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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO MARIA CRISTINA MATOS DA COSTA TREINAMENTO VIVENCIAL AO AR LIVRE PARA DESENVOLVER EQUIPES E CAPACITAR GESTORES: um estudo de caso Niterói 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO

MARIA CRISTINA MATOS DA COSTA

TREINAMENTO VIVENCIAL AO AR LIVRE PARA DESENVOLVER

EQUIPES E CAPACITAR GESTORES: um estudo de caso

Niterói

2013

MARIA CRISTINA MATOS DA COSTA

TREINAMENTO VIVENCIAL AO AR LIVRE PARA DESENVOLVER

EQUIPES E CAPACITAR GESTORES: um estudo de caso

Dissertação apresentada ao Curso

de Mestrado em Sistemas de

Gestão da Universidade Federal

Fluminense como requisito parcial

para obtenção do grau de Mestre

em Sistemas de Gestão. Área de

concentração: Sistema de Gestão

pela Qualidade Total.

Orientador:

Emmanuel Paiva de Andrade, D. Sc.

Niterói

2013

MARIA CRISTINA MATOS DA COSTA

TREINAMENTO VIVENCIAL AO AR LIVRE PARA DESENVOLVER

EQUIPES E CAPACITAR GESTORES: um estudo de caso

Dissertação apresentada ao Curso

de Mestrado em Sistemas de

Gestão da Universidade Federal

Fluminense como requisito parcial

para obtenção do grau de Mestre

em Sistemas de Gestão. Área de

concentração: Sistema de Gestão

pela Qualidade Total.

Aprovado em 26 de setembro de 2013

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Emmanuel Paiva de Andrade, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

________________________________________

Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

______________________________________

Alcimar das Chagas Ribeiro, D.Sc.

Universidade Estadual do Norte Fluminense

Ao meu marido Marcus Vinicius pelo apoio,

compreensão e incentivo durante todo esse período e na

superação de todas as dificuldades que surgiram ao

longo desse caminho.

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida, pelo conforto nas horas difíceis e por me proteger em todas as

etapas de minha caminhada.

À minha mãe e ao meu pai (in memorian), que me possibilitaram o caminho para o

conhecimento e por todos os valores que me ensinaram.

Às minhas amadas filhas Tatiana e Roberta Costa, fontes de inspiração para superação dos

meus desafios, por todas as horas que fiquei ausente e as privei da minha atenção e

companhia.

Ao Professor D.Sc. Emmanuel Paiva de Andrade, exemplo de profissional, que aceitou o

desafio de orientar este trabalho, contribuindo efetivamente com sua visão crítica, rigor

técnico e metodológico, demonstrando sempre muita generosidade, paciência e seriedade.

Aos professores D.Sc. Martius e D.Sc. Alcimar participantes da banca de qualificação e

defesa deste trabalho, pela disponibilidade, gentileza e, principalmente, pelas pertinentes

observações, essenciais para o aprimoramento do presente estudo acadêmico.

À equipe de secretaria do LATEC/UFF, em especial, Luis Felipe, Hellen e Hernani, pelo

comprometimento, atenção, apoio e total dedicação aos alunos, disponibilizando toda a

infraestrutura necessária para a realização das atividades.

Aos amigos e companheiros da vida profissional, em especial, a Jorge Bruno pela parceria e

autorização para utilizar o material utilizado pela sua consultoria, pela troca de experiências

envolvendo reflexões valiosas e sugestões importantes, a Ricardo Ferreira, pelo seu apoio e

incentivo profissional.

A todos os alunos da turma de mestrado em Sistemas de Gestão/2009 - UFF, amigos pelo

companheirismo e pelos bons momentos de descontração ocorridos durante esta inesquecível

trajetória, em especial, à grande amiga Elaine Campelo, fruto desta jornada.

“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a

ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível

mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo

usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de

minha utopia, mas participar de práticas com ela

coerentes.” (Paulo Freire)

RESUMO

Este estudo mostra em que condições um programa de desenvolvimento de equipes, pode

efetivamente provocar simultaneamente melhoria na execução das atividades da organização

e maior interação entre líderes e liderados. Para tanto, tomou como experimento a

implantação, através de um trabalho de consultoria, da metodologia ¨Team Building¨, através

do “treinamento vivencial ao ar livre”, aplicado em duas empresas do mesmo porte e

pertencentes ao mesmo segmento industrial – Petróleo e Gás. Para medir e identificar os

resultados foram realizadas três medições. A primeira delas foi feita trinta dias antes do início

do treinamento como parte do diagnóstico e levantamento de necessidades. As outras duas

foram realizadas após o término do treinamento e foram utilizadas para consolidação e

avaliação dos resultados comportamentais entre Gestor e equipe. A ferramenta utilizada para a

análise das medições foi a TPI (Team Practices Inventory), adaptada pela consultoria com

base na LPI (Leadership Pratices Inventory), desenvolvida por Kouzes e Posner em 1987. A

ferramenta propõe a análise dos dados sob cinco dimensões que são os indicadores: (trabalho

em equipe; liderança; orgulho e significado; confiança e motivação). O experimento permitiu

identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhorias efetivas das equipes, bem como

avaliar criticamente a adequabilidade e as exigências para o sucesso de tal tipo de abordagem.

Como resultado a pesquisa aponta para a importância e o cuidado na condução das etapas que

antecedem e sucedem o treinamento propriamente dito, bem como destaca a importância do

envolvimento do gestor como condição para alcançar os resultados potenciais da ferramenta.

Palavras-chave: Gestão de Recursos Humanos. Trabalho em Equipe. Treinamento Vivencial

ao Ar Livre (outdoor). TPI (Team Practices Inventory).Team Building

ABSTRACT

This study shows the conditions under which a development program can effectively cause a

simultaneously improve in the execution of the Organization's activities and a greater

interaction between leaders and led. To this end, it was taken as an experiment the insertion,

through a consulting job, of the “Team Building” methodology, during the " experiential

training outdoors”, applied in two companies of the same size and belonging to the same

industrial segment – oil and gas. To measure and identify the results three measurements were

performed. The first one was made thirty days prior to the beginning of the training, as a part

of the diagnosis and the assessment of needs. The other two were held after the end of the

training and were used for consolidation and evaluation of behavioral results between

manager and staff. The tool used for the analysis of the measurements was TPI (Team

Practices Inventory), adapted by the consultancy based on the LPI (Leadership Practices

Inventory), developed by Kouzes and Posner in 1987. The tool proposes the analysis of data

in five dimensions (teamwork, leadership, pride and significance, confidence and motivation).

The experiment allowed to identify the strengths and opportunities for effective improvements

of teams, as well as critically evaluate the suitability and the requirements for the success of

this type of approach. As a result, the research points out to the importance and care in the

conduct of the steps that precede and succeed the training itself, as well as highlights the

importance of the involvement of the Manager as a condition to achieve the potential results

of the tool.

Keywords: Human resource management. Teamwork. Experiential training outdoors. TPI

(Team Practices Inventory). Team Building

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - As cinco práticas da liderança ....................................................................... 36

Figura 2 - O ciclo de aprendizagem vivencial – CAV ................................................... 56

Figura 3 - Sequência das etapas do estudo ..................................................................... 68

Figura 4 – Fluxograma – Estruturação, operacionalização e acompanhamento do

Processo de Desenvolvimento de Equipe ........................................................................ 74

Figura 5 - Stakeholders e sua cadeia produtiva ............................................................. 83

Figura 6 – Cordas e Cegos ............................................................................................. 93

Figura 7 – Corrida de Pranchas ...................................................................................... 94

Figura 8 – Volençol ........................................................................................................ 95

Figura 9 – Teia de Aranha .............................................................................................. 96

Figura 10 – Reunião de processamento dos resultados .................................................. 96

Figura 11 – Retirada dos bonés coloridos ...................................................................... 97

Figura 12 – Travessia do rio(1) ...................................................................................... 97

Figura 13 – Travessia do rio(2) ...................................................................................... 97

Figura 14 – Ponte paralela – Ponte da confiança(1) ....................................................... 98

Figura 15 – Ponte paralela – Ponte da confiança(2) ...................................................... 99

Figura 16 – Levando a empresa para o futuro I ............................................................. 99

Figura 17 – Levando a empresa para o futuro II .......................................................... 100

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Definições de aprendizagem organizacional ............................................... 25

Quadro 2 – Processos/mecanismos de aprendizagem intra-organizacional ................... 27

Quadro 3 - Tipo de apresentação e aproveitamento ....................................................... 53

Quadro 4 - As cinco etapas do processamento da metodologia CAV ........................... 58

Quadro 5 - Exemplos de propostas para desenvolvimento de atividades ...................... 59

Quadro 6 - Validade e confiabilidade do estudo de caso ............................................... 70

Quadro 7 - Quadro de objetivos, tópicos e metodologias .............................................. 76

Quadro 8 - Atividades vivenciais - Bloco de atividades e roteiro do treinamento......... 77

Quadro 9 - Atividades vivenciais ................................................................................... 78

Quadro 10 - Análise desempenho na medição ............................................................. 102

Quadro 11 - Análise das diferenças e atuações ............................................................ 102

Quadro 12 – Apresentação dos estudos de caso selecionados ..................................... 116

Quadro 13 – Estudos sobre treinamento vivencial ao ar livre...................................... 118

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Práticas dos gestores e sua equipe .............................................................. 101

Tabela 2 – Práticas gestor e equipe............................................................................... 107

Tabela 3 – Práticas gestor e equipe............................................................................... 111

Tabela 4 - Diferenças e atuações – Empresa Alfa ........................................................ 150

Tabela 5 - Diferenças e atuações – Empresa Beta ........................................................ 157

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Empresa Alfa – Tempo de trabalho na empresa .......................................... 84

Gráfico 2 – Empresa Alfa – Estado civil ........................................................................ 85

Gráfico 3 – Empresa Alfa – Sexo ................................................................................... 86

Gráfico 4 – Empresa Alfa – Faixa etária ........................................................................ 87

Gráfico 5 – Empresa Beta – Tempo de trabalho na empresa ......................................... 88

Gráfico 6 – Empresa Beta – Estado civil ........................................................................ 89

Gráfico 7 – Empresa Beta – Sexo ................................................................................... 90

Gráfico 8 – Empresa Beta – Faixa etária ........................................................................ 91

Gráfico 9 - 1ª medição Alfa .......................................................................................... 104

Gráfico 10 - 2ª medição Alfa ........................................................................................ 105

Gráfico 11 - 3ª medição Alfa ........................................................................................ 106

Gráfico 12 - 1ª medição Beta ........................................................................................ 108

Gráfico 13 - 2ª medição Beta ........................................................................................ 109

Gráfico 14 - 3ª medição Beta ........................................................................................ 110

LISTA DE SIGLAS

ABTD Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento

AEE Association for Experiential Education

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CAV Ciclo de Aprendizagem Vivencial

DE Programa de Aprendizagem em Equipe

FUMEC Faculdade de Ciências Empresariais - Belo Horizonte

LPI Leadership Pratices Inventory

MBA Mestrado em Administração de Empresas

MIT Massachusetts Institute of Technology

PLOC Planejamento, liderança, organização e controle

RH Departamento de Recursos Humanos

T&D Treinamento e Desenvolvimento

TEAL Treinamento Experiencial ao Ar Livre

TPI Team Practices Inventory

UAL Universidade Autônoma de Lisboa

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................ 16

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA .................................................... 17

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................ 19

1.3.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 19

1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................................. 20

1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................. 20

1.5 JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DA PESQUISA ...................................... 21

1.6 QUESTÕES DA PESQUISA .................................................................................. 22

1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO .............................................................................. 22

2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 24

2.1 A IMPORTÂNCA DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL ........................ 24

2.1.1 Mecanismos de aprendizagem organizacional ................................................... 26

2.2 O CONCEITO DE TRABALHO EM EQUIPE ........................................................ 28

2.2.1 A construção de uma equipe eficaz ..................................................................... 30

2.2.2 A evolução comportamental do trabalho em equipe ......................................... 32

2.2.3 Vantagens e desvantagens do trabalho em equipe ............................................ 33

2.3 O CONCEITO DE LIDERANÇA ............................................................................. 34

2.3.1 As cinco práticas da liderança exemplar ............................................................ 35

2.4 O CONCEITO DE COMUNICAÇÃO ..................................................................... 40

2.4.1 Os oito elementos do processo de comunicação ................................................. 42

2.4.2 Os cinco componentes de uma comunicação interpessoal eficaz ..................... 45

2.5 A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO EMPRESARIAL .................................. 48

2.5.1 A origem da metodologia de treinamento vivencial .......................................... 50

2.5.2 O conceito de treinamento vivencial ................................................................... 52

2.6 O CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL – CAV ......................................... 56

2.6.1 Etapa 1 – Vivência ................................................................................................ 58

2.6.2 Etapa 2 – Relato .................................................................................................... 59

2.6.3 Etapa 3 – Processamento ..................................................................................... 60

2.6.4 Etapa 4 – Generalizações ..................................................................................... 60

2.6.5 Etapa 5 – Aplicação .............................................................................................. 61

2.7 AS ATIVIDADES EXPERIENCIAIS DO TREINAMENTO VIVENCIAL ........... 61

2.8 A ESTRUTURA BÁSICA DO TREINAMENTO VIVENCIAL ............................. 64

3 METODOLOGIA DE PESQUISA ........................................................................... 67

3.1 TIPOLOGIA DE PESQUISA ................................................................................... 68

3.2 MÉTODO DE PESQUISA ..................................................................................... 69

3.3 COLETA DE DADOS .............................................................................................. 70

3.4 ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DA EMPRESA ............. 72

3.4.1 Apresentação da consultoria para as empresas clientes ................................... 72

3.4.2 Apresentação do programa de aprendizagem em equipe ................................. 72

3.4.3 Diagnóstico das necessidades de treinamento e identificação dos objetivos ... 73

3.4.4 Características da população e critérios de seleção ........................................... 75

3.5 ETAPA 2 - ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO .................. 75

3.5.1 Definição dos objetivos do treinamento vivencial .............................................. 75

3.5.2 Estrutura conceitual e operacional do evento .................................................... 76

3.6 ETAPA 3 - EXECUÇÃO DO EVENTO DE TREINAMENTO .............................. 79

3.6.1 Local do treinamento e referência temporal ...................................................... 79

3.7 ETAPA 4 – AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA ............. 79

3.7.1 Medição e acompanhamento ............................................................................... 79

3.7.2 Utilização das informações colhidas ................................................................... 80

3.7.3 Dificuldades e limitações ...................................................................................... 81

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................... 82

4.1 CENÁRIO E CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS EM ESTUDO .................. 82

4.2 O PERFIL DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA .............................................. 84

4.2.1 Empresa Alfa ........................................................................................................ 84

4.2.2 Empresa Beta ........................................................................................................ 88

4.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS ........................... 91

4.3.1 Atividades do bloco 1 ............................................................................................ 91

4.3.2 Atividades do Bloco 2 ........................................................................................... 94

4.3.3 Atividades do Bloco 3 ........................................................................................... 95

4.3.4 Migração do ambiente competitivo para cooperativo ....................................... 96

4.3.5 Atividades do bloco 4 ............................................................................................ 97

4.4 TRATAMENTO DOS DADOS DAS MEDIÇÕES ............................................... 100

4.4.1 Parâmetro de pontuação de faixas de desempenho nas dimensões ............... 101

4.4.2 Parâmetros de pontuação de diferenças e atuações entre gerentes

e equipes por dimensões pesquisadas ............................................................... 102

4.5 RESULTADOS DAS MEDIÇÕES NAS EMPRESAS PESQUISADAS .............. 103

4.5.1 Resultado das medições para a empresa Alfa .................................................. 103

4.5.1.1Médias das 3 medições por dimensão ................................................................ 107

4.5.2 Resultados das medições para a empresa Beta ............................................... 107

4.5.2.1Médias das 3 medições por dimensão ................................................................ 111

4.6 FATOS RELEVANTES NO DIAGNÓSTICO DAS EMPRESAS ........................ 111

4.6.1 Fatos relevantes na empresa Alfa...................................................................... 112

4.6.2 Fatos relevantes na empresa Beta ..................................................................... 112

4.7 OPORTUNIDADES E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA AS

EMPRESAS ............................................................................................................ 113

4.7.1 Oportunidades para melhorias indicadas aos gestores ................................... 113

4.7.2 Recomendações técnicas para as empresas ...................................................... 114

4.7.2.1 Recomendações técnicas para os gestores da empresa Alfa.............................. 114

4.7.2.2 Recomendações técnicas para os gestores da empresa Beta ............................. 114

4.8 TRIANGULAÇÃO A PARTIR DE ESTUDOS DE CASO

SELECIONADOS ................................................................................................. 115

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ..................... 121

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 124

APÊNDICE .................................................................................................................. 133

16

1 INTRODUÇÃO

O foco principal deste capítulo é apresentar as principais características deste projeto

de pesquisa discorrendo, suscintamente, sobre o cenário e os desafios empresariais hoje

existentes, a relevância e a justificativa do tema proposto, os objetivos da pesquisa e as

questões que se pretende responder com a mesma, a delimitação deste estudo, a estrutura

utilizada para o desenvolvimento deste trabalho e outras informações que facilitem o

entendimento e o propósito deste estudo.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Nas últimas décadas, a acelerada evolução das tecnologias de produção, transporte,

informação, comunicação e outras provocaram o surgimento de novos produtos e materiais

que aumentaram a qualidade e baratearam os custos para o consumidor final, aumentando,

assim, os mercados locais e internacionais (globalização) e gerando a necessidade de

mudanças significativas e constantes nas estratégias e nos padrões competitivos entre as

organizações.

Nesse cenário, onde quase todas as informações são facilmente acessáveis e as

mudanças extremamente rápidas, o ambiente de negócio se tornou hipercompetitivo, tornando

a agilidade de adaptação das organizações um elemento-chave para seu sucesso e

sobrevivência.

Segundo Rodriguez y Rodriguez (2010, p. 442), “...os talentos identificados e

reconhecidos em uma empresa são percentualmente poucos, enquanto os talentos

adormecidos ou desconhecidos constituem a grande maioria de pessoas nas empresas.”

Segundo Geus (1998), a criação e a assimilação de novas informações e

conhecimentos é a "única vantagem competitiva sustentável" e, portanto, as organizações

devem buscar, de forma contínua, a absorção de conhecimentos e competências que agreguem

valor aos seus produtos e serviços.

Significa dizer que se torna cada vez mais imprescindível que as organizações

invistam no aperfeiçoamento e na capacitação contínua do seu capital mais valioso, os seres

humanos, tanto em atividades individuais como no trabalho em equipe, visando à construção

de conhecimento empresarial diferenciado e efetivo.

Para Chiavenato (1998), entre os vários recursos organizacionais, o recurso humano se

destaca por ser o único recurso capaz de se autodesenvolver, dada a sua enorme capacidade

17

de aprender novas habilidades, captar informações, adquirir novos conhecimentos, modificar

atitudes e comportamentos, bem como de criar novos conceitos e abstrações.

Ainda de acordo com Chiavenato (1998), os processos de treinamento de equipes, de

desenvolvimento de pessoas e o de conhecimento da organização se constituem nos pilares

que sustentam o conceito pleno de desenvolvimento dos recursos humanos da empresa.

Portanto, para atingir seus objetivos estratégicos, a empresa precisa investir em um

programa de treinamento empresarial que integre esses três processos aos treinamentos

técnicos e administrativos necessários para a execução eficaz e eficiente de suas atividades,

bem como crie processos internos que facilitem a comunicação e o relacionamento pessoal,

inspirem motivação e confiança e possibilitem assim melhores desempenhos de seus

colaboradores.

Na opinião de Bejarano (2006, p.14), "as empresas já estão buscando cada vez mais

investir na formação de equipes como parte estratégica da sua estrutura organizacional". De

acordo com Marras (2009), “quando os indivíduos trabalham em conjunto e compartilham

responsabilidades obtém-se como resultado indivíduos comprometidos e envolvidos na

solução de problemas" (MARRAS, 2009, p.315).

Focando na realidade brasileira, pode-se dizer que, nas últimas três décadas, as

empresas nacionais, de modo geral, estão se conscientizando da importância da revisão de

seus modelos e práticas de negócio, principalmente no que tange aos processos de

treinamento de equipes e de capacitação de pessoas, via adoção de ferramentas e

metodologias de treinamento mais modernas e efetivas.

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA

O principal desafio, no entanto, é saber como prover capacitação adequada,

tecnologias apropriadas e ambiente político-organizacional que acolha um conjunto tão

diversificado e sofisticado de demandas por condições capacitadoras tais como: trabalho em

equipe, liderança, comunicação interpessoal, motivação, conhecimentos de processos,

objetivos e estratégias da empresa, etc.

Como já exposto no item anterior, nos dias de hoje as empresas se deparam com

desafios relacionados à competitividade crescente e à dificuldade que os gestores enfrentam

no processo decisório, por não disporem de informações consistentes e confiáveis, ou seja, os

tomadores de decisão necessitam de um processo estruturado de informações, que permita

identificar as incertezas, riscos e oportunidades do mercado em que atua, para que a empresa

18

se antecipe aos acontecimentos futuros e consiga agregar competitividade e sustentabilidade

aos seus negócios.

Produtos e serviços de qualidade não são mais diferenciais, ou seja, as empresas

necessitam de diferenciais competitivos claros que agreguem valor aos seus produtos e/ou

serviços e ofereçam benefícios que os concorrentes não possuem.

Segundo Flavio de Toledo (1981), os principais gestores da empresa precisam

transferir uma mentalização positiva para os responsáveis pelo processo de transformação da

organização – líderes e liderados – antes de iniciar a instrumentação dos programas de

desenvolvimento e treinamento de pessoas, ou seja, dirigir a atenção dos responsáveis pela

transformação para a obtenção de conhecimentos e/ou comportamentos ainda não

confrontados, no sentido de absorver e utilizar, racional e emocionalmente, estes novos

conhecimentos e comportamentos.

Para Toledo (1981), a mentalização, em sentido amplo, deve preceder qualquer

atividade de instrumentação de treinamento e desenvolvimento. Por instrumentação, entende-

se a série de métodos, técnicas e recursos instrumentais de que as empresas se utilizam a fim

de atingir os objetivos de aprimoramento dos funcionários e colaboradores.

Caso a direção corporativa de uma empresa não esteja “mentalizada” para a validade

da qualificação e aproveitamento dos recursos humanos, o alcance eficaz dos objetivos

organizacionais pode ficar comprometido.

Para o autor supracitado, os programas de desenvolvimento de recursos humanos

podem variar desde o estilo tradicional até os estilos mais informais e flexíveis. No estilo

tradicional, os programas são dirigidos para os vários escalões hierárquicos e para as várias

áreas de atividades, tais como: desenvolvimento de executivos, desenvolvimento técnico e

administrativo da média gerência e de supervisores, treinamento em aplicativos e atividades

específicas como informática, contabilidade, finanças, vendas, controles internos, etc.

No entanto, Toledo (1981) acredita que, face aos desafios empresariais da atualidade,

os programas de desenvolvimento de recursos humanos no estilo tradicional são insuficientes

para atender às necessidades da empresa, uma vez que este estilo de treinamento não possui a

flexibilidade e a velocidade que é exigida pelo ambiente em constante mudança dos dias de

hoje.

Toledo (1981, p.170) cita como exemplo que, não obstante o progresso das técnicas de

trabalho em equipe e o apuro das técnicas organizacionais, a liderança proativa continua a ser

uma mola propulsora insubstituível em empresas que buscam competitividade e

sustentabilidade empresarial e, portanto, o treinamento experiencial dos seus colaboradores

19

em liderança deve ser priorizado e estimulado, assim como na absorção e no uso prático de

outros conceitos, tais como: comunicação interpessoal, relacionamento, motivação, confiança,

tomada de decisão, etc.

Galbraith e Lawler (1995) complementam a opinião de Toledo ao afirmarem que

empregados que conheçam bem o negócio da organização, seu ambiente, suas variáveis

importantes e que sejam capazes de tomar decisões em ambientes de incerteza e sob pressão

tornam-se mais capazes de gerar bons resultados para a organização.

Galbraith e Lawler (1995, p. 263) exprimem seu pensamento, na frase: “Organizações

devem treinar e desenvolver pessoas para criar níveis de habilidades que permitam atingir a

efetividade (eficiência e eficácia) desejada”.

Por último, mas nem por isso menos importante, mesmo com a implantação de um

programa de treinamento nos moldes supracitados, para usar com eficiência e eficácia as

informações absorvidas e/ou geradas pelas suas equipes, faz-se necessário que a empresa

invista em diversas outras áreas e/ou atividades, tais como: implantação ou ajuste da estrutura

organizacional; revisão de diversos processos administrativos; implementação de uma

tecnologia de informação sofisticada que facilite a captação e armazenamento de informações

(banco de dados); softwares de manuseio, de atualização e de acesso fácil às informações;

criação de canais de comunicação seguros e ágeis entre colaboradores e parceiros;

procedimentos de incentivo e motivação das pessoas ou equipes na absorção, criação e uso

adequado desses recursos e conhecimentos, etc.

O problema é que nem sempre o retorno desses investimentos é de curto ou médio

prazo e, se a visão da alta administração for restrita com relação à importância do programa

de desenvolvimento contínuo de pessoas sugerido acima e dos recursos de apoio necessários,

a tendência é a redução de efetividade do programa ao longo do tempo.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

O objetivo do trabalho é mostrar que, apesar da metodologia de treinamento vivencial

ao ar livre já ter dado demonstração de que funciona a contento como ferramenta estratégica

no processo de desenvolvimento do treinamento de equipes de trabalho, ela, como todo e

qualquer programa de treinamento, e ao contrário do que se observa muitas vezes nas práticas

20

correntes em empresas e consultorias, não prescinde de um bom diagnóstico e de um

meticuloso acompanhamento pós-treinamento.

1.3.2 Objetivos específicos

Apresentar em detalhes o processo de treinamento vivencial (outdoor) como

ferramenta de desenvolvimento de equipes internas mais qualificadas na criação, geração e

uso de informações, processos e procedimentos empresariais mais confiáveis e seguros.

Avaliar o impacto do uso da metodologia de treinamento vivencial na satisfação

profissional, nas mudanças comportamentais e na motivação dos participantes.

Avaliar os resultados obtidos nos estudos de caso, apresentando conclusões sobre a

viabilidade e o impacto do uso contínuo da ferramenta no aumento da competitividade e da

sustentabilidade futura da empresa.

Avaliar as contribuições eficazes para a liderança e sua equipe de trabalho, na

utilização de uma ferramenta de acompanhamento do pós-treinamento, com análises

estatísticas dos dados em cinco dimensões selecionadas da liderança.

1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O processo de treinamento vivencial, objeto deste estudo, foi analisado

exclusivamente sob o ponto de vista do contexto empresarial e buscou investigar a sua

contribuição para o desenvolvimento de equipes de trabalho, para o entendimento de

conceitos e comportamentos importantes, como, por exemplo, o aprimoramento das relações

entre líderes e liderados, bem como a sua eficácia enquanto modalidade diferenciada do estilo

tradicional de treinamento (indoor) para o modelo experiencial (outdoor).

Procurou-se, também, avaliar o nível de satisfação profissional dos participantes com a

metodologia. Foram realizados dois estudos de caso em duas grandes empresas nacionais

atuantes no mesmo setor industrial - petróleo e gás. Por solicitação das empresas estudadas, a

fim de preservar aspectos de sigilo organizacional, as empresas serão aqui denominadas de

Alfa e Beta.

As duas pesquisas de campo (estudos de caso) foram realizadas no mesmo ano (2013)

e suas evoluções medidas e acompanhadas por um período de 180 dias, acrescido de 30 dias

de diagnóstico e entrevistas que antecederam a realização do treinamento. As atividades de

planejamento do evento, treinamento, avaliação e acompanhamento foram conduzidas por

21

uma empresa de consultoria que há vinte anos atua com a modalidade de treinamento ao ar

livre na cidade do Rio de Janeiro - RJ e contaram com a participação efetiva da autora deste

trabalho.

1.5 JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

Para vencer nestes tempos, em que a única certeza é a mudança, as empresas modernas

estão recorrendo a programas de treinamento de pessoal que incentivem a motivação

individual e a mudança de comportamento em grupo, programas esses que possam ajudar as

pessoas a desenvolver um tipo de mentalidade capaz de lidar com as vastas turbulências

provocadas pela globalização do conhecimento, que ajudem a formar executivos capacitados

a transformar mudanças em oportunidades, bem como auxiliem na organização de equipes

capazes de lidar com situações de emergência em tempos de crise; enfim, tornar a organização

mais competitiva em qualquer circunstância, e não somente quando as condições conjunturais

são favoráveis.

Em outras palavras, produtos e serviços de qualidade não são mais os principais

diferenciais de uma empresa; elas necessitam de diferenciais competitivos claros que

agreguem valor aos seus produtos e/ou serviços e ofereçam benefícios que os concorrentes

não possam reproduzir no curto ou médio prazo.

As empresas são basicamente sustentadas por conhecimentos e informações e somente

o ser humano é capaz de produzir, gerenciar e aplicar os mesmos de forma contextualizada e,

portanto, se torna cada vez mais importante os investimentos das empresas no treinamento do

trabalho em equipe e no aperfeiçoamento e capacitação contínua do seu capital mais valioso,

as pessoas.

Dentro desse contexto, o treinamento de pessoas deixa de ser uma atividade estática,

com programação padrão, e deve se transformar numa ferramenta flexível cuja finalidade

seria a de provocar um aprendizado que incremente não só conhecimento técnico, mas

também motivação, compromisso, fomentação de conhecimentos, habilidades e atitudes

compatíveis com os objetivos estratégicos da empresa.

Todavia, é importante alertar para o fato de que este processo de treinamento não se

limita aos funcionários que precisam se adaptar e/ou se capacitar para as novas exigências do

mercado, mas engloba também os líderes ou gestores que precisam rever seus conceitos,

culturas ou suas competências no trato com pessoas (comunicação interpessoal).

22

Da mesma forma, a metodologia de treinamento vivencial ao ar livre é considerada por

inúmeros pesquisadores como uma ferramenta com real capacidade de produzir resultados

positivos, consistentes e duradouros junto ao capital humano de uma empresa, principalmente

no que diz respeito à construção de equipes e ao desenvolvimento de aspectos

comportamentais promissores.

A presente pesquisa, portanto, se justifica, na medida em que os estudos de caso aqui

desenvolvidos têm por objetivo aplicar e avaliar os resultados obtidos com o uso do TEAL,

metodologia que sugere atividades em que os participantes são retirados de suas zonas de

conforto e estimulados a enfrentar desafios, vencer seus limites e transpor os desafios

colocados.

A metodologia utiliza atividades tipicamente não empresariais induzindo os

participantes a buscar convergências com a sua prática profissional, forçando-o a construir

experimentalmente vivências por intermédio do lúdico e, em seguida, identificando em que

atividades ou situações ocorridas no exercício de suas funções os conceitos e comportamentos

poderiam ser utilizados. Dessa forma, a metodologia produz um índice de aproveitamento

superior às metodologias tradicionais e, por consequência, melhorando os resultados

operacionais da empresa.

1.6 QUESTÕES DA PESQUISA

Para orientar o processo de pesquisa e investigação aqui proposto, sugerem-se três

questões motivadoras a serem respondidas durante a análise da literatura e do

desenvolvimento dos estudos de caso, quais sejam:

(i) Quais as vantagens para a empresa adotar o TEAL no desenvolvimento de suas equipes?

(ii) É possível fornecer ao gestor técnico elementos que subsidiem de forma sustentável a sua

habilidade em gerir pessoas?

(iii) O pós-treinamento influi na perenidade dos resultados alcançados no treinamento?

1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos cujo conteúdo encontra-se a

seguir delineado:

23

Capítulo 1: abrange os elementos introdutórios onde são apresentados a contextualização

do tema, descrição da situação-problema, objetivos, delimitação da pesquisa, importância,

questões do estudo e a organização do trabalho.

Capítulo 2: descreve a fundamentação teórica que sustenta o desenvolvimento do estudo. A

revisão da literatura busca, num primeiro momento, apresentar os principais conceitos,

metodologias e sistemas relacionados direta ou indiretamente com os objetivos deste estudo,

tais como: trabalho em equipe, liderança, comunicação interpessoal, programas de

desenvolvimento de pessoas, etc. O foco principal da abordagem é a descrição detalhada do

CAV (Ciclo de Aprendizagem Vivencial) utilizado no TEAL.

Capítulo 3: detalha as informações necessárias sobre o procedimento metodológico para

aplicação do treinamento vivencial, abrangendo: método de investigação, atividades de

treinamento, caracterização da população analisada, forma de coleta e tratamento dos dados,

roteiro, descrição do instrumento de coleta de dados e ferramenta de análise e

acompanhamento posterior do processo de treinamento.

Capítulo 4: analisa os dados dos estudos de caso propostos e discute os resultados, fazendo

correlação com o referencial teórico apresentado.

Capítulo 5: apresentam-se as conclusões obtidas e sugestões para o desenvolvimento de

pesquisas futuras.

24

2 REVISÃO DA LITERATURA

O objetivo deste capítulo é abordar conceitualmente os principais itens que justificam

a elaboração desta pesquisa sobre a metodologia de treinamento vivencial ao ar livre e o

desenvolvimento dos estudos de caso aqui apresentados.

Com esse propósito, pretende-se discorrer sobre o processo de aprendizagem

empresarial, sobre os principais conceitos que devem ser explorados pela aprendizagem

empresarial (trabalho em equipe, liderança, comunicação interpessoal e outros), sobre as

metodologias de treinamento existentes (tradicional, empresarial, dinâmica de grupo e outras)

e, em maiores detalhes, apresentar o conceito do ciclo de aprendizagem vivencial, de suas

atividades lúdicas, bem como da metodologia de treinamento vivencial outdoor, tema central

deste estudo.

