tratamento do diabetes mellitus dra alessandra matheus serviço de diabetes hupe agosto 2013
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Tratamento doTratamento do Diabetes Diabetes MellitusMellitus
Dra Alessandra MatheusServiço de Diabetes HUPE
Agosto 2013
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Objetivos do Tratamento do DM 1Objetivos do Tratamento do DM 1
Corrigir a hiperglicemia
Prevenir a cetoacidose diabética
Prevenir a hipoglicemia intensa
Prevenir complicações tardias
Índice/100pessoas/ano
24
20
16
12
8
4
09876543210
A1C Média = 11% 10%9%
8%
7%
Tempo (anos)
DCCT Research Group. Diabetes. 44:968-983, 1995.
DCCT: Risco Absoluto de Progressão da Retinopatia vs Resultado da A1C
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Dieta, álcool e exercícioDieta, álcool e exercício Dieta - 55-60% CHO (Baixo índice glicêmico)
-10-20% Ptn -30-35% Lipídeos (mono ou poliinsaturadas) Álcool- EVITAR! Risco de hipo e hiper (bebidas adocicadas)
Exercícios-Risco hipo ou hiper
-Proibido se <90 e >250-avaliar cetonúria-Alimentação 1-3h antes-Suplementos CHO a cada 30 min-Insulina num grupamento músculo não utilizado-↓ dose Insulina
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INSULINAINSULINA Isolada em 1921-22 na Universidade de Toronto
– Fredrick Banting, Charles Best, J. J. R. Macleod e James Collip
Doença do Açúcar– Terapia de inanição– Morte em poucos meses
Hipótese de uma substância pancreática regulando a glicose– Extratos de pâncreas – Cura de um paciente terminal– Extrato foi chamado de insulina
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HistóriaHistória
Leonard Thompson
Primeiro ser humano a ser tratado com insulina
Frederic Banting
Charles Best19221922
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INSULINAINSULINA
• Espécie de origem– humana– suína
• Treonina por alanina no aa 30 da cadeia β– Bovina
• Treonina e isoleucina por alanina e valina no aa 8 e 10 da cadeia α
Pequena proteína com peso molecular de 5.808 no ser humano
Contém 51 aa dispostos em duas cadeia (A e B) unidas por pontes dissulfeto
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INSULINAINSULINA2 cadeias peptídicasligadas por 2 pontes
dissulfeto
– Cadeia A = 21 aa.– Cadeia B = 30 aa.
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INSULINAINSULINA Efeitos imediatos
– Segundos após ligação com receptor
– Transporte de glicose e íons– Modificações covalentes de
enzimas
Efeitos intermediáriosInício de 5 – 60 minutos (máximo em 3 - 6 horas) Expressão gênica
Efeitos tardiosHoras a diasProliferação e diferenciação celular
Efeitos celulares
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InsulinoterapiaInsulinoterapia• Insulina administrada X secretada
– Ausência da fase de elevação rápida e o declínio em resposta à ingestão de nutrientes
– Infusão direta na circulação periférica sem passar pela circulação porta
• Classificação pela duração da ação– Curta– Intermediária– Longa
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Tratamento com insulinaTratamento com insulina• Espécie de origem
– Humana– Suína
• Treonina por alanina no aa 30 da cadeia β– Bovina
• Treonina e isoleucina por alanina e valina no aa 8 e 10 da cadeia α
• Tratamento inicial– NPH (0,4 U/Kg)– 2/3 pela manhã– 1/3 a noite
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PREPARAÇÕES DE INSULINAPREPARAÇÕES DE INSULINA
Preparações de insulina de ação rápida:- Lispro- Aspart- Glulisina- Regular
Basal
fisiológico Bolus
Esquema Basal / BolusEsquema Basal / BolusTRATAMENTO DO DM TIPO 1
café almoço jantar dormir
50
4:00
25
75
8:00 12:00 16:00 20:00 24:00 4:00
Insu
lina
plas
máti
ca (
µU/m
L)
Hora
8:00
Café damanhã Almoço Jantar
Basal Horário de refeição
Padrão de reposição ideal de insulinaPadrão de reposição ideal de insulina
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Insulina monomérica produzida por tecnologia recombinante em que 2 aa situados próximos à extremidade C-terminal da cadeia B tem sua suas posições invertidas:
prolina: posição B28 para B29 lisina: posição B29 para B28
Obtém-se uma insulina cujo início de ação é mais rápido e a duração mais curta do que a insulina humana regular aplicação antes ou após as refeições
PREPARAÇÕES DE INSULINAPREPARAÇÕES DE INSULINAInsulina de ação ultra-rápida
Baixa tendência em formar hexâmeros
Inversão não interfere na ligação ao receptor
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Esta insulina apresenta-se como uma solução clara preparada para utilização próximo ás refeições. Uma injeção deve ser acompanhada de uma refeição ou lanche contendo carboidratos dentro de 30 minutos.
