trf2 comprovacao necessidade-requisito_essencial_aquisicao_autorizada_arma_fogo

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Page 1: Trf2 comprovacao necessidade-requisito_essencial_aquisicao_autorizada_arma_fogo

20/03/2016 Atendimento

http://www.trf2.jus.br/Paginas/Noticia.aspx?Item_Id=3095 1/1

15/3/2016 ­ TRF2: Comprovação de necessidade é requisito essencial para aquisiçãoautorizada de arma de fogo        A Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2) reformou a decisão de 1a Instância quehavia concedido a um advogado capixaba o direito de adquirir uma arma de fogo. O autor da ação teve seu pedido de autorizaçãonegado pelo Superintendente Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado do Espírito Santo, e então, ajuizou uma açãona Justiça Federal questionando a legalidade do ato.         O desembargador federal Guilherme Diefenthaeler, relator do processo no TRF2, explicou que o advogado chegou acomprovar o atendimento aos requisitos previstos no artigo 4º da lei 10.826/2003 para a concessão do porte de arma de fogo,mas o autor não foi capaz de apresentar uma justificativa com elementos consistentes, coerentes ou convincentes para talaquisição, como disposto no Decreto 5.123/2004.        “Cumpre a Administração Pública analisar a efetiva necessidade declarada pelo indivíduo que pretende adquirir uma arma defogo, pensar de forma diversa, acreditando que a sua simples afirmação satisfaria o requisito, transformaria em letra morta aexigência legal de que tal necessidade seja efetiva”, pontuou o magistrado.        O relator ainda destacou que em não havendo ilegalidade ou inconstitucionalidade na negativa da Polícia Federal, não cabe aoPoder Judiciário adentrar no juízo de oportunidade e conveniência, a fim de que seja preservada a autonomia administrativa dosórgãos públicos, mantendo, assim, inviolável o Princípio da Separação dos Poderes normatizado no artigo 2º da ConstituiçãoFederal.        “O ato administrativo de concessão da autorização para adquirir armas de fogo possui, além dos seus aspectos vinculados,elencados nos incisos I, II e II do artigo 4º da Lei 10.826/2006, conteúdo discricionário, o qual consiste na avaliação pelaAdministração Pública da justificativa apresentada. Dessa forma, cabe à Polícia Federal, e somente a ela, aferir se tal justificativa,realmente, traduz a efetiva necessidade”, concluiu Diefenthaeler. Proc.: 0104062­09.2015.4.02.5001