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I UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO E SANEAMENTO RURAL Bragança Paulista 2008

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I

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO E

SANEAMENTO RURAL

Bragança Paulista

2008

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II

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO E SANEAMENTO RURAL

Autor: Alvaro Aparecido da Silva

Orientador: Prof. André Augusto Gutierrez

Fernandes Beati

Trabalho de Estágio apresentado à

Banca Examinadora do Curso de

Tecnologia em Gestão Ambiental da

Universidade São Francisco como

parte dos requisitos para a obtenção

do título de Licenciado em Tecnologia

em Gestão Ambiental, sob a

orientação do Prof. André A. Gutierrez

Fernandes Beati

Bragança Paulista

2008

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III

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO E SANEAMENTO RURAL

Autor: Alvaro Aparecido da Silva – RA 001200700081

Profa. Doutora Sheila Cristina Canobre Presidente da Banca Examinadora

Profa. Ângela Sanches Rodrigues Profa. Cândida Maria Costa Batista

Prof. Jean Ferreira Silva

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IV

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho de forma muito especial a minha amada

esposa Marli, e a todas as pessoas que fizeram parte da minha

caminhada, me incentivando e me animando a seguir em frente.

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V

AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho só foi possível graças a

participação e apoio de inúmeras pessoas e órgãos como a Associação

Mata Ciliar na pessoa do Sr. Jorge Bellix de Campos, a empresa Better

Box Ambiental, a CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica

Integrada) EDR de Bragança Paulista, e as Casas de Agricultura da

Região Bragantina.

Entretanto, de modo muito especial quero deixar registrado

meu agradecimento a minha amada esposa que esteve ao meu lado

durante todo esse curso, me apoiando de todas as formas. Só eu sei o

quanto ela teve que ser pacienciosa e graciosa.

Também quero registrar meu agradecimento a Professora

Doutora Sheila Canobre e ao Professor André Augusto Gutierrea

Fernandes Beati que dedicaram tempo e energia me ajudando na

elaboração desse Trabalho de Conclusão de Curso.

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VI

RESUMO

O sistema Fossa Séptica Biodigestora fornecido pela Better

Box Ambiental aos produtores rurais nas áreas de Microbacia, é

adquirido pela Associação Mata Ciliar com verba da Petrobras

Ambiental.

Esse sistema de tratamento de esgoto é uma tecnologia da

Embrapa Instrumentação Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento, desenvolvida pelo ex-pesquisador e atual

consultor da Empresa, Antonio Pereira de Novaes, que desde sua

implantação em 2001 tem beneficiado centenas de pessoas em vários

estados brasileiros.

O sistema de saneamento básico na zona rural consiste em

desviar a tubulação do vaso sanitário para caixas de fibras de vidro ou

de fibrocimento, onde os dejetos humanos entram em processo de

biodigestão com a ajuda do esterco bovino.

Ao final do processo, é gerado adubo orgânico de altíssima

qualidade.

Em 2003, esse sistema desenvolvido pela EMBRAPA

(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) já havia conquistado o

Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, tendo

concorrido com 634 trabalhos de instituições públicas e privadas de

todo o País.

Palavras-chave: Fossa séptica, Microbacia.

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VII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 - Reservatórios de água produzidos pela Better Box Ambiental.............................1

Figura 1.2 – Reatores e Filtros no pátio da empresa Better Box Ambiental.............................2

Figura 1.3 - Primeira Tecnoambiental Franciscana 2007.........................................................2

Figura 1.4 – Better SG (Sistema de Gradeamento).................................................................3

Figura 1.5 – Cisterna de dois mil litros para captação de água de chuva...............................3

Figura 1.6 – Peça para a empresa Sansuy..............................................................................4

Figura 1.7 – Peça especial instalada nos biodigestores para tratamento na suinocultura......5

Figura 1.8 – Esquema de uma fossa negra construída ao lado de um poço - fonte

(www.cnpdia.embrapa.br/noticia_11062007.html)...................................................................6

Figura 1.9 – Tipos de contaminação dos corpos d´água em áreas rurais. Fonte: www.eb1-

pias-alandroal.rcts.pt................................................................................................................7

Figura 1.10 – Mostra a montagem do sistema de fossa biodigestora - Fonte

http://www.cnpdia.embrapa.br/img_noticias/11062007.jpg......................................................9

Figura 1.11 – Associação Mata Ciliar.....................................................................................10

Figura 1.12 – Veículo da Associação Mata Ciliar...................................................................10

Figura 1.13 – Kit EMBRAPA entregue em Pedreira...............................................................11

Figura 1.14 –Microbaica Hidrográfica - Fonte

http://www.terrasdamantiqueira.com/imagem/propriedadelegal/ppmicrobacia1.gif..............12

Figura 1.15 – Gráfico Cobertur de Esgotamento Sanitário das Grandes Regiões................13

Figura 1.16 - Cobertura de esgotamento sanitário - Região Sudeste....................................14

Figura 1.17 - Propriedade Rural na Região de Pedra Bela....................................................15

