tribuna alpina junho 2014

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TRIBUNA ALPINA Edição nº 3 | Alpinópolis/MG - Junho de 2014 | Distribuição gratuita Informação e Cidadania Rua Rio de Janeiro nº 2 Mundo Novo Telefone: 3523 1468 Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817 Estude com quem tem mostrado competência. Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817 Estude com quem tem mostrado competência. CHARGE Uma liminar conseguida na Justiça pelo prefeito Julio Batatinha paralisou os traba- lhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada com o objetivo de investigar o Executivo por suspeitas de superfaturamento de massa asfáltica e irregularidades na contratação de serviços de caminhões e máquinas. Vereadores denunciantes dizem que vão buscar todos os meios para levar investigação até o fim. (Pág. 03) Fórum de Alpinópolis acumula mais de sete mil processos Liminar impede que Câmara investigue prefeito por suspeitas de fraude Mais de sete mil processos abarrotam as prateleiras do Fórum Lázaro Brasileiro, em Alpinópolis. O grande acúmulo de ações e o reduzido número de funcionários tornam o trabalho lento e acaba prejudicando população. Instalação de 2ª vara judicial pode ser uma solução para o problema. (Pág. 04) ACIALP propõe regulamentação do comércio itinerante Governo Federal regulamenta Cadastro Ambiental Rural (CAR) Exposição exibe obras da artista Elígia Maria Rua José Jacinto Ribeiro, 198 - São Benedito - Alpinópolis/MG Fone: 3523-2396 Tonometria - Mapeamento de Retina - Teste Ortóptico e Motilidade Teste de Cor e Sensibilidade - Gonioscopia - Curva Pressão Binocular Campimetria Computadorizada - Paquimetria Ultra-Sônica Monocular Teste do Olhinho Associação busca regulamentar a atuação de vendedores ambulantes e realização de feiras livres na cidade. O objetivo seria promover o equilíbrio entre comércio fixo e itinerante, buscando o fortalecimento da economia municipal. (Pág. 05) Uma exposição de arte denominada “Explosão de Cores” exibiu obras da jovem artista Elígia Maria. O evento ocorreu entre os dias 26 e 30 de maio, sen- do a vernissage realizada no dia 24. (Pág. 08) Proprietários de imóveis rurais terão um ano para aderir ao programa e regulari- zar a situação das áreas de uso restrito e reserva legal. Em Alpinópolis cerca de mil propriedades terão que ser regularizadas. (Pág. 05)

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Page 1: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINAEdição nº 3 | Alpinópolis/MG - Junho de 2014 | Distribuição gratuita

Informação e Cidadania

Rua Rio de Janeiro nº 2 Mundo Novo Telefone: 3523 1468

Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817

Estude com quem tem mostrado competência.

Rua José Jacinto Ribeiro, nº410 / 3523-1817

Estude com quem tem mostrado competência.

CHARGE

Uma liminar conseguida na Justiça pelo prefeito Julio Batatinha paralisou os traba-lhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada com o objetivo de investigar o Executivo por suspeitas de superfaturamento de massa asfáltica e irregularidades na contratação de serviços de caminhões e máquinas. Vereadores denunciantes dizem que vão buscar todos os meios para levar investigação até o fim. (Pág. 03)

Fórum de Alpinópolis acumulamais de sete mil processos

Liminar impede que Câmarainvestigue prefeito por

suspeitas de fraude

Mais de sete mil processos abarrotam as prateleiras do Fórum Lázaro Brasileiro, em Alpinópolis. O grande acúmulo de ações e o reduzido número de funcionários tornam o trabalho lento e acaba prejudicando população. Instalação de 2ª vara judicial pode ser uma solução para o problema. (Pág. 04)

ACIALP propõe regulamentaçãodo comércio itinerante

Governo Federal regulamenta Cadastro Ambiental Rural (CAR)

Exposição exibe obras

da artista Elígia Maria

Rua José Jacinto Ribeiro, 198 - São Benedito - Alpinópolis/MG

Fone: 3523-2396

Sua visão merece

uma atenção especial.

Uma boa visão é capaz de fazer você sentir

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Dr. Francisco de Assis Morais FreireOftalmologista - CRM-MG 28.880

Tonometria - Mapeamento de Retina - Teste Ortóptico e MotilidadeTeste de Cor e Sensibilidade - Gonioscopia - Curva Pressão BinocularCampimetria Computadorizada - Paquimetria Ultra-Sônica Monocular

Teste do Olhinho

Associação busca regulamentar a atuação de vendedores ambulantes e realização de feiras livres na cidade. O objetivo seria promover o equilíbrio entre comércio fixo e itinerante, buscando o fortalecimento da economia municipal. (Pág. 05)

Uma exposição de arte denominada “Explosão de Cores” exibiu obras da jovem artista Elígia Maria. O evento ocorreu entre os dias 26 e 30 de maio, sen-do a vernissage realizada no dia 24. (Pág. 08)

Proprietários de imóveis rurais terão um ano para aderir ao programa e regulari-zar a situação das áreas de uso restrito e reserva legal. Em Alpinópolis cerca de mil propriedades terão que ser regularizadas. (Pág. 05)

Page 2: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINA

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Junho de 2014 | Página 2oPInIão

EXPEDIENTE

CuRTo E GRosso

EDIToRIAL

oPINIÃo

Jornalista responsável: Bruno Vilelaredator: Claudio KraüssConselho editorial: João Batista Passos e Sanderson Flávio de OliveiradepartaMento CoMerCial: Juninho Capooni

Já foi o tempo em que a violência era caracte-rística apenas das gran-des cidades do país. Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (Ipea), mostra que a taxa de homicídios em pequenos municípios cresceu 52,2% nos últimos 10 anos. En-quanto isso, em sentido contrário, nas grandes cidades houve uma queda de 26,9% nos índices de assassinatos. Nas cida-des médias, cujas popu-lações variam entre 100 e 500 mil habitantes, a taxa cresceu 7,6%. Fato é que já não é necessário consultar pesquisas de institutos especializados para perceber isso, pois a realidade tem se jogado nua e crua em nossa fren-te. Aqui em Alpinópolis, por exemplo, apenas nos primeiros seis meses de 2014 foram registrados quatro casos de homicí-dio, o que dá uma média de um assassinato a cada 45 dias. Isso sem contar os demais crimes violen-tos como assaltos a mão armada, espancamentos e estupros. Não é muito difícil en-contrar explicações para essa interiorização da violência. O crime orga-nizado tem encontrado cada vez mais resistência nos grandes centros e

vem procurando lugares convenientemente ade-quados a seus padrões para se alojar. O car-ro chefe das principais facções criminosas do país, o tráfico de drogas, tem buscado alternativas para manter seu lucrativo comércio ilegal em ascen-são e sua mais eficien-te artimanha é transferir estrategicamente frentes para cidades pequenas. Mas o que levaria os che-fões das organizações a se decidirem por determi-nadas localidades? Por que algumas cidades são escolhidas e outras não? As razões são muitas, mas certamente uma das principais é a facilidade em arregimentar pessoas da própria localidade para servir às quadrilhas. O próprio nome já diz: CRI-ME ORGANIZADO. E são de fato organizados, pois agem com planejamento, estudam estatísticas, leis, documentos públicos e características dos locais onde pretendem instalar-se. Uma das diretrizes uti-lizadas é o levantamento e verificação de cidades em que o poder público investe pouco em esporte, lazer e cultura. Essas são as mais apropriadas, pois é possível encontrar gran-de número de crianças e adolescentes ociosos, o que facilita muito o alicia-

mento e a conseqüente aquisição tanto de mão de obra necessária quanto de público consumidor para o nefasto negócio prosperar. Um município como Alpinópolis parece ser um prato cheio para os abutres do crime organi-zado. De um lugar onde a prefeitura gasta menos de 1% de seu orçamento em ações que envolvem cultura, esporte, lazer e turismo, não se pode esperar muita relutância contra essas investidas perversas da delinqüên-cia. Em 2013 havia uma previsão orçamentária de quase R$ 632 mil para aplicação nessas ativi-dades, porém apenas R$ 307 mil foram de fato em-pregados. Só a título de comparação, a Prefeitura Municipal gastou somente com pagamento de horas de máquina/aluguel de caminhões e compra de massa asfáltica (objetos daquela famigerada CPI que parece ter acabado “em pizza”) cerca de R$ 700 mil no mesmo período, ou seja, mais que o dobro que em atividades cultu-rais, esportivas e de lazer. Apesar dos pesares, seria injusto culpar exclu-sivamente o poder público pelo aumento da violência que vem assolando nossa cidade, mas seguramente

a destinação adequada de recursos orçamentários para ações que podem impedir que o crime se propague dentro da comu-nidade já seria metade da caminhada para acabar com essa situação terrível que vivemos. Podemos e devemos exigir que o per-centual de investimento nessas áreas estratégicas seja aumentado, mas até lá teremos que nos virar com o que oferece a Lei Orçamentária 2014 que está em vigência. Exi-jamos então que, pelo menos, os R$ 570 mil que estão previstos para o financiamento dessas atividades sejam aplica-dos integralmente nelas. Infelizmente, sentimos muito em informar ao leitor que já começamos mal, pois estamos quase na metade do ano e foram gastos apenas 32% (cer-ca de R$ 182 mil) na área. Pelo andar da carruagem podemos pressentir que vamos fechar o ano de 2014 sem cumprir o que está previsto no orçamen-to municipal e, mais uma vez, deixar nossa popu-lação, principalmente as crianças e adolescentes, sem os devidos investi-mentos nesse setor vital para o desenvolvimento social. Tomara que este desanimador pressenti-mento esteja errado.

