tribuna das ilhas -...

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Tribuna das Ilhas SEMANÁRIO SeXTa-feiRa, 22 jUNhO De 2018 aNO XV . N.º 830 DIRETOR: jOÃO PaULO PeReiRa O JORNAL DO TRIÂNGULO PReÇO: 1,00€ (iVa iNC) www.tribunadasilhas.pt 4Págs. 06/07 AEROPORTO DA HORTA ANA/VINCI vai avançar com zonas RESA entre 2018 e 2021 AJIFA Helfimed convidado para o IV aniversário da Associação de Jovens ESMA Alunos interveêm na prevenção de comportamentos de risco 4Pág. 02 4Pág. 03 4Pág. 03 ALRAA recebe IX jornadas Parlamentares Atlânticas 4Pág. 02 Entrevista Líder do PSD/Açores Aeroporto, Porto e Estradas as prioridades de Duarte Freitas para o Faial

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Tribuna das IlhasSEMANÁRIO

Sexta-feira, 22 junho De 2018ano xV . n.º 830

DIRETOR: joÃo PauLo PereiraO JORNAL DO TRIÂNGULO

PreÇo: 1,00€ (iVa inC)

www.tribunadasilhas.pt

4Págs. 06/07

AEROPORTO DA HORTAANA/VINCI vai avançar com zonasRESA entre 2018 e 2021

AJIFA

Helfimed convidadopara o IV aniversárioda Associação deJovens

ESMAAlunos interveêm naprevenção de comportamentos derisco4Pág. 02 4Pág. 03 4Pág. 03

ALRAA recebe IX jornadas Parlamentares Atlânticas

4Pág. 02

Entrevista Líder do PSD/AçoresAeroporto, Porto e Estradas as prioridades de Duarte Freitas para o Faial

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22.JUNHO.2018

tribuna Das ilhas Destaque 2

A sede do Parlamento Açorianorecebeu, no início desta semana, as IXJornadas Parlamentares Atlânticasque reuniu os presidentes e deputadosdos Parlamentos dos arquipélagos daMacaronésia.

As Jornadas Parlamentares Atlânti-cas, foram instituídas em 1990, e apósum interregno de 10 anos, foram reto-madas em 2016 nas Canárias, reunin-do de dois em dois anos os presidentese deputados dos Parlamentos dosarquipélagos dos Açores, da Madeira,das Canárias e de Cabo Verde comvista a debater assuntos de interessecomum, designadamente nas áreaspolítica, económica, ambiental, social

e cultural, com o objetivo de potenciarsinergias para o desenvolvimento dasRegiões da Macaronésia.

Coube à ALRAA a responsabilidadede organizar e coordenar a IX ediçãodestas jornadas Atlânticas. A sessão deabertura teve lugar na passada segun-da-feira, decorrendo a sessão de encer-ramento no dia seguinte.

Ana Luís, presidente do ParlamentoAçoriano, fez as honras da casa dandoas boas vindas aos presentes.Dirigindo uma palavra aos deputadospresentes nestas jornadas, destacou ointeresse que demonstraram em “par-ticipar ativamente nos grupos de tra-balho com o objetivo de refletirem epartilharem experiências e ideias parareforçar o diálogo entre os nossosarquipélagos e debater temas comunstão importantes como sejam aquelesque serão abordados pelos quatro gru-pos de trabalho destas IX jornadasparlamentares”, salientou.

Os deputados foram divididos porquatro grupos de trabalho. Ao Grupo 1coube o tema “As Regiões Ultraperifé-ricas, os Estados e a União Europeia”.O Grupo 2 abordou o tema “As econo-mias da Macaronésia no contexto daeconomia global: especial incidênciado turismo, comércio e sector primá-rio”. Já o Grupo 3 debateu “A Macaro-nésia e as alterações climáticas” e o porfim, o Grupo 4 ficou responsável pela“Educação, Cultura e igualdade degénero”.

A presidente classificou estes temasde “importantes” na medida em que“advêm da herança cultural e histórica

que nos une em diversas áreas e quenos deve fazer seguir este caminho deaproximação das ilhas da macaroné-sia”.

Ana Luís destacou ainda importân-cia destas jornadas salientando que,“esta participação hoje sobre a égidedestes temas, no futuro sobre os desa-fios que diferentes contextos regionais,nacionais e internacionais nos coloca-rem, enaltece e realça o papel que estasJornadas Parlamentares Atlânticasdevem assumir enquanto espaço porexcelência que permite a partilha etroca de experiências entre regiões quecomungam do mesmo sentimentoinsular e que permite a reflexão do dia-logo sobre as preocupações e desafiosque atualmente se nos colocam e quesão do interesse publico”, disse.

“Fomentar a cooperação interparla-mentar, articular posições e definirlinhas de orientação através dos órgãospróprios dos nossos territórios permiti-rá adequar programas e políticas àsnecessidades e especificidades dosarquipélagos” defendeu a presidentedo parlamento anfitrião para reforçar aimportância destes encontros.

No entender de Ana Luís “enquantoregiões insulares que partilham omesmo espaço geográfico daMacaronésia e que compartem expe-riências comuns no percurso históricocultural económico e político, deve-mos em conjunto encontrar mecanis-mos e instrumentos que sejam uteis aodesenvolvimento das nossas regiõescom o objetivo primeiro de melhorar avida dos nossos concidadãos e abrir

caminhos de futuro para as novasgerações”, frisou.

“Devemos igualmente promover assinergias que reforcem a nossa posiçãogeoestratégica no Atlântico reafirman-do a importância política e económicada dimensão marítima que os nossosarquipélagos podem conceder princi-palmente no atual contexto europeu”,realçou a presidente na sua interven-ção.

A deputação açoriana, chefiada pelaPresidente da Assembleia Legislativa,Ana Luís, integrou dez DeputadosRegionais dos Parlamentos dasRegiões Autónomas dos Açores,Canárias, Madeira e da República deCabo Verde que, por sua vez, estavaminseridos nos grupos de trabalho. PeloParlamento Açoriano participaram osDeputados José San-Bento e AntónioMarinho, eleitos pelo PartidoSocialista e pelo Partido Social

Democrata, respetivamente.As delegações participantes nestas

IX Jornadas Parlamentares Atlânticaschegaram a Ponta Delgada no passa-do dia 17 de junho, onde foram recebi-das pela Presidente da ALRAA.

Durante o dia, visitaram a CentralGeotérmica da EDA no PicoVermelho, ficando a conhecer os pro-jetos que estão a ser desenvolvidospelos Açores com vista ao aproveita-mento dos recursos geotérmicos.

No final da tarde, os presidentesdos parlamentos, foram recebidospelo Presidente do Governo Regionaldos Açores, Vasco Cordeiro, numaaudiência de apresentação de cumpri-mentos, na sede da Presidência doGoverno dos Açores, no Palácio deSant’Ana. No final da audiência, ospresidentes dos parlamentos daMacaronésia assinaram o Livro deHonra. g

Coube à assembleia Legislativa daregião autónoma dos açores(aLraa) a organização e a coordenação da ix edição dasjornadas Parlamentares atlânticasque reúne os presidentes e deputados dos Parlamentos dosaçores, Madeira, Canárias e CaboVerde.as jornadas parlamentares que serealizam de dois em dois anos desde 1990, visam o relacionamentohistórico, político, económico, social,cultural e afetivo existente entre osarquipélagos insulares daMacaronésia com vista a promoveruma maior proximidade e espaçosde diálogo, partilha e de reflexão,assim como debater assuntos deinteresse comum aos arquipélagosda Macaronésia.

Susana [email protected]

TI

ALRAA

Presidentes e Deputados dos Parlamentos dos Açores, Madeira,Canárias e Cabo Verde reúnem em jornadas Parlamentares

Na passada semana, o deputado àAssembleia da República JoãoCastro, que acompanhou a Comissãode Economia, Inovação e ObrasPúblicas na visita que fizeram à ilhado Faial, deu a conhecer aos faialen-ses, após uma reunião realizada coma administração da ANA, que aANA/VINCI prevê no seu quadroplurianual de Investimentos para2018/2021, uma verba um poucoacima dos 10 milhões de euros, maisconcretamente o valor de 10 milhõese 400 mil euros, para a realização deestudos e a construção das zonas desegurança da pista do aeroporto daHorta, as denominadas RESA.

Na sequência da referida reunião,em declarações ao Tribuna das Ilhas,o deputado João Castro sublinhouque o quadro “prevê já em 2018 e2019 alguns investimentos ao nívelde estudos e projetos de análises rela-tivamente à pista do aeroporto daHorta, e em 2020 e 2021 há uminvestimento de cerca de 3 milhões e400 mil euros ao ano, mais cerca de 2milhões de euros para a preparação

da pista de implementação das medi-das RESA”.

Este investimento abrangerá aconstrução de mais 90 metros depista para cada um dos lados, sendoque, aquando da descolagem, apenaspoderão ser aproveitados 90m e nãoa totalidade das zonas a serem inter-vencionadas.

De acordo com o Deputado àAssembleia da República “é um dadoque abre novas perspectivas e enqua-dramento sobre aquilo que se pensa-va que era a ampliação da pista doaeroporto da Horta”, acrescentandoque se trata de um começo “para sairdeste enquadramento político repeti-tivo, do passa culpas”.

Por fim João Castro sublinha queeste projeto traz uma dimensão defuturo, uma nova abordagem à ques-tão da ampliação da pista do aeropor-to da Horta.

INVESTIMENTO ANUNCIADOPELA ANA NO AEROPORTODA HORTA É PEQUENOPASSO PARA A CONCRETIZA-ÇÃO DAS ASPIRAÇÕES DOSFAIALENSES", DEFENDETIAGO BRANCO

Após as declarações proferidaspelo deputado da República, JoãoCastro, que afirmou que aANA/VINCI vai investir mais de dezmilhões de euros na segurança doaeroporto da Horta, o deputado doPartido Socialista Tiago Branco con-siderou que “este é um sinal positivopara avançarmos nesta matéria, per-

mitindo que agora, ainda no quadroda renegociação do contrato de con-cessão entre o Estado Português e aANA Aeroportos, possam ser estuda-das soluções que potenciem aquelainfraestrutura aeroportuária e oinvestimento a realizar”.

O parlamentar eleito pelo círculoeleitoral do Faial ficou satisfeito comesta decisão da ANA/VINCI, pois areferida intervenção está relacionadacom a segurança e a construção dasáreas de segurança de fim de pista(RESA), sendo algo que “está na basedas aspirações dos faialenses”.

Tiago Branco considera ainda queesta decisão resulta de um “longocaminho percorrido com o envolvi-mento da sociedade civil em tornodesta causa, do parlamento açoriano,do Governo dos Açores e da CâmaraMunicipal da Horta”.

“Pela primeira vez em muitos anos,

a ANA Aeroportos, SA, dá um sinalde disponibilidade para realizar esteinvestimento, assumindo aquelasque são, efetivamente, as suas res-ponsabilidades, esperando que esteseja mais um passo para a continui-dade do investimento no Aeroportoda Horta enquanto infraestruturaprimordial e correspondendo destaforma às legítimas aspirações dosfaialenses", concluiu o deputadosocialista.

CARLOS FERREIRA E LUÍS GARCIA SATISFEITOSCOM DECISÃO DA ANA, MASDEFENDEM AUMENTO DAPISTA PARA OS 2050 METROS

Num comunicado enviado às reda-ções, o PSD/Açores, saúda a decisãoda ANA/Vinci de avançar com aconstrução das áreas de segurançaRESA na pista do Aeroporto da

Horta, ou seja, “90 metros em cadacabeceira da pista”.

Apesar de considerarem este comoum passo importante para a Pista doAeroporto da Horta, Carlos Ferreira eLuís Garcia ambicionam mais edefendem a concretização da suaampliação para os 2.050m.

“Esperamos que este passo dadoem frente pela ANA/Vinci seja umaoportunidade aproveitada, não sópara construir as margens de segu-rança, mas também para se concreti-zar a ampliação efetiva da pista paraos 2.050 metros, de forma a eliminaras penalizações existentes e potenciaro aeroporto como um instrumento dedesenvolvimento do Faial e dosAçores”, defendem.

No entender dos deputados, “estadecisão da ANA/Vinci constitui umgrande desafio ao Governo daRepública e ao Governo Regionalpara que também dêem um passo emfrente e se disponibilizem para cons-tituir a parceria necessária à concreti-zação desta antiga e justa reivindica-ção dos Faialenses”.

Para os parlamentares doPSD/Açores Carlos Ferreira e LuísGarcia “esta decisão da ANA, a rene-gociação em curso do contrato deconcessão e a reprogramação dosfundos do programa Portugal 2020consubstanciam um conjuntode oportunidades que devem seraproveitadas, com estratégia e inteli-gência”, tendo em vista a concretiza-ção da ampliação da pista do aero-porto. g

a ana/VinCi investirá entre os anosde 2018 e 2021 cerca de 10 milhõesde euros na construção das áreas desegurança (reSa) do aeroporto da horta. esta notícia foi dada aconhecer à ilha do faial pelo deputado faialense à assembleia darepública joão Castro.

João Paulo [email protected]

DR

AEROPORTO DA HORTA

ANA/VINCI investirá nas Zonas RESA entre 2018 e 2021

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tribuna Das ilhas atualiDaDe3

22.JUNHO.2018

A AJIFA fundada a 16 de julho de2014, por um grupo de jovens da ilhado Faial com o objetivo de estimulara participação ativa, de forma diretaou indireta, dos jovens na sociedadevai assinalar o seu IV aniversário comum espetáculo de Stand Up Comedy,no Teatro Faialense.

O evento decorre no dia de aniver-sário a 16 de julho, pelas 21h00, e estáa cargo do comediante açorianoHelfimed. Na ocasião serão ainda

entregues os Prémios de MéritoJovem Faialense da AJIFA 2018.

Nesta iniciativa a AJIFA conta como apoio do Governo Regional, atravésda Direção Regional da Juventude,da Câmara Municipal da Horta e daURBHORTA.

ABERTAS INSCRIÇÕES PARAA III EDIÇÃO DO C(H)ORTA

A terceira edição do Festival deCurtas do Faial, organizado pelaAJIFA, já tem data marcada para osdias 25, 26 e 27 de outubro, no TeatroFaialense.

Numa nota enviada às redações aAssociação de Jovens do Faial, avan-ça que desde o dia 15 de junho estáaberto o período de inscrições paraeste Festival de Curtas do Faial.