Figura 1.18 – Biodigestor Sansuy em Base Experimental Guarapiranga..............................16

Figura 1.19 – Fossa negra – fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/casa.jpg.....18

Figura 3.1 – Kit de fossa biodigestora na sequência de instalação.......................................20

Figura 3.2 – Esquema simplificado de instalação – fonte:

http://caesb.df.gov.br/scripts/saneamentorural/Cons-Sis-Impre.htm......................................21

Figura 3.3 – Equipamento instalado – Fonte:

http://caesb.df.gov.br/scripts/saneamentorural/Cons-Sis-Impre.htm......................................23

Figura 3.4 – Material Recebido pelo produtor rural Sr. Lúcio Flávio Ferreira.........................24

Figura 3.5 – Kits produzidos em caixas de fibra de vidro.......................................................25

Figura 3.6 – Material entregue Microbaica da Cahoeira dos Pretos – Fonte: Better Box

Ambiental................................................................................................................................26

Figura 4.1 – Inspetores da Petrobras Ambiental e Associação Mata Ciliar............................27

Figura 4.2 – Kit instalado em propriedade rural......................................................................28

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VIII

Figura 4.3 – Cartas de divulgação do projeto.........................................................................30

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IX

TABELAS Tabela 1 - Relação de materiais............................................................................................22

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X

SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO_________________________________________________________1

1.1 – Diagnóstico da Empresa_______________________________________________1 1.2 – Aspectos Teóricos____________________________________________________6 1.2.1 – Conceitos de Microbacias Hidrográficas_______________________________11 1.2.2 – Conceito de Digestão Anaeróbia______________________________________14 1.2.3 – Situação Problemática______________________________________________17 2 – OBJETIVOS__________________________________________________________19

3 – MATERIAIS __________________________________________________________20 4 – RESULTADOS E DISCUÇÃO____________________________________________27 5 – CONCLUSÃO_________________________________________________________31

6 – REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS___________________________________________32

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1 – INTRODUÇÃO 1.1 – Diagnóstico da Empresa

A Better Box Indústria e Comércio Ltda. foi fundada em 2001 com a finalidade de

produzir reservatórios de água em plástico reforçados com fibra de vidro.

Por ser uma empresa criada somente com recursos dos sócios, sofreu toda sorte de

dificuldades para se firmar no mercado. Dificuldades estas nas áreas governamentais como

falta de incentivo nas questões fiscais e tributárias, questões burocráticas e falta de recursos

e incentivos financeiros.

Entretanto, nada disso impediu que a Better Box Indústria e Comércio se firmasse no

mercado.

Hoje ela é uma empresa associada à FIESP (Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo e ao CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), e atuando no

Conselho do CIESP através de uma de suas diretoras.

A empresa está estruturada com área de comercial, atendimento técnico, sistema de

entrega “Just in time”, e área de produção.

Apesar de ainda ser uma empresa relativamente jovem, ela está apta para atender

as diversas necessidades do mercado, já conquistou a confiança de todos os clientes são

pessoas jurídicas, construtoras, comércio de material para construção, prefeituras,

loteadoras, pousadas, hotéis e pessoas físicas, nesse caso o consumidor final.

Há três anos a Better Box Indústria e Comércio Ltda. passou a ser

denominada por Better Box Ambiental, pois passou a atuar fortemente na área ambiental

com sistema de tratamento de esgoto.

No início ela somente produzia os tradicionais reservatórios de água que vão de 80

litros até 15.000 litros conforme se vê na Figura 1.1.

Figura 1.1 – Reservatórios de água produzidos pela Better Box Ambiental

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Como a Better Box Ambiental é uma empresa empreendedora, ela está sempre

olhando para o futuro e para as necessidades do mercado, principalmente nas carências de

produtos para o saneamento básico.

Assim, ela passou a atuar na área de saneamento básico com Sistemas de

Tratamento de Esgoto sanitário (Better STE) conforme mostra a Figura 1.2, e Figura 1.3.

Figura 1.2 – Mostra quatro reatores anaeróbios e um filtro biológico no pátio da empresa

Better Box Ambiental.

Figura 1.3 - Primeira Tecnoambiental Franciscana 2007

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Faz parte da linha de saneamento básico o Better SG (Sistema de Gradeamento), mostrado

na Figura 1.4.

Figura 1.4 – Better SG (Sistema de Gradeamento) para reter sólidos grosseiros

A empresa também planeja investir fortemente em produtos para captação de água

de chuva, como o exemplo de uma cisterna apresentado na Figura 1.5.

Figura 1.5 – Cisterna de dois mil litros para captação de água de chuva na portaria do

Colégio Viverde em Bragança Paulista

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A Better Box Ambiental além dos produtos citados, também produz separadores de

água e óleo, caixas de gordura, e o Kit desenvolvido pela EMBRAPA, para tratamento de

esgoto nas áreas rurais, e também está desenvolvendo novas opções para tratamento de

efluentes, inclusive efluentes físico, químicos, que é uma área bastante carente, e que tem

grande impacto no meio ambiente.

