tribuna meio ambiente 07 06 13

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EM BREVE NO SHOPPING BOULEVARD

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caderno especial do Dia do Meio Ambiente, publicado em 07/06/2013

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Page 1: Tribuna meio ambiente 07 06 13

EM BREVE NO SHOPPING BOULEVARD

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222222 Sexta-feira, 7 de junho de 2013Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNAFEIRENSE

Impressão:

(75) 3623-0011

Reportagem: Maura Sérgia

Diagramação: Alyrio Santos

Edição: Cristóvam Aguiar

Direção & Produção:

João Sérgio Vital

Preservação de mananciais hídricos.

O que tem sido feito?

Não é de competência daSecretaria Municipal de

Meio Ambiente (SEMMAM).Mas, o secretário RobertoTourinho diz estar atento tam-bém as questões de preser-vação ambiental. “Verifica-mos que existe agressãoconstante às lagoas, rios, osmananciais hídricos no mu-nicípio de Feira de Santana.Invasão, aterramento, ocu-pação irregular de áreas quesão consideradas de preser-vação permanente, ou áreade preservação ambiental, asfamosas APPs e APAs é umarealidade”.

Roberto Tourinho afirmaque o custo para recupera-ção de lagoas, é muito alto, eé muito importante que aspessoas as preservem, nãoinvadam, não agridam, por-que o município não tem con-dições de recuperá-las. Comoexemplo, citou o caso da La-goa Salgada, que é centená-ria, e vem sofrendo todo tipode agressão. Construções ir-regulares nas suas margens,aterramento, retirada ilegal deareia, e o município não pos-sui os recursos necessáriospara fazer umo Processo deRecuperação de Áreas De-gradadas (Prade). “Um Pra-de numa lagoa como aquelarepresentaria alguns milhõesde reais”. Diz o secretárioacrescentando que “quandonós identificamos qualquertipo de agressão dessa natu-reza, os nossos fiscais vãoaté o local, notificam, autu-

am e em muitos casos faze-mos demolições em parceriacom a Secretaria de Desen-volvimento Urbano”.

Sobre a recuperação daLagoa Grande, obra que estásendo realizada através doPrograma de Aceleração doCrescimento (PAC), o secre-tário afirmou que a SEM-MAM tem acompanhado eque as intervenções não temocorrido com a celeridade-desejada. Ele acredita que ademora dessas obras contri-buem para a ocupação em al-gumas áreas. “Verificamosquevolta e meia aparece umbarraco, uma casinha sendoconstruída, e se esta obrademora, pode haver um

comprometimentoem de-corrência das agressões quesão perpetradas contra omeio ambiente”.

Roberto Tourinho tam-bém acredita que é necessá-ria a parceria da populaçãopara preservação do meioambiente. As intervenções dogoverno são necessárias.Tem que haver a recupera-ção e transformação dessasáreas em ambientes de lazer.Ele lembra que o Parque Eri-valdo Cerqueira, na conheci-da Lagoa do Geladinho é umexemplo. “Quando o prefeitoJosé Ronaldo assumiu a pre-feitura, aquele parqueestavacompletamente destruído, aadministração municipal fez

uma recuperação, melho-rando a segurança, já existeinclusive guardas munici-pais, e hoje já volta a ser fre-quentado”.

No que tange a segurança,é pretensão da Secretaria dePrevenção à Violência (SE-PREV), criar um pelotão es-pecial, uma guarda ambien-tal, onde profissionais serãotreinados para lidar com cri-anças, com jovens e todasas pessoas que frequentamum parque, com umperfil di-ferentede uma guarda muni-cipal vai fazer uma interven-ção, por exemplo, no com-bate de drogas numa esco-la. “O Quiosque existente nolocal está funcionando e

existe também umagrande quantidade depeixes na lagoa e euacredito que em poucotempo o poder públicopoderá implantar ali apesca esportiva”, dizele.

Rio Jacuípe

A degradação do RioJacuípe é outra preocu-pação da SEMMAM. Osecretário Roberto Tou-rinho informou que estásendo feito um estudo

para conhecer as condiçõesdas águas, mais precisamen-te próximo aos Três Riachose a estação de tratamento daEmbasa, para verificar, inclu-sive, se esta empresa estácumprindo as determinações,tratando como é sua obriga-ção antes de despejar as águasservidas no rio.

“Estivemos no rio Jacuípe,acompanhado inclusive doDr. Aldo Rodrigues, que épromotor regional do meioambiente, sediado em Feirade Santana. O ministério pú-blico já fez uma solicitação àFUNASA, para que seja feitoum levantamento das condi-ções da água na margem dorio Jacuípe, mais precisa-mente próximo aos três ria-chos. Estivemos tambémacompanhados do represen-tante do INEMA, e estamosem parceira com estes ór-gãos, fazendo esse levanta-mento, já que a SEMMAMnão dispõe de equipamentospara verificar a qualidade daágua. A coleta das amostrasjá foi feita e este estudo iráidentificar, primeiro se a es-tação de tratamento da Em-basa está cumprindo o seupapel, se a água despejada noJacuípe está sendo tratadacomo é a obrigatoriedade daestação de tratamento”.

Também está sendo veri-ficada a qualidade da água nasproximidades da ponte do Ja-cuípe, vez que os últimosdados de coleta que foramfeitos no ano de 2011peloINEMA, FUNASA e Ministé-rio Público, não foram nadaanimadores. Diz Tourinho queafirma: “Esses dados Não fo-ram tornados públicos, atépara que não existisse umareação muito grande por par-te da população. Mas, agora

Roberto Tourinho - Secretário Municipal de Meio Ambiente

nós estamos, em parceria comMinistério Público e a FUNA-SA, providenciando um novolevantamento e aí sim açõesmais concretas de todos es-ses órgãos, Prefeitura, INE-MA e Ministério Público”.

Extração de areia

Segundo Roberto Touri-nho, há uma grande quanti-dade de extração irregular deareias no município de Feirade Santana. “Temos recebi-do muitas denúncias de dis-tritos como Maria Quitéria,Humildes, Jaíba, onde as pes-soas vem fazendo a extraçãodesse material de forma ir-regular. Este tipo de extra-çãoé controlado pelo Institu-to Brasileiro do Meio Ambi-ente e dos Recursos Natu-rais Renováveis(Ibama), po-rém, mantivemosaudiência-com a superintendência doórgão em Salvador, estamosmonitorando todas essas ex-trações de areia, com coor-denadas geográficas. Enca-minhamos ao Ibama que vainos responder quais as ex-trações são legalizadas, equais estão operando de for-ma clandestina em Feira deSantana. Em parceria, Pre-feitura Municipal, Ibama eoutros órgãos, haveremos defazer o acompanhamento eaplicar as penalidades legais.É bom que se diga que estaspenalidades não são de res-ponsabilidade do município,porque nós apenas notifica-mos para que essas pessoascompareçam ao órgão para-legalizar, em Feira de Santa-na a grande maioria é ilegal,e nós já pedimos inclusive oempenho do órgão compe-tente para resolver o proble-ma”, concluiu.

Preocupação com a degradação do Rio Jacuípe

José Ronaldo visita a lagoa do Geladinho

Lagoa Grande está sendo recuperada pelo governo do Estado com verbas do PAc

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333333Sexta-feira, 7 de junho de 2013 Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio Ambiente TRIBUNA

FEIRENSE

SEMMAM: Um balanço das atividadesEm apenas cinco meses à frente daSecretaria Municipal deMeio Ambiente (SEM-MAM) o secretárioRoberto Tourinho jámostra a que veio. Emum balanço das ativi-dades realizadas nesteperíodo, observa-seque ele está sempreatento ao cumprimen-to da preservação domeio ambiente. A SEM-MAM vem fazendo umcombate sistemático apoluição sonora e visu-al na cidade, e tem agi-do também na preser-vação dos mananciais hídri-cos e extração irregular deareias no município de Feirade Santana.

