tri de julho

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EcoAgência: Nocias Naturais Pág. 3 Quadrinhos e sua transmídia Págs. 4 e 5 Markeng Viral e a onda dos “memes” Pág. 6 Comunicação Corporal: Falando com seu corpo Págs. 12 e 13

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Edição de Julho do Jornal da Agecom - Agência Experimental de Comunicação da Universidade Feevale - o Tri.

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Page 1: Tri de Julho

EcoAgência: Notícias Naturais

Pág. 3

Quadrinhos e suatransmídiaPágs. 4 e 5

Marketing Viral e aonda dos “memes”

Pág. 6

Comunicação Corporal:Falando com seu corpo

Págs. 12 e 13

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Carta ao Leitor Indice

Expediente

-

Jornal Laboratório da Agência Experimental de Comunicação AGECOM|FEEVALEPresidente da Aspeur: Argemi Machado de Oliveira|Reitor: Ramon Fernando da Cunha|Pró-reitor de

Planejamento e Administração: Prof. Alexandre Zeni|Pró-reitora de Ensino: Profa. Inajara Vargas Ramos|Pró-reitor de Pesquisa e Inovação: Prof. João Alcione|Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Profa. Gladis Baptista|Diretora do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas: Prof. Maria Cristina Bohnenberger|Coordenador do

Curso de Comunicação Social: Prof. Cristiano Max Pinheiro|Orientação: Profa. Christine Bahia e Profa. Donesca Calligaro |Direção do Projeto Gráfico: Profa. Rosana Vaz Silveira|Projeto Gráfico: Laura Muniz, Guilherme Blos, Martini

Dimer, Juliana Branco, Luis Weber, Marina Kunst, Róger Ramires |Capa: Juliana Branco|Reportagem: Adriano Schneider, Daiana Lopes, Fábio Osório, Ingrid Soares Humia, Jéssica Silva, Marcos Heck e Raona Nunes

Contato: [email protected]

EcoAgência _ página 3Ecologia em pauta

Quadrinhos _ páginas 4 e 5Saiba mais sobre Quadrinhos e sua transmídia

Marketing Viral e Memes _ página 6Estratégia de marketing e mania na internet

Quem é o Cara?_página 7Por trás das lentes do fotógrafo Claudio Cauduro

90 anos do Rádio _ página centralO rádio no país e as experiências de Mr. Pi e Haroldo de Souza

Tendências da Comunicação_página 11Você se porta bem nas redes sociais?

Comunicação Corporal_página 12 e 13Fique ligado no seu corpo

Mais um Tri quentinho para nossos leitores, e esta é uma edição especial. O “vovô da comunicação”, co-nhecido como rádio, está aniversariando em setembro e comemorando 90 anos no País. Para homenageá-lo trazemos uma matéria bem bacana sobre a história do rádio brasileiro e as experiências dos comunicadores Everton Cunha, o Mr. Pi e Haroldo de Souza. Também trazemos uma matéria sobre quadrinhos e sua trans-mídia. Ainda nesta edição uma agência voltada apenas a notícias relacionadas ao meio ambiente. Na discipli-na em destaque, Teorias de Relações Públicas com a professora Raquel Engelman Machado. Além de ma-térias sobre comunicação corporal, marketing viral e a onda dos memes e muito mais! Quer saber o que é esse mais? Então folheie as páginas seguintes e confira!

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Muito se tem dito sobre ecologia, economia verde, poluição, extinção de animais, morte das florestas, Aquecimento global, enfim, a natureza está em pauta.O ano de 2012 foi rotulado como o “Ano Verde”. Muitas reuniões e conferências têm movimentado a política mundial. A preocu-pação com o fim dos recursos naturais ater-roriza o pensamento do homem. Será que tudo acabará? A água é realmente um re-curso infinito? Vivemos à beira de um apo-calipse climático?Para tentar trazer um pouco de paz aos pesadelos mundiais, aconteceu no Rio de Janeiro, no mês de junho, a Rio+20, uma repetição da Rio- 92, em que governantes de diversas nações vieram até o Brasil para discutir o futuro do planeta, as responsa-bilidades que cada país terá nos próximos anos para diminuir as emissões de gases do efeito estufa, o desmatamento das flores-tas, poluição dos mares e rios e reabilitação de suas áreas verdes.Com o mesmo foco e selo regional, um gru-po de professores e voluntários se reuniu e criou a Nej-RS (Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul), em 22 de junho de 1990, um portal de notícias sobre o meio ambiente. A Nej-RS, também conhecida como EcoAgência é a primeira deste gêne-ro no país.Dar voz à natureza e aos que dependem dela

tem sido o trabalho incansável desse grupo.Segundo, a secretária da entidade e mem-bro da diretoria Eliege Fante, “A EcoAgência surgiu quando se percebeu a necessidade de abordar temas ambientais com maior profun-didade, pois a imprensa dominante não dava espaço para essas notícias. O grupo já se reu-nia e fazia um jornal impresso, porém com a Internet, a possibilidade de alcançar muito mais pessoas atraiu para a criação do portal”.A rotina da agência é igual à de qualquer ou-tra que trabalha em divulgar notícias: rece-bem os fatos por telefone e e-mail, colocam os mesmo numa lista de assuntos e iniciam as checagens, primeiro com o pessoal que tra-balha na própria agência e em seguida vão a campo para fazer a apuração das informações antes de criar as matérias e lançá-las no ar. Ouvir dois ou mais lados também faz parte da elaboração das notícias, principalmente o lado prejudicado. Eliege relata alguns exem-plos de denúncias atuais: “A construção da Hi-drelétrica de Belo Monte, que inundará uma área considerável da Amazônia e desabriga-rá famílias, obras do PAC que interferem no ecossistema de algumas regiões do país e a remoção de vilas para a construção de obras para a Copa de 2014, que acontecerá no Bra-sil. São noticias deste cunho que chegaram na agência nos últimos anos”, relata Eliege. E como estes acontecimentos trabalham di-retamente com fatores ambientais e sociais a

agência abre um espaço para essas informações serem divulgadas. “Jornalismo se faz na rua”, complementa.A cobertura do Zonea-mento Ambiental da Sil-vicultura foi a que mais marcou a Nej- RS, conta:“Creio que uma cober-tura muito importante ou aquela que mais te-nha marcado o grupo, ocorreu em 2007. E nós cobrimos o período de construção e aprovação do Zoneamento Ambien-

