tratamento de resíduos farmacêuticos

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Tratamento de resíduos farmacêuticos

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equipeCRISTIAN BERNARDOWILLIAM MONTEIRO

professorDANIEL MENDONÇA

equipeCRISTIAN BERNARDOWILLIAM MONTEIRO

professorDANIEL MENDONÇA

Tratamento de resíduos da indústria

farmacêutica

Maceió, maio de 2014

Os resíduos resultantes da

produção e descarte de

produtos farmacêuticos são

enquadrados como resíduos

perigosos. Merecendo, assim,

tratamento adequado.“CONAMA”

Maceió, maio de 2014

Maceió, maio de 2014

O setor farmacêutico ocupa cercade 26% do total desta produção,perdendo apenas para o setorpetroquímico (~37%).

União Européia

Estados Unidos

Ásia

Japão

América do Sul

Ranking de produção global de substâncias químicos – farmacêuticas

Maceió, maio de 2014

No que diz respeito ao setor farmacêutico, acomplexidade dos mecanismos de reaçãoenvolvidos nas rotas de síntese e análise defármacos, o usual consumo de solventes nas etapasde purificação, entre outros aspectos, coloca estesetor como um importante gerador de resíduos.

Maceió, maio de 2014

a) águas de lençóis freáticos: porinfiltração de linhas de esgoto ouefluentes;b) águas de rios: por despejo de esgotodoméstico ou industrial ou de ruralquando transportadas do solo pelaschuvas;c) águas oceânicas: por despejo deesgoto doméstico ou dos próprios rios;d) sedimentos: pela deposição deespécies ativas insolúveis;e) solo: pelo despejo urbano inadequadoou do uso rural.

Os principais sítios de ocorrência ambiental de fármaco:

Maceió, maio de 2014

Comprometimento de mananciais potáveis;

Erosão;

Lixiviação;

Redução de habitats saudáveis;

Comprometimento da saúde da população, fauna e flora.

Pontos relevantes a serem considerados no descarte de resíduos farmacêuticos:

A disposição final dos resíduos seja ela em aterrosanitário, reuso no local, despejo em efluentesou seja na atmosfera deve levar em contaimpacto ambiental e só é feita mediante licençade acordo com resolução CONAMA n° 237/97

Maceió, maio de 2014

Incineração;

Coprocessamento;

Biorremediação remediação química ou física;

Reciclagem.

Principais formas e tratamento de resíduos:

Qualquer que seja o tratamento dado aoresíduo, este requer pesquisa criteriosa emque são considerados fatores econômicos e derisco.

Maceió, maio de 2014

Teste realizado Procedimento seguido

Reatividade com água Observar se há formação de chama, geração de gás, ou qualquer reação violenta ao adicionar a água no resíduo

Presença de cianetos Positividade da amostra caso ao adicionar cloroamina-T e ácido barbitúrico/piridina desenvolva a cor vermelha

Presença de sulfetos Presença da substância em amostras tratadas com HCl, desenvolvendo enegrecimento de papel embebido com acetato de chumbo

pH Papel indicador ou pHmetro

Resíduo oxidante Oxidação de sal de Mn(II). Coloração de rosa claro para coloração púrpura escura

Resíduo redutor Descoloração de papel umedecido em 2,6-dicloro-indofenol ou azul de metileno

Inflamabilidade Micro explosões por aproximação da chama

Presença de halogênios

Teste de mudança de cor na chama com fio de cobre limpo

Protocolo para a caracterização preliminar de resíduos químicos não-identificados

Maceió, maio de 2014

Classificação de risco potencial:

a) Fármacos propriamente ditosa.1) Alta toxicidade associada e alta estabilidade.a.2) Alta toxicidade associada e baixa estabilidade.a.3) Baixa toxicidade associadab) Metabólitosb.1) Mais tóxicosb.1.1) Alta estabilidadeb.1.2) Baixa estabilidadeb.2) Ativosb.2.1) Alta estabilidadeb.2.2) Baixa estabilidadeb.2) Inativos*c) Substâncias químicas residuais dos processos de síntese ou purificação de fármacos.c.1) Tóxicas e/ou reativasc.2) Inócuas e/ou inertes

*Do ponto de vista econômico, apenas o grupo c) pode ser por definição, entendido como resíduo.

Maceió, maio de 2014

Vias de contaminação ambiental por resíduos dos grupos a e b:

A via urbana, principalmente associada a medicamentos de uso humano, podendo decorrer principalmente:a) excreção urinária ou fecal, com conseqüente contaminação de esgotos por fármacos e/ou seus metabólitos;b) ou do descarte de medicamentos vencidos em lixos domésticos.Por sua vez, a via rural está associada predominantemente, a medicamentos de uso veterinário, os quais podem ser utilizados para fins diversos. Como exemplos mais gritantes, destacamos:a) Uso de antibióticos para promoção de crescimento;b) Adição de hormônios em rações;c) Agentes antiparasitários.