Ventania e seus fogueteiros sem noção O hábito de soltar fogue-tes deve ter sido trazido pra cá pelos primeiros mora-dores. Só pode. As vezes acho que seria muito mais característico o povoado ter se chamado, ao invés de São Sebastião da Ventania, de São Sebastião da Fogue-taria. Para o leitor entender que não é nenhum exagero de minha parte, basta dar uma olhadinha em uma rara publicação chamada “Alma-nach Sul Mineiro”, escrito em 1874, que poderá conferir entre as informações censi-tárias constante sobre nosso arraial o registro dos nomes de Agostinho José Vieira, Leopoldino Dias de Oliveira e Quirino Gonçalves Ma-chado, classificados como FOGUETEIROS. Isso mes-mo, no século XIX já havia fogueteiros profissionais por aqui. E, pelo volume cres-cente de fogos queimados, parece que ainda há muitos. Tudo parece ser motivo para soltar foguete. As festas tradicionais, as comemora-ções esportivas, celebrações de casamentos e aniversá-rios, traficantes avisando aos “clientes” quando chega a mercadoria e (esse com maior intensidade) o poder público para chamar a aten-ção do eleitor para suas “conquistas”. É foguete que não acaba mais! Haja ouvido para tanto barulho. Nas festas da cidade ain-

da vá lá, afinal são tradições seculares de nossa gente... Nos casamentos, aniversá-rios e eventos esportivos, os organizadores poderiam considerar e comemorar sem essa barulheira... Os traficantes, por motivos ób-vios, não há como cobrar deles bom senso nem le-galidade... Mas o poder público, esse que deveria dar exemplo, seria no míni-mo coerente interromper de vez essa prática, pois além ser ridículo e incomodar demasiadamente, ainda é contra a lei. Sim, senho-ras e senhores, há uma lei municipal que regulamenta esse tipo de atividade e ninguém dá e mínima para ela. Trata-se da Lei Comple-mentar 023/2003, o Código de Posturas do Município de Alpinópolis, que reza o seguinte:

Art. 79. É expressamente proibido perturbar o sossego com ruídos ou sons excessi-vos evitáveis, tais como:(...) V – de morteiros, bombas e demais fogos ruidosos. Art. 162. É expressamen-te proibido: I – queimar fogos de artifício, bombas, buscapés, morteiros e outros fogos perigosos nos logradouros públicos ou em janelas e portas que se abram para os mesmos logradouros.

Talvez haja contestação de defensores mais empol-gado dos foguetórios, como alguns vereadores que pro-clamam, em plena reunião da Câmara, frases do tipo: “Nóis vai sortá memo”(sic) ou “Foguete é sinal de ale-gria”. Quem sabe digam que tudo é feito com autorização e que está previsto em lei. Vindo destes, e de alguns outros por aí, não duvido de nada. E a barulheira conti-nua perturbando. E como perturba. Isso quando não tem dinheiro público finan-ciando a algazarra. Dinheiro que deveria estar sendo aplicado em coisas úteis vira ruído e fumaça para agradar os egos de certos políticos e seus aliados. Que o barulho perturba toda a população, não há dúvidas. Poucos são os que aprovam as bagunceiras comemorações. Mas para alguns outros, isso se torna um verdadeiro tormento. Falo dos enfermos, das crianças e dos animais. Os pobres bichos sofrem com espetáculos desta natureza, pois possuem uma acuidade auditiva muitas vezes supe-rior ao ouvido humano, além da vibração resultante dos sons em tom muito elevado. Na natureza tal acuidade possibilita aos animais a localização de alimentos e a fuga de seus predadores.

O estrondo para eles é insu-portável. Os danados dos fogue-tes também atordoam os pacientes do hospital e as crianças, pois o barulho da queima de fogos de artifício ultrapassa os 125 decibéis, equivalente ao som produ-zido por aviões a jato. Tam-bém trazem algo que causa muita tristeza aos zeladores do meio-ambiente de nossa cidade: as queimadas pro-vocadas pelas faíscas que caem nas serras e matas do entorno. Isso sem falar dos acidentes decorrentes do ato como queimaduras, la-cerações, lesões de córnea e do pavilhão auditivo e até amputações dos membros superiores. A meu ver, tanto alarido e barulheira dão sinais de pouca civilidade. Lamentável essa ausência de conside-ração com quem deseja e precisa de sossego. É triste ver o desrespeito dos fo-gueteiros com as crianças, os idosos, os enfermos, os animais domésticos e o meio ambiente. O conceito em questão é o respeito. Quem não respeita o outro possivelmente não respeita nem a si próprio.

eManuel Ferreira reis

Bacharel em DireitoE-mail:

[email protected]

As opiniões expressas nesta seção não correspondem necessariamente às opiniões do Tribuna Alpina.

TRIBUnA LIVRE Foi discutido e votado pela Câmara Municipal de Alpinópolis o Projeto de Resolução nº 002/2014 que tinha como objeto al-terar o Regimento Interno para que qualquer cida-dão pudesse fazer uso da palavra nas reuniões do Legislativo.

o PRoJETo A iniciativa foi da ve-readora de oposição Ja-queline Cândida Rocha, a Jaqueline da Rádio (DEM), que justificou sua proposta alegando que atualmente a Tribuna Li-vre não tem nada de livre, pois priva a maioria dos cidadãos de seu uso.

CoMo FUnCIonA O art. 136 do Regi-mento Interno (Resolução 01/2012) prevê que so-mente pode fazer uso da Tribuna Livre “o cidadão representante de partido político, entidade sindical ou comunitária ou repre-sentante de associação devidamente constituída”.

JÁ FoI DIFEREnTE O Regimento Interno foi alterado em 2012 e modificou as regras para o uso da tribuna que antes, de acordo com o art. 209 do antigo Regimento Interno (Resolução 11/1997), dava a qualquer cidadão o direito de fazer uso da palavra nas reuniões.

PRoJETo REPRoVADo A proposta foi rejeitada pela maioria dos vereado-res em reunião ordinária da Câmara Municipal, re-alizada do dia 9 de junho, por cinco votos contra e três a favor.

CoMo VoTARAM Votaram contra os ve-readores Adriano Ploc (PDT), Douglas Tintas

(PP), José Antônio da COPASA (PTB), Noé da Lódia (PTB) e Paulina do São Bento (PTB). Vota-ram a favor Jaqueline da Rádio (DEM), José Acá-cio (PSDB) e Luiz Paiva (PRB).

REDES SoCIAIS A reprovação do pro-jeto repercutiu negativa-mente pelas redes sociais onde internautas critica-ram a votação usando expressões fortes como “calar a voz do povo”, “implantaram a censura” e “descaso com o povo”.

ILUMInAÇão PÚBLICA A Associação dos Mu-nicípios da Microrregião do Médio Rio Grande (AMEG) realizou, na cida-de de Carmo do Rio Claro, uma reunião para discutir com prefeitos associados da região a transferência dos ativos da iluminação pública aos municípios.

SAPo DE FoRA Mesmo não sendo Alpinópolis um municí-pio associado à AMEG o prefeito Julio Batatinha (PTB) foi convidado para discutir esse importante tema que poderá causar grande abalo nos cofres dos municípios que pas-sarão a ser responsáveis pelos ativos.

CoMo VAI FICAR A partir do dia 31 de dezembro de 2014, os ativos serão transferidos da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG Distribuidora) para os mu-nicípios, o que poderá pro-vocar um grande impacto nas contas das prefeituras. Assim, o poder público mu-nicipal ficará responsável pelo projeto, implantação, expansão, instalações, manutenção e consumo de energia nas ruas.