tal da Silvicultura. A EcoAgência deu voz aos professores da UFRGS, ativistas, membros do conselho estadual do meio ambiente, COM-SEMA, explicando os impactos da silvicultura para os campos gaúchos, quanto à água, ao solo, extinção de habitats e de seres vivos, uma monocultura de árvores”, conta.O Nej-RS conta com verbas de sócios, venda de camisetas, livros e promove cursos de jornalis-mo ambiental, para se manter no ar. Porém, o maior volume de recursos vem de patrocina-dores, como a Petrobrás que apoiou o trabalho até um tempo atrás. Atualmente a eco agência está na busca de um novo patrocinador.A produção das matérias tem sido feita por intermédio de voluntários e professores que participam de eventos e recebem os fatos, de-nuncias e informações, com tudo sempre há a supervisão dos editores do portal no desenvol-ver das matérias. Para se trabalhar na agência e bom ter conhecimento da área, mas não é tudo: “Jornalista ambiental já tem isso dentro de si, a preocupação com a complexidade, as interdependências, as consequências dos nos-sos atos para a natureza que acabarão reper-cutindo na vida do ser humano”.Segundo Eliege, “o tema Ecologia não deve ser discutido apenas por aqueles que governam, a população deve iniciar o debate e lutar por seus direitos. A conservação dos recursos am-bientais é obrigação de todos, a natureza não é um bem isolado, o homem vive em conjunto com ela, um faz parte do outro, e isso é fato. É preciso que as pessoas tomem para si a res-ponsabilidade para mudar os seus destinos e não deixem os representantes fazerem as es-colhas”, conclui Eliege.

Eco Agência:um portal que dá voz À natureza

Texto: JÉSSICA SILVA | Diagramação: FÁBIO OSÓRIO | Arte: LAURA MUNIZ

Se interessou?O link para o portal é:

www.ecoagencia.com.br.Lá você encontrará muitas informações, notícias ambientais e poderá entrar em contato com a galera que faz barulho

em defesa da natureza.

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Atualmente o cinema move milhões de dólares no mercado mundial, principalmente no estadunidense. E cada vez mais as grandes franquias cinematográficas se originam nos quadri-

nhos, “Os Vingadores – The Avengers”, “O Espetacular Homem-Aranha” e “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” são as adaptações que estiveram, estão e estarão, respectivamente, nos cinemas em 2012. O atual destaque é o filme dos Vingadores. O longa já é o terceiro mais rentável do mundo, e o maior sucesso da Disney. Os êxitos alcançam também filmes como X-Men, Quarteto Fantástico, Capitão América, Thor, Hulk, Homem de Ferro, Wolverine, Super Homem e Batman, gran-des nomes das principais editoras americanas de quadrinhos. Mas nem

só de heróis icônicos vivem os quadrinhos, o popular “MIB – Homens de Preto” também surgiu primeiro nas revistas, assim como “300” , “Kick--Ass – Quebrando Tudo”, “Scott Pilgrim Contra o Mundo” e muitos ou-tros. Desenhos animados e séries de TV que habitaram a infância de muita gente ou que ainda habitam, também “nasceram” nas histórias em quadrinhos, ou HQs (para os mais íntimos). Tartarugas Ninja, o Máskara, Riquinho, Popeye, Gasparzinho, Denis o Pimentinha, a Família Adams e Sabrina a Aprendiz de Feiticeira são apenas alguns exemplos de sé-ries que surgiram primeiro no meio impresso e posteriormente migra-ram para as telas. Um grande sucesso da TV atual, a série “The Walking Dead”, também possui suas raízes nos quadrinhos. A série acabou se tor-nando popular, e roteiristas cada vez mais estão buscando adaptar seus trabalhos para a TV ou cinema. Em alguns casos, como na HQ “Thief of Thieves”, do roteirista Robert Kirkman, mesmo criador de The Walking Dead, a história já foi escrita e planejada para ser adaptada à TV.

Quadrinhos: Uma indústria para vários gostos

“The Walking Dead” da Editora Image.

O mercado dos quadrinhos não é algo onde só os profissíonais americanos tem lugar garantido. Cada vez mais os brasilei-ros começam a ter uma participação ativa nes-te meio. As duas principais editoras americanas, Marvel e DC, possuem dezenas de desenhistas brasi-leiros, como Luke Ross, Renato Guedes, Eddy Barrows, Rafael Albuquerque, Daniel HDR e muitos outros, que vem recebendo cada vez mais destaque e que estiveram presen-tes no Multiverso Comic-Con, evento de quadrinhos realizado em Porto Alegre, no mês de junho. Roteiristas brasileiros tam-bém estão brilhando, Fábio Moon e Gabriel Bá, gêmeos paulistas, escreveram e desenharam a série limitada Daytripper e receberam o Eisner Awards, o maior prêmio dos quadrinhos. Porém, mesmo com o crescimento do mercado para os brasileiros, muitas vezes é preciso fazer o “caminho inverso” para ter seu material publicado aqui no Brasil. O material faz sucesso lá, e apenas posteriormente é lançado aqui em nossas terras. Por ou-tro lado, existem casos totalmente inversos, como o do Christopher Kastensmidt,

professor da Uni-versidade Feevale e escritor de livros, contos e quadrinhos. Americano,

vive a mais de 10 anos no Brasil, e está envolvido em um projeto chamado “A Bandeira do Ele-fante e da Arara: O Encontro Fortuito”, que aborda a temática da cultura brasileira e terá

seu lançamento em 2013. Segundo o professor, existem diferenças ao escrever roteiros para livros e para quadrinhos. “Com prosa, o escritor não tem que se preocupar tanto

com formato. Pode escrever a vontade e no final vai um rótulo de conto, noveleta ou romance que depende apenas do número de palavras escritas. Para HQs, o

roteirista sempre tem que pensar em formato. Tem que pensar no formato da página, no número de páginas. É um pouco opressivo. Também, a audiência

do roteiro é o ilustrador, que tem que realizar aquele roteiro visualmente. No caso de prosa, o escritor escreve diretamente para o leitor. É muito

mais pessoal”. Christopher mostrou que o caminho inverso é possí-vel. Um americano, escrevendo quadrinhos no Brasil e usando a

cultura brasileira como pano de fundo.

