tribuna cidade nova ed74

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Ano VII - Edição N. 74 - Belo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, de 2014 Editorial: Fim ao ‘Complexo de Vira-latas’ ......................................................................................Página 2 Opinião www.tribunabh.com.br O Parque Li- near nada mais é que o canteiro central da Avenida José Cândido da Silveira e divide vá- rios bairros da Regio- nal Nordeste de Belo Horizonte. Como o canteiro tem uma boa largura foi criado ali, em janeiro de 2006, o primeiro Parque Linear de BH. É um espaço com centenas de ár- vores, onde as milha- res de pessoas que ali caminham estabele- ceram, naturalmente, uma pista neste im- portante corredor verde, utilizado diária e intensamente. O problema é que este espaço de Lazer corre sério risco. A BHTrans resolveu suprimir mi- lhares de metros qua- drados da cobertura vegetal para implantar uma ciclovia. Morado- res não aceitam esta agressão contra sua área verde e protesta- ram junto à Secretaria de Meio Ambiente da PBH, que embargou a obra. Detalhes na pág. 3 BHTrans degrada Parque Linear JCS BHTrans degrada Parque Linear JCS Meio Ambiente: Pista de caminhada da José Cândido da Silveira corre risco com projeto da BHTrans de implantar, contra ba vontade de moradores, uma ciclovia dentro do Parque Linear Escola Renascença, um exemplo a seguir A Escola Municipal Renascença, primeira escola Infantil da Capital Mineira, é uma das referências na Rede Pública de Ensino de BH, além de um patrimônio para a comuni- dade local e a municipalidade, está hoje sob a coordenação e responsabilidade das dinâ- micas diretoras Eliane Bicalho, e de sua vice-diretora Gláucia Torres (foto). Veja mais na página 5 Mestres da Cultura Popular A Fundação Municipal de Cultura (FMC), em ini- ciativa inédita, irá sele- cionar e premiar até três cidadãos reconhecidos como mestres da cultura popular de Belo Horizonte com o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). A intenção é identificar tradições referentes à identi- dade belo-horizontina e pro- mover ações de valorização e perpetuação da cultura popu- lar. Para isso, os interessados devem se inscrever até o dia 25 de julho na Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC) que fica na rua Professor Es- tevão Pinto, 601, bairro Serra. Família Silveira comemora o XVIII Silveirando na C. Nova Os bairro Cidade Nova e Silveira, localizados na Re- gião Nordeste de Belo Hori- zonte, tiveram suas origens ligadas ao loteamento da Fazenda Retiro Sagrado Coração de Jesus de pro- priedade da Família Cân- dido da Silveira, que anual- mente se reúne para comemorar a união e frater- nidade entre seus mem- bros. Veja em Vale a Pena Conferir, na página 7 Cultura Popular: Bonecas de barro são tradições de mestres da cultura popular de Minas Gerais

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BHTrans degrada Parque Linear JCS

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Page 1: Tribuna Cidade Nova Ed74

Ano VII - Edição N. 74 - Belo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, de 2014

Editorial: Fim ao ‘Complexo de Vira-latas’ ......................................................................................Página 2

Opinião

www.tribunabh.com.br

OParque Li-near nadamais é queo canteirocentral da

Avenida José Cândidoda Silveira e divide vá-rios bairros da Regio-nal Nordeste de BeloHorizonte. Como ocanteiro tem uma boalargura foi criado ali,em janeiro de 2006, oprimeiro Parque Linearde BH. É um espaçocom centenas de ár-vores, onde as milha-res de pessoas que alicaminham estabele-ceram, naturalmente,uma pista neste im-portante corredorverde, utilizado diáriae intensamente. Oproblema é que esteespaço de Lazer corresério risco. A BHTransresolveu suprimir mi-lhares de metros qua-drados da coberturavegetal para implantaruma ciclovia. Morado-res não aceitam estaagressão contra suaárea verde e protesta-ram junto à Secretariade Meio Ambiente daPBH, que embargou aobra.Detalhes na pág. 3

BHTrans degradaParque Linear JCSBHTrans degradaParque Linear JCS

Meio Ambiente: Pista de caminhadada José Cândido da Silveira corre riscocom projeto da BHTrans de implantar,contra ba vontade de moradores, umaciclovia dentro do Parque Linear