BoCA No TRoMBoNEtransformador vazando óleo

O vazamento de óleo no transformador de um poste de iluminação pública loca-lizado na Avenida Osvaldo Antônio Rezende Reis, qua-se na esquina com a Rua Belo Horizonte, vem inco-modando alguns cidadãos. O problema já dura há algum tempo e, segundo um mo-rador reclamante, o pessoal da manutenção da compa-nhia energética responsável disse que não há previsão para a troca ou conserto definitivo do equipamento. “O pessoal da CEMIG sem-pre nos atende bem quando chamamos e fazem o que é possível de fazer, sobem lá e colocam um recipiente plástico para evitar que o óleo caia, mas infelizmente ainda não deram previsão de

uma solução que coloque fim ao problema, ou seja, trocar o equipamento ou fazer um conserto definitivo. O povo fica preocupado sem saber se aquilo pode oferecer al-gum tipo de risco”, disse o morador. A equipe do Tribuna Alpina fez contato com a CEMIG, registrado através do protocolo 210834096 em 20/06/2014, e uma equipe foi encaminhada para o local, porém o procedi-mento foi apenas repetir o que vem sendo feito até então, ou seja, a troca do recipiente de contenção do óleo. A empresa informou que tomará as devidas providências, mas não esti-pulou prazo para a solução definitiva do problema.

Denuncias para a seção “Boca no trombone” e textos para o “espaço do leitor” poderão ser encaminhados através do e-mail: [email protected]

EsPAÇo Do LEIToR Muito se falou da Copa do Mundo do Brasil, uns dizendo até que não ia ter Copa. Denuncias de super-faturamento, corrupção e declarações infelizes de per-sonalidades brasileiras fa-ziam crer que o projeto não daria certo e que mesmo tendo Copa, ela seria um fracasso. Muita gente deu com os burros n’água, pois a competição tem se mos-trado um sucesso. Não sei ainda se ela será a melhor Copa, mas dá pra sentir que tanto os torcedores brasilei-ros quanto os estrangeiros que vieram curtir o mundial estão entusiasmados com a qualidade dos jogos e a quantidade de gols. A Copa virou o princi-pal assunto nas ruas e nas redes sociais. Isso na Ven-tania, no Brasil e no Mundo. Fazendo uma análise dos números dá pra entender a animação do público, muitos gols e viradas de placar, um saldo de gols fantástico , média de três gols por jogo, coisa que não acontecia des-de o mundial de 58. As tor-cidas são um caso a parte, o clima de confraternização

é maravilhoso e existe um verdadeiro show no com-portamento, na criatividade ao se fantasiar, no jeito de incentivar os times. Verdade é que a Seleção Brasileira tem muito mais talento do que isso que mostrou até agora, mas é sim muito for-te e eu tenho orgulho dela e sonho em vê-la um dia. Uma pena que nem todos que curtem o futebol podem aproveitar a Copa do Brasil ir aos estádios assistir uma partida. A grande maioria só vai ver o espetáculo pela TV devido a falta de condições financeiras. Sou amante do futebol, cruzeirense doente e sempre que dá vou prestigiar a máquina celeste jogar na capital ou em qualquer outro lugar. Mas ir ver um jogo da Copa está totalmente fora de minhas possibilidades. Não importa, vou curtindo do jeito que dá. Vou torcendo e sonhando, pois quem sabe um dia eu possa ver todos os meus ídolos de perto. Só tenho 17 anos e me sobra tempo pra isso.

Flavio silvaalpinópolis

CoPA DAS CoPAS

Page 3: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG |Junho de 2014 | Página 3PoLíTICA

Liminar impede que vereadores investiguem

prefeito por suspeitas de fraudes

Uma liminar conseguida pelo prefeito Julio Cesar Bueno da Silva, o Julio Batatinha (PTB), suspen-deu as trabalhos de uma Comissão Especial de In-quérito (CEI), instalada pela Câmara Municipal, que o investigaria por supostas fraudes cometidas em sua administração, notadamen-te o superfaturamento na compra de massa asfáltica e ilegalidades na contrata-ção de serviços de máqui-nas e caminhões. Alegando haver anti-juricidade no requerimento apresentado pelos verea-dores José Acácio Vilela (PSDB), Luiz Paiva (PRB) e Jaqueline da Rádio (DEM), o prefeito entrou com man-dado de segurança e a liminar foi concedida, no último dia 04 de junho, pelo juiz Cesar Rodrigo Iotti, o que veio a impedir que as atividades da CEI tivessem seqüência e as supostas fraudes fossem devidamente apuradas.

polÊMiCa na instalaÇÃo da Cei e liMinar

A instalação da CEI já co-meçou de forma conturbada, quando um parecer jurídico solicitado pela presidência da Câmara Municipal deter-minou que os vereadores denunciantes não poderiam compor a comissão, por haver “envolvimento” dos mesmos com o fato a ser apurado. A alegação para emissão do parecer baseou-se no Regimento Interno da Câmara que reza em deu art. 68 § 3º que “A Comissão Especial de Inquérito será constituída por 03 (três) Vereadores, não podendo, no entanto, ser membro da

mesma o Vereador que es-tiver envolvido ou que tiver interesse pessoal no fato a ser apurado, bem como o Presidente da Câmara Mu-nicipal, nos termos do art. 36 deste Regimento Interno.”Logo após auferir a liminar na Justiça, o prefeito Julio Batatinha declarou à im-prensa que houve irrespon-sabilidade dos vereadores denunciantes e que tudo não passou de uma ques-tão política, porém não deu nenhum tipo de explicação sobre as suspeitas que fo-ram levantadas sobre as irregularidades em sua ad-ministração, limitando-se a dizer que gastou com essas ações menos que a admi-nistração passada e que ruas em situação precária estão agora recebendo as-faltamento. Disse ainda que irá buscar uma maneira de processar os parlamentares

denunciantes por considerar as acusações irresponsáveis e feitas exclusivamente com fins políticos.

os denunCiantes O vereador Luiz Paiva lamenta a paralisação dos trabalhos investigativos e afirma ter em mãos todos os documentos que apontam para os indícios de ilegalida-des citados nos requerimen-tos apresentados à Câmara, ou seja, os dados que indi-cam o possível superfatu-ramento da massa asfáltica e das irregularidades nas contratações de caminhões e máquinas. “É realmente uma pena que os trabalhos de investigação estão impe-didos de serem realizados, pois os indícios existem e temos documentos em mãos que respaldam o que estou dizendo. Se houve falha na composição do requerimen-

to dirigido à presidência da Câmara, foi porque acre-ditamos que bastava uma descrição dos objetos na justificativa e que as provas documentais seriam apre-sentadas depois, no decorrer da investigação. Se soubés-semos que isso acarretaria essa atitude do prefeito, de entrar com mandado de segurança para impedir a CPI, teríamos apresentado tudo o que temos juntamente com o requerimento, além de detalhar os fatos e es-pecificar as datas. Estamos investigando essas ações e reunindo documentos desde o começo deste ano e só agora conseguimos cruzar todos os dados para apre-sentar a denuncia, porém, infelizmente, fomos barrados por essa questão regimental. Só que não vamos desistir porque é nosso dever levar essa investigação até o fim,

Legislativo em foco Daremos seqüência aos esclarecimentos sobre o funcionamento da Câmara de Alpinópolis. Nesta edição o leitor irá se inteirar sobre um tema muito importante: a composição e função de cada Comissão Permanen-te. Comissões são órgãos da Câmara Municipal que tem a finalidade de dirigir, examinar matéria em tra-mitação e sobre ela emitir parecer, proceder a estu-dos associados a assuntos de natureza especial ou, ainda, investigar fatos de-terminados de interesse da administração municipal. As Comissões Permanentes da Casa Legislativa de Al-pinópolis são quatro e cada uma é composta por três vereadores e um suplente, com as seguintes denomi-nações e composições:

CoMissÃo de leGislaÇÃo, JustiÇa

e redaÇÃo Final

presidente: Noé da Lódia (PTB)

vice-presidente: Jaqueline da Rádio (DEM)

Membro: Paulina do São Bento

(PTB)suplente:

José Acácio Vilela (PSDB)

CoMissÃo de orÇaMento, FinanÇas e triButaÇÃo

presidente: José Acácio Vilela (PSDB)

vice-presidente: Adriano Ploc (PDT)

Membro: Noé da Lódia (PTB)

suplente: Douglas Tintas (PP)

CoMissÃo de oBras, Bens e serviÇos

pÚBliCos

presidente: Douglas Tintas (PP)

vice-presidente: Zé Antônio da COPASA

(PTB)Membro:

Luiz Paiva (PRB)suplente:

Jaqueline da Rádio (DEM)

O Regimento Interno da Câmara Municipal de Alpi-nópolis especifica detalha-damente o que é responsa-bilidade de cada comissão: Art. 65. São as seguintes as Comissões Permanentes e respectivos campos temá-ticos ou áreas de atividade:

i – Comissão de legis-lação, Justiça e redação Final. a) compete à Comissão manifestar-se quanto aos aspectos constitucionais, legais, jurídicos, regimentais e de técnicas legislativas de projetos, emendas ou subs-titutivos globais, sujeitos à apreciação da Câmara ou de suas Comissões, para efeito de admissibilidade e tramitação; b) analisar as proposi-ções sob os aspectos lógico e gramatical, de modo a ade-quar à compreensão comum e ao bom vernáculo o texto das proposições; c) admissibilidade de proposta de emenda à Lei Orgânica do Município; d) assunto de natureza jurídica ou constitucional que lhe seja submetido em consulta, pelo Presidente da Câmara, pelo Plenário ou por outra Comissão, ou em razão de recurso previsto neste

