas
unidades que desenvolvem a atividade administrativa.
Comentrio:
Ento, no exatamente o que acabamos de verificar? Pois ,
lembre-se que o poder hierrquico traduz a idia de escalonamento,
distribuio de funes dentro da estrutura administrativa, estando
cada camada unida por uma sincronia coordenada, ou seja, dentro de
uma estrutura orgnica em que os rgos e agentes funcionam
coordenadamente.
que a Administrao, cada um de seus entes e entidades,
internamente, deve funcionar de forma entrosada, harmoniosa, sob
pena de falncia do prprio Estado.
Gabarito: Certo.
15. (ANALISTA JUDICIRIO - TRE/MT - CESPE/2010) Do
poder hierrquico decorre a possibilidade de os agentes
pblicos delegarem suas competncias, devendo haver
sempre responsabilizao do delegante pelos atos do
delegado, por agirem em seu nome.
Comentrio:
Como ressaltei, do poder hierrquico decorrem os poderes implcitos
para dar ordens, fiscalizar seu cumprimento, de delegar e avocar
atribuies e, ainda, de rever atos dos subalternos.
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No entanto, o delegante somente responde pelos atos do delegado
exercidos nos limites daquilo que foi delegado, ou seja, se o agente
delegado extrapolou tais limites, ele quem responder e no o
delegante.
Gabarito: Errado.
16. (TCNICO JUDICIRIO - ADMINISTRATIVA - TRE/MT -
CESPE/2010) A hierarquia atribuio exclusiva do Poder
Executivo, que no existe na esfera do Poder Judicirio e do
Poder Legislativo, pois as funes atribudas a esses ltimos
poderes so apenas de natureza jurisdicional e legiferante.
Comentrio:
Devemos sempre lembrar que os Poderes Legislativo e Judicirio,
alm de suas funes tpicas, possuem funes atpicas e dentre
estas temos a funo administrativa.
No s o Poder Executivo a Administrao Pblica, pois conforme
estabelece o art. 37, caput, da CF/88, temos a Administrao Pblica
do trs Poderes.
Assim, o poder hierrquico, observando no mbito da funo
administrativa, tambm observado na atuao dos Poderes
Legislativo e Judicirio, quando realizam tal funo, podendo,
portanto, delegar ou avocar atribuies.
Gabarito: Errado.
17. (FCC/2009 - TJ/PA - ANALISTA JUDICIRIO) Poder jr m r
hierrquico
a) o de que dispe o Executivo para distribuir e escalonar as funes
de seus rgos, ordenar e rever a atuao de seus agentes.
b) a faculdade de punir as infraes funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e servios da
Administrao.
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c) a faculdade de que dispe a Administrao Pblica para
condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos
individuais em benefcio da coletividade.
d) o poder que as Corregedorias tm de investigar e aplicar
penalidades em servidores pela prtica de atos administrativos ilegais
e) o poder de que dispem os chefes de Executivo de expedir
decretos autnomos sobre matria de sua competncia ainda no
disciplinada em lei.
Comentrio:
A alternativa "a" est correta. De acordo com o que vimos, o poder
hierrquico o que permite distribuir e escalonar as funes de seus
rgos, ordenar e rever a atuao de seus agentes, seja no mbito
do Poder Executivo, seja no mbito do Legislativo e Judicirio,
quando atuarem no exerccio da funo administrativa.
A alternativa "b" est errada. A faculdade de punir as infraes
funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos
rgos e servios da Administrao decorre do poder disciplinar.
A alternativa "c" est errada. A faculdade de que dispe a
Administrao Pblica para condicionar e restringir o uso e o gozo de
bens, atividades e direitos individuais em benefcio da coletividade o
poder de polcia.
A alternativa "d" est errada. O poder que as Corregedorias tm de
investigar e aplicar penalidades em servidores pela prtica de atos
administrativos ilegais tambm decorre do poder disciplinar.
A alternativa "e" est errada. Insere-se no mbito do poder
regulamentar o poder de que dispem os chefes de Executivo de
expedir decretos autnomos sobre matria de sua competncia ainda
no disciplinada em lei.
Gabarito: "A".
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18. (FCC/2009 - TJ/AP - ANALISTA JUDICIRIO) Exerce
poder hierrquico, no sentido tradicional do Direito
administrativo,
a) um Governador de Estado em relao a um Prefeito de Municpio
daquele Estado.
b) o Presidente da Repblica em relao a um presidente de
autarquia federal.
c) o Governador de Estado em relao ao Presidente do Tribunal de
Justia daquele Estado.
d) o Presidente da Repblica em relao ao Presidente do Congresso
Nacional.
e) um Prefeito de Municpio em relao a um Secretrio daquele
Municpio.
Comentrio:
A alternativa "a" est errada. No h hierarquia entre os entes
federativos. Assim, um Municpio no est subordinado ao Estado e,
portanto, o Prefeito ao Governador.
A alternativa "b" est errada. O Presidente da Repblica, muito
embora seja o Chefe de Estado, no que tange Administrao
Pblica, o Chefe da Administrao Pblica da Unio, a qual no
detm hierarquia em relao s demais entidades administrativas.
Assim, no h subordinao entre a Unio e uma autarquia federal,
eis que ambas so pessoas jurdicas, dotadas de autonomia
administrativa. Por isso, no h subordinao entre o Presidente da
Repblica e um presidente de autarquia federal.
A alternativa "c" est errada. Tambm no h hierarquia entre o
Governador de Estado e o Presidente do Tribunal de Justia daquele
Estado. Devemos lembrar que aqui se aplica a separao de poderes,
no havendo subordinao de um em relao ao outro.