Escola Renascença,um exemplo a seguir

A Escola Municipal Renascença, primeiraescola Infantil da Capital Mineira, é uma dasreferências na Rede Pública de Ensino deBH, além de um patrimônio para a comuni-dade local e a municipalidade, está hoje soba coordenação e responsabilidade das dinâ-micas diretoras Eliane Bicalho, e de suavice-diretora Gláucia Torres (foto).Veja mais na página 5

Mestres da Cultura PopularAFundação Municipal de

Cultura (FMC), em ini-ciativa inédita, irá sele-

cionar e premiar até trêscidadãos reconhecidos comomestres da cultura popular deBelo Horizonte com o valor deR$ 15.000,00 (quinze milreais). A intenção é identificartradições referentes à identi-dade belo-horizontina e pro-mover ações de valorização eperpetuação da cultura popu-lar. Para isso, os interessadosdevem se inscrever até o dia25 de julho na Diretoria dePatrimônio Cultural (DIPC)que fica na rua Professor Es-tevão Pinto, 601, bairro Serra.

Família Silveira comemora o XVIII Silveirando na C. NovaOs bairro Cidade Nova e

Silveira, localizados na Re-gião Nordeste de Belo Hori-zonte, tiveram suas origensligadas ao loteamento daFazenda Retiro SagradoCoração de Jesus de pro-

priedade da Família Cân-dido da Silveira, que anual-mente se reúne paracomemorar a união e frater-nidade entre seus mem-bros. Veja em Vale a PenaConferir, na página 7

Cultura Popular: Bonecas de barro são tradiçõesde mestres da cultura popular de Minas Gerais

Page 2: Tribuna Cidade Nova Ed74

POLÍTICA & OPINIÃO Belo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, 2014 - Edição N. 74

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Fim ao complexode vira-latas

TRIBUNA DA CIDADE NOVAEDIÇÃO N. 74

Editores:Luiz Lucas MartinsReg. Prof. MG 02485 JPEugênio OliveiraReg. Prof. MG 03478 JPFotografia: Santos FilhoColaboradores: Guilherme Nunes Avelar.Redação:Rua Irmãos Kennedy, 114/06

Cidade Nova - Belo Horizonte M. Gerais -31170-130Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447.E-mail Redação:[email protected]: www.tribunabh.comTwitter: @tribunabhEdição Digital: www.issuu.com/tribucity- O jornal Tribuna da Cidade Nova é uma pu-blicação da Logos Editora Ltda. – Registradono Cartório Jero Oliva, documentação arqui-vada naquela Serventia em 12/09/2007, no Re-

gistro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda.Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 - CNPJ25.712.977/0001-62. Inscrição Estadcual nº62.881.449.00-81.

Circulação:O jornal é distribuído de casa em casa, na Pa-róquia de Santa Luzia, na Feira dos Produtoresda Cidade Nova, bancas de revistas, padarias,lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Sil-veira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipi-ranga, União e adjacências.

Periodicidade:26, maio a 21, junho de 2014.

è è è

Este jornal foi editado seguindo a NovaOrtografia da Língua Portuguesa.

è è èOs artigos assinados não espelham,

necessariamente, a opinião do jornal, sendo deinteira responsabilidade de seus autores.

Não é sempre quese tem, para con-firmar uma deter-

minada linha decomentários, o próprioalvo de tais comentáriose, mais relevante ainda,que esse “alvo” sejauma das mais impor-tantes lideranças políti-cas do país.

Pois bem, este colu-nista teve essa sortem!

O ex-presidente Lu-la, em evento realizadono início do mês demaio de 2014, para opré-lançamento da can-didatura Dilma Rou-sseff à reeleição, foi pordemais claro em um de-sabafo público.