O concurso de curtas-metragens éaberto à participação de todos osinteressados e as inscrições podemser realizadas, até 15 de setembro, nosite oficial do evento, em

chorta.ajifa.pt, onde se encontra tam-bém o regulamento disponível paraconsulta.

De realçar que em 2017 a mostraoficial do festival contou com 51 fil-mes a concurso, de todo o país, nosgéneros ficção, animação e documen-tário. g

AJIFA

Helfimed no IV aniversário da associação

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DE ARRIAGA

Alunos interveêm junto dosseus Pares na Prevenção de Comportamentos de Risco

Omensageiro da boa novada construção das RESA(Runway End Safety Area)

no aeroporto da Horta foi o depu-tado faialense à Assembleia daRepública João Azevedo e Castro.

Após uma reunião com a direçãodo aeroporto da Horta, na qualtambém estiveram presentes osmembros da Comissão deEconomia, Inovação e ObrasPúblicas, este eleito trouxe aosfaialenses uma excelente notíciaque se prende com o facto de aANA/VINCI ter previsto no seuPlano de Investimentos, a realizarentre 2018 e 2021, a construçãodas áreas de segurança da pista doaeroporto da Horta (RESA), numinvestimento que irá superar osdez milhões de euros.

Todavia, não pensem os maisincautos e os menos entendidosnesta matéria que estamos empresença de um efectivo aumentoda pista. Não. A ANA/VINCI vailimitar-se a construir no final decada uma das cabeceiras da pistamais 90 metros, os quais servirãoapenas para garantir mais segu-rança aos aviões na aterragem edescolagem.

Apesar de esta notícia não dei-xar de ser relevante para a ilha,de modo a perspetivar um proje-to futuro mais abrangente queserá a ampliação da pista para os2050 metros, tanto mais que aANA recorrerá a capitais própriospara financiar a obra, o que écerto é que a necessidade deconstruir as zonas RESA comesta dimensão resulta, não dequaisquer manifestações dosfaialenses, mas sim da exigênciade uma norma internacionalimposta pela ICAO (OrganizaçãoInternacional da Aviação Civil).

Isto significa, pois, que se aANA/VINCI não avançasse acurto prazo com a criação daszonas RESA, a pista do aeroportoda Horta corria um sério risco denão cumprir as normas da ICAO,com todas as consequências daíresultantes, sobretudo em termosde tráfego aéreo.

Mas, este anúncio público porparte do deputado faialense naAssembleia da República João

Castro, apesar de se tratar deuma matéria privada, cuja juris-dição e fiscalização incumbe àRepública, pareceu indiciar umadescoordenação entre elementosdo mesmo partido e um completodesconhecimento por parte doGoverno Regional e do seuPresidente em relação a estamatéria.

Efetivamente, não deixa de serestranho que, depois dos cons-tantes protestos dos faialensesrelativamente às acessibilidadesaéreas à ilha, concretizados comas duas manifestações em frenteà Assem-bleia Legislativa, oPresidente do Governo Regionalnão tenha chamado a si a incum-bência de transmitir aos cidadãosda ilha do Faial esta importantenovidade.

Isto é tanto mais relevantequanto o facto de, naquela sema-na, estar a decorrer na Horta oplenário da Assembleia, comum debate de urgência acercados transportes, acessibilidadesaéreas e o subsídio social demobilidade e o Presidente doGoverno poder munir-se dessaobra para desarmar quaisquerargumentos da oposição.

No entanto, analisando poroutro prisma este surgimento deJoão Castro, com uma interven-ção em assunto de tamanha rele-vância para a ilha do Faial, pode-rá tal significar que o mesmo seestará a tentar posicionar dentrodo Partido Socialista no Faialpara o momento em que o parti-do indique os seus candidatospelos Açores às próximas eleiçõeslegislativas nacionais, que sãodaqui a pouco mais de um ano.

Há, pois, que aguardar pelospróximos capítulos deste filmepolítico, e mais importante ainda,pela colocação em prática, no ter-reno, do plano de investimentosda ANA/VINCI para o nossoaeroporto, pois parece hoje queos faialenses conseguiram chegarà fase das Re(Z)AS, mas, comodisse São Tomé “só vendo paraacreditar”, o que significa que sóquando as obras estiverem noterreno, é que acreditaremos nasua concretização. g

O Arauto das RESA

EditorialJoão Paulo

PereiraDiretor

[email protected] no âmbito do iV aniversário daassociação de jovens da ilha dofaial vai decorrer no teatro faialenseum espetáculo de Stand up Comedycom o comediante açorianohelfimed.o programa inclui ainda a entregados prémios de Mérito jovemfaialense da ajifa 2018.

DR

Susana [email protected]

O Salão Nobre dos Paços doMunicípio, acolheu no passado dia 13de junho, a assinatura de cerca desete dezenas de protocolos de coope-ração com instituições culturais, des-portivas e filantrópicas do concelho.

Os apoios contratualizados totali-zam cerca de 300 mil euros, sendoesses apoio considerados por JoséLeonardo Silva, Presidente daCâmara Municipal “um sinal de con-fiança das instituições na CâmaraMunicipal da Horta”.

“Mais do que o apoio financeiro,que é expressivo, o movimento asso-ciativo do concelho da Horta revelaque o Município é uma entidade deconfiança que é fundamental no

apoio à organização dos seus even-tos”, salientou o Presidente da CMHpara quem “este é ainda um sinal deque o Regulamento Municipal emvigor e as suas regras estão a atingir asua maturidade, sendo já do conheci-mento público, o que tem permitindoreduzir, gradualmente, os apoiosconcedidos fora daquele regulamen-to.”

Por essa razão, salientou, “é tam-

bém um sinal de transparência nanossa ação política e nos nossos pro-cedimentos bem como que os nossosrecursos, nomeadamente financei-ros, estão a ser geridos com respon-sabilidade e que as instituiçõessabem e sentem que, se cumpriremtambém o seu papel, pagamos atempo e horas para que possam gerirbem as suas ações”.

José Leonardo Silva realçou, igualmente, o papel dos agentes cul-turais e desportivos do concelho

enquanto parceiros estratégicos doMunicípio. g JPP

No âmbito de um projeto financia-do pela Câmara Municipal da Horta,um grupo de alunos do 10º ano deescolaridade, da Escola SecundáriaManuel de Arriaga, recebeu forma-ção, no início deste ano letivo, com opsicólogo Fernando Mendes (presi-dente do IREFREA - InstitutoEuropeu para o Estudo dos Factoresde Risco em Crianças e Adolescentes),sobre comportamentos aditivos. Oobjetivo deste projeto era promover aintervenção destes jovens, naPrevenção das Toxicodependências,junto dos seus pares - alunos do 7.º e8ºanos de escolaridade. Entenda-sepor comportamento aditivo, um com-portamento repetitivo (compulsão eobsessão) face a um objeto, substân-cia, que, se transforma no foco princi-pal da vida de uma criança ou adoles-cente, excluindo-a de outras ativida-des ou rotinas diárias como o convíviocom os pares, atividades ao ar livre,escola, família, entre outros.

As drogas são os comportamentosaditivos de que ouvimos falar com

mais frequência mas os jogos de com-putador geram comportamentos deadição igualmente preocupantes, detal modo que a Organização Mundialde Saúde considerou essa dependên-cia, em 2018, como um problema desaúde mental.

Quanto ao consumo de substânciaspsicoativas, é um problema complexoque advém quer de fatores psicológi-cos, quer relacionais, quer do contex-to sociocultural. Por outro lado, afamília é fundamental para encorajarou desencorajar os comportamentosde risco. O estilo de educação escolhi-do pelos pais, excessivamente permis-sivo, por exemplo, pode levar o ado-lescente a consumir álcool e outrassubstâncias. Por outro lado, uma rela-ção parental excessivamente punitiva

e controladora gera comportamentosde revolta que potenciam, igualmen-te, os consumos. Há ainda as situa-ções em que o progenitor é, ele pró-prio, consumidor e sem qualquerautoridade para negociar regras elimites com os filhos.

Sabendo que na adolescência, ainfluência dos pares é marcante e quemuitos dos comportamentos de riscoresultam da necessidade de ser aceiteno grupo, o projeto desenvolvido aolongo do ano letivo, pelos jovensmediadores, integrou sessões deesclarecimento/debate, em contextode sala de aula, junto dos colegas maisjovens. No último dia de aulas apre-sentaram as conclusões do seu traba-lho aos pais e à comunidade, na pre-sença do Dr. Fernando Mendes. g

CÂMARA MUNICIPAL DA HORTA

Assinados protocolos de cooperação financeiracom instituições do concelho da Horta

DRMaria do Céu [email protected]

DR

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tribuna Das ilhas eDucação4

22.JUNHO.2018

no início do mês de junho, a convite daCâmara Municipal da horta, a e.P.h. orga-nizou uma exposição que pretendeu real-

çar o trabalho dos formandos e formadores danossa escola. no ano europeu do PatrimónioCultural, a e. P. h. criou um espaço que retratouo nosso passado, encenando ambientes desde otrabalho agrícola até à baleação. o cursoanimador/a Sociocultural, contextualizando ofacto de frequentar uma escola profissional,organizou uma exposição subordinada ao tema‘Profissões de outrora’, profissões que o proces-so de mordernização escondeu no tempo, evo-cando igualmente vivências de antigamente,encenando momentos de lazer e de trabalho deum passado que jamais poderá ser esquecido.

os formandos, numa atividade coordenadapela formadora Paula Saraiva, dramatizarama vivência nos campos e do trabalho agrícolae as dificuldades inerentes à atividade dabaleação.

Por contraste às profissões do passado, osformandos finalistas do curso técnico deeletricidade naval apresentaram alguns dosseus projetos por si construídos que irãoapresentar na sua Prova de aptidãoProfissional que será realizada no próximomês de julho. os formandos que abraçarameste desafio revelaram o seu espíritoempreendedor e proatividade nas apresen-tações dos seus projetos ao público emgeral. g

À conversa com o Dr. Fernando Mendes

aescola Profissional organizouentre os dias 27 de maio e 1 dejunho a segunda reunião trans-

nacional do projeto erasmus+Different Stars of the Same Stage.nesta reunião estiveram presentes osprofessores das escolas parceirasoriundos da itália, hungria, roméniae turquia com o objetivo de procederà avaliação final do projeto, bemcomo à elaboração do relatório queirá ser submetido na plataformaMobility tool.

Durante esta semana, foram muitosos momentos de intercâmbio cultural,tendo decorrido na nossa escola umworkshop em que os parceiros apre-sentaram os seus países e as suasexperiências da participação nesteprojeto, partilhando junto dos nossos

formandos imagens e vídeos dassemanas de intercâmbio que decorre-ram nas suas escolas no âmbito desteprojeto. neste dia, foi lançado o livroStory of My Act: Our Tour AroundEurope 2016-2018 da autoria dos alu-nos que participaram neste projeto.os formandos do Curso animador/aSociocultural presentearam os nossosconvidados com a encenação ‘Do tra-balho do campo à baleação’, propor-cionando-lhes uma viagem no tempo,recuperando momentos das vivênciasque marcaram a vida do povo açoria-no.

Different Stars of the Same Stagefoi o primeiro projeto de intercâmbioeuropeu promovido pela e.P.h. e con-tou com a parceria da CâmaraMunicipal da horta. foi de facto uma

experiência enriquecedora paratodos, formandos, formadores e res-tante comunidade educativa.

em jeito de conclusão, e porque osalunos são o centro de todo o proces-so educativo, transcreve-se o prólogodo livro que traduz toda a perspetivados alunos que participaram no proje-to.

In these last two years, our liveshave changed in a way we neverthought they would. We had the plea-sure of getting acquainted with manyother people from different countriesand be on stage together performingplays related to their traditions.

This booklet aims at gathering allthose great memories and registerwhat we felt with this project, what itmeant to us and how it made us bebetter people.

We thank everyone for being greathosts, making us feel at home inevery country. We feel that we nowbelong to many countries, many bor-ders were broken and most of us willhave the chance of meeting againreally soon.

This project was definitely the playof our lives: we are mere actors per-forming on the stage of our lives. Inorder to build a strong and unifiedEurope, we will be forever togetherand Different Stars of the Same Stageare no longer that different. g

EPH

no dia 1 de junho, osformandos do cursoanimador/a Socio-cul-

tural a convite da CâmaraMunicipal da horta, participa-ram na dinamização das ativi-dades que decorreram naQuita de São Lourenço, ondeestiveram presentes criançasdas escolas do ensino pré-escolar e do 1º ciclo.

os formandos promoveramdiversas atividades, nomea-damente pinturas faciais,jogos didáticos, gincanas dejogos tradicionais e cooperaram na dinamização doevento.

esta foi de facto um excelente momento de for-mação prática em que os formandos interagiramcom o público infantil, planearam as atividades e

após a sua realização procederam à sua avaliação.neste processo de aprendizagem em contextoreal, os formandos desenvolveram competênciasque serão uma mais-valia para o seu futuro profis-sional. g

FEIRA DAS PROFISSÕES

A E.P.H. marca presença no Encontro do Mundo Rural

ESCOLA PROFISSIONAL DA HORTA

E.P.H. recebe escolas europeiasparceiras no projeto Erasmus+Different Stars of the Same Stage

EPH EPH

EPH

aescola Profissional da hortacomemorou o dia do investigadorno dia 8 de junho, dia Mundial

dos oceanos. esta ação insere-se no plano anual

de atividades do projeto educ02cean,projeto este cofinanciado peloPrograma erasmus+ em que a nossaescola participa como escola piloto.neste dia, quisemos celebrar o oceano,convidando, através do oMa, investiga-dores que estão integrados no projetoinDiCt, Challenge que visa a definiçãoe implementação de indicadores rela-cionados com o impacto do lixo mari-nho em tartarugas marinhas e outrosseres vivos. esta ação na nossa escolaconsistiu também numa atividade dedisseminação do projeto e contou coma presença de joão Lagoa que apresen-tou os objetivos do mesmo e posterior-mente os formandos realizaram umaatividade prática onde aprenderamcomo proceder ao salvamento de uma

tartaruga que se encontre presa etomaram conhecimento de todos osprocedimentos inerentes até ao seuregresso ao mar.