Regimento; e) assuntos atinentes aos direitos e garantias fun-damentais, à organização do Município, à organização da Administração Pública direta e indireta e às funções essenciais da mesma Admi-nistração; f) matérias relativas ao Direito Público Municipal; g) Partidos Políticos com representação na Câmara, Bancadas, Blocos Parlamen-tares, mandato de Vereador, sistema de eleição interna; h) Intervenção do Estado no Município; i) uso dos símbolos mu-nicipais; j) criação, supressão e modificação de Distrito; l) autorização para o Prefeito ou Vice-Prefeito ausentar-se do Município; m) regime jurídico e previdência dos servidores municipais; n) recursos interpostos às decisões da Presidência; o) votos de censura, aplauso ou semelhança que envolver o nome da Câmara; p) direitos, deveres, licenças de Vereadores, cassações e suspensão do exercício do mandato; q) convênios e con-sórcios; r) todos os assuntos que envolvem parecer sob aspectos constitucionais, legais e da justiça; s) vetos e revogações de leis, resoluções e decre-tos legislativos; t) declarações de uti-lidade pública; u) transações de bens patrimoniais do Município, móveis e imóveis

§1º. Nenhum projeto de lei, decreto legislativo, resolução ou proposta de

emenda à lei orgânica, po-derá tramitar na Câmara sem o parecer da Comissão de Justiça e Redação Final. §2º Se a Comissão de Legislação, Justiça e Reda-ção Final entender a matéria como inconstitucional, a pro-posição será arquivada sem que sobre ela se pronuncie o Plenário com comunicação Oficial ao Autor da mesma, pelo Presidente da Câmara, para as providências cabí-veis.

ii - Comissão de orça-mento, Finanças e tribu-tação. a) compete à Comissão opinar sobre todos os as-suntos de caráter financeiro e orçamentário, em especial: Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Proposta Orçamentária; b) opinar sobre proposi-ções referentes a matérias tributárias, abertura de cré-ditos, empréstimos públicos e as que, direta ou indireta-mente, alterem a despesa ou a receita do Município, acarrete responsabilidade ao erário municipal ou in-teressem ao crédito e ao patrimônio público municipal; c) opinar sobre proposi-ções que fixem ou aumentem a remuneração dos servido-res e que fixem ou reajustem os subsídios dos agentes políticos; d) exercer o acompa-nhamento e a fiscalização orçamentária; e) assuntos atinentes à licitação e à contratação, em todas as modalidades, para a administração públi-ca direta e indireta, incluída as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal; f) tomada de contas do

Prefeito, do Presidente da Câmara e da Mesa Diretora; g) elaboração do decreto legislativo de aprovação ou rejeição das contas do Mu-nicípio.

iii – Comissão de obras, Bens e serviços públicos. a) compete à Comissão opinar, obrigatoriamente, sobre todas as matérias que versem sobre assun-tos educacionais, artísticos, culturais, desportivos, re-lacionados com a saúde e previdência social bem como opinar sobre todas as propo-sições e matérias relativas à criação, estruturação e atribuições da administração direta e indireta e das empre-sas, nas quais o Município tenha participação; b) normas gerais de li-citação, em todas as suas modalidades, e contração de produtos, obras e serviços da administração; c) pessoal fixo e variável da Prefeitura e da Câmara, bem como a política de re-cursos humanos; d) disciplina das ativida-des econômicas desenvolvi-das no Município; e) economia urbana e rural, desenvolvimento téc-nico e científico aplicado ao comércio e indústria; f) turismo e defesa do consumidor; g) cadastro territorial do Município, planos gerais e parciais de urbanização, zo-neamento, uso e ocupação do solo; h) obras e serviços públi-cos, seu uso e gozo, venda, hipoteca, permuta, outorga de concessão administrativa ou direito real de uso de bens imóveis de propriedade do Município; i) Plano Diretor;

j) transporte coletivo;l) habitação, infra-estrutura urbana e saneamento bási-co;m) desenvolvimento e inte-gração de regiões e bairros; n) planos municipais de desenvolvimento econômico e social;o) sistema municipal de defesa civil; p) segurança, política, educação e legislação de trânsito e tráfego. q) política agrícola e assuntos atinentes à agri-cultura e piscicultura; r) organização do setor rural, política municipal de cooperativismo e condições sociais do meio rural; s) proteção e benefícios especiais temporários às empresas instaladas ou a serem instaladas no Muni-cípio; t) cabe a essa Comissão a análise do mérito de cada proposição relacionada com as áreas descrita acima, as-sim entendida a colocação do assunto sob o prisma de sua conveniência, utilidade e oportunidade.

parágrafo Único. Ao Presidente da Câmara cabe, no prazo improrrogável de 3 (três) dias, a contar data de aceitação das proposições pelo Plenário, sujeitas à apreciação das Comissões, encaminhá-las às mesmas, salvo os projetos de lei de iniciativa do Prefeito Municipal, com apreciação em regime de urgência, os quais deverão ser entregues às Comissões em conjunto na mesma data da entrega no expediente da primeira reunião ordinária, após a en-trada do referido projeto na Secretaria de Administração da Câmara.

Vereador Luiz Paiva diz que denunciantes vão,de qualquer forma, levar investigação até o fim.

seja para declarar o prefeito culpado ou para inocentá-lo. Estamos empenhados a buscar todos os caminhos possíveis, pois o importante é apurar os fatos e trazer a verdade para a população”, declarou o parlamentar.

o preFeito Nossa reportagem es-tabeleceu contato com o Executivo Municipal para comentar a matéria, mas até o fechamento desta edição não havia recebido nenhum tipo de resposta.

Câmara Municipal está impedida de investigar prefeito devido a liminar conseguida na Justiça.

Page 4: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Junho de 2014 | Página 4CIDADE

São comuns as reclama-ções de cidadãos brasileiros quando o assunto é Justiça. Mais de 90% dos moradores de sete regiões metropoli-tanas de nosso país con-sideram que a Justiça no Brasil é lenta ou muito lenta na resolução de conflitos, segundo pesquisa feita pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (SP). A situação em pequenas cidades, como Alpinópolis, não foge à regra da mal-quista morosidade dos pro-cessos judiciais no Brasil e a insatisfação da população também não é diferente da dos habitantes dos grandes centros urbanos. Porém, onde quer que seja, é ne-cessário que seja feita uma análise mais acurada do problema antes de sair por aí maldizendo juízes, pro-motores, escrivães, oficiais de justiça e outros serventu-ários da Justiça pela lentidão nos processos. O problema ultrapassa as possibilidades de ação dos diretores dos fóruns locais e configura mais um dos entraves estru-turais do sistema federativo brasileiro. O Poder Judiciário acaba concentrando a maior parte de seus recursos nas cúpulas dos tribunais e os meios acabam chegando de forma insatisfatória onde a população de fato se en-contra, ou seja, nas varas e comarcas. Toda essa problemática estrutural ocasiona uma ele-vada sobrecarga de proces-sos aos poucos servidores que existem nas comarcas, o que gera insatisfação, in-segurança e cobranças da população por uma resposta mais rápida. Certamente a maioria desconhece a realidade do Fórum de Alpi-nópolis. A situação pode ser classificada como caótica e, em função da lentidão nas decisões judiciais, acaba propiciando graves proble-mas sociais. A situação vivenciada no Fórum local é de fato crítica, pois além de Alpinópolis a comarca abrange também o município de São José da Barra. São milhares de ações judiciais aguardando para serem examinadas,

Fórum de Alpinópolis acumula mais de sete mil processos

Trecho de rua jocosamente apelidado por moradores de “Tobogã da Dona Indá”

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algo em torno de sete mil, de acordo com dados dis-ponibilizados pelo sistema informatizado utilizado pela Justiça, o Siscom. Destes, cerca de 30% (mais de dois mil) são processos criminais. Atentando para o fato de que Alpinópolis e São José da Barra somam uma popula-ção de, aproximadamente, 29 mil habitantes, a média dentro dos limites da co-marca seria de um processo para cada grupo de quatro pessoas. Número muito alto e que torna a execução in-viável considerando que há apenas uma vara judicial na comarca e, portanto, um só magistrado para julgar esses milhares de processos. Há que ressaltar ainda que o problema cresce assustado-ramente, pois uma média de 300 processos dão entrada mensalmente no Fórum, o que daria, computando ape-nas os dias úteis, cerca de 15 novas ações diárias. A Justiça de Alpinópolis, representada por um número reduzido de funcionários, tem diante de si um acer-vo crescente de sete mil

processos para gerenciar. Dentre os serventuários, a comarca conta, além do juiz, com 15 funcionários do qua-dro do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). A situação só não é pior devido aos convênios de cooperação firmados com as prefeituras de Alpinópolis e São José da Barra que ce-dem seis funcionários, e com a Câmara Municipal de Alpi-nópolis, que cede mais um. Há ainda seis estagiários (estudantes de Direito) que auxiliam nos procedimentos, cumprindo carga horária de quatro horas/dia e por tempo determinado. Segundo declarou o es-crivão Geraldo Magela Car-valho Alves, além do volume de processos ser muito gran-de, o trabalho é difícil de ser executado, pois é necessário conhecimento técnico para dar andamento, principal-mente, em uma ação judicial. “O volume de trabalho é enorme e exige qualificação para executá-lo. São muitas as tarefas que precisam ser feitas, como o cumprimento de despachos e decisões,

expedição de vários ofícios e mandados, realização de audiências, perícias, junta-das diárias de petições e documentos protocolados por advogados, e várias ou-tras diligências. Como tudo isso precisa ser processado pelo Siscom há também o trabalho de alimentá-lo e movimentá-lo dia a dia, a cada andamento de cada processo. Não podemos esquecer que tudo isso fica sob a direção e apreciação de um só juiz, que tem que despachar, instruir e julgar todos os processos. Isso torna-se quase desumano”, disse. Perguntado sobre como

Comarca de Alpinópolis acumula mais de sete mil processos. Destes, cerca de dois mil são criminais.