O outro lado dos resíduos

farmacêuticos

Lixo comum Esgoto sanitário

Descarte de Medicamentos ?

Aterro Classe I

Lixão Recursos hídricos

Incineração

Em 2009 a Anvisa editou a Resolução – RDC n.44, que permitiu a participação de farmácias edrogarias em programas de coleta de resíduosdomiciliares de medicamentos no país.

Maceió, maio de 2014

Descarte de Medicamentos

Estudos de diversos países tem demonstrado a presença de produtos farmacêuticos naágua. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o ciclo de vida dos produtosfarmacêuticos foi analisado e foi determinado que a maior contribuição para a presençadessa substâncias no ambiente não são as operações de fabricação, mas o uso e ações dosconsumidores. Pelo princípio da precaução, devem ser tomadas medidas para que asituação não piore.

Maceió, maio de 2014

O Brasil ainda não dispõe de legislação específica de âmbito nacional para o descarte,recolhimento, transporte e destinação ambientalmente adequada dos resíduos domiciliaresde medicamentos vencidos ou em desuso pela população;

O gerenciamento de resíduos é abordado em regulamentos específicos para determinadossetores da cadeia de produção farmacêutica, como a RDC nº 306/2004 da ANVISA eResolução nº 358/2005 do CONAMA (gerenciamento e destinação final de RSS) e a RDC n.º17/2010 da ANVISA (Boas Práticas de Fabricação de medicamentos);

As normas atuais não tratam da responsabilidade compartilhada de cada ente da cadeiafarmacêutica e não abordam os resíduos domiciliares de medicamentos;

O descarte de medicamentos vencidos ou sobras é feito atualmente por grande parte daspessoas no lixo comum ou na rede pública de esgoto;

Estima-se que no Brasil o volume de resíduos domiciliares de medicamentos seja algo entre4,1 mil e 13,8 mil toneladas por ano.

Descarte de Medicamentos

Maceió, maio de 2014

UMA MUDANÇA CULTURAL E ABRANGENTE PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO PAÍS

Responsabilidade compartilhada

Logística reversa

Acordo setorial

Maceió, maio de 2014

Art. 13. A LOGÍSTICA REVERSA é o instrumento de desenvolvimento econômico esocial caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinadosa viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outradestinação final ambientalmente adequada.

DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010

Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de

2010, que institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política

Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê

Orientador para a Implantação dos Sistemas de

Logística Reversa, e dá outras providências

LOGÍSTICA REVERSA

Maceió, maio de 2014

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I – ACORDO SETORIAL: ato de natureza contratual firmado entre o poderpúblico e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo emvista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida doproduto;

LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010

ACORDO SETORIAL

Maceió, maio de 2014

Elaborar proposta de logística reversa de medicamentosdentro dos parâmetros estabelecidos pela PNRS,subsidiando a elaboração do Edital de chamamento paraAcordo Setorial, dando embasamento ao GTA e ao ComitêOrientador na tomada de decisões pertinentes ao tema.

OBJETIVO DO GTT DE MEDICAMENTOS

Maceió, maio de 2014

ENTIDADES REPRESENTADAS NO GTT DE

MEDICAMENTOS NACIONAL

• GOVERNO FEDERAL (Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Saúde e Saneamento)• GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS (FNP, CNM, CONASS, CONASEMS, Outras)• ENTIDADES DE CLASSE ( CFF, FENAFAR, CFQ, CFM, Outras)• DEFESA DO CONSUMIDOR• SETOR FARMACÊUTICO (Indústria, Atacado, Varejo)• TRATAMENTO DE RESÍDUOS• LIMPEZA PÚBLICA• OUTRAS

O GTT de Medicamentos é composto no âmbito nacional por 46 entidades

Maceió, maio de 2014

Brasil - Estimativas do volume de resíduos

Parâmetro de Estimativa Volume Estimado

Estimativa dos resíduos gerados pela população brasileira a

partir de dados internacionais, per capita.

Entre 10,3 mil e 13,8 mil

toneladas / ano

Extrapolação do volume de resíduos do Programa Descarte

Consciente para todas as farmácias do país.10,8 mil toneladas/ano

Extrapolação do volume de resíduos da coleta amostral

consolidado pelo GTT medicamentos para todas as farmácias do

país.