De facto, as comemorações do Diado investigador e simultaneamente doDia internacional dos oceanos foramao encontro dos pressupostos do proje-to educ02cean, criando um momentode literacia dos oceanos, tornando osnossos formandos mais conscientes dainfluência dos oceanos na nossa vidabem como dos impactos dos nossoshábitos diários na vida dos oceanos.

o envolvimento da escolaProfissional no projeto educ02cean per-mitiu à nossa escola, durante o biénioformativo 2016-2018, criar momentosde reflexão sobre questões ambientaisrelacionadas com os oceanos, bemcomo proporcionar aos nossos forman-dos e formadores a participação emformações e workshops internacionaisem aveiro, na Galiza e em Katowice. g

Comemoração do Dia Mundial dosOceanos na E.P.H.

EPH

no passado dia 13 de junho no audi-tório da e.P.h., os formandos tive-ram o privilégio de estar à conversa

com o psicólogo, dr. fernando Mendes,numa atividade promo-vida pela CâmaraMunicipal da horta noâmbito do PlanoMunicipal de Prevençãodas Dependências. aolongo da conversa, osformandos foram alerta-dos para as consequên-cias nocivas de qualquertipo de adição e, numperíodo de debate pos-terior tiveram a oportu-nidade de colocar à dis-cussão determinadas

questões. esta atividade surgiu no segui-mento de um questionário de diagnósticosocial em que os nossos formandos parti-ciparam no primeiro trimestre deste ano. g

EPH

Comemoração do Dia daCriança na Quinta S. Lourenço

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tribuna Das ilhas Desporto5

Na passada quarta-feira, decorreunas instalações do Clube de Ténis deSão Miguel a IV Etapa do CircuitoSmashtour em 2018.

O Clube de Ténis do Faial (CTF) fez-se representar nesta competição porcinco atletas, três do escalão sub9(laranja) e 2 atletas do escalão sub7(vermelho).

No escalão sub9, Tomás Dart eGustavo Rosa obtiveram excelentesresultados, alcançando o 2.º e 3.ºlugares, respetivamente.

Já na vertente de pares, TomásDart/Carlota Leal, atleta do PraiaTénis Clube, foram os grandes vence-dores, levando a melhor sobre a duplafinalista do CTF, GustavoRosa/Lourenço Silva.

No que diz respeito ao escalão sub7,Tomás Jorge passou a fase de grupose alcançou um meritório 3.º lugar.

No quadro da consolação,Francisco Silva também conseguiuum honroso 3.º lugar.

O evento contou com a presença de17 atletas, distribuídos pelos escalõesVermelho (5 e 6 anos), Laranja (7 e 8anos) e Verde (9 e 10 anos). g

IV ETAPA DO CIRCUITO SMASHTOUR 2018

Clube de Ténis doFaial marca presençacom cinco atletas

22.JUNHO.2018

No dia 16 de junho, a sede do ClubeAutomóvel da Ilha do Faial encheupara receber os convidados e adeptosdas quatro rodas, com vista à come-moração do seu aniversário, o 27.º.Esta celebração dos 27 anos do CAFserviu, também, para proceder à con-sagração dos pilotos e navegadoresque se destacaram no ano de 2017 noTroféu de Ralis do Canal e no Troféude Ralis do Faial.

Começou por usar da palavra o pre-sidente da direção cessante MárioJorge Silva que prestou homenagem atodos os seus colegas, destacando a sãconvivência entre eles e “o nível de tra-balho desenvolvido” ao longo dosanos, que permite que o CAF seja“único”.

Discursou, de seguida, o atual presi-dente da direção, Luís Costa, quecomeçou por agradecer ao PicoAutomóvel Clube o esforço que temdesenvolvido conjuntamente com oCAF para o desenvolvimento doTroféu de Ralis do Canal, consideran-

do mais um aniversário do CAF “ummomento de celebração e de festa”.

Agradeceu, depois, “a todos aquelesque colaboram com esta instituição ecom as provas por nós organizadas”,desde a Comissão Desportiva do ClubeAutomóvel do Faial, aos médicos eenfermeiros que apoiam o Rali IlhaAzul – Além Mar, aos comissários deestrada, ao Agrupamento 1064 daConceição do Corpo Nacional deEscutas, aos Radio Amadores, ao Sr.Gilberto dos Reboques, aos pilotos enavegadores dos carros Zero, a todasas secções que integram o ClubeAutomóvel do Faial, Arranques, Todoo Terreno e Clássicos, aos bombeirosvoluntários e às centenas de voluntá-rios.

Luís Costa aproveitou ainda a oca-sião para prestar o seu reconhecimen-to público a todos os pilotos e navega-dores que participam nas provas doCAF, sem os quais “esta instituição

não tinha sentido de existir”, bemcomo à anterior direção do ClubeAutomóvel do Faial que “ao longo demais de uma década conseguiu condu-zir com sucesso os destinos desta ins-tituição”.

Por fim, José Leonardo Silva,Presidente do Município da Horta,lembrou que, no ano passado, por estaaltura, estava a inaugurar o espaçoonde decorria o jantar, que pretendia“criar uma maior dinâmica ao CAF”.

“Isto quer dizer que as próprias ins-tituições, associações, clubes, têm quepromover parcerias para construir,pois para destruir já existem muitos”,alertou José Leonardo, salientando,depois, a necessidade de trabalhar,“pois sem trabalho não conseguimosnada”.

Procedeu-se, de seguida, à entregade prémios aos vencedores, pilotos enavegadores, dos diversos troféus deralies. g

no passado sábado, dia 16 dejunho, o Clube automóvel do faialcomemorou o seu 27.º aniversárionum jantar que reuniu várias centenas de convidados e adeptosdas quatro rodas.

João Paulo [email protected]

DR

CLUBE AUTOMÓVEL DO FAIAL

Entrega de prémios marca comemorações do 27.º aniversário

Dário Moitoso participou no passa-do fim de semana no LOUZAN TRAILque decorreu na Serra da Lousã, nocontinente português.

O faialense disputou a prova de25kms com 2040 metros de desnívelpositivo e foi o primeiro a cortar ameta com o tempo de 3:01:32s.

Esta vitória apurou Dário Moitosopara a final do Campeonato Nacionalde Trail que se disputa em Sintra nomês de julho.

Esta prova reuniu mais de 1500atletas divididos em três distâncias, otrail curto de 17km, trail longo de25km e o Ultra LOUZAN TRAIL de 50km.

Os vencedores levaram para casaprémios da Salomon, que deu ainda aoportunidade a alguns atletas de tes-tar as novas sapatilhas Sense Ride eXA Elevate.

A prova é organizada peloMontanha Clube que na sequência dosucesso do Louzan1000, integrado noCampeonato Nacional de Skyrunning– Km Vertical, resolveu apostar noTrail.

A primeira edição do LOUZANTRAIL realizou-se 2000, na alturacom o nome de "Enduro Serra daLousã". A prova era designada comoAtletismo de Montanha integrando oscampeonatos da ADAC.

No ano passado devido aos incên-dios que assolaram Portugal continen-tal a prova não se realizou.

FRANCISCO E MARCELOSALGUEIRO MARCAM PRESENÇA NO ECOLOGICTRAIL RUN AZORES

Os atletas do CIAIA Francisco eMarcelo Salgueiro vão disputar a 4.ªedição do ECOLOGIC TRAIL RUNAZORES, que decorre este fim desemana na ilha de São Miguel.

Os faialenses, pai e filho, vão parti-

cipar na meia maratona, 21kms.Da ilha do Faial marcam ainda pre-

sença nesta competição os atletasRoberto Vieira, do Praiolas Team eSusana Ribeiro (individual) na distân-cia mais longa de 39Kms. Maria Vieiravai participar na caminhada.

O evento é realizado pelo ClubeDesportivo Os Metralhas e integra-senos Campeonatos Nacional deTRAIL-series 150, da ATRP.

O Ecologic Trail Run Azores -Ribeira Grande 2018, apresenta trêsdistâncias, o trail longo de aproxima-damente 39kms, o Trail Curto com21kms e um Mini-Trail/Caminhadade cerca de 11kms, aberta a todosaqueles que queiram iniciar-se namodalidade ou pretendam apenasfazer uma caminhada na natureza. g

TRAIL

Dário Moitoso vence na Lousãe apura-se para a final doCampeonato Nacional

DRo atleta do Clube independente deatletismo ilha azul (Ciaia), DárioMoitoso participou e venceu o LouZantraiL na distância de 25kms.Com esta vitória o atleta faialense ficouapurado para disputar a final doCampeonato nacional de trail.

Susana [email protected]

O departamento de basquetebol doDecano dos Clubes Açorianos, FSCorganizou no passado dia 15 de junhoa primeira edição da “Festa Verde”que teve como objetivo reconhecer osméritos de jogadoras, equipas, treina-dores e de todos os agentes que seencontram envolvidos no projeto –Basquetebol do Fayal.

No evento que decorreu noComplexo Desportivo da EscolaManuel de Arriaga e que envolveu asatletas das equipas Mini12, Sub14,Sub16, Sub19 e seniores femininos,foram atribuídos 15 prémios.

As categorias a votação foram refe-rentes à Melhor companheira de equi-pa (votado por todos os elementos decada equipa), à Equipa revelação, àEquipa do ano, à Atleta revelação, àMelhor defensora de equipa e aoTreinador do ano. Foi ainda atribuídoum prémio de reconhecimento.

O júri presidido por Ana MarisaGoulart e a restante equipa técnica

composta por Ana Mota, GracindaAndrade, Dália Leal e Teresa Dias,nomeou como Melhor Companheira,em Mini 12, Maria Ramos, em Sub14,Mariana Medeiros, em Sub16, ArianaRosa, em Sub19, Carina Silveira e emSeniores, Maria Menezes.

Como Melhor Defensora no escalãoMini 12 foi premiada MargaridaLourenço, no Sub14, Catarina Pereira,no Sub16, Ariana Rosa, no Sub19,Carina Silveira e em Seniores, VivianaVieira.

A Equipa revelação foi atribuída àMini12 femininos e escolhida como aequipa do ano a formação Senioresfemininos.

A escolhida como atleta revelaçãofoi Ariana Rosa e como treinador,Gracinda Andrade que nesta galatambém foi homenageada pelos seus25 anos de treinadora ao serviço doFSC. O prémio reconhecimento foiatribuído a Cristina Pereira.

De salientar ainda que as atletas daequipa sénior feminina de basquete-bol do FSC foram Campeãs regionaisde Basquetebol na época 2017/2018.

As seniores obtiveram o 1º lugar noCampeonato Regional que decorreude 27 a 29 de abril de 2018 na ilha deSanta Maria. O campeonato foi dispu-tado por quatro clubes, o FSC, ClubeAna, o Grupo Desportivo GonçaloVelho e a A.J.C.Operário Desportivo,numa fase concentrada, num sistemade todos contra todos a uma volta. g

BASQUETEBOL

Fayal Sport Club promove primeira “Festa Verde” o Clube mais antigo dos açores organizou no final da passadasemana a primeira edição da“festa Verde”.neste evento foram homenageadasjogadoras, equipas, treinadores e os agentes envolvidos noBasquetebol do fayal Sport Club(fSC).

Susana [email protected]

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DR

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tribuna Das ilhas entrevista6

22.JUNHO.2018

Tribuna das Ilhas – Em dezem-bro de 2016 foi reeleito paramais um mandato como líder doPSD/Açores. Decorrido um anoe meio sobre essa eleição, comoclassifica a sua atuação à frentedos sociais-democratas açoria-nos?Duarte Freitas – No último con-

gresso apresentei uma moção que seintitulava “Servir os Açorianos” queprevia o trabalho de uma oposiçãoativa e é isso que temos tentado fazerpois queremos ser, cada vez mais umaoposição, que escrutina, que fiscaliza,que questiona, mas também uma opo-sição com prepositura.

Nesse sentido, além da componentede escrutina e fiscalização, temos sidomuito proponentes e nalgumas maté-rias com muita incidência, como porexemplo na questão da transparênciae do combate aos riscos de corrupção.Aliás, através de propostas nossas pelaprimeira vez há um capítulo no orça-mento da Região que se chama“Transparência e combate ao risco decorrupção”, um elemento estruturantepara uma democracia moderna e umademocracia que se quer saudável.

Também apresentámos um pacotede transparência com seis peças legis-lativas que estão neste momento nascomissões especializadas e que temosa expectativa de que uma boa partedelas possa ser aprovada.

Propusemos ainda, por duas vezes,a criação de uma Unidade Técnica deApoio Orçamental, UTAO, como exis-te na República, e que foi semprechumbada, mas penso que a nossainsistência levará a que isso avanceporque é importante para o próprioParlamento e para a sua afirmação.

Os Açores têm uma sociedade fragi-lizada por isso propusemos umConselho Económico e Social com umpresidente eleito com a maioria dedois terços e com a maioria dos ele-mentos da sociedade civil. Esta é umaproposta pela qual o PSD anda a lutarjá há muitos anos e que a FederaçãoAgrícola, a Câmara do Comércio e aUGT também já defendem e que agoratambém o próprio Governo do PartidoSocialista, já tem uma proposta, assu-mindo a importância deste ConselhoEconómico e Social.

Sobre a revisão do regimento pre-tendemos um parlamento onde hajamais espaço para o debate político,onde os trabalhos do processo legisla-tivo sejam feitos essencialmente nascomissões e um parlamento maisinterventivo.

A nossa visão de funcionamento doparlamento é uma semana na Hortapara o plenário, seguida de uma sema-na para os deputados trabalharem nassuas ilhas, na semana a seguir ascomissões na Horta outra vez e a outrasemana seguinte para os grupos políti-

cos poderem preparar o próximo ple-nário. Assim teríamos as quatro sema-nas do mês sempre ocupadas por umparlamento que não funcionaria empermanência, mas numa lógica destacontinuidade. Isto a fim de termosmais capacidade de fazermos o pro-cesso legislativo com a ajuda dos qua-dros técnicos e secretariado, mas tam-bém termos mais espaço para o debatepolítico das ilhas.

É evidente que o PSD é de longe ogrupo parlamentar que tem mais pro-postas legislativas, mas entre muitaseu destacaria estas quatro porqueestão relacionadas com a estratégiaque o partido tem tido ao longo destesúltimos tempos para ser uma oposiçãoativa e que revelam aquilo que é anossa visão estruturante em relação aoque podemos fazer para a sociedadeaçoriana.TI – Considera que este perío-

do tem servido parareforçar/fortalecer internamen-te a sua posição e a imagem doPSD/Açores junto do eleitoradoaçoriano?DF –Não é a minha posição nem a

minha imagem que mais importam. Oque importa é que o PSD esteja emcondições de servir cada vez melhor osaçorianos. Neste momento como opo-sição, um dia como poder. Como jádisse várias vezes mais importante doque eu, do que qualquer militante é opartido, mas mais importante aindasão Açores e o partido existe para ser-vir os açorianos.