Como base de consulta para o desenvolvimento deste estudo, foi utilizado o Manual de

Treinamento Experiencial ao Ar Livre (TEAL), organizado por Paul Campbell Dinsmore

(1992), assim como diversas consultas realizadas em livros, revistas, dissertações, teses e

periódicos disponíveis nas principais bases de dados reconhecidas pela Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

2.1 A IMPORTÂNCA DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

A gestão de uma empresa requer afinidade e discernimento para lidar com os objetivos

funcionais, tais como: alcançar metas financeiras e sociais, consolidar a cultura

organizacional, manter sustentabilidade e crescer.

O modelo de gestão funcional de uma empresa é estruturado e liderado por pessoas,

cujas características individuais, competências e habilidades influem diretamente na eficácia

do processo de gestão adotado.

Partindo-se da premissa de que a adoção pela empresa de uma estrutura organizacional

que estimule a motivação e o comportamento do capital humano contribui para a criação e

melhoria de processos de gestão funcionais e estratégicos, pode-se inferir que a introdução e

uso de ferramentas de treinamento interativo como, por exemplo, a metodologia de

treinamento vivencial ao ar livre na empresa, pode-se tornar um instrumento capaz de

evidenciar e explorar competências comportamentais favoráveis à obtenção da melhoria do

processo de aprendizagem organizacional e, por consequência, melhores resultados

operacionais.

25

No entanto, na análise da literatura existente, constata-se que não existe uma visão de

consenso sobre qual deve ser o foco principal da aprendizagem organizacional.

Alguns autores e pesquisadores do tema defendem a definição do conceito de

aprendizagem organizacional como sendo o resultado de um conjunto de ações

comportamentais e outros a definem como um processo contínuo de absorção de novos

conhecimentos.

As principais definições de aprendizagem organizacional, defendidas e utilizadas pelos

mais conceituados pesquisadores do tema estão sintetizadas no Quadro 1 abaixo:

Argyris e Shön

(1978) Aprendizagem organizacional é o processo de detectar e corrigir erros.

Shrivastava (1983) Aprendizagem organizacional envolve o processo através do qual a base

de conhecimento organizacional é desenvolvida e delineada.

Fiol e Lyles (1985)

Huber (1991)

Aprendizagem organizacional é o processo de melhorar as ações através

de aumento do conhecimento e da compreensão.

Uma entidade aprende se, através de seu processamento de informações,

a amplitude de seu comportamento potencial é alterada.

Swieringa e

Wierdsma (1992)

O termo aprendizagem organizacional significa a mudança do

comportamento organizacional.

Kim (1993) Aprendizagem organizacional é definida como um aumento crescente da

capacidade organizacional de realizar ação efetiva.

Garvin (1993)

Uma organização que aprende é aquela que possui habilidades na

criação, aquisição e transformação do conhecimento, assim como na

modificação de seu comportamento para refletir os novos conhecimentos

e insights.

Slater e Narver

(1994)

Aprendizagem organizacional, em termos básicos, se refere ao

desenvolvimento de novo conhecimento ou insights que têm o potencial

para influenciar o comportamento.

Nicolinie Meznar

(1995)

Aprendizagem pode se referir tanto ao interminável processo de

modificações cognitivas (no sentido de a aprendizagem ser um processo

infindável) quanto ao resultado deste processo (o que é alcançado no

processo de aprendizagem). Em outras palavras, o verbo “aprender” pode

ser um verbo de resultado ou um verbo de processo.

DiBella et al.

(1996)

Aprendizagem organizacional é a capacidade (ou processo) em uma

organização que mantém ou aumenta o desempenho baseado na

experiência. O conceito incluía aquisição, o compartilhamento e a

utilização do conhecimento.

Senge (1998)

Organizações de aprendizagem são aquelas nas quais as pessoas

expandem continuamente a sua capacidade de criar os resultados

desejados, onde padrões novos de pensamento são nutridos, onde as

aspirações coletivas são libertadas e onde as pessoas aprendem

continuamente a como aprender juntos.

Quadro 1 - Definições de aprendizagem organizacional Fonte: Elaborado pela autora

26

Apesar das diferentes visões e definições de aprendizagem organizacional, pode-se

inferir que em todas elas o processo ocorre em todos os níveis da organização, seja ele

individual ou coletivo (grupos ou equipes de trabalho).

Pode-se inferir ainda, segundo Nascimento e Moraes (2011), que a aprendizagem

individual constitui a base para a aprendizagem grupal e organizacional, aprendizagens estas

que envolvem a construção coletiva de novos conhecimentos e a interação com múltiplos

sistemas e atores e, portanto, a correta execução destas influências, não apenas os membros

atuais da organização, mas também são transmitidas aos outros por meio de histórias e

normas, fortalecendo, assim, o conceito de memória organizacional.

Na ótica de Fialho et al (2006), a aprendizagem organizacional representa um

diferencial de mercado, deixando clara a importância de que as empresas adotem um papel

proativo para o desenvolvimento e treinamento de pessoas, visando a inspirar e motivar os

seus colaboradores para o crescimento pessoal e profissional permanente.

Wu e Yeh (2011) acrescentam que, quando bem gerenciada, a aprendizagem

organizacional permite a troca de experiências profissionais, que só se realizam mediante o

envolvimento e a participação ativa do capital humano.

2.1.1 Mecanismos de aprendizagem organizacional

Para garantir vantagem competitiva, a organização deve oferecer condições aos

profissionais no sentido de estimular a aquisição e conversão de seus conhecimentos durante o

desenvolvimento das suas atividades.

Neste contexto, Figueiredo (2009) ressalta a importância de examinar as relações

existentes entre os mecanismos que dão suporte à aprendizagem. Na visão do autor,

recombinar e reconfigurar os ativos de conhecimento contribui para a sustentação da inovação

e performance organizacional.

O Quadro 2 descreve as características dos processos, também intitulados mecanismos

de aprendizagem intraorganizacional, que podem ser de dois tipos: aquisição e conversão do

conhecimento.

27

Processos / Mecanismos de

Aprendizagem Intra-organizacional Características

Aquisição do

conhecimento

Aquisição externa

Mecanismos pelos quais os profissionais adquirem

conhecimentos tácitos e/ou codificados vindos de fora

da empresa. Ex.: treinamento no exterior.

Aquisição interna

Mecanismos pelos quais os profissionais adquirem

conhecimentos tácitos ao exercer diferentes atividades

na empresa. Ex.: cumprindo tarefas rotineiras ou

aperfeiçoando processos.

Conversão do

conhecimento

Socialização

Mecanismos pelos quais os profissionais compartilham

seu saber tácito. Ex.: observações, reuniões, solução

conjunta de tarefas, treinamento.

Codificação

Mecanismos pelos quais o saber tácito individual é

expresso em conceitos explícitos, de forma organizada

e acessível, tornando-se mais facilmente assimilável.

Ex.: padronização de métodos, documentação,

seminários internos.

Quadro 2 – Processos/mecanismos de aprendizagem intra-organizacional Fonte: Adaptado de Figueiredo (2009)

Entende-se por “Conhecimento Tácito” o conhecimento pessoal incorporado pela

experiência individual e envolve fatores intangíveis como, por exemplo, crenças pessoais,

perspectivas, sistema de valor, “insights”, intuições, emoções e habilidades.

Entende-se por “Conhecimento Explícito” aquele que pode ser articulado na

linguagem formal, inclusive em afirmações gramaticais, expressões matemáticas,

especificações, manuais, etc., e que pode facilmente ser transmitido, sistematizado e

comunicado.

Os processos de aquisição do conhecimento favorecem o plano individual, permitindo

a absorção do denominado conhecimento tácito presente na mente das pessoas.

Já os processos de conversão do conhecimento estão diretamente relacionados ao

plano organizacional, buscando avaliar como o conhecimento adquirido é disseminado e

usado no contexto da instituição.

Para atingir um efetivo aprendizado organizacional faz-se necessário estimular a

integração entre os diversos mecanismos de aprendizagem e, para isso, torna-se fundamental

que a organização implemente ações direcionadas tanto para o gerenciamento dos processos

de aquisição quanto para o de conversão do conhecimento.

Nesse contexto, a aprendizagem organizacional pode ser entendida como o conjunto

de mecanismos de aquisição, através dos quais os colaboradores da empresa desenvolvem

suas habilidades, conhecimentos e experiências, e de mecanismos de conversão, através dos

28

quais se dá a conversão da aprendizagem individual em aprendizagem grupal ou

organizacional, possibilitando assim a melhoria da performance da organização.

Pode-se concluir, portanto, que a empresa deve priorizar o treinamento de seus

colaboradores, não apenas nos conhecimentos técnicos e organizacionais necessários para a

execução de suas atividades, mas também, e principalmente, no desenvolvimento de

competências imprescindíveis para que estes possam colaborar efetivamente nos resultados da

empresa.

Entende-se por competências imprescindíveis, dentre outras, a capacitação de seus

colaboradores para trabalhar em equipe, para liderar e ser liderado e para se comunicar

adequadamente.

2.2 O CONCEITO DE TRABALHO EM EQUIPE

Para entender a importância do trabalho de equipe em qualquer tipo de empresa ou

organização faz-se necessário diferenciar o conceito de trabalho em grupo do conceito de

trabalho em equipe.

Grupo de trabalho é definido como dois ou mais indivíduos que se juntam para atingir

um objetivo, ou seja, um grupo de trabalho é aquele que interage basicamente para

compartilhar informações e tomar decisões sobre um problema ou situação específica,

visando a melhorar as atividades em sua área de responsabilidade. Assim sendo, o resultado

de um grupo de trabalho é a somatória das contribuições individuais de seus membros.

Vergara apud Fiorelli (2000, p.142) entende que “para que um conjunto de pessoas se

torne uma equipe é preciso que haja um elemento de identidade, elemento de natureza

simbólica, que una as pessoas, estando elas fisicamente próximas ou não”.

Ainda de acordo com Fiorelli (2000),

Uma equipe é um conjunto de pessoas com um senso de identidade, manifesto em

comportamentos desenvolvidos e mantidos para o bem comum, em busca de

resultados de interesse comum a todos os seus integrantes, decorrentes da

necessidade mútua de atingir objetivos e metas específicas. (FIORELLI, 2000, p.

143).

Segundo Wagner III e Hollenbeck apud Fiorelli (2000),

Grupo é um conjunto de duas ou mais pessoas que interagem entre si de tal forma

que cada uma influencia e é influenciada pela outra. Para eles, equipe é um tipo

especial de grupo em que, entre outros atributos, evidencia-se elevada

interdependência na execução das atividades. (FIORELLI, 2000, p. 41).

29

Para estes autores, em geral, as pessoas enquanto membros atuantes de uma equipe,

tendem a assumir os seguintes comportamentos:

Identidade: identificam-se umas com as outras e envolvem-se em interação

frequente;

Interação: participam de um sistema de papéis interdependentes, compartilham

normas comuns e buscam metas comuns e interdependentes;

Integração: sentem que sua filiação à equipe é compensadora e têm uma

percepção coletiva da unidade, unindo-se com os demais membros da equipe.

Estes comportamentos fazem com que a equipe estabeleça suas próprias fronteiras e é

o que dará identidade para a equipe e a diferenciará das demais.

Para Sherif apud Aguiar (1997), o que diferencia uma equipe de um grupo de pessoas

é a existência de interação entre os membros, de objetivos e de um conjunto de normas

comuns, de um conjunto de papéis e de uma rede de identificação interpessoal.

Em outras palavras, deve existir uma identidade entre os componentes da equipe, de

tal forma que o comportamento de um membro influencie o comportamento dos outros,

através da linguagem, de símbolos, de gestos e de postura, ou seja, os membros de uma

equipe devem ter comportamentos interdependentes.

Pode-se definir, portanto, como equipes de trabalho, aquelas que dividem a

responsabilidade pelo alcance de um objetivo comum, ou seja, grupos de pessoas que, através

de um esforço coordenado de habilidades e funções complementares, conseguem criar uma

sinergia capaz de superar os resultados individuais, obtendo um desempenho superior.

Ainda segundo Sherif apud Aguiar (1997), quando o vínculo emocional ou a

interdependência deixam de existir, a equipe transforma-se em grupo, ou um grupo pode-se

tornar uma equipe com o surgimento desses dois aspectos.

Outro aspecto que afeta a qualidade do trabalho em equipe é o deste ser realizado em

um Ambiente Competitivo ou em um Ambiente Cooperativo.

Alfie Kohn (1986), estudando as formas de atuação das pessoas e das organizações,

investigou o tema “competição versus cooperação” e concluiu que a competição impede o uso

mais eficiente dos recursos que a cooperação possibilita, exigindo mais recursos que a

cooperação.

Dean Tjosvold (1991) descreve as principais diferenças de comportamentos e de

resultados no trabalho em equipe entre as pessoas que agem de maneira cooperativa e as que

agem de modo competitivo, resumidas e comentadas a seguir:

30

Ambiente colaborativo:

Ao cooperarem, as pessoas percebem que têm êxito quando outras pessoas são

bem sucedidas; isso as orienta no sentido de ajudarem-se mutuamente para obterem um

desempenho eficaz;

A confiança aumenta quando os objetivos são compatíveis; isso resulta na troca

de ideias, recursos e informações que beneficiam a todos e essas interações trazem como

resultado a coesão, a amizade e um moral elevado dentro da equipe.

Ambiente Competitivo:

Os competidores, ao contrário, vêm o sucesso dos outros como uma ameaça e

um fator de frustração;

Ficam mais perto de alcançar seus objetivos quando as outras pessoas

apresentam um desempenho ineficaz;

Suspeitam que as outras pessoas não ajudem porque, se assim o fizessem,

atrapalhariam as próprias chances de atingir objetivos;

Relutam em falar sobre suas necessidades e sentimentos e em pedir e oferecer

ajuda;

Por medo de serem explorados pelos outros membros da equipe, não acreditam

que possam influenciá-los, exceto por coerção ou ameaça.

Essas interações negativas têm como resultado a frustração, a hostilidade e a baixa

produtividade, sobretudo em tarefas conjuntas.

David W. Johnson e Roger T. Johnson (1989), examinando 581 estudos empíricos

sobre como as situações de cooperação, competição e/ou de individualismo afetavam as

realizações ou o desempenho, concluíram que: “A cooperação proporcionou mais

produtividade e realizações em todos os tipos de tarefas do que a competição interpessoal e os

esforços individualistas”.

2.2.1 A construção de uma equipe eficaz

Para estruturar uma equipe eficaz deve-se considerar: o tamanho da equipe, a

composição da equipe (homogênea ou heterogênea), a organização da equipe de trabalho

(estrutura interna de responsabilidades), a definição e distribuição das tarefas.

Na organização interna da equipe de trabalho devem-se estabelecer: as normas de

trabalho da equipe, as relações entre os membros e destes com a liderança, os padrões de

31

conduta aprovados e esperados, o sistema de recompensas e punições e o sistema de

comunicação interna e externa da equipe.

Para que um grupo de trabalho se mantenha unido e produtivo, a empresa e o líder da

equipe devem se preocupar em manter o equilíbrio entre três componentes comportamentais

que podem afetar a eficácia da equipe, quais sejam: racionalidade, emoção e ética.

A racionalidade diz respeito à capacidade do grupo para reunir informações

pertinentes e trabalhar com elas de forma lógica, coerente e sistemática; a emoção está

relacionada aos sentimentos de motivação, de envolvimento, de criatividade e de sinergia dos

membros da equipe; a postura ética da equipe é criada a partir de crenças e valores dos

membros e da empresa e é a base geradora de regras na interação da equipe.

O equilíbrio destes três componentes é essencial, já que a racionalidade garante

decisões coerentes com os objetivos pretendidos; a emoção move a equipe e a ética define os

limites comportamentais, o que é legítimo e justo e o que não pode ser aceito.

As lideranças da equipe devem estar atentas aos desvios relacionados à execução das

tarefas, pois podem fornecer informações sobre as emoções vigentes.

Kouzes e Posner (1987) também constataram em suas pesquisas que os líderes que

promovem a colaboração tendem a desfrutar de uma credibilidade muito maior do que os que

incentivam a competição entre os membros da equipe.

Estes autores afirmam ainda que, embora pareça paradoxal, a liderança torna-se mais

essencial – e não menos – quando há necessidade de colaboração, isto porque a formação de

um grupo em torno de um objetivo pode resultar na discussão de interesses diversos e muitas

vezes conflitantes.

A necessidade de comunicação e de interação intragrupal coloca em evidência o

conflito entre os desejos ou necessidades individuais – conscientes e/ou inconscientes – e as

metas e limites impostos aos membros da equipe.

Os conflitos mais comuns são: o conflito da dependência, que envolve a relação com a

autoridade e dá origem a afirmações e ações baseadas no dilema entre ser dirigido e dirigir,

entre impotência e onipotência e entre submissão e rebeldia como alternativas possíveis de

relacionamento; o conflito entre lutar ou fugir que dá origem a posturas de intransigência ou

de afastamento como alternativas viáveis para lidar com pessoas ou situações; e o conflito

pela formação de subgrupos na equipe que se manifesta por meio de alianças internas que

configuram a oposição entre cúmplices e adversários.

32

Pode-se afirmar que o trabalho em equipe exige uma liderança que consiga, com

habilidade, desenvolver objetivos cooperativos, buscar soluções de integração e criar

relacionamentos de confiança.

O mesmo autor afirma que: “Uma equipe só cresce quando seu líder ou alguns de seus

membros são capazes de lidar construtivamente com esses conflitos”.

2.2.2 A evolução comportamental do trabalho em equipe

Scholtes (1992) divide o processo de desenvolvimento de equipes em quatro fases e

alerta para o fato que, durante as fases de desenvolvimento dos trabalhos da equipe, podem

surgir comportamentos e sentimentos razoavelmente previsíveis, que devem ser conhecidos e

gerenciados adequadamente pelo líder do projeto.

Fase 1 - Formação da Equipe: nesta fase ocorre a transição comportamental da

condição de indivíduo para a condição de membro do grupo, podendo surgir sentimentos

positivos, tais como: entusiasmo, expectativa, otimismo, orgulho em ter sido escolhido; ou

ainda sentimentos negativos como desconfiança, medo e ansiedade frente ao trabalho. Podem

surgir também comportamentos individuais negativos voltados para tentar: definir tarefas e

decidir como esta deve ser realizada; definir o comportamento ideal do grupo; tomar decisões

sobre quais informações precisam ser coletadas; discutir sobre conceitos e questões abstratas

ou não pertinentes, etc., gerando dificuldades de interação da equipe e impaciência de outros

membros.

Fase 2 - Turbulência: esta segunda fase acontece quando os membros da equipe

começam a perceber a quantidade de trabalho que têm pela frente. Nesta fase podem surgir

sentimentos de resistência a determinadas tarefas e a abordagens diferentes daquelas que cada

membro está acostumado a usar individualmente; variações de comportamento em relação ao

grupo e às expectativas de êxito do projeto; discussão entre membros, mesmo quando

concordam com a questão básica; atitudes defensiva e competitiva; tendência a formar

facções e a “escolha de lados”; estabelecimento de metas irreais e preocupação com o excesso

de trabalho, podendo gerar desunião, tensão crescente e ciúmes entre os membros da equipe.

Fase 3 - Normas de Conduta: nesta fase surge a tendência do restabelecimento do

propósito central da equipe, com a definição de Normas de Conduta, diminuindo, assim, a

resistência inicial.

Os comportamentos e sentimentos mais comuns nessa fase são: uma nova capacidade

de criticar construtivamente; maior integração e harmonia da equipe; melhor relacionamento e

33

um senso de coesão da equipe; estabelecimento e manutenção de regras básicas de

comportamento e de fronteiras da equipe, etc.

Fase 4 - Maturidade: finalmente, na quarta fase surge o comportamento de maturidade,

já que a equipe definiu seu relacionamento e suas expectativas.

Nessa fase, afloram os sentimentos de melhor compreensão dos pontos fortes e fracos

de cada um; a satisfação pelo progresso da equipe; a automudança construtiva; a capacidade

em lidar com os problemas da equipe, nascendo assim o verdadeiro espírito de equipe.

2.2.3 Vantagens e desvantagens do trabalho em equipe

Segundo Fiorelli (2000), as principais vantagens do trabalho em equipe são:

Melhor tratamento das informações: as equipes favorecem a franqueza, a

confiança e o respeito mútuo, reduzindo, assim, interpretações subjetivas. Possibilita, ainda, o

debate de pontos de vista diferentes, muitas vezes complementares ou opostos;

Redução da ansiedade nas situações de incerteza: favorecem o apoio mútuo, ao

constatar que outras pessoas têm as mesmas ansiedades ao experimentar novos

comportamentos;

Melhor aproveitamento das potencialidades individuais: a integração em um

trabalho de equipe aumenta o conhecimento mútuo, propiciando um melhor aproveitamento

das habilidades de cada um e neutralização dos pontos fracos.

Ainda segundo Fiorelli (2000), os principais aspectos negativos que podem afetar a

qualidade do trabalho em equipe e, portanto, devem ser combatidos e erradicados, são:

Considerar o trabalho em equipe como solução ideal para todos os casos e

situações, o que não é verdade;

Criação da cultura do “consenso obrigatório” dentro da equipe;

Redução excessiva da supervisão, comprometendo a percepção dos objetivos

reais e levando a equipe a soluções equivocadas;

Radicalização em torno das decisões tomadas, descartando novas ideias,

metodologias ou tecnologias eventualmente superiores;

Sentimento de identidade excessivo: dificultando a aceitação de novos

integrantes, percebidos como perigo a estabilidade do grupo;

Redução da ousadia nas tomadas de decisão que geram riscos, perdendo-se,

eventualmente, oportunidades para a empresa ou organização.

34

O conceito de trabalho em equipe, aplicado à vida da empresa, facilita o exercício da

liderança em todos os níveis, aumenta a produtividade geral, diminui as falhas operacionais e

de comunicação interna e ajuda a evitar conflitos internos.

E, para que isso possa acontecer, os participantes vão aprender a trabalhar com um

grande espírito de integração, sem abrir mão da autonomia e da capacidade individual.

Pode-se concluir, portanto, que o treinamento para o trabalho em equipe torna o grupo

treinado mais forte na busca de seus objetivos maiores.

2.3 O CONCEITO DE LIDERANÇA

Pelo exposto no item anterior sobre o trabalho em equipe, pode-se constatar a forte

relação existente entre a qualidade do trabalho em equipe e a competência de seus membros

de liderar e serem liderados.

Sabe-se que o trabalho em equipe se faz necessário em quase todas as funções,

momentos ou situações de uma empresa ou organização e, por consequência, a capacidade de

seus colaboradores de liderar e de serem liderados é de fundamental importância para que se

tenha eficiência e qualidade na execução das funções e das atividades previstas para a equipe.

James Hunter (2004) define o conceito de liderança como sendo “a habilidade de

influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando a atingir os objetivos

identificados como sendo para o bem comum”.

A capacidade de liderar deve ser entendida aqui como sendo a percepção do grupo em

relação ao líder, ou seja, com que habilidade o líder consegue influenciar, persuadir e

argumentar com os seus liderados, independente do cargo ou função por ele ocupada ou por

ele executada.

Chiavenato (2004) define que:

A liderança é uma influência interpessoal exercida em uma situação por meio do

processo de comunicação humana para a consecução de um ou de diversos objetivos

específicos. (CHIAVENATO, 2004, p. 112)

Logo, caberá ao líder influenciar toda a sua equipe e os demais colaboradores para que

tais objetivos sejam comuns.

Chiavenato (2002) define ainda que o papel do líder é de obter a cooperação,

direcionar os conflitos e integrar o grupo de trabalho para que se mantenham coesos,

buscando alcançar os objetivos e o sucesso da organização.

35

Este autor complementa a importância de sua assertiva, afirmando que

os líderes são responsáveis por orientar e direcionar a equipe ao caminho da

organização, com olhos para a realidade de cada liderado, mas cabe a todos assumir

compromissos, estar aberto a debates e a mudanças quando for necessário; o

pensamento e a conversa devem ser vigorosos e atentar aos objetivos estabelecidos

(CHIAVENATO, 2002, p. 113).

Outro papel importante de um bom líder é o de incentivar a capacidade criativa de sua

equipe, de maneira que todos se sintam úteis e orgulhosos de sua participação e se motivem a

atingir os objetivos do projeto com qualidade e inovação.

Para que isto ocorra, é necessário que a liderança exercida seja ética e confiável, ou

seja, exista uma confiança mútua entre líder e liderados no desenvolvimento do trabalho e no

reconhecimento do esforço e dedicação de todos os envolvidos.

Por outro lado, Chiavenato (2003) nos alerta que cada indivíduo tem seu próprio estilo

de comportamento, de agir e de reagir em suas interações com outros indivíduos, sendo que

esse seu comportamento e sua capacidade de liderança é que irão dar origem ao tipo de

relacionamento pessoal ou profissional com outros indivíduos; ou seja, a liderança, além da

capacidade de influenciar os demais membros do grupo, envolve a aceitação voluntária das

posições do grupo liderado, desde que estas ajudem a caminhar em busca dos objetivos

pretendidos pela empresa ou organização.

Este autor nos esclarece também que não existe um único estilo de liderança que seja

válido para qualquer situação, ou seja, um bom líder deve ter a capacidade de ajustar o seu

comportamento às características do grupo de pessoas a liderar e/ou de se ajustar às

especificidades da situação, sendo essencial a sua capacidade de comunicação pessoal e não

apenas os seus traços de personalidade.

Torna-se importante, ainda, o entendimento de que a capacidade de liderar não é uma

característica exclusiva dos que exercem funções de comando em uma organização, qualquer

que ela seja. Todo indivíduo, mesmo que inconscientemente, exerce o papel de líder, seja

comandando um grupo, o seu próprio trabalho ou as suas ações pessoais ou profissionais.

2.3.1 As cinco práticas da liderança exemplar

Em 1987, Kouzes e Posner realizaram uma pesquisa envolvendo mais de 20.000

executivos dos setores privado e governamental, com a seguinte questão: “Que valores (traços

ou características pessoais) você procura e admira em seus superiores?”

36

Em resposta a essa pergunta, foram identificados 225 valores, traços e características

diferentes que, posteriormente, foram agrupados em 15 categorias e resumidos em 20

características. Em seguida, os entrevistados deveriam escolher as 7 características principais.

Segundo Kouzes e Posner (1997), como resultado de suas pesquisas, identificou-se

cinco práticas básicas para a liderança exemplar que permitem aos líderes um desempenho

superior. Os líderes vitoriosos e competentes devem ser capazes de: desafiar as regras

estabelecidas; inspirar uma visão compartilhada; permitir que os outros ajam; apontar o

caminho que deve ser seguido e encorajar o coração.

A Figura 1 a seguir mostra as cinco práticas de liderança idealizadas por Kouzes e

Posner (1997).

P1 - Prática 1 - O Líder costuma desafiar as regras, incentivando as mudanças, envolvendo seus

colaboradores neste desafio.

P2 - Prática 2 - O Líder inspira uma visão compartilhada em toda a equipe, envolvendo seus

colaboradores nesta visão de futuro.

P3 - Prática 3 - O Líder é uma pessoa que permite que os outros ajam, isto é, as iniciativas e ações

espontâneas são bem aceitas e estimuladas.

P4 - Prática 4 - O Líder aponta o caminho que deve ser seguido pela equipe para alcançar melhores

níveis de desempenho e relacionamento.

P5 - Prática 5 - O Líder procura encorajar o coração de seus subordinados, motivando-os para que

enfrentem os obstáculos e desafios do dia-a-dia.

Futuro

Figura 1 – As cinco práticas da liderança Fonte: Kouzes e Posner (1997)

37

Para um melhor entendimento de sua importância, descreve-se abaixo algumas

características das cinco práticas propostas por Kouzes e Posner (1997).

P1 - Desafiar as regras estabelecidas

A contribuição básica de um líder consiste em reconhecer as boas ideias, em apoiá-las

e em ter o desejo de desafiar o estabelecido para conseguir que se adotem novos produtos,

processos, serviços e sistemas. Em suma, os líderes são os primeiros a adotar a inovação.

No entanto, Warren Bennis (1988, p.146) afirma que os problemas, as circunstâncias

fora de seu controle e os próprios erros, aliados a chefes difíceis, à falta de visão e de virtudes

no escritório central tendem a construir um ambiente difícil para a maioria dos líderes.

A pesquisa supracitada de Kouzes e Posner (1997) detectou que os líderes bem

sucedidos aceitam os desafios decorrentes de mudanças em seus ramos de negócios ou novas

exigências de mercado e, dessa forma, procuram modos de alterar o status quo, de criar algo

novo, de encontrar processos novos e revolucionários, de buscar oportunidades de fazer coisas

que nunca fizeram antes.

Basicamente, três fatores foram essenciais para o sucesso dos líderes pesquisados:

Despertar a motivação intrínseca

Promovendo a valorização das pessoas e o resultado do trabalho de cada um; usando e

reconhecendo as habilidades e talentos; encarando os novos projetos com algo agradável e

desafiador; procurando oportunidades para que as pessoas ultrapassem seus limites,

solucionem problemas, realizem descobertas, explorem novos territórios, alcancem metas

difíceis e aprendam a lidar com a mudança externa.

Equilibrar o paradoxo das rotinas

Kouzes e Posner (1997) afirmam que:

O problema crítico dos líderes não consiste em ter rotinas ou não, mas sim quais

rotinas ter. Aquelas poucas rotinas essenciais que servem aos valores-chave da

organização devem ser veneradas. As demais devem ser extirpadas. As rotinas que

ajudam a organização a mudar – tais como as pesquisas de satisfação dos clientes –

devem ser estimuladas. As que servem como desculpa – rotinas do tipo “sempre foi

feito desta forma por aqui” – deve ser desmascarada pelo mal que fazem ao bem-

estar da organização e de seus integrantes. (KOUZES e POSNER, 1997, p. 40)

A principal função do líder, neste caso, é detectar quando as rotinas tornam-se

disfuncionais, quando estão asfixiando o planejamento criativo e bloqueando o avanço

necessário, visando a eliminá-las ou ajustá-las aos objetivos do setor ou da empresa.

38

Utilizar a visão exterior

Os clientes, em geral, constituem as fontes de exigências pela inovação em produtos e

serviços, enquanto que os pedidos e as sugestões para inovar os processos vêm das pessoas

que executam o trabalho.

Segundo James M. Utterback (1989),

As forças de mercado aparentemente são o fator básico que influencia a inovação.

De 60% a 80% das inovações importantes ocorridas em uma grande variedade de

setores foram um resposta às exigências e necessidades de mercado.

(UTTERBACK, J. p. 39)

Para detectar as exigências de mudança, os líderes devem utilizar e ampliar a sua visão

exterior, incrementando o relacionamento com clientes, funcionários, acionistas, estudantes,

fornecedores, parceiros e outros líderes de outras organizações.

P2 - Inspirar uma visão compartilhada

Kouzes e Posner (1997) afirmam que os líderes têm o desejo de fazer com que algo

aconteça, de mudar o jeito das coisas, de criar algo que ninguém criou antes e, para tanto,

buscam estabelecer uma visão, uma imagem clara do futuro, visando a conduzir seus

liderados nesta direção. O problema é que os líderes não têm o poder de associar

compromissos com a sua visão, mas apenas inspirá-la em seus seguidores.

Para encantar e atrair pessoas para sua visão, os líderes devem conhecer as

características de seus seguidores e falar a linguagem deles.

Os líderes desenvolvem essa capacidade de vislumbrar o futuro pelo domínio de dois

aspectos essenciais: Imaginar o Ideal – ou seja, estabelecer um valor ou patamar de

desempenho a ser alcançado e intuir o Futuro - desenhando o contexto em que a organização

estará inserida em uma situação vindoura.

Gary Hamel e C. K. Prahalad (1995, p.105) observam que menos de 3% da energia

dos gerentes seniores é devotada à elaboração de uma visão de futuro e concluem que estes e

os líderes da organização devem dedicar-se à reflexão sobre o futuro, sendo que este

imperativo é tanto maior quanto maior for o âmbito ou nível de responsabilidade de cada um.

Kouzes e Posner (1997) afirmam ainda que o papel mais importante das visões na vida

da organização é o de focalizar a energia humana, ou seja, para permitir que todos os

participantes de um empreendimento vejam com mais clareza o que está à sua frente, os

líderes têm de ter um foco e a capacidade de transmitir com clareza e determinação.

39

P3 - Permitir que os outros ajam

O líder exemplar arregimenta o apoio e a colaboração de todas as pessoas que devem

fazer com que o projeto funcione. Os líderes sabem que ninguém dá o melhor de si quando se

sente fraco, incompetente ou alienado. Para tal, o exercício da liderança inclui a capacitação e

preparo das pessoas para o trabalho em equipe.

Kouzes e Posner (1997), baseados em 550 casos de sucesso de trabalho em equipe,

após as entrevistas, concluíram que:

As pessoas defenderam de maneira apaixonada o trabalho em equipe como o

caminho interpessoal para o sucesso, sobretudo em condições de extremo desafio e

urgência. Nossas análises empíricas confirmaram a forte relação que existe entre a

eficácia da liderança e a atitude de permitir que os outros ajam. (KOUZES e

POSNER, 1997, p. 300)

P4 - Apontar o caminho a ser seguido

Os seguidores esperam que os líderes estejam presentes, prestem atenção e participem

diretamente do processo de fazer coisas extraordinárias, ou seja, inspirem confiança.