Disse ele: “Nós cria-mos um partido políticofoi para ser diferente detudo o que existiaquando nós criamosesse partido. Esse par-tido não nasceu parafazer tudo o que os ou-tros fazem. Esse partidonasceu para provar queé possível fazer políticade forma mais digna,fazer política com ‘P’maiúsculo. (...) Nós pre-cisamos, então, voltar arecuperar o orgulho quefoi a razão da existênciadesse partido em mo-mentos muito difíceis(...). (...) Hoje, pareceque o dinheiro resolvetudo. (...) É tudo umamáquina de fazer di-nheiro, que está fa-zendo o partido ser umpartido convencional”.

Tenho falado, desdeo início dessa coluna,que o grande mal quemarca o PT é exata-mente isso: ele se ofe-receu, no início de suatrajetória, de sua exitosahistória, como um ele-mento de diferença,mas tão logo chegou aopoder, se revelou exata-mente igual a tudo oque (pelo menos apa-rentemente, da bocapara fora) condenava.

Retrata melhor issodo que ele ter hoje, den-tre seus mais destaca-dos aliados, o mes-moJosé Sarney que, hámuito pouco tempo, elechamou de chefe dos“metralhas” acreditadosao Congresso.

Como perguntavaMachado de Assis:quem mudou? Todomundo ou só Lula e os

seus asseclas?O quanto o dinheiro

resolveu dessa equa-ção?

No mesmo discurso,Lula disse mais à frente:“nós temos que fazerum processo de recu-peração da imagem doPT, mas, sobretudo,precisamos fazer umacampanha para cons-truir uma nova utopia nacabeça de milhões emilhões de jovens brasi-leiros”.

Concordo plena-mente com ele; aliás,esse deveria ser o pro-pósito de todos os par-tidos.

Lamentavelmente,não confio na sinceri-dade dessa afirmativa,desse rogo que Lula di-rigiu a seus companhei-ros.

Afinal, ainda nomesmo discurso, Lulavoltou a ser o Lula desempre, soltando bra-vatas imbecis e vãs, asmesmas bravatas quemachucam a lógica dequalquer pessoa mini-mamente sã da cabeça.

Disse ele: “Pareceque é uma coisa pes-soal contra o José Dir-ceu, contra o JoséGenoino, contra o JoãoPaulo, contra o Delúbioou contra qualquercompanheiro”.

O que seria essa“coisa pessoal contra”?

Tais pessoas foramcondenadas por um Tri-bunal composto pordois terços de juízesnomeados por Lula epor Dilma, acatando de-núncia de um procura-dor também nomeadopor eles, só por eles!

E, lembremos, fo-ram condenados porassaltar os cofres públi-cos para garantir, no mí-nimo apoio político aogoverno dele próprio,Lula.

No mínimo paraisso, se não para outrosinteresses menos, diga-mos, “institucionais”!

Arquivo/Trib

Por Guilherme NunesAvelar – Advogado

Lula confirma essa coluna

Salvem a José CândidoConvido-os a visitar a cicloviada Lagoa da Pampulha.Quem sabe podem evitar oestrago na Av. José Cândidoda Silveira? É preciso fazer

um movimento pela saída dopresidente da BHTrans.O malque sua arrogância faz estáassumindo proporções de-sastrosas. Espero que consi-gam pelo menos salvar asimpática bananeira da Carol.Abraços e boa sorte.Ana – por e-mail

Sugestão de reportagemOs bairros Nova Floresta, Sil-veira e Cidade Nova estão vi-rando depósitos de carros

abandonados. Somente naRua Carlos Turner tem trêsveículos, na Rua Vicente dePaula tem um veículo, na RuaEngenheiro Correa outro veí-culo, na Rua Professor Pi-menta da Veiga mais umveículo abadonado. Essesveículos, além de contribuí-rem para o acumulo de sujei-ras e bichos, também setornam abrigos de margi-nais”.Renata – por e-mail

Em um texto antológico, escrito em 1958,o jornalista e dramaturgo Nélson Rodri-gues previu a vitória da seleção brasileirano Mundial da Fifa daquele ano, antesmesmo de a bola rolar em campo. Bus-

cando dar uma espanada no pessimismo que rei-nava no País, em relação à Seleção Canarinho,desde a derrota para o Uruguai em 1950, na finalda Copa do Mundodisputada no Mara-canã, Rio de Janeiro;bem como em relaçãoaos governantes daépoca. Para espantaras hienas de plantãocriou a expressão“Complexo de vira-lata”. Para Nélson, es-tava mais que na horade o brasileiro levar oBrasil a sério abando-nando o complexo deinferioridade que vice-java das classes maisaltas para a classepobre, com grande re-percussão na mídia,que lhes fazia eco.Suas palavras naquelacrônica foram visioná-rias. O Brasil ganhou aprimeira das cincoCopas do Mundo e setornou potência no fu-tebol mundial.

