tribuna alpina - nº 2 - maio de 2014

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TRIBUNA ALPINA Edição nº 2 | Alpinópolis/MG - Maio de 2014 | Distribuição gratuita Vereadores pedem abertura de duas CPIs para investigar irregularidades no governo de Julio Batatinha Informação e Cidadania Rua Rio de Janeiro nº 2 Mundo Novo Telefone: 3523 1468 Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817 Estude com quem tem mostrado competência. Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817 Estude com quem tem mostrado competência. Há 30 anos era inau- gurada a Santa Casa de Misericórdia de Al- pinópolis ou Hospital Cônego Ubirajara Ca- bral, assim chamado em homenagem ao seu idealizador e principal fomentador. (Página 7) 30 ANOS DO HOSPITAL CHARGE Parlamentares entraram com pedido de instauração de duas CPIs, que no âmbito municipal tem o nome de CEI (Comissão Especial de Inquérito), para investigar pos- sível superfaturamento na compra de massa asfáltica e ilegalidade na contratação de serviços de caminhões e máquinas. (Página 3) Mais de 60 professores entraram na Justiça contra Prefeitura Mais de 60 professo- res das escolas públicas municipais procuraram a Justiça para terem garan- tidos seus direitos ao piso salarial estabelecido pela Lei Federal 11.738/2008. Os profissionais alegam estar sendo prejudicados desde janeiro de 2013, quando o prefeito teria passado a não cumprir a Lei do Piso. (Página 4) Semáforos instalados na Avenida Governador Valadares entram em funcionamento Entraram em funcionamento recentemente os dois conjun- tos de semáfo- ros colocados na Avenida Governador Valadares, prin- cipal corredor viário da cidade de Alpinópolis. (Página 4) Escola Estadual D. João VI busca manter bons resultados na OBMEP Instituição de ensi- no alpinopolense vem conseguindo, desde o ano de 2009, ótimos resultados nas Olim- píadas Brasileiras de Matemática nas Esco- las Públicas. Somando todas as conquistas, a escola já conta com um total de 16 medalhas. (Página 5)

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Informação e Cidadania.

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Page 1: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINAEdição nº 2 | Alpinópolis/MG - Maio de 2014 | Distribuição gratuita

Vereadores pedem abertura de duas CPIs para investigar irregularidades

no governo de Julio Batatinha

Informação e Cidadania

Rua Rio de Janeiro nº 2 Mundo Novo Telefone: 3523 1468

Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817

Estude com quem tem mostrado competência.

Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817

Estude com quem tem mostrado competência.

Há 30 anos era inau-gurada a Santa Casa de Misericórdia de Al-pinópolis ou Hospital Cônego Ubirajara Ca-bral, assim chamado em homenagem ao seu idealizador e principal fomentador. (Página 7)

30 aNosdo HosPITal

CHaRGE

Parlamentares entraram com pedido de instauração de duas CPIs, que no âmbito municipal tem o nome de CEI (Comissão Especial de Inquérito), para investigar pos-sível superfaturamento na compra de massa asfáltica e ilegalidade na contratação de serviços de caminhões e máquinas. (Página 3)

Mais de 60 professores entraram na Justiça contra Prefeitura

Mais de 60 professo-res das escolas públicas municipais procuraram a Justiça para terem garan-tidos seus direitos ao piso salarial estabelecido pela Lei Federal 11.738/2008. Os profissionais alegam estar sendo prejudicados desde janeiro de 2013, quando o prefeito teria passado a não cumprir a Lei do Piso. (Página 4)

semáforos instalados na avenida Governador Valadares

entram em funcionamento

Entraram em funcionamento recentemente

os dois conjun-tos de semáfo-ros colocados

na Avenida Governador

Valadares, prin-cipal corredor

viário da cidade de Alpinópolis.

(Página 4)

Escola Estadual d. João VI busca manter bons resultados na oBMEP Instituição de ensi-no alpinopolense vem conseguindo, desde o ano de 2009, ótimos resultados nas Olim-píadas Brasileiras de Matemática nas Esco-las Públicas. Somando todas as conquistas, a escola já conta com um total de 16 medalhas.

(Página 5)

Page 2: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Maio de 2014 | Página 2oPInIão

EXPEdIENTE

CuRTo E GRosso

EdIToRIal

oPINIÃo

Jornalista resPonsável: Bruno Vilelaredator: Claudio KraüssConselho editorial: João Batista Passos e Sanderson Flávio de OliveiradePartaMento CoMerCial: Juninho Capooni

Um dos mais be-los poemas de Fiico Alvim, o Bola, chama-se “Gratidão”. Não foi sem motivos que nosso célebre poeta intitulou assim sua obra, pois artistas deste quilate têm a sensibilidade mui-to mais aguçada que nós, reles mortais. Bola sabia que falava de um sentimento nobre que deve ser alimentado em todos os momentos da nossa existência, inclu-sive naqueles em que a dificuldade for a nota dominante. Temos que ser gratos pelos obs-táculos e aflições que aparecem em nosso ca-minho, porque tudo isso nos ensina a sermos mais comedidos e a bu-

rilarmos nosso caráter. O Tribuna Alpina é fruto de um projeto, iniciado há mais de dois anos, que encontrou muitos percalços e atravancos em seu caminho, mas todos foram superados com a sabedoria de um rio que jamais re-clama dos obstáculos que encontra, mas tão somente os contorna. O resultado de tanto em-penho foi um só: o jornal chegou e agradou. Gratidão. Isso é o que nossa equipe edi-torial sente pelo povo da Ventania em face da surpreendente recepti-vidade que este humilde periódico alcançou junto à sociedade. Os inúme-ros elogios, assim como

as críticas construtivas (e porque não citar as destrutivas) contribuí-ram para o refinamento de um trabalho que está apenas em seu início e almeja ser melhor a cada edição lançada. Aos comerciantes, dirigentes de entidades, empresários e profissio-nais liberais que acredi-taram na força de comu-nicação do Tribuna Alpi-na e nele depositaram sua confiança através dos investimentos em anúncios publicitários, deixamos nossa profun-da gratidão. Sem esse apoio seria impossível manter o projeto em funcionamento. Aos colaboradores, diante da nobreza que

exala cada um de seus nomes e que projetam brilho pelas páginas do jornal, apenas temos que notificar nosso mui-to obrigado. Iniciamos o presente editorial fazendo men-ção a um ilustre artista de nossa terra e o ter-minaremos citando um poema seu. Este verso vai por nós dirigido, com protestos de sinceros agradecimentos pelo caloroso acolhimen-to ao nosso jornal, ao prazenteiro povo da Ventania:

“Aceite minha gratidãoEm forma de uma oração

Na estrofe dessa poesia”

alta dos preços e das frustrações do produtor de café

Preços internacio-nais e nacionais em alta, a maioria dos pe-quenos produtores da região sem ter café em estoque para vender e aproveitar os preços atuais, colhendo uma safra comprometida na quantidade (mais ba-laios para fazer uma saca limpa) e na qua-lidade (grãos chochos, sem granar), custos de produção em alta, contas para pagar e uma inflação inercial que é dissimulada pelo governo federal. Essa é a atual con-juntura da cafeicultura mineira, na qual o pro-dutor, mais uma vez, se vê abandonado. E mais uma vez che-gou o período da colhei-ta. Um momento que deveria ser de alegria, a hora de colhermos os frutos que plantamos. E o que acontece? O lucro esperado vai para a mão dos turmei-ros, dos apanhadores e dos atravessadores a exemplo das coope-

rativas, que possuem esse título apenas para receber benesses do governo federal, mas que se transformaram em concorrentes dos produtores uma vez que pagam preço de commodity (café bica corrida) pela saca pro-duzida, mas realizam lucros enormes produ-zindo e vendendo toda sorte de produtos com o nosso café, cujas recei-tas e lucros não chegam no bolso do produtor, pelo contrário, o que se vê é a quebradeira do setor e o contra senso da prosperidade das cooperativas de café no mesmo período. Não vemos e não temos uma política para o café porque isso não interessa a ninguém dessa cadeia produtiva (muito bem empregado o termo, cadeia, por-que nos aprisiona). Os importadores, as co-operativas e todos os componentes da dita cadeia produtiva pare-cem querer mais é que