“Quando nós assumimosa secretaria no dia 1º de Ja-neiro, por solicitação do pre-feito José Ronaldo, fizemosimediatamente algumas açõesde combate à poluição sono-ra, ambiental e visual”, decla-ra o secretário. Com relaçãoà poluição visual, ele diz quesolicitou dos proprietários deempresas de outdoor a rela-ção de todas as placas queessas empresas possuíampa-ra o controle da prefeitura.Aquelas que estavam instala-das de forma irregular foiprovidenciadaa retirada, prin-cipalmente no Anel de Con-

torno, onde existia uma gran-de quantidade. “Retiramoscerca de 120 placasde todotamanho, sem nenhum tipode padrão, não respeitandoabsolutamente nada. Noti-ficamos proprietáriose tam-bém fizemos retirada de ca-valetes, cones,banner, fai-xas”. Conta Tourinho que foinecessário atéefetuar a prisãode pessoas que estavam co-lando cartazes de cartoman-tes, exoteristas, em postes,criando uma poluição visual.“Uma prática já démodé, co-lar cartazes em postes numacidade de meio milhão de ha-bitantes, ferindo o código demeio ambiente que proíbe acolocação de cartazes em ár-vores, postes eprédios públi-

cos”. Mas, pouco tempo de-pois a prática acontece outravez. Essas ações são cons-tantes.

Poluição Sonora

O combate à poluição so-nora é uma constante naSEMMAM. No dia 18 de Ja-neiro foi iniciada a operação“Feira quer Silêncio”, com-blitzen realizadas nos finaisde semana. “Essas blitzensão realizadas em parceria-com outros órgãos. Além dosfiscais da SEMAM, da Guar-da Municipal, Superintendên-cia Municipal de Transportee Trânsito (SMTT), conta-mos com o apoio da PolíciaMilitar, Ministério Público e

Polícia Civil. As pessoasreclamam através do te-lefone156. De possedosdados de estabelecimen-tos que são potenciaiscausadores de poluiçãosonora – bares, restau-rantes, casas de shows,casas de espetáculos –que trabalham com somao vivo, e que não respei-tam o limite de decibéisdeterminado por Lei(70decibéis ao dia e 60ànoite), nós temos nossobanco de dados e agi-mos”. Informa o secre-tário.

Existetambém apolui-ção sonora causada por somde veículos automotores, osfamosos “paredões”, quemuitas vezes aterrorizam acidade nos finais de semana.“Fazemos blitzen e quandodetectado, é feita a apreen-são dos equipamentos, leva-dos para o pátio da prefeitu-ra, e no dia seguinte é enca-minhado para a Polícia Civil,que formaliza o inquérito emanda para oJuizado Espe-cializado Criminal (JECRIM),já que se trata de um proces-so de crime ambiental. Cabea Justiça julgar e proceder aspenalidades cabíveis em cadacaso. Após vencido esse pra-zoas pessoas poderão reaverou não os seus equipamen-tos”. Desde o início das ope-

rações em 18 de Janeiro atéo final do mês de maio, fo-ram feitas mais de 200 no-tificações com apreensãode equipamentos, informaTourinho.

Poluição Ambiental

Com relação à poluiçãoambiental, causada por indús-trias, embora não seja decompetência do município, esim do governo do estado,através do INEMA, a SEM-MAM também estáatenta.”Nós ajudamos o INE-MA. Quando há uma recla-mação, nós designamos umfiscal até o local, o fiscal fazuma notificação e nós man-

damos para o INEMA, paraque adote as providências le-gais, em notificar, autuar, sefor o caso até interditar a in-dústria. Nós temos tido umaótima relação com o INEMAaqui em Feira de Santana etemos avançado muito tam-bém nesta área. Acredito que,à exceção de algumas recla-mações pontuais de algumasindústrias do CIS, em deter-minadas épocas do ano, oude acordo com a temperatu-ra, ou determinados horári-os, tem diminuído muito apoluição ambiental causadapor indústrias no município,considerando o passado,aquelas indústrias que erampoluidoras em nossa cidade”.

Apreensão de equipamento de som pelo programa “Feira Quer Silêncio”

O combate à poluição ambiental é responsabilidade de todos

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444444Sexta-feira, 7 de junho de 2013Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNA

FEIRENSE

Os calendários assinalampara 05 de junho, o Dia

mundial do Meio Ambiente e daEcologia. A data pode ter viradofenômeno de moda, a exemplo detantos outros, mas diante decertas realidades é impossívelficar calado. Por isso, gostaríamosque o dia servisse para umareflexão séria sobre nosso papeldiante do meio ambiente.

O TERMO “ecologia” existe há mais de 130 anos, masganhou expressão nas últimas décadas, quando ficou claroque o homem estava destruindo sua casa, o mundo ondevive. Isto significa uma ameaça concreta ao futuro. Nadécada de 50 temia-se a Bomba Atômica. Hoje a poluiçãoé bem pior que a bomba.

A ECOLOGIA é hoje, possivelmente, a bandeira maisuniversal das bandeiras, assumindo contornos planetários.Inquilinos descuidados, maltratamos o meio ambiente,nossa casa, ameaçando a própria vida. Todos de algumamaneira, somos coniventes. Se alguém derruba umaárvore, esta desaparece para todos.

MILHARES de árvores foram cortadas sem seremsubstituídas. A sombra, o ar, o equilíbrio foram atingidose em algumas áreas surgiram intermináveis desertos. Porfalta de preservação, muitos rios secaram. Odesmatamento progressivo afeta o regime das chuvas e atemperatura da terra aumenta. Muitas espécies de animais,peixes e árvores simplesmente, desapareceram.

UM CAPÍTULO à parte refere-se ao lixo. A Terraassemelha-se, hoje, a uma grande lixeira. Há pneus,garrafas, venenos espalhados ao ar livre. E este lixo nãofica apenas na terra. Ele invade as águas e o ar. O própriocéu não está mais azul. A atmosfera está cheia de buracose o sol queima mais e afeta a pele. Você se dá conta daorigem do câncer de pele?

O DIA MUNDIAL do Meio Ambiente e da Ecologia deveser um sino que soa chamando para o grande encontrodo homem com a natureza. Respeite a natureza. Ela nãotem como falar para reagir, mas reage não falando.Respeitar a natureza é um ato de inteligência consigomesmo e um ato de amor aos filhos do presente e dofuturo. É também uma maneira de louvar a Deus.

SENHOR, onde houver quem jogue lixo em localinadequado, que eu possa despertá-lo para a consciênciaambiental. Onde houver alguém poluindo rios, que eupossa educá-lo a não fazer mais. Onde houver alguémdestruindo matas e florestas, que eu possa sensibilizá-loa protegê-las. São Francisco de Assis, Patrono daNatureza, protegei nosso meio ambiente e abençoai osque o defendem.

+ Itamar VianArcebispo Metropolitano

[email protected]

Cuidar da casa

“O centro de Feira está sobrecarregado e desorganizado, gerando umapoluição visível”, diz Zé Neto

Ex-presidente da Comis-são de Meio Ambiente na

Assembleia Legislativa daBahia, o deputado estadual ZéNeto (PT) defende ações sus-tentáveis para o desenvolvi-mento de Feira de Santana.No Dia Mundial do MeioAmbiente, comemorado nes-te 05 de junho, o atual líderdo governo na AL-BA co-menta a degradação de lago-as, poluição no centro da ci-dade e destaca o papel doEstado e do Município noprocesso de crescimento, in-clusão e preservação.

Tribuna Feirense - Lago-as de Feira de Santana, aexemplo da Subaé, LagoaGrande, Prato Raso e Sal-gada passam por processovisível de degradação. O queo deputado sugere para mi-nimizar os efeitos nocivosnestes espaços?

Zé Neto - O governo esta-dual está investindo mais deR$ 45 milhões neste momen-to na Lagoa Grande. Inclusi-ve, nos próximos dias sai oresultado da nova licitação eassinamos contrato para darcontinuidade às obras. Esta-mos recuperando mananci-ais, trabalhando com a Em-basa no saneamento básico eisso atende não só à LagoaGrande, mas às outras lago-as. Um exemplo disso é quequando projetamos a NóideCerqueira – avenida de 08 kmconstruída com recursos doEstado –, nós fizemos a ca-nalização das águas de chu-va para que toda ela seja de-positada na Lagoa Salgada,buscando sua revitalização.

Outra situação é que nósprecisamos ter da Prefeituraum trabalho efetivo de rema-peamento para que se tenhamais controle. Hoje o próprioMunicípio tem dado, emmuitos casos, como o daLagoa do Prato Raso, a au-torização para construção deunidades habitacionais e atéde ruas com autorização paraa Coelba e a Embasa instala-rem seus serviços. Isso de-monstra que não há um inte-resse mais efetivo em preser-var estas lagoas. Portanto, épreciso haver integração mai-or entre o que faz o municí-pio e o que faz o Estado. Denossa parte há abertura e in-teresse de progredir no intui-to de buscar resolver os pro-blemas.

TF – Uma reclamação dapopulação feirense é a po-luição sonora. Qual a suges-tão do deputado para mini-mizar esta modalidade deagressão ambiental?

