treinamento clp

141
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROJETO DE GRADUAÇÃO TREINAMENTO EM CLP ELTON SIQUEIRA DE FREITAS VITÓRIA – ES AGOSTO/2006

Upload: ana-paula-bittencourt

Post on 18-Feb-2015

359 views

Category:

Documents


61 download

TRANSCRIPT

Page 1: Treinamento CLP

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

PROJETO DE GRADUAÇÃO

TREINAMENTO EM CLP

ELTON SIQUEIRA DE FREITAS

VITÓRIA – ES AGOSTO/2006

Page 2: Treinamento CLP

ELTON SIQUEIRA DE FREITAS

TREINAMENTO EM CLP Parte manuscrita do Projeto de Graduação do aluno Elton Siqueira de Freitas, apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo, para obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.

VITÓRIA – ES AGOSTO/2006

Page 3: Treinamento CLP

ELTON SIQUEIRA DE FREITAS

TREINAMENTO EM CLP

COMISSÃO EXAMINADORA: ___________________________________ Prof. Dr. José Denti Filho

Orientador ___________________________________ Prof. Dr. Alessandro Mattedi Examinador ___________________________________ Eng. Douglas Dalvi Ferreira Examinador

Vitória - ES, 25 de agosto 2006

Page 4: Treinamento CLP

i

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Antônio e Odília, sem os quais nada teria sido possível.

.

Page 5: Treinamento CLP

ii

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus mestres, que me estimularam a buscar o conhecimento

necessário à minha formação, tornando possível o desenvolvimento deste trabalho, e

esta universidade que me acolheu nos últimos cinco anos e fez de mim um

profissional.

Page 6: Treinamento CLP

iii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Ciclo de varredura ......................................................................................... 16

Figura 2 Estrutura de um programa em SFC ............................................................... 22

Figura 3 - Programa em diagrama de blocos ............................................................... 23

Figura 4 - Programa ladder .......................................................................................... 23

Figura 5 Vista frontal ................................................................................................... 25

Figura 6 - Vista com as tampas frontais removidas ..................................................... 26

Figura 7 - Layout das conexões elétricas ..................................................................... 27

Figura 8 - Controle através de uma entrada ................................................................ 29

Figura 9 - Conexão tipo sink ....................................................................................... 29

Figura 10 - Conexão tipo source .................................................................................. 30

Figura 11 - Conexão de leds às entradas digitais ......................................................... 31

Figura 12 - Conexão de saídas a relé ........................................................................... 31

Figura 13 - Vista frontal do módulo FX2N - 4AD ........................................................ 33

Figura 14 - Vista sem a tampa frontal ......................................................................... 34

Figura 15 - Esquemas de conexão das entradas analógicas ......................................... 34

Figura 16 - Entrada de corrente -10V a +10V ............................................................ 36

Figura 17 - Entrada de corrente 4 a 20mA ................................................................ 36

Figura 18 - Entrada de corrente -20 a +20mA ........................................................... 37

Figura 19 - Conexões do módulo FX2N-4DA .............................................................. 43

Figura 20 - Saída de tensão -10V a +10V ................................................................... 45

Figura 21 - Saída de corrente 4mA a 20mA ................................................................ 45

Figura 22 - Saída de corrente 0mA a 20mA ................................................................ 45

Figura 23 - Exemplo de aplicação de entradas digitais .............................................. 54

Figura 24 - Exemplo de programação de saídas digitais ............................................. 54

Figura 25 - Programação de temporizadores ............................................................... 55

Figura 26 - Utilização de temporizador retentivo ........................................................ 56

Figura 27 - Aplicação de contador unidirecional ........................................................ 58

Figura 28 - Contador bidirecional ................................................................................ 59

Figura 29 - Armazenamento de dados nos registradores ............................................. 63

Page 7: Treinamento CLP

iv

Figura 30 - Ajuste de registradores externamente ....................................................... 64

Figura 31 - Endereçamento de blocos de funções especiais ....................................... 80

Page 8: Treinamento CLP

v

LISTA DE TABELA

Tabela 1 - Classificação das linguagens de programação segundo a IEC 61131-1 .... 21

Tabela 2 - Partes do CLP ............................................................................................. 26

Tabela 3 - Características elétricas das entradas digitais ............................................. 27

Tabela 4 - Especificações elétricas das saídas digitais ................................................ 28

Tabela 5 - Controle dos estados do CLP ..................................................................... 29

Tabela 6 - Legenda das figuras 7 e 8 .......................................................................... 30

Tabela 7 - Legenda da figura 12 .................................................................................. 32

Tabela 8 - Aspectos funcionais do módulo FX2N - 4AD ............................................. 35

Tabela 9 - Buffers de memória do módulo FX2N - 4AD ............................................. 37

Tabela 10 - Diagnósticos de erro ( buffer 29) .............................................................. 41

Tabela 11 - Características de funcionamento do módulo FX2N-4DA ........................ 44

Tabela 12 - Buffers de memória do módulo FX2N - 4DA ........................................... 46

Tabela 13 - Diagnósticos de erro (buffer 29) ............................................................... 49

Tabela 14 - Comandos básicos em ladder .................................................................. 52

Tabela 15 - Comandos básicos em SFC ...................................................................... 53

Tabela 16 - Temporizadores ........................................................................................ 56

Tabela 17 - Contadores ................................................................................................ 57

Tabela 18 - Relés de uso geral ..................................................................................... 60

Tabela 19 - Registradores de dados ............................................................................. 62

Tabela 20 - Parâmetros da instrução PID ajustados pelo usuário ................................ 86

Tabela 21 - Botões da barra de ferramentas ladder ..................................................... 95

Tabela 22 - Barra de ferramentas SFC ...................................................................... 106

Page 9: Treinamento CLP

vi

SIMBOLOGIA

AC: Alternate Current (Corrente alternada);

A/D: Analógico/Digital;

CLP: controlador lógico programável;

DC: Direct Current (Corrente contínua ou direta);

DEL: Departamento de Engenharia Elétrica;

D/A: Digital/Analógico;

EPROM: Erasable programable read only memory (memória apagável e programável

do tipo somente leitura);

IEC: International Eletrotechnical Comission – Órgão internacional de padronização

PC: Personal Computer (Computador pessoal);

SFC: Sequence Flow Chart (Carta de seqüência de fluxo).

Page 10: Treinamento CLP

vii

GLOSSÁRIO

Buffer: área de memória;

Relé: dispositivo provido de uma bobina que quando energizada, movimenta um

conjunto de contatos, fechando-os ou abrindo-os;

Sinal analógico: Sinal que pode ter seu valor variado dentro de uma faixa contínua.

Sinal digital: Sinal portador de informação do tipo ‘0’ ou ‘1’ em dois valores

discretos;

Page 11: Treinamento CLP

viii

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ........................................................................................................... I

AGRADECIMENTOS .............................................................................................. II

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... III

LISTA DE TABELA .................................................................................................. V

SIMBOLOGIA .......................................................................................................... VI

GLOSSÁRIO ............................................................................................................ VII

SUMÁRIO .............................................................................................................. VIII

RESUMO ................................................................................................................ XIV

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15

2 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ....................................... 16

2.1 Definição ........................................................................................................... 16

2.2 Histórico ............................................................................................................ 16

2.3 Estrutura básica ................................................................................................. 17

2.3.1 Fonte de alimentação ............................................................................... 17

2.3.2 Unidade central de processamento .......................................................... 18

2.3.3 Memória não-volátil (EPROM) .............................................................. 18

2.3.4 Memória volátil ....................................................................................... 18

2.3.4.1 Memória do usuário ................................................................... 18

2.3.4.2 Memória de dados ...................................................................... 18

2.3.4.3 Memória-imagem das entradas e saídas ..................................... 18

2.3.5 Dispositivos de entrada e saída ............................................................... 18

2.3.5.1 Módulos de entrada .................................................................... 19

2.3.5.2 Módulos de saída ........................................................................ 19

2.3.6 Terminal de programação ........................................................................ 20

2.4 CLP’s de pequeno porte .................................................................................... 20

2.5 Programação...................................................................................................... 20

2.5.1 Linguagens tabulares ............................................................................... 21

2.5.2 Linguagens textuais ................................................................................. 21

2.5.3 Linguagens gráficas ................................................................................. 22

Page 12: Treinamento CLP

ix

2.6 Aplicações dos CLP’s em controle de processos .............................................. 24

2.7 Conclusões ........................................................................................................ 24

3 O CLP MITSUBISHI - HARDWARE ......................................................... 24

3.1 Introdução ......................................................................................................... 24

3.2 O CLP FX1N ...................................................................................................... 25

3.2.1 Características físicas .............................................................................. 25

3.2.2 Conexões e características elétricas ........................................................ 27

3.2.3 Formas de conexão .................................................................................. 28

3.3 Módulo de entradas analógicas FX2N – 4AD .................................................... 32

3.3.1 Introdução ................................................................................................ 32

3.3.2 Características físicas e conexões............................................................ 33

3.3.3 Conexões ................................................................................................. 34

3.3.4 Alimentação dos circuitos ....................................................................... 35

3.3.5 Características de funcionamento ............................................................ 35

3.3.6 Buffers de memória ................................................................................. 37

3.3.6.1 Inicialização dos canais .............................................................. 39

3.3.6.2 Mudanças na velocidade de conversão ...................................... 40

3.3.6.3 Ajuste de ganho e offset ............................................................. 40

3.3.6.4 Status de erro (buffer 29) ........................................................... 41

3.4 Módulo de saídas analógicas FX2N – 4DA ....................................................... 42

3.4.1 Introdução ................................................................................................ 42

3.4.2 Características físicas e conexões............................................................ 42

3.4.3 Conexões ................................................................................................. 43

3.4.4 Alimentação dos circuitos ....................................................................... 44

3.4.5 Características de funcionamento ............................................................ 44

3.4.6 Buffers de memória ................................................................................. 45

3.4.6.1 Inicialização dos canais .............................................................. 47

3.4.6.2 Modo de retenção de dados ........................................................ 48

3.4.6.3 Ajuste de ganho e offset ............................................................. 48

3.4.6.4 Status de erro (buffer 29) ........................................................... 49

Page 13: Treinamento CLP

x

3.5 Conclusões ........................................................................................................ 50

4 O CLP MITSUBISHI - SOFTWARE ......................................................... 51

4.1 Introdução ......................................................................................................... 51

4.2 Dispositivos programáveis ................................................................................ 51

4.3 Comandos básicos ............................................................................................. 52

4.3.1 Ladder ...................................................................................................... 52

4.3.2 SFC .......................................................................................................... 53

4.4 Descrição dos dispositivos programáveis ......................................................... 53

4.4.1 Entradas digitais (X) ................................................................................ 53

4.4.2 Saídas digitais (Y) ................................................................................... 54

4.4.3 Temporizadores (T) ................................................................................. 55

4.4.3.1 Temporizadores não-retentivos .................................................. 55

4.4.3.2 Temporizadores retentivos ......................................................... 55

4.4.3.3 Temporizadores disponíveis ....................................................... 56

4.4.4 Contadores (C) ........................................................................................ 57

4.4.4.1 Contadores unidirecionais de 16 bits ......................................... 57

4.4.4.2 Contadores unidirecionais de 16 bits com latch ......................... 58

4.4.4.3 Contadores bidirecionais de 32 bits ........................................... 58

4.4.4.4 Contadores bidirecionais de 32 bits com latch ........................... 59

4.4.5 Relés auxiliares ........................................................................................ 60

4.4.5.1 Relés gerais ............................................................................... 60

4.4.5.2 Relés especiais de diagnóstico ................................................... 60

4.4.6 Relés de estado (S) .................................................................................. 61

4.4.7 Registradores de dados (D) ..................................................................... 62

4.4.7.1 Registradores de uso geral ......................................................... 62

4.4.7.2 Registradores especiais de diagnóstico ...................................... 63

4.4.7.3 Registradores de arquivo ............................................................ 64

4.4.7.4 Registradores ajustáveis externamente ...................................... 64

4.5 Instruções especiais ........................................................................................... 65

4.5.1 - Instruções de controle de fluxo de programa ........................................ 65

Page 14: Treinamento CLP

xi

4.5.1.1 Ponteiros (P) ............................................................................... 65

4.5.1.2 CJ : salto condicional ................................................................. 65

4.5.1.3 CALL : Chamada de sub-rotina ................................................. 66

4.5.1.4 Ponteiros de interrupção (I) ........................................................ 67

4.5.1.5 WDT: Atualização do watchdog timer ...................................... 67

4.5.1.6 FOR, NEXT : Início e fim de um looping ................................. 68

4.5.2 Instruções de movimentação e comparação ............................................ 69

4.5.2.1 CMP : Comparação .................................................................... 69

4.5.2.2 ZCP : Comparação dentro de um intervalo ................................ 69

4.5.2.3 MOV: Movimentação de dados ................................................. 70

4.5.2.4 BMOV : Movimentação de blocos de dados ............................. 70

4.5.2.5 BCD: Conversão de código binário para BCD .......................... 71

4.5.2.6 BIN: Conversão de BCD para binário ....................................... 72

4.5.3 Operações lógicas e aritméticas inteiras .................................................. 72

4.5.3.1 ADD: Adição .............................................................................. 72

4.5.3.2 SUB: Subtração .......................................................................... 73

4.5.3.3 MUL: Multiplicação ................................................................... 73

4.5.3.4 DIV: Divisão inteira ................................................................... 74

4.5.3.5 INC: Incrementar ........................................................................ 74

4.5.3.6 DEC: Decrementar ..................................................................... 74

4.5.3.7 WAND, WOR, WXOR: AND, OR e XOR lógicos ................... 74

4.5.4 Instruções de rotação e deslocamento ..................................................... 75

4.5.4.1 SFTR: Pilha de estados .............................................................. 75

4.5.5 Operações com dados ............................................................................. 75

4.5.5.1 ZRST: Reset múltiplo ................................................................ 75

4.5.6 Processamento em alta velocidade .......................................................... 76

4.5.6.1 REF: Atualização de entradas e saídas ....................................... 76

4.5.6.2 SPD: Contar pulsos de encoder .................................................. 76

4.5.6.3 PLSY : Gerar pulsos ................................................................... 78

4.5.6.4 PWM: Modulação de largura de pulso ....................................... 78

Page 15: Treinamento CLP

xii

4.5.7 Instruções de controle .............................................................................. 79

4.5.7.1 ALT: Alternar estado ................................................................. 79

4.5.7.2 RAMP: Rampa ........................................................................... 79

4.5.8 Instruções para controle de dispositivos externos de entrada e saída ..... 80

4.5.8.1 FROM: Leitura de um bloco de função especial ....................... 80

4.5.8.2 TO: Escrita em blocos de funções especiais .............................. 80

4.5.8.3 ASCI: Conversão de hexadecimal par ASCII ............................ 82

4.5.8.4 HEX: Conversão de ASCII para hexadecimal ........................... 82

4.5.8.5 PID: Malha de controle PID ....................................................... 83

4.5.9 Instruções de comparação com efeito de contato .................................... 87

4.6 Software de programação (GX Developer 7) .................................................. 88

4.6.1 Abrindo o programa ................................................................................ 88

4.6.2 Menus, janelas e ferramentas .................................................................. 90

4.6.2.1 Barra de títulos e barra de menus. .............................................. 90

4.6.2.2 Barras de ferramentas padrão ..................................................... 91

4.6.2.3 Barras de ferramentas de edição de programas .......................... 91

4.6.2.4 Janela de visualização e edição de programas ........................... 91

4.6.2.5 Janela de gerenciamento do projeto ........................................... 92

4.6.3 Edição de programas ............................................................................... 93

4.6.3.1 Criando um novo programa ....................................................... 93

4.6.3.2 Abrindo um projeto já existente ................................................. 93

4.6.4 Edição de programas ............................................................................... 94

4.6.4.1 Programação em ladder .............................................................. 94

4.6.4.2 Programação em STL (Step ladder) ......................................... 100

4.6.4.3 Programação em SFC ............................................................... 102

4.6.5 - Inserindo comentários ......................................................................... 109

4.6.6 Alterando parâmetros do sistema .......................................................... 111

4.6.7 Acesso à memória do CLP .................................................................... 112

4.6.8 Escrever no CLP .................................................................................... 113

4.6.9 Ler do CLP ............................................................................................ 114

Page 16: Treinamento CLP

xiii

4.6.10 Monitorar a operação do CLP online .................................................. 114

4.6.10.1 Modo de monitoramento ........................................................ 114

4.6.10.2 Forçar a operação de dispositivos .......................................... 115

4.6.10.3 Configuração da comunicação ............................................... 118

4.6.10.4 Monitorar os registradores de dados ...................................... 119

4.7 O Simulador (GX Simulator) .......................................................................... 120

4.7.1 – Iniciando o GX Simulator .................................................................. 120

4.8 Conclusão ........................................................................................................ 123

5 EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS DE LABORATÓRIO ............................ 124

5.1 Introdução ....................................................................................................... 124

5.2 Aplicações com sinais digitais ........................................................................ 124

5.3 Aplicações com sinais analógicos ................................................................... 126

6 CONCLUSÕES ............................................................................................ 130

ANEXO 1 – SOLUÇÕES DAS EXPERIÊNCIAS ................................................ 131

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 138

Page 17: Treinamento CLP

xiv

RESUMO

O presente Projeto de Graduação foi desenvolvido com o objetivo apresentar

um resumo sobre o histórico, os aspectos e as aplicações dos controladores lógicos

programáveis (CLP’s) em controle de processos industriais, além de instruir o leitor a

respeito do aprendizado e aplicação dos recursos do equipamento disponível no

Departamento de Engenharia Elétrica da UFES. Embora desenvolvida sobre um

modelo específico de CLP, a metodologia descrita aqui bem como os conhecimentos

apresentados aplicam-se a todos os equipamentos dessa categoria visto que há uma

padronização dos equipamentos dos diversos fabricantes existentes no mundo.