continuemos desorga-nizados e sem força, para assim poderem lucrar com a venda de insumos e depois com-prar nossa produção a preços humilhantes. Mas nunca é tarde para reagir. A solução, na minha ótica de produtor de café de montanha, é confiar no nosso poder de mobilização e nos associarmos, criando associações que te-nham a confiança dos pequenos produtores de café da nossa re-gião, para assim, com maior poder de bar-ganha, negociar de forma fortalecida com os fornecedores de insumos (cooperativas inclusive) numa ponta e com os compradores do nosso café na outra ponta (cooperativas incluídas). Olha a cadeia aí! Somente ass im, através de um movi-mento dos produtores, teremos sucesso no sentido de pressionar,

de forma organizada e consciente os mem-bros da cadeia, e prin-cipalmente as nossas cooperativas, para que deixem de ser fonte de prestígio pessoal e de poder para um peque-no grupo de dirigentes, transformando-se na-quilo que deveriam ter sido desde sempre: um valioso instrumento de defesa dos direitos e dos lucros financeiros dos produtores. Temos as condições, podemos e devemos nos associar e eliminar os intermediários, bus-cando o contato direto com os fornecedores de insumos e compra-dores/importadores dos nossos produtos, es-tabelecendo relações duradouras e lucrativas para as partes envolvi-das. A união faz a força!

As opiniões expressas nesta seção não correspondem necessariamente às opiniões do Tribuna Alpina.

DEnGUE nA VEnTAnIA Com a epidemia de Dengue assustando a vi-zinha cidade de Passos o medo do alpinopolense de que a doença se alastre por aqui é muito grande. A população já mostra estar preocupada.

17 CASoS ConFIRMADoS Segundo dados ofi-ciais, dos 38 casos da doença atualmente notifi-cados em Alpinópolis, 17 são reagentes (confirma-dos), 19 não reagentes (negativos), 1 indetermi-nado e 1 notificado, porém sem realização da coleta sorológica.

A PREFEITURA Eliana Guilhermina da Cruz, enfermeira responsá-vel pela notificação da Epi-demiologia da Prefeitura de Alpinópolis, forneceu uma série de informações sobre o problema em Alpinópolis.

PRIMEIRo CASo Segundo ela o primeiro caso foi notificado no dia 17 de março e o resultado divulgado no dia 28 do mesmo mês.

PRoCEDIMEnToS Disse que os cidadãos apresentando sintomas que procuram as unida-des de saúde do municí-pio são encaminhados ao Serviço de Epidemiologia para que sejam devida-mente notificados e tem material (soro) coletado para envio e posterior análise na Fundação Eze-quiel Dias (FUNED).

TRATAMEnTo Os casos confirmados já iniciaram o tratamento assim que os pacientes foram atendido na unida-de de saúde. Todos rece-bem orientações quanto à Ingestão de líquidos em grande quantidade, uso de analgésico e anti-térmico e a não utilização de nenhum medicamento a base de ácido acetil sa-licílico - AAS.

InTERnAÇão Geralmente não há necessidade de interna-ção. Somente quando há complicações como hemorragias, prostração, vômitos, etc. A doença regride após sete dias do início dos sintomas.

RISCo DE EPIDEMIAEM ALPInÓPoLIS Eliana esclareceu que pelo fato de já estarmos no Outono a tendência na incidência dos casos de Dengue é diminuir, pois o período crítico é o Verão. Porém o risco de epide-

mia existe e essa hipótese não pode ser descartada.

ESTAMoS PREPARADoS? Alpinópolis, de acordo com a opinião da enfer-meira, não está prepara-da para uma epidemia, assim como nenhuma outra cidade está. Afirma que existe um esforço re-alizado para que isso não ocorra, mas caso venha a acontecer deve haver um trabalho de equipe e inte-gração entre as unidades de saúde e os profissio-nais.

PREVEnÇão O trabalho feito pelos Agentes de Combate às Endemias é realizado ininterruptamente durante o ano todo para evitar que epidemias aconteçam, através de ciclos de vi-sitas nas residências de toda a cidade. Outro tipo de ação é o mutirão de limpeza, feito em conjunto com equipe da limpeza pública, e a educação e conscientização realiza-das nas escolas.

AJUDA Em caso de suspeita de Dengue o cidadão deve procurar qualquer unidade de saúde onde possa ser atendido por um médico e/ou enfermeiro. Os casos mais graves serão enca-minhados ao Pronto Aten-dimento para avaliação e conduta adequada.

MÉDICoS CUBAnoS Desde o início do mês de maio os médicos Alexis Santos Silva e Yamitdet Baptista Senra podem ser vistos perambulando pelas unidades de aten-dimento de PSF de Alpi-nópolis. Os profissionais vindos da Ilha de Fidel são parte da equipe do pro-grama “Mais Médicos” do Governo Federal e vieram aportar na Ventania depois de breve passagem pelo estado do Espírito Santo.

CIEnFUEGoS O casal de médicos é natural da cidade costeira de Cienfuegos distan-te 237 km da capital La Habana, mesma terra do lendário músico cubano Benny Moré.

InÍCIo Do TRABALHo Os clínicos ainda não puderam iniciar os aten-dimentos médicos em virtude de uma homolo-gação em seus contratos que ainda não foi efeti-vada, porém já visitam as unidades de saúde do município visando um en-trosamento com o público que logo estará aos seus cuidados.

BoCa No TRoMBoNEMato alto na Grota

Morador reclama que mato na grota que corta o bairro Jardim do Tre-vo, nas proximidades da Rua Isaias de Faria, está em situação inacei-tável e que a prefeitura, apesar da ins is tente divulgação sobre tra-balhos de limpeza rea-lizado em espaços com vegetação alta, parece fazer vista grossa em relação ao problema. “F ico impress ionado com o descaso e com o pouco cuidado que a administração tem com esses espaços dentro da zona urbana do mu-nicípio. Acompanho a divulgação das reuniões da Câmara de Verea-dores e vejo que sem-pre os defensores do prefeito se gabam que um trabalho de limpeza de terrenos e espaços tomados por vegetação está sendo realizado, mas na prática não é bem assim. O mato nes-se local está parecendo uma reserva ambiental,

de tão alto e tanto bicho que tem. O pior é ver que a própria prefeitura não dá o exemplo, pois é de responsabilidade do poder público manter a limpeza nesses luga-res e vemos um desca-

so assim. Em tempos de uma ameaça real de epidemia de Dengue do município a prefeitura se mostra omissa e não cumpre com suas res-ponsabilidades”, acusa o cidadão.

a PreFeitUra O Tribuna Alpina en-trou em contato com a administração para posicionamento sobre o caso, mas até o fecha-mento dessa edição não havia recebido resposta.

Denuncias para a seção “Boca no trombone” e textos para o “espaço do leitor” poderão ser encaminhados através do e-mail: [email protected]

EsPaÇo do lEIToR Feriado da Semana San-ta é propício a uma visita à Ventania. Aliás, todos os feriados, finais de semana, dias de folga, são um cha-mativo a viajar para essa terra abençoada. Lugar que me orgulho de ter nascido e onde encontro muita felicida-de. Na Sexta-Feira Santa deste ano tive oportunida-de de ler a primeira edição impressa do jornal Tribuna Alpina. Fato esse que muito me alegrou pois havia nele uma ampla cobertura dos mais diversos assuntos que interessavam nossa cidade.Espero que as matérias aqui veiculadas, sejam propulso-ras do progresso de nossa sociedade e vitrines da rica cultura “ventaniense”. Não esquecendo, entretanto, do

poder de engajamento social que o jornal tem, ao noticiar o problemas que porventura atinjam o povo de Alpinópo-lis. Quero, portanto, para-benizar o corpo editorial. Desejo que esse veículo de informação se firme nas bases sólidas do bom jor-nalismo, levando notícias à nossa comunidade com imparcialidade e respeito, mas sempre estimulando uma visão crítica sobre os acontecimentos. Esse periódico, sem dú-vida, é um presente para o melhor lugar do mundo – a Ventania!

laUro daMasCeno de Carvalho Faria - Estudante de Medicina da [email protected]

ClaUdio BorGesCafeicultor e gerente de qua-lidade na Tech Engenharia Ltda. E-mail:[email protected]

Page 3: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG |Maio de 2014 | Página 3PoLÍTICA