A Better Box Ambiental também atende outras empresas, dentre elas a Empresa

Sansuy S/A Industria de Plásticos que produz biodigestores para áreas como suinocultura.

As Figuras 1.6 e Figuras 1.7 mostram o equipamento produzido e o mesmo instalado

em um Biodigestor para uso no tratamento e obtenção de gás metano a partir do esterco

suíno.

Figura 1.6 – Peça produzida para a empresa Sansuy S/A Ind. De Plásticos – Embu – SP. O

equipamento mede 1,28 m de base; a boca tem 1,54 m e a altura de 0,78m. É montado com

tubos e conexões de PVC de 150mm esgoto, três Joelhos Esgoto de 150 x 90° e tubo de

50mm de PVC soldável para a limpeza do equipamento.

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Conforme mostra a Figura 1.7 o equipamento é usado na montagem e instalação dos

biodigestores com o armazenamento de gás metano para o reaproveitamento na geração de

energia ou queima.

Figura 1.7 – Peça especial instalada nos biodigestores para tratamento na suinocultura.

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1.2 – Aspectos Teóricos

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e o Abastecimento, a

agricultura de base familiar reúne 14 milhões de pessoas de mais de 60% do total de

agricultores, e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil.

Em áreas rurais é comum o uso de fossas rudimentares, e os esgotos são lançados

diretamente nos corpos d’água sem nenhum tratamento (fossa “negra”, poço, buraco, etc.).

A Figura 1.8 mostra um tipo de fossa muito comum nas áreas rurais ao lado de um

poço caipira onde as famílias captam água para subsistencia.

Figura 1.8 – Esquema de uma fossa negra construída ao lado de um poço caipira.

Com essa enorme população lançando o esgoto sem tratamento adequado, a

possibilidade de contaminação por doenças veiculadas pela urina, fezes e água, como

hepatite, cólera, salmonela e outras é muito grande.

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A Figura 1.9 mostra outro exemplo do que ocorre na grande parte das áreas rurais

no Brasil.

Figura 1.9 – Apresenta diversos tipos de contaminação dos corpos d’água em áreas rurais,

como desmatamento, lixão a céu aberto, agrotóxicos, lançamento de lixo diretamente no

corpo d’água, criação de porcos e fossa sem tratamento.

Segundo o LUPA (Levantamento Censitário das Propriedades Agrícolas), que está

sendo finalizado, o Estado de São Paulo tem cerca de 315 mil propriedades agrícolas.

Setenta mil famílias são beneficiadas hoje pelo Programa Estadual de Microbacias

Hidrográficas (LUPA 2008).

A preocupação pelo saneamento básico nas áreas de microbacias hidrográficas esta

intimamente relacionada com o tratamento de água nas cidades, pois se não contaminar as

águas já nas fontes ou seja nas microbacias, a eficiência e o custo do tratamentos nas ETAs

serão minimizados.

Técnicos da Secretaria de Saneamento e Energia e da SABESP se reuniram com a

CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) para conhecer um pouco mais

sobre o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas e sua abrangência na área rural.

O interesse da SABESP começou, quando a CATI apresentou os incentivos do

Programa Estadual de Microbacias, direcionados ao saneamento das comunidades rurais,

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durante a primeira Oficina sobre Modelos de Gestão de Saneamento e Saúde em

Comunidades Isoladas – Caminhos para a Universalização, que teve como objetivo levantar

ações desenvolvidas por diversas instituições para utilização na montagem de uma Política

Estadual de Saneamento Rural e das Comunidades Isoladas.

Ricardo Bartolomei (2008), da SABESP, foi quem tomou a iniciativa de conhecer

melhor o Programa de Microbacias: “Esse ano estaremos empenhados em criar uma política

para atender e promover o saneamento rural e de comunidades isoladas”, finaliza. Segundo

Heitor Collet (2008), da Secretaria de Saneamento e Energia, existe uma necessidade

generalizada de saneamento básico.

Durante a reunião, José Luiz Fontes, coordenador substituto da CATI e gerente de

planejamento do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, falou sobre o início da

implantação do programa e das dificuldades encontradas. “Quando começou em 87, visava

o manejo e a conservação do solo. Em 97 foi reestruturado com o foco no desenvolvimento

rural sustentável, culminando com a assinatura do acordo de empréstimo com o Banco

Mundial em 2000”.

Fontes explicou que para iniciar o trabalho foi levado em conta o diagnóstico feito

pela comunidade a ser beneficiada. “Os parâmetros utilizados para priorizar as áreas para

implantação foram erosão e pobreza rural. As regiões tiveram tratamentos diferentes já que

têm realidades diferentes”. Ele finaliza dizendo que o Programa está em municípios onde a

agricultura tem relevância econômica e social. Hoje, são 968 planos de ação em

desenvolvimento, com a meta de produzir mais e melhor.

