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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL THIARA SENA BARRETO TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA POR BIORREATORES COM MEMBRANA (MBR) Feira de Santana - BA 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL

THIARA SENA BARRETO

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM UMA INDÚSTRIA

ALIMENTÍCIA POR BIORREATORES COM MEMBRANA (MBR)

Feira de Santana - BA

2010

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THIARA SENA BARRETO

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM UMA INDÚSTRIA

ALIMENTÍCIA POR BIORREATORES COM MEMBRANAS (MBR)

Monografia apresentada à disciplina Projeto Final II, do Departamento de Tecnologia, oferecida ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de Santana, como requisito parcial para a obtenção do Grau em Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Profª Dr. Sandra Maria Furiam Dias

Feira de Santana - BA

2010

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THIARA SENA BARRETO

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

POR BIORREATORES COM MEMBRANAS (MBR)

Monografia apresentada à disciplina Projeto Final II, do Departamento de

Tecnologia, oferecida ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade

Estadual de Feira de Santana - UEFS, como requisito parcial para a obtenção do

Grau em Bacharel em Engenharia Civil.

Data de aprovação 06 / 08 / 2010.

______________________________________________________

Dr. Sandra Maria Furiam Dias

Professora do Departamento de Tecnologia da UEFS

Orientador da Pesquisa

______________________________________________________

Ms. Diogenes Oliveira Senna

Professor do Departamento de Tecnologia da UEFS

______________________________________________________

Dr. Silvio Roberto Magalhães Orrico

Professor do Departamento de Tecnologia da UEFS

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RESUMO

O desenvolvimento industrial provocou um aumento na produção de resíduos sólidos e líquidos, ocasionando um crescimento na poluição do meio-ambiente. No intuito de evitar a contaminação dos mananciais e solos, foram desenvolvidas tecnologias para tratar as águas residuárias dessas indústrias, tendo como exemplo o tratamento por biorreatores com membranas, onde o permeado tratado pela biomassa é filtrado por placas de membranas. Este trabalho verificou que esse tratamento, operado em uma indústria alimentícia de Feira de Santana, produz um efluente tratado de boa qualidade em relação aos parâmetros: pH, temperatura, turbidez, materiais flutuantes e nitrogênio amoniacal, devido aos mesmos possuírem valores dentro dos limites permitidos pelos dados da literatura utilizada nesta pesquisa. Verifica-se também a sua eficiência, além de compará-lo com outros tratamentos. Esta verificação foi feita através da análise de resultados, obtidos no laboratório da própria empresa, com as águas residuáriais, antes e após a realização do tratamento por biorreatores com membranas. Palavras-chave: Tratamento, águas residuárias, biorreatores com membranas.

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ABSTRACT

Industrial development led to an increase in the production of solid and liquid waste, causing an increase in pollution of the environment. In order to prevent contamination of water sources and soil were developed technologies to treat wastewater in these industries, taking the example of the treatment by membrane bioreactors, where the permeate treated by the biomass is filtered through plates of membranes. This study checked that this treatment, which is operated in a food industry in Feira de Santana, produces a treaty effluent of good quality in relation to: pH, temperature, turbidity, floating materials and ammonia, because they have values within the limits allowed by literature data used in this study. It is verified the efficiency also, and compare it with other treatments. This verification was done through the analysis of results obtained in the laboratory of the company, with the wastewater before and after completion of treatment by membrane bioreactors. Keywords: Treatment, wastewater, membrane bioreactors.

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À lembrança de dois inesquecíveis mestres Dourivaldo Bastos Barreto Maria Paula Costa Filha

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AGRADECIMENTOS

A DEUS, cujo amor me fez acreditar que seria capaz de superar todas as

dificuldades;

À minha mãe, Maria Cleusa, por notar e suprir as minhas necessidades mesmo

quando nem eu mesma as notava;

À minha irmã, Thâmara, pela paciência e consultoria a distância;

A toda a minha família, por não perder as esperanças;

Aos meus amigos e amigas, por me mostrarem que existe um lado bom em tudo;

À minha professora orientadora, Sandra Maria Furiam Dias, pelos conhecimentos

compartilhados, sem os quais não seria possível a realização deste trabalho;

À minha prima, Fernanda Sena, pela idéia e pelo apoio;

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Panorama Brasileiro Relativo ao Esgotamento Sanitário e Tratamento ..................................................................................... 12

Tabela 2 - Inconvenientes nos corpos d’água, causados pelo lançamento de esgotos não tratados .............................................................. 13

Tabela 3 - Principais mecanismos de remoção de poluentes no tratamento de esgotos .................................................................................... 19

Tabela 4 - Comparação entre os custos dos processos biorreatores à membrana (BRM) subermersa e lodos ativados convencional (LAC) .............................................................................................. 24

Tabela 5 - Padrões de lançamento do efluente da indústria alimentícia (médias mensais) ......................................................................... 31

Tabela 6 - Eficiência do tratamento com MBR referente ao mês de Março ............................................................................................. 31

Tabela 7 - Análise físico-química de efluentes na saída da Estação de Tratamento .................................................................................... 33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 9 1.1 Justificativa .......................................................................................... 10 1.2 Objetivos ............................................................................................. 11 1.2.1 Objetivo Geral ....................................................................................... 11 1.2.2 Objetivo Específico ................................................................................ 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................. 12 2.1 Esgoto .................................................................................................. 12 2.2 Esgotos industriais ............................................................................. 16 2.3 Tratamento de águas residuais .......................................................... 17 2.4 Tratamento por biorreatores com membranas ................................. 20 2.4.1 Depuração Biológica ............................................................................. 25 2.5 Lodos ativados .................................................................................... 26 3 PERCURSO METODOLÓGICO ........................................................... 28 3.1 Tipo de estudo ..................................................................................... 28 3.2 Campo de estudo................................................................................. 28 3.2.1 Etapas do tratamento por Biorreatores com Membranas na Indústria Alimentícia de Feira de Santana ........................................................... 28 3.3 Coleta de dados ................................................................................... 29 3.4 Parâmetros analisados ....................................................................... 29 3.5 Análise e interpretação dos dados .................................................... 30 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS .............................................. 31 5 CONCLUSÃO ....................................................................................... 34

REFERÊNCIAS .................................................................................... 35 APÊNDICES ......................................................................................... 41 APÊNDICE A - Representação gráfica da remoção da turbidez em Março de 2010 ............................................................. 42 APÊNDICE B - Representação gráfica da remoção do nitrogênio amoniacal total em Março de 2010 ........................... 43 ANEXOS ............................................................................................... 44 ANEXO A - Resultados do efluente tratado (Outubro 2009) ............ 45 ANEXO B - Resultados do efluente tratado (Novembro 2009) ....... 46 ANEXO C - Resultados do efluente tratado (Dezembro 2009) ........ 47 ANEXO D - Resultados do efluente tratado (Janeiro 2010) ............ 48 ANEXO E - Resultados do efluente tratado (Fevereiro 2010) ......... 49 ANEXO F - Resultados do efluente tratado (Março 2010) ............... 50 ANEXO G - Resultados do efluente de entrada (Março 2010) ........ 51

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1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da indústria nacional, influenciado pelo crescimento da

indústria mundial, levou ao aumento da carga poluidora lançada no meio ambiente,

que passou a ter dificuldades em neutralizá-la, demonstrando a necessidade de

maior atenção à questão ambiental (SILVA, 2003, p. 3 apud JACOMINO et al.,

2001). Neste contexto, Metcalf e Eddy (1979) caracterizam esta carga poluidora

como: resíduos líquidos, sólidos e emissões atmosféricas.