Vereadores pedem abertura de duas CPIs para investigar irregularidades no governo de Julio Batatinha

A reunião da Câmara Municipal realizada neste dia 19 de maio foi marcada pela entrada de requerimen-tos para instalação de dois processos investigativos objetivando apurar suspeitas de irregularidades no go-verno de Julio Cesar Bueno da Silva, o Julio Batatinha (PTB). Os procedimentos requeridos, cuja denomi-nação formal é Comissão Especial de Inquérito (CEI), visam averiguar um suposto superfaturamento na compra de Concreto Betuminoso Usinado Quente (CBUQ), popularmente conhecido como massa asfáltica, e tam-bém possíveis ilegalidades na contratação de empresas fornecedoras de serviços de locação de caminhões e máquinas. Os vereadores Luiz An-tonio Paiva Oliveira (PRB), Jaqueline Cândida Rocha (DEM) e José Acácio Vilela (PSDB) protocolaram na se-cretaria da Câmara, às 16h:-23min desta segunda-feira 19 de maio, os requerimen-tos de implantação das CEIs, documentos elaborados, se-gundo os requerentes, com base em fatos levantados através de evidências ma-teriais e dados colhidos na documentação disponibiliza-da pela prefeitura no Portal da Transparência Municipal. São duas as comissões a serem constituídas e pos-sivelmente serão batizadas como “CEI das Horas de Máquina” e “CEI da Massa Asfáltica”. Segundo a vereadora Jaqueline Cândida Rocha, a Jaqueline da Rádio, as evidências de irregulari-dades foram detectadas ainda no ano passado e, por várias vezes, houve a tentativa de convocação dos diretores dos depar-tamentos, nos quais havia suspeição de ocorrência das fraudes, para prestar esclarecimentos sobre os assuntos, mas os requeri-mentos sempre eram repro-vados pelo plenário que é composto por uma maioria parlamentar que apóia o

prefeito Julio Batatinha. “Já fizemos requerimentos para convocação dos diretores de dois departamentos nos quais podem estar ocorren-do esses problemas, sendo o Departamento Municipal de Obras Públicas e o De-partamento Municipal de Transportes e Estradas Vi-cinais, mas infelizmente fo-ram reprovados pela maio-ria dos vereadores que, como todos sabem, formam uma base de sustentação do prefeito na Câmara. No ano passado, quando tivemos um requerimento de convocação aprovado, o diretor do Departamento de Obras, cargo na época ocupado pelo vice-prefeito Cléber José Pereira, até compareceu para ser sa-batinado, mas infelizmente apresentou dados insatisfa-tórios em relação a nossas indagações sobre os gastos absurdos da pasta. Não trouxe consigo sequer um objeto de planejamento que indicasse a correta aplica-ção do dinheiro público, ou seja, uma planilha de custo/benefício que comprovasse onde aquele mundo de di-nheiro havia sido investido. Por esse motivo, voltamos a apresentar o requerimen-to que, como já disse, foi reprovado pelos vereado-

res da situação. Assim não restou outra escolha, a mim e aos colegas que também desejam esclarecimentos, a não ser apresentar re-querimentos para instalar as Comissões Especiais de Inquérito pra que possamos investigar todas as suspei-tas existentes, que não são poucas”, explicou.

o QUe É UMa CoMissÃo esPeCial

de inQUÉrito? A Comissão Especial de Inquérito é uma delegação nomeada pela Câmara de Vereadores, composta por membros desta, que age em seu nome para realizar um inquérito ou investiga-ção sobre determinado ob-jeto. Esse objeto pode ser um fato isolado ou um con-junto deles, sendo alusivos a acontecimentos políticos, a abusos ou a ilegalidades. A CEI, que é correspon-dente a uma CPI no âmbito municipal, tem sua instala-ção prevista na legislação federal (parágrafo 3º do artigo 58 da CF) e municipal (artigos 50 e 51 da LOM e artigos 67 e 68 do Regi-mento Interno da Câmara Municipal de Alpinópolis). Para seu estabelecimento é necessário que 1/3 dos vereadores apresentem

requerimento e, depois de instalada, deve ser com-posta por três membros, sendo um de cada banca-da com representação na Câmara, os quais elegerão um presidente e um relator. A CEI funcionará por prazo determinado, prorrogável a juízo do plenário, desde que dentro da mesma le-gislatura, à qual funcionará na sua sede, com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que se promova a respon-sabilidade civil ou criminal dos infratores.

as sUsPeitas De acordo com Luiz Pai-va são vários os fatores que indicam irregularidades e levaram ao pedido de insta-lação tanto de uma “CEI das Horas de Máquina” quan-to de uma “CEI da Massa Asfáltica”. Em relação à primeira, ele explica que as dúvidas surgiram em virtude de uma grande quantida-de de dinheiro consumida em determinadas ações executadas em 2013 por algumas pastas que devem ser investigadas. Além dos gastos desmedidos, também foram verificados indícios de

possíveis irregularidades na contratação de empresas para prestação de serviço de locação de caminhões e má-quinas pela Prefeitura Muni-cipal. Outro fator que causou estranheza ao vereador foi o fato dos pagamentos dessa natureza de despesas não terem diminuído mesmo após a chegada das novas máquinas e caminhões para compor a frota da Prefeitura de Alpinópolis. Quanto à aquisição de massa asfál-tica, o parlamentar declara que as suspeitas eclodiram no ano passado, quando a administração passou a cobrir com massa asfáltica até buracos existentes nas ruas pavimentadas com bloquetes. A partir daí a documentação referente a essas despesas passou a ser analisada e muitas evi-dências sobre um provável superfaturamento desse pro-duto começaram a aparecer. “Verificando a quantidade de CBUQ (massa asfál-tica) adquirido e também outros detalhes do contrato firmado entre a empresa fornecedora e a Prefeitura de Alpinópolis, concluímos que pode estar havendo um superfaturamento deste pro-duto, pois o documento diz, em sua cláusula quarta, que o valor pago por tonelada de CBUQ é de R$ 402,00. Pesquisando os números do banco de preços declarados no próprio contrato (SETOP no Governo Estadual e SI-NAPI no Governo Federal) calculamos, com o auxílio de um profissional da área, que o preço referencial da tonelada sairia por cerca de R$ 240,00. Isso aponta para uma diferença gritante de, em média, R$ 162,00 a cada tonelada, o que confi-guraria o superfaturamento suspeitado. Isso sem falar na quantidade absurda de massa asfáltica gasta até agora, algo em torno de 650 toneladas. Existem também outras desconfianças re-lativas ao caso que serão apuradas durante as inves-tigações que se iniciarão a partir da instalação das

CEIs, que devem ocorrer na próxima reunião. Tem muita coisa estranha nessa história que precisa ser explicada”, argumenta Luiz Paiva. José Acácio, líder do bloco de oposição, decla-rou que essas suspeitas precisam ser analisadas com prudência e, caso haja confirmação de fraudes, as medidas apropriadas preci-sam ser logo tomadas. “Em hipótese alguma podemos permitir que o erário público seja lesado, pois estamos tratando com o dinheiro do povo. Apenas assinei os requerimentos para abertu-ra das CEIs depois que me inteirei dos fatos e tomei ci-ência de alguns documentos que mostram que realmente há indícios de irregularidade. Se existem suspeitas elas devem ser investigadas e, caso sejam confirmadas, as providências cabíveis preci-sam ser tomadas”, disse o parlamentar.

a instaUraÇÃo Apesar da Resolução nº 001 de 4 de janeiro de 2012 (Regimento Interno) prever em seu art. 68 §2º que “A constituição dos membros dos membros da Comissão Especial de Inquérito será feita na mesma reunião em que for recebido o reque-rimento, mediante sorteio entre os membros da Câ-mara, observando, sempre que possível, a composição partidária proporcional”, sur-giram algumas hesitações relativas à composição dos blocos parlamentares da Câmara Municipal, fator de-cisivo na constituição dessa natureza de comissão. Em função disso foi solicitado um parecer à assessoria jurídica da Casa para que a Portaria, mencionada no caput do art. 68, possa ser elaborada determinando a definitiva instauração do processo e a indicação dos parlamentares que compo-rão a comissão, o que deve acontecer na próxima reu-nião ordinária, prevista para ocorrer na segunda-feira, dia 26 de maio.