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poderia ser sanada essa situação, o escrivão, que também está a frente da administração do Fórum há mais de sete anos, disse que o ideal seria a instalação de mais uma vara judicial na comarca, que implicaria em trazer mais um juiz, outro promotor e, conseqüen-temente, outra secretaria, incluindo a contratação de-finitiva de mais servidores visando atender a demanda e propiciar uma prestação jurisdicional realmente ade-quada aos cidadãos.

proMessas de CaMpanha

O prefeito Julio Cesar Bueno da Silva, o Julio Ba-tatinha (PTB), que também é serventuário da Justiça, durante a campanha elei-

toral de 2012, incluiu em seu Plano de Governo (pro-posta registrada no TRE-MG sob o número 40371-130000027225-569407) o compromisso de promover a “Instalação da 2ª vara ju-dicial na comarca de Alpinó-polis, visando a aceleração e efetiva promoção da justiça ao cidadão”. Diante do não cumprimen-to do compromisso até o pre-sente momento, mesmo ha-vendo a Lei de Organização Judiciária do Estado de Minas Gerais (Lei Complementar nº 105 de 14 de agosto de 2008) já ter previsto e aprovado essa demanda, o prefeito foi procu-rado por nossa reportagem para comentar o assunto, mas até o fechamento dessa edi-ção não havia dado nenhuma resposta.

Grande volume de processos e reduzido número de funcionários dificultam trabalho no Fórum de Alpinópolisa

Page 5: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Junho de 2014 | Página 5GERAIS

MEIo AMBIENTE

Objetivando promover o fortalecimento da atividade comercial na cidade, a Asso-ciação Comercial e Industrial de Alpinópolis (ACIALP), vem passando por uma fase de reestruturação que visa impulsionar uma série de transformações necessárias ao bom funcionamento e cumprimento dos objetivos da entidade, ou seja, pro-mover a organização, a mo-bilização e a integração dos empresários e comerciantes alpinopolenses, por meio da manifestação dos seus interesses. A representati-vidade da instituição serve para garantir que os inte-resses do meio empresarial sejam ouvidos, respeitados e atendidos pelos órgãos do governo, outras entidades e a sociedade como um todo. Vários projetos estão sendo estudados e em fase de implantação pela ACIALP, entre eles a ampliação dos convênios para beneficiar os associados, a prestação de assessoria jurídica e a instalação de uma junta de conciliação visando agilizar acordos evitando que novas ações ingressem no Fórum local. Um projeto que a as-sociação dedica especial atenção é o da luta pela re-gulamentação do comércio ambulante nos limites do

ACIALP propõe regulamentação da atividade comercial itinerante em Alpinópolis

Em 06 de Maio deste ano de 2014, foi publicada a Instrução Normativa 2/2014 do Ministério do Meio Am-biente que estipula o prazo de um ano para a vigência do Cadastro Ambiental Rural (CAR), bem como o fun-cionamento do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR). O CAR é um registro público, eletrônico, de abran-gência nacional feito junto ao órgão ambiental competen-te. Criado pelo Novo Código Florestal Brasileiro, Lei n.º 12.651 de 25 de maio de 2012 e regulamentado pelo Decreto nº 7.830 de 17 de outubro de 2012, o registro é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem como finalidade integrar as infor-mações ambientais das pro-priedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramen-to, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Nos mesmos moldes como hoje é feita a decla-ração de imposto de renda, o cadastro é um sistema pelo qual cada proprietário de terra vai informar ao governo, via internet, quais são e onde estão suas áre-as de produção agrícola e suas áreas com vegetação natural conservada. Como o Código Florestal criou novas regras de proteção ambiental em propriedades rurais, o produtor terá que se comprometer a recuperar as áreas degradadas que não estejam de acordo com a legislação, respondendo pelas informações prestadas através do CAR.

CoMo FaZer? No Estado de Minas Gerais, o CAR será feito

Cadastro Ambiental Rural é regulamentado pelo Governo

município. Esse tipo de comércio de ambulantes, há tempos, é bastante corriqueiro na cidade. É comum encon-trar, pelas ruas e praças de Alpinópolis, veículos esta-cionados vendendo móveis, enxovais, plantas, utensílios domésticos, entre vários ou-tros artigos. As mercadorias são, muitas vezes, de origem

duvidosa e a falta de regula-mentação dessa categoria de atividade pelo poder pú-blico pode, inclusive, acabar prejudicando o consumidor alpinopolense, que não tem nenhuma garantia relativa ao produto que está adquirindo. Outro ponto destacado pela associação é sobre a realiza-ção de feiras livres, atividade que pode ser caracterizada

pelo agrupamento de vários comerciantes em determi-nado local, com finalidade de exercer o comércio, por tempo determinado, em lo-cais previamente verificados pelo poder público. A solicitação da ACIALP é que esse tipo de comércio seja regulamentado pela Prefeitura Municipal de Alpi-nópolis, pois considera que

muitas vezes as atividades não são balizadas por legis-lação adequada o que vem acarretando acumulados prejuízos para a economia municipal, principalmente para os comerciantes devi-damente estabelecidos. O presidente da ACIALP Edson Miguel Pereira, o Disom, diz que o objetivo da reivindicação dessa regu-lamentação visa propor um equilíbrio entre o comércio itinerante e o comércio fixo, preservando o empreende-dor local de uma possível concorrência desleal e a cidade como um todo da sonegação fiscal, além de garantir a segurança do consumidor. “As ações que ora a ACIALP propõe visam valorizar os comerciantes e empresários alpinopolen-ses e também preservar o consumidor da cidade. Esse pedido para que seja estabelecida essa regula-mentação para o comércio de ambulantes, assim como para a realização de feiras nos limites do município, procura apenas ratificar o princípio constitucional da isonomia, ou seja, que haja igualdade e equilíbrio entre o comerciante já estabele-cido e o itinerante. Nossa intenção não é, de forma alguma, impedir a realização

O presidente Edson Miguel Pereira assumiu a direção da ACIALP objetivando fortalecer a entidade

das feiras ou proibir que os ambulantes venham exercer suas atividades na cidade, mas sim que se estabeleçam regras para que tudo seja feito dentro da lei”, explica o presidente. Após reivindicação for-mal enviada pela ACIALP à Prefeitura Municipal, houve manifestação do prefeito em relação ao assunto, se comprometendo a dar o suporte demandado pela associação. “Tive um encon-tro com o prefeito Julio Ba-tatinha, onde pude explicar pessoalmente a seriedade de nossas solicitações e ele se mostrou muito disposto a nos acudir. Alguns dias depois dessa reunião, fui novamente até a prefeitura e vi que já haviam providen-ciado o Projeto de Lei que será enviado à Câmara de Vereadores para apreciação e votação. Espero que logo tudo esteja regularizado e que a sociedade alpinopo-lense seja a grande benefi-ciada”, declarou Disom.

a preFeitura O Tribuna Alpina entrou em contato com a prefeitura para manifestação sobre o assunto, porém até o fe-chamento desta edição não havia recebido nenhum re-torno.

no SICAR-MG, por meio do Portal SisemaNet. A res-ponsabilidade do Cadastro em Minas é da Semad (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desen-volvimento Sustentável), sob a coordenação exe-cutiva do IEF (Insti tuto Estadual de Florestas). O Cadastro deverá ser feito no prazo de um ano, prorrogável por mais um, a partir da Instrução Nor-mativa nº2, que define os procedimentos gerais do CAR, publicada no último mês de maio. Em Alpinópolis são es-perados mais de mil imó-veis para cadastro e mo-nitoramento da situação das Áreas de Preservação Permanente (APP) - mar-gens de rios, nascentes e nos morros – e Reservas Legais (RL) - área de con-servação com cobertura de vegetação nativa sem supressão. Calcula-se que mais de 70% dos imóveis rurais alpinopolenses são considerados pequenos. De acordo com Fernan-do Oliveira Reis, proprie-

tário da Agroalp Projetos Rurais e Ambientais Ltda, todas estas normativas cui-dam da regularização das Áreas de Preservação Per-manente, de Reserva Legal e de Uso Restrito mediante recuperação, recomposi-ção, regeneração ou com-pensação, complementan-do as normas necessárias à implantação do CAR, o que dará início ao processo de recuperação ambiental rural previsto no Código Florestal. “É importante que o produtor busque, com auxílio jurídico e ambiental necessário, levantar todos os custos, documentação e informações para melhor compreensão de todos estes institutos legais em suas nuances, para auxílio na regularização e imple-mentação do CAR, evitan-do um imbróglio legislativo entre tantas normativas, decretos e leis”, comentou o empresário.