Page 18: Treinamento CLP

15

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, é impossível falar de automação em controle de processos sem

mencionar os controladores lógicos programáveis. Devido à grande evolução dos

microprocessadores, os CLP’s apresentam hoje uma enorme variedade de recursos,

podendo ser aplicados nas mais diversas situações, desde aplicações de controle

discreto onde estão envolvidos apenas sinais digitais (0 ou 1) até aplicações de

controle contínuo onde há a aquisição e emissão de sinais analógicos. Além disso

podemos destacar outras características positivas dos CLP’s, tais como: gerenciamento

remoto através de rede de dados, ferramentas de supervisão e diagnóstico, durabilidade

e flexibilidade. Todas essas características fizeram dos CLP’s equipamentos

indispensáveis no controle de processos industriais.

Page 19: Treinamento CLP

16

2 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

2.1 Definição

Um controlador lógico programável (CLP) é um dispositivo capaz de executar

uma seqüência de operações definidas num programa aplicativo definido pelo usuário.

Estas operações estão condicionadas à ocorrência de estímulos externos ou entradas.

Dada uma determinada combinação de entradas, o CLP vai processar essa

combinação e aplicar aos dispositivos conectados a suas interfaces de saída o sinal ou

sinais associados àquela combinação de entradas. A esta seqüência de leitura das

entradas, processamento e atualização das saídas se dá o nome de ciclo de varredura

ou scanning. [1]

Figura 1 Ciclo de varredura

2.2 Histórico

O surgimento dos CLP’s se deu como conseqüência das necessidades das

indústrias de utilizar equipamentos que proporcionassem flexibilidade de aplicações,

facilidade de manutenção e expansão, confiabilidade e redução de custos. Todos esses

fatores resultam numa maior eficiência do processo produtivo, culminando numa

maior competitividade . A produção de tais equipamentos só foi possível na década de

60 com o avanço dos circuitos integrados e o surgimento dos minicomputadores e seu

Page 20: Treinamento CLP

17

uso no controle de processos industriais. A primeira especificação de controlador foi

elaborada na General Motors(GM) em 1969 por uma equipe liderada pelo Engenheiro

Richard Moley com o objetivo produzir um equipamento versátil, confiável e com

menor volume e menores custos em relação aos painéis de relés existentes na época.

A denominação de controladores lógicos programáveis surgiu na década de 70

quando os controladores passaram a utilizar microprocessadores, aumentando

significativamente a quantidade de funções de controle disponíveis. A partir desse

ponto, os CLP’s passaram a agregar cada vez mais funções, com processadores

velozes, diversos tipos de interfaces com dispositivos externos e comunicação em

redes de dados possibilitando a supervisão e o controle remotos dos processos. Além

do hardware, houve também um grande avanço das ferramentas de programação que

têm tornado cada vez mais fácil a tarefa de programar um CLP.[1]

2.3 Estrutura básica

O sistema que constitui um CLP é constituído basicamente das seguintes

partes [1]:

- Fonte de alimentação;

- Unidade central de processamento (UCP);

- Memórias do tipo volátil e não-volátil;

- Dispositivos de entrada e saída;

- Computador ou terminal de programação;

2.3.1 Fonte de alimentação

É o elemento responsável por converter corrente alternada em contínua,

alimentando a UCP e os demais subsistemas do controlador. Além da fonte de

alimentação, há também uma bateria interna ao controlador que impede que o

programa do usuário carregado na memória e os estados dos registros de dados

Internos do controlador se percam caso a fonte de alimentação seja desativada. A fonte

de alimentação pode ser de dois tipos:

- Source: fonte interna ao controlador.

- Sink: fonte externa ao controlador .

Page 21: Treinamento CLP

18

2.3.2 Unidade central de processamento

A UCP é responsável pela execução do programa do usuário, atualização da

memória de dados e memória-imagem das entradas e saídas.

2.3.3 Memória não-volátil (EPROM)

A EPROM contém o programa do fabricante responsável pelo gerenciamento

das tarefas do controlador no momento de sua ativação (start-up). A memória EPROM

não pode ser acessada pelo usuário.

2.3.4 Memória volátil

A memória volátil normalmente é do tipo RAM e é dividida em três tipos:

2.3.4.1 Memória do usuário

Contém o programa escrito pelo usuário que é processado pela UCP. Quando

a alimentação é desligada, o estado da memória do usuário é mantido pela bateria

interna do controlador.

2.3.4.2 Memória de dados

Armazena os dados manipulados no processamento do programa aplicativo,

sendo continuamente atualizada durante a execução do programa.

2.3.4.3 Memória-imagem das entradas e saídas

Armazena os estados atuais dos periféricos de entrada e saída. É atualizada a

cada ciclo de varredura.

2.3.5 Dispositivos de entrada e saída

As interfaces de entrada e saída normalmente são inseridas na forma de

módulos . Existem diferentes tipos de módulos de entrada e saída para atender

às mais diversas aplicações.

Page 22: Treinamento CLP

19

2.3.5.1 Módulos de entrada

Os módulos de entrada são responsáveis pela aquisição de dados do meio

externo tais como sinais elétricos de sensores, medidores, botões, etc. Existem

módulos de entrada para sinais digitais (110VAC, 24VDC, etc) ou analógicos (-10V a

+10V, 4 a 20mA, etc) através de conversores A/D, contemplando os mais diversos

tipos de dispositivos de instrumentação existentes. Normalmente, os circuitos internos

dos módulos de entrada são isolados opticamente dos circuitos externos, evitando que

sejam danificados por eventuais anomalias.

2.3.5.2 Módulos de saída

Após a aquisição e processamento das entradas o controlador atua sobre o

sistema através dos módulos de saída. Os módulos de saída podem emitir sinais

analógicos ou digitais dependendo das configurações do sistema a ser controlado.

Através dos módulos de saída é possível acionar válvulas, lâmpadas de sinalização,

posicionadores, contatores, controlar a velocidade de motores, etc.

Existem basicamente três tipos de módulos de saída: a relé, a transistor e a

tiristor. O emprego de cada tipo depende da carga a ser acionada pelas saídas.

- Saídas a relé: quando o endereço de uma determinada saída na memória-

imagem é ativado, uma bobina é energizada, fechando um contato entre dois terminais

externos do módulo. A saídas a relé têm a vantagem de acionar tanto cargas AC

quanto cargas DC e conduzir correntes da ordem de 5A, além de serem imunes a

transientes da rede. Por outro lado, as saídas a relé têm sua vida útil limitada pelo

desgaste dos contatos , cerca 150.000 a 300.000 operações.

- Saídas a transistor: indicadas para casos em que há cargas e fontes de

corrente contínua e acionamentos repetitivos com grandes freqüências de operação.

Sua vida útil é maior que a dos módulos a relé, mas sua capacidade de corrente

máxima é menor chegando a cerca de 1A. O elemento acionador pode ser um

transistor comum tipo NPN ou ainda um transistor do tipo efeito de campo. Sua vida

útil é de cerca de 1000.000 de operações.

Page 23: Treinamento CLP

20

- Saídas a triac : utilizados com fontes e cargas de corrente alternada, e

exemplo do tipo anterior, possibilitam altas freqüências de chaveamento e uma vida

útil de até 1000.000 de operações e admitem correntes da ordem de 1A.

2.3.6 Terminal de programação

É um computador que contém o software de programação do CLP e através

do qual o programa aplicativo é descarregado para a memória do CLP. O terminal de

programação pode ser um computador específico para esse fim ou um PC como é mais

usual atualmente. Hoje já é possível inclusive, fazer alterações na programação do

CLP utilizando um computador remoto (distante do CLP) através de um rede de dados.

2.4 CLP’s de pequeno porte

Até agora, os CLP’s foram definidos como dispositivos de arquitetura modular

onde as partes que compõem o sistema podem ser fisicamente dissociadas, mas em

aplicações de pequeno porte, podem ser usados controladores menores que englobam

num mesmo dispositivo, todos os componentes que compõem um CLP (UCP, fonte de

alimentação, entradas e saídas). Estes equipamentos possuem ainda a possibilidade de

expansão mediante a conexão de módulos adicionais.

2.5 Programação

O desenvolvimento de um programa para CLP passa pelos seguintes estágios:

- desenvolvimento da lógica;

- escrita das instruções ;

- edição do programa;

- impressão do programa;

- carga do programa no controlador e testes funcionais.

Existem diversas linguagens de programação de CLP’s que são padronizadas

pela norma IEC 61131-3 conforme podemos ver na tabela 1 [1].

Page 24: Treinamento CLP

21

Tabela 1 - Classificação das linguagens de programação segundo a IEC 61131-1

Classes LinguagensTabulares Tabela de decisão

Textuais Lista de instruções

Texto estruturado

Gráficas Ladder

Diagrama de blocos de funções

SFC (Sequence flow chart)

2.5.1 Linguagens tabulares

- Tabela de decisão: implementada através de uma tabela verdade. Em cada

linha há um conjunto de colunas que estabelece as combinações de saídas para cada

combinação de entradas. Esta linguagem caiu em desuso devido ao aparecimento de

linguagens mais simples e com mais recursos.

2.5.2 Linguagens textuais

- Lista de instruções: o programa é escrito numa seqüência de comandos

correspondentes às funções desejadas. Sua sintaxe é muito semelhante à linguagem

Assembler. Também está caindo em desuso devido à dificuldade de aprendizado e ao

surgimento de linguagens mais avançadas. Ainda tem aplicação na migração de

sistemas antigos para novos padrões.

Exemplo :

Sejam as entradas representadas pela letra I e as saídas pela letra O e a

expressão booleana: O5 = I1.I2.I3 + I4

LD I1

AND I2

AND I3

OR I4

ST O1

Page 25: Treinamento CLP

22

- Texto estruturado: linguagem de alto nível onde a ordem de execução não

importa. A programação se é feita de forma semelhante às linguagens Pascal e Basic.

Exemplo:

A mesma expressão booleana do exemplo anterior seria escrita da seguinte

forma: O1 = I1 AND I2 AND I3 OR I4

2.5.3 Linguagens gráficas

- SFC(Sequence Flow Chart): linguagem caracterizada pela representação

seqüencial das etapas do programa onde as transições entre as mesmas ocorrem

quando são atendidas condições determinadas pelo usuário. As grandes vantagens

dessa linguagem são a visualização mais clara do programa e a facilidade para

realização de alterações uma vez que o programa é escrito de forma segmentada, o que

facilita a modificação de um determinado trecho do mesmo.

Figura 2 Estrutura de um programa em SFC

- Diagrama de blocos: é uma linguagem bastante difundida nos controles de

processos industriais devido à facilidade de aprendizado e utilização. Na programação

são utilizados blocos com instruções padronizadas conectadas entre si conforme a

lógica desejada pelo usuário.

Page 26: Treinamento CLP

23

Exemplo:

Figura 3 - Programa em diagrama de blocos

- Linguagem de contatos(ladder): linguagem baseada na lógica de relés e

contatos dos painéis de comando tradicionais. É a linguagem mais difundida entre os

engenheiros pois a semelhança com os diagramas de comando tradicionais torna fácil

o aprendizado e a modernização de sistemas de comando antigos. Além dos elementos

básicos dos diagramas a relé (contatos, bobinas, etc). A denominação ladder vem da

forma como as linhas de programa são escritas entre duas barras verticais como se

fosse uma escada (ladder em inglês). Os diversos modelos de CLP possuem uma série

de outros recursos, tais como: temporizadores, contadores, operações algébricas,e

lógicas, funções de controle contínuo, manipulação de memória, etc.

Exemplo:

A mesma expressão booleana dos exemplos anteriores pode ser programada

da seguinte forma:

Figura 4 - Programa ladder

Page 27: Treinamento CLP

24

2.6 Aplicações dos CLP’s em controle de processos

Os CLP’s podem ser encontrados nas mais diversas aplicações industriais, tais

como partidas de motores, gerenciamento de etapas de processos, sistemas de controle

de qualidade, controladores PID, gerenciamento de redes industriais, etc.

Além da indústria, os CLP’s estão presentes atualmente na automação predial,

comandando sistemas de alarme, ar condicionado, iluminação, ventilação, etc.

Todas estas aplicações são possíveis graças ao estágio atual de

desenvolvimento dos microprocessadores, das interfaces de entrada e saída, das

ferramentas de software e à enorme variedade de equipamentos de campo (sensores,

medidores, válvulas, etc) produzidos em compatibilidade com os padrões de interface

dos CLP’s. Os controladores programáveis tendem a ocupar cada vez mais espaço na

automação de sistemas, industriais ou de outro tipo.

2.7 Conclusões

Neste capítulo foi feita uma breve apresentação dos CLP’s (Controladores

lógicos programáveis), destacando aspectos históricos, partes integrantes, tecnologias

e aplicações.

3 O CLP MITSUBISHI - HARDWARE

3.1 Introdução

Este capítulo tem como enfoque as características de hardware do CLP

Mitsubishi modelo FX1N -14MR-ES/UL e seus acessórios disponíveis no laboratório

do DEL e tem como objetivo auxiliar aqueles que futuramente utilizarem esses

equipamentos. Todas as informações aqui contidas foram extraídas do manual de

hardware da família FX de CLP’s da Mitsubishi. Após uma análise desse manual,

foram retiradas apenas as informações pertinentes ao equipamento utilizado, de modo

a tornar este texto uma fonte de consulta mais objetiva para os usuários do mesmo.

Estão disponíveis no laboratório do DEL os seguintes equipamentos:

- 01 CLP FX1N -14MR-ES/UL (unidade básica)

- 01 Módulo de entradas analógicas FX2N 4AD

Page 28: Treinamento CLP

25

- 01 Módulo de saídas analógicas FX2N 4AD

3.2 O CLP FX1N

Este modelo de CLP engloba numa mesma unidade as seguintes partes:

- Fonte de alimentação;

- Unidade central de processamento;

- Pontos de entradas digitais;

- Pontos de saídas digitais;

Devido a esse tipo de construção, é possível atender um grande número de

aplicações sem que seja necessário nenhum módulo adicional. Caso seja necessário um

sistema com mais recursos, é possível expandir facilmente o sistema através da

conexão de qualquer um dos diversos tipos de módulos adicionais existentes para este

equipamento.

3.2.1 Características físicas

As figuras 5 e 6 destacam as principais partes do CLP [2]

Figura 5 Vista frontal

Page 29: Treinamento CLP

26

Figura 6 - Vista com as tampas frontais removidas

Tabela 2 - Partes do CLP

1 Tampa frontal

2 Furos para fixação direta em superfícies planas

3 Parafusos de fixação dos conectores de entrada e saída

4 Conectores das entradas digitais e alimentação

5 Leds indicadores de estado das entradas digitais

6 Tampa da porta de expansão

7 Leds indicadores de estado do CLP (POWER,RUN,ERROR)

8 Leds indicadores de estado das saídas digitais

9 Encaixe para montagem em trilho DIN

10 Conectores das saídas digitais e da fonte de serviço 24V CC

11 Conector para equipamentos opcionais

12 Porta de expansão

13 Chave RUN/STOP

14 Porta de programação

15 Potenciômetros analógicos variáveis

Page 30: Treinamento CLP

27

Unidades opcionais podem ser instaladas removendo a tampa frontal e fixando

a nova unidade. O equipamento de que dispomos está equipado com um cartão de

comunicação RS 232 para permitir a conexão do CLP a um computador através de um

cabo serial ao invés de usar a porta de programação.