Vereadores Luiz Paiva, Jaqueline da Rádio e Zé Acácio assinaram os requerimentos apresentados para a abertura das Comissões Especiais de Inquérito

legislativo em foco Para que o leitor possa ambientar-se aos trabalhos do Poder Legislativo julgamos ne-cessário, antes de passar a pu-blicar o resumo das reuniões, que seja conhecida a estrutura e o funcionamento de uma reunião ordinária da Câmara Municipal. Esta estrutura geral é bem definida no Regimento Interno da Casa e, nesta edi-ção, resumiremos o conteúdo contido entre os artigos 123 e 138 da Resolução nº 001 de 4 de janeiro de 2012:

art. 123. As reuniões ordinárias compõem-se das seguintes partes: I - Pequeno Expediente; II – Grande Expediente; III - Tribuna Livre; IV – Momento do Presidente; V – Ordem do Dia; VI – Explicações pessoais.

PeQUeno exPediente art. 124. A reunião será iniciada com a chamada no-minal e verificação do quorum pelo Secretário, que anunciará ao Presidente o número de Vereadores presentes. §1º Feito à chamada e verificado o quorum de 1/3 (um terço) para instalação da reunião o Presidente declarará aberta à mesma proferindo as seguintes palavras: “por haver quorum regimental e sob a proteção de Deus damos por aberta a presente reunião, iniciando nossos trabalhos”. §2º Não havendo quorum regimental para início dos tra-balhos ou não havendo reunião por deliberação do Plenário, o Presidente declarará a im-possibilidade da realização da mesma, designando a ordem do Dia e o Expediente para a reunião seguinte. §3º Não havendo número legal para a reunião, o Pre-sidente efetivo ou eventual fará lavrar, após 15 (quinze) minutos, Ata sintética pelo Secretário efetivo ou ad hoc, com registro dos nomes dos Vereadores presentes, decla-

rando, em seguida, prejudicada a reunião. art. 125. Declarada aberta à reunião, terá início o Pequeno expediente, compreendendo: I – leitura da Ata anterior pelo Secretário; II - discussão e votação da Ata; III – leitura pelo Secretário da matéria do expediente, obe-decendo à seguinte ordem: a) expedientes oriundos do Prefeito; b) expedientes oriundos de diversos; c) expedientes apresentados pelos Vereadores. IV – na leitura das matérias pelo Secretário, obedecer-se-á a seguinte ordem: a) proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal; b) projeto de lei complemen-tar; c) projetos de lei ordinária; d) projetos de decreto legis-lativo; e) projetos de resolução; f) requerimentos; g) indicações; h) pareceres de Comissões; i ) recursos; j) outras matérias. V - o Expediente será lido pelo Secretário, na íntegra ou em resumo, a juízo do Presi-dente, ressalvado a qualquer Vereador o direito de requerer a leitura integral; VI - o Presidente determi-nará o despacho sobre cada documento ao Secretário, que colocará sobre cada despacho sua rubrica e a data; VII - ao Presidente cabe a determinação do Expediente para cada reunião, podendo despachá-la à reunião seguinte, retirá-lo da reunião, com exce-ção das matérias com prazo de votação, das matérias já desti-nadas à Ordem do Dia ou das matérias requeridas por 2/3 (dois terços) dos Vereadores para que sejam incluídas na reunião; VIII - o Vereador poderá pedir vista de documento do Ex-pediente para inteirar-se melhor do seu conteúdo durante a reu-

nião ou solicitar ao Presidente fotocópia do seu teor.

Grande exPediente art. 126. O Grande Expe-diente compreende: I – pronunciamentos sobre temas relevantes; II – pronunciamentos de interesse geral; III – oradores inscritos; art. 127. As inscrições para falar no Grande Expediente serão requeridas até 2 (duas) horas antes da reunião, pelo próprio Vereador ou pelo Líder de sua Bancada ou Bloco parla-mentar. art. 128. Quando as lide-ranças não se inscreverem, o Presidente, se entender neces-sário, consultá-las-á se desejam manifestar-se, obedecendo a seguinte ordem: I - Liderança do Partido mi-noritário; II - Liderança do Partido majoritário; III - Liderança do Governo. Art. 129. O tempo total dos Vereadores e dos Líderes, para uso da palavra no Grande Ex-pediente não pode ultrapassar 30 (trinta) minutos, sendo este tempo dividido pelo número de oradores inscritos.

MoMento da PresidênCia art. 130. Terminado o tempo dos oradores inicia-se o momen-to da Presidência, com tempo de 15 (quinze) minutos para comunicações, homenagens, instruções e esclarecimentos constitucionais, legais e regi-mentais. Parágrafo único. Não fazen-do o Presidente uso do seu tem-po ou fazendo-o parcialmente, soma-se o tempo total ou parcial à Ordem do Dia.

ordeM do dia art. 131. Findo o Grande Expediente e o Momento da Pre-sidência, por decurso de prazo, ou, ainda, por falta de oradores de que tratam as Seções ante-riores, dar-se-ão as discussões e votações da matéria destinada

à Ordem do Dia. art. 132. Verificada a pre-sença da maioria absoluta dos vereadores, serão iniciadas as discussões e votações, obede-cida a seguinte ordem: I - matérias em regime espe-cial; II - matéria em regime de urgência; III - matérias em regime de prioridade; IV - veto; V - matérias em redação final; VI - matérias em única dis-cussão; VII - matérias em segunda discussão; VIII - matérias em primeira discussão; IX - recursos; X - requerimentos e outras proposições. §1º Obedecida à classifi-cação do parágrafo anterior, as matérias figurarão, ainda, segundo a ordem cronológica de antiguidade. §2º Os projetos de Código, as Emendas à Lei Orgânica, ao Regimento Interno, os projetos de conteúdo orçamentário e as deliberações sobre as contas do Município serão incluídos, com respectiva exclusividade, na Ordem do Dia. §3º Constarão da Ordem do Dia as matérias não apreciadas da pauta da reunião ordinária anterior, com precedência sobre outros dos grupos a que perten-çam. §4º Antes da discussão da matéria, o Secretário fará a lei-tura da mesma, podendo esta ser dispensada a requerimento de qualquer Vereador, aprovado pelo Plenário. §5º Durante o tempo des-tinado às votações, nenhum Vereador poderá deixar o recinto das reuniões. §6º O ato de votar não será interrompido, salvo se terminar o tempo regimental da reunião. art. 133. Nenhuma propo-sição poderá ser colocada em discussão e votação sem que te-nha sido incluída e despachada à Ordem do Dia, regularmente anunciada no Expediente da mesma reunião, salvo se a requerimento assinado por 2/3

(dois terços) dos membros da Câmara. art. 134. Nenhum projeto poderá ficar com a Mesa Dire-tora, por mais de um mês sem figurar em Ordem do Dia, salvo para diligência aprovada pelo Plenário.

exPliCaÇÃo Pessoal art. 135. Explicação Pessoal é o tempo de 15 (quinze) minutos finais da reunião ordinária, dividi-dos pelo número dos Vereadores previamente inscritos, destinado à manifestação dos Vereadores sobre atitudes pessoais, assu-midas durante a reunião ou no exercício do mandato, ou ainda, no exercício da Liderança. §1º A inscrição para o uso da palavra em Explicação Pes-soal será solicitada durante a reunião e anotada, cronologi-camente, pelo Secretario, que a encaminhará ao Presidente, salvo as lideranças quando es-tas manifestarem o pensamen-to da Bancada ou do Governo. §2º Não pode o orador des-viar-se da finalidade da explica-ção pessoal, nem ser aparteado e em caso de infração, será o infrator advertido pelo Presiden-te e terá a palavra cassada.

triBUna livre do CidadÃo

art. 136. O cidadão, re-presentante de partido po-lít ico, entidade sindical ou comunitária ou representante de associação devidamente constituída, poderá usar da palavra na Tribuna Livre, desde que se inscreva mediante pro-tocolo na Secretaria da Câmara Municipal impreterivelmente até às 16:00 horas do dia útil que anteceder a reunião, para tratar de qualquer assunto de interesse público. §1°. As inscrições deverão ser apresentadas por escrito, contendo um resumo do pro-nunciamento, para prévio co-nhecimento da Presidência da Câmara Municipal. §2°. O prazo máximo para utilização da Tribuna Livre do Cidadão será de 20 (vinte) mi-nutos. §3°. Somente será permitida uma única utilização da Tribuna