Utilizada com segurança na gestação
Insulina-zinco cristalina solúvel de curta duração (pH neutro)
Vias SC, IM ou IV
PREPARAÇÕES DE INSULINAPREPARAÇÕES DE INSULINAInsulina de ação rápida
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Insulina NPH - É uma insulina cujo início de ação é retardado ao combinar-se quantidades
apropriadas de insulina e protamina (complexo isófano) 6 moléculas de insulina – 1 protamina * após administração subcutânea enzimas proteolíticas degradam a
protamina, permitindo a absorção da insulina
Insulina de ação intermediária (insulina humana isófana, NPH)Efeito Máximo: 4-12 horasDuração: 24 horas
PREPARAÇÕES DE INSULINAPREPARAÇÕES DE INSULINA Insulina de ação intermediária
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Contém uma combinação de insulina de ação rápida e de ação intermediária em proporções padrão. Este produto elimina a dificuldade que alguns indivíduos têm quando misturam insulinas. Os produtos vêm em uma variedades de combinações pré-misturas contendo 10-50% de insulina de ação rápida e 90-50% de ação intermediária, sendo a proporção de 30% de insulina de ação rápida e 70% de ação intermediária que é a mais utilizada
Insulina pré-mistura (insulina humana bifásica consistindo de, por exemplo, 30% solúvel e 70% de insulina isofana)Efeito Máximo: 2-8 horasDuração: 24 horas
PREPARAÇÕES DE INSULINAPREPARAÇÕES DE INSULINA Insulina pré-mistura
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Insulina glargina- Início de ação mais lento do que a NPH e tem efeito hipoglicêmico achatado e prolongado, ou seja não tem pico- utilizada por via SC- ponto isoelétrico menor que a insulina humana, levando à precipitação no local da injeção, prolongando a a sua ação
Insulina Levemir -O aa Treonina na posição B30 é removido e um ácido graxo (ácido mirístico) é acilado no grupo aminoterminal da lisina da posição B29.-Após a injeção subcutânea , a insulina dissocia, expondo os ácidos graxos q possuem a capacidade de ligação reversível a albumina.-Ao contrário da NPH e da glargina , ela permanece como um depósito líquido no SC = ´>área de superfície para absorção e < variabilidade intra-individual-< ganho ponderal
PREPARAÇÕES DE INSULINAPREPARAÇÕES DE INSULINA Insulina de ação longa
Glargina 2 horas Sem pico 20 a 24 horas
Detemir 2 horas Sem pico 6 a 24 horas
NPH 2 horas 5 a 7 horas 13 a 16 horas
Tipo de insulina Início da ação Pico de ação Duração da ação
Lispro ( Humalog®)
5 a 15 minutos (SC)
1 a 1,5 hora 2 a 4 horas
Aspart ( Novorapid®)
5 a 15 minutos (SC)
1 a 1,5 hora 2 a 4 horas
Glulisina( Apidra®)
5 a 15 minutos (SC)
1 a 1,5 hora 2 a 4 horas
Regular 30 minutos (SC) 2 a 4 horas 5 a 8 horas
Insulina DEGLUDEC®(Novonordisk)
Heise T et al, Diabetologia 2010; 53(suppl 1): S387 Programa BEGIN™1) Zinman B et al, Lancet 2011; 12 (377): 924- DM22)Birkeland KI et al, Diabetes Care 2011 34 (3): 661-DM1
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FenômenosFenômenos