ZN – Essa é uma questãoque merece a atenção doMunicípio. É preciso haverum trabalho com igrejas, ba-res, boates, casas de show,colocando a necessidade dese criar espaços acústicos

adequados. Essa questãodeve passar por diálogos, in-clusive com a abertura de li-nhas de financiamento noBanco do Nordeste, na De-senbahia, e me coloco à dis-posição para fazer esse de-bate. Também acho que épreciso dialogar com algunssetores da cidade, a exemplodos que curtem os paredõesde som, que tem um ladoeconômico, esportivo, deprazer, diversão, de encontrode uma tribo que gosta destetipo de atividade. E acho quedeve haver diálogo mais pró-ximo com as instituições, tra-balhando no sentido de fazero ordenamento, a orientaçãoe o financiamento.

TF – O governo do Esta-do adquiriu recentementenovas áreas para ampliaçãodo Centro Industrial Subaé(CIS). O que ele vai fazerpara reduzir os possíveisimpactos ambientais causa-dos pelos novos empreendi-mentos que vão poder se ins-talar em Feira e cidades vi-zinhas?

ZN – Em todos esses no-vos empreendimentos, osprojetos precisam de estudosde impacto ambiental e o Es-tado fará a sua parte. Outraparte é feita pelo Município.

Há um compartilhamentoambiental feito entre municí-pio e Estado, que devem tra-balhar juntos para garantirque o desenvolvimento venha- e virá - mas que não tragapoluição e que as empresastenham os mecanismos ade-quados para consolar seuspoluentes e não afetar ou tra-zer qualquer dificuldade paraas comunidades. Nisso o CIStem sido muito rigoroso eesses projetos todos para se-rem autorizados passam pelocrivo do município que temtambém seu grau de fiscali-zação. Aí é mais integração,que tem havido. O que pu-dermos melhorar vamos me-lhorar. E a tendência é que agente a cada dia tenha con-dição de efetivamente, prin-cipalmente com a questão docompartilhamento ambiental,fazer com que esse desenvol-vimento ocorra, mas de for-ma sustentável.

TF – E sobre a poluiçãono Centro da cidade?

ZN – Aí passa por váriosmovimentos que precisamser feitos. É preciso investirem infraestrutura. Nós, doEstado, estamos investindo,como fizemos nos últimosseis anos, em saneamentobásico. Por incrível que pa-reça, havia fossas assépticassendo jogadas no centro háalgum tempo; em parte, jáestamos com esse problemaresolvido. Outra parte vamosresolver, até o fim de 2014,com a última etapa da Baciado Pojuca, já que já está -junto com a Bacia do Subaée a Bacia do Jacuípe - prati-camente pronta. Resolvendoo problema do Pojuca tere-mos 100% da cidade, prati-camente, com seu nível ur-bano atendido por esgota-mento sanitário.

Outro aspecto é que a ci-dade vive um transtornogrande em relação a toda adegradação que se dá em facede não haver disciplinamen-to do comércio ambulante eme parece que fazem de pro-pósito para poder estrangu-lar o sistema e deixá-lo comoo grande vilão. E com o su-cateamento do Centro deAbastecimento, da Feira daEstação Nova e da CidadeNova, há poucos espaços

confortáveis e convenientespara a venda de alimentos.Estamos vendo o centro deFeira sobrecarregado e de-sorganizado, gerando umapoluição muito visível. Pre-cisamos ter uma ação con-catenada e respeitosa paramelhorar essa situação.

Os ônibus são vilões histó-ricos. Ônibus velhos, fuma-çando, trazendo ruídos, inse-gurança e situações que portodo o tempo são reclamadase não são resolvidas por in-teresses diversos que nãodeixa prevalecer o bom sen-so, que seria exigir que estesveículos tivessem idade econtrole técnico para evitartanta emissão de poluentes egarantir a segurança da po-pulação.

Sem contar que na cidadehá um processo, cada diamais indisciplinado, da utiliza-ção de faixas e propagandasem lugares inadequados.Tudo isso precisa ser disci-plinado, organizado; dependede coerência política e tam-bém de força da sociedade.

O Estado fica aqui à disposi-ção também desse bom diálo-go e nesses enfrentamentos,obviamente, quando formoschamados, teremos disposiçãode ajudar a construir um cami-nho que seja o mais sustentá-vel, adequado e que possa pre-valecer os interesses da vida.

TF – A cidade deve conti-nuar se desenvolvendo doponto de vista imobiliário,industrial, em mobilidadeurbana. Neste processo, quala atenção que deve ser dadapelo governo estadual?

ZN – Meio ambiente é in-fraestrutura. Não pode serlembrado depois de termina-do o projeto, tem que ser oanteprojeto de todas as açõesestruturantes, senão, lá nafrente, fazem dele apenasuma maquiagem para dizerque entregaram alguma coi-sa com sustentabilidade. Euvejo essa preocupação porparte do Estado. Nós estamostrabalhando com a Embasano saneamento básico e umade nossas preocupações foiinstalar novas estações de tra-tamento de esgoto. Estamosconstruindo grandes piscinaspara assentamento de lodo.Precisamos continuar pen-sando no meio ambientecomo um sistema, ou vamosrapidamente esmagar, des-truir ecossistemas. Em Fei-ra, todas as nossas interven-ções estruturantes realizadaspelo Estado têm tido o cui-dado de observar as questõesambientais como princípiobásico para nossas ações nãotrazerem prejuízo para omeio ambiente e para a po-pulação como um todo.

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555555Sexta-feira, 7 de junho de 2013 Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio Ambiente TRIBUNA

FEIRENSE

Cuidando do meio ambiente por você!

Destacando-se no mercado da área de Consultoria eAssessoria Ambiental pela excelência nos serviços

prestados com responsabilidade, competência e qualidadea Ambiental Consultoria completa 14 anos atuando nomercado de Feira de Santana, Salvador e Região. Seguin-do o lema “Cuidando do meio ambiente por você” a Am-biental se propõe a resolver as questões ambientais dosseus clientes e parceiros, assumindo a sua gestão ambien-tal: gerenciando as licenças ambientais, o cumprimentodos condicionantes dessas licenças, a resposta a notifica-ções, a elaboração e implantação de projetos ambientais,entre outras ações. Assumindo o meio ambiente das em-presas, o empreendedor passa a contar com uma equipetécnica especializada pois, o suporte fornecido pela Am-biental Consultoria se estende desde às questões ambi-entais pertinentes ao Ibama (esfera federal), passando pe-las questões das esferas estaduais e municipais (para aque-les municípios que já se encontram atuando dentro do Sis-tema Nacional de Meio Ambiente). Os estudos e progra-mas ambientais desenvolvidos pela Ambiental estão cadavez mais aperfeiçoados através das modernas técnicas demapeamento.

Durante esses 14 anos de atuação os serviços prestados,compreendem Coordenações de Comissões Técnicas de Ga-rantia Ambiental; Licenciamentos Ambientais; elaboração dePlano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; elaboração deProgramas de Educação Ambiental; elaboração de Planos deRecuperação de Áreas Degradadas; elaboração de LaudosVerdes e Levantamentos Florísticos; Diagnósticos Ambien-tais; implantação de Programas de Educação Ambiental e deGestão de Resíduos; elaboração de Georreferenciamentoscom Mapeamento de Áreas Contaminadas ou de Risco; Ma-peamentos de Áreas de Preservação Permanente e de Inun-dação; Levantamentos de Fauna e Planos de Afugentamentode Animais; processos para Outorgas e Dispensas de Outor-gas para uso de Recursos Hídricos; processos para lança-mento de Efluentes; processo para Supressão e Dispensa deSupressão Vegetal; Autorização para Transporte de Resídu-os Perigosos e/ou Produtos Perigosos; Averbações de Re-serva Legal, entre outros.

Mapa de ruídos antes da implantação do empreendimento

Uso do solo na área objeto de estudo – geoprocessamento de imagens

Os serviços prestados hoje pela Ambiental Consulto-ria abrangem, no estado da Bahia, os municípios de Feirade Santana, Irará, Lauro de Freitas, Coração de Maria,Conceição do Jacuípe, São Gonçalo dos Campos, Juazei-ro, Buerarema, Santa Bárbara, Rafael Jambeiro, SantoEstevão, Camaçari, Salvador, Campo Formoso, Barra doMendes, Catolândia, Teodoro Sampaio, Nazaré das Fari-nhas, Santo Antônio de Jesus e outros. Os estados de Ser-gipe, Alagoas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Per-nambuco também já contam com o suporte técnico for-necido pela Ambiental Consultoria através dos profissi-onais afiliados que trabalham diretamente nesses estados.