Com a finalidade de proporcionar ao produtor uma melhoria desse saneamento

cogitou-se a implantação de um sistema de tratamento de esgoto eficiente e de baixo custo,

e por isso a EMBRAPA desenvolveu um sitema simples e barato, onde se constatou o pleno

funcionamento e eficácia do mesmo. Além da utilização do efluente como adubo orgânico

nas lavouras de laranja EMBRAPA, NOVAES, A. P. et al (2002).

Segundo Heitor Collet (2008), da Secretaria de Saneamento e Energia, existe uma

necessidade generalizada de saneamento básico. Ele ressalta que a SABESP tem controle

sobre as áreas urbanas, mas na área rural o conhecimento é zero. Cottet afirma que: “Além

de saneamento precisamos oferecer também água e água de qualidade”.

O sistema desenvolvido pela EMBRAPA e fornecido pela Better Box Ambiental, é um

processo de digestão dos resíduos orgânicos, esse processo é muito antigo e se sabe de

unidade instalada em Bombaim, na India em 1819; na Australia uma empresa produz e

industrializa o gas metano a partir do esgoto desde 1911.

A China possui 4,5 milhões de biodigestores que produzem gáz e adubo orgânico,

sendo que a principal função desse sistema é o saneamento no meio rural.

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A CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada) juntamente com as Casas

de Agricultura tem feito um excelente trabalho nesse setor. Estão sendo adquiridos da Better

Box Ambiental os kits desenvolvidos pela EMBRAPA e esse Kit está sendo fornecido ao

produtor rural para saneamento em sua propriedade. A Better Box Ambiental tem atendido

os produtores rurais que adquirem o Kit e recebebem 90% do valor pago com verba do

Banco Mundial, ficando para eles o desembolso de somente 10% do valor total. A empresa

também tem fornecido Kits que foram adquiridos na ONG Mata Ciliar com verba da

Petrobras Ambiental.

A Figura 1.10 mostra um exemplo do sistema de Fossas Sépticas biodigestora sendo

montado.

Figura 1.10 – Mostra a montagem do sistema de fossa biodigestora

A Associação Mata Ciliar em parceria com a PETROBRAS AMBIENTAL depois de

conhecer melhor o Programa de Microbacias, criou um programa que foi denominado de

Programa de Olho nos Rios, Recupeção de APAS – SANEAMENTO RUAL, onde é feita a

doação de kits de fossa biodigestora aos produtores rurais que se interessarem em tratar o

esgoto. O produtor rural somente se obrigará em fazer a instalação do equipamento.

Ações como essas da Petrobras Ambiental, somadas com o trabalho da Associação

Mata Ciliar vão complementar o trabalho dos técnicos da CATI, que vão ao campo

orientando e convencendo o produtor rural a tomar essas medidas que vão minimizar a

poluição dos corpos d’água nas áreas de Microbacia, e que terão reflexos muito positivos

nos gastos com hospitalização e etc.

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Pode-se ver nas Figuras 1.11; 1.12; e 1.13 consecutivamente uma imagem da

Associação Mata Ciliar, um veiculo da Associação acompanhando a doação de kits de fossa

biodigestora e o produtor rural Produtor Rural João Batista Pucinelli e técnicos da Casa de

Agricultura recebendo o equipamento.

Figura 1.11 – Associação Mata Ciliar

Figura 1.12 – Veículo da Associação Mata Ciliar acompanhando a entrega de Kit

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Figura 1.13 – Kit EMBRAPA entregue em Pedreira

1.2.1- Conceito de Microbacias hidrográficas

Em conceito técnico, a Microbacia é definida como uma área geográfica de captação

de água composta por pequenos canais de confluência e delimitada por divisores naturais

(Seab, 1992; Rocha, 1991).

Esta área é admitida como a menor unidade territorial capaz de enfocar as variáveis

ambientais de forma sistêmica. As políticas públicas que determinam as microbacias - ou

bacias - hidrográficas como unidade de planejamento partem da perspectiva do

desenvolvimento sustentável e pressupõem uma racionalização do uso dos recursos

naturais.

Segundo Clécio Azevedo da Silva mestre pela UFRRJ /CPDA (1994), “o manejo

integrado em microbacias hidrográficas possui possibilidades e também limitações muito

particulares. Seu exame mais aprofundado certamente será muito interessante para a

análise das políticas de desenvolvimento”.

Dentre as diversas conceituações para uma Microbacia, a que melhor expressa o

momento atual dos Programas de Microbacias em curso no Brasil é a citada por Tito Ryff

em 1995, que assim a define: “Unidade natural de planejamento agrícola e ambiental,

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adequada à implantação de novos padrões de desenvolvimento rural, que representa uma

etapa no processo de aproximações sucessivas rumo ao ideal de um desenvolvimento rural

sustentável”. Com esta definição, Ryff abrange vários aspectos relevantes a respeito da

metodologia de Microbacias que merecem ser destacados.

O primeiro diz respeito ao planejamento, sendo as microbacias reconhecidas como

unidades de planejamento, intervenção e monitoramento, onde se conseguem reduzir as

variáveis ambientais, sociais e econômicas, permitindo um trabalho mais factível e eficiente.