Agora, 56 anos de-pois, se vivo fosse e estivesse à frente do seucomputador para redigir mais uma crônica sobreo ‘escrete nacional’, como gostava de dizer, o jor-nalista certamente reescreveria que “o Brasil va-cila entre o pessimismo mais obtuso e aesperança mais frenética”. O que o jornalista eescritor teria que completar é que parte dessespessimistas vêm de fileiras partidárias que que-rem que tudo dê errado para derrotar o GovernoDilma Rousseff e torcem para que os ‘BlackBlocs’, em parceria com o PCC – Primeiro Co-mando da Capital, organização criminosa insta-lada em presídios Paulista – promovam o caos eenvergonhem o Governo.

Para esse pessoal, o Brasil jamais poderia terpensado em fazer uma Copa do Mundo de Fute-

bol. Dizem que não estamos preparados e quenada ficará de legado após a Copa. Ora, existemmuitas obras atrasadas, mas algo já mudou.Quem vai do centro da Capital mineira para oAeroporto Internacional Tancredo Neves, emConfins fica encantado com o novo acesso cons-truído pelo governo estadual. Até mesmo osBRTs, que deveriam estar prontos há seis meses

e que funcionam par-cialmente, já são con-quistas da populaçãobelo-horizontina. NoRio de Janeiro, a popu-lação ganhou um cor-redor de transportecom 39 km que passapor 27 bairros ligandoo Aeroporto do Galeãoà Barra. Brasília teveseu aeroporto am-pliado e modernizado.Outras cidades sedesreceberam obras demobilidade que trarãobenefícios para suaspopulações.

O pessimista diráque muito ainda faltapara terminar. E daí?Essas obras terão queser concluídas e elasficarão para os brasi-leiros.

Trazemos aqui opróprio Nélson paraexplicar o que é esse

tal complexo: “Por complexo de vira-latas en-tendo eu a inferioridade em que o brasileiro se co-loca, voluntariamente, em face do resto domundo. Isto em todos os setores”. A Copa estáaí e nos resta torcer, mesmo sem pôr muita fé naSeleção do Felipão. Temos que jogar nosso com-plexo de vira-latas na lata de lixo e, como o Nél-son, acreditar mais no brasileiro. O brasileirodeveria ser como o Nélson Rodrigues, “de umpatriotismo inatual e agressivo, digno de um gra-nadeiro bigodudo”. É claro que precisamos me-lhorar nossos planejamentos, mas também éverdade que muito se fez para que esta Copadesse errado. É hora de mudar isso! Vamos fazeruma Copa do Mundo boa dentro do campo e emtodo o País.

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REGIÃO NORDESTEBelo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, 2014 - Edição N. 74 3www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

Ciclovia vai reduzir áreaverde no Parque Linear

Oito anos depois,o Parque LinearJosé Cândidoda Silveira conti-nua sendo um

projeto no papel. Criadopela Lei Municipal nº 9.159,de 16 de janeiro de 2006, aárea verde de 51 mil metrosquadrados não recebe o de-vido cuidado da Fundaçãode Parques Municipais(FPM) da Prefeitura de BeloHorizonte. Talvez porque es-teja fora da Zona Sul da Ca-pital mineira. Faltam lixeirassuficientes para atender ascentenas de pessoas quepercorrem os 3,3 Km de suapista de caminhada; apesardos recursos já disponibili-zados, ainda é apenas umapromessa o projeto de ilu-minação pública, que possi-bilitaria aumentar a se-gurança do Parque à noite;a pista de Cooper precisade reparos; e as árvores, deações urgentes contra as in-festações de cupins e ou-tros parasitas, sem as quaisas supressões de dezenasde árvores, como ocorremperiodicamente, serão irre-versíveis.