A alternativa "d" tambm est errada. idntica a situao da
alternativa anterior. No h subordinao entre o Presidente do
Congresso Nacional e o Presidente da Repblica, na medida em que
um poder no est subordinado ao outro.
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A alternativa "e", portanto, a correta, ou seja, um Prefeito de
Municpio em relao a um Secretrio daquele Municpio. Quer dizer
que um Secretrio Municipal est subordinado ao Prefeito do
respectivo municpio, eis que o Secretrio um agente poltico
auxiliar do Prefeito.
Gabarito: "E".
19. (FCC/2009 - TRT 3a REGIO - ANALISTA JUDICIRIO) O
poder hierrquico
a) autoriza a Administrao Direta a rever, de ofcio, os atos
praticados pelas entidades integrantes da Administrao Indireta,
quando identificada a sua desconformidade com as diretrizes
governamentais.
b) corresponde ao poder conferido aos agentes pblicos para emitir
ordens a seus subordinados e aplicar sanes disciplinares, ainda que
no expressamente previstas em lei.
c) fundamenta a avocao, pela Administrao Direta, de matrias
inseridas na competncia das autarquias a ela vinculadas.
d) constitui fundamento da organizao administrativa,
estabelecendo relao de coordenao e subordinao entre os vrios
rgos integrantes da Administrao Pblica.
e) possibilita ao particular apresentar recurso ordinrio ao Ministrio
ao qual se encontra vinculada entidade integrante da Administrao
Indireta, insurgindo-se contra o mrito do ato praticado.
Comentrio:
A alternativa "a" est errada. No h subordinao das entidades
administrativas (Administrao Indireta) em relao Administrao
Direta. Assim, pelo poder hierrquico no se autoriza a Administrao
Direta a rever, de ofcio, os atos praticados pelas entidades
integrantes da Administrao Indireta, quando identificada a sua
desconformidade com as diretrizes governamentais.
A alternativa "b" est errada. que o poder hierrquico, muito
embora corresponda ao poder conferido aos agentes pblicos para
emitir ordens a seus subordinados, no o de aplicar sanes
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disciplinares, porque este o disciplinar, sobretudo quando no
expressamente previstas em lei.
Ressalvo, contudo, que do poder hierrquico, decorre o poder
disciplinar, ou seja, o poder de aplicar punies decorre, de certo
modo, da subordinao administrativa.
A alternativa "c" est errada. Se no h subordinao entre a
Administrao Indireta e a Direta, no se pode avocar competncias,
pois esta, quando possvel, somente ocorre na linha de subordinao.
A alternativa "d" est correta. De fato, o poder hierrquico constitui
fundamento da organizao administrativa, estabelecendo relao de
coordenao e subordinao entre os vrios rgos integrantes da
Administrao Pblica.
A alternativa "e" est errada. No h possibilidade de recurso
ordinrio (hierrquico) ao Ministrio ao qual se encontra vinculada
entidade integrante da Administrao Indireta, insurgindo-se contra o
mrito do ato praticado. possvel a interposio de recurso
(hierrquico imprprio) por descumprimento dos fins da entidade,
configura recurso contra legalidade do ato.
Gabarito: "D".
20. (ASSESSOR JURIDCO - PREF. NATAL/RN - CESPE/2008)
O regimento interno de um rgo fruto do exerccio do poder
hierrquico desse rgo.
Comentrio:
Conforme se pode perceber, o poder hierrquico tem por objetivo
ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas
internamente. Teramos, portanto, atividade no sentido de dar
ordens, fiscalizar seu cumprimento, controlar a realizao dos atos,
bem como rev-los etc.
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Ento, tais poderes ou atribuies so ditadas ou direcionadas
pessoas determinadas, ou seja, queles que estejam na linha de
subordinao, sendo expedido por meio de ordens de servios, por
exemplo instrues, portarias etc.
Assim, tal poder no enseja a elaborao de normas que
regulamentem a atuao dos rgos ou suas funes, mas a atuao
de seus agentes subordinados, seja por atos concretos (portarias,
ordem de servio) ou mesmo gerais (instrues).
Por isso, a expedio de regimento interno em dado rgo, por se
trata de ato geral e abstrato a regular a funcionalidade do rgo, ou
seja, seu funcionamento, muito embora deva ser observados pelos
agentes, no emanao do poder hierrquico, mas do poder
normativo.
Gabarito: Errado.
21. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ADMINISTRATIVA - STF -
CESPE/2008) O poder de direo das entidades polticas se
manifesta pela capacidade de orientar as esferas
administrativas inferiores, o que se faz por meio de atos
concretos ou normativos de carter vinculante.
Comentrio:
O poder de direo ou comando o de ordenar, orientar, as
atividades administrativas, mediante a expedio de atos gerais e
determinaes especficas atravs dos quais, como ressaltamos, so
repartidas e escalonadas as funes dos agentes e rgos pblicos,
com o objetivo de assegurar seu exerccio harmnico e coordenado
da funo administrativa.
Assim, o poder de direo subjacente ao poder hierrquico ser
exercido atravs da expedio de atos normativos que vinculam a
atuao do agente em determinadas situaes, de modo a realizar
certas condutas (instrues) ou por ordens concretas individualizadas
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(portarias) a fim de que os rgos inferiores observem o
direcionamento dado pelos rgos de comando.
Por isso, recorde que dever funcional observar as ordens
superiores, somente podendo descumpri-las se forem
MANIFESTAMENTE ilegais.