3.2.2 Conexões e características elétricas

A figura 7 mostra o layout das conexões elétricas do CLP [2].

Figura 7 - Layout das conexões elétricas

- Alimentação: é possível alimentar o CLP com tensões entre 100 e 240VAC

nas freqüências de 50 a 60 Hz. A alimentação é conectada nos terminais L, N e há

também um terminal para o aterramento do equipamento.

- Entradas digitais: O FX1N possui 8 entradas digitais (X0 a X7) acessíveis

pelos terminais localizados na parte superior do CLP. As especificações elétricas das

entradas digitais são descritas na tabela 3 [2].

Tabela 3 - Características elétricas das entradas digitais

Tensão de entrada 24VCC

Corrente de entrada 7mA por ponto

Corrente de chaveamento OFF-ON >4,5mA

Corrente de chaveamento ON - OFF <1.5mA

Tempo de resposta 10ms

Isolação elétrica Fotoacoplador

Indicação de operação Led aceso

Page 31: Treinamento CLP

28

- Saídas digitais: : O FX1N possui 6 saídas digitais (Y0 a Y5) acessíveis

pelos terminais localizados na parte inferior do CLP. As especificações elétricas das

saídas digitais são descritas na tabela 4 [2].

Tabela 4 - Especificações elétricas das saídas digitais

Descrição Saída a relé

Limites de interrupção

(carga resistiva)

Até 250VCA ou

30VCC

Corrente máxima por ponto

(carga resistiva)

2A/ponto ,

8ª/comum

Carga indutiva máxima 80VA

Máxima potência de

lâmpada incandescente 100W

Carga mínima 2mA para tensão

menor que 5V

Tempo de resposta

(off-on on-off) 10ms

Isolação do circuito Relé

Corrente de fuga de

circuito aberto ---------------------

Indicação de

operação Led aceso

3.2.3 Formas de conexão

- Controle de estados do CLP (RUN/STOP): O controle dos estados do CLP

podem ser controlados por [2]:

Chave RUN/STOP localizada na parte frontal do CLP;

Uma entrada de controle, definida pelos parâmetros do sistema;

Um computador remoto.

Obs: As duas primeiras opções funcionam em paralelo e o estado do CLP

depende das combinações entre eles (ver tabela 5) . A operação remota prevalece sobre

Page 32: Treinamento CLP

29

os outros dois modos. Quando o CLP está em RUN levado remotamente para STOP, é

preciso alterar um dos dois outros controles para STOP e depois para RUN para que o

CLP retorne ao estado RUN. Tabela 5 - Controle dos estados do CLP

Onde :

: ativada;

: desativada

Figura 8 - Controle através de uma entrada

- Entradas digitais: As entradas digitais podem ser conectadas de dois modos:

1- Modo sink :

Figura 9 - Conexão tipo sink

Chave

RUN/STOP

Entrada

de controle

Estado do

CLP

RUN

RUN

STOP

RUN

Page 33: Treinamento CLP

30

Como podemos ver na figura 9, a conexão tipo sink se caracteriza pela

conexão do ponto 0V da fonte de alimentação ao terminal “S/S” do CLP . Podemos

notar também que as entradas são ativadas pelo terminal 24 V . A alimentação (24

VDC) pode vir da fonte de serviço do CLP ou ainda de uma fonte externa.

2- Modo source:

Figura 10 - Conexão tipo source

Tabela 6 - Legenda das figuras 7 e 8

Item Descrição

1 Fonte de serviço (24 Vcc)

2 Sensor PNP (opcional)

3 Sensor NPN (opcional)1

4 Dispositivo de entrada

5 UCP FX1N

Na conexão tipo source (figura 10), o terminal 24V da fonte de alimentação é

conectado ao terminal “S/S” e as entradas são ativadas pelo terminal 0V.

1A função dos sensores NPN e PNP é parar a operação do CLP caso haja alguma anormalidade na tensão da

fonte. Este recurso só pode ser utilizado se for configurada uma entrada de controle dos estados do CLP.

Page 34: Treinamento CLP

31

Uma outra possibilidade é a conexão de leds nas entradas para sinalizar se as

mesmas estão ativas conforme mostra a figura 11:

Figura 11 - Conexão de leds às entradas digitais

- Saídas digitais: Cada saída digital possui dois terminais, que representam a

entrada e a saída do contato do relé. A figura 12 dá um exemplo de conexão típica de

saídas a relé:

Figura 12 - Conexão de saídas a relé

Page 35: Treinamento CLP

32

Tabela 7 - Legenda da figura 12

1 Terminal não usado

2 Fusível

3 Diodo para absorção de surtos

4 Intertravamento mecânico externo

5 Botão de parada de emergência

6 Filtro de supressão de ruído (C: 0,1μF,

R: 100-120Ω

7 Lâmpada incandescente

8 Válvula

9 Fonte CC

10 Fonte CA

3.3 Módulo de entradas analógicas FX2N – 4AD

3.3.1 Introdução

Este módulo faz parte do grupo dos blocos de funções especiais e tem como

função converter um sinal de entrada analógico em um valor digital que é armazenado

internamente (conversão A/D) . O módulo possui quatro canais de entrada e uma

resolução máxima de 12 bits.

Os sinais de entrada podem ser sinais de tensão (-10V a +10VDC) ou corrente

(4 a 20mA ou -20 a +20mA). A precisão da conversão A/D é de 5mV para sinais de

tensão e de 20μA para sinais de corrente. A seleção do tipo de operação (entrada de

tensão ou corrente) é feita através das ligações externas e pela programação do módulo

através de software.

A troca de dados entre o módulo e a UCP é feita através de 32 buffers de

memória de 16 bits cada. Através desses buffers é possível ler os valores digitais

Page 36: Treinamento CLP

33

resultantes da conversão dos sinais analógicos de entrada, fazer a seleção da operação

dos canais (tensão ou corrente), ajustar ganhos offsets de cada canal, velocidade de

conversão a ainda obter diagnósticos de erro. Para leitura e escrita dos valores nos

buffers de memória, devem ser considerados como unidades mV e μA para tensão e

corrente respectivamente [5].

3.3.2 Características físicas e conexões

As figuras 13 e 14 mostram as características físicas do módulo com destaque

para o cabo de extensão utilizado para conexão do módulo com a unidade principal ou

com o módulo ao lado formando um barramento de dados [5].

Figura 13 - Vista frontal do módulo FX2N - 4AD

Page 37: Treinamento CLP

34

Figura 14 - Vista sem a tampa frontal

3.3.3 Conexões

A figura 15 mostra os esquemas de conexão do módulo para entradas de

tensão e corrente.

Figura 15 - Esquemas de conexão das entradas analógicas

Page 38: Treinamento CLP

35

Para conexão dos equipamentos externos aos canais de entrada deve-se usar

um cabo de par trançado com blindagem (shield).

Oscilações e ruídos dos sinais de entrada induzidos na fiação podem ser

amenizados conectando um pequeno capacitor 0,1 a 0,47μF e tensão nominal de 25V.

Quando estiver usando entrada de corrente, os terminais V+ e I+ devem ser

curto-circuitados.

Se houver ruído elétrico excessivo, conecte o terminal FG do módulo ao

terminal de aterramento do módulo.

O terminal de aterramento do módulo deve ser conectado ao aterramento

da unidade principal.

3.3.4 Alimentação dos circuitos

Circuitos analógicos: 24VDC + 10%, 55mA (fonte externa)

Circuitos digitais: 5VDC, 30mA (alimentação interna provida pela unidade

principal através do cabo de extensão).

3.3.5 Características de funcionamento Tabela 8 - Aspectos funcionais do módulo FX2N - 4AD

Item Entrada de

tensão

Entrada de

corrente

Entradas analógicas1 -10V a +10VDC

(Rin = 200kΩ)

-20 a +20mA

(Rin = 25Ω)

Conversão A/D 16 bits armazenados em forma de

complemento de 2

Resolução 5mV 20μA

Precisão + 1% +1%

Velocidade de

conversão

15ms/canal (velocidade normal)

6ms/canal (alta velocidade)

1 Tensões que excedam +15 e correntes a partir de +32mA podem danificar o módulo.

Page 39: Treinamento CLP

36

A conversão A/D se dá de forma linear segundo um fator de escala.

As figuras 16, 17 e 18 mostram as escalas pré-ajustadas de fábrica para cada

faixa de funcionamento [5].

Figura 16 - Entrada de corrente -10V a +10V

Figura 17 - Entrada de corrente 4 a 20mA

Page 40: Treinamento CLP

37

Figura 18 - Entrada de corrente -20 a +20mA

As escalas podem ser ajustadas convenientemente através da modificação dos

ganhos e offsets dos canais conforme será mostrado no item 3.3.6.3

3.3.6 Buffers de memória

O módulo FX2N possui 32 buffers de memória através dos quais é possível

ajustar as característica do seu funcionamento e ler os valores digitais resultantes da

conversão dos sinais analógicos de entrada. A tabela 9 faz uma descrição das funções

de cada buffer de memória [5] .

Tabela 9 - Buffers de memória do módulo FX2N - 4AD

Buffer Conteúdo

*0 Inicialização dos canais (valor padrão = H0000)

*1 Canal 1 Esses buffers contêm o número de

amostras que serão utilizadas (1 a 4096)

no cálculo do resultado da conversão

(média).

*2 Canal 2

*3 Canal 3

*4 Canal 4

Page 41: Treinamento CLP

38

Buffer B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0

5 Canal 1

Contém os resultados calculados a partir

do número de amostra declarado para

cada canal declarado nos buffers 1 a 4.

6 Canal 2

7 Canal 3

8 Canal 4

9 Canal 1

Contém o valor atual lido de cada

canal.

10 Canal 2

11 Canal 3

12 Canal 4

13 e 14 Reservados

15

Seleção da

velocidade de

conversão

0 para velocidade normal

15ms/canal

1 para alta velocidade

6ms/canal

16 a 19 Reservados

*20 Escrevendo 1 nesse buffer, todos os buffers retornam aos

valores de fábrica. Padrão = 0

*21 Bloqueia ou desbloqueia ajustes de ganho e offset

Padrão = 01 (desbloqueado)

*22 Liberar ajuste de

ganho e offset G4 O4 G3 O3 G2 O2 G1 O1

*23 Valor de offset (padrão = 0)

*24 Valor do ganho (padrão = 5000)

25 a 28 Reservados

29 Status de erro

Page 42: Treinamento CLP

39

30 Código de identificação do módulo (K2010)

31 Não pode ser utilizado

Os buffers marcados com “*” podem ter seus valores modificados através de

um PC e os que não possuem esta marca podem ser apenas lidos. No capítulo 4 serão

apresentados os comandos de programa necessário para a leitura e escrita nos buffers

de memória.

Para o ajuste dos ganhos e offsets, devem ser levadas em conta as seguintes

definições:

- Ganho : valor analógico de entrada quando o valor digital de saída for igual a 1000

(1V ou 1mA).

- offset : valor analógico de entrada quando o valor digital de saída for igual a 0.

3.3.6.1 Inicialização dos canais

A inicialização dos canais é feita através da escrita no buffer 0 de um número

hexadecimal de quatro caracteres (HOOOO) , um para cada canal respectivamente da

direita para a esquerda. Os respectivos valores de ajuste para os canais são [5]:

O = 0 : entrada de tensão de -10V a +10V;

O = 1 : entrada de corrente de 4 a 20 mA;

O = 2 : entrada de corrente de -20 a +20mA;

O = 3 : canal desativado.

Exemplo : o número H0023 corresponde à seguinte configuração:

Canal 1 : desativado;

Canal 2 : entrada de corrente de -20 a +20mA;

Canais 3 e 4 : entrada de tensão de -10V a +10V.

Page 43: Treinamento CLP

40

3.3.6.2 Mudanças na velocidade de conversão

Através da escrita de 0 ou 1 no buffer 15, pode-se selecionar a velocidade de

conversão. No entanto devem ser levados em conta os seguintes fatos :

-Para que velocidade de conversão seja constante, devem ser evitadas muitas

mudanças nos parâmetros do módulo durante o programa.

- Quando uma mudança na velocidade de conversão é feita, os buffers de 1 a

4 vão para os valores de fábrica imediatamente após a alteração. Esse detalhe deve ser

levado em conta quando a programa contiver uma operação de mudança de

velocidade de conversão.

3.3.6.3 Ajuste de ganho e offset

Quando o buffer 20 é ativado através escrita do valor 1, todas as configurações

do módulo analógico retornam aos valores de fábrica. Esta é uma maneira rápida de

desfazer modificações que não tiveram resultados satisfatórios.

Ao escrever (1,0) nos bits 1 e 0 respectivamente do buffer 21, os ajustes de

ganho e offset ficam bloqueados. Esta operação impede modificações inadvertidas por

parte do operador. Para autorizar novamente tais modificações, basta escrever (0,1) no

buffer 21.

Os valores de ganho e offset escritos nos buffers 23 e 24 são enviados para

registradores de memória não voláteis de ganho e offset de cada canal de entrada. Os

canais a serem ajustados são especificados pelos bits do buffer 22 .

Exemplo: Para ajustar o ganho e o offset do canal 1, deve-se escrever ‘1’ nos bits G1 e

O1 do buffer 22, escrever os novos valores nos buffers 23 e 24 e retornar o valor dos

bits G1 e O1 do buffer 22 para 0.

Os ganhos e offsets dos buffers 23 e 24 são armazenados em unidades de mV e

μA. Devido à resolução do módulo, a resposta real será em degraus de 5mV ou 20 μA.

Page 44: Treinamento CLP

41

3.3.6.4 Status de erro (buffer 29) Alguns bits do buffer 29 dão informações sobre o status de funcionamento do módulo conforme podemos ver na tabela 10.

Tabela 10 - Diagnósticos de erro ( buffer 29)

Bit 1 (ON) 0 (OFF)

0: erro

Se qualquer um dos bits

de 1 a 4 estiver ativo, a

conversão A/D é

paralisada

Não há erro

1: erro de ganho ou

offset

Os dados do ganhos ou

offsets armazenados na

EPROM estão

corrompidos ou houve um

erro durante o ajuste.

Dados de ganho e offsets

estão normais.

2: problema na fonte

de alimentação

Falha na alimentação

24VDC

Alimentação 24VDC

normal.

3: erro de hardware

Falha do conversor A/D

ou outro elemento de

hardware,

Hardware funcionando

normalmente

10: Erro de escala

digital

Saída digital é menor que

-2048 ou maior que

+2048

Valor digital de saúde

está normal.

11: Erro de cálculo de

média.

Número de amostras é

maior que 4097 ou menor

que 0.

Amostragem e média

normais.

12: ajuste de ganho e

offset bloqueado

Buffer 21 contém (1,0)

(bloqueado)

Buffer 21 contém (0,1)

(desbloqueado)

Os demais bits do buffer 29 são indefinidos.

Page 45: Treinamento CLP

42

Observação:

- Os valores dos buffers 20, 23 e 24 são copiados para a memória EPROM do

módulo. A memória EPROM tem uma vida útil estimada de 10000 ciclos (alterações) ,

por isso evite mudar esses buffers freqüentemente.

- Devido ao tempo de escrita da EPROM, é necessário um intervalo de 300ms

entre instruções que modificam essa memória, por isso deve ser considerado um

intervalo de tempo antes de escrever na EPROM pela segunda vez..

3.4 Módulo de saídas analógicas FX2N – 4DA

3.4.1 Introdução

Este módulo também faz parte do grupo dos blocos de funções especiais. Sua

função é converter um valor digital armazenado na memória do módulo em um valor

analógico nos terminais de saída (conversão D/A). O módulo possui quatro canais de

saída com resolução máxima de 12bits que podem ser usados como saída de tensão(-

10V a +10V com resolução de 5mV) ou corrente (0 a 20mA ou 4 a 20mA com

resolução de 20μA).

Assim como no módulo de entradas analógicas FX2N – 4AD, a seleção dos

modos de operação dos canais, ajuste de ganhos e offsets, leitura e escrita de valores e

demais operações são feitas através dos 32 buffers de memória de 16 bits internos ao

módulo [6].