4,1 mil toneladas/ano

De 4 mil a 14 mil toneladas de resíduos de medicamentos por ano

Maceió, maio de 2014

Benefícios Esperados - Redução de Impactos Ambientais - Benefícios qualitativos e imensuráveis. - Redução de Riscos de Intoxicação e Benefícios para o Sistema de Saúde - Foram

estimados em R$356 mil/ano os custos evitados com internação e perda de capacidade produtiva decorrentes de intoxicação por resíduos de medicamentos. Os custos evitados estão relacionados à efetividade de 20% na redução de intoxicações por acidente em razão da logística reversa.

- Promoção do uso racional de medicamentos e favorecimento à cultura de cuidado e atenção no consumo de medicamentos;

- Eficiência do processo produtivo com a responsabilidade ampliada pelo resíduo pós-consumo (incorporação de novas tecnologias e aperfeiçoamento do processo de produção para medidas voltadas para a não geração de resíduos);

- Eficiência para a implantação de sistemas de coleta seletiva pelo poder público, com a segregação de resíduos perigosos de forma distinta dos resíduos domiciliares em geral;

- Oportunidades de geração de novos negócios.

Conclusão do EVTE: “É possível concluir que a implementação da logística reversa no Brasil é viável,

econômica e tecnicamente, assim como é possível afirmar que os benefícios gerados serão bastante importantes para a sociedade brasileira.”

Maceió, maio de 2014

EXPERIÊNCIAS

INTERNACIONAIS

Maceió, maio de 2014

União Europeia

AlemanhaEspanhaFrançaItália

PortugalSuéciaOutros

Outras iniciativasEstados Unidos

Canadá

Austrália

Maceió, maio de 2014

França: Programa Cyclamed

Espanha: SIGRE Portugal: ValormedSuécia: Apoteket AB

Canadá: Post-Consumer Pharmaceutical Association (PCPSA)

Descarte de Medicamentos

Maceió, maio de 2014

EXPERIÊNCIAS

NACIONAIS

Maceió, maio de 2014

Rede Cooperfarma (Região Oeste e Sudoeste – PR)

Rede Farmes – 92 FarmáciasEspírito Santo

EXPERIÊNCIAS NACIONAIS

Maceió, maio de 2014

Rede Drogamais (58 farmácias do Norte do PR)

Programa Papa Pílula – SESI/SC

EXPERIÊNCIAS NACIONAIS

Maceió, maio de 2014

Programa Descarte Correto deMedicamentos - Eurofarma e

Pão de Açúcar

Programa Descarte Consciente –

Raia/Drogasil

EXPERIÊNCIAS NACIONAIS

Maceió, maio de 2014

Programa Cata Remédio -

Rede Drogaria São PauloFarmácia de manipulação A Herborista

Centro – Guarulhos/SP

EXPERIÊNCIAS NACIONAIS

Maceió, maio de 2014

Unimed Videira/SP Municípios da área de abrangência da

Unimed Nordeste/RS

EXPERIÊNCIAS NACIONAIS

Maceió, maio de 2014

Farmácia de manipulação

A Fórmula – Maceió/AL

Campanha Ecophloranceae

Londrina e Maringá/PR e Cuiabá/MT

EXPERIÊNCIAS NACIONAIS

OBRIGADO!

equipe

CRISTIAN BERNARDO

WILLIAM MONTEIRO

professor

DANIEL MENDONÇA

TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Tratamento de resíduos

farmacêuticos

Referências:

1) ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Descarte de Medicamentos - Responsabilidade compartilhada. Gustavo Henrique Trindade da Silva. Unidade Técnica de Regulação – UNTEC.

2) ANVISA – RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004.

3) ABNT – NBR nº 12809 1997 - Manuseio de resíduos de serviço de saúde.

4) CONAMA. RESOLUÇÃO n° 20, de 18 de junho de 1986. Publicado no D.O.U. de 30/7/86.

5) Eric de Souza Gil, Clévia Ferreira Duarte Garrote, Edemilson Cardoso da Conceição, Mariangela Fontes Santiago, Aparecido Ribeiro de Souza. Aspectos técnicos e legais do gerenciamento de resíduos químico-farmacêuticos . Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas - Brazilian Journal ofPharmaceutical Sciences - vol. 43, n. 1, jan./mar., 2007.

6) Elda Falqueto, Débora Cynamon Kligerman, Rafaela Facchetti Assumpção. Como realizar o correto descarte de resíduos de medicamentos? Artigo apresentado em 04/07/2006 - Aprovado em 01/08/2006 - Versão final apresentada em 28/11/2006

7) Eric de S. Gil & Ricardo O. Mathias. CLASSIFICAÇÃO E RISCOS ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS QUÍMICO – FARMACÊUTICOS. Faculdade de Farmácia –Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp) . Revista Eletrônica de Farmácia Vol 2(2), 87-93, 2005. ISSN 1808-0804. Recebido em 20/11/2005 - Aceito em 20/12/2005.