Gabarito: Certo.
22. (DELEGADO DE POLCIA - PC/AC - CESPE/2008)
Considere que a Constituio da Repblica determina que as
polcias civis sejam dirigidas por delegados de polcia de
carreira. Essa determinao confere aos delegados poder
hierrquico e poder disciplinar sobre os servidores da polcia
civil que lhes so subordinados.
Comentrio:
Notadamente, a hierarquia o poder de comando, de orientao, de
coordenao, de fiscalizar.
Ento, um agente, um escrivo estaria subordinado ao delegado
chefe da respectiva unidade, e demais autoridades dentro da linha
hierrquica de subordinao na estrutura organizacional da Polcia,
assim como os demais servidores administrativos.
Todavia, no caso da organizao policial, a atividade correcional, ou
seja, o poder disciplinar, como j devem saber, no dado ao prprio
delegado que coordena, que controla, que exerce o comando da
unidade, mas corregedoria.
E, ademais, no tocante aos demais servidores (atividade meio), o
poder disciplinar conferido autoridade administrativa, conforme
organizao interna.
Gabarito: Errado.
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23. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ADMINISTRATIVA - STF -
CESPE/2008) Devido ao sistema hierarquizado da
administrao pblica, torna-se possvel a esta distribuir a
legitimidade democrtica do governo a todas as esferas
administrativas.
Comentrio:
Ento, questo filosfica no ? simples! Quer dizer simplesmente
que se pode distribuir as funes administrativas, no mbito interno,
e possibilitar a ampla participao dos servidores no processo de
conduo da Administrao Pblica.
bvio que sim. Ou seja, a Administrao Pblica no um quartel
em que os soldados no podem manifestar seus pensamentos, suas
idias.
Ora, vivemos num ambiente democrtico, de participao, que se
exige do servidor, no s o dever de cumprir as ordens emanadas,
mas de participar da conduo da mquina estatal, apresentando
idias, sugestes, tecendo crticas, ou seja, construindo uma
Administrao melhor.
De outro lado, j no h mais espao para chefes ou dirigentes que
entendem que somente ele, por ser quem est na conduo do rgo
ou entidade, que pode pensar.
O verdadeiro lder aquele que sabe ouvir, e tomar as decises
adequadas, sempre consultando seus pares.
Gabarito: Certo.
24. (EXAME DE ORDEM - OAB - CESPE/2008) No exerccio do
poder regulamentar, a administrao no pode criar direitos,
obrigaes, proibies, medidas punitivas, devendo limitar-se
a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser
cumprida.
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Comentrio:
Poder regulamentar a prerrogativa conferida, em especial, ao Chefe
do Executivo para editar atos gerais visando dar aplicabilidade lei.
Trata-se de poder no sentido de praticar atos de natureza derivada,
ou seja, tendo em vista complementar o alcance da lei. Assim, tal
poder formaliza-se por meio de decretos e regulamentos (vide art.
84, IV, CF/88).
Conforme Jos dos Santos Carvalho Filho (2006:46), o poder
regulamentar subjacente lei e pressupe a existncia desta.
com esse enfoque que a Constituio autorizou o Chefe do Executivo
a expedir decretos e regulamentos: viabilizar a efetiva execuo das
leis.
O poder regulamentar deve observar, assim, as balizas legais, de
modo que no pode contrariar a lei sob pena de ser invlido. Nesse
tocante, cabe ao Congresso Nacional sustar os atos do Poder
Executivo que exorbitem o poder regulamentar (art. 49, V, CF/88),
alm da possibilidade de sofrer o controle judicial.
bom esclarecer que a doutrina assenta a possibilidade de duas
espcies de decretos ou regulamentos. Os denominados
regulamentos de execuo e os regulamentos autnomos.
Os regulamentos de execuo ou decreto regulamentar, no mbito
brasileiro, estariam previstos no art. 84, IV, CF/88 quando menciona
que cabe ao Presidente editar atos para a fiel execuo das leis.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
Repblica:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execuo;
Os chamados decretos autnomos tutelariam situaes no previstas
em lei, as quais a Constituio possibilitou o uso de decreto para
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ento regul-la, conforme prev o art. 86, inc. VI, alneas "a" e "b"
da CF/88.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
Repblica:
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redao dada
pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)
a) organizao e funcionamento da administrao
federal, quando no implicar aumento de despesa nem
criao ou extino de rgos pblicos; (Includa pela
Emenda Constitucional n 32, de 2001)
b) extino de funes ou cargos pblicos, quando
vagos; (Includa pela Emenda Constitucional n 32, de
2001)
Fala-se, ainda, em poder regulatrio ou normativo, conferido por
exemplo s Autarquias reguladoras (agncias reguladoras), ao
Conselho Nacional de Justia, ao CADE, ao Conselho Monetrio
Nacional, dentre outros rgos e entidades da Administrao.
certo, no entanto, que o poder normativo ou regulatrio no
poder de inovar na ordem jurdica, est calcando em pormenorizar
tecnicamente os aspectos legais (o que se tem chamado de
discricionariedade tcnica), conforme a expedio de Instrues
Normativas por uma Agncia, quanto edio de um Regimento
Interno por um Tribunal ou Resoluo do CNJ.
Dessa forma, o poder regulamentar ou o regulatrio (normativo) no
pode ultrapassar os limites da lei, criando situao jurdica no
tutelada na norma, ou seja, deve apenas esclarecer, explicitar,
pormenorizar, viabilizar a operacionalidade tcnica da lei.
Gabarito: Certo.