Como este importanteespaço verde da região pa-rece abandonado, a Em-presa de Transportes eTrânsito de Belo Horizonte(BHTrans) resolveu, semconsultar a Secretaria Muni-cipal do Meio Ambiente, im-plantar uma ciclovia dentrodo Parque Linear. Chegoumesmo a retirar parte da co-

bertura vegetal e cortar raí-zes de dezenas de árvoresno local. A comunidade rea-giu. Através do “MovimentoCidadão”, acionou a Secre-taria do Meio Ambiente queembargou a obra e determi-nou uma reunião para a re-solução do problema.

REUNIÃO – No dia 20de maio, às 18h30, na Es-cola E. Modesta Cravo, daRua Dr. Júlio Otaviano Fer-reira, os representantes daAdministração RegionalNordeste, da FPM e daBHTrans se surpreenderamcom dezenas de cidadãosda comunidade que foramlá para exigir a total interrup-ção dessa ciclovia, até queo projeto definitivo do Par-que Linear José Cândidoseja apresentado pela Pre-feitura. Os moradores fazemquestão de afirmar que nãosão contra qualquer ciclo-via, “desde que não mexamcom a área verde do ParqueLinear, que já é limitada”. Al-guém, na reunião, fez umaconta rápida: “se a tal ciclo-via prevê pista de rolamentode 2,5 metros de largura,em toda a extensão do Par-que, cerca de 8.250 metrosquadrados serão suprimi-dos, o que é inadmissível”,reclamou o cidadão.

O pessoal do Movimentocobrou o compromisso as-sumido pelo então secretá-rio Municipal Adjunto deGestão Compartilhada, PierGiorgio Senesi Filho – hoje àfrente da Secretaria Munici-

pal de Serviços Urbanos.Segundo o Movimento Ci-dadão, no dia 21 de novem-bro de 2013, o secretárioPier Giorgio prometeu “quenenhuma obra no ParqueLinear José Cândido da Sil-veira seria iniciada sem a-presentação prévia do pro-jeto para aprovação da co-munidade, fato que aindanão ocorreu”. Um represen-tante da BHTrans chegou adizer que a ciclovia tinhaque sair de qualquer jeito,pois “existe o comprometi-

mento de uma verba rece-bida e a meta é completaros 200 km de ciclovias nacidade”. Esta informação éuma demonstração da faltade cuidado com as áreasverdes de Belo Horizonte,valendo lembrar, também,que a maioria das cicloviascriadas na região central, nobairro Funcionários e na Sa-vassi estão praticamenteabandonadas, servindo atépara estacionamento deveículos.

Uma nova reunião foi

agendada para o dia 5 dejunho, às 18h30, na EscolaModesta Cravo. Os mora-dores esperam mais res-peito e participação. Que-rem ser ouvidos previa-mente, para que todos osimpactos de intervençõesno Parque Linear José Cân-dido da Silveira sejam ava-liados. Dizem que “de nadaadianta a Regional Nordesteda PBH fazer obras a toquede caixa, quando, em futuropróximo, a população po-derá ser prejudicada”.

OBRA DA BHTRANS FOI EMBARGADA, MAS MORADORES TEMEM QUE CICLOVIA SEJA IMPLANTADA MESMO CONTRA A VONTADE DA COMUNIDADE

Parque Linear: Espaço na pista de caminhada daJosé Cândido da Silveira já é reduzido e pode piorarse ciclovia for implantada na área verde da região

Santos Filho

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EDUCAÇÃO4 Belo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, 2014 - Edição N. 74

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Na rotina da cri-ança, entre tro-ca de fraldas,

banho, papinha e soni-nho, chega a profes-sora de educação fí-sica com a estimulaçãopsicomotora.

É isso mesmo! NoBatista Baby do Colé-gio Batista Mineiro, osbebês e crianças têmaulas de educação fí-sica de forma lúdica,alegre e descontraída.A criança é estimuladaa despertar para tudoque a cerca, fazendocom que tome cons-ciência do seu esque-ma corporal. Os estí-mulos são feitos pormeio de mecanismosde exploração senso-rial, repetição, imita-ção, exploração doespaço e de materiaisdiversificados. “Destaforma, de maneiraconsciente e precoce,a estimulação psico-motora proporciona odesenvolvimento da in-dependência, da auto-nomia, e da maturida-de socioemocional, oque favorece uma me-lhor adaptação ao con-

texto escolar”, explicaa professora de educa-ção física, AndréaCruz.