3.4.2 Características físicas e conexões

Fisicamente, este módulo possui as mesmas características do módulo de

entradas que foi apresentado na seção anterior (figuras 13 e 14), tendo como única

diferença o fato de os terminais externos serem terminais de saída e não de entrada

como no caso anterior.

Page 46: Treinamento CLP

43

3.4.3 Conexões

As conexões típicas do módulo tanto para saídas de tensão como para saídas

de corrente são mostradas na figura 19 [6] .

Figura 19 - Conexões do módulo FX2N-4DA

Para conexão dos equipamentos externos aos canais de entrada deve-se usar

um cabo de par trançado com blindagem (shield). Este cabo deve estar separado dos

circuitos de alimentação para evitar a indução de ruídos elétricos.

A blindagem do cabo de saída deve ser aterrada no lado da carga

(Aterramento classe 3: 100Ω ou menos).

Ruídos elétricos e oscilações no sinal de saída podem ser amenizados com

a conexão de um capacitor de 0,1a 0,47 μF para 25V.

O terminal de aterramento do módulo deve ser conectado ao aterramento da

unidade principal (UCP).

Se os terminais de saída de tensão de um canal forem curto-circuitados ou

se forem conectadas cargas de corrente às saídas de tensão, o módulo pode ser

danificado.

Para alimentar o módulo, pode ser usada a fonte de serviço da unidade

principal .

Não conecte nada ao terminal não utilizado.

Page 47: Treinamento CLP

44

3.4.4 Alimentação dos circuitos

Circuitos analógicos: 24VDC + 10%, 200mA (fonte externa)

Circuitos digitais: 5VDC, 30mA (alimentação interna provida pela unidade

principal através do cabo de extensão).

3.4.5 Características de funcionamento Tabela 11 - Características de funcionamento do módulo FX2N-4DA

Item Saída de tensão Saída de corrente

Saídas analógicas

-10V a +10V

Resistência

externa de carga :

2kΩ a 1MΩ

0 a +20mA

Resistência externa

de carga: 500Ω

Entrada digital

16 bits, binária, com sinal (12bits

efetivos, sendo um para o sinal e 11

para o valor numérico)

Resolução 5mV 20μA

Precisão + 1% +1%

Velocidade de

conversão 2,1ms para os 4 canais

A conversão D/A obedece a uma escala linear que pode ser ajustada através de

modificações nos ganhos e offsets dos canais. As figuras 19, 20 e 21 mostram as

escalas pré-ajustadas de fábrica para cada modo de funcionamento [6].

Page 48: Treinamento CLP

45

Figura 20 - Saída de tensão -10V a +10V

Figura 21 - Saída de corrente 4mA a 20mA

Figura 22 - Saída de corrente 0mA a 20mA

3.4.6 Buffers de memória

O módulo FX2N-4DA possui 32 buffers de memória através dos quais é

possível ajustar as características de seu funcionamento e obter informações sobre

eventuais erros. A tabela 12 faz uma descrição de cada um desses buffers de memória

e seu conteúdo [6].

Page 49: Treinamento CLP

46

Tabela 12 - Buffers de memória do módulo FX2N - 4DA

Buffer Conteúdo

*0 Inicialização dos canais (valor padrão = H0000)

*1 Canal 1

Valores das saídas dos canais 1, 2, 3 e 4,

respectivamente

*2 Canal 2

*3 Canal 3

*4 Canal 4

*5E Modo de retenção de dados (Valor padrão = H0000)

6 e 7 Reservados

*8E Habilita ajuste de ganho e offset dos canais 1 e 2

*9E Habilita ajuste de ganho e offset dos canais 3 e 4

*10 Offset do canal 1

Unidade: mV ou μA

Valores iniciais:

- offset : 0

-ganho : 5000

*11 Ganho do canal 1

*12 Offset do canal 2

*13 Ganho do canal 2

*14 Offset do canal 3

*15 Ganho do canal 3

*16 Offset do canal 4

*17 Ganho do canal 4

18 e 19 Reservados

*20E Carregar configurações de fábrica (Valor inicial : 1)

*21E Habilitar e desabilitar modificações nos parâmetros do

módulo (valor inicial: 1)

22 a 28 Reservados

Page 50: Treinamento CLP

47

29 Status de erro

30 3020

31 Reservado

Os buffers marcados com “*” podem ter seus valores modificados através de

um PC . No capítulo 4 serão apresentadas instruções de programa para leitura e escrita

dos buffers de memória.

Para o ajuste dos ganhos e offsets, devem ser levadas em conta as seguintes

definições:

- Ganho : Valor analógico de saída quando o valor de saída digital (buffer 1 a 4) for

1000.

- offset : valor analógico de saída quando o valor de saída digital é 0.

Quando é selecionado o modo de saída de corrente 4 a 20mA , o offset do canal

é ajustado automaticamente para 4000 e o ganho para 20000, e quando é selecionado o

modo 0 a 20mA, o offset é ajustado para 0 e o ganho para 20000.

Os buffers de memória marcados com “E” são escritos na memória EPROM,

por isso não são perdidos quando há uma perda da alimentação.

Todos os parâmetros são alterados para os valores iniciais de fábrica quando o

valor armazenado no buffer 20 é alterado para 1.

3.4.6.1 Inicialização dos canais

A inicialização dos canais é feita através da escrita no buffer 0 de um número

hexadecimal de quatro caracteres (HOOOO) , um para cada canal respectivamente da

direita para a esquerda. Os respectivos valores de ajuste para os canais são:

Page 51: Treinamento CLP

48

O = 0 : saída de tensão de -10V a +10V;

O = 1 : saída de corrente de 4 a 20 mA;

O = 2 : saída de corrente de 0 a +20mA;

Exemplo : o número H0021 corresponde à seguinte configuração:

Canal 1 : saída de corrente 4 a 20mA;

Canal 2 : saída de corrente de 0 a 20mA;

Canais 3 e 4 : saída de tensão de -10V a +10V;

3.4.6.2 Modo de retenção de dados

Quando o CLP vai para o estado STOP, o último valor de saída quando o CLP

estava em RUN é mantido. Para retornar os valores de saída aos valores de offset da

seguinte forma:

O = 0 : Manter saídas

O = 1 : Retornar para o valor do offset.

3.4.6.3 Ajuste de ganho e offset

Os buffers 8 e 9 habilitam e desabilitam ajustes de ganho e offset dos canais através da

escrita de 1 nos dígitos hexadecimais correspondentes a cada canal. Os valores

correntes de ganho e offset serão mantidos até que seja dado um comando de

habilitação de ajuste.

Buffer 8 Buffer 9

O = 0: mudanças desabilitadas

O = 1: Executar mudanças

Page 52: Treinamento CLP

49

Os valores de ganho e offset dos canais são armazenados nos buffers 10 a 17

em mV ou μA . Após escrever todos os ganhos e offsets, deve-se modificar os buffers

8 e 9 para que as mudanças sejam executadas.

Quando o buffer 21 é alterado para 2, não é possível alterar qualquer

parâmetro do módulo mesmo se a alimentação for desligada. As alterações continuarão

desabilitadas até que o buffer 21 seja modificado para 1. O valor inicial é 1

(habilitado).

3.4.6.4 Status de erro (buffer 29) Alguns bits do buffer 29 dão informações sobre o status de funcionamento do módulo conforme podemos ver na tabela 13.

Tabela 13 - Diagnósticos de erro (buffer 29)

Bit 1 (ON) 0 (OFF)

0: erro Se qualquer um dos bits

de 1 a 4 for igual a 1 Não há erro

1: erro de ganho ou

offset

Há alguma anormalidade

nos dados de ganho e

offset

Dados de ganho e offset

estão normais.

2: problema na fonte

de alimentação

Falha na alimentação

24VDC

Alimentação 24VDC

normal.

3: erro de hardware

Falha do conversor A/D

ou outro elemento de

hardware,

Hardware funcionando

normalmente

10: Estouro de

limites

O valor da entrada digital

ou da saída analógica está

fora dos limites normais

Valor digital de saúde

está normal.

12: Mudanças

desabilitadas

Buffer 21 contém valor

diferente de 1

Buffer 21 contém 1

(mudanças habilitadas)

Os demais bits do buffer 29 são indefinidos.

Page 53: Treinamento CLP

50

Observação:

- A memória EPROM tem uma vida útil estimada de 10000 ciclos (alterações)

, por isso evite escrever programas que modifiquem esses buffers freqüentemente.

- Devido ao tempo de escrita da EPROM, é necessário um intervalo de 3s

entre instruções que modificam o buffer 0 e instruções que modifiquem os buffers 10 a

17.

3.5 Conclusões

Este capítulo fez uma descrição das características do hardware do CLP FX1N

e dos módulos de FX2N-4AD e FX2N-4DA baseando-se em informações extraídas

dos manuais dos respectivos equipamentos. O capítulo seguinte complementa este com

uma apresentação dos recursos de software disponíveis para este sistema.

Page 54: Treinamento CLP

51

4 O CLP MITSUBISHI - SOFTWARE

4.1 Introdução

O capítulo anterior apresentou o hardware do CLP FX1N e dos módulos de

entradas e saídas analógicas. Este capítulo complementa o anterior discutindo os

recursos de software disponíveis para este sistema. Após este capítulo, o leitor deve ser

capaz de utilizar este sistema numa grande quantidade de aplicações de automação e

controle. O CLP FX1N admite duas das linguagens apresentadas no capítulo 2, ladder e

SFC . Alem de comandos básicos, é possível utilizar também uma série de funções

especiais que permitem uma grande flexibilidade no uso deste equipamento.

4.2 Dispositivos programáveis

Cada modelo de CLP possui um certo número de entidades ou dispositivos

internos programáveis e denominações especiais para cada um deles. No caso do FX1N,

estes dispositivos são nomeados através de letras como podemos ver a seguir [3]:

X: entradas digitais acessíveis fisicamente através dos terminais externos do CLP.

Y: saídas digitais acessíveis fisicamente através dos terminais externos do CLP.

T: temporizadores internos.

C: contadores internos.

M: Relés internos auxiliares (alguns são indicadores de operações internas do CLP).

S: Relés de estados (ladder) ou etapas de programa (SFC).

D: Registradores internos de dados de 16 bits.

Page 55: Treinamento CLP

52

4.3 Comandos básicos

Esta seção aborda os comandos básicos das linguagens suportadas por este

modelo de CLP.

4.3.1 Ladder

A tabela relaciona os principais comandos da linguagem ladder e os

dispositivos que podem ser associados aos mesmos [3]: Tabela 14 - Comandos básicos em ladder

Símbolo Descrição Dispositivos

associados

Contato NA

(normalmente aberto) X,Y,T,C,S,M

Contato NF

(normalmente fechado) X,Y,T,C,S,M

( ) Bobina Y,T,C,S,M

Contato de pulso na

transição positiva (OFF-ON) Y,T,C,S,M

Contato de pulso na

transição negativa (OFF-ON)Y,T,C,S,M

[ ] Instrução especial -----------

Page 56: Treinamento CLP

53

4.3.2 SFC

A tabela 15 mostra os principais símbolos utilizados nos programas escritos

em SFC [3]. Tabela 15 - Comandos básicos em SFC

S

ímbolo Descrição

Etapa ou estado inicial

Etapa ou estado

Transição

Jumper

4.4 Descrição dos dispositivos programáveis

4.4.1 Entradas digitais (X)

Representam as entradas físicas do CLP e são utilizadas associadas a contatos

NA e NF. Quando uma entrada é ativada, os contatos associados a ela mudam seus

estados, ou seja, os contatos NA fecham-se e os contatos NF se abrem. As entradas

digitais normalmente são numeradas de forma octal (sem utilizar os algarismos 8 e 9).

O modelo de CLP abordado neste texto (FX1N-14MR) possui 8 entradas digitais mas

é capaz de endereçar até 128 pontos de entradas digitais caso sejam conectados

módulos adicionais. A figura 23 dá um exemplo de como as entradas digitais devem

ser declaradas no programa.

Page 57: Treinamento CLP

54

Figura 23 - Exemplo de aplicação de entradas digitais

Neste programa, temos um contato NA associado à entrada X0 e um contato

NF associado a X1. Enquanto a entrada X0 estiver energizada, o contato NA associado

a ela estará fechado e enquanto X1 estiver energizada, seu respectivo contato NF

permanecerá aberto.

4.4.2 Saídas digitais (Y)

Representam as saídas físicas do CLP e podem ser associadas a contatos NA,

contatos NF ou bobinas. A unidade principal FX1N-14MR possui 6 saídas digitais e

pode endereçar até 128 pontos. Assim como as entradas digitais, as saídas também são

numeradas em octal. A figura 23 dá um exemplo de programação utilizando uma

entrada digital.

Figura 24 - Exemplo de programação de saídas digitais

O exemplo acima ilustra uma aplicação típica nos sistemas de acionamento de

motores. Ao ativar e entrada X0, seu contato NA se fecha ativando a saída Y1. O

contato NA de Y1 em paralelo com o de X0 é o chamado “contato de selo”. Após

retirar a alimentação da entrada X0, seu contato NA retorna à posição normal, mas a

bobina de Y1 continua ativada através de seu contato NA que se fechou quando a

bobina foi ativada. A bobina de Y1 só será desativada quando a entrada X1 for

ativada, abrindo assim seu contato NF.

Page 58: Treinamento CLP

55

4.4.3 Temporizadores (T)

4.4.3.1 Temporizadores não-retentivos

São dispositivos internos que permitem a temporização de operações dentro do

programa. Ao inserir um temporizador no programa, inserimos uma bobina associada

ao nome de um temporizador (T0 a T255) e uma constante decimal1 que representa o

multiplicador da escala do temporizador(10 ou 100ms). Por exemplo: se quisermos

programar um temporizador cuja escala é de 100ms para atuar em 12,3 segundos, a

constante decimal a ser escrita é 123 pois: 123*0,1s = 12,3s. A figura 24 ilustra este

exemplo.

Figura 25 - Programação de temporizadores

Na figura 24 temos o temporizador T20 que possui fator de escala 100ms

programado para atuar em 12,3s e seu contato NA acionando a bobina da saída Y0.

Quando a entrada X0 for energizada, a bobina de T20 será ativada e então começará a

contagem de tempo. Ao final de 12,3s o contato aberto de T20 se fechará e a saída Y0

será ativada. Ao ser desativada a entrada a entrada X0, a bobina de T20 é desativada e

a contagem de tempo retorna para zero e seu contato se abre.

4.4.3.2 Temporizadores retentivos

Um temporizador retentivo mantém o valor corrente da contagem de tempo

quando sua bobina é desativada. Quando a bobina é reativada a contagem continua do

ponto onde foi interrompida. Como não são reiniciados pela desativação das bobinas,

os temporizadores retentivos precisam de uma instrução especial de reset para retornar

ao seu estado inicial. A figura 26 exemplifica o uso de um temporizador retentivo.

1 Constantes decimais são devem ser antecedidas pela letra K. Ex: K100 é a representação do número 100. A

declaração de constantes hexadecimais de 16 bits é feita inserindo e letra H antes do número. Ex.: H1000

Page 59: Treinamento CLP

56

Figura 26 - Utilização de temporizador retentivo

Neste exemplo, quando X1 é energizada, T250 começa a contagem do tempo

até o seu valor de ajuste (34,5s) quando seu contato NA se fecha e Y1 é ativada. Caso

X1 seja desativada, a contagem de tempo fica parada até que seja ativada novamente.

Ao fim do tempo programado, só é possível reiniciar o temporizador com a ativação

da instrução “RST” através da energização da entrada X2 .