25. (FCC/2009 - DPE/MT - DEFENSOR PBLICO) Considere
os dispositivos abaixo, extrados do art. 84 da Constituio
Federal, cujo caput "Compete privativamente ao Presidente
da Repblica":
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I. "iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta
Constituio".
II. "sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execuo".
III. "vetar projetos de lei, total ou parcialmente".
H exemplo de poder regulamentar da Administrao Pblica em:
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
Comentrio:
Do art. 84, inc. IV, da CF/88 se extrai aplicao do poder
regulamentar, no qual compete ao Presidente da Repblica expedir
decretos e regulamentos para fiel execuo de lei.
Assim, a assertiva "I" no trata do poder regulamentar e sim da
iniciativa legislativa, ou seja, de processo legislativo, bem como a
assertiva "III" que trata da fase final do processo legislativo que a
sano ou veto a projeto de lei.
A assertiva "II" na primeira parte tambm se insere no processo
legislativo ("sancionar, promulgar e fazer publicar as leis"). Porm, a
parte final ("expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo")
a aplicao do poder regulamentar.
Por isso, somente na assertiva "II" h exemplo do poder
regulamentar.
Gabarito: "D".
26. (FCC/2009 - TJ/AP - ANALISTA JUDICIRIO) exemplo
que se refere ao poder regulamentar, em matria de
competncias do Presidente da Repblica,
a) exercer, com o auxlio dos Ministros de Estado, a direo superior
da administrao federal.
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b) vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
c) celebrar tratados, convenes e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.
d) expedir decretos e regulamentos para fiel execuo das leis.
e) conceder indulto e comutar penas, com audincia, se necessrio,
dos rgos institudos em lei.
Comentrio:
Dentre as alternativas, somente na alternativa "d" que temos como
exemplo do poder regulamentar, conforme parte final do art. 84, inc.
IV, da CF/88, o qual estabelece que compete ao Presidente da
Repblica privativamente expedir decretos e regulamentos para fiel
execuo das leis.
Os demais atos contidos nas alternativas "a", "b", "c", e "e" no se
inserem no mbito do poder regulamentar, sendo atos
administrativos, legislativos ou polticos.
Gabarito: "D".
27. (ANALISTA JUDICIRIO - TRE/MT - CESPE/2010)
Decorrente diretamente do denominado poder regulamentar,
uma das caractersticas inerentes s agncias reguladoras a
competncia normativa que possuem para dispor sobre
servios de suas competncias.
Comentrio:
Como acabei de dizer, tem-se como expresso do poder
regulamentar, sob aspecto geral ou mais amplo, a existncia do
poder regulatrio ou normativo, conferido por exemplo s Autarquias
reguladoras (agncias reguladoras), ao Conselho Nacional de Justia,
ao CADE, ao Conselho Monetrio Nacional, dentre outros rgos e
entidades da Administrao.
Como ressaltado, o poder regulamentar ou o regulatrio (normativo)
no pode ultrapassar os limites da lei, criando situao jurdica no
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tutelada na norma, ou seja, deve apenas esclarecer, explicitar,
pormenorizar, viabilizar a operacionalidade tcnica da lei.
Gabarito: Certo.
28. (PROMOTOR DE JUSTIA - MPE/SE - CESPE/2010) O
poder regulamentar formaliza-se por meio de decretos e
regulamentos. Nesse sentido, as instrues normativas, as
resolues e as portarias no podem ser qualificadas como
atos de regulamentao.
Comentrio:
Poder regulamentar, como ressaltado, a prerrogativa conferida, em
especial, ao Chefe do Executivo para editar atos gerais visando dar
aplicabilidade lei que, como regra, formaliza-se por meio de
decretos e regulamentos.
Todavia, como observado, h no mbito do poder regulamentar o
denominado poder normativo, atribudo a rgos ou entidades da
Administrao, para regulamentar os aspectos tcnicos de seus
servios ou rea de regulao, que formalizado por meio de
Instrues normativas, resolues ou portarias gerais.
Gabarito: Errado.
29. (TCNICO JUDICIRIO - ADMINISTRATIVA - TRE/MT -
CESPE/2010) Poder regulamentar a prerrogativa conferida
administrao pblica de editar atos de carter geral que
visam complementar ou alterar a lei, em face de eventuais
lacunas e incongruncias.
Comentrio:
Como bem destaca o Prof. Jos dos Santos Carvalho Filho (2006:46),
o poder regulamentar subjacente lei e pressupe a existncia
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desta. Trata-se de poder no sentido de praticar atos de natureza
derivada, ou seja, tendo em vista complementar o alcance da lei.
Assim, o poder regulamentar poder conferido no sentido de
esclarecer, explicitar, detalhar o alcance da norma, nunca no sentido
de preencher lacunas ou corrigir incongruncias. Pois tal tarefa
dada ao intrprete, utilizando instrumentos de aplicao da lei, tal
como a analogia, os princpios gerais de direito, ou ao prprio
legislador na formulao de novas leis.
Gabarito: Errado.
30. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL/RN -
CESPE/2008) Com o estado de direito, passou-se a afirmar a
existncia de uma funo de natureza administrativa cujo
objeto a proteo do bem-estar geral, mediante a regulao
dos direitos individuais, expressa ou implicitamente
reconhecidos no sistema jurdico. Nesse contexto, o poder
pblico, alm de impor certas limitaes, emite atos
preventivos de controle, aplica penalidades por eventuais
infraes e, em determinados contextos, exerce coao direta
em face de terceiros para preservar interesses sociais. Raquel
M. U. de Carvalho. Curso de direito administrativo. Salvador:
Juspodivum, 2008, p. 327 (com adaptaes). Trata-se,
portanto, do poder de normativo.