Cada comunidade produz tanto resíduos líquidos como resíduos sólidos e

emissões atmosféricas. A porção líquida - águas residuais - é

essencialmente o abastecimento de água da comunidade depois de ter sido

usada em uma variedade de aplicações (METCALF & EDDY,1979, p. 1,

tradução nossa).

Para o caso de efluentes líquido industrial, dependendo de suas

características, torna-se necessário o tratamento antes do lançamento à rede

coletora ou no meio-ambiente. No caso de esgotos domésticos, os mesmos são

compostos de água (99,9%) e o restante (0,1%) são sólidos orgânicos e inorgânicos,

suspensos e dissolvidos, e para o tratamento do esgoto, devido esta fração de 0,1%,

é necessário conhecer os parâmetros que definem a qualidade do esgoto, que são

físicos, químicos e biológicos.

São diversas as características físicas, químicas e biológicas dos esgotos

industriais, e para que estas atinjam níveis que respeitem o limite imposto pela

CONAMA, resolução nº 357 (BRASIL, 2005), é necessário uma análise dos

tratamentos disponíveis para que este seja capaz de enquadrar a qualidade do

efluente ao padrão de lançamento final, evitando assim a poluição dos corpos

d’água e do solo.

No que concerne a poluição causada aos corpos d’água, Jordão e Pessôa

(1995, p.7) acreditam que a poluição causada “pelo lançamento de esgotos sem

tratamento, ou apenas parcialmente tratados, é função das alterações da qualidade

ocasionadas no corpo receptor, e das implicações relativas às limitações aos usos

da água”. Viana (2004) fala também das conseqüências do lançamento de resíduos

líquidos em corpos receptores, sem o devido tratamento.

A deterioração do meio ambiente é um aspecto que contribui sobremaneira

para a questão de escassez de água. A grande maioria das cidades

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brasileiras ainda lança esgotos não tratados nos corpos hídricos,

acarretando grande degradação ambiental. Como conseqüência, muitos rios

brasileiros se encontram bastante poluídos, inviabilizando o tratamento de

suas águas para o abastecimento doméstico por processos convencionais.

Isso sem mencionar os inúmeros problemas sanitários que são causados

por águas contaminadas. Infecções relacionadas com a água, como

amebíase, febre tifóide, disenteria bacilar, cólera, esquistossomose,

diarréias, hepatite A, entre outras, poderiam ser controladas com o

tratamento dos esgotos (VIANA, 2004, p. 1).

Desta forma, concorda-se com Jordão e Pessôa (1995, p. 1), no que diz

respeito à classificação da água como fator predominante a fixação do Homem, em

qualquer região, comparada a outras fontes de energia como: luz solar, ar e

alimento.

Na busca da preservação deste recurso surgiram várias tecnologias para o

tratamento de esgoto, tanto industrial como doméstico, evitando que este venha

poluir a água de tal forma que chegue a dificultar sua reutilização.

Uma dessas tecnologias é o processo de membranas filtrantes, cujo

desenvolvimento tecnológico e comercial vem ocorrendo de forma acelerada

(NOGUEIRA, 2003), surgindo a necessidade de avaliar a eficiência desse método,

que é utilizado por uma indústria alimentícia, na cidade de Feira de Santana, para o

tratamento de seu esgoto bruto antes do mesmo ser descartado em bacias de

infiltração.

1.1 Justificativa

Devido à busca pela sustentabilidade, a preocupação com a poluição do

meio-ambiente é crescente, o que gera a necessidade de desenvolver estudos para

verificar o lançamento de efluentes líquidos industriais em cursos de água ou

aqüíferos, para prevenir que estes sejam poluídos. Estes estudos devem visar,

principalmente, a eficiência destes tratamentos, com relação às características

físicas, químicas e biológicas, pois estas indústrias introduzem compostos poluentes

nas águas os quais devem ser tratados para evitar a degradação dos corpos d’água.

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As características do efluente de indústria de alimento são basicamente

orgânica, o que requer tratamento biológico. Atualmente há vários processos, como

lagoas, lodo ativado, que realizam este tratamento. Entre estes, o tratamento de

águas residuais por biorreatores com membrana que é considerado, por diversos

autores como Silva, Tessaro e Wada (2005) e Peters, Günther e Vossenkaul (2000),

bastante eficiente. Devido a este fato, além de ter conhecido uma estação de

tratamento com biorreatores com membranas e achado interessante a sua estrutura,

que resolvemos fazer uma comparação com outros processos de tratamento, bem

como verificar sua eficiência em uma estação que está sendo operada em uma

indústria de alimentos na cidade de Feira de Santana.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar a eficiência do tratamento de águas residuárias por biorreatores com

membranas, utilizado por uma indústria alimentícia.

1.2.2 Objetivos Específicos

Comparar os resultados das análises laboratoriais feitas no sistema de

tratamento da indústria de alimentos de Feira de Santana com a

resolução 357 do CONAMA (BRASIL, 2005), Capítulo IV: Das

Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes, Art. 34 §4º e §5º,

outros dados da literatura e com outros sistemas utilizados no

tratamento de efluentes industriais.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Esgoto

De acordo com a NBR 7229, água residuária é um “líquido que contém

resíduo de atividade humana” e para Fernandes (1997, p. 31) essas águas

residuárias que “não são adequadamente condicionadas e terminam poluindo as

áreas receptoras, juntamente com as de escoamento superficial e drenagens

subterrâneas formarão as vazões de esgotamento ou simplesmente esgotos.”

Os principais tipos de esgotos são: sanitários (formados por despejos

domésticos, águas de infiltração e águas pluviais) e industriais (JORDÃO e

PESSOA, 1995, p. 19). Sendo que, para Santos (2007, p. 15), “os esgotos sanitários

alteram-se no espaço, em função de diversas variáveis, desde o clima até hábitos

culturais. Por outro lado, variam também ao longo do tempo, o que torna complexa a

sua caracterização”. Nem sempre as águas residuais são tratadas ou mesmo

coletadas, como pode ser observado na tabela abaixo.

A Tabela 1 mostra o panorama brasileiro relativo à coleta e ao tratamento do

esgoto sanitário.