Os Vingadores - Por Renato Guedes

Texto: MARCOS HECK e LAURA MUNIZ | Diagramação: MARCOS HECK | Arte: LAURA MUNIZ

“A Bandeira do Elefante e da Arara: O Encontro Fortuito” de Kastensmidt e Mylius

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Transportando os quadrinhos para o mundo real, mesmo as histórias com personagens heróicos e super-poderosos transmitem um pouco da realidade e muitas questões sociais. Na década de 80, o soldado Mar-Vell, da revista “Capitão Marvel” faleceu devido a câncer no pul-mão. O Lanterna Verde, John Stwart, cresceu no subúrbio. O Homem--Aranha, mesmo salvando diariamente as pessoas, volta e meia está desempregado e precisando de dinheiro para pagar o aluguel, e essas são apenas três pequenas situações pontuais. Um dos principais exem-plos, é o dos X-Men, grupo de mutantes criados por Stan Lee e Jack Kirby, na década de 60. Eles foram marcados por dois personagens com grandes ideais, Xavier e Magneto. Transportando para a realida-de e para questões atuais (na década de 60), Xavier representaria Mar-tin Luther King e Magneto, Malcom X. Lembrando que a grande moti-vação dos X-Men sempre foi a eterna busca por igualdade de direitos, e na época de sua criação, a luta pelos direitos dos negros nos Estados Unidos estava a todo vapor. Já em 2012, o foco é outro, os mutantes se tornaram um símbolo para questões de complexidade, devido a te-

mas do gênero corriqueiramente serem abordados em suas revistas. E foi em uma história dos X-Men, mais precisamente “Astonishing X-Men 51”, que Estrela Polar, velocista canadense, e seu noivo Kyle, cidadão americano, realizaram o primeiro casamento gay da editora. Editores da Marvel e a escritora da revista, Marjorie Liu, revelaram em entre-vistas que a ideia surgiu no momento em que o casamento gay foi lega-lizado em NY. A união gerou polêmica, dividiu opiniões. Foi então que a DC Comics, rival da Marvel no mercado, resolveu anunciar que Alan Scott, o Lanterna Verde original da década de 40, era gay. O anúncio pegou os leitores de surpresa, pois antes da editora ter zerado as suas histórias e ter começado a contá-las desde o começo, o personagem era heterossexual, possuía esposa e filhos.

Alan Scott - Lanterna Verde Original

E então surgiu uma nova questão. O que a Marvel e DC estão fazendo, é uma questão social ou puro marketing? O tema foi assunto de debate até na Multiverso Comic-Con. Eduardo Muller, professor da Universidade Feevale, que esteve no evento e que já trabalhou com quadrinhos, lem-bra que “o casamento gay é um assunto polêmico, presente em diversas

mídias, por que os quadrinhos estariam de fora? Não considero como uma jogada [de marketing], mas de certa maneira uma conquista de gru-pos defensores dos direitos homossexuais nos quadrinhos, que existem particularmente há mais de uma década nos Estados Unidos, levantando discussões e questionamentos em eventos de grande porte. Do mesmo jeito, pode se entender que o público tornou-se mais permissivo a entra-da das minorias nos quadrinhos”, aponta Muller. Já José Roberto Junior Weingartner, que esteve na bancada de discussão, na Multiverso Comic--Con, tem uma opinião contrária: “Marketing sempre faz parte quando o assunto é quadrinhos. Sempre terá marketing envolvido. Para quem acompanha o meio sabe que a mínima mudança da equipe já é noticiada como uma grande mudança. O casamento gay só vem a adaptar os qua-drinhos para a realidade dos dias de hoje. Mas claro que isso tem que ser promovido aos quatro ventos para que resulte em vendas. Então é ma-rketing sim , mas isso não desmerece a iniciativa de nenhuma maneira”, completa Weingartner. O Multiverso Comic-Con foi o primeiro evento no estado totalmente voltado aos quadrinhos do ocidente e não aos mangás do oriente. No encontro marcaram presença grandes nomes do mercado nacional e internacional, como Eduardo Risso, Vitor Cafaggi, Cris Peter e muitos outros, todos envolvidos em palestras e bate-papos com o público. Segundo a organização do evento, 3158 pessoas que estiveram presen-tes. E para 2013, já está oficializada uma nova edição, mas sem data e local confirmados.

Marketing nos Quadrinhos?

Casamento do Estrela Polar

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Ui, ui, ele fala de memes...

Uma mulher vai a um salão de beleza e é muito bem atendi-da. Ela sai do lugar e espalha

para todas as amigas que aquele é o melhor salão em que já esteve. Suas amigas passam a frequentar o esta-belecimento. Elas também aprovam o lugar e falam para todas as suas outras amigas. O salão vira sucesso. Esse é o chamado boca-a-boca. Ago-ra imagine essa atitude potencializa-da na internet, onde milhões de in-ternautas estão conectados e não há limites para a ponta de uma corrente. Na web, esse boca-a-boca é conheci-do como marketing viral, pois, seme-lhantemente a um vírus, ele pode ser transmitido de forma rápida, como uma epidemia.No marketing viral, a mensagem é transmitida visando a disseminação dela ao público. Em geral, a ideia é passada em forma de vídeo e empre-sas do mundo inteiro andam apos-tando nessa forma de divulgação de suas marcas, e assim como o viral, há outra onda que vem fazendo sucesso na web: o meme, termo criado pelo padre jesuíta e filósofo francês Pier-re Teilhard de Chardin, que se refere às mensagens que se propagam de forma espontânea. Qual a diferen-ça entre ambos? O viral tem foco no conteúdo, que não sofrerá mudan-ças, apenas haverá a intenção de ser propagado em benefício de algo, já o meme é gratuito, propagado sem in-tenção de retorno com estilo autoes-tabelecido e que poderá sofrer muta-ções dependendo do conceito em que será encaixado. “O meme é uma ideia que de repente as pessoas começam a falar e, quase que independente-mente da nossa vontade, ela volta. Como chiclete”, aponta o publicitá-rio e doutor em Comunicação, Mar-sal Branco. Exemplo disso é a música sucesso do verão deste ano “Ai, se eu te pego”, do cantor Michel Teló, que acabou por virar meme, tamanha a exposição obtida por parte da mídia, o que influencia diretamente na disse-minação dele. “Meme não é nem alto, nem baixo nível. Segundo Chardin,

ele independe da tua vontade, do gosto, de tudo. E é tão forte que existe por si”, completa.Nas redes sociais, outros memes como Trollface, Philosophicraptor e Willy Wonka também se tornaram sucesso na rede, até mesmo o presidente dos Es-tados Unidos, Barack Obama, tem seu rosto estampado no meme Not Bad, em português “nada mau”.