Comentrio:
Como vimos, o poder normativo ou regulatrio poder de explicitar
tecnicamente como ser a aplicabilidade de uma norma, ou seja,
como deve ser observada, como deve ser cumprida na realizao ou
desenvolvimento tcnico de atividades ou exerccio de profisso.
No entanto, quando o poder pblico, alm de impor certas limitaes,
emite atos preventivos de controle, aplica penalidades por eventuais
infraes e, em determinados contextos, exerce coao direta em
face de terceiros para preservar interesses sociais, est atuando no
exerccio do poder de polcia.
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Atentemos para o fato de que o poder normativo ou regulatrio no
enseja a aplicao de sanes ou penalidades, estas so decorrncias
ou do poder disciplinar (quando h vnculo com a Administrao) ou
do poder de polcia, quando a Administrao ou o Estado atuar
restringindo, limitando direitos e liberdades individuais.
Gabarito: Errado.
31. (OFICIAL DE INTELIGNCIA - ABIN - CESPE/2008) O ato
normativo do Poder Executivo que contenha uma parte que
exorbite o exerccio de poder regulamentar poder ser
anulado na sua integralidade pelo Congresso Nacional.
Comentrio:
Como disse, o poder regulamentar deve observar as balizas legais, de
modo que no pode contrariar a lei sob pena de ser invlido.
Nesse tocante, cabe ao Congresso Nacional sustar os atos do Poder
Executivo que exorbitem o poder regulamentar, conforme estabelece
o art. 49, inc. V, CF/88, assim expresso:
Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso
Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegao legislativa;
Dessa forma, o Congresso somente poder sustar o ato normativo no
que extrapolar ou exorbitar o poder regulamentar, ou seja, somente
a parte que excede os limites do poder regulamentar ou da delegao
legislativa conferidos ao Poder Executivo.
Gabarito: Errado.
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32. (ASSESSOR JURIDCO - PREF. NATAL/RN - CESPE/2008)
As sanes impostas aos particulares pela administrao
pblica so exemplos de exerccio do poder disciplinar.
Comentrio:
O poder disciplinar a faculdade conferida Administrao Pblica no
sentido de punir no mbito interno os ilcitos funcionais de seus
agentes, bem como de outras pessoas ou rgos sujeitos disciplina
da Administrao.
importante percebemos que o poder disciplinar uma decorrncia
do poder hierrquico (poder de controle), no se confundindo no
entanto, na medida em que o poder hierrquico induz idia de
escalonamento de funes e subordinao entre os diversos graus de
hierarquia interna, ou seja, dos rgos.
Ento, o poder disciplinar o poder, em razo do controle e
fiscalizao do exerccio de certas funes ou atividades, de
responsabilizar o agente, rgo ou entidade, por ilcitos cometidos.
Observar, portanto, que o poder disciplinar pode incidir sobre agentes
pblicos (regime disciplinar) ou mesmo sobre entidades privadas que
mantenham vnculo com a Administrao (contratadas, por exemplo).
No entanto, se no houver nenhum vnculo com a Administrao, no
poder incidir o poder disciplinar.
Com efeito, conforme menciona a Prof. Raquel Melo Urbano,
"esclarea-se que o poder disciplinar no abrange as sanes
impostas a terceiros estranhos ao quadro de pessoal do Poder
Pblico. Particulares que no foram investidos em cargos, empregos
ou funes pblicas no esto sujeitos disciplina punitiva da
Administrao".
Significa dizer que se o particular no tem qualquer vnculo com a
Administrao (funcional ou contratual, por exemplo), no poder
sofrer sano em razo do poder disciplinar da Administrao, mas
poder em razo do poder de polcia (fiscalizao de atividade etc).
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Lembre-se, no entanto, se esse particular tiver algum vnculo com o
Estado (contrato de prestao de servio, concessionrio,
permissionrio) sofrer sano disciplinar (multa, advertncia,
suspenso etc), e se no tiver qualquer vnculo somente poder
sofrer sano decorrente do poder de polcia.
Gabarito: Errado.
33. (AGENTE DE POLCIA FEDERAL - DPF - CESPE/2009) O
poder de a administrao pblica impor sanes a particulares
no sujeitos sua disciplina interna tem como fundamento o
poder disciplinar.
Comentrio:
De acordo com o que verificamos, com base no poder disciplinar, a
Administrao Pblica poder aplicar sanes aos seus agentes e a
terceiros que mantenha vnculo com a Administrao.
Todavia, o poder disciplinar no alcana particulares que no tenham
vnculo com a Administrao. Trata-se de poder introverso. De outro
lado, aos particulares, no sujeitos disciplina interna da
Administrao, se aplica o poder de polcia.
Gabarito: Errado.
34. (FCC/2010 - TRE/AL - ANALISTA JUDICIRIO) Dentre as
caractersticas do poder disciplinar inclui-se:
a) Dispensabilidade da apurao regular da falta disciplinar para a
aplicao da punio interna da Administrao, tendo em vista a
informalidade do poder disciplinar.
b) Identidade de fundamentos entre a punio disciplinar e a
criminal, assim como da natureza das penas.
c) Vinculao obrigatria prvia definio da lei sobre a infrao e a
respectiva sano.
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d) Imprescindibilidade da motivao da punio disciplinar para a
validade da pena.
e) Discricionariedade ilimitada quanto ao dever de punir, cabendo
autoridade competente decidir entre instaurar ou no o procedimento
administrativo em caso de falta disciplinar.