Tabela 1 – Panorama Brasileiro Relativo ao Esgotamento Sanitário e Tratamento

Regiões Proporção de esgotamento sanitário dos municípios (%)

Sem coleta Só coletam Coletam e tratam

Brasil 47,8 32,0 20,2

Norte 92,9 3,5 3,6

Nordeste 57,1 29,6 13,3

Sudeste 7,1 59,8 33,1

Sul 61,1 17,2 21,7

Centro-Oeste 82,1 5,6 12,3

Fonte: Santos (2007) apud Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (2000).

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As possíveis implicações deste descarte de águas residuais não tratadas

estão listadas na Tabela 2.

Tabela 2 – Inconvenientes nos corpos d’água, causados pelo lançamento de esgotos não tratados

1 Matérias orgânicas solúveis: causam a depleção do oxigênio contido nos rios e

estuários. O despejo deve estar na proporção da capacidade de assimilação do

curso d’água em relação a um efluente normal.

2 Matérias orgânicas solúveis produzindo gostos e odores às fontes de

abastecimento de água.

Ex. fenóis.

3 Matérias tóxicas e íons de metais pesados. Ex. cianetos, Cu, Zn, Hg, etc.,

geralmente o despejo desses materiais é sujeito a uma regulamentação

estadual e federal; apresentam problemas de toxidez e de transferência através

da cadeia alimentar.

4 Cor e turbidez, indesejáveis do ponto de vista estético. Exigem trabalhos

maiores às estações de tratamento d’água.

5 Elementos nutritivos (nitrogênio e fósforo) aumentam a eutrofização dos lagos e

dos pântanos. Inaceitáveis nas áreas de lazer e recreação.

6 Materiais refratários: Ex. ABS. Formam espumas nos rios; não são removidos

nos tratamentos convencionais.

7 Óleo e matérias flutuantes: os regulamentos exigem geralmente sua completa

eliminação – indesejáveis esteticamente; interferem com a decomposição

biológica.

8 Ácidos e álcalis: neutralização exigida pela maioria dos regulamentos;

interferem com a decomposição biológica e com a vida aquática.

9 Substâncias que produzem odores na atmosfera: principalmente com a

produção de sulfetos e gás sulfídrico.

10 Matérias em suspensão: formam bancos de lama nos rios e nas canalizações

de esgotos

11 Temperatura: poluição térmica conduzindo ao esgotamento do oxigênio

dissolvido (abaixamento do valor de saturação).

Fonte: Jordão e Pessôa (1995).

Estas características, responsáveis pelos inconvenientes nos corpos d’água,

são classificadas como: físicas, químicas e biológicas (NIRENBERG e FERREIRA,

2005, p. 3).

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As características físicas que devem ser observadas em águas residuais

são: cor, turbidez, odor, matéria sólida e temperatura, sendo a matéria sólida a de

maior importância (JORDÃO e PESSÔA, 1995, p. 25). A matéria sólida é composta

setenta por cento por sólidos voláteis e trinta por cento por sólidos fixos (Figura 1).

Os sólidos voláteis são aqueles que se volatilizam por calcinação, e sua

determinação é expressa pela diferença entre os sólidos totais e sólidos fixos

(LARA, 1999, p. 13).

Figura 1 – Composição dos sólidos nos esgotos Fonte: Adaptado de Jordão e Pessôa (1995).

A temperatura é uma propriedade importante, de acordo com Giordano

([entre 1996 e 2005], p. 8) ela é o parâmetro de controle da poluição térmica, que

ocorre devido às perdas de energia calorífica nos processos de resfriamento ou

devido às reações exotérmicas no processo industrial. Nesta visão, Matusaki (2009,

p. 15 e 45) acrescenta que, temperaturas elevadas causam a redução drástica do

SÓLIDOS TOTAIS

100%

SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS E EM SUSPENSÃO

60%

SÓLIDOS VOLÁTEIS

50%

SÓLIDOS FIXOS

10%

SÓLIDOS DISSOLVIDOS 40%

SÓLIDOS VOLÁTEIS

20%

SÓLIDOS FIXOS

20%

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valor de oxigênio dissolvido, necessário ao desenvolvimento dos microorganismos, e

valores próximos de zero provocam a redução da atividade biológica dos mesmos.

“O conhecimento da transparência dos efluentes e a presença de colóides” é

permitido através da verificação da turbidez (GIORDANO [entre 1996 e 2005], p. 12),

que, para efluentes tratados com membranas de ultrafiltração, não deve ser maior

que cinco (MATUSAKI, 2009, p. 70 e 71).

Para Santos (2007, p. 19) as características químicas são: matéria orgânica,

pH e alcalinidade, nitrogênio e fósforo. Sendo sua classificação para a matéria

orgânica:

Matéria orgânica – Podem estar suspensas ou dissolvidas e suas principais

categorias são: proteínas (grandes complexos moleculares compostos de

aminoácidos), carboidratos (compostos polihidroxilados tais como açúcar, celulose e

amidos) e lipídios (substâncias orgânicas à base de óleos, graxas e gorduras).

Giordano ([entre 1996 e 2005], p. 10), acrescenta que a matéria orgânica

normalmente é medida de forma indireta pelas demandas bioquímica de oxigênio

(DBO) e demanda química de oxigênio (DQO).

DQO diz respeito à quantidade de oxigênio consumido por materiais e por

substâncias e minerais sendo bastante importante no caso de águas, assim como

por estimar o impacto dos efluentes domésticos e industriais sobre os ecossistemas

aquáticos (ZUCCARI, GRANER, LEOPOLDO, 2005, p. 70 e 71).

A DBO, atingindo altos valores, pode gerar uma considerável remoção de

fósforo e nitrogênio (SOUSA, HENRIQUE, LEITE E LOPES, 2006, p. 95) devendo

assim ser controlado, já que são elementos essenciais para o crescimento dos

microorganismos responsáveis pelo tratamento de esgoto (Universo Ambiental, p.

3).

Ainda de acordo com Santos (2007, p. 19), as propriedades a seguir podem

ser classificadas como:

pH e alcalinidade – O termo pH expressa a intensidade da condição ácida ou

básica de um determinado meio. Alcalinidade, que é a medida da capacidade do

líquido em neutralizar ácidos, é resultado da presença de ácidos fracos, bases e

seus sais derivados. Devido à capacidade de atuar como tampão contra queda do

pH,a alcalinidade é um importante parâmetro físico-químico. Dependendo dos

valores de pH, a alcalinidade pode-se encontrar nas formas de carbonato,

bicarbonato e hidróxidos.

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Fósforo – Assim como o nitrogênio, é um nutriente essencial para os

microrganismos responsáveis pela degradação da matéria orgânica, além de

também contribuir para o crescimento de algas. Normalmente, este nutriente está

presente em concentrações suficientes em despejos domésticos. Entretanto, certos

despejos industriais que serão tratados por processos biológicos podem requerer

adição de fósforo.