Mas o que muitas vezes não passa de piada se transforma em propaganda por parte das marcas que aproveitam a febre. Exemplo recente disso foi o comercial da construtora Água Azul que acabou virando um dos maiores hits publicitários dos últimos tempos no país. Tanto que outras empresas usaram o bordão que virou meme “menos Luiza, que está no Canadá”. A escola de idiomas Yázigi disponi-bilizou um jogo em sua fanpage no Facebook no qual Luiza é a persona-gem protagonista. Já a loja Magazine Luiza aproveitou o nome para lançar o concurso “#ALuizaNãoViu” em que quem respondesse de forma criativa a pergunta através de seu Twitter ganhava prêmios.Ao mesmo tempo em que essa divulgação pode ser benéfica, ela pode trazer malefícios se o planejamento do conceito não for bem elaborado, como apon-ta o Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Marketing da Feevale, Felipe Dall’Igna: “Sem

dúvida o mau planejamento afeta a marca. Um dos pontos importan-tes sobre as marcas é que elas são percebidas por cada consumidor de acordo com suas visões de mundo, experiências, nível intelectual, etc. Neste sentido, a marca não é per-cebida exatamente como a empresa quer, mas ela pode induzir os consu-midores a olharem na direção plane-jada pela empresa”. Episódio que re-trata isso foi o da empresa DM9 que criou um viral para a academia CIA Athlética. No vídeo, “funcionários da prefeitura de São Paulo” paravam nas ruas pessoas obesas que vestiam camisetas com algum tipo de propa-ganda em decorrência da Lei Cida-de Limpa, contra a poluição visual. A alegação por parte dos “funcioná-rios” era de que os indivíduos eram praticamente outdoors ambulantes. Na ocasião, o tiro saiu pela culatra e a academia acabou expondo o seu próprio público-alvo ao ridículo.Hit da internet ou meio de divul-gação, tanto os memes quanto os virais são meios de divul-gação na rede. Se funcio-nam no objetivo de fixar uma marca ou uma idéia, depende da estratégia de marketing e do potencial de alcance que empresa ou usuário possuem. O que não se pode negar é que são formas inteli-gentes e descontraídas de disseminação de informação no mercado. Not bad.

Meme inspirado em Barack Obama

Propagação na web:do viral ao meme

Texto e Diagramação: FÁBIO OSÓRIO | Arte: LAURA MUNIZ

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Claudio CauduroDesde 1989 seguindo a carreira de fotógrafo, Claudio Marques Cauduro já trabalhou “clican-do” para empresas como Editora Abril e RBS. Atu-almente, com um estúdio próprio e muitos planos, ele nos concedeu uma entrevista contando os desafios do início da carreira na fotografia e como é viver neste meio.

Quando surgiu o interesse em trabalhar com fotografia?O interesse por fotografia vem desde criança, não comecei mais cedo porque

se você quer andar numa pista de Fórmula 1, precisa de um carro de Fór-mula 1, ou seja, me faltava um equipamento de ponta e que

também fosse adequado ao que eu imaginava que poderia fazer. Na faculdade, cursei Direito na UFRGS por três

anos, mas acabei trocando de curso e me formando em Educação Física. Depois de formado, em 1989,

me mudei para os EUA, Califórnia, onde minha pri-meira compra foi um equipamento fotográfico, e então comecei a fotografar.

Como foi o início, e a decisão de se-guir nesta carreira?Na primeira oportunidade, nos EUA, come-cei a me dedicar quase que diariamente. Quando retornei ao Brasil fotografei o Concurso ELITE Dakota, Ford Models e Garota Verão. Após, entrei para a equipe de fotógrafos do Estúdio Kromak, em Porto Alegre, aprendendo muito como assistente e seguindo os passos de um grande fotógrafo que admirava.

Para quais empresas você já trabalhou?Além dos concursos, já fiz edito-

Texto: RAONA NUNES | Diagramação: MARCOS HECK | Fotos DIVULGAÇÃO | Arte: GUILHERME BLOS e MARTINI DIMER

riais de moda para o caderno Donna do Jornal Zero Hora, Revista Cláudia, Revista Elle, capas da Re-vista Atlântida, Revista Estética e Beleza, Revista Playboy, Casa Noturna Ibiza e os ensaios sensuais femininos do Colírio para o site ClicRBS, da empre-sa RBS.

Qual é o tipo de fotografia que você faz? E o que você busca com o seu trabalho?Faço todo tipo de fotografia, still à sensual. Me especializei em sapatos, o que ajudou muito para fazer fotos de anúncios para empresas calçadis-tas, pois me proporcionou um bom conhecimento na área. Em todos os trabalhos busco a luz ideal, a descontração e as curvas e beleza, seja num objeto ou num corpo de mulher.

O que você ainda espera conquistar pro-fissionalmente?Há 9 anos eu desenvolvi o projeto de criação de um estúdio fotográfico com uma grande estrutura. Par-te do sonho se tornou realidade com a criação da empresa Claudio Cauduro Photo e Design, onde rea-lizo a cobertura fotográfica de casamentos e outros eventos. Hoje, estou criando uma agência de mode-los, que já tem uma estética e uma profissional que já foi Miss RS para avaliar e aprovar os modelos.

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90 ANOS DO RÁDIO NO BRASIL

Vamos definir: A voz humana con-siste no som produzido pelo ser humano através das pregas vocais;

rádio é um recurso das telecomunicações utilizado para propiciar comunicação por intermédio de ondas eletromagnéticas propagadas através do espaço. Cuma? O que essas duas coisas têm em comum? Resposta: Tudo! Sem voz o rádio não exis-tiria. Sem rádio a voz tem dificuldade de ser propagada aos mais diversos lugares. Onde televisão, jornais impressos, internet não chegam, um rádio estará ligado para informar, emocionar e divertir.A radiofrequência tem o poder de transpor-tar, de forma gratuita, pessoas e momen-tos, unindo pontos distantes do planeta. Oferece também uma passagem cortesia ao mundo da imaginação, por intermédio das histórias contadas por suas ondas.No Brasil, a estreia dele foi em sete de setembro de 1922. No início o rádio era utilizado para a propagação da cultura. A frase de Roquette-Pinto, considerado um dos pais da radiodifusão no país, reflete bem o que o rádio significou aos brasilei-ros: “Eis uma máquina importante para educar nosso povo”.No início da Segunda Guerra Mundial, os espaços radiofônicos no país começaram a ser utilizados também para informações dos fronts, nascia o radiojornalismo brasi-leiro. O Repórter Esso é um marco nesse tempo, antes o jornalismo radiofônico era

um levantamento de notícias lidas dos jor-nais da época no microfone.O rádio, além de transformar a maneira de levar informação e o conhecimento ao pú-blico, teve um importante papel na música do país. Grandes nomes tiveram suas raí-zes firmadas pelas freqüências das rádios da época, entre eles, Carmem Miranda co-nhecida como “A pequena notável”, Noel Rosa e Orlando Silva, que fizeram sucesso não só no Brasil, mas internacionalmente.O tempo passou, e a trajetória radiofônica