ConseQuenCias da Falta do Car

A não realização do CAR poderá restringir o acesso

do proprietário/posseiro a linhas de crédito federal ou programas de fomento oferecidos pelos governos federal e estadual. Caso o proprietário/posseiro não faça o cadastro e tenha em sua área Reserva Legal e/ou APP’s a recuperar, ele estará sujeito às penalidades impostas pela legislação vigente.

alerta soBre Golpes O produtor deve estar atento aos fraudadores que poderão vir a tentar aplicar golpes. Segundo a Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) já foram re-gistrados casos de produ-tores que foram vítimas de falsos profissionais: “Eles chegam em carros com fal-sas logomarcas, dizendo-se fiscais, com documentações falsificadas e uma série de informações equivocadas. Fazem pressão em cima da desinformação. É importante alertarmos os produtores para que não caiam nesse golpe”, declarou o presidente Roberto Simões.

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Proprietários rurais terão um ano para aderir ao programa e regularizar a situação das áreas de uso restrito e reserva legal.

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Page 6: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Junho de 2014 | Página 6CoLUnA SoCIAL

Por Ricardo Lima

Os sorrisos de Joaquim Rafael e Lei-dimar deixam aflorar a felicidade com que assumiram a condição de marido e mulher. Em linda e emocionante ce-rimônia realizada na Matriz de São Se-bastião, os noivos disseram o famoso “sim” diante da sociedade que marcou presença para prestigiar a união. Ela filha de Carlos/Maria e ele filho de Plínio (in memorian)/Rozilda, agora passam a constituir a mais nova famí-lia alpinopolense. Felicidades ao casal!

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A Cooperativa de Ensi-no de Alpinópolis, en-tidade mantenedora do Instituto Educacional Padre Ubirajara Cabral – IEPUC realizou re-centemente eleição para composição da nova diretoria que capitane-ará a instituição pelos próximos anos. A chapa eleita é encabeçada pelo competente Sebastião Sandre Angelo, que terá a difícil missão de man-ter o IEPUC nos altos patamares em que se encontra. Sucesso!

Divina Alda Brasileiro Santos é mulher elegan-te, inteligente, de bom coração, que prioriza a família e os bons amigos. A essa ilumina-da professora e advogada, que conquistou seu espaço com brilhantismo, justamente homenageamos pela passagem de seu aniversário. Parabéns!

Quem também colheu mais uma rosa do jardim da vida foi Margari-da Maria Alaco-que, a competente diretora-presi-dente do Sicoob Credialp. A essa eficiente e dinâ-mica personalida-de da comunida-de alpinopolense, nossos sinceros parabéns e votos de muitos anos de vida!

VENTANIA NA COPA – PARTE IA galera da agência dos Correios de Alpinópolis marcou presença no jogo Colômbia X Grécia. Boaventura, Briner e Tales caíram no meio da efusiva torcida colombiana que compareceu em massa ao Mineirão, em Belo Horizonte.

Logo após trocarem as juras de amor eterno, Adriana Diniz e Paulo Oliveira voaram para curtir a lua de mel na agitada cidade de Cancun, no México. ¡Arriba muchachos!

Uma das mais tradicionais famílias alpinopolenses promoveu uma grandiosa festa para celebrar o encontro da pa-rentela. A comemoração aconteceu no Clube Serra Verde e estava apinhada de gente. Destaque para a numerosa e muito querida prole de Dico e Piluza.

Férias para que te quero! As jovens alpinopolenses Gabriela, Sofia, Ana Cláudia e Marina foram fazer uma breve visitinha ao Tio Sam e conferir de perto todos os encantos da Disney em Orlando, na Flórida.

E no “Arraiá do Lar São Vicente de Paulo”, o pessoal se divertiu com uma animadíssima festa junina. Diretoria, familiares e funcioná-rios proporcionaram aos internos momentos prazenteiros com direito a quadrilha, canji-cada, fogueira e, claro, casamento caipira. Os noivos Antônio e Aparecida estavam que era só alegria!

VENTANIA NA COPA – PARTE IIO engenheiro ambiental Alexandre Borges ficou hospedado no mesmo hotel onde esta-va a delegação de Camarões, nossos terceiros adversários nesta Copa. A facilidade garantiu a foto ao lado de Choupo-Moting, atacante da seleção camaronesa e da equipe alemã do FSV Mainz 05.

VENTANIA NA COPA – PARTE IIIDudu Reis e Paulo Henrique (Capetinha) foram ao Mineirão ver a partida entre Argentina X Irã. Apesar de toda a rivalidade com os argentinos, sem-pre é um privilégio ver em ação craques como Lionel Messi, Angel Di Maria e Sergio Aguero. Se bem que a coisa não foi nada fácil para los hermanos...

Já preparando o clima para a maior festa da cidade, foi reali-zada a escolha da Rainha da EX-POAL 2014, mais uma promoção do Sindicato dos Produtores Ru-rais de Alpinópo-lis. A eleita foi a beldade Mariana Paim. A ela, nos-sos parabéns!

E lá vem mais choro de neném. Quem veio ao mundo recente-mente, para fazer companhia à irmãzinha Carol, foi a pequena Ga-briela, filha de Dr. Antonio e Dra Adriana. Que um caminhão de bênçãos seja der-ramado sobre a gatinha que acaba de chegar.

Animação é o que não falta para essa galera. David Leite, Tiago Brasileiro (Boi) e Miriam Lima se mandaram para a quase homônima cidade de Alti-nópolis-SP para desfrutar de uma das festas mais charmosas do interior paulista: o Forró da Lua Cheia.

Page 7: Tribuna alpina junho 2014

TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Junho de 2014 | Página 7noSSA hISTÓRIA

Mandato do prefeito Antônio de Freitas

Entrevista com a escritora Hilda Mendonçao VENTANIENsE

A escritora Hilda Men-donça é natural de Alpinó-polis ou Ventania, como ela própria gosta de chamar. Essa filha de Alfredo Crispim da Silva e Antonia Francisca Mendonça é formada em Magistério – Letras Inglês/Português, pós-graduada em Ensino Institucionalizado e Educação para Adultos, além de ter diversos cursos na área de educação. Vi-veu por 17 anos na vizinha Passos, onde completou o ensino médio e superior. Fixou residência em Brasília, em 1975, sendo aí aprovada em concurso público como professora de Língua Portu-guesa e Literatura Brasileira, exercendo o magistério por 25 anos, notadamente na cidade de Taguatinga, onde se envolveu também em atividades literárias, desfiles da cidade, música, etc. Hilda Mendonça é filiada ao Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, tendo sua biografia registrada no Arquivo Público do DF e já publicada em uma revista da ADPF. Há que destacar ainda que desenvolveu rico trabalho sobre o resgate da história da cidade de Tagua-tinga. Participou do projeto “Leitor Criador”, das escolas públicas do DF e do pro-jeto Luz e Autor em Braille (PLAB) da biblioteca Braille Dorina Nowill. Ao aposentar-se, em 2000, Hilda volta para Minas Gerais, dedicando-se agora integralmente a sua obra literária. Tendo recebi-do inúmeras homenagens ao longo de sua carreira, a que mais se destaca é ter seu nome dado nomencla-tura à biblioteca do CEM-EIT Taguatinga-DF, chamada Biblioteca Hilda Mendonça. É membro fundador da Aca-demia Taguatinguense de Letras, cadeira nº 4, patrono