Kouzes e Posner (1997), durante a pesquisa sobre a credibilidade dos líderes, fizeram

as perguntas abaixo e obtiveram as seguintes respostas:

Como você sabe se alguém merece confiança? - “Eles praticam o que pregam”;

Como você definiria a credibilidade em termos de comportamento? - “Eles agem de

acordo com o que dizem” e “Eles fazem o que dizem que vão fazer”;

Como você reconheceria os líderes dignos de confiança? - “Seus atos são coerentes

com suas palavras”.

Essas respostas simplesmente mostram como o comportamento e as atitudes

assumidas na prática são essenciais para a credibilidade do líder junto aos seus liderados.

P5 - Encorajar o coração

O desenrolar de um processo de mudança ou cumprimento de um projeto constitui-se

de um caminho longo e cansativo. As pessoas chegam à exaustão com a sobrecarga de

atividades e, com frequência, sentem-se tentadas a desistir.

Cabe aos líderes encorajarem seus liderados para que eles perseverem. Este

encorajamento deve vir de gestos notáveis ou de ações simples (elogios, divulgação,

agradecimento formal, etc.), já que faz parte do trabalho e da responsabilidade do líder

mostrar às pessoas que elas podem vencer e que seus esforços são reconhecidos.

Os líderes bem sucedidos têm níveis elevados de expectativa, tanto para si quanto para

seus seguidores. Tais expectativas, quando atendidas através de desempenhos acima da

40

média, devem ser reconhecidas e recompensadas como estímulo pessoal, ou seja, o uso

criativo das recompensas é outra característica que define o líder.

Os líderes tendem a não depender do sistema formal de recompensas da organização

(tipicamente financeiro), que oferece apenas uma gama limitada de opções.

Além disso, os sistemas de avaliação de desempenho da maioria das organizações só

permite que os aumentos de salários e outras recompensas baseadas no mérito sejam

concedidos apenas uma vez por ano. Essa demora, naturalmente, limita a capacidade das

pessoas de relacionar seus esforços e seu desempenho com eventuais recompensas, o que

reduz, assim, a motivação para participar em futuros trabalhos em equipe.

O ser humano é movido pela razão e pelos sentimentos e, por isso, tende a repetir, com

empenho e satisfação, as atividades ou comportamentos reconhecidos e recompensados. Se

um trabalho especialmente árduo ou longas horas dedicadas a um projeto passam

despercebidos e sem recompensa, as pessoas em breve passam a minimizar seus esforços.

2.4 O CONCEITO DE COMUNICAÇÃO

Codey (1909) apud Berlo (1991), um dos pioneiros no estudo da Comunicação, já

dizia que a Comunicação Interpessoal é o mecanismo através do qual existem e se

desenvolvem as relações humanas.

Para o desenvolvimento da relação entre pessoas, a Comunicação Interpessoal se

utiliza de cinco funções básicas:

Informar - tem como objetivo difundir os conhecimentos, formular opiniões e juízos;

Influenciar - tem como objetivo conduzir ou induzir alguém a aceitar algo;

Educar ou treinar – tem como objetivo as questões sociais e culturais ou desenvolver

competências e habilidades individuais com base no conhecimento e na troca de

experiências vivenciadas por terceiros;

Socializar – tem como objetivo facilitar a interação e integração do indivíduo;

Distrair – difere-se de cultura para cultura e tem por objetivo promover o lazer e a

atividade lúdica.

A visão antropológica nos ensina que é por meio do processo de comunicação que o

homem transmite a sua cultura, já que é através do contato com outras pessoas, das

informações fornecidas pelo ambiente e pelas experiências acumuladas que ele adquire suas

crenças, valores, formas de pensar, hábitos e tabus, ou seja, o ser humano precisa se

41

comunicar para trocar informações e experiências de forma a atingir seus objetivos pessoais

ou profissionais.

De acordo com Watzlawick, Beavin & Jackson (1981), toda vez que alguém se

comporta de determinada forma está se comunicando, já que todos os comportamentos

fornecem informação e a comunicação, boa ou ruim, é o resultado de todas as mensagens

trocadas entre emissores e receptores.

Da mesma forma, as equipes, as empresas e instituições precisam de um processo de

comunicação organizacional adequado para executar suas atividades e alcançar seus objetivos

estratégicos.

De uma forma simplificada, pode-se dizer que a Comunicação Interpessoal em

Negócios é, em essência, a comunicação entre as pessoas que estão procurando o mesmo

objetivo num processo comportamental.

Ao realizar pesquisas e analisar seus resultados, Hampton (1990, p. 249) percebeu que,

“para fins de administração, a comunicação é o processo pelo qual as pessoas que trabalham

em uma empresa transmitem informações entre si e interpretam o seu significado”.

Outros autores como Freire (2003), por exemplo, deixam claro que a comunicação tem

relevância fundamental dentro de uma organização, pois faz parte de todos os seus processos

de trabalho, desde o planejamento, passando pela implementação e pela avaliação das

atividades, até chegar ao processo de tomada de decisão.

Complementando Freire (2003), Arantes (1998) chama atenção para o fato de que:

(...) somente com a ajuda da Comunicação, é possível que as tarefas distribuídas

entre as várias pessoas que integram a empresa sejam realizadas corretamente e

estejam dirigidas aos mesmos objetivos. A Comunicação também auxilia e também

complementa os demais instrumentos de gestão. (...) A Comunicação é também uma

excelente ferramenta para ampliar nosso campo de conhecimento, seja através de

programas de educação, seja pelo contato direto entre os colaboradores. A

Comunicação cria, altera, mantém a relação entre a execução das operações

(ARANTES, 1998, p. 260).

Pode-se afirmar, portanto, que a Comunicação, assim como o desenvolvimento do

trabalho em equipe e da competência para liderar, é um processo imprescindível a ser

trabalhado em uma empresa ou instituição.

42

2.4.1 Os oito elementos do processo de comunicação

De acordo com Arantes (1998), o processo de comunicação é composto por um

conjunto de oito elementos fundamentais e interdependentes, que devem seguir uma ordem de

execução específica para que haja uma integração lógica entre esses elementos e o próprio

processo comunicacional.

Os oito elementos supracitados são: ambiente, objetivos, emissor, mensagem, meio,

receptor, significado e resposta.

Apresenta-se abaixo uma breve descrição do significado de cada um deles.

Ambiente

São as circunstâncias ou situações nas quais as mensagens são passadas do emissor ao

receptor, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis. Segundo Arantes (1998, p. 271), “A situação

real que deve ser considerada no processo de comunicação é aquela percebida e sentida pelo

receptor e não aquela vivida ou sentida pelo emissor”.

Para que a transmissão da mensagem seja considerada eficaz, o emissor deve escolher o

ambiente mais favorável para o receptor; caso contrário, o receptor pode não dar a devida

atenção e/ou não entender corretamente a mensagem que lhe foi transmitida.

Desta forma, para que o receptor perceba a utilidade ou objetivo da mensagem, o emissor

deve conhecer as necessidades, os gostos, ações, pensamentos, crenças e valores de quem vai

receber a mensagem, pois só assim a comunicação valerá a pena.

Objetivos

Arantes (1998) enfatiza que é imprescindível a clareza dos objetivos da comunicação,

pois, sem isso, o processo não ocorre eficazmente.

Emissor

É a fonte ou a origem do processo de comunicação, ou seja, é a pessoa que tem uma

mensagem para comunicar. É o emissor que vai tomar a iniciativa de se comunicar e buscar a

interação com as outras pessoas, a fim de alcançar o seu objetivo.

De acordo com Robbins (1999), para alcançar a eficácia na Comunicação o emissor

tem que ter algumas características ou requisitos importantes, tais como: facilidade para falar,

ler, ouvir e raciocinar; atitudes para influenciar positivamente o comportamento e a

receptividade do receptor; conhecimento adequado (em extensão e profundidade) para evitar

restrições ou para detalhar a mensagem, quando houver dificuldades de entendimento pelo

receptor; representatividade junto ao receptor para garantir credibilidade da mensagem a ser

comunicada.

43

Mensagem

É o que vai ser comunicado pelo emissor. Deve estar adequada ao nível cultural,

técnico e hierárquico do receptor. É composta por Conteúdo e Forma.

O Conteúdo representa o que será transmitido e depende dos objetivos do processo

comunicacional. Não deve ser insuficiente ou excessivo; deve comunicar o essencial, frente

aos objetivos a serem alcançados pelo emissor e também “deve ter uma sequência lógica, ou

seja, um início (objetivos), um meio e um fim (conclusões).” (ARANTES, 1998, p. 267)

A Forma é a maneira pela qual a mensagem é transmitida. As formas básicas são as

verbais e as não verbais. As verbais podem ser orais e escritas. Já as não verbais podem ser

gestuais (mímicas, movimentos corporais, modo de olhar), vocais (timbre de voz e entonação)

espaciais (local físico e layout) e por quaisquer outros recursos que tenham significado.

Segundo Arantes (1998),

(...) não há uma forma melhor do que a outra. A escolha da forma depende de um

conjunto de fatores, dentre os quais os mais relevantes são: rapidez requerida (na

transmissão da mensagem, na obtenção das respostas); quantidade de receptores;

localização geográfica dos receptores; necessidade de formalizar a mensagem;

necessidade de consultas posteriores sobre a mensagem; complexidade do assunto

tratado; facilidade de retenção da mensagem (lembrança) (ARANTES, 1998, p.

267).

Meio

É o canal ou veículo de transmissão, ou seja, é o recurso utilizado pelo emissor para

transmitir a mensagem.

De acordo com Arantes (1998, p. 263), o meio “é determinado pelos requisitos de

forma da mensagem a ser transmitida e da resposta a ser obtida”.

Arantes (1998, p. 268) coloca ainda que “o requisito fundamental na escolha do meio é

que ele não provoque ruído nas mensagens”.

O ruído é uma interferência, de qualquer espécie (documento sujo ou borrado, falar

muito baixo ou agressivamente, ambiente de trabalho desconfortável, etc.) que prejudique a

transmissão da mensagem, comprometendo a recepção da mesma ou o seu entendimento

pelo receptor.

Receptor

É quem recebe a Comunicação, ou seja, é o foco da comunicação. É ele quem vai

reagir ao estímulo promovido pelo emissor.

Pode-se dizer, portanto, que todo o processo de comunicação deve ser direcionado de

acordo com as características do receptor.

44

Robbins (1999) destaca algumas características que, assim como o emissor, o receptor

necessita ter, para que a comunicação seja eficaz.

(...) assim como o emissor foi limitado por suas habilidades, atitudes, conhecimento

e sistema sociocultural, o receptor é restringido da mesma maneira. Assim como o

emissor deve ter habilidades de escrever ou falar, o receptor deve ser hábil em ler ou

ouvir, e ambos devem ser capazes de raciocinar. O conhecimento, atitudes e

formação cultural de alguém influenciam a sua capacidade de receber, assim como o

fazem com a capacidade de enviar mensagens (ROBBINS, 1999, p. 198).

Significado

É a compreensão da mensagem, no seu sentido correto. Como diz Arantes (1998), é o

‘entendimento comum’ da mensagem entre o emissor e o receptor e isto ocorre quando o

emissor e o receptor entendem da mesma forma a mensagem, ou seja, quando o receptor

captou o significado correto da mensagem.

Quando a mensagem é transmitida pelo emissor, ela é codificada e quando é recebida

pelo receptor, ela é decodificada. As codificações e decodificações são compostas por um

conjunto de símbolos, utilizados pelas pessoas para representar seus pensamentos, a

realidade em que vivem, etc., e devem ter o mesmo significado para o emissor e para o

receptor.

Mas, mesmo que o significado seja o mesmo para os dois, não se pode assegurar a

eficácia da comunicação, pois, como diz Penteado (1991, p. 2), “a compreensão, através da

comunhão do significado, não quer dizer, necessariamente, acordo. Posso compreender

uma ideia, sem concordar com ela”.

Em relação a isso, Arantes (1998, p. 271) coloca, também, que, “ainda que o

significado comum não assegure sozinho, a eficácia do processo de comunicação como

um todo é um requisito fundamental para promover o entendimento”.

Resposta

Pode ser chamada, também, de feedback ou comportamento esperado, pois é a reação

do receptor à mensagem recebida. É o último objetivo do processo, pois é o desejado pelo

emissor, ao emitir uma mensagem.

Segundo Robbins (1999), a resposta pode ser considerada como a efetivação do

recebimento da mensagem, determinando ou não, o sucesso da mesma.

45

2.4.2 Os cinco componentes de uma comunicação interpessoal eficaz

No mundo atual dos negócios, as empresas ou organizações precisam de equipes de

trabalho capazes de gerar ou desenvolver soluções diferenciadas, assim como líderes e

gestores que transfiram informações e novos conhecimentos pelos canais competentes aos

receptores certos, bem como a capacidade de filtrar e comunicar informações válidas e

eficazes para a equipe e para a empresa.

Os principais executivos, por sua vez, precisam ter a capacidade de comunicação e de

raciocínio como elementos diferenciadores de outras qualidades, já que cabe a eles o processo

de tomada de decisões estratégicas em busca do sucesso e da sustentabilidade da empresa.

De acordo com a opinião de Myron R. Chartier (1981), existem cinco componentes

que distinguem claramente os bons dos maus comunicadores, quais sejam: autoimagem, saber

ouvir, clareza de expressão, capacidade para lidar com sentimentos de contrariedade

(irritação) e auto-abertura.

Auto-imagem (Autoconceito)

O conceito e a imagem que as pessoas têm de si mesmas (quem é, o que significa,

onde existe, o que faz e não faz, o que valoriza, no que acredita) tendem a determinar seus

comportamentos na comunicação interpessoal.

A auto-imagem de uma pessoa é seu quadro referencial, sua realidade pessoal, o seu

ponto de vista particular; é o filtro pelo qual ela percebe, ouve, avalia e compreende todas as

coisas e o mundo que a cerca.

Se o autoconceito (auto-imagem) for forte e positivo pode gerar interações rígidas e

satisfatórias. Por outro lado, se o autoconceito for fraco e inferior, o indivíduo tende a

distorcer sua percepção de como os outros o veem, o que pode gerar sentimentos de

insegurança no seu relacionamento interpessoal, dificultando o diálogo com terceiros, a

admissão de erros, a expressão de seus sentimentos, a aceitação de críticas construtivas, etc.

Para que um indivíduo venha a ter uma sólida auto-imagem, ele precisa de amor,

respeito e aceitação dos outros significativos de sua vida e isso só pode ser alcançado pela

comunicação verbal e não verbal com os mesmos, buscando identificar se ele é apreciado,

aceito, respeitado ou não.

Saber ouvir

O Saber Ouvir é muito mais complexo do que o processo físico da audição, ou de

escutar. A audição se dá através do ouvido, enquanto que o Ouvir implica num processo

46

intelectual e emocional que integra dados físicos, emocionais e intelectuais na busca de

significados e de compreensão.

O Ouvir Eficaz ocorre quando o “destinatário” é capaz de discernir e compreender o

significado da mensagem do remetente, pois só assim o objetivo da comunicação é atingido.

O Saber Ouvir é de fundamental importância para evitar distorções nas mensagens e

obter maior interação com os interlocutores.

Diversos princípios podem servir de auxílio para o aprimoramento das habilidades

essenciais para Saber Ouvir, tais como:

o ouvinte deve ter uma razão ou propósito de ouvir;

o ouvinte inicialmente deve suspender julgamentos;

o ouvinte deve focalizar o interlocutor;

o ouvinte deve esperar antes de responder ao seu interlocutor;

o ouvinte deve buscar os temas, os pontos centrais daquilo que o interlocutor

está dizendo, ouvindo “através” das palavras para atingir sua real significação;

o ouvinte deve utilizar o tempo diferencial entre a velocidade do pensamento

(400 a 500 palavras por minuto) para “refletir” sobre o conteúdo e “buscar” o

seu significado.

Clareza de expressão

Assim como Saber Ouvir é uma habilidade necessária, mas negligenciada na

comunicação, muitas pessoas também têm dificuldade de dizer ou expressar aquilo que

sentem.

O comunicador deficiente deixa que o ouvinte adivinhe o que ele quer dizer, partindo

da premissa de que está, de fato, comunicando. Por sua vez, o ouvinte age de acordo com suas

adivinhações. O resultado óbvio disto é um mal-entendido recíproco.

Para se chegar a objetivos planejados, as pessoas precisam ter um meio de se

comunicarem satisfatoriamente.

Para que uma pessoa possa comunicar com clareza, ela deve ter formada em sua mente

uma imagem perfeita daquilo que está tentando expressar; deve estar preparada para detalhar

aquilo que está dizendo, bem como demonstrar boa receptividade ao feedback que lhe é

dirigido e utilizá-lo em seus esforços posteriores de comunicação.

Capacidade para lidar com sentimentos de contrariedade (irritação)

A incapacidade de uma pessoa lidar adequadamente com o sentimento de irritação ou

de contrariedade pode levar à interrupção do processo de comunicação.

47

Algumas pessoas tendem a recalcar este sentimento, por pensar que a manifestação de

uma reação emocional desfavorável resultará numa ruptura da comunicação ou provocará

uma reação idêntica no interlocutor.

Na realidade o efeito é inverso. A exteriorização das emoções é de suma importância

para construir bons relacionamentos e/ou estabelecer comunicações eficazes. Elas devem

expressar seus sentimentos de tal modo que influenciem, remodelem e modifiquem a si

próprias e aos outros.

As seguintes orientações podem ser úteis para pessoas que têm tendência a se

comportar dessa forma:

Esteja alerta para suas emoções;

Admita suas emoções; não as ignore ou renegue;

Seja dono de suas emoções. Assuma responsabilidade por aquilo que fizer;

Investigue suas emoções. Não procure “vencer” uma discussão na base do

revide;

Integre suas emoções, o seu intelecto e a sua vontade. As emoções não devem

ser reprimidas. Elas devem ser identificadas, observadas, relatadas e

integradas.

Auto-abertura

Auto-abertura é a capacidade de falar total e francamente a respeito de si mesmo,

visando a que o processo de comunicação seja eficaz.

Sidney Jourard (1971 apud CHARTIER, 1981) argumenta que o indivíduo não pode

se comunicar com outro ou chegar a conhecê-lo, a não ser que se esforce pela auto-abertura.

Sem dúvida, este é um processo recíproco, ou seja, quanto mais a pessoa se conhece e

o quanto mais a pessoa sabe a respeito do outro, maior efetividade terá o processo de

comunicação entre ambos.

O receio de que, ao se abrir (autorevelar), outras pessoas não a aceitem ou não

identifiquem valor em seus comportamentos, faz com que as pessoas se fechem e a

comunicação se torne cautelosa e até superficial em relação aos objetivos pretendidos.

Uma das alternativas possíveis para equacionar este desafio é substituir a dinâmica do

medo pela dinâmica da confiança.

Num ambiente com atmosfera de boa vontade, assumir o risco de se autorevelar pode

estimular a boa vontade em outras pessoas no sentido de fazer o mesmo.

Confiança gera confiança e o comunicador eficaz é aquele que consegue criar um

clima de confiança em que a abertura recíproca pode florescer.

48

2.5 A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO EMPRESARIAL

O capital humano passou, nas últimas décadas, a ser questão vital para o sucesso da

empresa, o principal diferencial competitivo das organizações bem-sucedidas.

Segundo Rodriguez (2010),

O maior desafio para a implantação de um sistema de gestão do relacionamento com

os clientes está, em primeiro lugar, relacionado aos empregados; em segundo, aos

processos; e, em terceiro, à tecnologia. Ou seja, depende sempre das PESSOAS da

empresa. (RODRIGUEZ, 2010, p. 286)

As empresas necessitam de pessoas espertas, ágeis, inteligentes, empreendedoras e

dispostas a assumir riscos, pois são elas que conduzem os negócios e o mercado atual, em

constante transformação, impõe a rápida adaptação da empresa às novas pressões

tecnológicas, econômicas e políticas para manter-se competitiva e sustentável.

Nos dias de hoje, o maior desafio a ser enfrentado por pessoas e empresas é

desenvolver a capacidade de vencer num mundo em permanente transformação. A linha que

separa o sucesso do fracasso empresarial está diretamente relacionada com a estruturação,

motivação e capacitação do seu capital humano, porque são as pessoas, e não os processos,

que realmente fazem a diferença.

Alvin Toffler (1980), autor de campeões de venda como A Terceira Onda e O Choque

do Futuro, prevê que, em breve, não haverá distinção entre empresas grandes e pequenas, mas

entre rápidas e lentas. Por isso, a primeira qualidade do executivo e do empresário moderno é

reconhecer, na própria velocidade das mudanças, as novas oportunidades de negócios.

Por essa razão, os empresários, executivos e profissionais podem e devem se preparar

para lidar com mudanças frequentes, situações inesperadas, mediação de conflitos pessoais,

administração de recursos escassos e montagem de equipes bem entrosadas, visando à

agilidade no replanejamento estratégico de suas atividades.

Para tanto, as empresas que pretendem se desenvolver e crescer deve manter um

programa de treinamento e de desenvolvimento de pessoas que englobe todas as atividades de

treinamento tradicional, bem como as atividades e ações que visam à ampliação das

habilidades e competências dos seus colaboradores, preparando-os para assumir

responsabilidades futuras.

Chiavenato (1999) define Treinamento, nos moldes tradicionais, como um processo

educacional de curto prazo, sistematicamente aplicado e devidamente organizado, onde os

49

funcionários da empresa aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de

objetivos pré-definidos.

Segundo este autor, a experiência aprendida com este estilo de treinamento produz

uma mudança relativamente permanente em um indivíduo e melhora sua capacidade de

desempenhar atividades e/ou funções pessoais e profissionais.

Já Freitas (1998, p. 23), define o treinamento empresarial como “um processo

sistemático para promover a aquisição de habilidades, regras, conhecimentos ou atitudes que

resultem em uma melhoria da adequação entre as características dos empregados e as

exigências dos papéis funcionais”.

Do ponto de vista da empresa ou organização, Toledo (1989) nos coloca que o

processo de treinamento empresarial pode ser descrito como:

Um conjunto de atividades da empresa que busca ambientar novos colaboradores;

instruir funcionários nos conhecimentos específicos de um trabalho; desenvolver

comportamentos necessários para o seu bom desempenho e prover condições

propícias para o autodesenvolvimento contínuo de seu pessoal. (TOLEDO, 1989, p.

83)

No entanto, Dessler (2003, p.140) nos alerta para o fato de que “as áreas de enfoque

do treinamento empresarial têm-se expandido nos últimos anos. [...] Os funcionários de hoje

necessitam de novas metodologias de desenvolvimento de conhecimentos, competências e

habilidades que permitam sua colaboração efetiva nos resultados da empresa”.

Chiavenato (2005) afirma que,

A modernização da empresa deve começar pelas pessoas que nela trabalham. A

modernização passa antes pela cabeça das pessoas e pela sua competência para

chegar posteriormente às máquinas, aos equipamentos, métodos, processos, produtos

e serviços. Essas são as consequências da modernização. O produto final dela, mas

não a sua origem. O impulso alavancador da modernização está nas pessoas, nas

suas habilidades e nos conhecimentos, na sua criatividade e inovação, na sua

inteligência e na sua competência. (CHIAVENATO, 2005, p. 157)

Pode-se dizer que o conceito de treinamento empresarial, ao longo das últimas

décadas, foi ampliado através de novas metodologias que agregam o treinamento experiencial

em conceitos e exercícios comportamentais, tais como: trabalho em equipe; desenvolvimento

de competências (capacidade de liderança, facilidade de comunicação, criatividade e outros),

o que fez com que o processo de treinamento deixasse de ser um custo financeiro para as

empresas para se transformar em um investimento em busca de melhores resultados por meio

das pessoas.

50

Ainda de acordo com Chiavenato (2004),

[...] o treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas

para que se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir

melhor para os objetivos organizacionais e se tornarem cada vez mais valiosas.

Assim, o treinamento é uma fonte de lucratividade ao permitir que as pessoas

contribuam efetivamente para os resultados do negócio. (CHIAVENATO, 2004, p.

339)

El-Kouba et al., 2009, com base na assertiva acima, afirma que:

[...] a capacitação e o desenvolvimento das pessoas, mais do que ações que requerem

investimentos financeiros, caracterizam-se como valores organizacionais e podem

ser considerados, por si só, também um objetivo estratégico. (EL-KOUBA et al,

2009, p. 306)

Dessa forma, e considerando que o principal recurso empresarial para prover

resultados e produtividade são as pessoas, o tema treinamento empresarial deixa de ser

relacionado a uma simples transferência de conhecimentos técnicos ou conceituais e passa a

fazer parte do pensamento estratégico da empresa.

Mesmo porque, como foi citado por Silva (2006, p. 92), “é alto o volume do

investimento em programas de treinamento e, em um ambiente em que os recursos são cada

vez mais escassos, torna-se vital o alinhamento dos objetivos de treinamento de pessoas com

os objetivos estratégicos da organização”.

2.5.1 A origem da metodologia de treinamento vivencial

Os primeiros conceitos sobre educação experiencial foram criados na Alemanha, em

1920, por Kurt Hahn. A ideia era desenvolver programas de treinamento que motivassem as

pessoas para o aprendizado através da execução de atividades lúdicas, isto é, atividades físicas

prazerosas que simulassem situações ou desafios que ocorrem na vida real.

De acordo com Hammerman (1980), os primeiros programas de treinamento

experiencial ao ar livre nos Estados Unidos começaram em 1930.

Dinsmore (2004) nos relata que a primeira história de sucesso na aplicação de um

treinamento experiencial ocorreu em 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, quando o Sr.

Lawrence Holt, à época proprietário da companhia marítima Blue Funnel Line, convidou Kurt

Hahn para desenvolver um estudo sobre o porquê do índice de mortalidade dos marinheiros

mais jovens ser maior do que o dos mais velhos, aparentemente um paradoxo, já que os mais

jovens, em geral, são mais resistentes e mais ágeis.

51

Após a realização do estudo, Kurt Hahn concluiu que a falta de experiência de vida e a

consequente falta de autoconfiança geravam atitudes e comportamentos que dificultavam sua

sobrevivência em situações de risco.

Com base nessa conclusão, o professor Kurt Hahn fundou no País de Gales um

programa de treinamento progressivo ao ar livre para os jovens recrutas, com o objetivo de

que estes descobrissem suas competências e desenvolvessem a autoconfiança necessária para

encontrar soluções e condições de sobrevivência nos duros desafios da guerra. O programa foi

um sucesso real e sua estrutura serviu de base para a criação de diversos outros programas de

treinamento vivencial.

Em 1945, a filosofia de Educação Experiencial já estava espalhada pelos cinco

continentes, mas com pouca ênfase ou destaque nos Estados Unidos.

Torna-se importante lembrar que, até 1970, existia pouca literatura abordando a

relação empresa-funcionário do ponto de vista das motivações humanas, da formação de

equipe e da afinidade entre a própria empresa e seu mercado.

Em 1976, surge nos Estados Unidos a Association for Experiential Education (AEE) ,

referindo-se ao aprendizado ao ar livre como uma forma de educação experiencial. Hoje é

uma das maiores organizações voltadas para a promoção de conferências, seminários e

projetos de educação experiencial em parceria com diversas universidades espalhadas por

todo o mundo.

Foi somente no início da década de 1980, depois de uma forte recessão, que os

empresários e consultores americanos se conscientizaram de que a qualidade de produtos e

serviços está diretamente relacionada com a qualidade dos recursos humanos da empresa.

Por outro lado, pesquisas quantitativas e qualitativas, objetivas e subjetivas, já

demonstravam que os programas de treinamento com base na execução de atividades lúdicas

apresentavam melhores resultados na construção de equipes bem-sucedidas e no

desenvolvimento de competências e comportamentos pessoais do que as lições ou

treinamentos passivos em salas de aula.

Entenda-se aqui por ‘atividade lúdica’ aquela que induz o indivíduo a usar o corpo e a

mente durante a sua execução, aflorando, assim, sentimentos e atitudes, positivas ou não, que

podem ser replicadas ou percebidas na execução de outras atividades do dia-a-dia profissional

ou pessoal.

Com base na constatação do papel essencial do capital humano nos negócios da

empresa começaram a surgir, nos Estados Unidos, novas metodologias de treinamento

empresarial, visando a melhorar a qualidade dos recursos humanos e de sua atuação

52

profissional, que foram denominadas de Corporate Adventure Training; em português,

Treinamento Empresarial ao Ar Livre.

Attarian (2001) afirma que em 2001 já existiam mais de 15.000 locais de treinamento

ao ar livre nos Estados Unidos, a maioria deles voltados para melhorar as relações humanas

dentro das empresas, fortalecer a processo de comunicação da empresa, formar espírito de

equipe e manter padrões éticos de atuação elevados.

No Brasil, o Treinamento Experiencial ao Ar Livre ocorreu pela primeira vez em maio

de 1992, em uma área em Teresópolis, Rio de Janeiro, sendo organizado pela Dinsmore

Associats e pela empresa americana Pro Action, usando técnicas desenvolvidas por eles, de

acordo com o modelo americano de treinamento ao ar livre.

No início dos anos 90, técnicas e atividades não convencionais praticadas ao ar livre,

como escalada em rocha, rapel, arvorismo e atividades no solo, passaram a ser utilizadas em

treinamentos comportamentais experienciais aqui no Brasil, com a finalidade de desenvolver

determinadas habilidades em grupos de trabalho, tipo capacidade de liderança, superação de

obstáculos, trabalho em equipe entre outros, visando ao melhor desempenho nas atividades

corporativas.

Segundo nos conta Dinsmore (2004), nos primeiros anos, apesar de um histórico de

sucesso em outros países, o treinamento vivencial no Brasil enfrentou o ceticismo de alguns

consultores quanto à sua aplicabilidade no contexto brasileiro.

Com o passar do tempo, constatou-se que a resistência ou receio tinham como causa a

pouca experiência em gestão empresarial e, por consequência, a pouca autoconfiança

necessária para enfrentar riscos crescentes em um mercado em constante mudança.

Evidenciou-se, assim, que, a metodologia de treinamento vivencial, que desenvolve

técnicas progressivas de treinamento empresarial em vários contextos, que busca fortalecer a

autoconfiança e ensina a trabalhar em equipe, seria a forma de aprendizagem mais adequada

para os próprios executivos brasileiros e não somente para os seus colaboradores, o que foi

confirmado ao longo dos anos, inclusive com o surgimento de várias empresas de treinamento

experiencial no País.

2.5.2 O conceito de treinamento vivencial

O sábio chinês Confúcio, que viveu de 551-479 a.C., já dizia que: "Ouço e esqueço.

Vejo e me lembro. Faço e compreendo."

53

Desde então o ser humano evoluiu, mas essa visão continua verdadeira, ou seja, o ser

humano aprende mais rápido e muito mais ‘fazendo’ do que ‘observando’, ou ‘ouvindo’ algo

a respeito.

Segundo uma pesquisa realizada pela Motorola University (2002), quando um

participante assiste a uma palestra de forma passiva, o aproveitamento do conteúdo não passa

de 5%, ao passo que este pode chegar a 85% quando há participação ativa do treinando no

processo.

Quadro 3 - Tipo de apresentação e aproveitamento Fonte: Motorola University (2002)

O ser humano é um complexo sistema de emoções e sentimentos que moldam sua

personalidade e afetam seu comportamento e, portanto, os processos de treinamento de

pessoas que alinham o conhecimento teórico com o comportamental (emoções e sentimentos)

através de exercícios e vivências práticas são muito mais efetivos.

Como já preconizava Peter Senge, aclamado professor do Massachusetts Institute of

Technology (MIT), voltado, sobretudo, para pesquisas sobre a descentralização da liderança e

o aumento da produtividade de pessoas, “o treinamento deve ser um laboratório em que os

participantes sejam ativos experimentadores de situações”.

É trabalhando em equipe, nas quais se reúnem conhecimentos, inteligência, sensações,

sentimentos e intuição, que o indivíduo pode crescer pessoal e profissionalmente, produzindo

mais e melhor através da troca de experiências com seus pares.

Dentre as metodologias de treinamento existentes, a metodologia vivencial vem-se

destacando, com propostas de atividades em que os participantes são retirados de seu

ambiente de trabalho e estimulados a vivenciar e superar situações desafiadoras, tendo que

vencer seus limites e contornar problemas similares aos que podem ocorrer durante a

execução de suas atividades pessoais ou profissionais.

54

O Treinamento Vivencial (indoor ou outdoor) possui metas definidas, limitações de

tempo e de desempenho nas atividades e pressão por resultados, tal como ocorre nas

atividades ou funções empresariais, provocando, assim, intensa comunicação dentro dos

grupos, o que permite a observação da reação e postura de cada participante perante os

desafios dos diversos exercícios.

Os consultores ou facilitadores do treinamento têm assim a oportunidade de auxiliar os

grupos na tomada de consciência de seu desempenho e de suas reações, positivas ou

negativas, o que pode acrescentar novas atitudes ou comportamentos ao seu mapa mental,

algo que poderá melhorar sua postura pessoal e profissional, bem como enriquecer sua

participação em qualquer grupo de trabalho de que venha a participar.

A metodologia de treinamento vivencial parte do conceito de que é preciso criar

situações vivenciais análogas às enfrentadas pela empresa para alcançar seus objetivos para

que, com base nessas vivências, os participantes encontrem as respostas comportamentais

necessárias.

Ela difere dos métodos convencionais de ensino por unir o corpo e a mente em

atividades de desenvolvimento pessoal, visando a desenvolver o autoconhecimento, a

formação de equipes vencedoras e a capacidade de gerenciar situações adversas e inesperadas.