• Fenômeno do “Amanhecer”
• Aumento da RI entre 3 e 8 hs da manhã
• Secundário ao aumento noturno do GH e Cortisol
• Glicemia normal às 3 horas e alta às 8 hs
• Efeito Somogyi
• Hiperglicemia de rebote após hipoglicemia
• Glicemia baixa às 3 horas e alta às 8 hs
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Complicações da insulinoterapiaComplicações da insulinoterapia
• Alimentação tardia ou esquecida
• Exercício físico inadequado
• Controle de glicemia inadequado
• Administração inadequada de insulina
Hipoglicemia
• Reações alérgicas (raras)
• Lipodistrofia
• resistência
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Respostas fisiológicas e Respostas fisiológicas e sintomatologiasintomatologia
• Redução na secreção endógena de insulina• Liberação de hormônios contra-reguladores• Classificação: Leve, moderada, grave• Sintomas iniciais
– Sudorese, fome, palpitações, tremores, ansiedade, principalmente de origem autonômica
• Sintomas graves– Confusão mental, fraqueza, sonolência, tontura,
turvação visual, perda de consciência
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Tratamento da hipoglicemia nos Tratamento da hipoglicemia nos pacientes em uso de Insulinapacientes em uso de Insulina
• Dosagem da Glicemia• < 60 mg/dl
• Glicose oral
• Dextrose 25 % EV - 10 ml (2 ml/kg)
• Glucagon • < 30 kg (0,5 mg IM)
• > 30 kg (1,0 mg IM)
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Tratamento com insulinaTratamento com insulina• Orientações mínimas ao paciente:1) Sinais e sintomas de hipoglicemia,
hiperglicemia (utilização de medidores)2) Situações especiais (infecção, exercício físico)3) Saber como modificar as doses de insulina4) Transportar sempre glicose ou açúcar comum
(sacarose)
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Tratamento com insulinaTratamento com insulina• Orientações gerais sobre insulina ao paciente1) 1 mL da solução contém 100 Ui de insulina2) Deve ser estocada sob refrigeração (parte inferior da
geladeira)3) Não deve ser congelada ou submetida a temperatura
superior a 30 graus4) Seringas de insulina: 0,3-0,5 e 1 mL de capacidade.
As descartáveis podem ser reutilizadas pelo “mesmo” paciente com orientação médica
5) Deve ser aplicada por via subcutânea (90 da superfície de aplicação)
6) Agitar suavemente até 20 vezes (Homogeneizar a NPH)
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Esquemas de Insulinoterapia
• Convencional (2 aplicações)• Intensivo (3 ou 4 aplicações)• Intensivo (Bomba de infusão contínua)
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Tratamento convencional2 aplicações
• 2/3 manhã 70% NPH e 30% Regular• 1/3 noite (CEIA) NPH • Regra para o ajuste1) Glicemia matinal (NPH da ceia)2) Glicemia pré-almoço (Regular café da manhã)3) Glicemia pré-jantar (NPH manhã)-Desvantagens a) Pode não durar até o jejum b) NPH manhã pode não controlar o pico pós almoço c)Pcte não pode variar o tempo de suas refeições ou
exercício físico.