Aquilo que posso referir nesse aspe-to é que este partido tem vindo a con-solidar-se. Nós temos mais de 20 anosde eleições perdidas, sendo eu o sextolíder que perdeu eleições e aquilo queprecisamos para fortalecer a relaçãoentre o partido e os açorianos que des-laçou há muitos anos e renovar esteenlace é uma maior interpenetração,uma melhor ligação aos açorianos eisso passa por uma renovação do par-tido.TI – Sente que o PSD/Açores

necessita de uma renovação?DF –A questão da renovação não é

uma opção. Uma renovação faz partedas vidas de toda a gente, dos jornais,das empresas, das instituições, dospartidos. A renovação é algo inexorá-vel. O tempo não anda para trás, massim para a frente com tudo o que issotem de bom e de mau.

E é importante que as pessoas per-cebam que há tempo para tudo e quecada pessoa está o tempo que é neces-sário para servir a instituição e não háninguém por mais ilustre militanteque seja que seja mais importante queo partido.

A renovação é algo natural e no casodo PSD/Açores tem sido um processomuito interessante. Desde que fui elei-to presidente do PSD/Açores, 25% dosmilitantes são novos de há 5 ou 6 anose também há a Universidade de Verãopor onde já passaram mais de 100jovens. Esta gente jovem que está aaparecer é muito importante para ofuturo do partido e dos Açores, nãoesquecendo e sempre respeitandoquem está e quem esteve.

Há aqui um trabalho de base pro-fundo de renovação, reforma, estrutu-ração que passados estes 20 anos naoposição não podemos esperar queseja de repente que comece a dar fru-tos.TI – Tem existido no interior

do partido nos Açores algumas

vozes dissonantes que se mos-tram contra a sua liderança eatuação política. Prova disso é ofacto de se ter assumido recente-mente como candidato à presi-dência do PSD/Açores o advoga-do Pedro Nascimento Cabral.Como encara este desafio lança-do por este militante? Entendoisto como uma luta interna pelopoder?DF – Já tive a oportunidade de

dizer e repito: isto é um bom sinal. Ésinal de que o PSD/Açores está vivo,que é atraente e que tem debate dedemocracia interna e, portanto, isso émuito saudável.TI – O seu mandato termina no

final deste ano, enquanto que odo Governo Regional terminaapenas em outubro de 2020.Sabendo-se que para preparareleições legislativas, sejam elasnacionais ou regionais, um líderprecisa de mais de um ano parase afirmar juntos dos seus eleito-res, o que lhe perguntamos é seirá se candidatar novamente alíder do PSD/Açores?DF – Compreenderá que é uma

questão que já me foi colocada poroutros órgãos de comunicação social eque já afirmei o que tinha a afirmarjunto dos órgãos próprios do partidoem relação a essa matéria.TI – Deixando a situação inter-

na do seu partido e voltando-nosagora para o Governo Regional epara a sua atuação governativaneste novo mandato, como clas-sifica o trabalho desenvolvidodurante este período?DF – Nós temos assistido da parte

do Governo a um conjunto de fragili-dades muito grandes que têm sido dis-farçadas com uma situação económicaque não está mal.

O turismo em especial e agora umpouco o preço do leite têm ajudado adisfarçar, mas a verdade é que conti-nuamos com um setor público empre-sarial regional desastroso, com a edu-cação a ser um desastre visto quetemos os piores indicadores de

Portugal do sucesso a nível escolar, naárea da segurança social continuamoscom muita gente que precisa, nomea-damente as IPSS, que não têm o apoioque deviam estar a ter da entidadepública, neste caso do GovernoRegional e na saúde continuamos comimensas listas de espera. No entanto,não se encontra uma vontade, umavisão, uma ideia estruturada para osAçores a não ser a preocupação demanutenção do poder e aproveitarsurfar as ondas quando a economiaestá bem e quando a economia nãoestá bem, culpando os outros.TI – Que apostas é que tem o

PSD para esses problemas?DF – No meu programa eleitoral

aquilo que nós definimos como priori-dade foi a educação. É pela educaçãoque em termos estruturais vamoslibertar os açorianos desta pobreza.

No âmbito do Rendimento Social deInserção os Açores têm quase o triploda percentagem da média nacional e65% dos jovens em idade escolarnecessitam do apoio da Ação SocialEscolar. Estas são fragilidades relacio-nadas com a educação que temos dereverter e tem de haver políticas estru-turadas.

Também na área da agricultura pro-pusemos um programa de 3 a 5 anosde apoio à investigação e desenvolvi-mento do sector de transformação quepoderia fazer com que o nosso leitenão fosse transformado apenas emleite UHT e em queijo Flamengo, maspudesse ser transformado em produ-tos de maior valor acrescentado.

Nas pescas e na aquicultura off-shore defendemos uma nova e maiorforma de valorização do pescado e ummaior equilíbrio na relação das pescas.

Apesar de o setor do turismo sermais estruturado, ter crescido doisdígitos e ter havido uma revolução dostransportes, as nossas infraestruturas,a nossa lógica interna e a SATA AirAçores em vez de o potenciarem sãoestranguladoras do nosso turismo.

No caso dos transportes marítimoso que se faz é começar pelo teto, émandar fazer barcos sem saber qual é

o serviço que queremos prestar peloque também é preciso rever as políti-cas desta área.

Há aqui um conjunto de matériasque é preciso uma outra visão e umaoutra ambição para servir os Açores epenso que o programa eleitoral doPSD/Açores defende algumas destasmatérias.TI – O deputado tem falado

insistentemente na necessidadede maior transparência nosAçores. Porquê? E que medidaspropõem?DF – Há aquilo a que chamo o

paradoxo açoriano que se baseia numparadoxo político-institucional. Isto é,os Açores são repartidos por noveilhas que precisam obviamente de umestado feito de poder regional commais pessoas na administração públi-ca e com hospitais, centros de saúde,aeroportos e portos em todas as ilhas eisto obriga a um maior peso do estadofeito pelo poder regional.

Apesar de termos mais governo doque noutras zonas com a mesmadimensão populacional, paradoxal-mente, em vez de termos mais contra-poderes, temos menos, ou seja, temosmais poder regional e temos menoscontrapoderes.

Precisamos de ter um parlamentomais forte, mais unificado, precisamosde ter uma sociedade civil e um parla-mento mais forte com mais peso atra-vés do Conselho Económico e Social edo regimento. Precisamos também deuma economia mais pujante e por issoentendemos que os fundos comunitá-rios que recebemos devem ser maisdirigidos para o privado.

Isto tudo numa lógica de termosmais economia, mais sociedade e maisdemocracia também através da trans-parência para que se pudesse criarmais contrapoderes e com isso elimi-nar ou diminuir um bocadinho esteparadoxo açoriano.TI – Abordando as áreas mais

relevantes da política governati-va, como é que os PSD/Açores vêo atual nível de desemprego naregião? Acredita que o mesmo é

em entrevista ao tribuna das ilhas,Duarte freitas, líder do PSD/açores,sublinhou a importância da renovação do partido, a ambição e aconvicção de o partido chegar aopoder regional e conseguir oferecermais e melhor aos açorianos. “Mais importante que o partido sãoos açorianos”, garantiu à nossareportagem Duarte freitas.o social-democrata defendeu aindaque a região precisa de uma revisãodo regimento que passe pela transparência, pelo combate aos riscos de corrupção e por umasociedade civil mais forte através dacriação de um conselho económicoe social e um parlamento mais ativo.

Tribuna das [email protected]

PSD/AÇORES

“Mais importante que o partido são os açor O líder do PSD/Açores,Duarte Freitas defende a criação de umConselho Económico e Social

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tribuna Das ilhas entrevista7

22.JUNHO.2018

fruto de um mais desinvestimen-to nos Açores ou resulta de umcontínuo recurso aos programasocupacionais? Que propostasapresentará o PSD nesta legisla-tura para este setor?DF – O desemprego resolve-se é

pela economia em termos estruturais.É evidente que nos momentos demaior crise os programas ocupacio-nais são importantes e isso nós com-preendemos e aceitamos. Mas os pro-gramas ocupacionais não podem ser-vir para disfarçar os números dodesemprego, não podem servir nocaso da função pública para ter pes-soas dos programas ocupacionais aprestar serviços que são serviços per-manentes e que deviam ser prestadospor alguém da administração públicaregional.

Portanto, aquilo que nós precisa-mos é de uma administração públicaregional mais eficiente e mais capaci-tada. Precisamos de uma economiaprivada a criar mais empregos, trans-ferindo a pouco e pouco os custos dosprogramas ocupacionais para empre-gos efetivos, diminuindo a precarieda-de.TI – O Governo Regional apre-

sentou recentemente a estraté-gia de combate à pobreza e exclu-são social para 2018-2028. Comoentende o PSD/Açores esta pro-posta? Significa esta estratégiaque as políticas do GovernoRegional nesta matéria não têmsido eficazes?DF – O reconhecimento por parte

do Governo de que precisa de umaestratégia de combate à pobreza e àexclusão social é uma forma eloquentede declarar o fracasso da estratégiaque apresentou há dez anos e de reco-nhecer aquilo que estávamos a apon-tar.

E como disse, esta estratégia só temuma solução: é pela educação, para oelevador social poder funcionar, paralibertar as pessoas da pobreza e dadesesperança; e pela economia paraajudar na criação de empregos efeti-vos e bem remunerados para o futuro.E isso leva tempo, mas já se perdeudez anos e espero que não se percammais dez anos, porque estamos a per-der gerações para a pobreza e para ailiteracia.TI – O PSD/Açores tem alguma

proposta para a revisão do trans-porte marítimo de mercadorias?DF – Em relação ao transporte

marítimo de mercadorias concorda-mos com a proposta existente do PPMde se fazer um estudo profundo domodelo. Primeiro temos de saber oque pretendemos para ter um serviçoeficiente, regular e barato.

Depois tem de ser feito um estudoouvindo os stake-holders, ouvindo aspessoas de maneira a que possamosimplementar um modelo que garantaeficiência, regularidade e um preçomelhor.

A concretização destes princípiosque tem de ser bem estudada, incluin-do também a lógica internacional,uma vez que existem hoje em diagrandes mutações no transporte marí-timo de mercadorias.TI – No seu entender esse

transporte está a servir a Regiãocom tantos transbordos que sãofeitos atualmente?DF – A questão da regularidade em

algumas ilhas tem-se colocado emcausa, tal como a eficiência em muitos

casos e em relação ao preço eu achoque precisamos de pagar bastantemenos pelos contentores. É nestes trêsníveis que se tem de intervir.TI – Com a abertura do espaço

aéreo açoriano e a chegada daslow cost aSão Miguel e Terceira,o turismo nos Açores tem regis-tado elevados níveis de cresci-mento, o que tem potenciadoinvestimento em hotéis, no alo-jamento local e noutros serviçosdireta ou indiretamente associa-dos ao turismo. Que posição temo PSD/Açores em relação a estamatéria?DF – O PSD/Açores sente orgulho

de ter defendido sempre a liberação doespaço aéreo. Foi com a liberalização ecom a formulação encontrada peloGoverno de Pedro Passos Coelho quese conseguiu esta revolução, que caiu omuro que era a mobilidade para forados Açores e com isso vieram muitosturistas e também os açorianos têmmuito mais capacidade de viajar.

O que nós temos dito é que infeliz-mente o Governo Regional lutou sem-pre contra esta liberalização talvez pornão concordar com ela e por não acre-ditar nela, e por isso nunca preparou aSATA Air Açores para esta situação.

Portanto, a SATA Air Açores em vezde funcionar como um potenciadorpara distribuir os turistas está a fun-cionar como um estrangulador. Poroutro lado, a Azores Airlines nas rotasque opera também não está a prestar omelhor serviço, nomeadamente noFaial, no Pico e em Santa Maria ondeopera só porque não há liberalização.

A vocação da Azores Airlines tem deser servir onde não há capacidade con-correncial e tem de se dedicar mais aessas rotas e menos a Frankfurt, aCabo Verde e outras rotas que deixa-ram o Grupo SATA com os problemasgraves que tem neste momento.

Para concluir, o PSD/Açores vê commuitos bons olhos este sistema que,sendo novo e revolucionário, natural-mente tem matérias a aperfeiçoarcomo os reembolsos. No entanto, talnão pode significar um retrocesso namobilidade, pelo que não aceitamostetos, nem limitações no número deviagens, nem limitações nos horáriospara nos deslocarmos ao continente.TI – O PSD e o PSD/Açores têm

sido acusados de serem culpadospela saída da TAP que tem vindoa prejudicar o Faial. Que análiseé que faz dessa situação?DF – O PSD/Açores não tem nada

a ver com a saída da TAP. A TAP nestemodelo ou noutro modelo qualquer sequisesse deixar de voar para a Hortadeixaria. A TAP entendeu que deixavade voar para a Horta e deixou. A qual-quer momento a TAP pode entenderque deve voar de novo para a Horta ounão. Não tem nada a ver com gover-nos, tem a ver com a estratégia daempresa.

E é para isso que existe a AzoresAirlines. O problema é que a AzoresAirlines, a antiga SATA Internacional,mesmo quando operava para a Hortacom a TAP sempre serviu pior os faia-lenses e os picoenses do que a concor-rente o que é inadmissível.

Agora que voa sozinha, em vez defazer um esforço para melhorar, preo-cupa-se em ir para outros destinos. Eos responsáveis políticos socialistasem vez de assumirem que a SATA temde melhorar o seu serviço para aHorta, preocupam-se é em culpabili-

zar a TAP e o PSD.A Azores Airlines é que é 100%

pública, 100% do Governo dos Açorese se há alguém responsável pelo mauserviço de ligação do continente aoFaial, chama-se Partido Socialista.TI – Nos transportes aéreos

sabe-se que a SATA e a sua admi-nistração têm sido muito contes-tadas, sobretudo pela populaçãoda ilha do Faial, devido à redu-ção do número de voos e lugarespara esta ilha. A prova está nasduas manifestações realizadas àporta da Assembleia Legislativa.Sente que a administração daSATA necessita de rever a suaposição em relação ao Faial?Como é que o PSD/Açores olhapara o papel da SATA hoje emdia? DF – Os faialenses acordaram, des-

pertaram e lutaram pelos seus interes-ses e é algo de muito relevante e sãoum exemplo para todos os açorianos.