Marina MendesSouza, mãe de PedroMendes Veríssimo, umano, percebe o quantoessa estimulação cor-poral praticada na edu-cação física é essencialpara o desenvolvi-mento do seu filho.“Pedro participa destaatividade desde os

cinco meses, e hoje,percebo nitidamente oavanço significativo noseu desenvolvimentoem relação às outrascrianças da mesmaidade”, conta.

As aulas são minis-tradas uma vez por se-mana com duração de50 minutos. Vários ob-jetos pedagógicos sãousados durante a aulacomo os blocos de en-caixe que são o início

da lógica operacional,material de espumaque estimula a subida edescida, o rolo que for-talece a coluna, a mus-culatura das costas, dotronco e ajuda na pos-tura corporal. Arrastar acriança no lençol pa-rece apenas uma brin-cadeira simples, masde acordo com a pro-fessora Andréa, nestemomento trabalha-se oequilíbrio, a percepçãode espaço além de sermuito divertido. Já comas crianças maiores, otrabalho é realizadocom espaguete, que éusado como um obstá-culo, trabalhando o

equilíbrio no andar e nopular.

Ana Luíza Otoni,mãe de Letícia Otoni,um ano e três meses,observa o quanto aeducação física ajuda àsua filha nas percep-ções cognitivas e na in-teração com objetos ecom quem está a seuredor. “Aqui elaaprende a compartilharos brinquedos, e levaisso para qualquer am-biente, seja em casa,na casa das pessoas,ela não se importa emdividir, inventa brinca-deiras, se diverte como que tem, e com isso,percebo o quanto ela

desenvolve o tato, asensibilidade e a facili-dade em montar e des-montar. Achofantástica esta aula,pois sei que trabalha aforça, o equilíbrio,enfim, trabalha toda aárea corporal e vejo ex-celentes resultados nodesenvolvimento daminha filha”, comenta.

A coordenadora deeducação infantil, Va-núsia Macedo Vieira,explica que no BatistaBaby a comunicaçãocom as crianças é ba-sicamente com ocorpo. Elas estão nomomento da desco-berta do “eu”, da cons-trução da identidade.Por ter consciênciadessa responsabili-dade, o Colégio Batistapossui uma equipe deprofissionais especiali-zados, para atender asdemandas das crian-ças e estimulá-las doponto de vista psico emotor.

• Berçário a partirde 4 meses - Mais in-formações: www.siste-mabatista.com.br.

Educação física para bebês e crianças

Estímulos: criança seexercita enquanto aprende

Exercício: exploraçãodo espaço leva à esti-mulação psicomotora

Fotos: Divulgação

Page 5: Tribuna Cidade Nova Ed74

EDUCAÇÃOBelo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, 2014 - Edição N. 74 5www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

Um verdadeiro exemplode cidadania, intera-ção com a comuni-dade e compromissocom a educação. É a

Escola Municipal Renascença,primeira escola Infantil da Capi-tal Mineira, localizada aqui nobairro Renascença, na RegiãoNordeste da capital mineira.

Como acontece há váriosanos aconteceu no Parque Or-lando de Carvalho Silveira a tra-dicional Festa da Família,reunindo seus educadores, alu-nos, pais, autoridades e amigosda escola.

Hoje, sob a coordenação eresponsabilidade das dinâmicasdiretoras Eliane Bicalho, e desua vice-diretora Gláucia Torres,bem como sua competenteequipe de trabalho, a EscolaMunicipal Renascença se orgu-lha em ser a primeira escola In-fantil da Capital Mineira,inaugurada em 21 de fevereirode 1957, com o nome de JardimMunicipal Renascença.

Atualmente, a Escola Renas-cença conta com cerca de 150crianças de três a cinco anos deidade, sendo atendidas deforma parcial. Seu trabalho foca-liza o desenvolvimento integral

das crianças, para que cons-truam sua autonomia, tenhamacesso aos conhecimentos so-cialmente construídos e intera-jam de forma positiva nos espa-ços onde estão inseridas,através de múltiplas linguagens.