Nitrogênio – Nutriente indispensável para o crescimento dos microrganismos

responsáveis pela depuração biológica, como também por possibilitar o

desenvolvimento de algas e plantas aquáticas (eutrofização) e subseqüente

comprometimento da qualidade dos corpos receptores.

Sodré (2007, p. 28) diz que o nitrogênio amoniacal “é a forma mais reduzida

do nitrogênio e é o primeiro composto produzido na degradação da matéria

orgânica”. Acrescenta também que “a amônia é um tóxico bastante restritivo à vida

dos peixes, sendo que muitas espécies não suportam concentrações acima de

5mgL-¹”.

“Por fim, as características biológicas envolvem a existência de

microrganismos de águas residuárias, os indicadores de poluição, as variações de

vazão, entre outras” (NIRENBERG e FERREIRA, 2005, p. 3 apud Von Sperling,

2005).

O CONAMA, resolução nº 357 (BRASIL, 2005), no capítulo IV define as

condições e padrões de lançamento de efluentes e em seu artigo 34 §4º o limite

para pH está entre cinco e nove, a temperatura deverá ser inferior a 40°C além da

ausência de materiais flutuantes. O 5º parágrafo, ainda da resolução nº 357, diz que

os efluentes lançados devem ter, no máximo, vinte miligramas por litro de nitrogênio

amoniacal total.

2.2 Esgotos Industriais

Os esgotos industriais são os “despejos líquidos provenientes do

estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo industrial, águas

de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico” (ABNT, NBR

9800, 1987). Santos (2007, p. 17) amplia o conceito de esgotos industrias ao afirmar

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que são compostos de água e de uma variedade de componentes que dependem do

tipo de produto a ser fabricado, tipo de processo industrial aplicado e matéria-prima

utilizada.

O esgoto industrial, devido as suas características próprias que dependem do

material produzido, deve ser tratado (CONAMA, resolução nº 357, BRASIL, 2005).

Preocupados em seguir as Leis Federais, Estaduais e Municipais, as grandes

indústrias costumam ter suas próprias ETE (Estações de Tratamento de Esgoto)

também chamadas de ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuárias). Na

escolha deste tratamento, deve-se levar em consideração as questões ambientais

(padrões de lançamento), além das econômicas.

2.3 Tratamento de Águas Residuais

Para Nirenberg e Ferreira (2005, p. 2), compostos poluentes lançados na

água por indústrias “potencializa a necessidade de tratamento dos despejos,

minimizando assim os efeitos devastadores, decorrentes da poluição dos efluentes,

os quais degradam os cursos d`água e prejudicam o meio ambiente e a saúde

animal”. Buscando não poluir o meio ambiente e evitando prejudicar não só a saúde

animal como a dos seres humanos, é que os tratamentos de esgoto foram

evoluindo, como relata Santos.

Os objetivos maiores do tratamento de esgotos variam consideravelmente

ao longo dos anos: até 1970, buscava-se apenas a remoção de sólidos e

material flutuante, de matéria orgânica e de patogênicos. Entre 1970 e

1980, além dos objetivos anteriores, deu-se atenção a aspectos de estética,

interesses ambientais e remoção de nutrientes como nitrogênio e fósforo. A

partir de 1980, os objetivos passam a incluir a remoção de compostos

tóxicos, de metais pesados e de compostos recalcitrantes (de difícil

biodegradação) (SANTOS, 2007, p. 14).

E como prova desta busca pela preservação ambiental, é criada a Lei Federal

6.938 (BRASIL, 1981) que define poluição como “a degradação da qualidade

ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

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c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões

ambientais estabelecidos.”

Para adequar o lançamento ao padrão de qualidade vigente deve-se

observar o nível do tratamento e a eficiência do mesmo. Usualmente classificam-se

os níveis como: preliminar, primário, secundário e terciário (SPERLING, 1996, p.

169). Silva (1977, p. 67) define tratamento preliminar como gradeamento e

desarenação e tratamento primário a separação dos sólidos existentes, através da

flutuação da camada menos densa e sedimentação da fração sólida mais densa

(lodo bruto), caracterizando como tratamento primário os decantadores primários,

fossas sépticas, tanques Inhoff e lagoas anaeróbicas.

A remoção da matéria orgânica e dos sólidos em suspensão, através de

processos biológicos utilizando microorgnismos, é denominada de tratamento

secundário (lagoas de estabilização, lodos ativados e suas variantes, tratamento

aeróbio com biofilme) e o tratamento que remove poluentes específicos como

micronutrientes e patogênicos com processos químicos, por radiação ultravioleta,

entre outros é chamado de tratamento terciário (COPASA, 2009).

E para Metcalf & Eddy (1979, p. 125, tradução nossa) os sistemas de

tratamento são combinações de métodos individuais, “classificados como operações

físicas unitárias, processos químicos unitários e processos biológicos unitários”.

As formas de remoção de matéria sólida, matéria orgânica e patogênicos

mais consideráveis são listadas na tabela a seguir.

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Tabela 3 – Principais mecanismos de remoção de poluentes no tratamento de esgotos

Poluente Dimensões Principais mecanismos de remoção

Sólidos

Sólidos grosseiro

(>~1cm) Gradeamento

Retenção de sólidos com dimensões

superiores ao espaçamento entre

barras

Sólidos em

suspensão (>~1μm) Sedimentação

Separação de partículas com

densidade superior à do esgoto

Sólido dissolvidos

(<~1μm) Adsorção

Retenção na superfície de

aglomerados de bactérias ou

biomassa

Matéria

orgânica

DBO em suspensão

(>~1μm)

Sedimentação Separação de partículas com

densidade superior à do esgoto

Adsorção

Retenção na superfície de

aglomerados de bactérias ou

biomassa

Hidrólise

Conversão da DBO suspensa em DBO

solúvel, por meio de enzimas,

possibilitando a sua estabilização

Estabilização

Utilização pelas bactérias como

alimento, como conversão a gases,

água e outros compostos inertes

DBO solúvel

(<~1μm)

Adsorção

Retenção na superfície de

aglomerados de bactérias ou

biomassa

Estabilização

Utilização pelas bactérias como

alimento, como conversão a gases,

água e outros compostos inertes

Patogênicos

Radiação

ultra-violeta Radiação do sol ou artificial

Condições ambientais

adversas

Temperatura, pH, falta de alimento,

competição com outras espécies

Desinfecção Adição de algum agente desinfetante,

como o cloro

Fonte:Sperling (1996).

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2.4 Tratamento por Biorreatores com Membranas

Devido à possibilidade de escassez dos recursos hídricos, passou-se a

buscar tratamentos que respeitem os padrões, não só para que os efluentes

retornem aos corpos d’água, mas também que possibilitem seu reuso (DIAS, 2009).