A Ambiental embora tenha como cargo chefe o forne-cimento de suporte técnico ambiental para instituições pri-vadas, não deixa de fornecer apoio social a escolas públi-cas, comunidades eclesiais de base, entre outras, atravésde palestras e orientações voltadas para a gestão ambientalde resíduos, geração de emprego e renda através de reusode materiais, orientações para revegetação de áreas, etc.Funcionando a 1 ano em nova sede a rua Anápolis, nº 681,transversal com a Av. Maria Quitéria.

Mapa das Áreas de Preservação Permanentes (APP)

Mapa demonstrando área de inundação do Rio

Execução de arborização/revegetação vista das balizas indicadoras das espécies

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666666 Sexta-feira, 7 de junho de 2013Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNAFEIRENSE

60 Km de rede de distribuição

de água no setor Norte da cidade

Iniciada em novembro do ano passado e com prazo de18 meses para concluir, a Embasa está investindo mais

de R$ 48 milhões numa obra para implantação de 57 kmde rede de distribuição de água, que tem ainda uma aduto-ra de 3 km, além de três reservatórios com capacidade de8.000 m³ cada e uma estação elevatória de água tratada.

Segundo o engenheiro Luciano Pelegrino, da PEJOTAConstruções e Terraplenagens, responsável pela obra, anova rede beneficiara o sistema de abastecimento de águade Feira de Santana – setor norte.

Segundo o engenheiro, a água que vem do rio Para-guaçu através de uma rede existente, será canalizadapróximo ao viaduto da Avenida João Durval através deuma adutora que percorrerá o Anel de Contorno atépróximo à passarela Conceição Lobo, no Campo Lim-po, onde vai alimentar três reservatórios que ali serãoconstruídos no terreno de uma chácara que foi adquiri-da pela Embasa.

A obra beneficiará cerca de 310 mil habitantes da re-gião Norte que compreende os bairros do Campo Limpo,Asa Branca, Campo do Gado, Gabriela, Baraúnas, Geor-

ge Américo, Centenário, Cidade Nova, Jardim Cruzei-ro, Alto do Papagaio, Asa Branca, Mangabeira, FeiraVI, Novo Horizonte, entre outros. Ainda segundo ele,com o crescimento da cidade a demanda aumentou ehouve a necessidade de se criar esse centro de Reser-vação, com capacidade de armazenamento de24.000m³.

No momento a obra se encontra na fase de assenta-mento da rede de distribuição, e já foram assentadoscerca de 30 km de rede em diversos trechos da cida-de. De acordo com engenheiro, as obras da adutora naAv. Contorno e do Centro de Reservação dependemda resolução de algumas pendências, tais como, auto-rização por parte do DNIT e ajustes no projeto execu-tivo, respectivamente, mas estão sendo tomadas asmedidas necessárias para resolver esses entraves.

Quanto aos transtornos no tráfego de pessoas e ve-ículos que este tipo de obra sempre ocasiona, o enge-nheiro pede que a população tenha paciência, porqueas medidas estão sendo tomadas para minimizar essesproblemas.

Construções e Terraplanagem Ltda.

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Já não é novidade para osgestores públicos munici-

pais a necessidade de elabora-ção e implantação do Plano deGerenciamento de ResíduosSólidos Municipal – PGRS. Suaelaboração é condição “sine-qua non” para o recebimentode recursos federais destina-dos a implantação de projetosrelacionados a meio ambiente,em especial para projetos rela-cionados a resíduos. A Lei Fe-deral nº 12.305/2010, que rezasobre a Política Nacional deResíduos sólidos, diz no seuArtigo 18 que a elaboração doPGRS municipal é condiçãopara os municípios terem aces-so a recursos da União desti-nados ao manejo desses resí-duos, e através do Art. 55, es-tabeleceu o prazo de dois anospara sua elaboração.

“Art. 18. A elaboração deplano municipal de gestão in-tegrada de resíduos sólidos,nos termos previstospor estaLei, é condição para o DistritoFederal e os Municípios teremacesso a recursos da União, oupor ela controlados, destina-dos a empreendimentos e ser-viços relacionados à limpezaurbana e ao manejo de resídu-os sólidos, ou para serem be-neficiados por incentivos ou fi-nanciamentos de entidades fe-derais de crédito ou fomentopara tal finalidade.”

O PGRS busca minimizar ageração de resíduos na fonte,adequar a segregação na ori-gem, controlar e reduzir riscosao meio ambiente e asseguraro correto manuseio e disposi-ção final, em conformidade coma legislação vigente.

Se considerarmosa essênciada Política Nacional de Resí-duos Sólidos, onde exigi entreoutras coisas a inclusão socialdos trabalhadores que lidamcom resíduos sólidos, leiam-secatadores, Feira de Santana,assim como a maioria dos mu-nicípios do País, está à margemda Lei. Primeiro por que mes-mo tendo elaborado o seuPGRS, por meio de uma atuali-zação do Plano Municipal de

Limpeza Urbana efetuando àsadequações necessárias, faltaimplantá-lo; segundo por quenão há efetivamente uma polí-tica de inclusão social que re-lacione catadores e resíduossólidos.

O modelo existente é resu-mido a duas empresas priva-das, onde uma delas é respon-sável pela coleta e a outra peladisposição em aterro sanitário.Nessas duas fases – coleta edisposição –, absolutamentenecessárias, ainda não ocorre,a separação dos resíduos. Estaocorre, entretanto, à margemdo sistema oficial, em pequenaescala e ficapor conta dos mui-tos catadores, desorganizadose à mercê de atravessadores. Enão há indícios que a situaçãomude.

Urge uma ação direta da ad-ministração municipal quepode começar a partir do Ca-dastro Único existente na Se-cretaria de Ação Social, usadona gestão do bolsa família, paradar início à organização des-ses trabalhadores. Outra ação,esta definida no PGRS Muni-cipal, consiste na construçãodos “ecopontos”, espalhadospelos bairros mais populososou em pontos estratégicos, vi-sando a facilidade de disposi-ção dos resíduos de maneiraorganizada, segura e de fácilacesso para os catadores, quepodem assim transportá-lospara o comércio de reciclagem.

Há ainda um segundo mo-

mento igualmente importanteneste processo - o fator bene-ficiamento desses resíduos,mesmo que seja com uma sim-ples prensa ou equipamentopara confecção de fardos depapel, agregando valor ao re-síduo que será comercializado.Não se almeja, ainda, na atualconjuntura de Feira, que a ini-ciativaprivada faça isso. Assimsendo, é dever do poder muni-cipal fazer valer o estabelecidona Política Nacional de Resí-duos Sólidos, no que se referea essa inclusão, criando espa-ços para o beneficiamento des-ses resíduos e ajudando, pelomenos no início, na organiza-ção de associações dos cata-dores. A COOBAFS – Coope-rativa dos Catadores de Feirade Santana, que já teve seuauge, atualmente agoniza, ca-recendo de apoio público - epor que não? – privado parase reerguer.

Falta de recursosnão é des-culpa. A construção dos eco-pontos, não custa caro e po-dem ser implantados através dacaptação de verbas federais,por meio de vários projetosdesde que os mesmos atendamaos requisitos exigidos paraobtenção dessas verbas.E eco-pontos como devem ser – comcoletores separados, áreasidentificadas, cumprindo asnormas técnicas e ambientaisem vigor. O resto é decisão, or-ganização e atitude política paramudar esta situação.