A relação com as famíliastem sido um diferencial no pro-cesso educativo das crianças,especialmente na atual direçãoque, juntamente com as coorde-nadoras, professo- ras e demaisfuncionários, tem planejado eexecutado várias ações queaproximam e acolhem as famí-lias na escola, como Festas da

Família, reuniões periódicas, pa-lestras, mostras culturais e as-sembleias.

A E.M. Renascença pode serconsiderada uma das referên-cias na Rede Pública de Ensinode BH, além de um patrimôniopara a comunidade local e aMunicipalidade, pois faculta umensino de qualidade a centenasde crianças, destacando-setambém pelos seus reconheci-dos, talentosos, experientes ededicados gestores e professo-res, comprometidos de fato coma boa educação. Exemplo a serseguido.

Escola Renascençaexemplo de cidadania

Arquivoi Trib

Sinep-MG mostraatuação dinâmica

Doze dias após, o presidente Emiro Bar-bini, o diretor de Relações de Trabalho MárioLúcio e escolas técnicas particulares do Es-tado de Minas Gerais se reunirem com o sub-secretário de Administração do SistemaEducacional, do governo do Estado de MinasGerais, Leonardo Petrus, para fazer solicita-ções e propor melhoria da execução do Pro-grama de Educação Profissional (PEP), osproblemas começaram a ser resolvidos. Con-soante o prometido pelo subsecretário, o pa-gamento das parcelas em atraso às escolasparticipantes do PEP estão sendo realizados.

Ida do Sindicato ao Governo resolveatrasos de pagamento do PEP

União: equipe da E. M. Renascença -trabalho em equipe em prol da educação

Atraso: Diretoria do Sinep-MG em reunião na Se-cretaria da Educação contra atraso no PEP

Page 6: Tribuna Cidade Nova Ed74

SOCIEDADE6 Belo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, 2014 - Edição N. 74

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No Brasil existeuma crença po-pular em rezar

para Santo Antônio,santo português ecom uma boa fama decasamenteiro. Essasrezas se tornam maisenfáticas na vésperada comemoração dodia do santo e quetambém foi escolhidapara comemorar o diados namorados: 12 dejunho.

Em Minas temosuma história de umamoça que fizera a no-vena com a imagembenta de Santo Antô-nio e que mesmoassim não conseguiunamorado. Com muitaraiva jogou a imagempela janela. Na hora iapassando um belorapaz que pegou aimagem e foi atéaquela casa para de-volver. No momentoambos se olharam ese apaixonaram eacabou-se então asolteirice: milagre dos

bons!Para a sexóloga

Sônia Eustáquia Fon-seca, o dia 12 dejunho é mais um diagostoso para quemtem namorado. “É ba-cana fugir um poucoda rotina, escolher umlugar especial paracomemorar, lem-brando antecipada-mente da reserva,para não ter dor decabeça. Na hora deescolher presentes, omelhor conselho é terfoco na criatividade,para surpreender oamado ou a amada.Para a mulher há umpouco mais de preo-cupação com a esco-lha da roupa, sapatose novidades no cabelopara comemorar odia, e tudo é válido”,diz.

Ainda de acordocom a sexóloga, “omais importante,porém, é lembrar quemuito desse cuidado,carinho e envolvi-mento do dia dos na-morados, deveperdurar em todos osoutros dias do ano e

da vida amorosa. Eisso está valendo paraquem está come-çando, para os jovensque já estão casadose para os que já sãobem experientes nasidas e vindas doamor”, afirma.

12 de Junho: Dia dos Namorados!Por Sônia EustáquiaFonseca*

- Sônia Eustáquia éPsicóloga pós-graduadaem Sexualidade Hu-mana. Membro da So-ciedade Brasileira deEstudos em SexualidadeHumana e Professora deTeoria Psicanalítica daSexualidade.