Neste contexto se insere o tratamento por associação de biorreatores com

membranas (MBR), que para Dalcin (2008) tem como principais vantagens a

produção de efluente tratado livre de sólidos suspensos, a elevação da

concentração de biomassa no reator e a redução da área construída nas estações

de tratamento.

O MBR utiliza ultrafiltração ou membranas de microfiltração para a retenção

total da biomassa. Isto leva a uma alta concentração de biomassa no reator

e um processo de reação biológico altamente eficiente com reduzida

produção de lodo, a insensibilidade de elevadas cargas poluentes e

alterando os picos de carga, bem como controlando uma separação segura

de bactérias, vírus e parasitas, onde são utilizadas membranas de

ultrafiltração (PETERS, GÜNTHER e VOSSENKAUL, 2000, p. 1, tradução

nossa).

A redução da área construída nas estações de tratamento decorre do fato

deste tratamento não necessitar da utilização de sedimentadores secundários

(DALCIN, 2008), além de suprimir a necessidade de um tratamento terciário para

desinfecção do efluente, reduzindo ainda mais os gastos para sua instalação,

entretanto os custos das membranas ainda são elevados (VIANA, 2004, p. 3).

Porém, como pode ser observado na Figura 2, Churchouse e Wildgoose (1999)

afirmam que o preço das membranas vem reduzindo.

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Figura 2 – Redução de custos reais e previstos de substituição da membrana, por m². Fonte: Adaptado de Churchouse e Wildgoose (1999).

Na Figura 3 pode-se observar a configuração dos biorreatores com

membranas.

Figura 3 – Biorreatores com membranas Fonte: Adaptado de Dias (2009).

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A Centroprojekt Brasil (vídeo explicativo, [2004]), empresa que fornece

sistemas de tratamento com biorreatores de membrana, afirma que as mesmas

tratam o permeado cujos poluentes foram degredados pela biomassa e a aeração é

feita por um sistema difusor de ar, de bolhas grossas, na base de cada unidade de

membrana. Esta aeração limpa a superfície da membrana, com o fluxo de ar

turbulento, e fornece oxigênio para o tratamento biológico (CENTROPROJEKT

BRASIL, CATÁLOGOS/TECNOLOGIA, 2003, p. 2).

Esta configuração de construção do sistema MBR, para Viana (2004, p. 52 e

53), é denominada de módulo de membranas submerso no tanque de aeração

(Figura 4). Outra forma de operar este tratamento é acoplar os módulos de

membrana externamente ao reator, módulo de membranas externo ao tanque de

aeração (Figura 5).

Figura 4 – Módulo de Membranas Submerso no Tanque de Aeração. Fonte: Viana (2004).

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Figura 5 – Módulo de Membranas Externo ao Tanque de Aeração. Fonte: Viana (2004).

No tanque de aeração a biomassa é sintetizada e Provenzi (2005, p. 12)

relata que este fato ocorre devido às reações biológicas que permitem a

metabolização da matéria orgânica pelos microorganismos, gerando energia e

nutrientes necessários a sobrevivência dos mesmos.

Nesta perspectiva, Chang, Le Clech, Jefferson e Judd (2002, p. 1019,

tradução nossa) afirmam que o módulo de membranas externo possui a vantagem

da redução de ocorrência de fouling, enquanto o módulo de membranas submerso

depende da aeração de bolhas grossas para suprimi-lo. No que concerne ao

significado de fouling, Silva M. e outros aludem que:

O fouling, particularmente neste caso o biofouling, é associado

principalmente com a deposição de uma camada de sujidades de bio-

sólidos na superfície da membrana que resultando numa redução da

performance, severa queda no fluxo permeado, alto consumo de energia e

freqüentes limpezas ou substituição das membranas (SILVA M., TESSARO

e WADA, 2005, p. 2).

Esta superfície da membrana é caracterizada como uma folha de membrana,

feita de polietileno com poros com tamanho nominal de 0,4μm, soldada em cada

lado da placa de membrana (KUBOTA, 2009, p. 2, tradução nossa). “Nestas placas

existem pequenas ranhuras em que flui o permeado depois de passar através da

membrana. O permeado chega a um tubo central por onde é coletado” (PROVENZI,

2005, p. 28). A Centroprojekt Brasil (vídeo explicativo, [2004]) acrescenta a

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existência de duas formas para coleta deste permeado: através de um sistema de

baixa pressão, cuja pressão hidráulica ótima é de aproximadamente 1m,ou através

de gravidade.

Neste contexto, de membranas em placas, Peters, Günther e Vossenkaul

(2000, p. 20, tradução nossa) relatam que há uma redução na demanda de energia,

devido ao fato de que o vazio entre as paredes de folhas de membranas são

formados apenas por membranas lisas e, conseqüentemente, as perdas no fluxo de

pressão são reduzidas para um mínimo. Esta consideração também pode ser

observada na Tabela 4.

Tabela 4 – Comparação entre os custos dos processos biorreatores à membrana (BRM) submersa e lodos ativados convencional (LAC)

MBR submersa LAC

custos Custos

Área da planta (m²) Biorreator (carga de

2 Kg.DQO/m³.d)

20 Tanque de aeração

(carga de 0,6

KgDQO/m3.d)

66,70

Tanque de sedimentação

1

66,70

Tanque de sedimentação

2

10

Tanque de sediment. do

lodo

13,50

Total ($/m²) 20 Total ($/m²) 156,90

Força elétrica (Kw) Bomba de

alimentação

0,25 Bomba de alimentação 0,25

Aeração 3,70 Aeração 5,50

Bomba de sucção 0,20

Total ($/Kw) 4,15 Total ($/Kw) 5,75

Operação Total (U$/d) 8,37 Total (U$/d) 11,25

Fonte: Provenzi (2005) apud Visvanathan et al. (2000).

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Com relação ao lodo, a Centroprojekt Brasil (vídeo explicativo, [2004]) e

Peters et. al. (2000, p. 18) concordam que o tipo de tratamento em questão o produz

de forma reduzida. Aquela ainda afirma que esta produção é mantida no mínimo

devido as prolongadas idades do lodo, geralmente usadas nesse caso.

Outros custos com a utilização deste processo podem ser observados na

Figura 6, onde podemos verificar que o custo com a substituição da membrana, que

em 1992 representava grande parte das despesas, em 2005 estava bastante

reduzido.

Figura 6 – Custo do processo de MBR versos tempo. Fonte: Adaptado de Judd apud Kubota (custos) e Kennedy and Churchouse (tempo).

2.4.1 Depuração Biológica

A depuração biológica tem como objetivo a “eliminação, estabilização ou

transformação da matéria orgânica presente nas águas residuais” (REMOSA, 2007)

e, de acordo com Sperling (2002, p. 11) esta reação bioquímica ocorre devido a

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utilização, pela biomassa, do substrato presente no esgoto bruto, para se

desenvolver.