A metodologia de treinamento vivencial é um processo educacional que focaliza

prioritariamente o ser humano, estimulando-o a vencer eventuais barreiras comportamentais

ou emocionais e a valorizar o trabalho em equipe, mostrando que o desconhecimento de

determinados conceitos como liderança, comunicação interpessoal, interação e outros podem

atrapalhar seu bom desempenho.

A análise sobre a proposta de um treinamento vivencial indica que sua estrutura é

montada a partir de uma preocupação particular acerca do comportamento, habilidades e

atitudes dos participantes, fazendo com que essa metodologia se diferencie da metodologia

tradicional no que diz respeito ao direcionamento do aprendizado pretendido, qual seja: neste

último foca-se, principalmente, o trabalho e as atividades da empresa e naquele foca-se,

principalmente, a pessoa, suas características e suas forças internas.

Como foi citado por Kamia (2010):

Não é raro encontrar pessoas com dificuldade de se adaptarem a um novo ambiente

de trabalho, um novo cargo com novas responsabilidades, ou a processos de

mudanças. O medo, a ansiedade são fatores emocionais que impedem o profissional

a dar o melhor de si no trabalho, prejudicando a qualidade de vida, o desempenho e

o relacionamento interpessoal. Nesse caso, os treinamentos vivenciais auxiliam no

autoconhecimento, na aprendizagem de novos comportamentos e, principalmente, a

55

colocar em prática o conteúdo aprendido. Essa é a grande vantagem sobre os

treinamentos de capacitação tradicional.

Para Moreira (2010):

Todo treinamento é menos proveitoso quando seus participantes interagem de forma

passiva. Neste ponto a metodologia vivencial se difere, pois é caracterizada pela

experimentação ativa dos participantes, onde o papel principal da aprendizagem fica

a cargo do próprio treinado. Isto facilita um envolvimento maior deste, na busca por

uma aprendizagem mais efetiva, proveitosa, competitiva e duradoura.

Unir as pessoas em torno de uma tarefa na expectativa de que alcancem um

determinado objetivo através do esforço mútuo, ou expor cada indivíduo a situações nas quais

a superação de obstáculos será incentivada pelo grupo, são exemplos do objetivo de uma

gama de propostas de treinamento vivencial, que buscam juntar conhecimentos e atividades

práticas para gerar um ciclo de aprendizado focado no aprimoramento de atitudes

comportamentais dos participantes.

Sabe-se que, na maioria dos casos, o treinamento tradicional se resume na

transferência de determinada teoria que acontece de forma pouco exploratória em relação ao

aproveitamento do indivíduo, gerando um clima de imposição com consequente falta de

envolvimento, interação e assimilação.

Em um treinamento vivencial, a transferência de uma teoria correlata também

acontece, porém, há um diferencial importante: é a exploração efetuada em meio às

atividades, também chamada debriefing.

Trata-se de uma oportunidade de reflexão e crescimento aberta aos participantes, após

a superação dos desafios, ou seja, com a ajuda dos facilitadores – monitores especializados na

condução das discussões – os participantes fazem a leitura do ambiente e das experiências,

efetuando conexões com o dia-a-dia da equipe na empresa.

Enfim, uma das grandes diferenças do treinamento vivencial em relação à metodologia

tradicional é a sua capacidade de provocar no participante a necessidade de refletir sobre os

posicionamentos e os conceitos que o mesmo vem cultivando em relação ao seu ambiente de

trabalho e/ou suas funções, favorecendo, assim, a quebra de barreiras e o desenvolvimento de

competências.

Jordão (2006) adverte que, para estimular no participante a capacidade de pensar e

tomar decisões a partir da sua própria vivência e experiência, faz-se necessário implementar

um bom programa de treinamento na empresa.

56

Isto deve ser feito de tal forma que o processo de aprendizagem se amplie além da sala

de aula, integrando pensamento estratégico, intuição, técnica, intelecto, ciência e muito bom

senso.

2.6 O CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL - CAV

A base da aprendizagem vivencial é a experimentação. O Ciclo de Aprendizagem

Vivencial (CAV) tem sua origem nas pesquisas de David Kolb (1978), psicólogo americano.

O processo de aprendizagem tem um caráter cíclico e passa pelas seguintes etapas: a

experiência concreta seguida por observação e reflexão, que levam à formação de conceitos

abstratos e generalizações, que, por sua vez, levam a testar as implicações dos novos

conceitos em novas situações, conforme Figura 2 abaixo:

Figura 2 - O Ciclo de Aprendizagem Vivencial - CAV Fonte: KOLB, David (1978)

Kolb (1997) já afirmava que a obtenção de sucesso continuado, num mundo em

constante mudança, exige a capacidade de buscar novas oportunidades e de aprender com

sucessos e fracassos passados.

Esse mesmo autor já se surpreendia nos anos 90 com o fato de que essa capacidade de

aprender, considerada tão importante para o sucesso das empresas, recebesse tão pouca

atenção por parte dos gestores e de suas organizações.

A metodologia CAV vem sendo utilizado para exploração de Dinâmicas de Grupo e

Jogos Empresariais, com excelentes resultados, uma vez que ela sistematiza o que acabou de

acontecer na experiência vivenciada.

57

Segundo Gramigna (2007), quando se realiza o processamento de todas as fases

vivenciadas, são maiores as chances de alcançar a aprendizagem através da oportunidade de

trabalharmos com os dois hemisférios cerebrais, racional e emocional, sem que haja

predominância de um deles durante todo o tempo, como ocorre nos processos de

aprendizagem considerados tradicionais.

Os programas são realizados a partir da realização de atividades capazes de estimular

nos participantes uma abertura para mudanças de mentalidade com relação ao trabalho em

equipe, o uso da criatividade para a resolução de problemas e uma maior capacidade de

adaptação às constantes mudanças nos dias atuais.

Os participantes se defrontam com situações nas quais são questionados e convidados

a discutir conceitos como cultura de grupo e tomada de decisão em momento crítico.

As atividades são criadas de tal forma que permitem uma analogia com situações reais

vividas nas empresas e, por meio delas, o participante vivenciará os conflitos acumulados e as

soluções integradoras capazes de solucioná-los.

Pode-se inferir, portanto, que a utilização do conceito de Ciclo de Aprendizagem

Vivencial (CAV) facilita a aprendizagem organizacional e vem ao encontro dos desafios

enfrentados pelas empresas no sentido de desenvolver novas competências, tendo o seu foco

no processo gerencial de mudanças, de forma a torná-las mais competitivas.

Torna-se importante enfatizar que o ciclo de aprendizagem vivencial só se completa

com efetividade quando se passa pelas cinco etapas representadas e detalhadas a seguir.

58

Quadro 4 - As cinco etapas do processamento da metodologia CAV Fonte: Gramigna (1995)

2.6.1 Etapa 1 - Vivência

Realização de uma atividade proposta. Os participantes são divididos em equipes e

devem, num prazo estabelecido, desenvolver a atividade proposta pelo facilitador; as regras

que determinam quem vencerá o desafio devem ser claras e de conhecimento geral.

EXEMPLO DE PROPOSTAS

OBJETIVOS

CONSTRUÇÃO

As atividades de construção têm como

característica básica a liberdade de criação dos

participantes. Frente ao desafio lançado pelo

facilitador, o grupo organiza-se e decide seu

próprio modelo de resolução para o problema

proposto.

REPRODUÇÃO DE MODELOS

As atividades de reprodução caracterizam-se pela

impossibilidade dos participantes fugirem aos

padrões dos modelos apresentados. Ao optar por

uma atividade de reprodução de modelos, deve-se

ter o cuidado de verificar o nível de dificuldade da

tarefa. Esta não deve ser muito complexa nem

59

muito fácil. Os dois casos podem acarretar

desmotivação.

MONTAGEM DE ESTRATÉGIAS

As atividades de estratégias devem ser utilizadas

em grupos que tenham poder de decisão e bom

nível de informações sobre o tema central

proposto. Os jogos de negociação só alcançam seu

real objetivo se reproduzirem, o mais fielmente

possível, a realidade da empresa onde atuam os

participantes.

NEGOCIAÇÃO

As atividades de negociação também só alcançam

seu real objetivo se reproduzirem, o mais

fielmente possível, a realidade da empresa onde

atuam os participantes.

ESPECÍFICAS DE PROCESSO

DECISÓRIO

Nas atividades que favoreçam a tomada de

decisão, é importante um cuidado especial do

facilitador em providenciar gabaritos consistentes

de avaliação e feedback para fornecer aos

participantes.

CRIATIVIDADE

Os grupos, de uma forma geral, reagem

favoravelmente às atividades livres. Nelas o

facilitador propõe a elaboração das suas vivências

pelos participantes, a partir de objetivos traçados

previamente.

Quadro 5 - Exemplos de propostas para desenvolvimento de atividades Fonte: Adaptado de Gramigna, 2007.

2.6.2 Etapa 2 - Relato

Expressão e compartilhamento das reações e sentimentos. Após a vivência de uma

atividade, o facilitador passa à fase do relato. Nesse momento, ele oferece espaços ao grupo

para compartilhar sentimentos, reações e emoções. As atividades propiciam um clima de alta

tensão e, mesmo sendo atividades simuladas, implicam alto envolvimento das pessoas na

tentativa de resolver problemas ou desafios lançados. Ao participar intensamente no processo,

as pessoas não conseguem esconder suas dificuldades e habilidades, o que afeta diretamente o

emocional de cada um. Nossa cultura enquanto adultos tende a reforçar a racionalidade, o que

nos leva a tentativas de escapar dos nossos sentimentos; em muitos casos, percebemos a

dificuldade dos participantes em identificarem e até mesmo perceberem e conseguirem

denominar seus sentimentos. Em qualquer uma das situações é necessário ter o cuidado de

qualificar o resultado apresentado. Para tal, poderá ser feito um fechamento ou uma análise

geral, apontando o que prevaleceu: sentimentos agradáveis ou desagradáveis. O mais

importante é valorizar o esforço grupal.

60

2.6.3 Etapa 3 - Processamento

Análise do desempenho e discussão dos padrões. Considerada uma das fases mais

importantes do ciclo da aprendizagem vivencial, o processamento é o momento em que os

participantes têm a oportunidade de analisar o ocorrido durante o jogo, avaliando sua atuação

e estabelecendo relações com o resultado obtido. Nesse momento são discutidos os padrões de

desempenho e o nível de interação entre os participantes. Tal como acontece na realidade das

empresas, o produto de qualquer trabalho de equipe depende da forma como esta atuou. Se

uma delas se sobressai, há motivos técnicos ou comportamentais que determinam seu sucesso.

O mesmo acontece com os grupos que se dão mal na competição. As causas, tanto do sucesso

quanto do fracasso, devem ser discutidas e detectadas. Em hipótese alguma o facilitador

deverá expor a individualidade de algum participante ou até mesmo permitir que outro o faça,

pois tal acontecimento pode comprometer o desenvolvimento de novas atividades. Informar

aos participantes sobre as dimensões ética e psicológica do feedback é uma estratégia que

evita a falta de cuidado com o outro.

2.6.4 Etapa 4 - Generalizações

Comparação e inferências com situações reais. Após o processamento, os participantes

já têm condições de sair do processo fantasioso proposto pela atividade vivencial, o que até

então, para muitos participantes, pode ter passado uma falsa ideia de simples brincadeiras ou

apenas atividades recreativas. Nessa fase é que, finalmente, os participantes devem ser

conduzidos à realidade do trabalho que está sendo proposto. O momento da generalização é

aquele em que o grupo faz comparações e analogias da atividade executada com o seu

cotidiano no dia-a-dia de suas atividades profissionais. Todo processo é fruto da experiência

de cada participante. Suas falhas e acertos interferem no clima de trabalho, nos resultados e na

sua maneira de se posicionar durante a atividade vivencial. O resultado da fase anterior pode

fornecer vários dados sobre como determinada pessoa se comporta nas situações vivenciadas

no seu local de trabalho. Nesta etapa do CAV, o facilitador conduz o processo de forma a

auxiliar o grupo a sair da atividade realizada naquele momento e voltar-se para seu ambiente

de trabalho, realizando as analogias necessárias.

61

2.6.5 Etapa 5 - Aplicação

Compromisso pessoal com as mudanças; planejamento de comportamentos mais

eficazes e de utilização dos novos conceitos no dia-a-dia de sua atividade profissional.

Para fechar o Ciclo da Aprendizagem Vivencial de cada atividade realizada é

necessário preparar atividades que deem continuidade ao que foi vivenciado e discutido.

Após identificar falhas, acertos, facilidades e dificuldades, cada participante define seu

compromisso pessoal para melhorar o desempenho do grupo nas próximas atividades, sejam

elas quais forem. Nesta etapa, crucial para o processo, cada participante tem a oportunidade

de se comprometer com sua parcela nas mudanças necessárias para que alcancem os

resultados desejáveis.

Segundo Dinsmore (2004), as atividades são desenvolvidas para proporcionar ao

participante uma atuação integral. Assim, ao implementar soluções para os desafios, são

estimulados os canais de aprendizado cognitivo, emocional, social e psicomotor. O objetivo é

oferecer oportunidade para a prática de conceitos organizacionais que fortaleçam líderes e

equipes.

Segundo este autor, para alcançar o sucesso em qualquer tipo de realização é preciso

que o objetivo seja buscado por todos.

É preciso saber ensinar e aprender, liderar e ser liderado, criar e executar. Esse é o

principal objetivo dessa proposta de treinamento.

Faz-se necessário desenvolver nossa capacidade de autopercepção e superação e, desta

forma, constatar como cada um pode e deve fazer a diferença, utilizando-se de todos os

requisitos para um trabalho em equipe com base em alguns ingredientes como: iniciativa,

respeito, comunicação, planejamento, criatividade, ousadia, coragem, liderança, confiança,

dentre outros.

2.7 AS ATIVIDADES EXPERIENCIAIS DO TREINAMENTO VIVENCIAL

Na execução do Treinamento Vivencial os aspectos motivacionais das atividades são

criados com a finalidade de fazer compreender a verdadeira natureza do que se pretende

aprender (trabalho em equipe, liderança, comunicação, etc.).

As atividades experienciais utilizadas são grandes metáforas lúdicas que permitem aos

integrantes experimentar diversos momentos nos quais a sua habilidade de liderança, por

62

exemplo, ou a de um companheiro ao lado, será a solução para atingir o objetivo comum do

grupo.

A execução dessas atividades vivenciais estimula o gosto pelo desafio, reforça a

autoconfiança e a disposição para o trabalho em equipe, incita à agilidade do raciocínio, a

vontade de inovar, a capacidade de liderar, a humildade para obedecer e a iniciativa para

tomar decisões.

As pessoas aprendem a enfrentar obstáculos, quebrar paradigmas, unir-se para planejar

e fazer as coisas, aflorando, assim, o verdadeiro espírito de equipe, fundamental para o

sucesso da empresa.

O objetivo do treinamento vivencial ao ar livre é levar os participantes a identificar e

modelar, durante o próprio seminário, as formas mais eficientes para lidar com os desafios ou

conceitos propostos.

Existem diversas atividades experienciais voltadas para o treinamento vivencial

indoor, tais como: formação de equipes, dinâmica de grupo, jogos de empresa, etc..

No entanto, a maioria das empresas brasileiras tem optado pelo treinamento vivencial

ao ar livre (outdoor) pelo leque de alternativas e pelo aspecto prazeroso do evento.

Existem também inúmeras atividades lúdicas, voltadas para o treinamento outdoor,

devidamente estruturadas, inclusive em relação à segurança e ao perfil dos participantes, todas

elas documentadas, com objetivos definidos e conceitos e comportamentos a serem testados e

avaliados.

Com base no TEAL (Treinamento Experiencial ao Ar Livre), de Paul Campbell

Dinsmore (2004), e para um melhor entendimento de sua estrutura e aplicabilidade, descreve-

se abaixo, resumidamente, algumas das atividades experiências mais usadas em eventos no

Brasil.

Travessia:

Descrição: nessa atividade, os participantes precisam planejar a utilização de recursos

escassos, definir papéis e identificar metas, além de executar a tarefa conforme planejado.

Tudo isso, dentro de um prazo estipulado. Portanto, se o grupo não se organizar

inteligentemente corre um grande risco de não concluir a atividade com sucesso.

Objetivos a serem observados: saber ouvir, planejar, executar o planejado, liderar e ser

liderado, identificar planos de contingência, permanecer aberto a novas ideias e comprometer-

se com a ação conjunta é fundamental para o sucesso do empreendimento.

Calha:

Descrição: o grupo deve levar algumas bolas para um único balde com o auxílio de calhas.

63

Objetivos a serem observados: trabalho em equipe; cooperação e determinação no alcance de

resultados.

Estrela:

Descrição: o grupo deve montar a figura de uma estrela de cinco pontas com uma corda. Os

participantes só podem se comunicar durante a primeira metade da atividade.

Objetivos a serem observados: planejamento, qualidade, coordenação de ações e liderança.

Comunicação:

Descrição: o grupo é desafiado a comunicar-se, hierarquicamente e em silêncio, utilizando

apenas a comunicação escrita.

Objetivos a serem observados: o processo de entendimento, a comunicação clara e

compartilhada, boas intenções x resultados efetivos e ênfase na importância de definir

claramente a missão do grupo.

Conceito: compreendendo o real problema de comunicação nas empresas, cada vez maiores e

mais virtuais, os empresários e seus profissionais aprendem a trabalhar com estruturas

operacionais que podem facilitar a comunicação interna e fortalecer o sentimento de pertencer

à mesma tribo. Essa é uma experiência marcante que precisa ser vivida para ser

compreendida.

Esqui gigante:

Descrição: os grupos deverão “atravessar” uma área determinada, sem pisar no chão,

utilizando pranchas de madeira atreladas a cordas.

Objetivos a serem observados: sinergia de movimentos, garra e motivação, liderança e

planejamento contingencial.

Conceito: uma boa empresa precisa ser capaz de reorganizar-se enquanto as coisas estão

efetivamente acontecendo. Há momentos em que não dá para parar, sentar e discutir como

fazer algo melhor. Uma equipe com visão compartilhada pode aprender a fazer manobras e

corrigir rotas em pleno voo.

Cabra Cega:

Descrição: de olhos vendados, os grupos deverão formar, com uma corda, uma figura

geométrica determinada pelo facilitador, normalmente um quadrado.

Objetivos: clareza de macro-objetivos, como enxergar o futuro e como garantir a qualidade.

Conceito a serem observados: ninguém deve considerar-se líder o tempo todo. Isso é

impossível na vida real. A liderança é um fenômeno fluido que é exercido no momento

propício por cada um dos membros do grupo. Identificar e desenvolver líderes interinos para

agirem no momento certo é a marca da verdadeira liderança.

64

Fuga:

Descrição: o objetivo é reunir a equipe que está dividida em três grupos ocupando espaços

diferentes. Todos têm pontos fortes e fracos distintos, porém, devem superar tais dificuldades,

respeitando as condições de contato em cada subgrupo. A cada grupo são atribuídas

limitações de comunicação, visão e locomoção específicas.

Objetivos a serem observados: comunicação interna e externa, liderança situacional,

planejamento, diversidade de visões, pontos fortes e fracos e quebra de paradigmas.

Conceito: em toda a empresa, por mais organizada que seja, haverá momentos em que a

situação está tão crítica que parece não haver saída. Mas o fato é que a maioria das situações

tem saída, desde que as pessoas tenham a mente preparada para superar obstáculos e trabalhar

em conjunto, cada um utilizando o que tem de melhor em si.

Na execução dessas atividades ao ar livre, a mente e o corpo (razão e emoção) de cada

um participam intensamente.

A cada nova atividade consolida-se a ideia de quem somos e quem são nossos colegas

de trabalho; com o planejamento prévio, definem-se propósitos e objetivos a serem atingidos;

durante a execução, afloram as habilidades e competências de cada um e, no final de cada

atividade, cresce o espírito de equipe, a autoconfiança e a motivação para uso dos novos

conhecimentos nas atividades do dia-a-dia.

2.8 A ESTRUTURA BÁSICA DO TREINAMENTO VIVENCIAL

De acordo com Menezes (2001), de um modo geral,

O Treinamento Vivencial (Outdoor) acontece por meio de programas compostos por

diversas atividades ao ar livre como: travessia, calha, estrela, comunicação e muitas

outras. Essas atividades estimulam a quebra de barreiras internas, lançam ideias

novas e permitem que os participantes saiam da rotina e experimentem sensações e

emoções, até então, nunca vivenciadas por eles enquanto membros de uma equipe de

trabalho.

Em uma proposta como a do treinamento vivencial, os participantes de qualquer nível

hierárquico são motivados a quebrar paradigmas, a promover mudanças em si mesmo e na

empresa em que trabalha, a administrar e manter pessoas motivadas, identificar estruturas

empresariais ultrapassadas e ter a coragem de denunciá-las.

Treinar a razão combinada à emoção é a síntese da revolução em educação para o

gerenciamento da empresa vencedora.

65

Torna-se importante enfatizar que o processo de treinamento vivencial não pode ser

visto pela empresa e muito menos pelos responsáveis pelo evento como um simples

procedimento educacional.

As atividades de identificação de necessidades, de planejamento do treinamento, da

sua execução e da mensuração e acompanhamento dos participantes do evento são partes

integrantes do programa de treinamento, de sua estrutura e não podem ser negligenciadas, sob

o risco de desperdício de tempo e de dinheiro.

Existem quatro etapas fundamentais para a realização de um programa de treinamento

vivencial eficaz e satisfatório, quais sejam: levantamento das necessidades específicas da

empresa, planejamento do treinamento, execução do mesmo e, por último, avaliação dos

resultados alcançados pelo programa.

Milkovich e Boudreau (2000) comentam que, após diagnosticar as necessidades de

treinamento, o responsável pelo evento, interno ou externo, deverá, junto à diretoria da

empresa e com o suporte do setor de recursos humanos, determinar o tema que será abordado,

o perfil dos participantes, a data e o local de realização, a metodologia de aprendizagem que

será adotada, as atividades lúdicas a serem utilizadas, o(s) facilitador(es) do treinamento e,

por fim, os objetivos que a organização almeja atingir com a realização deste treinamento.

Ou seja, deverá planejar em detalhes o projeto de treinamento solicitado, pois só assim

o treinamento estará bem estruturado e com grandes chances de alcançar os objetivos

propostos.

Após a etapa de execução propriamente dita do treinamento, baseada nos conceitos de

aprendizagem vivencial do CAV, a etapa seguinte é da avaliação. Ao final de cada atividade,

é feito o debriefing, ou resumo, ou seja, a análise dos acontecimentos e experiências, ponto

alto da atividade, pois é quando o grupo se reúne para avaliar o que deu certo e o que deu

errado. Ao final do treinamento, esta atividade tem também por funções determinar se os

objetivos preestabelecidos no planejamento foram atingidos e avaliar quais outros resultados o

treinamento trouxe para a empresa e para os participantes.

Conforme nos ensina Vilhena (2009),

É preciso ter em mente que um programa de treinamento bem desenhado tem um

impacto positivo na qualidade das tarefas executadas, na diminuição de

desperdícios, na melhoria no tempo de execução das atividades e em maior

aproveitamento do potencial de seus colaboradores.

66

Existem características da empresa e de seus funcionários que influenciam a

transferência do aprendizado, tais como:

Características dos candidatos ao treinamento em relação à motivação, a atitudes e à

habilidade para aplicar o aprendizado;

Características dos programas de treinamento e desenvolvimento (T&D) da empresa em

relação ao desenho instrucional, à abordagem prática dos conteúdos, ao nível de entrega

do programa, às estratégias de reforço de aprendizagens pós-treinamento;

Características do ambiente organizacional com relação a prover suportes do tipo: suporte

à transferência de aprendizado; suporte psicossocial; suporte gerencial; oportunidade para

desempenhar e suporte para aplicação imediata.

Os fatores negativos que podem ocorrer antes do evento de treinamento são: a falta de

critérios na indicação para treinamentos, pessoas indicadas sem vínculos com necessidades

atuais ou futuras, falta de um sistema de análise de necessidades reais; preferências/privilégios

para determinados cargos em relação ao acesso a programas de treinamento.

Durante a execução dos programas de treinamento podem ocorrer: o distanciamento

entre experiências de aprendizagens e situação real de trabalho do aprendiz; a

indisponibilidade de espaço físico; a insuficiência de tempo para estudar; a má qualidade das

informações normativas e a falta de condições desejáveis (tranquilidade, privacidade).

Da mesma forma, podem ocorrer fatores negativos pós-treinamento, tais como: falta

de suporte gerencial à transferência de aprendizagem; alto volume de trabalho e a pressão por

resultados organizacionais.

Faz parte do trabalho dos condutores e responsáveis pelo evento de treinamento

identificar essas características e apontar para a empresa os eventuais fatores negativos que

podem por em risco a qualidade do aprendizado, se não forem devidamente gerenciados.

67

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

Considerando que uma das propostas deste trabalho é que os principais executivos, os

gestores de pessoas e os profissionais de recursos humanos da empresa, assim como o meio

acadêmico vejam nas atividades vivenciais uma alternativa de treinamento eficaz, pretende-

se, neste capítulo, descrever a tipologia de pesquisa deste estudo e o método de estudo de caso

utilizado, bem como descrever em detalhes todas as atividades, métodos e recursos utilizados

nos programas de treinamento realizados nas empresas Alfa e Beta.

A pesquisa envolveu um experimento que foi desenvolvido através de um trabalho de

consultoria que demandava treinamento para desenvolvimento de equipe. A pesquisadora,

portanto, atuou no papel de consultora, enquanto participante do trabalho contratado e, como

pesquisadora, enquanto observava o experimento buscando, à luz do referencial teórico

construído, responder às seguintes perguntas de pesquisa: (i) é possível fornecer ao gestor

técnico elementos que subsidiem de forma sustentável a sua habilidade em gerir pessoas?; (ii)

quais as vantagens para a empresa adotar o TEAL no desenvolvimento de suas equipes?; (iii)

o pós-treinamento influi na perenidade dos resultados alcançados no treinamento?

A pesquisa utiliza, ao executar o treinamento, as quatro etapas tradicionais do processo

de treinamento, conforme descrito no item 2.8, quais sejam, levantamento das necessidades

específicas da empresa, planejamento/elaboração do evento, execução/aplicação do

treinamento em si e avaliação/acompanhamento dos resultados alcançados pelo programa.

Para um melhor entendimento de como esta dissertação foi desenvolvida, apresenta-se

na figura abaixo um desenho esquemático das principais atividades e a sequência lógica em

que foram executadas.

68

NÃO

SIM

NÃO

SIM

Figura 3 - Sequência das etapas do estudo Fonte: Adaptado de Bezerra (2011, p. 103)

3.1 TIPOLOGIA DE PESQUISA

Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho acadêmico, utilizou-se a

abordagem qualitativa e quantitativa (mista). Segundo Gil (2007), na pesquisa qualitativa o

ambiente natural é a fonte direta para a coleta dos dados, onde o pesquisador é considerado

Definição do TEMA de Pesquisa

Formulação da Situação-PROBLEMA

Formulação das QUESTÕES da Pesquisa

Estabelecimento dos OBJETIVOS

METODOLOGIA

Estudo - aplicado

Abordagem - qualitativa e quantitativa

Análise - bibliográfica/documental/levantamento de dados a e quantitativa

Análise – bibliográfica/documental/

levantamento de dados

MÉTODO Estudo de Caso

Os objetivos

estão adequados?

Revisão da LITERATURA

Estudo de CASO: Pesquisa de Campo

Discussão e Análise dos RESULTADOS

Os objetivos e questões

foram respondidos?

Conclusões e Recomendações

69

sujeito-observador, fazendo parte do processo de conhecimento e interpretação dos

fenômenos, de acordo com seus valores e crenças.

Diante do contexto do problema em análise, treinamento vivencial, justifica-se a

utilização da abordagem qualitativa, uma vez que parte da motivação para a realização do

trabalho foi baseada em observação pessoal da pesquisadora que, a partir de sua experiência

profissional, envolve-se cotidianamente com processo de treinamento.

A pesquisa tem ainda uma vertente quantitativa, fazendo uso de recursos e técnicas

estatísticas, para classificá-las e analisá-las. Pode-se classificar esta pesquisa ainda como

Descritivo-Dedutiva ao descrever características de determinada população ou fenômeno ou

ainda o estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso de técnicas

padronizadas de coleta de dados tais como questionário e observação sistemática.

Em relação aos tipos de análise, foram utilizadas: a Análise Bibliográfica na fase em

que foram consultados materiais já publicados, constituído principalmente por livros, artigos,

periódicos e materiais disponibilizados na Internet; a Análise Documental na fase em que

foram utilizados materiais com tratamento analítico e de Levantamento de Dados na fase em

que houve o envolvimento da interrogação direta a pessoas cujo comportamento se desejava

ter conhecimento.

3.2 MÉTODO DE PESQUISA

Como método de investigação adotou-se a estratégia do estudo de caso, sendo esta a

classificação apresentada por Vergara (2007) quando a pesquisa é delimitada em duas

empresas aqui denominadas como Alfa e Beta.

Yin (2005) ressalta que o estudo de caso é adequado quando se deseja estudar um

fenômeno contemporâneo, sobre o qual o pesquisador não possui controle experimental,

sendo necessário lançar mão de múltiplas fontes de investigação a fim de delinear

corretamente o problema. Trata-se de uma estratégia propícia para responder perguntas do

tipo “como” ou do tipo “por que”, o que, por sua vez, revela o seu caráter explanatório.

Diferentemente dos métodos quantitativos que permitem a generalização estatística, o

estudo de caso, quando devidamente pautado em procedimentos sistemáticos e composto de

rigor metodológico, permite expandir e generalizar teorias (ZANNI; MORAES e

MARIOTTO, 2011).

Yin (2005) defende que a generalização analítica pode ocorrer tanto em caso único

quanto em múltiplos casos. Corroborando a decisão pela estratégia do estudo de caso, Gil

70

(2007) ressalta ainda que este método de pesquisa é caracterizado pela análise profunda e

exaustiva de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado

conhecimento.

Yin (2005) ressalta que para garantir o rigor do estudo de caso é necessário observar

determinados critérios que contribuem para a qualidade do projeto de pesquisa. O Quadro 6

sintetiza os quatro testes utilizados, as táticas de estudo de caso aplicadas, bem como

apresenta uma referência à fase da pesquisa em que a tática ocorreu neste projeto:

Testes de Caso Tática do Estudo

Fase da pesquisa

que a tática

ocorreu

Validade do

constructo

Utilização de múltiplas fontes de

evidências Coleta de dados

Validade interna Utilização de padrão de análise

teórica Análise de dados

Validade externa Utilização de teoria em estudos de

caso

Projeto de

pesquisa

Confiabilidade Utilização de protocolo de estudo de

caso Coleta de dados

Quadro 6 - Validade e confiabilidade do estudo de caso Fonte: Adaptado de Yin (2005, p. 55)

Os procedimentos de pesquisa de campo foram previamente definidos, seguindo as

principais etapas do protocolo de estudo de caso proposto por Yin (2005). De acordo com o

autor, o detalhamento do procedimento orienta o pesquisador na realização da coleta de dados

e aumenta a confiabilidade da pesquisa.

3.3 COLETA DE DADOS

Neste trabalho, a pesquisadora utilizou-se da pesquisa de campo com Survey para

coletar dados para o estudo de caso e possibilitar a análise da situação-problema e questões da

pesquisa. Conforme Fonseca (2002), a pesquisa com Survey pode ser referida como sendo a

obtenção de dados ou informações sobre as características ou as opiniões de determinado

grupo de pessoas, indicado como representante de uma população-alvo, utilizando um

questionário como instrumento de pesquisa. Neste tipo de pesquisa não existe necessidade de

identificar os respondentes.

71

Para tabular os dados coletados na pesquisa de campo utilizou-se os recursos do

aplicativo Microsoft Office Excel. Os resultados estatísticos encontram-se detalhados e

descritos no Apêndice C e D.

A partir da coleta, tratamento e consolidação dos dados buscou-se extrair informações

relevantes para, então, iniciar a etapa de análise dos dados, visando a descrever o cenário

pesquisado, diagnosticar a situação atual e propor ações corretivas para as duas empresas

objeto dos estudos de caso.

Os dados foram coletados em primeiro lugar dentro do próprio experimento do

treinamento, para fins de execução do treinamento e incluíram levantamentos sobre as

empresas, perfis dos funcionários, análise de documentos contendo avaliação de desempenho

e pesquisa do clima organizacional.

Paralelamente, a pesquisadora levantava informações através da observação direta,

entrevistas não estruturadas focadas, incluindo aproximadamente 20% dos participantes de

cada uma das equipes das empresas. A seleção desses 20% foi baseada em um corte diagonal

onde se tomava em consideração diferentes perfis e influências da equipe tipo, extrovertido-

introvertido, formador de opinião, crítico, proximidade e distanciamento com relação a

sindicato etc.

Segundo Gil (1999, p. 119) a pesquisa não estruturada se distingue da simples

conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. A escolha da pesquisadora

por esse método de entrevistas composta em sua maioria por perguntas abertas, aparentemente

informais, pautou-se pela flexibilidade e pela busca do significado, na concepção do

entrevistado.

As entrevistas tiveram seu foco direcionado dentro da proposta central dos dados que

se desejava coletar. Foram realizadas em três momentos distintos, sendo primeiramente com o

Gerente de Recursos Humanos, em seguida com o gerente da área solicitante e finalmente

com os 20% das equipes.