O lixo de Feira de Santana e seu PGRSVera Schumann

DRT0362-AL - Jornalista e Consult. Ambiental

A necessidadeda reciclagem

Espaço físicopara a dispo-sição de resíduos pode seconfigurar num luxo que Feirade Santana não tenha comoatender. O avanço imobiliáriopara a área onde atualmentefunciona o aterro acena paraum grande conflito de interes-ses. De um lado empresas es-pecializadas em aterro sanitá-rio concorrendo entre si pelomercado do lixo, adquirindoterras contíguas ao aterroexistente; do outro lado o mer-cado imobiliário, fazendo pres-são para conter o avanço daárea do aterro. O fator queamplia a vida útil do aterro deFeira de Santana, se nós con-siderarmos a interrupção docrescimento em área, passanecessariamente pela recicla-gem. Para fazer de fato a Polí-tica Municipal de ResíduosSólidos, não basta apenas terescrito e definido um PGRS.Mas aplicá-lo, considerandoalguns aspectos, tais como:campanhas de educação am-biental junto a população –cidadãos comuns, comércio,indústria e serviços - comfoco na conscientizaçãoquanto a necessidade de se-parar e dispor o lixo de formasegregada nos locais cons-truídos e indicados pela pre-feitura; capacitação dos ca-tadores em relação aos cui-dados, manejo, beneficiamen-to e mercado de seus subpro-dutos; articulação com os di-versos setores da economiaque lidam com matéria primaoriunda de resíduos e, final-mente, melhorar as condiçõesde beneficiamento dos resí-duos, iniciando pelo galpãocedido pela prefeitura a COO-BAFS, situado no antigoAterro Municipal, vizinho aoatual aterro e até ampliandoo acesso para outras organi-zações de catadores, que atra-vés da implantação da políti-ca municipal de gestão dosresíduos, poderão surgir.

Estratégias para o sucessoda Política Municipalde Resíduos Sólidos

Em linhas gerais,basta se-guir o proposto no Plano Na-cional de Resíduos Sólidosconforme previsto na Lei12.305/2010, cumprindo as se-guintesfases:

I - Diagnóstico da situaçãoatual dos resíduos sólidos; II -Proposição de cenários, inclu-indo tendências internacionaise macroeconômicas; III - Me-tas de redução, reutilização ereciclagem, com vistas a redu-zir a quantidade de resíduos erejeitos encaminhados paradisposição final ambientalmen-te adequada; IV - Metas para oproveitamento energético dosgases gerados nas unidadesde disposição final de resídu-os sólidos; V - metas para aeliminação e recuperação de li-xões, associadas à inclusãosocial e à emancipação econô-mica de catadores de materi-ais reutilizáveis e recicláveis;VI - programas, projetos eações para o atendimento dasmetas previstas.

Cumprir o PGRS é uma ne-cessidade real, que deve serinserida no programa de açãode toda administração munici-pal, partindo, como já enfatiza-do, da educação ambiental. E

Áreas dos aterros sanitários em Feira de Santana. O aterromunicipal foi desativado como aterro e segundo o PGRS, devese transformar em um centro de tecnologias voltadas para agestão de resíduos. O Aterro Sanitário da Viva Ambiental,embora em fase adiantada nas obras de implantação nãochegou a operar e teve suas licenças ambientais suspensasrecentemente por ordem judicial.

não apenas nas escolas, visan-do o amanhã, mas no cidadãode hoje que consome sem ver amedida de resíduos contida noseu consumo e muito menos adestinação desse mesmo resí-duo. A política Municipal deResíduos Sólidos de qualquermunicípio, de qualquer cidade,país, passa pelo consumo cons-ciente e, em seguida, pela ges-tão responsável dos resíduosgerados pela sociedade. Resul-tado: sustentabilidade, essapalavrinha tão proferida, e ain-da, em pleno Século XXI, tãodistante da realidade cotidianado cidadão e que se traduz emdiversas vertentes de investi-mento e ações visando a nãomenos propalada qualidade devida – transporte sustentável –e transportes de massa -, indús-tria sustentável, serviços sus-tentáveis e gestão honesta etransparente dos recursos pú-blicos – o dinheiro de todosnós. Ou, então, teremos de pen-sar em como será viver no pla-neta Marte... se pudermos pa-gar por este novo lar – e come-çar tudo de novo, no mesmomodelo insustentável?!...É istoo que queremos para nossosfilhos e netos?!

Melhor qualidade de vida no ambiente em que vivemosé tarefa de cada um e de todos nós.

Que o meio ambiente seja lembrado e preservadotodos os dias, por cada um de nós!

Uma idade sustentável começa em nossa casaMude sua atitude ambiental. Faça melhor e mais!

(75) 3021-5105Feira de Santana-Bahia

[email protected]

Tudo em Licenciamento e Projetos Ambientaiscom Ética, Competência e Responsabilidade

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599999Sexta-feira, 7 de junho de 2013 Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio Ambiente TRIBUNA

FEIRENSE

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1010101010 Sexta-feira, 7 de junho de 2013Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNAFEIRENSE

Obras proporcionam 25 mil novas

ligações ao Esgotamento Sanitário

A Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), responde pela água tratada de 361 municípios (12,1milhões de pessoas), dos 417 municípios do estado, e pelo siste-ma de esgoto de 74 cidades (4 milhões de pessoas). Segundodados da empresa, novas 646 mil ligações domiciliares de água e291 mil ligações intradomiciliares de esgoto foram implantadasde 2007 a julho deste ano. “A Embasa vem trabalhando parauniversalizar o acesso aos serviços de água e esgoto na Bahiaaté 2030”, projeta o engenheiro Abelardo de Oliveira Filho, quepreside a companhia desde 2007.

Os investimentos no Estado até 2014, nas contas da Embasa,somam R$ 6 bilhões e priorizam o esgotamento sanitário, com

R$ 3,5 bilhões; para a melhoria do abastecimento de água, sãoestimados R$ 2,5 bilhões. Em Feira de Santana, 72º município doRanking do Saneamento, com cerca de 600 mil habitantes, a em-presa CCP Construções está realizando obras da terceira etapado projeto de esgotamento sanitário que envolve as bacias dosrios Jacúipe e Subaé. Com R$ 43,3 milhões de recursos, as obrasobjetivam a cobertura do atendimento com coleta, tratamento edestinação adequada do esgoto, devendo atingir a ampla cobertu-ra em toda a cidade.

Estão sendo construídos coletores, estações elevatórias e detratamento, que proporcionarão cerca de 25 mil novas ligaçõesdomiciliares ao sistema de esgotamento sanitário da cidade.

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71111111111Sexta-feira, 7 de junho de 2013 Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio Ambiente TRIBUNAFEIRENSE

Campo do gado vai inaugurar este

mês Fábrica de Reciclagem AnimalDe acordo com o planeja-

do, o diretor-proprietário doFrigorífico Campo do Gado,Gustavo Machado, investiuno que até o ano passado elechamava de “Fábrica de Ra-ções”. Mas a ideia inicial evo-luiu e até o final deste mêsele deverá estar inaugurando,dentro do complexo do Fri-gorífico, uma Indústria deReciclagem Animal que, alémde transformar os resíduosnão comestíveis em ração,fará também o aproveitamen-to do sebo para a indústria desabões e detergente e para aindústria de Biodiesel.

“Essa nova fábrica vaiagregar um valor significati-vo para o negócio, e comisso esperamos poder conti-nuar a fazer novos investi-mentos e atingir os nossosobjetivos, que já estão previ-amente estabelecidos”, dizGustavo. O investimento nanova unidade é de aproxima-damente R$ 6,5 milhões, ge-rando emprego e renda paracerca de 170 pessoas direta-mente.

Afora o couro, tudo quenão é comestível no boi étransformado em ração para

frangos e suínos, e o sebo éaproveitado, principalmente,para a indústria de Biodiesel.A ração para frangos tambémleva sebo beneficiado, porqueele dá cor e sabor à ração,além de conter cálcio e pro-teínas necessários para asaves.

Segundo Francisco Pa-checo, sócio e responsáveltécnico no empreendimento,a capacidade da fábrica é deprocessamento de 1.200 to-neladas por mês de materialbruto, sendo que, inicialmen-te a estimativa é de produção

de 200 toneladas mês de ma-terial bruto com percentualde 50% de aproveitamentofinal, sendo 30% de farinhae 20% de sebo. Mas a novaindústria não utilizará maté-ria prima apenas do Campodo Gado, o fará também deoutras fontes, até porque osresíduos de abatedouros desuínos, caprinos, ovinos etambém de frangos, serãoaproveitados, bem como agordura descartada por lan-chonetes e restaurantes. Paratanto, um sistema de coletaestá sendo montado e utiliza-rá, inicialmente, doze cami-nhões, que farão rotas portoda a Bahia e até em outrosestados se necessário.

Um dos fatores mais im-portantes é que o mercadoconsumidor esta bem perto.Segundo Francisco Pacheco,há clientes há menos de dezquilômetros da fábrica e emmunicípios vizinhos, portan-to, colocação para a produ-ção não será um problema.