Livre do Cidadão por reunião. §4°. Não será permitido pro-nunciamento na Tribuna Livre do Cidadão com agressões ou de cunho pessoal. §5°. Antes do início da palavra do orador na Tribuna Livre, este será orientado pelo Presidente da Câmara, que se o mesmo conceder aparte a qualquer Vereador, o tempo usado por este será computado no prazo do §2°. §6º. Após a palavra do ora-dor na Tribuna Livre, a este será comunicado pelo Presidente da Câmara, que os Vereadores que quiserem se manifestarão sobre o assunto nos termos do inciso III do art. 126 e da exi-gência do art. 127, na próxima reunião. art. 137. A reunião, em hipótese alguma, poderá ser prorrogada com a finalidade de uso da palavra em Explicação pessoal ou manifestação sobre o assunto da Tribuna Livre.

a PaUta art. 138. Todas as matérias em condições regimentais que figurarem na Ordem do Dia ficarão sob a guarda da Mesa Diretora. §1º Salvo deliberação do Plenário, em contrário, nenhum projeto será entregue à discussão inicial ou única, na Ordem do Dia, sem haver figurado em Pauta, para conhecimento e estudo dos Vereadores, durante, pelo menos, 48 (quarenta e oito) horas. §2º Desde que o Projeto figure em pauta, a Mesa poderá receber as emendas que lhe forem apresentadas, sujeitas aos pareceres das Comissões competentes, não vindo este Projeto a figurar em pauta em nova ocasião. §3º É lícito ao Presidente, de ofício ou a requerimento de Vereador, retirar da Pauta a proposição que necessite de parecer de outra Comissão ou que esteja em desacordo com a exigência regimental, ou demande qualquer providencia complementar. §4º As matérias que tive-rem, regimentalmente, proces-so especial não serão atingidas pelas disposições desta Seção.

Parlamentares entraram com pedido de abertura de duas CPIs, que no âmbito municipal tem o nome de CEI (Comissão Especial de Inquérito), para investigar possível superfaturamento na

compra de massa asfáltica e ilegalidade na contratação de serviços de caminhões e máquinas

Page 4: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Maio de 2014 | Página 4CIDADE

Entrou em funcionamen-to neste mês de maio a sinalização semafórica insta-lada na Avenida Governador Valadares, corredor viário mais importante da cidade. O equipamento foi coloca-do em dois pontos da via, sendo nas confluências com as ruas Major João Gonçal-ves e Quirino dos Reis, na zona central alpinopolense. Além dos dois conjuntos de semáforos a prefeitura tam-bém implantou sinalização horizontal (faixa de pedes-tres) nos quatro principais cruzamentos da avenida, sendo os dois já citados e os das ruas Belo Horizonte e Professor Telles. Diante do significativo au-mento do número de veícu-los em circulação na cidade e após indicações apresen-tadas pelos parlamentares na Câmara Municipal, assim como várias manifestações feitas pelos cidadãos através das redes sociais, a admi-nistração municipal decidiu implantar os semáforos nos pontos considerados críti-cos. De acordo com dados divulgados pela prefeitura o valor do investimento total foi da ordem de R$ 66 mil.

FinanCiaMento Apesar de haver recursos a fundo perdido disponíveis para financiar este tipo de ação em órgãos de outras esferas da federação, como o Ministério das Cidades,

Mais de 60 professores da rede municipal de ensi-no já procuraram a Justiça para terem garantidos seus direitos ao piso salarial es-tabelecido pela Lei Federal 11.738/2008. Os profissio-nais alegam estar sendo prejudicados desde janeiro de 2013, mês a partir do qual o prefeito Julio Cesar Bueno da Silva, o Julio Batatinha (PTB), passou a não cumprir a Lei do Piso, o que haveria resultado em grande defasagem dos salários da classe. Representantes dos do-centes, tanto da zona rural quanto da urbana, afirmam já haver levado ao conhe-cimento do prefeito, em reunião realizada no dia 21 de junho de 2013, as reivin-dicações relativas à corrosão salarial resultante do não cumprimento da legislação federal, assim como de outros direitos não atendidos sobre a valorização do profissio-nal da educação. O prefeito protocolou de próprio punho uma cópia do documento reivindicatório apresentado pelos docentes na data de 27 de junho de 2013.

a lUta da Classe Desde então a classe vem lutando para ter seus direitos atendidos, porém até agora sem muito sucesso. Os professores declaram-se amparados pela legislação e afirmam que não exigem nada mais que as garantias oferecidas pela Lei 11.738 que, em seu artigo 2º § 1º, reza que “O piso salarial pro-fissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no má-ximo, 40 (quarenta) horas semanais”. Buscando o cumprimento da lei, os professores reivin-dicam da prefeitura seu direi-to de ter o salário reajustado conforme fórmula existente na própria Lei do Piso que prevê além dos reajustes, a garantia de que 1/3 da jorna-da seja reservada para ativi-dade extra-classe, ou seja, fora da sala de aula, onde o profissional irá planejar aulas e aperfeiçoar-se para otimizar seu desempenho laboral.

semáforos são instalados na avenida Governador Valadares

Trecho de rua jocosamente apelidado por moradores de “Tobogã da Dona Indá”

Mais de 60 professores da rede municipal entram na justiça contra prefeitura

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por exemplo, o prefeito Julio Cesar Bueno da Silva, o Julio Batatinha (PTB) declarou através das redes sociais que “o investimento feito é de re-curso próprio nada de dinheiro de Governo do Estado ou da União, mostrando que nossa Prefeitura volta ter capacida-de de investimento” (sic).

oBra neCessária A instalação dos semá-foros em Alpinópolis recebe avaliação positiva da po-pulação alpinopolense que

adjetivou a medida como boa e inadiável. A necessi-dade é explicada quando os números disponibilizados pelo Departamento Nacio-nal de Trânsito (Denatran) são analisados. Segundo os dados, a quantidade de veículos em Alpinópolis au-mentou, nos últimos quatro anos, uma média de 45%. No ano de 2010 havia apro-ximadamente 6.334 veícu-los registrados na cidade e atualmente este número se encontra em 9.193, o que

significa um incremento de 2.859 veículos nas vias ur-banas, acarretando várias dificuldades no trânsito que até então não existiam. Esta frota de 9.193 veí-culos é constituída por 5.717 carros de passeio, 448 cami-nhões, 771 caminhonetes e 1.178 motos. O restante são veículos grandes como má-quinas, ônibus e microônibus. Por esses números chega-mos à conclusão de que em Alpinópolis existe um veículo para cada 2,1 habitantes.

a voZ sUFoCada dos Mestres

A quase totalidade dos professores reclamantes não se prontifica a dar depoi-mentos à imprensa alegando medo de perseguições e retaliações por parte do poder público. Porém de-claram veementemente que o diálogo entre a classe e o Executivo é muito débil, tendo inclusive o prefeito se negado ultimamente a recebê-los em seu gabinete, e protestam dizendo que se sentem pouco apoiados pela diretora do Departamento Municipal de Educação. Em função dos recentes êxitos dos colegas da vizinha cida-de de Passos, resultado de ações mais extremas como piquetes e paralisações já surgem rumores de que Alpinópolis possa se espe-lhar nos movimentos e as reivindicações talvez avan-cem para estágios reivindi-catórios mais radicais, caso as providências tomadas pela prefeitura não surtam o efeito almejado. O medo aos poucos vai sendo subs-tituído pelo espírito de luta e a busca dos direitos passa a ser encarada como natural, prova disso é o grande nú-mero de profissionais que já procurou o Poder Judiciário e moveu contra a prefeitura uma Ação Ordinária de Co-brança do Piso Salarial.

o sindiCato O Sindicato dos Emprega-dos da Prefeitura (SEMPRE) informou que atendeu às solicitações dos professores sindicalizados e moveu uma ação coletiva contra a Prefei-tura de Alpinópolis cobrando o estabelecimento do piso sala-rial, assim como o pagamento

dos valores atrasados.