Após as entrevistas e, portanto, de posse de uma visão geral acerca do desempenho e

comportamento das equipes, aplicou-se o instrumento chamado TPI - Team Practices

Inventory, a fim de coletar a percepção do gestor em relação à equipe e da equipe em relação

ao gestor. Este instrumento faz uso de questões baseadas em escala do tipo Likert com

metodologia proposta por Borges-Andrade e Lima (1983), onde o participante avalia o grau

de importância e seu domínio para cada ação apresentada.

Os dois questionários respectivamente respondidos pelo gestor e outro pela equipe são

constituídos por 20 questões afirmativas descrevendo várias situações ligadas ao trabalho em

72

equipe, cabendo ao respondente fazer uma única escolha dentro de uma escala de pontuação

com 10 opções, sendo: (1 = nunca; 2 = raramente; 3 = esporadicamente; 4 = uma certa vez; 5

= ocasionalmente; 6 = de vez em quando; 7 = regularmente; 8 = usualmente; 9 = muito

frequentemente; 10 = sempre).

3.4 ETAPA 1 - LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DA EMPRESA

3.4.1 Apresentação da consultoria para as empresas clientes

O objetivo é passar credibilidade ao cliente potencial.

A Consultoria X Assessoria e Planejamento Organizacional Ltda. é uma empresa de

consultoria fundada em 1998, com sede no Rio de Janeiro e atuação nacional.

Nosso principal diferencial está no nível de relacionamento, credibilidade e parceria

com nossos Clientes onde adotamos como valores a preocupação e o zelo na elaboração,

operacionalização e acompanhamento dos projetos sob nossa responsabilidade.

Anualmente, realizamos diversos projetos de consultoria, palestras, cursos e

programas de desenvolvimento, sempre elaborados após um consistente processo de

identificação das necessidades de nossos Clientes.

Tendo como nossa missão atuar como Facilitadores no processo de aprimoramento das

Organizações elaborando, operacionalizando e acompanhando projetos, construindo

conhecimento e resultados em parceria com os nossos Clientes.

Acreditamos que cumprindo a nossa Missão estaremos contribuindo para a construção

de um mundo melhor.

3.4.2 Apresentação do programa de aprendizagem em equipe

O objetivo é apresentar o programa de treinamento vivencial da consultoria.

Com foco na especialização apresentamos o nosso Programa de Aprendizagem em

Equipe baseado no método vivencial, que se caracteriza pelo extremo zelo na montagem,

execução e acompanhamento de cada projeto.

Em média, a carga horária total do Programa de Aprendizagem em Equipe gira em

torno de 20horas, divididas em 4 ou 5 blocos de desenvolvimento, dependendo do projeto

elaborado.

73

A carga horária total é balanceada em 20% para o embasamento teórico e 80% para as

atividades vivenciais, ao ar livre. Ao longo da carga horária vivencial, os participantes

transitam por dois temas específicos – Competição e Cooperação.

Os temas são tratados através de atividades vivenciais desafiadoras, projetadas de

acordo com a capacidade física da média dos participantes, onde o principal foco é o Trabalho

em Equipe para alto desempenho.

Após a realização de cada atividade, seguindo o CAV, é realizado o processamento

das vivências. Este processamento, conduzido por profissionais especializados, busca extrair

dos participantes e compartilhar com o grupo os principais tópicos vivenciados na atividade,

as questões psicológicas e a aplicabilidade do conteúdo vivenciado no dia-a-dia profissional.

Ao longo de todo o Programa de Aprendizagem em Equipe (DE), os participantes

vivenciam um clima de construção coletiva, dentro de um tema específico.

3.4.3 Diagnóstico das necessidades de treinamento e identificação dos objetivos

Cada projeto de treinamento vivencial foi elaborado individualmente, buscando

levantar todas as informações sobre o grupo a ser trabalhado.

O Diagnóstico e a estrutura conceitual foram desenvolvidos com base nas informações

colhidas durante a reunião inicial com o Departamento de Recursos Humanos (RH), a

Gerência solicitante das duas empresas Alfa e Beta e a Consultoria X Assessoria e

Planejamento Organizacional. Nesta ocasião, foram estabelecidos os objetivos e tópicos a

serem trabalhados, assim como as recomendações sobre a metodologia de trabalho.

Para o atendimento ao departamento a ser trabalhado (Gerência solicitante), além dos

testes TPI aplicados no Gestor e na equipe, também uma amostra (20%) dos participantes foi

entrevistada para a identificação do nível de relacionamento, expectativas dos participantes e

estruturação final do evento. O Gerente solicitante foi entrevistado visando à coleta de

diretrizes, perfil da equipe e demais expectativas de resultados, a partir do presente evento.

A atividade seguinte é composta pela aplicação da 1ª medição.

Para um melhor entendimento, apresenta-se abaixo o fluxograma de atividades que

compõem o programa de treinamento vivencial ao ar livre.

74

Figura 4 – Fluxograma – Estruturação, operacionalização e acompanhamento do Processo de

Desenvolvimento de Equipe. Fonte: A Autora.

75

3.4.4 Características da população e critérios de seleção

A caracterização da população desta pesquisa teve como critério de inclusão a

experiência da autora em participar de todo o processo antes, durante e depois dos

treinamentos enquanto consultora responsável pelos dois projetos em empresas nacionais de

grande porte.

Segundo Vergara (2009) a população deve ser entendida como o conjunto de

elementos que possuem características que serão objeto de estudo.

Neste contexto, com base no diagnóstico das necessidades de treinamento e na

identificação dos objetivos pretendidos em cada empresa foi feita, através de formulários e

entrevistas, uma pesquisa entre os funcionários com o conhecimento necessário, visando a

selecionar os participantes do evento de treinamento pretendido.

A pesquisa, nos dois projetos, buscou identificar alguns dados pessoais, tais como:

tempo de trabalho na empresa, estado civil, sexo e faixa etária, visando a montar uma equipe

representativa da população típica da empresa e com aptidões físicas necessárias para a

participação nesse tipo de evento.

Os resultados desta pesquisa, vide item 4.2 deste estudo, permitiram a seleção de 35

colaboradores da empresa Alfa e de 40 colaboradores da empresa Beta.

3.5 ETAPA 2 - ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO

3.5.1 Definição dos objetivos do treinamento vivencial

Foram definidos quatro objetivos a serem trabalhados na execução do treinamento,

quais sejam:

Integrar e vitalizar a Equipe;

Facilitar os processos de mudança e de comunicação interpessoal;

Fortalecer os conceitos e as práticas relativas a: trabalho em equipe, liderança,

comunicação, pró-atividade, gerenciamento de conflitos e tomada de decisão sob

pressão;

Promover o crescimento pessoal e profissional dos participantes como indivíduos

membros de uma equipe, despertando os talentos individuais, a autopercepção, a

valorização das condições de trabalho, a cooperação e a criatividade coletiva.

76

3.5.2 Estrutura conceitual e operacional do evento

Para atingir os objetivos apresentados no item 3.5.1 acima, o treinamento foi projetado

obedecendo a duas estruturas distintas:

Estrutura conceitual – apresentando objetivos, tópicos a serem trabalhados e metodologias

a serem usadas no desenvolvimento do treinamento, conforme Quadro 7 abaixo.

Objetivos

Tópicos a serem trabalhados

Metodologia

a) Integrar e vitalizar as Equipes a1) Trabalho em Equipe;

a2) Competição x Cooperação e

a3) Equipes Sinérgicas.

Conteúdo teórico/prático

Atividades vivenciais,

jogos e simulações.

b) Facilitar os processos de mudança e a

comunicação.

b1) Processo de Mudança;

b3) Comunicação em Equipe e

b3) O processo de comunicação

Apresentação de

informações e debates.

Conteúdo teórico/prático

Atividades vivenciais,

jogos e simulações.

c) Fortalecer os conceitos e as práticas do

trabalho em equipe, liderança,

comunicação, pró-atividade,

autoconhecimento; gerenciamento de

conflitos e tomada de decisão sob

pressão.

c1) Trabalho em Equipe, equipes sinérgicas,

comunicação, liderança e

autoconhecimento;

c2) Pró-atividade e gerenciamento de

conflitos e

c3) Tomada de decisão sob pressão.

Conteúdo teórico/prático

Atividades vivenciais,

jogos e simulações.

d) Promover o crescimento pessoal e

profissional dos participantes, como

indivíduos membros de uma equipe,

despertando os talentos individuais, o

autoconhecimento, a valorização das

condições de trabalho, a cooperação e

a criatividade coletiva.

d1) Criatividade Coletiva

d2) Construções Coletivas

d3) Autoconhecimento

Atividades vivenciais,

jogos e simulações.

Quadro 7 - Quadro de objetivos, tópicos e metodologias Fonte: A Autora.

Estrutura operacional - A estrutura operacional, derivada da estrutura conceitual, foi

organizada em blocos de atividades, numerados de I a IV. Cada bloco de atividades foi

diretamente relacionado a um ou mais objetivos identificados na estrutura conceitual.

No quadro abaixo, as atividades vivenciais e respectivos blocos.

77

Quadro 8 - Atividades vivenciais - Bloco de atividades e roteiro do treinamento Fonte: A Autora.

Bloco I : Dia 1 –– Tarde/Noite

Roteiro de trabalho:

-Aclimatação da equipe;

-apresentação das informações sobre o evento; -

formalização do evento pelo Gerente;

- apresentação dos facilitadores

-integração dos participantes.

-Apresentação do Conteúdo Teórico 1sobre:

Relacionamento Humano, Conflitos e Desafios,

-Vitalização1;

Atividade vivencial 1 – Barco de bolas.

Bloco II: Dia 2 – Manhã e Tarde

Roteiro de trabalho:

-Reunião no Centro de Convenções; -Vitalização 2

-Apresentação do Conteúdo Teórico 2sobre:Mudança

nas Organizações; O Paradigma Azteca; O Princípio

de Sun Tzu; Janelas de Johari; Rótulos, Crenças

Pessoais; Pró-atividade e Comunicação.

Regras de trabalho –

Apresentação do Conteúdo Teórico 3 sobre:Trabalho

em equipe – Equipes sinérgicas - PLOC

(planejamento, liderança, organização e controle);

Atividades ao ar livre -

Atividade vivencial 2 – Criação do ambiente

competitivo – Vivência: Grito de Guerra; Atividade

vivencial 3 – Vivência: Cordas e Cegos; Análise das

atividades 2 e 3 – ênfase na comunicação e no

gerenciamento de conflitos;

Atividade vivencial 4 –

Vivência: Andando na Prancha; Atividade vivencial 5

– Vivência: Volençol. Análise das atividades – ênfase

em tomada de decisão sob pressão.

Bloco III: Dia 3 – Manhã

Roteiro de trabalho:

Reunião no Centro de Convenções;

Transição do ambiente competitivo para o ambiente

cooperativo;

Atividade vivencial 6 – Vivência: Teia de Aranha;

Atividade vivencial 7 – Vivência:

Travessia do Rio;

Atividade Vivencial 8 - Ponte da Confiança;

Reunião no Centro de Convenções;

Análise das atividades 6, 7e 8.

Bloco IV: Dia 3 – Tarde

Roteiro de trabalho:

Reunião no Centro de Convenções;

Atividade vivencial 9 – Vivência: Levando a

empresa para o futuro I; Atividade vivencial 10 –

Vivência: Levando a empresa para o futuro II –

Travessia na Balsa; Fechamento das atividades;

Avaliação do evento; Encerramento e Liberação da

Equipe.

78

Para que cada objetivo seja atingido, serão trabalhados determinados conteúdos

(tópicos) através de metodologias e atividades vivenciais específicas.

As atividades vivenciais foram utilizadas para sensibilização, preparação experimental

e reforço dos conteúdos teóricos e práticos dos blocos de atividades;

As vivências foram elaboradas e organizadas visando a proporcionar um crescimento

gradativo ao longo da transição entre os temas competição e cooperação;

A vivência inicial “Barco de bolas”, executada no Bloco I, gerará a expectativa da

descoberta de um elemento estratégico para o sucesso pessoal e grupal, introduzindo o clima

de desafio ao treinamento;

As vivências “Levando a empresa para o futuro I e II”, reunirão todos os conteúdos

trabalhados durante o treinamento, encerrando como uma visualização dos elementos que

comporão o futuro dos participantes nas respectivas equipes de trabalho;

No quadro abaixo, a relação entre as atividades vivenciais e os objetivos pretendidos.

VIVÊNCIA OBJETIVOS

1) Barco de Bolas Submeter os participantes a uma viagem pelo passado, presente e futuro da

empresa, identificando as principais características de cada momento, as

mudanças ocorridas na empresa, passado, presente e a visão de futuro.

2) Grito de Guerra Atividade competitiva que visa a dividir a equipe em 02 ou 03 grupos com

identidades diferenciadas, visando a estabelecer um clima competitivo entre

os participantes.

3) Cordas e Cegos Atividade competitiva que visa a desafiar a capacidade de planejamento e

liderança em ambientes turbulentos, apresentando o saber ouvir como

principal habilidade de comunicação a ser desenvolvida pelos membros das

equipes.

4) Andando na Prancha Atividade competitiva que visa a desafiar a capacidade de aprendizagem em

equipe, inovação, negociação, planejamento e tomada de decisão sob

pressão.

5) Volençol Atividade competitiva que visa a desafiar a capacidade de pensar

estrategicamente, de trabalho em equipe, de flexibilidade e de confiança na

equipe.

6) Teia de Aranha Atividade cooperativa que visa a testar os limites individuais e coletivos da

Equipe quando exposta a uma situação de risco e desafiadora.

7) Travessia do Rio Atividade cooperativa que visou a reforçar a confiança em si e no outro,

reforçando os conceitos do trabalho cooperativo e tomada de decisão sob

pressão.

8) Ponte Paralela Ponte

da Confiança

Atividade cooperativa que visa a reforçar a confiança em si e no outro,

estabelecendo a diferença entre competição e cooperação, demonstrando o

potencial e resultados do trabalho cooperativo.

9) Levando a empresa

para o futuro I

Submeter os participantes a um grande desafio, envolvendo alto risco para a

equipe e, ao obterem o sucesso, alcançarão o conhecimento do futuro e

demais resultados positivos.

10) Levando a empresa

para o futuro II –

Travessia na Balsa

Submeter os participantes a um grande desafio, envolvendo alto risco para a

equipe e, ao obterem o sucesso, alcançarão o conhecimento do futuro e

demais resultados positivos.

Quadro 9 - Atividades vivenciais Fonte: A Autora

79

3.6 ETAPA 3 - EXECUÇÃO DO EVENTO DE TREINAMENTO

Esta etapa, sem dúvida, a mais importante da pesquisa, está detalhada e comentada no

capítulo 4 deste estudo de caso.

A justificativa para discorrer sobre o conteúdo deste item no item 4.3 - Execução e

Análise das Atividades Realizadas - reside no fato de que a descrição detalhada de todas as

atividades executadas no treinamento propriamente dito permite que a discussão e pareceres

da consultoria sobre o andamento do evento ou da atividade seja feito junto com a citada

descrição, facilitando, assim, o entendimento do processo como um todo.

3.6.1 Local do treinamento e referência temporal

A pesquisa foi realizada na Cidade do Rio de Janeiro/RJ, Brasil, e teve como

referência temporal o ano de 2013.

Quanto ao local de realização dos treinamentos foi escolhido, pelos gestores de RH

das duas empresas, um hotel localizado na região costeira, litoral sul do Rio de Janeiro, pela

proximidade com a sede das mesmas e atendendo às recomendações da consultoria, ou seja,

um hotel localizado em um local mais afastado do centro urbano para garantir que o grupo

não se dispersasse nos intervalos, bem como possuir área verde, plana, com sombra e ter

disponibilidade de um saveiro com lotação permitida superior ao número de participantes,

saveiro este utilizado em algumas atividades vivenciais e dotado de todos os equipamentos de

salvatagem oferecendo, assim, toda segurança para realização de atividades externas.

3.7 ETAPA 4 – AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA

3.7.1 Medição e acompanhamento

As duas empresas, objeto desta pesquisa de campo, tiveram em seus projetos a

inclusão de medição inicial e acompanhamento dos resultados do Programa de Aprendizagem

em Equipe, através da utilização da ferramenta denominada TPI - Team Practices Inventory.

O desempenho de cada Equipe foi medido, com base em pesquisa específica,

executada antes da realização do Programa de Aprendizagem em Equipe –1ª medição.

Este mesmo instrumento é aplicado na Equipe que participou do Programa de

Aprendizagem em Equipe 90 dias após a realização do evento – 2ª medição.

80

Os resultados são comparados e é emitido o Relatório de Acompanhamento 1, com as

observações e recomendações para melhorias.

Após 180 dias da realização do Programa de Aprendizagem em Equipe ocorre a 3ª

medição, comparação dos resultados e emissão do relatório de Acompanhamento 2, com as

observações e novas recomendações para melhorias.

Dependendo do grau de acompanhamento solicitado pelo Cliente, a consultoria poderá

iniciar um processo de apoio ao desempenho da Equipe, incluindo visitas periódicas, reuniões,

entrevistas e outras orientações que não fazem parte da presente pesquisa de campo, sendo

configurado inclusive em um novo projeto específico.

O questionário 1A, denominado de Team Pratices Inventory (TPI) vide Apêndice A

preenchido – foi aplicado no gerente da equipe para identificar a sua visão em relação à sua

equipe de trabalho.

O questionário 1B, Team Practices Inventory (TPI) vide Apêndice B preenchido – foi

aplicado em todos os funcionários que participaram do Treinamento Vivencial ao Ar Livre

para identificar sua visão sobre o gestor e a empresa.

A tabulação dos Cadernos de Testes – todos os testes foram enviados individualmente

por e-mail para a autora e tabulados utilizando o software Excel, permitiu realizar diversos

cruzamentos de caráter gerais e específicos.

Os resultados dos testes foram agrupados e apresentados graficamente em reunião com

o RH e o Gestor solicitante. Com base nesses dados, foram definidos os temas ou objetivos a

serem trabalhados no Treinamento Vivencial de Aprendizagem em Equipe.

3.7.2 Utilização das informações colhidas

A utilização das informações colhidas está limitada ao contexto acadêmico, sendo a

análise individual e as respostas emitidas de caráter confidencial.

Com isso, a análise da pesquisa observou o resultado final da tabulação dos dados

colhidos, desconsiderando o caráter pessoal das respostas em favor de uma avaliação holística

do processo operacional/administrativo que norteia os temas treinamento, liderança e equipe

no âmbito empresarial escolhido.

81

3.7.3 Dificuldades e limitações

Segundo Vergara (2009), toda investigação é marcada por limitações e dificuldades

independentes do método de estudo utilizado. Conhecer suas limitações e fronteiras

enfrentadas no decorrer do estudo contribui para a análise e qualidade da pesquisa.

Desta forma, apresentam-se algumas limitações identificadas durante a pesquisa:

Capacidade de julgamento e análise das respostas das entrevistas não

estruturadas realizadas com uma amostra de 20% dos participantes de cada uma das equipes

que receberam treinamento e que pode não traduzir com fidedignidade a representação das

equipes como um todo;

Viés por parte da pesquisadora por integrar o corpo de consultores da

consultoria responsável pelos treinamentos que foram objeto da pesquisa de campo – fica

propensa a interpretar os fatos como uma “advogada”, abstendo-se da neutralidade que

qualifica um bom observador;

Ao fato de ter sido pesquisada duas empresas com diagnósticos semelhantes e

utilização das mesmas atividades vivenciais ao ar livre, bem como o mesmo conteúdo teórico,

não havendo possibilidade de comparações entre elas;

Resistência por parte de alguns participantes, envolvendo questões pessoais,

por se ausentarem duas noites de suas residências, já que o TEAL requer um ambiente

estruturado para as atividades, normalmente disponíveis em hotel fazenda distantes do centro

urbano.

82

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

"O homem não é a soma do que ele tem, mas a

totalidade do que ainda não tem, do que poderia

ter".

(Jean-Paul Sartre, apud Boog, 2006, p.6)

No presente capítulo apresentam-se as análises da pesquisa observando os principais

aspectos que permeiam os temas do treinamento vivencial, aprendizagem em equipe e

indicadores de resultados e acompanhamento realizados através de medições antes e pós-

treinamento, a partir da avaliação com base na percepção dos gestores e da equipe que

participou do treinamento.

Os resultados são analisados e apresentados aos gestores com indicações e sugestões

de melhorias para o incremento da produtividade através do desempenho das equipes de

trabalho. Os temas abordados na revisão da literatura, bem como os estudos de casos

previamente selecionados para a realização da triangulação interativa, na perspectiva de

apresentar considerações e melhores práticas sobre o problema e os objetivos elencados na

pesquisa.

4.1 CENÁRIO E CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS EM ESTUDO

O cenário dos estudos de casos que embasam esta pesquisa envolvem duas empresas,

neste contexto são denominadas como Alfa e Beta, que apresentam necessidades identificadas

pela empresa, gestores e funcionários de melhorarem suas possibilidades de trabalho em

equipe a fim de aumentarem seus resultados e a satisfação de pertencimento junto à empresa.

A empresa Alfa tem como atividade principal a exploração e produção no segmento de

petróleo e gás. A empresa Beta tem como atividade principal o abastecimento no segmento de

petróleo e gás. No contexto deste estudo, iremos nos concentrar nas necessidades enfrentadas

pelas empresas no cenário brasileiro com grandes oportunidades de crescimento, porém,

apresentando os desafios de mudanças constantes, alta competitividade, pressão para

realização de grandes demandas de resultados através das equipes de trabalho. Essas

necessidades configuram a contratação de uma empresa de consultoria especializada em

desenvolvimento de equipe com foco na aprendizagem dos aspectos comportamentais das

relações intrapessoais e interpessoais. Estes aspectos configuram o objeto de estudo deste

projeto de pesquisa.

83

A empresa Alfa é uma multinacional que desempenha importante papel no mercado

em que atua, atraindo atenção de investidores e propiciando o aquecimento da economia no

Brasil. Diante da concorrência de mercado, tem necessidade constante de apresentar novas

possibilidades inovando em suas pesquisas e descobertas aos seus stakeholders, conforme

Figura 5 abaixo. Diante deste cenário, utiliza sua Diretoria de Recursos Humanos para buscar

no mercado propostas inovadoras para melhorar o relacionamento de seus funcionários,

gerentes e subordinados.

A empresa Beta é uma multinacional, líder na prestação de serviços de abastecimento

de petróleo e gás. A escolha da empresa Beta aconteceu naturalmente pelo fato dela estar

relacionada ao mesmo segmento de atuação da empresa Alfa, apresentar desafios semelhantes

e as mesmas necessidades internas de melhoria na performance de sua equipe de trabalho.

Figura 5 - Stakeholders1 e sua cadeia produtiva Fonte: Pesquisa google imagens

1 Os stakeholders são os grupos de interesse para a empresa, “partes (...) interessadas no funcionamento da

empresa, seja porque impactam ou são impactados pela empresa (...). Entre eles, podemos incluir comunidades

(...), empregados, consumidores, fornecedores, associações comerciais, governos, mídia, ONGs, também a

sociedade, bancos, meio ambiente, entre outros. Cada empresa tem seus stakeholders dependendo de seu

segmento. (OLIVEIRA, 2008, pp. 94-95)

84

4.2 PERFIL DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA

4.2.1 Empresa Alfa

Tempo de trabalho na empresa - a maior parte dos funcionários equivalente a 40%

trabalham na Alfa há mais de 10 anos.

Empresa ALFA

Tempo de trabalho na empresa

até 1 ano 1

entre 1 e 3 anos 5

entre 3 e 5 anos 6

entre 5 e 10 anos 9

acima de 10 anos 14

Total 35

Gráfico 1 – Empresa Alfa – Tempo de trabalho na empresa Fonte: A Autora

85

Estado Civil: A maior parte com 51% são casados.

Empresa ALFA

Estado civil

Solteiro(a) 8

Casado(a) 18

Outros 9

Total 35

Gráfico 2 – Empresa Alfa – Estado Civil Fonte: A Autora

86

Quanto ao gênero - a predominância dos funcionários é do sexo masculino com 69%.

Empresa ALFA

Sexo

Feminino 11

Masculino 24

Total 35

Gráfico 3 – Empresa Alfa – Sexo Fonte: A Autora

87

Faixa etária - A maioria dos funcionários com 49%está acima de 40 anos.

Empresa ALFA

Faixa Etária

Até 30 anos 5

De 31 a 40 anos 13

Acima de 40 anos 17

Total 35

Gráfico 4 – Empresa Alfa – Faixa etária Fonte: A Autora

88

4.2.2 Empresa Beta

Tempo de trabalho na empresa - a maior parte dos funcionários com 27% possuem até

03 anos.

Empresa BETA

Tempo de trabalho na empresa

até 1 ano 5

entre 1 e 3 anos 6

entre 3 e 5 anos 10

entre 5 e 10 anos 9

acima de 10 anos 10

Total 40

Gráfico 5 – Empresa Beta – Tempo de trabalho na empresa Fonte: A Autora

89

Estado Civil: a maioria dos funcionários é casado com 45%.

Empresa BETA

Estado civil

Solteiro(a) 20

Casado(a) 13

Outros 7

Total 40

Gráfico 6 – Empresa Beta – Estado civil Fonte: A Autora

90

Quanto ao gênero - predomina o sexo masculino com 21%.

Empresa BETA

Sexo

Feminino 19

Masculino 21

Total 40

Gráfico 7 – Empresa Beta – Sexo Fonte: A Autora

91

Faixa etária - a maior parte dos funcionários com 52%está entre 31 a 40 anos.

Empresa BETA

Faixa Etária

Até 30 anos 12

De 31 a 40 anos 21

Acima de 40 anos 7

Total 40

Gráfico 8 – Empresa Beta – Faixa etária Fonte: A Autora

4.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS

4.3.1 Atividades do bloco 1

Abertura e Conteúdo Teórico 1 - Cumprindo a programação, após o debriefing de

segurança realizado pelo hotel, a Coordenação, Consultores de RH e o Gerente de cada

empresa realizaram a abertura do evento. Em seguida ocorreu a apresentação da Equipe de

Facilitadores e informações gerais sobre o evento. Iniciou-se, então, a apresentação do roteiro

de trabalho, a vitalização (atividade de aquecimento) inicial e Conteúdo Teórico 1 e 2. Nas

92

duas turmas as equipes se posicionaram de forma participativa e envolvida com o conteúdo

teórico. Diversas participações foram premiadas e reconhecidas pelos grupos.

Atividade Vivencial 1 - “Barco de Bolas”

Objetivo - Identificar as principais características de cada momento, as mudanças ocorridas na

empresa, passado, presente e a visão de futuro.

Parecer da consultoria:

Nas duas turmas as equipes Alfa e Beta apresentaram um bom nível de participação e

resultado na atividade. A atividade atingiu o objetivo proposto.

Atividade Vivencial 2 - “Grito de Guerra”

Objetivo – Atividade competitiva que visa a dividir a equipe em 02 (dois) grupos com

identidades diferenciadas (amarelo e verde), visando a estabelecer um clima competitivo entre

os participantes.

Parecer da consultoria:

Nas duas turmas as Equipes Alfa e Beta apresentaram um elevado nível de participação e

criatividade com demonstrações de torcidas, rivalidades e comemorações entre as equipes

(amarelo e verde). Tais fatos demonstraram que as atividades atingiram o objetivo de

estabelecer o clima de competição entre os participantes. As equipes executaram a tarefa

dentro do tempo previsto e demonstraram bom grau de criatividade e disposição em participar

da atividade proposta.

Atividade Vivencial 3 - “Cordas e Cegos”

Objetivo – Atividade competitiva que visa a desafiar a capacidade de planejamento e

liderança em ambientes turbulentos, apresentando o autocontrole e o saber ouvir como

principais habilidades a serem desenvolvidas pelos membros das equipes.

Parecer da consultoria:

Nas duas turmas as equipes Alfa e Beta demonstraram um bom nível de participação

individual e coletivo. Alguns participantes se destacaram por tentarem organizar a atividade.

Alguns participantes tentaram apresentar as orientações corretas, mas não foram ouvidos.

Tarefa executada dentro do tempo previsto, porém, o resultado não foi alcançado. As equipes

falharam em não ouvir as orientações da atividade, sendo dominadas pelo stress. Durante o

debriefing todos os participantes concordaram que precisavam exercitar o saber ouvir e o

autocontrole.

Na turma Beta a equipe amarela chegou muito próximo da concretização da atividade, mas

quebrou regras fundamentais.

93

Esta atividade torna-se mais proveitosa quando as equipes não atingem o resultado esperado.

Tal situação ressalta a importância do saber ouvir e demais elementos do PLOC

(Planejamento, liderança, organização e controle).

Figura 6 – Cordas e Cegos Fonte: A Autora.

Nas duas turmas os debriefings constituíram uma maneira eficiente de manter os treinandos

da equipe em um círculo, favorecendo o processo de aprendizagem contínua em prol do

aperfeiçoamento nas cinco etapas do CAV. Vale esclarecer que o debriefing não se trata de

uma avaliação, pois os objetivos são diferentes. O foco está em descobrir o que aconteceu e o

porquê. A realização do CAV foi realizada conforme as orientações dos Facilitadores da

consultoria. Todas as equipes realizaram as etapas do CAV de forma objetiva, analisando seus

pontos fortes, oportunidades para melhorias, desempenho do Líder, exercício da Liderança,

escolha do novo Líder, PLOC e estratégia para a próxima atividade. A utilização adequada da

metodologia configurou-se como vantagem competitiva para as equipes que investiram na

melhoria do desempenho individual e da equipe com maior afinco.

Atividade Vivencial 4 - “Corrida de pranchas”

Objetivo – Atividade competitiva que visou a desafiar a capacidade de aprendizagem em

equipe, inovação, negociação, criatividade, planejamento e tomada de decisão sob pressão.

Parecer da consultoria:

As Equipes das duas empresas Alfa e Beta apresentaram elevado nível de participação e

envolvimento na atividade. As Equipes aprenderam o equipamento e melhoraram o

desempenho ao longo da atividade. Diante das mudanças como a troca da posição dos bonés e

o corte das cordas, as equipes apresentaram o mesmo desempenho, buscando uma rápida

adaptação às novas condições de trabalho.

Processamento da atividade pelos participantes:

Pontos fortes:

Melhorou o planejamento;

Motivação em alta;

Treinamento no equipamento.

94

Oportunidades para melhorias:

Utilizar mais o PLOC;

Controlar a ansiedade;

Respeitar as limitações do outro;

Investir no treinamento da equipe;

Melhorar a estratégia.

Paralelo com o dia-a-dia:

A torcida ajuda muito;

É importante segurar a ansiedade;

É importante investir em treinamento.

Figura 7 – Corrida de Pranchas Fonte: A Autora

4.3.2 Atividades do Bloco 2

Atividade Vivencial 5 - “Volençol”

Objetivo – Atividade competitiva/cooperativa que visou a desafiar a capacidade de trabalhar

em equipe, desenvolver a sinergia na equipe e trabalhar a tomada de decisão sob pressão.

Parecer da consultoria:

Nas duas turmas das equipes Alfa e Beta apresentaram elevado nível de participação nesta

atividade. Os jogadores estiveram muito envolvidos com a atividade. O nível de competição

foi extremamente elevado entre os competidores. Nas duas turmas o juiz, propositalmente,

mudou as regras durante a atividade, aumentando o nível de stress entre os participantes.

Apesar do elevado nível de pressão, as reivindicações foram pertinentes e colocadas com

temperança.

Processamento da atividade pelos participantes

Pontos fortes:

Grande motivação;

Uso do PLOC;

95

Treinamento para o jogo;

Poder observar o jogo entre os dois primeiros e aprender com a observação.

Oportunidades para melhorias:

Distribuir melhor as competências da equipe;

Investir no treinamento da equipe;

Controlar a ansiedade;

Melhorar a comunicação.

Paralelo com o dia-a-dia:

Muitas vezes nos deparamos com coisas novas que assustam a primeira vista;

Importante investir no treinamento das pessoas;

A ansiedade atrapalha muito;

“Um depende do outro”.

Parecer da consultoria:

Nas duas turmas das equipes Alfa e Beta apresentaram elevado nível de participação nesta

atividade. Os jogadores estiveram muito envolvidos com a atividade. O nível de competição

foi extremamente elevado entre os competidores. Nas duas turmas o juiz, propositalmente,

mudou as regras durante a atividade, aumentando o nível de stress entre os participantes.

Apesar do elevado nível de pressão, as reivindicações foram pertinentes e colocadas com

temperança.

Figura 8 – Volençol Fonte: A Autora

4.3.3 Atividades do Bloco 3

Atividade Vivencial 6 - “Teia de Aranha”

Objetivo – Atividade competitiva que visou a desafiar a capacidade de pensar

estrategicamente, o trabalho em equipe, a flexibilidade e confiança na equipe.

96

Parecer da consultoria:

Os líderes das equipes (amarelo, azul e vermelho) receberam as orientações sobre a atividade

e repassaram para suas equipes. Cada equipe estudou a atividade e o equipamento de forma

detalhada. Após o tempo para o PLOC, cada equipe deu início a atividade utilizando sua

estratégia de execução. Percebeu-se um bom nível de aplicação do PLOC e melhoria na

atuação dos líderes.

Figura 9 – Teia de Aranha Fonte: A Autora

4.3.4 Migração do ambiente competitivo para cooperativo

Ao término de cada atividade vivencial, as equipes se reuniram com seus integrantes e

o líder da atividade para o processamento das etapas do CAV orientados pela equipe da

consultoria.