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Tratamento intensivo3ou 4 aplicações
• 3 aplicações - 2/3 NPH + 30% regular (manhã) - Regular jantar - 1/3 NPH antes da ceia- 4 aplicações- NPH + Regular (manhã) - NPH (dose pequena) almoço+
regular -Regular no jantar -NPH dose ceia
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Tratamento intensivoBomba de infusão contínua
• Garante 60% da insulina basal + 40% em bolus às refeições. (Uso apenas de análogos ultra-rápidos)
• Problemas (falha na bomba, infecção no sítio de inserção cateter, deslocamento agulha)
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Adaptado de De Fronzo. Diabetes 1988Adaptado de De Fronzo. Diabetes 1988
HiperglicemiaHiperglicemia
RESISTÊNCIA À INSULINARESISTÊNCIA À INSULINA
Captação de Captação de glicose diminuídaglicose diminuída
PâncreasPâncreasSECREÇÃO DEFICIENTESECREÇÃO DEFICIENTEDE INSULINADE INSULINA
Produção hepáticaProdução hepática de glicose aumentadade glicose aumentada
FígadoFígado
Tecido adiposo e muscularTecido adiposo e muscular
Defeitos metabólicos no DM tipo 2Defeitos metabólicos no DM tipo 2
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Resistência à insulina pode ocorrer devido:Resistência à insulina pode ocorrer devido:
• Alterações pré-receptor• Defeitos do receptor• Deficiência pós-receptor
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Resistência à insulinaResistência à insulina
Tolerância à Glicose DiminuídaTolerância à Glicose Diminuída
DiabetesDiabetes
Predisposição GenéticaPredisposição Genética Fatores AmbientaisFatores Ambientais (obesidade) (obesidade)
Reserva de célula Reserva de célula
Deficiência de insulinaDeficiência de insulina
CompensaçãoCompensaçãoDescompensação Descompensação
++
NormoglicemiaNormoglicemia
Patogênese do DM tipo 2Patogênese do DM tipo 2
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Intolerânciaà Glicose
InsuficiênciaVascular Periférica
HipertensãoArterial
AcidenteVascular Cerebral
Doença Coronariana
Aneurismas
Triglicérides
Obesidade(abdominal)
Síndrome MetabólicaSíndrome MetabólicaResistência a InsulinaResistência a Insulina
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Diabetes Diabetes MellitusMellitus - prevenção - prevençãoConjunto de ações para evitar o surgimento ou a
progressão da doença (DM tipo 2) Prevenção primária: evitar o aparecimento da
doença Prevenção secundária: - procurar remissão quando possível- prevenir o aparecimento de complicações
agudas ou crônicas- retardar a progressão da doença
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Objetivos do tratamentoObjetivos do tratamento• Eliminar sinais e sintomas da doença• Evitar complicações agudas• Melhorar a qualidade de vida• Prevenir ou retardar complicações micro-
vasculares e neuropáticas– Melhora do controle glicêmico e PA
• Reduzir eventos cardiovasculares– Melhora do controle glicêmico, PA e perfil
lipídico• Reduzir mortalidade
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United Kingdom Prospective United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS)Diabetes Study (UKPDS)
• Ensaio clínico randomizado, controlado, multicêntrico, com diferentes modalidades de tratamento do DM tipo 2
• Esquema Convencional X Intensivo– Alvo: glicemia em jejum 108 mg/dl– Desfechos: complicações macro e
microvasculares e morte– 3.867 pacientes acompanhados por 10 anos – HbA1c: 7,9% 7,0%
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Metas do TratamentoMetas do TratamentoGLICOSE PLASMÁTICA (mg/dL) IDEAL ACEITÁVEL