Os Socialistas pretendem criar umacortina de fumo fazendo esquecer quea obrigação da Azores Airlines é servirbem estas populações e estão a tentararranjar manobras dilatórias. Mas aresponsabilidade pelo mau serviço aosfaialenses nesta matéria tem a ver como Governo do Partido Socialista que équem manda na SATA.TI – Foi criado um grupo que

realizou estas manifestações epara defender o aumento dapista do Aeroporto da Horta quetambém não foi integrado nocaderno de encargos da ANA.Como sabe também no tempo degovernação do PSD naRepública. Que análise faz a estasituação?DF – O PSD e desde logo o

PSD/Faial manifestaram-se semprecontra essa decisão de não ser enqua-drado no caderno de encargos da pri-vatização da ANA.

O primeiro-ministro Pedro PassosCoelho fez muitas coisas boas, mastambém fez algumas más e cometeualguns erros como foi o caso do aero-porto da Horta. Tal como dizemos queele fez bem na deliberação do espaçoaéreo, mas fez mal em relação àquiloque foi o investimento necessário noAeroporto da Horta.

Neste momento, o que está emcausa é a intenção da ANA em investircerca de 10 milhões de euros namelhoria de segurança da pista doAeroporto da Horta.

O que nós entendemos é que se deveaproveitar esta intenção de investi-mento para tentar por essa via e tam-bém por alteração das obrigações docontrato que existe com ANA parafinalmente ampliarmos o aeroportoda Horta com verbas da Região, daRepública e da ANA, porque estaampliação da pista tem uma razão nãosó comercial, mas também operacio-nal e de segurança.TI – O Governo Regional tem

em curso o processo de aliena-ção de 49% do capital social daAzores Airlines. Soube-se recen-temente que a Icelandair, a únicaempresa pré-qualificada, voltoua pedir adiamento do prazo paraapresentar uma proposta vincu-lativa. Concorda com este pro-cesso e como tem sido conduzi-do?DF – É bom reparar que a SATA

nos últimos dez anos passou de capi-tais próprios positivos de 30 milhões

de euros para capitais próprios negati-vos perto dos 150 milhões. Portanto, aSATA em dez anos poderá ter perdidocerca de 200 milhões de euros.

E sabe quem é o responsável núme-ro um disto? O Vasco Cordeiro que erao secretário da Economia quando aSATA ainda tinha capitais positivos edepois começou a ter capitais negati-vos e que agora é presidente doGoverno Regional.

Dito isto que é relevante o PSDcomo partido da oposição, mas parti-do responsável não pode só criticartem de apontar soluções. Como tal,apontamos essas soluções numa cartaque mandámos em agosto do ano pas-sado que nunca foi respondida pelopresidente do Governo.

Nessa carta apresentámos um con-junto de propostas para o GrupoSATA, sendo uma delas a alienação docapital da Azores Airlines comomaneira de o tentar salvar para que aAzores Airlines não arrastasse a SATAAir Açores para o descalabro, porqueaí ficaríamos sem nenhuma soluçãopara o serviço interno.

Entre as várias propostas que apre-sentámos a alienação foi uma delas,razão pela qual nesse aspeto estamosde acordo com esta solução.TI – Considera que se não hou-

ver essa alienação e perante aatual situação da SATA, vamoster SATA ainda por muitotempo?DF – É muito difícil se não houver

esta alienação. Não sei o que se vaipassar.

É preciso que os açorianos saibamque Vasco Cordeiro é o responsável,mas mais que isso é preciso que osaçorianos saibam que há uma soluçãopara a SATA.

Espero que esta questão da aliena-ção se possa resolver, se ela não se viera concretizar a única hipótese seráuma recapitalização do grupo com aautorização da União Europeia, algoque se for necessário o PSD tambémestará naturalmente disponível.

Contudo, achamos que a melhorsolução é conseguir resolver o proble-ma através desta alienação de 49% docapital.TI – Entende que é necessário

rever as obrigações de serviçopúblico no transporte aéreo paraos Açores?DF – É um sistema revolucionário

que fez o turismo crescer dois dígitos eaumentou o número de passageirosterritoriais, mas um modelo revolucio-nário que tem naturalmente de sofreralguns ajustes desde que não signifi-que um retrocesso na qualidade.TI – Em relação ao subsídio de

mobilidade para os açorianos,partilha do entendimento doPrimeiro-Ministro, isto é, que énecessário preceder à sua revi-são? Ou, pelo contrário, oPSD/Açores defende que omodelo atual é adequado paraos Açores?DF – O princípio da continuidade

territorial sempre foi assumido peloorçamento de estado, pelo que o sub-sídio de mobilidade sempre foi assu-mido pelo orçamento de estado.Nunca pelo orçamento da região.

E a nossa visão é que o princípio dacontinuidade territorial não tem limi-tes. Nós não aceitamos aquilo que oPrimeiro-Ministro disse de que ia porum teto e que a partir daí as regiõesautónomas que se desenrascassem.

Antes disso, o próprio Primeiro-Ministro deve por a ANAC –Autoridade Nacional de Aviação, a fis-calizar, pois tem competências paraisso nos seus estatutos e o próprio

regulamento do subsídio de mobilida-de prevê que a ANAC efetue tais rela-tórios para saber que companhias éque estão a usar o modelo e a exploraro modelo indevidamente. Não vão seros açorianos os prejudicados se hou-ver companhias como diz o Primeiro-Ministro que se estão a aproveitar.

E se o Governo Regional aceitarpagar parte disto é a machadadamaior que algum dia algum partido oualguém poderá dar na autonomia.TI – Existem duas grandes

aspirações da população faialen-ses: o aumento da pista do aero-porto e a construção da 2.ª faseda Variante à cidade da Horta.Qual é a posição do PSD/Açoresem relação a estes dois assun-tos?DF – Em relação ao Faial, além do

aeroporto, há três outras questões quesão essenciais: a questão da nova fasedas obras do porto da Horta, a ques-tão da segunda fase da variante e asestradas do interior da ilha.

O Governo tem usado um conjuntode manobras dilatórias, apresentandoprojetos que quase que parece que éde propósito para serem criticados, eassim serem adiadas ainda mais asobras no porto da Horta. Porém, istonão se pode adiar mais. A marina daHorta está a arrebentar pelas costurase é preciso fazer alguma coisa porquea Horta como cidade mar não podeperder esse seu espaço de direito nosAçores.

Com o aumento de tráfego aéreo, aligação entre o aeroporto e o porto daHorta é essencial para o turismo epara os próprios faialenses, pelo que émuito importante a segunda fase davariante.

E por fim, as estradas do interior doFaial estão em péssimo estado. Eu àsvezes círculo pelo interior pela ilha doFaial e fico assustado. Aliás, é um casoúnico nos Açores em que a evoluçãofez com que uma estrada do Faial queera asfaltada passasse a terra. É preci-so investir muito nesse aspeto.

Naturalmente, nas pescas é precisofazer algo mais para valorizar o pesca-do e no turismo qualificar os nossosestruturas turísticas - os miradouros,os acessos e a sinalização - e qualificara formação.

É toda esta nova visão que gostaría-mos um dia de ter a oportunidade detrazer para os Faialenses.TI – Se o PSD/Açores fosse o

Governo Regional, os Açoresestariam melhor?DF – A nossa ambição como parti-

do da alternativa é ser poder regionale a nossa convicção é que através doGoverno do Partido Social Democratapossamos oferecer melhores condi-ções aos açorianos, pondo desde logoa educação como prioridade e criandopolíticas setoriais coerentes e bemestruturadas, quer seja na agricultura,nas pescas, no turismo ou nas acessi-bilidades.TI – Acredita que o

PSD/Açores tem condições paraganhar as próximas eleiçõeslegislativas regionais?DF – Claro que acredito. O

PSD/Açores luta sempre para ganharas eleições regionais, mas é especial-mente relevante esta ambição porqueestamos muito convictos que podería-mos fazer melhor para os açorianos eque a social democracia e as nossasideias e projetos poderiam servirmelhor os açorianos do que a forma-ção socialista que já está um poucocansada e é preciso de facto um refres-camento na governação dos Açores,eliminando alguns vícios e trazendonovas ideias. g

rianos”, afirma Duarte Freitas

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tribuna Das ilhas opinião8

22.JUNHO.2018

1Está criada a grande oportu-nidade para a ampliação dapista do aeroporto da Horta.

A decisão da ANA/Vinci, deinvestir dez milhões de euros naconstrução das áreas de seguran-ça, proporciona um contextoúnico, que tem que ser aproveita-do para a concretização desta legí-tima aspiração do Faial.

Mas vamos por partes.A construção das áreas RESA,

de acordo com os critérios daOrganização Internacional daAviação Civil, significa que a con-cessionária da infraestrutura sepropõe a acrescentar à dimensãoatual da pista (1695 metros), mais90 metros em cada uma das extre-midades. Porém, tratando-se deáreas de segurança, para efeitosde restrições relativas às aerona-

ves, mantêm-se as penalizaçõesatuais para os aviões A320, emantém-se igualmente a impossi-bilidade de operação dos aviõesA321 NEO, com que aSATA/Azores Airlines está amaterializar a renovação da suafrota.

Assim, permanece inteiramenteválida a necessidade de ampliaçãoda pista e, consequentemente, aluta de todos nós para alcançar talobjetivo.

2O que mudou? Mudou porcompleto a perspetiva quan-

to aos obstáculos à concretizaçãodo investimento.

Aqueles que se esforçam deforma quase sufocante para apa-gar 14 anos de promessas doGoverno Regional, têm apontadodois grandes obstáculos à amplia-ção da pista: o facto de a amplia-ção não ter sido incluída no con-trato de concessão celebrado em2012 entre o Estado Português e aANA (o que constituiu um erro,diga-se); e a alegada indisponibili-dade da ANA para participar noprojeto.

Quanto ao primeiro obstáculo,no passado mês de março foi cria-da uma comissão para a renego-ciação do contrato de concessãode serviço público aeroportuário,

e em abril o Parlamento Regionalaprovou quatro iniciativas a reco-mendar ao Governo da Repúblicaa inclusão do investimento nacitada renegociação, a primeiradas quais tive a honra de apresen-tar, em nome do grupo parlamen-tar do PSD/Açores.

No que respeita à inflexibilidadeda ANA, a notícia sobre a decisãoda empresa vem também afastaresse argumento, ao revelar aintenção de investir 10 milhões deeuros nas áreas de segurança.

3O que falta, então? Falta adecisão do Governo da

República e do Governo Regional,de firmarem a parceria necessáriacom a ANA, para a ampliação dapista para os 2.050 metros.Sempre defendemos que esta par-ceria era crucial, e o momento dea constituir é o presente!!!

O Governo da República é odono da infraestrutura que estáconcessionada e tem de parar de“assobiar para o lado” e assumiras suas responsabilidades, apro-veitando todas as vias de financia-mento comunitário, quer as exis-tentes para aeroportos com volu-me de passageiros inferior a 3milhões por ano, quer no âmbitoda reprogramação em curso dosfundos do Programa Portugal

2020.Ao Governo Regional dos

Açores, e realço “dos Açores”, por-que este é um processo em que seexige dimensão regional ao execu-tivo, impõe-se a perceção de queeste é um verdadeiro investimen-to de interesse público regional,vital para o futuro desta parte doarquipélago e para a coesão social,económica e territorial dosAçores.

Um governo que tem investidodinheiro público em infraestrutu-ras privadas sempre que entendeque é do interesse regional fazê-lo– em alguns casos com resultadosdesastrosos – não pode continuara tratar o Faial de forma diferente.Se há infraestruturas que podemcapitalizar o investimento públi-co, o Aeroporto da Horta é umadelas.

4Esta capitalização será dire-ta em termos de exportação

dos produtos locais, com a elimi-nação das penalizações atuais aonível da carga, mas permitirá tam-bém o crescimento turístico,dando resposta ao significativoinvestimento privado que se está amaterializar ao nível do alojamen-to. Aliada a uma estratégia de pro-moção de todo o arquipélago, queurge implementar, a ampliação do

aeroporto da Horta potenciaráainda a atratividade do Faial e doTriângulo, e a facilidade de chegaràs Flores e ao Corvo, contribuindopara a atenuação da sazonalidadee para o combate à desertificaçãode várias ilhas dos Açores.

Há que assumir, de uma vez portodas, que o investimento noaeroporto da Horta tem naturezareprodutiva, pela capacidade degerar riqueza, emprego e desen-volvimento, não apenas nestailha, mas numa parcela importan-te da região, que abrange oTriângulo e o Grupo Ocidental.

5A resposta que o Faial temde exigir ao Governo

Regional em primeiro lugar, e aoGoverno da República em simul-tâneo, é a decisão inequívoca deavançar em conjunto com aANA/Vinci para aumentar a pistapara os 2.050 metros.

A decisão da ANA de investir 10milhões de euros, a renegociaçãoem curso do contrato entre oEstado e a empresa e a reprogra-mação dos fundos comunitários,conjugam-se num momentoúnico.

A oportunidade que osFaialenses tanto lutaram paraconquistar está à porta… e nãopode ser desperdiçada!!! g

A Oportunidade está à porta!!!Carlos

FerreiraDeputado

“No meio da dificuldade

encontra-se a oportunidade.”

Albert Einstein

OMunicípio da Horta parti-cipa como sócio no proje-to inovador de desenvol-

vimento turístico, no âmbito doInterreg, Projeto de CooperaçãoTerritorial Europeia Ecotur_AzulMAC/4.6c/046. De entre osdiversos objetivos a alcançar,integra-se na realização do inven-tário turístico da ilha do Faial,trabalho realizado pela empresaNatur-pleasures.

Este trabalho insere-se no pro-jeto Odyssea, considerado comoum modelo económico inovadorde turismo, náutico e cultural quepermite a criação de um novoprojeto territorial: o mar, os rios,as cidades turísticas, seus portos,suas terras, respondendo assimaos novos desafios territoriais dodesenvolvimento sustentável,reposicionamento turístico, náu-tico, marítimo, cultural, diversifi-cação e melhoria da sazonalida-de. Ele oferece uma nova maneirade viajar, de porto em porto, deporto em território... De escalasem escalas, por mar, por rotasnavegáveis, e por terra para des-cobrir um país, uma região, a suacultura, a sua língua, o seu patri-mónio, os seus recursos, e sobre-tudo a sua autenticidade comuma referência comum que per-mite uma comunicação e promo-ção internacional em rede.