Não se esta falando aqui de uma minimização de foco que leve a uma política

estrábica, mas sim de um equilíbrio entre o gigantismo de uma bacia hidrográfica e a

dimensão individualizada e reduzida de uma propriedade rural.

A Figura 1.14 mostra um exemplo de microbacia.

Figura 1.14 – Exemplo de uma Microbaica Hidrográfica

A Região Sudeste é a que apresenta os maiores valores de cobertura de

esgotamento sanitário enquanto que a Região Nordeste tem a cobertura mais baixa. O

indicador decresce no ano censitário em todas as regiões. As regiões Centro-Oeste e

Nordeste não chegam a 50% de cobertura de esgotamento sanitário. A Região Norte,

embora também apresente aumento de cobertura em todo o período, exibe valores

diferenciados e baixos nos anos censitários de 1991 e 2000.

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Esta discrepância é provavelmente devida à não inclusão dos dados da zona rural de

Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá na amostra da PNAD, até o ano de

2003. A partir de 2004, como apresentam coberturas bastante inferiores às das áreas

urbanas, sua inclusão provoca uma aproximação entre os valores obtidos através dos dados

da amostra da PNAD e dos Censos.

O fato de ainda apresentar valores distintos entre a PNAD e o Censo, mesmo após

2004, pode ser atribuído a fatores inerentes ao processo de amostragem, particularmente

em áreas pouco populosas ou de grande variação populacional.

Os anos de 1994 e 2003 não integram a análise por ausência de dados relativos a tal

informação conforme Figura 1.15 mostra especialmente os dados de 2003 que foi suprimido

por inconsistências.

Figura 1.15 - Cobertura de esgotamento sanitário. Brasil e Grandes Regiões, 19911993,

1995-2002 e 2004-2005.

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A Figura 1.16 mostra o gráfico na Região Sudeste há maior tendência para a

cobertura de esgotamento sanitário. Os estados se dividem em dois grupos, que se diferem

pelo patamar dos valores de seus indicadores são: São Paulo e Rio de Janeiro e fazem

parte do primeiro grupo, que possui desde 1993 valores nos indicadores acima de 80%. Já

Espírito Santo e Minas Gerais registram em 2004 - 2005 os maiores valores de seus

indicadores, em torno de 74%.

Figurao 1.16 – Cobertura de esgotamento sanitário. Região Sudeste, 1991-1993, 1995-2002

e 2004-2005.

1.2.2 - Conceito de Digestão Anaeróbia

A Better Box Ambiental tem trabalhado com sistemas de digestão anaeróbicas no

tratamento de esgoto, fornecendo reatores anaeróbios de fluxo ascendente e filtros

biológicos.

Pode ser visto na Figura 1.17 uma obra em área rural atendida pelo sistema

desenvolvido pela Better Box Ambiental.

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Figura 1.17 – Propriedade Rural na Região de Pedra Bela – Destaca-se um Reator

Anaeróbio de Fluxo Ascendente e um Filtro Biológico Anaeróbio

A digestão anaeróbica (ou anaeróbia) é um processo de decomposição de matéria

orgânica por bactérias em um meio onde não há a presença de oxigênio gasoso.

O sistema desenvolvido pela EMBRAPA para o saneamento rural e que é

apresentado nesse trabalho também é um processo de digestão anaeróbia.

Este processo acontece naturalmente na natureza, e também é um método que é

usado há muito tempo pelo homem mesmo sem saber de que se tratava ou mesmo de

conhecer sobre a existência dos microorganismos responsáveis pela digestão anaeróbia.

O processo de digestão anaeróbica é muito utilizado atualmente justamente em

função da baixa taxa do volume gerado no processo anaeróbio, cerca de 0,10 a 0,20 kg

SST/ kg DQO afluente (Campos, 1999).

Para o tratamento de resíduos como os provenientes de Estações de Tratamento de

Esgoto (ETE’s), ou em biodigestores (mecanismos que usam geralmente detritos animais

para a geração de biogás) e que pode ser usado o gás resultante do processo, gás metano,

para gerar energia.

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A Figura 1.18 mostra um biodigestor em uma base experimental em Guarapiranga.

Figura 1.18 – Biodigestor Sansuy em Base Experimental Guarapiranga

Na digestão anaeróbica ocorrem diversos processos que juntos resultam na

decomposição da matéria orgânica:

1ª) Primeira fase: é a liquefação ou hidrólise onde o material orgânico complexo é

transformado em compostos dissolvidos ou matéria orgânica volátil;

2ª) A segunda fase é a gaseificação que pode ser subdividia em duas fases:

a – fermentação ácida ou acidogênese, onde os compostos são transformados em ácidos

orgânicos voláteis (fórmico, acético, propiônico, butírico e valérico);

b - e a fermentação acetogênica ou acetogênese, onde os produtos da subfase anterior são

transformados em acetato, hidrogênio e monóxido de carbono;

c - a terceira e última fase é a metanogênese, onde os produtos da acetogênese são

transformados, principalmente em metano (CH4), embora também sejam gerados outros

gases......................................................................................................................