Comentrio:
A alternativa "a" est errada. Todo qualquer falta disciplinar,
consoante aplicao do poder disciplinar, deve ser apurada
regularmente, por meio oficial, ou seja, processo administrativo ou
sindicncia.
A alternativa "b" est errada. No identidade de fundamentos entre a
punio disciplinar e a criminal (um ilcito administrativo ou outro
criminal), tampouco em relao natureza das penas (a criminal
prev penas de deteno ou recluso. A administrativa, por outro
lado, no prev priso, sendo advertncia, suspenso, demisso etc).
A alternativa "c" est errada. No h vinculao obrigatria prvia
definio da lei sobre a infrao e a respectiva sano. As infraes
administrativas so, de certa forma, genricas, agrupando-se em
faltas leves, medianas e graves. E, assim, em razo dessa gradao
que so previstas as sanes.
A alternativa "d" est correta. Para ser aplicada uma punio
disciplinar necessria a motivao do ato, sob pena de nulidade da
pena.
A alternativa "e" est errada. Controverte-se a doutrina e
jurisprudncia no tocante ao poder disciplinar ser vinculado ou
discricionrio. A doutrina entende que h certa margem de
discricionariedade em fixar a pena (sano) falta cometida. No
haveria discricionariedade em se apurar ou apenar a infrao. Porm,
haveria quanto definir qual a pena cabvel.
Para o Judicirio, por outro lado, o poder disciplinar seria disciplinado,
ou seja, vinculado, de modo que tanto a apurao quanto a
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correspondente sano estaria taxativamente prevista em lei,
conforme o seguinte:
MANDADO DE SEGURANA. SERVIDOR PBLICO CIVIL. PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. VECULO LOCADO. UTILIZAO.
PERCURSO CASA/TRABALHO. PENALIDADE. DEMISSO.
DESPROPORCIONALIDADE. SEGURANA CONCEDIDA.
I - Inexiste aspecto discricionrio (juzo de convenincia e
oportunidade) no ato administrativo que impe sano
disciplinar.
Nesses casos, o controle jurisdicional amplo e no se limita
a aspectos formais (Precedentes: MS n 12.957/DF, 3a Seo,
Rel. Min.
Napoleo Nunes Maia Filho, DJe de 26/9/2008; MS n 12.983/DF,
3a Seo, da minha relatoria, DJ de 15/2/2008).
II - Esta c. Corte pacificou entendimento segundo o qual, mesmo
quando se tratar de imposio da penalidade de demisso, devem
ser observados pela Administrao Pblica os princpios da
razoabilidade e proporcionalidade, individualizao da pena, bem
como o disposto no art. 128 da Lei n. 8.112/90 (Precedentes: MS
n 8.693 / DF, 3a Seo, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
DJe de 8/5/2008; MS n 7.260 / DF, 3a Seo, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 26/8/2002 e MS n 7.077 / DF, 3a Seo, Rel.
Min. Edson Vidigal, DJ de 11/6/2001).
III - In casu, revela-se desproporcional e inadequada a penalidade
de demisso do cargo de tcnico do seguro social imposta
impetrante, por ter se utilizado de veculo contratado pela agncia
Rio de Janeiro/Sul do INSS, para efetuar deslocamentos no percurso
residncia/trabalho e vice-versa, enquanto no exerccio do cargo de
gerente executiva daquele posto de atendimento, tendo em vista
seus bons antecedentes funcionais, a ausncia de prejuzo ao
errio, bem como a sua comprovada boa-f.
Segurana concedida, sem prejuzo da imposio de outra
penalidade administrativa, menos gravosa.
Prejudicado o exame do agravo regimental da Unio.
(MS 13.716/DF, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEO,
julgado em 15/12/2008, DJe 13/02/2009)
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Assim, no h qualquer discricionariedade quanto ao dever de punir,
ainda que haja discusso acerca da punio cabvel, havendo para a
autoridade competente uma nica conduta admissvel diante do
ilcito, ou seja, determinar a instaurao de procedimento
administrativo em caso de falta disciplinar.
Gabarito: "D".
35. (ANALISTA DE TRANSPORTES - ADVOGADO -
CETURB/ES - CESPE/2010) Segundo entendimento do STJ, o
poder disciplinado sempre vinculado, no havendo qualquer
espao de escolha para o administrador, quer quanto
ocorrncia da infrao, que quanto pena a ser aplicada,
razo pela qual o ato pode ser revisto em todos os aspectos
pelo Poder Judicirio.
Comentrios:
Diante de um ilcito administrativo no h a discricionariedade de
escolher em punir ou no punir, ou seja, dever incidir o poder
disciplinar admoestando as condutas que violem a ordem interna.
Ademais, em que pese a norma disciplinar configurar tipos abertos
(ou seja, no estabelece em todos os casos, como na lei penal, penas
especficas para os ilcitos administrativos), deve o administrador,
sopesando as circunstncias agravantes e atenuantes, aplicar a
penalidade de acordo com as previstas em lei.
Assim, s pelo fato de ter que sopesar, levar em considerao a
razoabilidade e proporcionalidade, no quer dizer que se trata de
poder discricionrio, pois no h margem de liberdade entre punir ou
no punir, se existir a violao ao dever funcional, por parte do
servidor.
Diante do ilcito, configurado e comprovado, o administrador somente
poder definir qual a pena mais adequada, entre as previstas no
ordenamento, nem que seja somente uma advertncia escrita,
dever aplic-la.