no país vivenciou inúmeras fases e partici-pou ativamente de grandes transformações na história brasileira, dando voz ao povo.Seu poder de alcance é tão grande que con-tribui para a formação de opinião da socie-dade, como relata a professora: “O rádio

auxilia na formação da opinião pública e contribui para o desenvolvimento da sociedade em diferentes aspectos. Ele é um veiculo de grande potência na for-mação intelectual do coletivo”, afirma.A mobilidade que as tecnologias trouxe-ram possibilitou a esse meio de comu-nicação permanecer vivo na vida dos brasileiros. Ele mudou, tomou novos formatos, se adaptando a novas tecno-logias para continuar a fazer parte do cotidiano corrido dos brasileiros.“O rádio continua sendo o grande meio de comunicação, o mais potente. É bas-tante rico em sua portabilidade, por isso é de fácil acesso”, afirma Neusa e, apesar dos rumores de sua decadência, a estudiosa os rechaça: “A grande carga que a história do rádio tem o manterá vivo, ele não se apagará, porém se mo-dificará”, comenta a professora.O rádio enfrentou os períodos mais im-portantes do país, questionou a políti-ca, enfrentou a ditadura, contou de for-ma emocionante as grandes façanhas brasileiras, narrou os maiores aconte-cimentos do esporte, chorou a morte de brasileiros notáveis, noticiou tragédias que chocaram a nação, informou as conquistas de liberdade e sucesso con-quistadas dentro e fora do Brasil. Fez tudo isso de um jeito especial, que fica-rá marcado para sempre na mente e no coração do povo brasileiro.

Quer ser radialista? Aí vai a dica:

A Oscip Padre Landell de Moura oferece o curso técnico de locutor de rádio, e o jornalista, radialista e professor do curso Sérgio Reis dá um norte aos amantes do rádio que querem entrar no ramo. Ele explica que o curso tem aulas ministradas de fonoaudiologia, inglês, leitura de textos comerciais e de notícias, como entrevistar e como apresentar programas de rádio. E para aqueles que querem seguir a profissão, mas não acham sua voz ideal, o professor dá uma boa notícia: “Voz forte, grossa, é coisa da década de 1950. Isso ficou para um segundo-terceiro plano. É importante que se fale claro, bem articulado, com inflexões corretas, respiração adequada. Timbre de voz é o de menos”, afirma Sérgio.Aos estudantes que têm foco no rádio, Sérgio sugere: “Se quiserem trabalhar em rádio, em função que não seja de jorna-lista (redação de notícias, repórter ou locutor de notícias), têm que fazer um curso de radialismo e ter Registro Profissio-nal como radialista. São duas profissões parecidas, porém distintas”, conclui.O curso se realiza na Rua Gen. Jacinto Osório, 40, no Bairro Santana, em Porto Alegre.

Texto: JÉSSICA SILVA e FÁBIO OSÓRIO | Diagramação: FÁBIO OSÓRIO | Arte: JULIANA BRANCO

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90 ANOS DO RÁDIO NO BRASIL

Quem vive o rádio em sua mais plena essência são os comunicadores do rádio gaúcho: Haroldo de Souza e Everton Cunha, o Mr. Pi. O primeiro é um ícone da narração esportiva; parana-ense, de Jacarezinho, tem sua vida há quase 40 anos no Rio Grande do Sul. Com pas-sagens marcantes por rádios como Gaúcha e Guaíba, atual-mente faz parte do time da Rá-dio Bandeirantes. O segundo, gaúcho de Canoas tem sua carreira na Rá-dio Atlântida apresentando o “Pijama Show” e sendo integrante de um dos programas de maior destaque da emissora, o “Pretinho Bá-sico”.Com muita experiência na área, o que não falta a ambos são histórias para contar. Ha-roldo de Souza leva à AM a forma descon-traída de fazer rádio esportivo com sua ir-reverência e jargões marcantes na história do jornalismo esportivo gaúcho. “Eu gosto de ouvir bastante samba fundo de quintal, gafieira, onde saem bastantes ditados e di-zeres. Você ir a uma praia no Rio de Janeiro e ficar ouvindo os malandros conversarem... Eles estão discutindo sobre futebol, ou você está numa mesa de bar, e daqui a pouco eles falam uma frase que você pinça e coloca na transmissão. E isso dá aquele molho diferen-te”, revela Haroldo.Seus jargões são tão expressivos que mar-cam até mesmo a identidade dos maiores clubes do futebol dos Pampas, tanto que “Academia do Povo” e “Máquina Tricolor” viraram não apenas apelidos para os times, como torcidas oficiais organizadas. “Cada vez que eu vejo as faixas nos estádios eu penso que deixei algumas coisinhas aí, pelo menos de entretenimento e motivação para as pessoas e torcedores.”, conta.

Assim como Haroldo de Souza, Everton Cunha, com seu pseudônimo Mr. Pi, é um dos grandes nomes do rádio gaúcho.Na Rádio Atlântida desde 1995 tem seu programa, “Pijama Show” há 14 anos no ar, de forma ininterrupta, sendo o programa que há mais tempo integra a grade de programação da Atlântida. “É uma mistura que eu sempre acreditei, do conservadorismo, com alguma coisa que inove e alguma coisa que quebre a regra. Essas três coisas são as que nor-teiam o Pijama desde que comecei com ele. E é mais ou menos o que a gente precisa na vida, a gente precisa de uma casa pra voltar, às vezes precisa de uma viagem, e às vezes precisa trocar os móveis da casa”, conta Pi, que também integra o time do “Pretinho Básico”. O talk show é outro dos programas de maior sucesso da rádio e Mr. Pi dá a receita desse sucesso: “O Pretinho é um encontro de ‘supostos ami-gos’, colegas de trabalho, que se encontram para falar da vida. É a vida das pessoas e elas se sentem ali”, afirma Pi. Em meio a informações, o cli-ma descontraído é mais um dos atrativos do

programa. “É um programa gritado, o tom é alto. Pra cima. Começa o Pre-tinho e já começa a loucura. Mas não é combinado, é porque você vai sendo tomado por isso”, completa.Tanto Everton Cunha quanto Haroldo de Souza são, duas figuras marcantes e têm histórias brilhantes no rádio do Rio Grande do Sul. E manter o que já foi conquistado é o maior desafio.“Tem que renovar todos os dias essa nossa ação, porque hoje em dia somos muito fiscalizados. Amanhã ou depois

qualquer vacilada que você dá, já per-de a credibilidade e aí pra recuperar é mais difícil do que você próprio adquiri--la.”, afirma Haroldo, que tem seu pensa-mento acompanhado por Everton Cunha: “Manter é tudo. Subir e chegar no topo é barbada, o difícil é você ficar sentado lá sem ter o que fazer. E é aí que eu acho que muita gente se perde. Perde a graça de ficar só olhando, e não é só isso.”, afir-ma Everton. E completa dizendo: “Tem que olhar para o lado, olhar para trás, olhar para cima. No outro dia vê o mundo de ponta cabeça, deitado... Inventa, mas fica em cima. Ou encontra outra monta-nha pra subir...”, finaliza Mr. Pi.