Figura 10 – Reunião de processamento dos resultados Fonte: A Autora

Nas duas turmas, objeto deste estudo de caso, a consultoria considerou que, após a

atividade da Teia de Aranha, as equipes estavam prontas para a migração do ambiente

competitivo para cooperativo por terem atingido o nível de entendimento e maturidade

desejados. Neste momento das análises, ocorreu o debriefing coordenado pela

consultora/autora.

As Equipes concluíram que o ambiente competitivo não é salutar para o alcance dos

objetivos dentro de uma equipe, optando por investir na criação e experimentação de um

ambiente cooperativo entre os participantes. Este ato foi simbolizado pela retirada dos bonés

coloridos e a afirmação de uma identidade única dentro de cada empresa Alfa e Beta.

97

Figura 11 – Retirada dos bonés coloridos Fonte: A Autora

4.3.5 Atividades do bloco 4

Atividade Vivencial 7 – “Travessia do Rio”

Objetivo - Atividade cooperativa que visou a reforçar a confiança em si e no outro, reforçando

os conceitos do trabalho cooperativo e tomada de decisão sob pressão.

Figura 12 – Travessia do rio(1) Fonte: A Autora

Parecer da consultoria:

Após a realização de um aquecimento iniciou-se a atividade cooperativa “Travessia do Rio”

onde as Equipes Alfa e Beta foram submetidas a um desafio complexo a ser vencido como

uma única Equipe, colocando em prática os conhecimentos vivenciados. Esta atividade

reforçou o ambiente cooperativo pois demonstrou a importância da união e ajuda mútua para

a realização das atividades do cotidiano e situações complexas.

Figura 13 – Travessia do rio(2) Fonte: A Autora

98

As duas equipes apresentaram elevado nível de participação e envolvimento (individual e

coletivo). A atividade complexa foi estudada em detalhes (PLOC), as orientações foram

seguidas e as equipes simularam as possíveis soluções. Na empresa Alfa percebeu-se que a

equipe se dividiu em vários subgrupos que buscavam a solução. Outros grupos preferiram

aguardar uma solução e cumprir o determinado.

A liderança apresentou-se polarizada em um grupo de líderes, recebendo sugestões dos

demais participantes. O prazo de realização não foi suficiente para o cumprimento da

atividade. Os participantes cegos (vendados por punição ao descumprimento das regras)

foram conduzidos com consideração, motivando a atenção e o zelo pelos membros que

trabalharam na condução dos mesmos. A conclusão da atividade foi muito comemorada por

toda a equipe da empresa Alfa.

Atividade Vivencial 8 - “Ponte Paralela – Ponte da Confiança”

Objetivo – Atividade cooperativa que visou a reforçar a confiança em si e no outro,

estabelecendo a diferença entre competição e cooperação, demonstrando o potencial e

resultados do trabalho cooperativo.

Figura 14 – Ponte paralela – Ponte da confiança(1) Fonte: A Autora

Parecer da consultoria:

Nesta atividade as Equipes exercitaram a confiança mútua. Todas as duplas atravessaram a

“ponte da confiança” sem problemas. Nenhuma dupla caiu na água.

As duas turmas das equipes Alfa e Beta comemoraram bastante a chegada na outra margem,

com demonstrações de incentivo a novos desafios e possibilidade de novas vitórias.

99

Figura 15– Ponte da confiança(2) Fonte: A Autora

Atividade Vivencial 9 - “Levando a empresa para o Futuro I”

Objetivo – Submeter os participantes a um problema complexo, de difícil solução,

envolvendo recursos limitados, onde toda a equipe foi desafiada a encontrar a solução,

cumprindo as regras determinadas.

Figura 16 – Levando a empresa para o futuro I Fonte: A Autora

Parecer da consultoria:

As equipes das empresas Alfa e Beta realizaram a atividade utilizando os conceitos do PLOC

e administrando os recursos disponíveis. Durante o momento de execução da tarefa as equipes

demonstraram confiança e criatividade na solução do problema a ser resolvido.

A “Travessia” ou “Ponte da Confiança” foi realizada com todas as precauções de segurança

com o uso de colete salva-vidas, barco de resgate e profissional salva-vidas no local. Todas as

orientações e regras foram cumpridas até o ponto determinado de colocar as empresas na

balsa para realização da última atividade.

Atividade Vivencial 10 - “Posicionando a empresa para o Futuro II”

Objetivo – Atividade cooperativa que visou a reforçar a confiança em si e no outro,

reforçando os conceitos do trabalho cooperativo e tomada de decisão sob pressão. Submeter

os participantes a um grande desafio, envolvendo alto risco para a equipe e, ao obterem o

sucesso, alcançarão o conhecimento do futuro e demais resultados positivos, oriundos do

trabalho em equipe.

100

Figura 17 – Levando a empresa para o futuro II Fonte: A Autora

Parecer da consultoria:

Nas duas turmas, nestas atividades conjugadas, as equipes Alfa e Beta exercitaram a

confiança mútua e a construção coletiva. Todos os participantes esforçaram-se para colocar

em prática os conceitos construídos até o momento, dentre eles: seguir o líder escolhido pela

própria equipe com base nas competências necessárias para a realização da atividade,

exercitar o processo da comunicação tendo como premissa básica o saber ouvir e por fim a

aplicação correta do PLOC.

As duas equipes das empresas demonstraram motivação ao longo das duas atividades

conjugadas de fechamento vivencias de número 9 e 10. Na abertura do tambor e apresentação

dos elementos do futuro as Equipes estavam emocionadas e comemoraram muito o

fechamento das atividades vivenciais do treinamento de aprendizagem em equipe. Estas

atividades reforçaram a importância de um ambiente cooperativo, pois demonstraram que a

união e a ajuda mútua são fundamentais para a realização das atividades e o alcance dos

resultados do cotidiano organizacional.

4.4 TRATAMENTO DOS DADOS DAS MEDIÇÕES

Para o tratamento dos dados das medições foram adaptados os questionários da

metodologia LPI (Leadership Practices Inventory), aplicados em mais de 12.000 gestores e

70.000 funcionários em todo o mundo, resultando nos questionários da metodologia TPI

(Team Pratices Inventory), utilizados nesta pesquisa.

No Apêndice A encontra-se a pesquisa aplicada aos gestores e no Apêndice B a

pesquisa aplicada aos membros da equipe.

O tratamento estatístico utilizado na tabulação das pesquisas 1A e 1B foi o

recomendado por Kouzes e Posner, vide capítulo 2 desta pesquisa, com base na análise das

101

respostas dos questionários, utilizando-se a média aritmética (Me), isto é, “... a soma das

observações dividida pelo número delas” (BUSSAB, 1987 p. 27).

As questões da pesquisa foram numeradas de 01 a 20 e o resultado das respostas foi

transcrito no quadro de fechamento onde a soma das respostas das colunas representa o

resultado (mínimo = 0 pontos e máximo = 40 pontos) das práticas em análise, conforme

exemplo na Tabela 1 abaixo. O resultado dos avaliados (gestores e equipe) obtém-se

diretamente pela média aritmética (Me) dos resultados de cada coluna do questionário 1A e

1B.

Tabela 1 – Práticas dos gestores e sua equipe

Práticas dos gestores e sua equipe

P1 P2 P3 P4 P5

1.

2. 3.

10

4. 5.

10

6.

7. 8.

10

9. 10.

10

11.

12. 13.

8

14. 15.

10

16.

17. 18.

8

19. 20.

10

TOTAIS

P3 E P5

36 40

Fonte: A autora

4.4.1 Parâmetro de pontuação de faixas de desempenho nas dimensões

O Quadro 10 abaixo fornece o parâmetro utilizado para análise de cada dimensão por

medição, conforme a pontuação obtida pelo gerente e pela sua equipe, identificando-se assim

se o desempenho foi considerado: baixo; médio, bom ou alto.

102

DESEMPENHO NA MEDIÇÃO ANÁLISE

0,00 a 4,09 pontos Baixo desempenho na dimensão

4.10 a 6.99 pontos Médio desempenho na dimensão

7,00 a 9,09 pontos Bom desempenho na dimensão

9.10 a 10,00 pontos Alto desempenho na dimensão

Quadro 10 - Análise desempenho na medição Fonte: Adaptado de Kouzes e Posner (1997) pela autora

4.4.2 Parâmetros de pontuação de diferenças e atuações entre gerentes e equipes por

dimensões pesquisadas

O Quadro 11 abaixo aponta o parâmetro para análise da diferença encontrada na

análise de cada medição por dimensão. Este resultado é obtido subtraindo-se a pontuação do

gerente da pontuação de sua equipe; na comparação entre parâmetros e resultados

identificam-se as diferenças nos níveis das percepções entre gestores e equipe que, para efeito

de análise, são classificadas como: mesmo nível de percepções; pequeno desnível de

percepções; percepções desniveladas e, neste caso, recomenda-se investigar e tratar as causas

e, por fim, percepções com forte distorção e, neste caso, recomenda-se prioridade na

investigação das causas e ações corretivas.

DIFERENÇA ANÁLISE

0,00 e 0,99 Mesmo nível de percepções

1,00 e 1,99 Pequeno desnível de percepções

2,00 e 3,00 Percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

''Acima de 3,00 Percepções com forte distorção (investigar causas e tratarprioridade)

Quadro 11 - Análise das diferenças e atuações Fonte: Adaptado pela autora de Kouzes e Posner (1997).

103

4.5 RESULTADOS DAS MEDIÇÕES NAS EMPRESAS PESQUISADAS

Os resultados apresentados nas medições foram analisados, com base nos conceitos de

James Kouzes e Barry Posner em seu livro: O Desafio da liderança (1997), que descobriram

padrões que podem ser aprendidos e vistos como as bases para uma liderança de excelência, o

que poderá refletir em uma equipe de igual excelência. Com esse propósito, compilaram em

Cinco Práticas, dimensões ou variáveis fundamentais para a excelência nas relações entre

gestores e sua equipe, quais sejam: liderança - mostrar o caminho; trabalho em equipe -

inspirar uma visão conjunta; orgulho e significado - desafiar o processo; confiança - permitir

que os outros ajam; motivação - apontar o caminho e encorajar o coração.

O detalhamento dos resultados obtidos por dimensão em cada uma das perguntas da

Alfa, encontra-se no Apêndice E desta pesquisa. Da mesma forma, o detalhamento em relação

à empresa Beta encontra-se no Apêndice F desta pesquisa.

Para ambas as empresas, a tendência apresentada pela equipe é analisada neste

subitem, comparando-se os resultados obtidos entre a segunda e a terceira medição que

ocorreram após a realização do treinamento vivencial de aprendizagem de cada equipe.

4.5.1 Resultado das medições para a empresa Alfa

1ª medição:

Realizada em março de 2013 nas instalações da Alfa. Esta etapa foi realizada

aproximadamente 30 dias antes da realização do treinamento vivencial que ocorreu no

período de 06 a 08 de abril de 2013. Esta primeira medição constituiu-se de uma etapa

relevante dentro do levantamento das necessidades de treinamento (citado nos capítulos 2 e 3)

e tem como objetivo principal suprir a consultoria de dados para o diagnóstico que será

utilizado na elaboração das atividades que serão realizadas no treinamento, bem como na

elaboração do conteúdo teórico.

104

Gráfico 9 - 1ª medição Alfa Fonte: Pesquisa de campo - elaborado pela autora

Análise da 1ª medição:

A visão do gerente em relação a sua equipe foi superior a visão da equipe nas cinco

dimensões, conforme Gráfico 9. As maiores distorções foram evidenciadas nas dimensões

relativas à confiança e à motivação. Na dimensão Confiança a pergunta onde foi encontrada

uma forte distorção por parte da equipe foi referente às pessoas serem tratadas de forma justa

e objetiva. Na dimensão Motivação não ocorreu nenhuma forte distorção; entretanto, nas

quatro perguntas que avaliam essa dimensão, todas as percepções da equipe estavam

desniveladas com pontuação inferior ao gestor. Recomenda-se investigar as causas e tratar.

Em termos de desempenho, o gerente considera a sua equipe boa, porém, a equipe percebe o

desempenho do gerente como mediano.

105

2ª medição:

A segunda medição foi realizada em julho de 2013, aproximadamente 60 dias após a

realização do treinamento vivencial de aprendizagem em equipe, com todos os participantes (gestor

e equipe). Nesta etapa foi feita uma análise comparativa entre a primeira e a segunda medição,

sendo que os gráficos e as recomendações da consultoria fizeram parte de um relatório entregue e

apresentado para os gestores na reunião de acompanhamento.

Gráfico 10 - 2ª medição Alfa Fonte: Pesquisa de campo - elaborado pela autora

Análise da 2ª medição:

Pode-se perceber uma melhora significativa no nivelamento das percepções entre o gerente

e sua equipe. Nas dimensões Liderança e Trabalho em equipe ambos apresentaram o mesmo nível

de percepção. A dimensão Confiança apresentou forte distorção na primeira medição. Esta está no

nível desejado, ou seja, a equipe está mais confiante na gerência. A dimensão Motivação dentre

todas é a que apresenta uma maior diferença da maneira como a equipe se posiciona com relação à

falta de oportunidades para o crescimento pessoal e profissional. Recomenda-se analisar como este

aspecto está sendo tratado pelo gestor com relação à sua equipe. Tanto os gestores como a equipe

avaliaram seus desempenhos como mediano.

106

3ª medição:

A terceira medição foi realizada em outubro de 2013, aproximadamente 180 dias após a

realização do treinamento vivencial de aprendizagem em equipe, com todos os participantes (gestor

e equipe). Nesta etapa foi feita uma análise comparativa entre a segunda e a terceira medição, sendo

que os gráficos e as recomendações da consultoria fizeram parte de um relatório entregue e

apresentado para os gestores na reunião de acompanhamento.

Gráfico 11 - 3ª medição Alfa Fonte: Pesquisa de campo - elaborado pela autora

Análise da 3ª medição:

Na terceira medição percebe-se uma aproximação nas percepções entre gerente e equipe em

todas as dimensões. Fato este muito positivo, entretanto, a dimensão Motivação ainda é a dimensão

que apresenta uma maior diferença dentre as demais. Ao analisar esta diferença verifica-se que o

aspecto determinante refere-se à falta de oportunidades para o crescimento exclusivamente

profissional. Como este pode estar relacionado às políticas da empresa, tal fato foi analisado

também junto à gerência de recursos humanos. Nesta medição, tanto o gerente como a equipe

identificaram uma melhora no desempenho de médio para bom.

107

4.5.1.1 Médias das 3 medições por dimensão

Após a tabulação das 3 medições empresa Alfa (vide Apêndice C), obteve-se a média

dos três resultados, conforme tabela abaixo:

Tabela 2 – Práticas gestor e equipe

DIMENSÕES

PRÁTICAS

Liderança

(desafiar o

estabelecido)

Trabalho em Equipe

(inspirar uma visão

compartilhada)

Orgulho e

Significado

(permitir que os

outros ajam)

Confiança

(apontar o

caminho)

Motivação

(encorajar

o coração)

MÉDIAS DAS 3 MEDIÇÕES POR DIMENSÕES ALFA

GERENTE 7,17 6,83 8,92 7,75 8,17

EQUIPE 6,99 6,49 8,01 6,66 6,52

MÉDIA 7,08 6,66 8,47 7,20 7,35

DIFERENÇA 0,17 0,34 0,90 1,09 1,64

Fonte: Relatório da Pesquisa de Campo

Análise da média das dimensões:

Neste consolidado pode-se afirmar que a média da percepção na visão do gerente

sempre esteve acima da percepção da sua equipe e, portanto, recomenda-se que a gerência

precisa estar atenta, apontando o caminho e encorajando a sua equipe.

4.5.2 Resultados das medições para a empresa Beta

1ª medição:

Realizada em fevereiro de 2013 nas instalações da empresa Beta. Esta etapa foi

realizada aproximadamente 30 dias antes da realização do treinamento vivencial que ocorreu

no período de 15 a 18 de março de 2013.

108

Gráfico 12 - 1ª medição Beta Fonte: Pesquisa de campo - elaborado pela autora

Análise da 1ª medição:

Nesta primeira medição as percepções da Beta não apresentaram distorções

significativas; entretanto, como a busca pela melhoria deve ser constante, alguns pontos

mereceram atenção, tais como: na dimensão Liderança a gerente considerou o desempenho da

equipe médio quanto a promover relações cooperativas entre as pessoas. Na dimensão

Trabalho em Equipe a gerente considerou média a atuação da equipe quanto ao trabalho em

prol da construção de algo importante para o todo. Apesar desses dois aspectos, tanto a

gerente como a equipe avaliaram o desempenho como bom.

109

2ª medição:

A segunda medição foi realizada em junho de 2013 aproximadamente 60 dias após a

realização do treinamento vivencial de aprendizagem em equipe, com todos os participantes

(gestor e equipe).

Gráfico 13 - 2ª medição Beta Fonte: Pesquisa de campo - elaborado pela autora

Análise da 2ª medição:

No gráfico da segunda medição observamos que apenas na dimensão motivação a gerente

apresentou uma percepção superior a da equipe; entretanto em todas as dimensões as diferenças

referentes as atuações são consideradas no mesmo nível de percepção. A equipe avalia a gerente

com alto desempenho nas dimensões de liderança e orgulho e significado. A gerente avaliou a

equipe de modo geral com um bom desempenho nas dimensões, exceto na dimensão motivação que

considerou a equipe como mediana. Nesta medição nenhuma percepção na análise das respostas foi

identificada acima do parâmetro de pequeno desnível de percepção e a sugestão foi de se avaliar

a tendência que se apresentará na próxima medição.

110

3ª medição:

A terceira medição foi realizada em setembro de 2013 aproximadamente 180 dias após

a realização do treinamento vivencial de aprendizagem em equipe, com todos os participantes

(gestor e equipe).

Gráfico 14 - 3ª medição Beta Fonte: Pesquisa de campo - elaborado pela autora

Análise da 3ª medição:

Na análise do gráfico percebe-se que a gerente e a equipe estão mantendo suas

percepções muito próximas nas curvas das dimensões. Percebe-se como destaque positivo que

ambos, gestor e equipe, avaliaram o desempenho no patamar alto da dimensão orgulho e

significado. O indicador avalia por parte da equipe o nível do orgulho em pertencer a equipe

com um todo e, por parte da gerente, o reconhecimento da contribuição do trabalho da equipe

para o resultado final da empresa. Com relação a dimensão motivação o indicador de bom

desempenho significa que ambos percebem que podem investir na oportunidade de

crescimento pessoal/profissional e na necessidade de ambiente um pouco mais motivador.

111

4.5.2.1 Médias das 3 medições por dimensão:

Após a tabulação das 3 medições da empresa Beta, vide apêndice D, obteve-se a média

dos 3 resultados por empresa conforme tabela abaixo:

DIMENSÕES

PRÁTICAS

Liderança

(desafiar o

estabelecido)

Trabalho em Equipe

(inspirar uma visão

compartilhada)

Orgulho e

Significado

(permitir que os

outros ajam)

Confiança

(apontar o

caminho)

Motivação

(encorajar

o coração)

MÉDIAS DAS 3 MEDIÇÕES POR DIMENSÕES BETA

GERENTE 8,50 7,83 8,83 8,17 7,08

EQUIPE 9,11 8,58 9,27 8,65 7,34

MÉDIA 8,81 8,21 9,05 8,41 7,21

DIFERENÇA -0,61 -0,74 -0,44 -0,48 -0,26

Tabela 3 – Práticas gestor e equipe Fonte: Relatório da Pesquisa de Campo

Análise da média das dimensões:

Nesta análise consolidada pela média das três dimensões, ratificou-se que a percepção da

visão da gerente esteve sempre abaixo da visão das percepções da equipe; entretanto, as

pontuações oscilaram entre percepções de desempenho bom e alto dentro do mesmo nível de

percepção.

4.6 FATOS RELEVANTES NO DIAGNÓSTICO DAS EMPRESAS

Os dados foram levantados através de entrevista individual junto ao responsável pelo

Departamento de Recursos Humanos, junto ao gestor da área solicitante e por amostragem

dos funcionários do setor em análise, bem como de observações realizadas através das visitas

às empresas.

O cuidado com a ética foi rigoroso nas entrevistas com os funcionários a fim de

verificar a veracidade dos dados, pois sabe-se que os funcionários tendem a omitir

informações por medo ou por falta de conhecimento e de esclarecimento sobre a importância

do levantamento para a realização de um trabalho comportamental.

112

4.6.1 Fatos relevantes na empresa Alfa

O diagnóstico abaixo é referente ao período de acompanhamento entre a primeira e

segunda medição.

Gerente oriundo da própria Equipe assumindo a função em 2012;

Gerente investindo no desenvolvimento de suas competências gerenciais (MBA e outros

cursos);

Realizado um ótimo diagnóstico pelo equipe de RH;

A equipe Alfa já tinha realizado outros três encontros onde foram tratadas as questões de

estrutura e demais assuntos internos, não comportamentais;

A equipe Alfa apresentou-se ansiosa por um encontro comportamental para encaminhar o

tratamento das questões identificadas no diagnóstico RH.

Os fatos relevantes ocorridos no período de acompanhamento entre a segunda e a

terceira medição foram:

Mudança do Gerente Geral;

Mudança na coordenação da Engenharia;

Entrada de novo empregado, que já havia passado pela Alfa e foi para outra unidade no

processo de mobilização voluntária;

Possível saída de determinado funcionário da Alfa. Processo em andamento e o sigilo

absoluto se faz necessário;

Deslocamento de determinado funcionário para suporte técnico junto à gerência.

4.6.2 Fatos relevantes na empresa Beta

O diagnóstico abaixo ocorreu no período de acompanhamento entre a primeira e

segunda medição.

A área foi recém-nominada como gerência;

Chegada de uma nova gerente;

Nova gerente entrando em licença maternidade nesta fase inicial;

Grupo com identidade em formação inicial;

Lideranças de processos sem identificação e aceitação;

Espaço físico não favorecendo a integração da equipe;

Equipe predominantemente formada por contratados (70% da Força de Trabalho).

113

Os fatos relevantes no período de acompanhamento entre a segunda e a terceira

medição foram:

Retorno da gerente da licença maternidade;

Mudança das instalações, reunindo toda a equipe no mesmo local;

Ótimo resultado da gerência na pesquisa de ambiência; foi a melhor colocada entre

todas as gerências da unidade;

Movimentação das pessoas dentro dos processos promovendo maior adaptação dos

perfis à atividade;

Realização de reuniões mensais com toda a equipe para a apresentação dos resultados

da gerência;

Nomeação de lideres informais para cada processo.

4.7 OPORTUNIDADES E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA AS EMPRESAS

4.7.1 Oportunidades para melhorias indicadas aos gestores

As equipes Alfa e Beta apresentaram um bom desempenho ao longo do treinamento de

aprendizagem em equipe. Em função disso, visando à melhoria das equipes e a continuidade

do processo de treinamento e de desenvolvimento de competências recomendou-se, para as

duas empresas treinadas, a observação dos seguintes pontos:

Continuar investindo nos eventos que promovam a integração das pessoas e equipes;

Utilizar os pontos tratados no treinamento de aprendizagem em equipe demonstrando

a continuidade do processo de Desenvolvimento de Equipe;

Incentivar a utilização dos conceitos trabalhados, tais como: PLOC, premiações com

chocolate Talento, controle do stress (“segurar a adrenalina”) e outros;

Continuar estreitando o relacionamento intra e inter departamental e a interação entre

as pessoas;

Incentivar o relacionamento aberto e transparente onde o diálogo e o feedback sejam

exercitados;

Incentivar a criatividade das equipes.

114

4.7.2 Recomendações técnicas para as empresas

As recomendações técnicas sugeridas pela consultoria constituem oportunidades de

melhorias identificadas no decorrer de todo o processo, ou seja, desde o período que

antecedeu a preparação para o treinamento, a sua aplicação e os acompanhamentos realizados

através das medições e reuniões com os gerentes de recursos humanos e da área solicitante.

4.7.2.1 Recomendações técnicas para os gestores da empresa Alfa

Período de acompanhamento entre a primeira e segunda medição.

Considerando-se os fatos relevantes identificados nesta etapa de medição e

acompanhamento, e com base no diagnóstico empresarial realizado pela gerência de RH,

entende-se que a presente medição espelhou o estágio da equipe Alfa antes do processo do

treinamento de aprendizagem em equipe.

Continuar investindo nos eventos que promovam a integração das pessoas e Equipes;

Utilizar os pontos tratados no treinamento de aprendizagem em equipe demonstrando

a continuidade do processo de Desenvolvimento de Equipe Incentivar a utilização dos

conceitos trabalhados como o PLOC, premiações com chocolate Talento, controle do

strees(“segurar a adrenalina”) e outros;

Continuar estreitando o relacionamento intra e inter departamental e a interação entre

as pessoas;

Incentivar o relacionamento aberto e transparente onde o diálogo e o feedback sejam

exercitados;

Incentivar a criatividade das equipes.

4.7.2.2 Recomendações técnicas para os gestores da empresa Beta

As percepções da equipe Beta (gerente e equipe) encontram-se próximas

demonstrando uma boa similaridade das leituras. A curva da gerente encontra-se abaixo da

avaliação da equipe em quatro das cinco dimensões da pesquisa. A dimensão motivação

encontra-se com o mesmo grau de percepção próximo. Apesar da peculiaridade do gráfico, a

percepção da equipe Beta (gerente e equipe) resultou em curvas quase que paralelas indicando

um bom grau de percepção de ambas as partes.

Considerando-se o resultado da 1ª medição Beta, recomendamos a gerente:

115

Promover realizações cooperativas entre os membros da equipe;

Promover maior interação entre as pessoas para a realização das atividades em

equipe;

Trabalhar a visão de construção coletiva;

Após a realização do treinamento de aprendizagem em equipe, reforçar os conteúdos

trabalhados, além da impressão e distribuição do material didático.

Considerando-se o resultado comparativo entre a primeira medição e a segunda

medição, pode-se perceber que:

A Equipe Beta apresentou crescimento em todas as cinco dimensões analisadas. Os

fatos relevantes tais como o retorno da gerente, as mudanças nas instalações físicas, a

movimentação das pessoas pelos processos, as reuniões mensais para a análise dos

resultados e a nomeação dos líderes informais por processo, repercutiram

positivamente na equipe Beta.

Considerando os resultados obtidos entre a segunda e a terceira medição,

recomendamos a gerente:

Manter as reuniões mensais para a análise dos resultados;

Comemorar as vitórias, mesmo as pequenas;

Reforçar a delegação de autoridade para os líderes informais;

Trabalhar os indicadores da pesquisa de ambiência para manter e melhorar o

excelente resultado obtido;

Reforçar os conceitos trabalhados no desenvolvimento de equipe, principalmente o

PLOC – Planejamento, Liderança, Organização e Controle.

4.8 TRIANGULAÇÃO A PARTIR DE ESTUDOS DE CASO SELECIONADOS

Utilizando-se do conceito de triangulação – mecanismo que permite a expansão do

entendimento analítico do método – foram selecionados dois estudos de caso de natureza

semelhante à pesquisa em análise, a fim de identificar os pontos em comum e estabelecer as

evidências entre os casos. O Quadro 12 abaixo descreve os estudos selecionados com foco no

treinamento vivencial ao ar livre . Não se pretende produzir uma visão unitária que se admita

como uma "verdade", já que a realidade é multifacetada e as possíveis "verdades" funcionam

apenas como um limite ou uma orientação.

116

Estudo

de Caso Autor / Título Instituição

1

(MOURA 2012)

"Eficácia das ações de Team building para

pequenas e médias empresas sob a perspectiva

do treinamento vivencial Uma análise do

fenômeno de influência de variáveis latentes

sobre o espírito de equipe".

UAL - Universidade Autônoma de

Lisboa

2

(REIS 2010)

"O treinamento experiencial e sua aplicação no

contexto corporativo: estudo comparativo entre

programas realizados nos Estados Unidos e no

Brasil."

Universidade FUMEC - Faculdade de

Ciências Empresariais - Belo Horizonte

Quadro 12 – Apresentação dos estudos de caso selecionados Fonte: Revisão da literatura

Os dois trabalhos foram discutidos e avaliados academicamente, trazendo

contribuições relevantes para as instituições em pauta. As dissertações selecionadas adotaram

como foco central o tema TEAL. O estudo de caso 1 abordou a metodologia do Team

Building. Segundo a definição do guia RH é uma dinâmica de grupo em área externa, onde os

participantes serão expostos a várias tarefas físicas desafiadoras, que são exemplos

comparativos dos problemas do dia-a-dia da empresa e tem como finalidade tornar uma

equipe integrada. Team Building. É, portanto, uma denominação utilizada para o TEAL.

Embora tenha sido aprovado por uma instituição de ensino em Portugal, o estudo de caso foi

realizado no Brasil em Maceió.

O estudo de caso 2 destaca-se por utilizar a mesma metodologia do TEAL em um

estudo comparativo entre duas realidades e países diferentes Brasil e Estados Unidos onde

surgiu o TEAL. Este estudo investigou uma opção ao treinamento comportamental

tradicional, avaliando a eficácia, de forma comparativa, da utilização do treinamento

experiencial no contexto corporativo. Foi realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa e

foi aplicado aos funcionários de uma empresa contratante do treinamento experiencial situada

em Houston, Estados Unidos, e em outra situada em Belo Horizonte, Brasil.

Ressalte-se que durante a revisão da literatura foram identificados outros estudos de

caso que abordam o tema, porém, considera-se que os estudos selecionados são suficientes

para evidenciar a triangulação iterativa.

117

O Quadro 13 associa os resultados dos estudos selecionados e suas contribuições junto

às questões de pergunta que se pretende responder a luz deste trabalho acadêmico:

Estudo de caso 1

MOURA( 2012)

Estudo de caso em

análise

Estudo de caso 2

REIS (2010)

Perspectivas Teóricas /Resultados Questões da Pesquisa Perspectivas Teóricas /Resultados

1)"O objetivo principal dessa

abordagem foi enfatizar a importância

desses temas para consecução dos

resultados obtidos no treinamento

vivencial, uma vez que o melhor

resultado obtido através dessa

ferramenta não terá chance alguma de

ser efetivo e/ou consistente para

empresa se não houver a orientação de

um planejamento, a prática de uma

comunicação interna clara e objetiva, o

controle e direcionamento de uma

liderança eficiente e uma cultura

organizacional lógica" (Moura, 2012,

2.6 p. 55).

1) É possível fornecer ao

gestor técnico elementos

que subsidiem de forma

sustentável a sua

habilidade em gerir

pessoas?

1)"têm o objetivo de trabalhar

comportamentos como liderança,

autoconfiança, solução de

problemas, processos de tomada de

decisão, entre outros. É um

treinamento que visa trabalhar o

fator comportamental dentro da

organização. O treinamento

especializado realizado ao ar livre

está em voga na América do Norte,

provendo treinamento para

organizações e pessoas, cada vez

com oferta maior de profissionais

especializados".

(Reis, 2010, p. 34)

2)"Em relação à modalidade, a

concepção defendida conduz o team

building para o âmbito do treinamento,

no qual o desenvolvimento profissional

e o processo de aprendizagem

acontecem por meio das características

presentes no treinamento vivencial,

onde se percebe diferenças em relação

à abordagem tradicional que são

importantes para a obtenção dos

resultados propostos pelo team

building, principalmente quanto ao

realce das forças internas de cada um

em detrimento de suas fraquezas, com

vistas a um melhor aproveitamento das

capacidades inerentes a todos".

(Moura, 2012 -2.6p.54).

2) Quais as vantagens para

a empresa adotar o TEAL

no desenvolvimento de

suas equipes?

2) "Atividades não- convencionais

praticados ao ar livre, com a

finalidade de desenvolver

determinadas habilidades (liderança,

superação de obstáculos, trabalho

em time, entre outros), em grupos de

trabalho, visando ao melhor

desempenho nas atividades

corporativas. Unir as pessoas em

torno de uma tarefa, na qual é

esperado que elas atinjam um

objetivo com esforço mútuo, ou

expor cada indivíduo a situações nas

quais a superação de obstáculos será

incentivada pelo grupo são exemplos

de objetivos de uma gama de

propostas de treinamento que

buscam conciliar objetivos e

118

atividades para gerar um ciclo de

aprendizado vivencial dirigido à

proposta do treinamento". (Reis,

2010, p. 15)

3)"O resultado da pesquisa confirma

que os anseios das pessoas que

participam de treinamentos ultrapassam

a proposta de um programa estático.

Essas pessoas buscam algo mais do

treinamento, elas buscam motivação,

valorização profissional,

desenvolvimento de equipe e

profissional e condições de aplicar o

que aprendeu no seu trabalho. A

verificação de que há uma relação forte

e direta entre as características do

programa de treinamento com o

espírito de equipe indica a importância

de treinar a partir de uma visão

sistematizada, observando as fases de

desenvolvimento e a necessidade de

uma efetiva ação de pós-treinamento.

Além disso, a apresentação do processo

de treinamento como o maior preditor

do espírito de equipe reforça a idéia de

que o tipo de treinamento, ou a sua

metodologia, é de grande importância

quando se pretende preparar e motivar

a equipe para o alcance de determinado

objetivo e/ou para aperfeiçoar a relação

humana vivenciada na empresa".

(Moura, 2012, p. 103).

3) O pós-treinamento influi

na perenidade dos

resultados alcançados no

treinamento?

3) "O treinamento é um meio para

desenvolver a força de trabalho nos

cargos ocupados nas organizações. É

também um processo educacional

que deve ser aplicado

sistematicamente, promovendo o

aprendizado de conhecimentos e

habilidades, visando a atingir

objetivos previamente estabelecidos.