4.4.3.3 Temporizadores disponíveis

Os temporizadores são numerados de forma decimal e como vimos

anteriormente diferem entre si pelo fator de escala (1,10ou 100ms) e pelo tipo de

operação (retentivos ou não-retentivos). A tabela 16 faz relaciona os temporizadores

disponíveis para o modelo de CLP abordado por este texto [3]. Tabela 16 - Temporizadores

Tipo e escala Quantidade e

designação

Não-retentivo 100ms 200 (T0 a T99)

Não-retentivo 10ms 46 (T200 a T245)

Retentivo 1ms 4 (T246 a T249)

Retentivo 100ms 6 (T250 a T255)

Page 60: Treinamento CLP

57

4.4.4 Contadores (C)

Os contadores são inseridos no programa na forma de uma bobina combinada

com contatos NA ou NF . A designação desses dispositivos é decimal (C0 a C234)

sendo possível a programação de 4 tipos de contadores como podemos ver na tabela

17 [3]: Tabela 17 - Contadores

Contador Quantidade e

Designação

Unidirecional de 16 bits 16(C0 a C15)

Unidirecional de 16 bits

com latch 184 (C16 a C199)

Bidirecional de 32 bits 20 (T200 a T219)

Bidirecional de 32 bits

com latch 15 (T220 a T234)

4.4.4.1 Contadores unidirecionais de 16 bits

Nesse tipo de contador, o valor corrente é incrementado a cada vez que sua

bobina é ativada até atingir o limite programado que pode estar entre 0 e 32.767. Ao

atingir o valor programado os contatos do contador mudam de estado (os NF abrem e

os NA se fecham). Para fazer com o que o contador retorne a zero, é preciso utilizar a

instrução RST . O valor limite da contagem é inserido diretamente na forma de uma

constante decimal ou ainda a partir de um valor armazenado num registrador de dados.

A programação a partir de um registrador é feita simplesmente substituindo a

constante pelo nome do registrador que contem o valor a ser programado no contador.

Por exemplo: Se quisermos carregar um contador com 100 podemos fazer isso

diretamente inserindo a constante K100 na declaração do contador ou escrever D0 que

poderia ser um registrador carregado com o valor 100. A figura 27 ilustra uma

aplicação típica de um contador unidirecional.

Page 61: Treinamento CLP

58

Figura 27 - Aplicação de contador unidirecional

4.4.4.2 Contadores unidirecionais de 16 bits com latch

Contadores que possuem latch são capazes de reter a valor corrente da

contagem mesmo com o desligamento do CLP. No momento em que o CLP é religado,

o contador é carregado novamente com o último valor de contagem corrente no

momento do desligamento.

4.4.4.3 Contadores bidirecionais de 32 bits

São contadores capazes de incrementar ou decrementar o valor da contagem a

cada vez que suas bobinas são ativadas. A direção de contagem é determinada pelos

estados das bobinas dos relés internos auxiliares (M) . Como vimos na tabela 17, os

contadores bidirecionais vão de C200 a C234, temos portanto associados a eles os

relés auxiliares M8200 a M8234 de forma que se um determinado relé M8xxx estiver

ativo, o contador Cxxx associado a ele será decremental. Por outro lado, se M8xxx

estiver inativo, Cxxx será incremental. A contagem pode ser ajustada para valores

Page 62: Treinamento CLP

59

entre -2.147.483.648 e +2.147.483.64. A figura 28 ilustra a operação desse tipo de

contador.

Figura 28 - Contador bidirecional

Na figura 27 temos o contador C200 carregado com 5 sendo controlado pelo

seu respectivo relé auxiliar M8200. Vemos que quando M8200 está inativo, C200

conta de forma crescente conforme sua bobina é ativada pela entrada X4. Quando

M8200 é ativado pela entrada X2, C200 começa a decrementar o valor de contagem.

Temos também uma instrução de reset acionada pela entrada X3.

4.4.4.4 Contadores bidirecionais de 32 bits com latch

Além de serem bidirecionais, esses contadores possuem a característica de

armazenar o valor corrente da contagem num latch, preservando-o mesmo quando o

CLP é desativado. Quando o CLP é reativado, a contagem continua do ponto onde foi

interrompida.

Page 63: Treinamento CLP

60

4.4.5 Relés auxiliares

São dispositivos internos representados por bobinas associadas a contatos (NA

ou NF). Alguns deles podem ser usados livremente pelo usuário dentro do programa e

outros servem para sinalizar estados do CLP, resultados de operações, erros ou ainda

controlar outros dispositivos como foi visto no caso dos contadores bidirecionais.

4.4.5.1 Relés gerais

Estes relés podem ser usados para compor a lógica do programa mas vale

ressaltar que são dispositivos existentes apenas internamente e não são capazes de

acionar cargas externas. Apenas as saídas podem acessar cargas externas ao CLP. A

tabela 18 relaciona us relés de uso geral. Tabela 18 - Relés de uso geral

Tipos de relés Quantidade

(numeração)

Relés gerais 384

(M0 a M383)

Relés gerais

com latch

1152

(M385 a M1535)

Total disponível 1536

Os relés que possuem latch retêm o último estado no momento em que o CLP

foi desativado e retornam a esta condição quando o CLP é reativado.

4.4.5.2 Relés especiais de diagnóstico

Estes relés indicam estados e operações específicas do CLP e podem ser

divididos em dois grupos:

a) Relés indicadores de operações internas : suas bobinas não podem ser

controladas pelo usuário mas seus contatos podem ser usados no programa. Alguns

dos principais são :

M8000: run monitor - fica ativo enquanto o CLP está no estado RUN;

Page 64: Treinamento CLP

61

M8002: pulso inicial - é ativado momentaneamente quando o CLP passa de

STOP para RUN;

M8011: pulso de relógio de 10ms de período;

M8012: pulso de relógio de 100ms de período;

M8012: pulso de relógio de 1s de período;

M8013: pulso de relógio de 1min de período;

M8061: erro de hardware.

b) Relés de controle de operações: a ativação das bobinas força a execução de

determinadas operações e seus contatos podem ser utilizados no programa. Alguns

dos principais são:

M8033: todos os estados das saídas são retidos quando a operação do CLP é

paralisada;

M8034: todas as saídas são desabilitadas;

M8039: o CLP passa a operar com um tempo de varredura fixo determinado

pelo valor em ms armazenado em D8039.

M8035: forçar modo de operação;

M8036: força o CLP a ir para RUN;

M8037: força o CLP a ir para STOP;

4.4.6 Relés de estado (S)

Estes relés podem ter suas bobinas e contatos usados inseridos no programa

mas só existem internamente e não podem acessar nenhum terminal externo de saída

do CLP. Uma aplicação particular destes relés é representação de estados nos

programas editados em STL (programas editados em ladder com características de

SFC). O CLP FX1N possui 1000 relés de estados (S0 a S999) dotados de latches .

Page 65: Treinamento CLP

62

4.4.7 Registradores de dados (D)

Os registradores de dados que compõem a memória de dados que pode ser

utilizada para armazenar valores de 16 ou 32 bits. A numeração desses dispositivos é

decimal (D0 a D8255) e são divididos em várias categorias como podemos ver na

tabela 19 [3].

Tabela 19 - Registradores de dados

Registradores Quantidade

(numeração)

Registradores de

uso geral

128

(D0 a D127)

Registradores com

latch

7872

(D128 a D7999)

Registradores de

diagnóstico

256

(D8000 a D8255)

Registradores de

arquivo

7000

(D1000 a D7999)

Registradores

ajustáveis

2

(D8030 a D8031)

4.4.7.1 Registradores de uso geral

Estes registradores podem ser utilizados para armazenar valores numéricos ou

binários . Cada registrador possui 16 bits mas é possível armazenar valores e 32 bits

em dois registradores consecutivos. No caso do armazenamento de valores numéricos,

o bit mais significativo (MSB) indica o sinal do número armazenado. Como podemos

ver na figura 29, ao armazenar um valor de 32 bits, o registrador de menor índice

guardará os bits mais significativos e o de maior índice, os bits mais significativos.

Esta operação é feita automaticamente pelo sistema quando é detectada uma operação

de 32 bits, por isso o usuário deve estar atento a esse detalhe ao usar registradores em

seu programa [3].

Page 66: Treinamento CLP

63

Figura 29 - Armazenamento de dados nos registradores

Observações:

- Os dados contidos nesses registradores são perdidos quando o CLP passa de RUN

para STOP. Para que seja possível a retenção dos dados é preciso ativar o relé especial

auxiliar M8033. Outra maneira de preservar os dados é escrevê-los nos registradores

que possuem lacth.

- Quando há no programa uma instrução que modifique o valor contido num

registrador, a alteração só ocorrerá de fato ao fim do ciclo de varredura atual.

4.4.7.2 Registradores especiais de diagnóstico

Os registradores especiais são usados para controlar e monitorar diversos

modos e dispositivos internos do CLP. Os dados desses registradores são carregados

com os valores padrão de fábrica quando o CLP é ligado. Alguns desses registradores

são :

D8000 - Ajuste do watchdog timer1 (padrão: 200ms);

D8010 - Tempo do ciclo de varredura atual (em unidades de 0,1ms);

D8011 - Tempo mínimo do ciclo de varredura (em unidades 0,01ms) ;

D8012 - Tempo máximo do ciclo de varredura (em unidades 0,01ms);

D8039 -Ajuste do tempo em ms de ciclo de varredura quando é ativado o

modo de tempo de varredura fixo ( M8039 ativado).

1 O watchdog timer informa o limite de tempo do ciclo de varredura dentro do qual a execução do programa é

considerada normal. Caso o programa exceda esse limite, um status de erro é emitido.

Page 67: Treinamento CLP

64

4.4.7.3 Registradores de arquivo

Estes registradores podem ser alocados na memória EPROM em blocos de

500 pontos. Por ser alocado no espaço de parâmetros do CLP, cada bloco de 500

registradores de arquivo, equivale a 500 a perda de 500 passos de programa1. Os dados

dos registradores de arquivo são mantidos até mesmo quando o CLP é desligado e só

podem ser modificados por uma instrução especial (BMOV).

.

4.4.7.4 Registradores ajustáveis externamente

Os registradores D8030 e D8031 podem ter seus valores modificados através

dos dois potenciômetros existentes na face frontal do CLP FX1N (figura 29). O

conteúdo desses registradores pode ser ajustado de 0 a 255 sem nenhuma operação

computacional [3].

Figura 30 - Ajuste de registradores externamente

1 Passos de programa: é quantidade de operações que serão realizadas para executar uma determinada instrução.

Instruções básicas normalmente correspondem a 1 passo de programa, outras mais complexas podem chegar a 5.

Page 68: Treinamento CLP

65

4.5 Instruções especiais

As funções especiais tornam o CLP um equipamento mais versátil pois dão ao

usuário condições de resolver problemas mais complexos que os possíveis apenas com

as funções básicas. Para melhor compreensão, as funções especiais serão descritas em

grupos, destacando suas características e sintaxes de programação. Para tornar mais

fácil o entendimento do leitor, deve ser levada em conta a seguinte convenção [3]:

S: operando fonte

D: operando destino

m e n: número de elementos.

4.5.1 - Instruções de controle de fluxo de programa

4.5.1.1 Ponteiros (P)

Embora pertençam à categoria dos dispositivos programáveis, os ponteiros

foram incluídos nesta seção por sempre estarem necessariamente associados com uma

instrução de salto condicional. O CLP FX1N permite a programação de 128 ponteiros

numerados em decimal. O ponteiro 63 aponta fim do programa. A sintaxe de

programação dos ponteiros será descrita juntamente com a instrução de salto associada

a ele (CJ).

4.5.1.2 CJ : salto condicional

Quando ativada, esta função desvia o programa para um trecho marcado por

um ponteiro válido. Alem disso, o trecho de programa localizado entre a instrução CJ e

o ponteiro apontado por ela será ignorado.

Page 69: Treinamento CLP

66

Exemplo:

No exemplo acima temos a

instrução CJ sendo controlada pela

entrada X0 e a saída Y1 controlada pela

entrada X1. Quando X0 for ativada, a

execução é desviada para o trecho apontado por P0 e a saída Y0 será ativada.

Enquanto a instrução estiver ativa, Y1 não terá seu estado alterado mesmo que X1 seja

ativada. Ao apontar o ponteiro 63 com a instrução CJ, o programa será

automaticamente desviado para a instrução END. Um mesmo ponteiro pode ser

apontado por várias instruções CJ mas o trecho de programa apontado por ele tem que

ser único.

4.5.1.3 CALL : Chamada de sub-rotina

Esta instrução também é usada combinada com ponteiros e desvia o programa

para uma sub-rotina que após ser executada retorna ao programa principal a partir do

ponto em que foi chamada.

Exemplo:

No trecho de programa ao lado, quando X0 for

ativada, a execução será desviado para a linha

apontada por P10 e o CLP executará as linhas

seguintes até encontrar a instrução SRET quando

retornará ao ponto imediatamente após a chamada

da sub-rotina. A instrução FEND indica o fim de

um bloco do programa principal e a instrução SRET indica o fim de uma sub-rotina e o

retorno ao programa principal.

Page 70: Treinamento CLP

67

4.5.1.4 Ponteiros de interrupção (I)

Esses ponteiros apontam para rotinas de interrupção e a exemplo dos ponteiros

normais, são declarados à esquerda da linha de programa que possui a primeira

instrução da rotina de interrupção.

As interrupções apontadas por esses ponteiros são associadas à entradas da

seguinte forma [3]:

Exemplo:

No trecho de programa, temos uma rotina de

interrupção sendo ativada na transição positiva

da entrada X1. A instrução IRET determina o

fim da rotina de interrupção e o retorno ao

programa principal. Ponteiros de interrupção

devem ser usados apenas depois de instruções

FEND. Outras duas instruções associadas a interrupções são EI e DI que habilitam e

desabilitam respectivamente o processamento de interrupções. Estas instruções afetam

as interrupções ocorridas em trechos de programas abaixo delas.

4.5.1.5 WDT: Atualização do watchdog timer

Como vimos anteriormente, o watchdog timer verifica se o tempo do ciclo de

varredura não excede um limite estabelecido. Caso isso ocorra, a execução do

programa é paralisada e um status de erro é informado. Esta instrução atualiza o valor

limite do watchdog timer para o valor atual de tempo do ciclo de varredura ate o ponto

atual.

Page 71: Treinamento CLP

68

Sintaxe:

Exemplo:

O valor padrão do watchdog timer é 200ms pode ser alterado através do

registrador D8000 através da seguinte linha de programa:

Neste exemplo o valor de D8000 está sendo alterado para 150.

4.5.1.6 FOR, NEXT : Início e fim de um looping

A instrução FOR possui apenas um operando fonte (S) de 16 bits que é o

número de vezes que o bloco de instruções até a instrução NEXT será executado. Este

operando pode ser uma constante decimal ou hexadecimal, um contador, um

temporizador ou ainda um registrador de dados.

Exemplo:

Page 72: Treinamento CLP

69

É possível programar até 5 níveis de looping do tipo FOR/NEXT mas deve-se ter

cuidado para não aumentar muito o tempo de varredura.

4.5.2 Instruções de movimentação e comparação

4.5.2.1 CMP : Comparação

Compara um valor S1 com outro valor S2 e o valor é indicado por 3 bobinas

consecutivas (M, Y ou S) a partir do primeiro endereço inserido no operando D. A

indicação dos resultado segue a seguinte seqüência:

S2 menor que S1 - Dispositivo D é ativado;

S2 igual a S1 - Dispositivo D+1 é ativado;

S2 maior que S1- Dispositivo D+2 é ativado.

Exemplo:

4.5.2.2 ZCP : Comparação dentro de um intervalo

Esta instrução funciona de forma similar a instrução CMP e faz a comparação

de um valor S3 é comparado a um intervalo entre S1 e S2 e sinaliza o resultado em D.

Os valores S1, S2 e S3 são de 16 bits, podem ser inseridos diretamente através de

constantes decimais, hexadecimais ou ainda indiretamente através de qualquer outro

dispositivo de 16 bits.

A operação da função ZCP é descrita a seguir :

S3 é menor que S1 e S2 : D é ativado.

S3 é igual ou está entre S1 e S2: D+1 é ativado.

Page 73: Treinamento CLP

70

S3 é maior que S1 e S2 : D+2 é ativado.

Exemplo:

4.5.2.3 MOV: Movimentação de dados

Quando a instrução MOV é ativada, o conteúdo do dispositivo fonte (S) é

movido para o dispositivo destino (D). É possível também mover constantes (decimais

ou hexadecimais) diretamente para registradores.

Exemplo:

Se desejarmos mover a constante hexadecimal H0050 para o registrador D10,

precisaríamos escrever a seguinte linha de programa:

4.5.2.4 BMOV : Movimentação de blocos de dados

Esta instrução faz a movimentação de n dados de uma série de elementos

consecutivos S para a mesma quantidade de outros elementos D. As seqüências dos

operandos fonte e destino começam a partir do primeiro elemento declarado o

programa.