Haroldo de Souza e Mr. Pi: gerações que se encontram

Texto: JÉSSICA SILVA e FÁBIO OSÓRIO | Diagramação: FÁBIO OSÓRIO | Arte: JULIANA BRANCO

Haroldo de Souza Everton Cunha

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Bastidores

da AgecomArraial da Agecom

Em junho ocorreu o Arraial da Agecom. A agência estava decorada para entrar no clima da festa. Comidas típicas, brincadeiras e música animaram o ambiente. O intuito

desta ação foi integrar e descontrair os professores, estagiários e voluntários, contando com o apoio da Red Bull, que foi o brinde para quem conseguisse pescar um peixe, acertar as argolas nas garrafas, ou colocar o rabo no burro. O evento foi organizado pelo Núcleo de Relações Públicas.

Ação do 6º Madrugadão Feevale

Com o 6º Madrugadão Feevale se aproximando, toda a Agecom está em ritmo acelerado para divulgar o evento. Em junho, foi realizada a ação “Fala aí, zumbi” que contou com o tema “Apocalipse Zumbi”.

A atividade foi uma brincadeira em que os estudantes que estavam circu-lando em frente ao bar do Tiririca foram desafiados a realizar atividades criativas sempre com o tema de zumbis.Além dessa, outras atividades estão planejadas para ocorrer ao longo do semestre até os dias 9 e 10 de novembro, quando o evento acontece.

Comunicação Começa em Casa e Apadrinhamento

No início das aulas do segundo semestre a Agecom promove-rá dois eventos, “Comunicação Começa em Casa” e “Apa-drinhamento”. O primeiro terá como opbjetivo trazer os

pais de alunos para conhecerem os cursos de comunicação que os filhos escolheram. O evento acontecerá no dia 16 de agosto, no Audi-tório do Prédio Azul, às 19:30.O segundo evento será o “Apadrinhamento”, que terá como ativida-de central o apadrinhamento de calouros do segundo semestre. O padrinho irá acompanhar o apadrinhado em todo o seu começo de vida acadêmica, informando-o no que diz respeito à como se orientar na Feevale, tanto campus quanto escolha de disciplinas ou onde ir almoçar, por exemplo. Como recompensa, o padrinho ganhará horas complementares e o apadrinhado contará com um amigo para as ho-ras de maior necessidade.

Texto: INGRID HUMIA | Diagramação: FÁBIO OSÓRIO

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Redes sociais na internet são hoje uma das principais formas de comunicação e informação. Pessoas de todas as ida-

des, podem interagir em tempo real com outras, sem limite de distância. Por meio delas, jovens podem expressar suas opiniões e divulgar seus trabalhos. Mas, é preciso ficar atento. Posturas inadequadas na internet podem prejudicar o seu dia-a-dia e sua vida profissional.Uma prática cada vez mais comum em empresas é pes-quisar o perfil dos candidatos em re-des sociais após as entrevistas presenciais, observando o modo de escrever, as manifestações, postura e o com-portamento em geral do candidato. Segundo Daniela Ramirez, da Um Cultural, empresa de marketing cultural, se portar de forma corre-ta na internet é algo bastante importante. “Em relação aos aspectos positivos, avaliamos se o candidato tem alguma ligação com o nosso pro-duto, a cultura. Algum conhecimento na área sempre será um diferencial positivo. Postura inadequada para um ambiente de ampla abran-gência como a Internet é considerado aspecto negativo”, analisou Daniela.Já Santiago Rodrigues, sócio-fundador da Da-manska, empresa que atual na área da Tecno-

logia da Segurança da Informação, destaca que a postura dos candidatos na rede é reveladora. “Acre-ditamos que a forma com que se portam em suas mí-dias pessoais mostra muito de sua personalidade que não é perceptivo numa seleção. Pois, em uma seleção é comum o candidato se vender como se fosse um produto. Usando argumentos que na maioria das ve-zes não condiz com a realidade”, afirmou Rodrigues.

Na Damanska, pelo me-nos dois funcionários fo-ram admitidos usando o recurso das redes sociais. O atual responsável pelo R.H e o arquiteto de cená-rios. Sendo que um deles teve uma forma diferen-

ciada de recrutamento. “No caso do nosso arquiteto de cenários, durante a entrevista, ele se deu conta de que havia perdido no ônibus seu portfólio. Então nos-so responsável pelo R.H pediu para olhar sua arte, mesmo que fosse nas redes sociais, pois era funda-mental “, contou o sócio-fundador da empresa. Quando questionado sobre as características ideais de um funcionário, Santiago destacou a honestidade, integridade, coragem e humildade como os valores mais observados, inclusive, na internet. Ou seja, o mal uso de sites como Facebook, Twitter, Orkut e outras redes sociais, pode acabar sendo o diferen-cial que dará, ou tirará, a vaga para um concorrente. Manter uma postura ética acaba sendo algo necessá-rio tanto no ambiente real, como no virtual.

Redes SociaisUma Vitrine Virtual

Texto e Diagramação: MARCOS HECK | Arte MARTINI DIMER

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Moça sorridente com passos sincronizados e com um amor in-tenso pelo que faz. Com essas qualidades podemos definir Bianca Leitão Ávila, professora de um estúdio de dança, na

cidade de Montenegro. Sua trajetória começou quando tinha seis anos, época em que dançava em clubes e academias. Nisso, a paixão pela arte acabou crescendo, e foi a partir daí que o sonho de ser professora de dança veio à tona. Quando terminou o Ensino Médio, começou a cursar Licenciatura em dança.Segundo Bianca, o tempo que leva para se adquirir uma boa postura cor-poral dentro da dança depende muito do aluno que está sendo treinado. “Tem alguns que tem muita facilidade, em torno de 2 meses, já entram no ritmo da turma, porém há outros que possuem mais dificuldades e com esses é preciso trabalhar mais”, explicou. Algumas das técnicas de treinamento, principalmente com as crian-ças, são feitas com bambolê e corda. Bianca conta que esses objetos

ajudam os pequenos a adquirir mais agilidade e rit-mo na hora da dança. “Pegando pequenas coisas