- Jejum- 2 horas pós-prandial- Antes de dormir
80-100140100
120160140
GLICO-HEMOGLOBINA <7%COLESTEROL (mg/dl)
- Total- HDL- LDL
< 200> 45< 100
TRIGLICÉRIDES (mg/dl) < 150
PRESSÃO ARTERIAL (mmHg)- Sistólica- Diastólica
< 135< 80
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (kg/m2) 20-25
Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada-A1cPosicionamento Oficial 3a Edição
O impacto das glicemias mais recentes é maior do que o das mais antigas sobre a A1c
http://professional.diabetes.org/glucosecalculator.aspx
Glicose média estimada (mg/dl)= 28,7xA1c-46,7
Revisão dos valores de glicemia e A1c pelo ADAG( A1c derived Average Glucose Study Group)
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Dieta e exercíciosDieta e exercícios• Redução obesidade • Portadores de hipertrigliceridemia (CHO red 40-
45%)• Exercício físico regular red TG, obesidade e
HAS• Exercício aeróbico (caminhada por 30 min dia
5x semana)• Isométricos com pequenos pesos e
alongamento (para evitar sarcopenia em idosos e mulheres)
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Hipogliceminates oraisHipogliceminates orais• São fármacos que tem a finalidade de baixar a glicemia e
mantê-la normal (jejum 100 mg/dl e pós-prandial 140 mg/dl)
• Estimulam a secreção de insulina (sulfoniluréias e glinidas) clorpropamida, glibenclamida; repaglinida, nateglinida
• Reduzem a abasorção de glicídios (inibidores das alfa-glicosidases) acarbose
• Diminuem a produção hepática de glicose (glitazonas) rosiglitazona, pioglitazona
• Nova classe: aumentam a secreção de insulina apenas no estado de hiperglicemia (inibidores da enzima dipeptidilpeptidase IV) sitagliptina, vildagliptina
• Análogos de GLP-1: Exenatide, Liraglutide
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LOCAIS DE AÇÃO DOSLOCAIS DE AÇÃO DOSFÁRMACOS ORAISFÁRMACOS ORAIS
Retardam a absorção Retardam a absorção de carboidratosde carboidratos
Reduz Reduz HiperglicemiaHiperglicemia
Estimulam a secreção Estimulam a secreção alterada de insulinaalterada de insulina
Reduzem a resistência Reduzem a resistência periférica à insulinaperiférica à insulina
Reduzem a produção Reduzem a produção excessiva de glicose no excessiva de glicose no
fígadofígado
DeFronzo RA. Ann Intern Med 1999; 131:283-303
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DINÂMICA DO DINÂMICA DO TRATAMENTO DO DM2TRATAMENTO DO DM2
Dieta + Exercícios
A.D.O. – Monoterapia
ADO + Insulina
DIAGNÓSTICO DO DM2
A.D.O. – Combinações
INSULINOTERAPIA PLENA
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Tratamento farmacológico DM2Tratamento farmacológico DM2
Terapias Disponíveis Mudança estido de vida Farmacológicas:
Secretagogos Sensibilizadores Redução Produção Hepática (glicose) Redução absorção CHO
Drogas dirigidas à fisiopatologia Incretinas
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SULFONILURÉIAS – MECANISMO DE SULFONILURÉIAS – MECANISMO DE SECREÇÃO DE INSULLINASECREÇÃO DE INSULLINA
SULFONILURÉIASSULFONILURÉIAS despolarizaçãodespolarização
GLICOSEGLICOSE
AMINOÁCIDOSAMINOÁCIDOS
fechafecha(ATP)(ATP)(ADP)(ADP)
CaCa++++
(Ca(Ca++++ ) )
PROINSULINAPROINSULINA
MET
AB
OLI
SMO
MET
AB
OLI
SMO
KK++
KK++
INSULINA & PEPTÍDEO CINSULINA & PEPTÍDEO CRef. Lebovitz,HE: Oral Antidiabetic Agents. In Joslin’s Diabetes Mellitus. 13th ed. Kahn CR, Weir GC, Eds. Lea & Febiger, 1994, p.508-529, Feinglos MN, Bethel MA. Med Clin North Am 82:757-90,1998.