No que concerne a degradação da matéria orgânica, Santos (2005, p. 42)

corrobora que “sob altos valores da relação alimento para microorganismos, a

remoção do substrato orgânico dá-se à máxima taxa possível, o mesmo ocorrendo

com o crescimento dos microorganismos”, estando estes dispersos, devido ao alto

nível de energia nestas condições. Santos (2005, p. 42 e 43) acrescenta que

“quando a relação alimento para microorganismos apresenta níveis em que a taxa

de crescimento dos mesmos é limitada pela disponibilidade desse alimento (na fase

de crescimento, a taxa é decrescente), parte deles começa a morrer e os flocos

começam a ser formados”.

FORESTI et. al. (1999, p. 32) define dois mecanismos de utilização do

material orgânica: anabolismo, onde ele é fonte da síntese de material celular, e

catabolismo, no qual o material orgânico é convertido em produtos estáveis,

liberando energia, parte da qual é utilizada no anabolismo pelas bactérias.

2.5 Lodos Ativados

O sistema de lodo ativado é utilizado, em grande parte da indústria brasileira,

como principal unidade de tratamento de acordo com Silva (2003, p. 11). O processo

de lodos ativados surgiu após se observar a necessidade de provocar a atividade de

microorganismos, devido a simples aeração demonstrar ser insuficiente no

tratamento de esgotos (SANTOS, 2005, p. 45). Este tratamento pode ser comparado

ao tratamento por biorreatores com membrana, pois além de ambos serem

considerados tratamentos secundários, o de lodos ativados também possui uma

“alta eficiência alcançada associada à pequena área de implantação requerida”

(BENTO et al., 2005, p. 330).

Sperling (2002, p. 11) e a Eco Química [200-?] listam as seguintes unidades

como partes integrantes da etapa biológica do processo de lodos ativados:

o Tanque de aeração (reator biológico onde ocorre a remoção da matéria

orgânica);

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o Tanque de decantação (decantador secundário, a água tratada é

separada da biomassa formada);

o Recirculação de lodo (aumenta a concentração da biomassa).

Entretanto a Eco Química acrescenta o sistema de aeração, que fornece o

oxigênio necessário a biodegradação aeróbia. A Figura 7 mostra um esquema do

processo de lodos ativados.

Figura 7 – Diagrama esquemático dos processos de Lodos Ativados. Fonte: Eco Química [200-?].

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3 PERCURSO METODOLÓGICO

3.1 Tipo de estudo

Este estudo é de natureza quantitativa, pois trata da sondagem de certas

características físicas e químicas das águas residuais de uma indústria. Tem caráter

descritivo, visto que, segundo Marconi e Lakatos, citando Selltiz et alii (1999, p. 22),

este método “descreve um fenômeno ou situação, mediante um estudo realizado em

determinado espaço-tempo”. Os dados foram coletados nos meses entre outubro de

2009 e março de 2010.

3.2 Campo de Estudo

A pesquisa foi realizada com os dados obtidos através de estudos

laboratoriais, das águas residuais de uma indústria, tanto do efluente bruto quanto

do efluente tratado. Estes dados foram fornecidos pela indústria em estudo.

Nosso campo para a realização deste estudo foi uma indústria de alimentos

de Feira de Santana.

3.2.1 Etapas do Tratamento por Biorreatores com Membranas na Indústria

Alimentícia de Feira de Santana1

O efluente doméstico e o efluente industrial compõem o efluente bruto - antes

de passar pela Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), e são misturados no

tanque de água bruta para em seguida passar por uma peneira de 3mm, retendo

possíveis sólidos e pelo tanque de equalização, onde é agitado para oxigenação e

1 As informações a seguir foram extraídas da apresentação Tratamento de Efluentes, utilizando a

ferramenta Power Point.

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homogenização e feito o controle da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e da

demanda química de oxigênio (DQO). Logo após a verificação destes parâmetros

físico-químicos, o efluente é encaminhado ao flotador para retirada de sólidos

suspensos (óleos e graxas). Do flotador segue para Calha Parshall, onde há

dosagem de produtos para correção de pH, e então para o tanque de

homogenização.

Após este pré-tratamento, o efluente chega ao tanque de aeração, onde ficam

os microorganismos e as membranas responsáveis pela retirada da matéria

orgânica, com emissão de ar para a limpeza das membranas. Através do sistema de

bombas o efluente tratado é enviado para bacias de infiltração e o monitoramento

das águas subterrâneas é feito através de seis poços, trimestralmente.

O lodo é encaminhado para os tanques de secagem, cinco leitos de secagem,

que separam a água que retornará ao processo, sendo o lodo encaminhado para

queima em cimenteira.

3.3 Coleta de dados

Para este trabalho ser realizado, se fez necessário, inicialmente, realizarmos

uma revisão bibliográfica sobre o tema escolhido, visto que, para Triviños (1987, p.

104), “não é possível interpretar, explicar e compreender a realidade sem um

referencial teórico”. Assim, a partir do conhecimento do tema e tendo em vista o

objetivo da pesquisa, analisamos os dados extraídos antes da entrada do efluente

na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), constituindo o efluente bruto, e após o

sistema de tratamento (efluente tratado).

3.4 Parâmetros analisados

Os parâmetros analisados foram:

Características físicas: temperatura, turbidez e presença de materiais

flutuantes

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Características químicas: pH e nitrogênio amoniacal total.

3.5 Análise e interpretação dos dados

Embasados no referencial teórico pesquisado, realizamos a análise dos

dados de acordo com a resolução CONAMA Nº 357 de 17/03/05. Também foi feita

comparações com outros tratamentos biológicos.

A eficiência do tratamento em questão foi verificada utilizando a seguinte

expressão matemática:

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Os parâmetros estudados (ver Tabela 5) são médias dos dados obtidos

diariamente, entre os meses de outubro de 2009 e março de 2010, na análise

laboratorial do efluente tratado (Anexos A à F). Os valores para o efluente bruto

(Anexo G), utilizados nesta pesquisa, correspondem apenas ao mês de março, com

os quais obtemos os gráficos de remoção da turbidez e do nitrogênio amoniacal

total, apresentados no Apêndice A e B.

Tabela 5 – Padrões de lançamento do efluente da indústria alimentícia (médias mensais)

Parâmetro 2009 2010

Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março

pH 6,65 7,06 6,98 7,07 7,06 7,07

Temperatura (°C) 29,72 29,75 29,63 29,64 29,71 29,73

Turbidez 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,02

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,20 < 0,20 < 0,20 < 0,20 < 0,20 < 0,20

Materiais Flutuantes ausente ausente ausente ausente ausente ausente

A eficiência de remoção foi verificada através dos dados do efluente bruto e

efluente tratado, chegando aos valores apresentados na Tabela 6.