do dia a dia deles e trazendo algumas brincadei-ras antigas para o cotidiano. É uma das técnicas que utilizo para que eles, aos poucos, adquiram uma boa comunicação corporal”, ressaltou.De acordo com Bianca, a comunicação corporal se faz presente a partir do momento que o bai-larino consegue se comunicar com o próprio corpo, sem a necessidade de palavras. “Isso

que nós buscamos aqui na escola, tentar pas-sar para o público algum sentimento atra-

vés de nossas coreografias”, relatou.A dança auxilia não só na postura cor-

poral mas também no relacionamento dos participantes. “Aos poucos o aluno vai interagindo com a turma, com a dança e entendendo que os medos devem ser deixados de lados na medida em que o dançarino entra para o palco”, afirmou a professora. A arte é fundamental para o desenvolvimento mental, físico e corporal, ainda conforme a professora. “Inserir as pessoas dentro da arte é o que a gente precisa buscar fazer cada vez mais, porque mesmo que o aluno não venha ser um professor de dança, ele sempre levará algo de bom que aprendeu nas aulas”, declarou. Em apenas uma palavra, Bianca define a dança em sua vida. “Para mim é amor”, concluiu, satisfeita com sua profissão.

Por dentro da arte

Vida corrida todos os dias, ensaiando passos de dança, estudando e apren-dendo cada dia mais em sua profissão. Essa é a rotina da acadêmica de Licen-ciatura em Dança, Paula Juliane Flores da Silva, de 18 anos. A jovem notou a paixão pelo curso ainda quando dançava em um grupo. “Sempre gostei muito de dançar, e apesar das dificuldades em aceitar minha profissão, enfrentadas no início, com a família, hoje vejo que isso é o que realmente quero para meu futuro e meus pais apoiam”, revelou a atual professora de dança.A responsabilidade e os cuidados com o corpo aumentaram depois que Paula começou a estudar Dança. Hoje ela tem uma nova conduta, tanto na postura quanto na alimentação. A jovem acredita que tudo que é melhorado no físico, consequentemente, reflete no interior da pessoa. Porém, não é só a Dança que vem conquistando espaço no mercado artís-tico. Atividades como o Teatro, também chamam a atenção de pessoas que

O corpo fala através das artesTexto: DAIANA VIEIRA LOPES | Diagramação: FÁBIO OSÓRIO | Arte: JULIANA BRANCO

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não tem como primeiro propósito estar nos palcos como profissão. O Arte--Finalista William Alvez, de 26 anos, participa do Movimento Teatral Feevale, e para ele esse trabalho é de extrema relevância, pois facilita a comunicação e expressão das pessoas. “Eu atuo na área de Publicidade e Propaganda, e vejo que o Teatro pode fazer diferença na apresentação de grandes campa-nhas, porque melhora a postura, a dicção, a forma de se expressar e de im-provisar”, analisou. “O Teatro está me ensinando a me posicionar diante das pessoas, fisicamente e verbalmente, principalmente em minha profissão, que é uma área na qual devemos ter bastante contato com o público”, completou. “As aulas são muito divertidas e tiram o estresse do dia a dia”, finalizou.O acadêmico de Jornalismo Jorge Boruzewski, de 21 anos faz Teatro porque acredita que é uma maneira de se corrigir a postura e melhorar a maneira de se expressar verbalmente. “Participei de algumas peças na Igreja, e as lições que aprendi nesse tempo me foram bem úteis, pois serviu para que eu percebesse que todo o corpo fala e daí por diante, comecei a notar os gestos das pessoas a minha volta”, recordou. O Sociólogo Jeferson Pimentel ministrou o curso de extensão de Comunica-ção Corporal na Feevale, que teve como objetivo fazer com que os alunos aprendessem a utilizar o seu corpo como um transmissor de mensagens em contatos do dia a dia, para fins pessoais e profissionais. Segundo ele, é comum encontrarmos pessoas que dizem frases como ‘eu não nasci para isso’ ou ‘sou muito tímido para aquilo’, mas que, na realidade, deixam de fazer e viver coisas com medo de parecerem ridículas na frente dos outros, deixando escapar qualquer chance de evoluir ou aprender algo novo e útil para seu convívio dentro da sociedade.

“A culpa disso, diferente do que dizem, não é de Deus que não as fez com essas qualificações, nem mesmo de seus pais que em algum momento possam ter lhes impedido de realizar algo, mas sim delas mesmas, que a partir do momento que têm condições de tomar suas próprias decisões, não se permitem arriscar e errar quantas vezes forem necessárias para no final conseguirem acertar”, ressaltou. Conforme Jeferson, o curso proporcionou aos participantes o conhecimento para melhorar seu relacionamento humano, bem como técni-cas necessárias para que montem e apresentem suas ideias para o grande público. “Não importa como se comunicar, o importante é se fazer en-tender”, finalizou.

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eu no

MercadodeTrabalho

Vale a pena conferir!

O curso fornecerá ao aluno importantes ferramentas para análise crítica dos meios de comunicação em situações de crise e conflito. A data limite da inscrição é até 18 de Agosto. O período das aulas é do dia 18 de agosto à 1 de setembro. A carga horária total, será de 12 horas. Os ministrantes serão: Luciano Nagel e Rodrigo Rodembusch.

Filme | Diário de um Jornalista BêbadoO filme conta a história de um jornalista freelancer, chamado Paul Kemp (Johnny Depp), que parte dos Estados Unidos rumo a Porto Rico, onde vai trabalhar em um pequeno jornal. Ele conhece a cultura local e divide seu tempo entre o trabalho e diversão. A trama do filme se passa na década de 1950.

Curso | Mídia em Situação de Crise e Conflito

Entrei na redação online do Jornal NH em 2010, a partir de uma indicação de um amigo. Busquei a vaga pelo desejo de novos desafios – depois de dois anos na Agecom e no projeto de extensão Jor-nal Comunidade, era a hora de procurar outros aprendizados. Com a exceção de pequenas experiên-cias na Feevale, eu nunca havia traba-lhado com webjornalismo. De início, pu-blicava mais matérias sobre variedades nos sites do Grupo Sinos, mas logo co-mecei a escrever matérias para o cader-no jovem dos jornais NH e VS, o Bah!, também. Tive a oportunidade de passar por várias editorias dentro do meio on-line e no impresso, nas seções de Varie-dades e Geral.