as aÇÕes JUdiCiais Cansados de tentar um diálogo conciliador com o prefeito, mais de 60 pro-fessores procuraram seus direitos e moveram contra o município uma Ação Ordi-nária de Cobrança do Piso Salarial, inclusive exigindo os haveres atrasados. Na petição os docentes alegam que a Prefeitura de Alpinópo-lis não vem cumprindo o que determina a Lei Federal, pois não está pagando o piso sa-larial com base no vencimen-to. Sendo a Lei do Piso cons-titucionalmente válida desde 2009, as ações alegam que os direitos dos profissionais estão sendo violados, sendo que a remuneração do cargo de “professor regente de turma” vem sendo paga em desacordo com a legislação. Segundo consta nas ações judiciais, o correto seria ter sido pago o piso dos professores que em 2009 era no valor de R$ 950,00 e o município pa-gava R$ 661,12; em 2010 o valor foi reajustado para R$ 1.024,67 e o município pagava 692,66; em 2011 foi para 1.187,14 e o município pagava 736,71; em 2012 foi para 1.451,00 e o município pagava R$ 952,21; em 2013 foi para 1.567,00 e o municí-pio pagava R$ 1.142,23. Assim, os pedidos são para que seja concedido aos professores reclaman-tes o reajuste salarial com base do Piso Nacional dos profissionais da educação nos termos da Lei Fede-ral 11.738/2008, integral, a partir da data em que o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionali-

dade da norma, ou seja, o dia 24 de agosto de 2011, com abono anual integral e correção monetária sobre as parcelas vencidas, incluindo juros de mora.

os reFlexos do iMPasse

Os salários dos professo-res brasileiros, por natureza, já não são nenhuma mara-vilha, pior ainda quando se tornam diminuídos em função de problemas como esse enfrentado pelos mestres alpinopolenses, que estão sentindo seus direitos serem desrespeitados e o bolso ser esvaziado. Perguntada sobre o assunto, uma pro-fessora da rede municipal, que por motivos já citados pediu que sua identidade fosse ocultada, disse a nossa reportagem que professores motivados produzem mais e que o fator financeiro reflete diretamente nos resultados dentro da sala de aula. “Ter um salário, ao menos justo e de direito, traria a toda a classe um empenho maior, o que implica diretamente no ganho de qualidade do ensino municipal. Professores que tem mais de um cargo pode-riam se concentrar e dedicar a apenas um, visto que se desdobram pela questão do salário que já é insuficiente. Já ganhamos pouco e ainda querem subtrair o que nos é garantido pela Lei do Piso? Isso não é justo”, desabafou a professora.

o PreFeito O Tribuna Alpina tentou contato com o prefeito Julio Batatinha para manifestar-se sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não havia recebido resposta.

Conjunto de semáforos instalado no cruzamento da Avenida Governador Valadares com Rua Major João Gonçalves

Desorganização do trânsito em período de grande movimento antes da instalação dos semáforos.

Ana Cláudia Lemos

Page 5: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Maio de 2014 | Página 5GERAIS

MEIo aMBIENTE

Neste mês de maio, mais propriamente dizendo no dia 27, será realizada a 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e os alunos das escolas alpinopo-lenses já se preparam para buscar os bons resultados que sempre trazem nesta competição. Participam os estudantes da rede estadual do 6º ano do ensino funda-mental ao 3º ano do ensino médio. Nesta edição uma insti-tuição pública alpinopolen-se em especial será tema de reportagem, a Escola Estadual D. João VI, devi-do ao destaque que vem conseguindo desde o ano de 2009. Somando todas as conquistas, podemos contar um total de 16 medalhas (duas de ouro e as demais de prata e bronze), isso sem falar nas inúmeras menções honrosas recebidas. A professora Selma Ri-beiro da Silva Vaz, explica que nesta 1ª fase há a parti-cipação de todos e o traba-lho é feito, principalmente,

d. João VI quer manter resultados naolimpíada de matemática das escolas públicas

Minas Gerais é um lugar fantástico. Quando o as-sunto é relevo os detalhes chegam a impressionar por suas diferentes formas que, somadas às especificidades de solo e clima, propiciaram paisagens muito variadas, recobertas por vegetações características, adaptadas a cada um dos inúmeros ambientes particulares inse-ridos no domínio de três bio-mas brasileiros: o Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga. O domínio do Cerrado, localizado na porção centro-ocidental, ocupa cerca de 57% da extensão territorial do Estado, o domínio da Mata Atlântica, localizado na porção oriental, é de cerca de 41% da área estadual. Já a Caatinga, domínio restrito ao norte de Minas, ocupa apenas 2% do território mineiro. De modo geral, a paisa-gem transita para o Cerrado ao sul e a oeste, para a re-gião dos campos rupestres ao centro e para a floresta atlântica a leste, exibindo fases de transição de difícil caracterização. A parte da região onde está localizada a cidade de Alpinópolis, denominada pela divisão política no mapa do Estado como Sul de Minas, é carac-terizada por uma riquíssima área de transição ambiental chamada de ecótono.

o QUe É UM eCÓtono? O ecótono é um espaço onde comunidades eco-lógicas diferentes entram em contato, ou seja, onde ocorrem ambientes de in-tersecção de ecossistemas distintos. Isto quer dizer que são lugares especiais, onde há a transformação de um bioma em outro promoven-do a união de dois ou mais ecossistemas.

o eCÓtono eM alPinÓPolis

Na ocorrência de ecótono em Alpinópolis a transição existente é entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Essa área é um tesouro ecológico

Ecótono: o notável tesouro ambiental alpinopolense

dentro da sala de aula, onde são utilizadas provas ante-riores, são montados grupos de estudos e desenvolvidas

atividades com avaliações. Segundo a educadora, a pre-paração começa cedo na es-cola, sendo que as questões

da Olimpíada já são traba-lhadas desde o 5º ano e os resultados são que, em cinco anos consecutivos, a escola

obtém premiação. Com a proximidade dos exames a dedicação é redobrada, principalmente no que diz à conscientização dos alunos. “Fazemos uma reunião com todos para ver se vão ter interesse, se não vão faltar no dia da prova. Também destacamos os alunos que já venceram. Colocamos faixa na porta da escola, damos uma volta com eles em uma caminhonete, colocamos no jornal da cidade, fazemos tudo pra aparecer bastante e um vai puxando o outro e mais alunos participam”, diz a professora. Um dos destaques do D. João VI é Jean Lima Alves, aluno do 9º ano do ensino fundamental, que já conta com três premiações em seu currículo. O jovem faturou uma premiação em cada ano que participou, sendo uma menção honrosa no 6º ano seguida de duas medalhas de bronze. Em 2014 Jean sonha em alçar vôos mais al-tos. “Tenho expectativa boa. Fiz o curso do Programa de Iniciação Científica (PIC) e

Alunos, professores e direção da Escola Estadual D. João VI exibindo premiações pelas conquistas na OBMP

o pessoal da escola ajuda, nos dá provas anteriores. Nesse último mês antes da prova vou tentar pegar mais provas antigas, usar o banco de questões”, disse o estudante.

o QUe É a oBMeP A Olimpíada Brasileira de Matemática das Esco-las Públicas (OBMEP) é uma realização do Institu-to Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e tem como objetivo estimu-lar e despertar nos alunos o gosto e o estudo da matemática e pela ciência em geral e motivá-los na escolha profissional pelas carreiras cientificas e tec-nológicas. Os alunos que par-ticipam da OBMEP são divididos em três níveis: • Nível 1 – estudantes de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental • Nível 2 – estudantes de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental • Nível 3 – estudantes do Ensino Médio

que abarca características desses dois grandes biomas brasileiros o que torna esse pedacinho de chão, cravado ao pé da Serra da Ventania, um lugar único. Aqui se cruzam e se embaralham o Cerrado e a Mata Atlântica. No Cerrado, maior bio-ma do estado mineiro, a vegetação é composta por gramíneas, arbustos e ár-vores. Dentro dos limites do município alpinopolense podemos encontrar as ca-racterísticas deste bioma no Morro do Chapéu e ainda identificar facilmente essas áreas seguindo para vários bairros rurais como, por exemplo, Roseira e Pindaí-ba. Nesses locais os campos vão ficando cada vez mais predominantes até chegar às proximidades da Serra da Canastra, onde o bioma da Mata Atlântica já é quase que inexistente restando apenas o Cerrado. É muito comum encontrar esses campos de Cerrado por toda extensão do município, a Serra das Antenas é outro exemplo. Na Mata Atlântica, que é o segundo maior bioma em Minas, a vegetação é densa e permanentemente verde, sendo as árvores portadoras de folhas grandes e lisas e onde podem ser encontra-das muitas bromélias, cipós, samambaias, orquídeas e liquens. Em Alpinópolis, podemos ver vegetação típica desse ecossistema nas proximidades dos cursos d’água como grotas, grotões riachos e ribeirões. O pé da famosa Serra da Ventania é um exemplo clássico de vegetação típica de Mata Atlântica. Quando ocorre o ecóto-no, situação em que esses ecossistemas invadem um ao outro, podemos ver as mudanças na vegetação em diferentes gradientes ecológicos, o que resulta em alguns câmbios climáticos que propiciam o desenvol-vimento de uma grande bio-diversidade. Em face dessa