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No início de 1977, por-tanto há mais de 37 anos, encerrou-se o mandato de Antônio José de Freitas, um dos prefeitos mais efi-cientes e polêmicos que comandaram o município de Alpinópolis. Freitas foi o 16º mandatário alpinopolense, empossado em 31/01/1973 depois de vencer, por uma diferença de 507 votos, o pleito de 15 de novembro de 1972 disputado contra José Freire Gonçalves. A atuação de Antônio de Freitas frente ao Executivo Municipal vem oportunamen-te ser aqui lembrada, pois em seu mandato fez-se exa-tamente o deveria ser feito. Sem medo de represálias, sem jogos politiqueiros e sem o desprezível clientelis-mo, as ações foram executa-das de maneira sóbria e sob austero planejamento, algo que precisava urgentemente acontecer novamente. Segundo observações, gentilmente adiantadas ao Tribuna Alpina pelo profes-sor Dimas Ferreira Lopes (contidas em sua futura pu-blicação denominada “His-tória de Alpinópolis – Parte II”), Freitas foi um prefeito extremamente técnico e deixou como marca maior de sua gestão a severidade

fiscal, havendo executado integralmente a dívida tri-butária da época. Isso o fez com a convicção que, com este ato, seria possível orga-nizar, coordenar e controlar a administração financeira municipal, ponto de partida para qualquer gestão que objetive realizar um trabalho de base que permita boa atuação nas demais áreas. “Antônio de Freitas, antes de ser prefeito, foi professor de química, e tendo esse perfil de crente em leis cien-tíficas sempre exatas, sabia que caixa municipal vazio o

impediria de governar com pacificação contábil”, aponta Dr. Dimas. A coragem do ato de Freitas trouxe, no entanto, efeitos colaterais que medidas impopulares, porém necessárias, trazem naturalmente. O desgaste político foi inevitável e a simpatia pelo partido que o elegeu foi mortalmente atin-gida fazendo com que so-fresse as derrotas eleitorais dos três pleitos seguintes. “Freitas pagou o preço, mas pagou com coragem e penso que agiu corretamente. O problema é que uma dívida

Humberto de Campos.

Quando você desco-briu que tinha dom para ser escritora e como isso aconteceu? Sempre gostei de es-crever e na escola já fazia boas redações, mas a que chamou a atenção de um professor, já no ginásio, foi um texto que fiz sobre os festejos de São João. Quan-do esse professor me disse que tinha qualidade literária, comecei e não parei mais.

servindo-se de três adjetivos descreva hilda Mendonça. Eu diria que um subs-tantivo me identificaria me-lhor: TRABALHO. Tenho a impressão de que já nasci trabalhando e peço a Deus que nunca me tire a capaci-dade e o gosto pelo trabalho. Mas não fugirei das adjeti-vações, então me descrevo como inquieta, sonhadora e esperançosa.

o que recorda de mais precioso da sua infância em alpinópolis? Minha infância em Alpi-nópolis foi a cara daquele

poema “Meus Oito Anos”, de Casimiro de Abreu, porém há ali um verso que define tudo: “Livre filho das monta-nhas”. Tínhamos a liberdade que as crianças de hoje não têm.

sabemos que iniciou suas publicações lite-rárias no jornal o sudoeste. Qual foi a primeira publi-cação? Tornei-me amiga do Sr. José

Pelegrino, dono do Jornal O Sudoeste, que sempre pu-blicava alguma coisa minha e ainda sempre dizia que eu era talentosa. A primeira pu-blicação nesse jornal foi um poema que falava de Jesus andando sobre as águas. Já vi muita tela sobre esta passagem, mas nenhuma se aproximou da que tenho em mente e, como não sei pintar, escrevi.

Fale-nos sobre sua longa fase passada no distrito Federal. Assim que terminei o curso de Letras em Passos (nem participei da formatu-ra) fui direto para Brasília, que eu já conhecia desde 1970. Cheguei lá em 75 e comecei lecionando no Colégio Stella Maris, Jesus Maria José e também em escolas na cidade satéli-te do Gama. Fiz isto por quatro anos até que, por concurso, fui chamada pela Rede Oficial e fui lotada na cidade satélite de Tagua-tinga. Como amei aquele lugar, tudo sendo constru-ído e, hoje, é uma quase uma metrópole. Antes de sair de lá fiz um livro que conta os seus primórdios. Ali me envolvi com artistas que fundaram a Associação de Arte e Cultura, da qual eu era secretária, que con-gregava artistas de todos

os segmentos: música, teatro, literatura, artes plás-ticas, artesãos, grafiteiros, cordelistas, enfim uma mis-celânea cultural. Eram os anos de ferro da ditadura e, como a maioria dos artistas, vivíamos tendo problemas. Foi quando três colegas me convidaram para criar algo voltado só para a literatura e assim nasceu a Academia Taguatinguense de Letras, hoje uma entidade respei-tada, que tem em seu seio grandes escritores e poetas consagrados. Tínhamos também em Taguatinga grandes projetos como o Leitor Criador, criado pela mineira Stella Maris (ga-nhadora de três Jabutis), o Luz e Autor em Braille, de outra mineira, a Dino-rah Couto. Dessas lutas colhemos bons frutos, pois há hoje um Centro Cultural com biblioteca pública, te-atro, Academia de Letras, biblioteca Braille e, em suas proximidades, uma bibliote-ca que leva o meu nome.

Como e quando se deu seu ingresso na academia taguatinguense de letras? Como disse anteriormen-te, sou uma das fundadoras dessa academia, assim sen-do, estou lá desde o início. Eu e outros três escritores, o Dr.Leão Sombra do Norte Fontes, Hildebrando Davi e Adalberto Adalbertos somos os fundadores.

o que nos diz sobre seu último livro a Grande virada? O livro, que tem como prefacista o alpinopolense Dr.Dimas Ferreira Lopes, surgiu da vontade de regis-trar o que se passava na virada do milênio, mas as personagens às vezes nos conduzem a outros cami-nhos. Por exemplo, a per-sonagem Paula veio viver na Ventania, depois foi para Brasília e finalmente foi para a Zâmbia, na África, onde mudou sua história. Para

quem é da Ventania, poderá ver que cada contorno, cada pedra dessas serras venta-nienses, estão contidas nele. Não deixem de ler.

o nome de seu escritor brasileiro preferido. Em meio a tantos que sou apaixonada, seria difícil escolher um só, mas poderia citar um livro, que considero o maior livro deste país: Os Sertões, de Euclides da Cunha. O porquê de minha referência a esse livro seria impossível esclarecer em uma só entrevista. Só quem leu, ou vier a ler a obra, po-derá saber.

o nome do maior poeta do Brasil. Com tanta gente boa se-ria difícil, mas afirmo sem ne-nhuma dúvida que se Castro Alves não tivesse vivido tão pouco, morreu aos 24 anos, teria sido o maior poeta bra-sileiro de todos os tempos, com a sua verve literária e a sua visão de mundo.

sabemos que teve mui-ta proximidade com omar Kraüss. Fale-nos um pou-co sobre esse contato. O Omar representou muito para mim. Além de escritor, teatrólogo, músico, cantor, palestrante, alfaiate, artesão e tantas outras coi-sas que era o Omar, o que mais houvera pela frente ele teria feito. Quando partiu, o que eu mais perdi com a sua ausência foi meu “baú pirata de memórias”. Incrível como ele ia desfiando coisas que eu também tinha vivido e com o tempo ia deixando de existir. Além de um grande amigo, Omar era o guardião de minhas lembranças.

Como descreve a arte de escrever contos? O conto,embora seja um texto curto, gira em torno de um episódio. Nem todo mundo consegue produzir um bom conto, o que re-quer muita capacidade de

síntese, carga emocional, conhecimento das espécies literárias, pois a narrativa se inicia e já caminha para um clímax que poderá ter desfecho ou não. É minha espécie predileta, tanto para ler quanto para escrever.

suas experiências pes-soais têm efeito direto sobre as personagens de seus contos? Sobre minhas persona-gens, vou usar para defini-las as palavras do escritor e gramático Douglas Tufano. Ele diz que vivem num mun-dinho apertado, isto porque o que me encanta são as pessoas que vivem neste interiorzão brasileiro, nas currutelas, nas pequenas cidades, seus usos, costu-mes e crenças, talvez por ser folclorista.

o quanto tem de venta-nia em hilda Mendonça? A Ventania é a mãe, né? Foi de onde saí e apresentei minha cara ao mundo. Por toda parte que fui e vou, a apresentação é Hilda Men-donça, natural de Alpinó-polis. E lá dá para separar? Mas não posso ser injusta de não assumir que também devo muito a Passos, que me deu o suporte para en-frentar o mundo lá fora e que acolheu em seu seio, para o sono eterno, meus pais e três irmãos.