Exportação

A fábrica foi construída deacordo a atender às especifi-

Gustavo Machado,diretor-proprietário do

Frigorífico Campo do Gado

cações da Portaria 34 do Mi-nistério da Agricultura quedetermina as regras operaci-onais para habilitação de es-tabelecimentos fabricantes deprodutos de origem animalinteressados em exportar e asdiretrizes para a realização deauditorias e supervisões paraa verificação do cumprimen-to dos requisitos sanitáriosespecíficos dos países oublocos de países comprado-res, além dos procedimentosde fiscalização, pelo Serviçode Vigilância Agropecuária(SVA) e Unidade de Vigilân-cia Agropecuária (Uvagro)em portos, aeroportos, pos-tos de fronteira e aduanasespeciais.

“Todo o nosso revesti-mento está na altura padrãoque é de 2,60m, todo o pro-cesso é automatizado e divi-dido em setores sujo, médioe limpo, porque poderemosno futuro ter interesse emexportar os nossos produ-tos”, diz Francisco Pacheco.

Alguns projetos que fo-ram deixados de lado tem-porariamente, para focar asatenções na construção danova fábrica, serão retoma-

dos oportunamente. Segun-do Gustavo, as carnes doFrigorífico passarão a serembaladas à vácuo visandoatender principalmente asredes de supermercados. Adesossa também será mo-dernizada e melhor utilizada.Também está prevista a fa-bricação de embutidos (lin-

guiça, salames, chouriça eetc.), bem como carnescharqueadas de suínos ebovinos.

E continua nos planos daempresa implantar biodiges-tores para produção de gásmetano, que, através de ge-radores, será transformadoem energia elétrica.

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61212121212 Sexta-feira, 7 de junho de 2013Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNAFEIRENSE

Meio Ambiente Degradado

Os corpos d’água de Feira de Santana apre-sentam, no presente, sinto-mas claros de estresse hí-drico, alguns perigam entrarna fase terminal.

Os rios, as lagoas têmsua fase de cansaço, enve-lhecimento e extinção,oriunda de processos natu-rais ou de ações antrópicas.

Quando o calibre de águadiminui nos leitos dos rios,as lagoas encolhem suasmargens, ou o nível daságuas baixa no subsolo,costumamos levantar a ca-beça olhar as nuvens e ten-tar previsões técnicas, em-píricas ou místicas, noaguardo da solução quebem do “céu”, do céu daterra (os cientistas), ou docéu de Deus (os devotos).

A seca (estiagem) eleitacomo vilã impiedosa está,na sua complexidade, dani-ficando não apenas os riose nascentes mas, de manei-ra preocupante, as zonasúmidas dos litorais. O nos-so Recôncavo o evidencia,a dois passos de Feira deSantana. A nossa MataAtlântica, como um todo,submetida à exploração ma-deireira predatória, queima-das, expansão agrícola, pe-cuária e urbana, reduziu-sea apenas 7% do que érea em1500.

Os moventes da secanão são somente os fenô-menos naturais. A interven-ção antrópica (do homem)constitui-se num fator deprimeira ordem aos danosambientais.

O homem não cuida dosrios mais do que dos des-leixados a céu aberto. Naquase totalidade dos gran-des centros, e já nos arrua-dos e vilas, não se conse-gue identificar se um cursod’água é um riacho ou umesgoto. Em algumas regiõesperdemos o conceito doque seja rio perene e rioseco.

Os desmandos com ginsindustriais e, especialmen-te, em beneficio da pecuá-ria, procedem em ritmo alu-cinante.

Entre as captações hídri-cas e os desvios para fins(uso) de irrigação, sem pla-nejamento e, com frequên-cia, concedidos ou permiti-dos de maneira imprópria,subtrai-se grande parte daágua dos rios deixando seusleitos secos.

As consequências apare-cem: reduzido a um fileted’água, quando as chuvasnão caem por longo período,os rios tornam-se pequenaspoças, onde a fauna ictílicasofre para sobreviver, entran-do em extinção. A poluição,numa exígua quantidade deágua, transforma-se em en-venenamento.

Pronunciar-se sobre o pro-blema com a água, tornou-se o cotidiano quando o as-sunto é ecologia. A crise daágua não está na diminuiçãode produção.

Desde a pré-história aágua que existia persiste atéos nossos dias. O problemanão é de suprimento, residena alocação e na distribuição.A solução impõe-se comogerenciamento. Embora aágua ocupe grande parte doplaneta, o suprimento de águadoce é limitado à medida queos aquíferos fosseis vão seexaurindo e a sua degradaçãoaumenta por esgotos, agres-sões químicas, poluição in-dustrial, assoreamentos, ex-cesso de nutrientes e pragasde algas.

A disponibilidade de águapotável, per capita, tambémescasseia com o crescimentopopulacional, pelo consumoexcessivo e mal gerenciado.

A imperícia humana, so-mada ao descaso desencade-aram um fenômeno incon-gruente e estranho, identifi-

cado como “desidratação”dos corpos d’água.

No organismo humano adesidratação leva a óbito, senão tratada, tempestiva-mente.

Situação semelhanteocorre aos rios e lagoas. Aadministração de liquido tor-na-se imperiosa. Nessasemergências torcemos pelaprovidencia da natureza,quem sabe um temporal sal-vador, um inverno rigorosoe prolongado.

As técnicas fornecemmeios para um revitalizanteaporte hídrico às águas, nãosem vultosos recursos e cui-dados ecológicos.

Essas providencias ideaisdistam muito da realidadeprosaica. A prática comume corriqueira é drenar águassujas e contaminadas e todaespécie de efluentes, com-prometidos com todo tipode resíduos, inclusive quí-micos de efeitos terrifican-tes, para os corpos d’água.

A legislação ambientalbrasileira é farta e de ponta.Os projetos políticos, eiva-dos fisiologismo e desbara-tados, as ações lentas e bu-rocráticas.

Qualquer solução do pro-blema hídrico pede progra-mas que levem em conta asmúltiplas exigências doscorpos d’água e não só dosusuários.

Projetos que salvaguar-dem os rios na amplitude dasua bacia hídrica, da nas-cente à desembocadura,evitando-se prover-se porcompartimentos estanques.O nosso planeta dispõe deuma fonte infinita de água,nos oceanos, agastando avisão apocalíptica do imi-nente colapso ecológico. Adiferença, porem, e a teimo-sia descuidada podem con-duzir-nos a consequênciasfatais no suprimento de águadoce.

Referir-se a agua é re-portar-se ao financeiro, as-sumir o gerencial e atuar avontade política. Nada, po-rém, deve desviar o assun-to básico e essencial: águaé questão de vida.

Frei José Monteiro Sobrinho

Pensar no equilíbrio do nosso ambiente,preservando o máximo possível para

que seja garantido o desenvolvimento ur-banístico aliado à interação com a nature-za, esse é o posicionamento da MarinhoEmpreendimentos no planejamento e exe-cução de suas obras. E essa atitude decuidar do meioambiente setransformou emsenso geral en-tre os colabora-dores e todos osenvolvidos noprocesso. Im-primir menos,gastar menos energia, reaproveitar mate-riais que possam ser reaproveitados, utili-zação de materiais certificados, evitar des-perdiçar, etc, são atitudes de responsabili-dade ambiental que, somadas à participa-ção ativa da sociedade, garantirão a pre-servação da fauna e flora, bem como a vidanos rios e mares. Pequenas ações que

causam grande impacto!Tudo isso se traduz nos dois novos

empreendimentos que a Marinho acaba delançar para o mercado: Villa Felicittà Resi-dence, um residencial de casas com 2 e 3quartos com suíte, localizado na Av. Artê-mia Pires, bairro SIM e o Artêmia Pre-

mium Residence,um exclusivo resi-dencial de casascom 3 suítes emuito conforto, namesma avenida.Empreendimentoscom altíssimo ní-vel construtivo,

casas com laje, segurança e confiabilida-de para você ser feliz.

Nossa homenagem pela comemoraçãodo Dia Mundial do Meio Ambiente, vemcomo compromisso de continuar fazen-do o máximo possível para causar o me-nor dano à natureza, preservando a vida econstruindo sustentabilidade.

Destinação adequada do esgoto

ajuda na despoluição de rios e lagos

Identificar as diferen-ças entre rede de es-

goto e rede de drena-gem pluvial é funda-mental para garantir aboa utilização de am-bas. De responsabili-dade da Embasa, o sis-tema de esgotamentosanitário recolhe osesgotos dos imóveis,dando-lhes destinaçãoadequada após trata-mento. Todo o esgotocoletado nas redes ope-radas pela Embasa étratado e o efluente fi-nal é conduzido paradispersão nos rios Ja-cuípe ou Subaé, semoferecer riscos ao meioambiente. Já a rede de dre-nagem pluvial, cuja manuten-ção é de responsabilidade dasprefeituras municipais, per-mite o escoamento das águasdas chuvas que, após capta-das por meio de galerias, sãolançadas em rios ou lagoas.Em Feira de Santana, a Se-cretaria de DesenvolvimentoUrbano é responsável pelamanutenção da rede de dre-nagem.