No processo de treinamento,

transmitem-se conhecimentos

específicos inerentes ao trabalho e às

atribuições relacionadas a ele. Por

meio das atividades de treinamento,

desenvolvem-se mais qualidade e

habilidade nos indivíduos, com

vistas a alcançar objetivos

individuais e organizacionais".

(Reis, 2010, p.28)

Quadro 13 – Estudos sobre treinamento vivencial ao ar livre Fonte: Revisão da literatura

Com base nas informações constantes no Quadro 13, inicia-se a análise e

contribuições entre os estudos de caso. Apesar de contemplarem abordagens específicas, é

possível identificar semelhanças em determinados tópicos investigados, convergindo,

inclusive, nos resultados encontrados.

119

Quanto a pergunta se é possível fornecer ao gestor técnico (neste estudo entende-se

como técnico o gestor que não seja especificamente da área de RH), elementos que subsidiem

de forma sustentável a sua habilidade em gerir pessoas. Moura (2012) aborda a importância

de uma orientação de planejamento, comunicação clara, controle e direcionamento de uma

liderança eficiente e uma cultura organizacional lógica para que se obtenha resultados no

treinamento vivencial. Reis (2010), ressalta como objetivo importante trabalhar a liderança,

autoconfiança, solução de problemas, processo de tomada de decisão dentro da organização.

Esses temas são fundamentais para preparar e subsidiar os gestores técnicos a desenvolverem

melhor suas habilidades em lidar com os membros de sua equipe.

A segunda pergunta desta pesquisa propõe identificar vantagens para as empresas

optarem por um treinamento no formato do TEAL para o desenvolvimento de suas equipes.

Moura (2012) defende essa concepção quando considera que essa modalidade se percebe

diferenças entre a abordagem tradicional que são importantes para a obtenção dos resultados

propostos, principalmente quanto ao realce das forças internas de cada um em detrimento de

suas fraquezas, com vistas a um melhor aproveitamento das capacidades inerentes ao todo.

Para Reis (2010) as atividades praticadas nos treinamentos vivenciais ao ar livre, visam ao

melhor desempenho nas atividades corporativas, unindo as pessoas em torno de uma tarefa, na

qual é esperado que elas atinjam um objetivo com esforço mútuo, ou expondo cada indivíduo

a situações nas quais a superação de obstáculos será incentivada pelo grupo. No cenário atual,

em que cada vez mais, se espera que os funcionários sejam capazes de superar desafios e se

adaptarem às mudanças constantes, o desenvolvimentos dessas competências deve ser

valorizado nas equipes de trabalho.

A terceira pergunta da pesquisa, refere-se a etapa do pós treinamento, buscando

avaliar sua importância na perenidade dos resultados alcançados durante as etapas anteriores

até a execução do treinamento. Moura (2012) é clara quanto a importância de treinar a partir

de uma visão sistematizada, observando as fases de desenvolvimento e a necessidade de uma

efetiva ação de pós treinamento, quando se pretende preparar e motivas a equipe a equipe para

o alcance de determinado objetivo e/ou aperfeiçoar a relação humana na empresa. Reis (2010)

relaciona o treinamento como um processo educacional que deve ser aplicado

sistematicamente, promovendo o aprendizado e por meio das atividades se desenvolvem mais

qualidade e habilidades individuais para o alcance dos objetivos organizacionais.

Diferentemente da triangulação tradicional que frequentemente é simplificada na

comparação dos dados obtidos na pesquisa de campo, a triangulação interativa permite

mapear os principais achados de cada trabalho e estabelecer relações, reafirmando a inter-

120

relação entre as várias fontes de evidências, entretanto, não se pretende com isso legitimar um

método dominante ou o preferido pelo pesquisadora. A maior vantagem em adotar fontes

múltiplas de evidências está no desenvolvimento de linhas convergentes de investigação

(YIN, 2005), o que de fato pôde ser comprovado nesta análise.

O presente trabalho acadêmico, entretanto, trouxe uma abordagem distinta dos casos

selecionados no que tange aos objetivos propostos para o TEAL, abrangendo desde o

levantamento das necessidades de treinamento, planejamento, execução e avaliação, com o

uso das teorias envolvidas na atividade, até a preocupação em medir e acompanhar o pós-

treinamento. Etapa esta que não foi contemplada na proposta do estudo de caso dois e

recomendada pelo autor como sugestão para futuras pesquisas.

121

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

De acordo com os conceitos utilizados nesta pesquisa, a aprendizagem organizacional

pode ser entendida como o conjunto de mecanismos de aquisição, através dos quais os

colaboradores da empresa desenvolvem suas habilidades, conhecimentos e experiências, e de

mecanismos de conversão, através dos quais se dá a conversão da aprendizagem individual

em aprendizagem grupal ou organizacional, possibilitando assim a melhoria da performance

da organização.

Na análise da literatura existente sobre aprendizagem empresarial, constatou-se que na

opinião dos pesquisadores do tema, o desenvolvimento do capital humano da empresa tornou-

se o elemento chave para o sucesso e perenidade das mesmas em um mercado em constante

transformação. O ser humano é um complexo sistema de emoções e sentimentos que moldam

sua personalidade e afetam seu comportamento e, portanto, os processos de treinamento de

pessoas que alinham o conhecimento teórico com o comportamental (emoções e sentimentos)

através de exercícios e vivências práticas são muito mais efetivos.

A revisão da literatura revelou também que há um razoável consenso quanto ao fato de

que a empresa deve priorizar o treinamento de seus colaboradores, não apenas nos aspectos

técnicos e organizacionais necessários para a execução de suas atividades, mas também, e

principalmente, no desenvolvimento de competências imprescindíveis para que estes possam

colaborar efetivamente nos resultados da empresa.

Os modelos convencionais de aprendizado, em que somente o educador ocupa o palco,

são importantes em vários contextos, mas resultam num baixo coeficiente de memorização e

efetividade, pois quando o individuo se isola das próprias emoções e movimentos físicos, as

aulas ficam "descorporificadas" reduzindo o aproveitamento. Portanto, a própria literatura já

sinaliza as vantagens da adoção da realização de atividades vivenciais para o desenvolvimento

de equipes.

A segunda questão proposta pela pesquisa, indagava acerca das condições para o

gestor técnico adquirir habilidades sustentáveis em gestão de pessoas. O experimento

desenvolvido através do treinamento vivencial ao ar livre tomado como referência para a

pesquisa mostrou a necessidade do envolvimento pleno desse gestor, em todas as etapas do

processo. Essa é a maneira de garantir que o "método", em sua generalidade, se revista da

especificidade da experiência organizacional. Isso porque este gestor é uma figura que

encarna as características da organização, para o bem ou para o mal. Nesse sentido, o

122

treinamento não apenas exercita a realidade tal como ela se manifesta, como também está apto

a transformá-la na medida que envolve e compromete suas instâncias tomadoras de decisão.

O próprio diagnóstico inicial, quando é feita a primeira medição, já sinaliza um grau

de proximidade e integração entre a equipe e o gestor técnico, ao fornecer percepções iniciais

ao longo das cinco dimensões avaliadas (liderança, trabalho em equipe, orgulho e significado,

confiança e motivação). Este momento problematiza a questão da relação do gestor técnico

com sua equipe, deixando claro desde o início a necessidade de ajustes, aperfeiçoamentos e

reestruturações. Ou seja, o gestor passa a perceber que a dimensão humana é significativa na

obtenção de resultados técnicos.

Na seqüência, durante o treinamento, relações vão sendo aprofundadas, postas em

evidência, repactuadas, enfim, uma nova forma de convivência vai se construindo. Aqui

também estão presentes elementos que podem subsidiar as habilidades de gestão de pessoas.

Além disso, existem ainda duas medições, nas mesmas dimensões anteriores, cujo papel é

garantir o aprofundamento e afunilamento das experiências transformadoras.

Ocorre porém, que mudanças sociais podem retroagir, caso não tenha sido atingido um

grau suficiente de mudança "plástica" do processo. Ou seja, a mudança pode ter sido apenas

elástica, voltando ao ponto de partida tão logo a força que a causou é retirada. Daí porque é

fundamental o acompanhamento pós-treinamento. Aqui reside um diferencial significativo

que a pesquisa revelou em relação às práticas correntes de utilização do método. Não se trata

de um novo método mas de um método levado até as suas últimas potencialidades.

Finalmente, cabe alertar para o prejuízo que tem sido provocado às abordagens

vivenciais pelo uso banalizado dos métodos e atividades, dissociados de objetivos bem

identificados e de profissionais capacitados para o suporte e acompanhamento de todo o

processo. O prejuízo mais comum tem sido decorrente da utilização como brincadeira, lazer

ou por mero modismo, causando, muitas vezes, perda de credibilidade e sua consequente

incapacidade de resolução das demandas organizacionais.

Um fator importante na construção da eficácia do treinamento vivencial trata do

conhecimento da organização, dos seus desafios, bem como dos objetivos estratégicos. Tal

conhecimento é fundamental para a construção das devidas conexões, sem as quais não é

possível construir-se conhecimento ou capacitação sustentável e de longo prazo. Dispensável

dizer que o profissionalismo deve ser pano de fundo de todo o processo. A experiência da

pesquisa pode constatar o grau de descrédito que pode ser causado por uma implementação

mal conduzida. Os próprios participantes, ao término do treinamento, foram quase unânimes

em revelar sua surpresa com os resultados alcançados, tendo em vista as baixas expectativas

123

causadas pela experiência de implementações anteriores, conforme depoimentos transcritos

no apêndice F.

Por fim torna-se importante enfatizar que a abrangência do papel do treinamento na

empresa moderna não se restringe apenas em oferecer condição para que o empregado melhor

se capacite ou se desenvolva. É sua função estimular motivação capaz de intervir na

organização e no processo produtivo. Só entendendo assim, pode-se dar à empresa o que ela

espera - força capaz de ajudá-la na árdua tarefa de maximizar resultados, minimizando os

custos e otimizando o potencial das pessoas, tornando-as mais eficientes e eficazes.

Recomendações futuras

Particularmente no Brasil, existe uma importante lacuna de trabalhos acadêmicos para

a medição da eficácia de atividades de TEAL.

Pesquisas subsequentes poderiam avaliar a eficácia dos outros modelos de treinamento

para o desenvolvimento comportamental de equipes, dado que, neste trabalho,

enfocou-se somente o treinamento vivencial e seria uma importante contribuição

termos mais estudos que priorizassem todas as etapas tradicionais de treinamento.

Multiplicação e integração de diferentes mídias, tornando o treinamento mais versátil e

atraente para os diferentes perfis e gerações;

Ênfase nos programas de T&D com foco em liderança;

Mudança nos critérios de indicadores que norteiam os investimentos em T&D,

buscando a relação do T&D nos resultados do negócio.

124

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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133

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO EQUIPE

Utilizado nas empresas Alfa e Beta

INSTRUÇÕES

Nas próximas páginas você encontrará 20 afirmativas descrevendo várias situações (afirmações)

ligadas ao Trabalho em Equipe. Por favor, leia cada uma cuidadosamente. Após, veja a escala de

pontuação e decida qual a pontuação que você atribuirá para a afirmação.

A escala a ser utilizada é a seguinte:

1 = Nunca

2 = Raramente

3 = Esporadicamente

4 = Uma certa vez

5 = Ocasionalmente

6 = De vez em quando

7 = Regularmente

8 = Usualmente

9 = Muito freqüentemente

10 = Sempre

Ao selecionar cada resposta, seja preciso sobre como você tem percebido a afirmativa atualmente. Não

responda pensando no “como você gostaria que a Empresa ALFA OU BETA ou Beta fosse”.

Para cada afirmativa escolha um número correspondente dentro da escala apresentada e escreva este número

no espaço em branco, a esquerda da afirmativa.

Muito importante:

Após analisar todas as 20 afirmativas, repasse os números para

o quadro de respostas e envie, somente o quadro de resposta

preenchido, para [email protected] .

Para cada afirmativa abaixo, escolha o número que melhor se aplica ao seu

comportamento

1 = Nunca

2 = Raramente

3 = Esporadicamente

4 = Uma certa vez

5 = Ocasionalmente

6 = De vez em quando

7 = Regularmente

8 = Usualmente

9 = Muito freqüentemente

10 = Sempre

134

1 - Na EMPRESA ALFA OU BETA, o Gerente dá o exemplo do comportamento que espera dos

outros.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

2 - Na EMPRESA ALFA OU BETA existe um ambiente de cooperação entre as pessoas.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

3 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas trabalham com orgulho de pertencer a essa equipe.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

4 - A EMPRESA ALFA OU BETA possui grande credibilidade junto a seus colaboradores.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

5 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas trabalham motivadas.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

6 - Na EMPRESA ALFA OU BETA, o Gerente promove relações cooperativas entre as pessoas que

aqui trabalham.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

7 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas interagem para a organização do trabalho.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

8 - Na EMPRESA ALFA OU BETA o nosso trabalho possui uma grande contribuição para a empresa

holding.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

9 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas são tratadas de forma justa e objetiva.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

10 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

pessoal.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

11 - Na EMPRESA ALFA OU BETA, o Gerente investe tempo e energia para estar seguro de que as

pessoas estejam alinhadas com os princípios e normas da empresa.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

12 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas compartilham as informações para benefício mútuo.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

13 - Sinto-me orgulhoso em trabalhar na EMPRESA ALFA OU BETA.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

14 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas confiam umas nas outras.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

15 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

profissional.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

16 - Na EMPRESA ALFA OU BETA, o Gerente procura formas de celebrar nossas realizações e

conquistas.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

135

17 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas trabalham como se estivessem construindo algo

importante em conjunto.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

18 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas percebem a contribuição do nosso trabalho para o

resultado final da empresa holding.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

19 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas são desafiadas a buscar níveis de desempenho mais

elevados.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

20 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas encontram um ambiente motivador.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

RESPOSTAS EQUIPE

21.

22. 23. 24. 25.

26.

27. 28. 29. 30.

31.

32. 33. 34. 35.

36.

37. 38. 39. 40.

136

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO GESTOR

Utilizado nas empresas Alfa e Beta

INSTRUÇÕES

Para cada afirmativa abaixo, escolha o número que melhor se aplica ao seu comportamento.

1 = Nunca

2 = Raramente

3 = Esporadicamente

4 = Uma certa vez

5 = Ocasionalmente

6 = De vez em quando

7 = Regularmente

8 = Usualmente

9 = Muito freqüentemente

10 = Sempre

1 - Eu dou o exemplo do comportamento que espero dos outros. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

2 - Na EMPRESA ALFA OU BETA existe um ambiente de cooperação entre as pessoas. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

3 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas trabalham com orgulho de pertencer a essa equipe. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

4 - AEMPRESAALFA OU BETA possui grande credibilidade junto a seus colaboradores. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

5 - Na EMPRESAALFA OU BETA as pessoas trabalham motivadas.

Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

6 - Eu promovo relações cooperativas entre as pessoas que trabalham comigo. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

7 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas interagem para a organização do trabalho. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

8 - Na EMPRESAALFA OU BETA o nosso trabalho possui um grande significado para a empresa. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

9 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas são tratadas de forma justa e objetiva. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

10 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

pessoal. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

11 - Eu invisto tempo e energia para estar seguro de que as pessoas estejam alinhadas com os

princípios e normas da empresa holding. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

12 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas compartilham as informações para benefício mútuo. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

137

13 - Sinto-me orgulhoso em trabalhar na EMPRESA ALFA OU BETA. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

14 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas confiam umas nas outras. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

15 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

profissional. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

16 - Eu procuro formas de celebrar nossas realizações e conquistas. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

17 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas trabalham como se estivessem construindo algo

importante em conjunto. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

18 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas percebem a contribuição do nosso trabalho para o

resultado final da empresa. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

19 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas são desafiadas a buscar níveis de desempenho mais

elevados. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

20 - Na EMPRESA ALFA OU BETA as pessoas encontram um ambiente motivador. Nunca ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 Sempre

RESPOSTAS do gestor

1.

2. 3. 4. 5.

6.

7. 8. 9. 10.

11.

12. 13. 14. 15.

16.

17. 18. 19. 20.

138

APÊNDICE C -

TABULAÇÃO DAS RESPOSTAS DA PESQUISA DE CAMPO EMPRESA ALFA

EMPRESA ALFA

EQUIPE 1ª Medição -

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 7 8 9 7 7 7 9 10 8 7 7 5 10 7 6 7 5 5 6 5

2 10 5 10 7 5 3 2 10 3 3 8 8 8 5 3 2 3 8 2 2

3 1 4 2 10 2 2 2 10 2 2 2 2 10 5 2 1 3 1 1 1

4 7 5 7 8 5 6 3 10 5 8 7 4 10 5 10 7 4 5 7 6

5 8 8 9 7 7 8 7 9 6 8 8 8 10 8 6 7 8 8 7 7

6 8 5 9 6 6 5 3 7 5 5 6 6 9 5 3 5 5 8 7 6

7 7 5 9 6 7 6 6 9 4 6 7 5 10 3 6 6 6 9 9 5

8 6 6 8 7 8 8 6 10 6 8 9 7 10 2 4 7 7 9 6 2

9 8 6 5 7 6 6 5 7 6 6 7 6 9 6 6 7 6 6 7 6

10 7 6 6 7 6 6 6 6 6 6 6 7 10 6 6 7 6 7 6 6

11 6 5 6 7 6 5 5 10 5 6 7 5 8 6 6 4 3 5 6 5

12 7 6 6 7 3 2 7 10 6 9 2 9 10 6 8 6 10 6 6 6

13 9 7 7 2 7 2 7 9 1 2 7 2 5 2 7 5 5 7 2 2

14 5 5 4 3 7 6 6 10 5 7 7 7 10 6 8 7 7 5 7 4

15 9 7 8 7 6 6 5 8 6 7 8 5 10 5 6 6 5 5 2 5

16 10 9 7 6 5 5 2 6 7 6 10 2 9 5 5 5 3 10 5 2

17 10 8 6 8 3 5 7 10 2 2 9 2 10 6 2 9 5 5 2 1

18 8 8 7 9 7 9 9 10 8 7 9 7 9 6 6 8 9 10 6 7

19 9 6 5 7 6 6 5 10 7 8 8 5 10 6 9 9 5 6 8 6

20 5 3 8 3 5 6 4 9 5 5 5 2 10 4 5 4 4 9 8 5

21 8 7 6 7 7 9 7 10 9 10 10 7 10 5 9 10 9 9 10 9

22 9 6 9 8 7 7 7 9 6 8 9 6 10 6 8 9 8 8 9 6

23 9 7 7 5 6 3 7 7 8 6 7 5 10 6 8 8 6 6 8 7

24 3 5 6 6 3 1 5 6 5 3 5 6 8 3 6 5 5 7 6 3

25 6 6 6 9 6 6 6 9 6 6 6 6 6 9 6 6 6 6 6 6

26 5 7 7 5 3 2 6 9 2 2 6 7 10 5 3 2 7 7 5 3

27 9 3 10 2 2 3 6 10 2 10 6 3 7 6 6 2 7 9 9 5

139

28 9 7 8 5 3 3 2 9 5 5 3 3 10 5 7 4 3 2 2 2

29 9 9 8 9 8 8 9 9 8 8 10 9 10 7 9 9 8 8 9 8

30 10 6 10 10 7 6 6 10 10 10 10 5 10 6 10 5 4 6 8 6

31 9 7 5 7 4 7 6 6 6 5 8 6 9 6 5 8 5 5 5 4

32 6 5 6 7 4 5 6 8 5 5 6 5 10 5 4 7 8 7 7 6

33 2 5 5 3 3 3 4 9 4 5 4 4 10 4 4 3 4 5 7 3

34 9 5 6 7 5 7 5 7 6 10 9 5 10 5 9 7 5 6 7 7

35 9 7 8 7 7 6 6 10 8 8 6 7 10 8 9 8 7 8 8 7

36 9 9 10 7 8 9 8 8 8 10 10 5 10 5 10 10 7 8 9 9

37 9 7 6 7 7 6 8 9 8 8 6 5 8 7 8 6 6 8 8 6

38 10 6 10 10 9 10 7 8 8 10 10 7 10 8 10 8 9 9 10 8

39 10 9 7 10 8 9 8 10 9 9 9 8 10 6 8 9 8 9 10 9

40 5 7 10

10 7 10 10 10 10 7 10 9 5 5 5 5 5 5 5

TOTAL 302 252 288 262 231 226 235 353 236 266 286 223 374 221 258 250 236 272 258 208

MÉDIA 7,55 6,30 7,20 6,55 5,78 5,65 5,88 8,83 5,90 6,65 7,15 5,58 9,35 5,53 6,45 6,25 5,90 6,80 6,45 5,20

GERENTE

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 9 7 9 9 8 7 6 10 8 9 8 6 10 7 9 6 7 8 8 8

MÉDIA 9,00 7,00 9,00 9,00 8,00 7,00 6,00 10,00 8,00 9,00 8,00 6,00 10,00 7,00 9,00 6,00 7,00 8,00 8,00 8,00

140

EMPRESA ALFA

EQUIPE

2ª Medição -

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 8 5 8 5 6 3 2 3 6 6 7 6 6 2 2 7 1 10 5 2

2 8 7 8 6 6 7 6 8 5 5 6 5 10 6 6 7 6 9 8 7

3 4 3 4 4 2 3 4 8 5 7 4 2 9 5 7 3 6 6 6 3

4 7 3 6 7 5 6 3 6 6 7 7 6 10 5 6 7 5 5 6 3

5 7 6 8 8 8 7 6 10 7 8 7 7 10 6 10 8 6 8 6 6

6 9 9 9 8 8 10 9 10 8 8 10 8 10 8 8 9 9 10 8 8

7 2 9 5 5 5 2 2 5 8 6 6 6 6 6 2 6 6 6 5 6

8 10 6 7 9 7 8 6 10 8 9 10 7 10 5 9 7 6 7 8 6

9 8 7 6 6 7 7 7 8 7 7 7 6 10 7 7 7 7 7 6 6

10 8 8 7 7 7 7 9 8 1 8 10 6 10 7 5 9 6 8 6 3

11 6 6 7 5 5 3 2 5 5 5 5 5 6 7 5 5 5 5 3 3

12 10 9 10 9 8 8 10 10 9 9 10 7 10 9 9 10 9 8 8 9

13 9 9 9 10 6 10 9 10 9 9 10 7 9 9 10 9 9 10 10 9

14 9 8 7 8 6 7 7 9 8 9 8 7 10 8 9 8 7 8 7 7

15 8 9 9 8 7 8 6 10 7 9 7 7 9 7 8 8 6 7 7 7

16 7 5 10 6 5 6 5 7 6 6 9 6 9 7 6 7 5 6 8 5

17 7 7 9 7 5 6 8 9 6 6 7 6 10 6 6 6 8 8 7 6

18 8 8 9 9 7 9 7 10 8 7 9 8 10 8 7 8 8 7 8 7

19 10 9 9 9 7 9 9 10 10 10 10 7 10 9 9 9 9 10 10 6

20 7 6 8 9 6 3 6 10 3 5 6 5 10 3 9 3 6 9 3 4

21 9 8 7 7 6 7 6 7 6 7 8 7 9 7 8 8 7 8 7 6

22 8 7 9 10 7 5 7 10 6 10 8 7 10 6 6 10 8 9 10 6

23 6 7 7 5 3 2 5 8 3 2 4 6 8 6 8 2 6 5 4 3

24 7 8 6 6 6 6 7 9 5 9 8 6 10 8 5 7 7 7 9 9

25 6 7 3 3 6 3 3 7 2 5 3 2 9 3 3 2 3 3 3 2

26 7 6 9 9 2 4 2 9 2 7 7 3 10 7 2 6 3 7 6 2

27 7 6 9 8 8 8 8 8 6 8 8 8 9 6 9 8 8 8 10 9

28 9 8 9 10 6 1 7 9 6 6 8 8 9 7 7 7 9 8 7 8

29 8 8 7 8 7 7 7 7 6 8 6 6 10 5 5 3 2 5 5 5

30 4 6 8 7 9 8 7 9 6 7 8 7 10 9 8 8 8 8 9 5

141

31 7 6 3 6 5 8 2 6 5 8 9 7 9 8 7 10 9 7 9 6

32 8 7 7 7 8 7 3 8 4 8 9 8 10 8 7 7 7 7 8 9

33 9 6 8 9 8 6 7 6 8 5 8 9 9 5 7 9 6 7 7 9

34 6 5 7 8 6 8 6 9 7 2 7 5 10 6 5 6 5 7 6 6

35 7 2 7 5 7 7 8 3 5 6 7 7 9 7 5 6 8 9 6 6

36 7 6 5 6 7 6 9 8 7 9 8 8 9 9 7 9 7 9 8 7

37 9 9 6 6 8 7 7 8 5 5 8 7 9 9 7 9 5 8 7 6

38 5 8 6 6 6 9 3 7 8 9 7 6 8 9 6 3 6 7 5 5

39 10 8 7 7 5 5 7 8 7 8 9 8 9 7 6 7 6 7 6 7

40 6 8 5 5 4 4 6 8 9 7 8 7 9 7 7 5 5 7 6 6

TOTAL 297 274,5 290 282,7 247 247 240 320 244,5 281,5 302,8 255,5 368,5 269 264,5 274,5 254,5 297 272,8 234,5

MÉDIA 7,43 6,86 7,25 7,07 6,18 6,18 6,00 8,00 6,11 7,04 7,57 6,39 9,21 6,73 6,61 6,86 6,36 7,43 6,82 5,86

GERENTE

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 5 5 8 8 6 8 7 10 8 9 8 7 10 6 9 7 7 8 7 7

MÉDIA 5,00 5,00 8,00 8,00 6,00 8,00 7,00 10,00 8,00 9,00 8,00 7,00 10,00 6,00 9,00 7,00 7,00 8,00 7,00 7,00

EMPRESA ALFA

EQUIPE

3ª Medição -

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 7 9 7 7 5 5 7 6 6 6 8 5 10 4 4 6 8 9 7 5

2 8 9 7 6 7 6 7 6 5 10 8 7 9 5 5 7 8 8 8 9

3 6 8 9 6 3 6 7 5 5 5 8 6 9 6 9 9 7 8 9 7

4 7 9 9 7 9 5 8 7 6 9 9 6 9 8 7 7 8 9 5 8

5 8 9 9 7 9 7 9 8 7 7 6 5 8 7 6 9 8 10 9 8

6 7 9 7 5 6 8 9 6 8 7 2 7 10 7 7 8 3 10 6 7

7 5 6 6 5 6 5 7 6 8 6 5 7 8 6 8 6 9 5 2 7

8 9 9 5 7 9 6 7 7 8 9 6 8 9 8 6 7 6 10 5 8

142

9 8 6 8 7 7 7 7 8 7 8 7 7 8 8 7 8 8 8 8 5

10 7 9 8 7 10 9 7 9 1 7 6 3 9 5 8 9 6 8 8 5

11 7 7 9 8 8 8 8 9 5 4 6 8 9 9 8 7 9 5 7 8

12 6 7 5 5 3 2 5 5 9 8 8 7 10 7 7 7 7 10 8 6

13 8 9 7 7 7 9 8 7 9 9 8 9 10 6 1 7 9 10 6 8

14 8 9 6 9 8 8 8 10 8 10 6 9 8 8 8 8 8 9 8 5

15 3 7 7 2 6 3 7 9 9 9 9 9 9 2 7 9 9 10 7 7

16 2 9 3 6 2 3 3 10 9 9 7 6 10 6 8 8 7 7 5 3

17 6 10 8 7 7 7 5 9 10 7 8 4 9 6 6 7 9 9 9 5

18 6 8 6 8 2 9 5 10 8 6 9 5 9 9 2 5 8 10 2 4

19 9 6 6 9 10 8 9 10 10 8 7 6 10 9 5 6 6 10 10 7,8

20 9 9 7 8 8 9 8 7 8 9 9 7 9 6 7 6 7 10 7 8

21 8 6 3 9 3 8 7 3 6 7 9 8 9 6 3 6 8 7 5 6

22 9 8 9 9 9 9 6 10 6 10 9 9 9 10 9 9 7 10 10 5

23 8 7 8 7 8 8 7 8 3 8 10 9 9 7 9 6 6 8 7 5

24 8 4 6 8 6 8 8 7 6 9 7 9 10 5 9 8 9 9 6 7

25 8 9 7 8 7 7 6 8 2 9 5 6 9 5,5 8 5 7 7 6 9

26 8 9 7 8 8 6 7 10 8 9 9 9 9 7 8 6 6 7 9 7

27 8 7 6 9 8 10 8 7 9 9 7 7 9 9 9 7 9 8 9 8

28 9 9 9 10 9 9 8 10 9 9 9 9 10 9 5 9 7 9 9 7

29 7 5 9 9 10 9 8 8 9 10 10 8 9 8 8 6 8 7 9 7

30 9 6 7 7 5 9 5 9 9 7 9 7 9 9 9 8 5 6 10 5

31 10 6 7 5 9 6 8 10 5 8 9 7 10 7 7 9 8 6 8 6

32 8 7 7 9 7 7 6 9 4 9 10 6 10 9 9 7 8 8 9 7

33 7 8 5 9 7 9 7 8 8 10 9 7 9 9 8 6 7 6 9 7

34 6 6 6 8 6 9 6 10 7 9 9 5 10 8 6 6 5 7 6 6

35 8 7 8 8 9 9 5 8 5 9 9 9 9 8 8 9 6 7 8 6

36 7 8 6 10 8 6 8 7 7 9 9 8 9 8 7 6 7 8 8 7

37 6 7 5 7 7 9 5 9 10 9 10 6 10 5 6 3 6 7 7 7

38 2 9 5 8 3 6 6 9 8 10 9 4 10 2 7 4 8 9 7 4

39 8 6 6 9 8 6 6 8 10 8 7 8 9 6 7 6 8 8 5 7,5

40 9 6 2 9 7 8 7 8 9 8 9 8 10 6 8 8 3 9 6 7

TOTAL 288,8 303,5 267 298 275,5 287 275 319,8 286 329 315,5 280 370 275,5 275,5 280 287,5 328 288,8 261,3

143

MÉDIA 7,22 7,59 6,68 7,45 6,89 7,18 6,88 8,00 7,15 8,23 7,89 7,00 9,25 6,89 6,89 7,00 7,19 8,20 7,22 6,53

GERENTE

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 6 8 8 9 7 7 7 8 8 9 8 7 10 7 9 7 8 8 8 8

MÉDIA 6,00 8,00 8,00 9,00 7,00 7,00 7,00 8,00 8,00 9,00 8,00 7,00 10,00 7,00 9,00 7,00 8,00 8,00 8,00 8,00

144

APÊNDICE D -

TABULAÇÃO DAS RESPOSTAS DA PESQUISA DE CAMPO EMPRESA BETA

EMPRESA BETA

EQUIPE 1ª Medição -

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 9 9 8 7 7 9 7 9 9 6 10 9 10 6 8 9 8 9 8 8

2 8 7 8 8 7 8 8 10 7 7 8 7 9 7 8 7 8 8 7 7

3 7 9 9 7 9 10 7 9 9 7 10 9 10 7 7 7 7 10 9 9

4 10 8 9 7 9 9 7 10 9 8 10 8 9 10 6 8 9 9 7 9

5 10 7 9 9 8 9 9 10 9 7 9 7 10 7 9 7 7 9 7 8

6 9 9 9 7 9 9 9 10 9 7 10 9 9 7 7 7 7 9 8 8

7 9 9 9 8 9 9 8 9 9 7 9 8 9 7 8 7 7 9 9 7

8 10 8 10 7 8 10 9 10 8 8 10 8 10 8 7 8 8 9 8 8

9 10 8 9 7 9 9 8 10 9 8 9 8 9 7 8 8 9 9 10 8

10 10 7 9 7 9 9 9 9 9 10 9 7 9 8 8 7 7 7 9 8

11 10 8 9 7 7 9 7 10 8 8 9 8 10 6 8 8 9 9 8 8

12 9 8 8 7 8 8 10 10 8 7 8 8 8 6 7 7 8 8 9 7

13 10 8 9 8 8 9 9 10 8 8 8 8 9 8 8 8 7 9 10 8

14 10 8 8 7 8 8 8 10 8 7 8 8 10 7 7 7 9 8 9 8

15 9 8 9 7 9 9 8 9 9 8 8 8 9 6 7 8 8 8 7 8

16 10 7 9 8 6 9 8 9 10 8 8 8 10 8 8 7 9 9 9 9

17 10 8 7 7 8 7 10 10 8 8 8 8 8 7 10 8 9 8 9 6

18 9 8 8 6 8 8 8 10 8 7 9 8 9 8 7 8 8 8 9 6

19 9 7 8 7 7 8 10 9 8 7 9 7 10 7 8 7 7 8 9 2

20 10 9 7 7 9 7 7 10 9 8 9 9 10 6 8 8 7 7 7 10

21 9 9 8 8 7 8 8 9 9 7 7 9 9 8 8 8 7 8 6 9

22 9 8 8 7 8 8 7 10 8 7 8 8 8 8 8 8 8 8 7 10

23 9 9 8 8 9 8 8 9 10 8 9 9 10 9 8 8 9 8 7 9

24 10 8 8 7 7 8 9 10 9 7 9 8 10 6 7 7 8 8 9 9

25 10 9 9 8 9 8 8 9 9 8 9 9 9 9 8 7 9 9 7 8

26 10 9 8 7 9 7 9 9 9 8 9 9 9 7 9 7 9 8 8 7

145

27 10 9 8 8 9 8 8 10 9 8 8 9 9 9 8 7 9 8 7 2

28 9 8 8 8 8 8 8 8 10 7 8 9 9 10 8 7 8 7 7 5

29 9 9 9 7 9 9 9 9 9 8 9 9 10 9 7 8 9 8 7 1

30 10 9 9 7 6 9 9 9 10 7 7 9 9 6 8 7 9 9 7 2

31 8 9 7 7 9 7 7 10 9 9 8 7 10 6 7 9 9 8 7 6

32 10 9 8 8 9 8 8 10 9 9 7 10 10 9 7 7 9 8 8 10

33 10 9 9 7 8 9 7 9 7 7 9 9 10 7 7 7 7 7 7 9

34 8 8 9 7 6 7 9 9 9 8 7 8 10 8 7 8 7 9 7 9

35 10 9 7 6 9 9 10 9 8 10 9 9 10 8 8 7 9 8 8 8

TOTAL 329 291 294 255 284 294 290 332 305 269 301 291 329 262 269 263 284 291 277 256

MÉDIA 9,40 8,30 8,40 7,30 8,10 8,40 8,30 9,50 8,70 7,70 8,60 8,30 9,40 7,50 7,70 7,50 8,10 8,30 7,90 7,30

GERENTE

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 9 8 8 7 7 6 7 10 9 8 9 8 8 7 8 8 6 7 7 7