Exemplos:

Page 74: Treinamento CLP

71

4.5.2.5 BCD: Conversão de código binário para BCD

Os bits contidos no operando fonte (S) são convertidos no código BCD

correspondente que é armazenado no operando destino (D). O valor convertido pode

chegar a 9999 em 16 bits ou até 99.999.999 em 32 bits. Caso sejam extrapolados esses

valores, ocorrerá um erro. No caso de uma operação de 32 bits, a instrução BCD se

torna DBCD.

Exemplos:

Operação de 16 bits

Operação de 32 bits

Page 75: Treinamento CLP

72

4.5.2.6 BIN: Conversão de BCD para binário

Esta instrução faz exatamente o inverso da função BCD. Um valor em código

BCD armazenado no dispositivo fonte em seu equivalente em código binário e

armazena o resultado no dispositivo destino. Se o valor fonte não estiver no formato

BCD, ocorrerá um erro.

Exemplo:

4.5.3 Operações lógicas e aritméticas inteiras

4.5.3.1 ADD: Adição

Esta instrução faz a adição algébrica (com sinal) de dois operandos (S1 e S2)

de 16 ou 32 bits e armazena o resultado num terceiro operando especificado pelo

usuário.

Exemplo:

Um mesmo dispositivo (S1 ou S2) pode ser usado como fonte e destino da

operação de soma. Isto é muito comum em programas que utilizam acumuladores,

onde a operação de soma é realizada várias vezes. Caso o resultado da operação seja 0,

o relé auxiliar M8020 será ativado automaticamente para sinalizar esta condição. O

relé M8022 sinaliza quando o resultado excede os limites positivos 32.767 (16bits) ou

2.147.483.647 (32 bits) e o relé M8021 sinaliza o quando o resultado excede os limites

negativos -32.768 ou -2.147.483.647.

Page 76: Treinamento CLP

73

4.5.3.2 SUB: Subtração

Os dados contidos em dois dispositivos S1 e S2 são subtraídos (S1 – S2) e

resultado é armazenado no dispositivo especificado. As características da função SUB

referentes aos operandos e à sinalização de resultados são as mesmas da função ADD

descrita anteriormente.

Exemplo:

4.5.3.3 MUL: Multiplicação

Os conteúdos de dois dispositivos (S1 e S2) são multiplicados e o resultado é

armazenado num dispositivo (D) especificado. Ao utilizar a instrução MUL, alguns

detalhes devem ser levados em conta:

- Uma multiplicação de dois operandos de 16 bits produzirá um resultado de

32 bits que será armazenado em dois dispositivos consecutivos de 16 bits mesmo

que sua magnitude não exceda o limite de um dispositivo.

Exemplo:

Supondo que no registrador D0 tenhamos armazenado o valor 5 e o

registrador D2 esteja carregado com 7, o resultado da multiplicação (35), será

armazenado nos registradores D4 e D5 como uma palavra de 32bits.

- De forma similar, dois operandos de 32 bits produzirão um resultado de 64

bits que será armazenado em 4 registradores consecutivos.

Page 77: Treinamento CLP

74

4.5.3.4 DIV: Divisão inteira

O primeiro operando S1 é dividido pelo segundo S2 sendo o resultado e o

resto armazenados em dois dispositivos consecutivos onde o primeiro guardará o

quociente e o segundo o resto.

Exemplo:

Neste exemplo, o valor armazenado em D0 será dividido pelo valor armazenado em

D2 sendo o quociente armazenado em D4 e o resto em D5.

Divisões entre operandos de 16 bits produzirão quocientes e restos de 16 bits e

divisões de 32 bits produzirão quocientes e restos de 32 bits.

4.5.3.5 INC: Incrementar

O valor contido no operando destino é incrementado em uma unidade. O

operando destino pode ser de 16 ou 32 bits.

Exemplo:

4.5.3.6 DEC: Decrementar

O valor contido no operando destino é decrementado em uma unidade. Assim

como na instrução INC, são permitidos operandos de 16 ou 32 bits.

4.5.3.7 WAND, WOR, WXOR: AND, OR e XOR lógicos

Estas instruções realizam as operações lógicas bit a bit entre as palavras

binárias armazenadas em dois dispositivos S1 e S2 e armazenam o resultado no

dispositivo destino. Os operandos podem ser de 16 ou 32 bits.

Exemplos:

Page 78: Treinamento CLP

75

4.5.4 Instruções de rotação e deslocamento

4.5.4.1 SFTR: Pilha de estados

Esta instrução copia os estados de n2 dispositivos do tipo bit (X,Y,M e S) para

uma pilha de bits de tamanho n1. Para cada adição de n2 bits, os dados já existentes na

pilha de bits são deslocados n2 bits para a direita.

Exemplo:

4.5.5 Operações com dados

4.5.5.1 ZRST: Reset múltiplo

Um intervalo de dispositivos consecutivos (D1 a D2) inclusive os dois

destinos declarados na linha de programa retornam aos seus estados inicias

simultaneamente. Os dispositivos devem ser todos do mesmo tipo e o limite. Por

exemplo, se quisermos reiniciar simultaneamente os relés M500 a M599, deveremos

utilizar a seguinte linha de programa:

Page 79: Treinamento CLP

76

4.5.6 Processamento em alta velocidade

4.5.6.1 REF: Atualização de entradas e saídas

Esta instrução força a atualização imediata de uma seqüência de n entradas ou

saídas consecutivas a partir do primeiro endereço declarado em S. Esta atualização é

feita durante o ciclo de varredura normal do CLP quando é processada a instrução

END e no primeiro passo do ciclo seguinte. A instrução REF é utilizada somente

quando há a necessidade de uma atualização imediata. O número de entradas ou

saídas a serem atualizadas deve ser um múltiplo de 8.

Exemplo:

Esta linha de programa atualiza os estados de 8 entradas de X10 a X17.

4.5.6.2 SPD: Contar pulsos de encoder

Esta função conta o número de pulsos recebidos no dispositivo apontado por

S1 durante o tempo especificado em S2 (em ms) e armazena em no dispositivo D+1.O

tempo restante para o fim do intervalo de contagem é armazenado em D+2 e o

resultado da última contagem é armazenado em D. Esta função é muito útil em

aplicações de cálculo de velocidade.

Os dispositivos utilizados devem ser:

- S1: X0 a X5;

- S2: K, H, T ou C

- D: D, C ou T

Page 80: Treinamento CLP

77

Exemplo:

Valor corrente da contagem

Valor acumulado da última contagem

Tempo restante do intervalo definido

Uma feita a contagem do número de pulsos, pode se calcular a velocidade

matematicamente conforme as expressões abaixo:

Velocidade linear (km/h) = nSD

*2*3600 *10³

Onde n = número de divisões lineares do encoder por quilômetro

Velocidade radial (rpm) = 2*

*60SnD *10³

Onde n = número de pulsos de encoder por rotação.

Page 81: Treinamento CLP

78

4.5.6.3 PLSY : Gerar pulsos

Esta instrução gera uma seqüência de S2 pulsos na saída especificada por D na

freqüência S1. As freqüências podem ser de 1 a 132.767Hz para operações de 16 bits e

de 1 a 100kHz para operações de 32 bits. O número de pulsos pode ser de até 32.767

em 16 bits ou até 2.147.483.647pulos. Quando o número de pulsos especificado é

atingido, o relé M8029 é ativado. Esta instrução é mais apropriada para módulos de

saída a transistor pois saídas a relé terão sua vida útil diminuída se utilizadas.

Exemplo:

Emissão do número de pulsos armazenado em D0 na freqüência de 1000Hz

através da saída Y0.

4.5.6.4 PWM: Modulação de largura de pulso

Esta instrução gera um trem de pulsos com largura definida durante um

intervalo tempo também definido. Esta instrução pode ser usada somente uma vez

dentro do programa .

Os parâmetros da função são:

S1: Tempo durante o qual são emitidos os pulos em ms;

S2: Largura dos pulsos em ms;

D: Saída que emitirá os pulsos (Y0 ou Y1).

Exemplo:

Page 82: Treinamento CLP

79

4.5.7 Instruções de controle

4.5.7.1 ALT: Alternar estado

Cada vez que essa instrução é executada, o estado do dispositivo destino é

invertido, ou seja, se o dispositivo estiver ativo, será desativado e se estiver inativo

será ativado. Esta instrução só se aplica a dispositivos do tipo bit (X,M e S).

Exemplo:

4.5.7.2 RAMP: Rampa

Esta instrução varia o valor um valor do registrador de destino D entre dois

limites definidos S1 e S2 durante n ciclos de varredura sendo o número do ciclo de

varredura atual armazenado em D=1. Quando a execução está completa (D = S2), o

relé auxiliar M8029 é ativado para sinalizar esta condição. Pode-se construir uma

rampa ascendente ou descendente de acordo com os parâmetros S1 e S2 . Os

parâmetros S1, S2 e D devem ser registradores e n deve ser uma constante decimal ou

hexadecimal de 16 bits.

Exemplo:

Page 83: Treinamento CLP

80

4.5.8 Instruções para controle de dispositivos externos de entrada e saída

4.5.8.1 FROM: Leitura de um bloco de função especial

Esta instrução faz a leitura dos buffers de memória de um bloco de função

especial para armazenando os dados no CLP. A instrução faz a leitura de n palavras

consecutivas de 16 bits de dados começando do buffer de memória m2 do bloco de

função especial localizado na posição m1. Os dados são copiados para n dispositivos

consecutivos do CLP (normalmente registradores) a partir do primeiro endereço

indicado por D. Cada bloco de função especial é endereçado de 0 a 7 começando

daquele mais próximo da unidade principal como podemos ver na figura 30.

Figura 31 - Endereçamento de blocos de funções especiais

Exemplo:

Cópia dos dados de 6 buffers de memória do módulo n° 2 da figura 30 a partir

do buffer n° 10 para 6 registradores a partir de D10.

4.5.8.2 TO: Escrita em blocos de funções especiais

A instrução TO é a instrução complementar da instrução FROM vista

anteriormente. Ao ser ativada, esta instrução copia n palavras de dados a partir do

endereço S para n buffers de memória do bloco de função especial localizado na

Page 84: Treinamento CLP

81

posição lógica m1 a partir do endereço m2. Além de copiar dados armazenados em

registradores do CLP para os buffers do bloco, pode-se também escrever diretamente

constantes decimais ou hexadecimais.

Exemplo:

Copiar somente o valor armazenado em D20 para o buffer de memória 10

localizado na posição lógica 2 de um bloco de função especial.

Exemplo:

Para ilustrar o uso combinado das instruções FROM e TO, apresentaremos dois

exemplos básicos de programação dos blocos de FX2N-4AD (Entradas analógicas) e

FX2N-4DA (saídas analógicas):

1) Bloco de entradas analógicas [5]:

O código de identificação do bloco na

posição 0 é copiado para D4 e

comparado com o do FX2N-4AD. Se

for igual , M1 é ativado.

Os canais 1 e 2 são programados para

entrada de tensão e os canais 3 e 4 são

desativados.

O número de amostras válidas para os

canais 1 e 2 é ajustado para 4.

Checagem de erro.

Se não houver erro,os valores dos

buffers 5 e 6 são copiados para D0 e

D1.

Page 85: Treinamento CLP

82

2) Bloco de saídas analógicas [6]:

Checagem do código de identificação do

bloco na posição 1.

Programação dos 4 canais

Inserção dos valores digitais de entrada

Carregar valores de saída

Verificação de erro

Sinalização de erro.

4.5.8.3 ASCI: Conversão de hexadecimal par ASCII

Uma seqüência de n valores hexadecimais armazenados em n dispositivos a

partir do primeiro endereço declarado em S e os converte em caracteres ASCII que são

armazenadas em n registradores a partir do primeiro endereço declarado em D.

Exemplo:

4.5.8.4 HEX: Conversão de ASCII para hexadecimal

Quando ativada, a instrução HEX faz conversão de dados no formato ASCII

para hexadecimal seguindo o mesmo procedimento descrito para a função ASCI.

Page 86: Treinamento CLP

83

4.5.8.5 PID: Malha de controle PID

Esta instrução compara o valor atual da saída S2 de um processo e compara

com um valor de referência S1 . A diferença (erro) entre estes valores é processada

através de uma malha de controle PID e uma ação corretiva (sinal de controle) é

gerada . O sinal de controle a ser aplicado na entrada atual é armazenado em D. Os

parâmetros do controlador são inseridos através de 25 registradores de dados

consecutivos a partir do primeiro endereço apontado por S3.

Exemplo 1:

Observações:

- Cada aplicação possui características próprias que demandarão algumas

tentativas e erros até atingir os parâmetros ideais para a instrução PID.

- Para aplicações onde não é necessário um controle PID completo, é possível

implementar um controle PI, P ou PD através da manipulação individual dos

parâmetros.

- É possível inserir vários loops PID ao longo do programa mas é preciso ter

cuidado ao fazê-lo pois se trata de uma instrução de alta complexidade e portanto tem

grande influência no tempo de processamento do programa.

Equações do controle PID

Para o cálculo do sinal de controle são utilizadas as seguintes equações:

- Operação direta: Quando a saída do sistema normalmente está acima do

valor de referência. Um exemplo disso são prédios que necessitam de sistemas de ar

condicionado. Sem o condicionamento de ar, a temperatura estará acima do valor

desejado, então é necessário diminuir a saída do sistema (temperatura).

Page 87: Treinamento CLP

84

- Operação reversa: Quando a saída do sistema normalmente está abaixo do

valor de referência. Um exemplo dessa condição é a temperatura de um forno que será

sempre menor que o valor de referência a menos que ocorra alguma ação de controle

como a ativação do elemento de aquecimento.

Equações:

Operação direta

Operação reversa

Page 88: Treinamento CLP

85

Onde:

EVn = valor atual do erro

EVn-1 = valor do erro na anterior

SV = valor de referência (S1)

PVn = valor atual de saída do processo (S2)

PVnf = valor calculado da saída

PVnf-1 = valor de saída na iteração anterior

PVnf-2 = valor da saída a duas atrás

ΔMV = mudança no sinal de controle

MVn = ação de controle (D)

Dn = ação derivativa

Dn-1 = ação derivativa anterior

Kp = constante proporcional

α = filtro de entrada

Ts = tempo de amostragem

TI = constante de tempo da ação integral

TD = constante de tempo da ação derivativa

KD = constante derivativa

A instrução PID é apenas um algoritmo matemático e sempre que ativada fará a

manipulação dos valores de entrada e calculará uma saída. Compete ao usuário

certificar-se de que estes valores são pertinentes ao processo que deseja controlar.

Ajuste dos parâmetros

Os parâmetros da instrução PID são inseridos em 25 registradores consecutivos

a partir de S3 mas apenas 7 destes parâmetros devem ser inseridos pelo usuário, os

outros são utilizados para operações internas da instrução.

Page 89: Treinamento CLP

86

Tabela 20 - Parâmetros da instrução PID ajustados pelo usuário

Registrador

S3+P

Parâmetro

nome /função Descrição Faixa de ajuste

S3+0 Tempo de amostragem

Ts

Intervalo de tempo entre a

amostragem dos sinais 1 a 32767ms

S3+1 Direção de operação e

controle de alarmes

b0: (0/1) Operação

direta/reversa

b1= (0/1) habilitar/desabilitar

alarmes

b3 a b15: reservados

_____________

S3+2 Filtro de entrada α O filtro de entrada atenua

oscilações e ruídos dos sinais . 0 a 99%

S3+3 Ganho proporcional

Kp

Altera a parte proporcional do

sinal de controle 1 a 32767%

S3+4

Constante de tempo

integral

TI

Tempo em que a ação

derivativa atinge magnitude

igual a da ação proporcional.

O valor 0 desabilita a parte

integral do controlador

(0 a 32767)

*100ms

S3+5 Ganho derivativo

KD

Altera a porção derivativa do

sinal de controle 1 a 100%

S3+5 Constante de tempo

derivativa TD

Tempo em que a ação

derivativa atinge magnitude

igual a da ação proporcional.

O valor 0 desabilita a parte

derivativa do controlador.

(0 a 32767) *10ms

Page 90: Treinamento CLP

87

Exemplo de parametrização

D500: Ts = 500ms

D501: Operação direta e alarmes

desabilitados

D502: filtro de entrada α = 50%

D503: Kp = 75%

D504: TI = 200ms

D505: KD = 50%

D506: TD = 30ms

Valor de referência

Leitura do valor de saída do sistema

através de um bloco de entradas

analógicas.

Execução da instrução PID e

armazenamento do sinal de controle

calculado em D525.