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AS GERAÇÕES DE AS GERAÇÕES DE SULFONILURÉIASSULFONILURÉIAS
*Goldberg et al. (Diabetes Care 19:849-56,1996)
GERAÇÃO PRINCÍPIO ATIVO NOME COMERCIAL
PRIMEIRA GERAÇÃO
Clorpropamida Diabinese®
Acetohexamida Dymelor ®
Tolazanida Tolinase ®
Tolbutamida Rastinon ®
SEGUNDA GERAÇÃO
Glibenclamida (Gliburida) Daonil ®
Glipizida Minidiab ®, Glucotrol ®
Gliclazida Diamicron ®
ÚLTIMA GERAÇÃO* Glimepirida Amaryl ®
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Reações adversas
• Hipoglicemia
• Reações alérgicas
• Contra-indicados em pacientes com insuficiência hepática ou renal
SULFONILURÉIASSULFONILURÉIASGlibenclamida (Daonil)Glibenclamida (Daonil)
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Secretagogos de insulina: metiglinidasSecretagogos de insulina: metiglinidas
Repaglinida (Prandin) e Nateglinida (Starlix) Repaglinida (Prandin) e Nateglinida (Starlix) Constituem uma classe de secretagogos de insulina
repaglinida, primeiro membro do grupo, foi aprovada para uso clínico pelo FDA em 1998
N
CH3
N
H3C
H
O OH
O
O
CH3
repaglinida
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BiguanidasBiguanidas
Metformina (Glifage)Metformina (Glifage)Mecanismos de ação propostos:
- estimulação direta da glicólise nos tecidos, com aumento da remoção de glicose do sangue
- redução da gliconeogênese hepática
- redução da absorção de glicose pelo trato gastrintestinal
- redução dos níveis plasmáticos de glucagon
H
C CN
H2N
NH NH
N (CH3)2
metformina
H
C CN
NH (CH2)2H2N
NH NH
fenformina
H
H2N
NH NH
C CN
NH (CH2)3 CH3
buformina
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GlitazonasPioglitazona (Actos, Piotaz)
Grupo de fármacos antidiabéticos orais recentemente introduzidos na clínica, que aumentam a sensibilidade dos tecidos-alvo à insulina
Mecanismo de ação não é bem estabelecido:
Parecem exercer uma atividade aguda de mimetismo da insulina pós-receptora, bem como efeitos crônicos sobre a transcrição de genes envolvidos no metabolismo- diminuem a resistência à insulina
- limitam a gliconeogênese hepática
N OS
NH
O
O
pioglitazonaN
NH2
OS
NH
O
O
rosiglitazona
O CH2O
SNH
O
O
H3CH3C
HO
H3C
H3C
toglitazona
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Inibidores da Inibidores da -glicosidase-glicosidase
Acarbose (Glucobay)Acarbose (Glucobay)
acarbose
Não absorvível
Bloqueia a absorção de amido, sacarose e maltose
Administrada pouco antes das refeições
Efeitos adversos: distúrbios gastrintestinais
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INCRETINASINCRETINAS• Hormônios produzidos
no intestino após ingestão alimentar.
• Principais funções estimular produção de insulina pelas células β, de forma glicose-dependente e suprimir a produção de glucagon pelas células α pancreáticas.
67GLP-1 = Glucagon-Like Peptide-1; DPP-4= Dipeptidyl Peptidase-4Ahrén B. Expert Opin Invest Drugs 2006; 15(4):431-442
GLP-1inativo(>80%)
GLP-1ativo
DPP-4
Liberação GLP-1 GLP-1 t½ = 1 to 2 min
Inibição da DPP-4 aumenta GLP-1 ativoInibição da DPP-4 aumenta GLP-1 ativo no plasmano plasma
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Ações das Incretinas em Diferentes Ações das Incretinas em Diferentes Tecidos AlvosTecidos Alvos
Cardioproteção
Débito Cardíaco
FígadoSensibilidade
Insulínica MúsculoProdução de Glicose Secreção de Insulina