Alguns processos para a digestão anaeróbia em estações de tratamento de esgoto

são: “lodo ativado”, “filtro biológico”, “lagoas anaeróbias” ou ainda, “reatores anaeróbios”,

entre outros.

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No sistema desenvolvido pela EMBRAPA para o saneamento rural, o objetivo do

processo é a decomposição e tratamento de esgoto em primeiro plano não a obtenção de

biogás...........................................................................................................

Os processos de biodigestão anaeróbia para geração do biogás como forma de

obtenção de energia podem ser divididos por biodigestores “em batelada” ou biodigestores

“contínuos”, que, por sua vez, se dividem em vários modelos dentre os quais podemos citar:

o modelo indiano, que foi o primeiro a ser usado, o modelo chinês, o modelo, paquistanês,

tailandês, coreano, filipino, o de deslocamento vertical e o modelo em plástico flexível.

1.2.3 – Situação Problemática

Em área rurais de Microbacia a destinação adequada das excretas não é meramente

um problema técnico, mas também um problema ambiental e cultural.

Segundo Jorge Bellix de Campos (2008) além do problema de informação, existe

também a dificuldade de convencer o produtor rural a aceitar a doação do kit de fossa

séptica, pois o mesmo, muitas vezes já está com a estrutura de sua obra pronta, e não quer

refazer os encanamentos para instalação do kit. O kit é doado, mas a instalação é por conta

e risco do produtor.

O lançamento das excretas diretamente no corpo d’água é a regra na maioria dos

casos. Raramente se encontra fossas construídas em alvenaria, o que mais se vê são as

chamadas fossas negras que nada mais são de que um buraco aberto no solo, onde são

lançados as águas provenientes das descargas dos vasos sanitários.

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A Figura 1.19 mostra um esquema de construção de uma fossa negra.

Figura 1.19 – Esquema de construção de uma fossa negra

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2 - OBJETIVOS

Este trabalho teve como objetivo a demonstração dos problemas e dificuldades

encontradas nas áreas rurais de Microbacias nos quesitos de saneamento, e também dos

incentivos oferecidos pelo governo e por ONGs para minimizar esses problemas nessas

áreas, e de modo mais especifico, na Microbacia sob responsabilidade da CATI (EDR-

Bragança Paulista).

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3 - MATERIAIS

O sistema de fossa séptica biodigestora desenvolvido pela EMBRAPA e fornecido

pela Better Box ambiental é composto por três caixas de fibra de vidro de 1000 L cada

(Figura 3.1), conectadas exclusivamente ao vaso sanitário e para uso máximo de cinco

pessoas por dia, (pois a água do banheiro e da pia não têm potencial patogênico e sabão ou

detergente tem propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão) e a uma

terceira caixa de 1000 L, que serve para coleta do efluente (adubo orgânico).

Figura 3.1 – Mostra a entrega de um kit de fossa biodigestora na seqüência de

instalação (Bairro dos Ferreirinhas em Socorro – SP

As tampas dessas caixas devem ser vedadas com borracha e fixadas com

parafusos. Desde o vaso sanitário até as caixas as ligações devem ser feitas com tubo PVC

para esgoto de bitola de 100 mm, e unidas entre si conexões de PVC de 100 mm, com

curva de 90° longa no interior das caixas e Tê de inspeção para o caso de entupimento do

sistema.

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Na Figura 3.2 é possível ver como são colocados as conexões e a seqüência de

instalação das caixas.

Figura 4.2 – Esquema simplificado de instalação

Peças: 01 - Válvula de Retenção 100 mm esgoto; 02 - Tubos de 25 mm soldável com dois

caps de 25 mm; 03 - Curvas Longas Esgoto de 100 mm x 90°; 04 - Tês esgoto de 100 mm;

06 - Reservatórios e 07 - Registro de Esfera de 50 mm

Os tubos e conexões devem ser vedados na junção com a caixa com cola de silicone

e o sistema deve ficar enterrado no solo para manter o isolamento térmico.

Inicialmente, a primeira caixa deve ser preenchida com aproximadamente 20 L de

uma mistura de 50% de água e 50% esterco bovino (fresco). O objetivo desse procedimento

é aumentar a atividade microbiana e conseqüentemente à eficiência da biodigestão, dever

ser repetido a cada 30 dias com 10 L da mistura água/esterco bovino através da válvula de

retenção.

O sistema consta ainda de duas chaminés de alívio colocadas sobre as duas

primeiras caixas para a descarga do gás acumulado (CH4).

A coleta do efluente é feita através do registro de esfera de 50 mm instalado na caixa

coletora.

Caso não se deseje aproveitar o efluente como adubo e utilizá-lo somente para

Irrigação pode-se montar na terceira caixa um filtro de areia, que permitirá a

Saída de água sem excesso de matéria orgânica dissolvida.

Se não for utilizar o efluente como adubo orgânico, necessita ainda de: areia fina

lavada, pedra britada nº 01 e nº 03.