4.5.9 Instruções de comparação com efeito de contato

Se o resultado da comparação entre dois valores ( S1 e S2) for verdadeiro, a

instrução se torna um contato fechado.

Exemplo:

Page 91: Treinamento CLP

88

As comparações podem ser usadas como únicos contatos da linha, em série ou em

paralelo com outros contatos e bobinas. Os operandos da comparação podem ser de 16

ou 32 bits.

4.6 Software de programação (GX Developer 7)

Esta seção complementa o estudo do CLP FX1N com a apresentação do

software utilizado para programá-lo, o GX Developer 7 da MELSOFT , um ambiente

que permite editar o programa, descarregá-lo para o CLP, monitorar as variáveis do

sistema on-line e ainda copiar um programa armazenado no CLP para o computador

[4]. Todos esses recursos serão descritos ao longo desta seção de modo a tornar o leitor

apto a trabalhar com o equipamento de maneira eficiente e objetiva.

4.6.1 Abrindo o programa

Após instalação do software, que é muito simples, ele estará disponível no

menu Iniciar. Para abrir programa, clique em: Iniciar Programas MELSOFT

Aplication GX Developer.

Page 92: Treinamento CLP

89

A seguinte janela se abrirá:

Na tela inicial do programa podemos ver que a maioria das ferramentas está

desabilitada. As barras de ferramentas e menus disponíveis variam de acordo com cada

tipo de programa e operação que estiver sendo realizada.

Page 93: Treinamento CLP

90

4.6.2 Menus, janelas e ferramentas

4.6.2.1 Barra de títulos e barra de menus.

A barra de título exibe o nome do projeto que está sendo executado no

momento e informa o tipo modo de exibição atual (edição, leitura, monitoramento).

A barra de menus é dá acesso a menus padrão do programa, que são:

- Project: comandos principais de gerenciamento dos arquivos que compõem

o projeto ( novo, abrir, fechar , salvar, imprimir, etc).

- Edit: comandos padrão de edição (copiar, colar, recortar, desfazer, etc) e

ainda outros específicos para programas em ladder ou SFC.

- Find/Replace: Busca e substituição de elementos do programa (dispositivos,

instruções, blocos, etc).

- Convert: comandos de compilação do programa e checagem de erros de

sintaxe.

- View: comandos de gerenciamento de visualização de objetos (comentários,

zoom, barras de ferramentas visíveis, etc).

- Online: comandos de interação com o CLP quando ele está (escrita, leitura,

monitoramento, etc).

- Diagnostics: Comandos de monitoramento das condições do sistema.

- Tools: Comandos de ajuste e teste do sistema..

- Window: comando de gerenciamento das janelas que compõem o projeto.

- Help: opções de ajuda sobre o programa.

O acesso à barra de menus pode ser feito através de mouse ou ainda através do teclado

pressionando-se a tecla alt juntamente com a primeira letra do menu que deseja

acessar.

Page 94: Treinamento CLP

91

4.6.2.2 Barras de ferramentas padrão

Nesta barra se encontram as ferramentas que são comuns a todos os programa (edição,

leitura e escrita no CLP, teste de dispositivos,etc).

4.6.2.3 Barras de ferramentas de edição de programas

Nestas barras estão as ferramentas utilizadas para a edição e compilação de

programas em ladder ou SFC . As barras são habilitadas de acordo com o tipo de

programa que estiver sendo editado no momento.

4.6.2.4 Janela de visualização e edição de programas

Page 95: Treinamento CLP

92

Nesta janela é possível editar o programa graficamente e monitorar seu

funcionamento quando o CLP está conectado ao PC.

4.6.2.5 Janela de gerenciamento do projeto

Nesta janela podem ser acessados os componentes do projeto (programa,

memória, parâmetros e comentários). Quando é selecionado algum dos componentes,

se abre uma janela que permite a visualização de e edição de suas propriedades.

Page 96: Treinamento CLP

93

4.6.3 Edição de programas

4.6.3.1 Criando um novo programa

Para que um novo programa possa ser criado, ele precisa estar vinculado a um

projeto. No menu Project selecione a opção New Project ou na barra de ferramentas

padrão clique no botão . A seguinte caixa de diálogo aparecerá:

Nesta caixa de diálogo, escolha a família e o tipo de CLP , o tipo de programa

(ladder ou SFC), selecione o local e o nome com que o projeto será salvo e clique em

OK. Após isto a janela de edição do tipo de programa escolhido se abrirá.

4.6.3.2 Abrindo um projeto já existente

No menu Project, selecione a opção Open project ou clique em . A seguir

selecione o diretório onde seu projeto foi salvo em seguida o arquivo desejado.

Page 97: Treinamento CLP

94

Clique em Open e a janela de edição se abrirá.

4.6.4 Edição de programas

Após termos criado um projeto, é necessário editar o programa e os demais

componentes (memória, comentários e parâmetros). O programa é a parte principal do

projeto pois é nele que está contida a lógica de operação do CLP. Como visto

anteriormente, podemos programar em ladder ou SFC . A edição de programas pode

ser feita de forma bem confortável no GX Developer devido a sua interface gráfica

amigável.

4.6.4.1 Programação em ladder

Quando criamos novo um programa ladder, a barra de ferramentas ladder é

habilitada. A edição pode ser feita utilizando os botões da barra de ferramenta ou ainda

as teclas de atalho que são indicadas nos próprios botões como pode ser visto na tabela

21 [4].

Page 98: Treinamento CLP

95

Tabela 21 - Botões da barra de ferramentas ladder

Botão Descrição Tecla de atalho

Contato aberto F5

Contato aberto

em paralelo Shift+F5

Contato fechado F6

Contato fechado

em paralelo Shift+F6

Bobina F7

Instrução especial F8

Linha horizontal F9

Linha vertical Shift+F9

Apagar uma linha

horizontal Ctrl+F9

Apagar uma linha

vertical Ctrl+F10

Contato de pulso na

transição positiva Shift+F7

Contato de pulso na

transição negativa Shift+F8

Contato de pulso na

transição positiva em

paralelo

Alt+F7

Contato de pulso na

transição negativa em

paralelo

Alt+F8

Page 99: Treinamento CLP

96

Inverter operação Ctrl+Alt+F10

Desenhar

manualmente F10

Apagar desenho

manual Alt+f10

A janela de edição terá o seguinte aspecto:

A linha contendo a instrução END é inserida automaticamente quando um

novo programa é criado.

Para iniciar a edição selecione esta linha e escolha um elemento a ser inserido

através da barra de ferramentas ou uma tecla de atalho. Ao clicar em um botão, uma

caixa de diálogo se abrirá para que você informe o nome do dispositivo associado ao

elemento que está sendo inserido (bobina ou contato) e os parâmetros do mesmo caso

haja. Digite o nome do dispositivo e clique em OK (ou tecle Enter) .

Page 100: Treinamento CLP

97

A edição é feita da esquerda para a direita até ser inserida uma bobina ou

contato quando a linha é finalizada. Repare que a linha de programa fica semelhante a

um circuito elétrico.

Page 101: Treinamento CLP

98

Note que a linha editada aparece em cinza, isto significa que ela ainda não foi

compilada. Podemos compilar o programa acessando o menu Convert , clicando no

botão ou ainda pressionando a tecla F4. Caso haja algum erro de sintaxe no

programa, uma mensagem de erro é exibida e a compilação é cancelada. Corrija o erro

indicado pela mensagem e execute a compilação novamente. A tela do programa ficará

branca novamente indicando que ele está correto.

Para inserir contadores e temporizadores, clique no botão e na caixa de

diálogo de dispositivos digite o nome do dispositivo, dê um espaço e em seguida digite

o valor de ajuste (decimal ou hexadecimal). Por exemplo, a inserção do temporizador

T1 programado para 10s teria a seguinte sintaxe: T1 K100.

Para inserir instruções clique no botão da barra de ferramentas ladder e

a caixa de diálogo digite o nome da instrução e seus parâmetros separados por espaços

a exemplo dos contadores e temporizadores.

Page 102: Treinamento CLP

99

Comentários , declarações e notas podem ser inseridos através dos botões

da barra de ferramentas de edição de programas . O programa pode ser

visualizado também na forma de lista de instruções clicando no botão .

Page 103: Treinamento CLP

100

4.6.4.2 Programação em STL (Step ladder)

Programas em STL nada mais são que programas ladder com características

de SFC, ou seja, programas divididos em estados ou etapas [3]. Os blocos do programa

em STL quando convertidos para SFC originam blocos SFC e os trechos do programa

escritos em ladder convencional, são convertidos em blocos ladder. Para converter um

programa de ladder para SFC, selecione o menu Project e clique em: Edit

Data Change program type.

A estrutura de um programa STL é definida pelos relés de estado (S1 a S999)

e pelas instruções SET, RST,STL e RET.

A instrução SET força a ativação da bobina do dispositivo indicado, que se

mantém ativo até que seja ativada a instrução RST apontando para o mesmo

dispositivo.

Um bloco de programa STL é delimitado pelas instruções STL e RET e só é

executado quando o relé de estado indicado pela instrução STL for ativado por uma

instrução SET. Podemos escrever blocos de programa em STL intercalados com

Page 104: Treinamento CLP

101

blocos de programa ladder normais. A desativação dos estados se dá pela instrução

RST.

Exemplo:

Neste exemplo temos um bloco de programa em STL com dois estados (S0 e S10)

onde a transição entre eles é controlada pela entrada X0. As linhas de programa que

não estão entre as instruções STL e RET são tratadas como blocos de programa em

ladder convencional.

A conversão deste programa para SFC resultaria em um bloco ladder e um bloco SFC

com o seguinte conteúdo:

O estados 0 e 10 no programa SFC correspondem aos estados S0 e S10 no

programa STL .O programa STL agora está contido dentro dos estados. A próxima

seção tornará mais clara a relação entre STL e SFC .

Page 105: Treinamento CLP

102

4.6.4.3 Programação em SFC

Os programas em SFC nada mais são que um conjunto de subprogramas

escritos em outra linguagem. No caso do CLP abordado por este texto, os blocos SFC

são fundamentalmente conjuntos de subprogramas ladder, o que permite total

aproveitamento das informações vistas até agora.

Quando a opção SFC é selecionada na janela de criação de projetos, abre-se a

janela de edição com a estrutura do programa principal que consiste numa lista dos

blocos que compõem o programa. No caso de estarmos criando um novo programa, a

lista de blocos estará vazia.

Para inserir um bloco, dê um duplo numa linha da lista e escolha o tipo de

bloco que deseja inserir (ladder ou SFC) atribua um título um título a ele.

1) Edição de blocos ladder

São permitidos até 11 blocos ladder na lista de blocos. Estes blocos

geralmente são usados para gerenciar as atividades dos blocos SFC que contém a

lógica do programa propriamente dita . A edição desses blocos é feita do mesmo modo

Page 106: Treinamento CLP

103

que num programa ladder convencional . Os blocos SFC somente podem ser

chamados dentro dos blocos ladder através de seus estados iniciais, como acontece nos

programas STL.

Para iniciar a edição de um bloco ladder, dê um duplo clique sobre o seu título

na lista de blocos. A janela de edição se abrirá e a barra de ferramentas ladder será

habilitada, nela você deve definir a seqüência em que os blocos serão ativados através

dos relés de estado S0 a S9 . Cada relé representa o estado inicial de um bloco SFC,

portanto podemos ter no máximo 10 blocos SFC .

Page 107: Treinamento CLP

104

Exemplo :

Neste exemplo podemos ver que além de controlar a seqüência de execução do

programa, os blocos ladder permitem também todas as outras operações realizadas nos

programas convencionais tais como acionar temporizadores e saídas digitais.

Para voltar à janela da lista de blocos, vá até a janela de gerenciamento do projeto,

selecione o item Program e dê um duplo clique em MAIN você tiver escrito apenas um

programa ou em caso de haver mais de um, escolha aquele que deseja visualizar. Os

comandos da janela de gerenciamento do projeto (New, Copy, Delete, Rename e

Change program type) são exibidos clicando com o botão direito do mouse no item

desejado.

Page 108: Treinamento CLP

105

2) Edição de blocos SFC

Na janela principal, dê um duplo clique sobre o nome de um dos blocos SFC .

A janela de edição se abrirá e a barra de ferramentas SFC será habilitada. Repare que o

estado inicial já é inserido automaticamente numerado entre 0 e 9. A janela á direita é

a janela ladder onde é feita a edição internados estados e das transições.

Page 109: Treinamento CLP

106

A tabela 22 descreve os botões disponíveis na barra de ferramentas SFC [7].

Tabela 22 - Barra de ferramentas SFC

Botão Descrição Tecla de atalho

Inserir estado F5

Inserir jump para outro

estado F8

Inserir linha vertical Shift+F9

Definir jump reset Ctrl+5

Desenhar linha vertical Alt+F5

Desenhar divergência

seletiva Alt+F7

Desenhar convergência

seletiva Alt+F9

Desenhar convergência

simultânea Alt+F10

Desenhar divergência

simultânea Alt+F8

Apagar linha vertical Ctr+F9

Inserir transição F5

Inserir convergência

seletiva F6

Inserir divergência

simultânea F7

Inserir convergência

seletiva F8

Page 110: Treinamento CLP

107

Inserir convergência

simultânea F9

Definir jump normal Ctrl+1

Repare que algumas teclas de atalho são utilizadas para mais de uma função, isto é

possível porque os botões são habilitados e desabilitados de acordo com o trecho de

programa que está sendo editado. Para melhor entendimento, devemos definir com

mais detalhes cada elemento de um diagrama SFC:

- Estado: subprograma ladder correspondente a uma determinada etapa da lógica do

programa principal. O primeiro estado de um bloco é chamado estado inicial.

- Transição: Habilita a próxima etapa do programa desde que seja satisfeita uma

determinada condição. A condição é escrita em ladder na forma de um contato de um

dispositivo em série com o símbolo TRAN. Este símbolo não está disponível na barra

de ferramentas, para inseri-lo, você vê dar um duplo clique na linha de programa e na

caixa de diálogo digitar TRAN.

- Jump: especifica para que estado será habilitado após uma transição. Um jump pode

apontar para estados dentro do mesmo bloco ou em outros blocos. Um jump pode ser

configurado para operação normal ou reset. Quando configurado como reset, um jump

causa a reinicialização do estado apontado por ele.

Page 111: Treinamento CLP

108

- Divergência seletiva: várias transições em paralelo ligadas a estados diferentes. As

condições determinadas por cada transição determinam qual estado será habilitado.

- Divergência simultânea: uma única transição habilita vários estados ao mesmo

tempo. Podemos ter até 16 estados paralelos.

- Convergência seletiva: várias transições apontam para um mesmo estado.

Page 112: Treinamento CLP

109

- Convergência simultânea: vários estados apontam para uma mesma transição.

4.6.5 - Inserindo comentários

Durante a edição do programa, seja em ladder ou SFC, podemos inserir

comentários associados a cada dispositivos que estamos utilizando como por exemplo

indicar que uma determinada entrada digital está conectada a um sensor ou que uma

saída aciona uma lâmpada. Como vimos anteriormente, isto pode ser feito pela barra

de ferramentas através do botão da barra de ferramentas de edição de programas.

Basta clicar no botão,dar um duplo clique sobre o local desejado e escrever o

comentário na caixa de diálogo.

Page 113: Treinamento CLP

110

Uma outra forma de fazer isso é abrindo a lista de comentários na janela de

gerenciamento do projeto. Selecione o item Device comment e dê um duplo clique em

COMMENT. Uma lista de dispositivos se abrirá, nela você pode selecionar o

dispositivo que desejar e atribuir um comentário a ele.

Page 114: Treinamento CLP

111

4.6.6 Alterando parâmetros do sistema

Abaixo do item Device comments encontra-se o item Parameters. Após

selecionar este item, dê um duplo clique em PLC parameters. A janela de parâmetros

do CLP se abrirá.

Esta permite modificar alguns parâmetros do sistema para adequar seu funcionamento

à aplicação que será executada. Esta janela possui cinco abas:

- Memory capacity: Capacidade de memória do CLP, geralmente ajustada

automaticamente em função do tipo de CLP usado.

- PLC name: você pode dar um nome ao CLP para tornar mais fácil a sua identificação

dentro de uma rede por exemplo.

- I/O assigment : Definir o número de entradas e saídas endereçáveis.