Secreção de Glucagon
Trato GI Biossíntese
Insulina Proliferação Cél
Beta Apoptose Cél
Beta
Esvaziamento Gástrico
Neuroproteção Apetite EstômagoCérebro
Coração
GLP-1
Drucker D. J. Cell Metabolism 2006
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GLP-1: GLP-1: Potencial Terapêutico no Potencial Terapêutico no DM2DM2
DM2: Fenótipo Ações do GLP-1 • Disfunção célula β • Melhora função Célula β
↑ Biossíntese e secreção de Insulina
• Redução célula β • ↑ Proliferação célula β animais • ↓ Apoptose "in vitro "
• Hipersecreção Glucagon • Melhora função célula α ↓ Secreção Glucagom
•Obesidade • ↑ Saciedade• ↓ Apetite• ↓ Ingesta alimetar• Perda peso
• Complicações Macrovasculares • Efeitos cardiovasculares benéficos
70
Terapia do DM2: IncretínicosTerapia do DM2: IncretínicosGLP-1 miméticos• Injetáveis ( 1 ou 2 x/dia ou 1x/semana)• Fortes efeitos receptores GLP-1 (célula α, β,
Apetite, Peso) • Tendência a causar efeitos colaterais GI
(Náusea)• Podem causar formação de anticorpos ??Inibidores DPP-4• Ativos p/via Oral – 1 dose• Efeitos mediados por ambos hormônios
incretínicos • Peso: neutro• S/efeito colateral GI Ambos• Reduzem glicemia de jejum e pós prandial• ↓ IAC• Efeitos dependentes da glicose
Incretínicos disponíveis no BrasilGLP-1 Nativo é Rapidamente GLP-1 Nativo é Rapidamente
degradado pela DPP-4 limitando seu degradado pela DPP-4 limitando seu uso clínicouso clínico• Inibidores DPP-IV
- Vildagliptina (Galvus 50mg 2x/ Galvus MET)- Sitagliptina (Januvia 50 mg 2x/ JanuMET/ Jalra)- Saxagliptina (Onglyza 5 mg 1x)- Linagliptina (Trayenta 5mg 1x)• Análogos GLP-1- Exenatide (Byetta 10 a 20 mg/dia 2xdia)- Liraglutide (Victoza 1,2-1,6mg 1 x dia)
71
72
Terapêutica combinada• Monoterapia+dieta+exercícios falham.• Progressão da disfunção da célula Beta• Sulfa + Metformina• Pós prandial (+ acarbose ou glinida)• Resistência insulínica importante
(Metformina + Glitazona)
73
Indicações de Insulinoterapia no DM2Indicações de Insulinoterapia no DM2
• 1) Falência terapêutica aos ADO• 2) Hiperglicemia >270-300mg/dl na 1ª.consulta
com sintomas de falência 2ª. Pancreática.• 3) Emagrecimento progressivo atribuído ao
Diabetes.• 4) Durante a gestação, quando os ADO são
contra-indicados• 5) Situações de estresse agudo (cirurgia,
infecções graves, AVE, IAM etc)
Como iniciar e ajustar
• Iniciar com 10 U ou 0,2/U/kg às 22:00 • Ajuste pelo paciente baseado na média da glicemia de
jejum dos últimos 3 dias
+ 2 U se >130 mg/dl +4 U se > 180 mg/dl. • Monitorizar glicemia de jejum• Glargina e Detemir – menos hipoglicemia sintomática e
menos hipoglicemia noturna do que a NPH
Dose inicial de insulina baseada no IMC
IMC (kg/m2)
Dose inicial de insulina (UI/kg)
≤ 26 0,2
>26 e ≤ 30 0,25
> 30 e ≤ 35 0,3
> 35 0,35
Franco DR, et al. Diabetologia. 2008 Sep;51 Suppl 1:S394-S395. Abs: 979.
Outros esquemas de ajuste de Insulina Basal (até 60% dos pacientes atingiram a A1c< 7%)
• Titulação forçada semanal
Corrigir a insulina a cada 7 dias conforme a média da glicemia
de jejum dos últimos 3 dias
< 70 mg/dl - 2 U70 a 100 mg/dl manter a dose100 a 120 mg/dl + 2 U120 a 140 mg/dl + 4 U140 a 180 mg/dl + 6 U> 180 mg/dl + 8 U
• Titulação forçada a cada 3 dias
Corrigir a insulina a cada 3 dias conforme a média da glicemia de jejum dos 3 dias
> 100 mg/dl + 2 U
Insulina basal: até quando (to)?