Tabela 6 – Eficiência do tratamento com MBR referente ao mês de Março

Parâmetro Efluente Bruto

Efluente Tratado

Eficiência da remoção

Turbidez 157,18 0,02 99,99%

Materiais Flutuantes Presentes Ausente 100,00%

Nitrogênio Amoniacal (mg/L)¹ 8,00 0,20 97,50%

¹Os valores utilizados para nitrogênio amoniacal foram aproximados

A comparação com outros tratamentos e a verificação dos padrões de

qualidade do lançamento de efluentes foi interpretada a partir da Tabela 7, na qual

verificamos que os cinco parâmetros analisados estão de acordo com o referencial

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teórico pesquisado, e que o sistema de tratamento com biorreatores com

membranas (MBR) produz um efluente de qualidade bem como os outros

tratamentos analisados.

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Tabela 7 – Análise físico-química de efluentes na saída da Estação de Tratamento

Parâmetro

Indústria de Alimentos¹

Unidade de criação de suínos ² Suinocultura³ Condições e Padrões de lançamento⁴ MBR

Sistema combinado com reciclo de efluente

RAFA

DBO (mg/L) 1172,50 ± 10,61 800 ± 500

DQO (mg/L) 1525,27 ± 21,39 1800 ± 900

Oxigênio Dissolvido (mg/L)

pH 6,98 8,10 ± 0,08 7,1 ± 0,2 entre 5 a 9

Temperatura (°C) 29,70 22 ± 3 < 40

Turbidez 0,01 < 5

Materiais Flutuantes Ausente ausentes

Fosfato (mg/L)

Nitrito (mg/L)

Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,20 < 20

Sólidos Sedimentáveis (mL/L) 0,20

Sólidos Suspensos Totais (g/L) 0,9 ± 0,5

Sólidos Suspensos Voláteis (g/L) 0,7 ± 0,4

Coliformes Termotolerantes (em 100 mL)

Alcalinidade Total (g CaCO₃/L) 4,11 ± 0,063 3,7 ± 0,8

Ácidos Voláteis Totais (g HAc/L) 0,9 ± 0,2

¹ Média dos meses analisados nessa pesquisa

² Olmi, 2002 (efluente tratado no sistema combinado filtro anaeróbio - UASB com reciclo de efluente)

³ Rodrigues et al., 2010

⁴ Referente aos valores do CONAMA (Resolução nº 357 de 17/03/05) e Matusaki ( 2009, p. 70 e 71)

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5 CONCLUSÃO

A realização deste estudo possibilitou o conhecimento do tratamento de

águas residuárias com a utilização de biorreatores com membranas. Através da

análise dos resultados laboratoriais do efluente bruto e do efluente tratado,

reconhecemos a eficiência deste tratamento que pode reduzir quase cem por cento

da turbidez e do nitrogênio amoniacal total e produzir um efluente tratado livre de

materiais flutuantes.

Em comparação com outros tipos de tratamento, pode-se notar que o

tratamento com MBR possui um permeado tratado de boa qualidade em relação aos

parâmetros: pH, temperatura, turbidez, materiais flutuantes e nitrogênio amoniacal,

devido aos mesmos possuírem valores dentro dos limites permitidos pelos dados da

literatura utilizada nesta pesquisa. Contudo, sobre a eficiência na remoção de

matéria orgânica não foi possível analisar o parâmetro neste estudo de caso, pois

não tivemos acesso ao mesmo.

Diante do exposto, acreditamos que esta pesquisa mostra a eficiência desse

tratamento, visto que este compartilha a capacidade de remoção de outros

tratamentos estudados e ainda possui vantagens como: reduzir a área construída na

ETE e tornar desnecessário um tratamento terciário.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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42

APÊNDICE A – Representação gráfica da remoção da turbidez em Março de 2010

0

50

100

150

200

250

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Dia

Efluente Bruto

Efluente Tratado

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43

APÊNDICE B – Representação gráfica da remoção do nitrogênio amoniacal total em Março de 2010

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

5,5

6

6,5

7

7,5

8

8,5

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Nit

rogê

nio

am

on

iaca

l to

tal (

mg/

L)

Dia

Efluente Bruto

Efluente Tratado

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ANEXOS

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ANEXO A - Resultados do efluente tratado (Outubro 2009)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1 6,39 29,8 0 ausente <0,20

2 6,5 30,2 0 ausente <0,20

3 7,11 29,6 0 ausente <0,20

4

5 6,7 30 0 ausente <0,20

6 6,42 29,8 0 ausente <0,20

7 6,68 29,7 0 ausente <0,20

8 6,45 29,2 0 ausente <0,20

9 6,86 29,6 0 ausente <0,20

10 6,77 30 0 ausente <0,20

11

12

13 6,41 29,4 0 ausente <0,20

14 7,03 29 0 ausente <0,20

15 6,94 29,8 0 ausente <0,20

16 6,62 30,1 0 ausente <0,20

17 6,14 29,5 0 ausente 0,27

18

19 6,42 30,9 0 ausente <0,20

20 7,03 30,3 0,06 ausente <0,20

21 6,91 30,5 0,1 ausente <0,20

22 6,52 29,9 0 ausente <0,20

23 6,46 29 0 ausente <0,20

24 6,81 29,2 0 ausente <0,20

25

26 6,3 29,8 0 ausente <0,20

27 6,51 29,3 0 ausente <0,20

28 6,68 29,1 0 ausente <0,20

29 6,36 29,7 0 ausente 0,24

30 7,08 29,8 0 ausente <0,20

31 6,87 29,4 0 ausente <0,20

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ANEXO B - Resultados do efluente tratado (Novembro 2009)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1

2

3 7,31 29 0 ausente <0,20

4 6,85 29,7 0 ausente <0,20

5 7,28 30,2 0 ausente 0,23

6 6,98 30,6 0,04 ausente <0,20

7 7,11 30,3 0 ausente <0,20

8

9 6,97 29,6 0 ausente 0,21

10 7,26 30 0 ausente <0,20

11 6,93 29,7 0 ausente <0,20

12 6,84 29,7 0 ausente <0,20

13 7,12 29,7 0 ausente <0,20

14 7,32 29 0 ausente <0,20

15

16 7,04 29,4 0 ausente <0,20

17 7,09 29 0 ausente <0,20

18 7,14 29,2 0 ausente <0,20

19 7,27 29,1 0 ausente <0,20

20 6,82 30,3 0 ausente 0,25

21 7,25 30,8 0,06 ausente <0,20

22

23 6,8 30,8 0,14 ausente <0,20

24 7,19 30,6 0,08 ausente <0,20

25 6,83 29,9 0 ausente <0,20

26 7,23 29,3 0 ausente 0,22

27 7,04 29,6 0 ausente <0,20

28 6,9 29,2 0 ausente <0,20

29

30 6,89 29,3 0 ausente <0,20

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ANEXO C - Resultados do efluente tratado (Dezembro 2009)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1 6,86 29,2 0 ausente <0,20