Atualmente, trabalho exclusivamente na redação online, com publica-

ção de notícias e adminis-tração de conteúdo. Eu não conhecia muito o jornalismo

Texto: RAQUEL RECKIEGEL | Diagramação: MARCOS HECK Arte: MARINA KUNST E RÓGER RAMIRES

online e acabei gostando da área, pois ela permite trabalhar com uma grande multiplicidade de meios – escrita, ima-gens, vídeos e áudios. Percebo que, cada vez mais, a tendência é o repórter mul-timídia, que sabe trabalhar bem com to-dos os formatos de notícia e, assim, po-derá dá-la em melhor tempo e da melhor forma possível para o público. Como dificuldade, vejo o fator tempo – tão pouco para fazer tantas coisas! Uma boa organização, tanto profissional quanto pessoal, pode fazer a diferença. Também penso que, embora o jornalista deva saber pelo menos um pouco de to-das as áreas, deve cuidar para não tor-nar-se superficial – graves erros podem surgir da falta de conhecimento mais aprofundado sobre determinado assun-to. Na dúvida, pergunte, questione, revi-se. Certa vez, ouvi que o bom jornalismo é feito de boas perguntas, não boas res-postas. Concordo com ele.

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em destaqueDISCIPLINA

Abordar as principais teorias que fundamentam o campo de Relações Públicas, destacando a importância da identificação dos públicos, das funções e do pro-cesso de Relações Públicas nas organizações é o principal objetivo da disciplina

de Teorias de Relações Públicas, ministrada pela professora Raquel Engelman. A matéria inicia contextualizando os acadêmicos sobre questões científicas das Relações Públicas, fala sobre os processos de relações públicas, os tipos de públicos e por fim aborda as teo-rias. Para a professora, a disciplina é importante para os alunos, pois “fornece a base para o diagnóstico das situações organizacionais, mostrando modelos e critérios de compara-ção, respaldando o processo de intervenção. Ou seja, os profissionais depois de formados, poderão atuar com propriedade sobre as relações com os públicos de uma organização, pois tem base para isso”, avalia Raquel. Quando questionada sobre o diferencial da dis-ciplina a professora Raquel afirma que “é proporcionar o estudo das teorias de maneira divertida, aplicada e interessante, procurando envolver os alunos na reflexão sobre as temáticas. Desta forma, os alunos que ainda estão no segundo semestre já conseguem

perceber como será a atuação na prática profissional. Afinal, teoria não precisa ser uma disciplina monótona”, aponta Raquel. Diversas atividades são desenvolvidas durante o semestre: dinâmicas e jogos, estudos de casos, pesquisas e elaboração de seminários, análises das próprias organizações em que os alunos estagiam/trabalham e variados exercícios de fixação. A turma também recebe no final de cada semestre os alunos for-mandos que estão realizando o estágio externo de RRPP. Estes acadêmicos apresentam os projetos que desenvolveram nas organizações, demonstrando aos novos alunos, como aplicarão na prática os conhecimentos adquiridos no curso. Para a aluna Scheila Men-des “foi muito importante ter cursado essa disciplina, pois ela proporciona ao acadêmico um embasamento para o restante dos conhecimentos que iremos adquirir ao decorrer do

curso. A professora traz o surgimento e relaciona com exemplos e práticas do dia-a-dia”, afirma. A estudante dá uma dica para quem pensa em fazer à disciplina: “a disciplina é muito interessante e agrega conhecimentos para toda vida profissional. Sem dúvida é im-prescindível e com a profe Raquel tudo fica mais light. Adorei”, afirma Scheila. A disciplina de Teorias de Relações Públicas ocorre nas quintas-feiras, na sala 103 do Prédio Amarelo.

Teorias de Relações Públicas

Texto: ADRIANO SCHNEIDER | Diagramação: MARCOS HECK | Arte: LUÍS WEBER

A disciplina é importante, pois fornece a base para o diagnóstico das situações organizacionais.

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Papo com PesquisaA equipe de Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação organiza o projeto “Papo com Pesquisa”. A ideia, é divulgar pesquisas feitas na insti-tuição de uma forma descontraída para acadêmicos e professores da Universidade Feevale. Já ocorreram duas edições do evento. A primeira foi sobre “Processos midiáticos e apropriação dos meios de comunicação”, com a Professora Cíntia Carvalho, Sarai Schmidt e Sandra Portela Montardo, e a segunda foi “As manifestações cultu-rais que envolvem a Festa de São João no Brasil”, com a Professora Claudia Schemes e alunos do mestrado em Processos e Manifesta-ções Culturais. Todos os encontros ocorre-ram durante o primeiro semes-tre de 2012.

Bate-Papo sobre “Processos Midiáticos e

apropriação dos meios de comunicação”

Visita Técnica RBS

Nada como ver as áreas de atuação de perto e ouvir as

experiências de quem já está no mercado para saber como

é a futura profissão. Assim foi a visita técnica que 13 alu-

nos dos cursos de comunicação da Universidade Feevale

fizeram à RBS TV, no dia 6 de junho, coordenada pela pro-

fessora Marta dos Santos. Além de conhecer a redação,

os estúdios de gravação e o setor de Marketing da RBS,

a visita proporcionou aos acadêmicos o conhecimento do

processo de produção de programas, reportagens e cam-

panhas publicitárias de uma grande empresa de comuni-

cação. E fique ligado, para o mês de agosto, está prevista

a visita para a Agência de Publicidade

Dez, com data que ainda

será confirmada.

Acadêmicos com Lasier Martins e

Cristina Ranzolin

Oficinas de ComunicaçãoNo dia 5 de julho, a Feevale recebeu alunos da Escola Anita Garibaldi, do bairro Canudos, em Novo Hamburgo, para o II Encontro de Comunicação com oficinas de Rádio, TV, Edi-ção de TV, Blog, Foto 1, Foto 2, Jornal, Publicidade e Propa-ganda 1, Publicidade e Propaganda 2 e Redes Sociais.As mais de 100 crianças puderam aprender de perto, com professores e acadêmi-cos sobre áreas diver-sas, sendo separadas em grupos através de sor-teio. Ao final da visita, os alunos e professores da escola receberam pre-sentes com o material produzido pela AGECOM - Agência Experimental de Comunicação da Uni-versidade Feevale.

Crianças reunidas na Feevale

Alunos de comunicação da Feevale recebem prêmios no Intercom Sul

Nos dias 31 de maio, 1º e 2 de junho ocorreu o Intercom Sul, na

Universidade de Chapecó, em Santa Catarina. Quatorze alunos da

Universidade Feevale estiveram presentes para apresentar seus pro-

jetos. O acadêmico de Relações Públicas Adriano Schneider apre-

sentou o núcleo de RP da Agecom e teve o

artigo escrito por ele e pela aluna Priscila

Crestani premiado. Além dele, as estu-

dantes de Jornalismo Monica Borto-

lotti, Fernanda Klipel e Larissa Bri-

to também foram premiadas com o

Café Comunitário. Acadêmico recebendo o prêmio