MÉDIA 9,00 8,00 8,00 7,00 7,00 6,00 7,00 10,00 9,00 8,00 9,00 8,00 8,00 7,00 8,00 8,00 6,00 7,00 7,00 7,00

146

EMPRESA BETA

EQUIPE 2ª Medição -

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 9 9 9 9 10 10 9 9 9 10 9 9 9 8 8 10 9 9 9 8

2 10 7 8 8 8 9 8 9 9 8 10 8 8 10 9 10 8 10 8 10

3 9 9 7 10 10 10 7 10 10 8 9 10 8 9 9 9 7 9 10 10

4 10 9 10 9 10 9 10 10 9 7 10 9 9 9 8 9 10 10 10 10

5 10 9 9 9 9 10 10 10 8 9 10 9 9 9 7 9 10 9 9 9

6 10 9 10 9 10 9 9 8 9 9 10 9 9 10 9 9 9 10 9 10

7 9 9 10 9 9 9 9 9 9 8 9 9 9 9 9 9 9 9 10 10

8 10 8 9 10 10 10 10 10 10 9 10 10 10 8 8 10 10 10 9 9

9 10 9 10 9 9 9 10 10 9 8 10 9 10 9 8 10 10 10 8 10

10 9 9 10 9 9 9 7 10 9 9 9 9 9 10 7 10 10 9 9 10

11 10 8 10 9 9 10 10 10 10 9 10 9 10 9 8 9 10 10 9 10

12 10 8 9 8 8 8 9 10 8 10 10 8 9 8 8 9 9 9 10 10

13 10 8 10 9 8 9 10 10 9 9 10 9 9 9 8 10 10 8 9 9

14 10 8 10 10 8 10 10 10 10 10 10 8 9 8 8 8 10 7 10 9

15 7 9 9 9 8 9 9 10 9 9 7 9 9 9 8 9 9 9 8 7

16 9 10 10 9 8 10 10 10 10 8 9 9 9 9 7 10 9 9 8 9

17 10 8 10 10 8 8 10 10 8 10 10 7 7 7 8 9 7 10 10 7

18 10 8 9 8 9 9 9 9 9 8 10 8 9 8 8 9 8 10 8 8

19 10 7 9 8 9 10 9 9 10 10 10 8 9 8 7 9 6 9 10 8

20 10 9 10 9 9 10 10 10 8 7 10 7 8 7 9 9 9 10 10 9

21 10 9 9 8 10 9 9 10 9 10 10 8 9 8 9 10 8 9 8 9

22 10 8 9 8 8 8 9 10 8 7 10 8 9 7 8 9 7 10 10 10

23 10 9 9 8 9 10 9 10 9 8 10 8 9 8 9 10 9 9 8 8

24 10 9 9 8 9 10 9 10 10 9 10 8 10 8 8 9 9 10 9 5

25 10 9 10 8 9 9 9 10 9 8 10 9 9 8 9 10 9 9 8 8

26 10 9 8 9 9 8 7 10 9 9 10 8 9 7 9 9 9 9 9 9

27 9 9 10 8 8 9 8 10 9 8 9 8 10 8 9 10 7 10 8 8

28 10 8 9 8 8 9 8 9 9 8 10 8 9 8 10 9 9 8 10 8

29 9 9 9 9 9 10 9 10 10 9 9 9 9 9 9 10 9 8 9 8

30 10 9 10 9 10 9 9 10 9 9 10 9 10 9 8 10 9 9 9 9

31 9 9 8 10 8 10 8 9 8 9 9 7 8 7 9 8 8 9 10 6

147

32 10 9 10 8 7 10 8 10 10 8 10 8 9 8 10 9 9 9 8 10

33 10 10 9 9 9 10 9 9 10 7 10 9 9 9 9 9 8 9 10 9

34 8 8 9 10 7 10 8 10 9 9 9 9 8 8 9 10 9 9 9 9

35 10 10 9 9 9 10 9 10 9 10 10 9 10 9 8 8 9 9 10 9

TOTAL 337 304 325 309 307 328 313 340 319 303 338 298 315 294 294 326 307 322 318 307

MÉDIA 9,62 8,69 9,28 8,83 8,76 9,38 8,93 9,72 9,10 8,66 9,66 8,52 9,00 8,41 8,41 9,31 8,76 9,21 9,10 8,76

GERENTE

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 9 8 9 7 9 9 8 10 9 8 9 8 9 8 9 8 8 8 9 9

MÉDIA 9,00 8,00 9,00 7,00 9,00 9,00 8,00 10,00 9,00 8,00 9,00 8,00 9,00 8,00 9,00 8,00 8,00 8,00 9,00 9,00

148

EMPRESA BETA

EQUIPE 3ª Medição -

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 10 9 10 9 9 9 10 10 10 9 7 9 10 8 8 10 9 9 10 10

2 8 8 9 9 10 10 9 10 9 8 10 8 10 10 7 9 10 10 10 9

3 10 9 9 10 8 9 7 10 10 10 9 9 10 10 8 10 10 10 10 8

4 10 9 10 8 9 10 8 10 9 10 10 10 10 9 9 9 9 9 10 8

5 9 9 10 10 9 10 7 10 9 10 10 7 10 9 10 9 9 10 10 9

6 10 9 9 9 10 10 9 10 10 10 10 9 9 10 9 10 9 10 10 9

7 10 9 9 9 9 9 9 9 9 8 10 9 10 9 8 8 9 10 10 9

8 9 8 8 8 9 8 10 10 10 10 10 9 9 10 10 7 8 10 9 10

9 10 9 8 8 9 8 8 10 9 10 10 9 9 9 9 10 9 8 10 8

10 10 9 10 10 9 10 9 10 9 8 9 9 9 10 9 8 9 10 10 10

11 10 9 10 8 9 10 8 10 9 9 10 9 9 9 10 9 9 9 9 8

12 10 8 10 9 10 10 9 10 9 9 10 8 10 10 9 10 8 10 10 10

13 10 9 10 8 9 9 8 10 10 9 9 9 10 9 10 8 9 10 10 9

14 9 10 9 7 8 10 7 10 10 9 10 8 8 10 8 8 8 9 10 10

15 9 9 10 8 10 9 10 10 9 9 10 9 9 9 8 8 10 9 10 9

16 10 9 10 10 9 10 10 10 9 8 9 9 10 10 10 8 10 10 10 9

17 9 10 10 7 10 9 10 9 8 10 10 7 10 10 10 10 10 8 8 10

18 9 9 10 10 8 9 8 10 9 10 10 9 9 10 8 9 8 10 10 10

19 10 9 10 10 8 10 10 10 8 10 9 8 8 9 10 9 9 8 8 10

20 10 9 9 8 10 9 8 10 10 9 10 9 10 8 8 7 9 10 10 10

21 9 8 10 10 9 9 10 9 9 9 10 9 9 10 9 8 8 10 9 9

22 10 8 10 10 8 10 10 10 10 10 10 8 10 7 10 9 9 10 9 9

23 10 8 10 8 8 9 9 10 10 9 10 8 9 8 9 8 7 10 10 10

24 9 8 9 10 8 9 9 10 9 10 10 8 8 10 9 7 8 10 10 9

25 10 8 10 7 10 9 8 10 10 8 9 8 10 6 8 8 9 9 9 9

26 10 10 9 8 10 9 9 10 9 10 10 10 9 8 8 10 9 10 10 8

27 10 8 10 8 10 9 8 10 9 8 9 8 9 10 8 10 9 10 10 10

28 10 8 10 10 9 10 9 10 10 10 10 8 10 8 10 9 8 9 10 10

29 10 9 9 8 10 9 10 10 9 9 9 8 9 10 8 10 10 10 10 8

30 9 9 9 10 9 9 9 10 10 9 10 9 9 7 10 7 10 10 10 10

31 10 7 10 9 10 10 9 10 9 9 9 10 10 10 9 10 10 10 10 10

149

32 10 10 9 10 9 9 10 10 10 8 10 8 9 10 9 8 9 10 9 10

33 10 8 10 8 9 10 10 10 9 8 10 9 10 10 10 9 7 10 10 10

34 10 7 10 8 10 10 9 10 10 9 10 9 9 10 8 10 10 10 10 8

35 9 9 10 9 9 9 8 9 9 10 10 7 10 8 8 9 8 10 9 9

TOTAL 338 304 335 308 320 328 311 346 327 321 338 300 329 320 311 308 312 337 338 324

MÉDIA 9,65 8,67 9,57 8,80 9,12 9,38 8,89 9,89 9,32 9,17 9,65 8,55 9,40 9,15 8,88 8,79 8,89 9,60 9,65 9,25

GERENTE

Colunas1 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20

1 9 8 9 9 9 9 8 10 9 8 9 8 9 8 9 8 9 9 9 9

MÉDIA 9,00 8,00 9,00 9,00 9,00 9,00 8,00 10,00 9,00 8,00 9,00 8,00 9,00 8,00 9,00 8,00 9,00 9,00 9,00 9,00

150

APÊNDICE E

RESULTADOS POR DIMENSÃO - EMPRESA ALFA

A tendência apresentada pela equipe é analisada comparando os resultados obtidos entre a

segunda e a terceira medição que ocorreram após a realização do treinamento vivencial de

aprendizagem em equipe.

Análise por medição da diferença encontrada em cada pergunta da dimensão entre as

percepções do gerente e a percepção da equipe obedecem os critérios da tabela abaixo:

Tabela 4 - Diferenças e atuações – Empresa Alfa

0,00 e 0,99 mesmo nível de percepções

1,00 e 1,99 pequeno desnível de percepções

2,00 e 3,00 percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

Acima de 3,00 percepções com forte distorção (investigar causas e tratar prioridade)

Fonte: Adaptado pela autora de Kouzes e Posner (1997).

Dimensão 1 – liderança - Alfa

Esta dimensão representa a percepção do Gerente e da Equipe sobre algumas práticas

de Liderança que, segundo Kouzes & Posner, são práticas efetivas. O indicador avalia

o exemplo de comportamento exercido e esperado pelo gestor, para a promoção de um

ambiente cooperativo, o alinhamento de objetivos com sua Equipe e a celebração das

realizações e conquistas (Deming).

Questões da pesquisa; 1, 6, 11 e 16

Questão 1 - Na empresa Alfa, o gerente dá o exemplo do comportamento que espera

dos outros.

Questão 1 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 5,00 6,00 crescente

Equipe 7,55 7,43 7,22 decrescente

Diferença 1,45 2,43 1,22 decrescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição).

2ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

3ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções

151

Questão 6 - Na empresa Alfa, o gerente promove relações cooperativas entre as

pessoas que aqui trabalham.

Questão 6 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 6,00 7,00 crescente

Equipe 5,65 6,18 7,18 crescente

Diferença 1,35 0,18 0,18 estável

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 11 - Na empresa Alfa, o gerente investe tempo e energia para estar seguro de

que as pessoas estejam alinhadas com os princípios e normas da empresa.

Questão 11 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 7,15 7,57 7,89 crescente

Diferença 0,85 0,43 0,11 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 16 - Na empresa Alfa, o gerente procura formas de celebrar nossas

realizações e conquistas.

Questão 16 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 6,00 7,00 7,00 estável

Equipe 6,25 6,86 7,00 crescente

Diferença 0,25 1,86 0,00 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Dimensão 2 – trabalho em equipe - Alfa

Esta dimensão representa a percepção do gerente e da equipe sobre alguns elementos do

trabalho em equipe (Peter Scholtes). O indicador avalia a existência de um ambiente

cooperativo, a interação para a organização do trabalho, o compartilhar informações em

benefício mútuo e o nível de construção coletiva existente.

Questões da pesquisa; 2, 7, 12 e 17

152

Questão 2 - Na empresa Alfa existe um ambiente de cooperação entre as pessoas.

Questão 2 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 5,00 8,00 crescente

Equipe 6,30 6,86 7,59 crescente

Diferença 0,70 1,86 0,41 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 7 - Na empresa Alfa as pessoas interagem para a organização do trabalho.

Questão 7 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 6,00 7,00 7,00 estável

Equipe 5,88 6,00 6,88 crescente

Diferença 0,12 1,00 0,13 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 12 - Na empresa Alfa as pessoas compartilham as informações para benefício

mútuo.

Questão 12 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 6,00 7,00 7,00 estável

Equipe 5,58 6,39 7,00 crescente

Diferença 0,42 0,61 0,00 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 17 - Na empresa Alfa as pessoas trabalham como se estivessem construindo

algo importante em conjunto.

Questão 17 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 7,00 8,00 crescente

Equipe 5,90 6,36 7,19 crescente

Diferença 1,10 0,64 0,81 crescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

153

Dimensão 3 – orgulho e significado - Alfa

Esta dimensão representa a percepção do gerente e da equipe sobre o orgulho do grupo e

o significado do trabalho (Signorini). O indicador avalia o nível de orgulho em fazer

parte da equipe, o significado do trabalho da equipe com relação ao todo (sistema), o

nível de orgulho com relação ao todo e a percepção da contribuição do trabalho da

equipe para o resultado final do sistema.

Questões da pesquisa: 3, 8, 13 e 18

Questão 3 - Na EMPRESA ALFA as pessoas trabalham com orgulho de pertencer a

essa equipe.

Questão 3 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 8,00 8,00 estável

Equipe 7,20 7,25 6,68 decrescente

Diferença 1,80 0,75 1,33 crescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções.

Questão 8 - Na empresa Alfa o nosso trabalho possui um grande significado para a

empresa.

Questão 8 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 8,83 7,57 8,00 crescente

Diferença 0,83 0,43 0,00 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 13 - Sinto-me orgulhoso em trabalhar na empresa.

Questão 13 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 10,00 10,00 10,00 estável

Equipe 9,35 9,21 9,25 crescente

Diferença 0,65 0,79 0,75 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 18 - Na empresa Alfa as pessoas percebem a contribuição do nosso trabalho

para o resultado final da empresa.

Questão 18 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 6,80 7,43 8,20 crescente

Diferença 1,20 0,57 0,20 decrescente

154

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Dimensão 4 – confiança - Alfa

Esta dimensão representa a percepção do gerente e da equipe sobre o exercício da

confiança na equipe. O indicador avalia a credibilidade do todo (sistema) perante a

equipe, o tratamento justo e objetivo entre as pessoas, a confiança entre as pessoas e a

busca por desempenhos mais elevados.

Questões da pesquisa: 4, 9, 14 e 19

Questão 4 - A empresa possui grande credibilidade junto a seus colaboradores.

Questão 4 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 8,00 9,00 crescente

Equipe 6,55 7,07 7,45 crescente

Diferença 2,45 0,93 1,55 crescente

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções.

Questão 9 - Na empresa Alfa as pessoas são tratadas de forma justa e objetiva.

Questão 9 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 8,00 8,00 estável

Equipe 5,90 6,11 7,15 crescente

Diferença 3,10 1,89 0,85 decrescente

1ª Medição - Acima de 3,00 – percepções com forte distorção (investigar causas e tratar

como prioridade)

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 14 - Na empresa Alfa as pessoas confiam umas nas outras.

Questão 14 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 6,00 7,00 crescente

Equipe 5,53 6,36 6,89 crescente

Diferença 1,47 0,36 0,11 decrescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

155

Questão 19 - Na empresa Alfa as pessoas são desafiadas a buscar níveis de

desempenho mais elevados.

Questão 19 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 7,00 8,00 crescente

Equipe 6,45 6,82 7,22 crescente

Diferença 1,55 0,18 0,78 crescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Dimensão 5 – motivação - Alfa

Esta dimensão representa a percepção do Gerente e da Equipe sobre o nível de

motivação presente na Equipe. O indicador avalia o nível de motivação, a percepção

para as oportunidades de crescimento pessoal/profissional e a existência de um

ambiente motivador na Equipe.

Questões da pesquisa: 5, 10, 15 e 20

Questão 5 - Na empresa Alfa as pessoas trabalham motivadas.

Questão 5 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 6,00 7,00 crescente

Equipe 5,78 6,18 6,89 crescente

Diferença 2,22 0,18 0,11 decrescente

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 10 - Na empresa Alfa as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

pessoal.

Questão 10 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 10,00 9,55 decrescente

Equipe 6,65 8,00 8,23 crescente

Diferença 2,35 2,00 0,78 decrescente

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

2ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 15 - Na empresa Alfa as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

profissional.

Questão 15 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 9,00 9,00 estável

Equipe 6,45 6,61 6,89 crescente

Diferença 2,55 2,39 2,11 decrescente

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

156

2ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

3ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

Questão 20 - Na empresa Alfa as pessoas encontram um ambiente motivador.

Questão 20 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 7,00 8,00 crescente

Equipe 5,20 5,86 6,53 crescente

Diferença 2,80 1,14 1,47 crescente

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções.

157

APÊNDICE F

RESULTADOS POR DIMENSÃO - EMPRESA BETA

A tendência apresentada pela equipe é analisada comparando os resultados obtidos entre a

segunda e a terceira medição que ocorreram após a realização do treinamento vivencial de

aprendizagem em equipe.

Análise por medição da diferença encontrada em cada pergunta da dimensão entre as

percepções do gerente e a percepção da equipe obedecem os critérios da tabela abaixo:

Tabela 5 - Diferenças e atuações – Empresa Beta

0,00 e 0,99 mesmo nível de percepções

1,00 e 1,99 pequeno desnível de percepções

2,00 e 3,00 percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

Acima de 3,00 percepções com forte distorção (investigar causas e tratar prioridade)

Fonte: Adaptado pela autora de Kouzes e Posner (1997).

Dimensão 1 – liderança – Beta

Esta dimensão representa a percepção do Gerente e da Equipe sobre algumas práticas

de Liderança que, segundo Kouzes & Posner, são práticas efetivas. O indicador avalia o

exemplo de comportamento exercido e esperado pelo gestor, para a promoção de um

ambiente cooperativo, o alinhamento de objetivos com sua Equipe e a celebração das

realizações e conquistas (Deming).

Questões da pesquisa; 1, 6, 11 e 16

Questão 1 - Na Beta, o gerente dá o exemplo do comportamento que espera dos

outros.

Questão 1 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 9,00 9,00 estável

Equipe 9,40 9,62 9,65 crescente

Diferença 0,40 0,62 0,65 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

158

Questão 6 - Na Beta, o gerente promove relações cooperativas entre as pessoas que

aqui trabalham.

Questão 6 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 6,00 9,00 9,00 estável

Equipe 8,40 9,38 9,38 estável

Diferença 2,40 0,38 0,38 estável

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 11 - Na Beta, o Gerente investe tempo e energia para estar seguro de que as

pessoas estejam alinhadas com os princípios e normas da empresa.

Questão 11 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 9,00 9,00 estável

Equipe 8,60 9,66 9,65 decrescente

Diferença 0,40 0,66 0,65 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 16 - Na Beta, o gerente procura formas de celebrar nossas realizações e

conquistas.

Questão 16 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 7,50 9,31 8,79 decrescente

Diferença 0,50 1,31 0,79 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Dimensão 2 – trabalho em equipe - Beta

Esta dimensão representa a percepção do gerente e da equipe sobre alguns elementos do

trabalho em equipe (Peter Scholtes). O indicador avalia a existência de um ambiente

cooperativo, a interação para a organização do trabalho, o compartilhar informações em

benefício mútuo e o nível de construção coletiva existente.

Questões da pesquisa; 2, 7, 12 e 17

159

Questão 2 - Na Beta existe um ambiente de cooperação entre as pessoas.

Questão 2 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 8,30 8,69 8,67 decrescente

Diferença 0,30 0,69 0,67 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 7 - Na Beta as pessoas interagem para a organização do trabalho.

Questão 7 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 8,00 8,00 estável

Equipe 8,30 8,93 8,89 decrescente

Diferença 1,30 0,93 0,89 decrescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 12 - Na Beta as pessoas compartilham as informações para benefício mútuo.

Questão 12 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 8,30 8,52 8,55 crescente

Diferença 0,30 0,52 0,55 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 17 - Na Beta as pessoas trabalham como se estivessem construindo algo

importante em conjunto.

Questão 17 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 6,00 8,00 9,00 crescente

Equipe 8,10 8,76 8,89 crescente

Diferença 2,10 0,76 0,11 decrescente

1ª Medição - 2,00 e 3,00 – percepções desniveladas (investigar causas e tratar)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Dimensão 3 – orgulho e significado Beta

Esta dimensão representa a percepção do gerente e da equipe sobre o orgulho do grupo

e o significado do trabalho (Signorini). O indicador avalia o nível de orgulho em fazer

parte da equipe, o significado do trabalho da equipe com relação ao todo (sistema), o

nível de orgulho com relação ao todo e a percepção da contribuição do trabalho da

equipe para o resultado final do sistema.

Questões da pesquisa: 3, 8, 13 e 18

160

Questão 3 - Na Beta as pessoas trabalham com orgulho de pertencer a essa equipe.

Questão 3 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 9,00 9,00 estável

Equipe 8,40 9,28 9,57 crescente

Diferença 0,40 0,28 0,57 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 8 - Na Beta o nosso trabalho possui um grande significado para a empresa.

Questão 8 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 10,00 10,00 10,00 estável

Equipe 9,50 9,72 9,89 crescente

Diferença 0,50 0,28 0,11 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 13 - Sinto-me orgulhoso em trabalhar na empresa.

Questão 13 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 9,00 9,00 estável

Equipe 9,40 9,00 9,40 crescente

Diferença 1,40 0,00 0,40 crescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 18 - Na Beta as pessoas percebem a contribuição do nosso trabalho para o

resultado final da empresa.

Questão 18 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 8,00 9,00 crescente

Equipe 8,30 9,21 9,60 crescente

Diferença 1,30 0,79 0,60 decrescente

1ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

161

Dimensão 4 – confiança - Beta

Esta dimensão representa a percepção do gerente e da equipe sobre o exercício da

confiança na equipe. O indicador avalia a credibilidade do todo (sistema) perante a

equipe, o tratamento justo e objetivo entre as pessoas, a confiança entre as pessoas e a

busca por desempenhos mais elevados.

Questões da pesquisa: 4, 9, 14 e 19

Questão 4 - A empresa possui grande credibilidade junto a seus funcionários.

Questão 4 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 7,00 9,00 crescente

Equipe 7,30 8,83 8,80 decrescente

Diferença 0,30 1,83 0,20 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções (avaliar a tendência na

próxima medição)

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 9 - Na Beta as pessoas são tratadas de forma justa e objetiva.

Questão 9 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 9,00 9,00 9,00 estável

Equipe 8,70 9,10 9,32 crescente

Diferença 0,30 0,10 0,32 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 14 - Na Beta as pessoas confiam umas nas outras.

Questão 14 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 8,00 8,00 estável

Equipe 7,50 8,41 9,15 crescente

Diferença 0,50 0,41 1,15 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções.

Questão 19 - Na Beta as pessoas são desafiadas a buscar níveis de desempenho mais

elevados.

Questão 19 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 9,00 9,00 estável

Equipe 7,90 9,10 9,65 crescente

Diferença 0,90 0,10 0,65 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

162

Dimensão 5 – motivação - Beta

Esta dimensão representa a percepção do Gerente e da Equipe sobre o nível de

motivação presente na Equipe. O indicador avalia o nível de motivação, a percepção

para as oportunidades de crescimento pessoal/profissional e a existência de um

ambiente motivador na Equipe.

Questões da pesquisa: 5, 10, 15 e 20

Questão 5 - Na Beta as pessoas trabalham motivadas.

Questão 5 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 9,00 9,00 estável

Equipe 8,10 8,76 9,12 crescente

Diferença 0,90 0,24 0,12 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 10 - Na Beta as pessoas encontram oportunidades para o crescimento pessoal.

Questão 10 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 8,00 8,00 estável

Equipe 7,70 8,66 9,17 crescente

Diferença 0,30 0,66 1,17 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 1,00 e 1,99 – pequeno desnível de percepções.

Questão 15 - Na Beta as pessoas encontram oportunidades para o crescimento

profissional.

Questão 15 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 8,00 9,00 9,00 estável

Equipe 7,20 8,41 8,88 crescente

Diferença 0,80 0,59 0,12 decrescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

Questão 20 - Na Beta as pessoas encontram um ambiente motivador.

Questão 20 1ª medição 2ª medição 3ª medição Tendência

Gerente 7,00 9,00 9,00 estável

Equipe 7,30 8,76 9,25 crescente

Diferença 0,30 0,24 0,25 crescente

1ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

2ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

3ª Medição - 0,00 e 0,99 – mesmo nível de percepções

163

APÊNDICE G

Depoimento dos participantes das duas empresas no encerramento do

treinamento vivencial de aprendizagem em equipe

Com autorização das equipes os depoimentos foram gravados e transcritos preservando as

identidades citadas.

Esse treinamento de desenvolvimento de equipe trouxe muitas experiências que a

gente fez com a gente mesmo. Foi bastante produtivo, interessante e gostei muito.

Eu diria que o treinamento foi bem criativo, produtivo e interativo. Todo mundo

participou, deu o melhor de si. Foi muito bom.

Foi a primeira vez que eu participo de um treinamento assim. Essa metodologia foi

muito interessante. Os desafios que foram colocados a gente conseguiu superar com

certa tranquilidade. Houve um grande espírito de equipe e está todo mundo de

parabéns.

Eu cheguei com uma expectativa, o grupo superou a minha expectativa e com certeza

o que a gente vivenciou aqui vamos poder agregar muito no nosso trabalho.

É bom agradecer também a oportunidade de conviver com todo mundo mais a fundo,

em situações em que a gente não vive em nosso dia a dia, para a gente se aprofundar

melhor e saber com o que a gente pode contar de cada um.

É bom para cada um de nós parar e refletir o que cada um tem que melhorar para

melhorar a equipe, como um todo, para que possamos atingir nossos objetivos.

Para mim foi uma grande oportunidade de melhoria. Parabéns ao pessoal da

consultoria.

É uma oportunidade de nós planejarmos o nosso futuro de uma forma mais

organizada, com planejamento e liderança.

O DE é uma ferramenta muito importante para a gente, porque é uma ferramenta de

RH que a gente vai ter uma aplicação imediata. A gente vai sair daqui com uma outra

visão diferente, desenvolvendo e motivando o nosso trabalho. Parabenizar a equipe e

parabenizar vocês da equipe consultoria porque foi um trabalho de primeira linha

realmente. Parabéns.

Eu acho que as atividades desenvolvidas aqui mostram bem o que a gente deve

enfrentar quando estivermos embarcados. Acho que foi muito bom.

Acredito que estamos todos de parabéns. Tanto a equipe consultoria, como também

nós da Petrobrás pela participação. O objetivo do DE foi atingido de forma muito boa.

164

Acho que a minha empresa é uma das poucas empresas que eu conheço que oferece

essa oportunidade do pessoal interagir e estou levando muita coisa daqui para o meu

dia-a-dia.

Gostei muito. Foi bom porque a gente trabalhou em equipe, os amigos todos, uns

ajudando aos outros e a gente ficou exposto a algumas situações e tivemos que tomar

atitudes sob pressão e aprendemos muito a reagir bem.

Valeu ao pessoal da consultoria pelo trabalho, foi muito legal. Parabéns à minha

equipe de trabalho .

Gostaria de agradecer à empresa pela oportunidade de participar desse treinamento

com um grupo tão seleto de profissionais. Muito obrigado.

Queria dizer que a equipe conseguiu alcançar todas as metas dentro do prazo. Isso

mostra que todos nós temos capacidade suficiente pra superar todos os desafios que

virão. Parabéns a todos e obrigado à equipe da consultoria.

Gostei da metodologia da equipe consultoria. Gostei da integração, da competência

mostrada por vocês e gostei da integração da equipe com todos aqui juntos. Achei que

foi um trabalho muito produtivo e a gente dificilmente vai esquecer esse momento.

Não é a primeira vez que participo de um treinamento desse tipo. Já tive a

oportunidade de participar outras vezes pela empresa e todo treinamento desse a gente

sai mais unido e fortalecido e esse com certeza não foi diferente. Gostaria de dizer

para vocês que se esse não foi o melhor, foi um dos melhores de que já participei.

Obrigado.

Queria agradecer a todos os meus amigos por esses três dias juntos e a equipe

consultoria por essa oportunidade que me deu pela primeira vez. Muito obrigado.

Com certeza esse foi um grande momento para a gente se desenvolver o

autoconhecimento e conhecer os colegas. Eu tenho certeza que com essa integração,

hoje, nós saímos daqui uma outra equipe, com certeza melhor do que entramos, mais

integrados.

O fator ímpar que eu tive a oportunidade de observar foi a interação por ter a

oportunidade de trabalhar com pessoas que normalmente eu não trabalho.

Parabéns a todos pelo treinamento. Eu particularmente acreditei que esse foi um

momento ótimo para a união da equipe e desenvolvimento da cooperação de todos.

Parabéns a todos.

Eu tive a oportunidade de trabalhar com os companheiros em situações em que a gente

enfrentou dificuldades. Então isso pra mim foi muito bom porque pude conhecer um

pouquinho de cada um. Pessoas que a gente nem sempre convive com frequência e

parabenizar a equipe da consultoria por esse trabalho.

Assim como o sicrano eu também já participei de outros treinamentos. É bom ver a

equipe ganhar em união e sair mais fortalecida, ela precisava disso. Acho que quebra

165

um pouco algumas situações que vinham ocorrendo. A pessoa passa a olhar para o

outro de uma maneira diferente, observar melhor as pessoas e aceitar também que nem

tudo é perfeito. Gostei muito, foi muito bom.

Eu acho que é bom porque todos aprenderam que as diferenças existem e se a gente se

juntar a gente consegue realizar os objetivos mesmo com essas diferenças. Eu também

já participei de um treinamento como esse e esse na minha opinião foi muito melhor

do que o outro que eu participei, parabéns pra vocês da consultoria. Eu acho que a

equipe também saiu fortalecida.

Queria dizer para vocês que todos vocês me ensinaram alguma coisa. Eu

particularmente aprendi muita coisa e se eu tivesse que escolher uma equipe para

trabalhar hoje na minha vida, escolheria todos vocês aqui.

Eu senti como se fosse a minha segunda família. Foi muito bom. Essa é uma equipe

unida.

No início do encontro a gente tinha feito um desafio, mas eu fico contente que vocês

tenham aceitado que seria a abertura exatamente para aprender aquilo que ia se passar

aqui nesses três dias. Queria agradecer à consultoria por mais esse trabalho e ao

compromisso de cada um de vocês e ao fato de estar aberto para aprender, para trocar,

para conviver esses três dias aqui. Queria agradecer a oportunidade de estar junto de

vocês porque isso para a gente é importante até para coisas futuras que a gente possa

fazer mais adiante porque você tem uma ideia muito melhor de como trabalhar, enfim,

que linha seguir. A gente está tentando apesar do número de pequenas pessoas que o

RH tem dentro dessa área e está tentando desenvolver esse trabalho da melhor maneira

possível sempre melhorando também esse acompanhamento. Queria agradecer a todos

e parabenizar a equipe.

Queria agradecer ao RH por ter dado esse apoio à nossa equipe. A fulana do RH fica

quietinha mas ela tem muita sensibilidade. Ela fica vendo quais são os problemas que

estão acontecendo ela vai e dá uma mãozinha, ninguém percebe, mas ela está fazendo

um trabalho de apoio muito positivo. Ao pessoal da consultoria, mais uma vez, um

excelente trabalho. Obrigado pelo trabalho desenvolvido por vocês e pelo

profissionalismo excelente. Como eu disse, atendeu à minha expectativa. Era esse tipo

de trabalho que eu estava esperando para o grupo. A todos os meus colegas e

companheiros de trabalho, obrigado por esse momento, por a gente ter desenvolvido

esse trabalho em conjunto. É um aprendizado forte que todos nós temos. Eu só queria

dizer uma coisa para vocês, que a gente recebe ao longo da nossa vida muita

informação, todo mundo passa informação para a gente e a gente transforma muito

pouco em conhecimento. A gente tem que pegar isso e transformar em conhecimento,

ser duradouro para a gente. O importante é isso, é vocês mudarem, crescerem, se

ajudarem, formarem uma equipe unida. Nós passamos mais de oito horas por dia

dentro da empresa, vocês vão passar quatorze dias. Quem embarcar então é importante

que tenha um ambiente bom, salutar, que vocês sejam felizes. Eu acho que a gente tem

que ser feliz. Essa vida aqui ela passa e a gente tem que procurar a felicidade. E a

felicidade é isso, a gente tentar ser amigo, ser parceiro e um dar a mão para o outro.

Assim que a gente vai conquistar os nossos objetivos. Obrigada.