Os problemas decorrentesda utilização equivocada darede de esgoto são frequen-tes. O lançamento indevidodas águas de chuvas na redecoletora de esgotos, porexemplo, ocasiona obstru-ções, extravasamentos e atéo retorno do esgoto às resi-dências e poços de visita. Arede de esgoto não é dimen-sionada para receber o gran-de volume das águas pluvi-ais. Retirar a tampa de umpoço de visita durante a inun-dação de uma rua, por exem-plo, só vai piorar a situação,pois o esgoto fatalmentetransbordará, trazendo gran-des riscos à saúde da popu-lação.

O contrário também nãodeve acontecer. Descartar oesgoto doméstico nas redesde drenagem pluvial contri-bui para a poluição dos rios elagos, pois, nestes casos, o

esgoto é escoado sem ne-nhum tipo de tratamento, di-reto para a natureza. De acor-do com a Lei Estadual 7.307/98 e o Decreto Estadual7.765/00, o proprietário oumorador do imóvel é obriga-do a fazer a ligação do imó-vel à rede pública de esgota-mento sanitário, num prazode até 90 dias, a partir danotificação de disponibiliza-ção do serviço.

Como utilizar

Para garantir o bom fun-cionamento da rede de esgo-to é importante observarmais algumas regras comonão jogar lixo no vaso sani-tário (resto de comida, papel,absorventes, preservativos,cabelo, plástico, etc); limparperiodicamente a caixa degordura; não fazer ligação narede de esgoto para escoarágua de chuvas nem jogarlixo; não descartar óleo decozinha nem borra de caféno ralo da pia, pois essesmateriais entopem a rede epoluem o meio ambiente.

Algumas diferenças entrerede de drenagem e de esgo-tos podem ser facilmenteidentificadas pela população.As conhecidas bocas delobo, por exemplo, pertencemà rede de drenagem pluvial,

A Empresa Baiana deÁguas e Saneamento(Embasa) está executan-do a segunda etapa deampliação das bacias deesgotamento sanitário Ja-cuípe e Subaé, em Feirade Santana. Com investi-mentos de aproximada-mente R$50 milhões, en-tre recursos do Programade Aceleração do Cresci-mento (PAC II) e própri-os da Embasa, a obra be-neficiará cerca de 80 milhabitantes. A previsão deconclusão é para o segun-do semestre de 2014.

Atualmente, Feira deSantana conta com 65%de cobertura do atendi-mento com coleta, trata-mento e destinação ade-quada do esgoto domés-tico. Com a finalizaçãodessa segunda etapa deobras, a cobertura vai serampliada para 81%, alcan-çando bairros como TrêsRiachos, Nova Esperan-ça, Aviário, Panorama,Sítio Matias, ConjuntoFraternidade, LucianoBarreto, Francisco Pinto,35º BI, entre outros.

têm formato retangu-lar e situam-se sempreparalelas aos calça-mentos de ruas. Ospoços de visita (PVs)da rede de drenagemlocalizam-se no cen-tro das ruas, enquan-to os PVs da rede deesgoto ficam maispróximos ao calça-mento e possuem ainscrição da Embasa.Outra forma de distin-guir as duas redes éobservar se são feitasem tubos em PVC(rede de esgoto) oumanilhas de concreto(rede de drenagem).Além disso, o diâme-

tro das tubulações de drena-gem são sempre maiores.

Tampão do poço de visitada rede de esgoto da Embasa

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71111133333Sexta-feira, 7 de junho de 2013 Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNAFEIRENSE

Sustentare administra uma unidadede sustentabilidade ambiental

Responsável pela recepção de todo o lixocoletado em Feira de Santana, e apta a

receber o lixo de todas as cidades da re-gião num raio de 100 Km, a Sustentareadministra mais que um aterro sanitário,mas um conjunto de equipamentos que irãopermitir o tratamento e o destino final dolixo, principalmente, em consonância como que estabelece a política nacional de re-síduos do solo. Segundo o gerente da uni-dade da Sustentare em Feira de Santana,Domingos Barbosa, o objetivo é transfor-mar o aterro numa unidade de sustentabi-lidade ambiental.

“O nosso primeiro passo, de mais im-portante, é procurar segregar todos os ti-pos de resíduos que existem, e esses resí-duos são definidos por classes. Classe 1 éo resíduo mais perigoso, que tem algunsparâmetros que conferem essa caracteri-zação, que é o resíduo industrial, e nós te-mos a licença de implantação de um aterroexclusivo para resíduos industriais. Esseaterro vai funcionar aqui na área desta uni-dade, formando junto com o aterro pararesíduos domésticos, o sistema de trata-mento de chorume, o tratamento do gásmetano, que é gerado pela decomposiçãodo resíduo classe 2, que o lixo orgânico, otratamento do resíduo hospitalar, a recu-peração de resíduo da construção civil,uma unidade completa para a recepção, tra-tamento e reciclagem de todo o lixo”, ex-plica Barbosa.

“Junto com isso também vem a unida-de que já está com a licença de localizaçãodefinida de uma unidade para recuperaçãoenergética do lixo. Então aquele lixo quenão puder ser reutilizado, reciclado e quetenha poder calorífico, ele deverá entrarnum processo de recuperação energéticaque vai gerar energia. Geralmente é ma-deira, que não tem mais onde ser usada,toda parte de plásticos, borracha, resídu-os que tem poder calorífico”, revela.

Segundo ele, para tanto, há duas meto-dologias. Uma é a queima simplesmentepara produção de vapor e daí gerar ener-gia. Outra é o sistema de pirólise, que é osistema que gera o gás, que roda as turbi-nas para gerar energia. “Todo esse con-junto que está aqui serve como uma uni-dade que daria uma sustentabilidade muitoforte para o município de Feira de Santa-na, porque está num único local, uma úni-ca empresa, que pode fazer todo o pro-cessamento do lixo”, informa DomingosBarbosa.

“Pretendemos trabalhar com a prefei-tura na questão da educação ambiental, doprocesso de reciclagem na própria fonte.A não geração do lixo também é importan-

te para o conjunto do processo, tanto para omunicípio, como para nossa empresa, quenão faz apenas de recepção e destino final dolixo, é uma empresa de sustentabilidade am-biental, e está em busca de novas tecnologi-as para atender a demanda de nossos clien-tes”, diz.

Geração de energia

Segundo Domingos, a energia oriunda dolixo poderia ser usada pela própria empresapara movimentar equipamentos, e tambémpoderia ser vendida para a empresa conces-sionária, para outras empresas (até de outrosestados), ou então o próprio município po-deria comprar, porque hoje a legislação bra-sileira permite que com um pequeno gera-dor, se possa colocar na rede o excesso deenergia gerada. “Se eu vou produzir 10.000KWA, e eu só consumo 1.000, o restante euvendo”, explica

Domingos revela ainda que já existem osmedidores digitais que tanto medem a ener-gia que está sendo gerada quanto a que estásendo consumida e a que está sendo coloca-da na rede. A empresa concessionária, nocaso da Bahia, a Coelba, compra o exceden-te. Para ele, as vantagens que nós temos emter tudo num mesmo local é que aqui che-gam todos os tipos de resíduos, aqui nósvamos analisar esses resíduos, o que puderser reutilizado, reciclado, será feito isso, e oque não puder, for chamado rejeito, passapor uma recuperação energética, e depois quetudo isso for feito ainda houver sobras, sepode queimar, fazer uma pirólise, e ainda vaisobrar alguma coisa, que ten o ponto final no

do gás, os detalhes, existe um medidor devazão, e ele totaliza o volume que passounesse medidor, que é selado, ninguém podeter acesso a ele, só a empresa certificado-ra, que faz as medições. Isso é para ga-rantir que você está entregando o que vocêvendeu”.

“E tem um detalhe. Nem todo gás quesai do aterro é metano. Um percentual, di-gamos, de quarenta a quarenta e cinco porcento é que é metano, o resto são outrosgases. Mas, só se consegue vender o queé metano. Então o medidor é analisadorregistrador, juntando a concentração como volume que passou, você acha a quanti-dade exata de gás que você produziu. Eutenho vários processos que eu posso fa-zer tanto aumentar a produção do gás,como eu posso perder. Então meu aterrotem que ser todo coberto, isolado, eu te-nho que manter uma determinada umida-de do maciço, que as bactérias só traba-lham se tiver umidade, se não tiver issoelas não trabalham, então todos esses pro-cessos são feitos”.