Como tal, o inventário de recur-sos turísticos realizado, obedeceuàs linhas orientadoras e metodo-

logia do modelo Odyssea, propor-cionando uma base de trabalhocomum e transversal a todos osparceiros nacionais e internacio-nais do projeto.

Assim sendo, a prossecuçãodesta metodologia foi, desde oinício, um elemento essencial nodesenvolvimento dos trabalhos.De acordo com a metodologiaOdyssea, a inventariação derecursos é feita segundo um con-junto de 6 módulos técnicos.

Em termos sintéticos, o módulotécnico nº 1, relativo ao banco deimagens da Horta (Faial), foibaseado no acervo de imagens daCâmara Municipal da Horta(CMH), parte do qual disponível“online”, e outra parte, substan-cial, existente nos seus arquivos.Em complemento, a equipa técni-ca construiu uma base de dadosde imagens “in loco”, compostapor centenas de fotos, aquandoda georreferenciação dos locais.

O módulo técnico nº 2, referen-te aos prestadores e serviçosturísticos, foi fundamentado naslistagens fornecidas pela CMH eno “site” oficial do Turismo dosAçores (www.visitazores.com).Esta informação foi cruzada eactualizada com os dados pró-prios das unidades envolvidas,através de pesquisa nos respecti-vos “sites” e páginas nas redessociais (Facebook e TripAdvisor). A pesquisa foi comple-mentada com uma base de dadosde imagens, nomeadamente, nasunidades de alojamento turístico

e dos estabelecimentos de restau-ração.

Relativamente aos operadoresmarítimo-turísticos (OMT), umdos domínios mais marcantes doturismo da ilha, a base de dadosde empresas foi compatibilizadacom a listagem inscrita no maisrecente folheto turístico do Faial,criado pela Câmara Municipal daHorta em 2018.

O módulo técnico nº 3, relativoàs actividades de lazer e os sítiosa visitar, integra as componentesdo património cultural, o patri-mónio natural, as actividades delazer e outros sítios a visitar. Estemódulo constitui o “coração” doinventário de recursos turísticos.

Importa notar que o âmbito dainventariação dos recursos não secingiu à cidade da Horta (PortoOdyssea, no âmbito do projecto),tendo sido alargado a toda a ilhado Faial. Esta opção, foi baseadanos seguintes factores: a ilha éconstituída por um único conce-lho, havendo uma correspondên-cia administrativa e territorial; adimensão relativamente pequenado Faial, encontrando-se todos ospontos de interesse a menos de 1hora de distância da Horta (nalógica do projecto Odyssea de“descoberta do território a partirdo porto”); a necessidade demotivar novos itinerários e per-cursos em toda a ilha, ampliandoos benefícios do turismo a todasas freguesias, e contribuindo, amédio prazo, para uma maiorcoesão territorial.

O módulo técnico nº 4 diz res-peito aos textos e os escritos exis-tentes, designadamente, a biblio-grafia, os artigos de imprensa, ostextos de valorização do municí-pio, entre outros.

O módulo técnico nº 5, associa-do aos registos sonoros, foidesenvolvido pela chefia de pro-jecto Odyssea. Os registos sono-ros visam a ilustração das “paisa-gens narradas a partir do mar”,que integra um itinerário, emredor do Faial, com 10 pontos demaior interesse. Para este efeito,a equipa técnica, com o apoio daCMH, realizou uma visita “inloco” em embarcação de recreiopara recolha de imagens e valida-ção do percurso.

O módulo técnico nº 6 é relati-vo às ferramentas de comunica-ção, como sejam, os guias, osmapas turísticos, os documentospara eventos, entre outros. O con-junto dos elementos de suporte aestes dois módulos foi fornecidapela CMH e por outras entidadescontactadas. Em complemento, aequipa técnica adquiriu biblio-grafia técnica e informação deapoio (publicações dos sítios visi-tados), para além da pesquisafeita ao acervo local da BibliotecaPública e Arquivo Regional JoãoJosé da Graça, na Horta.

A informação de carácter cultu-ral e patrimonial foi validada pelohistoriador local Dr. TiagoSimões da Silva, com o propósitode garantir a maior fiabilidade dainformação prestada.

Até ao momento, foram jáintroduzidas na base de dados220 fichas de recursos, a totalida-de das quais ilustrada com foto-grafias (2 a 3 fotos por recurso),além dos demais elementos decaracterização. Em síntese, o tra-balho de inventariação de recur-sos encontra-se concluído em95%, faltando somente a introdu-ção de alguns recursos (p.ex.eventos, sítios turísticos, mira-douros), bem como a validaçãopelos actores locais dos elemen-tos constantes da base de dados.

O projeto ODYSSEA, é conside-rado, no seu desenvolvimento,como um destino turístico inteli-gente "em perfeita harmonia coma estratégia, através do uso detecnologias de informação ecomunicação (TIC) e colaboraçãopública-privada, permitindo aimplementação de importantesinovações no campo do turismonáutico e temático de municípioslitorais, que utilizam uma meto-dologia comum para a promoçãode seus produtos náuticos, cultu-rais, patrimoniais e turísticos,melhorando a cadeia de forneci-mento da oferta territorial e asrepercussões económicas dasPMEs de bens e serviços mercan-tis associados, graças às sinergiasintersetoriais geradas pelo usodas TICs na rede.

Actualmente agrupa mais de 80cidades portuárias em Espanha,França, Itália, Portugal, Grécia,Marrocos e nas regiões ultraperi-féricas (RUP). g

LuísBotelho

PROJECTO ECOTUR_AZUL MAC/4.6C/046

Modelo inovador de desenvolvimentoeco-turístico

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tribuna Das ilhas opinião9

22.JUNHO.2018

Educar torna-se cada vez maiscomplexo independentementedo país, estado, cidade, ou vila

em consequência da diversidade cultu-ral, linguística, social e religiosa que ascrianças e jovens presentemente tra-zem para a escola. Não é fácil dirigiruma aula com 20 ou 30 alunos quandoalguns logo no primeiro dia exibemcomportamento social negativo, não sefocando na aprendizagem, necessitan-do de imediato métodos alternativosde ensino para os quais muitos docen-tes não foram preparados ou não têmassistência pedagógica apropriada.

Todos os anos há escolas que come-çam as aulas com falta de docentes nãoespecializados em áreas de ensino eaprendizagem (educação especial, con-flitos escolares, sociais e racionais,cidadania etc.) que hoje são mais indis-pensáveis do que nunca, para satisfa-zerem os quadros requeridos para oensino de alunos e alunas a todos osníveis. Como nem todos os anos esco-lares surgem novas teorias pedagógi-cas que possam exigir que os livrossejam revistos e reeditados, o que é dis-pendioso para o agregado familiar epara o sistema escolar, há países ondeisso não acontece porque os educandosrespeitam os livros escolares, sendoestes usados no ano seguinte poroutros alunos(as). Anualmente a maio-

ria dos governos dizem-nos que hádocentes para todas as áreas académi-cas e técnicas, contudo, no dia da aber-tura faltam sempre professores e auxi-liares, psicólogos e enfermeiros, chefese ajudantes de cozinha, bem com osfuncionários que mantêm a escolalimpa e, nas últimas décadas, agentesde segurança em consequência doagravamento da violência escolar (bul-lying) e homicídios.

Nem sempre na instrução/educaçãoo aproveitamento cognitivo reflete oesforço do docente e o investimentogovernamental ou mesmo familiar,sendo uma grande preocupação para asociedade. O desequilíbrio entre asclasses sociais é cada vez mais marcan-te, o que leva com que os estudantesprovenientes de faixas sociais menosfavorecidas tragam para a escola diver-sas lacunas básicas, o que em parte écompreensível por refletir a atual pro-blemática socioeconómica. Como éreconhecido, ordenados mínimoscriam todo o tipo de limitações a umafamília. As crianças e jovens não que-rem ser diferentes dos colegas quanto

ao vestuário, computadores, telefonesportáteis, sapatilhas/sneakers, etc.Inapropriadamente há jovens querecorrem ao furto, para não seremdiferentes dos que têm tudo ou quasetudo.

Num sistema escolar apoiado pelosencarregados de educação e a adminis-tração escolar, com uma equipa dedocentes motivada, conhecedora docurrículo/matéria, positivamentededicada e treinada em métodos deensino cooperativo inclusivo têm aprobabilidade de obter resultadosmuito positivos independentementeda etnia, cultura, ou idioma que oseducandos trazem de casa. É relevanteo método comportamental colaborati-vo/cooperativo ensinado e (aceitação,respeito mútuo, etc.) exigido pelosdocentes, o que facilita os objetivoseducacionais previstos pelos docentesque usam o método cooperativo deensino-aprendizagem. Depois da inte-ração ser positiva na aula, o sucessoacadémico e social é atingível, já quetodos os educandos se aceitam, entrea-judam e se respeitam. O trabalho em

grupo/equipa onde a interdependên-cia positiva e a responsabilidade indivi-dual é desenvolvida e organizada porgrupos heterogéneos (pares ou gruposde quatro alunas(os), o ensino e aaprendizagem torna-se mais fácil.

Falar-se de docentes é tratar de umgrupo profissional pouco respeitadopelo governo local, nacional e interna-cional. O número de greves tanto naAmérica do Norte como na Europaconfirma a falta de respeito para comos professores, bem como em muitosoutros países no mundo onde se dizhaver excesso de docentes. Em contra-partida nos países de expressão portu-guesa em África há milhões de criançase jovens, mas os docentes são poucospara satisfazer as necessidades míni-mas.

Como podem ser motivados osdocentes se ensinam ano após ano semserem recompensados pelo seu traba-lho que é difícil, complexo, esgotante emal pago. Professores que todos osanos mudam de escola, cidade, distri-tos, só com uma vontade inesgotávelpodem subsistir. Os mais lesados com

as mudanças contínuas dos docentessão primeiramente os educandos,embora todo o agregado familiar acabapor ser afetado. Hoje em dia, mais doque nunca, as greves dos docentes sãoum acto comum na maioria dos países,por estes não serem equitativamentepagos como outros profissionais comaptidões académicas iguais ou atémenores. É lamentável que se esqueçafacilmente que foi uma ou um profes-sor que lhes deu a instrução e educa-ção básica, sejam estes trabalhadoresrurais ou industriais, engenheiros,médicos, ministros ou cientistas hojereconhecidos mundialmente. Osdocentes, titanicamente, lutam pelasua profissão, todos os anos e os sindi-catos, embora muito politizados,sabem que sem diálogo e consensonunca atingirão os objetivos desejadospara o progresso e desenvolvimentodas crianças e jovens que despontampara uma sociedade exigente, competi-tiva, digitalizada e estruturada global-mente. g

APONTAMENTO

Educandos sem educadores e educadores sem educandos Serafim

Cunha

Asituação da saúde oral emPortugal ainda é preocupan-te. Portugal ocupa, em vários

índices sobre saúde oral, os últimoslugares de todos os países da UniãoEuropeia. Ao abrigo da Lei de Basesda Saúde, cabe ao Estado a principalresponsabilidade no que diz respeitoa sua promoção e a criação de condi-ções para a universalidade, gratuida-de e equidade no seu acesso.

Por inúmeras razões e desde a suacriação, o Serviço Nacional de Saúde(SNS) não incorporou a MedicinaDentária nos seus cuidados. A saúdeoral esta, portanto, praticamenteexcluída do direito a saúde dos por-tugueses. Este problema resultou devários erros de estratégia na políticade saúde que se foram multiplicandonestas ultimas décadas.

As doenças orais podem ter umimpacto significativo na qualidadede vida das pessoas quando ficamcomprometidas funções tão básicascomo a mastigação, fala e sorriso. Oestado da saúde oral das pessoas

produz efeitos significativos na suaqualidade de vida muitas vezes comrepercussões físicas, psíquicas e atésociais.

São vários os estudos que revela-ram, por exemplo, que uma criançaafetada pela cárie aos 3 anos de idadetem em média, menos 1kg do queuma criança livre de cárie.

Por outro lado, nos idosos, e muitocomum surgirem taxas de edentulis-mo (falta de dentes) muito altas,atingindo muitas vezes os 100%. Estefacto interfere diretamente com amastigação, tornando-a deficiente,ou levando a que esta população

evite certos alimentos, resultandoem défices nutricionais significati-vos. Estes impactos nas atividadesquotidianas não se circunscrevem aoindivíduo, acabam também por afe-tar a sua família e por essa via, asociedade em geral.

Os problemas psicológicos relacio-nados com a aparência da própriapessoa quando não possuem algunsdentes, interferindo com a suaautoestima e motivando a procura deapoio psiquiátrico e de medicaçãoauxiliar, são outro fator a ter emconta.

De tudo que foi dito, podemos con-

cluir que a saúde geral nunca poderáestar dissociada da saúde oral.Apesar de se ter assistido a recenteevolução significativa na prestaçãode cuidados de Saúde Oral às popu-lações, com custos baixos e controlá-veis, há que ter a consciência danecessidade de definir uma estraté-gia global nesta área, sem descurar asustentabilidade do sistema, quecontemple as várias vertentes dasaúde, valorize a promoção da cida-dania e a integração da saúde oralnas políticas públicas saudáveis.

Só assim não faltarão razões parasorrir! g

Falta de estratégia na saúde oral!Miguel

Ferreira

Foi um pesadelo o que osmeus olhos viram. A belezados olhos enormes tão signi-

ficativos tinha perdido o brilho e,agora estavam fechados. Partiste,dormindo. Penso que nesta parti-da não sofreste. Nesta partida, nãopude fingir a minha dor e chorei.

O apoio do teu olhar tinha ido.Para sempre. Só nós duas falámostudo com o olhar. Tudo mesmo. E,entendíamo-nos tão bem.

A fina ironia dos teus comentá-rios já se tinha calado. Os movi-mentos já não mais existiam. Aopé da cama olhava para ti sem quemovesses um músculo sequer. Aminha mão na tua. Tão magra. Játão fria.

A certeza da liberdade dessecorpo.

Fazes-me tanta falta. Muitafalta.

Foi uma bonita trajetória.Triste.