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Assim, no punir somente aceitvel se a conduta ilcita no tiver
configurada ou o agente no a tiver praticado, ou no h provas para
conden-lo, conforme entendimento do STJ.
Gabarito: Certo.
36. (OFICIAL DE INTELIGNCIA - ABIN - CESPE/2008)
Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo
poder concedente a uma concessionria do servio pblico que
tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo poder
concedente.
Comentrio:
E a? V o que eu disse.
Quando h uma relao, um vnculo, entre o particular e o Estado h
a incidncia do poder disciplinar. Acaso no haja esse vnculo, atos
punitivos decorrem do poder de polcia.
Por isso, a aplicao de penalidade a uma concessionria de servio
pblico decorre do poder disciplinar.
importante lembrarmos que se deve observar, em todos os casos, o
contraditrio e a ampla defesa, pois so garantias
constitucionalmente asseguradas.
Gabarito: Certo.
37. (TCNICO JUDICIRIO - ADMINISTRATIVA - TRE/MT -
CESPE/2010) No exerccio do poder disciplinar, cabe
administrao apurar e aplicar penalidades aos servidores
pblicos e s demais pessoas sujeitas disciplina
administrativa.
Comentrio:
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De fato, como j bem observamos, o poder disciplinar confere
Administrao o poder de punir no mbito interno os ilcitos
funcionais de seus agentes, bem como de outras pessoas ou rgos
sujeitos disciplina da Administrao.
Gabarito: Certo.
38. (PROCURADOR DE ESTADO - PGE/PE - CESPE/2009) O
poder disciplinar, que confere administrao pblica a tarefa
de apurar a prtica de infraes e de aplicar penalidades aos
servidores pblicos, no tem aplicao no mbito do Poder
Judicirio e do MP, por no haver hierarquia quanto ao
exerccio das funes institucionais de seus membros e
quanto ao aspecto funcional da relao de trabalho.
Comentrio:
Em que pese no mbito do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico, no
exerccios de suas funes tpicas, seus membros atuarem com
independncia funcional, isso no os coloca margem do poder
punitivo da Administrao.
que tais agentes, enquanto agentes pblicos, esto submetidos
disciplina interna da Administrao, de modo que podem sofrer
sanes administrativas quando violarem suas atribuies legais,
existindo, como regra, o rgo de corregedoria que exerce o poder
disciplinar.
Gabarito: Errado.
39. (TCNICO EM COMUNICAES - DPU - CESPE/2010) O
poder disciplinar aquele pelo qual a administrao pblica
apura infraes e aplica penalidades aos servidores pblicos e
a pessoas sujeitas disciplina administrativa, sendo o
processo administrativo disciplinar obrigatrio para a hiptese
de aplicao da pena de demisso.
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Comentrios:
De fato, no mbito do poder disciplinar a Administrao tem poderes
para apurar infraes e aplicar penalidades aos seus agentes e
demais pessoas sujeitas disciplina interna, sendo que, no mbito
das infraes administrativa de seus servidores necessrio, para
aplicao de penalidade de demisso a abertura de processo
administrativo disciplinar.
Gabarito: Certo.
40. (PROCURADOR 3a CATEGORIA - PGE/CE - CESPE/2008)
Atividade da administrao pblica, expressa em atos
normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em
sua supremacia geral e na forma da lei, a liberdade e a
propriedade dos indivduos, mediante ao ora fiscalizadora,
ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos
particulares um dever de absteno (non facere), a fim de
conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais
consagrados no sistema normativo. (Celso Antnio Bandeira
de Mello. Curso de direito administrativo. Editora Malheiros.
20.a ed., p. 787). A definio objeto do fragmento de texto
acima se refere ao poder de polcia.
Comentrio:
De fato, justamente essa a definio de poder de polcia dada por
Celso Antnio Bandeira de Mello.
Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles, define poder de polcia como a
faculdade de que dispe a Administrao Pblica para condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em
benefcio da coletividade ou do prprio Estado.
Todavia, podemos extrair a definio do poder de polcia, de forma
mais abrangente, do Cdigo Tributrio Nacional, conforme artigo 78
ao expressar que:
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Art. 78. Considera-se poder de polcia a atividade da
Administrao Pblica que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula prtica de ato ou
absteno de fato, em razo de interesse pblico
concernente segurana, higiene, ordem, aos
costumes, disciplina da produo e do mercado, ao
exerccio de atividade econmicas dependentes de
concesso ou autorizao do Poder Pblico,
tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade e
aos direitos individuais e coletivos.
de se ressaltar que o fundamento do poder de polcia o princpio
da predominncia do interesse pblico sobre o particular, que d a
Administrao posio de supremacia sobre os administrados, ou
seja, tal prerrogativa conferida Administrao no sentido de velar,
zelar pelo interesse pblico.
Poder de polcia, em acepo ampla, significa a atividade estatal de
condicionar a liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses
coletivos, compreendo tanto os atos legislativos quanto os atos
executivos.
Em sentido estrito corresponde atividade administrativa que impe
restries liberdade e propriedade, por meio de intervenes
abstratas ou concretas da Administrao.
Gabarito: Certo.
41. (ANALISTA JUDICIRIO - JUDICIRIA - TRE/BA -
CESPE/2010) O poder de polcia, considerado como a
atividade do Estado limitadora do exerccio dos direitos
individuais em benefcio do interesse pblico, atribudo com
exclusividade ao Poder Executivo.
Comentrio:
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O poder de polcia atividade do Estado que visa limitar, condicionar
ou restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais,
em benefcio da coletividade ou do prprio Estado.