Que conselho quer dei-xar aqueles que desejem escrever e mesmo editar um livro? Para escrever? Primeiro é preciso que seja leitor, sem ler é como alguém que quer fazer uma casa, mas não tem o material. Quem não lê não escreve. Eu diria aos novos que comecem participando de concursos li-terários. Uma boa alternativa é publicarem em antologias e jornais antes de chegarem ao livro. Há que entender que o processo é longo e não se resume a pagar uma gráfica ou editora e publicar o livro. É preciso ganhar lei-tores e isso demanda tempo e trabalho para sua conquis-ta. Hoje eu já tenho editoras que, dependendo do as-sunto, investem em meus livros, porém não todos. Como exemplo, posso citar o fato de já haver publicado três livros de folclore e que tenho material pesquisado in loco para mais uns cinco. Porém as editoras dizem que folclore vende pouco, o que é uma pena, é a nossa cultura genuína.

tributária pesa diferente para o contribuinte rico e para o pobre, talvez ele devesse ter aplicado algumas anistias que a legislação da época permitia. Porém em suma, posso dizer que tenho uma excelente impressão do mandato de AJF”, pontuou o professor. Outra ação relevante do governo de Freitas foi a implantação na cidade das luzes de mercúrio em postes de cimento, como prelúdio da modernidade, dividindo a história municipal em “Perí-odo Ventania” – fase antiga da lamparina e postes de madeira com “tomatinhos incandescentes” (desde o mandato do primeiro pre-feito de Alpinópolis Antônio Herculano dos Reis até o penúltimo mandato de Os-valdo Américo dos Reis) e “Período Alpinópolis” – fase moderna (Freitas em diante). Além destas duas ações mais expressivas, merecem também registro outras in-tervenções realizadas por AJF como a construção da Praça Marechal Deodoro (atual Praça Dr. José de Carvalho Faria – Rosário), as obras na zona rural (aber-tura de estradas, colocação de mata-burros de metal, construção de pontes, etc.),

investimentos estruturais no setor educacional (criação do Departamento de Educa-ção e construção de grupos escolares rurais), conclusão das obras do fórum local e a expansão urbana através do início das bases para o lotea-mento do bairro Mundo Novo. A gestão AJF trouxe a Al-pinópolis, simultaneamente, valores de eficiência e de democracia. De eficiência, no sentido em que houve clareza na definição dos ob-jetivos fiscais de suas ações e sua operacionalização traduziu-se em resultados

que permitiram toda uma organização pautada em co-fres cheios e, portanto, per-mitindo boa governabilidade. De democracia, na dimen-são em que suas ações na área tributária, envolvendo cadastramento urbano das propriedades para fins de cobrança de um IPTU justo e execução da dívida fiscal, a cidade foi homogeneamente atingida, sem distinção de classe social ou posiciona-mento político. Todos foram igualmente afetados pelas medidas e, posteriormente, beneficiados por elas.

Prefeito Antônio José de Freitas governou Alpinópolis entre 1973 e 1977.

Antônio de Freitas ao lado do professor Edetildes de Souza, seu grande amigo e correligionário político.

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TRIBUNA ALPINA Alpinópolis/MG | Junho de 2014 | Página 8CULTURA

Gerundismo foi um ter-mo criado para designar a prática de utilizar o gerúndio em demasia, de forma a se tornar um vício de lingua-gem, um modismo vocabu-lar. É um hábito que o falante

DICAs DE PoRTuGuÊsCom Valdete Aparecida Santos Ribeiro - Professora de Português

Cuidado com o “gerundismo”

Exposição “Explosão de Cores” exibe obras da artista alpinopolense Elígia Maria

adquire e que perante a linguagem padrão é consi-derado errôneo. Muito foi falado por gran-des nomes da gramática sobre tal uso, o que contri-buiu para conscientizar as

pessoas de que é errado, ou até mesmo para esclarecer aos que desconheciam, mas ainda assim, isso ocorre com frequência. Se você for atendido por alguém que “vai estar man-

INSTITUTO EDUCACIONALPADRE UBIRAJARA CABRAL

Rua José Jacinto Ribeiro,nº410 / 3523--1817

A Copinha IEPUC o Instituto Educacional Padre Ubirajara Cabral, motivado pela realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil, promoveu com absoluto sucesso a Copinha IEPUC. o evento foi organizado pelo professor Clayton que dividiu os times por categorias e deu a eles nomes dos países participantes do Mundial da FIFA. A Copinha teve início no mês de abril e as finais ocorreram no mês de junho.

oS CAMPEõES:Categoria Masculino – 9º EF ao 3º EM: GAnACategoria Masculino – 6º ao 8º EF: ARGEnTInACategoria Feminino – 6º EF ao 3º EM: CoRÉIA Do SULCategoria Masculino – 2º ao 5º Educação Infantil: MÉXICoCategoria Feminino – 2º ao 5º Educação Infantil: JAPão

oS ARTILhEIRoS:Sérgio henrique (3º EM): 11 golsotávio (8º EF): 10 golsGabriela (3º EM): 6 golsMarcos Augusto (4º Educ. Infantil): 11 golsMaria Elisa (3º Educ. Infantil): 6 gols

Foram realizados 63 jogos e marcados 155 gols (média de 2,46 por jogo) sendo as partidas realizadas durante os intervalos do recreio na recém construída quadra do IEPUC. Muitas lágrimas marcaram as conquistas e as eliminações na competição, mas o saldo final foi muito positivo, segundo declarou o organizador Clayton. “Re-alizar competições dessa natureza é fundamental para ratificar a importância que a escola dá ao esporte. As disputas saudáveis e acirradas que pudemos acompanhar no decorrer da Copinha, certamente ensinou valores de cidadania para a garotada. outro fator importante a ser destacado é que esse tipo de evento motiva o conhe-cimento da estrutura de organização de um campeonato, assim como promove o contato com outras culturas”, destaca o professor.

IEPUC EM AÇão...

Gana, Argentina e Coréia do Sul: campeãs do turno matutino.

México e Japão: campeãs do turno vespertino.

o evento foi organizado pelo professor Clayton.

Uma garota mais que especial! Assim pode ser definida a artista Elígia Maria, filha de Silanos e Andréa. Essa especialís-sima alpinopolense exibiu seus trabalhos em uma exposição denominada “Ex-plosão de Cores”, realizada entre os dias 26 e 30 de maio no Teatro São Paulo, em Alpinópolis. Oportuni-dade ímpar para leigos e profissionais da área com-partilharem do talento da pintora. Sorte de quem viu. A arte é um instrumento de expressão universal. Porém é necessário ob-servar a produção artística de alguém não como uma forma de exteriorização condicionada a caracterís-ticas padronizadas, mas sim como manifestação de pensamentos e sentimen-tos interiores, do universo particular de cada talento. O mundo de Elígia Maria certamente é cheio de co-res e traços que romanti-zam a vida. A jovem artista tem fascínio por animais, pescaria, músicas e, cla-ro, por desenho e pintura. Dona de um estilo sui gene-ris, ela expressa nas telas sensibilidade, harmonia de cores, carinho pela nature-za... Vida! Verdadeiramente, uma explosão em cores. Os quadros chegam a atarantar quem os contempla, alguns inclusive lembrando pincela-das de nomes consagrados como Picasso e Van Gogh, mas sempre mostrando algo original e muito peculiar do universo da artista. No acervo podemos ver obras possuidoras de uma hipnoti-zante simplificação das for-mas, quebrando conceitos usuais das representações de espaço. O acontecimento foi marcado por uma alegria contagiante, um misto de emoção e cultura. Foi, de fato, um momento de re-flexão capaz de comprovar que a arte pode desper-tar habilidades latentes e suscitar a superação das pessoas. Os pais Silanos e Andréa se declararam agradecidos pelo carinho e atenção da comunida-de, fundamentais para o

dando”, “vai estar ligando” ou “vai estar fazendo”, por favor, explique delicadamen-te que: o certo é: O verbo deve ser expresso com o infinitivo ou simplesmente no futuro, conforme as formas a seguir: ‘’eu vou ligar”, “mandarei”, “eu farei’’. O verbo no Modo Indica-tivo em geral exprime ideias objetivas, não podendo, portanto, gerar uma depen-dência. Exemplo: ‘’Mandarei a proposta para sua análi-

se’’. É uma afirmação que não deixa dúvidas sobre o que vai acontecer. O gerúndio acontece com o que está em movi-mento, está em curso, um processo que tem certa duração. Exemplo: ‘’na pró-xima quarta, quando você estiver viajando, eu estarei preparando as palestras. ’’ Esta formação está cor-reta para expressões que mostram uma ação a ser praticada no futuro e que deverá ocorrer simultanea-

mente a outra ação, também no futuro. Seria gerundismo se disséssemos: ‘’na próxima quarta, quando você esti-ver viajando, eu vou estar preparando as palestras‘’. Aqui temos a formação do verbo ir + verbo estar + verbo no gerúndio. É desnecessário não acha? Não é um excesso de formas verbais? Simplifique! Ficará correto, objetivo e elegan-te. Até a próxima!

sucesso da exposição, e confessaram sentir naque-les momentos algo único, uma sensação de realiza-ção plena. “Louvo a Deus por esse momento. E sigo louvando por ter me con-fiado a missão de cuidar da Elígia Maria. A criança aflita, a procura do alimento no colo da mãe, suga o leite e, realizada, serenamente adormece. Assim é a Elígia Maria. Menina inquieta que necessita de lápis, papéis, telas, pincéis e tintas. Daí nascem os desenhos, sur-gem as cores, cria-se arte. Mais do que tudo isto, explo-de uma alegria plena e reina uma infinita paz”, comenta orgulhoso o pai Silanos.