Deixas-te tua arte nas crónicas,nos artigos, mas principalmenteno que não publicaste. No quecompartilhaste intimamente.Comigo. Com o teu neto. Nos ras-cunhos que recolhi ainda contigome segredando onde os tinhas

guardado.Passinhos leves, pelo corredor,

ar de malícia, cara de criança tra-vessa, sem uma palavra, só osolhos me falando. Só o nosso sor-riso de cumplicidade.

Escritora de sentimentos. Mastambém leitora. Voraz. Curiosapelos factos da vida. Entediadapela vida. Empática. – Aliás, comodisse João no seu único comentá-rio sobre a tua partida. – avóvó!...a pessoa mais empática que algu-ma vez conheci, duvido queconhecerei.

Companheira. Minha compa-nheira de viagens. Das que fize-mos juntas e das outras.

Companheira de meus afetos eamores.

Companheira de minhas ale-grias e conquistas.

Companheira de minhas triste-zas, angústias e derrotas.

Companheira! Querida! Fazes-me tanta falta. Muita Falta.

Prefiro achar que foste viajarsozinha. Que foste tomar outrosrumos e explorar outras nuvens e,me esperarás no inverno de NovaIorque para me dares aquele abra-ço quente em meio à neve de uma

esquina ventosa.Prefiro achar que foste final-

mente encontrar tua felicidade.Estás feliz. Eu sei. E livre. E fosteem paz. Vi isso no teu rosto. Fostedormindo, sem dor!

Com muitas crónicas na tuacabeça por publicar.

Hoje, passado um ano, ainda mesinto tão órfã. Mas segue o teucaminho para onde a vida te levar.Faz uso de tuas asas e voa por esseinfinito. Recria-te. Vê todas as flo-res e cores e detalhes tão insignifi-cantes que me ensinaste a olhar. Aapreciar. A valorizar. A dar impor-tância.

Perdão pelo que fiz. Perdão peloque não fiz. Perdão pelo que quisfazer e não pude ou não soube e,minha eterna gratidão pelo carátere pelo que me permitiste cons-truir.

Tínhamos a promessa de nuncadizer adeus. Então é tchau.Qualquer Hora voaremos nova-mente juntas e faz-me o favor deser feliz!

Fazes-me tanta falta. Muitafalta.

Te amo mãe! Para sempre. gAna Paula Nogueira

1.º Aniversário ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA HORTA

EDITALMARIA TERESA FORTUNA DE FARIA RIBEIRO CÂNDIDO,

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA HORTA: FAZ SABER,nos termos do disposto no artigo 27º da Lei n.º 75/2013, de

12 de setembro, que a Assembleia Municipal reunirá no dia 28 de junho,pelas 14H30, no Polivalente da Freguesia de Pedro Miguel, com a seguinteOrdem do Dia:

1. Apreciação da Informação de Atividades da Câmara Municipal da Hortae da sua situação fi-nanceira, no período de 1 de abril a 31 de maio de 2018;

2. Consolidação de Contas do Município da Horta de 2017 e CertificaçãoLegal das Contas;

3. Aquisição de serviços de auditoria às contas do Município da Horta doano de 2018;

4. Revisão Orçamental nº 3 do ano de 2018;5. Proposta de contratação de empréstimo de médio e longo prazo pelo

montante de 173.016,80€; 6. Proposta de contratação de empréstimo de médio e longo prazo pelo

montante de 327.554,69€;7. Proposta de Área de Reabilitação Urbana da Horta e respetivo Projeto de

Operação de Reabilitação Urbana;8. Proposta de institucionalização do Dia Municipal do Imigrante e do

Diálogo Intercultural – 21 de Maio.

- Mais faz saber que nos termos regimentais, no fim da sessão está reser-vado um período de trinta minutos para intervenções do público, sobreassuntos do âmbito do Concelho.

Assembleia Municipal da Horta, 19 de junho de 2018

A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL,Maria Teresa Fortuna de Faria Ribeiro Cândido

PUB

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tribuna Das ilhas opinião10

22.JUNHO.2018

Antonio Tabucchi é conheci-do entre nós pela viagemque fez pelas ilhas nos anos

oitenta, quando embarcou numdos últimos botes baleeiros e pro-curou o rasto de Antero, do queresultou um registo de viagempublicado sob o título Mulher dePorto Pim (Donna di Porto Pimno original italiano, hoje disponí-vel em oito línguas).

Italiano de origem, Tabucchiviveu grande parte da vida emLisboa, onde veio em busca deFernando Pessoa e acabou porcasar com uma portuguesa (che-gado a Portugal apaixonou-se porum homem e por uma mulher,segundo dizia). Apesar de conti-nuar a escrever as suas obrasmaioritariamente em italiano, oscenários retratados remetem parao seu universo mais próximo,sobretudo para Lisboa. Um bom

exemplo disso é o livro que dátítulo a este texto – AfirmaPereira.

Escrito em 1993, o relato éregistado por um narrador anóni-mo a quem Pereira “afirma” oseventos do “mês crucial da suavida, um fatídico Agosto de 1938”.

Está em curso a Guerra CivilEspanhola e em Portugal o EstadoNovo impõe um patriotismo exa-cerbado e controla a circulação dainformação. Pereira – o “doutorPerei-ra”, como se apresenta – éum jornalista, responsável poruma página cultural, que poucoou nada consegue saber sobre oque se vai passando no mundo.Viúvo há vários anos, vive entrecasa e a redacção e sente “a ideiabizarra de que talvez não vivesse,e era como se já tivesse morrido.”(p. 17).

A sua vida muda drasticamentequando conhece dois jovens, umdos quais con-trata para seu assis-tente, apercebendo-se depois que

ele está atento ao que se passa nomundo e colabora com a resistên-cia contra o regime. Não querendoentrar em detalhes sobre o enre-do, que ficam ao critério do leitordescobrir ou não, há duas ideias-chave transversais que entendoserem dignas de realce.

A primeira é o ambiente que sesentia, a falta de conhecimento,obviamente imposta, e o medo.Medo de questionar e medo deafirmar. Em 1938 a ditadura eraainda recente, a própria Repúblicatinha ainda menos de três déca-das, e, apesar, das restrições dacensura, talvez fosse natural ques-tionar, mesmo que clandestina-mente, pois a luta pelo sistemarepublicano e participado era algoainda recente. A certa altura, numdiálogo, Pereira põe em causa oregime afirmando que “é umEstado autoritário, as pessoas nãocontam para nada, a opiniãopública não conta para nada”,recebendo como resposta que não

temos opinião pública e nos limi-tamos a obedecer “a quem gritamais, a quem manda.” (p. 66) E opróprio Pereira só consegue ten-tar formar opinião depois de serinformado do que se passa nomundo por um amigo padre, aquem pede “Mas então explique-me tudo, implorou Pereira, por-que gostaria de tomar posição,mas não estou informado.” (p.147)

A segunda é o facto de ter vividonum estado quase letárgicodurante anos, apegado à memóriada mulher morta e encerradosobre si próprio, até que doisjovens lhe abrem os olhos e ofazem questionar tudo. É óbvioque para isso teve de lhes dar cré-dito, mas facto é que, “afirma terdito Pereira, o facto é que me sur-giu uma dúvida: e se aquelesjovens tivessem razão? Nesse casoseriam eles a ter razão, disse tran-quilamente o doutor Cardoso,mas é a História que o dirá e não o

senhor, doutor Pereira. Sim, dissePereira, mas se eles tivessemrazão a minha vida não teria sen-tido (...).” (p. 124) E não tinha. Foipreciso encontrar dois jovens comideias irreverentes (e até perigo-sas) para conseguir questionartudo e... (e o que daí resultou, quefica ao critério do leitor desco-brir). g

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Leia-se: Antonio Tabucchi,Afirma Pereira, Alfragide, Leya,2015 (1ª edição: Milão, 1994).

Em defesa da LínguaPortuguesa, o autor deste texto nãoadopta o "Acordo Ortográfico" de1990, devido a este ser inconsisten-te, incoerente e inconstitucional(para além de comprovadamentepromover a iliteracia em publica-ções oficiais e privadas, na impren-sa e na população em geral).

REFLEXÕES CRÓNICAS

Afirma PereiraTiago Simões

Silva

Desde que a ComissãoEuropeia nos apresentoua sua proposta de orça-

mento para o próximo quadro2021-2027 que nos temosdefrontado com novos dados ecom habilidades que sucessiva-mente alteram os valores iniciaise que dificultam o processo nego-cial.

Para começar, a Comissão nãoestá a ser absolutamente transpa-rente neste processo, tendo vindoa alterar reiteradamente as mar-gens de corte em determinadaspolíticas. A título de exemplo, noque concerne à política de coe-são, começou por afirmar que ocorte seria de 5%, imediatamenteavançou para 7% e agora já admi-te que seja de 10%. A acrescer aesta indefinição, ter-se-á “esque-cido?” de mencionar que o fundode coesão, o seu principal instru-mento, sofre um corte de 45%, oque é dramático para Portugal e,

em especial, para os Açores. Jáno que concerne à Agricultura,para além de agora percebermosque se propõe um corte de 25%no desenvolvimento rural, cons-tatamos que lhe está associadoum aumento no co-financiamen-to pelos Estados-Membros,aumentando as responsabilida-des dos Governos Nacionais,como se todos tivessem capacida-de financeira para tal. E, pasme-se, ainda ouvimos o argumentode que os cortes podem ser mini-mizados, transferindo fundos dospagamentos directos aosAgricultores para oDesenvolvimento Rural, o quepara além de prejudicar aqueles,manteria o corte total que seperspectiva para este sector.

Depois, e tendo o próximo qua-dro a mesma duração que oactual (2014-2020), apresentou-nos valores directamente compa-rados ao corrente quadro, como

se um milhão de euros em 2014tivesse o mesmo valor que ummilhão de euros em 2021. Comesta astúcia, a Comissão peca porexcesso quando anuncia aumen-tos e por defeito quando reduzapoios, apresentando dados maisaliciantes do que a realidadedemonstra.

Uma outra habilidade estraté-gica consistiu no anúncio decomo esta partição vai ser feitapelos Estados-Membros, em quealguns perdem (como Portugal,que perde, nas contas daComissão, 7%) e outros ganham(como Espanha, em que os fun-dos anunciados aumentam 5%).Em orçamentos plurianuais ante-riores negociou-se primeiro obolo total, dividido pelas respec-tivas rúbricas orçamentais e sódepois se passou à divisão porpaís. Desta feita, por alegadointeresse de conclusão do proces-so neste mandato, anunciou-se à

cabeça a partição, o que, no meuentender, nada tem de inocente,porque vai condicionar forte-mente possíveis alterações à pro-posta inicial ao longo do processonegocial. Será que alguém crêque um Estado Membro possaanuir perder fundos relativamen-te à proposta inicial da Comissãopara que outro, que está nestemomento em perda, possa vir aganhar ou, até, não perder tanto?Nos actuais tempos em queenfrentamos níveis preocupantesde nacionalismos e eurocepticis-mos, seria um suicídio político, amenos que esses Estados fossemcompensados de outra forma, etal seria, igualmente, discrimina-tório relativamente aos paísesque estão a perder.

Uma outra habilidade passapor comparar fundos antigoscom fundos renovados (cujaspropostas têm saído quase dia-riamente e que vão dar lugar a

negociação), anunciando aumen-tos de verbas ao mesmo tempoque se omite que os novos fundospassam a aglutinar vários fundose programas anteriores. E isto jápara não fazer referência ao factode estarem a ser anunciadosmontantes que dependem danegociação de outras políticas,cujo resultado ainda está longede ser conhecido.

São habilidades no mínimodúbias, que lançam a desconfian-ça no processo negocial. Mas oParlamento Europeu está atento.Lá estamos, a defender os inte-resses da nossa terra e das nossasgentes. g

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Habilidades orçamentaisSofiaRibeiroEurodeputada

AOrganização para aCooperação e Desenvolvi-mento Económico (OCDE)

publicou, há poucos dias, um rela-tório onde se afirma que a pobrezaentre gerações, em Portugal, levacinco gerações a ser superada, istoé, 125 anos. Os indicadores evi-denciam ainda que Portugal era,em 2017, o país da UniãoEuropeia cuja população adultatinha níveis de escolaridade maisbaixos. Mais de metade (52%) dosportugueses entre os 25 e os 64anos não tinham ido além do ensi-no básico – a média europeia é de

22%. É evidente que o nosso legado

histórico - uma longa ditadurafascista, pobreza e analfabetismosistémico são causas anterioresque podem justificar este determi-nismo social. Mas temos umademocracia com mais de 40 anos,E se nos seus primeiros anos, aEquidade na distribuição do ren-dimento teve um progresso signi-ficativo, após a crise instalada emPortugal na última década, a espe-culação financeira e a corrupçãoque o país teve de suportar alar-gou o fosso entre ricos e pobres,baixou o estatuto económico,social e cultural da classe média,

consequentemente baixou osníveis de bem-estar gerais, pro-movendo uma maior exclusão,pobreza e desigualdade.

Diz ainda o relatório aquilo quejá sabemos: a escola reproduz for-temente a desigualdade social. Afinalidade de qualquer sistema deensino é contribuir para elevar osníveis de educação e conhecimen-to das pessoas e esbater o deter-minismo das origens socioeconó-micas dos alunos. Mas a elevadataxa de abandono escolar, a nor-malização da retenção escolar(que poderia ser reduzida comuma melhoria da formação dosprofessores e melhores práticas),

exacerba as desigualdades. Alémdo mais, a reprovação escolar pro-move o abandono escolar precoce.Consequentemente, os alunos nãoatingem o seu potencial de desen-volvimento, reduz a base de com-petências de trabalho, potencia adesigualdade. Os dados interna-cionais confirmam aquilo que sesabe há décadas: os malefícios dareprovação escolar. “Quem repro-va, reprovará”, escreveu um soció-logo francês nos anos sessenta

Poderá ler-se ainda no Relatórioque a taxa de reprovação escolarde Portugal é uma das mais eleva-das da OCDE. "Em Portugal, maisde 50% dos jovens de 15 anos

menos favorecidos em termossocioeconómicos informaram terrepetido de ano pelo menos umavez, em comparação com a médiade 20% da OCDE". Do ponto devista orçamental, constitui igual-mente um peso que os governostêm de suportar. Parece muitoóbvio para todos que é precisomelhorar a equidade no ensino,reduzir as taxas de abando escolare garantir que as crianças com ori-gens socioeconómicas menosfavorecidas tenham acesso a umaeducação de qualidade, pois só oconhecimento e a educação rom-pem, verdadeiramente, com osdeterminismos sociais. g

Um Elevador Social Avariado – Como Promover a Mobilidade Social?Maria

do Céu Brito

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tribuna Das ilhas informação11

22.JUNHO.2018

DIRETOR: joão Paulo PereiraREDAÇÃO: Susana Garcia (CP5642),flávia taibo (estagiária)

COLABORADORES:armando amaral, fernando faria,frederico Cardigos, jorge CostaPereira, Victor rui Dores, antónio

Caetano, Vanessa Silva, LuísBotelho, Devin Gomes, Carlosferreira, rui Martins, Cláudia ÁvilaGomes, tiago Silva, Lauréniotavares, josé Decq Mota, joãoCorvelo, Maria do Céu Brito,Zuraida Soares, Paulo estevão,Miguel ferreira, ricardo SerrãoSantos, Sofia ribeiro.