miscigenação, são encon-trados nesses locais transi-tórios, elementos pertencen-tes a cada um dos biomas vivendo em harmonia e, devido ao incrível poder de adaptação da natureza, ge-rando novas espécies, tanto da fauna quanto da flora. A evolução da natureza nos privilegia a tal ponto que po-demos ver ocorrer em terras alpinopolenses o encontro entre capivaras e bugios, animais pertencentes à fau-na da Mata Atlântica, com tamanduás bandeira e lobos guarás, estes animais típicos do Cerrado. O milagre da na-tureza fervilha bem diante de

nossos olhos e nos permite acompanhar o espetáculo da evolução nos quintais de nossas casas e nas fazen-das e sítios que conhecemos intimamente pelo nome. Alpinópolis, assim como o estado mineiro, tem a maior parte de seu território coberto por vegetação e fauna com características do Cerrado, porém invadi-do pela Mata Atlântica. Um ponto do município em que podem ser facilmente iden-tificados ambos os biomas é a Serra da Ventania, que em sua base apresenta várias ocorrências de Mata Atlântica e em seu topo uma

vegetação típica do Cerrado. Os militantes do Movimento Ventania Verde, grupo cria-do em 2012 com o objetivo de promover a educação ambiental, já mapeou algu-mas das áreas onde foram encontrados exemplares de animais, como gambevas (pequenos bagres) e algu-mas variedades de sapos e rãs, que são espécies distintas desse nosso tipo de ecótono.

o MoviMento ventania verde

Criado no ano de 2012 o Movimento Ventania Verde é composto por um grupo de

pessoas sensíveis às causas ecológicas de nossa região e com o objetivo de promover a conscientização por meio da educação ambiental, bus-cando mobilizar a população de forma a tornar meros espectadores das ações de defesa do meio ambiente em membros at ivos da causa. Atualmente o grupo vem passando por algumas reformulações e desenvol-vendo ações voltadas uma política de conscientização cada vez mais amigável e receptiva objetivando a en-trada de novos membros e projeção junto à comunidade em geral.

Na Serra da Ventania é possível ver a mistura dos biomas Cerrado e Mata Atlântica.

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Page 6: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Maio de 2014 | Página 6CoLUnA SoCIAL

Por Ricardo Lima

No dia 3 de maio, às 20h30min na Igreja Matriz de Alpinópo-lis, Wagner e Natália trocaram as juras de amor eterno... Ele filho de Luiz Carlos Freire (in memorian) e Lourdes de Lima Leite Freire e ela filha de Do-mingos Sávio Teixeira e Tânia Maria Andrade Barros Teixeira. Após a belíssima cerimônia os noivos foram cumprimentados na saída da Igreja e receberam seus convidados em uma fes-ta inesquecível no Clube Serra Verde. Nossos votos de muitas felicidades ao casal!

Nascido mais um membro da tradicio-nal família dos Bueno. Veio ao mundo o pimpolho José Bueno de Paula Neto, filho de Antônio Bueno de Paula e Dalva Maria Pereira. Que os pais, como toda a família, curtam este lindo momento intensamente, pois a chega-da de uma criança é sempre motivo de muita alegria.

A família Brasileiro Vargas está em festa! Ge-túlio e Julieta estão comemorando 32 anos de caminhada juntos e, na certeza das suas vitó-rias conquistadas, renovam seus votos matri-moniais com muita festa. Ao casal e aos filhos Túlio, Thales e Moisés, desejamos que mais con-quistas sejam alcançadas.

Dr. Adriano Ribeiro está em temporada no Velho Mundo para aprimoramento de sua es-pecialidade médica, a ortopedia. O cirurgião alpinopolense não perdeu a oportunidade de

visitar as misteriosas ruínas de Stonehenge, que ficam no sul da Inglaterra.

Nosso destaque vai para o aniversariante do mês de abril, Luciano de Melo Faria, o popular Musquito. Uma bela festança com certeza não faltou para comemo-rar a data querida do maior bon vivant da Ventania. Que essa data se repita por longos anos!

O artista plástico Daniel Lima fez recentemente um tour pelo Oriente Médio e Sudeste Asiático. Curtindo a estonte-ante Dubai, Danielzinho posa diante de uma paisagem urba-na de cair o queixo. Viajar é preciso...

O historiador alpinopolense Luiz Miguel Mendonça e a esposa Norma, agora residen-tes na cidade de Querétano no México, estão curtindo as férias em terras brasileiras. Miguel recentemente compartilhou suas experiências com a luta dos povos indígenas mexicanos em uma rica palestra proferida na Câmara Municipal.

Seu João do Carmo colheu, neste mês de maio, mais uma flor no jardim da vida. Essa carismática figura, querida por todos os alpinopolenses, chega aos 91 anos esbanjando simpatia.

A ilustre e prá lá de conceituada

professora Concei-ção Lima lançou,

neste mês, sua mais recente publicação

na Feira do Livro de Ribeirão Preto. A obra, intitulada

“CiberCultura, CiberLinguagem

& CiberEducação”, trata de uma visão pedagógica para o

aprender no espaço virtual educativo.

André Rodrigues

O professor e ex-prefeito Cassiano José Lemos tam-bém está soprando velinhas neste mês de maio. Deixamos aqui nossos parabéns acom-panhados de sinceros votos de muito sucesso, paz e pros-peridade a essa pessoa que tanto contribuiu para o cres-cimento de nossa Ventania.

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Page 7: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Maio de 2014 | Página 7noSSA HISTÓRIA

Hospital Cônego ubirajara Cabral completa 30 anos

Rock ‘n Roll made in Ventaniao VENTaNIENsE

Ledo engano o daqueles que pensam ser o sertanejo e suas variáveis o único estilo que inspira e revela talentos em nossa Alpinópo-lis. Eis que apesar de toda a tradição e disseminação sertaneja, através de even-tos e mídia, a cidade possui uma banda que mescla os estilos grunge, punk e rock alternativo, fazendo sucesso pelo Brasil e mundo afora. Já tocou em diversas cidades e inclusive foi ouvida e vista em outros países via inter-net, através de gravações de suas músicas em áudio e vídeo clips. Em 2009, receberam até um convite de uma gravadora da Ho-landa, com filial no Brasil. O nome da banda é Mad Sneaks, integrada por Agno (guitarra e vocal), Adriano (baixo), e Amaury (bateria). “Nossa pretensão é ganhar o mundo e viver de música” afirma Amaury, baterista da banda ao fazer referência ao principal motivo de tocarem. Objetivo cumprido em partes, uma vez que os caras já fizeram shows em vários eventos nacionais que promovem novas bandas com talento e potencial. En-tre eles destacam-se shows em Diadema/SP, Belo Hori-zonte, e Rio de Janeiro ca-pital. Participaram inclusive da final da seletiva para o mega festival de rock SWU 2010, chegando perto de dividir atenções com ban-das mundialmente famosas. Foram selecionados atra-vés de votação na internet com a música “Rótulo” e, divulgando seu trabalho no

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Prédio do Hospital em construção - 1982