Clarita-morgueFile

Coordenador de curso de Farmácia orienta acomo evitar o ressecamento

Com o inverno se aproximando, normalmenteocorre a queda de umidade relativa do ar e muitasdoenças podem surgir. Segundo o coordenador docurso de Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul,José Artur Emin, os hábitos de ingerir menos águanessa estação do ano e a consequente reduçãodas secreções naturais deixam a pele susceptível apatologias provenientes do ressecamento cutâneo.“A pele, o maior órgão do corpo humano, mereceatenção especial para que esteja sempre sedosa,nutrida e umectada”, explica Emin. Veja algumasdicas para que a pele não sofra com as baixas tem-peraturas:- Beba bastante água;- Diminua a temperatura do banho e evite que elessejam demorados; - Evite se ensaboar demais e utilizar buchas e pro-dutos com ação esfoliante;, pois eles contribuempara o ressecamento da pele;- Dê preferencia para sabonetes líquidos, por pos-suírem pH mais neutro e próximo da pele;- Utilize cremes com ação hidratante. Além de evitaro ressecamento, impede queimaduras causadaspela baixa temperatura;- Cuidado com o Sol. No inverno, os raios UVA eUVB podem causar ainda mais danos, uma vez quenão apresentam os efeitos perceptíveis, comoa vermelhidão;- Utilize óleos corporais, ele formam um filme sobrea pele preservando a umidade natural da pele;- Proteja os lábios com manteigas e protetor solar.

Como cuidar dapele no inverno

Page 7: Tribuna Cidade Nova Ed74

EM TEMPOBelo Horizonte, 26 de maio a 21 de junho, 2014 - Edição N. 74 7www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

VALE A PENA CONFERIR

Aniversário do Carli-nhos do JaraguáO aniversário do Carli-nhos, do Jaraguá,como sempre, foi co-memorado em grandeestilo no Clube. Muitoestimado e queridopor todos que o co-nhecem, Carlinhos é oproprietário dos me-lhores restaurantes doClube Jaraguá, palcosperfeitos para umagrande comemoraçãoe constatação de queele é um excelenteadministrador. Foipraticamente um diainteiro de comemora-ções. Ali estiverampresente seus queri-dos familiares e mui-tos amigos do Clube

Jaraguá e da cidadede Dores do Indaiá.Parabéns Carlinhos,saúde, alegria e su-cesso.Bar do Chikim: 30anos de tradiçãoUm dos mais tradicio-nais bares da capitalmineira, o Bar do

Chickim, na Rua Qui-xadá, Renascença,BH, comemorou emgrande estilo seus 30anos de existência.Com o bar lotado, boamúsica e tira-gosto deprimeira, estava lá oChikim, recebendocom a simpatia, com-petência e gentilezade sempre seus con-vidados. Marcarampresença o vereadorda nossa região, Leo-nardo Mattos e suaesposa Wadad, o sim-pático casal Isabela eChikim; Hélvio, Jucel-mário e sua esposaIlana, Helinho e muitagente boa e bonita.Com certeza, um dosmelhores bares deBH.

Família Carvalho daSilveira: patrimônioda Cidade NovaA tradicional e esti-mada família Silveiraesteve reunida paramais uma concorridae grande comemora-ção entre seus inúme-ros membros, o XVIIISilveirando. Ali com-pareceram emgrande número paracomemorar a união efraternidade entreseus membros. Nossoespecial abraço paratoda a querida famílianas pessoas dos ami-gos Cláudio, Luiz Car-los, Lúcio e Mônica.

Família Silveira, para-béns. Um exemplo aser seguido.

Valseni Braga: justahomenagemGrande evento foi rea-lizado no Hotel OuroMinas para a entregado “Troféu MG Cul-tura”. Na oportunidadeValseni Braga recebeua justa e merecidahonraria das mãos daJornalista Suely CalaisGuerra, pelos 96 anosdo Colégio Batista Mi-neiro. Valseni Braga éo Diretor-Geral do Sis-tema Batista Mineirode Educação, com re-conhecida atuação nocenário educacional eempresarial de MinasGerais.

Homenagem: Valseni Bragarecebe trófeu de Suely Calais

Aniversário: Carlinhose amigos do Jaraguá

Aniversário: Bar do Chikin

Divulgação

Fotos: Arquivo Trib

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