PROJETO GRÁFICO: iaiC - informação, animação eintercâmbio Cultural, CrL

REDAÇÃO ASSINATURAS EPUBLICIDADE: Centroassociativo Manuel de arriaga -rua Marcelino Lima 9900-122angústias horta

CONTATOS:telefone: 292 292 145 [email protected]

IMPRESSÃO:Gráfica "o telegrapho"rua Conselheiro Medeiros 309900-112 hortaDISTRIBUIÇÃO: Ctt

TIRAGEM: 1.000 exemplares

REGISTO: nº 123 974 do instituto deComunicação Social

EDITOR E PROPRIETÁRIO:iaiC - informação, animação eintercâmbio Cultural, CrL Sede - Centro associativo Manuel

de arriaga, 9900-122 horta

NIPC: 512064652

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CASA MEMÓRIA MANUEL DE ARRIAGA292 293 [email protected]. de São Francisco, 9900-124 Horta

MUSEU DA HORTA292 392 [email protected]

Palácio do Colégio, Largo Duque Ávila Bolama, 9900-141 Horta

BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVOREGIONAL JOÃO JOSÉ DA GRAÇA292 202 [email protected] Walter Bensaúde 14 9900-142 Matriz - Horta

PARQUE NATURAL DO FAIAL292 207 382 [email protected]ço de Ambiente da Ilha do Faial- Monte da Guia s/n 9901- 124 Horta

CASA DOS DABNEY292 240 685 [email protected] da Guia - Horta, 9900-124 Horta

AQUÁRIO DO PORTO PIM 292 207 382 [email protected] da Guia, 9900-124 Horta

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DOVULCÃO DOS CAPELINHOS292 200 470 [email protected] dos Capelinhos Capelo, 9900-000 Horta

ANTIGA FÁBRICA DA BALEIA DO PORTO PIM292 292 140 l [email protected] Comendador Fernando da Costa, Fábrica da Baleia de Porto Pim, 9900 Horta

MUSEU DE SCRIMSHAW292 292 327 l [email protected] Peter Café Sport Angustias 027, R. José Azevedo, 9900 Horta

UTILIDADES FARMÁCIAS

ATÉ 23 DE JUNHOFarmácia Lecoq 292 200 054DE 24 A 30 DE JUNHOFarmácia Corrêa 292 292 968

EMERGÊNCIAS - FAIALNúmero Nacional de Socorro 112Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850PSP - 292 208 510Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130Proteção Civil 295 401 400/01Linha de Saúde Pública 808 211 311Unidade de Saúde da Ilha do Faial 292 207 200Hospital da Horta 292 201 000

TRANSPORTES - FAIALSATA - 292 202 310 / Loja - 292 292 290A. de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500Atlanticoline 292 200 380

CONTACTOS ÚTEISCÂMARA MUNICIPAL DA HORTA 292 202 000 l [email protected]ços Concelho Largo Duque Avila E Bolama - 9900 Horta - Faial

PISCINA MUNICIPAL292 391 [email protected], Parque da Alagoa, 9900-000 Horta

JARDIM BOTÂNICO 292 948 140Rua de São Lourenço, nº 23 Flamengos, 9900-401 Horta

TEATRO FAIALENSE 292 391 121 [email protected] Barão de Roches, 9900 Horta Faial

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METEOROLOGIA

FICHA TÉCNICA

NOTÁRIO

LIC. MARIA DO CÉU PRIETO DA ROCHAPEIXOTO DECQ MOTA

CARTÓRIO NOTARIALRua da Conceição, nº 8 r/c – 9900-080 Horta

Tel 292292719 Fax 292292813

CERTIDÃO NARRATIVACertifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada a

dezoito de Junho de dois mil e dezoito, de folhas onze e sehuintes, doLivro de Notas para escrituras Diversas número Cento e Quarenta eSete - E, do Cartório Notarial, a cargo da Notária Licenciada Maria doCéu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, com Cartório na Rua daConceição, nº 8 r/c, cidade da Horta se encontra exarada uma escriturade JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL na qual, César Manuel GarciaPeres NIF 215 382 757, solteiro, maior, natural da freguesia da Matriz,residente na freguesia dos Cedros, ambas do concelho da Horta, na Ruade Cima, Janalves, n.º 14, declara:

Que é actualmente e com exclusão de outrém, dono e legítimo pos-suidor dos seguintes prédios, situados na freguesia dos Cedros, conce-lho da Horta:

Primeiro – Rústico, no Val Dutra, terra lavradia, com a área denove ares e oito centiares, a confrontar a com norte com Francisco daRosa Fialho, sul com José Pereira Jorge Escobar, leste com CustódioPereira Escobar e oeste com Francisco Pereira Jorge Escobar, inscritona matriz no artigo 1644, com o valor patrimonial tributário de 16,97 €,não descrito na Conservatória do Registo Predial da Horta.

Segundo - Rústico, no Val Dutra, terra lavradia, com a área de noveares e sessenta e oito centiares, a confinar a norte com Custódio Pereirade Escobar, sul com Manuel da Rosa da Silveira, leste com FranciscoSilveira da Rosa e oeste com José Correia da Silveira, inscrito na matrizno artigo 1600, com o valor patrimonial tributário de 17,85 €, descritona Conservatória do Registo Predial da Horta sob o número mil cento etreze/Cedros com registo de aquisição a favor de Manuel Rodrigues daRosa, solteiro, maior, com última residência conhecida na mencionadafreguesia dos Cedros, pela apresentação número dois de vinte e nove deDezembro de mil novecentos e oitenta e oito.

Que adquiriu estes prédios por compras feitas por volta do ano demil novecentos e noventa e seis a José Rodrigues Laranjo, solteiro,maior, que foi residente na indicada freguesia dos Cedros, não tendooutorgado a respectiva escritura de compra e venda.

Que desconhece o modo como se operou a transmissão entre o cita-do vendedor e o titular da inscrição de propriedade.

Que desde essa altura até hoje está na posse destes prédios, sem amenor oposição de ninguém; posse que sempre exerceu sem interrup-ção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática rei-terada dos actos habituais de um proprietário, tendo-os ocupado, feitoplantios, sementeiras e colheitas, procedido ao seu arranjo e limpeza,tendo retirado deles todas as utilidades normais, com ânimo de quemexercita direito próprio, sendo por isso uma posse pacífica, contínua epública.

Adquiriu assim os referidos prédios por usucapião e, dado o modode aquisição, não possui títulos, estando impossibilitado de comprovarestas aquisições pelos meios normais.

É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original.

Horta, dezoito de Junho de dois mil e dezoito.

A colaboradora da notária,(Sónia de Fátima Brasil Machado Bettencourt) 99/5

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SS US U PS U P ES U P E RS U P E R S U P E R PS U P E R P RS U P E R P R OS U P E R P R O MS U P E R P R O M OS U P E R P R O M OÇS U P E R P R O M OÇ ÕS U P E R P R O M OÇ Õ ES U P E R P R O M OÇ Õ E SS U P E R P R O M OÇ Õ E S PUB.

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No seguimento da aprova-ção da proposta de alteraçãodo regulamento das bolsas deestudo em vigor na CâmaraMunicipal da Horta (CMH),os vereadores do PSD reuni-ram, no passado dia 13 dejunho, com a Associação dePais e Encarregados deEducação da ESMA.

“Nós reunimos com aAssociação de Pais para reco-lher alguns contributos daparte deles sobre esta questãodo regulamento das bolsas”,afirmou Estevão Gomes aosjornalistas.

“A Associação de Paisconhece melhor que ninguéma dificuldade dos pais nestascandidaturas e entendemosque é importante ouvi-los”,explicou.

Esta iniciativa dos vereado-res do PSD é um trabalho con-junto com a Assembleia

Municipal com vista a melho-rar o regulamento em vigor.“Esta proposta foi aceite pelaCMH numa reunião e foi deci-dido criar uma comissão oureunir a CMH e a vereaçãotoda para melhorar, aprofun-dar e elaborar um documentoconsensual, um regulamentomais justo, mais adequado àsnecessidades dos alunos emais benéfico para todos”,esclareceu o vereador.

Estevão Gomes afirmouque “há questões a melhorar,nomeadamente a questão dajustiça na distribuição a todose a questão do acesso a maisdo que uma bolsa porqueneste momento é limitativo,ou seja, a CMH não admiteque as pessoas se candidatema mais bolsas”, acrescentadoque “esta situação deve estarprevista no regulamento atépara diminuir os encargos queo Município tem com algunsalunos, podendo distribuí-lospor mais alunos”.

Os vereadores entendemque “quanto mais alunos

forem abrangidos, mais alu-nos podem ir para o ensinosuperior e maiores oportuni-dades de emprego podem sercriadas” pelo que “o acesso amais do que uma bolsa podiaser uma mais-valia”.

Estevão Gomes avançouainda que os encarregados deeducação “concordam comalgumas das alterações e vãoaprofundar ainda mais a leitu-ra do regimento e da nossaproposta” a fim de as suaspropostas e ideias serem“refletidas no documentofinal”.

Segundo o social-democra-ta, neste momento, o valormáximo mensal da bolsa daCMH é de cerca de 180€.

Neste sentido, os vereado-res do PSD esperam que atra-vés deste “trabalho que seráfeito pela comissão daVereação da CMH consiga-mos um documento consen-sual e um acordo entre todasas forças políticas para conse-guirmos algo melhor para osalunos”. g

PSD/FAIAL

Vereadores querem alterar regulamento dasbolsas de estudoos vereadores do PSD daCâmara Municipal da hortareuniram com a associaçãode Pais da escolaSecundária Manuel dearriaga (eSMa) no âmbitoda sua proposta de alteração do regulamentodas bolsas de estudo.o objetivo do encontro foiouvir o parecer daassociação em relação aeste assunto e receber sugestões dos encarregados de educação.

Flávia [email protected]

‘À descoberta da Ribeirinha’ é onome do novo trilho que a junta defreguesia da Ribeirinha inaugurouna passada semana.

A cerimónia de inauguração con-tou com a presença da SecretáriaRegional da Energia, Ambiente eTurismo, Marta Guerreiro e doPresidente da Câmara Municipal daHorta, José Leonardo Silva.

Na ocasião, Paulo Castelo, presi-dente da Junta de Freguesia, expli-cou que desde 2014 os percursospedestres, passaram a fazer “parteda Freguesia e desta comunidadecom a grande rota “costa a costa”.

Foi também “nesse ano e nestelocal que teve início a primeiraprova do “Azores Trail Run”, eventoque depressa consolidou a sua con-dição de melhor evento de desportode natureza nos Açores, com umaabrangência internacional e trans-portou a Ribeirinha, a sua localiza-ção e o seu património natural paraos quatro cantos do globo”, lembrouPaulo Castelo

O autarca explicou que “este novocircuito “À Descoberta daRibeirinha”, com uma extensão totalde 8300 metros, apresenta “umaestrutura circular de paisagem quetem como principal função a recrea-

ção, o desporto e o turismo e tevesempre como metodologia a reaber-tura e o aproveitamento dos antigoscaminhos e canadas utilizados pelosnossos antepassados para se deslo-carem às suas explorações agrícolasde outros tempos”, salientou.

Segundo o presidente, o projetopretende também “funcionar comofator catalisador do desenvolvimen-to sustentável de uma ilha e de umaRegião, contribuindo desta formapara o aumento da oferta do cadavez mais procurado, turismo denatureza”.

A este respeito Paulo Castelo,defendeu que “as caraterísticas sin-gulares” dos trilhos da Ribeirinha,com “o nosso típico bem receber,aliados às paisagens ímpares,cimentaram e deram notoriedadenacional e internacional aos nossospercursos”, afirmou o autarca.

Por sua vez a Secretária Regionalda Energia, Ambiente e Turismoconsiderou que a abertura do trilho'À descoberta da Ribeirinha', repre-senta “uma aposta na consolidaçãoda Região enquanto destino aliado àNatureza”.

Marta Guerreiro, salientou queesta inauguração permitiu “a qualifi-cação do turismo” e contribui “parao desenvolvimento sustentável dos

Açores e deste setor”, por “potenciaro património ambiental desta fre-guesia, enquanto mais-valia em ter-mos de oferta turística”.

Segundo Marta Guerreiro commais este percurso “o Faial passa acontar com nove pequenas rotas euma grande rota, num total de 62quilómetros de caminhos tradicio-nais ou históricos em ambientenatural, representando um investi-mento na gestão dos fluxos turísti-cos nesta ilha que permite a melho-ria do seu nível de fruição”.

Para José Leonardo Silva, oTurismo de Natureza também assu-me grande importância e apresenta-se como “uma clara aposta da nossailha e deve ser potenciado”.

No entender do presidente doMunicípio “o turismo é uma área emcrescimento nos Açores e no Faial,pelo que se torna pertinente, criarcondições para que quem nos visitatenha atrativos à sua estadia”.

José Leonardo Silva vê nos trilhosum “turismo sustentável”, que pre-tende para a ilha do Faial no futuro.

Neste contexto José LeonardoSilva destacou ainda importância deapostar na formação e qualificaçãodos profissionais do setor. “Temosque saber receber e receber comqualidade”, sustentou. g

'À DESCOBERTA DA RIBEIRINHA’

Novo trilho reforça a aposta noTurismo de Natureza do Faiala junta de freguesia daribeirinha inaugurou mais umtrilho. Com uma extensão apro-ximada de 8300 metros, o trilho‘À descoberta da ribeirinha”,transporta-nos pelos principaismiradouros da freguesia, “Pedrasnegras”, “ribeiro Seco” e“Miradouro da ribeirinha”.

Susana [email protected]

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