Page 115: Treinamento CLP

112

- PLC system(1): Definição do tipo de modem conectado ao CLP (caso haja) e também

da entrada de controle utilizada para controlar o estado de operação do CLP

(RUN/STOP) da maneira vista no 3.2.3 .

- PLC system(2): Configurações de comunicação (protocolo, taxa de transferência,

etc.)

4.6.7 Acesso à memória do CLP

O GX Developer permite que sejam definidos os valores a serem carregados

nos registradores de dados do CLP diretamente sem o uso de instruções de programa.

Ainda na janela de gerenciamento do projeto, selecione o item Device memory e dê um

duplo clique em MAIN . Na janela de memória, selecione os registradores e escreva os

valores que desejar.

Page 116: Treinamento CLP

113

4.6.8 Escrever no CLP

Após escrever o programa e ajustar todos os componentes do projeto, temos

que transferir todas essas configurações para o CLP [4]. A escrita no CLP pode ser

feita através do comando Write to PLC do menu Online ou clicando no botão da

barra de ferramentas padrão. Antes de iniciar a escrita, devemos selecionar quais

configurações queremos transferir para o CLP marcando os itens da janela de

transferência.

Após selecionar os itens que deseja transferir, clique em Execute e a

transferência começará. Antes de iniciar a escrita, uma mensagem será exibida

pedindo permissão para colocar o CLP em STOP durante o processo de escrita. Você

deve clicar em Sim. Ao fim da escrita, uma outra mensagem é exibida pedindo que

você autorize o retorno do CLP ao estado RUN. Você pode permitir a operação

automaticamente ou fazer isso através dos métodos já vistos no item 3.2.3 .

Page 117: Treinamento CLP

114

4.6.9 Ler do CLP

Assim como é possível transferir programas e configurações do CLP, é

possível também importar as configurações e o programa que estão em sua memória

para o PC [4]. Esta opção é muito útil quando precisamos modificar configurações do

sistema mas não temos em mãos os dados originais. A leitura de dados do CLP pode

ser feita através da opção Read from PLC do menu Online ou clicando no botão

da barra de ferramentas padrão. A janela de transferência se abrirá agora para que você

escolha os dados que quer importar. Selecione os item que deseja e clique em

Execute.

4.6.10 Monitorar a operação do CLP online

4.6.10.1 Modo de monitoramento

Quando o CLP está conectado ao PC (diretamente ou via rede), podemos

monitorar os estados dos dispositivos através da tela do GX Developer. Para isso,

clique no botão para mudar do modo de escrita para o modo de monitoramento.

Ao fazer isso, os dispositivos que estiverem ativos vão aparecer em destaque na tela.

Registradores, contadores e temporizadores vão exibir os seus valores atuais.

Page 118: Treinamento CLP

115

Para voltar ao modo de escrita, basta clicar no botão .

4.6.10.2 Forçar a operação de dispositivos

Podemos forçar a operação de contatos para simular sinais de entrada ou ainda

alterar valores de registradores, contadores temporizadores e observar o resultado. Para

isso, clique em Online Debug Device test ou clique no botão . Na janela de

teste de dispositivos, há um espaço para forçar a operação dos dispositivos do tipo bit

(X,,S,M) e outro para carregar os dispositivos do tipo Word (C,T,D) e ainda os buffers

de memória de blocos de funções especiais. Para forçar a operação de um dispositivo,

clique no contato que deseja operar, abra a janela Device test e em FORCE ON para

ativar o contato, em FORCE OFF para desativar ou em Toggle force para inverter seu

estado. Você pode também abrir a janela Device test e digitar o nome do dispositivo

que deseja operar.

Page 119: Treinamento CLP

116

Para modificar dispositivos do tipo word, digite o nome do dispositivo no

campo Device e insira o valor desejado no campo Setting value clique em SET.

Page 120: Treinamento CLP

117

Para alterar buffers de memória de blocos de funções especiais, habilite os

campos Buffer memory Module start I/O e Adress que representam o endereço lógico

do bloco e o número do buffer de memória respectivamente.Após endereçar o buffer

de memória a ser modificado, escreva o novo valor no campo Setting value e clique

em SET. Os valore escritos podem ser decimais inteiros (16 ou 32 bits) ou

hexadecimais.

Page 121: Treinamento CLP

118

4.6.10.3 Configuração da comunicação

Clique em Online Transfer setup você verá uma janela com que mostra as

configurações de comunicação do CLP com o PC e ainda detectar os módulos de rede

que estiverem instalados com a opção Conection test. É possível também visualizar a

estrutura de comunicação através da opção System image ou ainda testar a

comunicação entre PC e CLP através da opção Tel (FXCPU).

Page 122: Treinamento CLP

119

4.6.10.4 Monitorar os registradores de dados

Podemos monitorar também os conteúdo dos registradores de dados do CLP e

modificar seus valores diretamente se necessário. Clique em Online Monitor

Device batch e em seguida selecione o primeiro registrador a ser exibido na janela de

visualização e clique em Start monitor.

Para modificar o valor de algum registrador, dê um duplo clique na linha

desejada e após a abertura da janela Device test siga o mesmo procedimento descrito

no item 4.6.10.2 .

Page 123: Treinamento CLP

120

4.7 O Simulador (GX Simulator)

O simulador é um recurso muito valioso no desenvolvimento de programas para

CLP’s, pois permite ao usuário detectar e corrigir erros no programa sem transferí-lo

efetivamente para o controlador .

O GX Simulator, apesar de ser instalado individualmente, atua integrado ao GX

Developer, visto na seção anterior. Este simulador permite monitorar e realizar

operações como se o CLP estivesse conectado ao computador. A única exceção são os

blocos de funções e especiais, que não podem ser simulados [8].

4.7.1 – Iniciando o GX Simulator

Após instalado, o GX Simulator aparece como um botão na barra de

ferramentas do GX Developer . Ao clicar nesse botão, o GX Simulator é iniciado co o

primeiro passo da Simulação que é a descarga do programa para o CLP.

Page 124: Treinamento CLP

121

A janela LADDER LOGIC TEST TOOL indica os estados do CLP (RUN,

STOP e ERROR) como se fosse o equipamento real.

Além disso, esta janela dá acesso a algumas ferramentas de simulação através

do menu Start. Para utilizar estas ferramentas, clique em Start Device memory

monitor para abrir a janela de monitoramento. Os menus dessa janela englobam todos

os recursos de monitoramento que estariam disponíveis se o CLP estivéssemos

utilizando um CLP real. Esses menus são:

Page 125: Treinamento CLP

122

Device Memory: é o equivalente da janela Device test do GX Developer.

Nesse menu, os dispositivos são exibidos em forma de listas e seus estados podem ser

alterados.

- Timing chart : os estados de todos os dispositivos do tipo bit presentes no

programa são monitorados num diagrama de tempo.

Outra forma de monitorar a simulação é simplesmente proceder como se

o CLP real estivesse presente, ou seja, seguir os procedimentos descritos no item

4.6.10.

Page 126: Treinamento CLP

123

4.8 Conclusão

Neste capítulo, fizemos um estudo sobre os recursos de software disponíveis

para o CLP FX1N. Foram estudados as linguagens de programação ladder e SFC, as

instruções suportadas por este modelo de CLP, a ferramenta de programação GX

Developer e o simulador GX Simulator.

Após este capítulo, o usuário deve estar apto a desenvolver seus projetos,

simulá-los e implementá-los e interpretar os resultados. O próximo capítulo tem como

objetivo sedimentar os conhecimentos adquiridos até agora através de algumas

experiências didáticas que simulam situações reais .

Page 127: Treinamento CLP

124

5 EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS DE LABORATÓRIO

5.1 Introdução

Este capítulo traz experiências didáticas que visam aplicar as informações

apresentadas neste, fazendo com que o usuário se familiarize com o sistema e com os

recursos que ele oferece. Cada experiência tem um objetivo específico para que

usuário utilize os vários tipos de comandos e se torne capaz de combiná-los na

resolução de problemas.

5.2 Aplicações com sinais digitais

Experiência 01 : Sistema de bombeamento de água

Objetivo: Utilização dos comandos básicos em ladder

Em um edifício, uma das tarefas do CLP é controlar o sistema de

bombeamento de água de um reservatório subterrâneo até um reservatório superior

localizada no topo do edifício. No reservatório superior estão instalados dois sensores

Page 128: Treinamento CLP

125

de nível, um de nível superior (NS) que apresenta nível lógico ‘1’ quando o

reservatório está cheio e outro de nível inferior (NI) que apresenta nível lógico ‘1’

quando a água está abaixo do nível mínimo e é necessário ligar a bomba. No

reservatório inferior há outro sensor (NM) que apresenta nível lógico ‘1’ quando a

água está abaixo do nível mínimo permitido para ligar a bomba. Edite e simule um

programa para o CLP FX1N que faça o controle da bomba tendo como entradas os

sensores e ainda dois botões para ligar e desligar manualmente a bomba e como saídas

o sinal para o contator que controla o motor da bomba e três lâmpadas de sinalização

(“bomba ligada”, “Bomba desligada”, “Sem água”).

Experiência 02: Sistema de ar condicionado

Objetivo: Praticar a programação de temporizadores

Num supermercado, o sistema de ar condicionado central deve ser controlado

por um CLP FX1N de modo que a temperatura mantenha-se sempre abaixo ou no

máximo igual valor ajustado. Quando o valor de ajuste é ultrapassado, um termostato

envia um comando para ligar o sistema de ar condicionado. O sistema de ar

condicionado é composto basicamente por dois estágios: ventilação e refrigeração.

Quando recebe o comando do termostato, o sistema deve acionar a ventilação e após 1

minuto, a refrigeração. Ao ser atingida a temperatura ajustada, o termostato desativa o

sistema de refrigeração. Edite e simule um programa em ladder para controle desse

sistema.

Page 129: Treinamento CLP

126

5.3 Aplicações com sinais analógicos

Experiência 03: Tratamento de efluentes

Objetivos: Utilização dos módulos conversores A/D (FX2N-4AD) e D/A (FX2N-4DA)

e aplicação da instrução de comparação.

Desenvolva um programa para controlar o PH do efluente de uma unidade

industrial (vide figura abaixo). O efluente será lançado ao meio ambiente quando

apresentar um pH igual a 7 (neutro). Caso o pH seja maior que 7 (7<pH,14), será

adicionado ácido sulfúrico ao efluente e caso o pH seja menor que 7 (1<pH<7), será

adicionada cal virgem.

SV: válvula solenóide

XT: transistor de pH

PSL: sensor de baixa pressão

M: motor acionador do homogeneizador

LSL: sensor de nível baixo

B: bomba elétrica

LSH: sensor de nível alto

Page 130: Treinamento CLP

127

Descrição

O processo ilustrado anteriormente necessita dos seguintes pré-requisitos para

partir:

- Pressão de ácido sulfúrico (H2SO4);

- nível de cal virgem (LSL-1);

- motor em funcionamento.

Processo

1 – Acionando-se o botão de partida, SV-2 se abrirá, permitindo o enchimento do

reservatório até o nível desejado (LSH-1).

2 – A informação de pH enviada pelo transmissor XT (0 a 10V) é comparada com o

valor desejado (pH=7).

3 – Caso o pH seja maior que 7 (7<pH<14), SV-1 se abrirá até que o pH atinja o valor

7.

4 – Caso o pH seja menor que 7 (1<pH<7), SV-3 se abrirá até que pH atinja o valor 7.

5 – Uma vez que o efluente esteja estável (pH=7), por um tempo maior que 60

segundos, SV-4 se abrirá ao mesmo tempo em que a bomba será acionada.

6 – Quando ocorrer o nível baixo (LSL-2), SV-4 se fechará e a bomba será

desenergizada.

7 – Reinício de um novo ciclo.

Comentários

- A seqüência operacional deve ser interrompida caso qualquer um dos pré-requisitos

não seja satisfeito.

- Por motivo de segurança, a bomba deverá se desligar 60 segundos após ser ligada,

independentemente do nível baixo do tanque (LSL-2).

- Considere que o transmissor XT funciona de forma linear e que o valor 7

corresponde a uma tensão de 5V.

Page 131: Treinamento CLP

128

Experiência 04: Controle de temperatura

Objetivo: Verificar o funcionamento do algoritmo de controle PID do CLP .

Utilizando o CLP FX1N, e os módulos conversores A/D e D/A , implemente

um controle de temperatura baseado num em um algoritmo PID para o módulo

didático PT 326. Use uma fonte de tensão para ajustar o valor de referência.

T: transdutor de temperatura (0 a 10V)

SP: Valor de referência.

Funcionamento:

O sistema consiste em um tubo no interior do qual há uma resistência de

aquecimento. Acoplado ao tubo, há um soprador que impulsiona o ar através do

mesmo. O fluxo de ar através do tubo pode ser variado através da janela de entrada de

ar do soprador. O controle de temperatura consiste em variar a potência dissipada pelo

resistor de modo a manter a temperatura igual a valor de referência.

Montagem:

Conecte a fonte de tensão aos terminais V+ e V- do conversor A\D do CLP e os

terminais Y e terra (medidor) do módulo didático aos terminais V+ e V- do canal 2.

Em seguida conecte os terminais C e terra (sinal de controle) do módulo didático aos

terminais V+ e V- do módulo conversor D/A. Conecte também um osciloscópio

Page 132: Treinamento CLP

129

digital ao módulo didático para monitorar o valor medido da saída do sistema e o sinal

de controle. Ajuste a escala de tempo do osciloscópio para 2,5s por divisão.

Observações:

- O valor da tensão de referência deve ser no máximo de 10V ou o conversor A/D

pode ser danificado.

- Como o processo em questão é um processo térmico, é recomendável que o sistema

de ar condicionado do local da experiência seja desligado.

Testes

Após editar o programa e descarregá-lo para o CLP, altere o valor da tensão de

referência e ajuste os parâmetros do controlador até atingir a estabilidade. Com o

sistema já estável, obstrua a extremidade do tubo com a mão e observe se após oscilar

por um instante, a saída do sistema retornará ao valor de referência. Em seguida

desobstrua o tubo e observe novamente o comportamento do sistema. Outra maneira

de perturbar o sistema é alterando o fluxo de ar através da janela do soprador. Faça

isso para vários valores de referência e observe os resultados.

Page 133: Treinamento CLP

130

6 CONCLUSÕES

Neste texto, foram apresentados aspectos gerais e exemplos de aplicações dos

CLP’s no controle de processos, além de um estudo mais detalhado do hardware e do

software do CLP FX1N da Mitsubishi e seus módulos adicionais, que se encontram

disponíveis no laboratório do DEL. Este material foi produzido com o intuito de

facilitar o aprendizado da utilização dos CLP’s , instruindo o leitor tanto sobre as

características físicas e elétricas desses equipamentos, quanto às linguagens e

ferramentas de programação.

Os CLP’s se tornaram equipamentos cada vez mais presentes em todos os

campos da automação, o que torna cada vez mais necessária a formação de

profissionais capazes de aplicá-los de forma eficiente na solução dos mais diversos

problemas tipos de problemas .

Page 134: Treinamento CLP

131

ANEXO 1 – SOLUÇÕES DAS EXPERIÊNCIAS

Experiência 01: Bombeamento de água

Page 135: Treinamento CLP

132

Experiência 02: Sistema de ar condicionado

Page 136: Treinamento CLP

133

Experiência 03: Tratamento de efluentes

Page 137: Treinamento CLP

134

Page 138: Treinamento CLP

135

Page 139: Treinamento CLP

136

Experiência 04: Controlador PID

Page 140: Treinamento CLP

137

Page 141: Treinamento CLP

138

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Moraes, C.C. & Castrucci, P de L, ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO

INDUSTRIAL, Editora LTC, 2001;

[2] MITSUBISHI FX1N PROGRAMABLE CONTROLLERS ,HARDWARE

MANUAL;

[3] THE FX SERIES OF PROGRAMABLE CONTROLLERS , PROGRAMMING

MANUAL II;

[4] MELSEC GX DEVELOPER VERSION 7 , OPERATING MANUAL;

[5] MITSUBISHI FX2N-4AD SPECIAL FUNCTION BLOCK , USER’S GUIDE;

[6] MITSUBISHI FX2N-4DA SPECIAL FUNCTION BLOCK , USER’S GUIDE;

[7] MELSEC GX DEVELOPER VERSION 7 , OPERATING MANUAL (SFC);

[8] MELSEC GX SIMULATOR VERSION 6 , OPERATING MANUAL ;

[9] FEEDBACK PROCESS TRAINNING PT 326, Manual do módulo didático.