2 6,92 29,7 0 ausente <0,20

3 6,81 29 0 ausente <0,20

4 6,74 29,6 0 ausente 0,23

5 7,4 29,8 0 ausente <0,20

6

7 6,71 30,1 0 ausente <0,20

8 7,28 29,1 0 ausente <0,20

9 6,9 29,5 0 ausente 0,26

10 6,88 29,2 0 ausente <0,20

11 6,8 29,8 0 ausente <0,20

12 7,07 29,2 0 ausente <0,20

13

14 6,74 29 0 ausente <0,20

15 7,06 29,6 0 ausente <0,20

16 6,77 29,4 0 ausente <0,20

17 7,37 29,9 0 ausente <0,20

18 7,24 29,7 0 ausente <0,20

19 7,14 29,3 0 ausente 0,25

20

21 6,83 29,5 0 ausente <0,20

22 7,21 29,9 0 ausente

23 7,19 29,1 0 ausente <0,20

24 6,81 29,6 0 ausente <0,20

25

26 6,92 30 0 ausente <0,20

27

28 7,11 30,3 0,08 ausente <0,20

29 7,33 30,7 0,1 ausente <0,20

30 6,73 30,4 0,1 ausente 0,21

31 6,76 29,8 0 ausente <0,20

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ANEXO D - Resultados do efluente tratado (Janeiro 2010)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1

2 7,09 29,7 0 ausente <0,20

3

4 6,84 30 0 ausente <0,20

5 7,48 30,2 0,06 ausente <0,20

6 7,24 30,3 0,1 ausente <0,20

7 6,7 29 0 ausente <0,20

8 6,85 29,5 0 ausente 0,27

9 7,01 29,8 0 ausente 0,24

10

11 6,99 30,2 0,1 ausente <0,20

12 7,18 30,5 0,12 ausente 0,21

13 7,33 29,9 0 ausente <0,20

14 6,84 29,4 0 ausente <0,20

15 7,37 29,6 0 ausente 0,24

16 6,91 29,3 0 ausente <0,20

17

18 7,1 29,6 0 ausente <0,20

19 6,76 29,1 0 ausente 0,23

20 7,23 29,9 0 ausente <0,20

21 7,01 29,5 0 ausente <0,20

22 7,43 29,2 0 ausente <0,20

23 7,03 29,4 0 ausente <0,20

24

25 7,16 29,3 0 ausente <0,20

26 7,29 29,8 0 ausente <0,20

27 7,37 29,6 0 ausente <0,20

28 6,93 29 0 ausente <0,20

29 6,95 29,8 0 ausente 0,21

30 6,75 29,4 0 ausente <0,20

31

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49

ANEXO E - Resultados do efluente tratado (Fevereiro 2010)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1 6,91 29,5 0 ausente <0,20

2 6,86 29,7 0 ausente <0,20

3 6,84 29,2 0 ausente <0,20

4 6,71 30,2 0,1 ausente <0,20

5 7,43 30,5 0,16 ausente <0,20

6 7,1 29,6 0,08 ausente <0,20

7

8 7,03 29,8 0 ausente <0,20

9 6,81 29,3 0 ausente <0,20

10 7,29 29,9 0 ausente <0,20

11 6,74 29,5 0 ausente <0,20

12 7,23 29,7 0 ausente <0,20

13 6,99 29,1 0 ausente <0,20

14

15 7,37 29,5 0 ausente <0,20

16

17 7,07 30,4 0,04 ausente <0,20

18 7,01 30,6 0,1 ausente <0,20

19 6,93 30 0 ausente <0,20

20 6,88 29,5 0 ausente <0,20

21

22 7,4 29,8 0 ausente <0,20

23 6,92 29,3 0 ausente <0,20

24 7,14 30 0 ausente <0,20

25 7,33 29,8 0 ausente <0,20

26 7,16 29 0 ausente <0,20

27 7,28 29,4 0 ausente <0,20

28

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50

ANEXO F - Resultados do efluente tratado (Março 2010)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1 7,34 29,9 0 ausente 0,35

2 7,09 29,9 0 ausente 0,22

3 7,19 30 0 ausente 0,24

4 7,17 30,3 0 ausente <0,20

5 7,11 29,9 0 ausente 0,21

6 7,18 29 0 ausente 0,25

7

8 7,53 29,2 0 ausente <0,20

9 7,29 29,5 0 ausente <0,20

10 7,03 29,8 0 ausente <0,20

11 7,1 30,3 0 ausente 0,21

12 7,01 30,2 0,01 ausente <0,20

13 7,08 30,6 0,08 ausente <0,20

14

15 7,26 30,1 0,12 ausente <0,20

16 7,11 29,6 0,1 ausente <0,20

17 7 29,3 0 ausente <0,20

18 6,89 29,1 0 ausente 0,21

19 6,97 29,7 0 ausente <0,20

20 6,95 29,8 0 ausente <0,20

21

22 6,76 29,5 0 ausente <0,20

23 6,8 29,9 0 ausente <0,20

24 6,98 29,8 0 ausente <0,20

25 6,96 29,6 0 ausente <0,20

26 7,09 29,3 0 ausente <0,20

27 7,06 29,5 0 ausente <0,20

28

29 6,89 29,6 0 ausente <0,20

30 7,03 29,7 0,26 ausente <0,20

31 6,91 29,5 0 ausente <0,20

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51

ANEXO G - Resultados do efluente de entrada (Março 2010)

Data pH temperatura

(ºC) turbidez (NTU)

materiais flutuantes

nitrogênio amoniacal total(mg/L N-NH3)

1 6,91 29,9 42,1 presentes 6,2

2 6,98 29,9 41,11 presentes 5,43

3 7,16 30,1 37,8 presentes 7,84

4 6,9 30,7 127,8 presentes 7,63

5 6,94 30,5 197,3 presentes 5,04

6 7,2 30 259,3 presentes 6,05

7

8 6,62 29,6 273,8 presentes >8

9 6,48 29,9 231,6 presentes >8

10 6,58 30,4 232,7 presentes >8

11 6,55 30,8 235,2 presentes >8

12 6,64 31,1 225,7 presentes >8

13 6,89 30,9 215,8 presentes >8

14

15 6,58 30,3 89,57 presentes >8

16 6,99 30 73,1 presentes >8

17 7,05 30 39,72 presentes >8

18 7,05 29,3 88,18 presentes >8

19 6,91 30,1 83,17 presentes 7,63

20 7,08 29,6 70,19 presentes >8

21

22 6,68 30,4 114,8 presentes >8

23 6,73 30 195,1 presentes >8

24 6,85 30,2 207,1 presentes 1,26

25 6,93 29,8 198,5 presentes 1,69

26 6,77 29,2 193,7 presentes 5,86

27 6,95 29 223,8 presentes >8

28

29 6,69 29,6 184,9 presente 4,28

30 6,67 30,1 180,2 presente >8

31 6,71 29,9 181,7 presente >8