Há 30 anos foi inaugu-rada, mais exatamente no dia 21 de janeiro de 1984, a Santa Casa de Misericórdia de Alpinópolis, ou Hospital Cônego Ubirajara Cabral, assim chamado em home-nagem a seu idealizador e principal fomentador. Nos primórdios do aten-dimento de saúde pública em Alpinópolis os cuidados eram prestados em um lo-cal denominado “Posto de Higiene”, órgão estadual criado no ano de 1952. Com o crescimento populacional foi fundada, em 1969, a Ir-mandade da Santa Casa de Misericórdia de Alpinópolis, primeiro passo para que fosse feita a transferência do atendimento hospitalar para lugar mais adequando,

sendo este o prédio da LBA, onde hoje funciona a APAE. Nesta nova fase não pode-mos deixar de citar a grande contribuição do microsco-pista e provedor José Freire Gonçalves (Zé do Nelson), do farmacêutico e laborato-rista Javert Brasileiro e dos médicos Dr. Hélio Ferreira Lopes e Dr. Lázaro Vilela de Faria. Porém, notando a ne-cessidade de construção de novas instalações, Padre Ubirajara idealizou o projeto e, com o apoio da comu-nidade e da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Alpinópolis, no dia 30 de julho de 1979 iniciaram-se as obras que foram concluídas três anos e meio depois, em janeiro de 1983. O espaço

físico estava pronto e ali ha-via sido investido o montante de CR$ 39.674.895,00. Com mais um ano de duro traba-lho o hospital foi equipado, os profissionais arregimen-tados e as funções iniciadas no primeiro mês do ano de 1984. Um marco para a his-tória de Alpinópolis. A cerimônia de inau-guração foi marcada por um emocionante discurso do saudoso médico Hélio Ferreira Lopes, para o qual há uma homenagem no hall de entrada do hospital. Os primeiros médicos que serviram o Hospital Cônego Ubirajara Cabral foram: Dr. Hélio, Dr. Pedro, Dr. Eloy, Dr. Paulo, Dr. Marcondes, Dr. Luiz, Dr. Vicente e Dra. Graça.

Tradicional corte da fita inaugural feita por Dr. Eloy de Faria Neto, Padre Ubirajara e Nathael Pimenta Pereira Freire

Vicente de Paula, Geraldo Ferreira Lopes e Antônio Julio de Oliveira (Prancha), alpinopolenses ilustres participando do mutirão de finalização das obras.

mundo virtual, não só foram convidados e contratados para shows como já fizeram seus próprios eventos.

o CoMeÇo Segundo Adriano, tudo começou na Ventania, com shows feitos na “Toca do Coko” (o quintal da casa

do baixista). Tratava-se de eventos que reuniam quatro ou cinco bandas locais e ti-nham em média 70 pessoas. Sobre esse tipo de iniciativa, o baixista diz que promover o Rock na Ventania é “nadar contra a correnteza”, afirman-do não ser uma opção musical muito apreciada localmen-te. Portanto, hoje, a banda projeta suas expectativas para grandes centros, onde já tiveram feedbacks muito positivos, principalmente nos shows em que se apresenta-ram para públicos maiores.

ÚltiMo traBalho Em 2013 a banda lançou seu último trabalho, o álbum “Incógnita. O som é uma marcante mescla do rock tra-dicional com o Heavy Metal e o Grunge, tudo com ins-trumental finamente traba-lhado e 100% das músicas cantadas em português. A masterização ficou por conta do competente Jack Endino e o produto final produzido possui excelente acabamen-

Capa do último trabalho da banda, o álbum “Incógnita”.

to, desde a qualidade dos timbres até a arte da capa.

o FUtUro Os integrantes dizem que caso algum dia venham a se tornarem a maior banda do mundo, a satisfação será imensa, mas que sucesso não é o principal. Amaury resume a banda e suas pretensões como “três melhores amigos para o resto da vida, fazendo o que gostam para o resto da vida”. O que vier depois serão meras conseqüências.

Amaury, Agno e Adriano, trio que compõe a banda alpinopolense Mad Sneaks.

tudo em tabaco, narguilé, cigarros,

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Page 8: Tribuna Alpina - Nº 2 - Maio de 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Maio de 2014 | Página 8CULTURA

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UnIVERSIDADESo sucesso é daqueles que batalham e, com toda certeza, nossos alunos são merecedores dele.

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Por que é tão difícil?

Semana Santa é feriado especial em Alpinópolis. Além de ficar imersa em sua religiosidade secular a cida-de também se encanta ao apreciar as belas apresen-

tações teatrais realizadas. O Grupo de Teatro do Oprimido Monte das Oliveiras repre-senta, há dez anos, a Paixão de Cristo no Retiro Espiritual Monte das Oliveiras e o Gru-

po de Teatro Sal da Terra e Luz do Mundo (Stellum) encena o espetáculo, desde 2003, não apenas em Alpinó-polis, mas em várias cidades da região.

Encenações da Paixão de Cristo em alpinópolis

GTo MoNTE das olIVEIRas

sTElluM

Em 2014 mais de cem atores se reuniram com uma proposta teatral inusitada em relação às tradicionais apre-sentações da Paixão de Cristo feitas em outras partes. O es-petáculo “Logos e a Paixão”,

dirigido por José Geraldo da Silva, o Zgê Gerais, não representou apenas a habi-tual trajetória do Cristo no Novo Testamento e sim uma abordagem geral da história da humanidade baseada nas

escrituras contendo cenas de vários livros da Bíblia e cita-ções de obras filosóficas. Um público aproximado de cinco mil pessoas acompanhou as duas apresentações feitas nos dias 16 e 17 de abril.

O Stellum, criado em 1989 como grupo de jovens e solidificado como grupo teatral em 2001, já conta com 62 encenações da Paixão de Cristo não apenas em Alpinópolis, mas em cidades como Carmo do Rio Claro, Conceição Aparecida, Serra-nia, Alfenas, São Sebastião do Paraíso, Bom Jesus da

Penha, Nova Resende, São José da Barra, Fortaleza de Minas, Machado e Jacuí. Atu-ando sob a direção de Ru-bens Gonçalves, o Binho do Stellum, e Rogério Bonilho, este grupo, diferentemente do GTO, opta pela encena-ção tradicional da história de Jesus. Em 2014 houve apresentações no campo

do CEA, Praça do Rosário e uma sessão fechada para os internos do Lar São Vicente de Paulo, além das feitas em Carmo do Rio Claro (12/04) e Jacuí (13/04). O elenco con-tou com 76 atores e seis con-tra-regras, sendo o projeto coordenado pela Associação Arte Cultural Alpinopolense (ASACA).

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sei o porquê de tudo isso.” Notou alguma diferença na pronúncia da palavra que se repete em todas as frases? Não! Não mesmo!

Realmente, quando pronun-ciamos as palavras por que, porque, por quê e porquê, não percebemos diferença nenhuma. No entanto, todos

nós sabemos que, na hora de escrever, “o bicho pega”, como dizem os jovens. Para “não deixar o bicho pegar”, vamos tentar descomplicar- será que é possível?- o que parece tão incompreensível.

Para CoMeÇar:

POR QUE(separado e sem acento): deve ser usado em três ocasiões bem defini-

das: 1) No início da frase in-terrogativa: Por que o clima está tão seco? 2) Quando pode ser substituído por “por que motivo”: Não sei por que o clima está tão seco.(Não sei por que motivo o clima está tão seco.) 3) Quando pode ser substituído por “pelo qual”, “pela qual”, pelos quais”,

“pelas quais”: Este é o mo-tivo por que o clima está tão seco.(Este é o motivo pelo qual o clima está tão seco.)

PORQUE (junto, sem acento): usamos na res-posta ou quando indica causa ou explicação: O clima está seco porque o homem destruiu a na-tureza.(O clima está seco por causa que o homem destruiu a natureza.)

POR QUÊ (separado, com acento): essa é fácil, pois ele deve ser usado quando significa “por que motivo” e vem no final de frases interrogativas: O clima está muito seco. Por quê?

PORQUÊ (junto, com acento): mais fácil ainda. Tem valor de substantivo, ou seja, vale pela palavra “motivo”. Vem antecedido de artigo- o, a, os, as, um, uma, uns, umas- Não sei o porque de o clima estar tão seco.(Não sei o motivo de o clima estar tão seco.) Se algum professor de Português estiver lendo este artigo(Que preten-são!), com certeza, vai dizer que eu omiti dois casos: “Por que” que inicia oração subordinada subs-tantiva e “Porque” que inicia oração subordinada final. Como esse uso é raro e nós, meros mortais quase não o aplicamos, ele foge ao propósito desta coluna. Então, tá. Espe-ro ter contribuído com a melhoria no emprego da língua formal escrita. Até a próxima!

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