Relação de Material usado no Sistema de Fossa Séptica desenvolvido pela EMBRAPA

conforme Tabela 1:

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Tabela 3.1 – Relação de materiais que compõem o kit de fossa séptica, mais materiais

necessários para a instalação

Item Quantidade Descrição

01 03 pç Caixa de cimento ou plástico de 1000 litros 02 06 m Tubo de PVC 100 mm para esgoto

03 01 pç Válvula de retenção de PVC 100 mm

04 02 pç Curva de 90º longa de PVC 100 mm

05 03 pç Luva de PVC 100 mm

06 02 pç Tê de inspeção de PVC de 100 mm

07 10 pç O´ring 100 mm (Anel de vedação)

08 02 m Tubo de PVC soldável de 25 mm

09 02 pç Cap de PVC soldável de 25 mm

10 02 pç Flange de PVC soldável 25 mm

11 01 pç Flange de PVC soldável de 50 mm

12 01 m Tubo de PVC soldável de 50 mm

13 01 pç Registro de esfera de PVC

14 02 tb Cola de silicone de 300 g

15 25 m Borracha de vedação 15 x 15 mm

16 01 tb Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido –

400 g 17 01 Tb Adesivo para PVC – 100 g

18 01 litro Neutrol

Ferramentas Necessárias 01 01 pç Serra copo 100 mm

02 01 pç Serra copo 50 mm

03 01 pç Serra copo 25 mm

04 01 pç Aplicador de silicone

05 01 pç Arco de serra com lâmina de 24 dentes

06 01 pç Furadeira elétrica

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07 01 pç Pincel de ¾”

08 01 pç Pincel de 4”

09 01pç Estilete ou faca

10 02 fl Lixa comum nº 100

Tabela 3.1 – Relação de materiais que compõem o kit de fossa séptica, mais materiais

necessários para a instalação

A Figura 3.3 mostra um desenho ilustrativo do equipamento como deve ser instalado

em uma propriedade rural.

Figura 3.3 – Equipamento instalado

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A figura 3.4 mostra a entrega de kits a produtores rurais em uma Microbacia na

cidade de Socorro no Bairro dos Ferreirinhas.

Figura 3.4 – Material Recebido pelo produtor rural Sr. Lúcio Flávio Ferreira

As caixas de água de 1000 L fornecidas pela Better Box Ambiental são de fabricação

própria e os materiais utilizados na produção das mesmas são: Gel Coat Ortoftalico Azul e

Verde Caixa P.A. Resina em Solução Inflamável – N ONU 1866, Gel Coat Orotoftalico Verde

Parafinado, Resinas Ortoftálicas, e Roving 2400.

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Conforme mostra a Figura 3.5 as caixas fornecidas pela Better Box Ambiental são

produzidas com os materiais relacionados acima.

Figura 3.5 – Caixas Produzidas com Gel Coat, Resinas e Fibra de Vidro

Para que o produtor receba gratuitamente os kits de fossa séptica biodigestora, ele

deve ter sua propriedade em área de microbacia, e procurar as Casas de Agricultura para se

cadastrar. Na maioria das vezes são os engenheiros agrônomos que visitam as

propriedades fazendo o trabalho de conscientização e oferecendo as fossas para o produtor.

Os cadastros são enviados a A Associação Mata Ciliar que fará a triagem para o

fornecimento do equipamento. Após a aprovação da doação, a empresa Better Box

Ambiental é informada com os dados completos do produtor e endereço para que possa

fazer a entrega dos kits.

Cada produtor pode receber de um a dois kits, sem nenhum custo, cabendo a ele

somente o compromisso de fazer a instalação do equipamento.

Esses kits são adquiridos através de verba doada pela Petrobras Ambiental à

Associação Mata Ciliar, que por sua vez, adquiriu os Kits da Better Box Ambiental.

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A Figura 3.6 mostra o produtor recebendo dois kits de Fossa Biodigestora.

Figura 3.6 – Material entrega em Joanópolis – SP na Microbacia da Cachoeira dos Pretos

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4 - RESULTADOS E DISCUÇÃO

Desde Que se iniciou o Projeto de Olho nos Rios e Conservação de APAS -

Saneamento Rural, mais de noventa produtores rurais já foram beneficiados com a doação

dos kits de Fossas Biodigestora modelo EMBRAPA doadas pela Associação Mata Ciliar com

verba fornecida pela PETROBRAS AMBIENTAL.

A Petrobras Ambiental faz vistorias periódicas para se certificar de que as fossas

estão sendo entregues, e também se o produtor rural está fazendo a instalação das

mesmas.

A Figura 4.1 mostra os inspetores da Petrobras Ambiental e da Associação Mata

Ciliar acompanhando uma entrega e vistoriando outras propriedades.

Figura 4.1 – Inspetores da Petrobras Ambiental e Associação Mata Ciliar acompanham a

entrega de um kit de Fossa Séptica para um produtor rural em Tuiuti - SP

A grande maioria dos produtores recebeu um kit, pois a maioria das famílias é

composta por no máximo cinco pessoas, que é o numero de indivíduos que é atendido por

um kit de Fossa Biodigestora.