• Ajustar até atingir 50% da necessidade de insulina esperada por dia
• Em pacientes com resistência insulínica a dose média varia de 0,6 a 2 U/kg/dia
Ex: paciente com 100 kgDose de basal: 30 a 100 U ao deitarSugestão: aumentar até 60 U no máximo, e
depois dividir em 2 injeções ou adicionar insulina prandial
Insulinização progressiva no DM2
Glicemia pré-prandial alta no almoço
Usar insulina R ou ultra-rápida no desjejum
Glicemia pré-prandial alta no jantar
Usar insulina R ou ultra-rápida no almoço
Glicemia alta ao deitar Usar insulina R ou ultra-rápida no jantar
A glicemia de jejum (pré-prandial do desjejum) é utilizada para correção da insulina basal
Adaptado de Nathan DM, et al. Diabetes Care.2009; 32(1):193-203
Insulinização progressiva no DM2 com basal plus
Iniciar a insulina basal com 10 UI ou 0,2UI/kg/d uma vez ao diaMonitorizar a glicemia de jejum diariamente e aumentar 2UI a
cada 3 dias até 70mg/dL< GJ < 130mg/dL
Se 70mg/dL< GJ < 130mg/dL e glicemia pré prandial da principal refeição < 130mg/dL
Iniciar a insulina prandial na segunda refeição com glicemia + altaProceder ao ajuste da mesma forma que no passo anterior
BASAL
BASALPLUS
BASALBOLUS
Se 70mg/dL< GJ < 130mg/dL, manter insulina basal e checar glicemias pré-refeições
Iniciar a insulina prandial na refeição com a glicemia + alta (principal refeição)
Utilizar 4UI de insulina prandial e aumentar 2UI a cada 3 dias até que glicemia pré-refeição seguinte<130mg/dLMonitorizar a glicemia de jejum diariamente
A1C >7%Após 3m
A1C >7%Após 3m
Adaptado de Nathan DM, et al. Diabetes Care. 2009;32(1):193-203
• Diabetes Gestacional (apenas NPH)
• Pre ,per e pos operatórios
• Internação em unidades de tratamento intensivo ou coronariana
• Doenças intercorrentes
• Pacientes com hiperglicemia acentuada (recém diagnosticado) para recuperação da célula beta
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Tratamento Cirúrgico do DiabetesTratamento Cirúrgico do DiabetesTécnica Excesso de
peso reduzidoResolução do diabetes
Banda gástrica 47,5% 47,9%
Bypass em Y de ROux 61,6% 83,7%Derivação biliopancreática
70% 98,9%
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Tratamento Cirúrgico do DiabetesTratamento Cirúrgico do Diabetes
• Ainda requer validação científica para aqueles com IMC<30
• Ainda depende de resultados de estudos clínicos experimentais com desfechos bem definidos e de longo prazo.
• Poderá significar uma mudança importante no paradigma de tratamento da doença.
• São necessários mais dados científicos que justifiquem os procedimentos.
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Tratamento do Diabetes GestacionalTratamento do Diabetes Gestacional• Acompanhamento por equipe multiprofissional• Fundoscopia primeira consulta• Caminhadas• Hba1c<6%• Monitorização glicemia capilar (jejum <95 e pré
refeição (90 a 120)• Insulinização intensiva• Controle do ganho ponderal• Controle da pressão arterial• Suspensão de drogas orais para o Diabetes.
TRATAMENTO DIABETES GESTACIONAL
DIABETES E GESTAÇÃO
Orientação alimentar
Avaliação do controle glicêmico
Glicemia capilar domiciliar 4-7 vezes por dia
Uma glicemia de jejum e duas 1 ou 2 h pós-prandial por
semana
OU
Esperar 2 semanasSe:
Jejum ≥ 95 mg/dl e 1 h PP ≥ 140 ou 2h PP ≥ 120 mg/dl
Iniciar tratamento farmacológico (B)
Circunferência abdominal
fetal > p75 entre 29-33
semanas (B)