Capacidade

A Sustentare se propõe a atender toda aregião metropolitana de Feira de Santana emais os municípios que estão em volta delaem um raio de 100 Km. “Podemos aten-der também toda a demanda do lixo classe2, no raio de 1.000 Km. Podemos atendertoda a demanda do resíduo classe 1 e resí-duo de serviço de saúde, chamado LSS.Então esses processos todos, eles devemser contemplados aqui nessa unidade nos-sa. Aqui tem o plano de massa que é a áreaque nós construímos, e todos os equipa-mentos que nós temos aqui. Nós temosuma área aqui de 270.000m², significam27 hectares, e só estão ocupados ainda hojeuma faixa de quarenta por cento da área.Nós temos muita área para expandir”, dizBarbosa.

Contudo, ele ele revela que não ocuparáa área com certeza com novos aterros.“Nós expandiremos com novos equipa-mentos, então teremos que cuidar da lo-gística reversa, que são resíduos que sãode responsabilidade do próprio gerador enão do município. O próprio gerador é quetem que dar um destino adequado ao seulixo. Tipo assim, primeiro embalagem deagrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, pi-lhas e baterias, resíduos provenientes deprocessos de lubrificação, filtros, estopas,etc. Todas essas coisas são resíduos quena classificação na política nacional são deresponsabilidade do gerador, então, a issochama-se logística reversa”, finaliza.

Carrinho, balança, prensa e triturador - Oficina de Reciclagem

aterro. Mas, fazendo todos esses processos,vai reduzir significativamente o resíduo sóli-do que vai para aterro ocupando espaço.

Reciclagem

Toda a madeira que entra aqui hoje, no ater-ro da Sustentare é enviada para uma empre-sa fabricante de papel que faz reciclagem.“Nós separamos toda madeira que vem juntocom material de construção civil, madeira depoda, madeira de engradados, embalagens,tudo isso é separado, e aquela madeira, quenão tem nenhum tipo de restrição de conta-minação, está sendo coletada aqui e levada paraessa empresa que fica em Santo Amaro. Láeles usam isso como combustível nas caldei-ras para reciclagem de papel. Assim os siste-mas ficam todos integrados”, diz Domingos.

Quanto ao biogás ele informa que já há umcontrato com uma empresa francesa que vaiprocessar e vender os créditos de carbonogerados pela coleta de destino final do gás, ealém disso eles irão implementar em conjun-to com essa a usina de recuperação energéti-ca da Sustentare, também a recuperação ener-gética desse gás.

“Esse contrato é um contrato de 10 anos,e isso é importante para a gente, porque osfranceses já estão pelo mundo inteiro comesse tipo de contrato. Eles tem muita afinida-de com esse tipo de processo. A venda doscréditos de carbono, aparentemente, é fácil,mas é muito complicada, Não é a empresaque vende, sai como se fosse uma venda dopróprio país, e daí tudo isso é cadastrado naONU, existem empresas que são certificado-ras, então, para todos os processos de coleta

Resíduos de construção e demolição Reciclagem de resíduos da construção civilAterro SanitárioTratamento de Resíduos do Serviçoo de Saúde

O produto da compostagem poderia serusado pela própria Prefeitura naadubação de parques e jardins

O material coletado prensadoe acondicionado em fardos,que serão comercializados

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1414141414 Sexta-feira, 7 de junho de 2013Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteTRIBUNAFEIRENSE

Jogar fora o lixo é simples. Orgânicos vão para o lixocomum, recicláveis para a coleta seletiva e só. Certo?

Errado! Afinal, o que se pode ou não reciclar? Dentro douniverso de vidro, plástico, papel e vidro existem itensrecicláveis, não-recicláveis e, ainda, material contamina-do que deve ter atenção especial no descarte. Dentre as11 mil toneladas de resíduos domiciliares produzidos dia-riamente em São Paulo, há materiais que põem em riscoa segurança de quem descarta, de quem coleta e do meioambiente.

Quando um copo quebra, uma lâmpada queima, ummedicamento vence, o que você faz? Nem todo mundoconhece os riscos que esses resíduos oferecem e acabadescartando-os sem maiores cuidados, especialmente aoscoletores de materiais recicláveis autônomos, os popula-res carrinheiros, que acabam colocando as mãos nos ma-teriais sem proteção alguma e podem terminar o dia detrabalho seriamente feridos e contaminados. “Latas, vi-dros e pregos, por exemplo, podem ferir a pessoa na horade colocar o saco de lixo para fora, um pedestre queesbarre nele e o próprio coletor. Já pilhas e óleo de cozi-nha causam danos ao meio ambiente, pois contêm subs-tâncias que contaminam solo e lençóis freáticos”, alerta aengenheira sanitarista e ambiental Francine Efigenia Brei-tenbach, coordenadora da Operação de Resíduos de Ser-viços de Saúde da Loga - Logística Ambiental São Paulo,empresa responsável pela coleta de resíduos domiciliaresna região Noroeste e Centro, da capital paulista.

Confira, a seguir, alguns desses vilões e a maneira cor-reta de descartá-los:

Vidros, palitos de churrasco, pregos,parafusos, latas e talheresSão chamados de perfuro cortantes e podem causar

ferimentos durante o manuseio. No caso dos vidros, hátambém perigo de estilhaços na hora da compactação pelocaminhão de coleta.

O que fazer?Embrulhe esses materiais em várias camadas de jornal

ou coloque-os dentro de uma garrafa pet com tampa – senecessário, corte a garrafa, acondicione os cacos e torne afechá-la com fita adesiva. Ao descartar latas, dobre as tam-pas com rebarbas para dentro.

Medicamentos e seus frascos, seringase agulhasOs primeiros contêm substâncias químicas que podem

contaminar solo e água – o mesmo vale para os resíduos quese acumulam em blisters, vidros e seringas. Com as agulhas,há risco de perfurações e contaminações.

O que fazer?Leve-os a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a um

posto de Assistência Médica Ambulatorial (AMA).

Pilhas, baterias, celulares, computadores, TVs e lâmpadas eletrônicasPossuem substâncias tóxicas, como mercúrio, cádmio,

berílio e chumbo. Esses metais contaminam o solo e che-gam aos lençóis freáticos. Para o homem, a exposição a elesaumenta o risco de doenças como anemia e câncer.

O que fazer?Encaminhe o lixo eletrônico a uma central especializada –

no site www.institutogea.org.br, há endereços de reciclado-res de eletroeletrônicos em toda a Grande São Paulo. Outraalternativa é pesquisar perto de casa agências bancárias esupermercados que recolham pilhas, baterias e celulares, ecasas de materiais de construção que aceitem lâmpadas quei-madas.

Óleo de cozinhaDepois de usado demora a degradar. Jogado em pias e

ralos forma uma película que dificulta a drenagem do esgotoe encarece seu tratamento. No solo, o efeito impermeabili-zante dificulta o escoamento da água das chuvas e, em riose lagos, impede a oxigenação da água.

O que fazer?Leve o óleo usado a um posto de coleta – vários super-

mercados já oferecem esse serviço.

Papel higiênico, fraldas descartáveis,absorventes, camisinhas, cotonetes,algodão, ataduras e fio dental

Ficam contaminados após o uso, como explica o enge-nheiro Clovis Benvenuto, diretor da Associação Brasileirade Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). Por isso,não são recicláveis.

O que fazer? Basta jogá-los na lixeira do banheiro edescartar com os demais resíduos domiciliares. Jamaisdevem ser destinados para a coleta seletiva.

Dignidade para o animal de estimação até o fimCães, gatos, pássaros e outros animais de estimação

não devem ser enterrados em terrenos baldios nem jogadosno lixo comum ao morrerem. Além do mau cheiro, acarcaça pode atrair roedores e insetos, contaminar o soloe provocar doenças.

O que fazer? Hoje, já existem cemitérios ecrematórios para animais. Clínicas veterinárias tambémse encarregam da destinação correta do animal. Paraquem busca um serviço gratuito, a opção é levar o corpodiretamente à Estação de Transbordo Ponte Pequena,mantida pela Loga, na Avenida do Estado, 300, ondeele será mantido sob refrigeração e será posteriormenteincinerado.

Não faça do seu lixo uma arma: descarte com consciência

Fonte: http://consumidorconsciente.eco.br

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