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A Figura 4.2 mostra o kit já instalado em uma propriedade rural.

Figura 4.2 – Kit instalado em propriedade rural

O resultado alcançado com as doações, e o ganho ambiental nas microbacias da

região bragantina motivou a Associação Mata Ciliar a buscar mais incentivos para ampliar o

atendimento aos produtores rurais.

Pela crescente divulgação por parte de jornais regionais outros produtores rurais

estão sendo motivados a implantar o sistema em suas propriedades.

As solicitações dos kits de Fossa aumentam dia a dia, e se o projeto continuar, com

certeza as águas que são captadas para o abastecimento publico terão qualidade muito

superior às captadas atualmente.

Calculou-se que cada pessoa ao utilizar a descarga do vaso sanitário gasta

aproximadamente dez litros de água, o que resulta no total de cinqüenta litros por dia de

água que é lançado nas caixas que formam o conjunto, o que dá um total de 1500 l/mês,

que segundo os cálculos é o tempo suficiente para que haja uma completa digestão

biológica da matéria orgânica lançada nas fossas biodigestoras.

O material depositado nas caixas fermenta por aproximadamente 35 dias, período

suficiente para uma completa biodigestão (Schoken-Iturrrino, 1995), permitindo que o

efluente possa ser utilizado como adubo orgânico em canteiros com plantações a um custo

praticamente zero.

A matéria orgânica lançada nas fossas necessita de aproximadamente 35 dias para

uma completa biodigestão (Schoken-Iturrino, 1995), permitindo assim que o efluente possa

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ser utilizado como adubo orgânico em canteiros de frutas, tipo laranja, ou plantações de

café, capinzal, etc.

Não se recomendado que esse efluente seja usado em hortaliças e em culturas

como cenoura, beterraba, e folhagens em geral.

Esse adubo que fica armazenado na terceira caixa e terá custo zero para o produtor

rural, e um excelente resultado na cultura.

Sabe-se que os coliformes totais/fecais, atuam como indicadores de qualidade de

águas, sendo expressos em densidade, ou seja, como o "número mais provável (NMP) em

cada 100 mL”.

Para análises microbiológicas do efluente, mensalmente retirou-se amostras na 3a.

caixa e realizou-se a contagem dos coliformes totais e fecais através da técnica de

fermentação em tubos múltiplos, também chamada técnica do Número Mais Provável

(NMP/100 mL) (CETESB, 1997).

Essas análises revelaram que o número de coliformes totais foi de 1100/100 mL em

todas as análises.

Quanto aos fecais foi de 3/100 mL nos dois primeiros meses e ausente nos

subseqüentes. É importante ressaltar que para comprovar a eficiência desse sistema de

biodigestão na eliminação dos agentes patogênicos, foi colocado propositadamente esse

agentes na 1a. Caixa após a segunda análise e monitorado a 3a. caixa, porém em nenhuma

análise eles foram detectados.

A Resolução CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - Nº 20, de

18 de junho de 1986, publicada no D.O.U. de 30/07/1986, estabelece que para águas de

classe 2 (utilizada para irrigação de hortaliças e plantas frutíferas), a concentração de

coliformes fecais não deve exceder o limite de 1000/100 mL. Tendo em mãos essa

resolução e os resultados aqui apresentados, observou-se que esse sistema de biodigestão

foi eficiente na eliminação de agentes patogênicos que poderiam contaminar as águas

subterrâneas e superficiais.

Concluiuse que a ação desenvolvida pela Associação Mata Ciliar, com o apoio da

CATI, das Casas de Agricultura, e com o patrocínio da Petrobras Ambiental é um grande

passo para a proteção dos mananciais nas microbacias da região.

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A Figura 4.3 mostra um cartaz de divulgação do projeto pela Associação Mata Ciliar.

Figura 4.3 – Cartas de divulgação do projeto

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5 – CONCLUSÃO

Conclui-se que devido ao trabalho desenvolvido na região pelos Engenheiros

agrônomos das Casas de Agricultura subordinados a CATI - EDR de Bragança Paulista, e a

Associação Matam Ciliar que além da distribuição, também faz palestras de conscientização

aos produtores rurais, e ao baixo custo para confecção, instalação e a eficiência

demonstrada na biodigestão dos excrementos humanos e conseqüente eliminação de

agentes patogênicos, esse modelo de fossa séptica está ajudando na preservação das

águas tanto subterrâneas quanto aos corpos d’água nas áreas em que estão sendo

implantadas.

Isso resultará em economia para as estações de tratamento de água das cidades

que captam essas águas, e também em ganho de saúde para os moradores dessas regiões.

 

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3 - BARLOMEI RICARDO: Assessoria de Imprensa - Suzete Rodrigues / Nathália Sena

fones: (19) 3242-2600 - 3743-3715 - e-mail: [email protected] / [email protected])

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