Todavia, poder atribudo ao Estado, na sua funo administrativa,
de modo que no atividade exclusiva do Poder Executivo.
Gabarito: Errado.
42. (ASSESSOR JURIDCO - PREF. NATAL/RN - CESPE/2008)
O poder de polcia, regido pelo direito administrativo, o meio
pelo qual a administrao pblica exerce atividade de
segurana pblica, seja por meio da polcia civil, seja pela
polcia militar, a fim de coibir ilcitos administrativos.
Comentrio:
Com efeito, j sabemos que o poder de polcia atividade que incide
sobre bens, atividades ou direitos, ou seja, na restrio, limitao ao
exerccio destes.
Dessa forma, possvel entender que o poder de polcia poder ser
encontrado em duas reas, no mbito da polcia administrativa e o da
polcia judiciria.
Porm, no devemos confundir uma coisa com outra, ou seja, a
polcia administrativa com a judiciria.
A Polcia Judiciria a polcia de segurana do Estado, atuando no
sentido de manter a ordem e a segurana pblica, combatendo a
criminalidade, atuando por meio de rgos de defesa (Polcia Civil e
Federal, por exemplo).
Ento, podemos dizer que a polcia judiciria tem atuao
predominantemente voltada para as pessoas, no combate
criminalidade, represso penal, segurana pblica.
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A polcia administrativa, por outro lado, no incide sobre pessoas,
incide sobre bens, atividades, e liberdades individuais, tanto
preventiva quanto repressivamente, ou seja, atua no combate a
ilcitos administrativos, anti-sociais, na fiscalizao dos diversos
setores sociais (comrcio, sanitrio, meio ambiente etc).
Portanto, enquanto a polcia administrativa regida pelo Direito
Administrativo, a polcia judiciria deve observar as normas de direito
criminal (processuais e penais).
Gabarito: Errado.
43. (ANALISTA JUDICIRIO - JUDICIRIA - TJDFT -
CESPE/2008) No exerccio do poder de polcia, a
administrao pblica est autorizada a tomar medidas
preventivas e no apenas repressivas.
Comentrio:
Como acabamos de ver, no mbito do exerccio do poder de polcia
poder ser efetivadas medidas de cunho repressivo, quanto de cunho
preventivo.
Significa dizer que no exerccio da polcia administrativa preventiva a
Administrao expedir os atos normativos (regulamentos, portarias
etc), ou seja, atos gerais e abstratos, que delimitaro a atividade e o
interesse dos particulares em razo do interesse pblico.
No tocante ao poder de polcia repressivo a Administrao ir atuar
no sentido de fiscalizar atividades e bens, verificando a existncia de
infraes s disposies preventivas e punindo as condutas ilcitas
administrativas.
No primeiro caso, ou seja, do exerccio do poder de polcia preventivo
podemos citar a necessidade, por exemplo, de se requerer o alvar
de funcionamento para abertura de bares ou restaurantes. No
segundo caso, polcia repressiva, temos a fiscalizao estatal a fim de
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verificar se os bares e restaurantes tm os referidos alvars e se
cumprem as regras inerentes segurana, sade etc.
Gabarito: Certo.
44. (TCNICO JUDICIRIO - ADMINISTRATIVA - TRE/BA -
CESPE/2010) O poder de polcia manifesta-se apenas por meio
de medidas repressivas.
Comentrio:
Como destacado, o poder de polcia pode tanto ser preventivo (edio
de normas, exigncia de alvars etc), como repressivo (apreenso de
mercadorias, fechamento de estabelecimento, aplicao de multas).
Gabarito: Errado.
45. (FCC/2010 - TRF 4a REGIO - ANALISTA JUDICIRIO)
Dentre outros, so atributos ou qualidades do poder de polcia
a) o motivo e a tipicidade.
b) a forma e a finalidade.
c) a discricionariedade e a coercibilidade.
d) a auto-executoriedade e a forma.
e) a presuno de legitimidade e a competncia.
Comentrio:
As alternativas "a", "b", "d" e "e" est erradas. que trazem
elementos ou requisitos do ato administrativo (competncia,
finalidade, forma, motivo e objeto). J a presuno de legitimidade
atributo do ato administrativo.
A alternativa "c" est correta. De fato, os atributos do poder de
polcia so a discricionariedade, a autoexecutoriedade a
coercibilidade.
Gabarito: "C".
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46. (FCC/2010 - TRE/AL - ANALISTA JUDICIRIO) O poder
de polcia
a) na rea administrativa no difere do poder de polcia na rea
judiciria.
b) exercido por meio de medidas preventivas, vedadas as medidas
repressivas.
c) tem como atributos, dentre outros, a autoexecutoriedade e a
coercibilidade.
d) tem como fundamentos os princpios da legalidade e da
moralidade.
e) no se subordina a limites, visto que, sendo prioritariamente
discricionrio, a forma de atuao fica ao livre arbtrio da autoridade.
Comentrio:
mera repetio da anterior. Os atributos do poder de polcia so a
discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.
A alternativa "a" est errado porque o poder de polcia administrativo
difere sobremaneira do poder de polcia judiciria, que este
voltado ao combate aos crimes e incide sobre pessoas. Aquele, por
outro lado, voltado aos ilcitos administrativos e incide sobre
atividades, bens ou propriedade.
A alternativa "b" est errado porque o poder de polcia administrativa
tanto exercido por condutas preventivas, quanto repressivas.
A alternativa "d" est errada na medida em que o fundamento do
poder de polcia a supremacia do interesse pblico sobre o
particular.
A alternativa "e" est errada, j que h limites ao exerccio do